Edição 36 - Revista de Agronegócios - Julho/2009

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1 Revista Attalea庐 Agroneg贸cios - Jul 2009 -


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2 Revista Attalea® Agronegócios - Jul 2009 -

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Attalea

OIMASA ENTREGA MAIS UM TRATOR DO PROGRAMA PRÓ-TRATOR

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O vendedor Pedro (Oimasa-Franca) entrega o trator MF-275 ao produtor de Pedregulho (SP), Sr. Antônio Honofre Chiarelo

FOTO PRINCIPAL: Nilson Konrad

Revista Attalea® Agronegócios - Jul 2009 -

Oimasa Franca Av. Wilson Sábio de Mello, 1430 - Tel. (16) 3711-7900 37 ANOS EM FRANCA - HÁ 6 ANOS SOB NOVA DIREÇÃO


Três anos de muita informação! E D I T O R I A L

É com satisfação que completamos 36 meses de exaustivo, mas prazeroso trabalho de divulgação de fatos e notícias sobre o agronegócio regional. Neste mês de julho, a Revista Attalea Agronegócios comemora três anos de existência, com muitas conquistas, muitas novas parcerias, mas também com energia revigorada para trilharmos juntos mais um ano. Queremos agradecer às

empresas parceiras e ao público leitor, que através de suas sugestões e críticas contribuem para que façamos a melhor revista de informação agropecuária da região. Nesta edição mostramos a importância dos programas governamentais de apoio à produção e comercialização de máquinas e implementos agrícolas. Além do Programa Mais Alimentos e do Pró-Trator, agora o produtor rural foi beneficiado com a alterações no

A REGIÃO EM FATOS E IMAGENS

4 Revista Attalea® Agronegócios - Jul 2009 -

Mais uma lembrança do meu amigo Ismar Jacintho (Franca/SP). Um pequeno encarte de jornal, de meados da década de 60, falando do Touro Bombaim, já na Calciolândia, mas citando a origem do lendário touro que estampa os azulejos do Parque de Exposições “Fernando Costa”, em Franca (SP). Como cita o panfleto, a vaca Noronha, mãe de Bombaim e filha do ‘importado’ touro Alambique, pertencia ao Ten. Continentino Jacintho, tradicional pecuarista e criador de Gado Gir na região de Franca (SP).

Plano Safra 2009/2010, que inclui redução de juros, ampliação de orçamentos e eliminação de entraves burocráticos. Na cadeia produtiva do leite, mostramos a importância da capacitação do ordenhador para que se obtenha leite de qualidade na propriedade rural. A parceria entre Coonai, CATI e Banco do Brasil, através do DRS, contribui para a liberação de R$ 3 milhões em financiamentos para cooperados. Apresentamos, ainda, a informações sobre a regulamentação de tanques de resfriamento comunitários. Na cafeicultura, na questão técnica, mostramos a importância da matéria orgânica na cultura. Já com relação à comercialização, orientamos os produtores sobre os Contratos de Opção de Venda. Com relação ao milho, artigo de pesquisador da Embrapa mostra as vantagens do Milho Bt, geneticamente modificado. Na silvicultura, uma notícia muito importante para os produtores de eucalipto. Pesquisadores encontraram três pragas originárias de outros países atacando talhões no Paraná, Bahia, Rio Grande do Sul e Bahia. Já o destaque principal desta edição é o cultivo de oliveiras em Minas Gerais. Contribuição do amigo e pesquisador João Vieira Neto, o artigo visa contribuir com o cultivo que vem sendo disseminado em várias regiões. Boa leitura a todos....

ENVIEM-NOS FOTOS SOBRE O TEMA “AGRONEGÓCIOS”, DAS REGIÕES DA ALTA MOGIANA OU SUDOESTE MINEIRO, MANDE-NOS PARA PUBLICARMOS NESTA SEÇÃO.

A Revista Attalea Agronegócios, registrada no Registro de Marcas e Patentes do INPI, é uma publicação mensal da Editora Attalea Revista de Agronegócios Ltda., com distribuição gratuita a produtores rurais, empresários e profissionais do setor de agronegócios, atingindo 85 municípios das regiões da Alta Mogiana, Sul e Sudoeste de Minas Gerais. EDITORA ATTALEA REVISTA DE AGRONEGÓCIOS LTDA. CNPJ nº 07.816.669/0001-03 Inscr. Municipal 44.024-8 R. Profª Amália Pimentel, 2394, Tel. (16) 3403-4992 São José - Franca (SP) CEP: 14.403-440

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Em São Sebastião do Paraíso (MG), colheita do café é mecanizada pela primeira vez na EPAMIG

1- Garantia de entrega de até 5 unidades por modelo 2- Promoção válida até 31/07/09 ou até durarem os estoques

FOTO: EPAMIG

A Fazenda Experimental de São Sebastião do Paraíso (MG) começou, na semana passada, a colheita do café que, pela primeira vez na história da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), será mecanizada. De São Sebastião do Paraíso, a máquina segue para Machado (MG) e Patrocínio (MG), onde também será usada na colheita. “A EPAMIG é a primeira fazenda experimental do Estado a adquirir uma máquina como esta”, comemora o gerente de Pesquisa da Unidade Regional EPAMIG Sul de Minas, Gladyston de Carvalho. “É mais um motivo de orgulho para nós, já que também fomos os primeiros a alcançar a certificação das fazendas de café”, assinala, se referindo às fazendas de São Sebastião do Paraíso,

Machado e Patrocínio que, no passado, foram certificadas através do Programa Certifica Minas, do Governo do Estado. Para a compra da colheitadeira, foram investidos R$ 209,5 mil, com a aplicação de recursos do Plano de Sustentabilidade da empresa. “Com a máquina, além de atender o objetivo da empresa, que é a sustentabilidade,

teremos condições também de atender à pesquisa”, observa Gladyston, acrescentando que a máquina poderá ser inserida nos projetos de pesquisa como contrapartida da empresa. É que, até então, parte dos recursos destinados aos projetos de pesquisa em cafeicultura eram destinados ao aluguel de máquinas colheitadeiras, o que é extremamente dispendioso e acaba gerando entraves para o trabalho. A previsão é que a mecanização da colheita gere uma economia de R$ 50 por saca, o que corresponde a aproximadamente R$ 60 mil, só nesse ano. Isso significa que o valor investido na compra da máquina será amortizado em quatro colheitas, segundo cálculos dos gerentes das fazendas experimentais.

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5 Revista Attalea® Agronegócios - Jul 2009 -

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6 Revista Attalea® Agronegócios - Jul 2009 -

FOTOS: Oimasa Franca

M Á Q U I N A S

Oimasa entrega em Pedregulho (SP) mais um trator pelo Programa Pró-Trator

A Oimasa-Franca, concessionária Massey Ferguson na Alta Mogiana entregou mais um trator pelo Programa Pró-Trator. O beneficiário foi o Sr. Antônio Honofre Chiarelo, do município de

Pedregulho (SP) e a negociação foi realizada através da equipe local do banco Nossa Caixa. Nossa Na foto à esquerda: João (Nossa Caixa Oimasa Caixa), Pedro (Oimasa Oimasa), Antônio produtor rural rural), Honofre Chiarelo (produtor

Joel Leal Ribeiro (Cati Franca), Cati EDR Franca Nossa Caixa Caixa), Giovanno Thirso (Nossa Cati-Pedregulho Algarte Moreno (Cati-Pedregulho Cati-Pedregulho) e Gerente Nossa Caixa Neimar (Gerente Caixa). Na foto à direita, Pedro entrega o trator MF-275 para o Sr. Antônio.

Plano Safra 2009/2010 altera linhas de financiamento agrícola e beneficia produtores Os programas Mais Alimentos e Pró-Trator foram lançados no ano passado, respectivamente pelo Governo Federal e governo do Estado de São Paulo, para estimular a produção e comercialização de máquinas e implementos agrícolas. Em pouco menos de um ano, são inúmeros os produtores que se beneficiaram dos baixos juros para adquirirem ou trocarem seus maquinários agrícolas. Buscando estimular ainda mais a produção e comercialização de máquinas agrícolas e, consequentemente, ampliar a produção agrícola no país, o governo federal promoveu alterações significativas no Plano Safra 2009/ 2010 2010, lançado no mês passado pelo ministro Reinhold Stephanes, mas que dependem ainda de regulamentação por parte do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento. O governo federal destinará R$ 107,5 bilhões ao setor agrícola, sendo R$ 92,5 bilhões para a agricultura co-

mercial e R$ 15 bilhões para a agricultura familiar. Na modalidade MODERFROTA MODERFROTA, aparentemente não houve nenhuma alteração, mas o setor ainda aguarda definições do BNDES. Financiamento de até 90%, com juros de 9,5% ao ano e prazo de 6 a 8 anos para pagamentos. O MODERFROTA - PROGER RURAL foi a modalidade que foi mais beneficiada neste plano. Os juros permanecem os mesmos: 7,5% ao ano

e o prazo de 6 a 8 anos, com financiamento de até 100% do bem financiado. As mudanças na modalidade foram três: a) - o teto do bem financiado, que ampliou de R$ 150 mil para R$ 200 mil; b) - a renda do produtor rural passou de R$ 250 mil para R$ 500 mil reais; c) - e a retirada do limitador em módulos fiscais (no plano anterior estava limitado a 15 módulos fiscais). A linha PROGER RURAL RURAL, que além do Moderfrota também pode ser utilizada para custeio, comercialização e investimento, permanece com juros de 6,25% ao ano, prazo de 8 anos para pagamento (incluindo 3 anos de carência) e financiamento de até 100$ do orçamento. Foram alterados os valores da renda do produtor rural, de R$ 250 mil para R$ 500 mil reais e o aumento do valor financiado, que passou de R$ 150 mil para R$ 200 mil reais, tornando-se a linha de financiamento mais atrativa do Plano Safra.


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8 Revista Attalea® Agronegócios - Jul 2009 -

Letícia Caldas Mendonça

(1) FOTO: Editora Attalea

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A importância do ordenhador para a produção de leite de qualidade A produção de leite de qualidade não é uma meta plenamente fácil de ser alcançada por um motivo bastante simples: depende da correta execução e adequação de algumas tarefas e fatores, como por exemplo: a) - condição de limpeza e conforto do ambiente das vacas; b) - condição alimentar e de saúde das vacas; c) - manejo e higiene na ordenha; d) - controle da mastite e de outras doenças; e) - condições de infra-estrutura do ambiente de permanência das vacas e da sala de ordenha; f) - qualidade dos desinfetantes de tetos e dos de limpeza dos utensílios de ordenha; g) - rapidez no resfriamento do leite; h) - condição de armazenamento do leite; i) - disponibilidade de energia elétrica; j) - condição da estrada de acesso à propriedade. Dentre estas tarefas e fatores citados, muitos necessitam de investimentos financeiros para se adequarem à produção de leite com qualidade. Dependendo do momento econômico em que o país se encontra, estes podem ser mais fáceis ou difíceis de serem corrigidos. Mas existe um fator, de essencial importância para a produção de leite de qualidade, que pouco depende de investimento financeiro; depende muito mais de boa vontade, incentivo e próatividade. É a qualificação e motivação da mão de obra que trabalha diretamente na ordenha. Em simples palavras: a capacitação do ordenhador. Qual é o papel do ordenhador na produção de leite de qualidade? É ele quem obtém, de forma direta, o principal produto de uma propriedade leiteira. É este colaborador que está em contato direto com o leite e de cujo tra(1) - Ms. Ciência Animal, Analista da Embrapa Gado de Leite . Email: leticia@cnpgl. embrapa.br. Publicado na edição nº 31 do informativo eletrônico Panorama do Leite , de 29 de junho de 2009, publicação do CILeite - Centro de Inteligência do Leite.

balho depende todo o resultado dos esforços realizados por uma ou várias pessoas numa pequena, média ou grande propriedade leiteira. Todas aquelas tarefas e fatores citados acima fazem parte, direta ou indiretamente, da função do ordenhador. Por isso, a execução das atividades de ordenhador, pode, positiva ou negativamente, afetar enormemente a qualidade do leite produzido. Muitos estudos mostram a importância da relação ordenhador-vaca na produção de leite de qualidade. Por exemplo, um destes estudos relatou que a presença durante a ordenha, de funcionários agressivos, aumenta em 70% o volume de leite residual, um dos fatores de risco para ocorrência de mastite; e que as vacas sob influência desses funcionários defecam seis vezes mais durante a ordenha do que vacas sob influência de ordenhadores calmos e gentis (Seabrook, 1994 e Breuer et al., 2000). Uma pesquisa recente relatou que em propriedades leiteiras nas quais a rotina de ordenha está descrita e ocorre treinamento frequente de seus funcio-

nários, o número de vacas ordenhadas por hora por ordenhador é maior e a taxa de mastite clínica é menor, como mostra a Tabela 11. A qualificação do ordenhador, portanto, é fundamental na produção de leite de qualidade. O ordenhador deve conhecer as metas a serem atingidas, em que lugar do processo ele se localiza na obtenção destes resultados e saber realizar suas atividades corretamente. Saber realizar significa não somente executar a parte operacional, mas compreender também o porquê de cada etapa do processo. Quanto maior for o seu entendimento do motivo e da importância de cada tarefa que ele executa, maiores serão as chances de que elas sejam realizadas corretamente. Por exemplo, se ele souber que deve realizar o teste da caneca telada em todos os tetos, em todas as vacas, em todas as ordenhas do dia, ele poderá realizar facilmente tal tarefa. Mas se ele estiver consciente de que aquela prática de retirar três jatos de leite de cada teto antes da ordenha facilita o diagnóstico precoce da mastite clínica, elimina os jatos de leite mais contaminados, auxilia no estímulo à descida do leite e ainda evita que o leite das vacas com mastite clínica, que possui alta CCS, seja colocado junto ao leite das vacas sadias, com toda certeza ele não esquecerá de realizar tal tarefa com zelo e responsabilidade. Em muitas ocasiões, o ordenhador não é responsável somente pelo ato mecânico da ordenha, mas também deve zelar pela saúde dos animais, na detecção de mastite clínica, no tratamento de doenças, na aplicação de vacinas, etc.; ele se torna o braço direito do

Tabela 1 - Influência do Manejo de Ordenha na Performance de Fazendas Leiteiras em Wisconsin, EUA (*) Vacas Ordenhadas/ Taxa Mensal de Variável Resposta hora/ordenhador Mastite Clínica • Rotina de SIM 46,9 5,0 ordenha descrita NÃO 35,6 7,1 • Treinamento Nunca 33,6 9,6 frequente Frequentemente 49,4 5,8 Execução da rotina SIM 40,8 5,5 completa (**) NÃO 35,3 10,3 (*) Adaptado de RUEGG e RODRIGUES (2007); (**) Rotina Completa = teste da caneca telada, pré-dipping, secagem dos tetos com papel-toalha descartável, pós-dipping.


COMO E PORQUÊ? - A capacitação do ordenhador quanto às práticas para produção de leite de qualidade pode ser realizada periodicamente, de acordo com a necessidade de cada propriedade e sempre que houver um funcionário novo naquela função. Não são necessárias grandes ou novas tecnologias para este treinamento. Ele pode ser feito no escritório, dentro do fosso, na sala de ordenha, utilizando computador ou quadro-negro, não importa. O fundamental é que todos estejam envolvidos e cientes da relevância das informações que estão sendo passadas ali. Quando pensamos nas atividades que devem ser realizadas rotineiramente numa propriedade leiteira, várias funções nos vêem à cabeça: dirigir o trator, cuidar das bezerras, picar a cana, buscar a silagem, tratar as vacas de leite e o gado solteiro, limpar as camas das vacas, os cochos de alimentação, os bebedouros, limpar o curral, consertar uma cerca, vacinar o gado contra a aftosa. Todas essas funções exigem conhecimento e experiência e devem ser realizados de forma contínua. Quando se trata da ordenha, realizada uma, duas ou três vezes ao dia, esta

não pode, em hipótese alguma, deixar de ser feita. Faça chuva ou faça sol, seja Natal, réveillon ou feriado. Não há como deixar de ordenhar as vacas, mesmo em condições bastante adversas, como por exemplo, quando há falta de energia elétrica em uma propriedade cuja ordenha seja mecânica. Assim, o trabalho do ordenhador é bastante rotineiro; sua função se repete em toda ordenha, durante todos os dias do ano, sem exceção. E este é um fato que, se não for levado em consideração, pode desencadear situações de estresse, esgotamento físico e mental e até mesmo em pedidos de demissão. Por isso, quando falamos em motivação do ordenhador, estamos falando em mostrar claramente para este trabalhador quão vital é a sua função para o sucesso do negócio. E reconhecê-lo por isso. Seja na forma de bonificação financeira ou por meio de prêmios, placas, elogios. Em inúmeras situações, não é somente a remuneração que garante a satisfação do empregado; ser reconhecido por aquilo que faz, com a competência que exerce, muitas vezes, é o maior prêmio para um homem. Quando o ordenhador aprende a função, ele gosta do que faz, discute, traz novas idéias e conceitos sobre o que é melhor ou mais adequado. A capacitação de ordenhadores serve justamente para isso, abrir este diálogo entre funcionário, veterinário e produtor, encontrando a melhor forma de solucionar os problemas. Quando o ordenhador aprende, ele é pró-ativo, criativo, questiona, discute e inova. Saber que seu trabalho pode interferir enormemente nos resultados finais do negócio instiga seu interesse diante dos desafios. É neste diálogo aberto que entra a motivação. O ordenhador se

FOTO: Editora Attalea

veterinário. Por isso, o treinamento é fundamental para gerar funcionários bem informados, que saberão corretamente o que fazer no momento oportuno. O treinamento e o conhecimento proporcionam autonomia e segurança nas importantes e urgentes tomadas de decisão que surgem a todo tempo. Quantas vezes e em quantas diversas situações escutamos produtores de leite dizendo: “trabalhar com peão não dá!” ou “mão de obra é o meu maior problema aqui na fazenda!”? Enquanto estes rótulos são criados e mantidos, a distância entre o real e o possível é cada vez maior; e os paradigmas, cada vez mais enraizados. A maioria desses funcionários não são assim, eles estão assim. Principalmente pela falta de alguém (no caso, o proprietário, o gerente, o veterinário, o técnico responsável) capaz de promover a modificação do ambiente, das pessoas e da cultura em geral. A verdade é que ninguém nasce sabendo exatamente o que deve ser feito. É necessário que alguém os ensine a fazer.

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sente útil, fica feliz e motivado sabendo que faz parte daquilo, que não está apenas cumprindo ordens, ele mesmo ajudou a fazer, participou da melhoria dos resultados. Foi o trabalho dele que possibili-tou o sucesso. O envolvimento das pessoas com o negócio permite o diálogo, a reflexão e estimula a vontade de fazer bem feito, de se atingir as metas e os resultados. Um bom ordenhador pode ser formado de duas maneiras: contratando uma pessoa “pronta”, com boas indicações e valores individuais ou formando esta pessoa, dando valor aos princípios morais e à vontade de aprender, investindo na sua capacitação pessoal e profissional. A primeira opção é a mais simples, mas a segunda é a mais sustentável. A mente das pessoas é um canteiro fértil para proliferação de ideias, conceitos e valores; sua formação dependerá do que foi plantado. “Trate as pessoas como se elas fossem o que poderiam ser e as ajudará a se tornarem aquilo que são capazes de ser”.

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Normas técnicas para a utilização de tanques comunitários visando à conservação da qualidade do leite cru foram publicadas na edição do dia 08 de julho do Diário Oficial da União, por meio da Instrução Normativa Nº 22/2009, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As regras atendem a uma demanda antiga do setor, em complemento à Instrução Normativa Nº 51/2002. “Havia o reconhecimento do que era o tanque comunitário, mas não havia diretrizes específicas para a utilização dele. Além disso, com as normas técnicas pode-se combater a prática clandestina feita por intermediários”, esclarece a assessora técnica da Divisão de Inspeção de Leite e Derivados (DILEI), do Departamento de Inspeção FOTO: Editora Attalea

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Uso de tanques comunitários de refrigeração de leite é regulamentado

de Produtos de Origem Animal (DIPOA), Mayara Souza Pinto. Novas Regras - Dentre as novas regras está a instalação do tanque comunitário em local adequado, provido de paredes, cobertura, pavimentação, iluminação, ventilação e condição de acesso apropriadas. São exigidos também ponto de água corrente de

boa qualidade e local para higienização das mãos, latões e demais utensílios. Deve haver ainda, pelo menos, um responsável capacitado em cada tanque pela recepção do produto, seleção do leite, higienização dos equipamentos e transporte, em conformidade com o Programa de Coleta a Granel, aprovado pela inspeção sanitária oficial. O responsável pelo tanque precisa estar devidamente inscrito no cadastro nacional de produtos do Sistema de Informações Gerenciais do Serviço de Inspeção Federal (Sigsif). É classificado como tanque comunitário o tanque de refrigeração de leite utilizado de forma coletiva e exclusiva pelos produtores, com as características de desempenho e eficiência de acordo com regulamento técnico específico.

Departamento de Investimentos da Coonai completa um ano com R$ 3 milhões liberados no DRS O Departamento de Investimentos da Coonai completa um ano de atividades neste mês de julho e comemora a liberação neste período junto ao programa DRS (Desenvolvimento Regional Sustentável) do Banco do Brasil recursos que ultrapassam a ordem de R$ 3 milhões para aplicação aos cooperados. Os projetos contemplaram linhas diversas de financiamento que possibilitaram ao produtor investir no plantio de cana, eucalipto, horticultura, café, pastagens, compra de tratores, animais (matrizes de leite e de corte), equipamentos, custeio agrícola e pecuário etc. De acordo com Dannilo Castaldi Faria, responsável pelo Departamento, 80% dos créditos obtidos por intermédio deste convênio do Banco do Brasil com a Coonai estão enquadrados dentro do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento à Agri-

cultura Familiar). Os outros 20% são de produtores com renda anual acima da estabelecida por este programa. “Esta porcentagem nos mostra que realmente o maior beneficiado com este programa é o pequeno produtor. Por isso, o departamento se encarrega de ajudá-lo no que for preciso para agilizar a liberação dos financiamentos”, explica Dannilo. Vários documentos são exigidos para o encaminhamento dos projetos. O principal requisitado para dar início à solicitação de linha de crédito pelo Pronaf é a DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf) que é fornecido em São Paulo pela CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) e em Minas Gerais pela Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais). O cooperado pode entrar em contato direto com este órgão para obter a declaração ou se preferir pode fazê-lo por meio do departamento.

Além de auxiliar na obtenção de todos os documentos exigidos, o departamento também se encarrega de fazer o projeto detalhado que especifica cada passo da aplicação do valor solicitado, mostrando como o dinheiro pleiteado será utilizado. Este projeto também contempla a capacidade de pagamento do produtor. “É preciso deixar claro que todos estes serviços e assessoria que prestamos são gratuitos. É um benefício que oferecemos ao nosso cooperado para fomentar o seu desenvolvimento e o da agropecuária regional”, enfatiza Marcelo Barbosa Avelar, vice-presidente da Coonai. As linhas de crédito estão disponíveis para todos os produtores da Coonai Maiores Informações - podem ser obtidas com Dannilo pelo telefone (16) 9214-6035 ou na unidade Coonai mais próxima de sua propriedade.


Patrocínio Paulista (SP) investe no agronegócio e realiza Fórum de Dirigentes do Cooperativismo Leiteiro Roberto Rodrigues alerta: “é preciso ter um comportamento cooperativista” Em sua palestra, Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura e atual presidente do Conselho Superior de Agronegócio da Fiesp, falou sobre o potencial agrícola do Brasil, a deficiência das políticas públicas e a importância do cooperativismo. “A oferta não acompanha a crescente demanda de alimentos no mundo”, começou o ex-ministro da Agricultura, apontando o Brasil como o grande seleiro do mundo. “Nenhum país fez uma revolução tecnológica no campo como o nosso; o Brasil tem aumentado constantemente as exportações agrícolas, diversificando os produtos e os destinos; e temos terras e gente disponíveis para ampliar muito mais o plantio”, ressaltou Rodrigues, destacando também o rejuvenescimento dos produtores agrícolas. “Os jovens estão aprendendo a tocar como empresários as lavouras dos pais, sem precisar da presença constante no campo”, disse ele. “Só não somos melhores por problemas de efetivação das políticas públicas e pela grande resistência ao Brasil agrícola lá fora”, continuou Rodrigues, afirmando que os países não diminuem o protecionismo rural com medo FOTO: Divulgação

O Fórum de Dirigentes do Cooperativismo Leiteiro, realizado dia 7 de julho na Feira de Agropecuária de Patrocínio Paulista (SP), contou com cerca de 100 participantes, que representaram 20 cooperativas de São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Organizado pelo Sistema Ocesp, OCB, Sebrae São Paulo e Coonai (Cooperativa Nacional Agroindustrial), o evento foi aberto pelo pronunciamento do presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas; seguido da fala da gerente do Sebrae São Paulo no escritório regional de Franca, Iroá Nogueira Lima Arantes; da coordenadora da Cadeia de Leite e Derivados do Sebrae Nacional, Fátima da Costa Lamar; do vice-presidente da Ocesp, Maurício Miarelli; do coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, ex-ministro Roberto Rodrigues; do diretor de Geração de Renda e Agregação de Valor do MDA, Arnoldo de Campos; e do prefeito de Patrocínio Paulista, Mauro Barcellos. Márcio Freitas ressaltou a importância do fórum como uma forma de troca de experiências entre os dirigentes, com o intuito de melhorar a vida dos cooperados, motivo maior da atuação da cooperativa. Ele destacou também o alto nível dos palestrantes, “o que só contribui para aprimorar a atividade leiteira e cooperativista no país”. O prefeito Barcellos mostrou-se entusiasmado. “Este encontro dos produtores de leite vem agregar conhecimento; pretendo continuar incentivando eventos desse tipo no município”, salientou o prefeito.

do Brasil ganhar mais mercado ainda. Sobre política agrícola, o exministro foi categórico: “temos, sim, política agrícola; o problema é que os instrumentos para efetivá-la estão espalhados por vários ministérios, que não se conversam”. Rodrigues alertou também os dirigentes cooperativistas. “Temos um instrumento muito importante para corrigir o social por meio do econômico. O problema é que os dirigentes um tem ciúme do outro, e os discursos e iniciativas que realmente interessam não ecoam. Nosso lobby desunido não convence o governo”, disse Rodrigues, com a experiência de quem já conduziu várias entidades de representação das cooperativas, no Brasil e no exterior. Para a produção de leite, Rodrigues disse que são necessárias tecnologia, escala e agregação de valor, e tudo sob uma gestão adequada. “Isso só é possível por intermédio de cooperativas”, salientou ele, concluindo que os cooperativistas ainda não sabem a força que têm. ”Não adianta saber das leis e dos valores do cooperativismo, é necessário ter comportamento cooperativista”, acrescentou Rodrigues.

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Antônio Álvaro C. Purcino; José Magid Waquil; José Carlos Cruz; Jason de Oliveira Duarte; João Carlos Garcia; e Simone Martins Mendes (1) Nos últimos 30 anos, a produção de grãos no Brasil mais que triplicou. No caso do milho, a produção passou de 19 milhões de toneladas para as 58 milhões produzidas em 2007/08, enquanto a área cultivada com esse cereal aumentou somente de 12 milhões de hectares para 14 milhões de hectares. Concomitantemente, a produtividade média nacional passou de 1.631 kg/ ha para 4.131 kg/ha. Muitos municípios da região Centro-Sul já atingiram produtividades entre 6.000 kg/ha e 8.400 kg/ha e alguns produtores já conseguem produzir comercialmente até 16.000 kg/ha. Esses ganhos tecnológicos permitiram que, nos últimos 15 anos, a produção de carne de frango aumentasse mais de 6 vezes, enquanto a produção de carne suína mais que dobrou. Os ganhos de eficiência nessas cadeias produtivas foram possíveis graças à capacidade empresarial e gerencial dos produtores rurais, que adotaram as tecnologias mais modernas disponibilizadas pela ciência. Entre essas, se destacam o plantio direto, a correção e fertilização do solo, as técnicas de manejo integrado de plantas invasoras, doenças e insetos-praga e a crescente adoção de sementes melhoradas com alta capacidade produtiva. Observa-se que os híbridos simples passaram a dominar o mercado de sementes e que as tecnologias embutidas nas sementes são as mais facilmente adotadas pelos produtores. Esse é o caso das sementes transgênicas que, no caso do milho, foram amplamente adotadas em outros países grandes produtores de milho (Estados Unidos e Argentina), nossos principais competidores nos mercados internacionais. (1) - Pesquisadores da Embrapa CNP - Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo. Contatos: ace@cnpms.embrapa.br

FOTO: Editora Attalea

G R Ã O S

Milho Bt vantagens para a cadeia produtiva e a viabilidade da coexistência

Nas lavouras de milho, as perdas causadas por pragas constituem fator limitante para se obter altas produtividades. A lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) é a principal praga da cultura do milho no Brasil, causando severos prejuízos. O ataque na planta ocorre desde a sua emergência até o pendoamento e o espigamento; porém, o período critico é o florescimento. As perdas devido ao ataque da lagarta podem reduzir a produção em até 34%. Levantamento realizado entre cerca de 1.100 agricultores que produzem mais de 8.000 kg/ha mostrou que, dentre as lavouras amostradas, 15% receberam de 4 a 5 aplicações de inseticidas e 6% receberam de 6 a 8 aplicações para o controle de pragas. Outros levantamentos recentes, realizados pela Embrapa Milho e Sorgo, mostraram que em algumas regiões o número de aplicações de inseticidas para o controle da lagarta-do-cartucho pode chegar a 10. Além disto, não existe método eficiente de controle químico para pelo menos duas outras importantes espécies: a lagarta-da-espiga e a broca-do-colmo. Híbridos transgênicos com a tecnologia Bt podem reduzir, significativamente, os prejuízos causados por essas espécies, conforme foi observado neste primeiro ano de uso, com um aumento de 15 a 20% na produtividade. Além da redução das perdas diretas causadas

pelos danos das lagartas na espiga, que podem atingir até 30%, outras vantagens do uso do milho Bt incluem a redução da aplicação de agrotóxicos, a comodidade para o produtor, a diminuição da incidência de micotoxinas e, consequentemente, a oferta de alimentos mais saudáveis para humanos e criações. Coexistência - Uma das preocupações com o uso do milho Bt está na coexistência entre lavouras transgênicas e lavouras não-transgênicas. A coexistência é o conjunto de práticas agrícolas que permite aos agricultores a produção de grãos oriundos de cultivos convencionais, transgênicos e orgânicos de acordo com padrões de pureza e atendendo às obrigações legais para rotulação. A adoção das regras de coexistência é fundamental para preservar a liberdade de escolha dos produtores e dos consumidores. Coexistência é também um tema especialmente relevante quando existe incentivo de mercado para o fornecimento de milho nãotransgênico. Uma evidência de sua viabilidade prática é a coexistência de um número considerável de diferentes variedades de polinização aberta ainda em uso. No Brasil, a presença de OGMs (organismos geneticamente modificados) acima de 1% nos produtos comercializados obriga a rotulagem indicativa de conteúdo transgênico.


Como os OGMs aprovados para comercialização pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) são considerados seguros para uso humano, animal e ambiental, a definição de coexistência não incorpora aspectos de biossegurança. A presença adventícia de milho transgênico pode ser causada pelo fluxo gênico e pela mistura de grãos durante a colheita, o transporte e o processamento. Sendo o milho uma planta alógama, o fluxo gênico ocorre principalmente pela dispersão do pólen pelo vento, já que o papel dos insetos nesse processo é considerado muito pequeno. Uma quantidade muito grande de estudos já foi conduzida em vários países para se determinar as distâncias mínimas para coexistência. Esses trabalhos, normalmente conduzidos sob condições que facilitam contaminações adventícias, apontam que o grão de pólen, por ser grande e pesado, tem uma velocidade de deposição rápida. Isso faz com que 98% desses grãos de pólen se depositem num raio de 25 a 50 m da origem. Observações em lavouras de milho Bt realizadas no Canadá mostraram que, a 100 m da fonte, todo o pólen já havia sido depositado. Por outro lado, existem na literatura relatos de que pequenas quantidades de pólen podem cruzar com outras cultivares a até 800 metros de distância, mas essa contaminação adventícia, em lavouras acima de 2 hectares, não é capaz de atingir o nível de 1% como estabelece a lei brasileira. No estabelecimento de distâncias de isolamento para fins de coexistência, três princípios, lastreados em bases científicas, devem ser considerados: 1 - adequação: pelas normas brasileiras, a distância entre plantios OGMs

e não-OGMs deve ser suficiente para impedir presença adventícia acima de 1%; 2 - proporcionalidade: significa que as medidas preventivas devem ser proporcionais aos incentivos pecuniários existentes para a coexistência, evitandose a imposição de regras que inviabilizem economicamente o plantio de OGMs; 3 - razoabilidade: as distâncias para isolamento dos campos devem ser suficientes para permitir a coexistência em níveis compatíveis com as regras legais de presenças adventícias e não serem excessivas, impedindo a liberdade de escolha para plantios de OGMs. Norma de Coexistência - A norma de coexistência do milho Bt com cultivares não-Bt, estabelecida pela CTNBio no Brasil, exige para plantios comerciais isolamentos de 100 m ou de 20 m de distância mais 10 fileiras de milho não-Bt, com híbrido de igual porte e ciclo. Embora não previsto nas normas da CTNBio para plantios comerciais, o espaçamento temporal (30 dias) entre lavouras, que é utilizado pelo setor de produção de sementes, é uma medida que pode reduzir ainda mais a possibilidade de cruzamento entre cultivares em lavouras vizinhas e, se negociado entre produtores, poderia ser viável em regiões com predominância de lavouras irrigadas ou de pequenos produtores. Na Europa, isolamentos dentro dos limites estabelecidos pela CTNBio foram adotados na Suécia (15 m para milho forragem e 25 m para milho grão), na Holanda (25 m para milho forragem e 50 m para milho grão), na Espanha e na França (50 m), na República Tcheca (70 m) e na Inglaterra (80 m para milho forragem e 110 para milho grão).

ADUBOS, SEMENTES, DEFENSIVOS; ELABORAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE PROJETOS DE IRRIGAÇÃO; ASSISTÊNCIA TÉCNICA ESPECIALIZADA

É evidente que, na prática, a possibilidade de coexistência depende da adoção das medidas estabelecidas para tal finalidade. Isso implica no diálogo entre produtores vizinhos, no treinamento dos operadores de máquinas e equipamentos e na adoção de boas práticas de produção. A coexistência exige também estrutura e logística para a separação de grãos transgênicos dos não-transgênicos, já que misturas não devem ocorrer também nas etapas de pós-colheita. Deve-se, finalmente, destacar que a tecnologia do milho Bt tem grande potencial para revolucionar o controle de lagartas e que, devido às dificuldades de controle dessas espécies e à eficácia da tecnologia, espera-se que os produtores passem a aderir rapidamente ao uso do milho Bt. Por outro lado, é necessário o cumprimento rigoroso das normas preconizadas pela CTNBio tanto para a coexistência como para o manejo da resistência usando as áreas de refúgio. A área de refúgio consiste no plantio de 10 % da lavoura utilizando sementes não-Bt para permitir a sobrevivência de insetos susceptíveis à toxina do Bt, reduzindo a chance de cruzamentos entre indivíduos que sobreviveram no milho Bt. Podem ser computadas como área de refúgio as bordaduras de milho não-Bt que fazem parte do isolamento da área de milho Bt para coexistência. A distância entre a área de refúgio e a lavoura Bt deve estar no máximo a 800 m, ou seja, não se deve ter plantas Bt e não-Bt separadas além dessa distância. Além disso, o monitoramento é uma estratégia fundamental para determinar a funcionalidade da tecnologia e para incorporá-la ao Manejo Integrado de Pragas.

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3720-2323 - 3720-2141 R. Elias Abrão, 110, São Joaquim - Franca (SP)


TRÊS ANOS DE MUITA INFO R

Estamos em festa! Queremos agradecer as empresas parceiras pelo apoio e pela credibilidade dispensada nestes 36 meses de trabalho na publicação mensal da Revista Attalea Agronegócios. Foram três anos de muitas viagens, mais de 100 cidades visitadas, muitos dias-de-campo, palestras, inaugurações, feiras e exposições agropecuárias e eventos de negócios.

Revista Attalea® Agronegócios - Jul 2009 -

Graças às parcerias com grandes instituições e empresas do setor, bem como ao trabalho e persistência de toda nossa equipe, que a Revista Attalea Agronegócios se tornou, em pouco tempo, um dos principais canais de informação do agronegócio da Alta Mogiana e Sudoeste Mineiro. Parabéns e obrigado!

F U N D A Ç Ã O EDUCACIONAL

SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO

a ativ rop Cooper Ag

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AgroP.

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n Fr ais an do S etor ca

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Com pioneirismo, profissionalismo, respeito aos clientes, organização, planejamento e conhecimento de assunto, a Editora Attalea Revista de Agronegócios tem como meta promover a difusão de fatos, notícias e tecnologias agropecuárias junto ao seu público-alvo, composto por agricultores familiares, empresários rurais, engenheiros agrônomos, médicos veterinários, zootecnistas, técnicos em agropecuária e demais profissionais do setor de agronegócios.

de io Tr is s uá abalho dos Prof de ria iã o e Afin s da Reg

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ÁREA DE ABRANGÊNCIA

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• 68 municípios do Sul e Sudoeste Mineiro

Campo Florido

SACRAMENTO

Conceição das Alagoas

Conquista Delta

Água Comprida

Pirajuba

Attalea

RMAÇÃO AGROPECUÁRIA

Rifaina Igarapava

Planura Aramina Miguelópolis Buritizal

Colômbia

São Roque de Minas

Pedregulho Guaíra

ITUVERAVA Ipuã

Ribeirão Corrente

Guará BARRETOS

Jeriquara Cristais Paulista

Pimenta São João Batista do Glória

Itirapuã

Nuporanga Patrocínio Paulista

Morro Agudo Terra Roxa

Piumhi

Cássia Capetinga

Restinga Orlândia

Vargem Bonita

Delfinópolis Ibiraci

São José da Bela Vista

Jaborandi

Colina

Claraval

FRANCA

São Joaquim da Barra

Itaú de Minas São Tomás de Aquino

Sales Oliveira

Capitólio

São José da Barra

Guapé

Passos

Pratápolis

Batatais Viradouro Bebedouro

Pontal

São Sebastião do Paraíso

Altinópolis

Jardinópolis

Pitangueiras

Alpinópolis

Fortaleza de Minas

Carmo do Rio Claro

Bom Jesus da Penha Jacuí

Brodóswski

Santo Antônio Alegria

Sertãozinho

Itamogi

Ilicínea

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Conceição da Aparecida

Nova Resende

São Pedro da União

Boa Esperança Campos do Meio

RIBEIRÃO PRETO

Serrana Santa Cruz da Cajuru Esperança Serra Azul

Cássia dos Coqueiros

Monte Santo de Minas Guaranésia

Juruaia

Coqueiral Campos Gerais

GUAXUPÉ Muzambinho

Arceburgo

• 11 municípios do Triângulo Mineiro

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Alterosa

Santana da Vargem

Monte Belo Areado

Três Pontas

ALFENAS Cabo Verde Divisa Nova

Fama

Carmo da Cachoeira

Serrania Paraguaçu

Botelhos

São Bento Abade

VARGINHA

Machado Bandeira do Sul

• 44 municípios da Alta Mogiana

Elói Mendes

Campestre

Três Corações

POÇOS DE CALDAS

Poço Fundo

Monsenhor Paulo Carvalhópolis Cordislândia Turvolândia

Campanha São Gonçalo do Sapucaí

TRATORES - IMPLEMENTOS - PEÇAS

Escritório Contábil

TÉCNICA EM SUPLEMENTAÇÃO

NUTRI NORTE NUTRIÇÃO ANIMAL - PET SHOT

R

FERTLIZANTES LONDRINA LTDA.

cachaça

Formosa ALÔ-DIESEL TRANSTANQUE

CAFEEIRA TÉLL & CLÁUDIO

Cortes e Derivados de Especiais Suínos

CASA DOS ROLAMENTOS

COMPLEXOS MINERAIS

CAFEEIRA MOGIANA

Cambuquira


A importância da matéria orgânica para o cafeeiro

C A F É

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- Pesquisadora da Embrapa Agrobiologia, Doutora em Fitotecnia. Atua na área de agricultura orgânica, com ênfase na cultura do café. Publicado no informativo mensal da COOPERITA - Cooperativa Regional Agropecuária de Santa Rita do Sapucaí, edição 525, junho 2009.

FOTO: Editora Attalea

a sua aplicação ser realizada sempre que possível. A MOS melhora as características físicas, químicas e biológicas dos solos, sendo considerada uma substância condicionadora. Um exemplo da importância da sua aplicação, mesmo na cafeicultura tradicional, reside no fato de que possui o poder de absorver ou reter nutrientes, liberando-os posteriormente para as plantas. A vantagem desta retenção está na diminuição das perdas por lixiviação. A fim de reduzir os custos com transporte, o produtor deve bus- O consórcio com outras culturas é outra car sempre utilizar resíduos alternativa para melhorar as condições de orgânicos disponíveis na região, solo. No alto, café consorciado com serinlevando em consideração a gueira na região de São José da Bela Vista (SP). Abaixo, com mamoeiros no Espírito distância da fonte até o local onde Santo. será utilizado. Animais que são alimentados com ração, geralmente produzem estercos com maiores teores de nutrientes. Por esta razão, espera-se que o esterco proveniente de gado de leite seja de melhor qualidade que o de gado de corte. Antes de serem utilizados, os estercos devem ser curtidos (envelhecidos naturalmente) ou, de preferência FOTO: Editora Attalea

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A matéria orgânica do solo (MOS) é resultante da deposição natural de resíduos vegetais e animais que chegam ao solo, podendo ter a sua origem também no próprio homem, por meio da adubação orgânica feita com estercos, compostos orgânicos preparados na fazenda, adição de resíduos vegetais, tais como restos culturais ou adubos verdes plantados com a finalidade de incorporação ao solo. O teor de MOS está intimamente relacionado ao manejo adotado (adubação, preparo de solo, método de controle de invasoras etc), sendo por esta razão, utilizada para monitorar a qualidade do solo em sistemas agrícolas para que intervenções sejam realizadas a tempo de evitar sua degradação. O cultivo de espécies perenes, tais como café, fruteiras, entre outras, geralmente favorece o acúmulo de matéria orgânica no solo, em função de diversos fatores, tais como menor revolvimento da camada arável, maior entrada de biomassa vegetal através de podas, quedas de folhas, galhos, ramos e frutos e maior proteção do solo contra erosão. O café produzido de forma orgânica (café orgânico) provém de um sistema de produção que evita ou exclui o uso de agroquímicos e de adubos minerais de alta solubilidade. Entretanto, considerando-se os benefícios da MOS para os agroecossistemas, a manutenção dos seus teores torna-se igualmente importante para os sistemas tradicionais de cultivo, devendo

compostados, por duas razões: para evitar a fitotoxidez ou “queima” das plantas e porque, com a elevação da temperatura durante a decomposição, é possível eliminar microrganismos patogênicos e reduzir a presença de sementes de ervas invasoras. Outra boa fonte de matéria orgânica são os compostos orgânicos, resultado de uma mistura de resíduos orgânicos de origem animal e vegetal, submetidos ao processo de compostagem, um processo onde os microrganismos (bactérias, fungos e actinomicetos) são os decompositores.

FOTO: Incaper

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Marta dos Santos Freire Ricci (1)


FOTO: Fertalon

cifólias da Etiópia, se beneficia A compostagem, além de com um sombreamento ralo, eliminar microrganismos patoentre 20 a 40%. gênicos e reduzir a presença de As árvores além de criarem sementes de invasoras, acelera um microclima favorável ao a decomposição. cafeeiro, são capazes de extrair Os adubos verdes são os nutrientes das camadas mais plantas cultivadas no local ou profundas do solo e devolvê-os trazidas de fora, que são incorpara o solo através da queda poradas ao solo com a finanatural ou da poda de folhas, lidade de preservar a fertilidade galhos, ramos e frutos, que ao das terras, podendo ser utilidecomporem são incorporados zados em consórcio, rotação de ao solo, fazendo com que as culturas, cercas-vivas, quebraárvores tenham um importante ventos, faixas de contorno e papel na ciclagem de nutrientes beiras de estrada. Outra prática recomendada é a adubação verde para o sistema cafeeiro. A utilização de biomassa ou a incorporação de matéria orgânica ‘externa’, É importante que o cavegetal como fonte de matéria através de compostagem ou turfas. feicultor tenha em mente que a orgânica representa uma A população de plantas “invasoras” MOS não é simplesmente sinônimo de oportunidade para o produtor diminuir ou “daninhas” também pode ser consi- adubação. a necessidade de insumos por serem derada uma importante fonte de matéria Seus benefícios vão além da questão ótimos recicladores de nutrientes no orgânica para o cafeeiro. Hoje em dia, nutricional, especialmente quando se sistema. Um aspecto a ser considerado pelo já é sabido que nem toda planta invasora considera a microbiologia do solo, produtor é que apenas a utilização de é considerada daninha. atualmente muito considerada pelos Outra opção que o produtor pode especialistas em solos. adubos verdes não supre totalmente as exigências nutricionais do cafeeiro, dispor como fonte de matéria orgânica Portanto, o produtor que deseja obhavendo a necessidade de se utilizar é o cultivo de árvores e arbustos associa- ter boas colheitas, deve investir no maoutras fontes de adubos minerais e/ou das ao cafeeiro. O cafeeiro por ser uma nejo do sistema de forma a aumentar espécie originária de florestas cadu- ou preservar a sua matéria orgânica. orgânicos a fim de complementação.

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A DEDEAGRO promoveu na Safra 2008/2009 diversos Dias de Campo Ver Para Crer, apresentando a linha Muito Mais Café, da Bayer Cropscience. Os eventos reuniram cafeicultores das cidades de Franca (SP), Ribeirão Corrente (SP), Jeriquara (SP), entre outras, e tinham como objetivo apresentar os surpreendentes resultados de produção dos cafezais Muito Mais Café Café. “O objetivo com esses eventos, foi mostrar no campo para o cafeicultor a superioridade do tratamento Bayer, que resulta em muito mais café na tulha do produtor.” O Dia de Campo consistiu em colher os frutos de 6 pés de café tratados com a linha Muito Mais Café e 6 pés de

FOTO: Dedeagro

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Dias-de-Campo promovidos pela Dedeagro na região de Franca mostram a eficiência da linha ‘Muito Mais Café’, da Bayer Cropscience

Produtividade superior: É só ver para crer!

café com outro tratamento. Os pés de café eram escolhidos pelos próprios convidados, que após a colheita e com-

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Há mais de uma década em sintonia com o cafeicultor! Há 12 anos, a Dedeagro atua em parceria com o agricultor, fornecendo produtos agrícolas para as lavouras de café, milho, soja, horticultura, entre outros.

paração da produção dos dois grupos, ficaram surpresos com a significativa diferença de produtividade. Por isso o nome escolhido para o evento foi “Ver Para Crer!” No Sítio Bela Vista, em Jeriquara (SP), os pés de café de 1,5 ano foram tratados com Baysiston, Temik, e Sphere Max, obtendo uma produção de 22,7 sacas/hectare. Já nos pés de café de 2,5 anos utilizou-se Premier Plus, Sphere Max, Muito Mais Florada ( Rovral + Folicur) e Temik, com produção de 77,44 sacas/hectare! Estes resultados provocaram a surpresa de todos os presentes no Dia de Campo. Na Fazenda Samambaia, município de Ribeirão Corrente (SP), o produtor ficou muito satisfeito com o tratamento Muito Mais Café Bayer realizado em suas lavouras, nas quais foram utilizados os produtos Premier Plus, Muito Mais Florada (Rovral + Folicur), Sphere Max e Temik que tiveram uma produção de 55,77 sacas / ha, café de 4 anos. A Fazenda Água Limpa, situada no município de Cristais Paulista (SP), foi também cenário para um dia de campo realizado pela DEDEAGRO DEDEAGRO. Lá todos tiveram a oportunidade de conferir o tratamento Bayer Muito Mais Café Café, desta vez com os produtos Premier Plus, Temik e Sphere Max. Em Franca (SP), os produtos Bayer podem ser encontrados na DEDEAGRO que está em plena campanha de troca de café através do Programa Total Up Flex da Bayer Cropscience. Não deixe de conferir esta ótima possibilidade de negócio para o seu cafezal!

Faça-nos uma visita ou entre em contato pelo telefone e solicite a visita de um de nossos vendedores especializados em sua fazenda!

Rua Padre Conrado, nº 730 Vila Nova - Franca (SP) PABX: (16) 3722-7977

João Dedemo ajudando na colheita dos frutos.


Portaria do MAPA reedita Contratos de Opções de Venda de Café O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) publicou a Portaria Interministerial Mapa-MF nº 482, a qual trata do lançamento de Contratos de Opção de venda de café da safra 2009 pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). Fica assim revogada a Portaria Mapa-MF nº 430, de 9 de junho deste ano, cujos contratos haviam sido cancelados pelo governo federal. Segundo o texto para o lançamento das opções de venda, devem ser observados os seguintes parâmetros: I - Tipo Tipo: café arábica tipo 6, bebida dura para melhor, com até 86 defeitos, peneira 13 acima, admitindo até 10% de vazamento e teor de umidade de até 12,5% em sacas de 60 kg, provenientes da safra colhida em 2009;

II - Adquirentes Adquirentes: cafeicultores e suas cooperativas de produção; III - Quantidade de leilões leilões: até quatro leilões; IV - Preço de exercício e data de vencimento - opção de venda venda: - Novembro de 2009 ........ R$ 303,50 - Janeiro de 2010 .............. R$ 309,00 - Fevereiro de 2010 .......... R$ 311,70 - Março de 2010 ............... R$ 314,40 Esses preços de exercício foram definidos conforme o inciso XII, do art. 1º, da Resolução nº 3.711, de 16 de abril de 2009, do Conselho Monetário Nacional (CMN), com base nos seguintes parâmetros: a) Preço mínimo vigente vigente: R$ 261,69 por saca de 60 kg de café tipo 6, bebida dura para melhor, com até 86

defeitos, peneira 13 acima, admitindo até 10% de vazamento e teor da umidade de até 12,5%, fixado pela Portaria nº 460, de 16 de junho de 2009, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; b) - Adicional em função do apoio à comercialização e à expectativa de mercado: mercado 10% do preço mínimo ou R$ 26,17 por saca de 60 kg; c) - Custo de carregamento de estoques do produto entre o período de colheita e a data de exercício da opção, considerando despesas com armazenagem e custos financeiros foi de: - R$ 15,64 para novembro de 2009; - R$ 21,14 para janeiro de 2010; - R$ 23,84 para fevereiro de 2010; - R$ 26,54 para março de 2010.

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Você sabe como funcionam os Contratos de Opção de Venda? O QUE É O CONTRATO DE OPÇÃO DE VENDA? ==É uma modalidade de seguro de preços que dá ao produtor rural e/ou sua cooperativa o direito - mas não a obrigação - de vender seu produto para o Governo, numa data futura, a um preço previamente fixado. Serve para proteger o produtor rural e/ou sua cooperativa contra os riscos de queda nos preços.

negociar os Contratos oferecidos pelo Governo. O corretor deverá providenciar o cadastramento do produtor rural e/ou sua cooperativa na Bolsa para qual opera, sendo necessária a comprovação do efetivo exercício de sua atividade ( por meio de Registro no INCRA, Declaração de Imposto de Renda ou outra comprovação legalmente reconhecida).

QUANDO É LANÇADO O CONTRATO DE OPÇÃO DE VENDA? = Quando o preço de mercado está abaixo do preço mínimo e o Governo tem interesse de sinalizar preço futuro para o mercado, garantir renda ao produtor, estimular a produção para atender o consumo interno e melhorar a execução das políticas oficiais de sustentação e regulação dos preços agrícolas no mercado interno, tornando -se Instrumento alternativo à PGPM na época da colheita.

COMO TER ACESSO AO CONTRATO? = O leilão será realizado por meio do Sistema Eletrônico de Comercialização da Conab - SEC, onde todas as Bolsas credenciadas ficam simultaneamente interligadas. A Conab divulgará por meio das Bolsas e da Internet, com antecedência mínima de cinco dias úteis, o Aviso específico contendo todas as condições da operação. O interessado não precisa deslocarse para participar do leilão. O seu corretor fica encarregado de fazer os lances de acordo com seu interesse, sendo o seu representante legal em todas as etapas da operação.

REGULAMENTAÇÃO DO INSTRUMENTO = As operações com os contratos de opção de venda obedecerão ao Regulamento de Venda de Contratos de Opção de Venda de Produtos Agropecuários n.° 001/97, publicado no Diário Oficial da União na sua edição de 28.02.1997 e aos Avisos específicos, divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento – Conab e disponíveis para consulta no portal na internet (www.conab.gov.br). QUEM PODE COMPRAR O CONTRATO? = Os produtores rurais e/ou suas cooperativas, que serão os titulares dos contratos. O QUE FAZER PARA PARTICIPAR DO LEILÃO? = O produtor rural e/ou sua cooperativa deverá dirigir-se a uma Bolsa de Cereais, de Mercadorias e/ou de Futuros e procurar um corretor, autorizando-o por escrito a fazer as negociações dos contratos em seu nome. Somente os corretores credenciados pelas Bolsas poderão fazer lances para

PROVIDÊNCIAS DO TITULAR DO CONTRATO APÓS O LEILÃO = Efetuar o pagamento do prêmio, da taxa de registro dos Contratos (quando exigido) arrematados nos prazos estabelecidos no Aviso específico, e efetuar o pagamento da comissão de corretagem acordada com o seu corretor. Caso o prêmio não seja pago, o titular do Contrato ficará inadimplente e perderá o direito de operar com o Governo pelo período de até (2) dois anos. Os valores referentes ao prêmio, taxa de registro e corretagem não serão devolvidos (caso a opção não seja exercida), nem indenizado (na hipótese de venda do produto ao Governo). QUANDO SERÁ INTERESSANTE O EXERCÍCIO DA OPÇÃO PELO PRODUTOR RURAL E/OU SUA COOPERATIVA? = será interessante quando o preço de exercício, que é o preço definido pelo

Governo para compra de sua produção, situar-se acima da expectativa de mercado para a época de vencimento do Contrato. Nessa hipótese, adquirir o Contrato de Opção será o mesmo que fazer um seguro para o preço da mercadoria, ou seja, garantir que o valor do produto não cairá abaixo do valor definido no contrato. Se até a data de vencimento o mercado não pagar um preço melhor do que o fixado no Contrato de Opção, o titular do Contrato poderá vender o produto ao Governo, pelo preço previamente contratado. Nesse caso, ele estará exercendo a sua opção de venda, devendo informar a intenção à bolsa que intermediou a operação. QUE PRODUTOS SÃO AMPARADOS POR ESSE MECANISMO? =Todos = os produtos contemplados pela Política de Garantia de Preços Mínimos. Até o momento a Conab lançou contratos para algodão, arroz, café, milho, sorgo e trigo. Cada contrato de algodão, arroz, milho, sorgo e trigo equivalerá a 27 toneladas e de café equivalerá a 6 toneladas. O PREÇO DE EXERCÍCIO: QUANTO VALE CADA CONTRATO? = A Conab pagará pelo produto um valor chamado Preço de Exercício, que será estabelecido por meio de Aviso específico. QUE VALOR SERÁ PAGO PELA COMPRA DE UM CONTRATO? = Para a aquisição do direito de vender ao Governo, o produtor rural e/ou sua cooperativa terá que disputar, em leilão, o valor que ele julga que pode pagar por esse seguro de preços. Esse valor é denominado Prêmio. Os Contratos oferecidos em cada leilão serão arrematados pelos produtores rurais e/ou sua cooperativas que fizerem, por meio de seus corretores, lances de maior valor para os Prêmios.


Além do prêmio, o produtor incorrerá, nas seguintes despesas fixas: • Registro do contrato no Sistema de Registro e Liquidação Financeira de Títulos. • Corretagem ( livre negociação entre o produtor/cooperativa e o seu corretor). EXERCÍCIO DA OPÇÃO (Decisão de entregar o produto ao Governo) = No intervalo de cinco dias úteis antes do vencimento da opção, considerando, inclusive, o dia do vencimento, o titular do Contrato, deverá comunicar, por escrito, à Bolsa que intermediou a operação, a sua decisão de vender o produto ao Governo, isto é, de exercer a opção de venda. Não fazê-lo até a data de vencimento da opção implica abdicar dos direitos previstos no Contrato de Opção. DESISTÊNCIA DA OPÇÃO = Caso o titular do Contrato opte por não vender o produto ao Governo, não precisará tomar nenhuma providência: basta não manifestar interesse de venda no prazo estabelecido para o exercício da opção ou não entregar a documentação. PRAZO PARA ENTREGA DA MERCADORIA = O titular do Contrato terá até 15 (quinze) dias, corridos e contados da data do vencimento do contrato, para depositar a mercadoria e entregar à Conab os documentos previstos no Regulamento de Venda de Contrato de Opção de Venda de Produtos Agropecuários nº 01/07e no Aviso específico. ONDE DEPOSITAR O PRODUTO? = Até o vencimento da opção,

o produto poderá ficar armazenado onde melhor convier ao titular do Contrato. Caso decida exercer a opção (vender o produto ao Governo) até a data limite de vencimento, deverá, junto com a comunicação de que deseja exercer a opção, indicar o armazém onde pretende depositar o produto. Somente poderá ser escolhido um armazém credenciado constante da lista divulgada pela Conab, por meio do Aviso específico. As despesas de armazenagem do produto correrão por conta da Conab à partir da segunda quinzena subseqüente ao vencimento da opção. As despesas de transporte do produto até o armazém onde será exercida a opção correrão por conta do titular do Contrato. COMO RECEBER PELA MERCADORIA ENTREGUE À CONAB = Para receber o valor correspondente à venda da mercadoria ao Governo, o titular da opção terá que apresentar à Conab a documentação comprobatória da existência e qualidade do produto (Certificados de Classificação/Recibos de Depósito). Como se trata de uma venda ao Governo, a legislação exige que o interessado esteja inscrito e em situação regular no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (SICAF), o que deverá ser previamente realizado em qualquer órgão da administração pública ou na própria Conab. Toda a documentação exigida deverá ser entregue diretamente à unidade na Superintendência Regional da Conab que jurisdiciona a unidade da federação (estado) ou Região de plantio do produto.

PAGAMENTO DA OPERAÇÃO = O valor da venda do produto ao Governo (Preço de Exercício) será depositado na conta do titular do Contrato, no prazo de trinta dias corridos e contados da data de vencimento do contrato. As despesas com a classificação oficial da mercadoria, recolhimento do ICMS, da contribuição ao INSS e o valor da sacaria (no caso de produtos ensacados e de acordo com o valor estabelecido e divulgado pela Conab) serão ressarcidos/absorvidos, sem acréscimos, após a respectiva comprovação. OPÇÕES DO GOVERNO = Antes da data do vencimento do exercício da opção, se o governo não tiver interesse em formar estoques ou se preferir poupar recursos, poderá fazer leilões específicos de recompra ou repasse dos contratos, desde que haja interesse por parte dos titulares dos Contratos.

C A F É

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COMO OCORRE O LEILÃO DE RECOMPRA OU REPASSE = Na Recompra: O titular do contrato é quem participa diretamente do leilão de prêmio e recebe a subvenção para desistir de vender o produto ao Governo Federal, obrigando-se a vendê-lo ao segmento consumidor definido na operação. No Repasse: O segmento consumidor definido na operação é quem participa diretamente do leilão de prêmio e recebe a subvenção, desde que assuma a obrigação do governo Federal em adquirir o produto dos titulares dos Contratos de Opção, ao preço de exercício estabelecido.

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22 Revista Attalea® Agronegócios - Jul 2009 -

No final de junho, a Stockler Comercial Exportadora Ltda - braço atuante do maior grupo comercial cafeeiro do mundo, o Neumann Kaffee Gruppe - e o Programa Nespresso AAA (conhecido como triplo A) premiou vários cafeicultores da região de Franca (SP). A premiação foi organizada pela diretoria da Stockler, tendo como apresentador o Engº Agrº Iran Francisconi. De acordo com Osmar Morais, diretor da Stockler, três empresas trabalham no gerenciamento do Programa Nespresso AAA: 1- A Nespresso, que é um braço da Nestlé para os cafés especiais; 2- A Stockler, que atualmente compõe o maior grupo de café do mundo, o Neumann Kaffee Gruppe; 3- E o Imaflora, que faz a verificação das fazendas para a certificação. De acordo com Morais, o projeto tem por objetivo a qualidade com sustentabilidade. “Desenvolvemos o projeto junto a cafeicultores, dando assistência técnica gratuita, visando a qualidade dos cafés e a sustentabilidade da produção. Por outro lado, toda a parte da comercialização, preparo do café e exportação é feita pela Stockler. O que volta para o produtor é um prêmio de US$ 7,00 por saca, bica corrida e de qualidade Nespresso. Segundo Iran Francisconi, o café que é exportado pelo programa não é qualquer café. “É um café de qualidade. Procuramos cafeicultores que

produzem café de qualidade e, para isto, a empresa mantém um corpo de engenheiros agrônomos responsáveis pela avaliação da produção. Se o produto é bom, este café é comercializado para a Stockler, que posteriormente é exportado para a Nespresso”, afirma Morais. Existem hoje dois parceiros da Nespresso no Brasil e cada um com área delimitada para atuar. Um deles é a Cooxupé, que atua no Cerrado Mineiro e o outro é a Stockler, que atua na Mogiana Paulista e Sul de Minas Gerais. A escolha da data, no início da colheita deste ano, foi exatamente para incentivar os produtores de cafés especiais, auxiliando-os diretamente no custeio da colheita mas também fortalecendo as relações comerciais da empresa, além de atrair novos cafeicultores.

FOTOS: Editora Attalea

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Stockler e Programa Nespresso AAA premia cafeicultores na região de Franca


Percevejo-bronzeado é encontrado na região de Curitiba Um projeto de amplitude nacional, coordenado pelo Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF), com a participação da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp, Esalq/USP, Embrapa Florestas e Embrapa Meio Ambiente começa a estudar a dinâmica da praga e o desenvolvimento de estratégias para seu manejo integrado. Informações Informações:- Laboratório de Entomologia da Embrapa Florestas, com Leonardo Barbosa – leonardo @cnpf.embrapa.br

FOTO: UNESP

O percevejo bronzeado (Thaumastocoris peregrinus), inseto nativo da Austrália, foi localizado no começo do mês em árvores de eucalipto na beira da Rodovia BR 277, já no perímetro urbano de Curitiba (PR). O inseto tem se dispersado rapidamente e pode causar danos em plantios de eucalipto, com reflexos importantes em uma cadeia produtiva responsável pela matéria prima de diversas indústrias do País: papel e celulose, energia, serraria, entre outros. O percevejo bronzeado é um inseto sugador que, com sua alimentação, reduz a capacidade da árvore realizar fotossíntese. Dependendo da densidade populacional, pode desfolhar de forma parcial ou total a árvore, com a possibilidade de levá-la à morte. As folhas ficam com aspecto bronzeado e, progressivamente, o sintoma afeta toda a copa. Segundo o pesquisador Leonardo Barbosa, da Embrapa Florestas, “estudos sobre esta espécie ainda são bem recentes no Brasil. Os primeiros casos de infestação datam de 2008 no Rio Grande do Sul e São Paulo”. Países como África do Sul, Zimbábue, Argentina e Uruguai também já registraram incidência da praga. Só no Estado de São Paulo, são mais de 40 municípios que já detectaram o percevejo bronzeado, inclusive locais com plantios de eucalipto com fins comerciais. Neste estado, pesquisas indicam que a dispersão do inseto está seguindo o caminho das estradas por onde são transportadas as toras de eucalipto, possibilitando a ampliação do número de locais infestados. No Brasil, as espécies mais atingidas são o Eucalyptus camaldulensis e os clones híbridos de Eucalyptus urograndis.

Pesquisadores já haviam alertado em abril O agrônomo Carlos Frederico Wilcken, da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA), campus de Botucatu (SP), identificou pioneiramente no Brasil as duas espécies de pragas de eucalipto cuja disseminação pelo país tem sido motivo de preocupação. A suposição é de que o inseto Psilídeode-Concha e o Percevejo-Bronzeado - originários da Austrália - teriam entrado no país por meio de aviões e visitas de estrangeiros. De formas diferentes, elas atacam as folhas das árvores, fazendo-as perder resistência. Com cerca de três milímetros, o Percevejo Bronzeado foi encontrado em 2005 na Argentina e no Uruguai. Ele deposita uma substância avermelhada nas folhas, fazendo-as cair. Segundo o professor, foi encontrada em dois municípios do Rio Grande do Sul. “A tendência é que durante o inverno a praga não cause tanta devastação”. O inseto Psilídeo-de-Concha foi identificado em 2003 e, desde então, não foi encontrado um produto capaz de promover o controle. Wilcken alerta para a possibilidade de disseminação

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desta praga no estado de São Paulo. “Houve ocorrência em Jaguariúna e após dois meses de detecção, as árvores da região já estavam desfolhadas”. Segundo o engenheiro, uma vistoria detectou o inseto em Campinas, Barueri, Itu, Sorocaba, Piracicaba, Santa Bárbara do Oeste, Limeira, Anhembi, Botucatu e Avaí. “A disseminação parece seguir o traçado das rodovias e existe uma tendência muito grande de ela se espalhar para o oeste paulista, o Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul”, alerta. Outra praga importante foi identificada no Nordeste da Bahia no final de 2007, pelo pesquisador Evoneo Berti Filho, da Esalq-USP. A Vespa-de-Galha (Leptocybe invasa) deposita seus ovos nas folhas, posteriormente transformados em uma espécie de tumor que dificulta a respiração da planta. Além disso, a praga também injeta substâncias químicas capazes de enfraquecê-las. “Com apenas meio milímetro, a Vespa-de-Galha é difícil de ser vista a olho nu”, diz Wilcken.

S I L V I C U L T U R A

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Inovação e pioneirismo. Com essas premissas a Agrocinco lançou seis novos híbridos de tomate em Dia de Campo, em Estiva Gerbi (SP), no início de julho. Cerca de 350 produtores de todo país estiveram presentes para conferir, na prática, a eficácia das novidades lançadas pela empresa. Trata-se do Ivanhoe Ivanhoe, Future Future, Meryva Meryva, Titanyum Titanyum, Caroliny e Gold Gold. O grande diferencial que promete revolucionar a produção de tomates é o fato de híbridos como o Ivanhoe nhoe, Future ou Titanyum serem os únicos do mercado a resistirem ao Fusarium 3. Doença que não tem tratamento e mata toda a plantação. Sem contar que o solo contaminado fica improdutivo por cerca de 15 anos. Ou seja, as perdas com a doença são imensas. “O maior investimento na produção do tomate é no seu plantio, cerca de 70% do total. Perder uma colheita inteira por conta de um fungo sem tratamento é irreparável, justamente pelo fato do solo ficar infrutífero por tanto tempo. O Espírito Santo é um dos estados mais afetados pelo Fusarium 3. Tenho sentido isso de perto.” comenta o produtor José Paulo Tonoli. “Lançamentos como esses que a Agrocinco está trazendo, certamente, revolucionam todo mercado. Além da prevenir o fungo, o Ivanhoe Ivanhoe, por exemplo, tem uma alta produção e é longa vida. Vi isso aqui no Dia de Campo e na minha própria plantação, pois

FOTO: Agrocinco - Divulgação

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Agrocinco lança três híbridos de tomate resistentes ao Fusarium 3

IVANHOE - Híbrido indeterminado, com plantas vigorosas, excelente enfolhamento, frutos longa-vida, com “gene rin”, peso médio de 220-250 gramas, com ótima coloração. Tolerâncias: TMV (Virose do Fumo), Va (Verticilium alboatrum), Fusarium Raças 1, 2 e 3, N (Nematóide). Origem: Holanda.

apostei no híbrido antes mesmo de seu lançamento oficial”, comemora José Paulo. Além das novidades, o Dia de Campo também trouxe o já consagrado tomate Italiano San Vito Vito. Único com o dobro de licopeno; substância que, se consumida regularmente, diminui a probabilidade do indivíduo ter câncer de próstata. De acordo com Flavio Pagnan, diretor da Agrocinco, a agilidade certamente é uma das principais características da empresa. “Isso se traduz numa eficaz assistência técnica e um pós-venda de fato diferenciado. Queremos com isso auxiliar o produtor rural. Entendemos suas necessidades e trabalhamos para que tenham o melhor desempenho. Neste Dia de Campo pudemos aprimorar nosso relacionamento e transferir um pouco do nosso conhecimento. Uma troca realmente valiosa” finaliza Flavio. Híbrido Future, também tolerante ao Fusarium-3

Saiba mais Ivanhoe - Primeiro híbrido vendido no Brasil com tolerância a Fusarium da raça 3, altamente produtivo, longa-vida com tolerância a Stemphylium. Future - Híbrido rústico de crescimento indeterminado de tomate com tolerância a Fusarium 3 além de outras doenças. Meryva -Tomate híbrido muito rústico e produtivo, com excelente tolerância ao vírus do Vira-Cabeça e Gemini-Vírus. Titanyum - Primeiro híbrido tipo saladete de crescimento determinado com tolerância a Gemini-Vírus, Fusarium 3 e Stemphylium. Caroliny - Híbrido de tomate de crescimento indeterminado com tolerância a Gemini-Vírus e ViraCabeça. Frutos grandes permitem economia de 30 % no uso de adubo nitrogenado e o plantio com três hastes cada pé. Gold - Híbrido de crescimento determinado, primeiro tomate com tolerância às quatro bactérias: Ralstonia, Clavibacter, Xanthomonas e Pseudomonas.


João Vieira Neto (2) Adelson Francisco de Oliveira (3) Nilton Caetano de Oliveira (4) Henrique Silva Silveira Duarte (5) Emerson Dias Gonçalves (6) BOTÂNICA E DESCRIÇÃO DA PLANTA - A oliveira ( Olea europaea L.) pertence à família Oleaceae e, quando cultivada, é uma árvore de tamanho médio e formato arredondado, cujo porte, densidade da copa e cor da madeira variam em função da cultivar e das condições de cultivo. Apresenta duas fases diferenciadas: a juvenil e a adulta. Na fase juvenil, apresenta folhas mais curtas e grossas e ramos com comprimento de entrenós menor. Na fase adulta, alcança a sua capacidade reprodutiva apresentando folhas maiores e mais delgadas, e ramos com entrenós de comprimento maior. O sistema radicular é caracterizado como raiz pivotante central, quando a planta se origina da semente, enquanto que a planta proveniente de propagação vegetativa, estaquia, apresenta um sistema radicular fasciculado. As folhas adultas são de forma simples e elíptico-lanceoladas com comprimento de 5 a 7 cm e largura de 1 a 1,5 cm. O lado de cima da folha (adaxial) é de coloração verdeescura, enquanto o lado de baixo (abaxial) é de coloração prateada. (1) - Circular Técnica produzida pela EPAMIG - Centro Tecnológico do Sul de Minas (CTSM). Tel.: (35) 3821-6244 Email: ctsm@epamig.ufla.br Apoio FAPEMIG e CNPq. (2) - Engº Agrº, D.Sc., Pesq. EPAMIGCTSM-FEMF/Bolsista FAPEMIG, CEP 37517-000 Maria da Fé-MG. Email: joaovieira@epamig.br (3) - Engº Agrº, D.Sc., Pesq. EPAMIGCTSM/Bolsista FAPEMIG, Caixa Postal 176, CEP 37200-000 Lavras-MG. Email: adelson@epamig.ufla.br (4) - Biólogo, Gerente EPAMIG-CTSMFEMF, CEP 37517-000 Maria da Fé-MG. Email: niltoncaetano@epamig.br (5) - Engº Agrº, Pós-graduando Fitopatologia, UFV, CEP 36570-000 Viçosa-MG. Email: hdssd@yahoo.com.br (6) - Engº Agrº, D.Sc., Pesq. EPAMIGCTSM-FEMF, CEP 37517-000 Maria da Fé-MG. Email: emerson@epamig.br

FOTO: João Vieira Neto

Aspectos técnicos do cultivo da Oliveira D E S T A Q U E

A inflorescência é uma panícula e a flor é constituída por quatro sépalas verdes e soldadas, que formam um cálice com quatro pétalas brancas que também são soldadas pela base para formar a corola. O fruto, denominado azeitona, é uma drupa de tamanho pequeno e de forma elipsoidal, cujas dimensões variam em função da variedade, podendo apresentar entre 1 e 4 cm de comprimento e diâmetro de 0,6 a 2 cm. Possui uma só semente e é composto de três tecidos fundamentais: endocarpo que corresponde ao caroço, o mesocarpo à polpa e o pericarpo à pele. A sua coloração vai de verde a preto, passando por tonalidades de verde-palha a arroxeada. No ponto de transição de verde-palha a arroxeada é que apresenta maior rendimento de azeite.

EXIGÊNCIAS CLIMÁTICAS E ESCOLHA DO LOCAL DE PLANTIO - A oliveira é uma planta de clima temperado, necessitando de baixas temperaturas no período que antecede a floração para ocorrência de produções satisfatórias. Temperaturas de inverno (médias) entre 8ºC e 10ºC, não ultrapassando 21ºC, altitudes variáveis (200 -1.300 m) e regime de chuvas superior a 800 mm anuais são suficientes para produções econômicas. Deve ser usado preferencialmente terrenos planos ou suavemente ondulados para facilitar a colheita e os tratos culturais. Mas o plantio poderá ser feito em locais com até 50% de declividade. O plantio deve ser feito em locais que tenham maior

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ESCOLHA DE CULTIVARES Primeiramente deve-se definir o destino das frutas produzidas. As cultivares listadas no Quadro 1 foram avaliadas quanto a sua aptidão para Maria da Fé, Sul de Minas Gerais, e regiões adjacentes. Após a decisão sobre quais cultivares que serão implantadas na área, no mínimo duas, o produtor deverá comprar mudas certificadas, verificando a idoneidade do viveirista, pois, para ter êxito no seu investimento, deve-se iniciar com uma boa muda. Quadro 1 - Finalidade de uso de algumas cultivares. Dupla Mesa Azeite Finalidade Ascolano Maria Grappolo 315 da Fé 541 Manzanilla Grappolo Arbequina 215 550 Tafahi Salome Grappolo 391 488 561 Fonte: Goldman Sachs e FMI, 2005. Elaboração: Luciano Roppa.

FOTO: João Vieira Neto

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exposição à luz solar (preferencialmente a face norte do terreno). Evitar plantios em terrenos sombreados, muito encharcados, e em vales ou baixadas, fugindo, assim, dos riscos de geadas. Dar preferência a terrenos com boa drenagem e solos profundos e maior atenção no preparo da cova, haja vista que a oliveira é uma árvore longeva, o que permitirá um bom crescimento e desenvolvimento da planta, e, conseqüentemente, boas produções de azeitona.

ESPAÇAMENTO - Em plantios convencionais, devem-se utilizar 4 m entre plantas e 6 m entre fileiras. ÉPOCA DE PLANTIO - O plantio poderá ser feito em qualquer época do ano, preferencialmente no período chuvoso. Caso seja feito o plantio no período seco, necessitará de irrigação para que ocorra o pegamento da muda. PODA - A poda visa eliminar partes da planta para que forme uma planta com boa estrutura de copa e, assim, obtenha boas produções. Pode ser realizada em qualquer época do ano, de acordo com a necessidade de cada planta. Há que se considerar que a oliveira frutifica em ramos do ano anterior e que

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o crescimento da azeitona concentrase na parte mediana de cada ramo. Essa alternância de produção é em conseqüência do exaurimento de nutrientes do solo e da incapacidade das plantas de formarem ramos para diferenciação floral ao mesmo tempo em que produzem frutos. Após o plantio da muda, devem-se eliminar todos os brotos que crescem e desenvolvem ao longo do tempo nos 50 cm da parte inferior da planta sempre que necessário. Na parte superior, deixam-se todas as brotações para que formem a copa da planta. Quando a planta atingir cerca de 1 m de altura, deve-se fazer o corte do ramo principal para aumentar as brotações laterais e promover uma boa formação de copa. Quando a planta tiver com a copa praticamente formada (aproximadamente 18 meses), eliminar aqueles ramos na vertical no centro da copa. Com isso, a planta cresce e desenvolve até atingir a altura aproximada de 5 m. Entretanto, se os ramos ultrapassarem essa altura, deverão ser podados para que não dificulte a colheita. A poda deve ser realizada sempre que necessário, em especial, após a colheita, com a eliminação de ramos secos e malformados, utilizando as seguintes ferramentas: tesoura de poda, podão e serrote curvo. Em plantios comerciais, recomenda-se a divisão da área em talhões com plantas em diferentes idades. Essa prática, além de facilitar o manejo da cultura, pode reduzir possíveis efeitos de alternância de produção por causa de realização de podas anuais.


Empresas definem participação na Semana do Engº Agrônomo em Franca No dia 1º de junho, a Comissão Organizadora da Semana do Engenheiro Agrônomo de Franca e Região realizou sua sexta reunião na sede da AERF - Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos da Região de Franca. Na pauta da reunião, Antônio José Bünge-Serrana de Almeida (Bünge-Serrana Bünge-Serrana), presidente da Comissão, assinou o contrato de locação do Salão do Agabê, atualmente administrato pela Companhia da Folia, com capacidade para mais de 500 pessoas. Programado para o dia 16 de outubro, o tradicional jantar será realizado este ano em um espaço mais amplo, mais confortável, mais arejado, com estacionamento privativo, inclusive com seguranças, monitores e brinquedos para as crianças. A negociação foi intermediada pelo Engº Agrº Jacintho Chiarelli Prefeitura de Franca Júnior (Prefeitura Franca). Além do local, foi pauta de discussão também a confirmação da particiação de várias empresas do setor de agronegócios como patrocinadoras do evento. “O jantar do Engenheiro Agrônomo de Franca é uma confraternização e, para cobrir os custos, apresentamos às empresas parceiras um Plano de Mídia bem organizado, atrativo por divulgar amplamente o nome das empresas a um

investimento bem acessível”, exlica o Engº Agrº Carlos Arantes Corrêa Revista Attalea Agronegócios (Revista Agronegócios). Dividido em cotas, o Plano de Mídia 2009 contempla:- exposição em outdoors; exposição do logotipo; exposição de filme publicitário da empresa nas TVs do jantar; publicidade impressa nas mesas do jantar; publicidade na Revista Attalea Agronegócios Agronegócios; exposição em banner no local da palestra técnica; e convites para participação no jantar. De acordo com os Engºs Agrônomos Saulo Faleiros e Guilherme Jacinto Rodrigues Alves (ambos da COCAPEC COCAPEC), responsáveis pelo Depto. Financeiro da Comissão Organizadora, estão précontratadas 25 empresas parceiras. “Fecharemos os patrocínios neste mês de julho e agosto, já que a campanha publicitária começará a ser veiculada em setembro”, explica Saulo. A Comissão Organizadora 2009 conta com a participação ainda de: Casa André Siqueira Rodrigues Alves (Casa do Café Café), Guilherme Ubiali ZamiCOCAPEC khowisky (COCAPEC COCAPEC), Heloisa Pamplona Somenzari e João Fábio Coelho (ambos da COONAI COONAI), Mário Cunha CATI-Franca (CATI-Franca CATI-Franca), Welson Roberto CETESB-DEPRN (CETESB-DEPRN CETESB-DEPRN) e Alex Kobal AERF (AERF AERF).

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28 Revista Attalea庐 Agroneg贸cios - Jul 2009 -


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