Edição 45 - Revista de Agronegócios - Abril/2010

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EDITORIAL

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Tecnologia agrícola e Genética animal

NOVO TELEFONE

Com relação à genética, convidamos os amantes da pecuária a visitar a 41ª EXPOAGRO, em Franca (SP). Trata-se da maior exposição de animais do Nordeste Paulista. De 14 a 23 de maio, o Parque de Exposições “Fernando Costa” abrigará exposições oficiais das raças (Girolando, Gir Leiteiro, Nelore, Cavalo Árabe, Cavalo Mangalarga, Ovinos Santa Inês, Dorper e Morada Nova). Ainda há a possibilidade da realização de uma das etapas nacionais de Marcha de Muares. Em parceria com o SEBRAE, será realizado o 3º Congresso Francano do Agronegócio. Apresentamos, nesta edição, a visita de uma comitiva de cafeicultores, diretores de revendas e profissionais da cafeicultura das regiões de Monte Carmelo, Araxá e Araguari (cerrado mineiro) em propriedade de Franca (SP) . E também o dia de campo da Fertec, em Ribeirão Corrente (SP) onde os participantes puderam conferir o produto Nyon Solo Café Café, fertilizante mineral em Suspensão Heterogênea, com certificado de nanopartículas emitido pela Embrapa. Boa leitura a todos!

(16) 3025-2486

O mês de abril marca o início das grandes feiras e exposições na região Sudeste. Primeiramente, a AGRISHOW, em Ribeirão Preto (SP), seguida da EXPOZEBU, em Uberaba (MG) e depois EXPOAGRO, em Franca (SP). A 17ª AGRISHOW acontece de 26 a 30 de abril. Trata-se da maior feira de tecnologia da América Latina e os empresários do agronegócio tem por obrigação fazer uma visita se deseja conhecer o que tem de mais atual em tecnologia para todas as atividades agropecuárias existentes. A comissão organizadora promoveu grandes alterações no formato da feira visando melhor acolher os visitantes. Assim, organize a sua agenda e marque a sua visita na 17ª AGRISHOW. A Revista Attalea Agronegócios estará presente na AGRISHOW 2010 com estande próprio. Estaremos sediados no PAVILHÃO COBERTO Nº 22, NO ESTANDE 134 134, próximo dos estandes da ESALQ/USP, UNESP e FATEC. Convidamos os leitores a fazer-nos uma visita.

E-MAILS CLAUDINEI GARCIA DUARTE Produtor rural. Santo Antônio da Alegria (SP). “Gosto muito de ler a as reportagens da revista. Favor atualizar o meu endereço” TÁRCIA SILVA Produtora Rural. Monte Santo de Minas (MG). “Gostaria de receber a revista. Li alguns exemplares e acheia muito interessante”. JOSÉ MENDES Pecuarista. Ribeirão Preto (SP). “Gostaria de receber a revista”. ROBERTO LEOPOLDINO MEIRA Cafeicultor. São José da Bela Vista (SP). “Gostaria de receber a revista”. MARIA IZABEL FIGUEIREDO Pecuarista. Altinópolis (SP). “Gostaria de receber a revista”. MAURO GILBERTO SOUZA FILHO Pecuarista de Leite. Capetinga (SP). “Gostaria de receber a revista”. ANDRE LUIZ PEDROSO Cafeicultor. São Sebastião do Paraíso (MG). “Gostaria de receber a revista”.

CARTAS MARCELO ANDRADE Técnico Agrícola. Franca (SP) “Sou assíduo leitor da revista. Já a recebo há mais de ano. Quero parabenizá-los pela excelente revista. Sou técnico agrícola e trabalho com a cultura do café. Estou escrevendo para atualizar o meu endereço.

CONTATO

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CARTAS R. Profª Amália Pimentel, 2394, São José CEP: 14.403-440 - Franca (SP)

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DESTAQUE

17ª AGRISHOW promete surpresas

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Com área 50% maior e público esperado de 140 mil visitantes de 50 países, Ribeirão Preto (SP) sedia neste mês a maior feira do agronegócio da América Latina.

FOTO: Divulgação

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ntre 26 e 30 deste mês, a cidade de Ribeirão Preto recebe a 17ª edição da AGRISHOW - Feira Internacional da Tecnologia Agrícola em Ação, principal vitrine de tecnologia e novidades no agribusiness. “A edição deste ano promete surpresas”, conta o presidente do Conselho Consultivo da AGRISHOW AGRISHOW, Cesário Ramalho. O principal motivo para a afirmação de Ramalho está relacionado aos importantes investimentos realizados para a melhoria da infraestrutura. “Todas as mudanças foram feitas para oferecer mais funcionalidade, conforto e facilitar a visitação do público participante da feira e, também, para disponibilizar melhor estrutura ao expositor”. A maior surpresa, no entanto, é a nova configuração da AGRISHOW. A planta está mais simétrica, com formato retangular. São cinco avenidas e 21 ruas retilíneas, que permitem ao público andar tranquilamente, sem a preocupação de não conseguir chegar a tempo para ver alguma dinâmica ou eventos em estandes de expositores pela aglomeração de pessoas no caminho, o famoso empurra-empurra”, diz. As principais ruas e avenidas estarão cobertas por uma manta asfáltica feita de material sintético que evita poeira e acúmulo de água de chuva. Ainda para facilitar a visitação, os organizadores da feira dispuseram

E

Escritório Contábil ABERTURA DE FIRMAS, ESCRITAS FISCAIS E CONTABILIDADE EM GERAL Rua Campos Salles, 2385 Centro - Franca (SP) Tel. (16) 3722-3400

Rua Maestro Tristão, 711 Higienópolis - Franca (SP) Tel. (16) 3406-3256

as empresas expositoras de acordo com sua área de atuação. “Haverá uma área de exposição para irrigação, uma para máquinas, outra para aviação, entre outros”, exemplifica.. Além disso, os pavilhões cobertos foram reformados e estão situados em posições estratégicas. Outros pontos de destaque dessa nova planta são as áreas de alimentação ampliadas, com mais opções de restau-rantes e lanchonetes e, por conseqüência, um cardápio mais variado, a instalação de uma praça para descanso dos visitantes e a substituição de cinco sanitários. O aporte de investimentos chegou a cerca de R$ 13 milhões, sendo R$ 7 milhões vindos do Governo do Estado de São Paulo, proprietário do local onde é realizada a feira, R$ 5 milhões da organização e R$ 1 milhão da Prefeitura de Ribeirão Preto. Todas essas mudanças devem contribuir para o conforto dos 140 mil visitantes e compradores de 50 países, entre agricultores, pecuaristas, executivos da agroindústria e indústria, gerentes comerciais e de marketing, pesquisadores, técnicos agrícolas, estudantes e profissionais de entidades de classe. A expectativa da organização é que o evento atinja R$ 1 bilhão Com uma área total de 365 mil m² - aumento de aproximadamente 50% em relação à edição anterior -, a AGRISHOW contará com a participação de 730 empresas expositoras, de 50 países, incluindo as nove maiores indústrias de tratores e colheitadeiras do País e dezenas de fabricantes de implementos agrícolas, de insumos, transbordos, pulverizadores, sistemas e equipamentos de irrigação e fertirrigação e rodoviários, caminhões, pick-ups, autopeças, pneus, grupos geradores, motores, motobombas, roçadeiras, aviação agrícola, geotecnologias, silos, caladores, vacinas, aplicadores de adubos e defensivos, sementes e outros insumos, prestadores de serviços, bancos, entidades de classe, instituições governamentais, mídia e outros. Durante o evento serão promovidas 800 demonstrações de máquinas e equipamentos e implementos A agrícolas, além de test-drive de pick-ups.


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DESTAQUE

atuação do Banco do A Brasil na Agrishow é tradicional, sendo a única instituição financeira a participar das 16 edições já realizadas da feira. Neste ano, contará novamente com uma agência completa, com todas as instalações disponibilizadas, incluindo terminais de auto-atendimento e câmbio, além de funcionários especializados em agronegócios para atendimento aos clientes e empresas expositoras. Estaremos, também, com funcionários em estandes de empresas parceiras do Banco e em equipes volantes, todos com conhecimento das linhas de financiamento do agronegócio e treinados para dar excelente atendimento, garantindo a satisfação do cliente. Entre as principais linhas de crédito que o Banco do Brasil oferecerá, destacam-se: FOTO: Divulgação

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Banco do Brasil: o banco do agronegócio brasileiro, sempre presente na AGRISHOW

:a) - BNDES/Finame PSI PSI:linha destinada à aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas novos de forma isolada ou associada a projetos de investimento. Pode-se financiar até 100% do orçamento pelo prazo de até 72 meses para tratores, implementos agrícolas e equipamentos para preparo, secagem e be-

neficiamento de café e de até 96 meses para colheitadeiras e pulverizadores autopropelidos com valor acima de R$ 300 mil. A taxa de juros é 4,5% a.a. e não há teto para a linha. b) - BNDES/ Finame ModerInfra :- Linha destinada à aquisiderInfra:ção, reforma ou implantação de sistemas de irrigação e armazenagem. Pode-se financiar até 100% do orçamento pelo prazo de até 96 meses. A taxa de juros é 6,75% a.a. e o teto da linha é de R$ 1 milhão para empreendimento individual e R$ 3 milhões para empreendimentos coletivos. c) - BNDES/Finame Moderfrota :- Linha destinada à aquisiderfrota:ção de tratores, implementos associados, colheitadeiras e equipamentos para preparo, secagem e beneficiamento de café. Pode-se financiar até 100% do orçamento para produtores

beneficiários do Proger Rural e até 90% para os produtores do porte demais, pelo prazo de até 60 meses para máquinas e implementos novos e até 72 meses para colheitadeiras novas. A taxa de juros é 7,5% a.a. para beneficiários do Proger Rural e 9,5% a.a. para os produtores do porte demais. O teto da linha é de R$ 200 mil para beneficiários do Proger Rural, sem limite para os produtores do porte demais :d) - BNDES Moderagro Moderagro:- Moderagro Fruta Fruta: a principal finalidade é a implantação e reforma de pomares. - Moderagro Desenvolvimento mento: a principal finalidade é a construção e modernização de benfeitorias relacionadas às atividades de ovinocaprinocultura, suinocultura, avicultura, sericicultura e de flores. Pode-se financiar até 100% do orçamento pelo prazo de até 96 meses.A taxa de juros é 6,75% a.a. e o teto da linha é de R$ 250 mil para empreendimento individual e até R$ 750 mil para empreendimento coletivo. e) - MCR 6.2 (RO – Recursos Obrigatórios), taxa de 6,75% ao ano e prazo de até 5 anos; f) - Proger Rural Rural, taxa de 6,25% ao ano e prazo de até 8 anos; g) - Pronaf Mais Alimentos: com taxa de 2% Alimentos ao ano e prazo de até 10 anos; h) - Demais linhas do BNDES/Finame Todas as linhas estarão disponíveis e com recursos suficientes para amparar as propostas acolhidas no evento. A


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CAFEICULTURA

deste ano, E mumamarço comitiva de 20

FOTOS: Editora Attalea

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Bokashi, braquiária e varrição atraem comitiva do Cerrado Mineiro para Franca cafeicultores, técnicos e diretores de revendas agrícolas das regiões de Monte Carmelo (MG), Araguari (MG) e Araxá (MG), visitaram a Fazenda Santa Izabel, localizada na rodovia que liga Franca (SP) a Ribeirão Corrente (SP), na Alta Mogiana. O objetivo da visita, segundo Paulo Lori, da revenda Agrocafé, foi o de conhecer de perto o sistema adotado pelo cafeicultor francano Toninho David. “O sistema de manejo da braquiária nós já conhecíamos. Queríamos conhecer como o Toninho faz para ter lucro sem fazer a varrição e ainda não comprometer o controle sanitário da cultura”, explicou Lori. Segundo Toninho David, a visita da comitiva se deu por causa da contribuição direta do professor Hélio Casale, Engº Agrônomo formado pela ESAQ em 1961, cafeicultor em Inconfidentes (MG) e consultor na área de fertilidade de solos e nutrição de plantas. “Eu tive a honra de receber o prof. Hélio em minha propriedade no ano passado. Ele veio em busca de informações sobre o sistema que eu tinha adotado a partir da publicação Edição nº 35 da matéria na revista (Edição da Revista Attalea Agronegócios, junho de 2009)”, 2009 disse. Segundo ele, os visitantes vieram para conhecer o seu sistema de produção de café. “Acima de tudo, eles queriam saber como é que eu não varria

o café e ainda obtinha lucro. Eles visitaram as duas lavouras que possuo, sendo que, para esta safra, uma completa 4 anos sem varrição e a outra, 3 anos sem varrição”, disse. Toninho afirma que, depois que parou de varrer o café notou que a produção foi melhorando e o pegamento da florada também. “A cada ano que passava era melhor”, disse. Como a região do cerrado mineiro depende muito da irrigação, os visitantes queriam conhecer o sistema adotado na região de Franca, já que eles também não querem varrer mais o café. Primeiro, pelo custo de retirada e colocação das tripas de irrigação instaladas nas linhas do cafezal. Segundo, para compreender qual o processo utilizado na lavoura para decompor o café que ficava no chão. De acordo com os visitantes, sem o processo de aceleração da decomposição deste café, haveria um acúmulo de pragas e doenças, que posteriormente comprometeria todo o cafezal.

“Expliquei que além do plantio e manejo da braquiária nas entrelinhas do cafezal, eu utilizo o Bokashi para a decomposição de todos os resíduos existentes na linha do cafezal, seja dos restos da braquiária, seja das folhas que caem naturalmente do cafeeiro, seja dos grãos de café que caem antes da colheita. O papel do Bokashi é tão importante e rápido que não deixa dar nem broca e tudo vai transformando em matéria orgânica, que rapidamente é absorvido pelas radicelas do cafeeiro”, explica Toninho. As radicelas são raízes mais finas responsáveis pela absorção de água e nutrientes para planta. Das raízes primárias surgem as secundárias, de onde se originam as terciárias que produzem as radicelas. O cafeicultor francano evita fazer a varrição do café também para não reduzir a umidade na saia do cafeeiro, nem tão pouco reduzir o número de radicelas. “Para se fazer a varrição é necessária fazer a limpeza da projeção da saia do café, antes dos grãos começarem a cair. Esta limpeza que é o grande problema. Grande parte da estrutura do pé de café é atingido nesta limpeza. Muitas vezes o cafeeiro nem acabou de granar a safra atual; que dirá a próxima que vem. Se der um veranico – como já vimos em anos anteriores – o cafeicultor terá um problema sério com grãos chochos por falta de água”, alerta.


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CAFEICULTURA FOTOS: Editora Attalea

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Com as práticas do manejo da braquiária, aplicação do Bokashi e a não-varrição, somado aos demais cuidados necessários que a cultura exige – como a aplicação correta de fertilizantes, com base na análise de solos do talhão; aplicação dos defensivos agrícolas para o controle de pragas e doenças, quando for necessário – Toninho David conseguiu organizar um sistema menos “agressivo” para o pé de café, fazendo com que estas estejam mais bem nutridas, mais vigorosas e capazes de suportarem as variações climáticas e a presença de pragas e doenças. “O fator principal é o solo. Penso nas necessidades do cafeeiro, mas direcionando todas as técnicas que conheço para o solo. Sem a varrição, as análises que fiz nos três primeiros anos mostraram resultados impressionantes. O teor Entrelinhas do cafezal com manejo de braquiária varre mais café. Depois que a planta estiver estrude matéria orgânica aumenta consideravelmente”, diz. Além de manter o estado nutricional da planta, a decom- turada, principalmente no sistema radicular, a varriposição dos resíduos no pé da planta contribui para o bolso do ção passa a ser necessária. Você já entra com esqueleprodutor. “Eu passei a economizar na compra de esterco-de- tamento e os procedimentos voltam a ser os comugalinha e de farelo de mamona. Hoje eu não uso mais. Uso mente usados. Minhas observações nestes anos me apenas a palha do meu café, o manejo da braquiária e os próprios deram a segurança necessária para concluir que do 1º ao 6º ano, se não fizer a varrição, o cafeicultor resíduos da cultura (folhas e grãos de varrição)”, ressaltou. Para muitos, chega a ser um contrasenso, um disparate. pode ganhar até 20% a mais de produção anualmente. Orientar o cafeicultor a não varrer o café é fazer com que ele É observação e manejo. No primeiro ano, aceita-se perca dinheiro. Mas Toninho explica que não. Depende do até 5% de café de varrição; 10% no segundo ano; sistema adotado pelo produtor e das condições climáticas do 15% no terceiro ano; e 20% no quarto ano. Se estiver momento. Sem o sistema que eu adoto, a recomendação é dentro destes percentuais, não haverá perda financeira”, garante o cafeicultor. fazer sim a varrição. Este foi o motivo principal da vinda da comitiva “Neste sistema, se uma lavoura der até 15% de café para varrição e o cafeicultor não efetuar a varrição, no outro ano de cafeicultores e técnicos do cerrado mineiro. Eles ele vai ter cerca de 20% a mais de florada. Não é que não se observaram e pretendem adaptar este sistema para a região do cerrado. “Para se ter idéia, para efetuar a varrição, como esta tem que ser feita com máquina, é necessária uma limpeza no mês de abril. Aí já começa o problema. É necessário tirar as tripas de irrigação para se fazer a limpeza. E se tiver um veranico de abril até maio, como já aconteceram várias vezes? Você perde a florada do ano seguinte. Se você passa de abril para fazer a limpeza, o cafeicultor corre o risco de chover, o grão cai no chão e você perde o café. Com tudo isto, eu recomendo que é melhor perder até 20% do café de varrição (do 1º ao 6º ano da cultura), você passaria a ganhar 10%, já que os outros 10% seriam o custo para se fazer a varrição. Hoje em dia, para produzir café, o cafeicultor tem que estar atento a isto: custo”, ressalta Toninho.

O alto vigor do cafezal do Toninho é conferido com a grande carga nas plantas.


FOTOS: Editora Attalea

CAFEICULTURA

Toninho David mostra à comitiva do Cerrado Mineiro os benefícios que o Bokashi proporciona ao solo.

Com relação à possibilidade de aumento da incidência de broca, o cafeicultor afirma que está acompanhando durante todos estes anos. Neste período, não fez nenhuma aplicação de inseticidas para o controle da broca. “Porque o Bokashi decompõe rapidamente os grãos, impedindo a proliferação do inseto”, diz. O cafeicultor alerta que os resultados com o sistema não são alcançados rapidamente como muitos cafeicultores acham. “O que mostrei para os visitantes é o que venho trabalhando há pelo menos quatro anos. Não é de um dia para o outro. Quando eu comecei, o investimento foi alto, pois o Bokashi não é barato (R$ 1.300,00 a tonelada posto na região de Franca/SP). Mas com o passar do tempo, comecei a ver os resultados. Se diminuí o uso de produtos para o controle de pragas e doenças? Diminui sim, mas sempre que houver necessidade eu uso. Se você observar nas minhas lavouras, as plantas têm todas as pragas e doenças. Tem ferrugem, tem bicho-mineiro, tem cercospora, tem phoma. Não tem problema. Se você tem uma planta mais equilibrada

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Acima, talhão com 30 dias de aplicação do maturador. Abaixo, café após 40 dias de aplicação.

nutricionalmente, você tem uma planta mais resistente. E é aí que está o segredo”, ressalta. O cafeicultor alerta que esta prática não é recomendada apenas para a região da Alta Mogiana. Até mesmo as mais secas, como na região de Piumhi (MG), a técnica já está sendo adotada. Há uns oito meses atrás recebi a visita do eng. Agrônomo Alessandro Oliveira. Ele já não varria o café e manejo da braquiária. A partir de então, passou a utilizá-lo. Outro fator importante que o cafeicultor tem que observar é a uniformização da maturação dos grãos de café. Daí entra o fator manejo. Quanto mais uniforme for a maturação no pé do café, menor o repasse na colheita e menor a quantidade de café que cai no chão. Normalmente, a maturação do café primeiramente em 40% na copa e bem depois os outros 60% na saia. Isto exige com que o cafeicultor faça dois repasses na colheita mecânica: primeiro os grãos maduros na copa e depois de 30 a 40 dias, os grãos maduros na saia do café. Dois repasses para não fazer a varrição. “Se for utilizado

o maturador, além de igualar a maturação, fecha o grão com qualidade superior e não danifica a planta. Mas o principal benefício deste produto é fazer com que a colheita seja feita com apenas um repasse”, finaliza o caA feicultor. INFORMAÇÕES TONINHO DAVID Tel. (19) 9220-3885 antoniocarlosdavid@hotmail.com


CAFEICULTURA

mais velhas). “É sinal de que a planta não está ta Rita, em Ribeirão Corrente absorvendo os nutrientes (SP), de propriedade do Sr. essenciais”, diz. Adir José da Silva, foi realizaMuitos cafeicultores reclamam que do um dia de campo da FERTEC TEC, empresa sediada em mesmo colocando 3 toColina (SP) e que tem por neladas de calcário e 200 princípio buscar incessantekg por hectare de óxido mente a inovação de produde magnésio, o cafeeiro ainda apresenta defitos e serviços na agricultura com sustentabilidade ao meio ciência de magnésio. A ambiente. resposta é que o magnésio, mesmo presente no A lavoura em demonstração foi organizada por Thisolo em grandes concenBreno Algarte Moreno, Adir José da Silva, Edmilson trações, não está dispoago Nascimento e Breno AlBezerra, Thiago Nascimento e Fernando Paiva. garte Moreno, engenheiros nível para a planta. “Ela agrônomos da FERTEC e por Ed- muitos casos, os resultados das análises não consegue absorver por causa do Casa das Semen- de solo mostram que um talhão de tamanho da partícula do magnésio milson Bezerra (Casa tes tes). A apresentação foi feita pelo Engº café pode ter alto teor de fósforo to- que, por interações com outros cátions Agrônomo Fernando Paiva, diretor tal, mas está retido no solo. Estes pro- presentes em grandes quantidades no dutos promovem a solubilização des- solo, devido principalmente às adubada empresa. Os cafeicultores presentes pude- te fósforo, aumentando a oferta do ções de cobertura com alto teor de potássio”, explica Fernando. ram conhecer de perto a tecnologia nutriente para a planta”, afirma. Por outro lado, a FERTEC está Além dos registros de deficiência de manejo da braquiária, também adotada pelo Sr. Adir, bem como a apostando na oferta de nutrientes de de magnésio, também zinco e boro alta tecnologia da FERTEC na pro- maneira complementar e direta. “O merecem atenção. Geralmente, devidução de fertilizantes da nova gera- que observamos nos últimos anos é do ao seu processo de formação, os ção. Em depoimento, o Sr. Adir disse que vários pesquisadores na cafeicul- solos brasileiros são pobres nestes dois que em apenas 15 dias após a aplica- tura vem dando uma ênfase enorme nutrientes. Mas, o cafeicultor, norCafé ele já ob- na deficiência de magnésio. E esta de- malmente já faz o manejo de zinco e ção do Nyon Solo Café, servou os resultados do produto. ficiência é observada com facilidade boro junto com o NPK. “Mudou completamente a aparência em várias regiões cafeicultoras do INFORMAÇÕES país. E em cada safra vem agravando da lavoura. E para melhor”, disse. FERTEC Fernando salientou que ainda é ainda mais”, alerta Fernando. Tel. (17) 3341-1817 Segundo o diretor, a deficiência possível manejar nutrientes com a www.fertec.ind.br adição de matéria orgânica, como a de magnésio é visível em meados de EMBRAFÓS já faz há algum tempo dezembro, quando a cultura começa CASA DAS SEMENTES com o FF Organic e o FF Power Power, a intensificar o processo de maior Tel. (16) 3723-3113 (adubos fosfatados, com base orgâ- vegetação, as plantas amarelecem, (16) 3721-3113 nica, com liberação gradual). “Em principalmente no baixeiro (folhas dia 08 de N oabril,último na Fazenda San-

FOTO: Editora Attalea

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Fertec apresenta Nyon Solo Café com Nanotecnologia em dia de campo


Mas com o passar do tempo, mesmo com o manejo, a resposta está abaixo do esperado. Sem falar no custo, muitas vezes alto. Era visível em lavouras bem formadas, mas com morte de ponteiros, devido à deficiência de boro. O zinco, o boro e o magnésio possuem um papel fundamental no processo de formação de raízes. Se não tiver estes nutrientes em oferta para a planta, por mais que o cafeicultor tenha adubado corretamente, ela terá poucas raízes. E poucas raízes é “pouca boca”; a planta não se alimentará direito e isto refletirá diretamente na incidência de pragas e doenças e também na produção final. A orientação que a FERTEC dá é que o boro é um nutriente que se perde fácil, principalmente em solos mais arenosos. Qualquer chuvinha e o elemento se perde por lixiviação, mantendo-se em profundidades em que as raízes não conseguem absorvê-lo. Eis o objetivo principal da realização do dia de campo na Fazenda Santa Rita. Apresentar o Nyon Solo Café Café, um fertilizante mineral em Suspensão Heterogênea, com certificado de nanopartículas emitido pela Embrapa. “A grande dificuldade do cafeeiro em absorver o magnésio, quando da aplicação do sulfato ou do óxido de magnésio, está no tamanho desta partícula do magnésio em comparação com o tamanho da célula das raízes do cafeeiro. Após o apoio e orientação da Embrapa, do Pró-Café e do IAC conseguimos desenvolver um produto que disponibilizasse o magnésio do tamanho ideal para ser absorvido pelas células das raízes do cafeeiro. Este é o Nyon Solo Café Café”, explica Fernando Os produtos da FERTEC possuem vantagens técnica e operacional. Em apenas um único produto, o cafeicultor disponibiliza para a cultura os nutrientes essenciais ao cafeeiro (o magnésio, o zinco e o boro), além da facilidade operacional, já que é o único produto no mercado, testado e aprovado em misturas com inseticidas e/ou fungicidas para manejo fitossanitário ‘via drench’. “Nossos produtos são compatíveis com todos os outros produtos comerciais utilizados no combate de pragas e doenças”, afirma. Segundo Fernando, o cafeicultor tem que ter como foco principal o sistema radicular. “Quanto mais raízes o cafeeiro tiver, melhor será a absorção de nutrientes provenientes da adubação de solo, melhor a absorção de produtos utilizados no manejo fitossanitário e, conseqüente, melhor vigor da planta”, diz A Nanotecnologia - A importância do Nyon Solo Café é bem maior do que se imagina. Além de contribuir com a cafeicultura, o produto é único no mercado. Segundo Fernando, empresas na área de nutrição ainda não fazem uso da nanotecnologia na produção de fertilizantes. “Não é quantidade de nutriente que se obtém uma grande produção de café. A planta extrai muito pouco em relação às quantidades adubadas pelos cafeicultores. Necessitamos aumentar a eficácia na adubação em nossos cafezais. Só para se ter idéia e o agricultor compreender qual a importância da nano-

FOTO: Editora Attalea

CAFEICULTURA

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tecnologia, para que uma lavoura de café produza em torno de 50 sacas de café beneficiado – que já é grande – ela exporta apenas 130 gramas de boro. Tem cafeicultor que chega a aplicar até 4 kg de boro por hectare. O que isto significa? Tem alguma coisa errada, não é? Se a planta exporta apenas 130 gramas por hectare, porque se aplica geralmente 4 kg de boro por hectare? Este é um sistema de alta ineficiência no uso dos insumos e de enormes perdas do nutriente, podendo contamiar nossos mananciais de água. Isto reflete no bolso do cafeicultor”, orienta Fernando. Por outro lado, outra questão muito importante, está no fato do cafeicultor disponibilizar para a planta todo o nutriente de uma vez só. “É necessário parcelar a oferta do nutriente, para que não haja perdas por lixiviação. Se houver perdas, quando a planta precisar não encontrará o nutriente”, A finaliza.


MÁQUINAS

dos ProduA Associação tores Rurais do Paiolzinho, a LM Produções, com o apoio da Prefeitura de Franca (SP) - através da Secretaria de Desenvolvimento - realizou, no início deste mês, o evento de lançamento da 41ª EXPOAGRO - Exposição Agropecuária de Franca Franca, que acontecerá de 14 a 23 de maio, no Parque de Exposições “Fernando Costa”. Em número de exposições ranquiadas oficialmente e também pelo número de animais em exposição e julgamento, a EXPOAGRO se firma como a maior exposição agropecuária do nordeste paulista. No caso da raça Girolando, a comissão organizadora prevê um número acima de 350 animais. Com o apoio da GIROLANDO - Associação dos Criadores de Gado Giro-

FOTOS: Editora Attalea

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Últimos preparativos para a 41ª EXPOAGRO

lando, também será realizado o 1º Torneio Leiteiro da raça Girolando. Outra raça bovina que promete superar as expectativas é a Gir Leiteiro, onde são esperadas inscrições acima de 300 animais, além da realização do 2º Torneio Leiteiro da raça. Girolando e Gir Leiteiro participarão de 19 a 23 de maio. Já a raça Nelore, a exposição acontecerá de 13 a 16 de maio. Entre os equinos, o destaque fica por conta da realização da 3ª Exposição Interamericana do Cavalo Árabe, organizado pela ABCCA Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo Árabe, que acontecerá entre os dias 13 e 16 de maio. A exposição de ovinos também se mantém em alta em Franca, sendo que a pontuação obtida na 41ª EXPOAGRO fará parte do prêmio Cabanha do Ano, organizado pela ASPACO Associação Paulista dos Criadores de

Ovinos. A exposição acontecerá de 14 a 16 de maio. Em parceria com o SEBRAE, será realizado, entre os dias 18 e 19 de maio, o 3º Congresso Francano do Agronegócio, com palestras e temas de interesse para o agronegócio reA gional. INFORMAÇÕES Parque de Exposições Tel. (16) 3724-7080 pfc@franca.sp.gov.br

Ministério da Agricultura interdita laticínio em Batatais A linha de produção de leite pasteurizado da Indústria de Laticínios Alta Mogiana, localizada em Batatais (SP), sofreu uma interdição cautelar depois de inspeção feita por equipe do SIPAG - Serviço de Inspeção de Produtos Agropecuários da Superintendência Federal de Agricultura de SP, na última semana de março. A empresa não cumpriu prazo para correção de irregularidades verificadas em fiscalizações anteriores que apontaram deficiências técnicas nos maquinários em todas as fases de produção de leite pasteurizado e derivados. Toda a linha de produção (queijos, requeijão e iogurte) da fábrica foi interditada. A empresa que explora o laticínio é terceirizada da COLABA - Cooperativa de Laticínios de Batatais e produz cerca de 20 mil A litros de leite por dia.


MÁQUINAS

Descascador Ecológico de Café Palini & Alves revoluciona em economia e sustentabilidade A cada ano que passa a Palini & Alves felizmente não se cansa de surpreender o mercado com lançamentos de produtos que além de possuírem tecnologia e mecanização de ponta, agregam valores de economia na produtividade e adequações de sistemas que possibilitam a preservação do meio ambiente, e que é exatamente esse o caso do novo “Descascador Ecológico Coativo para Café Cereja”, que foi desenvolvido para garantir a melhor qualidade dos cafés descascados (cereja, verde e bóia passa), além de proporcionar uma economia no consumo de água próximo a zero e menor poluição através de uma grande diminuição de água residuária, se comparada às máquinas existentes hoje no mercado. O consumo “perda” de água se dará somente por arraste, desde que se utilize um sistema de reaproveitamento da água do desmucilador. Agora conjugue todos esses benefícios como consumo de água próximo a zero, fluxo do café por gravidade que não permite danos físicos aos grãos, economia de 30% a 40% nos custos de processamento, e alta produtividade, some tudo isso, e teremos uma máquina que já nasceu campeã no mercado, e mais uma vez a Palini & Alves comprova que sua Tecnologia é sem dúvida Sem Limites. A

Restinga inaugura projeto de Segurança Rural Uma ação conjunta entre Associação dos Produtores Rurais, Prefeitura, Polícia Militar, Sindicato Rural de Franca e Casa da Agricultura de Restinga (SP) promete oferecer segurança pública nos acessos às propriedades rurais do município. Segundo o Engº Agrônomo Márcio de Figueiredo Andrade, diretor da Casa da Agricultura, foram mapeadas, com rota de acesso via GPS, as 176 propriedades do município. Entre os planos previstos no projeto está o de numerar com placa cada entrada de fazenda; marcar os tratores e implementos agrícolas com cor padrão e número; fichar todos os trabalhadores rurais fixos, volantes e safristas com dados pessoais como CPF, RG, antecedentes; toda propriedade receberá um código exclusivo que facilitará na identificação da propriedade e de seus maquinários. Com tais informações a polícia terá condições de planejar logísticas de bloqueios e acionar auxílio aéreo por helicóptero da polícia militar devido as coordenadas fornecidas. A

17 ABR/2010


IRRIGAÇÃO

A Tubos & Cia é uma empresa que atua nos segmentos hidráulicos e elétricos em toda a região de Franca (SP). Fundada em agosto de 2004, a empresa atua na área de irrigação agrícola com bastante sucesso, deixando empresários e agricultores muito satisfeitos com a produtividade de suas lavouras. Esse é o caso do empresário e agricultor Luis Fernando Ferreira, que teve dois projetos implantados pela Tubos & Cia Cia. Em sua lavoura de café, Luis implantou equipamentos de irrigação por gotejamento Amanco Amanco. Já na lavoura de banana, o produtor implantou sistema de micro-aspersão Amanco Amanco.

FOTOS: Divulgação Tubos & Cia.

18 ABR/2010

Tubos & Cia e Amanco presentes na irrigação da cafeicultura e da fruticultura

Estes dois sistemas permitem a injeção de fertilizantes, conhecido como fertiirrigação. Com toda esta

tecnologia, o produtor alcança um incremento na produção da ordem de 30 a 40%. Na foto acima, em um talhão de café, Luis Fernando (esquerda), Newton Luis (ao centro) e Marcelo Coelho (direita). Na foto ao lado, à esquerda, Luis Fernando (ao centro), apresenta os resultados da irrigação no talhão de banana aos técnicos Newton Luis e Marcelo Coelho. Cafeicultura - Administradas pelo empresário André Cunha, as propriedades da Família Cunha, no município de Ribeirão Corrente (SP) são reconhecidas como modelo de plantio, manejo e produtividade na cafeicultura em toda a região. Nelas

foram utilizadas o sistema de gotejamento e de fertiirrigação da Amanco. Segundo André, o sistema vem funcionando perfeitamente há dois anos e 4 meses, com total respaldo na assistência técnica e manutenção da rede, feita pela equipe da Tubos & Cia Cia. Tudo isto vem refletir diretamente em ganho de produtividade e A do capital investido. INFORMAÇÕES Tubos & Cia. Tel. (16) 3720-3434 www.tubosecia.com.br


19 ABR/2010


CAFEICULTURA

Fernando Jardine

1

b) - Meio ambiente:temperatura, luz, vento, ara que o cafeeiro proumidade, hora do dia, poduza o grão de café, tencial osmótico do meio. este realiza várias etapas coc) - Solução aplimo por exemplo, a indução, cada:- concentração, dose o início, a diferenciação, o e freqüência, elemento e crescimento e o desenvolvicomposto (sal ou quelato), mento das gemas florais e a íon acompanhante, pH, dormência. Cada uma dessas componentes da mistura etapas é influenciada pelas (inibição e sinergismo de condições ambientais e por elementos químicos), sulfatores endógenos da planta factantes e técnicas de visando a produtividade. aplicação. Em busca da melhor O cafeicultor Alberto Felicio e Edmilson Bezerra (Casa As pesquisas indicam produtividade, deve-se con- das Sementes), mostrando o vigor do talhão de café. que, na cafeicultura, as siderar: as técnicas de plantio e tricional de destaque em busca de me- folhas novas tem maior capacidade manejo de solo; a genética da planta; lhores produtividades na cafeicultura. de absorção dos nutrientes, enquanto o manejo de irrigação (quando houExistem três classes de fatores que as folhas secas e murchas tem ver); o controle de pragas e doenças; que influenciam na absorção foliar do baixa capacidade de absorção. e a nutrição mineral das plantas. As folhas do cafeeiro absorvem cafeeiro, entre os quais citamos: Dentro da nutrição mineral das a) - Planta:- cera cuticular, com eficiência os micronutrientes plantas, a adubação foliar - hoje em idade da folha, turgor, umidade su- quando aplicados via foliar. Ao mesdia -, tem sido um complemento nu- perficial, cultivar, estágio de cres- mo tempo, são os principais indicadores de deficiências nutricio1 - Engenheiro Agrônomo e Supervisor de cimento; FOTO: Fernando Jardine

20 ABR/2010

Flash, o fertilizante foliar da Nutriplant ideal para o pré-florescimento e frutificação do cafeeiro

P

Vendas da Nutriplant.

Cocapec elege diretoria

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Com sobras de quase R$ 11 milhões, a os 400 cooperadores da COCAPEC - Cooperativa dos Cafeicultores e Agropecuaristas presentes em assembléia aprovaram as contas do exercício de 2009, aprovaram a destinação das sobras e elegeram a nova diretoria para o quadriênio. João Alves de Toledo Filho é o novo presidente da cooperativa, sendo mantidos Carlos Yoshiyuki Sato na vice-presidente e Ricardo Lima de Andrade como diretor-secretário. Maurício Miarelli assumiu a presidência da cooperativa de crédito CREDICOCAPEC. A

Rossi assume o MAPA

SILVA & DINIZ COMÉRCIO E REPRESENTAÇÃO DE CAFÉ LTDA. Av. Wilson Sábio de Mello, 1490, São Joaquim

NOVOS TELEFONES Tel. (16) 3402-7026 / 3402-7027 3402-7028 / 3402-7029

O paulista Wagner Rossi foi empossado no final de março como o novo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Rossi substitui Reinhold Stephanes, que ficou à frente do ministério durante três anos e retorna à Câmara dos Deputados para cumprir o mandato de deputado federal. Graduado em direito e administração de empresas, com especialização em economia e educação, Rossi, de 67 anos, presidia, desde 2007, a CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento, empresa vinculada A ao Ministério da Agricultura.


CAFEICULTURA FOTO: Fernando Jardine

nutrientes e também nas nais, através da diagnose fases de maior exigência visual. Os micronutrientes mais utilizados para nutricional como prépulverização foliar são: florescimento e frutificação. zinco, cobre, manganês e boro. Sua fórmula balanceada faz o seu difeNo caso do zinco, a correção via aplicação rencial. Promove a mefoliar é bem eficiente; via lhor resposta em prosolo é mais eficiente em dutividade e qualidade da solos arenosos que em colheita. Além disto, oferece a nutrição adequada solos argilosos. No caso do boro a correção é para a lavoura desenvolmais eficiente via solo, ver o máximo potencial. através de produtos à Formulações Borobase de Ulexita (BoroIdeais - Para a região, gran 10). 10 Aplicações foliares devem ser pon- O cafeicultor Alberto Felício (Sítio Barra Azul, Ribeirão dentro do programa que a Nutriplant desentuais, pois trata-se de um Corrente/SP) e engº agrônomo Fernando Jardine, Supervisor de Vendas da Nutriplant. volveu para altas promicronutriente imóvel no floema (vaso condutor da planta). A deficiência de manganês dutividades, podemos destacar: a) - Pulverizações de Verão e cobre também pode ser corrigida via foliar. Verão:: • 2 Aplicações de Flash + Foskalium Cupper A Nutriplant Nutriplant, levando em consideração os fatores citados • 2 Aplicações de Flash + Foskalium acima, possui em seu portifólio de produtos, a Linha Supremus, onde para o café destaca-se o Flash Flash, desenvolvido com matérias- Manganese primas de alta qualidade, proporcionando maior aproveitamento b) - Aplicações de Inverno:dos nutrientes pelas plantas. Flash é um fertilizante foliar concentrado em Boro, • 2 Aplicação de Flash + Foskalium A Manganês e Zinco indicado para áreas com deficiência nestes Manganese + Aminonutri.

21 ABR/2010


CAFEICULTURA

FOTO: Divulgação Cooparaíso

22 ABR/2010

Melles leva mensagem de otimismo em palestra no Sindicato de Monte Santo de Minas dos Produtores Rurais de MonO Sindicato te Santo de Minas (MG) promoveu, no

início de abril, uma palestra sobre política cafeeira, com apresentação do presidente da COOPARAÍSO, o deputado federal Carlos Melles. Na ocasião, a instituição também fez sua prestação mensal de contas. Melles falou sobre o endividamento histórico do cafeicultor, agravado desde 2002, e que hoje está em R$ 150 bilhões. Fatores, como por exemplo, a falta de uma política reguladora de estoques e de formação de melhores preços por parte do governo federal foram alguns dos causadores dessa situação. Para Melles, a lei ambiental, as leis trabalhistas, os consecutivos aumentos de energia elétrica e fertilizantes, por exemplo, além de o preço baixo pago ao café, também influenciaram diretamente nesse quadro de dificuldades do cafeicultor. Ele ponderou que em uma região de alta produção de café, como é o caso das regiões Sul e Sudoeste mineiro, que detém 60% da produção de todo o estado, precisa de líderes fortes que possam mostrar ao governo o empobrecimento do produtor de

café. “A defesa ao produtor está em primeiro lugar, e as cooperativas são responsáveis por isso, o compromisso é um só”. Apesar desse quadro, o presidente da COOPARAÍSO, que também é presidente da Frente Parlamentar do Café, apontou que há saídas viáveis, além do aumento do consumo de café no mercado interno, fazendo com que em cerca de quatro anos, segundo ele, o Brasil se torne, não só o maior produtor de café, como também o maior consumidor. Melles apresentou duas propostas para que a classe possa começar a se recuperar. A primeira é a troca das dívidas por CPR - Cédula de Produto Rural, a segunda é o pagamento das dívidas com café, considerando o valor mínimo da saca em R$ 300. Ele disse também que o novo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, e agora o empossado governador Antônio Augusto Anastasia devem levar esses anseios ao governo, para que tais sugestões possam ser adotadas. “Com a transformação em CPR, o produtor sai de uma dívida financeira, para uma dívida comercial, o que faz com que ele tenha acesso ao crédito novamente, com melhores chances de negociação”, relacionou. Opiniões - O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Monte Santo de Minas, Olynto Paulino da Costa, disse que a união entre as entidades pode salvar a cafeicultura. “Sempre falo que os sindicatos e as cooperativas estão muito bem, mas o produtor não, esses só clamam”, disse ele. Já o presidente da COOXUPÉ, Carlos Alberto Paulino, avalia que as soluções apresentadas pelo deputado Melles são boas, porque a moeda para o produtor é o café. “Atualmente o produtor que deve, não sabe como comprar, porque não sabe como vai pagar. A dívida transformada por café pode por fim nesse endividamento crescente que se arrasta por muitos A anos”, completou Carlos Paulino.


CAFEICULTURA

no cafeeiro é A irrigação uma tecnologia de alto

FOTO: Divulgação Valley

Irrigação do cafeeiro: tecnologia importante, mas que exige cuidados investimento, mas que ser for empregada de forma correta vale a pena para o cafeicultor. Além de aumentar a produtividade, ela assegura a qualidade do café. Em períodos sem chuva ou de outros estresses, o grão do café cultivado de forma tradicional tende a diminuir e a produtividade cai. Com a irrigação não há este problema e não corre também o risco de perder a florada. Durante o 11° AGROCAFÉ Simpósio Nacional do Agronegócio Café, Café realizado em Salvador (BA), em março último, o professor Everardo Montovani, da Universidade de Viçosa proferiu uma palestra sobre os sistemas de irrigação para o cafeeiro. Segundo ele, a chave do sucesso para o produtor é dar valor à gestão. “Sem dúvida, o produtor vai ter um custo a mais com o sistema de irrigação. Assim, ele precisa ser inteligente e repensar a plantação para ter um diferencial no mercado e conseguir produtividade acima da que ele tinha antes. A irrigação do café precisa de manutenção. É como um veículo. Você pode comprar o melhor carro, mas se não trocar o óleo no momento certo e fazer as manutenções preventivas, você vai perder qualidade.

O produtor também tem que conhecer o solo e o clima da sua propriedade, porque isso vai determinar a frequência com que ele vai usar a água. Também não se deve esquecer da mão de obra. É preciso fazer o treinamento do pessoal de campo. Temos visto casos de insucesso com o café irrigado porque o produtor rural não sabe tomar as decisões e acaba traçando medidas estratégicas erradas. É fundamental prestar atenção na questão da gestão”, ressaltou. Existem três sistemas básicos de irrigação utilizados no cafeeiro: a irrigação convencional, o sistema de irrigação localizada por gotejamento e o pivô central. Cada um deles serve para uma região específica em função da geografia do terreno e da extensão de plantio. Na região oeste da Bahia, com as plantações extensas e planas, é muito comum a irrigação por pivô

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central. Já no Sul de Minas, tem muita irrigação localizada e a Zona da Mata usa muito a aspersão convencional. Montovani explica que a presença de um técnico também é muito importante, porque o produtor precisa entender qual é a melhor forma de irrigação para a sua propriedade, buscando a que vai melhorar mais a rentabilidade. Ele destaca que apesar de o café tradicionalmente não ser uma cultura irrigada, com o avanço da tecnologia, o sistema de irrigação passou a ser bastante viável. “O produtor tem que entender o seguinte: cafeicultura irrigada é diferente de cafeicultura de sequeiro + água. Ou seja, não basta simplesmente conduzir o café normalmente como fosse de sequeiro e depois simplesmente adicionar água. Porque, inclusive, vai estar investindo mal o seu dinheiro. O produtor tem que repensar a plantação, tem que avaliar qual é o espaçamento mais adequado, qual a variedade, qual o nível de adubação que ele vai adotar em função do maior crescimento e ele tem que tentar otimizar a irrigação dele para não aplicar água de menos nem demais, para não elevar os custos”, alerta. (Extraído e Modificado A de: Portal Dia do Campo) .

Há mais de uma década em sintonia com o cafeicultor!

Rua Padre Conrado, nº 730, Vila Nova PABX: (16) 3712-7977 - Franca (SP)


CAFEICULTURA

dos Cafeicultores de A Associação Araguari (ACA) comemora mais uma vez o sucesso da Fenicafé, realizada de 24 a 26 de março, em Araguari (MG) e que apresentou o Previna-se: Quem Investe tema “Previna-se: em Irrigação Colhe Mais Mais”. A ACA estima que cerca de 15 mil pessoas entre produtores, empresários, comunidade científica, estudantes e comerciantes ligados à cafeicultura brasileira, representando 150 cidades de 12 estados brasileiros, tenha passado pelo evento. Pesquisadores especialistas em Cafeicultura Irrigada expuseram as mais recentes pesquisas, em um encontro que congrega simultaneamente três eventos: o XV Encontro Nacional de Irrigação da Cafeicultura do Cerrado, a XII Feira de Irrigação em Café do Brasil e o XII Simpósio Brasileiro de Pesquisa em Cafeicultura Irrigada. Realizada com o objetivo divulgar a importância da irrigação e seus sistemas, a Fenicafé em 2010 apresentou lançamentos de produtos e equipamentos, bem como os resultados de pesquisas para o incremento da produtividade e da qualidade do café do cerrado brasileiro. Ao todo, 60 expositores ocuparam os 85 estandes da feira, que além de cursos e palestras reservou muitas atrações aos participantes.

FOTO: Editora Attalea

24 ABR/2010

15ª FENICAFÉ reuniu em Araguari (MG) toda tecnologia para cafeicultura irrigada

O presidente da ACA, Nivaldo Ribeiro de Souza, disse que a Fenicafé 2010 foi um sucesso de público. “Tivemos este ano, excelentes palestrantes que trouxeram para Araguari o mais alto nível de informação em cafeicultura irrigada e outros assuntos. Com certeza o produtor, que busca a baixa do custo e o aumento da produtividade, conseguiu levar algo novo para sua propriedade”, ressalta. Souza afirma que uma novidade este ano foi à presença ilustre do professor Derrel Martin, da Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos. “O professor nos mostrou que o Brasil ainda está muito atrasado quan-

do o assunto é irrigação. O estado de Nebraska, que é menor que o estado de Pernambuco, tem 3,4 milhões de hectares irrigados, o que corresponde uma área superior à irrigação de todo território brasileiro”. Para 2011, a ACA promete fazer um enorme esforço para trazer para Araguari um dia internacional da irrigação com palestrantes norte-americanos e europeus. A intenção é trazer mais conhecimento na área de recursos hídricos e legislação ambiental. Souza acredita que a Fenicafé é uma oportunidade para os cafeicultores e técnicos tomarem conhecimento dos resultados das pesquisas e também apontar demandas para novos estudos. “Por possibilitar um melhor aproveitamento de terras aparentemente inaproveitáveis para a agricultura e reduzir os riscos de quebra de safra, a irrigação é a tecnologia que tem despertado maior interesse para investimentos”, afirma. Dos cinco bilhões de pés de café brasileiros, 10% são irrigados, representando em torno de 22% da produção nacional. Em Araguari, sede do evento, cerca de 100% das lavouras são irrigadas. Discursos e Polêmicas - Para o presidente da Federação do Café do Cerrado, Francisco Sérgio de Assis, o café precisa urgente de uma política mais inteligente. “A cafeicultura é um setor muito grande, mas sem uma política de representatividade nada se faz. Devemos pensar em planejamento estratégico. Muitos outros setores já se organizaram e conseguiram bons resultados. O Brasil é o maior produtor de grãos do mundo e com certeza será o maior consumidor, portanto precisamos usar a força do setor que emprega oito milhões de pessoas no país”, destaca. Já odiretor do Departamento do Café do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Lucas Tadeu Ferreira, que esteve em Araguari representando o Ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, defendeu a agricultura. Segundo


FOTO: Fenicafé

CAFEICULTURA

ele, o executivo age dentro da legislação existente e o que falta são medidas jurídicas em apoio a agricultura. “Muitas ações estão fora à alçada do ministério e cumprimos o que está no regulamento”, afirma. Lucas Ferreira anunciou durante a abertura da Feira, a liberação de R$ 2.088 milhões para as tradicionais linhas de crédito da cafeicultura (custeio, colheita e comercialização). Palestra Magna - Um dos momentos mais marcantes da Fenicafé 2010, foi à palestra magna proferida pelo ex-ministro da Agricltura Alysson Paulinelli na abertura do

evento. Para Paulinelli, o maior desafio do agronegócio refere-se à organização. “O Brasil não tem política pública nem de produção e muito menos de comercialização”, afirma o ex-ministro. Segundo ele, o café está a praticamente sete anos em crise. “Trata-se de uma cultura híbrida. Se há excesso de oferta, o preço cai e se há escassez do produto o preço tende a subir. Nossa grande preocupação é que o setor permanece há sete anos em um aperto sem precedentes. O produtor está descapitalizado e os tradicionais produtores estão deixando a atividade”, afirma, dizendo que o café hoje, não é aquele que gerou a grande economia brasileira no século anterior. “Foi ele quem fez a indústria do país, mas foi cedendo espaço”, adianta. “O Brasil que chegou a ter 60% do mercado internacional, hoje tem menos de 20%. Nós fomos perdendo porque

não soubemos organizar. Os produtores estão em dificuldade, endividados, por pegarem emprestado um dinheiro que era deles mesmo, que são os recursos do Funcafé (Fundo de Defesa da Economia Brasileira)”, informa. Paulinelli disse que a situação do setor é muito ruim, não só sob o ponto de vista só econômico, porque o cafe ainda é um importante produto na nossa pauta de exportação, mas principalmente sob o ponto de vista social, porque é uma cultura que gera grande quantidade de emprego no Brasil. Inauguração - Durante a programação da Fenicafé 2010, a ACA Associação dos Cafeicultores de Araguari inaugurou oficialmente o Campo Experimental “Izidoro Bronzi”. O Campo Experimental teve suas atividades iniciadas em agosto de 2009 com o objetivo de fomentar pesquisas nas diversas áreas da cafeicultura, com ênfase nos trabalhos de irrigação, tratos nutricionais, tratos fitossanitários e culturais, além do melhoramento A genético e qualidade do café.

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LEITE

Marcelo Moreira Antunes 1 Paula Giovana Pazinato 2 Rubens Alves Pereira 3 Augusto Schneider 4 Ivan Bianchi 5 Marcio Nunes Corrêa 6

torno de 32°C e a umidade relativa do ar acima de 60%, condições comuns em várias partes do Brasil, a queda na produção de leite pode chegar a 30% e a taxa de concepção fica seriaclima consiste em uma mente comprometida. Os problemas de combinação de elementos que incluem a temperatura, saúde decorrente do esumidade, chuvas, ventos, radiatresse calórico ainda inção e pressão barométrica. Sacluem a alteração da dube-se que possui interferência ração do cio, da qualidadireta sobre a vida na terra, as- O sombreamento é importante para a manutenção do de do colostro, do índice sim como sobre os processos bem-estar dos animais. de concepção, do funcionamento uterino, das fisiológicos que comandam a vida animal, tornando-se, então, fun- salivação. Essas atividades aumentam funções endócrinas e do desenvoldamental o reconhecimento e o en- as necessidades energéticas de manu- vimento fetal, além de poder provotendimento de como o organismo ani- tenção do animal em uma estimativa car uma ‘distocia’, a qual pode resultar mal reage frente às condições cli- de 20% , portanto, no caso das vacas em morte da vaca durante o parto, leiteiras, isso significa que parte da como também em morte embrionária máticas, em especial ao calor. Estresse calórico é o desequilí- energia de produção será redirecio- prematura. brio que ocorre no organismo como nada para a regulação termal. Quanto aos bovinos, o conforto O estresse térmico é conhecido térmico está na faixa entre 13°C e resposta às condições ambientais desfavoráveis tais como a elevada tempe- há muito tempo por reduzir a pro- 25°C, sendo que assim a temperatura ratura, alta radiação solar e alta umi- dutividade e a eficiência reprodutiva corporal estabiliza. A partir dos 38°C dade relativa do ar. Estas, juntamente do gado leiteiro, acarretando perdas as vacas já sofrem com o estresse com a alta produção de calor metabó- econômicas que podem chegar à R$ calórico. Portanto, a recomendação é lico, resultam em um estoque de calor 1.000,00/vaca/ano. Uma estimativa corpóreo excedente, ou seja, o animal indica que 80% dessas perdas estejam que os animais permaneçam em amrecebe uma grande quantia de calor associadas com a produtividade do biente com temperaturas entre 4°C e do ambiente que aliada ao calor pro- animal – quantidade e qualidade do 21°C e com umidade relativa do ar duzido pelo seu metabolismo, são leite, e 20% associadas a desordens de menor que 75%, podendo restringir maiores do que a quantidade de calor saúde – problemas de reprodução e esta faixa aos limites entre em função que o animal consegue eliminar. Ge- imunidade, os quais resultam em au- da umidade relativa do ar e da ralmente, quando mais leite a vaca mento da mortalidade e particular- radiação solar. produz, maior é a quantidade de calor mente a frequência de mastite. MuComo diagnosticar? - Exismetabólico gerado – decorrente da danças no comportamento alimentar digestão dos alimentos, tornando os são visíveis. As vacas tendem a rea- tem diferentes maneiras de medir o animais mais produtivos os mais sus- lizar a maior parte da ingestão durante estresse calórico, sendo a mais comum cetíveis ao estresse calórico. Os bovi- o período mais fresco do dia. Esta in- o Índice de Temperatura e Umidade nos possuem duas formas principais gestão consequentemente é mais rá- - calculado a partir da temperatura e de manutenção de seu balanço termal pida, aumentando os riscos de redu- da umidade relativa do ar. Entretanto, a mais eficaz é a medição da temperae regulagem da temperatura corporal ção de pH ruminal. Este consumo irregular de ali- tura retal do animal. Estando as vacas em condições de alto estresse calórico, sendo a principal delas a dispersão mento pode levar a um aumento do com temperatura retal alta, resultado calórica pela evaporação, ofegação e intervalo entre partos, atrasando o de uma exposição a temperaturas ciclo reprodutivo do animal. Quando ambientes de 32°C a acima de 40°C, 1 – Graduando em Medicina Veterinária 2 – Graduanda em Biologia a temperatura aumenta acima de até 72hs após uma inseminação, os 3 – Mestrando em Biotecnologia 26°C com a mesma umidade relativa índices de concepção caem a 0%. Já 4 – Doutorando em Biotecnologia já ocorre uma redução do consumo quando a temperatura retal é de 38,5° 5 – Doutor em Biotecnologia Agrícola 6 – Doutor em Biotecnologia. Todos do de alimento e da produção de leite. A em ambientes com temperaturas de Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em fertilidade do rebanho também passa 21°C, os índices de concepção ficam Pecuária - NUPEEC a ser afetada. Com temperaturas em em 48%.

O

FOTO: Editora Attalea

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Efeitos do estresse calórico sobre a produção e reprodução do gado leiteiro


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LEITE

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Para identificar o estresse calórico nas suas vacas, podem-se escolher dez vacas em lactação ao acaso e aferir a temperatura retal de cada uma delas. Para isto, é importante saber que usualmente a temperatura retal dos bovinos apresenta um pico elevado no inicio da tarde e valores mínimos no início da manhã, dentro da faixa da normalidade, entre 38°C. Portanto deve-se fazer este teste antes da ordenha da tarde. Se sete ou mais vacas apresentarem temperaturas retais acima de 39,4º C, é sinal de que estes animais estão mostrando sintomas de estresse calórico e, acima dos 40°C considera-se estresse calórico severo. Deve-se também contar os batimentos cardíacos das dez vacas. Se a frequência cardíaca for maior que 60 batimentos por minuto em no mínimo sete animais, é também um sinal de estresse calórico. E, finalmente se ocorrer uma redução na ingestão de alimentos e na produção de leite, é provável que o rebanho esteja manifestando sinais de estresse calórico. A Tabela 1 mostra uma relação das variáveis fisiológicas e níveis de estresse. Prevenção - Foram identificadas três estratégias de manejo muito eficazes para minimizar os riscos de estresse calórico: 1. Modificação física do ambiente (sistemas de ventilação): Ao providenciar sombra e ventilação suplementar para as vacas no verão, os efeitos do estres-

Tabela 1. - Relação entre diferentes níveis de frequência cardíaca e temperatura retal com o nível de estresse calórico em vacas leiteiras. FREQUÊNCIA CARDÍACA

TEMPERATURA RETAL

23 bat/min 45 a 65 bat/min

38,3º C 38,4 a 38,6º C

70 a 75 bat/min

39,1º C

90 bat/min

40,1º C

100 a 120 bat/min

40,9º C

> 120 bat/min

> 41º C

se calórico diminuem e a produtividade aumenta. Conforme estudos, vacas em um adequado sistema de ventilação aumentam o consumo de alimentos em aproximadamente 7,1% a 9,2%, a produção de leite em 7,1% a 15,8%, sendo que a temperatura retal diminuiu cerca de 0,4 a 0,5°C e os índices respiratórios 17,6 à 40,6%. 2. Desenvolvimento genético de raças mais tolerantes ao calor: Cruzamento de raças para a expressão de maior resistência frente a condições adversas, já vem sendo feitos e um exemplo disso é o cruzamento da raça Gir com a raça Holandês, tendo como origem a raça Girolando, uma espécie de animal mais rústico, resistente e que mantém bons índices produtivos de leite.A novidade está em pesquisas realizadas com a raça Senepol,onde cientistas

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NÍVEIS DE ESTRESSE Não há estresse nenhum O estresse está sob controle; o apetite, a reprodução e a produção estão normais. Início do estresse calórico; menor apetite, mas a reprodução e a produção estão estáveis. Estresse acentuado; cai o apetite, a produção diminui, os sintomas de cio quase desaparecem; ocorre repetição de cios. Estresse sério; grandes perdas na produção; a ingestão de alimentos diminui 50% e a fertilidade pode cair para 12%. Estresse mortal; as vacas expõem a língua e babam muito; não conseguem beber água e nem se alimentarem.

descobriram um gene diretamente relacionado ao cres-cimento da pelagem e à alta tolerância ao calor. Se este gene for identificado e isolado, possivelmente poderá ser introduzido em raças leiteiras. Com isso, vai se gerar uma alternativa de cruzamento com esta raça, selecionando alta produtividade de leite e baixa temperatura retal durante períodos de estresse calórico. Talvez assim seja possível desenvolver um cruzamento capaz de produzir uma vaca possua alta tolerância ao calor sem comprometer sua produtividade. 3. Melhoramento nutricional: O manejo nutricional para os períodos quentes do ano devem incluir uma dieta “fria”, aquela que gera uma alta proporção de nutrientes para síntese de leite e diminui o incremento calórico proveniente da fermentação e metabolismo dos alimentos. As características destas dietas são o alto teor de energia, fibra de alta fermentação, menor degradabilidade de proteínas e alto conteúdo de nutrientes protegidos. Pastagens tenras, silagem com alto conteúdo de grãos e concentrados ricos em gordura encaixamse nessa categoria. Ainda, a suplementação mineral com potássio, sódio e magnésio, além de sempre manter água de boa qualidade à disposição dos animais, são práticas nutricionais fundamentais para se minimizar os efeitos do estresse calórico. Portanto, tomando medidas preventivas e sempre mantendo o cuidado necessário, a produtividade, saúde e bem estar do rebanho estarão preservadas. Apesar de ser uma questão relevada por inúmeros produtores, o estresse calórico deve sim ser levado em conta no momento do estabelecimento de um rebanho, já que, silenciosamente, afeta parâmetros produtivos e reprodutivos, em A especial, do gado leiteiro.


LEITE

FOTOS: Editora Attalea

Oimasa entrega em Pedregulho mais um trator pelo Programa Pró-Trator

realizada no iníE mciosolenidade de abril na agência da Nossa

Caixa, na cidade de Pedregulho (SP), a OIMASA entregou mais um trator Massey Ferguson financiado através do Programa Pró-Trator, oferecido pelo governo do Estado de São Paulo. O beneficiado foi o Sr. Marinho de Paula Santos, da fazenda Baixo Lageado, município de Pedregulho (SP).

O trator MF-297 foi financiado através da Nossa Caixa, em parceria com a CATI - Casa da Agricultura de Pedregulho. Além de Silmar (Oimasa Ituverava) e Pedro (Oimasa Franca), participaram do evento: João de Paula (consórcio nacional Massey Ferguson), Pedro César Avelar (diretor EDRFranca), Joel Leal Ribeiro (diretor técnico EDR-Franca), Márcio de

Figueiredo Andrade (CATI) e toda a diretoria local e regional da Nossa A Caixa. INFORMAÇÕES Oimasa Ituverava Tel. (16) 3729-7900 Oimasa Franca Tel. (16) 3711-7900 www.oimasa.com.br

29 ABR/2010


SILVICULTURA

Pragas florestais associadas a problemas ambientais 30 ABR/2010

Edson Tadeu Iede Wilson Reis Filho

1 2

relativos a escolha de espécies e proceA Aspectos dências mais adequadas as condições edafo-

climáticas, qualidade das mudas, condições físicas do solo, sítio, preparo de solo, técnicas de plantio, nutrição, tratos silviculturais são fundamentais para que se criem fatores de resistência ambiental ao ataque de pragas. Outros fatores que fogem ao controle do homem também são responsáveis por predispor as florestas ao ataque de pragas. Fenômenos de natureza abiótica, como chuvas de granizo, geadas fortes, secas prolongadas, bem como fatores de natureza biótica como o ataque de pragas primárias, também podem estressar as plantas, favorecendo o aparecimento de pragas. No caso da ocorrência de surtos de Pissodes castaneus, a experiência tem demonstrado que, em pelo menos 90% dos casos, as plantas apresentam sérios problemas de enovelamento ou encachimbamento, que ocorreram na fase de produção de mudas ou no plantio. Ou seja, verificase que, em muitos casos, estão sendo plantadas mudas passadas, cujas raízes já enovelaram no tubete e/ou, casos de enovelamento e de encachimbamento, provocados pelo 1 - Biólogo, Doutor, Pesquisador da Embrapa Florestas. E-mail: iedeet@cnpf. embrapa.br 2 - Eng. Agrônomo, Doutor e Pesquisador da Epagri,SC. E-mail: wilson@cnpf. embrapa.br - www.cnpf.embrapa. br.

espelhamento ou vitrificação do solo, pelo uso do chacho em solos rasos ou argilosos, impedindo o desenvolvimento normal das raízes. Verifica-se também, problemas em plantios localizados em sítios com solos hidromórficos que estressam a planta. Percebe-se que as empresas, no intuito de reduzir os custos de produção, diminuíram ou simplificaram, de forma drástica, as operações silviculturais, muitas vezes, em detrimento à qualidade. Entretanto isso irá refletir na resistência ou susceptibilidade das plantas aos fatores bióticos e abióticos a que elas forem expostas. Além disso, como estamos tratando de cultivos de longa rotação, é fundamental que se faça uma implantação com o menor número de inconformidades técnicas possíveis, pois os resultados serão obtidos a longo prazo, no caso do pinus, 20 anos, em média. A escolha do sítio é outro fator extremamente importante, para que se tenha um plantio que seja resistente ou suporte a pressão das pragas. Não adianta plantar em sítios ruins que apresentam solos rasos com afloramento de rocha, solos mal drenados, pois esses plantios serão alvos de pragas. Durante muitos anos isso não foi levado em consideração na silvicultura do Pinus no Brasil. Porém, após a introdução da Vespa-da-Madeira no país, em 1988, dos pulgões do gênero Cinara e Essigella, do Adelgidae, Pineus boerneri e de Pissodes castaneus, isso tornou-se uma condição indispensável, para propiciar resistência aos plantios. Plantas danificadas por chuvas de granizo tornamse suscetíveis ao ataque de Pissodes castaneus, devido à emissão de aleloquímicos que irão atrair o gorgulho. Da mesma forma, o estresse hídrico provocado por secas prolongadas e danos causados por geadas fortes podem predispor as plantas ao ataque da praga. A poda, uma prática silvicultural muito importante, quando realizada em época inadequada, poderá com-prometer o plantio. Os ferimentos provocados por esta prática, exalam compostos químicos que atraem pragas. Por essa razão, ela deve ser executada nos períodos de baixa densidade populacional das pragas, associadas ao plantio. Além disso, os restos de poda deverão ser eliminados e, se possível, picados para evitar a proliferação do insetos. Cuidados também deverão ser tomados durante os desbastes. A aplicação de herbicidas para o controle de ervas daninhas, em plantios jovens, deverá ser realizada de forma criteriosa, em horários que evitem possíveis derivas, com o uso de bicos de pulverização regulados, mantendo-se a velocidade do trator constante, que se não obedecidos, podem estressar as plantas de pínus e predispô-las ao ataque do Gorgulho-do-Pinus, devido ao excesso de produto liberado nas plantas. É fundamental também, que se mantenha a vegetação nativa, entre linhas de plantio, visto que elas fornecerão locais de abrigo, alimentação e reprodução de inimigos naturais, que ajudarão no controle biológico de pragas, principalmente no primeiro ano. Inclusive um dos agentes mais efetivos no controle de pulgões-gigantes-do-pínus, o fungo Lecanicillium lecanii, necessita dessa vegetação para se proteger de raios ultravioletas e se manter no ambiente. (Confira matéria completa no site da Revista Attalea Agronegócios: A www.revistadeagronegocios.com.br).


31 ABR/2010


SILVICULTURA

FOTO: Divulgação Teca

32 ABR/2010

Madeira tratada no meio rural e na fruticultura renovável produção nacional de R ecurso e de ciclo curto, a mourões representava madeira é matéria-prima de alta qualidade para equipamentos rurais e para a fruticultura. Madeira apresenta vantagens comparativas importantes em relação a outros materiais. Além de ser ecológica, pois seqüestra taxas importantes de carbono livre na atmosfera armazenando-o na forma de ativos, sua produção é limpa, com baixa demanda energética, alta resistência mecânica e bom isolante térmico e elétrico. Hoje, no país, existem aproximadamente 544 milhões de hectares de florestas nativas e cinco milhões de hectares de florestas plantadas. As de eucalipto representam cerca de três milhões de hectares e o restante é ocupado por pinus e outras espécies. O tratamento industrial da madeira a vácuo e pressão em autoclave é o que proporciona melhor relação de custo/benefício. O produto preservativo penetra profundamente nas fibras da madeira, em processo fechado e seguro tanto do ponto de vista ambiental quanto da saúde ocupacional. Assim ela que ficará protegida contra a ação de insetos

e fungos, os principais agentes da biodeterioração da madeira. Ganhando proteção pela tecnologia da preservação, essa matériaprima poderá ter diversas aplicações, inclusive em ambientes especialmente agressivos, como no campo. Assim, madeira tratada, matéria-prima que tem a cara do campo, encontra-se em melhores condições com a produção responsável em uma UPM - Usina de Preservação de Madeira. Madeira de eucalipto cultivada e tratada industrialmente apresenta desempenho semelhante ao das melhores nativas, ajudando a diminuir a pressão sobre elas e contribuindo para seu uso sustentado. Há dez anos, a

15% a 20% do volume total de madeira tratada no Brasil. Esse percentual subiu para 65% do volume total de madeira tratada que hoje chega a, aproximadamente, 675 mil metros cúbicos por ano. São 20 milhões de mourões produzidos com eucalipto roliço. Além de mourões para cercas, a madeira tratada encontra hoje um novo e promissor mercado na fruticultura. A cultura de uvas, por exemplo, exige a construção de estruturas adequadas nos parreirais para que as plantações floresçam. Madeira tratada é, mais uma vez, matéria-prima ideal. Versátil e com alto grau de trabalhabilidade, a madeira permite a construção de estruturas diversificadas para atender a diferentes exigências de cultivo. Entre as maiores vantagens da opção pelo mourão e outras peças de madeira tratada industrialmente, destaca-se a segurança de comprar produto de uma unidade industrial licenciada. Há controle de todas as operações, da matéria-prima colhida ao tratamento, de acordo com norma brasileira 9480 da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas e consagradas internacionalmente. A obediência ao ritual técnico e à segurança ambiental no tratamento é mais uma garantia no tocante à qualidade. Eles asseguram a melhor relação custo/benéfico com bom desempenho e elevada durabilidade. (Fonte: ABPM - Associação Brasileira de Preservadores de A Madeira )


PREÇOS AGRÍCOLAS

O MERCADO DE CAFÉ Fino/Extra - Mogiana e Minas

1

Indicador CEPEA/ESALQ MÊS

Cereja Descascado - Fino

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

1

267,84 285,19 263,28 256,35 254,84 255,76 250,52 248,86 261,58 256,84 261,28 262,04

2009

2010

268,41 280,75 269,58 278,68 262,60 279,70 260,10 268,02 256,64 247,50 255,34 254,29 262,20 262,20 281,57

FONTE: Esalq/USP

1

ABR/2010

CONILLON

ARÁBICA 2008

33

1

2008

2009

209,73 221,46 228,62 222,44 211,49 211,29 216,55 214,21 217,32 220,28 222,18 225,11

2010

227,66 173,51 224,07 168,47 212,57 174,43 212,57 197,13 188,45 180,09 186,13 188,89 180,77 180,77 176,41

- Em R$/saca 60kg

Evolução do Consumo Interno no Brasil

Boa Qualidade - Duros, Bem Preparados

1

Consumo Interno de Café no Brasil

ANO

Fechamento - Bolsa de Nova York

FONTE e ARTE: Escritório Carvalhaes /

1

1

1

- Em R$/saca de 60kg

1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

CONSUMO (milhões sc) total somente torrado/ inclusive solúvel moído 10,6 11,0 12,2 12,6 13,0 13,3 12,9 14,1 14,6 15,4 16,1 16,7 17,4

9,1 9,3 10,1 11,0 11,5 12,2 12,7 13,2 13,6 14,0 13,7 14,9 15,5 16,3 17,1 17,7 18,4

1

CONSUMO (kg/hab.ano) kg kg café café verde torrado 3,62 3,65 3,88 4,16 4,30 4,51 4,67 4,76 4,88 4,83 4,65 5,01 5,14 5,34 5,53 5,64 5,81

2,89 2,92 3,11 3,33 3,44 3,61 3,73 3,81 3,91 3,86 3,72 4,01 4,11 4,27 4,42 4,51 4,65

FONTE: ABIC. Período = novembro a outubro, sacas de 60kg


PREÇOS AGRÍCOLAS

CANA-DE-AÇÚCAR

34 ABR/2010

MÊS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

MENSAL 1 2008 2009

2007 0,3152 0,3028 0,3089 0,3217 0,2632 0,2299 0,2243 0,2268 0,2261 0,2174 0,2370 0,2418

FONTE: UDOP -

0,3238 0,3394 0,3211 0,2978 0,2802 0,2749 0,2993 0,3084 0,3375 0,3676 0,3744 0,3886

0,2402 0,2529 0,2628 0,2538 0,2506 0,2385 0,2493 0,2498 0,2685 0,2920 0,3015 0,3116

1

- Em R$/kg ATR //

2

2010

2007

CAMPO 2 2008 2009

0,4391 0,4726 0,4307

38,29 37,90 37,63 35,13 31,65 29,34 28,05 27,36 26,91 26,42 26,38 26,46

26,46 26,55 26,74 27,71 27,53 26,93 26,97 27,02 27,41 28,02 28,54 28,97

- 109,19 kg ATR //

BOI GORDO MÊS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2009

vista prazo

74,61 74,85 76,19 77,24 80,52 91,53 92,79 92,05 88,82 90,79 88,39 82,20

84,01 81,54 77,54 80,03 79,47 80,85 81,39 77,92 77,25 77,18 74,35 74,64

75,70 77,03 78,66

1

MÊS 2008 30,93 27,79 27,19 26,62 27,43 26,88 27,76 24,56 23,78 22,32 20,51 20,75

2009

2010

23,67 22,26 20,62 21,29 22,25 22,24 20,55 19,42 19,13 20,60 20,41 20,02

19,66 18,35 18,50

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq

1

29,55 29,66 29,87 30,95 30,75 30,08 30,13 30,19 30,61 31,30 31,88 32,36

2010 76,97 78,12 79,50

- Em R$/arroba (15kg)

MILHO e SOJA MILHO 1

42,77 42,34 42,03 39,24 35,36 32,77 31,33 30,57 30,06 29,52 29,47 29,55

MÊS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2008 vista

1

493,19 504,14 517,13 551,69 623,64 712,18 751,58 740,16 726,05 716,86 702,55 659,71

peso 186,40 186,20 187,01 187,22 187,11 187,44 187,03 185,83 185,61 185,55 185,28 186,17

2009 2

vista

1

1

41,22 42,47 42,59

2010 2

vista 1 peso 2

186,21 186,22 186,82 188,46 188,39 191,75 191,75 187,65 194,29 186,79 187,09 185,99

601,17 182,58 608,98 190,86 646,04 189,43

peso

- Em R$/cabeça,; 2 - Em R$/kg

LEITE C MÊS 2005

46,23 47,71 45,83 44,33 44,70 49,99 50,58 44,70 46,08 44,63 45,13 44,61

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

49,21 39,80 47,56 35,73 45,35 34,08 47,95 50,39 49,89 47,83 48,20 46,07 44,67 46,07 42,87

1

636,23 627,96 634,15 651,69 633,71 648,49 638,08 615,85 607,08 596,24 592,23 593,97

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq

SOJA 1 2008 2009 2010

- Em R$/saca de 60kg

32,88 33,49 33,93 36,32 35,18 34,49 34,99 35,53 36,54 37,83 38,85 39,85

2010

1 1 BEZERRO BEZERRO

vista prazo 85,35 82,54 78,51 80,93 80,32 81,68 82,28 78,98 78,58 78,61 75,71 75,66

36,91 38,02 38,13

1

2008 75,41 75,60 77,02 78,11 81,52 92,61 93,89 93,00 89,94 92,15 89,57 83,41

2007

- 121,97 kg ATR.

vista prazo

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

3

29,44 29,98 30,38 32,52 31,49 30,88 31,33 31,81 32,71 33,87 34,78 35,67

2010

ESTEIRA 3 2008 2009

1

ESTADO DE SP - REGIÃO DE FRANCA (SP) 0,491 0,472 0,510 0,520 0,538 0,534 0,516 0,438 0,448 0,448 0,401 0,310

2006 0,373 0,387 0,440 0,476 0,473 0,505 0,508 0,476 0,508 0,500 0,537

2007

2008

2009

2010

0,535 0,535 0,560 0,535 0,589 0,580 0,650 0,780 0,775 0,775 0,655 0,640

0,635 0,615 0,585 0,670 0,760 0,739 0,733 0,703 0,696 0,606 0,577 0,588

0,599 0,550 0,553 0,562 0,600 0,641 0,683 0,689 0,672 0,635 0,602 0,532

0,524 0,523 0,523

FONTE: FAESP / AEX Consultoria

1

- Em R$/Litro.


FIQUE DE OLHO

AGENDA DE EVENTOS ABRIL 16º Seminário Nacional de Criadores e Pesquisadores Dias: 23 e 24/04. ANCP. Local: Centro de Convenções de Ribeirão Preto (SP). Tel: (16) 3877-3260. Contato: secretaria@ancp.org.br. 17ª AGRISHOW - Feira Internacional de Tecnologia em Ação Dias: 26 a 30/04. ABIMAQ, ABAG, SRB e ANDA. Local: Pólo de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios, Ribeirão Preto (SP). Tel: (11) 3060-5000. Contato: www.agrishow.com.br. 76ª EXPOZEBU - Exposição Internacional do Gado Zebu Dias: 28/04 a 10/05. ABCZ. Local: Parque de Exposições “Fernando Costa”, Uberaba (MG). Tel: (34) 3319-3900. Contato: www.abcz.com.br.

MAIO 41ª EXPOAGRO - Exposição Agropecuária de Franca Dias: 14 a 23/05. Associação de Produtores Rurais. Local: Parque de Exposições “Fernando Costa”, Franca (SP). Tel: (16) 3724-7080. Contato: sede@franca.sp.gov.br.

JUNHO SIMCORTE – Simpósio Internacional de Produção de Gado de Corte Dias: 03 a 05/06. UFV. Local: Campus da Universidade Federal, Viçosa (MG). Tel: (31) 9246-1586. Contato: www.simcorte.com / simcorte@ufv.br ENCONTRO MA-SHOU-TAO PECUÁRIA 2010 Dias: 09 a 10/06. Grupo Boa-Fé – MaShou-Tao. Local: Fazenda Boa Fé, Conquista (MG). Tel: (34) 3318-1500. Contato: www.mashoutao.com.br / thiago@mashoutao.com.br 10º FÓRUM SOBRE MERCADO E POLÍTICA DE CAFÉ Dia: 11/06. ACARPA. Local: Centro de Excelência do Café do Cerrado, Patrocínio (MG). Tel: (34) 3831-8080. Contato: www.acarpa.com.br / gianny@acarpa.com.br 16ª FEICORTE - Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne. Dias: 15 a 19/06. AGROCENTRO. Local: Centro de Exposições Imigrantes. São Paulo (SP). Tel: (11) 5067-6767 . Contato: www.feicorte.com.br.

18ª Seminário Internacional do Café Dias: 18 a 19/05. ACS. Local: Associação Comercial de Santos, Santos (SP). Tel: (13) 3212-8200. Contato: camila@acs.org.br

17ª HORTITEC - Exposição Técnica em Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas. Dias: 16 a 18/06. RBB Feiras e Eventos. Local: Recinto de Exposições. Holambra (SP). Tel: (19) 3802-4195 . Contato: www.hortitec.com.br.

6ª BIOBRAZIL FAIR - Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia Dias: 20 a 23/05. FRANCAL. Local: Pavilhão da Bienal Parque Ibirapuera, São Paulo Franca (SP). Tel: (11) 2226-3100. Contato: www.biobrazilfair.com. br.

4º WORKSHOP AGROENERGIA MATÉRIAS PRIMAS Dias: 29 a 30/06. IAC e APTA. Local: IAC Centro de Convenções da Canade-Açúcar, Ribeirão Preto (SP). Tel: (19) 3014-0148 . Contato: eabramides@ terra.com.br.

6ª SUPERAGRO MINAS Dias: 26/05 a 06/06. SEAPA, FAEMG, IMA, SEBRAE. Local: Parque da Gameleira, Belo Horizonte (MG). Tel: (31) 3334-5783 . Contato: www. superagro2010.com.br.

13º EXPOCAFÉ – FEIRA NACIONAL DO CAFÉ – Mecanização e a Mudança no Processo Produtivo Dia: 16 a 18/06. EPAMIG. Local: Fazenda Experimental da EPAMIG, Três Pontas (MG). Tel: (31) 34895078. Contato: www.expocafe.com.br

13ª EXPOCACHAÇA - Feira Internacional da Cachaça Dias: 28/05 a 01/06. Cachaças do Brasil. Local: Pavilhões 2 e 3 do EXPOMINAS, Belo Horizonte (MG). Tel: (31) 32846315. Contato: www.expocachaca. com.br.

1ª WORKSHOP DE GESTÃO AEROAGRICOLA Dias: 21 a 22/06. SINDAG. Local: Ribeirão Preto (SP). Tel: (51) 81821716. Contato: www.congresso sindag.com.br

JUNHO

LIVROS CANA-DE-AÇÚCAR Bioenergia, Açúcar e Alcool Autores: Fernando Santos, Aluízio Borém e Celso Caldas Editora: UFV Contato: Tel. (51) 3403-1155. www.agrolivros. com.br O setor sucroalcooleiro do Brasil passa por um dos seus melhores momentos, recebendo novos investidores e projetos que apontam para horizontes otimistas. Este crescimento substancial do setor se consolidou devido à preocupação mundial com a segurança energética, ambiental e social, levando os produtores de cana, açúcar e álcool a expandir cada vez mais sua produção. Neste contexto, o livro, que foi recentemente lançado na Universidade Federal de Viçosa aborda os mais importantes avanços em tecnologia e produção da canade-açúcar e de seus derivados na atualidade.

ADESTRAMENTO BÁSICO DE EQUÍDEOS Autor: Augusto Cançado e Salles e outros. Editora: LK Contato: AGROLIVROS. Tel. (61) 3349-5107. www.lkeditora.com.br Adestramento é o treino especializado de eqüídeos que visa o controle do seu comportamento e obediência e o aperfeiçoamento da sua postura e movimentos. Com a edição deste manual técnico, utilizando exercícios de rédeas e equitação, a LK Editora apresenta um trabalho inédito - o único com metodologia passo a passo existente no mercado - que vai orientar os leitores sobre todas as operações para se fazer o adestramento, desde o conhecimento sobre o animal, a identificação dos equipamentos, o arreamento do eqüídeo, o montar no animal, a postura correta e o equilíbrio do cavaleiro sobre o eqüídeo, o conhecimento dos andamentos básicos e das “ajudas”, os exercícios de rédeas e equitação até o momento de desmontar do animal e desarreálo.

35 ABR/2010


36 ABR/2010


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