Edição 39 - Revista de Agronegócios - Outubro/2009

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1 Revista Attalea庐 Agroneg贸cios - Out 2009 -


Attalea

LWS

30 Anos

Fone./Fax: (16) 3720-0466 Rua Ivo Rodrigues de Freitas, 3031- Distrito Industrial - Franca - SP www.lwsequipamentos.com.br - e-mail: lws@lwsequipamentos.com.br

Conjunto de Ordenha Eurolatte balde ao pé

2 Revista Attalea® Agronegócios - Out 2009 -

Pulsador Simultâneo

Unidade de Vácuo Eurolatte 700 / 1050

Bomba de vácuo 300

Bomba de Vácuo 430

Bomba de Vácuo 700

Bomba de Vácuo 1050

Pulsador Alternado

Kit Ordenha Eurolatte

Pneumático L02 InterPuls

Insuflador, coletor, copos em aço inox e tubo curto do vácuo Eurolatte

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Attalea

A OIMASA, A SUA CONCESSIONÁRIA MASSEY FERGUSON PARA FRANCA E REGIÃO, PARABENIZA OS GANHADORES DO 7º CONCURSO DE QUALIDADE DO CAFÉ DA ALTA MOGIANA

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Foto: Nilson Konrad

Revista Attalea® Agronegócios - Out 2009 -

Cereja Descascado

Café Natural 1º - Gabriel Queiroz Limonti 2º - Alice Vieira Guerra 3º - Reginaldo M. Silva 4º - Gustavo Balduíno 5º - Danilo José Basso

1º - Verci C. Ferrero 2º - Paulo Eduardo Maciel 3º - Luiz da Cunha Sobrinho 4º - José Francisco C. Jacintho 5º - Luiz Cláudio Cunha

Oimasa Franca Av. Wilson Sábio de Mello, 1430 - Tel. (16) 3711-7900


A safra 2009/2010 e a Confraternização O P I N I Ã O

4 Revista Attalea® Agronegócios - Out 2009 -

Para quem pedia chuva nesta época, São Pedro está ajudando muito bem para quem está preparando a terra para o próximo plantio de grãos ou para aqueles que a época requer os tratos culturais necessários às lavouras permantes, como o café e a fruticultura. É a época correta para a aquisição de insumos necessários para a condução das lavouras temporárias e permanentes. A gestão financeira da propriedade deve sempre ser levada em consideração. O produtor rural precisa crer que a propriedade é uma empresa e que precisa ser gerenciada de forma empresarial. Não pode simplesmente aguardar o “se Deus quiser no ano que vem vai dar tudo certo”. A palestra do engº agrº Saulo Faleiros, na Semana do Engº Agrônomo 2009 da Região de Franca, abordou muito bem este assunto. Ensinar o produtor rural a importância da gestão na propriedade é a responsabilidade da nova geração de engenheiros agrônomos. Também na Semana do Engº Agrônomo 2009, a Revista Attalea Agronegócios foi patrocinadora, juntamente com outras empresas. Quero ressaltar o profissionalismo e a amizade de todos os membros da Comissão Organizadora. Aqueles que já tinha amizade anteriormente e aqueles que agora me sinto mais próximo. O presidente Toninho (Bunge-Serrana), principalmente pela serenidade; Saulo, Guilherme Jacintho e Guilherme Ubiali (Cocapec); Junior (Prefeitura); João Fábio e Heloisa (Coonai); Mário Cunha (Cati), André Siqueira (Casa do Café); Welson Roberto (Cetesb-

DEPRN) e Fernanda Nogueira. Parabéns a todos nós pelo brilhantismo e, sem falsa modéstia, pela organização do Jantar do Engenheiro Agrônomo 2009. Foram várias as conquistas neste ano. Foi memorável, principalmente por rever grandes amigos, abraçar parceiros comerciais como João Benetti (Embrafós), Fernando (Fertec), João Dedemo (Dedeagro), Paulinho (Casa das Sementes), Liliana Jurdi (Sami Máquinas), Alexandre (Oimasa), Allan e Sheila (Bolsa Agronegócios), Paulo Figueiredo (Arbara), Maurício Miarelli (Cocapec), entre outros. Nesta edição, apresentamos como matéria principal orientações sobre a tecnologia de plantio de milho Bt - híbridos modificados geneticamente. Aos produtores de leite, apresentamos nesta edição orientações sobre a limpeza dos equipamentos de ordenha. Na silvicultura, publicamos informações sobre a importância do tratamento da madeira do eucalipto, para uso em construções civis, dormentes, mourões e postes. Apresentamos ainda os cafeiculores premiados do 7º Concurso de Qualidade de Café da AMSC e no 6º Concurso de Qualidade de Café da COCAPEC, Seleção ‘Senhor Café’ Café’. Aos proprietários rurais apresentamos importante artigo sobre Reserva Legal, lembrando-os do prazo, determinado em lei, que se encerra em dezembro. Boa leitura a todos!

A Revista Attalea Agronegócios, registrada no Registro de Marcas e Patentes do INPI, é uma publicação mensal da Editora Attalea Revista de Agronegócios Ltda., com distribuição gratuita a produtores rurais, empresários e profissionais do setor de agronegócios, atingindo 85 municípios das regiões da Alta Mogiana, Sul e Sudoeste de Minas Gerais. EDITORA ATTALEA REVISTA DE AGRONEGÓCIOS LTDA. CNPJ nº 07.816.669/0001-03 Inscr. Municipal 44.024-8 R. Profª Amália Pimentel, 2394, Tel. (16) 3403-4992 São José - Franca (SP) CEP: 14.403-440

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Cafeicultores visitam fábrica da Jacto em Pompéia, SP M Á Q U I N A S

FOTO: Divulgação Sami Máquinas

Seguindo a tradição de todos os anos, a Sami Máquinas Agrícolas leva uma vez por ano cafeicultores para conhecer a fabricante de colhedoras de café e pulverizadores Jacto. E este ano não poderia ser diferente. Os produtores se encontraram nas dependências da Sami Máquinas no dia 30/09 e partiram rumo a Pompéia, retornando no dia seguinte, 01/10/2009 no início da tarde. Localizada em Pompéia, no interior de São Paulo, a Jacto foi fundada pelo Sr. Shunji Nishimura, em 1948. Sempre pioneira no desenvolvimento de máquinas, como o pulverizador costal e o emprego do plástico na fabricação de tanques para pulverizadores, a Jacto não poderia deixar de ser pioneira na construção da máquina que chegaria para revolucionar o mercado mundial de café. E foi em 1979 que ela lançou a primeira colhedora de café do mundo, a K-3, trazendo prosperidade à agricultura brasileira e mundial, mecanizando a lavoura e beneficiando aos cafeicultores. Desde então, a Jacto não parou mais. Foi se desenvolvendo ao longo dos anos, sempre preocupada em atender as necessidades do produtor rural da melhor forma possível. Para isso, está sempre investindo em pesquisas, novas tecnologias e pessoas, construindo através deste elo, uma história de sucesso e determinação. Além disso, a Jacto tem um enorme e importante trabalho social, na Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia, que todos os anos leva educação e conhecimento para os jovens deste país e os prepara para ingressar no mercado de trabalho.

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Revendedor exclusivo de colhedoras Jacto na região de Franca, SP, a Sami Máquinas Agrícolas, tem o prazer de oferecer esta visita aos produtores de café todos os anos, para que eles conheçam esta magnífica fábrica e sua história. Durante a visita de um dia, preparada com todo o cuidado pelos funcionários da Jacto, os produtores tem a oportunidade de conhecer as dependências da fábrica e observar as linhas de produção de todas as máquinas. Conhecem também a UNIPAC, a mais completa indústria de transformação de plástico do país, também pertencente ao Grupo Jacto. O ponto alto desta visita são o contato e as conversas que se originam entre os clientes e a fábrica. Os funcionários

da Jacto abrem esta oportunidade para que os clientes exponham suas necessidades, dúvidas, críticas, sugestões e elogios quanto aos seus produtos e tecnologias. Este é um momento de extrema importância para ambas as partes, uma vez que as aproxima e as torna parceiras. A visita é encerrada na fundação Shunji Nishimura que conta com um museu belíssimo da história da Jacto e de seu fundador, desde seu desembarque no Brasil vindo do Japão. “Da Sami Máquinas o imenso obrigado a Jacto que proporciona esta parceria entre fábrica, revenda e clientes, e aos cafeicultores que confiam no nosso trabalho e também fazem parte desta história de sucesso”, agradece o diretor comercial da Sami Máquinas Agrícolas, Sami El Jurdi.

MATRIZ - FRANCA, SP FILIAL - S. S. PARAÍSO, MG www.samimaquinas.com.br Av. Wilson Sábio de Mello, 2141 Av. Brasil, 727, Vila Helena Distrito Industrial - CEP: 14.406-052 CEP: 37.950-000 Tel. (16) 3713-9600 / Fax. (16) 3713-9626 Tel./Fax (35) 3531-4007 / (35) 3531-7000 comercial@samimaquinas.com.br filial@samimaquinas.com.br


L E I T E

6 Revista Attalea® Agronegócios - Out 2009 -

“É fundamental que o sistema de ordenha esteja limpo para que o leite tenha máxima qualidade”. A afirmação é do médico veterinário David Reid, da Rock Ridge Veterinary Clinic, de Wisconsin (EUA), que recentemente esteve no Brasil revelando que o leite é um dos substratos mais propícios para o crescimento bacteriano, só perdendo nesse aspecto para o sangue. Comumente as bactérias que estão no leite são provenientes de fontes externas, as quais quase sempre tem como referência os equipamentos de ordenha, com destaque para os insufladores, seguidos da pele dos tetos, água e até mesmo o ar introduzido na linha de ordenha durante o processo. Por isso, enfatiza com frequência a necessidade de dispensar a máxima atenção à limpeza de equipamentos de ordenha quando a pretensão é fornecer uma matéria-prima de alta qualidade. Reid costuma dizer que nem toda água é pura, assim como nem todo leite também o é, citando ainda que o resfriamento não destrói os possíveis microrganismos ou bactérias existentes no leite, mas apenas inibe seu crescimento. São conceitos de amplo conhecimento na pecuária leiteira norteamericana, onde o meio mais comum para analisar a qualidade do leite é o SPC (standing plate count), ou seja, a contagem bacteriana total. Consiste em coletar amostra numa placa, fazendose a contagem das colônias de bactérias por ml de leite. Nos EUA, o limite legal é de 100 mil bactérias, mas muitos

FOTO: Editora Attalea

Como fazer a limpeza de equipamentos de ordenha

laticínios só pagam bonificação para o leite que apresente menos que 25 mil bactérias na contagem bacteriana total. Baixa contagem de células somáticas também merece um pagamento diferenciado, sendo prática atrelar as duas exigências para se remunerar melhor. Outro teste rotineiramente feito nos EUA é chamado de contagem preliminar à incubação (preliminary incubation count - PIC). A diferença com o de contagem bacteriana é que no PIC o leite é incubado a 13oC por 18 horas, antes de se fazer a contagem bacteriana. “Esse teste denuncia o uso ou não de detergentes alcalinos e ácidos para limpeza do equipamento após cada ordenha”, cita Reid. Quando se depara com PIC elevado, acima de 100 mil, há algumas suspeitas mais evidentes para se detectar o problema. Podem ser: falha na sanitização da linha de leite antes da ordenha ou no tanque de expansão; vacas sujas ou com tetos ordenhados ainda úmidos; uso de

CHECANDO PROBLEMAS Ao avaliar um equipamento de ordenha você deve checar os dez itens para que se possa estimar a razão de problema. É um procedimento muito simples para ser usado em propriedades que tenham problemas com alta contagem bacteriana. • A temperatura de enxágüe, que deve estar entre 32 e 38 oC. • O ciclo de enxágüe deve percorrer o sistema apenas uma vez. • A água de lavagem deve entrar com temperatura superior a 71oC. • A duração do ciclo deve ser de no mínimo 5 e no máximo 10 minutos. • O pH da solução alcalina clorada deve ser maior que 11. • A temperatura de saída da solução de lavagem deve ser de 49oC. • A temperatura da solução ácida deve estar entre 32 e 38 oC. • O pH da solução ácida tem que ser menor que 3. • Checar os sanitizantes com um kit confiável • Analisar ação da água e calcular o volume utilizado

insufladores já desgastados e válvula de saída do tanque de expansão suja. Outros problemas relacionados com alta contagem bacteriana podem ainda ter origem em razão do uso de quantidades inadequadas de água quente, o que se constata na maioria das fazendas, e baixa qualidade de detergentes ou soluções inadequadas. Por fim, cita ainda os pontos baixos na linha, quando esta não se apresenta inclinada o bastante para permitir a drenagem completa após ordenha. Segundo sua experiência, menos de 3% dos casos de alta contagem bacteriana se devem às vacas. Tal razão não deixa dúvidas de que uma análise sistemática em todo o ciclo de limpeza dos equipamentos é fundamental para determinar se tudo na sala de ordenha está ou não funcionando adequadamente. A começar pelo resfriamento adequado, o que significa que o primeiro leite colocado no tanque atinja, após duas horas, 4oC, enquanto que o leite da ordenha seguinte colocado no mesmo tanque alcance de imediato o máximo 10oC. Uma hora após o termino da ordenha esta temperatura deve retornar novamente os 4oC iniciais. Tempo, Temperatura, e Turbulência definem a Boa Limpeza - Para assegurar a limpeza adequada, deve-se garantir a conjugação dos três fatores da limpeza: tempo, temperatura e turbulência. Juntos são capazes, por exemplo, de por um fim aos açucares do leite, que serão solúveis em água morna; a gordura, que será solubilizada em detergentes alcalinos; as proteínas que são solúveis em cloro; sais e minerais, solúveis em detergentes ácidos. “No Brasil ou nos EUA, tem-se produtos químicos específicos para remover resíduos específicos”, completa o pesquisador. Sempre deve ser lembrado que o leite é 87% água, a qual nunca é pura. Ao mesmo tempo, deve se levar em conta que quando se está limpando o sistema de ordenha mais de 99% da solução desinfetante usada é composta também por água. Desta maneira, a boa qualidade da água é fundamental para se ter certeza de que se está limpando o sistema com eficiência. Referindo-se ao primeiro fator - o tempo -, a recomendação é fazer três ciclos para limpar o equipamento. O primeiro é o enxágüe; outro é o


efetivamente o sistema”, destaca, explicando que esta informação muitas vezes não é transmitida ao produtor, que acaba fazendo uma operação errada ao repeti-la em busca de maior eficácia. A água deve entrar no sistema a 71oC e sair a 49oC. “Quanto mais quente a água, melhor será a potência sanitizante da solução e mais eficiente será a limpeza”, lembra o pesquisador. A terceira solução, a ácida, deve ser utilizada com a temperatura variando entre 27 a 44oC. No entanto, para alguns

dos ácidos novos a temperatura não é crítica, podendo ser usados tanto com água morna como com água fria. Já com a solução alcalina clorada, a temperatura nunca pode chegar a menos de 40,5oC. Se isto ocorrer, a emulsão de proteínas, gordura e do próprio leite será redepositada novamente no interior da tubulação. Já o fator turbulência deve ser entendido como a necessidade de se esfregar todas as partes internas do sistema de ordenha em todos os ciclos. Um das peças mais importantes do equipamento é o injetor de ar. Trata-se de uma válvula automática que controla a entrada de ar e admite-o dentro do sistema, dando origem a turbulência. Os injetores de ar podem ser de diversos tipos. A localização mais indicada é de 1,8 a 2,1 m acima da tubulação. O controle do injetor de ar permite que haja duas fases distintas, a fase de abertura e a fase de fechamento. Quando está fechado, o injetor de ar está admitindo água na tubulação e nenhum ar no equipamento. Quando aberto, permite a entrada de ar para criar slugges. (Fonte: Revista Balde Branco, edição 426). (continua na próxima edição)

L E I T E

7 Revista Attalea® Agronegócios - Out 2009 -

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detergente alcalino clorado seguido de um enxágüe com detergente ácido. “O tempo de enxágüe com água morna deve ser suficiente para circular esta água uma vez pelo circuito, sendo drenada em seguida. Isso é o ideal para o enxágüe com água morna”, ensina Reid. Para o ciclo do detergente alcalino clorado, este deve durar no mínimo de quatro a cinco minutos e no máximo 10. O terceiro ciclo, da solução ácida, deve circular pelo menos uma vez. “Apenas um ciclo desta solução é suficiente para retirar os resíduos do detergente alcalino clorado, bem como os demais resíduos presentes no interior do equipamento”, observa. O segundo ciclo, considerado o mais importante, deve ter no mínimo cinco minutos de duração e no máximo 10. A razão para não estender esta operação é que durante o processo de limpeza o detergente alcalino clorado produz espuma, fazendo os sólidos flutuarem na solução para depois serem removidos. Mas se o ciclo é muito longo, 10 minutos ou mais, a temperatura começa a cair e os sólidos retornarão ao equipamento. “Então não estaremos limpando


M Á Q U I N A S

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Durante o XIX Congresso FENABRAVE realizado em Brasília, DF, no início do mês, o Presidente de entidade, Sr.Sérgio Reze, anunciou o resultado da pesquisa que apontou as marcas mais desejadas do país em quatro segmentos do setor. A Massey Ferguson foi a vencedora no segmento de tratores e máquinas agrícolas. O Sr.Fábio Piltcher, Diretor de Marketing da Massey Ferguson, recebeu das mãos os Sr.Walter Bordignon Filho, Presidente da Unimassey, Associação Nacional dos Distribuidores Massey Ferguson, o troféu alusivo durante a cerimônia de abertura. A Massey Ferguson é líder absoluta no mercado de tratores agrícolas desde que se estabeleceu no país há quase cinqüenta anos. Possui fábricas em Canoas, Santa Rosa e Ibirubá, todas no Rio Grande do Sul. Em 2003 comemorou a marca de 500.000 tratores produzidos no Brasil. A FENABRAVE - Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores congrega 39 associações

FOTO: Editora Attalea

Massey Ferguson, a Marca Mais Desejada do Brasil

Tratores em exposição na Oimasa Unidade de Franca (SP).

de marca ligadas ao setor de distribuição de veículos no país. Maior volume de vendas dos últimos 14 anos - A Massey Ferguson registrou em setembro o maior volume de vendas de tratores desde março de 1995, com 1.632 unidades comercializadas. A participação de mercado no segmento subiu para 35,2%, confirmando os quase 50 anos de liderança no Brasil.

Segundo a Anfavea - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, as vendas da Massey Ferguson de setembro aumentaram 22,3% em relação ao mês anterior e 25,3% na comparação com setembro do ano passado. O MF 275 foi o modelo mais vendido no Brasil entre janeiro e setembro de 2009, com 5.955 unidades, 18,63% de todos os 31.964 tratores comercializados nos três primeiros trimestres.

Massey Ferguson lança barra de luzes de alta tecnologia A Massey Ferguson lançou um sistema inovador de direcionamento por GPS que possibilita operações agrícolas mais precisas. Prática e de fácil instalação, a Barra de Luzes System 110 mostra ao operador uma “estrada virtual” com o trajeto correto das máquinas (tratores, colheitadeiras e pulverizadores) para evitar falhas de percurso. O novo equipamento eletrônico – que pode ser usado até mesmo em tratores de pequeno porte - auxilia no aumento da eficiência nas operações agrícolas resultando em economia de

insumos e aumenta a rentabilidade das lavouras. Com a melhor tecnologia de Agricultura de Precisão – agora disponível no Brasil para pequenos, médios e grandes agricultores -, a Barra de Luzes System 110 tem três modos de orientação para guiar as máquinas em qualquer atividade na lavoura. Além de indicar os trajetos corretos evitando sobreposição de linhas, o novo sistema de direcionamento por GPS também faz o mapeamento automático da área trabalhada, número de linhas e velocidade.

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Um mapa colorido aparece em tempo real no terminal do equipamento durante a execução do trabalho no campo. Com isso, o operador identifica facilmente as falhas ou com sobreposições. Depois do trabalho, uma porta USB permite que os mapas sejam transferidos para o computador do escritório. Conhecer com precisão o tamanho e o traçado dos talhões ajuda a planejar a quantidade de insumos e a melhor rota a seguir durantes as operações no campo.


A adoção da tecnologia Bt no milho e o futuro das sementes A milhocultura brasileira experimentará na próxima safra de verão um cenário até então inimaginável no que se refere à adoção de novas tecnologias, quando a taxa de utilização de sementes de milho geneticamente modificadas, tolerantes a insetos lepidópteros, deverá atingir aproximadamente 50% das lavouras. Na iminência de confirmar a adoção desta tecnologia em níveis nunca registrados e em tão curto espaço de tempo, o milho se firma em 2° lugar em área nas culturas geneticamente modificadas cultivadas no mundo, atrás apenas da cultura da soja com tolerância a herbicidas. Na safrinha 2009, que está para ser colhida, da área total cultivada com sementes híbridas, aproximadamente 12% foi plantada com híbridos geneticamente modificados para tolerância à Broca da Cana de Açúcar - BCA (Diatraea sacharallis) e a Lagarta do Cartucho do Milho - LCM (Spodoptera frugiperda). Este foi o pontapé inicial dado pelo agricultor brasileiro rumo à utilização legal da tecnologia Bt (assim chamada em função do Bacillus thuringiensis, de onde foi extraído o gene que confere a resistência às plantas) que, há exatos 10 anos, teve sua primeira tentativa de regulamentação no País. Em 2007 foram cultivados 114,3 milhões de hectares de lavouras geneti1 - Depto de Produto e Tecnologia - SUL Du Pont do Brasil – Divisão Pioneer Sementes

FOTO: Rafael Seleme - Pioneer Sementes

Itavor Nummer Filho 1

À esquerda, o híbrido Pioneer 30K75 sem o gene Bt e sem tratamento de sementes e à direita o mesmo híbrido na versão Bt (Yieldgard) Pioneer 30K75Y, também sem tratamento de semente. (Braganey/PR, Safrinha 2009)

camente modificadas no mundo, dos quais aproximadamente 30% eram tolerantes às larvas de lepidópteros (Bt). No Brasil, em 2007, foram cultivados 15 milhões de hectares com organismos geneticamente modificados, representando aproximadamente 30% do total de hectares cultivados no País. De forma muito simplificada, a obtenção de plantas de milho transgênico inicia-se com a identificação do gene de interesse (genes da família cry1 no caso dos milhos Bt registrados no Brasil) no organismo doador (a bactéria do Bacillus thuringiensis, existente no solo). Em laboratório, por meio de engenharia genética, este gene sofre uma transferência e “colagem” em uma linhagem de milho que, após autofecundações, passa a expressar a característica de

resistência, ou seja, a produção de uma proteína denominada “crystal” ou “Cry” que passará a se chamar de linhagem doadora. Esta linhagem doadora será responsável pela transferência da característica que confere resistência aos lepidópteros para as demais linhagens do programa de melhoramento das empresas (linhagens elite). Inúmeros cruzamentos convencionais (várias etapas de retrocruzamentos) são realizados com intuito de transferir o gene de resistência e recuperar as características originais da linhagem que está sendo convertida. Após o término deste processo de conversão, as linhagens elite, com gene de resistência, estarão prontas para dar origem aos híbridos comerciais.

G R Ã O S

9 Revista Attalea® Agronegócios - Out 2009 -


Momento de Decisão de Aplicação G R Ã O S

Rente ao solo (até V6)

3% de plantas cortadas

10 Revista Attalea® Agronegócios - Out 2009 -

Nas folhas (até V8)

Instar das lagartas

17 % de plantas apresentando de 4 a 7 lesões alongadas de 1,3 a 2,5 cm em algumas folhas do cartucho e folhas expandidas.

O valor da tecnologia Bt - Muitos fatores contribuíram, de forma direta e indireta, para incrementar o apelo à utilização do milho Bt frente aos híbridos convencionais, nos quais as aplicações de inseticidas estão ocorrendo cada vez em maior quantidade. Em trabalhos realizados pela Pioneer, comparando 8 híbridos Bt com seu isohíbrido (mesmo híbrido sem Bt) em 255 ensaios (em média), realizados no último verão em todo o Brasil, houve uma diferença de rendimento de 8,7% a favor dos híbridos com característica Bt, o que em números absolutos representou aproximadamente 700 kg de milho por hectare (11,5 sacos/ha.). Em termos de grãos ardidos, houve uma redução na incidência de 40%, o que representa uma diminuição média de 4,6% para 2,8%. Os insucessos nas estratégias de controle químico se devem não só à falta de observância das corretas técnicas de aplicação de defensivos, mas também à utilização de produtos menos específicos, de menor custo e que são mais dependentes de condições climáticas. A utilização de produtos do mesmo modo de ação, ou a utilização de subdoses aumenta a probabilidade da seleção de populações resistentes o que se comprova pelo relato de agricultores que chegam a realizar mais de 6 pulverizações e, ainda assim, apresentam perdas de produtividade e problemas de grãos ardidos acima do tolerado na comercialização. O crescimento populacional das pragas, favorecido pelo aumento da janela de permanência do milho nas lavouras e o desconhecimento e desuso das práticas do manejo integrado de pragas (MIP) na cultura do milho, completam

a lista de situações que impelem os agricultores a utilizar híbridos Bt no próximo cultivo de verão. Quais as ações de manejo que permitem explorar ao máximo as vantagens desta tecnologia e principalmente garantir sua continuidade? - Em primeiro lugar, considerar o milho Bt como ferramenta do MIP e não como a solução isolada. Os resultados que a tecnologia nos proporcionou durante a Safrinha de 2009, associados às experiências de outros países, como a vizinha Argentina, que regulamentou a tecnologia há, pelo menos 8 anos, mostraram o quanto subestimamos os danos que estes insetos produzem. A redução da área foliar pelo processo de alimentação da LCM e a perfuração dos colmos realizada pela BCA, que, além de prejudicar o acúmulo e a translocação de fotoassimilados, favorece a colonização destes colmos por fungos oportunistas (Fusarium sp. e Colletotrichum sp.) são fatores catalisadores da redução de produtividade, especialmente quando associados a outras fontes de stress (stress hídrico, enfermidades ou dano causado por outros insetos, por exemplo). Ficou evidente também, com o incremento populacional permitido pela menor taxa de aplicação de inseticidas a capacidade de controle e supressão de ovos ou larvas neonatas destas pragas que os inimigos naturais são capazes de eliminar. Entre os híbridos existe um nível diferenciado de tolerância aos danos causados pelos insetos. As perdas de produtividade entre eles podem variar frente a um mesmo nível de ataque, pois, tanto a ecologia

da cultura, quanto do inseto a ser controlado, ao interagir com o ambiente e o manejo realizado pelo produtor, determinará o efetivo funcionamento ou não da tecnologia. O que isto significa? - Significa que o produtor ao utilizar híbridos de milho Bt, em hipótese alguma, deverá se eximir da responsabilidade de monitorar tanto a pré-cultura, quanto a lavoura, pois a existência de lagartas remanescentes na palhada (em sistemas de plantio direto) ou ocorrência de forte pressão de lagartas podem levar o agricultor a realizar aplicação de inseticida para complementação do controle. No caso de Lagartas do Cartucho, tanto para híbridos Bt, quanto para híbridos não Bt, sugerem-se pulverizações quando 17% das plantas apresentarem de 4 a 7 lesões alongadas, entre 1,3 a 2,5 cm de comprimento nas folhas do cartucho e a presença de lagartas vivas de 3º instar (até 10 mm), como pode ser visto no esquema abaixo. Uma condição importante para a continuidade da tecnologia é a adoção da área de refúgio, definida em 10% da área total da lavoura, onde se deve cultivar híbridos não Bt. Nas áreas de refúgio, pode ser feita a pulverização com inseticidas desde que estes não tenham como principal ingrediente da formulação, o Bacillus thuringiensis. Esta prática possibilita o cruzamento de indivíduos possivelmente tolerantes à toxina Bt com indivíduos susceptíveis, gerando assim uma população descendente de indivíduos susceptíveis. O direito de não optar pela tecnologia Bt - O plantio do milho


geneticamente modificado está regulamentado pela Lei de Biossegurança e pela Resolução Normativa n. 4, conhecida como Norma de Coexistência, que define que o produtor que for plantar qualquer híbrido de milho geneticamente modificado deverá respeitar uma distância mínima de 100 metros entre sua lavoura e a lavoura de milho convencional vizinha ou 10 linhas de milho convencional de mesmo ciclo e porte, mais 20 metros. Maiores detalhes sobre a Norma de Coexistência pode ser obtida no site http://www. pioneer sementes.com.br/ ProdutosBiotecnologiaMilhoBT RefugioCoexistencia. aspx E para o futuro, o que podemos esperar? - Em um prazo de 4 a 5 anos todas as empresas de semente de milho híbrido estarão oferecendo aos produtores uma solução pronta, no que se refere à proteção das sementes contra pragas (principais e secundárias), nematóides e fungos de solo - será a vez do tratamento industrial de sementes ou “Abra e Plante” - que só se faz possível graças ao advento das plantas genetica-

mente modificadas e de novas moléculas de inseticidas, nematicidas e fungicidas que estão sendo testadas por estas empresas, no que diz respeito à eficiência e longevidade das sementes. As áreas de refúgio e/ou coexistência, onde ocorrem insetos secundários e não se utilizam plantas geneticamente modificadas, continuarão demandando o uso de inseticidas, mas a tecnologia Bt promoverá uma redução substancial de pulverizações nas lavouras de milho em geral, uma vez que deveremos sentir um incremento considerável nas populações de inimigos naturais. Novas características agronômicas deverão ser introduzidas nos híbridos em um futuro bem próximo, como: - a tolerância à seca, a eficiência no uso do nitrogênio, a tolerância a outros insetos, etc., todas elas visando o incremento na produtividade e estabilidade da cultura. As vantagens direcionadas para o consumidor final acontecerão no início da próxima década, onde presenciaremos o surgimento de híbridos de milho especiais, com mais vitaminas, maiores teores de óleos, proteínas e energia para segmentos específicos.

Para atender as necessidades dos mercados e dos produtores e como forma de reduzir a complexidade de produção e armazenamento, estas características serão combinadas, substituindo híbridos com apenas uma característica. É de se esperar que os produtores brasileiros vislumbrem com maior clareza o valor das tecnologias oriundas de organismos geneticamente modificados (OGM) e as tecnologias complementares, como o tratamento industrial de sementes (Abra e Plante) da mesma forma que ocorreu com os produtores dos EUA e da Argentina. O uso de produtos de eficiência comprovada no tratamento de sementes aumentou em igual proporção à adoção dos OGM’s nestes países, pois além de complementar o controle de insetos secundários e possibilitar a redução de estresses, em função dos plantios mais antecipados, serve como uma garantia ao produtor que, desta maneira, amplia a proteção à sua lavoura nas fases iniciais e reduz erros de dosagens e riscos de manipulação de produtos.

G R Ã O S

11 Revista Attalea® Agronegócios - Out 2009 -


12 Revista Attalea® Agronegócios - Out 2009 -

A Pioneer Sementes é uma das apoiadoras do programa Plante Refúgio da ABRASEM - Associação Brasileira de Sementes e Mudas. A empresa está adotando várias ações de conscientização para que os produtores utilizem o refúgio na preservação da tecnologia Bt, como folhetos explicativos, outdoors e placas de identifição no campo. A preservação da tecnologia bt depende da adoção de práticas adequadas de Manejo de Resistência de Insetos (MRI), para que os insetos alvo continuem suscetíveis as toxinas presentes nas culturas Bt. Buscando uniformizar as comunicações sobre refúgio, foi oficializado o Grupo Técnico sobre Refúgio da ABRASEM. Assim, todas as empresas que compõem a indústria de sementes e biotecnologia no Brasil recomendam o plantio de 10% de refúgio para o milho, devendo estar a menos de 800 m da lavoura de milho Bt e com uma distância mínima de 100 m das lavouras convencionais vizinhas. A área de refúgio consiste no plantio de milho convencional com um híbrido de ciclo vegetativo similar ao da plantação de milho Bt. No caso específico do milho as lagartas resistentes podem sobreviver nas plantações, transmitindo a característica de resistência às futuras gerações da praga. A melhor maneira de se evitar esta resistência, preservando o benefício da tecnologia, é adotar o uso do refúgio

FOTO: Embrapa

G R Ã O S

Pioneer incentiva a prática do ‘refúgio’ para preservação da tecnologia Bt

como ferramenta do Manejo de Resistência de Insetos (MRI). Trata-se de um conjunto de medidas adotadas

com o objetivo de reduzir o risco da evolução da resistência na população de pragas-alvo.

Pioneer lança dois híbridos de milho para a safra 2009/10 Para a safra 2009/10, a Pioneer lança dois novos híbridos, o P1630 e o P4285. O P1630 é recomendado para o Sul, apresentando alta qualidade de grãos, associado à alta estabilidade. É atualmente o híbrido mais precoce do Brasil. Já o P4285 é indicado para o Centro Alto, Centro Baixo e Safrinha, com baixa inserção de espigas e um excelente pacote de resistência à

doenças, como a Cercospora, Ferrugem polysora, Ferrugem tropical e Phaeosphaeria. Com esses lançamentos de milho, a Pioneer aumenta as possibilidades de combinação, elevando a segurança e a estabilidade das lavouras de produtores das diversas regiões do país. Para mais informações acesse o site www.pioneersementes.com.br.


Seminis lança tomate determinado com pacote de resistências às doenças FOTOS: Divulgação

O novo tomate determinado Argos, da Seminis, chega ao mercado com características bem ao gosto do consumidor: frutos graúdos, firmes e uniformes, de encher os olhos nas bancas de varejo. As características interessantes na hora da comercialização têm um atrativo ainda melhor para o tomaticultor na hora de plantar: é o pacote de resistências às doenças. Jorge Hasegawa, especialista em tomates da Seminis, enumera as principais: geminivírus TYLCV, Vira-cabeça (TSWV), murcha de Verticillium, murcha de Fusarium raças 1 e 2 (Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici), nematóides formadores de galha, mancha de Stemphyllium (Stemphyllium solani) e cancro da haste (Alternaria alternata f.sp. lycopersici). O vírus Vira-cabeça e os nematóides são enfermidades limitantes da cultura do tomate no Rio Grande do Sul, por isso, a nova cultivar é especialmente indicada para plantio no estado, mas pode ser cultivada nas demais regiões brasileiras, acrescenta o representante técnico de vendas Cláudio Nunes Martins, que conduziu os testes de desempenho para a introdução do plantio da nova cultivar no Brasil. Este pacote de resistências é importante também para que o produtor possa levar sua lavoura com

uso menor uso de agrotóxicos, reduzindo impactos ao ambiente, acrescenta Cláudio. Economia de Recursos - O tomate Argos é um híbrido do tipo caqui, bastante rústico, o que gera maior tranquilidade durante o ciclo da cultura.

Mas alguns cuidados precisam ser tomados visando a colheita dos frutos, que pode chegar até a 8 kg por planta, dependendo do manejo e da região. É importante que o agricultor faça uma adubação baseada na análise de solo, procurando fórmulas que forneçam uma proporção 1 N: 4 P: 2 K, orienta Cláudio. “Nas aplicações à base de nitrogênio, deve tomar cuidado para aplicar somente o que a planta necessita, indicado pela análise de solo. As fórmulas corretas ajudam o fruto a ficar mais firme e a planta a ter desenvolvimento equilibrado.” Ele ressalta que são cuidados importantes para a cultura e também uma economia de recursos para o ambiente. O produtor que estiver em regiões com solos mais arenosos pode adotar o sistema de plantio direto, bastante difundido na região de Pelotas (RS) e Carmópolis (MG). O sistema de plantio direto em tomates preconiza os mesmos princípios aplicados em grandes culturas: o não revolvimento do solo, a cobertura permanente com vegetação viva ou morta e a rotação de culturas. Ao ser usado em tomate, segundo pesquisa da Epagri (SC), os benefícios são ainda maiores, pois reduzem em até 70% o consumo de água, energia elétrica, fertilizantes e agroquímicos.

H O R T A L I Ç A S

13 Revista Attalea® Agronegócios - Out 2009 -

Adubos, Defensivos, Projetos de Irrigação e Sementes em Geral

A MÃO AMIGA DO PRODUTOR RURAL

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14 Revista Attalea® Agronegócios - Out 2009 -

A Semana do Engenheiro Agrônomo 2009 da Região de Franca foi um sucesso! Com uma palestra no dia 14, abordando o tema “Gestão no Agronegócio”, e proferida pelo Engº Agrº Saulo Faleiros e o tradicional Jantar de Confraternização no dia 16 de outubro, o evento firmou-se como o evento do ano da classe agronômica. Com uma comissão organizadora atuante e com o apoio de empresas patrocinadoras envolvidas com a classe agronômica, o Jantar de Confraternização envolveu 350 participantes, foi realizado no Salão do AGABÊ pelo Buffet Companhia da Folia. Iran Francisconi foi o homenageado do ano, em festa que inovou pela surpresa do homenageado, pelo local mais aconchegante e mais arejado e pela confraternização entre os profissionais. “Procuramos inovar este ano. Trouxemos o jantar para um local mais amplo, mais arejado, suficiente para acomodar com tranquilidade todos os profissionais. A participação de um DJ foi muito elogiada pelos presentes. O buffet não deixou nada a desejar, seja pelo atendimento, pelo cardápio ou pela ‘temperatura da cerveja’. Foi uma festa”, afirmou Antonio José de Almeida, presidente da Comissão 2009. “Tudo é importante na organização de um evento. Porém, o que mais importa neste jantar é a confraternização com os amigos do dia-a-dia de profissão, com aqueles que não encontramos com frequência e, principalmente, com os agrônomos da nova geração. Nossa intenção sempre foi a de integração, por isso mesas com 6 lugares. Queremos que este ambiente seja ideal para rever amigos, fazer novas amizades, estabelecer novos contatos. Por tradição, o agrônomo gosta de festejar”, disse o Engº Agrº Carlos Arantes Corrêa, membro da comissão organizadora desde 2006 e diretor da Revista Attalea Agronegócios.

FOTOS: Editora Attalea

Semana do Engº Agrônomo 2009

Saulo Faleiros (Cocapec), Iran Francisconi (agrônomo do ano), sua esposa Maria do Carmo, Ednéia Vieira Brentini (Credicocapec) e Antônio José de Almeida (Bunge-Serrana), presidente da Comissão Organizadora 2009.

A Comissão Organizadora 2009. Em pé:- Jacinto Junior (Prefeitura de Franca), Carlos Arantes Corrêa (Revista Attalea Agronegócios), Mário Cunha (CatiItirapuã), Antônio José de Almeida (Bunge-Serrana), Welson Roberto (CetesbDEPRN), Heloisa Somenzari, Maria Fernanda Nogueira. Aguachados:- Guilherme Jacintho (Cocapec), Saulo Faleiros (Cocapec), Guilherme Ubiali Zamikhovski (Cocapec), João Fábio Coelho (Coonai) e Alex Rodrigues Kobal (AERF).

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FOTO: Editora Attalea

Semana do Engº Agrônomo 2009

15 Revista Attalea® Agronegócios - Out 2009 -

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F U N D A Ç Ã O EDUCACIONAL

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C Em evento realizado no Clube de Campo de A Franca (SP), no último dia 3 de outubro, a AMSC F - Associação de Cafés Especiais da Alta Mogiana É premiou os cafeicultores do 7º Concurso de

Qualidade. Os municípíos de São José da Bela Vista (SP) e Santo Antônio da Alegria foram os vencedores, respectivamente nas categorias Café Natural e Cereja Descascado. O concurso contou com o apoio do Funcafé - Fundo de Defesa da Economia Cafeeira, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Bradesco, Basf, Oimasa, Cooperfran, Netafim, Rede Record e Valtra-Borgato. Os quinze municípios integrantes da AMSC possuem uma área de 50 mil hectares cultivados com café, correspondendo a 30% da produção do Estado de São Paulo. Além do concurso, foi realizado o 2º Leilão 16 AMSC - Safra 2009/2010. Na categoria Natural, Revista Attalea® a Cocapec adquiriu cada saca do lote do Agronegócios Gabriel Limonti por R$ 800,00 e a - Out 2009 cafeicultor Otávio Cafés por R$ 550,00 cada saca da cafeicultora Alice Vieira Guerra. O destaque maior ficou por conta do cafeicultor Verci Ferrero, onde cada saca de seu lote foi adquirida por R$ 1.010,00 pela EISA Empresa Interagrícola S/A, dos irmãos espanhóis Esteve.

FOTOS: Editora Attalea

AMSC premia vencedores do 7º Concurso de Qualidade

Lucimara e André Cunha (Monte Alegre Soluções Agrícolas), Dona Terezinha, Luiz Cunha (prefeito de Ribeirão Corrente/SP), Elaine e Luis Cláudio Cunha (Cooperfran).

CAFÉ NATURAL 1º)- Gabriel Queiroz Limonti (Sítio Mano Véio - São José da Bela Vista/SP) 2º)- Alice Vieira Guerra (Fazenda Cerradão Angolinha - Santo Antônio da Alegria/SP) 3º)- Reginaldo M. Silva (Faz. Nossa Senhora de Fátima - Pedregulho/SP) 4º)- Gustavo Balduíno (Sítio Lageado - Ribeirão Corrente/SP) 5º)- Danilo José Basso (Sítio Santa Amélia Franca/SP)

Rita de Cássia Maciel (Faz. Jaguarão), Luisa Léia, Milton Pucci e Flávia Lancha Olivitto (AMSC)

CEREJA DESCASCADO 1º)- Verci C. Ferrero (Sítio Cachoeira -Santo Antônio da Alegria/SP) 2º)- Paulo Eduardo Maciel (Fazenda Jaguarão - São José da Bela Vista/SP) 3º)- Luiz da Cunha Sobrinho (Faz. Monte Alegre - Ribeirão Corrente/SP) 4º)- José Francisco Conrado Jacintho (Faz. Santa Virgínia - Itirapuã/SP) 5º)- Luis Cláudio Cunha (Faz. Monte Alegre Ribeirão Corrente/SP)

Representando a Oimasa-Franca, o diretor Alexandre Hermógenes, sua familia e amigos .


FOTOS: Editora Attalea

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Luis Cláudio Cunha e Gustavo Balduíno (Cooperfran)

Airton Rodrigues (Cocapec) premia Gabriel Queiroz Limonti

Mário Cesar Simão Filho (EISA) premia Verci Ferrero.

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Alexandre Ferreira (Secretário de Desenvol- Gabriel Afonso Mei Alves Olivimento, Prefeitura de Franca), Orestes veira e Flávia Lancha Olivitto (AMSC). Quércia e Milton Pucci (AMSC).

A filha Liliana, a esposa Maria Elaine e Sami El Jurdi, da Sami Máquinas - revendedor exclusivo Yanmar-Agritech na região.

Em nome da diretoria da AMSC, Gabriel Maurício Aguilar (AMSC) e Mei Afonso e Milton Pucci homenageam o Adriana Alda Meireles (CoordeDr. Odilon. nadora do MAPA)

Paulo Zamikhovisky (vereador em Franca/ SP), Gabriel (AMSC) e José Francisco Conrado Jacintho (cafeicultor em Itirapuã/SP)

Milton Pucci (AMSC) e Roberto (Cetesb-DEPRN)

Welson

O cafeicultor Antônio David e a esposa Marlize.

José Edson (Cafeeira Silva & Diniz) e a esposa Carla.


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18 Revista Attalea® Agronegócios - Out 2009 -

Em noite festiva, mas também de muita informação sobre o mercado internacional de café, a COCAPEC Cooperativa dos Cafeicultores e Agropecuaristas da Região de Franca premiou os vencedores do 6º Concurso de Qualidade de Café, seleção ‘Senhor Café’. O cafeicultor Hiroki Nakamura, do Sítio Irmãos Nakamura, de Franca (SP), foi o vencedor na categoria Café Natural. Na categoria Cereja Descascado, o vencedor foi o cafeicultor Eurípedes Alves Pereira, da Fazenda Santa Teresinha, de Cássia (MG). A comissão julgadora foi composta por Jorge José Assis, da Monte Alegre Coffees de Alfenas (MG), Márcio César, da Ipanema Agrícola de Alfenas (MG), Oliver Gut, da Stockler Comercial Exportadora Ltda., de Santos (SP) e Clóvis Venâncio, da Adeco Agropecuária de Alfenas (MG). O público participante foi agraciado com uma palestra memorável do consultor Carlos Henrique Jorge Brando, da empresa P&A Marketing Internacional, que trouxe informações atualizadas sobre o mercado internacional do café, as oportunidades de mercado, a importância do fortalecimento do nome e da

FOTOS: Editora Attalea

Cocapec premia os vencedores do 6º Concurso de Qualidade de Café seleção ‘Senhor Café’

Hiroki Nakamura (Franca/SP), Carlos Sato (Cocapec) e Euripedes Alves Pereira (Cássia/MG).

Maurício Miareli (Cocapec), Hiroki Nakamura e Ednéia Vieira Brentini (Credicocapec).

marca “Café de Franca”, o crescimento do cultivo do café robusta em decorrência do aquecimento climático. Brando foi enfático várias vezes com relação ao café Cereja Descascado. Segundo ele, o CD é uma grande oportunidade de mercado para a região.

Acima, os vencedores na categoria Cereja Descascado: Paulo Eduardo Ribeiro Maciel, representando Maurival Rodrigues, Pedregulho/SP (3º); Euripedes Alves Pereira, Cássia/MG (1º); José Francisco Conrado Jacintho, Itirapuã/SP (2º); Ailton José Rodrigues, Pedregulho/SP (5º) e representante da CBI Agropecuária, Franca/SP (4º). Abaixo, os vencedores na categoria Natural = Francisco de Assis Oliveira, Ibiraci/MG (5º); José Roberto Pimenta, Capetinga/MG (4º); Pedro Angelo Correia, Ibiraci/MG (2º); Hiroki Nakamura, Franca/SP (1º) e o representante de Mariana Vaz da Silva, Franca/SP (3º),

Airton Rodrigues, Ricardo Lima Andrade, o palestrante Carlos Henrique Jorge Brando (P&A Marketing Internacional), Maurício Miarelli e Carlos Sato.


Chuvas provocam florada irregular em MG FOTO: Monte Alegre Soluções Agrícolas

A alta incidência de chuvas e os baixos investimentos em tratos culturais têm provocado floradas desiguais nas lavouras das principais regiões produtoras de café de Minas e poderão provocar uma quebra na safra do próximo ano. A expectativa era de que o volume de produção fosse maior, por conta da bianualidade da cultura. Mas por conta florada irregular, as perspectivas são de que a maturação também seja irregular e que haja uma grande incidência de grãos verdes à época da colheita. De acordo com técnicos e cooperativas de cafeicultores, o estresse hídrico, que costuma marcar o período do inverno e necessário para uma florada mais uniforme, não ocorreu este ano. Por conta disso, o que se observou foi a abertura de florações de diversas intensidades, à medida da incidência das chuvas. “A florada não ocorreu da forma esperada”, avaliou Joaquim Goulart, gerente do departamento técnico da COOXUPÉ - Cooperativa de Cafeicultores de Guaxupé, no sul de MG. Segundo ele, os produtores deixaram de adubar e investir em tratos culturais, já que o custeio da safra subiu muito no auge da crise econômica mundial. “Em função do excesso de chuvas que tivemos, as lavouras adultas que já tinham produzido pouco na safra deste ano, não tiveram a resposta necessária”, apontou. Algumas regiões produtoras já registraram três aberturas de flores este ano, mas as perspectivas são de que a maioria desta registre a terceira e maior floração dentro de 15 dias. Goulart ressalta que ainda é cedo para uma avaliação sobre o tamanho da próxima safra, mas um pré-levantamento realizado pela Cooperativa indica que o volume não será igual ao da safra

de 2008, quando o País colheu 46 milhões de sacas de café, conforme levantamento feito pela CO-NAB Companhia Nacional de Abastecimento. “Apesar do potencial de aumento, a safra do próximo ano não deverá ser igual à de 2008, por conta da erradica-ção de áreas produtoras e baixos tratos culturais”, diz o gerente do departamen-to técnico da Cooxupé. Ele ressalta que na região do cerrado mineiro, onde a Cooperativa possui uma filial, a situação é um pouco distinta. As chuvas vieram em menor intensidade, mas boa parte das lavouras é irrigada, o que favorece a regularidade das floradas.

O ideal, de acordo com ele, é que as chuvas se mantenham uniformes no período de granação, que costuma ocorrer no primeiro trimestre do ano. Segundo boletim da Estação de Avisos Fitossanitários da Fundação Procafé em Varginha, no sul de Minas, o volume de precipitações do mês de setembro na região superou a média história para o período e atingiu 120,8 milímetros. A média para o mês é de 75,8 milímetros. “A floração aconteceu, mas não foi como os produtores esperavam...Foi mais em cafezais mais jovens”, disse Joaquim Goulart, diretor técnico da Cooxupé, em Minas. Goulart explicou ainda que as flores abriram em estágios, em vez de um padrão uniforme, o que pode afetar a qualidade se algum fruto ainda estiver verde no momento da colheita. O baixo uso de fertilizantes no ano passado, quando os preços saltaram, pode também afetar a produção, disse ele. “Comparado com 2008, tudo nos leva a crer que será similar”, disse Goulart, referindo-se ao ano de alta do ciclo bianual do café, o que acontecerá novamente em 2010.

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Imposto é 22,9% da receita de exportação C A F É

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Quase um quarto da receita dos exportadores brasileiros é gasta com o pagamento de impostos. Levantamento inédito realizado pela FIESP - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo aponta que os tributos pagos na compra de insumos ao longo da cadeia produtiva representam 22,9% do faturamento líquido das empresas. Desse total, 17,1% correspondem a impostos que poderiam ser recuperados pelos exportadores por meio de compensações. O problema é que, em alguns casos, as empresas não conseguem receber os créditos do governo. Os 5,8% restantes são impostos para os quais não há mecanismo de devolução. “Se não existissem essas cobranças, equivaleria a uma maxidesvalorização cambial”, disse José Roberto Mendonça de Barros, sócio da MB Associados e ex-secretário executivo da Camex - Câmara de Comércio Exterior. O real tem se valorizado em relação à moeda americana, reduzindo a competitividade das exportações brasileiras. A reclamação das empresas de que o Brasil exporta imposto é antiga, mas a discussão ganhou novo fôlego por conta da crise. As exportações brasileiras amargam queda de 25% de janeiro a setembro em relação a igual período de 2008. Nos produtos manufaturados, o recuo foi de 31% no período. “A crise tornou o acúmulo de impostos na cadeia produtiva ainda mais pernicioso. O mercado internacional está mais competitivo, com menos compradores e mais fornecedores”, reco-nhece o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral. Como o câmbio é flutuante, a única saída para o governo estimular as exportações seria reduzir impostos, mas a queda na arrecadação é um entrave.

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Para o diretor do Departamento de Economia da Fiesp, Paulo Francini, a discussão sobre o câmbio está “estéril” por causa da ausência de mecanismos para resolver o problema. O governo resiste a taxar o capital estrangeiro, o custo de comprar mais reservas é significativo e o câmbio funciona como âncora contra a inflação. “Se não pagássemos todos esses impostos, ganharíamos uma competitividade adicional.” O principal problema tributário dos exportadores são os créditos que não recebem dos governos. Mas a simples cobrança dos impostos, mesmo que depois devolvidos, é ruim porque significa retenção de capital de giro. A Constituição Federal determina que os produtos exportados devem ser desonerados de impostos indiretos, que são os tributos incidentes sobre o valor agregado. A OMC - Organização Mundial de Comércio reconhece esse direito e não considera esse tipo de desoneração um subsídio. Por lei, a exportação estaria sujeita apenas aos impostos sobre o lucro: o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). No caso da CSLL, há uma disputa no Supremo Tribunal Federal sobre o assunto. “Mas a prática demonstra uma indevida oneração das exportações brasileiras”, disse o sócio do escritório de advocacia Felsberg & Associados, Paulo Sigaud. Em alguns casos, não existem mecanismos para o exportador recuperar o imposto pago. O estudo da Fiesp aponta que o mais pesado deles é o INSS, cobrado sobre a mão de obra, que é um insumo produtivo. A legislação também não prevê créditos para os tributos incidentes na compra de peças, acessórios e pequenas ferramentas ou serviços de manutenção prestados por terceiros.

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Após diversos destaques consecutivos nas avaliações oficiais do Ministério da Educação, a FAFRAM - Faculdade Dr. Francisco Maeda continua sendo reconhecida pela sua qualidade. Nos resultados do Enade divulgados ano passado, o curso de Agronomia da Fafram foi classificado como o melhor particular dos quatro estados do sudeste do país, classificação que vigora até hoje. Em agosto deste ano a Fafram foi classificada pelo MEC, por mais um ano consecutivo, como umas das 14 melhores instituições de ensino superior do estado de SP das 411 faculdades, centros universitários e universidades particulares e públicas avaliadas. Logo após a divulgação destes resultados, em setembro de 2009, o curso de Sistemas de Informação da Fafram recebeu conceito máximo no Enade se destacando como um dos únicos três do estado de SP a receber a nota máxima, dentre os 82 cursos particulares e públicos avaliados. Esta é mais uma grande conquista para a Fafram Fafram, que vem comprovando estar entre as melhores faculdades do país.


Sementes de café já foram consideradas não tolerantes à secagem abaixo de 20% de umidade, tolerantes à secagem abaixo de 9% e, posteriormente, intermediárias quanto às condições de armazenamento referentes à umidade e temperatura. Acontece que a ciência ainda não desvendou esta controversa, havendo consideráveis divergências entre os estudiosos desde a década de 30. No intuito de encontrar as condições ideais para a conservação de sementes de café, a pesquisadora da Embrapa Café, Sttela Dellyzete Veiga Franco da Rosa, após pesquisas realizadas por sua equipe da Universidade Federal de Lavras (UFLA), alerta para que a classificação do café como tolerante à dessecação até 9-11% seja revista. A segurança no armazenamento de sementes de café garante não apenas a

FOTO: Divulgação

Pesquisas buscam desmistificar paradigmas sobre sementes de café

otimização na produção de mudas, quanto a conservação em longo prazo de material do banco de germoplasma brasileiro desta espécie. A pesquisadora, que se especializou na temática em tolerância à dessecação, durante pósdoutoramento na Ohio State University,

nos EUA, questiona a atual classificação de sementes de café como intermediária, já que, em experimento, as condições de armazenamento com 11-12% de umidade e 10°C, recomendadas para a espécie, resultaram em mudas fora do padrão de qualidade para o plantio. As conclusões deste estudo sugerem que o café, diferente de outras culturas, perde a qualidade de germinação das sementes e, principalmente, o vigor vegetativo das mudas, quanto mais seca e menor for a temperatura submetida na conservação das sementes. As pesquisas buscam agora identificar o teor de água ideal para a conservação de sementes de café, sendo que atualmente o recomendado para a produção comercial de sementes é a colheita dos grãos no estádio de maturação cereja e secagem ao redor de

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Redução do Tempo do Teste de Germinação - Além do baixo potencial de armazenamento,outra característica indesejável de sementes de Coffea arabica é que apresentam germinação lenta e desuniforme. Todo produtor de semente deve ter um laudo 22 Revista Attalea® Agronegócios - Out 2009 -

Coca cola lança neste mês linha de café em lata no mercado mexicano Um café na lata. A Coca Cola faz sua incursão em um novo segmento no mercado de bebidas no México, assim como já ocorreu com as subsidiárias nos Estados Unidos, Áustria e Japão. Trata-se do illyssimo illyssimo, um café em lata, pronto para beber, resultado de uma joint venture entre a Cocacola e a empresa italiana de cafés especiais illycaffè SpA. Essa companhia é especialista na venda de produtos prontos para beber, em cafeterias gourmet, com presença em 140 mercados e 50 mil pontos de consumo. No México, a estratégia de lançamento prevê a introdução do produto neste mês apenas em cafeterias escolhidas nas cidades de Guadalajara e Monterrey. A Coca-cola entrou no setor de bebidas prontas para o consumo de café há cinco anos, tendo registrado um crescimento sustentável de 10% no mundo, com uma movimentação financeira da ordem de 17 bilhões de dólares anuais. Os três sabores de café que serão disponibilizados pela marca no mercado mexicano são Caffè, Cappuccino e Latte Macchiato.

técnico do lote que garanta pelo menos 70% de germinação das sementes em teste padrão que leva em média 30 dias, segundo as Regras de Análises de Sementes, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. No entanto, a caracterização das fases de crescimento das plântulas, desenvolvida pela equipe da pesquisadora, com base nas mudanças morfológicas, ao invés do tempo após a semeadura, indica que o teste padrão de germinação das sementes poderia ser substancialmente para 15 dias. Oito estádios de crescimento da plântula foram descritos e os resultados demonstram que 15 dias seria o prazo suficiente para a visualização de todas as partes essenciais e verificação da viabilidade da semente, para emissão de um laudo seguro. Nas condições do teste de germinação, as folhas são observadas

geralmente entre 30 e 45 dias após a semeadura, não sendo necessária sua visualização para que a plântula seja considerada normal e viável. Na visão da equipe da pesquisa, reduzir o prazo do teste de germinação tem inúmeras vantagens técnicas, porque racionaliza o uso dos laboratórios, diminui o risco de infestações por microorganismos e equívocos nas avaliações. Além disso, os produtores de semente terão melhores condições de cumprir a legislação com tempo reduzido para obter o laudo necessário à comercialização. Após as pesquisas para a validação da nova tecnologia, a redução do teste padrão de germinação poderá agilizar a distribuição e comercialização de sementes e mudas, com conseqüentes melhorias nas condições de implantação da Fonte: Embrapa/Café) cultura. (Fonte: Embrapa/Café).

Cooparaíso na França e na OIC No início do mês de outubro, o presidente da Cooparaíso - Cooperativa Regional dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso (MG), deputado federal Carlos Melles, fez um balanço das recentes viagens de trabalho à França e à Inglaterra, onde participou do lançamento dos cafés Classic Mogiana e Alto Paraíso no mercado francês, em uma parceria com o grupo de cooperativas Agrial (que detém mais de 200 pontos de vendas na França) e, em Londres, da 103ª reunião do Conselho da OIC - Organização Internacional do Café. De acordo com a análise dos diretores, a colocação do café Cooparaíso na França teve uma repercussão muito positiva, apresentando diferenciais do projeto, como o blend (mistura especial de grãos de café arábica) dos produtos Classic Mogiana e Alto Paraíso Paraíso, material promocional altamente atrativo, excelente exposição do produto, embalagem de acordo com os padrões exigidos pelos consumidores franceses e, por fim, reação positiva dos consumidores após a degustação e a intenção de compra do café, nos diversos pontos já disponibilizados pela Agrial, em sua rede de lojas. Produtor valorizado na OIC – Na primeira reunião plenária da 103ª sessão do Conselho Internacional do

FOTO: Cooparaíso

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10% de umidade. Em outro experimento conduzido no Sul de Minas, em propriedade de café em Santo Antônio do Amparo, são avaliadas a velocidade de emergência e a qualidade das mudas produzidas a partir de sementes armazenadas com diferentes níveis de umidade e temperatura. Resultados preliminares indicam que as sementes de café estariam mais próximas daquelas sementes que não toleram a secagem, apresentando máximo vigor em condições úmidas.

Café, realizada no dia 23 de setembro, o presidente da Frente Parlamentar do Café e da Cooparaíso, deputado Carlos Melles, fez um discurso objetivo na abertura dos trabalhos, que surpreendeu a todos. Em estreita articulação com o Itamaraty e com o Ministério da Agricultura, representado nas reuniões da OIC por seu secretário geral, Gerardo Fontelles, Carlos Melles surpreendeu os países produtores e consumidores da Organização ao apresentar um discurso claro quanto à nova prioridade do Brasil: introduzir ações de sustentabilidade econômica na agenda da OIC.


Tratamento Florada nos cafeeiros faz a diferença FOTO: Dedeagro

Na região de Franca (SP), observou-se em muitos cafeeiros da região um belíssimo cenário, com pés carregados de flores. Em uma visita técnica de um dos consultores da Dedeagro Dedeagro, José dos Reis, aos produtores Pedro Henrique Moscardini e Antonino Moscardini, proprietários da Fazenda São José, situada na cidade de Cristais Paulista (SP), pudemos observar FOTOS 1, 2 e 33) cafeeiros (FOTOS de 2 anos de idade carregados de flores e a aparência de imensa satisfação de seus proprietários. Devemos ressaltar que este resultado de pés carregados de flores estão devidamente protegidos com o tratamento Muito Mais Florada da Bayer recomendado pela Dedeagro e seu consultor. O tratamento utilizado que obteve neste resultado foi o seguinte:-

• 0,5 litros de Rovral + 0,5 litros de Folicur acrescentando dois adubos foliares, Agrumax MZ na dose de 1 Kg / há e Flylloton 1 L / há, ambos da marca de fertilizantes Biolchim. Vale acrescentar que estes produtores farão a pulverização pós– florada, completando assim o Tratamento Florada (pré e pós).

Devemos lembrar que estes resultados se devem também a outros tratamentos culturais que o agricultor desenvolve na propriedade, como nutrição equilibrada, matéria orgânica e tratamento fitossanitário com Baysiston, Temik, MM Florada, entre outros. A produção esperada por estes produtores da primeira safra destes cafeeiros será de 60 sacas / hectare. Devemos deixar claro a grande importância do Tratamento Florada que deve ser levado com responsabilidade por todos os produtores de café. Os produtos Bayer Cropscience e Fertilizantes Biolchim, são representados pela Dedeagro Comércio e Representações Ltda Ltda.

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Há mais de uma década em sintonia com o cafeicultor!

Rua Padre Conrado, nº 730, Vila Nova PABX: (16) 3722-7977 - Franca (SP)


Penha Cristina G. Rodrigues 1

M E I O A M B I E N T E

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A primeira data estipulada pelo Governo Federal foi 22 de janeiro de 2009, cento e oitenta dias após a publicação do Decreto 6.514/08. Entretanto, após intensa manifestação dos produtores rurais, o prazo limite foi prorrogado. O dia 11 de dezembro de 2009 é a data limite para que todos os proprietários rurais do Brasil averbem, junto aos Cartórios de Registro de Imóveis, as áreas que serão destinadas à Reserva Legal das suas propriedades Faltando poucos meses para que seja dado cumprimento à exigência da legislação ambiental, muitos proprietários ainda não se adequaram à aludida obrigatoriedade. Existem, pelo menos, dois principais fatores que obstam a adequação à norma ambiental – o primeiro deles está ligado às dificuldades técnicas da implementação da área de reserva legal, e o segundo motivo está ligado às constantes movimentações do Ministério da Agricultura para tentar flexibilizar as normas ambientais. A legislação ambiental prevê que 80% da área total da propriedade rural deve ser destinada à reserva legal quando esta está localizada no bioma Amazônia. Mas se a fazenda estiver dentro do bioma Amazônia, e a sua ve-

FOTO: Editora Attalea

Prazo para averbamento termina em dezembro

getação for de Cerrado, esta porcentagem cai para 35%. Para as demais regiões brasileiras, o percentual previsto em lei é de 20% da área total da propriedade. A reserva legal foi instituída no ano de 1965, pelo do Código Florestal, no entanto, grande parte das propriedades rurais não possui averbamento ou não possui áreas de suas áreas. Os produtores rurais que querem se adequar à legislação ambiental devem adotar uma das alternativas previstas em lei e assim evitar as penalidades previstas no Decreto supramencionado – que podem ser de multas, impedimento de participar das linhas oficiais de crédito e

até ao embargo da atividade ou da propriedade. As alternativas para observância da lei são: Recomposição: - Os proprietários rurais que pretenderem recompor a área que deve ser destinada a reserva legal deverão, conforme a orientação legal, providenciar o plantio, a cada três anos, de, no mínimo, 1/10 da área total necessária à sua complementação, com espécies nativas, de acordo com critérios estabelecidos pelo órgão ambiental estadual competente. Dessa forma, o 1 produtor rural não precisará cobrir toda - Membro da Equipe de Agronegócios do Escritório Brum & Advogados Associados. a região de reserva legal de uma só vez, Site:- www.brumadv.com.br. Email:podendo se utilizar do prazo previsto brumadv@brumadv.com.br em lei, que pode ser de até 30 (trinta) anos. Cabe destacar que este plano de recomposição deRevista Attalea R verá ser aprovado pelos órgãos ambientais competentes. Condução Condução:- nestes casos, verificada pelos órgãos ambientais a possibilidade, o proprietário rural poderá O agronegócio regional conduzir a regeneração natural da área de reserva legal, em suas mãos! o que significa dizer que ele irá preservar a respectiva área de modo que a vegetação que ali existe possa se regenerar naturalmente. E tenha a sua marca Estas duas primeiras hipóteses atendem melhor aos reconhecida regionalmente proprietários que possuem Tel. (16) 3403-4992 / 9967-2486 c/ Adriana - Email: revistadeagronegocios@netsite.com.br em suas propriedades extensão de terras suficiente

ANUNCIE


FOTO: Editora Attalea

para regularização da averbação das áreas destinadas a reserva legal. A terceira alternativa prevista em lei visa a atender àqueles proprietários rurais que não têm disponibilidade de área ociosa para cumprimento da exigência da lei, qual seja, a destinação de parte da propriedade para a reserva legal. Compensação Compensação:- neste caso o produtor rural deverá compensar a reserva legal em outra área equivalente em importância ecológica e extensão, desde que pertença ao mesmo ecossistema e esteja localizada na mesma microbacia. Isto significa que o proprietário rural que entender inviável a utilização das duas primeiras técnicas apresentadas, poderá adquirir uma nova propriedade para utilizá-la com a finalidade de suprir a reserva legal que é inexistente na sua fazenda produtiva, desde que ressalvadas as exigências legais já mencionadas. Esta alternativa parece ser a mais viável para os produtores que utilizam toda a sua propriedade para sua atividade econômica. Todavia, o proprietário rural deverá ponderar qual será a alternativa mais viável economicamente: destruir parte da sua produção para destinar à reserva legal ou adquirir nova propriedade para compensar a área inexistente na propriedade produtiva. As discussões envolvendo o Ministério da Agricultura e do Meio Ambiente, estão justamente relacionadas com as dificuldades de implementação da área de reserva legal por aqueles proprietários que não possuem área para destinar ao cumprimento da exigência, tendo em vista que as duas primeiras alternativas apresentadas irão acarretar, necessariamente, em prejuízo aos produtores rurais. O Ministro da Agricultura afirma que a obrigatoriedade imposta ao proprietário que não pode adquirir fazenda de compensação, para que este tenha que se desfazer de até 20 % das suas áreas produtivas – quando a fazenda não está no Bioma Amazônia - causará um prejuízo sem precedentes no setor agrícola e tal prejuízo certamente será repassado ao consumidor final. Afirma também que o preço dos produtos agrícolas, de uma forma geral, irá sofrer elevação, pois a produção brasileira irá, fatalmente, diminuir.

M E I O

Nesta esteira, a proposta do Ministro da Agricultura é a de que os produtores rurais preservem a área que ainda tem disponível em suas propriedades, independente da extensão. A contrapartida dos produtores seria a paralisação total do desmatamento da região. Apesar de toda a manifestação do Ministério da Agricultura no sentido de flexibilizar a legislação ambiental para não comprometer a produção agrícola brasileira, tais mudanças não são bem vistas pelo Ministério do Meio Ambiente. Carlos Minc, Ministro do Meio Ambiente, afirma que não irá aceitar as sugestões de mudança no que tange à obrigatoriedade de averbação da reserva legal, pois este instituto não é recente, pelo contrário, já existe há várias décadas. Nenhum dos proprietários foi surpreendido com a exigência de conservação de parte da propriedade a título de reserva legal, a inovação trazida

com o decreto 6514/08 foi tão somente a fixação do prazo para a averbação destas áreas. Assim, cabe aos proprietários rurais, tendo em vista a proximidade da data limite para averbação da reserva legal, providenciar o cumprimento da legislação. Caso não seja possível de imediato prover esta averbação, os proprietários devem procurar por ajuda técnica na área ambiental, para a criação do projeto para a implementação da reserva legal. Por fim, deve-se salientar a importância de ter um corpo jurídico especializado em direito ambiental para que o produtor tenha mais segurança e eficácia no processo de averbação da reserva legal, bem como para se proteger das eventuais penalidades pelo descumprimento da legislação, não apenas no que tange à reserva legal, mas em relação a todas as outras exigências legais.

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A primavera silenciosa S I L V I C U L T U R A

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FOTO: Editora Attalea

Flavio Carlos Geraldo 1 No início dos anos 60, a bióloga Rachel Carson lançou o livro intitulado “A Primavera Silenciosa” Silenciosa”. A obra era um alerta para os riscos à saúde humana e ao ambiente, representados pelo uso indiscriminado dos defensivos agrícolas nas lavouras de alimentos. Hoje, no Brasil, a Anvisa lidera uma campanha para alertar a população e controlar no campo o uso dos defensivos, de resto, relevantes para os sucessivos ganhos de produtividade nas safras que ajudam no abastecimento dos mercados interno e internacional. Guardadas as proporções, ocorre algo semelhante com a preservação de madeiras em praticamente todo o território nacional. Não só a adoção de metodologias de tratamentos ditos “caseiros” como o tratamento em autoclave com produtos não registrados, realizados em instalações precárias, caracterizam uma situação de risco de contaminação ambiental preocupante. Há ainda riscos à saúde dos trabalhadores e usuários de madeiras tratadas fora dos padrões estabelecidos pelas normas e legislações vigentes. Por falar em normas, vale destacar que elas são elaboradas com a participação de todos os setores interessados. Envolve fabricantes de produtos preservativos, tratadores e usuários de madeira preservada e, fato relevante, com o equilíbrio proporcionado pela participação de representantes de instituições de pesquisa e ensino. Não é por acaso que existem normas específicas que orientam quanto ao uso de produtos e processos, de acordo com o tipo de madeira e a sua finalidade de uso. Dentro dessas variáveis, tudo é 1

- Arch Química Brasil Ltda – Gerente de Mercado e Diretor da ABPM – Associação Brasileira de Preservadores de Madeira

pensado e estudado para que se possa decidir com foco não só no bom desempenho das peças tratadas, mas também no ambiente e na segurança operacional. O momento é decisivo. As questões relativas à maior conservação das florestas tropicais nativas oferecem oportunidade para maior utilização de madeiras provenientes de projetos de manejo comprovadamente sustentado, ou à utilização de madeiras cultivadas em reflorestamentos e devidamente tratadas. Hoje, os textos das normas existentes contemplam orientações seguras para a melhor utilização da madeira tratada destinada a usos específicos. Por exemplo, no meio rural, é o caso dos mourões para cercas; no setor ferroviário, os dormentes; no elétrico, os postes e as cruzetas, entre outros exemplos emblemáticos.

Desde sempre, a ABPM defende o emprego de madeira tratada, dentro das normas técnicas e da legalidade, empregando preservativos químicos seguros, de qualidade e devidamente registrados junto ao Ibama, órgão federal responsável pela fiscalização neste setor. Madeira cultivada e tratada também é matériaprima ecológica, constitui depósitos duradouros de carbono retirado da atmosfera e um dos principais responsáveis pelo aquecimento do planeta. Na forma de postes, mourões, dormentes e componentes estruturais ou esquadrias para a construção civil, a madeira preservada oferece vantagens comparativas, com destaque para o aspecto ambiental, em relação aos principais concorrentes em concreto ou metal. Destaques a respeito desse assunto estarão na pauta da próxima reunião anual da ABPM, prevista para meados do próximo semestre, e para dar maior transparência à questão, o Ibama será convidado. Sobre Tratamento Caseiro Não é de hoje a ABPM sustenta publicamente posição contrária ao tratamento caseiro de madeiras, devido às exigências de qualificação técnica e profissional que envolvem cada procedimento visando à qualidade e à segurança ambiental. Depois de muita reflexão sobre o tema e, retomando neste outro uma abordagem ambiental da madeira tratada, cabe reafirmar as razões da entidade manter-se firmemente contrária a esse tipo de tratamento. Todos os chamados “procedimentos caseiros” para tratamento de madeira não permitem controle adequado dos processos de formulação do preservativo nas


concentrações ideais, reposição do produto nos tambores, controles da absorção, penetração e retenção de preservativos. Estes são alguns dos parâmetros fundamentais para o bom desempenho das peças tratadas. Também ficam lacunas importantes quanto aos aspectos legais e de segurança ambiental, que incluem registro junto ao Ibama, normas para descarte de embalagens e disposição de resíduos, equipamentos de tratamento e de proteção individual, entre outros. Fica evidente a distância que existe entre a teoria e a prática. O tratamento industrial da madeira em autoclave conta com a necessária retaguarda técnica. Nele, o preparo de soluções preservativas é feito em sistema fechado, sem riscos de contato com operadores ou contaminação ambiental. Quando retirada da autoclave, a madeira tratada permanece em local adequado à proteção de contaminações do solo – área de gotejamento ou “drippad” - em “descanso” por tempo contro-

lado, para que ocorram as reações de fixação do preservativo com os componentes celulósicos da madeira. No sistema vácuo/pressão em uma autoclave, todos os parâmetros são controlados: vácuo inicial, pressão, absorção, tempo, entre outros. Por isso a ABPM estimula e recomenda sempre o uso de madeira tratada em autoclave, de acordo com a normatização existente no País. O Brasil dispõe de uma grande rede de usinas de tratamento de madeira associadas, que podem atender as necessidades do mercado com produtos legais, de qualidade e preços competitivos. Para conhecer as referências dos textos normativos disponibilizados pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), assim como a relação das usinas de preservação de madeiras instaladas em cada região do território nacional, basta consultar a lista de associados disponível no site da Associação em: www.abpm.com.br.

LIVROS REFLORESTAMENTO DE PROPRIEDADES RURAIS PARA FINS PRODUTIVOS E AMBIENTAIS Org.: Antônio Paulo Mendes Galvão Editora: Embrapa Contato: www. agrolivros.com.br Tel: (51) 3402-3415 O livro ensina como fazer o plantio e o manejo do reflorestamento, indicando as práticas silviculturais que levam a uma boa comercialização da madeira produzida, além de descrever os inúmeros benefícios ambientais dos plantios florestais para o proprietário rural e para toda a sociedade. A obra é destinada a um público diversificado, tendo sido elaborada por uma equipe multidisciplinar com grande experiência na área florestal.

GUIA PRÁTICO PARA O INSEMINADOR E ORDENHADOR Autor: Paulo Mário B. Vasconcellos Editora: Nobel. Contato: www. agrolivros.com.br Tel: (51) 3402-3415 A obra vem suprir a necessidade de um esclarecimento mais detalhado a respeito de produção e reprodução do gado bovino, contribuindo para elevar o nível de uma criação sem grandes investimentos.O autor, sempre atento às inovações, coloca sua experiência a serviço de criadores, técnicos e estudantes, expondo de forma prática e objetiva tudo que é importante saber sobre princípios e técnicas de inseminação artificial, transplante e sexagem de embriões, fertilização, partos, até a lactação e ordenha. Inclui, ainda, sintomas e tratamento de várias patologias importantes, permitindo ao criador tratá-las ou tomar medidas de emergência até a chegada do médico veterinário, e detalhes de organização da propriedade rural como instalações, escrituração e fichas zootécnicas.

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