Edição 25 - Revista de Agronegócios - Agosto/2008

Page 1

1 Revista Attalea庐 Agroneg贸cios - Ago 2008 -


2 Revista Attalea庐 Agroneg贸cios - Ago 2008 -


3 Revista Attalea庐 Agroneg贸cios - Ago 2008 -


E D I T O R I A L

Revista Attalea

Agronegócios , A Revista Attalea Agronegócios, registrada no Registro de Marcas e Patentes do INPI, é uma publicação mensal da Editora Attalea Revista de Agronegócios Ltda., com distribuição gratuita, reportagens atualizadas e foco regionalizado na Alta Mogiana, no Triângulo Mineiro, no Sul e no Sudoeste de Minas Gerais. TIRAGEM 5 mil exemplares EDITORA ATTALEA REVISTA DE AGRONEGÓCIOS LTDA. CNPJ nº 07.816.669/0001-03 Inscr. Municipal 44.024-8 Rua Professora Amália Pimentel, 2394, São José CEP: 14.403-440 - Franca (SP) Tel. (16) 3723-1830 revistadeagronegocios@netsite.com.br DIRETOR E EDITOR Eng. Agrº Carlos Arantes Corrêa cacoarantes@netsite.com.br

4 Revista Attalea® Agronegócios - Ago 2008 -

DIRETORA COMERCIAL / PUBLICIDADE Adriana Dias - (16) 9967-2486 adrianadias@netsite.com.br JORNALISTA RESPONSÁVEL Rejane Alves - MtB 42.081 - SP ASSESSORIA JURÍDICA Raquel Aparecida Marques - OAB/SP 140.385 CTP E IMPRESSÃO Cristal Gráfica e Editora Rua Padre Anchieta, 1208, Centro Franca (SP) - Tel/Fax (16) 3711-0200 www.graficacristal.com.br CONTABILIDADE Escritório Contábil Labor Rua Campos Salles, 2385, Centro, Franca (SP) - Tel (16) 3722-3400 É PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTAL DE QUALQUER FORMA, INCLUINDO OS MEIOS ELETRÔNICOS, SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO EDITOR. Os artigos técnicos e as opiniões e conceitos emitidos em matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, não traduzindo necessariamente a opinião da REVISTA ATTALEA AGRONEGÓCIOS.

Cartas / Assinaturas Editora Attalea Revista de Agronegócios Rua Profª Amália Pimentel, 2394 CEP 14.403-440, Franca (SP) revistadeagronegocios@netsite.com.br.

Novo Ano Agrícola começa com grandes eventos na região Neste começo de nova era, com a chegada da 5ª dimensão, a safra 2008/2009 começa com muita expectativa em todos os setores do agronegócio brasileiro. Independente do tipo de cultura, os produtores buscam alternativas para driblar os altos custos dos insumos, principalmente os fertilizantes. Mas os números da indústria de fertilizantes comprovam que, mesmo com preços altos, os fertilizantes continuam sendo processados e vendidos no mesmo ritmo que em safras anteriores. Já o setor de máquinas e implementos anotou crescimento da ordem de 25% no primeiro semestre deste ano. E pode crescer mais, após o lançamento do Programa ‘Mais Alimento’ mento’, do Governo Federal. Tratase de uma linha de crédito que beneficia pequenos e médios agricultores, com taxas de juros reduzidas e prazo de pagamento e carência mais justas. Mas são os eventos do agronegócio que comprovam a maior motivação do setor. Ainda em agosto, em Cristais Paulista (SP), a prefeitura municipal está organizando o 9º Dia do Agricultor cultor, evento que vem se fortalecendo na exposição e venda principalmente de máquinas e implementos. Na segunda semana de setembro, em Franca (SP), acontece a 1º EXPOVERDE VERDE, Feira de Flores, Frutas, Hortaliças, Plantas Ornamentais, Medicinais, Nativas e Orgânicas. Em sua

primeira edição, o evento já mostrou sua importância para a região, abrigando grandes empresas do agronegócio regional, bem como empresas do ramo de arquitetura e paisagismo. No final de setembro, acontece a premiação do 6º Concurso de Qualidade de Café da AMSC. Os cafeicultores dos 14 municípios da Alta Mogiana podem se inscrever no concurso, que premia, em dinheiro, os cinco primeiros colocados nas categorias café Natural e café Cereja Descascado. Na seção Pecuária de Leite, trazemos artigos importantes abordando a alimentação de vacas leiteiras, como o artigo da Josiane Ortolan e do Ricardo Rodrigues (Agroserv). Parabenizamos, ainda, a Associação de Produtores Orgânicos de Franca e Região, pelo segundo aniversário da Feira de Produtos Orgânicos, realizada semanalmente em Franca. Boa leitura!!

Foto da Capa: Editora Attalea Cafezal da Fazenda Lage Ibiraci (MG)


O trator 1175, da Agritech, foi o primeiro trator entregue pelo Programa ‘Mais Alimento’, lançado em julho pelo MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário, do Governo Federal. O programa visa disseminar a adoção de tecnologias por parte dos agricultores familiares, visando elevar a oferta interna de produtos básicos. O trator 001 do Programa ‘Mais Alimentos’, entregue oficialmente pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva ao produtor Fernando Kubota, de Brazilândia Incra (DF), sendo a concessionária Hanashiro Máquinas Agrícolas a responsável pela venda do trator. Com este programa, o governo pretende estimular a venda de 20 mil tratores ao ano ou 60 mil unidades nas três próximas safras, o dobro do mercado do ano passado, que foi de 10 mil unidades. De acordo com a empresa, a Agri-

FOTO: Editora Attalea

Agritech sai na frente. Primeiro trator do Programa ‘Mais Alimentos’ do Governo Federal é da Agritech

M Á Q U I N A S

5 Revista Attalea® Agronegócios - Ago 2008 -

tech participa com 16% do mercado de tratores de até 75cv. Esse programa será operacionalizado com recursos do PRONAF. Contará com taxa de juros

de 2% ao ano e limites individuais de R$ 100 mil por beneficiário, com 10 anos para pagamento e até 3 anos de carência.


D E S T A Q U E

6 Revista Attalea® Agronegócios - Ago 2008 -

Região de Ituverava ganha Estação Meteorológica A região de Ituverava (SP) passa a fazer parte do grupo de 400 unidades meteorológicas que integram o Inmet Instituto Nacional de Meteorologia, no Brasil. Através do Núcleo de Pós-graduação das Faculdades Francisco Maeda - Fafram/FE, foi instalada no Campus II uma Estação Meteorológica Automática-EMA. A Estação, doada à faculdade pelo Inmet, através de seu presidente Antonio Divino Moura, foi fixada numa área de 200 metros quadrados, e tem como função medir a temperatura do ar, precipitação pluviométrica, pressão do ar, radiação solar, direção e velocidade do vento, entre outros dados que integram os valores observados minuto a minuto e os automaticamente a cada hora. Através dos dados gerados pela estação de Ituverava será possível a elaboração de tipos de manejo de irrigação, a medição da qualidade do ar visando conforto humano e animal e o fornecimento de subsídios para seguro agrícola, plantio e colheita. Também é um suporte importante nas pesquisas de campo e aulas praticas, sem contar a assistência a agricultores e defesa civil

na avaliação de pericias judiciais, andamento de obras, projetos na área de engenharia. Na Pós-graduação da Fafram, já está sendo um importante apoio às atividades de ensino e de pesquisa, assim como um instrumento para o treinamento de estudantes de segundo e de terceiro graus em técnicas de observação. “É uma condição essencial para que se atinjam patamares de desenvolvimento compatíveis com as necessidades sociais e econômicas da região e do País”, comentou a Drª Maria Amália Brunini, Coordenadora de Pós-Graduação da Fafram. Precisão O sistema é um dos mais precisos do mundo e responsável pela previsão do tempo e que dá suporte à Defesa Civil nos casos em que a atmosfera coloca em risco a vida dos cidadãos, contribui para o desenvolvimento de uma agricultura mais competitiva, proporcionando subsídios para a diminuição dos riscos climáticos e um planejamento mais adequado à redução de custos e aumento de produtividade.

FAFRAM/FE especializa profissionais para os diferentes setores do agronegócio O sucesso das empresas que atuam nos diferentes setores Agropecuários e Agroindustriais depende não somente do atendimento às exigências crescentes dos consumidores mas também do aumento da competitividade nos mercados que estão cada vez mais globalizados e do comprometimento e comunicação entre os diferentes setores, o que leva a exigências de recursos humanos mais preparado e qualificado. A FAFRAM/FE consciente que uma das suas mais importantes missões consiste na formação de profissionais com capacidade empreendedora e responsabilidade social, além da promoção de desenvolvimento e crescimento da produção de bens e serviços, e visualizando que os diferentes setores agropecuários e agroindustriais precisam com urgência de profissionais preparados e competentes pra a aten-

der a demanda de um mercado cada vez mais globalizado e competitivo, está ofertando vários cursos de pósgraduação Lato sensu (especialização) visando habilitar e qualificar profissionais para gerir e empreender nos diferentes setores agropecuário e agroindustrial e enxergar os problemas dos ambientes de mercado, buscando soluções inovadoras e agressivas. Os cursos que a FAFRAM/FE oferece são: Agronegócio e Desenvolvimento Sustentável; Agroindústria Canavieira; Educação Ambiental e Responsabilidade Social; Produção Agropecuária e Comercialização; Agroenergia e Sustentabilidade; Geoprocessamento e Georreferenciamento de Imóveis Rurais; Certificação e Rastreabilidade de Produtos Agropecuários. Maiores informações podem ser encontradas no site da faculdade: www.feituverava.com.br

A Estação de Ituverava irá gerar dados meteorológicos que convergem para o Nutel - Núcleo de Telecomunicações que os encaminha para o Centro Regional de Telecomunicações Meteorológicas, localizado na sede do órgão em Brasília, que por delegação da OMM Organização Meteorológica Mundial é o responsável pelo tráfego de todas mensagens observacionais entre os países da América do Sul (Região III) e os demais Centros Meteorológicos Mundiais, localizados em Washington, Melbourne e Moscou. No Estado de São Paulo, além de Ituverava, existem Estações Meteorológicas nas cidades de São Paulo, Ubatuba, Avaré, Iguape, Votuporanga, São Simão, Lins, São Carlos, Sorocaba, Presidente Prudente, Campos do Jordão, Franca, Igarapava (Usina Junqueira), Itu, Santa Fé do Sul, Taubaté, Catanduva, Guarulhos e Itapeva. Para informações, deve-se acessar o site: www.inmet.gov.br . Na página, o internauta deve escolher o ícone “Rede de Estações”. Depois, do lado esquerdo da tela, escolher “Superfície Automática”. Em seguida, o nome da cidade e acompanhar todos os dados do dia.

FAFRAM/FE, a 1ª do estado no Enade O Ministério da Educação divulgou no começo do mês o resultado do ENADE-2007 - Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes. A FAFRAM/FE ficou em primeiro lugar entre as faculdades particulares de agronomia do Estado de São Paulo. No ranking geral do estado de São Paulo, a FAFRAM/FE alcançou o conceito 4 do ENADE, ficando em quinto lugar, atrás apenas da UnespIlha Solteira (1º lugar, conceito 5), Unesp-Jaboticabal (2º lugar, conceito 4), Unesp-Botucatu (3º lugar, conceito 4), Universidade Federal de São Carlos (4º lugar, conceito 4). Além da agronomia, foram avaliados 1.745 cursos particulares e algumas estaduais e federais. Deles, 698 ficaram sem nota, segundo o MEC porque são graduações que ainda não tiveram formados.


Attalea

GEOPROCESSAMENTO e GEOREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS URBANOS E RURAIS 7 Revista Attalea® Agronegócios

AGRONEGÓCIO e DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

- Ago 2008 -

EDUCAÇÃO AMBIENTAL e RESPONSABILIDADE SOCIAL AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA AGROENERGIA e SUSTENTABILIDADE

DURAÇÃO 12 MESES LETIVOS

AULAS QUINZENAIS

PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA e COMERCIALIZAÇÃO CERTIFICAÇÃO e RASTREABILIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

CORPO DOCENTE ESPECIALIZADO (IAC, ESALQ/USP, IEA, UNESP, FAFRAM/FE, FFLC/FE)

F U N D A Ç Ã O EDUCACIONAL


8 Revista Attalea® Agronegócios - Ago 2008 -

Cristais Paulista realiza em agosto a 9ª edição do Dia do Agricultor Já é tradição no mês de agosto. Em sua nona edição, o Dia do Agricultor de Cristais Paulista (SP) vem se firmando como uma das mais importantes feiras de máquinas, implementos e tecnologia para agricultura e pecuária da Alta Mogiana. Organizado pela Prefeitura Municipal do município, o evento acontecerá de 27 a 29 de agosto, no recinto do Parque de Exposições “José Alexandre Junqueira Vilela” (Av. Dr. Luis Rodrigues Nunes, 3490, Jd. N.Sra. Aparecida). A comissão organizadora pretende superar os bons números do ano anterior, onde se contabilizou mais de um milhão em negócios e um público superior a 1.200 pessoas. Em 2007, o Dia do Agricultor de Cristais Paulista contou com a participação de 30 empresas do setor de agronegócios. Segundo Edilson Condo, secretário de Agricultura e Meio Ambiente do município, o objetivo da feira é apresentar as novidades em tecnologia de produção ao agricultor, ao pecuarista e ao empresário do setor. Além da exposição e comercialização de máquinas e implementos, o evento contará ainda com três palestras (vide programação). “A comissão organizadora não mediu esforços para trazer este ano temas de importância ao produtor rural, como o meio ambiente e a cafeicultura”, afirma Gerson Rubens Rocha, da comissão organizadora. Grandes empresas do setor já

FOTO: Editora Attalea

E V E N T O

PROGRAMAÇÃO Dia 27 (quarta-feira) - 8h00 às 18h00 = montagem dos estandes - 19h00 = abertura do evento pelo Sr. Prefeito - 19h15 = palestra dos cinqüentenário da Agricultura e Pecuária no município, com Danilo Robero da Costa (mestrando em Historia pela UNESP/Franca) - 20h00 = show com a orquestra Encantos da Viola de Franca, com o regente professor Vicente de Paulo Rosa de Souza

Dia 28 (quinta-feira) - 8h00 às 18h00 = exposição e venda de máquinas, implementos e insumos agrícolas - 18h00 às 19h00 = palestra técnica com o tema “Recuperação de Mata Ciliar”, com o Engº Agrº Dr. Célio Bertelli (Unesp, Rio Claro/SP) - 19h20 = palestra técnica com o tema “Gestão Operacional e Manejo de Solo na Cafeicultura”, com o Engº Agrº Afonso Peche Filho (I.A.C. – Campinas/SP)

Dia 29 (sexta-feira) - 8h00 às 18h00 = exposição e venda de máquinas, implementos e insumos agrícolas.

Valorize sua propriedade plantando madeiras nobres

Tel: (16) 9999-7196 (35) 9978-5740 atendimento@arbara.com.br CEDRO AUSTRALIANO Toona ciliata var. Australis

Investimento rentável e de baixo custo

Projetos Ambientais e Comerciais, Viveiro de Mudas Nativas e Projetos de Compensação de CO2

confirmaram a presença, como: Sami Máquinas Agrícolas; Jumil; Alma Implementos Agrícolas; Cocapec; Minami Máquinas e Implementos Agrícolas; Ifló; Marispan; Bruden - Máquinas e Implementos Agrícolas; Kamaq; Dragão Sol; Bolsa de Insumos; A.Alves - Tratores Implementos Agrícolas; Oimasa; Coonai; Divimap; LWS Equipamentos para Refrigeração; Banco Santander; Palini & Alves; AgroPL; Gota Verde, Dedeagro; Colégio Agrícola de Franca; Sebrae; Palácio das Ferramentas; Sindicato Rural de Franca; Cati; e a Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo.


Attalea

REALIZAÇÃO Prefeitura Municipal de Cristais Paulista Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente Administração 2005 - 2008

CRISTAIS DE TODOS NÓS

Feira de Tecnologia na Produção Agrícola e Pecuária

27 a 29

Parque de Exposições “José Alexandre Junqueira Vilela” (Av. Dr. Luis Rodrigues Nunes, 3490, Jd. N. Sra. Aparecida) 9

Agosto/2008

Revista Attalea® Agronegócios - Ago 2008 -

AGRITECH

SINDICATO RURAL DE FRANCA A arte aproximando pessoas Fone 3133.1416 e-mail: atelietriartes@hotmail.com

MAQ. PEÇAS LTDA

16-3667-6537 16-8154-7990

AgroP.

.

Máquinas Agrícolas LTDA.

Fone (16) 3821 5000

COMPETÊNCIA EM EDUCAÇÃO PÚBLICA PROFISSIONAL

ETE "Prof. Carmelino Corrêa Júnior" - 046 COLÉGIO AGRÍCOLA DE FRANCA

Fone 3012-0939

COLHEDORAS DE CAFÉ


10 Revista Attalea® Agronegócios - Ago 2008 -

1ª EXPOVERDE reúne em Franca grandes empresas do agronegócio regional De 12 a 14 de setembro, toda a região de Franca (SP) voltará a sua atenção para o Parque de Exposições “Fernando Costa”. Nele acontecerá a 1ª EXPOVERDE - Feira de Flores, Frutas, Hortaliças, Plantas Ornamentais, Medicinais, Nativas e Orgânicas de Franca. A realização é da UNIATAFRANCA - Cooperativa de Trabalho dos Profissionais do Setor Agropecuário e Afins da Região de Franca e da Prefeitura Municipal de Franca. O evento tem por objetivo a realização de negócios nas mais diversas cadeias produtivas e ampliação dos conhecimentos em tecnologias, equipamentos e processos. “Buscamos mostrar todo o potencial agrícola de nossa região, principalmente nas atividades de fruticultura, horticultura, floricultura, paisagismo e plantas ornamentais, agricultura orgânica, plantas nativas e plantas medicinais”, afirma Heitor de Lima, diretor da Divisão de Atividades Produtivas, da Prefeitura de Franca. A EXPOVERDE apresenta um forte caráter comercial, quando favorece a comercialização direta de produtos e serviços para o público visitante. “Além

FOTO: Divulgação

E V E N T O

Vista do lago principal do Parque Fernando Costa, na entrada do recinto. Ao fundo, o gramado onde estarão expondo as empresas de máquinas

da possibilidade de mostrar o produto, a empresa expositora tem interesse em comercialização. E é isto que estamos propiciando na EXPOVERDE. Quem visitar terá a oportunidade também de adquirir os mais diversos produtos: máquinas, implementos, flores, frutas, projetos paisagisticos, equipamentos de irrigação, insumos, etc”, diz o Engº Agrº Carlos Arantes Corrêa, responsável

AERF organiza jantar do engenheiro agrônomo 2008 Será realizado no dia 17 de outubro deste ano, no Salão do Castelinho, em Franca (SP), o jantar de confraternização do Dia do Engenheiro Agrônomo 2008 2008. Para isto, a Comissão Organizadora do evento vem se reunindo quinzenalmente, na sede da AERF (R. Jaime de Aguilar Barbosa, 1270). “Já definimos a data e o local. Mas estamos em busca de empresas patrocinadoras. Para isto, elaboramos um plano de mídia - com outdoors, divulgação em revistas e também um audio-visual que será apresentado durante o evento, para mostrar a todos quais são as empresas parceiras do engenheiro agrônomo”, afirma Plaucius Seixas, da comissão organizadora.

Até o momento, já confirmaram presença no evento: Cocapec, Credicocapec, AERF, CREA e Serrana Fertilizantes (Bünge). O evento já se tornou tradicional na região e a cada ano vem se fortalecendo, contando sempre com o apoio de empresas e instituições do setor agropecuário. “Queremos fazer um evento alegre, que fortaleça a amizade, o reencontro entre as pessoas, já que o trabalho do dia-a-dia acaba nos afastando dos colegas de profissão”, afirma Iran Francisconi. A Revista Attalea Agronegócios é parceira do evento e divulgará inclusive as fotos do evento na edição de novembro.

técnico pela UNIATA-FRANCA neste projeto e diretor da Revista Attalea Agronegócios. Segundo a comissão organizadora, várias espaços já foram comercializados e outros estão em negociação. “Há um mês do evento, praticamente fechamos 80% dos espaços comerciais ofertados. Estamos muito confiantes no sucesso do evento, principalmente pela presença de empresas como Sami Máquinas Agrícolas (representante Agritech-Yanmar), Cooperfran, Cocapec, Dupau/Teca Madeiras, John-Deere, A.Alves (representando a New Holland), Eclética Máquinas Agrícolas, Hidromar, Sapucaia Paisagismo, Associação de Produtores Orgânicos de Franca e Região, Palácio das Ferramentas e as faculdades Fafram, de Ituverava (SP) e a Uni-Facef, de Franca (SP)”, explica Fátima Carvalho, da comissão organizadora. A Revista Attalea Agronegócios é uma das parceiras do evento e estará presente com estande próprio. A publicidade do evento está por conta da Agência Idéia Fixa, de Franca (SP).

INFORMAÇÕES www.expoverde.com.br www.expoverde.com.br. contato@expoverde.com.br Telefones (16) 3724-7080, com Fátima Carvalho ou 9126-4404, com Carlos Arantes.


E V E N T

11 Revista Attalea庐 Agroneg贸cios - Ago 2008 -


C A F É

12 Revista Attalea® Agronegócios - Ago 2008 -

Conab planeja racionalizar e simplificar regras do PEPRO O Cecafé - Conselho dos Exportadores de Café do Brasil entregou no começo de agosto ao Ministério da Agricultura uma proposta para as regras dos leilões de Pepro - Prêmio Equalizador Pago ao Produtor. “Foi uma demanda do próprio ministério”, afirmou Guilherme Braga, diretor-executivo do Cecafé. Na avaliação da entidade, o Pepro deveria facilitar o escoamento da safra em um mercado com vendas fracas. Exportadores, cooperativas e indústrias no Brasil têm discutido quais regras deveriam ser mantidas do Pepro do ano passado e quais teriam que ser mudadas, mas as partes estão divergindo sobre diversos itens. O Pepro é um programa do governo que garante um preço mínimo ao produtor quando as cotações do café estão abaixo dos custos. No ano passado, o governo financiou R$ 190

milhões por meio dos leilões para esse programa, e deverá liberar R$ 300 milhões para 2008. O que sugere o Cecafé Para o Cecafé, o programa deveria ser voltado para pequenos produtores, incluindo os da agricultura familiar, uma vez que os recursos são poucos. A entidade defende o pagamento individual ao produtor rural pessoa física e que cada arrematante do prêmio não possa adquirir volume superior a 500 sacas de 60 quilos. A entidade criticou as regras do leilão do ano passado, que permitiu que as cooperativas arrematassem 90% do volume ofertado. Segundo o Cecafé, “frustraram-se os objetivos do programa em função das imperfeições ocorridas na sua implementação”. O presidente do con-

E

selho deliberativo da entidade, João Antônio Lian, afirmou que o regula-mento limitava ao volume de 300 sacas por produtor, mas houve casos de produtores que fizeram 10 mil sacas de Pepro. “Houve uma brutal transferência de renda dos pequenos para os grandes produtores”, afirmou. “Se as cooperativas representam apenas 25% da produção porque deveriam arrematar 90% dos leilões?”, questionou Lian. Guilherme Braga, diretor geral do Cecafé, explica que um cooperativa pode ter 11 mil associados mas boa parte estar inativo, o que facilitaria o repasse de recursos para grandes produtores. Diferentemente do ano passado, quando foram feitos apenas dois leilões para 5 milhões de sacas, o programa deste ano, que deverá contemplar 12 milhões de sacas, deveria ter seis leilões. “Ano passado acharam que foi o Pepro que melhorou as cotações do café. O que melhorou foi a safra baixa brasileira e o movimento de fundos de investimentos para commodities”, afirmou Lian. O Cecafé defende ainda menos burocracia e mais “transparência” para que mais produtores possam participar dos leilões. O Conselho recomenda que a divulgação dos avisos dos leilões deve ser feita com antecedência para que todos os interessados tenham acesso às informações. “No último leilão, o aviso ocorreu uma semana antes. Há muita burocracia para participar desses leilões, o que limita o acesso”, disse Braga. A entidade também sugere a criação de um comitê de acompanhamento integrado do governo e do setor privado para supervisionar todas as etapas do Pepro. O que dizem as cooperativas:

SILVA & DINIZ COMÉRCIO E REPRESENTAÇÃO DE CAFÉ LTDA. Av. Wilson Sábio de Mello, 1490, São Joaquim

NOVOS TELEFONES Tel. (16) 3402-7026 / 3402-7027 3402-7028 / 3402-7029

Segundo Lúcio de Araújo Dias, superintendente comercial da Cooxupé - Cooperativa Regional de Cafeicultores de Guaxupé, no ano passado boa parte do Prepo recebido pelos produtores foi intermediado pelas cooperativas, o que para esse ano-safra estaria sendo questionado pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) e pelo Conselho dos Exportadores de Café no Brasil (Cecafé). “Essas entidades questionaram a forma como foi feito em 2007 e levaram ao governo. Eles querem que o Prêmio seja depositado direto na conta do produtor”, disse Dias. “Infelizmente, as propostas levantadas por esses órgãos não apontam soluções para a realização da segunda edição do Pepro, mas dificultam a participação das cooperativas no processo”, disse o presidente da Cooxupé, Carlos Paulino da Costa. “Se as cooperativas ficarem de fora, de que maneira o pequeno


produtor terá acesso a esse programa de cunho social?”, complementa. Com infra-estrutura e faturamento semelhante ao de grandes empresas, líderes das principais cooperativas do setor já tiveram algumas reuniões com membros do MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para sensibilizá-los de que elas representam milhares de pequenos agricultores. A expectativa do setor é de que o preço de referência estabelecido seja da ordem de R$ 300 a saca de café e o valor do prêmio entre R$ 25 e R$ 30. A referência de preço sugerida fica bem acima do valor médio da saca de café negociada no último mês de julho que foi de R$ 249,22, e que em dólar não ultrapassou US$ 153,91. O câmbio é justamente uma das principais reclamações do setor. Segundo o superintendente de operações da Conab - Companhia Nacional de Abastecimento, Fernando de Castro, os depósitos deverão continuar sendo feitos a conta de quem arremata no leilão. Para este ano, ele explicou que as regras foram simplificadas e garante que foram pagos R$ 12 mil por produtor.

Evandro Ninaut, gerente de mercados da OCB - Organização das Cooperativas do Brasil, ressalta que se as cooperativas estão conseguindo ocupar mais espaço no mercado por causa da competência da categoria. “Essa é a função das cooperativas: ampliar a renda do produtor. Se estamos conseguindo isso, é prova de que o setor é competente. Ele diz que 80% dos associados são pequenos produtores e defende que todas possuem clareza nas operações. “Não queremos mais falar em prorrogação de dívida. Precisamos de recursos que remunerem o produtor”, reivindica Gilson Ximenes, presidente do CNC - Conselho Nacional do Café. Ele diz que por causa da alta dos custos é necessário um gatilho de R$ 295 por saca, com um prêmio de R$ 25/sc. Ximenes foi ainda taxativo. “Um instrumento como o Pepro, que verdadeiramente gerou renda para os produtores de forma inteligente, não pode ser destruído por informações distorcidas. Está na hora dos segmentos do agronegócio café assumirem claramente seus interesses individuais, negociando, de forma madura, soluções

que atendam a todos sem perder de vista o interesse maior, o coletivo”. Opinião da Abic Nathan Herszkowicz, diretor executivo da Abic, afirmou que não há nenhuma restrição por parte da Associação à participação das cooperativas no processo de formatação do Pepro, mas, em relação ao pagamento do Prêmio, Herszkowicz disse que só falaria após a próxima reunião do CDPC - Conselho Deliberativo da Política do Café, ainda sem data marcada. “A Abic não quer emitir nenhuma opinião ou juízo de valor antes da reunião do CDPC”. Para Nathan, “quanto mais produtores beneficiados, melhor”. Mesmo o Pepro sendo tão aguardado, cerca de 30% da safra deste ano já foi comercializada, principalmente via CPR. As sugestões enviadas ao MAPA por representantes da indústria, produtores e exportadores estão sendo atualmente avaliadas pelo ministério. (CoffeePoint, Reuters, DCI, Agência Estado e Valor Econômico).

C A F É

13 Revista Attalea® Agronegócios - Ago 2008 -


FOTOS: Editora Attalea

AMSC realiza em setembro a 6ª edição do concurso de qualidade

14 Revista Attalea® Agronegócios - Ago 2008 -

Estão abertas as inscrições para o 6º Concurso de Qualidade do Café da Alta Mogiana Mogiana, safra 2008/2009, cujo evento de premiação acontecerá no dia 27 de setembro próximo, no Clube de Campo de Franca (SP). De acordo com o Engº Agrº Milton Pucci, presidente da AMSC - Associação de Cafés Especiais da Alta Mogiana, entidade que organiza o concurso, a expectativa é positiva. “Estamos convidando os cafeicultores a participarem da 6ª edição do concurso, independente do tamanho da propriedade, independente de ser ou não associado. Queremos a participação daqueles cafeicultores interessados em produzir cafés de qualidade. Queremos mostrar a qualidade do café produzido na Alta Mogiana”, afirma Pucci. As provas serão realizadas nos dias 25 e 26 de setembro, no Hotel Shelton Inn, em Franca (SP). “Para isto, contaremos com provadores de nível internacional, o que fortalece ainda mais o concurso”, diz. Os cafeicultores interessados em participar do concurso devem preparar amostras competitivas e encaminhá-las para os locais de recebimento pré-determinados, como as Casas de Agricultura e os Sindicatos de Produtores Rurais dos 14 municípios da área de atuação da AMSC, que abriga os municípios de Altinópolis, Batatais, Buritizal, Cajuru, Cristais Paulista, Franca, Itirapuã, Jeriquara, Patrocínio Paulista, Pedregulho, Restinga, Ribeirão Corrente, Santo Antônio da Alegria e São José da Bela Vista. “Só poderão participar do concurso, cafeicultores que produzem café arábica e que tenham propriedade nestes municípios da área de abrangência da associação”, orienta Pucci.

Tradicionalmente, o Concurso de Qualidade da AMSC premia em duas categorias: café Natural e café Cereja Descascado. Os dez primeiros colocados de cada categoria receberão certificados de participação, sendo que os cinco primeiros receberão também premiação em dinheiro. Os cinco primeiros classificados de cada categoria do 6º Concurso de Qualidade de Café da AMSC estarão automaticamente classificados para participar do 7º Concurso Estadual de Qualidade de Café de São Paulo Paulo, que acontecerá em Santos (SP), no início de outubro. Os primeiros classificados no estado estarão aptos para o 5º Concurso Nacional ABIC de Qualidade do Café, que acontecerá em novembro, durante 16º Encafé - Encontro Nacional das Indústrias de Café, que será pro-

movido pela ABIC no Enotel Resort, em Porto de Galinhas (PE). Certificação e Qualidade A AMSC conta hoje com cerca de 30 propriedades associados, alcançando uma área de 6 mil hectares de café. De acordo com Milton Pucci, a entidade está fazendo um esforço tremendo para colocar a Alta Mogiana na rota dos exportadores de café e das pessoas que tem interesse em café de qualidade. “Atualmente, a commodity do café não tá dando muito lucro aos produtores. Os preços internacionais estão altos, mas quando fazemos a conversão, a cotação do dólar deixa o preço quase a custo de produção. Então, mais do que nunca, a AMSC está procurando alternativas para valorizar o café produzido nesta região”, explica Pucci. Nesta linha de valorização do café da Alta Mogiana, a AMSC está elaborando um plano de marketing para divulgar melhor o produto. Também está promovendo treinamentos de terreireiros. “Contratamos um consultor que desenvolveu com os funcionários a teoria e a prática em todas as propriedades dos nossos associados. Buscamos, com isto, dar ferramentas para que o nosso associado faça um café de qualidade”, diz.


15 Revista Attalea庐 Agroneg贸cios - Ago 2008 -


16 Revista Attalea® Agronegócios - Ago 2008 -

Renovar a lavoura cafeeira: por que e como fazer. José Braz Matiello 1

tividade é o principal fator para a redução nos custos de produção de café. Como costuma dizer um colega nosso, existem as lavouras abençoadas (que produzem bem e geram renda ao produtor) e as amaldiçoadas (pouco produtivas e que comem a renda gerada pelas boas). Estas ruins é que devem, gradativamente, ser eliminadas e substituídas por novas.

FOTO: Editora Attalea

C A F É

O cafeeiro é uma planta perene, que dura muito, dezenas a centenas de anos. No passado era assim. A maioria das lavouras era cultivada por 50-100 anos, existindo, até hoje, em fundos de quintal, cafeeiros centenários, principalmente aqueles das variedades ‘Typica’, ‘Crioulo’ ou ‘Nacional’. Hoje em dia as lavouras de café são exploradas por períodos mais curtos, quando, envelhecidas, pouco produtivas por variadas causas ou por conjuntura econômica desfavorável, são substituídas por outro cafezal novo ou mesmo outra cultura. Chamamos este processo de renovação de cafezais. Como tudo na vida, também no cafezal renovar é preciso. Precisamos, continuadamente, contar com lavouras novas, mais modernas e produtivas, 1- Engenheiro Agrônomo MAPA/PROCAFE e Editor Executivo Revista Coffea. Edição 13, jan/abr 2008 www.fundacaoprocafe.com

Razões ou fatores indicativos para a renovação

b) - Idade da Lavoura = lavouras muito velhas, com mais de 20-30 anos, tendem a responder mal aos tratos e, geralmente, acumulam pragas de raízes, como os nematóides. A idade sozinha não exclui uma lavoura, mas é um indicativo.

Diante da necessidade de tomar a decisão de renovar uma determinada área de cafezal, deve-se fazer uma análise dos talhões, caso a caso. Os principais fatores que devem ser considerados nessa análise são os seguintes: a) - Histórico da Produtividade do Talhão = a produ-

c) - Espaçamento, falhas e alinhamento = o espaçamento condiciona o número de plantas por área:- o estande; fator muito importante na produtividade. Lavouras muito abertas, plantadas na década de 70-80, com 1200 a 1600 plantas/ha e já com muitas falhas, são sérias candidatas na fila de

onde o manejo e a colheita sejam facilitados e os custos de produção menores.


substituição. As alinhadas com ruas mortas e muitas curvas dificultam, nas áreas mecanizáveis, os tratos e a colheita com máquinas. d) - Variedade = talhões com variedades pouco produtivas, pouco vigorosas, não adaptadas à região, devem ser substituídos. e) - Localização = talhões mal localizados, em áreas com problemas de solo, de difícil acesso, muito expostos a ventos, muitas vezes longe da fonte de água, nas áreas irrigadas, são, por essas razões, também candidatos à substituição. f) - Acúmulo de Pragas/Doenças de Raízes ou Raízes Defeituosas = um sistema radicular deficiente, seja por um plantio mal feito, seja pela alta infestação de pragas/doenças de raízes (nematóides, moscas, cigarras, cochonilhas e fusariose), tem sua recuperação dificultada. Esses fatores devem ser analisados em conjunto, para se poder classificar as lavouras em três grupos:

• aquelas boas, que não necessitam de tratos especiais; • aquelas onde são necessários investimentos em tratos adicionais, na recuperação do solo e das plantas, por podas corretivas, replantio/repovoamento, tratamento de pragas de raízes, subsolagem, etc; • por último aquelas com problemas sérios, onde a recuperação não compensa, sendo preciso a substituição/renovação. Modos de Renovação

Escolha das Áreas e dos Sistemas de Plantio

Existem dois modos básicos de renovação de uma lavoura de café. 1º Modo = Através da dobra, ou seja, plantando uma nova lavoura no meio da outra, prática indicada quando não existem problemas sérios de solo ou pragas de raízes ou então se disponha de variedades resistentes a nematóides para o novo plantio. Também é um modo mais adequado ao pequeno cafeicultor e em áreas montanhosas, onde não se mecaniza. A dobra, na maioria dos casos, deve ser combinada com uma poda drástica da lavoura velha, para que possa haver

A escolha da área para implantação de um novo cafezal deve considerar as condições de clima, de solo e de cultivo. No clima, a condição macro deve observar o zoneamento onde se verificam as condições de chuva e de temperatura, para variedades arábica ou robusta. A nível topo-climático, deve-se evitar os topos de morros, pois são mais secos e ventosos; e os fundos, pela umidade e acúmulo de ar frio. As faces batidas pelo sol da manhã (exposição leste a norte) devem ser as preferidas, especialmente nos extremos de altitude.

AgroP.

C A F É

abertura adequada ao desenvolvimento das plantas novas. Normalmente aproveita-se 2-3 safras da brotação da lavoura velha e então elimina-se essas plantas ficando somente com as novas. 2º Modo = mais adequado às áreas mecanizáveis e aos grandes produtores. Consiste em arrancar a lavoura velha e plantar outra, podendo ser na mesma ou em outra área melhor.

17 Revista Attalea® Agronegócios - Ago 2008 -

.

Máquinas Agrícolas LTDA.

Consultoria em Mecanização Aluguel e Venda Para Café e Eucalipto

AgroPL Comércio e Representações Ltda. Av. Wilson Sábio de Mello, 1880, Vila Santa Elena (Distrito Industrial) CEP 14.406-781 - Franca (SP) - Fone/Fax: (16) 3724-4041 email: agroplfranca@agropl.com.br - www.agropl.com.br


18 Revista Attalea® Agronegócios - Ago 2008 -

Com relação ao solo, deve-se observar os aspectos físicos, evitando os muito arenosos ou argilosos, os rasos ou com impedimentos a menos de 1,5m, especialmente em chapadas e áreas de fundo, que podem ficar muito úmidos. Quanto às condições de cultivo, deve-se buscar áreas que ofereçam maior facilidade na implantação e manejo do cafezal, citando-se topografias mais favoráveis, cobertura vegetal fácil de limpar, com cultura anterior de café, sendo vantajosa a área ter fácil acesso e proximidade de água (para pulverização e irrigação), sendo estratégico em regiões com déficit hídrico. Na escolha do sistema de plantio deve-se observar a capacidade do produtor (tamanho e recursos), as condições do local (clima, solo, topografia, disponibilidade de mão-de-obra) e as características técnicas de cada sistema (variedades a usar, práticas de uso regional, manejo dos tratos). Para produtores de baixo nível tecnológico e com poucos recursos devese indicar sistemas mais simples. Áreas com clima muito frio, onde a maturação é mais tardia, exigem o uso de espaçamentos mais largos. Em regiões muito quentes pode-se usar sistemas com arborização e condução com ciclos mais curtos. Nas regiões mais secas, tomar cuidado com plantios muito adensados. Nessas áreas a irrigação é hoje imprescindível. Nas áreas montanhosas, logicamente, o natural é usar espaçamentos mais adensados, para melhorar a produtividade da lavoura, otimizar o uso da mão-de-obra e reduzir os custos de produção. Ao contrário, em áreas planas e onduladas, deve-se usar espaçamentos largos, em renque, que favoreçam a mecanização máxima, fator muito

b) - a adaptação da variedade à região; c) - a adaptação da variedade ao sistema de plantio e manejo planejados.

FOTO: Editora Attalea

C A F É

importante para viabilizar a cafeicultura empresarial. Dois sistemas básicos de plantio são atualmente empregados: o Sistema Adensado, que comporta espaçamentos de 1,7-2,5m x 0,5-0,7m, com 5.00010.000 plantas/ha e o Sistema RenqueMecanizado, com 3,5-4,0m x 0,5-0,7m, com 4.000-5.000 plantas/ha. Pode-se variar com mais dois sistemas, sendo um Super-Adensado, com 1,0-1,5m x 0,3-0,5m, compreendendo 15.000 a 25.000 plantas/ha, para exploração em ciclos curtos 2-3 safras e recepa em seguida, ou um SemiAdensado, com espaçamentos de 2,53,5m x 0,5m, prevendo-se esqueletamentos constantes, cada 2-3 safras, combinando melhor estande de plantas, renovação da ramagem e safras-zero periódicas, sempre com a lavoura aberta e mecanizada. Escolha das Variedades Na escolha das variedades a serem plantadas, deve-se analisar três aspectos: a) - as características vegetativas/ produtivas da variedade;

Nas características da variedade são mais importantes sua capacidade produtiva, seu vigor, o porte, as resistências que apresenta, a sua maturação e a qualidade dos frutos. Na adaptação da variedade a uma região, deve-se observar os resultados dos ensaios regionais. A adaptação ocorre pela interação das características das variedades com as condições de clima, solo, topografia, condições favoráveis a pragas e doenças e o nível do produtor. Na adaptação da variedade ao sistema de plantio, o primeiro fator a observar é o espaçamento. A arquitetura das plantas, o diâmetro da saia e o porte influem no fechamento. A maturação é outro fator a observar, devendo-se dar prioridade a variedades de maturação precoce nos sistemas de plantio adensados. Com espaçamento adequado pode-se corrigir defeitos ou ressaltar qualidades de uma variedade. Quanto à interação da variedade com o sistema de manejo, as variedades de porte baixo tem todo o manejo de tratos facilitado, as pulverizações, a colheita e as podas, aspectos importantes especialmente nas áreas montanhosas. Deve-se considerar, ainda, as resistências em uma variedade facilitando o controle de pragas e doenças. Em sistemas com irrigação ou arborização é possível usar variedades menos vigorosas, desde que apresentem outras características desejáveis. Em resumo, pode-se indicar que, para o sistema de manejo do cafezal adensado, deve-se dar prioridade a variedades ou linhagens que tenham a maioria das seguintes características:

Tel. (16) 3701-3342 Av. Wilson Sábio de Mello, 1945 Distrito Industrial - Franca (SP)

“SOLUÇÕES INTELIGENTES PARA NOSSOS CLIENTES”


FOTO: Editora Attalea

arquitetura de planta cônica; ramagem aberta e diâmetro de saia pequeno; boa maturação (precoce a média); boa capacidade de recuperação após poda; resistência à ferrugem; tolerância à seca; precocidade de produção e boa capacidade produtiva por área. Para o sistema de cafezal em renque mecanizado aberto é importante: a alta capacidade produtiva por planta; o bom vigor; a resistência ao bicho-mineiro, se possível; e o porte baixo, especialmente quando se tratar de colheita mecânica. As variedades atualmente mais plantadas (‘Catuaí’ e ‘Mundo Novo’), em suas diferentes linhagens, possuem a maioria das boas características, destacando-se a capacidade produtiva e o vigor e, no caso do ‘Catuaí’, o porte baixo. Estes, porém, são susceptíveis às doenças e pragas. Gradualmente vem sendo introduzidos novos materiais resistentes, destacando-se o ‘Catucaí’, os ‘Sarchimores’, o ‘Acauã’, o ‘Sabiá’ e os

‘IBC-Palma’ , além de híbridos susceptíveis, como o ‘Topázio’, o ‘Ouro Verde’, o ‘Rubi’ e o ‘Maracatiá’. Em estágio inicial de introdução estão variedades com resistência múltipla, como o ‘Siriema’. Cuidado com Cafeeiros Jovens

C A F É

19 Revista Attalea® Agronegócios - Ago 2008 -

Attalea

No plantio são importantes o preparo do solo e das covas/sulco de plantio, com destaque para o uso do calcário ou outro corretivo e de adubo fosfatado na cova/sulco. Mas não basta escolher uma boa variedade, um bom sistema de plantio e plantar bem. É

preciso cuidar das plantas jovens, pois o período de formação da lavoura termina somente no segundo ano, com a primeira colheita. A lavoura mal formada pode apresentar problemas para o resto da sua vida. A estrutura das plantas e do seu sistema radicular e a uniformidade da lavoura, com plantas desenvolvidas por igual e sem falhas, são aspectos que dependem da boa formação da lavoura. Os cuidados ou práticas principais na lavoura jovem são: a molhação, se necessária; o controle do mato; a proteção contra ventos; o controle à erosão; a adubação; e a proteção contra pragas e doenças. Antigamente, a fase de formação da lavoura durava 3-4 anos. Hoje em dia, com variedades mais precoces e produtivas, com adubações e tratos intensivos, inclusive com irrigação, é possível ter uma pequena safra, de 1015 sacas/ha e já com 1,5 ano e uma boa safra, de 30-70 sacas/ha, com 2,5 anos, com retorno mais rápido dos investimentos.

R

FERTILIZANTES LONDRINA LTDA.

TURFA MASTER Matéria Orgânica humificada, com liberação de ácidos húmicos e fúlvicos. Absorve 8 vezes seu peso em água (CRA). Alta capacidade de troca de cátions (CTC 30 vezes maior que os solos argilosos). A Turfa potencializa o adubo químico (NPK). TURFA - Ideal para plantio e produção de café. Tel. (43) 3025-5242 / (43) 9978-1121 / (43) 9980-3877 TURFA CAFÉ - REPRESENTANTE EM FRANCA (SP) (16) 9999-6087 c/ Álvaro


20 Revista Attalea® Agronegócios - Ago 2008 -

Feira de produtos orgânicos completa dois anos FOTOS: Editora Attalea

O R G Â N I C O S

Alimentos bonitos, apresentáveis, produzidos sem agrotóxicos e sem adubos químicos, são ofertados duas vezes por semana na feira

Inaugurada há dois anos graças à abnegação de um grupo de produtores rurais da região, a Feira de Produtos Orgânicos de Franca (SP) festejou neste mês de agosto mais um aniversário. Criada em 2006 como alternativa

O grupo atual: Sr. Nelson Queiroz, Ivair Nogueira, D. Lourdinha, Joyce, Jonas e Vera Bergamini; Ana Maria Faleiros; Fernando Taveira; Gisele Oliveira, Maria de Lourdes e Mathilde Maranha.

para que o grupo de produtores tivesse um canal exclusivo de comercialização, contou com a iniciativa dos produtores: Ana Maria Faleiros (Itirapuã/SP); Nelson de Araújo Queiroz, Maria de Lourdes Silveira Queiroz, Fernando Taveira,

Jamil Barbosa e Leila Pini (Franca/SP); Gisele de Oliveira (Patrocínio Paulista/ SP) e Marina Limonta Prior (São José da Bela Vista/SP). O grupo foi formado a partir de um trabalho do Sindicato Rural de Patrocínio Paulista, através do consultor Leandro Faleiros, e teve continuidade com o Sebrae, escritório de Franca, através do Programa SAI - Sistema Agroindustrial Integrado. Neste curto espaço de tempo, a feira teve muitas conquistas. Ampliou-se o número de participantes, de produtos ofertados e também os dias de comercialização. A feira - que acontecia apenas aos sábados - acontece agora também às quartas-feiras, sempre no período da manhã.“A procura por alimentos orgânicos é grande, o que tem nos forçado a criar outras formas de comercialização (como cestas), bem como buscar orientações quanto ao planejamento de produção do grupo”, analisa o Engº Agrº Fernando Sordi Taveira, presidente da Associação de Produtores Orgânicos de Franca. Instalada no centro da cidade de Franca, no estacionamento da Farmácia Oficinal (R. Voluntários da Franca, 1840), a Feira de Produtos Orgânicos é gerenciada pela Associação de Produtores Orgânicos de Franca. De acordo com Nelson de Araújo Queiroz, a conquista deste espaço devese muito ao trabalho em grupo e aos parceiros. “A união dos produtores foi fundamental para a criação e o fortalecimento desta feira. Temos que agradecer, também, à parceria que firmamos com o Sebrae e com a Farmácia Oficinal, através da Gisela e do José Alexandre”, enaltece Queiroz.


Ingredientes da agroindústria na alimentação animal. Produtos e subprodutos do Agronegócio. Utilização de sorgo na alimentação de vacas em lactação Tabela 1. - Composição bromatológica do grão de sorgo integral moído.

FOTOS: Editora Attalea

Josiane Hernandes Ortolan 1

O sorgo é o quinto cereal mais cultivado no mundo, utilizado em larga escala à alimentação animal em substituição ao milho. A composição química desse grão é considerada próxima à do milho, variando de acordo com o genótipo. O sorgo possui mais proteína bruta que o milho, porém, o milho contém maior concentração de extrato etéreo, lisina e de metionina. Embora a safra nacional de sorgo seja menos do que 4% da safra nacional de milho, em números algo em torno de 1,6 milhões de toneladas, a oferta de sorgo vem crescendo ultimamente. Um dos seus grandes atrativos é seu preço, girando em torno de 70 a 80% do preço do milho. Assim como o milho o sorgo é um cereal rico em amido (65 a 72% da MS), com teor de PB (11,6%) e de fibra (10,9%) pouco superiores ao do milho (Tabela 1). Entretanto, o NDT do sorgo é geralmente inferior ao do milho, geralmente em torno 90% do valor do milho. O menor valor energético do sorgo em relação ao milho se deve à menor digestibilidade do amido deste cereal. Em comparação ao milho, cevada, trigo e aveia, o sorgo é o cereal que apresenta o amido menos digestível. Isto se deve a 1- Médica Veterinária, meste em Qualidade e Produtividade Animal, doutoranda em Qualidade e Produtividade Animal pela FZEA - USP - josiortolan@hotmail.com.

L E I T E

Parâmetros Umidade (máximo) Proteína Bruta (mínimo) Extrato Etéreo (mínimo) Fibra Bruta (máximo) Matéria Mineral (máximo) Taninos (máximo) Aflatoxinas (máximo ppb)

% 13,00 7,00 2,00 3,00 1,50 1,20 20,00

Fonte: Conselho Brasileiro de Alimentação Animal

uma maior presença de matrizes e corpos protéicos revestindo os grânulos de amido do sorgo em comparação aos demais cereais. Devido a esta particularidade, o sorgo é o que mais se beneficia de processamentos mais intensos como a floculação. No Brasil, a principal forma de processamento é a moagem. Neste caso, a moagem fina é indicada em relação a moagem mais grosseira. Desempenho de vacas leiteiras alimentadas com sorgo Pesquisas indicam que o sorgo processado na forma seca (moagem ou laminação) é inferior ao milho, quando fornecidos para vacas leiteiras e para bovinos de corte. A produção de leite é menor para o sorgo moído ou laminado, embora o consumo da dieta não seja alterado por este cereal em comparação ao milho, processado da mesma forma.

Produções similares têm sido relatadas, porém neste caso o consumo das dietas com sorgo tem sido superior as dietas com milho, resultando em pior eficiência alimentar. Quando processado de forma mais intensa, no caso através da floculação, o sorgo tem se mostrado superior ao milho moído ou laminado para vacas leiteiras é igual ao milho floculado. A ensilagem de grãos úmidos é vantajosa em relação ao processamento seco como a moagem ou laminação, resultando em maior digestibilidade do amido e maior NDT do cereal.

21 Revista Attalea® Agronegócios - Ago 2008 -


22 Revista Attalea® Agronegócios - Ago 2008 -

Herança é a grande campeã do 49º Torneio Leiteiro de Patrocínio Paulista A grande campeã do 49º Torneio Leiteiro de Patrocínio Paulista (SP), realizado de 28 de julho a 2 de agosto, Herança foi a vaca cruzada ‘Herança Herança’, do cooperado da Coonai, Juvenal Lopes de Freitas. ‘Herança’ produziu 180,920 kg com média de 60,307 kg/dia. O evento foi realizado no recinto Aparecido Fernandes Lopes, pela Coonai em parceria com Sindicato Rural de Patrocínio Paulista, Senar e Faesp. Os animais dos cooperados da Coonai venceram nas três categorias do torneio. Além de Juvenal, os produtores que conseguiram a primeira colocação foram: Tarcísio A. Lopes, na categoria Angélica’ vaca pura, com a vaca ‘Angélica’ Angélica’, que teve média de 56,525 kg/dia e Dimas A. Alvarenga, na categoria vaca mestiça, com o animal ‘Roxinha’ ‘Roxinha’, que conseguiu média de 44,453 Kg/dia. Participaram do torneio, 12 produtores de toda a região, sendo oito cooperados ativos da Coonai. O torneio durou 72 horas (nove ordenhas) e teve um total de 29 animais inscritos. Todos os primeiros colocados estavam se alimentando de ração Coonai. Para o Engº Agrº Marcelo Avelar, vice-presidente da Coonai, o resultado confirma que o trabalho feito pela cooperativa junto aos produtores está no caminho certo e que os produtores estão acreditando no setor. “A Coonai investe no produtor e procura proporcionar as melhores condições para que ele consiga a maior produtividade com a melhor qualidade. E o resultado deste torneio mostra que este é o caminho.

FOTOS: Editora Attalea

E V E N T O S

Irineu Monteiro entrega premiação aos vencedores do torneio.

Por isso ficamos muito satisfeitos e temos certeza que em outros torneios vamos conseguir que outros cooperados consigam superar estas médias porque o setor se fortalece cada dia mais”, explica Marcelo. Para o próximo ano, por ser a 50ª edição do Torneio Leiteiro de Patro-

Tabela 1. Resultado final do 49º Torneio Leiteiro de Patrocínio Paulista Produtor Juvenal L. de Freitas Tarcisio A.Lopes Tarcisio A.Lopes Dimas A. Alvarenga Paulo Rogerio Freitas Dimas A. Alvarenga Amauricio M. Alcantara Paulo Rogerio Freitas Eduardo L. de Freitas Juvenal L. de Freitas Dimas A. Alvarenga Tarcisio A.Lopes Amauricio M. Alcantara

Animal Herança Angelica Tamira N Roxinha Tempestade N Feiticeira India Cinderela N Fofoca N Lara Amanda Donzela N Marron

Total Geral 180,920 169,575 136,540 133,360 130,985 127,830 124,925 124,545 122,540 121,525 120,020 115,415 105,225

Media 60,307 56,525 45,513 44,453 43,662 42,610 41,642 41,515 40,847 40,508 40,007 38,472 35,075

O criador Dimas Alvarenga, que participa do torneio desde a primeira edição.

cínio Paulista, a comissão organizadora pretende fazer um grande evento, com a participação de um número maior de produtores. “É um presente à história deste torneio leiteiro, à memória de todos aqueles produtores que participaram”, acrescentou Marcelo Avelar.


Aditivos: resultados importantes na pecuária leiteira Ricardo Rodrigues da Silva

1

O progresso da indústria animal durante as últimas décadas obteve avanços importantes dentro da área de sanidade animal, com novos conhecimentos das diferentes doenças e dos procedimentos técnicos de prevenção e tratamento. Entretanto, outras áreas também foram responsáveis por esse progresso, tais como o melhoramento genético e aprimoramento do conhecimento das exigências nutricionais dos animais, que trouxeram resultados como aumento da produção de leite e melhores desempenhos em ganhos de peso. Neste contexto nutricional incluem-se os estudos ligados ao uso de aditivos. Os Aditivos Alimentares são substâncias ou mistura de substancias usadas na nutrição animal a fim de melhorar a qualidade dos alimentos e incrementar a produtividade animal, proporcionan1 - Técnico Agrícola. Diretor Agroserv Nutrição Animal (Patrocínio Paulista/SP). Graduação em Administração de Empresas Especialização em Nutrição de Ruminantes ESALQ - Piracicaba

do melhor digestibilidade dos ingredientes da ração. Dentro da grande variedade de aditivos, os mais encontrados e utilizados são os ionóforos, prebióticos e probióticos. Dos ionóforos existentes no mercado, a monensina é a que se destaca por ser a mais estudada cientificamente, sendo referência para o entendimento desse grupo de aditivos. De forma bastante resumida, a ação dos ionóforos no rúmen, resulta em uma maior eficiência no aproveitamento da energia e da proteína da dieta, além de, também, limitar a baixa de pH do rúmen e atuar de forma seletiva em microorganismos ruminais, estimulando o crescimento da população de bactérias celulolíticas. Geralmente por serem produtos de baixa palatabilidade, os ionóforos são incorporados a outros alimentos para que ocorra a certeza de seu consumo, na maioria das vezes usados em pequenas quantidades, sendo necessária atenção ao uso. Prebióticos e Probióticos são aditivos alimentares definidos como substâncias orgânicas ou inorgânicas, fazendo parte da alimentação animal. Todos os

L E I T E

animais possuem microorganismos no interior do trato digestivo, fundamentais para suas vidas. As funções conhecidas do conjunto desses microorganismos incluem a proteção contra infecções por outros microorganismos patogênicos e, na nutrição, pela capacidade de auxiliarem a digestão e absorção de nutrientes. Este conjunto de microorganismos pode ser afetado por fatores do ambiente ou queda da resistência do animal, tornando-o facilmente suscetível a doenças. A utilização de Prebióticos e Probióticos visa prevenir a falta e restabelecer os microorganismos, fazendo com que os animais retornem à sua condição normal de crescimento, saúde e nutrição. Nos últimos torneios leiteiros em 23 Franca (SP) e região, tem sido feito uso Revista de aditivos em animais, com a intenção Attalea® de atingir melhores resultados em pro- Agronegócios dução de leite, sendo constatado sua in- Ago 2008 dicação e eficiência. A tecnologia crescente no uso dos aditivos aliada ao profissionalismo do pecuarista preocupado em permanecer na atividade leiteira, tem tornado esta prática cada vez mais conhecida e usual.


24 Revista Attalea® Agronegócios - Ago 2008 -

Volumoso vantajoso João Ricardo Alves Pereira ¹ Nem sempre o que é bom para os Estado Unidos é bom também para o Brasil. É o caso das chamadas dietas de alto grão no confinamento de bovinos. A utilização de grandes quantidades de concentrado na dieta dos animais em confinamento, ou dieta de alto grão, é empregada há tempos nos EUA. Mas, no Brasil, as condições são diferentes. A redução dos custos de alimentação é um dos aspectos mais importantes quando se adota o confinamento como estratégia na pecuária de corte. Apoiado por um técnico, o pecuarista precisa analisar todas as opções existentes para escolher a mais adequada para seu caso. Nos Estados Unidos, as quantidades de ração ultrapassam 70% e podem chegar a 100%. A função do volumoso, quando empregado, é meramente a ação física no rúmen. Promove a ruminação e reduz distúrbios ruminais como a acidose e a laminite. Em tese, a quantidade de volumoso pode ser muito baixa, pois a energia e a proteína exigidas pelo organismo do animal provêm quase totalmente do concentrado. O bagaço de cana hidrolisado, de fácil armazenamento, presta-se bem a essa finalidade. E começa a estar disponível em várias partes do Brasil graças ao crescimento da indústria sucroalcooleira. A dieta de alto grão propicia altos ganhos de peso, melhor padronização e acabamento de carcaças e terminação mais rápida dos animais. Ademais, dispensa o investimento em maquinário e estruturas exigidas quando se trabalha com silagem como silos e ensiladeiras. Contudo, dependendo das quantidades empregadas,exige investimentos em outro tipo de estrutura para recebimento, secagem e armazenamento de grãos. Os aspectos da dieta de alto grão são ainda reforçados pelo bom desempenho da agricultura brasileira. A produção nacional de grãos cresce ano após ano. O aumento da produtividade das principais culturas engrossa a oferta de grãos e de resíduos da industrialização ¹ - Professor-Adjunto do Depto. de Zootecnia. Curso de Zootecnia UEPG/Castro (PR). jricardouepg@uol.com.br

FOTOS: Divulgação

L E I T E

destes como farelos, cascas, etc. Tais produtos são a base da composição de concentrados. Portanto, a oferta maior poderia resultar na redução do custo dos principais insumos para o confinamento. Seria mais um argumento a favor da maior participação de concentrados nas dietas para se obter o menor custo da arroba produzida. Entretanto, a análise do emprego de dietas de alto grão em confinamento exige ainda algumas considerações. A primeira consiste em entender a razão de seu uso nos Estados Unidos. Naquele país a cultura do milho é fortemente subsidiada. E a produtividade média, superior a 10 mil kg/ha, é mais que o dobro da registrada no Brasil. Nos EUA é mais eficiente produzir grãos do que fibras (volumosos). Apesar da menor digestibilidade, lá é comum o uso de grãos inteiros na alimentação dos bovinos. Além de fornecer a energia exigida pelos animais, os grãos inteiros têm ação física no rúmen, substituindo o volumoso. Lamentavelmente, no Brasil alguns pecuaristas e até mesmo técnicos incluem grãos inteiros em dietas com significativa proporção de volumoso. Mas, isso é um contra-senso porque gera perdas absurdas e rentabilidade duvidosa. Se a dieta inclui volumosos, não há razão para utilizar grãos inteiros, abrindo mão de parte do poder nutritivo destes. A expectativa de redução dos preços dos grãos (milho e soja) e farelos, em

razão da maior produção, está se esvaindo. Estudos do departamento de Economia Global da Pioneer indicam que, além da produção de etanol, nos Estados Unidos, haverá maior demanda de milho para rações em países asiáticos como a China. Em 2007, segundo o estudo, o etanol consumirá mais de 30% da área de milho dos EUA. Em 2011, quase a metade da área se destinará às destilarias de álcool. Com isso, as exportações de milho daquele país, que já chegaram a 15 milhões de toneladas, ficaram abaixo de 5 milhões em 2006. A China, em 2009, será um importador líquido de milho. O estudo diz ainda que a soja dos Estados Unidos deverá perder 5% da área para o milho. A redução da oferta levará à valorização da soja no mercado internacional. A se confirmar tal cenário, mesmo que apenas parcialmente, há tendência de aumento das exportações brasileiras de grãos com preços mais atraentes. A previsão é boa para os agricultores, mas poderá tornar inviável o uso de grãos em dietas para bovinos. Existem insumos alternativos como a polpa cítrica, a casca de soja e o caroço de algodão. Contudo, por serem substitutos do milho e da soja, seus preços costumam acompanhar as cotações desses grãos. No caso da polpa de citros a situação é ainda mais difícil. Havendo bom preço no exterior, a oferta no mercado interno tende a se reduzir com aumento do preço. É possível, portanto, que, em pouco tempo, o principal


componente do custo desses insumos deixe de ser o frete como ocorreu até o ano passado. A falta de opções eficazes na redução do custo com alimentação leva o pecuarista a procurar por outros produtos como resíduos, varreduras, descartes, etc. Com raríssimas exceções, a análise do custo por unidade de energia e proteína em base seca mostra que tais insumos custam o mesmo ou até mais que o milho, a soja e o caroço de algodão. Em busca de bons resultados econômicos, muitos pecuaristas usam aditivos para melhorar o desempenho dos animais. Há produtos de eficácia cientificamente comprovada, mas não são a maioria. Muitos, quer pela composição, quer pela quantidade recomendada, não têm ação biológica alguma. O pecuarista fica à mercê do crescente segmento de produtos milagrosos para a engorda dos bovinos. E estes, na verdade, apenas contribuem para o aumento dos custos. Na análise das opções para engorda em confinamento, o produtor também tem de considerar a eficiência real dos animais submetidos a dietas ricas em concentrados. O gado zebuíno foi selecionado pela natureza em regiões nas quais as pastagens são predominantes. Sob dieta de alto grão, é comum

Tabela 1. - Produtividade de híbridos de milho para silagem em algumas propriedades. Espaçamento Plantas/ MV MS Área Híbrido (cm) hectare (kg/ha) (kg/ha) (ha) 32R211 25,0 40,0 65.000 67.000 20.100 15,5 40,0 65.000 60.600 18.180 30F531 32R211 35,0 45,0 70.000 75.000 22.500 30P341 27,0 40,0 68.000 70.000 19.600 32R211 60,0 40,0 68.000 65.000 20.800 30P341 32,0 80,0 65.000 61.000 17.080 61,0 30R501 40,0 82.000 80.000 23.360 30F902 0,5 50,0 69.000 19.078 30S402 0,5 50,0 55.000 16.291 1

- Região da Castrolanda, Castro (PR)

2

L E I T E

- Região de Orizona (GO)

Tabela 2. - Custos de produção de silagem de milho com híbridos de diferentes produtividades. Produtividade de Massa Verde (kg/ha) Produtividade de Matéria Seca (kg/ha) (34% MS) Custo/hectare Semente Fertilizantes1 Defensivos Plantio2 (máquinas e mão-de-obra) Financeiros, remuneração da terra, assistência técnica Custo Total da Implantação Ensilagem (R$/ha) (máquinas e mão-de-obra)3 Custo Total da Silagem Custo/tonelada de Massa Verde (R$) Custo/tonelada de Matéria Seca (R$)

30.000 10.200

50.000 17.000

115,00 415,30 209,00 127,50 275,50 1.142,20 410,00 1.552,20 51,74 152,18

180,00 812,60 209,00 127,50 296,60 1.625,70 410,00 2.035,70 40,71 119,75

1

- De acordo com a produtividade mais a extração de NPK decorrente da remoção da palhada - Plantadeira, pulverizador, distribuição de calcário e fertilizantes 3 - Ensiladeira de duas linhas, carreta com trator e compactação. 2

a redução do consumo. Também são freqüentes os casos de acidose ruminal e laminite. Existem produtos que con-

trolam, de modo eficiente, os distúrbios do rúmen, mas seu custo é significativo. Muitos pecuaristas e técnicos consi-

25 Revista Attalea® Agronegócios - Ago 2008 -


26 Revista Attalea® Agronegócios - Ago 2008 -

deram a silagem de milho uma opção de custo muito alto no confinamento de gado de corte. Alguns até a julgam inviável. Como todas as culturas, o milho tem o risco de frustração de safra. Contudo, sob condições climáticas favoráveis, responde diretamente, e com grande eficiência, na conversão de insumos em produtividade. E esse é o ponto mais crítico na determinação do custo final e na qualidade da silagem de milho. É freqüente o pecuarista não investir o suficiente na lavoura destinada à silagem. Economiza em adubos, sementes e defensivos e dá pouca ou nenhuma atenção às operações de colheita e armazenamento. O potencial produtivo da lavoura de milho, no caso de bons híbridos, é muito superior ao que se colhe na maioria das lavouras destinadas à silagem. Técnicas como adensamento do estande, com a redução do espaçamento entre linhas de plantio, permitem substanciais aumentos de produtividade. São práticas já adotadas em várias propriedades, de eficácia comprovada. A Tabela 1 mostra exemplos de produtividade de alguns híbridos. Com mais plantas por hectare há uma redução do custo final. Os custos operacionais (plantio, colheita, compactação e retirada) são diluídos porque independem da produtividade. Portanto, uma quantidade maior de massa verde (MV) por hectare resulta em custo menor por tonelada colhida, como se vê na Tabela 22. No exemplo da lavoura de 50 t/ha, mostrada na Tabela 22, pode-se aumentar a produtividade para 60 t de massa verde por hectare. Para isso, acrescentam-se 25% no custo das sementes e 10% na despesa com fertilizantes. FOTO: Divulgação

L E I T E

O custo final será de R$ 36,00 por tonelada de silagem, ou seja, 10% inferior aos R$ 40,00/t da Tabela 22. As Tabelas 3 e 4 mostram, de modo simplificado, uma comparação entre duas dietas de confinamento. Uma destas utiliza silagem de milho de qualidade. A outra usa bagaço de cana como volumoso e alta participação de concentrado (72%). As tabelas exibem a quantidade de ração concentrada para que um boi de 400 kgganhe 1,3 kg/dia e uma estimativa dos custos de alimentação. Os custos com alimentação podem ser bem menores quando se reduz a porcentagem de concentrado na dieta. Também se reduz a incidência de acidose e laminite. Mas, esta participação depende da qualidade do volumoso. No caso da silagem de milho a qualidade relacionase com a maior proporção de grãos. Silagens com mais grãos são obtidas em lavouras de maior produtividade, justamente as que têm menor custo por unidade de matéria seca e energia (NDT) produzidas. Assim, sem expectativa de adquirir soja e milho e outros grãos a baixos preços, a viabilidade econômica das dietas de alto grão está comprometida. Pode

Tabela 3. - Quantidade de concentrado necessário com diferentes volumosos. Volumoso

Silagem de milho

NDT (%) Exigência do boi em NDT (kg) Consumo de MS no volumoso (kg) Consumo NDT no volumoso (kg) Déficit de NDT (kg) Concentrado necessário (kg)*

70,00 6,60 6,50 4,55 2,05 2,85

Bagaço de cana 49,00 6,60 2,80 1,37 5,23 7,26

* - A dieta com bagaço de cana avaliada compõe-se de 72% de concentrado e 28% de volumoso

continuar sendo uma opção conveniente para confinamentos com grande número de animais, em regiões de elevado custo da terra, e que dispõem de grande e constante oferta de insumos alternativos como a polpa cítrica. Em tais casos, ainda que o custo de produção da arroba seja maior, há vantagens no frete e no melhor preço da arroba em razão da proximidade de grandes centros consumidores ou canais de exportação. Essa conjugação de fatores favorece, sobretudo, os frigoríficos. Estes vêm se tornando cada vez mais eficientes na transformação e na agregação de valor a cada kg de boi abatido, desde o couro até a produção de biocombustíveis, como o biodiesel feito com sebo bovino. Para o pecuarista, a rentabilidade se baseia quase exclusivamente no valor recebido pela arroba. O pecuarista que deixa de lado os preconceitos e implanta uma lavoura de milho em conjunto com a engorda do gado só tem a ganhar. Por meio de parcerias ou arrendamentos firmados em contrato, pode-se ter lavouras produtivas na propriedade, dispensando investimentos em maquinário. E o pecuarista contará com alimentos de qualidade enquanto promover a recuperação ou o aumento da produtividade da área de pastagens. A lavoura de milho para silagem ocupa o terreno por 130 dias, deixando a área disponível para outra atividade o resto do ano. Terceirizar a colheita é uma opção muito conveniente na produção de silagem. Além de dispensar a imobilização de capital com máquinas que ficarão paradas a maior parte do ano, permitirá ao pecuarista, estabelecer critérios de qualidade no trabalho como tamanho de corte, processamento do grão, etc.

Tabela 4. - Estimativa de custo com alimentação em cada dieta. Volumoso MS total do volumoso (kg) Total de volumoso (kg) Custo do volumoso (R$) Total de concentrado (kg) Custo do concentrado (R$) Custo final de alimentação (R$)

Silagem de milho 6,50 21,70 0,95 3,35 1,27 2,22

Bagaço de cana 2,80 5,50 0,24 8,54 3,24 3,48

Concentrado: 85% de MS (32% polpa cítrica; 46% milho; 19% farelo de soja; e 3% de uréia, além de minerais) Fontes para preços:- silagem de milho (Embrapa, 2005); bagaço hidrolisado e concentrado (IFNP, novembro de 2006).


CONTABILIDADE RURAL Receita Federal recebe até final de setembro a declaração do ITR 2008 A Receita Federal começou a receber em agosto as declarações do ITR - Imposto Territorial Rural para o exercício de 2008. O prazo para entrega termina às 20h do dia 30 de setembro. Estão obrigados a apresentar a declaração os contribuintes pessoa física ou jurídica que na, data da entrega do documento, sejam proprietários de imóveis rurais. Será também obrigado a declarar pelo menos um dos membros de condomínio de imóvel rural. Quem declarar após o prazo pagará multa de 1% ao mês, não podendo seu valor ser inferior a R$ 50,00, no caso de imóvel rural sujeito à apuração do imposto; e de R$ 50,00 no caso de imóvel rural imune ou isento do ITR. O proprietário rural deve ficar atento às informações constantes na declaração deste ano. É que a Receita Federal está realizando em todo o país uma “malha fina” sobre o ITR, questionando principalmente o valor da terra nua. De acordo com a NBR 14.653, da ABNT - Assoc. Brasileira de Normas Técnicas, há necessidade de um laudo de avaliação fundamentado e grau de precisão II.

São Paulo aprova lei sobre Reserva Legal Das 230 mil propriedades rurais do Estado de São Paulo, 200 mil têm Reserva Legal (RL) em percentual abaixo dos 20% exigidos pelo Código Florestal Brasileiro. Para sanar este problema, atendendo às peculiaridades do Estado de São Paulo, foi aprovada, no final de abril, a lei 12.927, que supre a falta de regulamentação e permite aos proprietários rurais, com área recoberta por vegetação nativa inferior ao percentual exigido pelo Código, a compensação da RL por meio de plantio de espécies arbóreas exóticas. Mas é exigido um Plano de Manejo Sustentável. A Reserva Legal é uma área, além da Área de Preservação Permanente (APP), necessária em propriedades ou posses rurais para o uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos biomas e da biodiversidade e à proteção de fauna e flora nativas. O seu tamanho varia de acordo com o bioma e dimensão da propriedade. No Estado de São Paulo, toda propriedade rural tem que ter 20% de sua área dedicada à RL e, em caso de não atender a este percentual, o proprietário tem por obrigação recompor ou compensar a área exigida por lei. Pelo Código Florestal, as áreas recuperadas ou compensadas precisam estar localizadas na mesma bacia hidrográfica da propriedade rural e no mesmo bioma.

Escritório de Contabilidade Rural

ALVORADA CADASTRO NO INCRA (C.C.I.R.), I.T.R., IMPOSTO DE RENDA, DEPARTAMENTO PESSOAL, CONTABILIDADE E OUTROS 33 ANOS PRESTANDO SERVIÇOS CONTÁBEIS AOS PROPRIETÁRIOS RURAIS Rua Gonçalves Dias, 2258, Vila Nicácio Franca (SP) - PABX (16) 3723-5022 Email: ruralalvorada@netsite.com.br

A nova lei estadual surge exata-mente com a proposta de definir critérios para o uso destas espécies exóticas na recomposição das RL’s. O plantio de espécies arbóreas exóti-cas só será permitido se intercalado com espécies arbóreas nativas ou de Sistemas Agroflorestais (SAF) – onde plantas lenhosas perenes são manejadas em associação com plantas herbáceas, culturas agrícolas e forrageiras e em integração com animais –, e podem atingir um percentual máximo de 50% dos indivíduos ou ocupação da área da RL compensada ou recuperada. Além disso, estas RL´s compensadas com espécies exóticas intercaladas com nativas ou SAF’s podem ser exploradas, desde que com um manejo sustentável, sem direito a replantio ou corte raso. Esta medida dá condições aos produtores rurais de terem um retorno financeiro, respeitando a legislação vigente e contribuindo para a conservação dos biomas de cerrado e mata atlântica. A lei 12.927 vem para suprir a falta de critérios técnicos ainda não estabelecidos pelo Conama - Conselho Nacional de Meio Ambiente e concilia interesses múltiplos, já que garante melhorias ambientais ao Estado e regulariza a situação da maioria das propriedades rurais, atualmente, impedidas de obterem financiamentos por não atenderem aos critérios do Código Florestal.

OPORTUNIDADE DE TRABALHO

CONTRATA-SE Vendedores de Peças e Máquinas Agrícolas • Conhecimento no Setor • Experiência Profissional • Conhecimento em Informática • Atuar na região de Franca (SP) Interessados enviar curriculum para CAIXA POSTAL 1019 - CEP 14.405-971 Franca (SP)

27 Revista Attalea® Agronegócios - Ago 2008 -


Unidade de Vácuo

Conjunto de Ordenha

Unidade de Vácuo

Eurolatte 700 / 1050

Eurolatte balde ao pé

Eurolatte 300 / 430

28 Revista Attalea® Agronegócios - Ago 2008 -

Kit Ordenha Eurolatte

Tanque resfriador

Ordenhadeira móvel

Insuflador, coletor, copos em aço inox e tubo curto do vácuo Eurolatte

Capacidade de 300 à 2000 litros

Bomba de vácuo 300 com 2 unidade

Pulsador Simultâneo

Pulsador Alternado

Bomba de anel D’agua 1500

Pneumático L02 InterPuls

Bomba de vácuo 300

Bomba de Vácuo 700

Bomba de Vácuo 430

Bomba de Vácuo 1050

Ordenhadeira canalizada

30 Anos

Fone./Fax: (16) 3720-0466 Rua Ivo Rodrigues de Freitas, 3031- Distrito Industrial - Franca - SP www.lwsequipamentos.com.br - e-mail: lws@lwsequipamentos.com.br


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.