Edição 44 - Revista de Agronegócios - Março/2010

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EDITORIAL

A cafeicultura e a colheita 4 MAR/2010

As instituições responsáveis pelos números oficiais da safra agrícola no país mantém o firme discurso de que este ano o Brasil colherá sua maior safra de grãos da história. Na cafeicultura, mesmo sendo ano de ‘safra gorda’, algumas regiões produtoras se vêem em grande expectativa. Segundo dados de especialistas, o cafeicultor terá grandes dificuldades para realizar a colheita. Devido à desuniformidade da florada do ano passado, a maturação dos grãos ocorrerá em um período maior do que o normal, obrigando o cafeicultor a realizar colheitas seletivas (encarecendo a operação). Caso contrário, espera-se um aumento do percentual de grãos pretos, verdes e ardidos. Nesta edição, comemoramos, juntamente com toda a região de São Sebastião do Paraíso (MG), o Cinquentenário da COOPARAÍSO - Cooperativa Regional dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso. Instituição organizada e respeitada em seus mais de 60 municípios de atuação. Em artigo de Ensei Neto, do blog

Coffee Traveler Traveler, apresentamos orientações primordiais para que o cafeicultor obtenha um café de excelente qualidade de bebida. Na silvicultura, apresentamos artigo importante em que se discute quais são as medidas governamentais que estão sendo tomadas para garantir a segurança e promover de forma concreta o crescimento de nossa silvicultura. Na bovinocultura de leite, o assunto é a importância econômica da mastite em novilhas leiteiras. Publicamos, também, orientações aos produtores rurais sobre a cobrança do FUNRURAL. Mas o grande destaque fica por conta da cobertura feita pela Revista Attalea Agronegócios e pela Casa das Sementes Sementes, em apoio à produção de frutas em pequenas propriedades. Nesta edição, apresentamos o Sr. Paulo Carlos da Silva, que produz uva das variedades ‘Rubi’, ‘Itália’ e ‘Benitaka’, de altíssima qualidade, em uma propriedade de menos de meio hectare, em Franca (SP). Boa leitura!

NOVO TELEFONE

(16) 3025-2486 E-MAILS SOLANGE LEMOS COUTO ROSA LIVINGSTONE Produtora rural. Franca (SP). “Tenho alguns números da Revista Attalea Agronegócios que me foram bastante úteis. Gostaria de saber como faço para recebê-la mensalmente em minha casa. RODRIGO VASCONCELOS Médico Veterinário. Ponta Grossa (PR). “Sou natural de São Sebastião do Paraíso (MG). Gostaria de receber a revista aqui onde estou trabalhando, no Paraná. JOSÉ ROMEU AITH FÁVARO Engenheiro Agrônomo e Cafeicultor. Piraju (SP). “Sou proprietário de uma empresa de consultoria agronômica especializada em cafeicultura e gostaria de receber a revista. VICENTE E. SALVIANO Cafeicultor. Belo Horizonte (MG) “Tomei conhecimento da revista através da internet e achei muito interessante. Gostaria muito de recebê-la, pois sou produtor de café em Alto Paranaíba (MG) e tenho interesse em novas tecnologias e métodos de produção. JOSÉ SANTOS CECÍLIO FILHO Unimed. São João Boa Vista (SP) “Gostaria de receber a revista”. ALTAMIRO PARREIRA FILHO Cafeicultor e pecuarista. Cássia (MG). “Gostaria de receber a revista”. LUIS FERNANDO ALMEIDA SILVA Pecuarista de leite. Rifaina (SP). “Gostaria de receber a revista em minha casa”.

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CAFEICULTURA

da responsabilidade de realização da EXPOCAFÉ da UFLA - Universidade Federal de Lavras para a EPAMIG - Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais a partir deste ano, o Conselho Deliberativo do evento, em sua primeira reunião, definiu o projeto para este ano. Da esquerda p/ direira direira:: Baldonedo Napoleão Durante essa primei(presidente da EPAMIG); Luciana Mendonça ra reunião do Conselho (prefeita de Três Pontas); Francisco Miranda Deliberativo, a prefeita de de Figueiredo Filho (presidente COCATREL); Antônio Nazareno (reitor da UFLA). Três Pontas (MG), Luciana Em pé pé:: Mairon Mesquista (Coordenador da Ferreira Mendonça, se Expocafé 2010/EPAMIG). disse satisfeita por a EXSegundo o coordenador da EXPOCAFÉ estar sob responsabilidade da EPAMIG. “Este nosso evento POCAFÉ, Mairon Mesquita, o que a EPAMIG está fazendo nesta primeira cresce a cada ano”, disse. O Acordo de Mútua Coope- edição sob sua responsabilidade é ração tem vigência de 20 anos e po- agregar valor ao que já vinha sendo derá ser prorrogado. A EPAMIG pas- feito pela UFLA. O credenciamento sa a ser, oficialmente, a realizadora da está sendo feito antecipadamente e 96% dos estandes já estão comercialiEXPOCAFÉ. Já o reitor da UFLA, Antônio zados. Todo o relacionamento com Nazareno, explicou a impossibilidade os expositores está sendo feito on line, de a Universidade não mais poder inclusive com o Manual do Expositor. A 13ª EXPOCAFÉ será realizacoordenar a EXPOCAFÉ: “Em 2009 o Tribunal de Contas da União (TCU) da nos dias 15 a 18 de junho, na determinou que as universidades Fazenda Experimental da EPAMIG, federais não mais gerissem, com suas em Três Pontas (MG). No dia 15 será fundações de apoio, projetos de ex- realizado, das 08h às 14h, o Simpósio: Mecanização e a Mudança no tensão como o é o da EXPOCAFÉ. A EPAMIG, que já era parceira, Processo Produtivo e no dia 16 os apre-sentou as condições necessárias estandes das empresas estarão abertos A para gerir o evento e garantir seu para visitação. sucesso. A UFLA será coorganizadora. INFORMAÇÕES Tenho certeza que este evento, já EPAMIG referência no agronegócio café, conTel. (31) 3489-5078 tinuará sendo um sucesso”, explicou www.expocafe.com.br o reitor. FOTO: EPAMIG

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Epamig assume a realização da Expocafé 2010 de formaliD epois Aldir alerta zada a transferência cafeicultores durante simpósio De 10 a 11 de março, a COCAPEC realizou o 2º Simcafé - Simpósio do Agronegócio da Alta Mogiana. O pesquisador Aldir Alves Teixeira, alertou afirmando que o grande vilão da qualidade do café pode ser o próprio produtor que, muitas vezes, peca nos cuidados de secagem, armazenagem e benefício. Alguns cuidados básicos são necessários, como higiene com os equipamento de seca e benefício, camadas finas no terreiro e movimentação constante.

Agrotóxicos falsificados levam quadrilha à cadeia No último dia 17 de março, na cidade de Franca (SP), foi desmantelada uma quadrilha que falsificava agrotóxicos das empresas Syngenta (Priori X-tra) e FMC (Furadan). Foram apreendidos mais de 3,2 mil litros de veneno falsificado, 250 embalagens vazias, além de rótulos, lacres e documentos. O produto falsificado foi comercializado na região de Franca e no Mato Grosso do Sul. Os comerciantes E.R.S.e C.L.L. foram presos em flagrante. Outras duas pessoas estão sendo investigadas, inclusive a gráfica onde os rótulos foram impressos.


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MÁQUINAS

o último dia 05 de N março, a Colorado Má-

FOTOS: Editora Attalea

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Dia de Campo da Colorado Máquinas marca a chegada da John Deere na região de Franca quinas Agrícolas, realizou o 1º Dia de Campo da empresa na região de Franca (SP), onde a empresa irá inaugurar a sexta concessionária do grupo. O evento foi realizado na Fazenda Monte Alegre, em Ribeirão Corrente (SP) e contou com um público de 150 produtores rurais, em especial cafeicultores. O dia de campo foi realizado em parceria com o A equipe Colorado Máquinas:- Ana Paula, Viveiro Monte Alegre, o Nilson, Rivaldo, Pedro Luciano, Anderson, concessionário John Deere na n a n d a . Alta Mogiana. De acordo Para Fábio Tait, gerente de sucom Anderson Paltanin, gerente de unidade da Colorado Máquinas, a porte Comercial da Colorado Máquiempresa deverá inaugurar a conces- nas, este primeiro Dia de Campo na sionária no segundo semestre deste região veio mostrar o porquê a John ano, que tem sede em Ribeirão Preto Deere está vindo para Franca. “Que(SP), filiais em Guaíra (SP), Barretos ríamos mostrar a nossa ‘cara’ na re(SP), Ituverava (SP) e Araraquara (SP) gião. Nossas máquinas e equipamene juntas atendem cerca de 80 muni- tos apresentam características diferencípios. “A inauguração está prevista ciadas e são muito bem aceitos entre para o mês de setembro. Já temos a os agricultores da região”, afirma Tait. Além da abertura realizada pela homologação da fábrica, falta apenas definir o local mais adequado, com equipe de profissionais da Colorado acesso mais fácil ao agricultor”, Máquinas, o Dia-de-Campo contou com duas tendas, onde foram aborexplica.

dados temas diferentes. Na primeira, o consultor Pedro dos Santos Luciano, abordou as principais características mecânicas dos equipamentos John Deere e suas diferenciações. Em outra tenda, os produtores puderam conhecer as linhas de crédito e o Consórcio Nacional John Deere, bem como o suporte José Roberto, das agências do Banco Fábio e Ferdo Brasil de municípios da região. Outra grande novidade para 2010 é a “Sala Brasil”, um caminhão itinerante da John Deere que levará cultura aos municípios que não dispõem de salas de cinema. “O intuito é proporcionar a população a exibição de filmes nacionais. Ao mesmo tempo, contaremos a história da John Deere e firmamos nossa marca”, explica Tait. Segundo ele, a data ainda não está definida, mas um dos municípios da região de Franca será contemplado ainda no primeiro A semestre deste ano.


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Produtores terão muitas dificuldades na colheita 10

Lessandro Carvalho 1 da safra 2010 A colheita de café no Brasil está

FOTO: Editora Attalea

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cada vez mais próxima, e é bom os produtores estarem preparados, porque haverá sérias dificuldades. As condições são muito desfavoráveis para a colheita, que deve começar mais cedo, terminar mais tarde, e ser mais custosa, com riscos para a produtividade e qualidade dos grãos. Tudo isso em ano de safra cheia, dentro do ciclo bienal da cultura (2009 foi de safra mais modesta). O gerente de desenvolvimento técnico da Cooxupé, Joaquim Goulart, ressalta que as dificuldades virão em função do período estendido e de várias floradas em 2009, que foram desde julho até dezembro, quando normalmente se concentram em setembro e outubro. Nas regiões de menor altitude os produtores vão ter grandes problemas, e difíceis opções, com as lavouras mais desuniformes, já que nestas áreas as floradas iniciaram em julho e agosto e os cafés estão amadurecendo já para a colheita. Goulart indica que nas regiões mais baixas do sul de Minas Gerais, 5% a 10% dos grãos estarão maduros na primeira quinzena de abril. Se os produtores optarem por colher estes grãos, terão de fazer a colheita seletiva manual, o que traz grandes custos de mão-de-obra. E ainda acaba

sendo uma colheita incerta e insegura em relação à qualidade, já que será feita no período chuvoso, comenta Goulart. Os produtores podem optar ainda por esperar mais grãos amadurecerem para iniciar os trabalhos, mas daí os grãos mais maduros podem já ter fermentado ou perdido a qualidade. É uma escolha difícil. E o comprometimento será não apenas no começo da colheita. Segundo o gerente do departamento técnico da Cooxupé, com o longo período de várias floradas há diferentes estágios de maturação, e esse problema pode e deve perdurar. Assim, espera-se que haja mais grãos verdes, pretos e ardidos na safra. “Os 15% de catação que normalmente temos deverão esse estar bem acima”, afirmou, em entrevista à Agência SAFRAS. As regiões de maior altitude do sul de Minas Gerais, mais tradicionais, acima de 800 a 1.000 metros, terão a colheita iniciada em torno de final de

abril, princípio de maio. Também nestas regiões os produtores terão dificuldades, porque as lavouras estão desuniformes diante das várias floradas de 2009. “Nestas regiões a colheita não começará tão cedo, mas também os produtores terão dificuldades”, disse. De modo geral, caracteriza Goulart, será uma colheita difícil, com custos altos, mais grãos verdes sendo colhidos (maior catação) e de prováveis prejuízos na qualidade e quantidade do café colhido. Ele prefere não estimar nada relacionado a volumes de produção, mas indica que o governo através da Conab - Companhia Nacional do Abastecimento em suas novas estimativas certamente observará todas estas questões. Conclui que a Conab ainda levará em consideração os problemas de seca no Espírito Santo e na Bahia, além da Zona da Mata A mineira.

AGRISHOW 2010 terá área 50% maior A mais importante feira do agribusiness da América Latina, a AGRISHOW AGRISHOW, que será realizada no período de 26 a 30 de abril próximo, em Ribeirão Preto (SP), abrangerá uma área de 360 mil metros quadrados, representando um aumento de 50% em relação à área de suas mais concorridas edições anteriores A Feira deste ano receberá uma nova configuração. As praças de alimentação serão ampliadas, contemplando mais lanchonetes e restaurantes espalhados por toda a feira, assim como novos e mais confortáveis sanitários. Para esta edição já foram comercializados cerca de 80% do total dos 145 mil metros quadrados disponíveis para instalação de estandes. Foram ampliadas as áreas dos pavilhões cobertos, de 4.200 metros quadrados para 7.200 A metros quadrados.


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Cooparaíso completa 50 anos - CoA Cooparaíso operativa Regional dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso completa 50 anos em março. Atualmente possui 11 núcleos que atuam em 61 municípios, alocados em três estados, sendo: sete em São Paulo, 37 em Minas Gerais, 17 no Espírito Santo, armazéns gerais em Iuna (ES) e um escritório em Santos (SP). A Cooparaíso foi fundada em 23 de março de 1960, quando 56 produtores se uniram para criar uma empresa que pudesse armazenar e facilitar a comercialização de suas produções e assim, construíram o primeiro armazém da cooperativa. Em 1963 aconteceu a primeira exportação de 46.758 sacas de café, por intermédio da Cooperativa Central e no ano seguinte, 1964, a importação de 12 tratores para os associados. Já em 1965 foi feita mais uma construção de armazém, desta vez de 2.700 metros quadrados. Na sequência, veio a contratação dos primeiros agrônomos, através de convênio com o Instituto Brasileiro do Café (IBC). O crescimento foi se consolidando e em 1973, a Cooparaiso construiu seus primeiros escritórios e o salão nobre. Arrendou os armazéns do IBC, em Paraíso, em 1974, pois a produção e captação de café não paravam mais de crescer, tanto o é, que em 1975 construiu mais um armazém com 450 metros quadrados, o que se repetiu no ano de 1977. Diante da necessidade de atender os cafeicultores da região, a Cooparaiso iniciou a sua expansão e abriu em 1980 o primeiro núcleo, em Itamoji. Naquela época, a nova empreitada era apenas um entreposto da Cooparaiso. Com passar dos anos passou a ser um núcleo, com todos os serviços e produtos que o associado necessita. Em 1983 a Cooperativa inaugurou o Laboratório Regional de FerFOTO: COOPARAÍSO

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tilidade do Solo em parceria com a Secretaria da Agricultura. Atualmente o laboratório também faz análises foliares, sendo que do começo do ano até março fez 1.561 análises, com entrega de resultados em três dias para o produtor. No ano seguinte, Jacuí e São Tomás de Aquino também ganharam seus núcleos e para facilitar seus planos de exportação também inaugurou seu escritório em Santos (litoral de São Paulo). Ao completar 25 anos, a Cooperativa já era uma das mais fortes do mundo em seu setor. Isso é comprovado com a construção de mais um armazém com capacidade para duas mil sacas e de terrenos para construção de sedes para seus núcleos de Itamoji e São Tomás de Aquino. O ano de 1987 foi marcante para a Cooperativa com a sua primeira reestruturação administrativa, quando são eleitos o novo conselho de administração e diretoria, sai a primeira exportação direta de 2.168 sacas, é lançado o Informativo Cooparaiso so, o jornal elaborado para os cooperados e participa de encontro do Conselho Nacional do Café. Em 88 os associados ganham mais um canal de informação com a criação do programa de rádio. Cooparaiso vai a Londres para a reunião da Organização Internacional do Café (OIC).

A década de 90 é marcada por atuações junto ao governo para a implantação de políticas prol cafeicultura e desenvolvimento de diversos projetos importantes, como o Programa Regional de Renovação da Cafeicutura, com 15 mil mudas, além da abertura do núcleo de Pratápolis. Em 1994, o presidente da Cooparaiso, Carlos Melles, é eleito deputado federal e no ano seguinte, a cooperativa completa 35 anos, tendo nas festividades o I Concurso de Café de Qualidade. O então governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo visita a matriz da Cooparaiso em 1997; no ano seguinte, é a vez de Piumhi ganhar o seu núcleo. Já em 2000, ano de comemorar os 40 anos da Cooparaiso, o seu presidente Carlos Melles, diante de sua projeção política, é nomeado Ministro do Esporte e Turismo, dois anos depois ele é reeleito deputado federal para o seu terceiro mandato. É criada a agenda positiva, um planejamento de ações para o crescimento da Cooperativa, que engloba o período de 2005 a 2016, já considerando que a cooperativa completa 45 anos no ano seguinte. O ano de 2009, às vésperas de completar a sua bodas de ouro, a Cooparaiso começa a exportar café torrado e moído para a França, o Alto Paraiso e Classic Mogiana, é reconhecida pelos anuários da revista Exame e do jornal Valor Econômico como a segunda maior cooperativa do mundo. O plano de expansão da Cooperativa se consolida em 2010, com a atuação em diversos projetos de meio ambiente, importante mobilizadora de ações para implantação de melhor política cafeeira, tem concretizado, por toda a sua história, a fidelização de seu quadro de associados e o crescimento da captação e comerA cialização de café.


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FOTO: Editora Attalea

K-Bomber: uniformizador e maturador de café Biolchim, emde potássio, auA presa italiana mentando a pe-

líder na produção de neira e dando fertilizantes especiais maior peso aos em parceria com a frutos, não cauDedeagro sediada sando abortamenna cidade de Franca to ou fazendo com (SP), distribuidora que o café fique exclusiva da marca “chocho”. na região, realizaram Para a cotrês encontros técnilheita mecanizada, cos no início de marnas lavouras onde ço. No dia 09 aconteé aplicado o KBomber ceu em Franca (SP), Bomber, a necesno dia 10 em Ribeisidade de repasse rão Corrente (SP) e para uma melhor no dia 11 em Cristais Na churrascaria Minuano, a equipe DEDEAGRO:- Helder, Paulo, Ivan, derriça quase não Jean, Fernando (Biolchim), Leandro (Biolchim), César e Erick. Paulista (SP). se faz necessário, Estes eventos serviram para de- primeiramente, pelo fato de os frutos pois o K-Bomber faz com que o pemonstrar toda a linha de fertilizantes verdes ainda não apresentarem os dúnculo amoleça, facilitando assim a da Biolchim destinados a produção de teores de alguns componentes quími- colheita mecânica e manual. um café de melhor e mais alta tec- cos em níveis ideais para proporcionar Em relação ao estresse (desfolha nologia, com ênfase no K-Bomber K-Bomber, bebida de alta qualidade. sofrido pela planta quando aplicado uniformizador e maturador de café. Além disso, os grãos secos na o etileno), o K-Bomber age inverO produto se faz muito neces- árvore, por estarem em um estádio samente, pois, além de uniformizar e sário nesta safra de café, pois devido além do ponto cereja (ideal de matu- antecipar a maturação, ele ainda é um ao fato das plantas não terem sofrido ração), entram na fase de senescência. fertilizante que fará com que o vigor o estresse necessário no ano passado, Essa desuniformidade dos frutos, da planta seja aumentado. E mais, a ocorreram várias florações nas aliada a uma secagem mal feita, pre- aplicação dele é facilitada, pois por ser lavouras. judica demasiadamente a qualidade sistêmico, não é necessário que se molhe os frutos, não sendo necessário Este fato produzirá frutos em do café. diferentes estágios de maturação, cor, É onde atua o K-Bomber K-Bomber, fer- grandes vazões, como exigido na densidade e teor de umidade, com tilizante formulado a base de potássio, aplicação de etileno. Resumindo, o K-Bomber maiores quantidades de frutos cereja que induz a planta a produzir o etie verdes no início da colheita e maio- leno e também faz a extração de água incrementa as características orgares quantidades de frutos ‘passa e bóia’ dos frutos, quando estes já estiverem nolépticas (cor, textura, sabor, coloao final da colheita. com o grau de maturação fisiológica ração, brix ) agindo na fisiologia da planta, fazendo que ela por si só maEm se tratando da qualidade de completo. bebida do café, os cafés cerejas (desO produto age como matu- ture, uniformize e antecipe a colheita polpados e não despolpados) mostram rador e uniformizador somente nestes de todos os frutos do café, desde a saia qualidade de bebida (mole) superior casos. Caso tenha algum fruto com a até os ponteiros, maturando de dentro aos frutos colhidos verdes e secos na maturação fisiológica incompleta, ele para fora os frutos, aumentando assim A árvore (bebida dura). Isso se justifica, simplesmente atuará como uma fonte a qualidade final da bebida.

Há mais de uma década em sintonia com o cafeicultor!

Rua Padre Conrado, nº 730, Vila Nova PABX: (16) 3712-7977 - Franca (SP)


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Ensei Uejo Neto

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tem se falado M uito sobre a competi-

AMARELO

FOTOS: Editora Attalea

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A colheita e as cores da qualidade tividade na cafeicultura brasileira. Sem falsa modéstia, o nosso país detém excepcionais índices agronômicos para a cultura quando comparado com os outros VERMELHO países produtores. O imenso cabedal de estudos e pesquisas agronômicas, sob a coordenação da EMBRAPA, no Consórcio Brasileiro de Pesquisas e Desenvolvimento do Café, é de longe o maior acervo do gênero no mundo, proporcionando aos cafeicultores brasileiros a mais fina tecnologia disponível. Porém, a competitividade só é completa se na fase de comercialização o produtor também tiver sucesso. Não basta apenas a produtividade, como resposta à busca de menores custos de produção, mas, principalmente, que estes tenham boa qualidade global. Na formação de preços do café, a qualidade é o elemento de maior impacto! As cotações por si demonstram isso. Para se obter a melhor performance financeira possível na fase de comercialização, é imprescindível que, além de outros fundamentos, o produtor tenha domínio dos cuidados e manejos necessários no processo produtivo. Uma das decisões de maior relevância é aquela relacionada ao início da colheita. Grosso modo, há um senso comum: deve-se colher quando houver o menor índice de grãos verdes. Há uma razão científica para isso: os grãos verdes e imaturos, por não terem ainda formado todos os açúcares, fazem com que a bebida fique mais áspera, adstringente e, principalmente, com amargor tipicamente desagradável, diferente do sabor amargo da cafeína. A percepção humana para o sabor amargo é da razão de 1:2.000.000! Da mesma forma, grãos que sofrem fermentação bacteriana e produzem bebida com sabor fenólico, a 1 - Extraído do blog Coffee Traveler (www.coffeetraveler.net www.coffeetraveler.net) www.coffeetraveler.net

chamada Bebida Rio ou Bebida Riada, também apresentam amargor, só que muito mais pungente, como fel, daí o nome fenólico, e com características ditas medicinais. Os compostos fenólicos em geral são corrosivos devido à presença do radical fenol e virtualmente atacam as mucosas. Causam, por exemplo, um grande estrago no estômago. Esta fermentação ocorre quando o grão já entrou em sua fase ‘passa’ e por força da grande umidade relativa do ar o ataque microbiano fica facilitado. Esse risco é maior em regiões de montanha, onde o ar se mantém muito úmido mesmo no período que corresponde ao inverno brasileiro, ou em origens de clima muito seco, que torna obrigatória a irrigação, principalmente se for por aspersão, como, por exemplo, via pivô. O sabor doce, proporcionado pelos açúcares, é percebido pelo homem a partir da razão de 1:200, que corresponde à concentração equivalente a 0,5% m/v. Portanto, um único grão que sofreu fermentação fenólica pode, comparativamente, se sobressair perante 10.000 grãos perfeitamente maduros. Semelhante analogia pode ser feita no caso dos grãos verdes e imaturos. Obviamente que não são números absolutos, pois há fatores que podem modificar essa relação, como a concentração de cada um dos componentes. No entanto, o que gostaria de demonstrar é o impacto que os grãos com problemas podem ocasionar num lote de café. Outro aspecto que considero fundamental é que o grão de café tem de ser compreendido como uma fruta. Ao se apreender esta lógica, fica mais fácil o entendimento dos temas ligados à qualidade da bebida. Sob a visão da Ciência dos Alimentos, a qualidade desta preciosa fruta está intimamente ligada à sua plena maturação, quando se forma a totalidade de seus açúcares, após o que se inicia sua senectude, ou seja, quando se torna ‘passa’.


FOTO: Editora Attalea

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Cafeeiro com múltiplas floradas.

Infelizmente, ao contrário do que acontece com algumas frutas, como a banana, a maturação do grão de café não se procede após seu desprendimento do ramo (do exocarpo e mesocarpo sim, bem lentamente, algo que não influência na qualidade, pois as sementes não mudará sua composição química após serem colhidas, enfim, o fruto do café é sim classificado como climatérico - Bruno Ribeiro) Você tem de aguardar uma cor avermelhadamente cereja ou um amarelo-dourado para colher o grão, se o quiser efetivamente maduro. Outro ponto de grande importância é o tempo decorrido entre a retirada do grão do cafeeiro e o início do processo de secagem. Admitindo-se que boa parte dos frutos estejam maduros, a polpa existente entre a casca e os grãos é uma solução rica em açúcares. Experimente chupar um grão maduro: é francamente doce. Assim, caso os grãos fiquem amontoados, com restrição de ventilação e temperaturas moderadas, inicia-se, fatalmente, o processo de fermentação alcoólico-acética. A combinação de grãos maduros, falta de oxigênio e calor faz com que o café literalmente “vá para o vinagre”. O ácido acético é o princípio ativo do vinagre. No jargão de mercado, tem-se a Bebida Ardida. A percepção humana para o sabor ácido é da ordem de 1:130.000. O ácido acético possui grande volatilidade, por isso é percebido facilmente pelo olfato e, portanto, captado numa amostra assim contaminada. Neste caso, observe que basta um grão ardido de café para fazer frente a 650 perfeitamente maduros. Num ano como este, quando se verificou o fenômeno de múltiplas floradas em todo o “Cinturão Brasileiro do Café”, isto é, do Paraná à Bahia, o problema dos verdes e imaturos ganha relevância. Qual é, então, o procedimento para a tomada de decisão do início de colheita em uma determinada lavoura? Faça a contagem proporcional do ponto de maturação da lavoura, avaliando em termos percentuais quanto cada fase está presente, como o verde e imaturo, maduros e passas. Será, a partir desse resultado, uma decisão puramente administrativa, que deve combinar o ponto ideal de maturação dos grãos com as necessidades financeiras de cada produtor.

No entanto, ao se ter a compreensão do impacto de cada tipo de problema, digamos, incontornável, como a existência do grão verde, pode ser feita uma projeção da performance de qualidade, inclusive do que pode ser gerado de fundo de seleção em mesas densimétricas e separadoras eletrônicas por cor. A fermentação acética pode ser perfeitamente evitada, enquanto que o aparecimento de grãos com fermentação fenólica é passível de monitoramento. Os grãos imaturos tornam a bebida áspera e perceptivelmente amarga, levando à Bebida Dura. Esta pode ser classificada como Limpa se não houver os defeitos capitais conhecidos como PVA - Pretos, Verdes e Ardidos. Sendo “limpa”, pode se caracterizar como um padrão, em jargão de mercado “Good Cup” (Bebida Boa) ou “Fine Cup” (Bebida Fina) em função do nível de aspereza e amargor captado. Portanto, antes de tomar a decisão de iniciar a colheita em uma determinada gleba da lavoura, tenha em mente estes conceitos: - O café é uma fruta. - Uma vez arrancado do cafeeiro, o grão não continua sua maturação. - Os sabores amargo e azedo têm preponderância sobre o sabor doce. - O menor percentual de grãos verdes minimiza parte do sabor amargo. - Seja rápido no transporte dos grãos da lavoura ao setor de secagem para evitar fermentações indesejáveis. Boa colheita!

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LEITE

Impacto econômico da Mastite em novilhas leiteiras MAR/2010

Paula Montagner Andressa Setin Maffi Elizabeth Schwegler Rubens Alves Pereira Marcio Nunes Corrêa

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cido da glândula, impedindo seu desenvolvimento 1 pleno e afetando as lacta1 ções subseqüentes, as im1 pedindo de atingirem seu total potencial. O impacto econôá pouco tempo, acreditavamico da mastite sobre a se que as taxas de infecções produção de leite tem sido intramamárias em novilhas vazias descrito mundialmente e gestantes eram baixas, dando-se por diferentes autores, pouca atenção a esta categoria e porém em novilhas esta acreditando que estes animais estaestimativa não é muito riam totalmente livres de infecções. freqüente. Estima-se uma Desta forma a mastite não era diagredução na produção de nosticada até o início da lactação, primíparas em 0,4 kg de podendo não ser detectada até o Novilha holandesa do criador Renato Rey (Carmo leite/vaca /dia devido aufinal do primeiro ano. mento na contagem de céNas últimas décadas, vários do Rio Claro/MG) estudos têm sido conduzidos com o prevalência de quartos infectados lulas somáticas (CCS) que ficam acima objetivo de descrever a mastite, der- variando de aproximadamente 29 a de 50.000 céls/mL. Recente estudo rubando o conceito da maioria dos 75% no pré-parto e de 12 a 45% ao realizado na Fazenda Colorado (Araras/SP), revelou que as vacas produtores de que as novilhas são parto. As perdas econômicas que a primíparas deixaram de produzir, em totalmente livres dessa doença. As pesquisas têm demonstrado que gran- mastite provoca, devem-se à redução média 0,617 kg de leite/vaca/dia por de parte destes animais é infectada por na produção, ao descarte de leite e de causa do aumento da CCS (200.000 patógenos causadores de mastite du- animais, aos gastos com medicamen- células/mL) ao passo que nas rante a gestação, no momento do par- tos, com serviços veterinários, com o multíparas o valor foi de 3,266 kg/ to e/ou no início da lactação. De acor- aumento de mão-de-obra e, em vaca/dia. do com a investigação bibliográfica alguns casos, o óbito do animal. Outro estudo revelou que a Em novilhas o fator agravante presença dos microorganismos no feita nos EUA por FOX (2009), altos índices de mastite são comuns em da mastite está diretamente ligado ao interior da glândula mamária das nonovilhas leiteiras, apresentando uma fato de que o maior desenvolvimento vilhas tem impacto econômico direto. da glândula secretora de leite ocorre Um quarto mamário de novilha in1 - Membros do Núcleo de Pesquisa - Ensino na primeira gestação, assim a infecção fectada antes do parto reduz em até e Extensão em Pecuária da Universidade Federal de Pelotas - Email: nupeec@ufpel. prejudica o desenvolvimento do te- 18% a produção de leite se comedu.br - Tel: (53) 3275 7295 parado com um quarto sadio. Em números reais este percentual representa 1.260 litros a menos na primeira lactação, para uma novilha de boa genética, com capacidade de produzir 7000 litros por lactação. As novilhas representam o futuro do rebanho, por isso garantir o bem-estar e a saúde desses animais, garante maior produtividade e Escritório Contábil rentabilidade para o produtor. Sob este aspecto, é importante o pecuarista ABERTURA DE FIRMAS, ESCRITAS FISCAIS e o veterinário estarem atentos ao problema da mastite em novilhas, pois E CONTABILIDADE EM GERAL mesmo em sua fase subclínica, esta doença pode gerar uma redução Rua Maestro Tristão, 711 Rua Campos Salles, 2385 significativa na produção e na Higienópolis - Franca (SP) Centro - Franca (SP) Extraído de qualidade do leite. (Extraído Tel. (16) 3406-3256 Tel. (16) 3722-3400 A Lance Agronegócio )

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FOTO: Editora Attalea

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19 MAR/2010


SILVICULTURA

A silvicultura e mais um gole de café requentado! 20

Nelson Barboza Leite

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uma reunião de profissionais e N entidades do setor, discutindo-

se os rumos da silvicultura brasileira, surgiram inúmeras indagações que ficaram sem respostas! Vários comentários e explicações, mas nada que justificasse a triste constatação: existem sérios problemas, que rondam o setor há anos, e que podem prejudicar o desenvolvimento da silvicultura brasileira nos próximos anos! Daí a pergunta básica: que medidas governamentais poderiam ser tomadas para dar segurança e promover de forma concreta o crescimento de nossa silvicultura? Uma mistura de indignação e de fragilidade tomou conta de todos e ficou a promessa, entre os participantes, de se voltar ao assunto com a maior brevidade possível! Aproveitamos a oportunidade para compartilhar com os leitores algumas das preocupações apresentadas pelos presentes na reunião: 1 - O Governo Federal precisa definir o endereço institucional da silvicultura. Deve permanecer no meio ambiente, onde está há mais de 20 anos, contra a vontade de grande parte do setor ou migrar para a agricultura, e se caracterizar como mais uma cultura agrícola: “sem essa definição fica difícil fazer o encaminhamento das questões do setor!”, assim falam os defensores de um posicionamento definitivo sobre essa situação;

1 - Publicado em Painel Florestal. nbleite@uol.com.br Email:

FOTO: Divulgação

MAR/2010

Mudas de Guanandi

2 - O grande problema da silvicultura é a complexa legislação federal e dos estados: gera custos elevados, não é confiável, inibe os investimentos, além de dar margem à incontrolável corrupção – a silvicultura é a única atividade rural controlada do começo ao fim do processo; alguns controles são indispensáveis, mas a maioria só serve para justificar a estrutura de fiscalização herdada dos incentivos fiscais; 3 - Falta um planejamento de longo prazo, que determine as regras para se plantar e integre as políticas de infra-estrutura e de desenvolvimento industrial; trabalho multidisciplinar, que deverá envolver vários ministérios e constituir-se em instrumento indispensável para uma atividade de longo prazo ; 4 - Devem ser instituídas linhas de financiamentos compatíveis com as características da atividade: plantios comerciais, madeira de processo, manejo de ciclos longos, silvicultura de espécies nativas,plantios de proteção, recuperação de áreas degradadas,etc.

São todas alternativas silviculturais e impossíveis de serem tratadas da mesma forma; 5 - Faltam políticas públicas que permitam a efetiva participação do pequeno produtor no processo produtivo. Com liberdade para escolher o quê plantar, como manejar, quando colher e para quem vender a preços convenientes. A dependência de programas oportunistas de fomento, mantidos mais para propaganda de ações socioambientais para justificarse junto às certificadoras ou para enriquecer os discursos institucionais, mostrou-se desastrosa, diante da crise de 2008, salvo raras exceções, que merecerão destaque neste espaço; 6 - A tecnologia florestal precisa ser amplamente divulgada para toda a sociedade. Embora a grande fonte de recursos para financiamento de pesquisas seja originada das grandes empresas, o resultado dos trabalhos científicos, ainda não chega na ponta da produção. Com certeza, não é problema de quem faz a pesquisa, mas é a flagrante constatação da falta de um eficiente programa de extensão florestal . As entidades de pesquisas florestais necessitam de mais recursos para ampliar e aprofundar seus estudos, também para as espécies nativas; 7 - Há necessidade de amplo programa de divulgação sobre a comprovada utilidade e uso da madeira de eucalipto e pinus para as mais diversas finalidades: grande parte da madeira da Amazônia consumida nas regiões sul e sudeste, poderia ser substituída e com vantagens , pela madeira originada das florestas plantadas - sem frete, sem desmatamento e sem ilegalidade; 8 - As entidades de classe, empresas e instituições de pesquisas precisam divulgar e discutir amplamente os valores sociais e ambientais das florestas plantadas. E essa discussão precisa ser promovida com outra platéia, fora do setor, com dados concretos da ciência e informações do diaa-dia, numa linguagem, que possa ser entendida por toda a sociedade e formadores de opinião, principalmente, pelos especializados na luta contra a cultura do eucalipto e do pinus;


SILVICULTURA FOTO: Editora Attalea

9 - Os processos de licenciamentos complexos, morosos, caros e improdutivos, em muitos estados, precisam ser repensados e adequados às reais necessidades técnicas. Atualmente, exigem-se uma enorme quantidade de documentos, com dados de campo e informações repetitivas, muito além da capacidade analítica e operacional das estruturas governamentais. Uma burocracia, que não contribuem em nada para o enriquecimento sustentável dos empreendimentos. São documentos caros, trabalhosos e que depois de complementados inúmeras vezes, se transformam em volumes de prateleiras e, raramente, são acompanhados - parte dessa sobrecarga burocrática poderia se restringir a um projeto técnico, devidamente elaborado e implementado sob a responsabilidade de profissionais legalmente habilitados, e que permitisse, a qualquer momento, as devidas avaliações técnicas, ambientais e sociais; 10 - À semelhança da certificação florestal, que atesta o que está feito e dá credibilidade aos bons procedimentos empresariais, haveria de se criar algum processo seletivo para orientar e até proibir a instalação de empreendimentos, que não atendam ao mínimo dos conhecimentos técnicos acumulados, em mais de 50 anos, pela ciência florestal brasileira - esse mecanismo seria de grande utilidade para o bem da silvicultura e dos novos investidores. Com certeza, essa relação pode ser aumentada, subdividida, desdobrada, enfim, precisa e deve ser pensada e enriquecida pelo setor. Há quem aposte que com três ou quatro dessas questões resolvidas, teríamos um grande avanço. Os mais otimistas acreditam em uma ou duas ações e há os que defendam, que para um setor se desenvolver e se projetar, internacionalmente, precisaria de tudo isso e mais alguma coisa! De tudo isso, é possível perceber-se que: a) - não há nenhuma novidade nas colocações apresentadas - é tudo coisa conhecida! b) - em documentos de décadas passadas, mais de 80 % das questões assinaladas já eram apresentadas, como graves problemas, que precisavam de urgentes soluções mas já se foram duas gestões - FHC e já se vão mais duas gestões - LULA; c) - nesse período, em que poucas modificações existiram e embora para os mais céticos, nada tenha mudado, o setor cresceu e essas questões pouco atrapalharam; Dessa avaliação, pode-se ter algumas conclusões: i) - é tudo balela e choradeira: o setor tem vida própria, independência institucional e tem força para superar suas dificuldades; ii) - há problemas a serem resolvidos: as questões existem, sempre dificultaram o setor, e só foram superadas, porque a atividade esteve ligada, na sua grande maioria, à produção de matéria prima de grandes indústrias e o

produto final foi capaz de pagar as contas – o que não poderia acontecer era faltar madeira! iii) - as questões existem e exigem solução: os tempos mudaram e a floresta virou negócio; os problemas impactam os custos e oneram a produção, afetando a viabilidade econômica do empreendimento; podem afastar investidores e prejudicar a competitividade da silvicultura brasileira. Essa conjugação de fatores adver-sos, poderá limitar o crescimento da atividade, na medida em que aumentam os interessados na atividade florestal, como negócio independente e sustentável! Estamos vivendo uma nova fase da silvicultura com novos objetivos, novos clientes e novos interesses. Precisamos encontrar novas alternativas, novos argumentos e novas estratégias, ainda que sejam para buscar soluções para os mesmos problemas, supostamente, conhecidos e há muito tempo em discussão! O interessante é que as novas eleições, mesmo que com candidatos não tão novos, propiciam um momento singular para cobranças, compromissos, enfim, uma nova oportunidade para ampla reflexão de todos que lutam pela valorização da silvicultura brasileira! O importante é que mantenhamos a disposição para mais um gole, mesmo que seja, de um café amargo e requentado e que poderá, até A ser servido pelas mesmas pessoas!

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22 MAR/2010

Fruticultor de Franca investe na produção de uvas de mesa

FOTOS: Editora Attalea

FRUTICULTURA

de nascimento, o fruticultor Paulo Carlos P aranaense da Silva vem se destacando como um excelente produtor de uvas de mesa, numa região em que as lavouras de café arábica predominam na paisagem. Morador da cidade de Franca (SP), em uma chácara do bairro Capitão Heliodoro, Paulo utilizou apenas uma pequena área de 0,42 hectares para produzir no ano passado 15 mil kg de uvas, das variedades ‘Itália’, ‘Rubi’ e ‘Benitaka’, em 420 pés plantados em sistema de latada. Produção totalmente comercializada no município de Franca, para consumo e enfeites de mesas natalinas. De acordo com o Luis Fernando Carvalho Paulino, engenheiro agrônomo da Casa das Sementes e responsável pela orientação técnica do parreiral, o produtor merece ser destacado. “Primeiro, pelo desenvolvimento de tecnologias simples, mas eficazes no controle de doenças, bem como na produção de uvas com elevado padrão de qualidade”, afirma. Para o MAPA – Ministério da Agricultura, para que uma uva de mesa esteja suficientemente desenvolvida e satisfatoriamente madura esta deve alcançar um índice refratrométrico de no mínimo16º Brix (lê-se graus brix). No caso do Sr. Paulo, a uva chega a atingir valores acima desta média , atraindo os consumidores mais exigentes. “Considero o Paulo uma pessoa muito caprichosa, pois este tipo de uva para ser produzida na região de Franca é muito complicado, pois aqui chove muito e favorece a incidência de doenças. Mas ele adquiriu um conhecimento próprio que, mesmo em condições adversas, consegue uma excelente qualidade de uva, com uma boa produção e uma ótima sanidade”, explica Luis Fernando. Segundo o agrônomo, a observação e o tempo ensinaram o produtor a trabalhar os aspectos negativos do excesso de umidade na lavoura. Primeiro, com a adoção de um espaçamento de 4m x 2,5m (diferente do tradicional 3x2m), além da redução da vegetação (limpeza),

Paulo Carlos da Silva mostra cacho de uva da variedade ‘Itália’ produzido em sua propriedade.

favorecendo uma maior incidência de raios solares e reduzindo a umidade no parreiral. Quando da frutificação, o produtor adotou a instalação de plásticos na parte superior dos cachos, em forma de “chapéus protetores”, evitando a queda de chuva nos cachos. Se por um lado o clima chuvoso de Franca intensifica a incidência de doenças no parreiral, prejudicando a qualidade e a quantidade de cachos de uva, este mesmo clima contribui favoravelmente para a obtenção de frutos mais adocicados e mais vistosos aos olhos do consumidor. “Aqui em Franca, o produtor de uva de mesa leva vantagem sobre outros produtores de outras regiões produtoras. Isto porque, como as noites francanas são mais frias, a uva principalmente da variedade ‘Rubi’ atinge a maturação adequada, com teores de açúcares altos e coloração bastante intensa, que representam características bastante positivas da variedade, atendendo às exigências do público consumidor”, afirma. O sistema em latada foi o sistema de condução adotado pelo Sr. Paulo. É interessante por vários aspectos. Primeiro, ocupa menos espaço; o produtor racionaliza melhor a área que possui. Segundo, a produtividade é maior. E, finalmente, a qualidade dos frutos é melhor, pois como toda a área é coberta com tela protetora , esta evita a entrada de pássaros, marimbondo e abelha Arapuá, que danificam sobremaneira


FRUTICULTURA FOTO: Editora Attalea

nossa região, ele voltou a trabalhar com uma safra anual. Além do espaçamento e da cobertura dos cachos de uva com plásticos, o produtor considera que a poda na época correta e o manejo da adubação são também importantes. Conforme o agrônomo Luis Fernando, existem dois tipos de poda:a) - Poda de Formação (ou poda curta) = visando a limpeza da parreira pós-colheita e emissão de novos brotos produtivos (só produz em ramo do ano). Deixando 2 a 3 gemas; b) - Poda de Produção (ou poda longa) = que é a que realmente vai fazer a parreira a produzir os cachos. Feita normalmente a partir da 6ª gema em diante. É um esquema variado, que depende de pé para

Paulo e o consultor técnico Luis Fernando Paulino, engenheiro agrônomo da Casa das Sementes.

a florada, os cachos em formação e os frutos em amadurecimento. Espaçamento utilizado pelo produtor é próximo do ideal, visto que, com ele, facilita o manejo da lavoura, facilitando os tratos manuais da cultura, bem como contribui com a sanidade do parreiral. Permite a entrada dos trabalhadores para todas as operações, seja para limpeza, podas, adubações, controle de pragas e doenças e colheita. PODAS – Na região de Franca, o ciclo produtivo da uva gira em torno de 150 dias. Portanto, em um ano, o parreiral pode produzir até 2 safras. No caso do Sr. Paulo, ele adotava esta prática, mas devido ao clima úmido da

pé. Já existem no mercado produtos que induzem a brotação das gemas da videira, mas neste caso o que o produtor utiliza é determinar o mês em que pretende colher a uva e efetuar a poda cinco meses antes. “O Paulo colhe a uva em dezembro, visando as vendas natalinas. Ele escalona a poda na área plantada, geralmente a cada 15 dias, de maneira que a colheita também seja feita de forma escalonada. Isto facilita o manejo na colheita, otimizando a mão-de-obra já existente, sem ter que contratar muitos funcionários em uma mesma época. Sem falar que ele terá produção durante um período bem maior do que se podasse toda o parreiral de

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FOTOS: Editora Attalea

FRUTICULTURA

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Em destaque, o sistema de proteção com plásticos nos cachos das variedades ‘Rubi’ (esquerda) e ‘Italia’ (direita)

uma única vez. Isto faz com que o produtor acabe conseguindo preços melhores do que na época em que há mais uva no mercado, tendo a concorrência de outros produtores”, explica Luis Fernando. “É uma técnica fantástica e que exige pouco recurso. Mas é muito importante lembrar que, no momento da poda da videira, o produtor deve podar a rama madura e não rama verde” orienta o agrônomo. Para o produtor, além da questão comercial, a uva é uma fruta extremamente bonita. “É uma atividade bastante prazerosa trabalhar com a cultura. Para os amadores, é uma atividade bastante relaxante cuidar do parreiral”, diz. INSTALAÇÃO – No caso do sistema em latada, adotado pelo fruticultor, uma dica importante é fazer a parreira bem alta. Isto porque a estrutura para sustentar o peso da parreira mais o peso dos cachos quando da frutificação tem que ser forte o suficiente para não arquear (acamar). Se isto acontecer, irá impedir ou dificultar os tratos culturais e o bom ma-

nejo do parreiral. “Já vi casos de parreirais comerciais e de pomares em que o agricultor teve que entrar de joelhos para manejá-los. Sem falar no aumento da incidência de doenças. Por causa de um erro lá atrás, na instalação da estrutura, o agricultor acaba desistindo da cultura. Por isso, recomendamos que, quando o produtor for montar uma parreiral, procure a Casa das Sementes para que com a devida orientação , o produtor possa , obter sucesso, seja plantio comercial ou plantio de pomares caseiros”, explica Luis Fernando. O custo médio para a instalação do sistema latada fica em torno de R$ 25 mil por hectare, com um custeio anual de R$ 7 mil por hectare. Já o custo das mudas, já enxertadas, gira em torno de R$ 1,20 a R$ 1,80 a unidade. PORTA-ENXERTOS – Para a produção de uvas das variedades Itália, Rubi e Benitaka, Luis Fernando indica apenas dois porta-enxertos: o ‘IAC-572 Jales’ e o ‘IAC-313 Tropical Sem Vírus’. “Estes dois porta-enxertos são os mais vigorosos e resistentes a

várias pragas e doenças. Anteriormente, nesta região, foi muito utilizado o porta-enxerto ‘IAC 420-A’. Mas, especificamente para estas variedades, ele apresenta uma característica negativa importante, quando comparado com os outros dois portaenxertos citados anteriormente, que é o fato de não suportar o alto vigor dos enxertos de ‘Itália’, ‘Rubi’ e ‘Benitaka’. Quanto maior a produção, mais o porta-enxerto sente. Sem falar que o 420-A também é susceptível a algumas doenças” orienta o agrônomo. Só para se ter idéia, na safra do ano passado, Paulo Carlos obteve média de 36 kg/planta, alcançando média de preço de R$ 6,00 por kg de A fruta. INFORMAÇÕES PAULO CARLOS DA SILVA Tel. (16) 3703-5460 Av. Luiz Gonzaga, chácara 15 CASA DAS SEMENTES Tel. (16) 3723-3113 Av. Santos Dumont, 232


ECONOMIA e MERCADO

Introdução ao Mercado de Opções Romero Otávio Inez

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Conceitos iniciais contratos de opções assim como os contratos O sfuturos são títulos derivativos cujos valores dependem de outros títulos ou ativos. Desta forma, podem ser ferramentas poderosas tanto para criar uma proteção contra oscilação de preços como para especular. A opção consiste no direito de compra ou venda de um ativo por um preço específico numa data estipulada de exercício ou vencimento. A contraparte, que será detentora deste direito, paga um prêmio específico à outra contraparte lançadora da opção. O valor do prêmio da opção basicamente é influenciado por variáveis como taxas de juros, preço de exercício, preço do ativo objeto, tempo até o vencimento e volatilidade do preço do ativo objeto. O direito de compra ou venda negociado por meio de uma opção pode estar referido a diversos tipos de ativos. Pelo menos quatro tipos podem ser diferenciados: - ativos tangíveis ou físicos, como ouro em lingotes ou um produto agrícola como o café; - valores mobiliários, como a ação de uma companhia cotada em bolsa; - um conceito abstrato como o preço de uma commodity – uma opção sobre a “taxa de câmbio”, por exemplo; - um outro contrato derivativo (futuro ou de swap) – os contratos de opções sobre o contrato futuro de café, sobre o contrato futuro de DI, dentre outros. Classificação quanto ao prazo para exercício Opções Americanas: O titular pode exercer o seu direito a qualquer momento até a data de exercício Opções Européias: O titular pode exercer o seu direito somente na data de exercício. Tipos de opções 1-Call: Opção de compra - Uma opção de compra (call) dá ao titular o direito de comprar um ativo por um preço especificado, chamado de preço de exercício, na, ou antes de alguma, data especificada de vencimento. Por exemplo, uma opção de compra americana em março de 2010, com prazo de exercício em julho de 2010, sobre o mercado futuro de café e com um preço de exercício de US$ 100 dá ao titular o direito de comprar contratos futuros de café do lançador da opção por um preço de US$ 100 a qualquer momento até, e incluindo, a data de vencimento em julho. Este tipo de opção não precisa ser exercido pelo seu titular. É rentável para o titular exercer a opção apenas se o valor de mercado do ativo a ser comprado exceder o preço de exercício. Caso contrário, a opção pode não ser exercida e simplesmente expira sem valor. 1 - Bacharel em Ciências Contábeis e com MBA em Finanças, com Ênfase em Investimento e Risco - FGV São Paulo

O prêmio é o preço da opção de compra. Representa a compensação que o comprador da opção precisa pagar pelo direito de exercer a opção, caso o exercício da mesma se torne rentável. Os vendedores de opções de compra, os quais são chamados de lançadores, recebem uma renda de prêmio agora, como pagamento contra a possibilidade de que precisem, em alguma data futura, entregar o ativo em retorno por um preço de exercício que é abaixo do valor de mercado do ativo (caso o mercado suba). Se a opção vencer sem valor porque o preço de mercado do ativo permanece abaixo do preço de exercício, então o lançador da opção obtém um lucro igual à renda de prêmio derivada da venda da opção. Exemplo de lucro e perda na compra de uma opção de compra (call) americana de futuros de café. Obs. Preços hipotéticos. · Compra da opção: março/2010 · Preço de exercício: US$ 100 · Vencimento: até julho/2010 · Prêmio pago: US$ 5 a) De março/2010 a julho/2010 a cotação do mercado futuro de café esteve abaixo de US$ 100. Resultado para o comprador da opção: Perda de US$ 5 referentes ao prêmio pago. Não houve exercício da opção, pois foi mais vantajoso para o comprador da opção adquirir diretamente os contratos futuros de café na bolsa, pois conseguiu um preço inferior ao de exercício da opção (US$ 100).

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SILVA & DINIZ COMÉRCIO E REPRESENTAÇÃO DE CAFÉ LTDA. Av. Wilson Sábio de Mello, 1490, São Joaquim

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25 MAR/2010


ECONOMIA e MERCADO

26 MAR/2010

Resultado para o lançador da opção: Lucro de US$ 5 referentes ao prêmio recebido. Como não houve exercício da opção o lançador da opção embolsou o prêmio e conseguiu um resultado até maior, pois certamente deve ter aplicado o dinheiro no período de março/2010 a julho/ 2010. b) Em maio de 2010 a cotação do mercado futuro de café chegou a US$ 200. Resultado para o comprador da opção: O seu lucro será igual ao preço da cotação no mercado futuro – preço de exercício – prêmio pago pela opção, ou seja, US$ 200 US$ 100- US$ 5 = US$ 95. Este lucro é realizado no ato do exercício da opção, pois neste momento o comprador da opção adquire contratos futuros do lançador ao preço de exercício de US$ 100 e revende no próprio mercado futuro ao preço de cotação de US$ 200, encerrando sua posição. Resultado para o lançador da opção: A sua perda será igual ao preço da cotação no mercado futuro – preço de exercício – prêmio recebido pela opção, ou seja, US$ 200 - US$ 100- US$ 5 = US$ 95. Esta perda é realizada no ato do exercício da opção, pois neste momento o lançador adquire contratos futuros ao preço de cotação no mercado futuro de US$ 200 e é obrigado a revender ao detentor da opção ao preço de exercício de US$ 100, encerrando sua posição. 2-Put: Opção de venda Uma opção de venda (put) dá ao seu titular o direito de vender um ativo por um preço especificado de exercício convencionado na, ou antes da, data de vencimento. Por exemplo, uma opção de venda americana, com prazo de exercício em jul/2010, sobre o mercado futuro de café e com preço de exercício de US$ 100 dá ao titular o direito de vender contratos futuros ao lançador da opção de venda a um preço de US$ 100 a qualquer momento até o vencimento em julho, mesmo que a cotação no mercado futuro esteja abaixo de US$ 100. Enquanto que os lucros nas opções de compra aumentam quando o ativo aumenta em valor, os lucros sobre as opções de venda aumentam

quando o valor do ativo cai. Uma opção de venda será exercida somente se o preço de exercício for maior que o preço do ativo objeto. Exemplo de lucro e perda na compra de uma opção de venda (put) americana de futuros de café. Obs. Preços hipotéticos · Compra da opção: julho/2010 · Preço de exercício: US$ 200 · Vencimento: até dez/2010 · Prêmio pago: US$ 20 a) De julho/2010 a dezembro/ 2010 a cotação do mercado futuro de café esteve acima de US$ 200. Resultado para o comprador da opção: Perda de US$ 20 referentes ao prêmio pago. Não houve exercício da opção, pois foi mais vantajoso para o comprador da opção vender diretamente os contratos futuros de café na bolsa, pois conseguiu um preço superior ao de exercício da opção (US$ 200). Resultado para o lançador da opção: Lucro de US$ 20 referentes ao prêmio recebido. Como não houve exercício da opção o lançador embolsou o prêmio e conseguiu um resultado até maior, pois certamente deve ter aplicado este dinheiro no período de julho a dezembro de 2010. b) Em setembro de 2010 a cotação do mercado futuro de café chegou a US$ 100. Resultado para o comprador da opção: O seu lucro será igual ao preço de exercício-preço da cotação no mercado futuro – prêmio pago pela opção, ou seja, US$ 200US$ 100-US$ 20 = US$ 80. Este lucro é realizado no ato do exercício da opção, pois neste momento o comprador da opção adquire contratos futuros ao preço de cotação (US$ 100) e revende ao preço de exercício de US$ 200 ao lançador da opção, encerrando sua posição. Resultado para o lançador da opção: A sua perda será igual ao preço de exercício-preço da cotação no mercado futuro – prêmio recebido pela opção, ou seja, US$ 200-US$ 100-US$ 20 = US$ 80. Esta perda é realizada no ato do exercício da opção, pois neste momento o lançador vende contratos futuros ao preço de cotação no mercado futuro de US$ 100, e é obrigado a comprar contratos

futuros do detentor da opção de venda ao preço de exercício de US$ 200, encerrando sua posição. Denominações quanto às formas de exercício a) Opções “in the money” (dentro do dinheiro): Uma opção é descrita como estando dentro do dinheiro quando o seu preço de exercício produz um pagamento positivo ao titular da opção. b) Opções “ out of the money”(fora do dinheiro): Uma opção é dita fora do dinheiro quando o seu exercício não é rentável ao titular da opção. c) Opções “ at the money”(no dinheiro): Uma opção é dita no dinheiro quando o preço de exercício e o preço do ativo são iguais Considerações Finais As operações com opções são muito utilizadas no mercado financeiro por diversos agentes com diferentes estratégias. Um objetivo importante destes agentes reside na busca por um mecanismo de proteção de preços futuros, onde se dispõem a pagar um premio de exercício para garantir um preço futuro de compra ou venda para o ativo que negociam. Outros agentes atuam no mercado de opções de forma especulativa, quando recebem um premio especifico do comprador da opção e se obrigam a comprar ou vender o ativo objeto caso o preço atinja determinado valor em relação ao valor de exercício. Cabe ressaltar que para os compradores de opções não há necessidade de desembolsos adicionais como os ajustes diários e margens de garantia existentes nas operações com mercados futuros. Já para os lançadores de opções são exigidas margens de garantias pelas bolsas como instrumentos de execução em eventuais inadimplências. Ressalta-se a importância do acompanhamento e entendimento dos mecanismos deste mercado antes de qualquer participação como contraparte. Deve-se atentar para os aspectos de formação de preços futuros e prêmios de opções, bem como de todos os riscos envolvidos A ao ativo objeto da negociação.


FUNRURAL

Contribuição ao SENAR continua valendo STF - Supremo Tribunal O Federal, por decisão unâniFOTO: Divulgação

me, julgou no dia 03 de fevereiro, inconstitucional a contribuição previdenciária pelo empregador rural pessoa física para o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (FUNRURAL) sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção rural, como prevista no artigo 1º da Lei 8.540/92. O STF declarou a inconstitucionalidade do artigo 1º da Lei 8.540/92 ao julgar o Recurso Extraordinário nº 363852, interposto pelo Frigorífico Mataboi S.A., de Mato Grosso do Sul, por entender que a contribuição previdenciária do FUNRURAL foi instituída por uma lei ordinária e não por uma lei complementar, como deveria ter ocorrido. O STF conheceu e deu provimento ao recurso extraordinário para desobrigar os recorrentes da retenção e do recolhimento da contribuição previdenciária ou do seu recolhimento por subrrogação sobre a “receita bruta proveniente da comercialização da produção rural” de empregadores, pessoas físicas, fornecedores de bovinos para abate, declarando a inconstitucionalidade do artigo 1º da Lei nº 8.540/92, que deu nova redação aos artigos 12, incisos V e VII, 25, incisos I e II, e 30, inciso IV, da Lei nº 8.212/91, com a redação atualizada até a Lei nº 9.528/97, até que legislação nova, arrimada na Emenda Constitucional nº 20/ 98, venha a instituir a contribuição. O Tribunal julgou o caso concreto de uma empresa, o Frigorífico Mataboi. Portanto, a declaração de inconstitucionalidade aplica-se apenas a essa empresa, não se estendendo aos demais produtores. O FUNRURAL é uma contribuição substitutiva da cota patronal do encargo previdenciário (20%) mais o percentual do RAT – Riscos Ambientais do Trabalho (3%) dos produtores rurais pessoas físicas e jurídicas e também das empresas agroindustriais. Para o segurado especial o FUNRURAL é o custeio de sua previdência, servindo para aposentadoria e outros benefícios junto ao INSS. A alíquota do FUNRURAL é de 2,1%, sendo 2,0% para o INSS e 0,1% para o RAT. A contribuição ao SENAR, de 0,2%, não faz parte do FUNRURAL, ainda que seja sobre o valor da comercialização da produção e recolhida na mesma GPS – Guia da

Previdência Social, pois tem natureza jurídica diferente do FUNRURAL. A contribuição devida ao SENAR sobre a receita bruta da comercialização da produção, prevista no artigo 1º da Lei nº 8.315/91, artigo 2º da Lei 8.540/ 92 e na Lei 9.528/97, com a redação dada pela Lei 10.256/ 2001, continua sendo obrigatória, eis que a mesma possui natureza jurídica distinta e o STF declarou inconstitucional tão somente a contribuição devida à previdência social, não eximindo os produtores rurais pessoas físicas e jurídicas de efetuar o recolhimento da contribuição ao SENAR. Permanece também a obrigação prevista no parágrafo 5º do artigo 11 do Decreto 566/92, com a redação dada pelo Decreto 790/ 93, a empresa adquirente, consu-

midora ou consignatária ou a cooperativa ser subrogadas na obrigação de reter e efetuar o recolhimento da contribuição ao SENAR do valor descontado do produtor rural pessoa física, sob pena de responsabilidade. Não houve, portanto, qualquer alteração quanto ao recolhimento da contribuição para o SENAR, permanecendo a obrigação da retenção e do recolhimento por subrrogação da contribuição sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção rural, na alíquota de 0,2% para os produtores rurais pessoas físicas (empregadores), bem como para os Produtores Segurados Especiais. O recolhimento para o SENAR continuará a ser efetuado através da GPS e arrecadada pela Receita Federal, como contribuição devida a Terceiros (SENAR), Códigos de Pagamento 2704, 2607, 2437 2011 se houver recolhimento concomitante para a Previdência Social, ou os Códigos de Pagamento 2615 e 2712, se for recolhimento apenas para o SENAR – Campo 09 – Valor de Outras Entidades. (Extraído da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil e SENAR e publicado A no Canal do Produtor).

Escritório de Contabilidade Rural

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27 MAR/2010


FUNRURAL

A morte do Funrural

28

Álvaro Luis Pedroso Marques de Oliveira 1

MAR/2010

P

rodutores rurais de todo país já podem se preparar para velar a morte de uma das maiores excrescências de nosso sistema tributário: o FUNRURAL - Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural Por votação unânime, o Plenário do STF - Supremo Tribunal Federal declarou, no dia 03 de fevereiro, a inconstitucionalidade do artigo 1º da Lei 8.540/92, que prevê o recolhimento de contribuição para o FUNRURAL sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção rural de empregadores, pessoas naturais. Criado na década de 1970 com o intuito louvável de estender ao homem do campo os benefícios previdenciários dos trabalhadores urbanos, o tributo acabou por ser revogado, tacitamente, pela Constituição de 1988 quando da unificação dos sistemas previdenciários rurais e urbanos, universalizando as fontes de custeio e seus beneficiários. Ocorre que o governo, sempre na sanha arrecadadora e perpetrando, na matéria tributária, as maiores irregularidades de nosso direito; acabou por ressuscitar a contribuição do FUNRURAL por meio de manobras legislativas escusas, onerando o produtor, até hoje, com uma alíquota de 2,1% calculados sobre a venda de seus produtos. Um absurdo, uma “maracutaia” legalizada, que leva o homem do campo a custear sua contrapartida para o INSS em valores imensamente maiores e desproporcionais se comparados às contribuições normais feitas sobre a folha de salários. Apenas para exemplificar, o pecuarista que abate 1.000 bois durante o ano recolhe para os cofres do INSS, a título de FUNRURAL, o equivalente à R$ 26.000,00. Contudo, se fizesse o recolhimento com base na folha de salários, considerando que para o manejo de 1.000 bois ao 1 - Advogado em Rondonópolis (MT) e professor de Direito

ano necessitaria, apenas, de dois funcionários com salário médio de R$ 1.000 cada um; recolheria à previdência, neste caso, cerca de R$ 560,00 ao mês (28%) ou R$ 6.720 ao ano. Uma diferença estratosférica, desigual e discriminatória. A decisão tomada pelo Plenário do STF, que acolheu os argumentos do Frigorífico Mataboi, desobriga-o da retenção e do recolhimento da contribuição social ou de seu recolhimento por subrogação sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção rural de empregadores pessoas naturais, fornecedores de bovinos para abate. Mas antes de comemorar, o produtor deve se acautelar para uma possível bomba relógio que vem pela frente. É que os frigoríficos, no caso do FUNRURAL, são classificados como substitutos tributários, ou seja, são eles que cobram do produtor e repassam ao Fisco. Ocorre que alguns frigoríficos, já pensando em se beneficiar, deixaram de especificar a retenção do FUNRURAL nas notas fiscais de compra de gado, apesar de continuarem a descontar o valor da contribuição do produtor. Se os frigoríficos ganharem as ações eventualmente propostas, poderão afirmar que suportaram o encargo financeiro e apresentarão as notas sem a retenção do FUNRURAL, recebendo para si aquilo que foi descontado dos pecuaristas. A maioria dos produtores não terá ciência sobre o desfecho das ações e não reclamará o seu quinhão. É urgente a situação e os produtores rurais devem procurar seus advogados a fim de se proteger. Em nosso escritório várias ações individuais já estão sendo ajuizadas com base na decisão da Suprema Corte. Estamos aconselhando os produtores a exigir dos frigoríficos que não apontam o desconto do FUNRURAL na nota fiscal que forneçam uma declaração atestando que o imposto foi cobrado. Produtor desunido é presa fácil da alcatéia! (Publicado no jornal A TriA buna do Mato Grosso)

Produtores de Café e de Soja entram na justiça Produtores de soja e exportadores de café conseguiram liminares na Justiça, nos últimos dias, para suspender o recolhimento do FUNRURAL. O argumento é que a cobrança é inconstitucional. No caso do café, a contribuição recolhida pela cooperativa ou pelo comprador é descontada do produtor e repassada ao governo. Até 1992, o imposto era calculado sobre a folha de salários dos empregados que o produtor tem na fazenda. Naquele ano, houve uma mudança na lei e o FUNRURAL passou a incidir na receita bruta da propriedade. Como o STF considerou inconstitucional o recolhimento feito com base na receita bruta, em favor dos criadores que trabalham com o Frigorífico Mataboi, agora é o setor cafeeiro que se mobiliza. O CECAFÉ - Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, conseguiu uma liminar para deixar de recolher o FUNRURAL. “Isso vai beneficiar diretamente o produtor porque nós, exportadores, hoje podemos comprar o café e não descontar o FUNRURAL do produtor e não recolher ao governo”, falou Archimedes Coli Neto, representante do CECAFÉ. Além disto, os agricultores também querem de volta o dinheiro pago nos últimos cinco anos. O Sindicato dos Produtores Rurais de Varginha (MG) distribuirá um informativo para incentivar ações coletivas. “Nós já contatamos um grupo de advogados e já estamos fechando contrato, terminando de acertar valores, para que os produtores sindicalizados ou não possa, através do nosso sindicato, entrar com essa ação”, disse Arnaldo Botrel, presidente do sindicato. Além dos exportadores de café, produtores de soja de Mato Grosso conseguiram nos últimos dias outra liminar suspendendo o recolhimento do FUNRURAL. (Extraído de Globo Rural) A


PREÇOS AGRÍCOLAS

O MERCADO DE CAFÉ Fino/Extra - Mogiana e Minas

1

Indicador CEPEA/ESALQ MÊS

Cereja Descascado - Fino

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

1

267,84 285,19 263,28 256,35 254,84 255,76 250,52 248,86 261,58 256,84 261,28 262,04

2009

2010

268,41 280,75 269,58 278,68 262,60 260,10 268,02 256,64 247,50 255,34 254,29 262,20 262,20 281,57

FONTE: Esalq/USP

1

MAR/2010

CONILLON

ARÁBICA 2008

29

1

2008

2009

209,73 221,46 228,62 222,44 211,49 211,29 216,55 214,21 217,32 220,28 222,18 225,11

2010

227,66 173,51 224,07 168,47 212,57 212,57 197,13 188,45 180,09 186,13 188,89 180,77 180,77 176,41

- Em R$/saca 60kg

Evolução do Consumo Interno no Brasil

Boa Qualidade - Duros, Bem Preparados

1

Consumo Interno de Café no Brasil

ANO

Fechamento - Bolsa de Nova York

FONTE e ARTE: Escritório Carvalhaes /

1

1

1

- Em R$/saca de 60kg

1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

CONSUMO (milhões sc) total somente torrado/ inclusive solúvel moído 10,6 11,0 12,2 12,6 13,0 13,3 12,9 14,1 14,6 15,4 16,1 16,7 17,4

9,1 9,3 10,1 11,0 11,5 12,2 12,7 13,2 13,6 14,0 13,7 14,9 15,5 16,3 17,1 17,7 18,4

1

CONSUMO (kg/hab.ano) kg kg café café verde torrado 3,62 3,65 3,88 4,16 4,30 4,51 4,67 4,76 4,88 4,83 4,65 5,01 5,14 5,34 5,53 5,64 5,81

2,89 2,92 3,11 3,33 3,44 3,61 3,73 3,81 3,91 3,86 3,72 4,01 4,11 4,27 4,42 4,51 4,65

FONTE: ABIC. Período = novembro a outubro, sacas de 60kg


PREÇOS AGRÍCOLAS

CANA-DE-AÇÚCAR

30 MAR/2010

MÊS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

MENSAL 1 2008 2009

2007 0,3152 0,3028 0,3089 0,3217 0,2632 0,2299 0,2243 0,2268 0,2261 0,2174 0,2370 0,2418

FONTE: UDOP -

0,2402 0,2529 0,2628 0,2538 0,2506 0,2385 0,2493 0,2498 0,2685 0,2920 0,3015 0,3116

1

0,3238 0,3394 0,3211 0,2978 0,2802 0,2749 0,2993 0,3084 0,3375 0,3676 0,3744 0,3886

- Em R$/kg ATR //

2

2010

2007

CAMPO 2 2008 2009

0,4391 0,4726

38,29 37,90 37,63 35,13 31,65 29,34 28,05 27,36 26,91 26,42 26,38 26,46

26,46 26,55 26,74 27,71 27,53 26,93 26,97 27,02 27,41 28,02 28,54 28,97

- 109,19 kg ATR //

BOI GORDO MÊS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2009

vista prazo

74,61 74,85 76,19 77,24 80,52 91,53 92,79 92,05 88,82 90,79 88,39 82,20

84,01 81,54 77,54 80,03 79,47 80,85 81,39 77,92 77,25 77,18 74,35 74,64

75,70 77,03

1

MÊS 2008 30,93 27,79 27,19 26,62 27,43 26,88 27,76 24,56 23,78 22,32 20,51 20,75

2009

2010

23,67 22,26 20,62 21,29 22,25 22,24 20,55 19,42 19,13 20,60 20,41 20,02

19,66 18,35

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq

1

29,55 29,66 29,87 30,95 30,75 30,08 30,13 30,19 30,61 31,30 31,88 32,36

2010 76,97 78,12

- Em R$/arroba (15kg)

MILHO e SOJA MILHO 1

42,77 42,34 42,03 39,24 35,36 32,77 31,33 30,57 30,06 29,52 29,47 29,55

MÊS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2008 vista

1

493,19 504,14 517,13 551,69 623,64 712,18 751,58 740,16 726,05 716,86 702,55 659,71

peso 186,40 186,20 187,01 187,22 187,11 187,44 187,03 185,83 185,61 185,55 185,28 186,17

2009 2

vista

1

1

41,22 42,47

2010 2

vista 1 peso 2

186,21 186,22 186,82 188,46 188,39 191,75 191,75 187,65 194,29 186,79 187,09 185,99

601,17 182,58 608,98 190,86

peso

- Em R$/cabeça,; 2 - Em kg

LEITE C MÊS 2005

46,23 47,71 45,83 44,33 44,70 49,99 50,58 44,70 46,08 44,63 45,13 44,61

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

49,21 39,80 47,56 35,73 45,35 47,95 50,39 49,89 47,83 48,20 46,07 44,67 46,07 42,87

1

636,23 627,96 634,15 651,69 633,71 648,49 638,08 615,85 607,08 596,24 592,23 593,97

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq

SOJA 1 2008 2009 2010

- Em R$/saca de 60kg

32,88 33,49 33,93 36,32 35,18 34,49 34,99 35,53 36,54 37,83 38,85 39,85

2010

1 1 BEZERRO BEZERRO

vista prazo 85,35 82,54 78,51 80,93 80,32 81,68 82,28 78,98 78,58 78,61 75,71 75,66

36,91 38,02

1

2008 75,41 75,60 77,02 78,11 81,52 92,61 93,89 93,00 89,94 92,15 89,57 83,41

2007

- 121,97 kg ATR.

vista prazo

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

3

29,44 29,98 30,38 32,52 31,49 30,88 31,33 31,81 32,71 33,87 34,78 35,67

2010

ESTEIRA 3 2008 2009

1

ESTADO DE SP - REGIÃO DE FRANCA (SP) 0,491 0,472 0,510 0,520 0,538 0,534 0,516 0,438 0,448 0,448 0,401 0,310

2006 0,373 0,387 0,440 0,476 0,473 0,505 0,508 0,476 0,508 0,500 0,537

2007

2008

2009

2010

0,535 0,535 0,560 0,535 0,589 0,580 0,650 0,780 0,775 0,775 0,655 0,640

0,635 0,615 0,585 0,670 0,760 0,739 0,733 0,703 0,696 0,606 0,577 0,588

0,599 0,550 0,553 0,562 0,600 0,641 0,683 0,689 0,672 0,635 0,602 0,532

0,524 0,523

FONTE: FAESP / AEX Consultoria

1

- Em R$/Litro.


FIQUE DE OLHO

AGENDA DE EVENTOS MARÇO

MAIO

47ª EXPASS - Exposição Agropecuária de Passos Dia: 19 a 28/03. Sindicato Rural. Local: Recinto de Exposições “Adolpho Coelho Lemos”. Passos (MG). Contato: www.sinruralpassos.com.br

41ª EXPOAGRO - Exposição Agropecuária de Franca Dias: 14 a 23/05. Associação de Produtores Rurais. Local: Parque de Exposições “Fernando Costa”, Franca (SP). Tel: (16) 3724-7080. Contato: sede@franca.sp.gov.br.

15º FENICAFÉ – Encontro Nacional da Cafeicultura Irrigada Dias: 24 a 26/03. Associação dos Cafeicultores de Araguari. Local: Pica-Pau Country Club. Araguari (MG). Tel: (34) 3242-8888. Contato: www.fenicafe.com.br.

ABRIL 1º SIMPÓSIO PAULISTA DE MECANIZAÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR Dias: 07 a 08/04. UNESP. Local: Centro de Convenções FCAVJ, Jaboticabal (SP). Tel: (16) 3209-2637. Contato: spmec2010@gmail.com. 4º BRASIL CERTIFICADO - Feira de Produtos Florestais e Agrícolas Certificados Dias: 07 a 09/04. IMAFLORA. Local: Centro de Eventos São Luis, São Paulo (SP). Tel: (11) 3722-3344. Contato: www.brasilcertificado.com.br 41ª EXPOSIÇÃO AGROPECUÁRIA E INDUSTRIAL DE ITAPETININGA Dias: 16 a 25/04. Sindicato Rural de Franca. Local: Parque de Exposições “Acácio de Moraes Terra”, Itapetininga (SP). Tel: (15) 3271-0811. Contato: www.sritape.com.br.

18ª Seminário Internacional do Café de Santos Dias: 18 a 19/05. ACS. Local: Associação Comercial de Santos, Santos (SP). Tel: (13) 3212-8200. Contato: camila@acs.org.br 6ª BIOBRAZIL FAIR - Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia Dias: 20 a 23/05. FRANCAL. Local: Pavilhão da Bienal Parque Ibirapuera, São Paulo Franca (SP). Tel: (11) 22263100. Contato: www.biobrazilfair.com. br. 6ª SUPERAGRO MINAS Dias: 26/05 a 06/06. SEAPA, FAEMG, IMA, SEBRAE. Local: Parque da Gameleira, Belo Horizonte (MG). Tel: (31) 3334-5783 . Contato: www. superagro2010.com.br. 13ª EXPOCACHAÇA - Feira Internacional da Cachaça Dias: 28/05 a 01/06. Cachaças do Brasil. Local: Pavilhões 2 e 3 do EXPOMINAS, Belo Horizonte (MG). Tel: (31) 32846315. Contato: www.expocachaca. com.br.

JUNHO 16º Seminário Nacional de Criadores e Pesquisadores Dias: 23 e 24/04. ANCP. Local: Centro de Convenções de Ribeirão Preto (SP). Tel: (16) 3877-3260. Contato: secretaria@ancp.org.br.

16ª FEICORTE - Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne. Dias: 15 a 19/06. AGROCENTRO. Local: Centro de Exposições Imigrantes. São Paulo (SP). Tel: (11) 5067-6767 . Contato: www.feicorte.com.br.

17ª AGRISHOW - Feira Internacional de Tecnologia em Ação Dias: 26 a 30/04. ABIMAQ, ABAG, SRB e ANDA. Local: Pólo de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios, Ribeirão Preto (SP). Tel: (11) 3060-5000. Contato: www.agrishow.com.br.

17ª HORTITEC - Exposição Técnica em Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas. Dias: 16 a 18/06. RBB Feiras e Eventos. Local: Recinto de Exposições. Holambra (SP). Tel: (19) 3802-4195 . Contato: www.hortitec.com.br.

76ª EXPOZEBU - Exposição Internacional do Gado Zebu Dias: 28/04 a 10/05. ABCZ. Local: Parque de Exposições “Fernando Costa”, Uberaba (MG). Tel: (34) 3319-3900. Contato: www.abcz.com.br.

4º WORKSHOP AGROENERGIA MATÉRIAS PRIMAS Dias: 29 a 30/06. IAC e APTA. Local: IAC Centro de Convenções da Canade-Açúcar, Ribeirão Preto (SP). Tel: (19) 3014-0148 . Contato: eabramides@ terra.com.br.

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MANUAL DE CLÍNICA AVIÁRIA Autor: Rupley Editora: Rocca Contato: AGROLIVROS. Tel. (51) 3403-1155. www.agrolivros. com.br Proporciona aos veterinários a informação que eles precisam para fornecer cuidados médicos aviários de qualidade e para servir como uma referência rápida para uso em clínica.

31 MAR/2010


32 MAR/2010


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