Edição 35 - Revista de Agronegócios - Junho/2009

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1 Revista Attalea庐 Agroneg贸cios - Jun 2009 -


Attalea

F U N D A Ç Ã O EDUCACIONAL

A 2ª MELHOR FACULDADE PARTICULAR DO BRASIL

Hospital Veterinário

2

Biblioteca

Professores Capacitados

AGRONOMIA MED. VETERINÁRIA

Complexo Laboratorial

PROCESSO SELETIVO JULHO 2009

Revista Attalea® Agronegócios - Jun 2009 -

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU É NA FAFRAM

Turma de Agroindústria Canavieira no IAC Ribeirão Preto

Turma de Georeferenciamento em trabalho de campo em Ituverava

• • • •

Agronegócio e Desenvolvimento Sustentável Produção Agropecuária e Comercialização Educação Ambiental e Responsabilidade Social Geoprocessamento e Georeferenciamento de Imóveis Urbanos e Rurais • Certificação e Rastreabilidade de Produtos Agropecuários

CORPO DOCENTE ESPECIALIZADO (IAC, ESALQ/USP, IEA, UNESP, FAFRAM/FE, FFLC/FE) AULAS QUINZENAIS

Turma de Agroindústria Canavieira na Usina São Martinho

• Agroindústria Canavieira • Agroenergia e Sustentabilidade • Engenharia e Segurança do Trabalho • Direito Empresarial Agroambiental • Desenvolvimento de WEB com Aplicações em Banco de Dados • Redes de Computadores: Implantação/Administração

DESCONTOS ESPECIAIS PARA EX-ALUNOS, ASSOCIADOS DE EMPRESAS E INSTITUIÇÕES CONVENIADAS DURAÇÃO 12 MESES LETIVOS

MATRÍCULAS ABERTAS


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Governo Federal sem política cafeeira E D I T O R I A L

O grande destaque desta edição é, sem dúvida alguma, o movimento encabeçado por cafeicultores e entidades representativas do setor que exige a saída de Manoel Bertone, secretário de Produção e Energia, do MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A Revista Attalea Agronegócios se mostra partididária das reclamações de todas as entidades que assinaram o Manifesto SAI-Bertone SAI-Bertone. É inadmissível que as reclamações dos cafeicultores - principalmente após o Movimento SOS Cafeicultura Cafeicultura, que originou a Carta de Varginha - não foram levadas à sério pelo governo federal. Reconhecemos, também, o posicionamento do deputado federal Carlos Melles e das cinco cooperativas que assinaram um

documento a favor da permanência de Bertone. “Seria um tiro no pé”, como bem disse Melles. Destaque também para a EXPOCAFÉ 2009, brilhantemente organizada pela UFLA e que se realiza nesta segunda quinzena de junho, em Três Pontas (MG). A utilização de insumos orgânicos na cultura do café na região de Franca (SP) é tema de capa desta edição. Em um trabalho muito bem organizado pela Korin, Casa das Sementes, Monte Alegre Soluções Agrícola e o cafeicultor Toninho David. A edição deste mês também está ‘recheada’ de informações sobre os inúmeros eventos realizados em março e início de junho em vários municípios paulistas e mineiros. Até mais. Boa leitura!

A REGIÃO EM FATOS E IMAGENS 4

A Revista Attalea Agronegócios, registrada no Registro de Marcas e Patentes do INPI, é uma publicação mensal da Editora Attalea Revista de Agronegócios Ltda., com distribuição gratuita a produtores rurais, empresários e profissionais do setor de agronegócios, atingindo 85 municípios das regiões da Alta Mogiana, Sul e Sudoeste de Minas Gerais. EDITORA ATTALEA REVISTA DE AGRONEGÓCIOS LTDA. CNPJ nº 07.816.669/0001-03 Inscr. Municipal 44.024-8 R. Profª Amália Pimentel, 2394, Tel. (16) 3403-4992 São José - Franca (SP) CEP: 14.403-440

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DIRETORA COMERCIAL e PUBLICIDADE Adriana Dias (16) 9967-2486 adrianadias@netsite.com.br CONTABILIDADE

Escritório Contábil Labor R. Maestro Tristão, nº 711, Higienópolis - Franca (SP) Tel (16) 3406-3256 CTP E IMPRESSÃO Cristal Gráfica e Editora R. Padre Anchieta, 1208, Centro Franca (SP) - Tel. (16) 3711-0200 www.graficacristal.com.br ASSESSORIA JURÍDICA Raquel Aparecida Marques OAB/SP 140.385

Em foto de 1981, no gramado do Parque de Exposições “Fernando Costa”, em Franca (SP), a Jacto . Da esquerda para a direita: Sr. Kashima, engº agrônomo da Jacto; Engº agrônomo José Maria Jorge Sebastião, ex-funcionário da CATI e do IBC - Instituto Brasileiro do Café em Marília (SP) e assessor da Jacto. A terceira pessoa não foi identificada (quem souber pode contribuir com esta coluna); Drº Fábio de Salles Meirelles, presidente da FAESP; Sr. Nishimura, fundador da Jacto; Sr. Bernardino Pucci, então presidente do Sindicato Rural de Franca. A última pessoa também não foi identificada. Agradecimentos ao Engº Agrº Albino Rochetti, que localizou a foto em sua visita ao museu da Jacto, em Pompéia (SP); bem como ao Armando Carlos Maran, Gerente Regional de Vendas da Jacto e do Sr. Alberto Issamu Honda, diretor-executivo da Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia. ENVIEM-NOS FOTOS SOBRE O TEMA “AGRONEGÓCIOS”, DAS REGIÕES DA ALTA MOGIANA OU SUDOESTE MINEIRO, MANDE-NOS PARA PUBLICARMOS NESTA SEÇÃO.

É PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTAL DE QUALQUER FORMA, INCLUINDO OS MEIOS ELETRÔNICOS, SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO EDITOR. Os artigos técnicos, as opiniões e os conceitos emitidos em matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, não traduzindo necessariamente a opinião da REVISTA ATTALEA AGRONEGÓCIOS.

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Lançado pelo governo federal em julho de 2008, o Programa Mais Alimentos superou as expectativas, beneficiando diretamente produtores rurais e empresas produtoras de máquinas agrícolas. Indiretamente, o programa contribuiu para o aumento (ou manutenção) de empregos na indústria, bem como o incremento na produção de alimentos. Com meta de comercializar 60 mil tratores e 300 mil máquinas e implementos agrícolas até 2010, o Mais Alimentos se transformou, em pouco tempo, num excelente negócio. Excelente para o produtor rural, que obtém até 17,5% de descontos nos preços de tratores, máquinas e implementos agrícolas, com taxa de juros de 2% ao ano, 3 anos de carência e 10 anos para pagamento; sendo que o limite individual para financiamento é de até R$ 100 mil. Mas também para as empresas, que viram-se incentivadas

FOTO: Agritech

Trator da marca Yanmar-Agritech é sucesso de vendas no ‘Programa Mais Alimentos’

à ampliar a produção de tratores, graças ao grande número de pedidos verificados desde o final do ano passado. “O Mais Alimentos está sendo um sucesso. Só aqui na região de Paraíso, já vendemos mais de 30 tratores YanmarAgritech”, atesta Alves, gerente da filial da Sami Máquinas Agrícolas Agrícolas, em São Sebastião do Paraíso (MG).

Mas não é apenas em Minas. Além dos tratores vendidos na região de Paraíso, a Sami Máquinas Agrícolas totaliza em quase 72 tratores vendidos através do Mais Alimentos em suas duas lojas. “É gratificante para nós participarmos ativamente do desenvolvimento das lavouras da região, sempre proporcionando aos agricultores um trator de altíssima qualidade e com preços acessíveis”, diz, entusiasmado, Sami El Jurdi. Segundo Nelson Okuda Watanabe, gerente de vendas da Yanmar-Agritech, “somos a empresa recordista do Mais Alimentos e do Pró-Trator porque nossa linha é completa e atende todas as necessidades dos agricultores familiares”. A Agritech é a única empresa no mercado agrícola que possui a linha completa de tratores, microtratores e implementos considerados aptos a serem contemplados pelo Mais Alimentos Alimentos, finaliza.

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FOTOS: Oimasa - Divulgação

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Oimasa Franca entrega 4 tratores do Programa Pró-Trator

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José Eurípedes Rodrigues e seu filho Flávio (Sítio Estreito São José, em Cristais Paulista/SP) adquiriram um trator Massey Ferguson MF-250.

O vendedor Zeca entrega um trator Massey Ferguson MF 275 ao Sr. Luis Eduardo Moehlecke, do Sítio Nossa Senhora Aparecida, município de Patrocínio Paulista (SP).

Paulo Alves de Castro (direita), da Fazenda Palmital, município de São José da Bela Vista (SP), adquiriu um trator Massey Ferguson MF-275, entregue pelo vendedor Zeca.

Pedro entrega mais um trator MF 250 pelo Programa Pró Trator. O cliente foi Willian Ochi Bertanha e o trator um Massey Ferguson MF-250.


Eucaliptos podem ser fonte de energia limpa FOTO: Editora Attalea

A Europa está voltando a ser cada dia mais dependente de importações de energias fósseis da Rússia, Meio Oriente e África, e ao mesmo tempo quer reduzir suas emissões de gases poluentes. Uma das estratégias é aumentar a parte de bioenergias na matriz energética da União Européia. Pensando neste contexto, o pesquisador holandês Arno van den Bos esteve visitando a Floresta “Estadual Edmundo Navarro de Andrade”, em Rio Claro (SP). A passagem por aqui serviu para que Arno conhecesse melhor os primeiros dados de produção comercial, assim como informações sobre as pesquisas realizadas para obter os melhoramentos. Arno van den Bos é estudante de Mestrado na Universidade de Utrecht, na Holanda, no programa Energy Science. Sua dissertação é intitulada Improvements and technological “Improvements learning in Brazilian Eucalyptus production production”, supervisionado pelos Prof. Arnaldo Walter (Unicamp, NIPE) e Prof. Laercio Couto (Renabio/University of Toronto). Além do Horto de Rio Claro, o pesquisador já visitou a engenharia florestal da Universidade Federal do Paraná. Estava na agenda ainda visitas na ESALQ e IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais), em Piracicaba (SP), e na SBS - Sociedade Brasileira de Silvicultura, em São Paulo, entre outras indústrias de celulose, papel, siderurgia e madeira sólida. “O conceito de etanol celulósico já existe há pelo menos 30 anos, mas a aplicação da curva de experiência sobre a produção de eucalipto é um conceito totalmente novo”, explica Arno. Questionado se o eucalipto seria uma resposta ao etanol brasileiro, derivado da cana-de-açúcar, Arno responde que a União Européia não despreza nenhuma possibilidade de geração de energia limpa e barata. A produção de eucalipto, porém, ainda enfrenta desafios. “O clima de Europa não é ótimo para o eucalipto. Existem plantações de eucalipto em Portugal e Espanha para papel e celulose, mas têm pouco potencial para ampliar a produção. Países como Ucrânia e Rússia têm mais potencial para biomassa para energia, mas o eucalipto não é ideal para as condições climáticas. Países como Suécia e Finlândia já têm muita experiência

com árvores nativas para energia e por isso têm tecnologias avançadas de conversão para etanol celulósico”, comenta o cientista. “Segundo pesquisadores da ESALQ a composição da casca do eucalipto é mais favorável do que o bagaço da cana em termos de açúcares fermentáveis”. Durante visita oficial ao Brasil em

março, o premier da Holanda, Jan Peter Balkenende, esteve na Esalq com o objetivo de estreitar os laços de cooperação entre os dois países no desenvolvimento de tecnologia de biocombustíveis. Diplomático, Balkenende disse: “A maior questão, entretanto, é a garantia da sustentabilidade. Será que a primeira geração dos biocombustíveis não faria uma espécie de concorrência com a produção de alimentos?”, questiona. O primeiro-ministro lembra que a Europa já sabe da eficácia da mistura do etanol à gasolina. “A sustentabilidade (do álcool ecológico) é vital”, salienta. Na prática, os europeus querem que o Brasil mostre, com fatos e iniciativas, o que vem fazendo para disseminar o etanol sem prejuízo do meio ambiente e tampouco do possível comprometimento da agricultura.

S I L V I C U L T U R A

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EXPOCAFÉ 2009

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Café com Responsabilidade Social

Durante os próximos dias 17, 18 e 19 de junho as atenções dos mercados cafeeiros nacional e internacional se voltam para a EXPOCAFÉ 2009 2009, que propõe em sua 12ª edição, novidades nas dinâmicas de campo, demonstrativos de defensivos e produtos modernos para a lavoura do café. Conta com 250 estandes, plots e quiosques e espera um público de 45 mil visitantes nos três dias. Essa tendência de crescimento da feira, que acontece na Fazenda Experimental da EPAMIG, na cidade de Três Pontas (MG), aponta para que sejam realizados negócios acima de R$ 250 milhões, contando com a importante parceria do SEBRAE/Minas. A EXPOCAFÉ é a única feira de exposição do Agronegócio Café registrada no Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras, uma seleção das principais feiras e exposições do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior de 2009.

A abertura da feira, no dia 17 de junho está prevista entre 10h e 11h, num pavilhão devidamente preparado para a solenidade. Em seguida, os presentes irão apreciar a palestra “Tendências em sistemas e soluções de TI para redução de custos e aumento de lucratividade no agronegócio”, com o palestrante Dr. Oscar Burd, Diretor Comercial da FórumAccess. Outra palestra, também de grande importância para todos, está prevista para 14h às 15h, com Dr. Argileu Martins da Silva – Diretor da DATER – Secretário Adjunto da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, com o tema “ As políticas públicas para agricultura familiar”. O Dr. Oscar Burd fará outra palestra entre 14h às 15h do dia 18 com o tema: “Operações de trocas: como maximizar resultados e minimizar riscos usando a informática”. FOTOS: Editora Attalea

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No terceiro dia da feira, entre 10h e 11h, haverá uma palestra com o tema “Não morra na crise! Estratégias para vencer este e outros desafios”, com o Prof. Dr. Ronaldo Negromonte Lima Publicitário e Consultor do SEBRAE. Á tarde, o palestrante Dr. Oscar Brud brinda a todos com o tema “Cockpit – como controlar o seu negócio de um modo simples e efetivo”. A Rodada de Negócios do SEBRAE/ MG, sob a direção de Juliano Cornélio acontecerá nos dias 18 e 19 de junho e duplicou a área do estande, apresentando a tradicional movimentação comercial dos produtos, insumos e debates sobre as oportunidades do agronegócio café. Na edição anterior o SEBRAE/MG realizou acima de R$ 70 milhões em negócios. CARAVANAS e PÚBLICO - A cada edição aumenta o número de visitantes de outros estados e regiões, o


NOVIDADES - Novos pavilhões foram criados para receber os novos expositores, uma vez que no final da edição anterior, a EXPOCAFÉ já havia sido totalmente reservada para 2009. que pela primeira vez trará um projeto diferenciado, com uma Pista de Quadriciclos, exposição inédita da Honda. A área de piscicultura, lançada como incentivo ao aproveitamento dos recursos naturais das propriedades agradou substancialmente aos visitantes, agricultores e expositores e recebeu ampliação da área. Na edição anterior, outro momento da EXPOCAFÉ que despertou o interesse dos presentes, também agora recebeu mais espaço para a exposição de gado premiado, como bovinos leiteiros e de corte, caprinos, eqüinos e outros. A Metalúrgica TRAPP produz uma ampla gama de produtos: cortadores de grama manuais, elétricos e a gasolina, roçadeiras, aparadores, trituradores, trituradores orgânicos, pulverizadores, debulhadores de milho, ensiladeiras/ picadeiras, aparadores de cervas-vivas e uma completa linha de ferramentas e acessórios para jardinagem e nesta edição da EXPOCAFÉ EXPOCAFÉ, deverá ocupar uma área próximo a 600m², trazendo uma infinidade de novidades do ramo. A New Holland lançou recentemente em solenidade no Sicepot – Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de Minas Gerais, em Belo Horizonte, a campanha que tem como proposta incrementar as vendas das linhas

FOTO: Editora Attalea

que vem proporcionando aumento nas áreas de estacionamento, segurança e infra-estrutura, com mais banheiros, facilidade de telefonia e equipe de atendimento. A previsão é de que cerca de 45 mil pessoas visitem a feira.

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de escavadeiras e minicarregadeiras importadas. A promoção oferece preços e taxas diferenciados ao mercado de construções e as máquinas podem ser faturadas direto da fábrica e contar com toda a assistência do concessionário New Holland e do Banco CNH. A promoção Demolição está disponível em toda a rede de concessionários New Holland e o visitante poderá apreciar e adquirir essas máquinas na EXPOCAFÉ 2009 2009. Outra novidade que certamente chamará atenção do público é a aquisição de oito estandes, pela tradicional parceira da EXPOCAFÉ EXPOCAFÉ, a Syngenta, uma das líderes mundiais na área de agribusiness, comprometida com a agricultura sustentável por meio de inovação em pesquisa e tecnologia. Alguns expositores chegam pela primeira vez na EXPOCAFÉ e são bem-vindos. Como a Zelão Indústria Calçadista, um dos líderes do mercado calçadistas; a Semeato, uma das maiores e mais reconhecida empresa do setor de máquinas agrícolas do mundo; e a tradicional Baldan, empresa de implementos agrícolas do interior de São Paulo.

ADUBOS, SEMENTES, DEFENSIVOS; ELABORAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE PROJETOS DE IRRIGAÇÃO; ASSISTÊNCIA TÉCNICA ESPECIALIZADA

DELICIAS DO CAFÉ - Como nas feiras anteriores, o visitante poderá saborear inúmeras iguarias voltadas ao saboroso café, oferecido em todos os estandes. O presidente da EXPOCAFÉ EXPOCAFÉ, professor Nilson Salvador que há 12 anos dirige a feira, conta com uma diretoria unida e coesa nas decisões. “A EXPOCAFÉ vem fazendo jus ao título que adquiriu ao longo desses anos, como a maior feira do agronegócio café, atraindo a cada ano novos parceiros, novos expositores, o que resulta num trabalho prazeroso e gratificante”, afirma o presidente. A EXPOCAFÉ é uma promoção da UFLA- Universidade Federal de Lavras e conta com os patrocinadores: Banco do Brasil, Ministério do Desenvolvimento Agrário, CNPq, Cocatrel e Unicoop, além de vários apoiadores como a Prefeitura de Três Pontas; Epamig, Fundecc, Emater/MG, IMA, CREA e outros. INFORMAÇÕES:-www.expocafe. com.br ou pelos telefones (35) 3829.1674 ou 3829. 1466. (Fonte: ASCOM - Dora Macêdo (35) 8401.9196)

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3720-2323 - 3720-2141 R. Elias Abrão, 110, São Joaquim - Franca (SP)


FOTOS: Campagro - Divulgação

Produtores de Ibiraci (MG) comprovam eficiência da Solução Integrada BASF e os Benefícios AgCelence na Cultura do Café C A F É

Renato Pádua explica a ação dos produtos BASF.

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No final do mês de maio, dezenas de produtores e consultores participaram do Dia de Campo idealizado pela BASF, COMPO e CAMPAGRO - revenda de produtos e insumos agrícolas, filial de Franca (SP), comandada pelo gerente José de Alencar e equipe. O evento foi realizado na Fazenda Boa Vista, município de Ibirací (MG), de propriedade de João Rodrigues de Andrade, e teve por objetivo apresentar os resultados dos tratamentos com os produtos da COMPO DO BRASIL e da BASF, como por exemplo, demonstrar in loco o alto desempenho do programa AgCelence AgCelence. “Queríamos mostrar aos produtores a questão do aumento de produtividade e qualidade do produto final quando utilizados os produtos da BASF para controle fitos-sanitário”, informa Renato Pádua Duar-te,

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Wilson Aguiar apresenta o portifólio da COMPO.

engenheiro agrônomo e responsável técnico de vendas da BASF na região. Segundo ele, “os produtos BASF fornecem um algo a mais as culturas que são os benefícios AgCelence proporcionando ao cafeeiro, além do controle de doenças, benefícios evidentes na lavoura”. Tudo foi comprovado visivelmente pelos participantes através do tratamento realizado na propriedade. “Isso porque o proprietário dessa fazenda seguiu as recomendações da BASF”, ressalta Renato. Além de palestra, os organizadores responderam aos principais questionamentos dos produtores, além da apresentação dos novos produtos como Tutor, a base de Hidróxido de Cobre, lançado este ano pela empresa. No estande da COMPO os produtores tiveram a oportunidade de conhe-

cer todos os produtos da empresa para a cultura do café. “E também de aprimorar seus conhecimentos perante a importância de fazer análise foliar anualmente, visando obter o má¡ximo de aproveitamento da adubação foliar, colocando o nutriente certo e na hora certa para, com isso, conseguir uma maior produtividade”, explica Wilson Aguiar Junior, engenheiro agrônomo da empresa. Os participantes comprovaram, ainda, a eficiência e os benefícios dos nutrientes quelatizados comparados com os não-quelatizados. O QUE É AgCelence - Renato Pádua explica que AgCelence é a junção das palavras “Agricultura e Excelência”, ou seja, plantas mais verdes, mais saudáveis e produtivas. É a nova marca mundial da BASF para o conceito de Efeitos Fisiológicos positivos que ocorrem nas plantas após a aplicação de fungicidas da Família F500 (como o Opera, Cantus, Comet e outros) e do inseticida Standak. “É a solução inovadora da BASF que maximiza o lucro do produtor. É algo além da proteção de cultivos. Pesquisas realizadas por uma equipe mundial de cientistas da empresa, em parceria com universidades e entidades de pesquisa, entre elas a ESALQ - USP de Piracicaba (SP), UNESP de Botucatu (SP), UPF de Passo Fundo (RS), comprovam que a aplicação de fungicidas da Família F500 influencia positivamente a fisiologia das plantas, contribuindo para o aumento médio de 10% a 15% da produtividade das culturas”, afirma Renato Pádua.


Demorou muito tempo, mas a cafeicultura da Alta Mogiana mostrou o seu potencial em um grande evento. O 1º SIMCAFÉ - Simpósio do Agronegócio Café da Alta Mogiana, ocorreu nos dias 27 e 28 de maio e foi organizado pela COCAPEC - Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas de Franca (SP). Reuniu mais de 40 empresas expositoras da cadeia produtiva do café e contabilizou um público de mais de 2 mil pessoas nos dois dias de evento. Cafeicultores, técnicos e profissionais que trabalham no setor puderam conferir a evolução do Agronegócio Café na região, bem como ampliar conhecimentos em gestão, manejo e planejamento das propriedades cafeeiras, focando especialmente o Café da Alta Mogiana. Após a abertura oficial, foi realizada a primeira palestra do simpósio. Saulo de Carvalho Faleiros, engenheiro agrônomo da COCAPEC falou sobre “A Evolução do Agronegócio Café na Alta Mogiana”. Em seguida acnteceu um show de entretenimento e um coquetel servido aos participantes. Na quinta-feira, segundo dia do evento, aconteceu a segunda palestra, com o prof. Dr. José Laércio Favarin, da Esalq/USP de Piracicaba, sobre “Gestão e Manejo da Adubação e Nutrição do Cafeeiro”. Em seguida, ocorreu a palestra sobre “Gestão e Planejamento da Pro-priedade Cafeeira”, dirigida pelo prof. Dr. Ricardo de Souza Sette, da UFLA de Lavras (MG).

FOTOS: Editora Attalea

1º SIMCAFÉ é sucesso e Cocapec mostra a força da cafeicultura da Alta Mogiana

Maurício Miarelli, presidente ladeado por representantes da Sindicato Rural de Franca.;

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da Cocapec, promoveu a abertura, cooperativa, Credicocapec, Sebrae e

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No período da tarde, o prof. Uriel A. S. Rotta, do Centro de Conhecimento em Agronegócios sobre “Gestão

Financeira e Mercadológica” e em seguida palestra do prof. Dr. Fábio Moreira da Silva da Ufla de Lavras


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Considerada uma das principais regiões produtoras de cafés de qualidade do país, a Alta Mogiana abriga 2.483 propriedades produtoras de café, ocupando uma área de 50.174,3 hectares. Nesta área, prevalece o manejo convencional, que utiliza a mecanização e a grande quantidade de adubos químicos e defensivos. Considerada por alguns cafeicultores e por alguns consultores como “prática prejudicial ao meio ambiente”, o manejo convencional enfrenta atualmente um grande desafio: o alto custo de produção frente ao baixo preço da saca de café. Buscando alternativas para reduzir seus custos de produção, cafeicultores da região estão testando insumos orgânicos indicados para a cultura. O cafeicultor Antônio David é um deles. Sua propriedade está situada na

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Cafeicultor francano reduz custo de produção de café utilizando Bokashi

O cafeicultor Toninho David e Leonardo Pera, consultor Korin.

Catuaí-99 com 18 meses, sem insumos Nutri Bokashi (esquerda) e com insumos Nutri-BOKASHI (direita).

Toninho David e lavoura de Mundo Novo LC (2ª safra sequeiro).

Solo sem (esquerda) e com (direita) Nutri Bokashi

Adubos, Sementes, Defensivos, Projetos de Irrigação Todo Material e Equipamento para a Colheita de Café

A MÃO AMIGA DO PRODUTOR RURAL

LOJA MATRIZ Rua Francisco Marques, 566 Tel (16) 3721-3113 FRANCA (SP)

LOJA FILIAL Rua Av. Santos Dumont, 232 Tel (16) 3723-3113 FRANCA (SP)


FOTOS: Editora Attalea

Solos equilibrados nutricionalmente abrigam plantas mais sadias, equilibradas nutricionalmente, com maior uniformidadade de maturação e com baixa incidência de pragas e doenças.

rodovia que liga Franca (SP) a Ribeirão Corrente (SP). Seguindo as orientações dos consultores da Casa das Sementes – revendedora de insumos agrícolas de Franca (SP) – e de Leonardo Pera Gosuen, consultor da Korin – empresa brasileira, fundada em 1994, com visão empresarial baseada na filosofia e no método de Mokiti Okada, idealizador do movimento de Agricultura Natural –

Folhas e galhos de café em solo com Nutri Bokashi (esquerda) e sem Nutri Bokashi (direita), mostrando aspecto positivo do insumo na decomposição de restos de cultura.

Toninho David implantou em dezembro de 2007, em sua propriedade a Fazenda Santa Isabel, um experimento com café da variedade Catuaí Vermelho-99, utilizando insumos BOKASHI, em comparação com o manejo convencional. As mudas de café foram produzidas em tubetes pelo Viveiro Monte Alegre Alegre, garantindo bom desenvolvimento a uniformidade do lote plantado.

Segundo Leonardo, o Bokashi é um condicionador biológico que melhora a qualidade do solo, podendo ser um grande aliado para devolver nutrientes a solos empobrecidos, para qualquer tipo de cultura. A técnica do Bokashi é chegou ao Brasil há mais de 20 anos e é utilizada pelos tradicionais agricultores japoneses há milhares de anos. Os números do experimento com o BOKASHI estão descritos na Tabela 1

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FOTOS: Editora Attalea

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e quebram um paradigma de Tabela 1 - Resultado comparativos em uma lavoura de café de um ano e meio, utilizando manejo que a cultura do café necessita convencional e manejo com insumos Bokashi. Café Catuaí Vermelho-99, com plantio em dezembro de várias aplicações de ferti- de 2007. Avaliação a partir de dezembro de 2008. Tratamento Convencional Tratamento com Insumos KORIN lizantes e defensivos. O experimento demonstrou OPERAÇÃO OPERAÇÃO CUSTO/HA CUSTO/HA redução de até 35% no custo Nutri BOKASHI (100g/m² Adubo Foliar (micronutriente) R$ 140,00 de produção, através uma aplina linha de café - 571kg/ha) R$ 608,68 R$ 150,00 Fungicida Sistêmico (1 L/ha) cação combinada com praticas Fert-BOKASHI (3 aplicações Fungicida Sistêmico (100g/ha) R$ 38,00 mais ecológicas. “O resultado de 2 litros/ha) R$ 108,00 R$ 57,00 Cobre (3 kg/ha) Alto 100 (750ml/ha) R$ 52,50 R$ 52,50 Alto 100 (750 ml/ha) foi um solo mais saudável, conCobertura (Nitrato Amônia) Cobertura (Nitrato Amônia) sequentemente, uma planta 2 x 35g/pé café (285kg/ha) R$ 233,70 5 x 70g/pé café (1.428kg/ha) R$ 1.170,95 com um melhor equilíbrio nutricional, refletido em sua CUSTO TOTAL / HA R$ 1.002,88 R$ 1.468,45 CUSTO TOTAL / HA produtividade e resistência à 1 - Não contabilizado a aplicação de 8 litros de 2 - Não contabilizado a aplicação de 8 litros de doenças”, explica Leonardo esterco bovino por pé de café. palha de café por pé de café. Como proposta de mostrar estes resultados aos demais cafeicultores solo e a incrível manutenção da “Esta característica, além de gerar e consultores da região, a Casa das umidade”, explica Toninho David. nutrientes para a planta, contribui Sementes realizou um dia-de-campo Outro beneficio verificado foi a diretamente no controle do “Bicho no último dia 30 de maio, na Fazenda diferença entre as folhas secas e galhos Mineiro”, uma praga comum nos Santa Isabel. sobre o solo, entre os quais os da área cafezais e que necessita - para completar A avaliação dos cafeicultores e aplicada já se encontravam em um o em seu ciclo de vida - da existência de engenheiros agrônomos participantes processo de decomposição adiantada. folhas”, orienta Leonardo. foi unânime. Os resultados O experimento vem econômicos e a avaliação mostrar que o uso de novas visual são incomparáveis. práticas e tecnologias “A lavoura tratada com orgânicas podem ser insumos BOKASHI teve utilizadas pelos cafeicultores, maior produtividade que a buscando uma sustentabiconvencional mesmo com lidade ambiental e uma redução de 70% de sua econômica no setor cafeeiro. adubação química. Em A linha de insumos da relação a estrutura de solo, Korin promove essas mepode ser observado uma lhorias através de produtos considerável diferença na certificados 100% naturas. descompactação do solo Os interessados podem nesta área onde o BOKASHI encontrar os produtos da foi aplicado. Este fator linha BOKASHI na Casa das contribui sobremaneira Decomposição dos restos de cultura promovido pelos Sementes Sementes, em Franca (SP) com a permeabilidade do insumos BOKASHI nos pés de café do experimento da Fazenda Santa Isabel.

Observados por cafeicultores e consultores, Toninho David explica a Luis Cláudio (Cooperfran) as vantagens observadas após a aplicação dos insumos BOKASHI.

O cafeicultor Toninho David mostra a restruturação do solo na ‘saia’ das plantas, nas linhas de café que receberam a aplicação dos insumos BOKASHI.


Demonstração de aplicação aérea de Multisais agita a manhã de parceiros DEDEAGRO FOTO: Dedeagro

A DEDEAGRO promoveu, no Depois dessa apresentação, último dia 29 de Maio, na Fazenda foi feita a preparação do produCachoeira, propriedade do Sr. to Multisais, que consiste em Diogo Ribeiro da Luz, município uma fórmula composta de mide Cristais Paulista (SP), uma cronutrientes que atendem de demonstração de aplicação aérea forma eficaz as necessidades de do fertilizante foliar Multisais, da nutrição foliar do cafeeiro, gaMultitécnica. rantindo melhor pegamento de Cerca de 30 participantes ‘maflorada, maior crescimento de drugaram’ na fazenda, aonde ramos, maior retenção foliar e, foram recebidos com um café da conseqüentemente, maior manhã. Após a recepção, foram produtividade. todos levados à pista de pouso de Os convidados puderam aviões da fazenda, onde o Prof. conferir também o preparo da Dr. Wellington Pereira Alencar de Os calda do produto, e observaram engenheiros agrônomos João Dedemo Carvalho, da UFLA - Universidade (DEDEAGRO) e Iran Francisconi. sua fácil dissolução, sem entupiFederal de Lavras (MG), apresenmento de bicos viabilizando a tou o avião agrícola ao público. O equipamento utilizado foi melhor aplicação tanto aérea quanto terrestre. da Tangará Aero-Agrícola, empresa sediada em Orlândia (SP). Em seguida, todos puderam assistir os rasantes do avião agrícola na lavoura de café, que deixou surpresos até os viajantes que passavam pela Rodovia do Café, que liga Cristais Paulista (SP) a Jeriquara (SP). Os produtos Multisais são encontrados na DEDEAGRO, em Franca (SP). Foi realizado no mês de março deste ano, o Rally da Produtividade Dekalb Dekalb, organizado pelas empresas DEDEAGRO e Monsanto. Os participantes foram organizados em equipes que continham o piloto e o navegador. Foi um rally de regularidade, onde os participantes deveriam cumprir as estações nos tempos recomendados, sendo que perdiam 1 ponto para cada minuto de atraso, e 3 pontos para cada minuto de antecedência. Todos começavam o Rally com 1000 pontos. O trajeto passou por áreas de plantações de milho Dekalb dessecada com Roundup Ultra, lançamentos Dekalb (DKB175, DKB399) em ensaios E5 onde os participantes deveriam fazer as paradas. Durante as paradas, os agricultores puderam conferir a qualidade dos híbridos Dekald, fazendo avaliações e Há 12 anos, a Dedeagro atua em parceria comparações visuais em espigas de diferentes origens, assim com o agricultor, fornecendo produtos como puderam visualizar e analisar de perto as agrícolas para as lavouras de café, características da lavoura de milho e seu manejo adequado para garantir a produtividade. milho, soja, horticultura, entre outros. Os participantes aprovaram o evento. “A Dekalb está à frente da concorrência. Pudemos avaliar a performance Faça-nos uma visita ou entre em contato dos híbridos nos ensaios; coisa que ninguém fez antes”, pelo telefone e solicite a visita de um afirmou Anderson Fernandes, da Fazenda Nossa Senhora Aparecida, terceira colocada no rally. de nossos vendedores especializados Os vencedores foram: José Nilton Martins Ribeiro e em sua fazenda! filhos. A equipe formada por Luis Carlos Bergamasco,Wilson Garcia Sobrinho e Armando Gasparini, ficaram com a segunda colocação. Rua Padre Conrado, nº 730 “A Dekalb está sempre inovando. Nunca tinha Vila Nova - Franca (SP) participado de um evento deste nível, onde pude avaliar os híbridos de forma técnica e divertida”, disse Wilson PABX: (16) 3722-7977 Garcia Sobrinho.

Rally DEDEAGRO/Monsanto reúne produtores de milho

Há mais de uma década em sintonia com o cafeicultor!

T E C N O L O G I A

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Netafim testa nutri-irrigação por pulsos e fertirrigação convencional em cafeeiros do Sul de Minas Gerais C A F É

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Nas regiões consideradas aptas à cafeicultura e tradicionalmente produtoras, como o sul de Minas Gerais, a ocorrência de estiagens prolongadas durante as fases críticas de demanda de água da cultura, tem promovido uma redução significativa na produção. Este fato, juntamente com os objetivos de se obter altas produtividades, tem provocado o interesse de técnicos e produtores pela irrigação das lavouras de café no Sul de Minas. Entre os sistemas oferecidos no mercado, o mais usado é o gotejamento devido às suas características intrínsecas de eficiência e efetividade de água, energia e quimigação. Para melhor avaliar o desempenho das plantas de café, a Netafim, líder mundial em sistemas de irrigação localizada, instalou em 2006 um ensaio na Fazenda Experimental de Varginha (MG), Tratamento

com o objetivo de comparar a produtividade do cafeeiro submetido ao sistema de nutrirrigação e fertirrigação por gotejamento.

Produtividade Média (sc/ha) 12,6 c

Sequeiro 1 linha gotejamento convencional 2 linhas de gotejamento por pulsos 3 linhas de gotejamento por pulsos 4 linhas de gotejamento por pulsos

47,7b 60,5 a 51,0 b 69,3 a

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O estudo foi coordenado pelo engenheiro agrônomo Carlos Sanches. Para a realização do experimento foram utilizadas plantas de café da variedade Catuaí Vermelho IAC 144, em uma área de meio hectare. As plantas foram irrigadas por dois métodos de irrigação localizada: gotejamento convencional e gotejamento através de pulsos intensivos. Os tratamentos de pulsos de irrigação receberam todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento da cultura cafeeira de forma contínua, sendo a dosagem efetuada por concentração na água de irrigação. No ano agrícola de 2007/2008, somando todas as fontes de fertilizantes, os tratamentos por pulsos se basearam na aplicação aproximada de 400 kg de N/ha, 160 kg de P2O5/ha e 310 kg de K2O/ha. Os resultados mostram que a irrigação por gotejamento convencional foi eficiente, com incremento de 278% na produtividade da primeira safra em relação ao tratamento sem irrigação. Enquanto no sequeiro, a produtividade média foi de 12,6 sacas por hectare, no tratamento de irrigação convencional com uma linha de gotejadores, o rendimento foi de 47,7 sacas por hectare “A irrigação por pulsos de 2 e 4 linhas, no entanto, foi ainda superior ao gotejamento convencional, com rendimento de 60,5 e 69,3 sacas por hectare, respectivamente”, explica o agrônomo da Netafim Brasil, Carlos Sanches. Embora não tenha havido diferença significativa entre os tratamentos de pulsos de 2 e 4 linhas, estes superaram a produtividade média de 51,0 sacas por hectare, do tratamento de 3 linhas (que por sua vez não se diferenciou estatisticamente do tratamento de irrigação convencional com uma linha de gotejadores).


A insatisfação com os rumos da política agrícola para a cafeicultura no Brasil fez com que se iniciasse um movimento pedindo a saída de Manoel Bertone do cargo de secretário de Produção e Agroenergia do MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Há duas semanas, o secretário-executivo do Mapa, Silas Brasileiro, também se afastou do cargo. Porém, não foi confirmado relação entre sua saída e a crise na cafeicultura. pág. 16 Nesta nova Carta Aberta (pág. e 17 17) os cafeicultores, sindicatos e 60 cooperativas - que representam cerca de 150 cidades, em sua maioria do sul de Minas-,explanam sua decepção, em relação ao desprezo que o Governo Federal e o Ministério da Agricultura têm dispensado as reivindicações que cerca de 25.000 pessoas que estiveram presentes ao Movimento S.O.S. Cafeicultura, realizado no dia 16 de março 2009 em Varginha, no sul de Minas Gerais, onde foi elaborada a Carta de Varginha Varginha. Sobraram críticas também para o posicionamento das cooperativas favoráveis à manutenção de Bertone. Os problemas foram agravados nos últimos meses por causa da falta de alinhamento no discurso entre o MAPA e o Ministério da Fazenda, principalmente no que diz respeito ao reajuste dos preços mínimos e criação de ferramentas para impulsionar as cotações no mercado interno. Produtores pedem que a dívida do setor, estimada em R$ 4,2 bilhões, seja amortizada com produto físico. Porém afirmam que o reajuste dos preços mínimos para R$ 261 a saca não reflete a realidade do custo de

FOTO: MAPA

Insatisfeitos e sentindo-se traídos, entidades e produtores pedem a saída de Bertone

Manoel Bertone, secretário dução e Energia do MAPA.

de

Pro-

produção. Segundo dizem, as despesas por saca são superiores a R$ 300. “O que está acontecendo é que o Bertone está sendo omisso. Estão todos alheios aos problemas. A cafeicultura montou o País e agora está nesse descaso. Estamos quebrados”, desabafou Lenilton Soares, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Guapé (MG), e um dos elaboradores do manifesto. “O Silas Brasileiro foi colocado lá graças ao apoio da cafeicultura e, mesmo assim, nos traiu dizendo que o custo de R$ 320 a saca estava errado. E além de tudo não mostrou números para comprovar isso”, afirmou Soares. “A Colômbia vende café pelo dobro do nosso. Lá existe política. Não sabemos o que está acontecendo em Brasília, por isso resolvemos nos manifestar”, completou. Gilson Ximenes, presidente do CNC - Conselho Nacional do Café e Carlos Melles, deputado-federal (DEM-MG), presidente da Frente Parlamentar do Café e da COOPARAÍSO - Cooperativa de São Sebastião do Paraíso são contrários à saída de Bertone.“A insatisfação

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das lideranças com o secretário Bertone foram provocadas pela fraqueza estrutural do MAPA, que não tem força para executar as políticas. Quem manda é o Ministério da Fazenda e, especificamente, o Gilson Bittencourt”, disse Melles. “Quando o governo aceita transformar a dívida em mercadoria e coloca esse preço mínimo (R$ 261), não se trata de um governo sério. Amortizar dívida dessa forma só pode ser falta de seriedade. Ainda assim, sou contra a saída do Bertone. Seria um tiro no pé”, acrescentou o deputado. Para ele, o Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), composto pelos Ministérios da Agricultura, Planejamento, Indústria e Comércio, Itamaraty e pela iniciativa privada deveria assumir essa função. Seguindo esta mesma linha de pensamento de Carlos Melles, cinco cooperativas brasileiras posicionaram à favor da manutenção de Manoel Bertone e redigiram documento de apoio a ele. São elas: COOXUPÉ (Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Guaxupé/ MG), COCAPEC (Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas de Franca/ SP), COOPINHAL (Cooperativa de Cafeicultores da Região de Pinhal/SP), CAMDA (Cooperativa Agrícola Mista de Adamantina/SP) e CASUL (Cooperativa Agrária dos Cafeicultores do Sul de São Paulo). Estas lideranças, no entanto, concordam que o excesso de divergências e contrariedade nas duas pastas só contribui para a desmoralização do MAPA. “Se continuar desse jeito pode enfraquecer até o Reinhold Stephanes”, Extraído e modiconcluiu Melles. (Extraído ficado de Newscafeicultura Newscafeicultura)

C A F É

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Confira na íntegra o Manifesto SAI-Bertone Senhores presidentes Diretores das Cooperativas:

e

Os sindicatos de produtores rurais e associações de produtores, abaixo signatários, estão chamando à atenção para o fato de um determinado grupo de cooperativas de cafeicultores que estão saindo em defesa ao Sr Manuel Vicente Bertoni, da Secretaria de Produção do Ministério da Agricultura, onde o referido grupo de sindicatos está pedindo a demissão do Sr Bertoni pela ineficiência na condução dos assuntos tangidos na carta de varginha, emanada do Movimento S.O.S Café Café, realizado naquela cidade, em 16 de março próximo passado. 18 Revista Attalea® Agronegócios - Jun 2009 -

Na carta de varginha ficaram fundamentados três pontos revelantes: 1) Conversão das dívidas dos cafeicultores oriundos do Funcafé, recursos obrigatórios, recursos livres e, ainda CPRs Físicas e Financeiras e que esse conjunto de ítens do passivo devedor deverão ser transformadas em sacas de café, para pagamento escalonado em 5% ao ano, nos próximos 20 anos; 2) estabelecimento de renda mínima ao cafeicultor com fixação de um preço mínimo; 3) opções públicas de 3.000.000 de sacas de café visando a recuperação rápida dos preços. A posteriori foi criado um grupo de trabalho, em Brasília (DF), para acertar uma proposta única dentro dos diferentes setores do agronegócio e do governo, ficando o Sr Bertoni encarregado de conduzir esse grupo. Nós, como sindicalistas ficamos permanentemente vigilantes no objetivo de seguir à risca o que foi normatizado na carta de varginha e acompanhar stepby-step o grupo de trabalho. Para a nossa decepção, constatamos que até o momento, muito pouco efetivamente aconteceu. Os preços mínimos foram definidos abaixo do custo de produção, sendo um total afronto a classe produtora, portanto nossos companheiros cafeicultores ficaram perplexos com tal atitude irresponsável.

Referente as opções públicas ficou estabelecido o primeiro vencimento à partir de novembro, após a colheita, e os demais contratos para o inicio de 2010 e, essa medida não oxigenou o setor produtivo ajudando somente o comércio a comprar café barato do produtor, forçando-o a vender para fazer frente as despesas de colheita.com relação as negociações das dívidas até o momento nada foi acordado e anunciado. Portanto, senhores dirigentes de cooperativas, a nossa intenção é somar com as nossas cooperativas e nossas críticas ao Sr Bertoni é também uma maneira de somar com a finalidade de atingirmos os objetivos propostos visando tirar os cafeicultores dessa situação de penúria. Prova disso que o Dep. Carlos Melles já reclamou veementemente dos pontos descritos dentro do mesmo conceito que nós sindicalistas estamos visando. Por sinal, o nosso Dep. Carlos Melles, como atual presidente de uma das maiores cooperativas do Brasil, nunca mudou de lado e sempre esteve como um grande líder da cafeicultura e nesse momento de crise tem se comportado como tal. Sabemos quando exerceu cargo de ministro dos esportes e turismo sempre esteve abraçado às causas do café. Isso demonstra que a nossa vigilância e cobrança com os ares e rompantes de sindicalismo continuará caminhando em prol dos cafeicultores. No Movimento S.O.S. Cafeicultura estiveram presentes por volta de 25.000 pessoas, dominantemente por cafeicultores e trabalhadores, mas lá presenciamos os pronunciamentos de muitos deputados federais; presidente do CNC; presidentes e dirigentes do sistema creditício do Siccob, prefeitos, deputados estaduais, presidentes de sindicatos de produtores rurais, presidentes de sindicatos de trabalhadores rurais e coroando o evento a CNA. Com o Sr Breno Mesquita lutador incansável e endossando todos os oradores fundamentados na carta de Varginha, o Sr Roberto Simões, presidente da FAEMG ligado ao CNA. Que é o orgão que exprime o sentimento do produtor rural. Agora, não podemos deixar passar de lado nossas reivindicações e precisamos firmar os

endossos da carta de varginha pelos políticos e líderes de classe da cafeicultura. O governador Aécio Neves, na abertura do SUPERAGRO de Belo Horizonte (MG), indagou se é justo um preço mínimo abaixo do custo de produção. Além disso, em outras ocasiões o governador vem cobrando o governo federal pelas decisões em prol da cafeicultura e tem encontrado desculpas para acobertar a inexistência de sugestões que deveriam ser apresentadas pelo grupo de trabalho coordenado pelo Sr Bertone. Em decorrência a essa ineficiência ainda não resolvemos os problemas da cafeicultura. Será que os cooperados dessas cooperativas conhecem essa situação?. Caso os senhores queiram esclarecer estamos aqui, de peito aberto, e poderemos esclarecer in locu. Dentro desse contexto faz-se necessários os presidentes e diretores colocar em assembléia e indagar seus cooperados os seguintes quesitos: 1) – Os cooperados estão satisfeitos com os preços mínimos de R$ 261/ saca ao invés dos R$ 320, que estava calculado e provado? 2) – Os cafeicultores/cooperados concordam com essa morosidade e enrolação, especialmente da secretaria da produção no levantamento das necessidades do grupo de trabalho em detrimento aos prejuízos oriundos da falta de gestão pública levando a esses preços que individam a classe produtora? 3) – Os cafeicultores/cooperados estão satisfeitos pela condução dos assuntos referentes ao endividamento da cafeicultura principalmente pela secretaria de produção do Ministério da Agricultura ? 4) – Os cooperados e cafeicultores estão de acordo com o preço mínimo de R$261/saca que não cobrem os custos de produção, fato esse já criticado pelo governador Aécio neves e tantas outras autoridades ligadas a cafeicultura ? 5) – Os cooperados e os cafeicultores estão de acordo com a sistemática das opções públicas com contratos vencendo a partir de novembro,


após a colheita, e os outros vencimentos em fevereiro e março de 2010 quase que emendando com a colheita da safra de 2010? Essa medida, quase que inócua e favorecendo fortemente o comércio em detrimento a classe produtora. É correto isso? 6) – Os cooperados e cafeicultores estão concordando em vender café arábica por praticamente pela metade dos nossos principais concorrentes como Colômbia, centrias e outros? 7) – Os cooperados e cafeicultores das nossas cooperativas sabem que enquanto nosso limite para financiamento de custeio continua congelado e que os comerciantes/torrefadores conseguiram elevar de R$10 milhões, do ano retrasado para R$15 milhões no ano passado e agora para R$20 milhões o limite para empréstimo com dinheiro do Funcafé, favorecendo inclusive torrefadores multinacionais riquíssimas e exploradas da transferência de renda ? 8) Os produtores cooperados estão sabendo e concordando que a Colômbia está importando café, inclusive do Brasil, para o “consumo interno” e vendendo o seu café pelo dobro do preço, visando cumprir suas cotas de exportação e o governo brasileiro sendo conivente e aceitando esse jogo totalmente contra os interesses do setor produtivo? Ou seja, vendemos pela metade para os colombianos venderem pelo dobro. Isso demonstra claramente a falta de gestão pública e privada, nossos companheiros cooperados estão de acordo com isso? 9) – Nossos companheiros cooperados estão concordando que possuímos três tipos de cotação de arábica em Nova York, sendo colombianos, outros arábica e arábicas brasileiros por último e que ninguém move uma palha para lutar em prol da cafeicultura nacional visando colocar o Brasil numa posição no mínimo de igualdade? Deixando-nos como simples produtores de uma commoditie enquanto nossos concorrentes conseguem altíssimos diferenciais com ações de markt e marketing. Os seus cooperados concordam? 10) – Os seus cooperados sabem que o Brasil paga R$332.000, libras esterlinas para a OIC (Organização Internacional do Café) sendo provavelmente o maior contribuinte

dessa instituição e que um colombiano, Sr Nestor Osório, é quem conduz a política mundial do café via OIC e que a Colômbia está satisfeitíssima com o presidente da OIC “e eles por coincidência ou não” estão vendendo o café pelo dobro do preço se capitalizando como os centrais em detrimento dos cafeicultores brasileiros? 11) – Foi colocado em assembléia a seus cooperados que não possuímos praticamente nenhuma estratégia de markt e de marketing dentro da gestão pública do café e que estamos encurralados por uma política de transferência de renda para os países considerados do primeiro mundo que compram café do Brasil baratíssimo e inclusive alguns comerciantes nacionais e internacionais com temor de acabar a cafeicultura brasileira estão pedindo para elevarmos os preços dos nossos cafés. Eles concordam com esse nosso anacronismo? 12) – Os seus cooperados concordam que o Anúncio das Opções Públicas pelo senhor Bertone foi realizado na casa dos exportadores, em Santos (SP), e garantindo que a opção pública será uma medida que não impactará no fluxo normal das exportações, ou seja, dando uma demonstração clara de apoio ao comércio exportador em detrimento aos cafeicultores. Concordam com isso? E ao mesmo tempo anuncia venda de 500.000 sacas de café dos estoques. Seus cooperados concordam com isso? 13) – Foi discutido em assembléia e sugerido alguma alteração na governança da gestão da cafeicultura e porque essa gestão pública atual comanda inclusive os recursos do Funcafé que é um fundo oriundo da própria classe produtora? Senhores presidentes de cooperativas, os quais respeitamos muito mas, precisamos sair desse anacronismo no setor produtivo. Desestatizar a cafeicultura e partir para uma gestão moderna e independente das amarras governamentais que está sugando e matando o setor produtivo da cafeicultura. Os treze quesitos que colocamos é uma homenagem ao 13 de maio que foi a libertação dos escravos, pela Lei Áurea, da princesa Izabel. Senhores vamos nos desatar dessa escravidão que estamos vivendo, hoje,

no setor produtivo da cafeicultura. Vamos arrancar da frente aqueles que ficam impedindo e dificultando o curso normal do desenvolvimento da cafeicultura nacional. Chega do coronelismo e vamos nos modernizar antes que sucumbirmos. O movimento sindical em prol da cafeicultura criou corpo nos últimos tempos e estaremos emanados com nossas cooperativas mas, ao mesmo tempo estaremos vigilantes permanentemente para a condução de uma política construtiva para a nossa cafeicultura. Viva as verdadeiras cooperativas, abaixo o anacronismo, principalmente público e ineficaz como se encontra no momento. Salve o sindicalismo que já movimentou feitos maiores que as guerras. O sindicalismo é a porta para os movimentos democráticos e inteligentes impulsionando a nossa produção. RELAÇÃO DOS SINDICATOS E ASSOCIAÇÕES SIGNATÁRIOS APOIANDO ESSE DOCUMENTO • APAC – Associação Paranaense de Cafeicultores (Representa todos os municípios produtores de café do Paraná) • AMSC – Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana (Representa todos os municípios da Alta Mogiana) • Sindicatos dos Produtores Rurais de:- Franca (SP), de Manhumirim (MG), de Manhuacu (MG), de Lajinha (MG), de Altinópolis (SP), de Santo Antônio da Alegria (SP), de Guapé (MG), de Boa Esperança (MG), de Campo do Meio (MG), de Campo Belo (MG), de Cristina (MG), de Soledade de Minas (MG), de Carmo de Minas (MG), de Pedralva (MG), de Santa Rita do Sapucai (MG), de Ilicinea (MG), de Campos Gerais (MG), de Coqueiral (MG), de Carmo da Cachoeira (MG); • Sílvio Marcos Altrão Nisizaki:Cafeicultor de Coromandel (MG); • Sergio Luiz da Dona:Cafeicultor de Coromandel (MG); • Representantes dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraiso (MG) • Dagmar Resende Pimenta

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Segundo Matielli, ‘falta política cafeeira’ C A F É

A primeira “ação organizada” contrária a presença de Manoel Bertone na pasta do Ministério partiu de Armando Matielli, cafeicultor, engenheiro agrônomo e sindicalista rural. Matielli redigiu um documento e encaminhou para Bertone, levantando os pontos críticos da cafeicultura no Brasil e, principalmente, onde o governo estava errando. Em sua análise Matielli observa a preocupação e dedicação quase que exclusiva, do Deputado Silas Brasileiro ao endividamento e suas renegociações. Também analisa a má vontade

por parte do governo em estabelecer um preço mínimo para a saca de café; que fosse um valor próximo ao real do valor mínimo do custo que o produtor tem para a produção do mesmo. Matielli expõem uma verdadeira ferida, que é a diferença do valor de venda do café arábica colombiano, em relação ao café arábica brasileiro. Atualmente para atender a demanda mundial os colombianos estão

exportando seu café por volta de R$ 600,00 e para atender ao consumo interno da Colômbia, os colombianos estão importando café do Brasil por volta de R$ 250,00. As análises de Matielli nos faz indagar se não há uma grande falha, ou uma falta de política cafeeira para defender os produtores brasileiros, e até a cultura que mais emprega mão de obra no Brasil.

Íntegra do comentário de Armando Matielli Caro Manoel Bertone, 20 Revista Attalea® Agronegócios - Jun 2009 -

Segundo o sr. João Abrão, pres. do sindicato de Altinópolis (SP), o senhor anda muito irritado com os nossos comentários e reivindicações constantes de quem representa boa parte dos cafeicultores brasileiros. Reivindicações estas que são feitas para a viabilização dos pontos que ficaram sob sua responsabilidade no grupo de trabalho, emanados da Carta de Varginha Varginha, oriunda do SOS Café Café, onde e ficou estabelecido que: a) - negociação do endividamento da cafeicultura, transformando a divida em sacas de café, para pagamento em 20 anos; b) - preço mínimo condizente, e c) - opções públicas com preços minimamente remuneradores. Infelizmente muito pouco ocorreu, ou melhor, praticamente nada alterou a situação dramática vivida pelos cafeicultores, mas garantiu ao comércio a perspectiva de continuar comprando/explorando a preços baratos nossa mais-valia, enquanto nossos concorrentes vendem pelo dobro do preço o produto do nosso trabalho. Por exemplo, a Colômbia está comprando 600.000 sacas, principalmente do Brasil, para abastecer o mercado interno e cumprir suas cotas de exportações pelo dobro do preço que nos pagam, sendo nossos cafés arábicas de igual ou de superior qualidade aos colombianos. Os nossos concorrentes estão vendendo

pelo dobro preço o nosso café, sejam eles a Colômbia, os Centrais e a Índia. Além disso temos: — importação dos países compradores em média 8 milhões de sacas/ mês, sendo por volta de 2,5 milhões de robusta e 5,5 milhões de arábicas. — dos 5,5 milhões de arábica estamos exportando praticamente a metade, pela metade do preço... Ou seja, está faltando arábica e estamos entregando literalmente o nosso café a R$ 250,00 a saca, aproximadamente, de prejuízo. Isso é inacreditável. Exportando 2.500.000 milhões de sacas/mês, estamos acumulando um prejuízo na nossa balança comercial de R$ 625.000.000/ mês e, no total do ano, teremos um acumulado de R$ 7.500.000.000. Por que isso? /Qual a estratégia de marketing do Ministério da Agricultura? Um país pobre como o nosso deixar escapar essa possibilidade, enquanto nós, cafeicultores, estamos implorando para negociar as nossas dívidas transformando-as em sacas de café... e nada disso anda. Onde está o patriotismo? Chega de morosidade, enrolação, desrespeito conosco e com a Pátria. Sei que o senhor Silas Brasileiro, que há poucos dias manifestou-se publicamente contra o movimento S.O.S. Cafeicultura Cafeicultura, que tem como foco o individamento e as renegociações das dívidas dos cafeicultores..., isso demonstra claramente o desinteresse do Ministério da Agricultura, e também o da secretaria da produção (seu setor) em resolver o nosso pro-

blema... E agora o senhor está adiando as decisões. Por que isso? Atualmente os nossos cafeicultores estão colhendo e entregarão a qualquer preço o café colhido para pagar as despesas com a mão-deobra. É justo isso? Enquanto isso, nada é decidido, e como disse diversas vezes o dep. Carlos Melles, Eestamos entregando mais uma safra quase que de graça”. Isso é falta de gestão pública. Portanto, tenho direito como sindicalista de contestar e lutar para sairmos desse anacronismo e essa indolência do setor público. Estamos, graças a Deus, num país democrático e temos sindicatos, (alguns são muitos capachos do sistema), mas o nosso sindicato está estruturado num conceito limpo e sem “rabo preso“ para lutar em prol dos nossos cafeicultores. E a cada dia que passa, com essas indolências do Ministério da Agricultura/Secr. da Produção (seu setor), mais acirradas tornamse nossas ações. Hoje estamos recebendo apoio oriundos de diversos locais e setores como cooperativas, outros sindicatos e outros segmentos, dado ao nosso jogo aberto e verdadeiro em prol da cafeicultura. Por isso, peço-lhe o favor de diferenciar o Armando Matielli, pessoa fisica, do sindicalista Armando Matielli. Atenciosamente, Armando Matielli Matielli, engº agrônomo, cafeicultor e sindicalista. (Espírito Santo do Pinhal /SP)


Contrariando a expectativa de muitos que, devido a grave crise que atinge de forma especial o setor agrícola nacional, tinham previsões nada otimistas, a equipe do Sindicato Rural de Piumhi (MG), que cuidou da organização da 7ª Roda de Agronegócios de Piumhi, comemora o saldo da feira, que apresentou uma movimentação financeira da ordem de 23,8 milhões de reais. Volume bem próximo dos cerca de 25 milhões de reais totalizados no ano passado, quando o momento econômico era completamente diferente e, dentro do patamar previsto pelo presidente do SRP, Rafael Alves (Juninho) Tomé. Com a participação de 35 empresasparceiras que instalaram seus estandes, cinco agentes financeiros que disponibilizaram linhas de créditos específicas, a Roda de Agronegócios movimentou o Parque de Exposições Tonico Gabriel, de 28 a 30 de maio, quando foi encerrada com a realização do 8º Leilão de Gado Leiteiro. Para Juninho Tomé, os resultados atingiram plenamente a projeção dos organizadores, até mesmo surpreendendo em alguns aspectos. “Comparando com a movimentação da Roda anterior, quando contabilizamos 25 milhões de reais, o resultado deste ano foi 4,8% menor. Mas em compensação, o volume de produtos vendidos foi praticamente o dobro. Sabemos que os fertilizantes são o carro-chefe das vendas, representando quase a metade do movimento. No ano passado a tonelada de nitrato de amônia foi negociada por cerca de

Acompanhado do tesoureiro José Antônio Ribeiro e da secretária-executiva Helenice Miranda, o presidente do SRP, Juninho Tomé (direita) fala sobre os resultados positivos obtidos na 7ª Roda de Agronegócios.

FOTOS: Sind. Rural de Piumhi

Roda de Agronegócios de Piumhi movimenta R$ 23,8 milhões

R$ 1 mil reais, agora o preço ficou em torno de R$ 500 reais. Fica aqui a minha sugestão, os produtores devem se organizar através de seus sindicatos e cooperativas, evitando negociar individualmente suas compras, aumentando assim o seu poder na hora de fechar suas transações”, considerou o presidente. Sobre a movimentação financeira de 23,8 milhões de reais, Juninho Tomé ressalta o apurado com a venda de tratores, com a comercialização neste ano de 65 unidades. “Nossa feira tem um diferencial de todas as outras. Os agentes financeiros disponibilizaram linhas de créditos especiais exclusivas para Piumhi. Com isso atraiu produtores de outras cidades que fizeram aqui suas aquisições”, observou Tomé. Com as metas alcançadas o presidente Juninho Tomé, juntamente com o tesoureiro José Antônio Ribeiro e a

secretária-executiva Helenice Miranda, que atuaram diretamente na organização da Roda de Agronegócios, fazem questão de agradecer a toda a diretoria do SRP e equipe de produção, empresas-parceiras, agentes financeiros, produtores rurais de Piumhi e região; ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (INFET), de Bambu; à Corretora Furlan, de Varginha; e à Lira São José enfim, a todos que contribuiram direta ou indiretamente para o sucesso da Roda. “Não poderíamos deixar de agradecer, de forma especial, à Prefeitura de Piumhi, pela parceria desenvolvida na 7ª Roda de Agronegócios e contamos, desde já, com o habitual apoio para a realização da 30ª Exposição Agropecuária de Piumhi, que acontece de quinta a domingo, 16 a 19 de julho, no PTG’, afirma Juninho Tomé.

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E V E N T O

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E V E N T O

22 Revista Attalea® Agronegócios - Jun 2009 -

Com um número recorde de 230 animais inscritos, a Exposição de Gado Girolando realizada durante a 40ª EXPOAGRO - Exposição Agropecuária de Franca se consagrou como a terceira maior exposição da raça no país. Foi superada apenas pela Megaleite, exposição nacional a realizada em Uberaba (MG), que em julho do ano passado contabilizou 800 inscrições, e pela Exposição de Barra Mansa (RJ), que anotou 280 inscrições no início de maio. A EXPOAGRO de Franca vem conquistando, nos últimos anos, espaço junto às associações de criadores e, anoa-ano, amplia a participação de criadores de vários estados do país. A Comissão Organizadora contabilizou, durante os dez dias de evento e nas seis exposições ranquiadas (Gado Nelore, Girolando e Gir Leiteiro; Cavalo Mangalarga e Árabe; e Ovinos Santa Inês, Dorper, White-Dorper e Morada Nova) mais de 1.100 inscrições, com a participação de criadores dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul. No último dia do evento, uma competição de Hipismo Clássico, organizada pela Equestrian Center - escola de equitação de Franca (SP) - reuniu 130 conjuntos, com recorde de 1,80m na prova de potência. Buscando abrigar um número ainda maior de animais para o próximo ano, a Prefeitura de Franca projeta a expansão da feira, incluindo a construção de novos pavilhões, além da organização de um leilão, envolvendo criadores de várias raças.

FOTOS: Editora Attalea

40ª EXPOAGRO supera expectativas e faz de Franca a terceira maior exposição de Girolando do país

Mexerica Santa Luzia, Grande Campeã Nacional e Campeã Úbere Nacional na Megaleite 2007, do criador Mário Roberto Ewbank Seixas.

Kenyti Okano comemora e recebe prêmio do 2º Torneio Leiteiro de Gir Leiteiro.

Fernando Farhat (Cajuru/SP) ganhou campeonatos em quatro raças de ovinos: Santa Inês (acima), White-Dorper (abaixo, esq.) e Dorper (abaixo, dir).

Ovelha do criador Elbio Rodrigues Alves Filho (Restinga/SP), que conquistou o Grande Campeonato.


FOTOS: Editora Attalea

Estande da VALFRAN (dos amigos Eber e Alex) foi o mais visitado e apresentou troncos, balanças e cordoalhas.

Tamer Hajel (empresário e criador de cavalo árabe) e Dr. Fábio de Salles Meirelles (presidente FAESP).

Muitos criadores prestigiaram o Espaço Vip montado pela organização em parceria com o Shopping do Calçado.

Alexandre Ferreira (2º à direita), Secretário Desenvolvimento em conversa Wagner Samello e criadores de Nelore

E V E N T O

23 Revista Attalea® Agronegócios - Jun 2009 -

O tradicional julgamento de Cavalo Árabe contou com animais da melhor genética do país.

Attalea

Neste ano, a EXPOAGRO de Franca se tornou a terceira maior exposição de Gado Girolando do país.

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Projeto de Viabilidade Econômica da Atividade Leiteira dos Cooperados Coonai entra na segunda fase

24 Revista Attalea® Agronegócios - Jun 2009 -

O Projeto de Viabilidade Econômica da Atividade Leiteira dos Cooperados da Coonai, em parceria com o Sebrae-SP, entra na segunda fase e traz novidades aos produtores de leite: a “Vaca Móvel” e o “Rufi Móvel”. A “Vaca Móvel” é um laboratório ambulante de monitoramento da qualidade do leite, utilizado nas visitas em cada propriedade. Faz 12 exames e testes diferentes, sendo que em 10 deles os resultados são obtidos na hora. A outra função deste laboratório é coletar o leite e enviar ao Laboratório da Clínica do Leite (ESALQ) para análises microbiológicas de Contagem Bacteriana Total (CBT) e Contagem de Célula Somática (CCS). Este resultado é enviado para equipe de assistência técnica para nortear as decisões como: mudança na dieta dos animais, racionalização do uso de concentrado e de manejo geral da propriedade. O outro laboratório que visitará os cooperados da Coonai é a unidade móvel de monitoramento da sanidade e reprodução “Rufi Móvel”, que realizará exames de brucelose, tuberculose e leptospirose, além do acompanhamento reprodutivo dos animais. O FOTO: Editora Attalea

L E I T E

carro possui equipamentos que possibilitam diagnósticos de gestação e de resolução de problemas reprodutivos, pois conta com ultrassom e com os principais protocolos necessários aos tratamentos. O Projeto de Viabilidade da Pecuária Leiteira dos Cooperados Coonai, que contempla 252 produtores da região de Ribeirão Preto (SP) e Franca (SP), é realizado por uma equipe de 16 veterinários da região contratados pelo IBS (Instituto Bio Sistêmico), através do Programa Sebraetec do Sebrae-SP. O programa inclui planejamento tecnológico, estruturação produtiva e reprodutiva do rebanho além de ações e treinamentos na melhoria da qualidade do leite, orientação no processo de se-

leção dos animais em produção na propriedade e na recria dos animais destinados a serem futuras matrizes. Além deste trabalho realizado pelos técnicos do IBS, o manejo nutricional dos animais é realizado por técnicos da cooperativa. Estes profissionais fazem análises e correção de solo, escolha e formação de pastagens, canaviais ou milho para silagem, todos com a finalidade de servirem como volumoso ao longo do ano, conforme a necessidade de cada propriedade. Os técnicos da Coonai atuam ainda na formulação de dietas e na mineralização dos animais, junto com a equipe IBS na busca por soluções que provoquem uma redução nos custos de produção e melhorem a rentabilidade dos cooperados na atividade leiteira. O objetivo geral do projeto é promover a capacitação dos pecuaristas, apontar os pontos necessários de melhorias das propriedades através de consultorias tecnológicas, buscando a prevenção e a orientação. “Este projeto não trabalha a parte emergencial e nem curativa, as visitas são feitas em datas pré-definidas e agendadas com cada produtor”, explica Rogério Gerbasi, responsável pelo Departamento de Assistência Técnica da Coonai.

Coonai e Itambé construirão fábrica de UHT em Brodówski Brodówski (SP) vai ganhar uma fábrica de leite longa vida (UHT) da Itambé, com capacidade de 200 mil litros por dia. A unidade industrial deverá entrar em funcionamento entre o final deste ano e o início de 2010, e vai exigir investimentos de R$ 20 milhões. O anúncio foi feito no início do mês por Jacques Gontijo, presidente da Cooperativa Central dos Produtores Rurais (CCPR/Itambé). Segundo Gontijo, a instalação da fábrica ganhou força com a afiliação, em abril último, da cooperativa Coonai, com sede em Brodowski, a primeira paulista a associar-se à Itambé, que já tinha 29 outras cooperativas afiliadas. “Queremos ter uma participação mais significativa de mercado de leite UH ”, disse ele. A captação do leite para a futura fábrica será feita pela Coonai, a gestão caberá à Itambé, que

já iniciou o processo de transição nos planos de remuneração ao produtor a partir de 1º de junho. De acordo com Eduardo Lopes de Freitas, presidente da Coonai, um grupo formado por técnicos da Itambé e da Coonai já iniciou o trabalho de orientação aos produtores para que eles se adequem ao novo plano e consigam ganhar mais com isso. “Com certeza esta mudança vai provocar reajustes nas bases de preços pagos ao pecuarista. O plano de remuneração está atrelado à qualidade do leite e com isso o valor pago a cada produtor tem variações baseadas nas características do leite entregue por ele de acordo com as normas previstas em lei. Não sabemos em que proporção, mas nosso objetivo é que as bases sejam aumentadas para todos os produtores”, afirma Freitas. A Coonai projeta aumentar sua atual

captação de leite para atender a futura fábrica. Hoje, são adquiridos 80 mil litros por dia de 400 produtores, localizados em 57 municípios e em um raio de até 200 quilômetros de Brodowski, onde fica a sede da cooperativa. “Teremos de chegar a até 500 mil litros, mesmo porque continuaremos a produzir e comercializar o leite pasteurizado e os outros produtos da marca Coonai ”, estima Freitas. Parte desse volume projetado deverá ser alcançado com investimentos em melhoria de produtividade dos atuais produtores. Mas uma grande parte terá de sair de novos pecuaristas leiteiros. “Nossa intenção é obter o leite da região, processá-lo e vendê-lo aqui mesmo no interior paulista, já que a tendência é a produção regionalizada de leite fluido”, explica o presidente da Coonai.


A Coonai está comemorando os resultados do seu 9º Leilão de Gado Leiteiro, que aconteceu em 16 de maio, no centro de eventos da cooperativa, em Patrocínio Paulista (SP). Foram vendidos 90% dos 69 lotes colocados em pista. O preço médio do leilão foi R$ 3.640,36. Mais de 500 pessoas compareceram ao evento, lotando o recinto. Todos os lotes foram bem disputados, dando trabalho para o leiloeiro e para os pisteiros. Os grandes destaques do leilão foram: o lote 34 da Fazenda Boa Fé, do grupo Ma Shou Tão, cujo animal foi vendido por R$ 7.920,00, e o lote 56, do proprietário Sr. Dilciney Maranha, cujo animal foi vendido por R$ 8.400,00. Os lotes foram comprados (em seis parcelas) por Paulo Rogério do Nascimento e José Laércio Cavalheiro, respectivamente. Além de compra e venda de gado, parceiros da indústria veterinária, de alimentação animal, de maquinário e instituições de crédito agrícola estiveram presentes oferecendo boas oportunidades de negócios aos cooperados. Uma novilha foi sorteada no final do evento entre os compradores. O grande vencedor foi Milton Eugênio Monteiro.

Representantes e estande da Coonai.

Consultores

no

Estande do Empório Brasil (Franca/SP)

FOTOS: Editora Attalea

Bons resultados no 9º Leilão de Gado Leiteiro da Coonai L E I T E

Guaraci, representante da JA Saúde Animal (Patrocínio Paulista/SP), premia com produtos da empresa os criadores que compraram animais.

25 Revista Attalea® Agronegócios - Jun 2009 -

À direita, Fábio Pacheco (Lagoa da Serra), ao lado de tradicionais pecuaristas da região.

Da direita para a esquerda: Valdir dos Reis Santos (Sales Oliveira/SP), Milton Eugênio Monteiro e esposa.

Os médicos veterinários Kadu (Coonai), Lauro Goulart (Laticínios Ouro Branco) e Marcelo Figueiredo (Sebrae e Uniata-Franca). E o engenheiro agrônomo Fernando Spessoto Goulart.

Os representantes do Banco do Brasil, agente financeiro do leilão: Pedro Doin (agência Patrocínio Paulista/SP), Flávio Maniglia, Adilson de Pádua e Norival Rocha (agência Franca/SP).

O estande da RANCHVET, de Itirapuã (SP), representante Matsuda e Clarion.


Abacate: alternativa na produção de biodiesel

26 Revista Attalea® Agronegócios - Jun 2009 -

FOTO: Editora Attalea

T E C N O L O G I A

O abacateiro pode ser uma nova alternativa para a produção de biodiesel, de acordo com estudo realizado por pesquisadores da UNESP - Universidade Estadual Paulista. Segundo eles, o abacate apresenta vantagem em relação a outras oleaginosas estudadas ou usadas para a produção de biocombustível, como a soja. O motivo é que do mesmo fruto é possível extrair as duas principais matériasprimas do biodiesel: óleo (da polpa) e álcool etílico (do caroço). “O objetivo principal da pesquisa era a extração do óleo para produção de biodiesel. Mas, ao tratarmos o resíduo, que é o caroço, conseguimos obter álcool etílico. Isso, por si só, é uma grande vantagem, já que da soja é extraído somente o óleo e a ele é adicionado o álcool anidro”, explicou Manoel Lima de Menezes, professor do Departamento de Química da Faculdade de Ciências da Unesp, em Bauru (SP), e coordenador da pesquisa que teve apoio da FAPESP na modalidade Auxílio a Pesquisa – Regular. O Brasil é o terceiro produtor mundial de abacate, com cerca de 500 milhões de unidades produzidas por ano. Cultivado em quase todos os estados, mesmo em terrenos acidentados, a produção se dá o ano todo, com 24 espécies que frutificam a cada três meses. Não são todos os óleos vegetais que podem ser utilizados como matériaprima para produção de biodiesel, pois alguns apresentam propriedades não ideais, como alta viscosidade ou quantias elevadas de iodo, que são transferidas para o biocombustível e o tornam inadequado para o uso direto em motor de ciclo diesel. Segundo Menezes, o teor de óleo do abacate varia de 5% a 30%. As amostras coletadas na região de Bauru (SP) apresentaram, no máximo, 16% de teor de óleo. “Esse índice é similar ao teor de óleo da soja que, na mesma região, é de 18%”, comparou. “Teoricamente, é possível extrair de 2,2 mil litros a 2,8 mil litros de óleo por hectare de abacate”, disse. O número é considerado por ele elevado quando comparado com a extração de outros óleos: soja (440 a 550 litros/ha), mamoma (740 a 1 mil litros/ ha), girassol (720 a 940 litros/ha) e algodão (280 a 340 litros/ha).

Já o caroço do abacate tem 20% de amido. Com base nesse percentual, estima-se que seja possível extrair 74 litros de álcool por tonelada de caroço de abacate. Valor próximo ao da canade-açúcar, que possibilita a extração de 85 litros por tonelada, enquanto a mandioca fornece 104 litros por tonelada. Apesar da enorme disponibilidade do fruto no Brasil, o óleo do abacate ainda é importado, pela falta de tecnologias adequadas para o processamento. O principal obstáculo para obtenção do óleo é o alto teor de umidade – o abacate tem 75% de água, em média –, que afeta o rendimento da extração. Esse foi um dos desafios que a pesquisa se propôs solucionar: aperfeiçoar as metodologias de extração para obter melhor rendimento. Extração do Óleo - De todos os métodos estudados pelo grupo orientado por Menezes, o melhor resultado foi obtido com a desidratação, através de uma centrífuga. Da extração do óleo, passou-se para a produção do biodiesel, o que inclui uma etapa de purificação. Uma vez purificado, foi feita a síntese do biodiesel, já com o método tradicional utilizado atualmente, que é a reação por transesterificação (conhecido como método Ferrari), seguido pela caracterização por cromatografia gasosa. Essa é a técnica exigida pela ANP 42, regulamentação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis que define a caracterização e avaliação da qualidade do produto obtido e deve ser seguida pelos mercados comprador e fornecedor.

O primeiro estudo feito com o caroço foi a hidrólise enzimática, com a qual se obteve rendimento baixo, de cerca de 24 litros por tonelada. Agora, os pesquisadores estão iniciando uma nova etapa, que é a hidrólise alcalina e/ou ácida sob pressão, seguida por hidrólise enzimática para melhorar o rendimento. Grande parte dos parâmetros físico-químicos está de acordo com as exigências da regulamentação ANP 42, com exceção do teor de glicerina total e acidez, que ficaram um pouco acima, segundo Menezes. Os teores de enxofre, fósforo e sódio não foram determinados nessa etapa do projeto devido à dificuldade em encontrar laboratórios para executar os ensaios. Esses são aspectos que a pesquisa continuará analisando para que fiquem totalmente compatíveis com os parâmetros da ANP 42. Viabilidade Econômica Segundo o estudo feito na Unesp, as características do biodiesel do óleo de abacate são bastante semelhantes às verificadas com o biodiesel de soja, com exceção da coloração, que é esverdeada, diferente do amarelo no caso da soja. Mas isso não afetaria a qualidade. A viabilidade econômica do biodiesel de abacate não foi foco dessa etapa do estudo nem é a especialidade desse grupo de pesquisa, segundo o coordenador. O custo do biodiesel ainda é alto. Produz-se óleo de soja a um custo de R$ 1,20 o litro. O álcool anidro para adicionar é comprado a R$ 0,74 o litro. O abacate tem a vantagem de oferecer as duas matérias-primas e, por enquanto, a um custo mais baixo que o da soja, segundo Menezes. A extração do óleo e álcool do abacate ainda demanda investimentos em equipamentos. De acordo com o professor da UNESP, é necessário estudar o desenvolvimento de um despolpador – para separar a polpa do caroço – e produzir a centrífuga para obter máximo rendimento. O estudo resultou na apresentação de quatro trabalhos em congressos (FONTE: Agência nacionais. FAPESP FAPESP).


Profissionais organizam Semana do Engenheiro Agrônomo em Franca Desde janeiro último, uma comissão organizadora formada por 12 engenheiros agrônomos está organizando a Semana do Engenheiro Agrônomo de Franca (SP), que será comemorada em outubro. As reuniões estão sendo realizadas mensalmente, na sede da AERF Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos da Região de Franca, com o apoio de Alex Kobal, engenheiro agrônomo e vice-presidente da entidade. BüngeAntônio José de Almeida (BüngeSerrana Serrana) é o presidente da comissão, tendo Saulo Faleiros e Guilherme Jacinto Rodrigues Alves (ambos da COCAPEC PEC) formam o depto. financeiro. Fazem parte ainda da comissão: Casa André Siqueira Rodrigues Alves (Casa do Café Café), Guilherme Ubiali ZamiCOCAPEC khowisky (COCAPEC COCAPEC), Heloisa Pamplona Somenzari e João Fábio Coelho (ambos da COONAI COONAI), Jacinto Chiarelli Prefeitura de Franca Junior (Prefeitura Franca), Mário CATI-Franca Cunha (CATI-Franca CATI-Franca), Welson RoCETESB-DEPRN berto (CETESB-DEPRN CETESB-DEPRN) e Carlos Revista Attalea Arantes Corrêa (Revista Agronegócios Agronegócios). Para este ano, a Comissão Organizadora definiu a realização de uma palestra

no dia 14 de outubro, a partir das 19 horas. Ainda não está definido o nome do palestrante, mas já está definido o tema a ser explanado: “Gestão da Empresa Agrícola”, onde se pretende abranger dois caminhos: Planejamento e Administração / Ferramentas e Comercialização. O evento será realizado no Auditório “Fábio de Salles Meirelles”, no Parque de Exposições ‘Fernando Costa’. Já o tradicional Jantar dos Engenheiros Agrônomos, acontecerá no dia 16 de outubro, no Salão do Agabê. Os membros da comissão organizadora já iniciaram o contato com as empresas do setor produtivo do agronegócio da região, em busca de patrocínios para alavancar o evento. Para este ano, a comissão profissionalizou ainda mais a estrutura de marketing que vinha sendo realizada até então. “Nossa proposta é privilegiar ainda mais as empresas parceiras. Além dos outdoors e da veiculação da marca da empresa em filme a ser apresentado durante o jantar, criamos outros mecanismos de marketing. Isto fortalecerá nossa parceria com as empresas”, afirma Toninho, presidente da Comissão.

COMO FOI EM 2008? Em 2008, a Semana do Engenheiro Agrônomo foi comemorada graças à união dos profissionais e ao apoio de empresas parcerias, como:

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AgroP.

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LIVROS CONFINAMENTO: GESTÃO TÉCNICA E ECONÔMICA Editor: Scott Consultoria e COAN Consultoria Avançada em Pecuária Contato: www. scotconsultoria.com.br Tel.(17) 3343-5111 O livro aborda os seguintes temas: Otimização da dinâmica ruminal em bovinos confinados; Pecuária 2008-2009: Mercado, exigências e barreiras; Mercado futuro como ferramenta de gestão de riscos de preço no confinamento; Concentrado x Volumoso: Qual a melhor relação na dieta?; Principais enfermidades e ocorrências em bovinos durante o confinamento; Demandas da indústria frigorífica e remuneração por qualidade; Dimensionamento e planejamento de sistemas de confinamento; Agilidade nas decisões técnicas e econômicas durante o confinamento.

PRODUÇÃO DE BOVINOS DE CORTE EM PASTAGENS Editor: Scott Consultoria e COAN Consultoria Avançada em Pecuária Contato: www. scotconsultoria.com.br Tel.(17) 3343-5111 O livro aborda os seguintes temas: Pecuária de corte: novos rumos; Mercado futuro como ferramenta de gestão para a pecuária; Maximização da produção de bovinos em pastagens: quantificação e custos; Importância do manejo das pastagens no controle de verminoses em bovinos de corte; Utilização de volumosos suplementares visando aumento da capacidade de suporte das pastagens; Como diagnosticar a pastagem e a escolha correta da gramínea a ser plantada; identificação e controle de plantas tóxicas ivasoras de pastagens; Planejamento financeiro para melhora das pastagens.

27 Revista Attalea® Agronegócios - Jun 2009 -


28 Revista Attalea庐 Agroneg贸cios - Jun 2009 -


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