Edição 10 - Revista de Agronegócios - Maio/2007

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CONGRATULAÇÕES ...Gostaríamos de parabenizá-los pela excelência da revista e também pela qualidade das matérias técnicas. Joaquim Goulart de Andrade Gerente Técnico Cooxupé - Guaxupé (MG)

... Fico feliz em ver que nossa cidade possui hoje uma revista voltada para a agropecuária. Parabenizo-o efusivamente pela excelência da impressão e pela qualidade técnica dos artigos. Heitor de Lima Diretor do Departamento de Agronegócios da Prefeitura Municipal - Franca (SP)

...Sou pesquisador e consultor em agronegócios e fiquei surpreso com a qualidade e o conteúdo apresentado pela revista. Parabéns! Edson Carlos Raimundo

...Consideramos a Revista de Agronegócios como um importante mecanismo de divulgação do agronegócio regional. Engº Agrº Allan de Menezes Lima Diretor da Bolsa Agronegócios - Franca (SP)

Consultor - Londrina (PR) ...Queremos parabenizá-los pelo conteúdo técnico apresentado pela revista. André Luiz Pedroso Borges Pecuarista - São Carlos (SP)

... Parabenizamos pela qualidade da revista. A região precisava de um canal de informação técnica sobre o agronegócio. Giovani Dominici Diretor do Ceagesp - Franca (SP)

A Revista Attalea Agronegócios, registrada no Registro de Marcas e Patentes do INPI, é uma publicação mensal, com distribuição gratuita, reportagens atualizadase foco regionalizado na Alta Mogiana e no Sudoeste de Minas Gerais. TIRAGEM 3 mil exemplares EDITORA ATTALEA REVISTA DE AGRONEGÓCIOS LTDA. CNPJ nº 07.816.669/0001-03 Inscr. Municipal 44.024-8 Rua Eduardo Garcia, 1921, Resid. Baldassari Franca (SP) - Tel. (16) 3723-1830 revistadeagronegocios@netsite.com.br DIRETOR E EDITOR Eng. Agrº Carlos Arantes Corrêa cacoarantes@netsite.com.br DIRETORA COMERCIAL Adriana Silva Dias adrianadias@netsite.com.br JORNALISTA RESPONSÁVEL Rejane Alves MtB 42.081 - SP

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8 CAFEICULTURA

PUBLICIDADE Sérgio Berteli Garcia (16) 9965-1977 Adriana Silva Dias (16) 9967-2486

Artigo: Aquecimento Global, mudanças climáticas e a cafeicultura paulista

ASSESSORIA JURÍDICA Raquel Aparecida Marques OAB/SP 140.385

12 CAFEICULTURA

FOTOS e PROJETO GRÁFICO Ed. Attalea Revista de Agronegócios

Funcafé libera recursos para colheita

COLABORADORES Méd. Vet. Josiane Hernandes Ortolan Engº Agrº Luiz Carlos Fazuoli Jornalista Selma Silva

15 LEITE Artigo: Novas Estratégias na Alimentação de Vacas no Pré-Parto

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18 DESTAQUE Coonai: 66 anos de tradição no setor lácteo

20 CACHAÇA

CTP E IMPRESSÃO Cristal Gráfica e Editora Rua Padre Anchieta, 1208, Centro Franca (SP) - Tel/Fax (16) 3711-0200 www.graficacristal.com.br CONTABILIDADE Escritório Contábil Labor Rua Campos Salles, 2385, Centro, Franca (SP) - Tel (16) 3722-3400 REPRESENTANTES

• Formosa vence pela segunda vez consecutiva concurso de qualidade

22 HORTICULTURA Artigo: Electroplastic ressalta a importância e as novidades da plasticultura

Guerreiro Agromarketing www.guerreiroagromarketing.com.br glaucia@guerreiroagromarketing.com.br Tel. (44) 3026-4457 / Cel. (44) 9979-0111 É PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTAL DE QUALQUER FORMA, INCLUINDO OS MEIOS ELETRÔNICOS, SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO EDITOR. Os artigos técnicos e as opiniões e conceitos emitidos em matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, não traduzindo necessariamente a opinião da REVISTA ATTALEA AGRONEGÓCIOS.

Foto da Capa: Café em produção, em São Sebastião do Paraíso (MG) Cartas ou e-mails para a revista, com críticas, sugestões e agradecimentos devem ser enviados com: endereço, município, número de RG e telefone, para Editora Attalea Agronegócios:- Rua Eduardo Garcia, 1921, Residencial Baldassari. CEP 14.401-260 - Franca (SP) ou através do email revistadeagronegocios@netsite.com.br


FOTO: Editora Attalea

O início da safra de café em todo o Brasil traz alento a todos que fazem parte da cadeia produtiva desta importante cultura. E uma boa notícia chega antes mesmo do início da safra . Pela primeira vez na história o Funcafé - Fundo de Defesa da Economia Cafeeira liberou recursos para o financiamento da colheita e estocagem da safra cafeeira. A Conab - Companhia Nacional de Abastecimento e o IEA Instituto de Economia Agrícola apresentaram resultado de pesquisa sobre a redução na área de cultivo do café no Brasil. Em contrapartida, na região da Alta Mogiana, os números oficiais apontam para uma ampliação da área. Na região de São Sebastião do Paraíso (MG), a boa notícia vem do fortalecimento da CCAC - Câmara do Comércio Atacadista e Armazenagem de Café. Criada a pouco mais de um ano e meio, a entidade conta hoje com

mais de 30 empresas associadas e tem por objetivo unir empresários que atuam no setor atacadista e de armazenagem. Mas é o artigo sobre “Aquecimento Global e a Cafeicultura Paulista” (de Fazuoli, Thomaziello e Paes Camargo) que merece destaque pela importância das orientações dos pesquisadores para a cafeicultura, frente ao aumento da temperatura prevista para os próximos anos. Com relação ao leite, a Dra. Josiane Ortolan apresenta a segunda parte do artigo sobre as estratégias para a

alimentação de vacas no pré-parto. Divulgamos também a importância do trabalho do Dr. Edmundo Benedetti, em Uberlândia (MG) e região, onde se elevou a produção de leite em pequenas propriedades. É com alegria que mostramos novamente a conquista da Cachaça Formosa, de Ribeirão Corrente (SP), que pelo segundo ano consecutivo vence o concurso estadual de cachaça em São Carlos (SP); Quanto aos eventos, destaque para abem como a realização da 38ª Expoagro, em Franca (SP) e do Dia de Campo - Café, da Cocapec em Jeriquara (SP). Boa leitura a todos....

NOTA:- É com muito pesar que noticiamos o falecimento de Bruce Banner Johnson, produtor da Cachaça Elisa, de Patrocínio Paulista (SP), que foi matéria de capa da edição 7, do mês de janeiro último.

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38ª

GADO GIROLANDO Maio de 2007

CAVALO MANGALARGA

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Em ano de safra baixa no café, novidades aquecem setor

18 a 27 de maio - Pq. Fernando Costa

Dia 24 LEILÃO

23 a 27/05

GADO NELORE

18 a 21/05 GADO NELORE

TRANSMISSÃO: Canal TV Terra Viva

EXPOCÃES

23 a 27/05

20/05

OVINOS

GADO GIR

REALIZAÇÃO

CAVALO ÁRABE 18 a 21/05

SHOWS 18 19 20 23 24 25 26 27

18 a 21/05

Show da Jeito Cezar Menotti Double Solidariedade Moleque You & Fabiano

Capital Inicial

Inimigos da HP

Bruno & Marrone

Cheiro de Amor

18 a 27/05


Leilão de Nelore é a grande atração da Expoagro 2007

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FOTOS: Editora Attalea

A Divisão de Agronegócios da Prefeitura de Franca superou as expectativas e apresentará, na 38ª edição da Expoagro - Exposição Agropecuária de Franca (SP), uma das melhores exposições dos últimos anos. “Superamos as dificuldades financeiras com muito esforço e competência. Buscamos reunir na Expoagro deste ano raças de animais que representam as atividades econômicas atuais, mesclando com a tradição dos criadores da região”, enfatiza Heitor de Lima, diretor da Divisão de Agronegócios. Contando com o apoio de associações e núcleos de criadores, do Sindicato Rural de Franca, bem como de importantes criadores da região, a Comisão Organizadora definiu as atrações que circularão de 18 a 27 de maio, nas pistas de julgamento do Parque de Exposições “Fernando Costa”. Vários são os destaques da Expoagro 2007. No primeiro turno, três atrações imperdíveis. A começar pela Interestadual do Gado Girolando, rankiado pela

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Associação Brasileira dos Criadores de Gado Girolando, com julgamentos a partir do dia 18 de maio, na sexta-feira. No mesmo período, acontecerá o III Franca Arabian Show, exposição do Cavalo Árabe com julgamentos a partir do dia 18. Os juízes foram definidos pela ABCCA - Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo Árabe: Bill Melendez (EUA), Marcelo Ferraz Borges (Araçoiaba da Serra/SP) e Reinaldo da Rocha Leão (Pedreira/SP). Já no dia 20, domingo, acontecerá a II Etapa do Ranking Marcolab de Hipismo Clássico do Cavalo Árabe, uma prova de hipismo com previsão de 200 conjuntos e a presença de cavaleiros olímpicos. Também no dia 20 teremos a tradicionalíssima Expocães - Exposição Regional de Cães, organizada por Gustavo Estrela, representante da empresa de rações Guabi, em Franca.

A exposição de gado Gir mantém a tradição da Expoagro. Organizada pelo Núcleo de Criadores de Ovinos de Franca e Região, a Exposição de Ovinos acontecerá de 18 a 27 de maio; a única raça a permanecer durante todos os dias da Expoagro. “Mesmo sendo regionalizada, a exposição deste ano servirá de modelo para rankiarmos na Aspaco - Associação Paulista de Criadores de Ovinos a exposição do ano que vem”, garante o zootecnista Sérgio Berteli Garcia, um dos organizadores. A admissão e a pesagem dos animais que participarão do julgamento acontecerá no dia 19 e 20 de maio. O julgamento de ovinos acontecerá no dia 21, segunda-feira, tendo como jurado Márcio Armando de Oliveira, Além dos ovinos, o segundo turno da Expoagro contará com a presença do Gado Nelore e do Cavalo Mangalarga. “Com o apoio de criadores tradicionais como Toninho Salloum, José Milton e Vaguinho Samello, conseguimos organizar um leilão de gado Nelore, que será realizado no dia 24 de maio, quinta-feira, a partir das 20 horas, com transmissão do Canal Terra Viva, da Rede Bandeirantes”, afirma Heitor de Lima. Já a tradicional exposição de cavalo Mangalarga reunirá criadores de renome na região, como Saulo Figueiredo e Paulo Della Torre.

Gado Girolando Cavalo Árabe

Gado Gir

Mangalarga

Ovinos

Expocães


FAFRAM realiza cursos de pós-graduação lato-sensu na área do agronegócio Com mensalidades a partir de R$ 250,00, a FAFRAM aponta ainda que já efetivou convênio com a Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Ituverava, bem como com a Associação Comercial e Industrial de Ituverava, o que faz com que os custos das mensalidades sejam reduzidos para os associados destas instituições.

FOTO: Divulgação FAFRAM

Além do curso de Agronegócio e Desenvolvimento Sustentável, a FAFRAM também está organizando outros cursos de especialização. São eles: a) - Agroindústria Canavieira; b) - Agroenergia e Sustentabilidade; c) - Educação Ambiental e Responsabilidade Social; d) - Geoprocessamento e Georreferenciamento de Imóveis Rurais; e) - Produção Agropecuária e Comercialização.

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Qualificar os profissionais habilitados para o trabalho de levantamento georreferenciado de imóveis rurais em atendimento à Lei nº 10.267/2001.

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Mais Cursos administração, biologia, ciências contábeis, comércio exterior, direito, economia, engenharia agrícola, engenharia de alimentos, engenharia florestal, engenharia ambiental, engenharia da produção, medicina veterinária, ecoturismo e zootecnia. De acordo com Dra. Maria Amália Brunini, engenheira agrônoma, professora e coordenadora do curso, o corpo docente do curso é constituído de doutores, mestres e especialistas, com sólida experiência em docência e pesquisa.

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Os profissionais de nível superior, interessados em obter um título de especialização na área de agronegócios tem agora uma excelente opção. A FAFRAM/ FE - Faculdade “Dr. Francisco Maeda”, de Ituverava (SP) está organizando o curso de Pós-Graduação Lato-Sensu em Agronegócio e Desenvolvimento Sustentável Sustentável. O objetivo principal do curso é o de habilitar e qualificar profissionais para gerir e empreender os diferentes setores do agronegócio, contribuindo para aumentar a eficiência das suas atividades, tanto a nível nacional como internacional. Com duração de 12 meses, a carga horária total o curso é de 450 horas, sendo 360 horas de aulas presenciais, realizadas em semanas alternadas, às sextas e sábados, e 90 horas de atividades aplicadas (palestras, monografias ou artigos). Por ser um curso de caráter interdisciplinar, admitem-se profissionais de nível superior ligado às áreas de agronomia,


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Luiz Carlos Fazuoli 1 Roberto Antonio Thomaziello 2 Marcelo B. Paes Camargo 3

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FOTO: Editora Attalea

Aquecimento global, mudanças climáticas e a cafeicultura paulista Uma notícia causou grande preocupação para técnicos e produtores ligados à cultura do café: “O café vai sumir do cenário agrícola paulista nos próximos 30 a 40 anos, quando a temperatura deverá estar 3 graus centígrados mais alta”. Esta conclusão e outros efeitos devastadores do aquecimento global fazem parte de um estudo divulgado pelo Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp em conjunto com a Embrapa-Informática a partir dos relatórios do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas). O relatório é obviamente preocupante e a constatação do aquecimento não se discute aqui, muito embora os próprios relatórios contenham um alto grau de incerteza nos resultados dos modelos de previsão a longo prazo. Entretanto, a afirmação de que o aquecimento de 3°C previsto para 2040 oca1

- Pesquisador Científico, Diretor do Centro de Café ‘Alcides Carvalho’ – IAC fazuoli@iac.sp.gov.br

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- Engenheiro Agrônomo – Centro de Café ‘Alcides Carvalho’ – IAC – Campinas – Bolsista/ Consultor do CBP&B/Café – EMBRAPA CAFÉ – rthom@iac.sp.gov.br

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- Pesquisador Científico – Centro de Ecofisiologia e Biofísica – mcamargo@iac.sp.gov.br

sionaria muitas mudanças climáticas e inviabilizaria totalmente a cafeicultura paulista é no mínimo prematura, sendo necessária uma análise dos possíveis cenários e da situação da capacidade técnica-científica da cafeicultura atual. Se não vejamos. Segundo o zoneamento agroclimático do café arábica para o Brasil, a temperatura do ar é o principal fator na definição da aptidão climática do cafeeiro em cultivos comerciais.A aptidão térmica é considerada por faixas de temperatura média anual, sendo a apta ou prefencial entre 18 a 23°C. Abaixo de 18°C e acima de 23°C é considerado marginal a inapto. Em temperaturas superiores a 23°C, associadas à seca na época do florescimento, podem ocorrer abortamento floral e formação de “estrelinhas”, com grande redução da produtividade. Além disto, estas temperaturas elevadas condicionarão frutos com desenvolvimento e maturação bastante precoces, ocasionando perda da qualidade do produto,

pois a colheita e secagem irão coincidir com o período chuvoso. Por esta razão a cafeicultura do Estado de São Paulo está implantada em regiões de altitude entre 400 e 1.200m, que condicionam temperaturas médias anuais entre 18 e 23°C. As principais regiões produtoras são: Média e Alta Mogiana; Avaré/Piraju e Garça/Marília. A maior região produtora é a Média e Alta Mogiana onde a altitude está na faixa de 800 a 1.200m, com temperaturas médias entre 18 a 20°C. Um aumento de 3°C elevaria essas temperaturas para 21 a 23°C, continuando a região a ser considerada ainda apta para a cultura comercial do café arábica. Na região sul do Estado (Avaré, Piraju e municípios adjacentes) embora a altitude esteja na faixa de 700 a 800m, devido a latitude apresenta temperaturas médias de 19 a 20°C e, portanto 3°C a mais também não inviabilizaria a cafeicultura comercial na região. O problema poderia se tornar mais grave e preocupante na região centrooeste do Estado onde a principal região é Garça/Marília, onde a altitude média está em torno de 600m, que condiciona temperaturas médias na faixa entre 21 a 22°C, que com a projeção de aumento de 3°C, inviabilizaria o cultivo comercial do café arábica. No entanto, outros aspectos primordiais foram totalmente ignorados por aqueles que consideram apenas o aspecto


Adensamento O plantio do cafeeiro conforme prática hoje usual em todas as regiões em

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A arborização do cafezal proporciona além de uma diminuição da temperatura média em até 2°C, uma grande proteção contra vento que é também um fator prejudicial à planta. O IAC e o IAPAR possuem dados experimentais que comprovam essa diminuição das temperaturas. São diversas as espécies vegetais possíveis de uso para arborização ou consorciação, podendo inclusive agregarse valor à produção do café com espécies de uso florestal ou aquelas de exploração comercial como macadâmia, seringueira, bananeira, abacateiro, coco anão entre outras. Não se trata de um sombreamento exagerado, com muitas árvores por hectare, que não funciona para as condições brasileiras. A técnica da arborização preconiza um sombreamento mais ralo, com população em torno de 60 a 70 plantas de sombra por hectare.

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FOTO: Editora Attalea

temperatura média. Ao longo de dezenas de anos de pesquisa, o IAC e outras instituições de pesquisa desenvolveram tecnologias que permitem atenuar o efeito de temperaturas adversas, viabilizando o cultivo comercial em regiões consideradas pelo zoneamento agroclimá-tico como marginais e até mesmo inaptas para a cultura do café arábica. Isto já ocorre atualmente na prática, com a exisCafezal irrigado na região de Pedregulho (SP) tência de inúmeros plantios Arborização comerciais irrigados em regiões consideradas marginais por apresentarem O cafeeiro arábica é originário dos restrição térmica devido a temperaturas altiplanos da Etiópia em condições de subelevadas. Quais práticas agronômicas atenua- bosque, ou seja, de meia sombra. No riam este cenário de aquecimento, viabi- Brasil o cultivo foi adaptado e generalizado para pleno sol devido às latitudes lizando a cultura do café? mais elevadas e altitudes inferiores do que a região de origem. Irrigação Grande parte do cultivo do café Cresce cada vez mais as áreas irrigadas arábica em países tradicionais como a com café no Brasil e esta prática tem sido Colômbia, Costa Rica, Guatemala, El o principal fator a permitir o estabeleci- Salvador e México se dá em ambientes mento em regiões de baixa altitude em arborizados onde os cafeeiros ficam próque as temperaturas médias são elevadas ximos ao microclima do seu habitat natural. para o cultivo normal do café arábica.


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Manejo do Mato

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FOTO: Carla Pazzotti - Fertalon

espaçamentos mais adensados entre linhas e entre plantas na linha (plantio em renque), apresenta menores produções por planta, mas aumenta a produção por área devido ao maior número de cafeeiros por hectare. Além de estressar menos o cafeeiro, permite mantê-lo mais enfolhado, proporcionando um microclima mais ameno, com menores temperaturas no interior da planta, abaixo do ambiente externo.

Cobertura do solo em cafezal do Paraná.

A boa prática agrícola preconiza manter durante o período das chuvas o mato do meio da rua manejado com implementos como roçadeiras e trinchas, muitas vezes associados a herbicidas. Além da conservação do solo evitandose a erosão, a manutenção do solo vegetado reduz a temperatura do mesmo e permite uma melhor distribuição do sistema radicular do cafeeiro, pois as radicelas superficiais são afetadas pelas temperaturas elevadas. Este manejo aumenta também o teor de matéria orgânica e a capacidade de retenção de água possibilitando um cultivo mais tolerante às condições climáticas adversas. Espécies/Cultivares Dentre as espécies de café conhecidas, Coffea arabica, que fornece o café arábica e Coffea canephora, que proporciona o café robusta, são as duas mais importantes no mercado nacional e internacional. No Brasil existem aproximadamente 1,9 bilhões de cafeeiros robusta (Conilon) e 4,3 bilhões de cafeeiros arábica. O arábica, como mencionado anteriormente, é de clima mais ameno, enquanto o

café robusta é de clima quente e úmido e se adapta bem em regiões com temperaturas médias anuais entre 22 e 26°C. Nas áreas com Conilon, que estão na faixa de 23°C, um aumento de temperatura de 3°C não deve influenciar negativamente o cultivo deste tipo de café no Brasil. Por outro lado, o IAC tem um programa de melhoramento em que as características de robusta são transferidas para arábica (resistência a doenças e pragas, vigor, produção, rusticidade, melhor sistema radicular e tolerância a temperaturas mais elevadas entre outras). Várias progênies desses cruzamentos têm apresentado características que permitem tolerar temperaturas mais altas e portanto poderão ser utilizadas em novos plantios, substituindo o café arábica em regiões onde a temperatura fique muito elevada. Trabalhos recentes têm mostrado que a cultivar Catuaí (arábica) vai muito bem em regiões baixas e quentes com temperaturas médias acima de 23°C com irrigação. É importante ressaltar também que no banco de germoplasma do IAC existem outras espécies de café, como Coffea dewevrei, Coffea congensis e Coffea racemosa que estão sendo

utilizadas em programas de melhoramento visando selecionar genótipos produtivos, resistentes ao bicho mineiro e mais tolerantes ao calor e a seca. Portanto sob o aspecto da cafeicultura atual a tendência de aumento de temperatura não deverá ser catastrófica e nem também para o futuro, pois as pesquisas até o presente fornecem evidências e subsídios para que a nossa cafeicultura de arábica e robusta continue sendo pujante, sustentável e sólida. A associação destas práticas em muito contribuirão para atenuar o efeito das temperaturas elevadas, sem levar em conta outras técnicas que sem dúvida ao longo dos próximos anos a pesquisa através do IAC e de outras instituições deverá disponibilizar para o cafeicultor. Por outro lado a redução da área de café no Estado de São Paulo de 237 mil hectares em 2004/05 para 233 mil hectares em 2006/07, conforme citado pelo Cepagri/Unicamp, não deve ser considerado isoladamente como um fator atribuído ao aquecimento global. É fundamental considerar que a expansão da cultura da cana-de-açúcar e o aumento de usinas pelos atrativos que apresentam no momento, têm ocupado não somente áreas com café, mas também da citricultura e outros cultivos. Finalmente, é importante ressaltar que devemos aumentar e estimular as pesquisas para encontrar soluções no enfrentamento do aquecimento global e suas consequências. Porém, devemos ser mais cautelosos nos informes à sociedade, e em particular aos agricultores, que já enfrentam problemas diversos em toda a cadeia produtiva do agronegócio café e que certamente vai interferir no planejamento de médio e longo prazo.

IEA mapeia café em SP Os pesquisadores Vera Lúcia Francisco, Maria Carlota Vicente e Celso Luis Vegro, do IEA - Instituto de Economia Agrícola, órgão vinculado à Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, apresentaram, no Simpósio de Pesquisa Cafeeira, em Águas de Lindóia (SP), no início de maio, um estudo inédito, que mostra que 41% dos cafeicultores paulistas negociam suas produções por meio de corretoras. As cooperativas aparecem em segundo lugar, com 26,9%, seguida das indústrias (8,9%). As operações com títulos financeiros (como a CPR e o mercado futuro) já aparecem entre os canais de comercialização, atingindo 2,5% da produção.


Trabalhadores preparam o substrato.

Para garantir a sanidade das mudas no Viveiro Monte Alegre, toda a área do viveiro é previamente desinfetada: nas estruturas, utiliza-se o cloro e em todo o terreno, cal virgem. Para a formação do substrato, o trabalho é muito criterioso. A terra utilizada (2 partes) é retirada de áreas virgens, livres de qualquer cultura e enxurradas. Mesmo assim, é analisada anteriormente em laboratório. O esterco (1 parte) é proveniente de grandes confinamentos de gado, obtendo assim padrão de qualidade. Já os adubos

(fósforo de liberação gradativa + micronutrientes + cloreto de potássio) e o calcário são dosados, distribuídos e bem misturados ao substrato. Posteriormente, o substrato é peneirado e desinfectado com brometo de metila ou dazomet, para eliminar os microorganismos (nematóides e outras pragas), doenças (como a rizoctonia, tombamento ou dumping-off), além de diminuir consideravelmente a infestação de ervas daninhas. Após este tratamento, o substrado é utilizado para o enchimento dos recipientes (balainhos).

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Funcionários enchem os saquinhos.

Vista aérea do viveiro de mudas.

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Na edição anterior, retratamos os caminhos iniciais utilizados pelo Viveiro Monte Alegre (Vicinal Franca-Ribeirão Corrente, km 16, via Engenho Queimado) – de propriedade do Sr. Luiz Cunha Sobrinho e seus filhos, Luis Cláudio e André Cunha – para a produção de mudas de café de qualidade. Abordamos principalmente todo o processo de seleção das sementes, da coleta até o tratamento com fungicidas. Nesta edição, abordaremos desde o processo de semeadura até o ponto de comercialização das mudas.

FOTO: Viveiro Monte Alegre

Qualidade é o lema no Viveiro Monte Alegre


FOTOS: Viveiro Monte Alegre

Para isto, o Viveiro Monte Alegre conta com mão-de-obra especializada, que fiscaliza frequentemente as mudas, a fim de se obter canteiros uniformes, com torrões firmes, evitando-se assim a quebra dos mesmos quando levados ao campo. Na semeadura dos balainhos, a sementes são semeadas respeitando a profundidade e a cobertura ideal, visando obter uma germinação rápida e uniforme. Depois da semeadura, cobre-se o viveiro com sombrite 50% e monitorase a umidade dos canteiros, que não deve ser excessiva. Para isto, o Viveiro Monte Alegre dispõe de um eficiente sistema de irrigação de microaspersão automaR E V I S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS

tizado, que é programado para pro-porcionar uma rega parcelada e uniforme. A condução das mudas no viveiro é feita de forma criteriosa. Os tratamentos fitossanitários preventivos são feitos semanalmente, de maneira intensiva, proporcionando uma sanidade incomparável. Somam-se a isto, pulverizações de inseticidas e adubos foliares equilibradas, realizadas até a liberação das mudas para o campo. Antes disto, porém, as mudas são aclimatadas com a retirada do sombrite da cobertura. Cumpridas todas estas etapas – da seleção das sementes até a aclimatação das mudas –, o cafeicultor tem a garantia que o seu investimento está sendo bem feito.

Funcafé libera recursos para a colheita de café O governo começou a liberar os recursos para o financiamento da colheita de café da safra 2007/2008. O montante para atender a atividade é estimado em R$ 450 milhões. Esta é a primeira vez que o Funcafé - Fundo de Defesa da Economia Cafeeira libera os valores no início da colheita do café arábica, cultivado principalmente em Minas Gerais e São Paulo. O orçamento do Funcafé para a atual safra é de R$ 2,026 bilhões. Desse total, além dos R$ 450 milhões destinados ao financiamento da colheita, outros R$ 850 milhões vão para estocagem, R$ 426 milhões para custeio e R$ 300 milhões para o FAC - Financiamento para Aquisição de Café. O objetivo do crédito é apoiar o cafeicultor durante o período de colheita, podendo estocar a mercadoria e vender quando os preços estiverem remuneradores. “O grande problema é a incapacidade financeira de alguns cafeicultores, que ainda se encontram

FOTO: EEmbrapa Café

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endividados e precisam desovar a mercadoria”, aponta Breno Pereira de Mesquita, presidente da Comissão Nacional do Café, da CNA - Confederação Nacional de Agricultura. Possivelmente, o montante será insuficiente para atender a demanda do campo. O ideal, segundo Mesquita, é que os recursos chegassem a R$ 600 a 700 milhões para atender todos os produtores e a toda a safra, estimada pela Conab em cerca de 32 milhões de sacas. O limite de crédito por produtor pode chegar até R$

200 mil, correspondente a R$ 1,44 mil por hectare. Com taxa de juro de 9,5% ao ano, ao prazo de pagamento é de 90 dias após a colheita. O secretário de Produção e Agroenergia do MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Linneu da Costa Lima, diz que o financiamento pode ser convertido em estocagem da commodity, tendo prazo de até 18 meses para a quitação. Segundo o diretor do Departamento do Café do Ministério da Agricultura, Vilmondes Olegário da Silva, 11 bancos e uma central de cooperativas vão operar os recursos e, possivelmente, outros dois agentes financeiros ainda poderão ser cadastrados para os empréstimos. Os financiamentos de colheita, de aquisição e 90% dos financiamentos de estocagem vencerão em seis meses. Já os restantes dos 10% do financiamento de estocagem poderão ser prorrogados para a próxima safra, de acordo com Vilmondes.


FOTOS: Editora Attalea

Café Moura Armazéns Gerais Peneira Alta

São José Armazéns Gerais

Sede da Acissp e da CCAC, em Paraíso.

Os clientes das empresas são produtores rurais que armazenam seu café com segurança, recebem assistência financeira como CPR’s, warrants, preparo de café para entrega física vendidos em Bolsas de Mercadorias, orientação técnica etc. Destaque-se ainda os clientes pessoas jurídicas que, atraídas pela qualidade dos serviços prestados pelos Armazéns Gerais, acabam por se estabelecer como parceiros, entre elas estão grandes grupos Exportadores Nacionais e Multinacionais. Algumas das empresas que fazem parte dessa associação. São Sebastião do Paraíso (MG) (MG):- Armazéns Gerais Peneira Alta, Armazéns Gerais Mundo Novo, São José Armazéns Gerais, Minas Paraíso Exportadora de Café, Café Moura e Carol Com. e Exp. de Café; Cabo Verde (MG):(MG) Cafeeira Verde Grão; Conceição Aparecida (MG) (MG): Super Safra Armazéns Gerais; Monte Belo (MG) (MG):- Armazéns Gerais Monte Belo; Nova Resende (MG):(MG) Nova Resende Armazéns Gerais; Nepomuceno (MG) (MG):- Agyo Armazéns Gerais Yo; Campestre (MG):(MG) Becafé; Itamogi (MG) (MG):- Cafeeira Leonel; Serra Negra (SP) (SP):- Quota Mille Com. Exp. e Imp. de Café. Comissária de Café Nova América

Carol Comércio e Exportadora de Café

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Montans Alvarenga (Armazéns Gerais Peneira Alta), 2º secretário Sr. Fernando Moura (Café Moura) e o atual presidente da Acissp, o Engº Ailton Rocha de Sillos. Já nos primeiros meses de sua constituição a diretoria esteve presente em vários eventos, congressos e reuniões participando ativamente com idéias e opiniões, mobilizando autoridades municipais, estaduais e federais quando necessário. Tem atuado formando grupos de trabalho para estudar e reivindicar melhorias para o setor. Conta com instalação física com secretária onde é monitorado uma dezena de sites na internet e toda e qualquer novidade é encaminhada aos associados por e-mail, estando a disposição para o esclarecimento de dúvidas. A CCAC conta também com página www.acissp.com.br/ na internet (www.acissp.com.br/ armazenagem_cafe.htm armazenagem_cafe.htm) atualizada com todas as mudanças que ocorrem na legislação do café, notícias do setor, mercado de café, fechamento diário das Bolsas de Mercadorias (Nybot, Londres e BM&F) e preço do café praticado na praça de São Sebastião do Paraíso. As empresas que compõem a Câmara contam com uma capacidade instalada de cerca de 1.944.000 sacas e são responsáveis por um giro anual estimado em cerca de 2.558.000 sacas de café. É natural que essa associação de classe tenha nascido em São Sebastião do Paraíso, até porque hoje este município exerce uma liderança expressiva nesse meio. Paraíso é uma cidade que conta atualmente com várias empresas que trabalham no ramo de café, com estrutura de primeiro mundo para armazenagem e preparo, com maquinários modernos onde se processam os mais diversos tipos de café para consumo interno e exportação.

13 Maio de 2007

Criada em 5 de agosto de 2005, a Câmara do Comércio Atacadista e Armazenagem de Café (CCAC) da Associação Comercial Industrial, Agropecuária e de Serviços (Acissp) de São Sebastião do Paraíso (MG), é um órgão de atuação decisória independente, que utiliza ao máximo o apoio da Acissp e das suas entidades federadas como: Federaminas, Fiemg, Fcemg e Sebrae-MG. A CCAC foi criada com o intuito de unir os empresários atuantes no setor de comércio atacadista e armazenagem para o alcance de seus interesses comuns e fortalecimento da classe. Além disto, tem por missão proporcionar aos seus associados total assistência e apoio, tanto individual quanto coletivo, atendendo desde as necessidades gerenciais até as mais complexas operações internacionais. Em seus 1 ano e 8 meses de funcionamento a Câmara conta hoje com 33 empresas associadas e coligadas, entre as quais empresas de Paraíso e de outros municípios mineiros e paulistas. A diretoria, no seu primeiro biênio (agosto de 2005 a agosto de 2007) é composta pelo presidente Sr. Gerson Pereira Salgado (São José Armazéns Gerais), pelo vice-presidente Sr. Antonio Maria Trovato (Comissária de Café Nova América), 1º secretário Sr. Fernando

FOTO: Editora Attalea

Câmara de Café de São Sebastião do Paraíso mostra a força da união dos empresários


R E V I S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS

Safra brasileira será de 32 milhões de sacas

Maio de 2007

14

A safra brasileira de café 2007/8 deve ser de 32,065 milhões de sacas, das quais 22,3 milhões (69,5%) de café arábica e 9,8 milhões de sacas (30,5%) do tipo robusta. Os números são da Conab Companhia Nacional de Abastecimento e do MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A nova projeção para safra de café 2007/08 consta da segunda pesquisa de campo realizada pela Conab entre os dias 1º e 14 deste abril. Em comparação à colheita 2006/07, de 42,5 milhões/sacas, houve uma redução de 24,6% no volume (10,4 milhões/sacas). Também é 0,9% inferior ao primeiro levantamento, de dezembro do ano passado, quando foi estimada entre 31,1 e 32,3 milhões/sacas.

o que dificultou o combate de pragas nos cafezais. “Mesmo com essa queda, o Brasil continua sendo o maior produtor mundial de café”, enfatizou o secretário. O País também manteve o posto de principal exportador de café verde do mercado internacional. No primeiro trimestre, o setor exportou 6,3 milhões de sacas, com divisas de US$ 843,5 milhões, um recorde para o período. Isso representa um aumento de 19% em volume e 33,6% na receita. Linneu ressaltou ainda que o preço médio da saca de café era de US$ 46,23 em 2002. Hoje, a saca do produto é cotada em US$ 134,59. Nesse período, completou Linneu, o preço de exportação teve uma evolução de 191%.

No Estado de São Paulo, levantamento realizado pelo IEA - Instituto de Economia Agricola mostra que a produção no estado deve apresentar queda mais acentuada de 25,2%, alcançando 3,52 milhões de sacas. A área plantada no estado, por sua vez, deve sofrer uma redução de 4,7%, totalizando 223,4 hectares. De acordo com Linneu da Costa Lima, secretário de Produção e Agroenergia do MAPA, a redução na produção de café foi provocada pela bienualidade negativa da cultura (um ano de alta e outro de baixa) e pelas condições climáticas desfavoráveis, como a estiagem no período de floração, de março a setembro, e o excesso de chuva em dezembro e janeiro,

Mesmo com a cana, café amplia área na Alta Mogiana Na edição anterior, na matéria intitulada “Cocapec estima quebra de 60% na safra de café”, algumas informações foram publicadas de forma distorcida, o que compromete o bom trabalho desenvolvido pelo corpo técnico e pelo Departamento de Georreferenciamento da Cocapec - Cooperativa dos Cafeicultores e Agropecuaristas, sediada na cidade de Franca (SP). Não é o primeiro levantamento de safra. Desde 2001 a Cocapec realiza

levantamentos nos 13 municípios da área de atuação da cooperativa, amparada pela tecnologia de georeferenciamento GIS - Sistema de Informação Geográfica. Outra informação importante publicada de forma equivocada -, referese à redução na área plantada com café. Retificamos, informando que o Levantamento Regional de Safra de Café realizado pela Cocapec apresenta a ‘área em produção’ e não a ‘área total plantada com café’.

Não estão incluídas as áreas de renovação e de novos plantios de café. Assim, avaliando a tabela, não se pode deduzir que houve redução na área de cultivo de café na região. Relatório do IEA - Instituto de Economia Agrícola, coletados através do EDR - Escritório de Desenvolvimento Rural de Franca (SP) apontam aumento de 37,5% na área com café com menos de 2 anos na região, passando de 3.320 hectares para 4.560 hectares.

Tabela 1 – Comparativo dos Levantamentos Regionais de Safra de Café promovidos pela Cocapec Município

...........................Área em Produção (ha)............................. 2001/2 2002/3 2003/4 2004/5 2006/7 2007/8

Capetinga (MG)

2.426

2.217

2.516

2.488

2.898

2.745

........Produção Total (sc)....... 2004/5(2) 2006/7(1) 2007/8(2) 22.391

63.263

34.932

Claraval (MG)

1.779

1.853

1.752

1.798

1.617

1.554

33.450

54.978

27.971

Cristais Paulista (SP)

5.354

4.494

4.535

4.783

5.501

4.798

128.952

153.261

66.071

Franca (SP)

6.143

6.438

6.170

6.350

6.480

6.201

109.180

208.466

98.902

Ibiraci (MG)

7.317

7.035

7.543

7.630

8.085

7.644

137.817

257.745

115.844

Itirapuã (SP)

1.856

1.995

1.939

1.945

2.005

1.963

29.808

81.463

23.272

Jeriquara (SP)

2.140

2.328

2.409

2.474

2.421

2.400

48.280

56.052

46.541

Patrocínio Paulista (SP)

2.713

2.600

2.729

2.794

2.969

2.174

35.974

102.836

17.308

Pedregulho (SP)

8.149

8.009

8.320

8.362

8.921

8.408

157.801

253.049

116.609

Restinga (SP)

1.711

1.722

1.623

1.653

1.707

1.645

29.399

89.397

11.581

Ribeirão Corrente (SP)

3.848

3.850

3.935

3.986

4.184

3.966

60.871

172.917

38.014

79

108

80

80

35

35

816

2.135

545

1.200

1.065

1.104

1.113

1.045

939

28.309

32.493

12.065

44.714

43.715

44.655

45.456

47.468

44.471

823.048 1.528.055

609.655

1.374.120

562.489

Rifaina (SP) São J. Bela Vista (SP) TOTAL / MÉDIA PRODUÇÃO FINAL

1.209.744 823.048 1.528.055

FONTE: Revista Cocapec e Setor de Comunicações da Cocapec.

(1)

Ano de safra normal

(2)

Ano de safra baixa


PARTE 2

Josiane Hernandes Ortolan 1 O período de transição entre o final da gestação e o início da nova lactação é um dos principais desafios para a vaca de leite. Alterações metabólicas e hormonais associadas com a depressão no consumo de alimentos nas últimas semanas préparto são fatores fundamentais no controle da condição metabólica da vaca. O último mês que antecede o parto é associado ao rápido crescimento fetal e das membranas que o envolve, justificando o aumento na demanda de nutrientes. Exemplificado esses dados, pesquisadores relatam que vacas holan1

- Médica Veterinária, mestre em Qualidade e Produtividade Animal e Doutoranda em Qualidade e Produtividade Animal FZEA-USP. Email: josiortolan@hotmail.com

desas multíparas com gestação entre 190 e 270 dias aumentaram a deposição de energia e proteína bruta no tecido uterino e fetal na ordem de 30 a 50%. Os últimos dias de gestação coincidem com a formação do colostro, onde as exigências de glicose, aminoácidos, ácidos graxos, minerais e vitaminas estão aumentadas no tecido mamário. Esse aumento na exigência nutricional do animal, feto e membranas fetais, não é compensado por maior ingestão de nutrientes, já que há um decréscimo no consumo de matéria seca nesse período. Portanto, boa parte desses nutrientes que o animal requer em maior quantidade são provenientes da mobilização das reservas corporais glicogênio hepático e muscular, tecido adiposo, minerais do tecido ósseo. Como dito anteriormente, durante as ultimas semanas de gestação ocorre uma

diminuição rápida no consumo de alimento (matéria seca –MS). Essa queda no consumo de MS reduz a síntese de acido propiônico no rúmen que reduz a síntese de glicose pelo fígado e os níveis séricos de insulina. O aumento da exigência por energia pelo feto e pela glândula mamária faz com que o animal passe a mobilizar reservas corporais para suprir essas demandas. Pesquisas mostram que animais que nas últimas duas semanas que antecedem o parto tem essa mobilização muito acentuada, aumentam a incidência de cetose, retenção de placenta e deslocamento de tabela 11). abomaso no pós parto (tabela Isso indica claramente que, quando o balanço negativo em vacas de leite é acentuado no pré-parto, elas tornam-se mais susceptíveis a distúrbios metabólicos.

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Novas estratégias no manejo e alimentação de vacas no pré-parto

S S P

GIROLANDO Receita de Sucesso

GIROLANDO e GIR LEITEIRO

SÃO JOAQUIM DA BARRA - SP

Maio de 2007

15

• 1/2 sangue • 5/8 sangue

• 3/4 sangue • 7/8 sangue

Transferência de Embriões Inseminação Artificial

DIDI JEBR SW Valliant x Vaca Mito de Brasília

JOJO JEBR Addison x Vaca Distraída

MAGNÓLIA JEBR Addison x Vaca Encantada JEBR

CREOLINA JEBR Jarro de Ouro da Cal x Vaca Criola JEBR

MIÚDA JEBR Encantado da Cruzeiro x Vaca Araçá JEBR

SÍTIO SÃO PAULO - Rodovia Anhanguera Contato: (16) 3728-3052 - (16) 9998-6621

ESTRELINHA JEBR Addison x Estrelinha


1. Consumo de matéria seca

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A melhor maneira de avaliar o programa de manejo de vacas em préparto é verificar o consumo de matéria seca pré, pós-parto e da produção de leite e também a incidência de doenças metabólicas nas primeira 4 a 6 semanas pós-parto. Mesmo sabendo das dificuldades de se estimar o consumo de MS em vacas pré-parto, este ainda é um dos principais aspectos para o sucesso do manejo de vacas secas. Para um maior e melhor consumo de MS deve se considerar a disponibilidade e a qualidade da dieta fornecida. Disponibilidade e acesso a dieta são os principais fatores que podem vir a comprometer o consumo de alimento

Maio de 2007

16

Tabela 1. Estimativas de perdas na produção de leite devido aos principais distúrbios metabólicos no pré-parto. Incidência Média de Doenças no Pré-Parto

Redução na Produção de Leite (%)

Febre do Leite (3%)

Redução nos primeiros 30 dias de lactação (L)

4,7

276

16,0

470

Retenção de Placenta (8%)

1,1

321

Cetose (5%)

7,6

371

Metrite (8%)

3,8

298

Deslocamento Abomaso (3%)

FONTE: Milpoint (2000)

por vacas de leite. A competição por alimento deve ser reduzida ao máximo. Deve se também levar em consideração o conforto desses animais, o espaço na linha de cocho e hierarquia, condição corporal (já abordado em outro artigo), estresse térmico, todos fatores que

afetam o consumo de matéria seca. Apesar das inúmeras variáveis que interferem no consumo, a principal é a disponibilidade de alimento. Na próxima edição apresentaremos a terceira e última parte deste artigo.

A importância do ordenhador no processo de ordenha Por ser a peça-chave no processo vacas ordenhadas por dia, teremos uma Podemos verificar também que o de qualidade de ordenha, o ordenhador economia de 304 horas em um ano, ou ordenhador é responsável por mais de tem um papel fundamental. “Existem seja, 25 horas de consumo de energia a 30% do tempo de ordenha. Nessa tabela pesquisas recentes que indicam diferen- menos por mês, menor desgaste dos está avaliado o tempo de ordenha ças significativas de resultados de pro- equipamentos e mais tempo para outras considerando os animais parados dentro dução em rebanhos com profissionais atividades e animais mais sadios. da sala de ordenha, não considerando treinados e comprometidos com a Com a tabela 1 podemos identificar os tempos de entrada e saída de lotes. atividade, mostrando, por exemplo, que alguns fatores muito importantes no O tempo de ordenha, que é chamaanimais tratados pelo nome ou número processo de ordenha. Considerando que do na maioria das vezes de rendimento e conduzidos de forma tranqüila para a soma dos tempos desde a preparação da ordenhadeira, é, na verdade, um dentro da sala de ordenha produzem do úbere até o esvaziamento do latão de composto de: mais leite que os mesmos ordenhados leite, no caso de ordenha tipo Balde ao • Tempo total da ordenha principal sem esses cuidados”, explica Luis Anto- Pé, seja de 6,49 minutos, temos, dessa – depende do equipamento de ordenha. nio Schneider, gerente de vendas da forma, que uma Unidade de Ordenha • Tempo de trabalho das rotinas de Intermaq rende em média 9,24 vacas ordenhadas ordenha – não depende do equipaDe acordo com Schneider, todo por hora no sistema Balde ao Pé e 9,71 mento de ordenha. ordenhador deveria conhecer o pro- animais ordenhados por hora no sistema • Tempo de deslocamento dos cesso de formação do leite, os impulsos canalizado. animais – não depende do equipamento necessários, os inde ordenha. desejados além de • Tempo morto, Tabela 1. Estimativa do tempo necessário em cada etapa na ordenha praticar a ativiou seja, tempo em que MÃO-DE-OBRA EM MINUTOS dade com todos os o sistema de ordenha ATIVIDADES BALDE AO PÉ CANALIZADAS cuidados de higiefica vazio aguardando 0,75 11,55% 0,75 12,14% Preparação do úbere ne que o leite e a pelos animais – não vaca merecem. depende do equipaColocação na unidade de ordenha 3,08% 0,20 3,24% 0,20 Essas pesquisas mento de ordenha. 4,50 72,82% Ordenha principal 4,50 69,33% mostram que uma O estudo conclui Posicionamento na unidade ordenha 0,05 0,77% 0,05 0,81% boa estimulação que ao escolher o mopode reduzir em delo ideal está escoPosicionar unidade para final ordenha 0,40 6,16% 0,20 3,24% 2,5 minutos o lhendo, além do equiRetirar unidade de ordenha 0,08 1,23% 0,08 1,29% tempo de ordenha pamento de ordenha, Depositar unidade ordenha no gancho 0,08 1,23% 0,08 1,29% e reduzir consideum sistema adequado Pós-Dipping 0,08 1,23% 0,08 1,29% ravelmente os risde manejo de ordecos de leite resinha, pois somente esse Deslocamento na sala de estábulo 0,25 3,85% 0,24 3,88% dual. Isso significa conjunto poderá Esvaziamento do latão de leite 0,10 1,54% 0 que se considerarapresentar os resultaTOTAL / VACA NA SALA DE ORDENHA 6,49 100,00% 6,18 100,00% mos 2,5 minutos dos desejados. por vaca em 10 FONTE: Luis Antonio Schneider (2007)


Manejo adequado eleva produção de leite em MG

capim, a alimentação mais barata que existe, é possível produzir 15 kg de leite por dia, em duas ordenhas”, afirmou. Os concentrados utilizados para aumentar a produtividade, por exemplo, representam 60% dos custos operacionais totais. Mudança de conceitos No Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, a média de produção diária de leite, por vaca, é de 7 kg, segundo o veterinário Edmundo Benedetti. Conforme avalia, o índice está abaixo do ideal. No Estado, são produzidos 6,7 bilhões de kg por ano; sendo metade do total no Triângulo, Alto Paranaíba e sudeste mineiro. De acordo com o pesquisador, aumentar estes números depende da adoção do que ele chama de pontos vitais, não importando se a ordenha é mecânica ou manual. O primeiro passo para obter mais lucros na pecuária leiteira, conforme aponta, é livrar-se de um ranço da cultura do passado, saindo do conceito de propriedade pequena e tornando-se micro-empresário do leite. Para isso, basta seguir uma série de passos, que contam, inclusive com anotações sistemáticas em um caderno. Benedetti desenvolveu uma apostila com as orientações. Os interessados podem obter o material na Conavet, empresa júnior veterinária, no bloco D, do Campus Umuarama. Nesta mesma localidade, além da Emater de Uberlândia (MG), o pecuarista pode também se inscrever para participar do projeto, que originou

A cerca de 15 quilômetros de Prata (MG), cidade vizinha a Uberlândia (MG), o pecuarista Sebastião Carlos Alves está satisfeito com os resultados obtidos com a produção de leite, na fazenda Campo Verde, de 53 hectares. De 160 litros produzidos por dia, em janeiro do ano passado, ele ampliou para 234 litros, em média, no decorrer do ano. O aumento não veio por acaso, ao contrário, é fruto de muita dedicação ao projeto que já chegou a dezenas de fazendas em Minas. Elaboradas pelo professor, as mudanças necessárias para expandir a produção leiteira não desanimaram Sebastião Carlos e a família. A esposa, Marlene Costa Santos Alves, é uma das entusiastas e também coloca a “mão-na-massa” para pôr o projeto em prática. Segundo ela, as alterações na propriedade estão bem encaminhas, apesar de estarem sendo feitas bem devagar, conforme a disponibilidade financeira. A divisão das pastagens, por exemplo, está sendo feita aos poucos, assim como a instalação de bebedouros. Na avaliação da fazendeira, o que mais refletiu positivamente nos resultados foi o manejo das pastagens. “Acredito que vamos chegar ao ponto que eles (os orientadores) e nós queremos. Já melhorou bastante e esperamos que melhore ainda mais”, frisou. De acordo com o engenheiro agrônomo José Geraldo Peixoto, técnico da Emater de Prata (MG) que acompanha o projeto, a iniciativa ajuda os pecuaristas, principalmente ao muní-los de informações. Prata produz 195 mil litros de leite por dia. O gado leiteiro responde pela metade do rebanho do município.

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Resultado comprovado

17 Maio de 2007

Os pequenos pecuaristas são responsáveis por cerca de 83% da produção nacional de leite. Para os proprietários e seus familiares, que lidam na atividade desde a madrugada até o pôr-do-sol, sobra trabalho, mas a produtividade e os lucros deixam a desejar, devido principalmente às práticas inadequadas adotadas nas fazendas. Com ênfase a mudar esta realidade, o professor Edmundo Benedetti, da Faculdade de Medicina Veterinária da UFU - Universidade Federal de Uberlândia, desenvolveu um sistema capaz de, dentro de um ano, aumentar em quase dez vezes a produção de leite nas pequenas unidades rurais. A mudança requer poucos investimentos, mas muita disciplina. Em Minas, este projeto está sendo considerado uma forma de revitalização da bacia leiteira. Desenvolvido há cerca de um ano, já abrange 50 unidades demonstrativas (propriedades), em diversas regiões do Estado. Prata, Patrocínio, Iraí de Minas e Paracatu estão entre os municípios beneficiados. O programa é viabilizado em parceria entre a UFU e a Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento, que através da Emater, disponibiliza técnicos para acompanhar os procedimentos. Com a disseminação das orientações, Benedetti acredita que cerca de 400 fazendas já adotaram as dicas e aumentaram a produção diária de leite, no Estado. “Nossa pretensão é chegar a pelo menos umas mil propriedades. Com baixos investimentos, uma propriedade que produz de 40 a 80 kg de leite por dia, com os mesmos animais, pode chegar a produzir de 250 a 350 quilos”, ressaltou. A técnica desenvolvida pelo professor não representa nenhum milagre. Apenas consiste em mudanças na rotina da fazenda e em práticas antigas, porém, prejudiciais aos números de produtividade, como manter pastos amplos e com poucos bebedouros. De acordo com o pesquisador, tornou-se hábito dizer que a produção de leite com vacas alimentadas a pasto é inviável, o que não é verdade. “Chegamos à conclusão de que, com

de uma tese de doutorado defendida em 1994. A consultoria é gratuita. Além da Bahia, onde primeiro foi implantado o projeto, promovendo a recuperação do setor, e Minas, que já apresenta bons resultados, pesquisadores da Guatemala e de Cuba também se interessaram pelo projeto do professor da UFU. Edmundo Benedetti viajou a estes países e atraiu os interessados ao Brasil para conhecer, na prática, a idéia que revoluciona a pecuária de leite, conforme afirma seu autor.

FOTO: Selma Silva

SELMA SILVA (Especial de Uberlândia/MG) selmasilva@correiodeuberlandia.com.br


Coonai: 66 anos de tradição no setor lácteo

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FOTOS: Divulgação Coonai

Em 2007, a Coonai Cooperativa Nacional Agro Industrial completa 66 anos de atividade. A cooperativa teve início em 1941, quando cerca de 20 produtores de leite da região de Franca se uniram e inauguraram a Cooperativa de Laticínios de Patrocínio do Sapucaí (hoje Patrocínio Paulista), com sede em Itirapuã. O negócio teve rápido desenvolvimento e se consolidou no mercado. Em 1974, visando fortalecer o setor lácteo, fundiu-se com a Cooperativa de Laticínios de Brodowski, criando a Coonai, que iniciou as atividades em 1º de janeiro de 1975, com sede em Ribeirão Preto e com 2.700 associados. A década de 80 foi marcada por franca expansão do setor e conseqüentemente da Coonai, que incorporou outras cooperativas, implantando novos serviços, lançando novos produtos e ampliando o patrimônio. Em 1984, possuía cerca de 650 funcionários, 3.850 cooperados distribuídos em 52 municípios, recebendo diariamente cerca de 270 mil litros de leite, colocados no mercado sob as marcas Nilza, Dollar e Alpha, parti-

Maio de 2007

18

A primeira sede, em Itirapuã (SP)

cipando ainda da marca Paulista, da CCL (Cooperativa Central de Laticínios), com os produtos: leite pasteurizado, queijos, requeijões, cremes de leite, manteigas e lactose, além de café torrado e moído. A união da Coonai com outras duas cooperativas (Casmil - Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro de Passos/MG e Coopercarmo - Cooperativa Agropecuária de Carmo do Rio Claro/MG), em agosto de 2001, deu origem à Central Leite Nilza, criada no modelo de cooperativa de segundo grau. Em maio de 2003 abriu parte de seu capital e incorporou a Cooperativa de Sacramento (Coasa). No segundo semestre de 2003, mais duas cooperativas passaram a fazer parte do grupo: a Cooperativa Agropecuária dos Produtores Rurais de Iturama (Capril) e a Cooperativa de Laticínios de Piumhi (Cooperlat), tornando-se a Leite Nilza uma das mais potentes indústrias de laticínios do interior do Estado de São Paulo.

Em janeiro de 2004, a empresa agregou uma nova associada: a Cooperativa Regional Agropecuária do Circuito de Queijo e das Montanhas (Coopraq), de Andrelândia (MG). Juntas, as sete associadas chegaram a produzir a média de 1 milhão de litros industrializados por dia, com 8.000 cooperados e 360 funcionários, com unidades industriais nos Estados de São Paulo e Minas Gerais. A marca garantiu o primeiro lugar em vendas na categoria leite longa vida no primeiro semestre de 2003, no interior do Estado de São Paulo, conforme pesquisa do Ibope Em 2004, a Central adotou um processo de recuperação financeira, que se fez necessário após a grave crise pela qual atravessou o setor lácteo. A Central Leite Nilza passou, então, a ser composta apenas pela Coonai e pela Cooperlat (Cooperativa de Laticínios de Piumhi/ MG). Esse processo levou a organização a um reposicionamento no mercado. Em dezembro de 2005, a Central deixou de existir. A marca Nilza e o parque industrial, localizado na Rodovia Anhangüera, em Ribeirão Preto, foram vendidos para uma empresa particular. Com a venda da marca Nilza, a Coonai voltou às suas origens. Atualmente conta com 1.200 cooperados, distribuídos em 51 municípios de São Paulo e Minas Gerais. A captação diária de leite da cooperativa fica em torno de 100 mil litros, que são destinados à fabricação de

Coonai faz parcerias para que “pequeno” produza cana-de-açúcar Com o primeiro corte previsto para 2008, a Coonai vai produzir cana-deaçúcar em 250 hectares de 10 cooperados, em sistema de parceria. A iniciativa Coonai-Cana, é parte do projeto Coonai-Cana alinhavado desde ano passado, que tem como principal objetivo propiciar aos pequenos produtores participação nos ganhos que o crescimento do setor sucroalcooleiro está trazendo. “Muitos pequenos produtores não teriam condições de serem fornecedores. O projeto tem o papel social de agregar esse pessoal, porque a área de cada um é muito pequena. Sozinhos, eles não

têm recursos, nem força de trabalho suficiente para fornecerem. As usinas também não têm interesse de arrendar essas áreas. Então, eles ficariam fora do segmento cana não fosse o projeto”, disse o vice-presidente da cooperativa, Marcelo Barbosa Avelar. A gestão do Coonai-Cana é de responsabilidade da cooperativa. O produtor oferece sua terra e, com os técnicos da cooperativa, planeja desde o cultivo até a colheita, passando pela negociação com as usinas e a entrega da cana. A Coonai fica responsável pela produção das mudas, entra com maquinário

e materiais, além da assistência técnica, tendo seus gastos cobertos por parte dos recursos financeiros que entrarem com a venda da cana. O restante é rateado entre os cooperados, conforme a produtividade de cada um. “Já temos vários contatos feitos com usinas que têm interesse na nossa produção. No prazo de três ou quatro anos, nossa previsão é atingir dez mil hectares. É uma visão de oportunidade. Não estamos saindo das outras culturas, mas diversificando, aproveitando áreas ociosas, dando oportunidade aos pequenos”, afirmou Avelar. INF: (16) 3664-9700.


Pioneirismo e Estrutura A longa história da Coonai inclui o pioneirismo nacional na granelização da coleta de leite junto aos produtores. Os testes para a implementação deste processo tiveram início em 1997 e em 2000, 100% da coleta já estava sendo feita a granel. Para viabilizar esta modernização, a cooperativa financiou o ma-

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do Programa Viva Leite do Estado de São Paulo e ainda conseguimos maior aproximação e envolvimento com o nosso produtor, razão de ser da cooperativa”, avalia Eduardo Lopes de Freitas, presidente eleito para o quadriênio 2007/ 2010.

quinário necessário para os produtores meca-nizarem a ordenha e os tanques de expansão para armazenarem o leite acumulado. As principais vantagens deste tipo de coleta são a maior qualidade do produto, redução de custos e melhoria da qualidade de vida do produtor. “A coleta com latão já é praticamente inexistente em nossa região, não se justifica mais, sendo que um caminhão-tanque consegue transportar 22 mil litros/dia de uma só vez com garantia total da qualidade do produto”, explica Eduardo Lopes de Freitas. A Coonai ainda oferece assistência técnica e outros benefícios a seus cooperados como seguro de vida, convênio médico, fábrica de ração, que entrega nas propriedades a preços abaixo do mercado e lojas que vendem produtos necessários para a pecuária. Atualmente as lojas gerenciadas pela Coonai ficam em Patrocínio Paulista, Itirapuã e na indústria, localizada em Brodowski. Outras 12 lojas espalhadas por municípios na região da Alta Mogiana foram terceirizadas, mas mantêm condições especiais aos cooperados Coonai. ( Outras Palavras )

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FOTO: Divulgação Coonai

leite pasteurizado, leite pasteurizado tipo B, leite Longa Vida Integral e Desnatado e leite cru refrigerado (vendido para o novo comprador da Nilza e outras empresas do setor). Em 2006, novos produtos foram lançados com a marca Coonai: Bebida Láctea em vários tipos de embalagens e sabores, requeijão, entre outros. A cooperativa continua beneficiando e disponibilizando no mercado duas marcas de café torrado e moído, a Larezza e a própria marca Coonai. Também neste ano muitos projetos inovadores foram lançados em parceria com importantes organizações para fortalecer os cooperados através de assistência técnica. Entre eles o Projeto de Viabilização da Pecuária Leiteira, em parceria com a Emprapa, Secretaria da Agricultura, SAI e o Projeto com o Sebrae, oficializado em outubro de 2006, que promete muitas conquistas e ganhos de produtividade e custo/benefício para os produtores até 2009. “O ano de 2006 foi muito positivo para a cooperativa. Conseguimos tornar a marca mais competitiva, vencendo licitações importantes como os vários lotes


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Cachaça Formosa vence pela segunda vez o Concurso Paulista de Cachaça de Alambique

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A produção A produção de cachaça na Fazenda Formosa, em Ribeirão Corrente (SP) é

pequena, praticamente artesanal. “Produzimos cachaça por hobby, por isso produzimos pouco no ano passado. O clima ainda retardou a maturação da cana e, além disto, tínhamos problemas com a estrutura de armazenamento. Não tínhamos onde colocar os tonéis. Acabei comprando um tonel de aço inoxidável, que manteve a qualidade da cachaça. Isto refletiu diretamente na conquista em Araraquara”, ressalta Joãozinho, como é conhecido. Além do cuidado com a lavoura de cana-de-açúcar (principalmente com a adubação) e com o armazenamento da cachaça em O produtor João Luiz de Souza Faleiros e a tonel aço inox ou em tonéis de mavitoriosa Cachaça Formosa. deira (para evitar alteração no aroma e sabor), o produtor ressalta a rizar a cachaça de alambique produzida importância da utilização de fermentos no Estado de São Paulo, além de capade qualidade. “Utilizei apenas um citar o produtor levando novos conhecifermento que trouxe de Lavras (MG). mentos através de cursos de capacitação. Nada de fubá ou farelo de arroz, como Para a conquista, a Cachaça Formosa muitos por aí usam. Uma cachaça de superou suas concorrentes em três anáqualidade é produzida com uma boa lises. Inicialmente, conduzido no Labogarapa, um bom fermento e dedicação”, ratório de Análise Sensorial da FCF – afirma. Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp, um painel de provadores indicaO concurso ram as amostras que apresentaram as médias mais altas de aceitação, com relaEm apenas três edições, o concurso ção ao aroma, sabor e impressão global. se tornou tradicional no Estado de São Em seguida, as amostras foram avaliadas, Paulo. Realizado pelo Sindicato Rural de pelos mesmos provadores, quanto à sua Araraquara, em parceria com a Unesp e aparência, cor e embalagem. com o Sebrae, o concurso é coordenado Após a fase de triagem, as amostras pelo Dr. João Bosco Faria, da Unesp-Ara- selecionadas foram finalmente avaliadas raquara e tem por objetivo avaliar e valo- por uma equipe de especialistas da área, FOTOS: Editora Attalea

Mais uma vez a Alta Mogiana se destaca no quesito Qualidade de Cachaça. No último dia 14 de abril, em Araraquara (SP), a Cachaça Formosa foi classificada em primeiro lugar na Categoria NãoEnvelhecida, do III Concurso Paulista da Cachaça de Alambique. O evento foi realizado durante a Fepagri 2007 – Feira de Tecnologia, Serviços e Produtos para Pequenos e Médios Produtores Rurais e contou com a presença de 104 amostras de cachaça de 89 produtores de 80 municípios do Estado de São Paulo. A conquista do engenheiro agrônomo e produtor João Luiz de Souza Faleiros, de Franca (SP) veio comprovar não somente a importância da Alta Mogiana no cenário brasileiro dos produtores de cachaça, mas também confirmar que a Cachaça Formosa apresenta uma qualidade superior. “Em 2004, quando do primeiro concurso, a Cachaça Formosa ficou entre as dez melhores. Em 2006, na segunda edição, vencemos na categoria ‘envelhecida’. Já neste ano ficamos em primeiro lugar na categoria ‘não-envelhecida’. Isto prova que o caminho que estamos percorrendo é o correto”, afirma Joãozinho. Esta nova conquista da Cachaça Formosa vem também em decorrência do trabalho desenvolvido pelo Escritório do Sebrae de Franca , através do Programa SAI - Sistema Agroindustrial Integrado.


Legalização O produtor afirma que a premiação deste ano foi decisiva para que houvesse uma mudança de atitude. “Nossa produção ainda é informal, praticamente artesanal. Mas esta nova conquista fez com que eu tomasse a decisão de promover modificações nas estruturas de produção, bem como adquirir tanques de armaze-

de alambique no Brasil. A começar com os impostos para a regularização da empresa, que são altos e acabam desestimulando os iniciantes. “A legislação brasileira não autoriza o registro de microempresa na produção de cachaça. Assim os custos ficam elevados demais para os pequenos produtores. E, sem a regularização da empresa, ficamos impedidos de comercializar”, afirma Joãozinho. Outro fator preocupante para o produtor são os altos impostos de comercialização (IPI e ICMS), que chegam a representar cerca de 80% do valor final da cachaça. Mas segundo Ribeiro, os impostos não podem ser considerados impeditivos para que a atividade obtenha reconhecimento. “Em Minas Gerais observamos que, mesmo pagando todos os impostos, a rentabilidade do produtor legalizado de cachaça de alambique foi cerca de duas vezes superior à produção informal”, finaliza Ribeiro.

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namento. Tudo isto para podermos estar de acordo com a legislação brasileira, pois pretendemos regularizar a empresa a partir do próximo ano”, afirma Joãozinho. Muitos produtores afirmam que o grande problema da atividade são as dificuldades de se comercializar a cachaça de alambique, quando se comparado à cachaça industrializada. “A diferença de preço é muito alta e a cachaça industrializada acaba sendo preferida pelo baixo custo”, afirma o produtor. Mas, aos poucos, o conceito de que o bebedor de cachaça não se interessa pela qualidade vem mudando. “Em nível de Brasil, falta uma campanha que valorize esta qualidade, assim como foi feito no Estado de Minas Gerais, quando um programa estadual estimulou e beneficiou pequenos alambiques. Como resultado, em menos de dez anos de trabalho, Minas Gerais passou de aproximadamente 20 marcas legalizadas no mercado para 400 marcas”, ressalta Engº Agrº José Carlos Gomes Machado, autor do livro “Fabricação Artesanal da Cachaça Mineira”. Além da disputa com a cachaça industrializada, a questão da informalidade é o outro grande entrave da produção e na comercialização de cachaça

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composta pelo Prof. Dr. João Bosco Faria (FCF-Unesp), Prof. Dr. Douglas Wagner Franco (IQS-USP), Prof. Dr. Fernando Valadares Novaes (EsalqUSP) e pela Profª Drª Márcia Justino Mutton (FCAVJUnesp). “O concurso deste ano foi mais difícil de conhecer os finalistas por duas razões. Primeiro, porque tivemos a presença de muitas amostras. E também porque observamos uma melhoria considerável na qualidade das cachaças”, afirmou Faria. Os dez primeiros finalistas foram premiados, sendo que apenas os primeiros em cada categoria receberam troféu e uma análise química completa de cada amostra premiada. “O análise do concurso é extremamente rigorosa e confiável, seguindo os moldes dos concursos de café no Brasil. O degustador não tem conhecimento da marca que está sendo provada e os resultados são tabulados e somados para que no final se conheça a melhor cachaça”, explica Joãozinho.

ANÚNCIO CACHAÇA FORMOSA

Fazenda Formosa Ribeirão Corrente (SP) Tel. (16) 3722-4982


FOTO: Electroplastic

Plasticultura A produção de hortaliças em túneis Nelson M. Iida 1

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Produzir é o tema, obter qualidade e baixo custo é o segredo! Como não se bastasse, temos ainda que produzir na época certa, para ter resultados positivos com rentabilidade. São muitas as dificuldades encontradas pelos nossos produtores de hortaliças, flores e frutas no Brasil. Para isso acontece de tudo, até mesmo especular diversas maneiras de buscar os objetivos e muitas vezes de uma maneira ineficaz, resultando em perdas geralmente irrecuperáveis. Atualmente, enfrentamos entre vários problemas, ainda a falta de água de qualidade e quantidade suficiente para uma produção em abundância, a economia de água é fundamental! E para uma distribuição homogênea e suficiente para alcançar os resultados finais necessários é utilizando a plasticultura com tecnologia, ou seja, filmes adequados, tubos gotejadores, fertirrigação e mulching certamente teremos uma economia significante de água. Ficaríamos aqui falando o dia todo, e ainda teríamos assuntos para o dia seguinte. Como temos que produzir e obter lucros, vamos analisar os fatos e partir para o profissionalismo, somente desta forma encontraremos os resultados positivos,

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FOTO: Editora Attalea

- Marketing Electroplastic. São Paulo (SP) email: vendas@electroplastic.com.br. Site: www.electroplastic.com.br.

que é a única saída para sobrevivência e desfrutar o dia de amanhã. Quando se fala em Túneis e Plasticultura, uma das primeiras perguntas que se faze é, “qual é o custo?” A resposta é “produção”....... A partir do momento que conseguimos obter uma planta sadia, vigorosa, com cara de quem colheu agora, apesar de estar na feira ou no mercado, pode ter certeza que seu investimento está sendo pago com rentabilidade, pois os consumidores estão cada vez mais exigentes e a competição também. E somente através de cultivos técnicos é possível estas características em qualquer época do ano e região. Costumo dizer que as plantas são como pessoas, precisam de todo cuidado para se manter com qualidade. Na chuva precisamos de proteção, ou pegamos uma gripe através de uma bactéria ou vírus, e a planta é a mesma coisa! Está aí uma das importâncias da plasticultura, e se tomamos muito sol, com certeza não nos fará bem, é a mesma coisa com as plantas, para isso existe o Filme Difusor de Luz que com a característica de difusão de luz, a planta recebera luminosidade suficiente, mas não os raios que chegam a queimar as plantas e frutos. Mas chega um produtor e diz, na minha região a temperatura é muito alta e na estufa vai queimar tudo! Seria verdade se não existisse o Filme Difusor Anti-Vírus Anti-Vírus, o filme fotoseletivo possibilita uma melhor difusão da luz, pois suas propriedades estão igualmente distribuídas em todo o filme. Sendo fotoseletivo, suas propriedades óticas especiais proporcionam às plantas uma melhor qualidade ambiental e maior produtividade em função da redução dos danos causados por insetos vetores como

determinadas espécies de pulgões, mosca branca, tripes entre outras. Ainda possui uma das características de baixar a temperatura interna ou em casos atípicos manter, pois assim como nós as plantas não toleram altas temperaturas. Atualmente com tanta tecnologia aplicada em filmes, é possível a produção de todas as culturas de hortaliças no sistema protegido, em qualquer região brasileira independente do clima e estação, apenas o produtor deve optar pela melhor época para cada cultivo, pois cada cultura tem suas características definidas e necessidades diferenciadas, assim como melhores preços em determinadas épocas em função de dificuldade de produção em sistema convencional ou chamada de campo aberto. Alguns exemplos para facilitar o raciocínio e projeção individual. • ALFACE e OUTRAS FOLHOSAS SAS:- para garantir a produção, o ideal é 100% em túnel, mas se é para optar, seria no verão e épocas de chuvas fortes; • ABÓBORA ABÓBORA:- o ano todo com vantagem durante o inverno; • BERINJELA BERINJELA:- o ideal seria o plantio no outono, para ter a produção durante o inverno, onde se consegue melhores preços; • FEIJÃO-VAGEM FEIJÃO-VAGEM:- pode se produzir o ano todo, com vantagens também em épocas de chuvas fortes; • MELANCIA e MELÃO MELÃO:- grandes vantagens no inverno, mas é bom optar por uma cultivar de frutos pequenos para mercados diferenciados; • PEPINO e PIMENTÃO PIMENTÃO:- podem ser cultivados o ano todo, mas os melhores preços são no inverno, por se tratarem de culturas de verão.


• TOMATE TOMATE:- é uma cultura que necessita de muitos cuidados, e com custo de produção elevado, quando o transplante é feito no início do inverno, geralmente o produtor consegue uma ótima rentabilidade. • MORANGO MORANGO:- esta é uma das culturas que costumamos ouvir: se é para plantar sem túnel, é melhor não plantar! E podem ter certeza, é verdadeira!!!! Devemos levar em consideração, que existe o mulching preto & branco branco. Quando ainda não existe condições financeiras ou disponibilidade para uma estufa, então no mínimo se utiliza o mulching que é ideal para todas as culturas, para proteção do solo, evitar competição com ervas daninhas, economia de água em mais de 50%, assim

Decorrência das condições climáticas favoráveis, o período de maior produtividade das plantações de alface vai de março a agosto. É justamente nessa época que o Míldio, uma doença de origem fúngica, ataca com mais força as lavouras. Causada pelo fungo Bremia lactucae, as perdas provocadas pela moléstia podem ser totais. O outono e o inverno registram a maior incidência do míldio porque sua progressão é beneficiada pela conjunção de dois fatores: as temperaturas mais amenas e a alta umidade. De acordo com Norberto da Silva, engenheiro agrônomo e professor do Departamento de Agricultura e Melhoramento Vegetal da Unesp -Universidade Estadual Paulista de Botucatu (SP), as temperaturas entre 17ºC e 20ºC são ideais para o surgimento da enfermidade.“Já a umidade sempre será en-

FOTO: Editora Attalea

Míldio preocupa com a chegada do inverno

contrada, pois as plantações de alface são irrigadas até duas vezes por dia normalmente”, disse ele. O quadro pode assumir proporções graves, já que em apenas três dias, todas as folhas podem ser atingidas, se as condições adequadas para o desenvolvimento do fungo estiverem presentes. Segundo Silva, a ocorrência do míldio é verificada em todas as regiões do Estado de São Paulo. A doença, inclusive, já

assumiu caráter endêmico (manifestase habitualmente e alcança parcela significativa da produção). Para piorar a situação, todas as variedades da alfacelisa, americana ou crespa podem ser afetadas. O principal sintoma da lesão é a aparição de manchas necróticas e amarronzadas na parte de cima da folha. A melhor forma de controle, segundo o engenheiro agrônomo, é a escolha de variedades resistentes ao fungo (como a alface crespa “Cuesta”), já que o Bremia lactucae adquire rapidamente resistência aos produtos químicos. Outra medida de controle recomendada por Silva é evitar a irrigação no final da tarde, já que ao anoitecer a evaporação é menor e a umidade fica elevada por mais tempo.

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utilizar bandejas limpas e desinfetadas para nova semeadura, é claro que um bom substrato é o início de tudo! Não podemos esquecer que as sementes de qualidade, são indispensáveis! Agora você deve saber o que é uma semente com qualidade! Se não sabe deve procurar se orientar, pois é relativo e muito complicado, como regra cada produtor/ importador tem seu carro chefe para cada época do ano e região. Você pode e deve escolher o melhor para a sua. Mais uma vez não escolha pelo preço! Se o melhor está muito caro e não consegue comprar para toda área, então é melhor comprar menos e diminuir a área, ao plantar uma cultivar duvidosa.

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FOTO: Editora Attalea

FOTO: Electroplastic

como melhor aproveitamento dos fertilizantes, entre outras vantagens. Para iniciar através de cultivo protegido, orientamos que é interessante montar uma estufa no mínimo com a parte aérea de metal, para melhor aplicação do filme e obter a garantia de durabilidade, bem como as laterais devem ter no mínimo 2,00 metros livres para obter uma temperatura interna adequada e facilitar o manejo, uma altura boa seria de 3,00 metros e ideal de 4 metros. Quanto a largura, recomendamos um mínimo de 7,00 metros ou módulos de 7,00. Comprimento ideal é 50 metros na média. É importante contratar um profissional da área, para evitar frustrações. Para estufas de produção de mudas, é fundamental utilizar um filme com difusor antivírus, independente da região, para controle geral, bem como esta estufa deve ter a altura máxima possível para obter uma temperatura amena no verão. E sempre


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A UFLA - Universidade Federal de Lavras, estará promovendo de 20 a 22 de junho próximo a 10ª edição da Expocafé, realizada na Fazenda Experimental da Epamig, município de Três Pontas (MG). A Expocafé é a única exposição do Agronegócio Café, registrada no Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras uma síntese das principais feiras e exposições do Ministério da Indústria e Comércio Exterior do ano de 2007. Como nas edições anteriores, a feira conta com a parceria da Prefeitura Municipal de Três Pontas, Emater, Epamig, IMA e cooperativas como a Cocatrel. O destaque e a garantia para a realização de bons negócios na própria Expocafé é a presença este ano, do Sebrae/ Minas que irá proporcionar uma Rodada de Negócios, oferecendo a praticidade e agilidade na comercialização de produtos e serviços. Durante esses três dias, as atenções dos mercados cafeeiros nacional e internacional se voltam para a Expocafé, que deverá comemorar seus dez anos abrindo espaço para mais debates em torno do agronegócio, uma tendência identificada nas últimas edições. No ano de 2006, foram contabilizados cerca de R$ 30 milhões em negócios e um público de 26 mil pessoas. Para esta edição, os organizadores esperam um aumento de 30%. A feira, que tem a entrada franca, aumentou também, para este ano, o espaço de exposição de grandes animais. Atividades A cada ano surgem novas oportunidades na Expocafé. As atividades de campo, como demonstrativos de defensivos e

FOTO: Divulgação Expocafé

Iniciados os preparativos para a 10ª Expocafé

Vista aérea da Expocafé, na Fazenda da Epamig.

de fertilizantes, áreas de culturas, dinâmica de máquinas no campo, transportam para o cafezal da Fazenda da Epamig, estudantes, cafeicultores e profissionais interessados, que buscam aplicar os conhecimentos ali adquiridos em suas propriedades. O objetivo da feira é levar aos empresários rurais tecnologias disponíveis e essenciais à competitividade e sustentabilidade do sistema produtivo e mostrar aos visitantes e interessados, as dife-rentes oportunidades no agronegócio café. Vários expositores participam da feira, contabilizando bons resultados . Este ano a feira será dividida em três áreas: pavilhão tecnológico, áreas de plots e pavilhão de diversidades. No Pavilhão Tecnológico estarão empresas como: Agrosystem, Basf, Bayer, Belgo, Biosoja, BMF, Café Brasil, Cia. Têxtil Castanhal, Chemi-

nova, Conab, Cocatrel, Fertipar, Guarany, Heringer, Iharabras, Netafim, Nutriplan, Sipcam, Stihl, Syngenta e Yara Brasil. No Setor de Plots estarão empresas como: Agrale, Agrimec, Agritech, Brudden, Dragão Sol, DuPont, Ifló, Jacto, Jumil, Kamaq, KO Máquinas, Minami, Nogueira, Palini, Pinhalense, Santa Izabel, Valtra. Quem visitar a Expocafé encontrará a maior diversidade em produtos e serviços para sua propriedade. Poderá conhecer técnicas e novidades para secagem do café, melhorias do solo, fungicidas, adubação. Encontrará trituradoras, arruador, tratores, sacarias, técnicas de produção, abanadores de café, lavadores mecânicos e despolpadores. Os interessados podem visitar o site www.expocafe.com.br e encontrar maiores informações sobre a feira.


Cocapec realiza em maio 10º Dia de Campo-Café

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Nos primeiros dois dias de evento, a Agrishow - 14ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, em Ribeirão Preto (SP), cerca de 50 caravanas com mais de 3,5 mil produtores rurais haviam visitado o evento. Com o apoio do Sebrae-SP e da Faesp eram esperados 20 mil pequenos produtores, vindos de caravanas de diversos pontos do Estado. A Agrishow 2007 contou este ano com 700 empresas expositoras, e a comissão organizadora esperava cerca de 140 mil visitantes e um volume de negócios em torno de R$ 900 milhões. Os pequenos produtores tiveram a oportunidade de participar das demonstrações de campo das máquinas para agricultura familiar. Em apenas um dia foram mais de 60 demonstrações. Antônio Carlos Arutin, produtor de café da região do Altinópolis (SP), participa pela quinta vez da Agrishow gostou especialmente da pequena máquina de pulverização foliar.

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tecnologias de manejo, o Dia de Campo nos proporciona o encontro com colegas da área. O bate-papo entre os cafeicultores é muito rico e ganhamos muito com essas trocas de experiência”, declara Paulo Donizete Cintra, cafeicultor e cooperado da região de Claraval (MG). O evento tem início previsto para às 9 horas e terá um circuito de minipalestras e experimentos de quase 2 quilômetros. Neste percurso as empresas terão o seu espaço para receber os cafeicultores e mostrar suas novidades. Facilidades na negociação de máquinas e implementos, com boas condições para os cafeicultores completarão a programação. “Com esta iniciativa queremos aproximar nossos cooperados das modernas tecnologias para contribuir com a qualidade e bom desempenho da lavoura”, conclui Lima.

FOTO: Editora Attalea

14ª Agrishow é destaque em Ribeirão Preto

FOTO: Editora Attalea

FOTO: Editora Attalea

FOTO: Editora Attalea

No dia 17 de maio, a Cocapec Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas realizará o 10º Dia de Campo – Café. O evento acontecerá mais uma vez na Fazenda Santa Tereza, no município de Jeriquara (SP). Este evento já faz parte do calendário anual da cooperativa e atrai pessoas de toda a região, interessados nas novidades tecnológicas da cafeicultura. Em 2006 participaram mais de 700 cooperados, familiares e pessoas ligadas à cafeicultura, que visitaram os 28 estandes e participaram das atividades de campo. “Este ano esperamos um número semelhante ao do ano passado”, afirma Ricardo Lima de Andrade, Diretor Secretário da Cocapec. Para este ano, o evento contará com a participação de 40 empresas, dispostas em campos de experimentos e em estandes, onde estarão expondo seus produtos . Haverá ainda demonstrações das máquinas em exposição. A Cocapec estará presente com um estande, onde serão apresentados os trabalhos desenvolvidos pela cooperativa. A estrutura física será capaz de atender todos os participantes com praça de alimentação, bebedores e banheiro. “Além de máquinas, equipamentos e


- SENAR MINAS - SENAR MINAS -

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O Senar-Minas (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), em parceria com o Sindicato Rural de Formiga, realizou na segunda quinzena de abril treinamentos para “Terreireiro” nas fazendas de café da região de Formiga (MG), as quais estavam iniciando a época de colheita. O curso foi realizado na Fazenda Lagoinha, na Comunidade São Pedro, onde cerca de 12 trabalhadores rurais foram capacitados na preparação do café pós-colhido. A fase de colheita de café vai de maio até agosto. Neste período, trabalhadores atuam como terreireiros, ou seja, cuidam do grão no terreiro para que chegue com boa qualidade ao consumidor. “Este é um curso de aperfeiçoamento dos terreireiros para que eles preparem adequadamente o café pós-colhido, desde a colheita do grão até a secagem completa e conduzindo à bebida mole, considerada a melhor bebida

FOTO: Divulgação Senar-MG

Sindicato Rural de Formiga realizou treinamento para terreireiros

para comercialização pois se trata de um café especial e onde aparece melhor o sabor do café”, disse o instrutor e agrônomo Alex Nogueira Mannetti. O treinamento foi realizado em três dias com aulas teóricas e práticas, aprendendo a fazer colheita seletiva e total, amostragem

de percentual de maturação, manejo e rodagem do grão para secagem observando as fases do café no terreiro. Eles também obtiveram informações sobre as vias seca e úmida. “A fase de secagem é importante, porque um bom café depende da secagem”, lembrou o agrônomo Mannetti. Depois disso, os terreireiros ainda tiveram noções de descanso, beneficiamento, armazenamento, classificação e comercialização do grão. O serviços gerais Adélio Luís da Silva resolveu participar do curso para melhorar seu conhecimento sobre o assunto. “Nessa época de colheita, atuo como terreireiro e fazia muita coisa errada. Com o curso, vou melhorar muito o meu serviço”, disse. Outro serviços gerais, Jailton de Almeida, também trabalha na área nesta época do ano. “Quando chega a época da safra, trabalhamos mais de terreireiro.

Senar orienta plantadores de tomate no uso de agrotóxicos em Paraíso

Nova Resende incentiva o uso de compostagem em praças públicas

Dez trabalhadores rurais da Comunidade Santana, em São Sebastião do Paraíso (MG), que atuam em plantações de tomate, concluiram no final do mês de abril, um curso gratuito sobre “Aplicação de Agrotóxicos”. O treinamento orientou os participantes na utilização correta desses produtos químicos muito usados nas lavouras de tomate. O curso foi realizado pelo Senar-Minas, em parceria com a Cooparaiso - Cooperativa Regional dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso;, com a Acissp - Associação Comercial e Industrial de São Sebastião do Paraíso e com a Fazenda União, local onde foram realizadas as aulas. O instrutor Emerson Tinoco da Silveira explica que, na teoria e na prática, os participantes obtêm informações sobre classificação, toxicologia e cuidados de aplicação do agrotóxico, lavagem e destinação correta de embalagens, mecanismos de funcionamento do aparelho, técnicas de pulverização e primeiros socorros.

No início do mês de abril, o Sindicato dos Produtores Rurais e a Prefeitura de Nova Resende (MG) realizaram o curso “Formação de Jardineiro”. O agrônomo Cleyton Artur Ferreira de Moraes, instrutor do Senar-MG informou que pretende incentivar o uso de composto orgânico proveniente da Usina de Compostagem de Nova Resende nas praças públicas do município. Nova Resende já possui uma Usina de Compostagem e realiza coletiva seletiva do lixo. O instrutor Cleyton observou a característica da cidade e está incentivando o destino dos detritos orgânicos nas oito praças públicas que o município possui. “O lixo orgânico é separado pelos moradores e direcionado para a compostagem, que pode ser usada nas praças para enriquecer o solo, melhorando sua estrutura física. Além de ser uma economia para o município”, disse o agrônomo que atua na área de jardinagem há 16 anos.

Capitólio realiza curso de piscicultura

Formiga realiza curso de suinocultura

Pescadores e criadores de peixes do município de Capitólio (MG) participaram no final do mês de abril de um curso de “Piscicultura”, realizado gratuitamente pelo Senar-Minas em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais de Capitólio. O instrutor do treinamento, Alexandre Rodrigues Silva, explica que o curso objetiva capacitar o produtor, aperfeiçoando técnicas na produção de peixes. “Capitólio está próximo à represa de Furnas e facilita o desenvolvimento da piscicultura. É um fator agregado aos participantes que têm uma fartura grande de água, atraindo um público seleto”, afirmou. Ele observou que no município já existe a criação de peixes com uso de tanque-rede. “É uma tecnologia excelente, produtiva e que poderia ser muito mais utilizada na região”, disse Silva. No curso, são vistos temas como a construção de tanques, diagnóstico e tratamento de doenças, além de análise da água e processamento do produto.

Proprietários de granjas de Formiga (MG) receberam treinamento gratuito para melhorar sua criação e produção de suínos no curso de “Suinocultura”. Este é o primeiro evento deste tipo na Regional Passos (MG), atendendo a 10 produtores da Comunidade de Rodrigues, zona rural de Formiga. A parceria é do Sindicato dos Produtores Rurais de Formiga. “Nosso objetivo foi o de aperfeiçoar conhecimentos e habilidades relacionadas à produção de suínos, aumentando a renda do produtor e ampliando sua criação”, disse o instrutor Marco Antonio Gomes Ramiro, tecnólogo em administração rural. Os produtores obtiveram na teoria informações sobre administração e organização de granjas, controle de doenças, manejos reprodutivo, alimentício e sanitário do animal. Já na prática, fabricaram rações seguindo orientações técnicas e de higiene observando normas de segurança, além do uso de equipamentos de segurança e criação dos suínos.


COOXUPÉ - UNIDADE DEMONSTRATIVA DE CAFÉ dia 8. Cooxupé. Fazenda Sertãozinho (Elza Vieira Garcia). Campestre (MG). INF. Depto. Assist. Técnica. Site: www.cooxupe. com.br

CRIOPRESERVAÇÃO DE SEMEN E EXAME ANDROLÓGICO dias 17 a 19. Biotran. Alfenas (MG). INF. (35) 3291-4762. Email: biotran@biotran.com.br

COOXUPÉ - UNIDADE DEMONSTRATIVA DE CAFÉ dia 9. Cooxupé. Fazenda Arcos São João (Cláudio Aparecido Silvoni). Coromandel (MG). INF. Depto. Assist. Técnica. Site: www.cooxupe. com.br COOXUPÉ Aplicação Fungicidas Pós-Colheita, controle ferrugem dia 9. Cooxupé. Fazenda Édios Flausino. Alfenas (MG). INF. Depto. Assist. Técnica. Site: www.cooxupe. com.br CURSO ULTRA-SONOGRAFIA NA REPRODUÇÃO EM BOVINOS dias 10 a 12. Biotran. Alfenas (MG). INF. (35) 3291-4762. Email: biotran@biotran.com.br GESTÃO DE CUSTOS EM MÁQUINAS AGRÍCOLAS dia 15. IAC. Centro de Engenharia e Automação. Jundiaí (SP). INF. www.iac.sp.gov.br

EXPOAL - EXPOSIÇÃO AGROP. COM. IND. ALFENAS dia 17 a 20. Parque de Exposições. Alfenas (MG). INF. (35) 3291-1174. agronegocios@ artefinal.com.br COOXUPÉ - UNIDADE DEMONSTRATIVA DE CAFÉ dia 18. Cooxupé. Fazenda Velha (Jair Luiz Silva). São Pedro União (MG). INF. (35) 3554-1300 - Site: www.cooxupe. com.br

12º CURSO DE PLANEJAMENTO TÉCNICO-ECONÔMICO DA EXPLORAÇÃO GADO DE CORTE dias 22 a 24. ESALQ. Piracicaba (SP). INF. (19) 3417-6604. Email: cdt@fealq.org.br

TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES EM BOVINOS dias 22 a 26. Biotran. Alfenas (MG). INF. (35) 3291-4762. Email: biotran@biotran.com.br

Cocapec estará presente no ‘Café: do Sabor ao Valor’ O evento visa dar subsídios a profissionais da área, empresários e produtores sobre o mercado atual do café, perspectivas futuras, como agregar valor a produção e gerar renda no setor, dentro e fora da propriedade rural. O evento contará com palestras e debates sobre diversos assuntos. A Cocapec será representada pelo Engº Agrº Anselmo Magno de Paula, que abordará o assunto “Segmentação da Cadeia do Café” e, posteriormente, participará do painel de discussão no período da tarde. Além dele, o evento ainda contará com os seguintes profissionais: Dr. Celso Luiz Vegro (IEA/Apta), Engº Agrº Otávio Dezem Bertozzi

(Coopercitrus), Engº Agrº Juan Gimenes (Syngenta), Drª Maria Sylvia Macchione Saes (USP), Engº Agrº Julio Ajudarte (Cheminova), Dr. Luiz Dinnouti (Bayer), Dr. Sérgio Parreiras Pereira (IAC/Apta) e Dr. Paulo Mazzafera (IB/ Unicamp). O evento ‘Café: do Sabor ao Valor’ está sendo organizado pela Apta-Regional Centro Leste, em Ribeirão Preto (SP), sob a coordenação do Dr. José Roberto Scarpelini e das Drªs Sally Ferreira Blat e Carla Lea Cruz. Será realizado no dia 24 de maio, na sede da Aeaarp Associação dos Engº, Arquitetos e Agrônomos de Ribeirão Preto. Informações no site: www.infobibos.com /cafe/ cafe.asp.

PÓS-GRADUAÇÃO EM PECUÁRIA LEITEIRA dia 24/05/2007 a 26/04/2008. ReHAgro. Passos (MG). INF. (31) 3264-0312. Site: www.rehagro. com.br Email: rehagro@rehagro. com.br COOXUPÉ - UNIDADE DEMONSTRATIVA DE CAFÉ dia 24. Cooxupé. Fazenda Onça (Ricardo Grassano). Monte Santo de Minas (MG). INF. Depto. Assist. Técnica. Site: www.cooxupe. com.br 3º SIMPÓSIO DE ENFERMIDADES DE CAPRINOS E OVINOS dias 24 a 25. Instituto Biológico. São Paulo (SP). INF. (11) 5087-1773 Site: www.biologico.sp.gov.br Email: marisvc@biologico.sp. gov.br CURSO CUSTO PRODUÇÃO E ANÁLISE RENTABILIDADE DO GADO DE CORTE dia 26. FAEPE- Lavras (MG). INF. (35) 3829-1809. Email: cursospresenciais@ufla. br

COOXUPÉ - PALESTRA HORTALIÇAS dia 5. Cooxupé e EAFMUZ. São José do Rio Pardo (SP). INF. Depto. Assist. Técnica. (19) 36827000. Site: www.cooxupe. com.br 41ª FAPI dias 07 a 17. Sindicato Rural. Ourinhos (SP). INF.(14) 3322-6411 www.fapiourinhos.com.br 4º LEILÃO DE GADO MISTO dia 10. Buritizinho. Renda para Hospital Allan Kardec. São José Bela Vista (SP). INF. c/ Fernando Cury (16) 9969-7356. CURSO PRODUÇÃO ORQUÍDEAS dia 11 a 16. Sindicato Rural. Cristais Paulista (SP). INF. Casa Agricultura de Cristais Pta. Tel. (16) 3133-1124

63º LEILÃO BOVINOS ESALQ dia 26. ESALQ - Piracicaba (SP). INF. (19) 3429-4134. Email: alicia@esalq.usp.br

14ª HORTITEC dias 13 a 16. RBB Promoções e Eventos. Holambra (SP). INF.(19) 3802-4196. www.hortitec.com.br

VISITA TÉCNICA, LEITE E HORTICULTURA ORGÂNICOS dia 26. AAO. Fazenda Sula Serra Negra (SP). INF. (11) 3875-2625. Site: www.aao.org.br

11ª FEICORTE dias 19 a 23. Centro de Exposições Imigrantes. São Paulo (SP). INF.(11) 5067-6767. www.feicorte.com.br

3ª SuperAgro Minas 2007 reforça perfil de negócios A SuperAgro Minas 2007 - marcada para o período de 28 de maio a 3 de junho no complexo Parque da Gameleira/Expominas, em Belo Horizonte (MG), prepara sua terceira edição confirmando o perfil de uma das mais importantes feiras de negócio nas áreas rural e agroindustrial de Minas Gerais. Organizada pela Faemg Federação de Agricultura do Estado de Minas Gerais, pelo IMA - Instituto Mineiro de Agropecuária, a feira espera ter o mesmo sucesso das edições anteriores, em volume de negócios e de público visitante - que chegou a 150 mil pessoas em 2006. A SuperAgro reúne diversos segmentos do agronegó-

cio mineiro, com mostra de produtos, equipamentos, insumos, novas tecnologias e serviços de suporte à atividade rural. Terá ainda eventos técnicos com a realização de palestras, congressos, seminários. Uma das novidades da nova edição é a participação dos segmentos da apicultura e floricultura. A SuperAgro terá dois eventos-âncora: a 47ª. Exposição Estadual Agropecuária e a 10ª. Expocachaça. Além deles, teremos ainda a participação dos seguintes setores: Apicultura, Cafeitultura, Floricultura, Fruticultura e Laticínios. Maiores Informações no site: www.superagro.ima.mg. gov.br/.

R E V I S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS

COOXUPÉ - UNIDADE DEMONSTRATIVA DE CAFÉ dia 15. Cooxupé. Posto Araucário. Guaxupé (MG). INF. Depto. Assist. Técnica. Site: www.cooxupe. com.br

27 Maio de 2007

CURSO MINHOCULTURA E COMPOSTAGEM (AAO) dia 6. AAO. Minhocário do Parque da Água Branca. São Paulo (SP). INF. (11) 3875-2625. Site: www.aao.org.br.

COOXUPÉ - PALESTRA HORTALIÇAS dia 29. Cooxupé e EAFMUZ. São José do Rio Pardo (SP). INF. Depto. Assist. Técnica. (19) 36827000. Site: www.cooxupe. com.br


Maio de 2007

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R E V I S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS


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