Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

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EDITORIAL

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Liberação lenta

Química voltada à agricultura, na atualidade, é um dos pontoschaves para uma boa rentabilidade financeira no plantio e condução da lavoura. Não que os “antigos” não soubessem utilizar artifícios importantes na produção de alimentos e tudo mais. Mas que as descobertas dos últimos anos no ramo da nanotecnologia e na liberação lenta de nutrientes revolucionou a indústria de fertilizantes. Porém, como todas as coisas boas que se inventa neste país, muitos “aproveitadores” apoderam-se do mercado, ludibriando produtores rurais e empresários do setor de agronegócios. São várias empresas existentes no país neste ramo, mas poucas podemos considerar como responsáveis e confiáveis como Embrafós, Fertec e Produquímica. Nesta edição apresentamos a importância do manejo alimentar na redução da acidose ruminal e laminite em vacas leiteiras. Também no setor leiteiro, publicamos artigo que comprova o aumento da produção de silagem com milho transgênico. Destacamos, no setor de máquinas, a conquista da Palini & Alves e os benefícios da Roda D´água na agricultura. Trazemos ainda, um novo patrocinador, a INCOBI - Indústria de Má-

quinas Agrícolas Biagi, de Cajuru (SP). No setor da cafeicultura, destaque para a matéria sobre a nomeação de Wagner Rossi, para permanecer na pasta do MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Também para a matéria sobre o “Desempenho de clones de Café Arábica para os próximos anos”. Ressaltamos, ainda, a criação da entidade Origens Produtoras do Café do Brasil, a nova entidade representativa do setor cafeeiro no país. Que o setor possa ter, finalmente, a representativade que merece no cenário mundial. Com relação à silvicultura, apresentamos pesquisa sobre a utilização segura do Lodo de Esgoto na adubação de florestas. Na criação de abelhas sem-ferrão, destacamos a introdução de rainhas em colméias de abelhas nativas do Brasil. Na cultura da cana-de-açúcar, apresentamos mais um artigo interessante do francês Olivier Genevieve e uma matéria importante sobre a ampliação do cultivo do amendoim, na entressafra da cana. Aproveitamos para parabenizar o Escritório Alvorada (Franca/SP) pelos 35 anos de existência para a comunidade rural de Franca e região. Uma boa leitura a todos!

E-MAILS JOÃO AP. BUENO CAMARGO Engº Agrônomo. Batatais (SP). “Solicito alteração em meu endereço de correspondência. Grato e parabéns pela revista. DAIANA LILIAN FALEIROS Publicitária. Franca (SP). “Gostaria de receber a revista”. GUSTAVO BORGES RISSATTI Médica Veterinária. Barretos (SP). “Sou estudante em Medicina Veterinária e gostaria de receber a revista”. JOSÉ RENATO PEIXOTO Técnico em Gestão de Empresa Rural. Franca (SP). “Gostaria de assinar a revista. Li alguns artigos nela e me interessei bastante pelo conteúdo”. CELSO ANTONIO MEDEIROS Agricultor. Passos (MG). “Parabéns pelas matérias. Gostaria de receber a Revista Attalea.” JOSÉ APARECIDO FREITAS SILVA Cafeicultor. São Sebastião do Paraíso (MG). “Achei muito interessante a revista. Sou cafeicultor e gostaria de assiná-la”. RONALDO SOUSA DE OLIVEIRA Empresário. Uberaba (MG). “Recebemos todos os meses a Revista Attalea Agronegócios. Solicito alteração em meu endereço”. LANCELORT AGUSTIN ALMADA Supervisor - Adubos Triângulo. Piumhi (MG). “Trabalho como supervisor de Área da empresa Adubos Triângulo e gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”.

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NUTRIÇÃO ANIMAL

Evialis apresenta ‘Presence’, nova marca de produtos para nutrição animal.

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FOTO: Divulgação

fim de reestruturar seu portifólio e implementar inovações em seus programas nutricionais, a Evialis, uma das líderes mundiais em nutrição animal, anuncia o lançamento de uma nova marca de produtos para esse mercado. A Presence chega para substituir a Purina nos segmentos de ruminantes, eqüinos, peixes, camarões, aves e suínos, marca comercializada pela Evialis ao longo dos dois Nilton Perez, presidente da Evialis Brasil últimos anos, após aquisição da representação gráfica. Nossa marca é divisão de nutrição animal da Cargill. A Evialis utilizará a marca Purina constituída por pessoas, com experiênaté junho de 2011, promovendo uma cia e conhecimento das necessidades substituição gradativa pela marca Pre- dos consumidores e proximidade dos sence. A transição, que tem início em clientes. E isso não se encerra, mas sim outubro, contará com o relançamento se intensifica. Todas essas qualidades, de todo o portifólio Purina com a nova aliadas à excelência na formulação dos marca, e será feita em etapas pré-defin- produtos, serão mantidas na nova Presidas. ence, que já nasce grande. ContinuaAté cumprir todo o cronograma, remos contando com a maior e mais a empresa vai manter as duas marcas especializada rede de distribuição de em circulação. “A decisão de introduz- produtos do segmento do país”, inforir uma nova marca no mercado é fruto ma Perez. A equipe Evialis recebeu a da necessidade de expansão de port- notícia com entusiasmo e já passou por fólio e inovação constante. Com uma treinamentos para responder a posmarca própria, poderemos adequar as síveis dúvidas dos clientes, prospectos linhas em circulação de acordo com as e do mercado. tendências de mercado e demandas dos A Evialis continua sendo proclientes. Esses fatores ficavam limita- prietária das fórmulas dos produtos e dos no antigo modelo.”, explica Nilton da engenharia de produção. A equipe Perez, diretor presidente da Evialis no interna e a rede de revendas permanBrasil, salientando que, “com a mudan- ecem inalteradas. ça, a Evialis passa a ter maior liberdade A empresa prevê que a estimativa para inovação e também para a entrada de crescimento do faturamento de 10% em novos segmentos.” ao ano seja mantida. “Trata-se de uma A empresa entende que tem um decisão estratégica e muito coerente amplo desafio pela frente, mas o encara com a ambição da Evialis no Brasil, como uma grande oportunidade e está que é de crescer e incrementar os seus confiante com a receptividade do mer- investimentos. O Brasil é hoje para a cado. “Uma marca é feita de atributos Evialis uma das principais atividades muito superiores a um nome ou a uma do grupo, senão a principal”, finaliza o

executivo. Criação da Marca - Para a escolha e desenvolvimento da nova marca, um time de profissionais especialistas da Evialis no Brasil e França realizou uma série de estudos e análises sobre percepções e aceitação de diferentes marcas. A Presence foi a escolhida, e tem como principais atributos o compromisso com a excelência dos produtos, inovação, profissionalismo da equipe, dinamismo, parceria com clientes e revendedores, integridade, universalidade e confiança. A Empresa - A Evialis, empresa francesa e uma das líderes mundiais em Nutrição Animal, está presente industrialmente em 18 países, possui mais de 75 unidades industriais e comercializa produtos e serviços em mais de 50 países. A empresa possui mais de 5 mil funcionários e está presente no mercado mundial há mais de 70 anos. Atuando no Brasil há mais de 70 anos, o grupo Evialis possui fábricas localizadas em Barra Mansa (RJ), Canoas (RS), Contagem (MG), Descalvado (SP), Inhumas (GO), Paulínia (SP) e duas em São Lourenço da Mata (PE), além de sua subsidiária Zoofort, em Primavera do Leste (MT). O grupo atua nos mais diversos segmentos de nutrição animal: ruminantes, eqüinos, aquicultura, aves, suínos e pet-food, através do fornecimento de rações completas, suplementos minerais e premixes. Trata-se de um grande grupo especializado em nutrição animal, preparado e capacitado para proporcionar ao mercado tecnologias específicas e voltadas para cada objetivo e necessidade dos produtores rurais. A

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LEITE

Junio Cesar Martinez 1

dade ruminal e redução da ingestão de alimento. Vacas A acidose ruminal subsob efeito de estresse calórico aguda é um problema, de cerselecionam a ração total em ta forma, predominante nos busca de aumentar a ingestão rebanhos leiteiros. Em vacas de partículas pequenas e conalimentadas com ração total, centrado, visando diminuir a aproximadamente 25% das ingestão de fibra e, com isso, vacas certamente tem pH rua produção de calor proveniminal abaixo de 5,5. Isso comente do metabolismo. Por isso, promete a perfeita digestão da existe uma recomendação dieta, uma vez que o pH rumipara se aumentar a FDN fisinal é grandemente uma função camente efetiva (aquela capaz de balanço entre a produção de estimular a ruminação) e de ácidos graxos voláteis proreduzir os carboidratos não venientes da fermentação de fibrosos, visando reduzir os carboidratos, sua neutralizariscos de acidose. Assim, um ção pelas tampões salivares e manejo que otimize o confordietéticos, e sua remoção pela Consumo excessivo ou reduzido de concentrado no período seco to dos animais e minimizem o absorção através da parede do pode aumentar o risco de acidose estresse calórico é um imporrúmen, ou passagem pelo rúmen. nada mais é do que aumentar gradati- tante componente para a prevenção de A acidose é causada pelo con- vamente a proporção de concentrado laminite. sumo de alta quantidade de carboidra- na ração total, durante as ultimas poutos ruminalmente disponíveis, baixa cas semanas do pré-parto, o que é uma Aditivos - Existem muitos aditiquantidade de fibra efetiva, ou ambos. prática comum. O consumo de quan- vos disponíveis para uso em dietas de Laminite, uma inflamação asséptica tidade excessiva ou mínima de con- vacas leiteiras visando minimizar a das camadas dérmicas dentro do casco centrado durante o período seco pode acidose ou laminite. A suplementação e é a maior causa de manqueira de va- aumentar o risco de acidose. Quan- com monensina sódica é um exemplo cas leiteiras, relacionada a acidose ru- tidade excessiva pode levar a riscos de que tem demonstrado bom funcionaminal. acidose, mas é pouco provável devido mento para aumentar a eficiência da Porém, não podemos nos es- ao baixo consumo de alimento nesta produção de leite. A cetose sub-clinica quecer de que vacas leiteiras de alta fase; também porque os produtores foi reduzida em vacas em transição produção terão inevitavelmente algum costumam ser econômicos com relação tratadas com cápsulas de liberação congrau de acidose, dadas as características a quantidade de concentrado para va- trolada de monensina. Também pode da dieta para esse tipo de animal, e o cas secas. Por outro lado, quantidade ser usada para prevenir acidose lática, comportamento fisiológico e ingestivo mínima também pode levar a acidose, demonstrando ser um produto interesda vaca. Assim, excelente manejo do uma vez que a falta de absorção de áci- sante para reduzir acidose e laminite, cocho e investimento em conforto ani- dos graxos voláteis pelas papilas rumi- embora mais algumas pesquisas sejam mal têm sido apontados como fatores nais e a adaptação dos microrganismos requeridas. de risco para acidose e laminite em re- ruminais à alta quantidade de energia Aparentemente, a monensina banhos leiteiros. mantém ou aumenta o pH de vacas que será ingerida apos o parto. Então, escrevo este artigo para leiteiras. Em confinamento de gado destacar os desafios que enfrentamos, Estresse Calórico - A pesquisa já de corte, os animais aumentaram a bem como os nossos esforços para mi- demonstrou baixo pH ruminal de va- frequência de alimentação e reduziram nimizar a acidose ruminal e a laminite cas leiteiras quando mantidas em am- o tamanho médio da refeição. de vacas leiteiras, ressaltar que a mar- biente quente e úmido (30ºC e 85% de O pH ruminal diminui após as gem de erro em nossos programas de umidade relativa) de que de vacas em refeições, e esta diminuição vai proformulação de ração é pequena, bem ambiente mais fresco (18ºC e 50% de gredindo a medida que aumenta o como, para apontar os pontos de con- umidade relativa), quando alimenta- tamanho das refeições e diminui a trole onde poderemos atuar. das com alta forragem (35% de grãos, quantidade de FDN dietético. A suplepH de 6,1 vc 6,4) ou dietas de alto grão mentação com bicarbonato de sódio Dieta de Transição - Na prática, (65% grão, pH 5,6 vs 6,1), possivel- atenua a queda do pH pós-alimenta1 - Doutor em Ciência Animal e Pastagens pela mente devido à diminuição da ativi- ção, e pode atenuar a acidose. A recoEsalq/USP.

FOTO: Editora Attalea

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Manejo alimentar visando reduzir acidose ruminal e laminite em vacas leiteiras


LEITE nutricional de forma bastante disciplinada, pois de nada adianta realizar analise bromatologica do alimento e contratar um excelente nutricionista para formular a ração, se ao alimentar, esse procedimento é feito usando uma pá-carregadeira de grande capacidade, mas de mínima precisão. Outra questão a ser avaliada é da utilização de silos “bag”. Muitas vezes se tem variação na composição do alimento entre os silos, principalmente aqueles com históricos diferentes, como dia de colheita, condições climáticas, talhões diferentes, variedade, tamanho de partícula (máquinas diferenUm dos problemas causados pela acidose é a laminite, como a obtes para cortar), dentre outros servada acima nos cascos de bovino de leite. fatores. Fazendas que utilizam grande quantidade e diversidade de feitos com leveduras muito específicas, Preparo da Dieta - Grande variasubprodutos agroindustriais também como Lactobacillus plantarum, Entero- ção nas concentrações de MS, energia e deverão estar atentas as variações na coccus faecium, Megasphaera elsdenii FDN podem ser observadas entre silos. composição destes. Portanto, em sistee Propionibacterium, e demonstraram Diferentes silos feitos na mesma promas bastante ajustados, essa diferença eficácia na atenuação da acidose, mas priedade certamente terão composição poderá ser transferida para o concenos trabalhos ainda são muito escassos e diferente. Isso enfatiza a importância trado, para o perfeito balanceamento os dados não conclusivos. do controle meticuloso da utilização do alimento, para da dieta. FOTO:Divulgação

mendação de inclusão de 0.7 a 1,0% da ração total tem sido genericamente utilizada. Foi relatado que 20mg/ vaca/dia de suplementação com biotina reduziu a laminite de vacas leiteiras, através da queratinização da epiderme do casco. A biotina não influencia a produção de ácidos graxos voláteis e a digestibilidade aparente no trato digestivo. Também, existem relatos na literatura de que laminite pode ser decorrente da carência de alguns elementos minerais, como zinco, manganês, cobre e cobalto, pois eles também atuam na queratinização, conforme o descrito para a biotina. E por fim, alguns estudos foram

VOCÊ SABIA? por Hélio Casale # Que em cerca de 63% das terras agricultáveis do Brasil o alumínio tóxico está presente causando redução do sistema radicular das principais culturas. Para neutralizálo é que se emprega o calcário associado ao gesso agrícola. # Cidade x Campo – estima-se que até o ano de 2010 o crescimento das áreas urbanas vai subtrair cem milhões de hectares da agricultura. Somente na China, desde 1995, a área rural perdeu dois milhões de hectares para as cidades. # Que a produção comercial de tratores começou com o famoso modelo Fordson, desenvolvido por Henry Ford e anunciado em 1917. # Que o primeiro trator brasileiro foi fabricado em 1959 pela Companhia Brasileira de Tratores, mais conhecida como CBT, em São Carlos (SP). # Que a população rural em 1960 era maioria quando 54,9% das pessoas moravam no campo. Houve um êxodo rural impressionante nos últimos tempos. Já em 1970 moravam no campo apenas 44,1% dos brasileiros. A queda continuou em 1980 baixou para 32,4%, em 1990 para 24,4% , em 2000 cerca de 18,8 % e atualmente a estimativa é de 17%. Cada vez mais bocas para serem alimentadas.

minimizar a variação dos lotes, e para a obtenção de amostras representativas do que está sendo fornecido aos animais. Logicamente, esse controle somente é interessante em fazendas que fazem controle do manejo

Considerações Finais - Podemos observar que dispomos de conhecimentos sobre manejo e nutrição de vacas leiteiras, bem como disponibilidade de produtos, capazes de atenuar consideravelmente os problemas de acidose ruminal e laminite. Manejo nutricional e investimento em conforto para os animais são requisitos chaves para minimização, ou mesmo eliminação do problema. (FONTE: Texto adaptado de notas de aula do Professor Dr Randy D. Shaver, da University of Wisconsin, Madison - EUA). A

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FERTILIZANTES

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Produquímica aposta em fertilizantes inteligentes de liberação lenta e controlada

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Produquímica Indústria e Comércio S.A aposta nos Fertilizantes Inteligentes e tem investido forte em uma ampla linha de produtos para o mercado nacional voltada para várias culturas, principalmente para as de citros, café, hortaliças e milho. “São fertilizantes de liberação lenta e controlada de nutrientes, cuja tecnologia permite aumentar a performance agronômica do fertilizante, diminuir o número de entradas na lavoura, além de evitar a contaminação do meio ambiente”, explica Cláudia Afonso, Gerente de Produtos da linha. Para o agricultor, essa alta eficiência e tecnologia durante a adubação representam a otimização da mão-de-obra, do tempo e da quantidade de fertilizante aplicado. Entre os destaques está a linha de produtos Producote®. A característica principal desta linha é que o Nitrogênio e o Potássio são encapsulados com Enxofre e polímero orgânico e o Fósforo com polímero. Com isto, há a maximização da eficiência do uso dos nutrientes, reduzindo drasticamente as perdas de Nitrogênio por volatilização, lixiviação e desnitrificação, as perdas de Potássio por lixiviação e a redução

Fertilizante Polyblen

Fertilizante Producote

da adsorção de Fósforo às partículas do solo. Esta linha de produtos apresenta formulações com vários períodos de liberação de nutrientes que são disponibilizados de forma lenta e controlada para atender às necessidades das diferentes culturas em diversas condições edafoclimáticas. “Com o objetivo de construir fórmulas sob medida para os dife-

rentes cultivos e regiões, oferecendo soluções completas para a adubação, a Produquímica elaborou uma mistura física de Producote® com fertilizantes convencionais. Essa linha recebe o nome de Polyblen®. Com essa inovação, o produtor maximiza a eficiência do uso dos nutrientes”, observa Cláudia. Líder Mundial em Micronutrientes - O Grupo Produquímica foi fundado no Brasil em 1965 e é líder mundial em micronutrientes para a agricultura e nutrição animal. Também está presente no mercado externo, com produtos que chegam atualmente aos países do Mercosul, Europa e Oriente Médio. O Grupo atua em quatro áreas de negócios: nutrição vegetal, nutrição animal, tratamento de águas e indústria química. Seu complexo industrial recebeu recentemente novos investimentos para elevar a capacidade produtiva. Suas nove unidades estão localizadas estrategicamente em Suzano (SP), Maceió (AL), São José dos Campos (SP), Igarassu (PE), Varginha (MG), Mauá (SP), Jacareí (SP) e Cubatão (SP). A


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CAFEICULTURA

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A Organização Internacional do Café e o Acordo Internacional do Café são dispensáveis? José Luis dos Santos Rufino 1

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existência da OIC provoca, no mínimo, dois questionamentos importantes. O primeiro deles decorre de ser ela um arranjo único no mercado mundial. Criada em 1963, quando então se acreditava possível, e desejável, exercer a governança de mercado via uma instituição que organizasse os interesses dos diversos segmentos por meio de acordos multilaterais, a OIC navegou, até o início dos anos 80, em confortável ambiente onde o intervencionismo estatal era a tônica entre os países membros. No mesmo período em que vicejou a OIC, outras instituições semelhantes também foram ativadas, sendo a OPEP a mais conhecida delas, principalmente, na década de 70. Mesmo essa, não obstante a importância do petróleo, já não exerce qualquer papel fundamental no mercado e não passa da associação de 11 países produtores sem nenhuma influência nos rumos do mercado dessem produto. Desconheço a existência da OISoja, OIAlgodão, ou mesmo de organizações internacionais voltadas para apoiar o desenvolvimento de cadeias produtivas não agrícolas por meio de acordos multilaterais entre Países. Todas elas se valem, para disciplinar os mercados, de instrumentos reguladores mais contemporâneos, como, por exemplo, a Organização Mundial do Comércio. A segunda questão, no entanto, é mais relevante e toma maior dimensão quando observo nossas autoridades e lideranças cafeeiras voltarem suas atenções para o Acordo Internacional do Café. Nesse momento, temo que estejam privilegiando mecanismos que terão pouco ou nenhum impacto sobre a nossa cafeicultura, em detrimento de estarem buscando as verdadeiras soluções para as nossas dificuldades. Se assim for, as verdadeiras opções de desenvolvimento da cafeicultura brasileira deixam de ser abordadas por nossos deputados e demais líderes em Audiência Pública da maior importância, relegando as verdadeiras soluções 1 - Engenheiro Agronômo, Doutor em Economia Rural e pesquisador da Embrapa

ao esquecimento, enquanto tratam de um Acordo com o objetivo pomposo e vazio que diz: “O objetivo do presente Acordo é fortalecer o setor cafeeiro global num contexto de mercado, promovendo sua expansão sustentável em benefício de todos os participantes do Setor”. Ainda bem que, paralelamente a esse desperdício de tempo e desvio de foco, temos instituições e pessoas se dedicando a buscar soluções que realmente apontam para o melhor desempenho da nossa cafeicultura. Exemplos recentes de esforços bem mais produtivos podem ser verificados nas regiões produtoras de café. No Sul de Minas, podemos observar a Cooxupé empenhada em ampliar sua estrutura física, conduzindo um arrojado e moderno projeto de armazenamento para cerca de 2 milhões de sacas de café, ao tempo em que moderniza seu laboratório de qualidade e se ocupa com a capacitação de seus funcionários, com a evolução técnica e econômicas de seus cooperados e com a busca de novos e mais rentáveis opções de mercado. No Cerrado, assistimos ao esforço do CACCER para coordenar ações de valorização do café de sua região de abrangência, trazendo visitantes/ compradores de outros países e promovendo a viagem de sondagem mercadológica que visam à ampliação do número e da qualidade dos mercados compradores e, simultaneamente, se volta para proporcionar uma assistência técnica e gerencial para seus cafeicultores. Na Zona da Mata, assistimos o empenho do SEBRAE-MG, em conjunto com a Secretaria a Agricultura do Estado de Minas e da Faemg e com o apoio das associações locais de cafeicultores, desenvolvendo um trabalho moderno para implantação do Projeto “Foco competitivo do café das Matas de Minas” com o objetivo de reforçar a competitividade desse pólo cafeeiro, orientando ações coordenadas que buscam integrar as perspectivas individuais a uma visão conjunta de um futuro melhor para a cafeicultura regional. Se ao invés de discutirem um

acordo multilateral - cujo histórico é uma sucessão de rompimentos e de cláusulas não cumpridas por seus signatários - a liderança cafeeira estivesse apoiando e incentivando ações desses tipos, certamente teríamos um resultado muito mais auspicioso. Pasmem, mas o principal argumento para que o Brasil celebre o tal acordo é que somos o maior País produtor e o segundo maior consumidor de café do mundo. Ora, esses são, exatamente, os argumentos fundamentais para jogarmos o jogo de mercado e da produção, ampliando cada vez mais a nossa capacidade de produzir com qualidade e de buscar as melhores oportunidades de inserção nos mercados nacional e internacional, que não se curvam a acordos celebrados nos gabinetes, mas sim, ao alto padrão de competência estabelecido por meio de ações mais adequadas, como as já apontadas. Por último, é oportuno lembrar que durante a forte crise vivenciada pela cafeicultura brasileira nessa década, não se registrou, para solução dos problemas, qualquer influência dos Acordos Internacionais do Café celebrados anteriormente. Não obstante, a reunião da OIC realizada em setembro de 2005, em Salvador, se propunha a “traçar estratégias futuras que busquem o equilíbrio entre produção e consumo”. Que foi feito por essa organização desde então? Autoridades cafeeiras, é muito provável que, ao se empenharem para legitimar o Acordo Internacional do Café de 2007, estejam apenas dando tiros de festim nesse combate por um futuro melhor de nossa cafeicultura que é, certamente, o objetivo maior de todos vocês. A

NOTA Confira maiores informações sobre todos os AICs no artigo de Carlos Eduardo de Andrade: “EFEITOS DOS ACORDOS INTERNACIONAIS DO CAFÉ PARA O BRASIL NO PERÍODO DE 1960 A 1992”, postado no site da Revista Attalea Agronegócios (www.revistadeagronegocios.com.br)


LEITE

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José Benevides Romano 1

egundo especialistas do agronegócio, mais de 50% do milho plantado no Brasil na safra 2010 é geneticamente modificado, ou seja, transgênico. Essa tecnologia para a cultura do milho foi aprovada no Brasil há apenas 02 anos, e esse rápido avanço na adoção dessa tecnologia em todas as culturas já coloca o Brasil como 2º país do mundo em área plantada com sementes transgênicas. E na pecuária de leite e carne essa tendência não é diferente, pois o produtor já percebeu os benefícios da utilização dos milhos transgênicos, que hoje estão cada vez mais acessíveis, independente do tamanho de sua área plantada. À medida que o produtor de leite vem se conscientizando que é importante obter altas produtividades aliadas à produção de silagem de milho com alta energia, ele percebe que para isso é fundamental investir numa lavoura que lhe dê bons resultados agronômicos com menores custos operacionais na utilização de máquinas e defensivos. Nesse sentido, a utilização de sementes transgênicas de milho na produção de silagem de alta qualidade se encaixam perfeitamente, já que podem aliar elevado potencial produtivo devido ao controle do ataque das lagartas, além de proporcionarem uma silagem com qualidade bromatológica superior. É interessante observar que, ao contrário do que muitas empresas multinacionais imaginavam, a adoção das sementes de milho transgênico por pequenos produtores tem crescido consideravelmente, principalmente pelo fato de que na maioria das vezes, eles não possuem estrutura adequada e oportuna de maquinário (trator e pulverizador) para pulverização da lavouras atacadas pelas lagartas. Além disso, ao optar pelo milho transgênico o produtor proporciona benefícios ao meio ambiente, já que a tecnologia possibilita a redução da aplicação de inseticidas e do uso de produtos químicos, o menor consumo de água (com a redução da aplicação de inseticidas), o menor uso de combustível (por utilizar menos máquinas no campo), a redução da contaminação do agricultor que aplica os inseticidas (pela redução do contato com produtos químicos), e consequentemente maior qualidade de vida do produtor. E quanto à questão da segurança, é importante ressaltar que os vários produtos derivados dos milhos geneticamente modificados foram minuciosamente avaliados quanto aos riscos para humanos e animais, e não apresentaram nenhum efeito adverso, ou seja, se mostraram tão seguros, nutritivos e saudáveis quanto os milhos convencionais, tanto para alimentação humana quanto animal. 1 - Engenheiro Agrônomo da Riber Sementes

FOTO: Editora Attalea

Aumenta a utilização de milho transgênico na produção de silagem

Portanto, a utilização de transgênicos na produção de uma silagem de milho de alta qualidade vem se tornando uma revolução tecnológica, ambiental e social, tendo em vista as grandes transformações que estão ocorrendo no campo, independente do tamanho e segmento do produtor rural. A

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MÁQUINAS

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nventada na década de 40 para suprir necessidades essenciais de abastecimento de água, a Bomba Roda D’água é hoje um ícone de preservação da natureza e ganho econômico. Desenvolvida para diversas situações de bombeamento, tanto para longas distâncias quanto para alturas elevadas, as Bombas a Roda D’água têm como principais características a robustez, a alta durabilidade e a baixa manutenção, tudo isso sem o uso da energia elétrica. No entanto, existem alguns procedimentos que contribuem para que tais qualidades se preservem e que os usuários deste tipo de equipamentos usufruam de todos os benefícios que eles podem proporcionar.

Instalando uma Bomba D´Água - Após o dimensionamento do melhor conjunto “bomba e roda” deve-se preparar o local da instalação. Para a escolha do local de instalação adequado atente para: - Água para acionamento da roda; - Água que será bombeada (mina de água); - Construção da base de concreto para instalação do suporte; - Local livre de enchentes e erosões; - Nivelamento do suporte, pois ele estando nivelado irá garantir o bom desempenho do produto;

- Após a fixação do suporte, o mancal também deve ser fixado e nivelado; - Para a montagem da Bomba no mancal posicione o rolete de forma a encaixá-lo corretamente no quadrante evitando colisões entre as peças no ato de juntar os dois conjuntos; Deve-se ter ainda uma atenção especial para que a entrada da água na bomba seja por sucção, pois por gravidade apesar de facilitar o bombeamento, não é recomendada, além de causar uma maior entrada de detritos no sistema gerando o mau funcionamento das válvulas e seu desgaste acelerado, o equipamento não foi projetado para funcionar “afogado”. Importância da Troca de Óleo - Os componentes mecânicos da Bomba a Roda D’água trabalham lubrificados por óleo SAE 30 ou 40. A importância da troca de óleo é manter a lubrificação das partes metálicas que trabalham em contato reduzindo atrito, evitando desgaste e a corrosão dos elementos internos, o que em suma aumenta a durabilidade do produto. A troca de óleo possibilita a verificação de funcionamento dos componentes no interior do cárter. A recomendação é que esse procedimento seja executado a cada 3 meses. Importância da Troca Correta de Gaxetas - A Bomba a Roda D’água possui um sistema

FOTOS: Bombas Rochfer

Roda D´água: robustez e durabilidade

de vedação regulável de baixo custo de manutenção que é ideal para condições severas de trabalho, como a falta de água na sucção, que faz com que os pistões trabalhem a seco e a presença de areia na água bombeada. Quando observado um grande vazamento de água pelas gaxetas, pode se corrigir imediatamente com um pequeno aperto da sobreposta. Com o tempo as gaxetas vão se acomodando e perdendo seu efeito de vedação, por isto, é importante que na troca das gaxetas todos os anéis sejam substituídos. Quando a troca é feita parcialmente somente os anéis novos participam da vedação tornando a troca bem mais frequente que o necessário. A

INFORMAÇÕES CANAL - A loja especializada Rochfer www.canalbombas.com.br Tel. (16) 3018-1992 / 3724-7280


MÁQUINAS

Palini & Alves: pelo 3º ano consecutivo entre as 10 melhores empresas do agronegócio nacional no setor de tratores e máquinas agrícolas

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FOTO:Divulgação

odemos classificar e analisar a evolução da Palini & Alves nesses últimos anos como uma empresa que atravessou as turbulências da crise global e vem expandindo ainda mais o mercado a cada ano, através da qualidade insuperável das máquinas já bastante conhecidas no mercado, e também mediante a diversificação de produtos com lançamentos que vem mudando a ótica do segmento. A prova concreta da consagração da marca se dá quando neste ano de 2010, a Palini & Alves foi eleita pelo terceiro ano consecutivo entre as 10 melhores empresas do agronegócio nacional no setor de tratores e máquinas agrícolas através de pesquisa da Globo Rural, sobre os dados fornecidos pelo Serasa Experian, que constatou um grande volume de investimentos previstos pelas 30 campeãs dos principais segmentos para os próximos anos. A cada ano a empresa melhora significativamente a sua classificação e a presença nas categorias: Evolução do Ativo (1º lugar); Giro do Ativo (6º lugar); Rentabilidade da PL (7º lugar); Liquidez Corrente (10º lugar); Margem Líquida (10º lugar); e Margem da Atividade (10º lugar). A seleção das melhores em cada um dos 30 setores leva em conta a soma dos pontos dos dez critérios elaborados

pela redação da revista Globo Rural e Serasa Experian. Nestes últimos 25 anos a safra brasileira de grãos saltou de 23,9 milhões de toneladas para 149 milhões de toneladas, gerando assim um aumento de 175% e posicionando o Brasil como um dos principais responsáveis pelo crescimento deste setor e solidificando o nosso país como um dos grandes pilares no mercado internacional. Hoje, a Palini & Alves possui uma das fábricas mais modernas no Brasil com uma área de 60 mil m², a empresa produz equipamentos para processar café arábica ou robusta, cafés naturais, cereja descascado ou pergaminho (despolpado) e diversos outros grãos como milho, soja, feijão, castanha, etc. Serviços, que vão desde a pós-colheita até o café pronto para a exportação ou para as torrefações. Atualmente a empresa também

vem tendo grande sucesso nos novos segmentos de Carretas Agrícolas e Painéis Elétricos. Visando uma melhor expansão de seus negócios, a Palini & Alves tem projetos para muito em breve aumentar ainda mais sua capacidade de produção, bem como sua cobertura nacional e internacional; para atender ainda melhor nossos parceiros e colaboradores. A trajetória da empresa é marcada com arrojo e dedicação até culminar na liderança do mercado de máquinas agrícolas para processamento de café e outros grãos. O resultado da classificação da Palini & Alves estar entre as melhores empresas do agronegócio nacional é engrandecedor para toda a cadeia produtiva do café. Em nome de toda a diretoria, parabenizamos a equipe Palini & Alves pela conquista. A

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IRRIGAÇÃO

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Irrigação por pulsos

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André Luís T. Fernandes 1

Figura 1 - Consumo de água por uma planta de café, ao longo do dia.

agricultura brasileira busca constantemente diminuir seus custos de produção e aumentar a qualidade do produto colhido, mantendo assim a competitividade no mercado nacional e internacional mesmo em momentos de crise. Neste contexto, o aumento de produtividade é o fator que mais contribui para redução de custos e a irrigação é considerada a tecnologia de produção agrícola mais eficiente para esta finalidade, pois também contribui para a estabilidade da produtividade. O Brasil já irriga 240.000 ha de todo o seu parque cafeeiro, o que representa quase 10% da cafeicultura nacional. O que chama a atenção é que esta fatia irrigada responde por 25% da produção nacional, mostrando a grande competitividade da cafeicultura irrigada nacional. Os cafezais irrigados estão mais concentrados nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia e, em menor proporção, em Goiás, Mato Grosso, Rondônia e São Paulo. A irrigação tem sido utilizada mesmo nas regiões consideradas tradicionais para o cafeeiro, como o sul de Minas Gerais, Zona da Mata de Minas Gerais, Mogiana Paulista, Es-

pírito Santo, etc. Trabalhos de pesquisa demonstram que o aumento de produtividade média com o uso da irrigação (médias de pelos menos 3 safras) tem sido de 50%, quando comparada com as lavouras de sequeiro, trabalhos estes desenvolvidos nas regiões de Lavras e Viçosa, Minas Gerais, regiões consideradas aptas climaticamente ao cultivo do cafeeiro, sem a necessidade de irrigação. Convém salientar que, embora 1 - Doutor em Engenharia de Água e Solo, proa irrigação seja viável nestas regiões, fessor da Universidade de Uberaba (UNIUBE) e o benefício do uso desta tecnologia é coordenador do Núcleo de Cafeicultura Irrigada da Embrapa Café. mais evidente em regiões mais quentes, onde a temperatura Tabela 1 - Classificação das regiões cafeeiras do Brasil de acordo média mensal dificom as temperaturas médias mensais. cilmente fica abaixo TEMPERATURA MÉDIA MENSAL (ºC) CLASSIFICAÇÃO dos 19º C, como as J F M A M J J A S O N D DAS REGIÕES novas fronteiras do REGIÕES QUENTES café, como Barreiras, (ano todo > 19ºC) Luiz Eduardo MaCatalão/GO, Brasília/DF, Barreiras/BA REGIÕES MÉDIAS (jun e jul < 19ºC) Patrocínio/MG, Araguari/ MG, Bonfinópolis/MG, Paracatu/MG, Marília/SP REGIÕES FRIAS (mai a ago < 19ºC) Londrina/PR, Franca/SP, Varginha/MG, Carmo do Paranaíba/MG

Temperaturas acima de 19ºC

galhães e Cocos, na Bahia. Na Tabela 1, é possível verificar a divisão da cafeicultura brasileira em regiões, de acordo com a temperatura. As regiões podem ser classificadas, segundo Santinato; Fernandes (2002) em “frias”, “médias” e quentes. A irrigação tem proporcionado melhores resultados de produtividade nas regiões quentes, seguido pelas médias e, por último, nas frias. Vários experimentos têm sido conduzidos nas diferentes regiões cafeeiras, objetivando, principalmente, avaliar o efeito da irrigação na produtividade e qualidade do cafeeiro, sendo vários deles relacionados a estresse hídrico x produtividade/qualidade. Existem diferentes sistemas de irrigação que podem ser utilizados, sendo que a escolha do sistema de irrigação mais adequado depende de

Tabela 2 - Primeiras safras da lavoura de Catuaí Vermelho, no sul de Minas Gerais, Varginha/MG, Fazenda Experimental da Fundação Procafé. TRATAMENTOS T1 - 1 linha gotejamento convencional T2 - 2 linhas gotejamento por pulsos T3 - 3 linhas gotejamento por pulsos T4 - 4 linhas gotejamento por pulsos T5 - Sequeiro Temperaturas abaixo de 19ºC

Safra 2008 (sc/ha) 47,7 b 60,5 a 51,0 b 69,3 a 12,6 c

Safra 2009 (sc/ha) 70,9 a 38,3 b 40,7 b 69,9 a 68,0 a

Média (sc/ha) 59,3 a 49,4 b 45,8 b 69,6 a 40,3 b

As médias seguidas da mesma letra minúscula não diferem entre si na coluna, pelo Teste Scott Knott a 5% de probabilidade


IRRIGAÇÃO FOTO: Embrapa Café

uma série de fatores, destacando-se o tipo de solo, a topografia, o tamanho da área, os fatores climáticos, os fatores relacionados ao manejo da cultura, o déficit hídrico, a capacidade de investimento do produtor e o custo do sistema de irrigação. Além disso, devese ter em mente também que é grande o volume de água exigido na irrigação e, por isso, a necessidade de otimizar a utilização deste recurso é um dos aspectos mais importantes que deverá, também, ser consi- Exemplo de grande desenvolvimento radicular com a derado no momento de decidir ção da nutrirrigação por pulsos pelo método e pelo sistema de irrigação de água e nutrientes, proporcionando a ser utilizado. menores perdas destes elementos pela O uso de métodos de irrigação pronta assimilação pela planta (Fig 2). mais eficientes no consumo de água Em trabalho realizado por Paiva; está cada vez mais disseminado no Sanches (2010) na Estação ExperimenBrasil e a irrigação por gotejamento em tal de Varginha pertencente ao Procafé café é uma realidade em todas as prin- observam-se resultados significativos cipais regiões produtoras. em aumento de produtividade nas duas Um sistema inovador de produção primeiras safras de café Catuaí Verde café foi proposto por uma grande melho no expaçamento de 3,5 x 0,7m, empresa multinacional de gotejamen- conforme pode ser visto na Tabela 2: to em 2005 em caráter experimental. Para compor um sistema de nuHoje, já existem áreas comerciais em trirrigação por pulsos, não basta soSão Paulo e no Triângulo Mineiro usu- mente utilizar gotejadores antidrefruindo desta tecnologia exclusiva. A nantes. É necessário que todo o sistema técnica consiste basicamente em usar de gotejamento seja antidrenante, pois um sistema de gotejamento por pulsos pequenas variações topográficas denpara aplicar a água seguindo a curva de tro do bloco de irrigação farão o sistetranspiração da planta ao longo do dia. ma drenar e quando os pulsos forem Nesta água, também são aplicados aplicados - que são irrigações de curto os fertilizantes, buscando desta forma espaço de tempo, 5 a 15 minutos -, o suprir a necessidade momentânea de tempo de pressurização causará deágua e nutrientes da planta, realizando-se várias irrigações pequenas apenas durante o dia (pulsos) e aplicando solução nutritiva (nutrirrigação). Nesta revolucionária forma de suprir as necessidades hídricas e nutricionais da planta, não se usa o solo como reservatório de água e sim como um suporte à planta. Desta forma, aplica-se a solução nutritiva para a demanda horária da planta, várias vezes ao longo do dia (pulsos) à medida que a radiação do sol aumenta e consequentemente, a transpiração da planta (Fig 1). Nesta técnica, objetiva-se aumentar o desenvolvimento radicular em superfície, para que se potencialize a absorção

suniformidade na aplicação da solução nutritiva. Portanto, este sistema tem uma engenharia específica e componentes específicos, além dos gotejadores, que são válvulas de retenção, válvulas antidrenantes de linhas de tubogotejadores e um sistema de fertirrigação automatizado. Outra peculiaridade deste sistema é a necessidade de uma manutenção mais específica para prevenir crescimento microbiano, pois, como todo o sistema está sempre cheio de utiliza- solução nutritiva, há um estímulo para crescimento de algas, bactérias e protozoários que podem causar desuniformidade. Isso é controlado com injeções mais frequentes de oxidantes, como o hipoclorito. Até o momento, os resultados em produtividade que o sistema de nutrirrigação por pulso tem proporcionado justificam o investimento. Em média, tem-se obtido incremento de 5 a 10 sacas por hectare comparando-se com o sistema de gotejamento convencional. Esta diferença custeia o diferencial de investimento já na primeira safra. Com a participação de produtores, pesquisadores e consultores, esta tecnologia tem-se adaptado às condições brasileiras tecnologias de ponta no uso da água que já são consagradas em Israel, Europa e África do Sul, cumprindo assim sua função de líder em prover tecnologias inovadoras no uso de água na agricultura. A

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CAFEICULTURA

A diferença entre o café brasileiro e o colombiano DEZ 2010

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Arnaldo Bottrel Reis 1

Brasil é o maior produtor de café do mundo. Dentre as espécies, a mais comercializada no mercado nacional e internacional é o café arábica, o qual controlamos de 50% da comercialização mundial. É por isso que esse grão é conhecido no país como ouro verde. Porém o famoso cafezinho brasileiro há muito tempo vem sofrendo com a desvalorização perante o produto colombiano ou de países centrais. Fato é que a comparação é injusta, assim como o valor agregado ao grão produzido no Brasil e ao produzido na Colômbia. Algumas observações que são ignoradas pelo comércio na bolsa de Nova Iorque fazem toda a diferença para o consumidor. O café colombiano, negociado no contrato “C”, é um tipo lavado e precisa ser comercializado em até seis meses para não perder suas características, como a cor. Já o brasileiro é natural, que além da qualidade superior, ainda pode ser armazenado até o mercado oferecer preço justo. Essa disparidade exige uma desvalorização de 40%, aproximadamente, perante os cafés certificados na bolsa americana. Mas não há essa depreciação, o que impossibilita a comercialização por produtores brasileiros. Na cotação de U$2 libra peso, em março do ano que vem, a Colômbia vai comercializar seu café com preço cerca de 50 centavos de dólar sobre este valor. Enquanto o Brasil vai vender o produto de melhor qualidade a 30 cen1 - Presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Varginha (MG) e vice-presidente da Associação Nacional dos Sindicatos Rurais das Regiões Produtoras de Café e Leite – Sincal.

X tavos de dólar menos. Se o café colombiano representa o contrato “C”, porque a cotação não é regularmente U$ 2,50? O resultado disso é uma perda de quase R$ 90 por saca. A sociedade e o contribuinte são quem paga pelo prejuízo. O país perde divisas fazendo negociações no mercado internacional baseada numa cotação de concorrente e produto que não correspondem ao brasileiro. E não há alternativas para marketing do café FOTO: Editora Attalea

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brasileiro, visto que a Colômbia conseguiu tornar censo comum que seu produto é o melhor. Com isso, o produtor tem que vender sua produção a valores muito menores para sobreviver. A situação já é de conhecimento o governo, mas as multinacionais e exportadoras vêm pressionando. Como não bastasse a desvalorização, a classe ainda tem uma dívida que a torna dependente de um sistema. Isso impossibilita a comercialização justa, visto que sem capital, o produtor tem que entregar a produção ao valor que encontrar para sobreviver apenas, sem condições de investir e revitalizar a lavoura e melhorar a produção. O que a classe espera é uma solução do governo, da próxima administração, para que o cafeicultor tenha prazer em produzir o grão ouro verde do Brasil. Isso começa com a valorização do produto perante os outros de qualidade inferior no mercado internacional. O produtor não tem que viver se martirizando com o risco de sua falta, sua família ficar desestabilizada. É necessário que haja algo para assegurá-lo. A


CAFEICULTURA

Preço alto no mercado motiva produtor a aumentar taxa de renovação e a plantar em novas áreas FOTO: Editora Attalea

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á tempos que os fundamentos do mercado de café não criavam um ambiente tão favorável para a valorização dos preços da commodity. O aumento do consumo internacional e doméstico, mesmo após um cenário de crise global, e a oferta mais apertada, depois da redução da safra colombiana e dos países da América Central, já fizeram com que as cotações subissem 47,3% na bolsa de Nova York em 2010, apesar da queda de 1,29% em novembro, como mostram cálculos do Valor Data até o dia 26. A conjuntura para o café é tão favorável que no Brasil, maior produtor e exportador do planeta, já está difícil encontrar até mudas para serem adquiridas. A valorização dos preços nos últimos meses foi tão intensa que os viveiristas - como são chamados os produtores de mudas - de alguns dos principais polos do país não conseguiram atender à demanda de quem deixou a decisão de comprar as novas plantas para a última a hora. Em Minas Gerais, responsável por 52,3% da oferta nacional de café, não há mais mudas disponíveis. Dono do maior parque cafeeiro do país, com 3,11 bilhões de pés em produção e outros 473,7 milhões em formação, o Estado tem necessidade média de 155 milhões de mudas novas por ano, considerando-se uma taxa de renovação de 5%. “Em Minas Gerais não existe mais muda para comprar. Pague o preço que for, hoje já não é mais possível encontrar quem tenha mudas para vender”, afirma Antônio Carlos Paulino, presidente da Cooxupé, maior cooperativa de café do mundo.

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Segundo Paulino, o preço médio do milheiro de mudas no início do ano estava em R$ 250, mas apenas para quem fechava contratos de compras naquele momento e para entrega entre outubro e novembro. Para quem optou por fazer as compras no mercado disponível, apenas no momento do plantio, o preço médio do lote de mil mudas subiu de 30% a 50%, dependendo do período de compra. “O valor das mudas acompanha o preço da saca. Quem acertou a compra antes pagou menos do que quem deixou para a última hora. O fato é que quem quer comprar agora não consegue mais”, afirma Paulino. Em São Paulo, segundo maior produtor de café arábica do Brasil, com um parque cafeeiro total de 446,2 milhões de pés, a situação não é diferente. De acordo com dados da Secretaria de Agricultura do Estado, a disponibilidade de mudas este foi inferior que em 2009. A expectativa dos viveiristas para a oferta de mudas para 2010 é também menor que a do ano passado. O plano

anual dos viveiristas paulistas de 2009 previa a oferta de 21,3 milhões de mudas, enquanto para este ano a disponibilidade de mudas foi reduzida para 21,3 milhões, quase 35% a menos. O desestímulo dos produtores de mudas está relacionado com os preços. Em novembro do ano passado, o valor médio da saca de café, segundo o CEPEA - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, era de R$ 272,55. Em maio, quando a produção de mudas começa, a saca de café já valia R$ 289. O preço chegou a R$ 355 em novembro, 30% mais do que no mesmo período do ano passado. “Ainda não conseguimos quantificar exatamente, mas já é possível sentir uma migração de áreas de pastagem e grãos para o café. Foi esse efeito manada que pegou os viveiristas no contrapé e fez com que a disponibilidade de mudas ficasse mais ajustada”, diz Celso Vegro, pesquisador do IEA Instituto de Economia Agrícola, órgão da Secretaria de Agricultura paulista. Há 12 anos no negócio de mudas, o produtor Walter Garcia Bronzi vendeu neste ano 1,5 milhão de mudas a partir dos dois viveiros que tem no interior paulista, em Batatais e Altinópolis. A disponibilidade do produtor acabou há dois meses, apesar de o período de plantio do café durar de dezembro a fevereiro. “E se eu tivesse mais um milhão teria para quem vender. Nunca vi uma demanda tão grande quanto a desse ano, tanto que consegui vender a unidade por entre R$ 0,35 e R$ 0,40 este ano, sendo que o preço historicamente varia de R$ 0,20 a R$ 0,25”, afirma Bronzi. (Adaptado de VALOR ECONÔMICO) A


PARABÉNS....... 35 ANOS!!!!

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FOTO: Divulgação

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O Escritório de Contabilidade Rural Alvorada teve seu início em 1º de Julho de 1975, completando 35 anos de existência neste ano de 2010. Conta com uma equipe preparada para atender a todos com eficácia e respeito, privando sempre pela ética e qualidade. Estamos preparados para o século 21, inovando sempre com tecnologia atualizada, com o intuito de ampliar o número de clientes, atendendo Franca e toda região, bem como todo Estado de São Paulo e também outros Estados. Os proprietários e familiares do Escritório Alvorada agradecem, primeiramente a Deus por terem alcançado este feito, e a todos os clientes, colaboradores e fornecedores que sempre contribuíram para o sucesso desta empresa, pela preferência e confiança depositada em todos esses anos!

Funcionários do Escritório Alvorada


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CAFEICULTURA

Café arábica brasileiro será negociado na Bolsa NY

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café arábica brasileiro (lavado ou semilavado) poderá ser negociado na Bolsa de Nova York. A decisão foi tomada no começo de dezembro, em reunião do Conselho de Administração da Bolsa. A Bolsa de Nova York é o principal mercado de formação de preços desse tipo de produto, em que são negociados exclusivamente os cafés lavados. “A Bolsa percebeu que o Brasil tem participação importante nesse mercado, já que somos o maior produtor e exportador de café do mundo”, enfatiza o diretor do Departamento do Café do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Robério Silva. A medida atende pedido do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, feito em junho deste ano, ao chefe de operações da Bolsa, Thomas Farley. Na carta, Rossi ressaltou o crescimento da produção brasileira do café arábica lavado e semi-lavado nos últimos anos.

“A aceitação internacional do produto é resultado de investimentos feitos pelo governo e setor privado, destinados a aumentar a qualidade dos grãos de café produzidos, bem como dos esforços para respeitar os rígidos padrões sociais e ambientais no meio rural”, disse o ministro. Rossi acrescentou, ainda, que os testes de qualidade realizados pelos peritos da Bolsa concluíram que há qualidade dos Cafés do Brasil e que o produto está em conformidade com as especificações e os padrões de qualidade do contrato C. O país dispõe de um parque produtor que ocupa 2,1 milhões de hectares. De acordo com a CONAB Companhia Nacional de Abastecimento, a produção de café deverá alcançar mais de 47 milhões de sacas nesta safra. “Esse resultado está relacionado às transformações da cafeicultura nos últimos anos, como a evolução tecnológica, por meio de avanços na área genética das plantas, dos sistemas de

plantio, irrigação e mecanização”, explica Silva. Ao todo, 14 estados produzem café em 1,9 mil municípios e o país tem a vantagem de produzir variados tipos do produto, o que amplia a capacidade de atender as exigências mundiais. O setor é responsável por empregar direta ou indiretamente oito milhões de pessoas. Hoje, 19 países produtores são certificados pela Bolsa de Nova York para emissão de contratos para essa variedade: Burundi, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador,Guatemala, Honduras, Índia, México, Nicarágua, Nova Guiné, Panamá, Peru, Quênia, República Dominicana, Ruanda, Tanzânia, Uganda e Venezuela. No Brasil, o café arábica natural, principal variedade produzida no país, é negociado na BM&F/Bovespa e o café robusta, no London Terminal Market. (FONTE: MAPA, adaptada pelo CaféPoint). A

19º Fórum da ABAG abordou o tema Eventos Extremos

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ABAG - Associação Brasileira do Agronegócio realizou no último dia 18 de novembro, o seu 19º Fórum; um café da manhã que contou com cerca de 100 pessoas e abordou o tema “Eventos Extremos”, um dos principais desafios da humanidade neste século. Os eventos climáticos extremos podem ocorrer na forma de enchentes, secas prolongadas, ondas de calor, tufões e tornados. “Em muitos casos é possível prever a probabilidade e as localizações geográficas da ocorrência de eventos climáticos extremos. O problema é que em função das mudanças climáticas provocadas pelo homem, a sua frequência e a intensidade aumentaram”, disse Carlo Lovatelli, Presidente da ABAG. O Presidente da AGF Allianz, Max Thiermann, abordou em sua palestra o mercado de seguro rural diante de eventos climáticos. “O seguro rural no Brasil contra perdas decorrentes de fenômenos climáticos adversos, está tendo uma evolução

acentuada nos últimos anos. Em 2005 foram R$ 9 milhões em prêmios, já em 2009 foram R$ 448 milhões. Um exemplo foram as tempestades ocorridas em Santa Catarina em 2008, 80% dos 27 mil produtores da região foram afetados pela chuva e o prejuízo com as lavouras de feijão foi estimado em US$ 50 milhões. O sinistro pago por conta do evento foi na ordem de US$ 257 milhões”, explicou Thiermann. A experiência com a passagem do furacão Katrina, em New Orleans, no estado americano de Louisiana, em agosto de 2005, foi relatada por Harold Doley III, Diretor e co-fundador do Lugano Group Incorporated. “O Katrina começou como um desastre natural, mas evoluiu para uma catástrofe humana, pois não estávamos preparados para isso. As pessoas sucumbiram com várias doenças e todos os níveis de governos falharam em proteger os seus cidadãos. New Orleans tornou-se universalmente conhecida como o epítome de uma falha organizacional”.

Os impactos dos eventos extremos na cadeia produtiva do agronegócio foi o tema da palestra de Sérgio Trindade, Prêmio Nobel da Paz em 2007 como membro do IPCC - Painel Internacional de Mudanças Climáticas. “O aquecimento global aumenta a temperatura dos oceanos, do ar e da terra e conduz a eventos climáticos extremos, a expansão no volume dos oceanos promove fusão do gelo polar e eleva o nível do mar e o alagamento permanente de áreas costeiras destrói infraestrutura de transporte, terminais e portos impactam diretamente nas cadeias produtivas do agronegócio. A sustentabilidade é o equilíbrio entre o ambiental, o social e o econômico. Os problemas sociais são mais antigos, já as questões relacionadas ao ambiente são discussões recentes. Para superar com êxito uma situação de desastre natural, por exemplo, os atores envolvidos precisam chegar a um consenso e agir com assertividade para se chegar no que chamamos de sustentabilidade”, disse Trindade.


CAFEICULTURA

Os diferenciais de um produto são demonstrados através de resultados e eficiência no campo

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João Benetti 1

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o decorrer de alguns anos é percebido o aumento significativo da concorrência no mercado, gerando maior competitividade e uma maratona para conseguirem conquistar seu espaço, sejam através dos seus diferencias de serviços ou da importância de seus produtos. Quadro 1 - Produtos da Embrafós

Vulcan = Produto com 30% de matéria orgânica vegetal;

FF Organic Power = produto a base de fósforo, enriquecido com matéria orgânica vegetal, com microorganismos solubilizadores de fósforo, com liberação gradual, oferecendo as culturas trabalhadas maior eficiência com 100% de aproveitamento. FF Organic Plus = produto com maior concentração de fósforo utilizado no plantio, enriquecido com matéria orgânica vegetal, com microorganismos solubilizadores de fósforo, com liberação gradual, oferecendo às culturas trabalhadas maior eficiência com 100% de aproveitamento. 1 - Engenheiro Agrônomo e Diretor Comercial da Embrafós (www. embrafos.com.br)

Porém nem sempre isso é possível, pois falar dos diferenciais de um produto parece algo muito simples, justamente pelo fato que “o papel aceita tudo”. Mas quando o produto tem qualidade, é eficiente e os resultados são comprovados através do próprio consumidor (produtor rural), o papel se torna apenas um registro e veículo da informação. A Embrafós, durante o decorrer dos anos, vem se alicerçando através dos resultados obtidos em campo, onde seus produtos tem se destacado significativamente no mercado junto aos produtores, (Quadro 1). Além dos resultados comprovados através dos próprios produtores, a empresa com a preocupação de oferecer produtos inovadores e com tecnologia, tem firmado parcerias juntos a instituições de pesquisas como: Fundação Procafé, Esalq/USP, CPQBA – Unicamp (Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas) e, recentemente, fizemos uma parceria com a Fafram, para continuarmos evidenciando os resultados, inovando sempre. Embrafós é sinônimo de compromisso com a natureza e com seus clientes, oferecendo produtos diferenciados e Certificado pelo IBD. A


CAFEICULTURA

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paulistano Wagner Gonçalves Rossi permanecerá no MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O anúncio foi feito no início de dezembro pela presidente eleita Dilma Rousseff. Ele está à frente da pasta desde 31 de março deste ano, quando foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para conduzir políticas que permitam o desenvolvimento da produção agropecuária com sustentabilidade. “É uma honra ser convidado pela presidente Dilma para permanecer no cargo. Há muito trabalho a ser desenvolvido para manter a agricultura brasileira em evidência”, disse o ministro. Nesses nove meses à frente do cargo, Wagner Rossi anunciou o maior volume de crédito já destinado ao setor rural. São R$ 100 bilhões voltados para os produtores investirem em custeio, comercialização, aquisição de equipamentos, construção e ampliação de armazéns e seguro, durante a safra 2010/2011. Na gestão de Rossi também foi instituído o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) para incentivar o uso de técnicas mais produtivas e sustentáveis na lavoura. O programa está alinhado às metas estabelecidas pelo governo brasileiro para redução das emissões de gases de efeito estufa. O programa ABC

Em São Paulo, foi titular das secretarias de Transportes, Infraestrutura Viária, Educação, e Esportes e Turismo, nas gestões dos governadores Orestes Quércia e Luiz Antonio Fleury Filho, além de presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). Nascido na cidade de São Paulo, o ministro vive em Ribeirão Preto (SP), desde a década de 70, onde iniciou suas atividades de empresário e produtor rural. A carreira política teve início em 1983, quando Wagner Rossi foi eleito deputado estadual. Em seguida, assumiu uma cadeira na Câmara dos Deputados.

FOTO: Divulgação

22 DEZ 2010

Wagner Rossi é confirmado Ministro da Agricultura no próximo governo

dispõe de R$ 2 bilhões para serem aplicados em práticas como plantio direto, recuperação de pastagens e plantio de florestas. Trajetória – Com mais de 30 anos dedicados ao setor rural, Wagner Rossi, 67 anos, já ocupou diversos cargos na administração pública federal e no estado de São Paulo, além de ter se destacado como parlamentar. No governo Lula, ele foi presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Quem é o Ministro Wagner Rossi é graduado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) e em Administração de Empresas pela Universidade de Ribeirão Preto. Fez pós-graduação em Economia Política (USP), é mestre em Educação pela Universidade Estadual de Campinas e PhD em Administração e Economia da Educação pela Bowling Green State University, Ohio (EUA). Ainda nos Estados Unidos, na década de 1970, Rossi fez o curso de educação popular com o professor Paulo Freire, na University of Michigan (EUA). Casado, é pai de cinco filhos e tem 13 netos. A


CAFEICULTURA

Produtores testarão desempenho de clones de arábica em um ano

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m pouco tempo, os cafeicultores poderão utilizar mudas clonadas de café arábica com resistência ao bicho-mineirodo-cafeeiro (Leucoptera coffeella) e à ferrugem (Hemileia coffeicolla), boa qualidade de bebida e alta produtividade. Para alcançar esses resultados, há 12 anos são selecionados, por meio de propagação vegetativa, plantas matrizes com características de grande interesse agronômico e econômico. A previsão é começar, no final de 2011, a distribuição de mudas clonadas aos produtores de cooperativas de Minas Gerais e de outras regiões produtoras. Nessa etapa serão avaliados a adaptação e o comportamento agronômico das plantas selecionadas. “Será uma boa opção para a região do Cerrado, que sofre com a ocorrência do bicho-mineiro”, relata o pesquisador Carlos Henrique Carvalho, da Embrapa Café, de Brasília (DF), e coordenador do estudo.

No decorrer de 2010 e 2011, os clones serão multiplicados para serem repassados aos produtores no final de 2011. “É necessário um ano e meio para desenvolver uma muda clonada”, explica Carvalho. Futuramente, a multiplicação do material poderá ser feita em biofábricas de iniciativa privada ou de cooperativas com o repasse da tecnologia desenvolvida pela Embrapa. O pesquisador destaca que a técnica da clonagem permite que as novas plantas tenham as mesmas características das originais, enquanto na multiplicação por sementes isso não ocorre com tanta fidelidade, como é o caso das híbridas. O desenvolvimento de cultivares de café arábica envolve um longo processo. Normalmente, demora cerca de 30 anos para uma nova cultivar chegar ao campo. Esse tempo pode ser reduzido para aproximadamente 10 anos com a seleção de plantas matrizes de grande importância agronômica e produção de mudas clonadas.

Segundo Carvalho, a técnica de reprodução é considerada a mais adequada alternativa para a multiplicação de plantas híbridas (cruzadas geneticamente) em larga escala. Em caráter experimental, a propagação por embriogênese somática foi testada com sucesso para a multiplicação de híbridos em alguns países da América Central. Cultivares obtidas por esse processo apresentam comportamento semelhante ao das oriundas de sementes, não havendo limitação para usá-las. A FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais, por demanda levantada pelo Polo de Excelência do Café (PEC/Café), é uma das instituições que apóiam financeiramente o projeto, além da Fundação de Apoio à Tecnologia Cafeeira (Procafé), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café. A

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CAFEICULTURA

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Origens Produtoras do Café do Brasil, nova entidade representativa do café

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ão Paulo, 17 de novembro de 2010, um marco histórico para cafeicultura Brasileira. Em reunião realizada junto às associações e representantes de diversas regiões produtoras do café do Brasil, decidiram pela criação de uma nova entidade que terá como objetivo principal a integração e representação das regiões cafeicultoras e seus produtores, na defesa de seus reais interesses. A ideia vem sendo discutida e desenhada há mais de 8 meses e leva em conta as significativas mudanças da cafeicultura e as tendências emergentes dos consumidores com relação a valorização da “origem” dos produtos que consomem. A reunião foi aberta ao público e estiveram presentes na mesma representantes e cafeicultores das regiões da Alta Mogiana, Baixa Mogiana, Bahia, Cerrado Mineiro, Paraná, e Sul de Minas, além de representantes de empresas, associações e cooperativas, que juntos discutiram a proposta inicial do estatuto de fundação da nova associação. Por que uma Nova Entidade? - Percebemos que, praticamente toda a cadeia do café está organizada, de acordo com cada área de atuação, temos os setores da indústria da torrefação e solúvel, exportadores e grandes produtores de cafés especiais por exemplo, sendo representados com legitimidade por entidades próprias

que defendem os interesses de cada setor. Isto não acontece com os produtores e as regiões produtoras, que não possuem uma representação abrangente, que possa defender os reais interesses do setor produtivo. O Ponto Inicial - Pela primeira vez na história do agronegócio café, temos regiões produtoras se organizando e algumas delas já estão representadas por entidades. Neste cenário entendemos estar diante de uma oportunidade única: ter uma representação legitimada e controlada pelos próprios produtores, por meio da “Associação das Origens Produtoras do Café do Brasil”. A Associação - Uma nova entidade: neutra e democrática, que tenha legitimidade e ideais em comum, que acredite que o futuro da cafeicultura brasileira está na integração e na valorização das regiões e de seus produtores. “Buscamos novas formas de pensar e agir, junto aos produtores que querem fazer diferente e com estratégias fundamentadas”. Para defender os interesses das “Origens Produtoras do Café do Brasil” três pilares. Primeiro, Organização e Integração das regiões visando desenvolvimento e a valorização das regiões e seus produtores. Segundo, na Representatividade Política, com foco na defesa dos reais interesses das regiões cafeeiras e dos seus produtores. E por fim, a Promoção e Marketing das “Origens Produtoras do Café do Brasil”, com foco no desenvolvimento de estratégias e ações institucionais para a marca. A Estrutura Organizacional - A nova entidade é aberta para todas as regiões produtoras de cafés no Brasil, demarcadas oficialmente ou não. Cada região será representada por uma entidade definida pelos produtores daquela região, essas entidades formarão o “Conselho Deliberativo”, que será o órgão maior. Independente do tamanho da área da região ou da produtividade, cada região terá direito a duas cadeiras e um voto. Uma “Diretoria Administrativa” composta por 4 membros e o “Conselho Fiscal” composto de 3 membros, serão escolhidos pelo “Conselho Deliberativo”, e terão o papel de gerenciar e fiscalizar a nova Associação. Próximos Passos - Uma nova reunião acontecerá também em São Paulo – Capital. Estão programadas como atividades, a definição dos membros do “Conselho Deliberativo”, assim como serão discutidas a definição das primeiras ações estratégicas. Esta próxima reunião será fechada às regiões produtoras que já se inscreveram e às regiões que solicitarem participação. A


CAFEICULTURA

FOTO: Editora Attalea

País terá preço firme em 2011 e safra recorde em 2013

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próxima safra brasileira de café deve chegar a 42 milhões de sacas. O volume, o melhor da história para um ano de baixa produção devido à bianualidade da cultura, deve embalar o ciclo seguinte. Para 2012/2013, espera-se que o País supere a marca das 50 milhões de sacas. Os números são da CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento. No melhor no ano de safra cheia do Brasil, em 2002, foram produzidas 48,48 milhões de sacas. Apesar das áreas de plantio do café não acumularem expansões nos últimos anos, a produção segue crescendo, segundo a CONAB. De acordo com a estatal, a temporada 2010/2011 deve ser encerrada com 2.082.430 hectares, ante os 2.092.909 hectares cultivados no ano passado. Este ano, a produção, que acabou em outubro, deve mesmo fechar em torno 47,2 milhões de sacas, o que representa um aumento de 19% ante a safra anterior, e apenas 2% se comparado à safra de 2008. Para Airton Camargo, superintendente de Agronegócio da CONAB, o setor está optando agora por qualidade e produtividade. “A área foi menor este ano e a produção foi maior, isso se deve à melhoria nas condições para o café. O produtor tem a expectativa de melhor preço; o tratamento que eles estão dando a planta é melhor e existem também novas lavouras. Tudo isso colabora para essa fase”, afirma. Para Camargo, o resultado disso já é visível e, no ano que vem - que será de baixa produção - o Brasil poderá atingir uma colheita de até 42 milhões de sacas, reduzindo ainda mais a diferença entre anos de alta e baixa produção. “A diferença entre os anos está caindo, mas nunca será igual: em um ano a plantação rende mais e no outro, com a planta mais cansada, ela produz menos. Agora se não batermos o recorde este ano, o faremos em 2013, quando vejo uma produção superior a 50 milhões de sacas”. Ele também lembrou que os resultados deste ano, junto com a valorização do grão, serviu para dar mais

confiança ao produtor, que conseguiu arcar com os custos e ainda guardar uma parte do lucro para futuros investimentos. “O produtor está vendendo a bons preços o café este ano. Com isso, os investimentos nas lavouras com irrigação, adubo e cuidados na limpeza podem ficar mais intensos, e melhorar a qualidade de seu produto”. “Ao que parece todos os ventos sopram para o lado do café, isso porque além de firmar um bom estoque, com a colheita deste ano, e obter bons preços em sua venda, o produtor contará ainda com a expectativa de estabilidade nos preços até o meio do ano que vem”, afirmou Gil Carlos Barabach, analista da Safras & Mercado. “Esta é uma alta consistente, pois tem fundamento nos estoques baixos e na escassez de café de qualidade. A safra do ano que vem do Brasil será uma safra baixa, então esperamos que até o meio do ano que vem teremos um mercado com os preços estáveis por conta da pouca oferta”, diz Barabach. Para o analista, o produtor teve neste ano de 2010 um volume maior e um preço muito bom, que serviu para ordenar os gastos e planejar futuros investimentos tanto em qualidade quanA to em produtividade.

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“A cana de açúcar, esta planta matricial” Olivier Genevieve - presidente da ONG Sucre-Ethique e Professor na Escola de Comércio INSEEC. Lyon - Paris.

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e todos os produtos agrícolas, poucos possuem tantos derivados quanto a cana de açúcar: açúcar para indústrias alimentícias, farmacêuticas, automobilísticas, químicas etc. Podemos chamar esta planta como um planta matricial, ou seja, podendo ser utilizadas em várias aplicações e setores econômicos. No livro “SUGAR, a Bittersweet History” (“Açúcar, uma História Agridoce ») a canadense Elizabeth Abbott, especialista no assunto canavieiro, começa com a história de uma inglesa chamada Mary usando, no século 18, uma simples colher de açúcar para o chá dela . Assim, com uma simples colher de açúcar, a globalização inicia-se da China até as Américas via os consumidores europeus, cada vez mais numerosos e como poder de consumir produtos “exóticos” cada vez mais baratos. A cana de açúcar acompanhou e até participou da criação de nações modernas. Em 1639, os holandeses trocaram a Nova Amsterdã pelo Suriname, deixando os ingleses criar Nova Yorque. Em 1763, os franceses trocaram o Canadá pelas ilhas de açúcar de Martinica e Guadalupe, até hoje francesas. Na África, os escravos foram necessários para a exploração da planta, modificando profundamente este continente. Como seriam os Estados Unidos ou o Canada, o Suriname, a África ou até o Brasil sem a cana de açúcar ? Hoje em dia, a indústria canavieira tem um papel enorme nas economias nacionais de muitos países sobretudo os países em desenvolvimento. No Brasil, campeão mundial das exportações, mais de 1,3 milhão pessoas trabalham no setor e na India 35 milhões de pessoas vivem da planta. Em países africanos, como o Sene-

gal, Camarões e Moçambique, o setor canavieiro é o primeiro empregador privado. Um amigo, padre missionario, no Malawi, na Africa, explicou-me que nestes países uma usina parece “um oásis de tecnologia e progresso num mar de miséria”. O progresso é bom somente quando o lucro pode ser dividido, segundo diz Auguste Comte (1798-1857) na filosofia positivista. De fato, a economia formal que o setor gera para estes países é fonte de impostos que garantem uma certa forma de justiça social, com a redistribuição de um estado moderno. Sem impostos, não teria simplesmente luz pública nas ruas das cidades! Isso demostra o papel incontestável desta planta, tanto por ter uma sociedade moderna do que mais justa. Isso explica por parte o aspecto social que o Lula vendia na diplomacia do “etanol” para a Africa. O mercado globalizado aproveita o que o David Ricardo, filho espiritual do Adam Smith, chamou de vantagens comparativas. No mundo ideal dos economistas, baseado no comércio, precisa-se comprar no melhor preço para vender no preço de mercado em um lugar onde se necessita o produto. Isso significa que modelo o mais eficiente seria economicamente o melhor. Todavia, a economia não pode ser desligada do social, ou seja, do ser humano. Uma via média seria a utopia para um desenvolvimento sustentável do setor tanto quanto da sociedade. Esquematicamente, dois modelos de cultivo da cana existem no mundo: o modelo produtivista e de monocultura brasileiro (no qual a rotação de culturas com a cana pode “aliviar” o peso ecológico e o uso de agrotóxicos) e o modelo familiar indiano. O modelo indiano é interessante na medida em que fica em cima de

pequenas fazendas, mas impossibilita economias de escalas com a mecanização e limita o acesso a novas tecnologias da agronomia moderna. Este modelo foi uma “resposta” ao aumento da população, que passou em 100 anos de 120 mil pessoas a mais de 1 bilhão (no qual o Brasil foi somente de 20 mil a 200 milhões de pessoas). O modelo “socialista” indiano impediu a concentração de terras, sendo que, pelo contrário, o modelo “capitalista” brasileiro naturalmente favorece a existências de grandes fazendas, principalmente em estados com menor densidade demográfica. Duas medidas de valor que poderiam, talvez um dia, equipararem-se, só a fim de assegurar emprego e eficiência para todos. Nosso mundo moderno, consequência da revolução industrial da medade do século 19, é intresecamente ligado a duas invenções maiores: o motor a explosão e a fada eletricidade. Hoje em dia, o açúcar continua revolucionado o mundo com um aspecto material em quatro níveis: o açúcar, produto tanto para a comida quanto para o uso farmacêutico ou a sua própria capacidade fisica em ser um anti-oxigênio natural e barato; o álcool, tanto de boca quanto para os carros e quem sabe um dias para os aviões; a energia elétrica para nossos inúmeros aparelhos domésticos, que facilitam o nosso dia-a-dia; e, enfim, a captação de CO2, assegurando, de uma certa forma , um equilíbro entre a natureza e o homem, dono da terra. 500 anos após a sua chegada no Brasil, a partir da Ilha da Madeira, dos árabes e dos indianos, a cana de açúcar brasileira nunca foi tão moderna. Tomara que esta planta tão generosa possa dar para a sociedade todos os frutos do progresso. A


GRÃOS

À sombra da cana, amendoim desponta na região de Jaboticabal (SP) diz o produtor, é que ele demanda muito manejo. Somente de inseticida e fungicida são oito aplicações de cada um. De herbicida, mais uma dose. “Durante a safra, o manejo é muito intensivo e o produtor não sai do campo. Por isso, dizem, não costuma nascer filho de produtor nove meses depois da safra”, brinca o produtor. Os 160 produtores associados da Coplana - que tem como um dos fundadores Antonio Rodrigues Filho, pai do ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues - colheram na safra 2009/10 44 mil toneladas de amendoim em casca, 20% da produção nacional. São também os principais exportadores do país com 16 mil toneladas, das 42 mil toneladas que devem ser enviadas ao exterior neste ano.

FOTO: Folha de SP

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ouco se vê da doce fruta na cidade. Os pés de jabuticaba habitam um quintal aqui outro acolá, batizam uma antiga praça, de onde vem o nome da cidade, mas no fim das contas, o negócio de Jaboticabal (SP) é mesmo a cana-de-açúcar. E é na esteira dessa cultura que os pés do rasteiro amendoim vêm se valendo para conseguir espaço ao sol, desbancando até a soja como alternativa de rotação de cultura nos canaviais. De Jaboticabal e região parte o amendoim para os usos mais nobres da indústria alimentícia, não só nacional mas do exigente mercado europeu. Os salgadinhos estão no topo da pirâmide, por exigir grãos inteiros e claros. Torrones e chocolates sucedem os “snacks” na

escala de qualidade do produto. Por fim, paçocas e doces diversos que só perdem em virtudes para o amendoim esmagado para produção de óleo de cozinha e ração. Dessa região também vem o modelo “cana-amendoim”, que está sendo replicado a outras regiões de São Paulo para onde os canaviais avançaram no lugar das pastagens - com as quais o amendoim já fazia parceria como cultura de rotação. A produção nacional dessa oleaginosa está na casa das 300 mil toneladas - apesar da queda no ano passado, resultado da menor renovação dos canaviais. Desse total, cerca de 230 mil toneladas, ou 76%, são originadas em São Paulo - o restante se distribui no Paraná, Minas e Mato Grosso. Jaboticabal é considerada o epicentro do amendoim, que também tem outro forte polo de produção nas tradicionais regiões paulistas de Marília e Tupã. Não só pela forte produção local e dos municípios vizinhos, mas por sediar a maior cooperativa brasileira de produtores de amendoim, a Cooperativa dos Plantadores de Cana da Zona de Guariba (Coplana), que neste ano iniciou investimentos de R$ 30 milhões para expandir em 20% a capacidade de recebimento e processamento do grão. O projeto inclui a construção de

uma nova fábrica, que vai permitir automatizar 100% dos processos da unidade, que tem capacidade para receber (pré-limpeza, secagem, limpeza, envase e armazenamento) e processar (descascar, tirar película e padronizar) 50 mil toneladas de amendoim em casca, que resulta em uma produção final de 36 mil toneladas do grão. “Somos pequenos produtores de cana e grandes de amendoim”, diz Roberto Cestari, vice-presidente da Coplana. Isso porque, em área própria, geralmente de menor dimensão, é que os produtores cooperados entram com cana. Para cultivar amendoim, arrendam áreas de grandes produtores de cana e de usinas. Walter Aparecido de Souza, o maior produtor de amendoim da cooperativa, planta 800 hectares da oleaginosa por ano, sendo que 80% em área arrendada. Como haverá maior área de renovação de canavial, este ano ele vai conseguir plantar 15% a mais. Natural de Jaboticabal, Souza diz que a vantagem da roça de amendoim é que ela gera lucro mesmo em áreas muito pequenas, o que não ocorre com a soja. Ainda, demanda menos investimento em maquinário. “Você pode plantar amendoim em uma área de 50 hectares. Mas soja não é viável em menos de 250 hectares”, diz Souza. O que acontece com o amendoim,

O amendoim é uma oleaginosa de origem sul-americana e que, no Brasil, começou a ser cultivada na década de 40, também em São Paulo, para produção de óleo de cozinha e farelo. O país chegou a ser um dos principais produtores mundiais do grão e produzia o dobro dos volumes atuais, diz Renata Martins, pesquisadora do Instituto de Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura de São Paulo. Até que problemas de sanidade - marcados pela elevada incidência do fungo aflatoxina - provocaram o declínio da cultura, intensificado com o fortalecimento da soja como fonte de óleo para alimentação, conta Renata. A partir do fim dos anos 90, iniciou-se movimento para recuperar a cultura. O primeiro passo foi a substituição da variedade rasteira por uma mais verticalizada para permitir a mecanização da colheita. Essa variedade também traz grãos maiores e mais claros, muito demandados pelas empresas europeias. Dos anos 2000 para cá, já com mais tecnologia, a produção expandiu 75%. O ganho de produtividade, devido ao uso de mais tecnologia, subiu 60%. “Em Jaboticabal, a produtividade dobrou para 180 sacas de 25 quilos nos últimos anos”, orgulha-se Cestari. (FONTE: Folha de S.Paulo) A

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SILVICULTURA

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m estudo recente, resultado da iniciativa independente do Diálogo Florestal, que busca facilitar a interação e a troca de conhecimento entre os representantes do setor socioambiental e os da indústria de base florestal, traz algumas respostas sobre a relação entre água e florestas. De autoria do professor Walter de Paula Lima, do Departamento de Ciências Florestais, da ESALQ/USP, “A Silvicultura e a Água: ciência, dogmas, desafios” faz uma análise cultural, científica e histórica a respeito dos vários aspectos que envolvem o assunto. “Do ponto de vista da ciência, os resultados acumulados de inúmeros trabalhos de pesquisa mostram que não existe, necessariamente, antagonismo nenhum entre uma coisa e outra”, resume o professor autor do estudo. Ele afirma que, do ponto de vista fisiológico do consumo de água, o eucalipto por exemplo, é uma espécie florestal absolutamente normal. De acordo com o professor, a opinião pública generalizada de que as florestas naturais, em todas as circunstâncias são sempre benéficas para os recursos hídricos, no sentido de que elas fazem chover, aumentam a vazão dos rios, reduzem enchentes e mantêm a qualidade da água é questionável e deve dar lugar à percepção moderna, baseada na experimentação científica. “Se trata de uma relação muito mais complexa, cujos resultados vão depender da interação de vários fatores e não apenas da presença ou ausência da floresta”, avalia Lima. Essa opinião é compartilhada pelo diretor executivo da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE), Carlos Mendes, entidade que participa do Fórum Regional Paraná e Santa Catarina do Diálogo Florestal. “A floresta plantada bem manejada, contribui para a manutenção e a melhoria da água no sistema com um todo. Defendemos junto às empresas associadas a utilização cada vez mais crescente do manejo florestal em mosaico, que FOTO: Editora Attalea

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Água e Floresta Plantada: polêmica em discussão

entremeia florestas plantadas com florestas naturais e o uso consciente dos recursos naturais”, afirma Mendes. A associação representa mais de 40 empresas no Estado, que, juntas, somam cerca de 70% da área ocupada com florestas plantadas no Paraná. Para o diretor executivo do Instituto BioAtlântica, Carlos Alberto Mesquita, também participante do Diálogo, “afirmar que as plantações florestais não necessariamente produzem danos não significa relativizar a questão das florestas, mas, sim, a das bacias hidrográficas”. Segundo Mesquita, o estudo mostra que cada bacia hidrográfica tem uma dinâmica própria, e a disponibilidade de água não é uma questão apenas de uso do solo, mas um conjunto de fatores, que inclui também as precipitações e o tipo de manejo aplicado às plantações, homogêneas ou não. “Também não é só uma questão de manejo, pois, dependendo das condições hídricas da área, às vezes, nem restauração florestal intensiva com espécies nativas é interessante”, complementa Mesquita, lembrando que todas as florestas em crescimento costumam demandar volumes maiores de água. MANEJO ADEQUADO - Para garantir a manutenção da quantidade e da qualidade da água, o pesquisador defende o manejo correto das plantações florestais e das outras atividades na propriedade rural. “Os benefícios ambientais das plantações vão depender crucialmente do plano de manejo, em termos da interação dos plantios

florestais com os demais elementos da paisagem, desde a sua formação até a sua colheita”, afirma. O estudo diz ainda que o planejamento do manejo de plantações florestais deve levar em conta as limitações naturais do meio, em termos de disponibilidade natural de água e também das demandas já estabelecidas desse recurso, assim como em termos da ocupação dos espaços produtivos da paisagem. “O manejo das plantações de eucalipto tem que levar em conta essas particularidades e limitações ecológicas e hidrológicas. Pela mesma razão, também tem a mesma responsabilidade social e ambiental o manejo da soja, da cana, da laranja, do boi”, afirma o professor Lima. MONITORAMENTO - O professor alerta para uma peça-chave na busca do manejo florestal sustentável: o monitoramento, que, segundo ele, deve ser entendido como processo de obtenção de informações sobre os resultados das ações de manejo sobre o meio ambiente. ”O monitoramento tem que ser entendido como parte integrante do próprio manejo florestal sustentável, como ferramenta para a melhoria contínua, assim como para avaliar se as práticas estão, gradativamente e no longo prazo, degradando o solo, alterando o ciclo de nutrientes e, portanto, o potencial produtivo do solo, ou ainda degradando o funcionamento hidrológico das microbacias hidrográficas”, afirma. Ele lembra ainda que deve ser levado em conta a própria diversidade natural da paisagem como clima, solo, geologia, geomorfologia e vegetação. “Em cada região, todas essas manifestações e as especificidades locais vão ser diferentes, o que implica reconhecer que nunca haverá um receituário que seja de aplicação universal”, completa. Para acessar a íntegra do documento “A Silvicultura e a Água: Ciência, Dogmas, Desafios”, visite o site: www.dialogoflorestal.org.br. A


SILVICULTURA

FOTO: Sabesp

Lodo de esgoto é seguro na adubação de florestas

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uso de lodo de esgoto no plantio de espécies florestais pode ser a maneira mais ecologicamente correta de eliminar o lixo que se acumula nas estações de tratamento. Além de não oferecer riscos para o solo, as plantas ou os humanos, a adubação com lodo já apresentou resultados melhores do que a adubação mineral. Para estudar a viabilidade da técnica e comprovar sua segurança, pesquisadores da Unesp de Botucatu realizam experimentos desde 2005. O trabalho final foi apresentado no VII Simpósio Interamericano de Biossólidos, realizado em Campinas (SP). O crescimento da população mundial gera um aumento constante da produção de lodo, proveniente dos resíduos domésticos e industriais das cidades. O lodo produzido é tratado e, normalmente, encaminhado para aterros sanitários. Mas os aterros são cada vez mais escassos e, em alguns casos, causam contaminação de lençóis freáticos. Por isso, o uso do lodo na agricultura surge como uma boa opção para o descarte desse lodo. A engenheira florestal Thalita Fernanda Sampaio, doutoranda em Ciência Florestal pela Unesp de Botucatu, explica que a técnica já é utilizada e pode ser beneficente caso se tome os cuidados necessários. “É preciso estar atento para a questão relativa ao uso na agricultura, em plantios que servem para a alimentação humana. Nesses casos, a legislação não permite o uso do lodo. Mas em casos como plantio de cana-de-açúcar ou florestas, a legislação permite. Para as florestas, nós queremos que o uso seja 100% liberado, sem necessidade de fazer a compostagem, porque o lodo cru é rico em nitrogênio e fósforo. Além de darmos uma disposição correta para o resíduo, vamos estar ajudando o produtor a obter mais lucros”, explica. O lodo utilizado na pesquisa foi proveniente da Estação de Tratamento de Jundiaí e possui uma quantidade de metais pesados quase inexistente, muito inferior ao nível permitido pela legislação. O trabalho de pesquisa foi realizado em parceria com a empresa Suzano Papel e Celulose e a Universidade de Santiago de Compostela, e recebeu apoio da Fapesp. Em uma área florestal, foram testa-

das doses variadas de lodo, de 0 a 20 toneladas por hectare, em comparação com um tratamento de adubo mineral convencional (NPK). O local escolhido para o experimento tinha solo arenoso, onde os elementos lixiviam com mais facilidade, o que torna mais visível a presença de metais pesados. Foram adubadas nove espécies amazônicas. Após 6, 12, 18 e 24 meses foram feitas análises do solo de macro e micro nutrientes, além do teor de metais pesados. Seis meses após a aplicação do lodo, foi detectada uma quantidade de cádmio e mercúrio crescente de acordo com as doses. Mas até a dosagem de 20 toneladas essa quantidade ficou abaixo do nível permitido pela

legislação e não contaminou o solo nem as plantas. Aos 12 meses, a quantidade de cádmio diminuiu e o mercúrio sumiu por completo. Aos 18 meses nenhum teor de metal pesado foi identificado. Além de não contaminar o solo, os experimentos revelaram que a adubação com lodo foi mais eficiente que a convencional. A pesquisa comprovou que esse lodo para a área florestal é excelente. As espécies cresceram tão bem ou melhores do que o tratamento com adubo mineral, tanto em relação à altura quanto em relação ao diâmetro e nutrição foliar afirma Thalita. (FONTE: Portal Dia de Campo) A

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MELIPONICULTURA

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m uma colméia, a sucessora da abelharainha será uma de suas descendentes. Pelo menos é o que se imaginava. No entanto, uma pesquisa feita com a Melipona scutellaris, uma espécie da tribo Meliponini que compreende as Abelhas Sem Ferrão, mostra que isso pode não ocorrer. O trabalho fez parte do doutorado da bióloga Denise de Araujo Alves, defendido e aprovado em agosto e publicado em outubro na revista Biology Letters. Denise contou com Bolsa de Doutorado Direto da FAPESP e seu estudo esteve inserido no Projeto Temático “Biodiversidade e uso sustentável de polinizadores”, que se realizou no âmbito do Programa Biota-FAPESP e foi coordenado por Vera Lúcia Imperatriz Fonseca, professora titular em Ecologia do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP). “O resultado foi surpreendente. Verificamos que, nas colônias nas quais houve substituição natural de rainhas fecundadas, as rainhas substitutas, em alguns casos, não eram oriundas daquela colônia”, disse Vera Lúcia à Agência FAPESP. A pesquisa trouxe as primeiras evidências de um parasitismo social intraespecífico para colônias de abelhas Meliponini. O primeiro a sugerir a idéia foi o pesquisador holandês Marinus Sommeijer. Em experimentos na Costa Rica e em Trinidad Tobago, chamou-lhe a atenção o elevado número de abelhas-rainhas que nasciam em uma colônia, o que o levou a lançar a hipótese de que algumas poderiam assumir um ninho órfão (sem rainha). Mas Sommeijer, após um estudo baseado em observações que rainhas saiam vivas das colônias, não levou adiante a investigação e a hipótese ficou sem comprovação. Denise começou seu trabalho em São Simão (SP), com abelhas do experimento do professor Paulo Nogueira Neto, também do IB-USP. Nessa fase, ela coletou pupas de favos dos ninhos amostrados em diferentes épocas do

e São Paulo, acreditamos que se trata de um fenômeno comum a esse grupo”, disse Denise. “No Brasil, relatos de criadores de abelhas sem ferrão também se referem a rainhas virgens andando nas proximidades dos meliponários, mas a sua importância para as colônias órfãs era desconhecida”, afirmou.

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Colméia com rainha forasteira

ano. Esse material foi submetido a uma análise molecular na Bélgica pelo professor Tom Wenseleers, da Universidade de Leuven. Nos resultados, foram detectadas evidências da existência de rainhas oriundas de outras colmeias. “Acreditava-se que uma rainha que não assumisse o ninho em que nasceu seria morta logo ao emergir ou sairia com parte das operárias para fundar um novo ninho. Mas o experimento apontou outra possibilidade: ela poderia assumir um ninho órfão”, disse Denise, destacando que a descoberta derrubou também a crença de que a abelha-rainha teria de ser uma descendente de sua antecessora. Para dar suporte biológico à nova tese, a bióloga aprofundou a investigação. Retirou as rainhas de alguns ninhos mantidos no Laboratório de Abelhas da USP, em São Paulo, e observou-os para ver quem seria a nova rainha. Primeiro, foi determinado o genótipo parental das pupas da colônia original por meio da técnica de marcadores moleculares de microssatélites. A seguir, após a fecundação da nova rainha, parte de sua asa foi retirada. O material foi submetido à análise de genótipos parentais para indicar o ninho de origem do inseto. Depois, a cria da nova rainha também foi genotipada. O resultado foi que, em cerca de 25% das substituições das rainhas-mãe, o genótipo das novas crias não coincidiu com o das pupas originais da colmeia, confirmando o parasitismo social intraespecífico. “Como esse fato foi observado em duas localidades diferentes, São Simão

Parasitismo Intraespecífico - Uma das consequências da descoberta atinge os criadores de abelhas sem ferrão. O protocolo atual de melhoramento genético não considera a possibilidade de uma interferência genética externa por meio da introdução de uma rainha estranha ao ninho. “Descobrimos que não há como garantir que a linhagem obtida no melhoramento permanecerá constante ao longo das gerações”, observou Denise. Com isso, se um produtor adquiriu uma colmeia com uma linhagem de alta produção de mel, não há garantias de que esses resultados continuarão, pois a colônia está sujeita a receber uma rainha com genótipo diferente. “Esse estudo abre uma nova linha de pesquisa acadêmica, a de parasitismo intraespecífico, e terá aplicações práticas na genética de populações”, disse Vera Lúcia. Segundo ela, as análises moleculares serão cada vez mais aplicadas na resolução de problemas comportamentais. “Nossos próximos passos serão no sentido de verificar se esse fenômeno ocorre em todas as abelhas do gênero Melipona”, disse. As abelhas da tribo Meliponini, foco do Projeto Temático coordenado por Vera Lúcia, possuem o ferrão atrofiado. Apenas na região neotropical, que nas Américas vai do México até a Argentina, elas se dividem em mais de 400 espécies já descritas, mas se estima que o número seja bem maior. “Além disso, essas abelhas são agentes polinizadores muito importantes tanto de espécies vegetais de áreas conservadas como de culturas agrícolas de interesse econômico”, disse. (FONTE: Agência FAPESP)


NOTAS ~ NOTAS ~ NOTAS ~ NOTAS ~ NOTAS ~ NOTAS MERCADO GANHA EXPERIÊNCIA Com mais de 25 anos de atuação no mercado de inseminação artificial, Auro de Andrade, empresário e veterinário formado pela UNESP de Jaboticabal (SP), deixa a CRI Genética Brasil (São Carlos/SP) para trilhar novos caminhos. Nessa nova fase, vai atuar na gestão e consultoria de negócios, provendo produtos e serviços voltados à reprodução animal e implementação de projetos pecuários. Auro é um dos principais nomes do ramo de inseminação e tornou-se um respeitado especialista em genética bovina e produção animal. Inf. (16) 9962-2753

COIMMA GANHA 2 TOUROS DE OURO A Coimma (Dracena/SP) mais uma vez foi uma das grandes vencedoras do troféu “Touro de Ouro 2010”, iniciativa da Revista AG, consagrando-se como a empresa de maior destaque nos segmentos de Troncos de Contenção e Balanças. José Otacílio da Silveira, diretor comercial da Coimma, recebeu os troféus durante cerimônia realizada na sede da Sociedade Rural Brasileira (SRB), em São Paulo (SP). Informações: (18) 3821-9900. www.coimma.com.br.

EDGARD BRESSANI ASSUME OCTAVIO CAFÉ Edgard Bressani, que até outubro era um dos executivos da Ipanema Coffees, é o novo superintendente da Divisão Agropecuária da Octavio Café (Organizações Sol Panamby). Além de acompanhar diretamente todo o processo de produção na Fazenda Nossa Senhora Aparecida e nas demais propriedades de café do grupo, em Pedregulho (SP), Bressani atuará na exportação e promoção internacional da marca Octavio Café. Informações: www.octaviocafe.com.br.

BB LIBERA R$ 18 BI NESTA SAFRA Os desembolsos do Banco do Brasil para a safra 2010/11 somavam R$ 17,8 bilhões final de novembro, 8% mais do que em igual período anterior, segundo Luis Carlos Guedes Pinto, vice-presidente de Agronegócios do banco. A maior evolução ocorre na agricultura empresarial, cujo montante atinge R$ 13,5 bilhões, 9,6% mais do que no período 2009/10. Guedes destaca a boa evolução da linha de crédito do Pronamp, um programa de apoio ao médio produtor. Apesar dos custos menores de produção nesta safra, o desembolso do Banco do Brasil somou R$ 1,8 bilhão para esse segmento, com aumento de 16,3% em relação à safra passada.

DVA E A QUALIDADE DE AGROQUÍMICOS A DVA (Campinas/SP) anuncia jointventure na China com a Iprochem para a formação da Ipro DVA, empresa responsável pela estruturação e gestão de um moderno laboratório de controle de qualidade de insumos utilizados na produção de agroquímicos. Segundo Carlos Pellicer, presidente da DVA Brasil, a qualidade dos insumos é um dos mais importantes compromissos da empresa. Mais do que isso, representa a segurança de qualidade dos nossos produtos, o que confere confiabilidade e diferenciação ao portifólio da DVA. Inf. www.dvabrasil.com.br.

FREUDENBERG EM MÁQUINAS AGRÍCOLAS A micronAir®, marca da Freudenberg Não Tecidos, líder global em filtros de ar-condicionado para veículos, lança no mercado brasileiro produtos específicos para máquinas agrícolas, como colheitadeiras e pulverizadores. Este é um mercado que tem pers-pectiva de crescimento de 21% no próximo ano, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. Mas, além do incremento em quantidade de veículos, a empresa conta com a evolução do conforto destes equipamentos para seus condutores. Informações: www.micronair.com.br.

CNTBio LIBERA MILHO YIELDGARD VT PRO A Monsanto começou as vendas do milho YieldGard VT PRO no Brasil, a segunda geração de biotecnologia para o controle de pragas na cultura. O milho YieldGard VT PRO é um avanço em relação a controle de pragas, quando comparado às tecnologias lançadas anteriormente. Por ser a única tecnologia que possui duas proteínas de Bt (Bacillus thuringiensis), o YieldGard VT PRO garante um controle superior das principais pragas do milho (lagarta-docartucho, lagarta-da-espiga e a brocado-colmo). Informações: www.monsanto.com.br

JATOCLEAN LANÇA PULVERIZADOR COSTAL A JactoClean (Pompéia/SP), empresa do Grupo Jacto e referência nacional em equipamentos para limpeza, amplia seu portfólio com o lançamento do Pulverizador Costal SP. Um de seus grandes diferenciais é sua aplicação no segmento urbano, no qual é especialmente indicado para atividades de conservação e limpeza, como dedetização, odorização, limpeza dos rolos compressores utilizados na construção de malhas rodoviárias, entre outras funções. Destaca-se, ainda, na pulverização de herbicidas, inseticidas e fungicidas na agricultura ou no controle de ervas daninhas em áreas urbanizadas. Informações: www.jactoclean.com.br.

31

DEZ 2010


O MERCADO DO CAFÉ

32 DEZ 2010

INDICADORES DE DESEMPENHO DA CAFEICULTURA BRASILEIRA 2010

ITEM 1. Produção (milhões/saca) (1) 1.1. Área em produção (milhões/hectare) 1.2. Produtividade (sacas/hectare) 2. Exportação (verde, solúvel e torrado) (2) 2.1. Quantidade (milhões/saca) 2.2. Valor (mlhões/US$) 2.3. Preço Médio (US$/saca) 3. Consumo Interno (T, M e solúvel) 3.1 Consumo per capita (kg/hab.ano) 4. Estoques do Funcafé (milhões/sacas) 5. Orçamento aprovado Funcafé (milhões R$) 5.1. Financiamentos 5.2. Publicidade e Promoção do Cafés do Brasil 5.3. Pesquisa Cafeeira 6. Participação das exportações brasileiras em relação às exportações mundiais (em sc) (%) (4) 7. Participação do café nas exportações do agronegócio (em US$) (%) (5

2009

2007

2008

2005

2006

2004

2003

2002

2001

39,5 2,1 18,9

46,0 2,2 21,2

36,1 2,2 21,2

42,5 2,2 19,8

32,9 2,2 14,9

39,3 2,2 17,8

28,8 2,2 13,1

48,5 2,3 21,0

31,3 2,2 14,4

23,5 30,5 3,8 4,3 161,49 140,38 19,3 18,4 5,9 5,8 0,5 0,5 2.846 2.844 2.673 2.673 15,0 15,0 15,0 15,3

29,7 4,8 160,20 17,7 5,6 0,5 2.561 2.441 13,0 12,0

29,7 4,8 160,20 17,7 5,6 0,7 2.147 2.026 13,0 12,0

28,0 3,4 137,03 17,1 5,5 1,9 1.680 1.579 5,6 7,5

26,4 2,9 110,80 15,5 5,1 3,2 1.282 1.249 8,4 12,0

26,7 2,0 76,30 14,9 5,0 4,3 1.226 1.201 5,0 8,0

25,7 1,5 59,59 13,7 4,7 5,1 550 524 3,5 8,0

28,4 1,4 48,17 14,0 4,8 5,4 824 693 1,6 5,1

23,3 1,4 59,88 13,6 4,9 5,6 898 855 8,0 16,0

47,2 2,1 22,7

31,6

32,2

30,4

30,4

30,3

30,2

29,3

29,9

32,0

25,8

6,7

6,6

6,6

6,6

6,8

6,6

5,2

5,0

5,5

5,9

FONTE: DCAF, CONAB, ABIC, MDIC/SECEX, OIC, CEPEA/Esalq/BM&F. // (1) - 2010, com base no 2º Levantamento de Safra da CONAB (maio/10); // (2) - 2010, de janeiro a abril; // (3) - 2010, estimativa; // (4) 2010 - de janeiro a março.

Média Mensal dos Preços Recebidos pelos Produtores 1 ARÁBICA

MÊS

Tipo 6 BC-Duro (Base Cepea-Esalq)

ARÁBICA

ARÁBICA

Tipo C Int. 500 (Base Varginha-MG)

Tipo C Int. 500 (Base Vitória-ES)

CONILLON

Tipo 6-Pen.13 (Base Cepea-Esalq)

Evolução do Consumo Interno

CONILLON

Tipo 7 BC (Base Vitória-ES)

2009

2010

2009

2010

2009

2010

2009

2010

2009

2010

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

268,41 269,34 262,48 260,10 268,02 256,64 247,50 255,34 254,29 262,20 272,55 281,57

280,75 278,68 279,70 282,18 289,46 305,13 302,36 313,93 328,23 327,15 353,88

230,00 233,33 233,41 230,85 235,05 228,10 225,35 230,24 221,90 226,67 229,75 232,25

233,75 227,78 221,52 225,50 231,90 241,43 246,82 234,09 234,76 240,00 248,00

184,25 193,33 196,77 198,30 204,75 196,43 191,04 194,52 190,95 182,62 180,00 185,75

189,50 191,39 186,52 190,00 200,00 230,00 220,00 215,00 223,10 225,00 227,00

227,66 224,07 212,57 200,20 197,13 188,45 180,09 186,13 188,89 180,77 161,61 176,41

173,51 168,47 173,67 158,23 160,51 167,57 171,50 171,45 170,03 173,81 186,00

205,50 212,22 208,46 203,55 201,45 191,43 184,57 188,10 184,76 181,43 180,50 187,00

185,00 172,78 166,52 174,00 190,00 200,00 195,00 190,00 193,33 193,00 192,00

TOTAL

263,20

303,85

229,74

235,05

191,56

207,13

193,67

170,49

194,08

184,22

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq/BM&F e Boletim do Café - Centro do Comércio de Café do Rio de Janeiro

-

1

- Em R$/saca de 60kg, posto, com Funrural e sem ICMS

PRODUÇÃO MUNDIAL PAÍS Brasil Vietnã Colômbia Indonésia Etiópia Índia México Guatemala Peru Honduras C. Marfim Nicarágua El Salvador Outros TOTAL

2009 Prod

(%)

2008 Prod

(%)

2007 Prod

39.470 32,37 45,992 35,91 36.070 18.000 14,76 18.500 14,44 16.467 9.000 7,38 8.664 6,76 12.504 10.700 8,77 9.350 7,30 7.777 4.500 3,69 4.350 3,40 4.906 4.827 3,96 4.371 3,41 4.460 4.200 3,44 4.651 3,63 4.150 3.500 2,87 3.785 2,95 4.100 3.750 3,08 3.872 3,02 3.063 3.870 3,17 3.450 2,69 3.842 1.850 1,52 2.353 1,84 2.598 1.418 1,16 1.615 1,26 1.700 1.115 0,91 1.547 1,21 1.621 15.751 12,92 15.588 12,17 16.138 94.758 97.666 96.573

FONTE: MAPA / SPAE / CONAB e OIC.

(%) 30,21 13,79 10,47 6,51 4,11 3,74 3,48 3,43 2,57 3,22 2,18 1,42 1,36 13,52

A N O

CONSUMO (milhões sc)

CONSUMO (kg/hab.ano)

torrado e inclusive moído solúvel

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

10,6 11,0 12,2 12,6 13,0 13,3 12,9 14,1 14,6 15,4 16,1 16,7 17,4

11,0 11,5 12,2 12,7 13,2 13,6 14,0 13,7 14,9 15,5 16,3 17,1 17,7 18,4

kg café verde

kg café torrado

4,16 4,30 4,51 4,67 4,76 4,88 4,83 4,65 5,01 5,14 5,34 5,53 5,64 5,81

3,33 3,44 3,61 3,73 3,81 3,91 3,86 3,72 4,01 4,11 4,27 4,42 4,51 4,65

FONTE: ABIC. Período = novembro a outubro, sacas de 60kg

EXPORTAÇÃO MUNDIAL 2006 Prod

(%)

42.512 32,92 19.340 14,98 12.541 9,71 7.483 5,79 4.636 3,59 5.158 3,99 4.200 3,25 3.950 3,06 4.319 3,34 3.461 2,68 2.847 2,20 1.300 1,01 1.371 1,06 16.020 12,41 92.279

PAÍS

2009 Prod

(%)

2008 Prod

(%)

30.481 32,17 29.728 30,44 Brasil 17.090 18,04 16.101 16,49 Vietnã 7.894 8,33 11.085 11,35 Colômbia 6.519 6,88 5.741 5,88 Indonésia 1.851 1,95 2.852 2,92 Etiópia 3.108 3,28 3.378 3,46 Índia 2.838 2,99 2.448 2,51 México Guatemala 3.508 3,70 3.778 3,87 3.074 3,24 3.733 3,82 Peru 3.084 3,25 3.259 3,34 Honduras 1.884 1,99 1.585 1,62 C. Marfim 1.371 1,45 1.625 1,66 Nicarágua El Salvador 1.307 1,38 1.438 1,47 10.749 11,34 10.915 11,18 Outros TOTAL

121.951

FONTE: MIDC / SECEX e OIC.

128.088

2007 Prod 28.398 17.936 11.557 2.945 3.073 2.718 1.950 3.800 2.843 3.382 1.833 1.510 1.396 13.232 119.396

2006

(%)

Prod

(%)

29,41 18,57 11,97 3,05 3,18 2,81 2,02 3,93 2,94 3,50 1,90 1,56 1,45 13,70

27.978 13.904 10.936 4.117 2.803 3.742 2.200 3.650 4.099 3.231 2.531 1.110 1.149 10.829

30,32 15,07 11,85 4,46 3,04 4,06 2,38 3,96 4,44 3,50 2,74 1,20 1,25 11,74

129.138


O MERCADO DO LEITE

33

DEZ 2010

PREÇOS PAGOS PELOS LATICÍNIOS (brutos) e RECEBIDO PELOS PRODUTORES (líquidos) 1 UF SP

MG GO RS SC PR BA

OUT/2010 prod. latic.2

REGIÃO Franca São José Rio Preto MacroMetropolitana SP Vale do Paraíba Triângulo Mineiro / Alto Paranaíba Sul / Sudoeste de Minas Vale do Rio Doce Centro Goiano Sul Goiano Noroeste Metropolitana Porto Alegre Oeste Catarinense Vale do Itajaí Centro Oriental Paranaense Oeste Paranaense Norte Central Paranaense Centro Sul Baiano Sul Baiano

0,6560 0,6596 0,6963 0,7538 0,7292 0,6657 0,6576 0,6815 0,6631 0,5436 0,5828 0,6521 0,5260 0,7017 0,6554 0,6969 0,6325 0,6739

AGO/2010 prod. latic.2

0,6000 0,7033 0,6390 0,6843 0,7245 0,7118 0,7400 0,7966 0,7560 0,8063 0,7682 0,7151 0,7573 0,7025 0,6695 0,6998 0,6930 0,6545 0,6856 0,7252 0,6921 0,7335 0,6972 0,6215 0,6426 0,5903 0,5615 0,6031 0,6392 0,6360 0,6751 0,7052 0,6429 0,7053 0,5597 0,5800 0,6119 0,7365 0,7231 0,7577 0,6966 0,6361 0,6700 0,7483 0,6709 0,7187 0,6580 0,63,50 0,6591 0,7287 0,6736 0,7277

JUL/2010 prod. latic.2

JUN/2010 prod. latic.2

MAI/2010 prod. latic.2

0,6850 0,6338 0,7286 0,7640 0,7623 0,6810 0,6870 0,7218 0,6476 0,5742 0,6651 0,6965 0,6300 0,7541 0,6647 0,6884 0,6403 0,7077

0,7340 0,6856 0,8123 0,7764 0,8328 0,7662 0,7573 0,7572 0,7144 0,6401 0,7449 0,7500 0,6400 0,7976 0,6895 0,7352 0,6253 0,7387

0,6550 0,6757 0,8100 0,7642 0,8444 0,7553 0,7347 0,7916 0,7766 0,6884 0,7437 0,7695 0,6500 0,7968 0,7129 0,7958 0,6041 0,7492

0,6849 0,7558 0,8141 0,8226 0,7097 0,7164 0,7917 0,6741 0,6181 0,7088 0,7493 0,6519 0,7901 0,7111 0,7475 0,6575 0,7626

0,7341 0,8502 0,8217 0,8875 0,7913 0,8035 0,8134 0,7415 0,6747 0,7869 0,8062 0,6700 0,8244 0,7357 0,7897 0,6400 0,7969

0,7335 0,8600 0,8144 0,8851 0,7897 0,7753 0,8469 0,8060 0,7315 0,8012 0,8279 0,6800 0,8335 0,7563 0,8467 0,6184 0,8109

FONTE: CEPEA-Esalq/USP. - 1 - Preços pagos no mês, referentes ao leite entregue no mês anterior. - 2 - Preço Bruto Médio Incluso frete e CESSR (ex-Funrural)

LITROS DE LEITE NECESSÁRIOS PARA COMPRAR INSUMOS E SERVIÇOS NA PECUÁRIA DE LEITE 1 Out/10 Set/10 Ago/10 Jul/10 Jun/10 Mai/10 Abr/10 Mar/10 Fev/10 Jan/10

INSUMO / SERVIÇOS

R$ 0,720 R$ 0,718 R$ 0,710 R$ 0,755 R$ 0,812a R$ 0,813 R$ 0,780 R$ 0,700 R$ 0,643 R$ 0,609

Vaca em Lactação (+ 12 litros) Diarista Ração para Vaca em Lactação (sc 50kg) Farelo de Algodão (sc 50kg) Sal Comum (sc 25kg) Neguvon Tintura de Iodo a 10% (litro) Remédio para Mastite (Mastilac) Vacina Aftosa (dose) Uréia Pecuária Sulfato de Amônia (sc 50kg) Detergente alcalino (limpeza ordenha) Óleo Diesel (litro)

3.028,0 2.915,0 3.079,0 40,0 39,0 42,0 53,0 55,0 58,0 52,0 53,0 53,0 16,0 16,0 17,0 51,0 48,0 73,0 37,0 37,0 40,0 8,0 8,0 7,9 1,8 1,8 1,8 52,0 50,0 50,0 51,0 47,0 49,0 37,0 36,0 37,0 2,7 2,7 2,8

2.819 2.795,6 38,0 35,5 51,0 49,2 49,0 44,7 16,0 14,7 62,0 55,4 34,0 31,5 8,3 7,8 1,7 1,6 48,0 45,9 48,0 43,6 35,0 31,6 2,6 2,4

FONTE: EMBRAPA / CNPGL - Alziro Vasconcelos Carneiro e Jacqueline Dias Alves. - a - Preço médio do leite tipo C, pago ao produtor.

LEITE C 1 M Ê S

J F M A M J J A S O N D

ESTADO DE SP - REGIÃO DE FRANCA (SP)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 0,491 0,472 0,510 0,520 0,538 0,534 0,516 0,438 0,448 0,448 0,401 0,310

0,373 0,387 0,440 0,476 0,473 0,505 0,508 0,476 0,508 0,500 0,537

0,535 0,535 0,560 0,535 0,589 0,580 0,650 0,780 0,775 0,775 0,655 0,640

FONTE: FAESP / AEX Consultoria -

1

0,635 0,615 0,585 0,670 0,760 0,739 0,733 0,703 0,696 0,606 0,577 0,588

- Em R$/litro.

0,599 0,550 0,553 0,562 0,600 0,641 0,683 0,689 0,672 0,635 0,602 0,532

0,524 0,523 0,519 0,655 0,734 0,685 0,700 0,650 0,600 0,659 0,656

2.937,0 2.950,0 3.044,0 2.960,0 3.197,0 35,0 35,0 39,0 44,0 43,0 49,0 51,0 61,0 68,0 67,0 46,0 49,0 54,0 62,0 67,0 15,0 15,0 17,0 18,0 19,0 55,0 58,0 67,0 74,0 71,0 32,0 33,0 37,0 41,0 45,0 8,1 8,2 9,4 10,2 9,3 1,6 1,6 1,8 1,9 2,0 45,0 48,0 54,0 60,0 61,0 44,0 49,0 54,0 56,0 54,0 32,0 35,0 41,0 44,0 42,0 2,4 2,5 2,8 3,0 3,2


CANA-DE-AÇÚCAR MÊS

34 DEZ 2010

MENSAL 1 2008 2009

2007

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

0,3152 0,3028 0,3089 0,3217 0,2632 0,2299 0,2243 0,2268 0,2261 0,2174 0,2370 0,2418

FONTE: UDOP -

1

0,2402 0,2529 0,2628 0,2538 0,2506 0,2385 0,2493 0,2498 0,2685 0,2920 0,3015 0,3116

- Em R$/kg ATR //

2

0,3238 0,3394 0,3211 0,2978 0,2802 0,2749 0,2993 0,3084 0,3375 0,3676 0,3744 0,3886

- 109,19 kg ATR //

BOI GORDO / SP MÊS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2008

2009

vist praz vist praz 74,61 74,85 76,19 77,24 80,52 91,53 92,79 92,05 88,82 90,79 88,39 82,20

75,41 75,60 77,02 78,11 81,52 92,61 93,89 93,00 89,94 92,15 89,57 83,41

84,01 85,35 81,54 82,54 77,54 78,51 80,03 79,47 80,85 81,39 77,92 77,25 77,18 74,35 76,64

80,93 80,32 81,68 82,28 78,98 78,58 78,61 75,71 75,66

FONTE: Indicador Esalq/BM&F Bovespa -

1

2010

3

0,4391 0,4726 0,4307 0,3888 0,3486 0,3253 0,3374 0,3489 0,3760 0,4005 0,4236

38,29 37,90 37,63 35,13 31,65 29,34 28,05 27,36 26,91 26,42 26,38 26,46

J F M A M J J A S O N D

2010

vist praz 75,70 77,03 79,03 82,33 80,81 82,16 83,73 88,67 93,49 100,62 113,80

76,97 78,12 79,88 83,34 81,68 83,01 84,56 89,49 94,56 101,64 115,01

140,98 142,39 146,94 139,81 133,05 130,14 131,50 125,09 124,87 126,46 120,51 116,14

116,56 115,17 111,87 111,39 124,70 119,79 117,10 116,21 115,22 116,94 124,43 132,71

119,75 118,12 114,73 114,24 127,88 122,86 120,10 119,22 118,22 119,99 127,67 136,16

29,44 29,98 30,38 32,52 31,49 30,88 31,33 31,81 32,71 33,87 34,78 35,67

29,55 29,66 29,87 30,95 30,75 30,08 30,13 30,19 30,61 31,30 31,88 32,36

42,77 42,34 42,03 39,24 35,36 32,77 31,33 30,57 30,06 29,52 29,47 29,55

36,91 38,02 38,13 42,45 40,36 38,52 37,96 37,94 38,48 39,28 40,15

M Ê S

J F M A M J J A S O N D

2008 vist1

pes2

2010

32,88 33,49 33,93 36,32 35,18 34,49 34,99 35,53 36,54 37,83 38,85 39,85

41,22 42,47 42,59 47,42 45,08 43,03 42,41 42,38 42,98 43,87 44,85

BEZERRO / São Paulo 1

2010 vist1 pes2

493,19 186,40 636,23 186,21 601,17 182,58 504,14 186,20 627,96 186,22 608,98 190,86 517,13 187,01 634,15 186,82 649,59 190,77 551,69 623,64 712,18 751,18 740,16 726,05 716,86 702,55 659,71

187,22 187,11 187,44 187,03 185,83 185,61 185,55 185,28 186,17

651,69 633,71 648,49 638,08 615,85 607,08 596,24 592,23 593,97

188,46 188,39 191,75 191,75 187,65 194,29 186,79 187,09 185,99

705,26 722,07 722,78 679,96 666,82 695,40 719,19 719,51

190,61 191,01 195,16 193,76 185,28 188,76 188,02 179,15

MÊS

2006

2007

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

341,01 366,38 341,89 377,36 341,69 394,33 347,65 364,42 370,14 361,67 365,51 369,08 374,37 370,13 366,08

144,95 145,42 152,50 164,74 160,04 160,91 168,75 188,62 220,98 228,29 276,64

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2006

2007

17,55 16,52 14,62 14,44 15,25 16,47 16,69 16,86 17,94 21,09 22,93 24,96

25,02 22,02 20,20 19,20 18,93 19,58 18,97 22,13 26,95 27,36 31,72 33,80

2008 30,93 27,79 27,19 26,62 27,43 26,88 27,76 24,56 23,78 22,32 20,51 20,75

FONTE: Indicador Esalq/BM&F Bovespa -

FONTE: Indicador Esalq/BM&F Bovespa - 1 - Em centavos R$/libra peso

LARANJA POSTA INDÚSTRIA

MÊS

1

2009

2010

492,82 636,50 599,80 503,88 629,36 614,68 518,07 635,79 647,90 553,43 657,06 699,60 624,51 661,06 718,62 713,33 656,90 721,53 752,17 641,71 684,39 740,02 618,36 669,62 724,67 604,06 686,57 717,00 597,02 708,95 703,33 585,92 714,04 660,14 592,25

SOJA 1 2009 23,67 22,26 20,62 21,29 22,25 22,24 20,55 19,42 19,13 20,60 20,41 20,02

2010 19,66 18,35 18,47 18,16 18,67 19,43 18,74 20,42 24,36 25,15 28,23

- Em R$/saca de 60kg

LARANJA PERA

1

408,47 419,30 427,29 434,89 452,92 462,15 466,46 473,66 480,86

2008

FONTE: CEPEA - 1 Em R$/cabeça, descontado prazo de pagamento pela NPR

MILHO 1

2010 141,27 141,72 148,62 160,56 155,96 156,80 164,49 183,80 215,34 222,48 269,55

2009 vist1 pes2

FONTE: CEPEA/Esalq. Para M. Grosso Sul - 1 - Em R$/cab - 2 - Em R$/kg

vist1 praz2 vist1 praz2 vist1 praz2 183,62 137,77 142,15 135,18 128,71 126,00 126,98 120,90 120,84 122,18 116,26 112,22

2010

BEZERRO / Mato Grosso Sul 1

- Em R$/arroba (15kg)

2009

2008

26,46 26,55 26,74 27,71 27,53 26,93 26,97 27,02 27,41 28,02 28,54 28,97

ESTEIRA 3 2008 2009

2007

- 121,97 kg ATR

1

ALGODÃO EM PLUMA1 M Ê S

CAMPO 2 2008 2009

2007

MÊS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2006

2007

29,25 27,53 25,70 24,91 26,46 27,59 27,73 27,30 28,11 30,54 33,06 31,93

32,00 32,58 31,80 30,01 30,08 30,71 31,34 34,56 38,67 39,91 42,07 43,98

2008

2009

46,23 47,71 45,83 44,33 44,70 49,99 50,58 44,70 46,08 44,63 45,13 44,61

FONTE: Indicador Esalq/BM&F Bovespa -

1

49,21 47,56 45,35 47,95 50,39 49,89 47,83 48,20 46,07 44,67 46,07 42,87

2010 39,80 35,73 34,14 34,49 35,59 36,09 38,58 41,32 42,59 44,88 48,97

- Em R$/saca de 60kg

LIMA TAHITI 1

1

MÊS 2005 2006 2007 2008 2009 2010

MÊS 2005 2006 2007 2008 2009 2010

MÊS 2005 2006 2007 2008 2009 2010

7,08 JAN 6,83 FEV MAR 6,01 ABR 5,85 6,10 MAI 7,14 JUN 8,71 JUL AGO 8,44 7,94 SET OUT 7,86 NOV 9,70 DEZ 11,53

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

12,13 9,90 8,66 7,58 7,21 8,10 10,06 10,76 11,04 11,52 12,51 14,26

15,46 13,46 15,50 12,39 13,68 9,66 8,79 8,38 7,88 8,27 7,97 9,72 10,93 10,95 10,16 9,71 9,78 9,33 9,89 9,57 11,77 8,63 12,61 7,27

6,80 5,92 4,95 4,50 4,05 3,68 3,65 5,04 5,66 5,86 6,41 6,95

7,70 9,77 10,17 8,24 13,00 14,70 14,88 14,90 15,19 15,23 15,35 15,44

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq // 1 - Valores médios em R$/cx de 40,8kg, a prazo, entregue no portão, sem contrato.

9,13 9,78 12,64 11,66 9,36 8,79 8,97 9,13 9,73 11,04 12,51 13,85

15,68 19,53 19,08 13,72 10,68 9,38 10,12 11,47 12,51 12,60 12,76 13,48

15,08 17,10 19,02 16,60 13,82 11,28 10,98 11,06 10,48 11,48 13,45 14,10

15,38 10,00 10,89 16,95 9,82 17,22 17,03 11,13 19,17 14,65 10,46 16,50 12,04 9,13 14,49 11,39 7,66 15,13 11,38 6,48 14,90 11,01 6,47 14,94 10,64 7,04 16,83 10,83 7,58 19,17 10,24 8,48 19,93 9,70 8,94 19,30

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq // 1 - Valores médios em R$/cx de 40,8kg, mercado interno, na árvore.

4,76 2,71 2,37 2,15 3,81 8,36 17,64 21,95 16,86 11,87 9,98 6,41

3,09 2,18 2,28 2,82 5,52 6,50 11,38 28,87 35,76 44,60 26,58 5,78

2,92 2,34 3,87 10,70 16,49 18,85 17,97 14,82 19,03 20,99 14,92 10,16

4,74 5,15 7,84 5,24 4,77 5,97 9,61 20,10 38,95 51,78 46,64 16,26

6,19 5,03 4,94 4,22 4,79 4,89 6,62 26,52 31,47 22,28 21,53 9,83

7,02 8,82 9,53 11,12 14,25 18,96 21,49 22,63 31,75 25,42 30,74 25,15

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq // 1 - Valores médios em R$/cx de 27,0kg, mercado interno, colhido.


AGENDA DE EVENTOS 6º MINICURSO DE ACAROLOGIA Dias: 15 a 17/12. APTA / SAA-SP. Local: Laboratório de Acarologia, Centro Experimental BEM-ESTAR E PRODUÇÃO DE FRANGOS do Instituto Biológico, Campinas (SP). Tel: DE CORTE (19) 3243-0396. Email:- eabramides@terra. Dias: 03/12. FUNEP. Local: Centro de Concom.br. Site:-www.apta.sp.gov.br. venções da UNESP, Jaboticabal (SP). Tel: (16) 3209-1300. Email:- eventos@funep. 7º MINICURSO DE ACAROLOGIA org.br. Site:-www.funep.com.br. Dias: 15 a 17/12. APTA / SAA-SP. Local: Laboratório de Acarologia, Centro Experimental 7º CURSO DE NOÇÕES EM MORFOLOGIA do Instituto Biológico, Campinas (SP). Tel: E JULGAMENTO DE ZEBUÍNOS - CORTE (19) 3243-0396. Email:- eabramides@terra. Dias: 03 a 04/12. ABCZ. Local: Parque “Fercom.br. Site:-www.apta.sp.gov.br. nando Costa”, Uberaba (MG). Tel: (34) 33193930. Email:- abczsst@abczservicos.com. br. Site:-www.abcz.org.br.

DEZEMBRO

JANEIRO 2011

CURSO DE HORTICULTURA E FRUTICULTURA ORGÂNICA Dias: 04/12. AAO. Local: Sitio Catavento, Indaiatuba, São Paulo (SP). Tel: (11) 38752625. Email:- cursos@aao.org.br. Site:www.aao.org.br. 20º CONIRD - Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem Dias: 06 a 08/12. ABID. Local: Centro de Eventos “Rômulo Kardec de Camargos” - Tattersal de Elite da ABCZ, Uberaba (MG). Tel: (34) 9132-4130. Email:- abid@funarbe.org. br. Site:-www.abid.org.br. CURSO - TÉCNICAS DE CRIAÇÃO DE INSETOS PARA PROGRAMAS DE CONTROLE BIOLÓGICO Dias: 06 e 10/12. FEALQ. Local: Anfiteatro do Setor de Entomologia ESALQ/USP, Piracicaba (SP). Tel: (19) 3417-6604. Email:- cdt@ fealq.org.br. Site:-www.fealq.org.br.

SHOW SAFRA 2011 Dias: 21 a 22/01. FUNDAÇÃO RIO VERDE. Local: Fundação Rio Verde (Rod. MT-449, km 08), Lucas do Rio Verde (MT). Tel: (65) 35491161. Email:- fundario@terra.com.br. Site:www.fundacaorioverde.com.br.

FEVEREIRO 2011 SHOW RURAL COOPAVEL 2011 Dias: 07 a 11/02. COOPAVEL. Local: Show Rural Coopavel, Cascavel (PR). Tel: (45) 3225-6885. Email:- showrural@coopavel. com.br. Site:-www.showrural.com.br.

MARÇO 2011 8ª FEINCO - Feira Internacional de Caprinos e Ovinos Dias: 21 a 25/03. AGROCENTRO. Local: Centro de Exposição Imigrantes, São Paulo (SP). Tel: (11) 5067-6767. Email:- feinco@ agrocentro.com.br. Site:-www.feinco.com. br.

64º CURSO DE NOÇÕES EM MORFOLOGIA E JULGAMENTO DE ZEBUÍNOS Dias: 06 a 10/12. ABCZ. Local: Parque “Fernando Costa”, Uberaba (MG). Tel: (34) 331918ª AGRISHOW - Feira Internacional de 3930. Email:- abczsst@abczservicos.com. Tecnologia em Ação br. Site:-www.abcz.org.br. Dias: 02 a 06/05. REED EXHIBITIONS e ALCANTARA MACHADO. Local: Polo Regional SIMPÓSIO BRASILEIRO DE BEM ESTAR de Desenvolvimento Tecnológico - Centro DE ANIMAIS DE PRODUÇÃO Cana, Ribeirão Preto (SP). Tel: (11) 5067Dias: 08 e 09/12. FEALQ. Local: Anfiteatro do 6767. Site:-www.agrishow.com.br. Pavilhão da Engenharia ESALQ/USP, Piracicaba (SP). Tel: (19) 3417-6604. Email:- cdt@ 42ª EXPOAGRO - Exposição Agropecuária fealq.org.br. Site:-www.fealq.org.br. de Franca (SP) Dias: 13 a 29/05. ASSOC. PROD. RURAIS CURSO DE CAPACITAÇÃO DE MANEDO BOM JARDIM. Local: Parque de ExJADORES DE PRAGAS DO TOMATE posições “Fernando Costa”, Franca (SP). Tel: Dias: 09/12. GRAVENA. Local: Instituto de (16) 3724-7080. Email:- expoagro@franca. Zootecnia, Jaboticabal (SP). Tel: (16) 3203sp.gov.br. Site:-www.franca.sp.gov.br/ex2221. Site:-www.gravena.com.br. poagro.

MAIO 2011

MANEJO DO SOLO E CONTROLE ALTERNATIVO DE PRAGAS E DOENÇAS NA AGRICULTURA ORGÂNICA Dias: 11/12. AAO. Local: Parque da Água 3ª EXPOVERDE - Feira de Flores, Frutas, Branca, São Paulo (SP). Tel: (11) 3875-2625. Hortaliças, Plantas Nativas, Plantas OrnaSite:-www.aao.org.br. mentais, Plantas Medicinais, Agricultura Orgânica, Insumos, Máquinas e Implemen25º TREINAMENTO EM MÉTODOS DE DItos de Franca (SP) AGNÓSTICO E CONTROLE DE BRUCEDias: 22 a 25/09. ASSOC. PROD. RURAIS LOSE E TUBERCULOSE ANIMAL DO BOM JARDIM. Local: Parque de ExDias: 13 a 17/12. FUNEP. Local: Depto. Meposições “Fernando Costa”, Franca (SP). Tel: dicina Veterinária Preventiva UNESP, Ja(16) 3724-7080. Email:- expoverde@franca. boticabal (SP). Tel: (16) 3209-1300. Email:sp.gov.br. Site:-www.franca.sp.gov.br/exeventos@funep.org.br. Site:-www.funep. poagro. com.br.

SETEMBRO 2011

LIVROS RECOMENDAÇÕES PARA UTILIZAÇÃO DE FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS NO CONTROLE DE PRAGAS AUTOR Luis Francisco Angeli Neves, Pedro Manuel J.O. Neves e Marcos Rodrigues de Faria EDITORA FUNDAG CONTATO Email: fundag@ fundag.br. Tel. (14) 9101-6262 A rede entomofungo foi criada por um grupo de 11 professores e pesquisadores brasileiros em reunião realizada durante o 8º SINCOBIOL em São Pedro (SP), em junho de 2003. Todos os participantes desenvolvem pesquisas com fungos para o controle de artrópodespragas. O principal objetivo da Rede é o de congregar professores, pesquisadores, especialistas e alunos de pósgraduação na discussão de estudos e trabalhos, tanto básicos como aplicados, relativos ao controle microbiano com fungos entomopatogênicos. Esta obra é a primeira publicada pela Rede, hoje com 25 membros e tem como objetivo fornecer informações práticas e técnicas sobre o uso de micoinseticias (inseticidas à base de fungos) no controle de insetos e ácaros - praga em diferentes culturas.

CITROS: TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO

AUTOR FUNDECITRUS EDITORA FUNDECITRUS CONTATO www.fundecitrus. com.br. EMAIL: fpdc@fundecitrus. com.br TEL. (16) 3332-2589 A Tecnologia de Aplicação é o emprego de todos os conhecimentos científicos que proporcionem a correta colocação do produto, em quantidade necessária, de forma econômica, com mínimo de contaminação de outras áreas. Não se resume ao ato de aplicar o produto, mas sim na interação entre vários fatores (cultura, praga, doença, planta invasora, produto, equipamento e ambiente) buscando um controle eficiente.

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