Edição 49 - Revista de Agronegócios - Agosto/2010

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EDITORIAL

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Começa o novo Ano Agrícola

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gosto é um dos meses mais secos em toda a região da Alta Mogiana, além do Triângulo, Sul e Sudoeste Mineiro. Com raras exceções onde a precipitação veio forte e chegou a antecipar floradas em lavouras de café em Minas Gerais, o mês de agosto é o de finalização da colheita de café e principalmente dos preparativos para o novo Ano Agrícola que vem por aí. Abordando temas que envolvem este período do ano, apresentamos como destaque a produção de tomate de mesa no município de Cristais Paulista (SP). Sob a orientação de Fernando Jardine, profissional da Nutriplant/ Casa das Sementes, Luis Fernando Beloti se destaca na produção de tomate da variedade ‘Débora”. Destacamos também números da colheita de café na propriedade de Toninho David, alvo de reportagens desta revista em três oportunidades, e que comprovam que a técnica adotada por ele merece ser analisada com atenção por engenheiros agrônomos e cafeicultores de todo o país. Em artigo do pesquisador Maurício Domingos Nasser (APTA - Adamantina/SP) mostramos a importância da escolha/produção correta de mudas de café, evitando a contaminação e disseminação de nematóides nas lavouras. Na atividade leiteira, orientamos o criador sobre qual técnica melhor se ajusta à sua atividade: confinamento

E-MAILS JOSÉ SOTÉ DA SILVA Veterinário, Empresário (NAFAZENDA Agronegócios) e Professor na Escola Técnica Dona Indaiá de Alpinópolis/ MG. Carmo do Rio Claro (MG). “Olá, recebo a revista desde o primeiro número e alegro-me quando a recebo todo mês. A cada edição a revista foi ficando com um visual mais bonito e com matgérias que trazem conhecimento a todos ligados ao agronegócio. Gostaria de indicá-la ao meu amigo Paulo Pedro de Lima. ROBERTO RIBEIRO DE PÁDUA Posto de Combustível Pratápolis. Pratápolis (MG). “Desejo receber gratuitamente a Revista Attalea Agronegócios.

total, parcial ou pastejo rotacionado. Destacamos também o Pró-Milho 15%, lançamento da PREMIX como suplemento protêico para bovinos durante o período seco. Entre os eventos. Destacamos a realização da 2ª EXPOVERDE (21 a 26 setembro), a 8ª edição do Concurso de Cafés Especiais da AMSC (17 e 18 setembro), o 1º Concurso de Qualidade Blend Santoro (15 setembro) e as comemorações do Jubileu de Prata da Cocapec. No cultivo de Eucalipto, destacamos o interesse de agricultores paulistas no plantio mecanizado de eucalipto na Alta Mogiana. Boa leitura a todos!

ALFREDO ALMEIDA JÚNIOR Produtor Rural. Campinas (SP). “Sou cafeicultor na região de Jeriquara (SP) e gostaria de receber esta ótima revista. Parabéns pela iniciativa”. HILDEU NASCIMENTO Veterinário. Pedregulho (SP). “Gostaria de receber a revista em minha casa”. MARLON CEZARINI DE SÁ Técnico Agrícola - Cooparaíso - São Sebastião do Paraíso (MG). “Gostaria de assinar a revista”. JOSÉ AUGUSTO P. DE CASTRO Agropecuarista. Rio de Janeiro (RJ). “Gostaria de receber gratuitamente esta revista”. ELINGTON ALESSANDRO SILVERIO Consultor de Agronegócios do SEBRAE. Ribeirão Preto (SP). “Parabéns pela revista. Sou gestor do antigo Programa SAI e gostaria de recebê-la.”

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FERTILIZANTES

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m dos assuntos que mais acirram os ânimos de pecuaristas é sobre suas preferências nos sistemas de produção na exploração da atividade leiteira. Discussão acalorada a respeito do tema é bem comum. Em um país de condições climáticas variadas e preço de insumos elevados, a preferência por um ou outro está mais ligado às condições de planejamento de objetivos da propriedade do que propriamente da eficácia superior de um ou de outro. Confinamento total, parcial ou pastejo rotacionado são eficientes, cada um de acordo com suas necessidades. Dependendo mesmo dos objetivos propostos, definidos no planejamento de cada propriedade, como condição racial do rebanho, disponibilidade de terras, topografia, disponibilidade de capital para investimentos e muitos outros pontos de referência. Tratando o assunto, abordando vantagens do confina-

FOTO: Editora Attalea

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Confinamento total, parcial ou pastejo rotacionado?

mento, quando este sistema seja o mais adequado às condições do planejamento da atividade. Assim algumas questões que teoricamente justificam a prática do confinamento de rebanho leiteiro no Brasil e que, via de regra, não são as mesmas que justificaram um crescimento expressivo no número de rebanhos confinados nos países desenvolvidos, serão abordadas. Com o desenvolvimento crescente da pecuária de leite no país, o confinamento do rebanho é uma opção recheada de características importantes para quem pretende explorar da atividade em moldes mais tecnificados, sobretudo, em tempo de crescente valorização de terras férteis de regiões notadamente produtivas e com infra-estrutura, por exemplo. Como o leite é um produto perecível, é desejável que sua produção esteja sendo realizada próximo de centros de consumo urbano, uma questão de logística, para que a produção seja competitiva. O confinamento, que demanda menor espaço na propriedade para se produzir leite em escala (e é aí que entra o preço valorizado da terra), é uma resposta de competitividade do produto produzido, frente a outras culturas. Dá para se produzir leite com rebanho confinado em áreas menores, barateando o custo de implantação do projeto em termos de terra, por exemplo. Há outras questões que apontam para o confinamento de vacas leiteiras, as quais serão relacionadas.

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CONFINAMENTO x LIMITAÇÃO DE PASTAGENS - A atividade de exploração leiteira tem característica de escala econô-


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mica, ou seja, quanto mais se produz, mais se aumenta a receita e, consequentemente, o poder de investimento para se produzir mais. Assim, é natural que os produtores desejem aumentar suas produções ano a ano. Isso evidencia a necessidade de se aumentar os módulos de produção. Em sistemas de pastagens, algumas dificuldades começam a surgir neste cenário, seja pela dificuldade no manejo, pelas limitações da utilização de pastos para vacas de alta produção ou mesmo pelo gasto de energia dos animais, em percorrer grandes distâncias enquanto se alimentam. Soma-se a estes, a disponibilidade de terras agricultáveis disponíveis para a formação de novas pastagens para a expansão dos rebanhos e sua relação com o preço do ativo ou ainda a capacidade do produtor em investir em novas áreas, seja por compra ou por arrendamento de terceiros. Neste cenário, quando já se pratica o sistema de confinamento total ou parcial, fica mais fácil a operação para se aumentar os módulos de produção. Isto, levando-se em conta a inexistência de oferta de terras na propriedade para formação de novas pastagens em sistemas extensivos. CONDIÇÃO CLIMÁTICA: AMBIENTE E PRODUTIVIDADE - Em se tratando de confinamento de rebanhos leiteiros, não consideraremos o fator climático como impedimento para se obter altos níveis produtivos, uma vez que muitos países produtores de leite convivem com adversidades climáticas, justamente por usarem alternativa do confinamento total ou em determinadas épocas do ano. O confinamento permite o uso de tecnologias capazes de propiciar o controle do ambiente, faça frio ou calor. Essa condição permite ao rebanho instalado demonstrar seu vigor produtivo, uso mais racional da mão de obra, controlar a dieta de todo o rebanho de forma mais homogênea, além de propiciar a melhoria da mecanização disponível na propriedade. A observação dos animais também fica mais fácil e o programa reprodutivo mais eficiente. Controle do sistema mais apurado é uma característica do confinamento, propiciando controle mais efetivo das condições para o rebanho, seja na temperatura ou na sanidade do ambiente, através de uso de recursos tecnológicos.

FOTO: Editora Attalea

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Vacas em piquete rotacionado em propriedade de Itirapuã (SP), atendida pelo pelo Programa CATI Leite, do Escritório de Desenvolvimento Rural de Franca (SP)..

PRODUÇÃO PLANEJADA E PERENE x RENTABILIDADE - A propriedade que consegue manter o fornecimento de leite com uma determinada uniformidade durante todo o ano consegue realizar um planejamento financeiro melhor da atividade, além, é claro, conseguir melhor preço no produto pelo sistema de cotas das indústrias. Com o confinamento, dá para se articular melhor a qualidade do produto produzido, realizar intervenções nas dietas em busca de melhores índices de produção de leite ou sólidos e, ainda, propicia um melhor controle biológico de todo o sistema. Essas características acabam por impactar na rentabilidade, NECESSIDADE / DEMANDA

uma vez que o manejo fica mais facilitado e com ele as intervenções e o planejamento. SISTEMA DE CONFINAMENTO DE GADO DE ALTA PRODUÇÃO - O confinamento não é visto como um sistema unânime. Seja no confinamento ou no pastejo, os sistemas possuem determinadas facilidades, demandas e desafios a serem considerados e superados. Para se produzir leite e obter sucesso na atividade é preciso planejamento prévio das ações, desde a escolha do sistema produtivo até a sua efetiva implantação. A POR QUE ?

USO DE VACAS DE ALTA PRODUÇÃO E GENÉTICA

A intensificação da produção gera aumento de custo, o que determina necessidade de se usar rebanho de alto padrão produtivo.

EFICIÊNCIA NA PRODUÇÃO AGRÍCOLA

No confinamento, toda a dieta de qualidade deve estar disponível no cocho. Assim, o produtor deve também ser um bom agricultor. Grande parte da matéria-seca ingerida pelos animais é oriunda de silagem de milho ou sorgo ou grãos úmidos.

MÃO DE OBRA

Treinamento e manutenção da mão de obra. Requer pessoal treinado para manejar os animais e operar máquinas e equipamentos mais sofisticados.

CONTROLE DE DADOS / CONHECIMENTO TÉCNICO

Gerir e atualizar o fluxo de dados para manter a produtividade. Necessário o emprego de pessoal técnico e consultorias de alto padrão. No confinamento é mister ter todo controle dos índices para o estabelecimento de metas e controle dos fatores.

CAPITAL DE INVESTIMENTO E MANUTENÇÃO

É necessário conhecer os custos do sistema antes, durante e depois da implantação. Por ser um sistema que demanda maior tecnificação, conhecer os custos é de vital importância.


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Reuel Luiz Gonçalves 1

ara entender o panorama das propriedades pecuárias brasileiras é preciso observar alguns pontos importantes como fertilidade, manejo, mão-de-obra, logística, informação, tecnologias, assistência e muitos outros fatores. Sobre a fertilidade, que é a capacidade do animal em reproduzir crias vivas. Este fenômeno pode ser influenciado por vários fatores e afetar a eficiência reprodutiva dos rebanhos. Em resposta à inúmeras causas etiológicas, a fêmea bovina pode apresentar uma das três síndromes: anestro (ausência do ciclo estral), repetição de estro após cobertura ou IA, ou ainda, aborto (ou parto prematuro). Problemas reprodutivos , elevada idade no primeiro parto e longo intervalo entre partos são fatores limitantes à expansão da pecuária bovina. Neste contexto, a fertilidade é um sinal clínico (ou sintoma) e não uma enfermidade e resulta em inúmeros distúrbios incidentes sobre a fêmea. Inúmeras vantagens são obtidas com a adoção da inseminação artificial em rebanhos bovinos. No entanto, a baixa taxa de serviço, seja pela ineficiência na detecção do cio ou pelo alto grau de anestro no período pós –parto, consiste em um dos principais fatores que compromete a eficiência dessa biotecnologia. Desta forma, a inseminação artificial em tempo fixo 1 - médico veterinário e Gerente Técnico da Biogénesis-Bagó Saúde Animal

FOTO: Divulgação

A importância da inseminação artificial nas propriedades rurais brasileiras

(AITF) apresenta-se como uma alternativa para superar estes entraves. Quando a IATF é utilizada adequadamente, aproximadamente 50% das fêmeas sincronizadas emprenham com apenas uma inseminação realizada no período pós-parto recente (menos de 70 dias). As matrizes que não conceberam a essa inseminação podem ser novamente inseminadas como uso da observação estratégica de cios (dos 18 aos 25 dias após o uso do IATF) ou colocadas com touros para repasse. Dessa forma, podemos aumentar o número de vacas prenhes no primeiro mês da estação de monta. Também vale lembrar que as va-

cas tratadas com dispositivos de progesterona as quais não se tornaram gestantes após a IATF apresentam maior taxa de serviço (aumenta o número de vacas que manifestam cio) e de prenhez durante a estação de monta em comparação com vacas não tratadas, antecipando a concepção e aumentando a eficiência reprodutiva do rebanho. Deste modo, utilizando as ferramentas corretas, aliadas a um bom manejo sanitário e nutricional, podemos introduzir a IA através da IATF e por meio de uma estação de monta organizada, potencializar o ganho genético na produção de animais mais precoces e melhorados. A

Semex lança sua nova campanha “Cada Dose Conta”, com foco em fertilidade Assim como na propriedade, cada dose conta na Semex. Trabalhamos duro para assegurar que toda e qualquer dose com o código 200 seja o melhor produto disponível, do touro até o botijão da fazenda. A focada equipe da Semex orgulha-se em exceder os padrões da indústria no cuidado dos touros, nos processos de laboratório e estocagem e nos serviços de transporte. Este comprometimento com a excelência e a crença de que cada dose conta, garante que os touros da Semex sejam os mais confiáveis, férteis e lucrativos para os produtores de todas as partes do mundo. Conheça os programas reais da Semex que auxiliam o produtor a aumentar a eficiência reprodutiva do seu rebanho.

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Levedura da fermentação da cana-de-açúcar para alimentação animal Brasil vive uma fase de expansão da cultura da cana de açúcar, que atravessou as fronteiras de regiões produtoras tradicionais (interior de São Paulo e Nordeste), em busca de novas áreas, como Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Paraná e Minas Gerais. Esse crescimento está sendo impulsionado pela tecnologia dos motores bicombustíveis, aliada às mudanças estratégicas de matrizes energéticas menos poluentes. Atualmente, nosso país destaca-se como um dos maiores produtores de etanol (álcool combustível) do mundo. Para produção do etanol é necessária a utilização de levedura, um microorganismo que fermenta o caldo de cana. Essa levedura utilizada para fermentação nas usinas sucroalcoleiras pode ser posteriormente recuperada e seca para ser destinada à alimentação animal. No início da década de 80, com a melhoria da qualidade e o cresci-

1 - Pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Rod. BR 163, km 253,6, Caixa Postal 661, CEP 79804-970 Dourados, MS. E-mail: hhisano@ cpao.embrapa.br.

mento da produção de levedura, foram geradas inúmeras pesquisas no Brasil a partir do uso desse microorganismo como fonte de proteínas e vitaminas. A levedura é considerada um alimento adequado para compor rações para diversas espécies de animais, no entanto, estudos demonstram que as altas in-

clusões podem ocasionar distúrbios hepáticos e renais, prejudicando o desempenho produtivo. Nos últimos anos, menores níveis de inclusão de levedura em rações estão sendo avaliados com resultados benéficos para o crescimento e saúde do animal, merecendo destaque, por se tratar de produto natural, que não gera resíduos ao animal, ser humano e meio ambiente. Além disso, a utilização da levedura vem ao encontro do contexto atual da nutrição animal, que visa substituir grande parte de antibióticos e quimioterápicos por aditivos orgânicos com eficiência comprovada. Outro ponto importante diz respeito à proibição do uso de alimentos de origem animal para ruminantes (bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos) no Brasil e em diversos países, assim como restrições pela União Européia do uso desse tipo de ingrediente também para espécies monogástricas, como aves, suínos e peixes. Considerando essas questões, o cenário atual é favorável para o aumento da produção de biomassa de levedura das usinas sucroalcoleiras e incremento de sua utilização em rações para diversas espécies de animais de interesse zootécnico. A

Feira Pró-Genética comercializa touros de alto valor genético em Pratinha (MG)

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equenos e médios criadores mineiros de Pratinha (MG) e outras cidades vizinhas puderam adquirir touros da raça Girolando utilizando recursos de linhas do crédito rural. As compras aconteceram durante a Feira de Touros do Pró-Genética, realizada no último dia 07 de agosto pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Pratinha, em parceria com a Emater-MG e o Governo de Minas. Os criadores de Girolando Roberto Melo Carvalho, de Cássia (MG) e Udelson Nunes Franco, de Campina Verde (MG) participaram da feira, ofertando reprodutores da raça.

O objetivo do evento é democratizar a genética de ponta, fazendo com que pequenos e médios criadores também tenham condições de adquirir animais de alto valor genético para melhorar a produção de carne e leite de suas propriedades. As vendas podem ser financiadas com juros baixos e período de carência e pagamento mais longo, que outros financiamentos. Na hora da compra, os criadores contam com a assistência de técnicos da Emater e das associações de criadores. Segundo o superintendente Técnico da Associação Brasileira dos Cria-

dores de Girolando, Leandro Paiva, todos os animais colocados à venda atendem os requisitos exigidos pelas associações. “No caso dos touros Girolando, só podem participar da feira animais com Registro Genealógico Definitivo na categoria de Puro Sintético da Raça Girolando, avaliação genética positiva para produção de leite, controle leiteiro da mãe, entre outras exigências”, explica Paiva, que participou da feira do Pró-Genética em Pratinha. Outras feiras do Pró-Genética serão realizadas este ano. O calendário será divulgado pela Emater. A


PECUÁRIA

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urante a época da seca, a nutrição animal fica comprometida porque a oferta de alimentos é escassa e pobre em nutrientes necessários à boa dieta do rebanho. Um dos principais nutrientes comprometidos é a proteína, que é fundamental para o desenvolvimento e ganho de peso dos ruminantes. Para tentar suprir esta demanda, está sendo lançado no mercado um novo suplemento para nutrição animal que é rico em proteína e deve ser misturado ao milho integral na proporção de 15% de ração para 85% de milho e pode ser ofertado durante 30 a 90 dias, dependendo da necessidade do produtor. O diretor e coordenador da área de pesquisa e desenvolvimento de produtos da Premix Nutrição de Resultados, Lauriston Bertelli Fernandes, diz que é importante não só o ganho de peso vivo, mas também o aumento do rendimento de carcaça. O Pró-Milho 15% é indicado, principalmente, para bovinos de corte e promete aumentar o peso vivo do animal de 1,2kg a 1,8kg e o rendimento de carcaça em cerca de 1,5kg por dia. Fernandes diz que neste tipo de dieta, o animal tem um volume ruminal muito pequeno e que, por isso, o peso vivo em relação ao peso pósabate é muito interessante. Na época da seca, além de haver a queda na produção de nutrientes fornecidas pela forragem, algumas propriedades não têm estoque de forragem suficiente pra enfrentar este período para isto surgiram as alternativas como a silagem, mas nem todos fazem isso por questão de manejo, questões operacionais, planejamento. O Pró-Milho é utilizado quando nós podemos abrir mão destes volumosos de pastagem, nesta condição o produtor vai utilizar o milho integral sem moer acrescido de 15% deste núcleo e fornecer aos animais à vontade e os animais não vão precisar de outros alimentos

FOTO: Divulgação

Premix apresenta novo suplemento protêico para bovinos na seca

Tecnologia promete aumentar o peso vivo em até 1,8kg por dia e o rendimento de carcaça em 1,5kg/dia

na sua dieta. Isso se torna viável nesta condição de baixo estoque de pastagem, onde nós vamos aplicar este material, ou em regiões em que há uma alta produtividade de milho e o preço está baixo e torna-se muito viável produzir carne. O principal nutriente que é reduzido nas forragens é a proteína, o que compromete todo o processo desde o consumo de alimentos diários até a digestibilidade do alimento — explica. Fernandes diz que o Pró-Milho 15% não deve ser utilizado por mais de 90 dias e que a receita de proporção dos materiais deve ser respeitada para que o resultado seja o melhor possível. Para cada 10 quilos de alimentos, o produtor deve utilizar 1,5 quilos da ração e 8,5 quilos de milho e fornecer uma dosa-

gem de até 2,3% do peso médio de cada bovino. Ele diz que a mistura pode ser feita no próprio cocho, tanto manualmente quanto por uma máquina que distribua os alimentos. Os interessados podem entrar em contato diretamente com a empresa para se informarem sobre a compra do material e terem detalhes mais específicos dos cuidados de manejo necessários. Este material traz para o produtor uma nova flexibilização no sistema de realização de produtor e temos algumas situações em que fizemos este tratamento no período das águas e ele funcionou também muito bem. Com relação à mistura, ela pode ser feita no próprio cocho, onde despeja-se o milho e o produto, que tem a mesma densidade do milho, e é feita a mistura manualmente ou em carretas que distribuem alimentos. Outra característica é que podemos fechar estes animais em piquetes, em uma relação de 20 a 40 animais por hectare, colocarmos os cochos lá e fazermos a adaptação nestes piquetes, onde em 15 dias os animais já estão adaptados e passam a comer nestes piquetes. Este processo não requer estrutura fixa para fechar boi — destaca. A

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EVENTOS

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Associação dos Produtores Rurais do Bom Jardim realizará, de 21 a 26 de setembro, no recinto do Parque de Exposições “Fernando Costa”, a 2ª EXPOVERDE - (Feira de Flores, Frutas, Hortaliças, Plantas Nativas, Ornamentais e Medicinais; Insumos, Máquinas e Implementos Agrícolas). A feira acontecerá das 9 às 19 horas, com entrada gratuita e contará com o apoio da Prefeitura de Franca (através da secretaria de Desenvolvimento e da secretaria de Serviço e Meio Ambiente), bem como do Meliponário Abelha Brasil, Sebrae, Embrapa e vários órgãos ambientais. A Revista Attalea Agronegócios também firmou parceria para apoiar o evento e estará presente com estande próprio. De acordo com José Adolfo Pinho, presidente da Associação, um dos objetivos da feira é a promoção de negócios, nos diversos setores da agricultura, como horticultura, fruticultura, floricultura, silvicultura e cultivo de grãos em geral. Além disso, oferecer aos produtores a atualização, através de cursos e palestras, aproximar produtores do público consumidor, promover o desenvolvimento da economia de base, criar novos mecanismos de comercialização e fomentar o turismo de negócios. “A EXPOVERDE propõe ser um espaço diferenciado, no qual será per-

FOTOS: Editora Attalea

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2ª EXPOVERDE acontece em setembro, no Parque ‘Fernando Costa’

mitido mostrar os produtos aos clientes finais, num grande showroom do setor agrícola de Franca e região, com possibilidade de conhecer e comercializar máquinas, equipamentos, insumos e implementos agrícolas, além da área paisagística, com orquídeas, flores, gramas, plantas ornamentais e outros produtos e equipamentos paisagísticos”, observa Alexandre Ferreira, Secretário Municipal de Desenvolvimento. PROGRAMAÇÃO - Além dos estandes de expositores e empresas comerciais dos diversos segmentos envolvidos, a 2ª EXPOVERDE abrigará ainda três atividades importantes. As Comemorações da Semana da Árvore acontecerão de 21 a 24 de setembro, com inúmeras ações ambientais do município promovidas pela Secretaria de Serviços e de Meio Am-

biente. “Serão várias as atividades previstas para este ano, como por exemplo a Caminhada Ecológica e a Visitação à Casa Ecológica instalada no Parque Fernando Costa”, afirma Ismar Tavares, Secretário Municipal de Serviços e Meio Ambiente. Com o apoio do SEBRAE - Escritório Regional de Franca e da Associação de Produtores Orgânicos da Região de Franca, também será realizado no dia 22 de setembro o 4º Seminário de Agricultura Orgânica. Já o 1º Seminário de Meliponicultura é uma iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento e do Meliponário Abelha Brasil, contando com o apoio da EMBRAPA Meio Ambiente. O evento será realizado de 24 a 26 de setembro, no auditório “Fábio de Salles Meirelles” e consistirá em palestras técnicas com os maiores especialistas brasileiros no assunto (Meliponicultura = criação de abelhas nativas sem-ferrão) e dois cursos (teóricos e práticos) sobre a atividade. As aulas práticas serão realizadas no Meliponário Abelha Brasil, instalado no Parque Universitário. A 1ª EDIÇÃO - Com um público estimado de 15 mil visitantes, a primeira edição da EXPOVERDE foi realizada em 2008 e reuniu cerca de 54 empresas comerciais e instituições de ensino e de apoio ao agronegócio espaços de exposição. A


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HORTICULTURA

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Fernando Jardine 1

conceito moderno de agricultura sustentável pressupõe basicamente, entre outros, a aplicação racional de fertilizantes para a preservação do meio ambiente. Diante disso, para maximizar a produção de tomate com sustentabilidade, é necessário que se conheça todos os fatores que influenciam o crescimento, o desenvolvimento e a composição da planta do tomateiro. Tais fatores são a água, luz, CO2, temperatura, genótipo, nutrição e manejo cultural. Com conhecimentos de nutrição é possível melhorar a produção e a qualidade do produto para a saúde humana. Para atingir tal objetivo é preciso conhecer as funções e sintomas de deficiência nutricional na planta, os níveis de extração pela planta, o comportamento dos nutrientes no solo, a mobilidade dos nutrientes na planta e no solo, além das formas químicas que são absorvidas pela planta.

1 - Engenheiro Agrônomo, supervisor de vendas da Nutriplant Ind. e Com. S/A. Tel. (19) 98426762. www.nutriplant.com.br

FOTOS: Fernando Jardine

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Agricultor de Cristais Paulista se destaca na produção de tomate ‘Débora’

Aspecto da área de cultivo de tomate da Fazenda Capoeira dos Palmitos, em Cristais Paulista (SP).

Atenta a estes fatores a Nutriplant, pioneira no uso de micronutrientes no Brasil, desenvolveu produtos tanto para aplicação via fertirrigação e para aplicação via folha, aplicados de maneira coerente às necessidades da cultura do tomate, desde do plantio até a colheita. PRODUTIVIDADE - Recebendo a assessoria da Nutriplant, o agricultor Luis Fernando Beloti (Fazenda Capoeira dos Palmitos, em Cristais Paulista / SP) obteve excelente produtividade no cultivo do tomate ‘Débora PTO’. Com 500 caixas por mil pés, Beloti confirma a importância dos produtos Nutriplant durante o desenvolvimento da cultura. Para a tomaticultura, descatamos os seguintes produtos:-

Tomateiros saudáveis, com frutos perfeitos e bem formados, graças à nutrição adequada em todas as fases da planta.

Humic-Nutri:- produto à base de substâncias húmicas, base Leonardita, para fornecimento de ácidos húmicos e fúlvicos, os quais melhoram as características fisico-químicas do solo, aumentando a disponibilidade de nutrientes. Pode ser utilizado em fertirrigação ou pulverizado no solo. Kelplant:- produto à base da alga-marinha Ascophillum nodosum. Importante para formação de raízes e

pegamento de fruto quando aplicado via foliar. Possue uma boa sinergia quando associado a fertilizantes foliares. Utilizado também na maturação dos frutos. Complex 151:- fertilizante foliar completo, contendo macro e micronutrientes, ideal para aplicação no desenvolvimento vegetativo. CAB 2031:- aplicado no florescimento. Caracteriza-se pelo seu alto teor de Cálcio (Ca). Aminonutri:- atua no vigor de planta, principalmente quando aplicado no início do desenvolvimento vegetativo associado ao Complex 151. RECOMENDAÇÕES - Como forma de orientação aos produtores de tomate, recomendamos:1º) - Transplante até 30 dias:a) - Humic Nutri (4,8 % Potássio, 15 % Carbono Orgânico, d – 1,10); b) - Complex 151 (5% Nitrogênio, 12 % Fósforo, 18% Potássio, 2% Cálcio, 2,5% Magnésio, 5% Enxofre, 1,5% Boro, 0,5 % Cobre, 0,1% Ferro, 0,5% Manganês, 0,2% Molibdênio, 4% Zinco); c) - Kelplant (5,3% Potássio, 6% Carbono Orgânico, d – 1,16)


HORTICULTURA tássio, 2% Cálcio, 2,5% Magnésio, 5% Enxofre, 1,5% Boro, 0,5 % Cobre, 0,1% Ferro, 0,5% Manganês, 0,2% Molibdênio, 4% Zinco);

FOTOS: Fernando Jardine

5º) - Maturação:a) - Complex 151 (5% Nitrogênio, 12 % Fósforo, 18% Potássio, 2% Cálcio, 2,5% Magnésio, 5% Enxofre, 1,5% Boro, 0,5 % Cobre, 0,1% Ferro, 0,5% Manganês, 0,2% Molibdênio, 4% Zinco); b) - Kelplant (5,3% Potássio, 6% Carbono Orgânico, d – 1,16);

Fernando Jardine (Nutriplant) e o agricultor Luis Fernando Beloti.

Recomendamos, ainda, que em todas as aplicações seja usado o Foskalium (linha de fosfitos ). A

2º) - Desenvolvimento:a) - Complex 151 (5% Nitrogênio, 12 % Fósforo, 18% Potássio, 2% Cálcio, 2,5% Magnésio, 5% Enxofre, 1,5% Boro, 0,5 % Cobre, 0,1% Ferro, 0,5% Manganês, 0,2% Molibdênio, 4% Zinco); b) - Aminonutri (9% Nitrogênio, 2% Fósforo, 1% Potássio, 8,5% Carbono Orgânico, d – 1,25); 3º) - Inicio do Florescimento:a) - Cab 2031 (20% Cálcio, 1% Magnésio, 3% Boro); b) - Kelplant (5,3% Potássio, 6% Carbono Orgânico, d – 1,16); 4º) - Desenvolvimento:a) - Complex 151 (5% Nitrogênio, 12 % Fósforo, 18% Po-

Frutos uniformes, sadios e com excelente padrão comercial.

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CAFEICULTURA

FOTOS: Editora Attalea

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8º Concurso de Qualidade de Café AMSC traz novidades

O presidente da AMSC, Milton Pucci e sua esposa Luisa Léia.

Mário Cesar Simão (EISA) premia Verci Ferrero (1º lugar na categoria Cereja Descascado).

Gabriel Afonso Mei Oliveira e sua esposa Flávia Lancha Olivitto (AMSC e Fazenda Labareda).

endo como homenageado o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, a 8ª edição do Concurso de Qualidade de Café da Alta Mogiana Safra 2010/2011 inscreve até o dia 15 de setembro as amostras dos cafeicultores cujas propriedades estejam estalecidas nos municípios paulistas de Altinópolis, Batatais, Buritizal, Cajuru, Cristais Paulista, Franca, Itirapuã, Jeriquara, Nuporanga, Patrocínio Paulista, Pedregulho, Restinga, Ribeirão Corrente, Santo Antônio da Alegria e São José da Bela Vista. A Comissão Organizadora lembra que os cafés inscritos devem estar depositados em armazém do município do produtor.

A grande novidade para este ano é o local de realização do júri e da seleção. Acontecerá no Santoro Café (Rua Marrey Junior, 2381, Centro, Franca/SP) entre os dias 17 e 18 de setembro. Já a festa de premiação acontecerá no dia 24 de setembro, às 19h30, no Clube de Campo de Franca, onde também será realizado o 3º Leilão AMSC , para o qual foram convidadas empresas que valorizam e apreciam a qualidade do café da Alta Mogiana. De acordo com Milton Pucci, presidente da AMSC - Associação de Cafés Especiais da Alta Mogiana, as amostras de café deverão corresponder aqueles produzidos em suas próprias

fazendas, obrigatoriamente nos municípios da Alta Mogiana. “Somente serão aceitos cafés arábicas (espécie Coffea arabica), de bebida fina, preparado por via seca (café natural) ou por via úmida (cereja descascado)”, afirma Pucci. O objetivo do concurso é selecionar os melhores cafés desta renomada região e incentivar os produtores na melhoria continuada da qualidade de seus cafés. A Comissão Julgadora será integrada por classificadores de café de reputação nacional, que julgarão as amostras quanto à qualidade de bebida, utilizando os atributos da folha de prova da SCAA - Specialty Coffee Association of America para selecionar os lotes vencedores. No ano passado, em brilhante festa organizada no Clube de Campo de Franca, a AMSC premiou Gabriel Queiroz Limonti (Sitio Mano Véio, de São José da Bela Vista/SP) como o melhor Café Natural do concurso Safra 2009/2010. No leilão, a COCAPEC adquiriu cada saca do lote do cafeicultor por R$ 800,00. Na categoria Cereja Descascado, o vencedor foi Verci C. Ferrero, do Sítio Cachoeira, de Santo Antônio da Alegria (SP), que alcançou a expressiva marca de R$ 1.000,00 por saca, sendo adquirido no leição pela EISA - Empresa Interagrícola S/A, dos irmãos espanhóis Esteve. A

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assunto já foi tema de muito debate (alguns deles acalorados) entre engenheiros agrônomos, pesquisadores e cafeicultores da região de Franca (SP). Mas a técnica adotada pelo cafeicultor Antônio David (Sítio Santa Izabel, Franca/SP) se destaca pelo aumento na produção e pela redução nos custos de produção de café. O assunto foi tema das edições nº 35 (junho/2009), nº 40 (novembro/2010) e nº 45 (abril/2010). Após estas públicações, o tema foi motivo da visita do Dr. Hélio Casale e de duas caravanas de cafeicultores do Cerrado Mineiro (Araguari, Monte Carmelo e Araxá) à propriedade de David. A técnica adotada pelo cafeicultor consiste em:- plantio de mudas de café de qualidade; o plantio e o manejo da braquiária na entrelinha do cafezal; e a aplicação de Bokashi. Com a colheita da safra deste ano praticamente concluída, Toninho David apresenta números incomparáveis e que ressaltam a importância da técnica adotada por ele. “Plantei mudas de Catuaí Vermelho-99 em dezembro de 2007. Na colheita de junho de 2009, ele produziu 22 sacas/hectare, enquanto a testemunha produziu apenas 9 sacas. Na colheita de junho deste ano, ele produziu 92 sacas/hectare, enquanto a testemunha produziu 48 sacas. Em uma colheita normal da catação de

FOTO: Divulgação

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Técnica diferenciada faz cafeicultor francano aumentar produção e reduzir custos

2009 mais a colheita de 2 anos e meio - que é a primeira carga - o normal de produção seria 57 sacas/hectare. Com o uso do Bokashi e o manejo da braquiária, meu café produziu 114 sacas/ hectare. É uma diferença enorme. Sem falar ainda que reduzi meus custos em 30%”, explica Toninho. Em sua propriedade, o cafeicultor ainda não adotou a irrigação. Segundo ele, mesmo reconhecendo a importância da irrigação na cafeicultura para a região da Alta Mogiana, a decomposição da braquiária pelo Bokashi produz mais que café irrigado. “Acompanhei a reportagem da lavoura

do Rodrigo Freitas (edição nº 48), conheço a lavoura dele e reconheço que já é muito café o que ele produziu com a irrigação (79 sacas/hectare). Mas a minha lavoura, com a mesma idade e variedade, produziu 92 sacas/hectare, sem irrigação”, analisa Toninho. MECANIZAÇÃO - Com o retorno obtido com a adoção desta técnica, o cafeicultor passou a focar outro item extremamente importante no que diz respeito a custo de produção: o custo com a mão-de-obra na colheita. Cansado com as despesas e a dificuldade de encontrar mão-de-obra qualificada para a colheita manual, Toninho adquiriu no final do ano passado uma colheitadeira de café. “Fiz os cálculos e consegui reduzir meus custos com mão-de-obra em até 50%. Valeu o investimento”, finaliza. A


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EVENTOS

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rofissionalismo: esta é meta a ser superada a cada ano. Com uma equipe de Engenheiros Agrônomos voluntários e renovada a cada ano, a Comissão Organizadora do Encontro Anual de Engenheiros Agrônomos (que este ano chega a sua 20ª edição) traz todos os anos novidades para o evento, que reúne os profissionais da agronomia numa festa de confraternização, sempre realizada no mês de outubro; mês em que se comemora o Dia do Engenheiro Agrônomo. Para este ano, a Comissão Organizadora já definiu novidades interessantes para o evento, que acontecerá no dia 23 de outubro, sábado, no Salão do Agabê, em parceria com o Buffet Companhia da Folia. Além das tradicionais parcerias com empresas envolvidas com o agronegócio regionalizado, o evento será abrilhantado este ano com a apresentação de uma banda. “Decidimos inovar. Fazer a apresentação de uma banda prestigia a todos os participantes, marcando definitivamente no calendário de Franca e região este evento”, afirma Carlos Arantes Corrêa, diretor da Revista Attalea Agronegócios e membro da Comissão Organizadora. Cerca de 30 empresas já garantiram participação no evento. As empresas interessadas em par-

FOTO: Editora Attalea

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Comissão Organizadora do 20º Encontro de Engº Agrônomos promoverá novidades

Expectativa para o 1º Concurso Blend Santoro

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No 19º Encontro de Engº Agrônomos (2009): Edson Castro do Couto Rosa, Geraldo do Nascimento Junior e Luis Fernando Puccineli.

ticipar do evento poderão escolher uma das cotas do Plano de Mídia, onde cada cota de patrocínio dá direito a determinadas ações. “A idéia das cotas foi outra inovação introduzida para premiar todos os tipos e tamanhos de empresas, dando direito desde a participação no evento até mesmo participação em publicidade na cidade (outdoors)”, explica Roberto Maegawa, agrônomo da Cocapec. Para este ano, além de Carlos Arantes e Roberto Maegawa, fazem parte da Comissão Organizadora: Daniel Figueiredo (Santander), Antônio Rigolin Jr. (Casa das Sementes), Eder Carvalho Sandy (Cocapec), Márcio Andrade (CATI), Marcelo Ferreira (Cocapec), Luciano Ferreira (Coonai), Antônio Carlos (Embrapa), Enéias Cordeiro (Mosaic), Ricardo Ravagnani (Cocapec) e Danielle Silva (Dedeagro). A

arcado para o próximo dia 17 e 18 de setembro, no Santoro Café, a divulgação o 1º Concurso de Qualidade Blend Santoro causou expectativa positiva em toda a região de Franca/SP. A entrega das amostras acontece até o dia 15 de setembro na Rua Dr. Marrey Jr. 2381 e o concurso apresenta dois destaques. Primeiro, a garantia de ágil de 30% acima do mercado para o leilão do lote vencedor. Mas a inovação maior vem da participação de clientes, convidados e produtores provarão e definirão os 10 lotes finalistas já como produto final. Tom, Kakalo, Marcelo Diniz e João Guilherme convidam os interessados a se inscreverem no concurso. A

Limeira sedia ExpoAgroRevenda em setembro

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setor das agrorevendas estará em evidência nos dias 13 e 14 de setembro, no Centro de Eventos de Limeira (SP), entre 14h e 22h, com a realização da ExpoAgroRevenda’ 2010. Com entrada gratuita, a mostra vai reunir representantes da indústria de insumos, lojistas agropecuários e cooperativistas. Ao contrário do que ocorre em outros eventos do agronegócio, nos quais produtores e pecuaristas são o público-alvo, a programação da Expo AgroRevenda é toda voltada ao setor varejista, com foco no lojista agropecuário. Esse perfil de investidor contribui diretamente com a evolução da atividade agropecuária, repassando tecnologias e prestando assessoria técnica ao campo. As lojas agropecuárias (agrorevendas), são fundamentais ao desenvolvimento do agronegócio. Assim como em qualquer mercado, essa atividade conta com ampla estrutura de canais de distribuição para colocar seus produtos nas mãos do produtor rural. Estima-se a existência de 8,5 mil agrorevendas pelo país, que chegam a movimentar mais de R$ 31 bilhões por ano, com a venda de medicamentos, sementes, suplementos, equipamentos e insumos. A


CAFÉ

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O café brasileiro pode virar referência nos contratos negociados em bolsas internacionais. Produtores e exportadores do Brasil vêm negociando duas alternativas: uma delas seria incluir o café do Brasil no contrato C da Bolsa de Nova York; outra seria criar um modelo especifico para o grão nacional na Bolsa de Chicago. Para se proteger contra as oscilações no preço, os brasileiros negociam na Bolsa de Nova York. O problema é que lá fora não existe um contrato especifico para o café brasileiro, a referência são outros paises produtores, como a Colômbia. O setor acredita que a situação acaba distorcendo os preços. Uma das propostas em debate há cinco anos é a inclusão do café brasileiro no contrato de Nova York. A iniciativa foi do Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé). Na época, a pressão dos concorrentes, principalmente os colombianos, foi mais forte e o projeto foi arquivado. Agora, a situação é diferente: a própria bolsa retomou a discussão. – A bolsa parece mais interessada em ter o café brasileiro no seu rol de origens, na medida em que as quedas de produção de café na Colômbia e a estabilidade em outros países estão dando um perfil não muito favorável na relação entre o grande movimento que a bolsa tem e o nível de produção – explica o diretor geral do Cecafé, Guilherme Braga.

FOTO: ABIC

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Café brasileiro pode virar referência em contratos internacionais

De acordo com a entidade, o Brasil produz cerca de 3,5 milhões sacas de café despolpado, a referência para Nova York. Há seis anos, esse volume não passava de 500 mil sacas. Por isso, na opinião do diretor do conselho, a situação atual dá mais condições ao Brasil de ser incluído no contrato C. O superintendente da Cooxupé, a maior cooperativa produtora de café do mundo, com sede em Minas Gerais, Lúcio Dias, avalia que a mudança seria mais uma alternativa de mercado. – No momento, ele não é vantajoso porque os diferenciais que a gente está trabalhando para esse produto estão acima do preço de Nova York, mas para o futuro é uma garantia a mais, é um mercado a mais que o produtor passa a ter. Produtores e exportadores reconhecem que o simples fato de estar no contrato de Nova York não é uma garantia de lucro. Mas consideram que ter uma opção a mais para negociar faz muita diferença. – O produtor terá uma condição muito mais precisa para a precificação do seu café. Ele vai estar acompanhando a bolsa. Ele vai poder comparar o comportamento do mercado interno aos preços do mercado internacional e, portanto, ter uma noção mais precisa do valor da sua mercadoria – afirma Guilherme Braga, do Cecafé. No entanto, nem todos os produtores apoiam a inclusão do Brasil em Nova York. Representantes do setor avaliam que o contrato C não corresponde à realidade da produção brasileira, dominada pelo café natural e não pelo despolpado. A idéia, então, seria ter um contrato para esse tipo produzido no Brasil na bolsa de Chicago. A avaliação é a de que, como a instituição é sócia da BM&F Bovespa, as negociações ficariam mais fáceis. Mas ainda não foi feita uma proposta oficial para a bolsa americana. (FONTE: Canal Rural) A


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onvidado pela equipe do Café Brasil, o pesquisador Roberto Thomaziello esteve na COOPARAÍSO no último dia 11 de agosto para proferir a palestra “Podas e Renovação das Lavouras” para técnicos agrícolas, parceiros da cooperativa e produtores rurais. A prática é de grande importância para o preparo da lavoura para safras futuras e carece de técnicas específicas. Segundo o pesquisador do IAC, de Campinas, “a poda é um manejo de lavoura. O produtor não pode errar o momento certo de fazer e não pode errar o tipo de poda a ser feita. Cada lavoura é um caso especial, tem que se conhecer a fisiologia da planta, não é como uma “receita de bolo””, ressalta Thomaziello. Marcelo Almeida, Gerente do setor de Gestão do Agronegócio da COOPARAÍSO, ressalta que a safra 2010/2011 deu bons retornos ao produtor e que, por isso, um estudo especializado para optar, ou não, pela poda neste momento pode garantir resultados tão bons quanto estes nos próximos anos. “Sempre que a gente sai de uma safra alta, algumas lavouras depauperam por conta do grande volume de café que elas produziram, então é importante que se faça uma renovação da parte aérea delas, como também da parte das raízes, através da poda”, explica o técnico agrícola. Para quem julga que a poda aumenta a produtividade da lavoura, o Roberto Thomaziello prefere outra explicação dizendo que a “poda recupera o potencial produtivo que o cafeicul-

FOTO: Cooparaíso

Cooparaíso realiza palestra com o pesquisador Roberto Thomaziello Falta de café de qualidade faz segurar preços firmes

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tor perdeu na lavoura”. O pesquisador do IAC diz que há algum tempo muitos produtores, e até mesmo técnicos, apresentavam um pouco de resistência com esta prática, mas que, ultimamente, ela tem sido bastante aplicada nas lavouras. Contudo, o produtor precisa ficar atento para que realize o processo da maneira mais adequada à sua necessidade. “As vezes você tem, em uma mesma propriedade, diferentes situações de lavouras em que é preciso podar determinados talhões ou quadras e outros não. A presença de um agrônomo é extremamente importante para que o produtor não faça algo errado”, recomenda o pesquisador. A

m mais uma semana de altas no mercado internacional, o café subiu forte na Bolsa de Nova York e a saca corrige valores no mercado físico brasileiro. Café natural tipo 6 já vale R$ 315,00, enquanto o cereja descascado, grande surpresa desta nova safra, bate em R$ 400,00. O reflexo no Brasil pode ser visto como efeito cascata no crescimento econômico das regiões produtoras. Marlon Braga Petrus, trader na COOPARAÍSO, aconselha ao produtor a começar a realizar seus negócios a fim de aproveitar o valor atual remunerador para seu custo de produção, no entanto, é importante estar atento às previsões do mercado que se divide em dois cenário: o primeiro é manter as vendas na expectativa de que as cotações permaneçam em elevação, mas por outro lado, ele pode segurar seu produto e correr o risco de o mercado cair, aí não terá suporte financeiro para programar próxima safra. Petrus avalia que o mercado está em um constante processo de alta e as estimativas sugerem que os estoques mundiais de cafés de qualidade estejam apertados pelos próximos cinco anos. Assim, apesar de que durante esse período exista o risco de declínio nos preços, a previsão que fica é de que os preços se sustentem pelo menos por mais quatro safras. A

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Unipcafem pretende criar cooperativa para aumentar comercialização de café fair trade

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usadia que chama atenção em Varginha. A UNIPCAFEM - União de Pequenos Produtores de Cafés Especiais dos Martins decidiu se unir em uma cooperativa independente. Segundo o presidente da associação, Guido Reghim, a idéia inicial é a de apenas começar o cooperativismo, sem, necessariamente, ter que construir galpões ou armazéns. Tudo a fim de conseguirem a emissão de nota fiscal para facilitar os processos de comercialização e terceirização do armazém. Com 42 associados, a UNIPCAFEM produz em média seis mil sacas de café fair trade ao ano. Dessas, mais de 4.460 sacas são comercializadas em média a R$ 360 cada uma. A previsão é que a cooperativa comece a funcionar em julho do ano que vem. E a expectativa, de acordo com Guido, é que com o cooperativismo haja fidelização de novos clientes, tendo em vista a possibilidade de ampliação das negociações, tanto de venda como de compra. “Consequentemente, esperamos um crescimento entre 20 e 30% em relação ao que é negociado hoje”.

O presidente da UNIPCAFEM deixa claro que uma entidade não vai anular a outra. Ele ressalta que a associação vai continuar com a finalidade de atender às demandas sociais e desenvolvimento dos associados nas áreas ambientais e técnicas, por exemplo. A cooperativa, por sua vez, vai poder proporcionar facilidade na compra e venda do café fair trade, diminuindo custo e agregando valor, respectivamente. “A comunidade ganha desenvolvimento, pois quanto mais vendemos, mais premiados somos. E o prêmio da venda é revertido em obras sociais, am-

bientais”. Ainda segundo Guido, a necessidade de a UNIPCAFEM formar uma cooperativa surgiu à medida que iniciaram a comercialização de café, uma vez que associação não pode emitir nota conforme lei federal. Além disso, a Flo-Cert, responsável pelo atestado Fairtrade etiquetado, não certifica grandes cooperativas como a MINASUL - Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Varginha. Guido explica que a cooperativa não tem a função principal de rebenefício ou preparo de café. Por isso, ela não tem a obrigação de disponibilizar tais serviços em todos os momentos em que a Unipcafem precisa. E outro armazém, com esta especialidade, pode atender a associação nesses casos. O café fair trade não é comercializado no Brasil. De acordo com Guido, o produto estará nas gôndolas dos supermercados assim que for emitida a licença pelo selo Fairtrade para o Brasil. A Unipcafem é um exemplo de associação. Por se tratar de uma entidade muito bem organizada, são desenvolvidos muitos projetos sociais, visando sempre a conscientização para preservação do meio ambiente. Para começar, no cultivo do café fair trade não são usados insumos e suprimentos que podem agredir diretamente solo, água e vegetação. Produtos certificados, geralmente, são manejados da forma mais natural possível. Além disso, na comunidade dos Martins é trabalhada a coleta seletiva de lixo com os alunos da Escola Municipal Pedro Reghim. Todo o dinheiro adquirido com a reciclagem é revertido para a escola, para que a instituição aplique-o em projetos pedagógicos e na compra de materiais que faltam. Na comunidade foram construídas também bacias para contenção de água da chuva, a fim de preservar nascentes. A intenção é evitar assoreamento das minas, podendo diminuir o fluxo de água, propiciar contaminação e retenção da água do solo. A


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FOTO: Editora Attalea

Importância na escolha da área de plantio e das mudas na formação da lavoura cafeeira

Mauricio Dominguez Nasser 1

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a formação e renovação do cafezal, o produtor deve investir em mudas de alta qualidade genética e sanitária, pois o sucesso da lavoura se inicia na escolha de uma boa muda. As tecnologias para isso existem e são empregadas nas diversas regiões brasileiras produtoras de café. Na medida que a ciência avança com seus trabalhos experimentais, as técnicas de produção de mudas são aperfeiçoadas e aplicadas em viveiros e posteriormente no próprio plantio. Para o café arábica, Coffea arabica, a renovação do cafezal pode ser de duas formas: a primeira seria a utilização de podas para recuperar o cafezal depauperado, produtividade média em declínio, porém não há mortalidade das plantas. A segunda situação de renovação do cafezal seria a realização de um novo plantio devido à mortalidade das plantas a partir de 20% da população inicial. Caso a condução da lavoura cafeeira seja adequada ao longo de seu ciclo produtivo, com pouca ou nenhuma mortalidade de plantas, a renovação da lavoura será em média de 15 a 20 anos. Vale lembrar que não é difícil encontrar lavouras de café plantadas a mais de 40 anos, e que foram renovadas por podas, mas não foi realizado um novo plantio. Para formação de um novo cafezal, vários aspectos terão que ser avaliados com muito critério tais como: clima favorável ao desenvolvimento produtivo do cafeeiro e também para qualidade da bebida, solo com profundidade mínima de 1

1 - Engenheiro Agrônomo e Pesquisador Científico da APTA Polo Alta Paulista com sede em Adamantina-SP, possui graduação em Agronomia pela Faculdade de Ciências Agronômicas - UNESP Botucatu (1999). Contato: infobibos@infobibos.com. Nextel (19) 7811-7442 - ID: 99*10452. www.infobibos.com

metro e boa drenagem para o bom desenvolvimento do sistema radicular.Evitar solos excessivamente arenosos ou argilosos, para esse parâmetro recomenda-se uma análise física do solo expedida por um laboratório de fertilidade de solo com avaliação feita por engenheiro agrônomo. Para renovação do cafezal através da realização de um novo plantio na mesma área antes plantada com café, adotar descanso, pousio ou rotação de culturas com leguminosas de baixa suscetibilidade aos nematóides: Meloidogyne incógnita, M. paranaensis e M. exígua, por pelo menos dois anos. Um exemplo seria o uso da leguminosa Mucuna-Preta (Stizolobium aterrimum), para assim diminuir o crescimento da população dessa terrível praga de solo, porque no momento que é constatado a presença do nematóide na área, a planta do cafeeiro vai conviver com a praga durante toda sua vida produtiva. Além disso, mesmo após a rotação de culturas, em áreas com nematóides, é obrigatório o uso de mudas enxertadas, o material utilizado e recomendado para portaenxerto é o cultivar Apoatã (IAC 2258). As áreas de plantio devem ser preferivelmente mecanizáveis, pois os tratos culturais sendo realizados de forma mecanizada, geralmente reduzem significativamente o custo de produção do

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café quando comparado com as operações manuais. Devem-se buscar facilidades no acesso e suprimento de água, isso favorece todo o deslocamento de insumos para a lavoura; e na colheita facilita o transporte dos grãos para as instalações de lavador, terreiro e secador. Coletar água de chuva, sem misturar com o solo, próximo às lavouras cafeeiras seria um ponto interessante para refletir, mas ainda demanda pesquisas nesse assunto. A água é importante para os tratamentos de pulverização com herbicidas, fungicidas e adubos foliares, lavagem do café do pano e da varreção, além da disponibilidade para o uso de irrigação, tornando-se um fator relevante para lavouras instaladas em áreas com problema de déficit hídrico. Outro ponto positivo é instalar o cafezal em áreas com infra-estrutura regional direcionadas realmente à cafeicultura, e que possua insumos, mão-de-obra especializada, prestação de serviços como colheita e podas mecanizadas, beneficiamento e comercialização dos grãos. Caso a opção seja em áreas distantes dos “polos” de cafeicultura, recomenda-se procurar terras com valores mais acessíveis, e com maior disponibilidade de água, mãode-obra e facilidades de crédito de formação e custeio de produção de café, pois geralmente haverá investimentos em infra-estrutura própria. Sempre adotar espaçamento de plantio adequado às estruturas da propriedade e ao nível do produtor rural, nunca esquecendo de que independente do material genético presente nas mudas de café, o importante é adquirir mudas de qualidade provenientes de viveiros idôneos. Somente a muda de boa qualidade é capaz de expressar todo o potencial genético que influenciará diretamente na formação ou desenvolvimento da estrutura do sistema

radicular e da parte aérea da planta. Além de todos os fatores citados anteriormente, recomenda-se sempre uma análise química de solo para corrigir quimicamente a fertilidade do solo, efetuando-se um bom preparo, correção e fertilização ou adubação do mesmo. Todas as recomendações acima determinarão o vigor e a produtividade que a planta pode demonstrar no campo. É importante que no momento de escolha de área para o plantio de café, procure um engenheiro agrônomo de confiança, pois a cafeicultura é uma atividade que exige investimentos durante os três primeiros anos com retorno financeiro de médio a longo prazo. No momento do plantio, as mudas de café devem apresentar as seguintes características: - mudas contendo de 3 a 5 pares de folhas (sem contar o par vulgarmente chamado de orelha-de-onça), com parte aérea bem formada, ausência de bifurcação e plantas tipo “macho”, caule torto e estiolamento. Esse porte da muda ajuda a diminuir os problemas de pós-plantio como sensibilidade a seca, e prejuízos provocados pelo vento que podem ocasionar tumores e tombamento das mudas, o que exige estaqueamento individual, onerando os custos de produção; - ausência de pragas e doenças tanto na parte aérea como no sistema radicular, - ausência de deficiências minerais, - mudas aclimatadas a pleno Sol por pelo menos 20 dias, - mudas originadas de sementes certificadas oriundas de produtores registrados nas entidades fiscalizadoras, - presença da orelha-de-onça intacta e sadia (primeiro par de folhas que surge após a germinação), - sistema radicular bem formado

com raíz principal reta sem enovelamento e as demais radicelas bem distribuídas ao longo do substrato, - parte aérea da muda com desenvolvimento vegetativo proporcional ao sistema radicular. - ausência de plantas invasoras. Com relação à produção da muda cafeeira, cuidados devem ser tomados para que essa tenha ótima qualidade. Inicialmente na instalação do viveiro, evitar locais próximo às lavouras de café adulta, pois favorecem a entrada de doenças como a cercosporiose e pragas como o bicho mineiro. Utilizar substrato com ausência de plantas invasoras e nematóides, apesar que a primeira pode ocorrer durante a formação da muda devido a presença de pássaros, ventos e pelos trabalhos manuais diários. Aperfeiçoar ou buscar mão-deobra especializada para enchimento dos recipientes, semeadura e também no processo de enxertia caso deseja produzir mudas enxertadas. Durante o manejo empregado na formação das mudas cafeeiras é importante e necessário a realização de capinas, controle de irrigação, adubações, desbaste, controle de pragas, controle de doenças e aclimatação das mudas. Os cuidados fitossanitários em mudas cafeeiras também são de grande importância. Pois o maior veículo de propagação dos nematóides nocivos ao cafeeiro é a própria muda de café. Os nematóides são pequenos vermes que atacam as raízes das mudas formando galhas, e apresentando sintomas de baixo desenvolvimento e amarelecimento com ataques em forma de reboleira na área de produção de mudas e também em lavouras adultas. O controle para essa praga de solo tanto pelo substrato empregado ou pela água de irrigação deve ser rigoroso, pois a presença dos nematóides


CAFEICULTURA Meloidogyne incógnita, M. paranaensis, M. exígua e M. coffeicola nas mudas de café já é motivo de condenação imediata do viveiro, proibindo a comercialização das mesmas. Além dessa praga, existem outras que necessitam de controle: bicho mineiro, lagartas, formigas cortadeiras, cupins, cochonilhas, grilos, lesmas e ácaros. Para o controle de doenças, as mais comuns nos viveiros são o tombamento e a cercosporiose, podendo ocorrer ainda em períodos frios, a mancha aureolada e phoma. Para o viveiro, recomenda-se adotar um planejamento ou um programa preventivo de controle fitossanitário. E sempre observar as condições ambientais favoráveis às doenças (umidade, vento) e adequar o manejo, aumentando insolação, proteção lateral contra ventos e redução da irrigação. É importante enfatizar que viveiros idôneos dão garantia de qualidade da muda; e se depois de realizado o plantio das mudas, a planta não for bem conduzida, nunca poderemos garantir a boa produtividade da lavoura. Viveiros idôneos adquirem sementes certificadas, ou seja, são sementes oriundas de produtores credenciados nas entidades fiscalizadoras, não ocorrendo mistura varietal num mesmo lote de produção de mudas, controle de pureza e germinação. Normalmente os viveiros são credenciados ou registrados em Órgãos de Defesa Sanitária Vegetal, como por exemplo, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária de São Paulo que possui atualmente 70 viveiros de produção e comercialização de mudas de café devidamente registrados e fiscalizados. Os viveiros aptos e competentes trabalham com mudas formadas pelo processo de semeadura direta para evitar problemas de entortamento de raiz, “pião da raiz torto”, e trabalham com

rigoroso controle de pragas e doenças. Seguem uma adequada adubação para não favorecer a produção de mudas com parte aérea vigorosa e baixo desenvolvimento das raízes. Além dos viveiros idôneos possuírem mão-de-obra especializada na produção de mudas, também apresentam um eficiente controle de irrigação, e de mato ou plantas invasoras no local de produção. Alguns por iniciativa própria podem até oferecer o serviço de transporte das mudas do viveiro para o local de plantio. No caso de produção de mudas de café enxertadas, os viveiros trabalham com o processo de semeadura indireta para assim facilitar a operação da enxertia hipocotiledonar. Com relação aos valores das mudas no custo total de produção, podese dizer que da semente até a primeira colheita significativa de café são necessários no mínimo 3 anos; durante esse período o cafezal ou a lavoura cafeeira está na fase de formação, o custo com a aquisição das mudas nesse período citado é de aproximadamente 15%, lembrando que após o plantio, essas mudas se transformarão em plantas que poderão produzir por mais 15 anos dependendo da tecnologia empregada, o que dilui o custo da muda a cada ano de produção. Portanto, não compensa economizar nessa etapa, e sim procurar viveiros idôneos e negociar bons preços ou conseguir facilidades de pagamento na hora de comprar essas mudas. Mudas de baixa qualidade levam a um aumento no custo de produção por vários motivos: - aumento de gastos na operação de replantio devido a maior aquisição no número de mudas e aumenta o custo de transporte até o local de plantio, - necessidade de mais capinas ou controle de mato durante a fase de formação do cafeeiro porque diminui o

desenvolvimento inicial das plantas, o que pode levar a fase de formação para 4 anos ou mais em vez de 3 anos para a primeira colheita significativa, - aumenta o número de aplicações de defensivos agrícolas ou agroquímicos para o controle de doenças e pragas visto que as mudas não estão totalmente sadias, - pela má formação do sistema radicular e da parte aérea a absorção de água, nutrientes e luz será afetada o que resultará em baixas produtividades ao longo dos anos de produção, encarecendo a atividade, e desestimulando o produtor rural a continuar investindo na cafeicultura. É importante ressaltar que viveiros de mudas trabalham normalmente com 2 tipos de recipientes: MUDAS DE SAQUINHOS = O primeiro e mais utilizado são sacos plásticos pretos perfurados da metade para o fundo com dimensões de 9 a 11cm de largura x 18 a 20cm de altura x 0,006 cm de espessura do plástico, o que alcança um volume aproximado de 600ml com substrato. TUBETES = O outro tipo de recipiente muito utilizado são pequenos tubos de plástico duro de cor preta, tendo uma extremidade superior com cerca de 4 cm de diâmetro e a parte inferior com uma abertura menor para permitir a retenção do substrato dentro do tubo. Apresentam 14 a 15 cm de comprimento e volume de aproximadamente 120ml com substrato. Convém alertar que apesar de se trabalhar com mudas de alta qualidade é normal ocorrer de 5 a 10% de replantio na implantação de um cafezal. Para mudas enxertadas esse valor pode ser maior. Para maiores informações procure sempre um engenheiro agrônomo de sua confiança. A

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TECNOLOGIA

SENAR-MG incentiva ruralista a abrir microempresa de doces em São José da Barra

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A doceira Rosângela com a produção de doce de leite que está sendo fabricada no próprio sítio na comunidade rural de Bela Vista, em São José da Barra (MG)

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aprendizado no curso gratuito de “Derivados do Leite” do SENAR MINAS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) já está dando frutos para a comerciante Rosângela Borges da Silva, da Comunidade Rural de Bela Vista, em São José da Barra (MG). Ela sentiu-se incentivada a abrir uma microempresa para diversificar a produção ao fabricar artesanalmente doce de leite e queijo fresco. O curso foi realizado na comunidade pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Alpinópolis (MG), em parceria com o SENAR há cerca de dois meses. Vendedora de biscoitos, Rosângela resolveu diversificar a sua venda com os doces e queijos, já que produz leite no Sítio Primavera. A aposta nos produtos fez com que a produtora abrisse uma microempresa alimentícia com alvará de funcionamento da Visa (Vigilância Sanitária). “Já conhecia o trabalho do SENAR porque eu e meu marido fizemos um curso de “Inseminação Artificial” antes e

achei ótimo. Com o Derivados do Leite, vi uma oportunidade para crescer como empresa. Acreditei nisso e estou caminhando no mercado. Meus doces estão superando os da concorrência”, lembrou, explicando que na região há muitas fábricas de doce de leite e queijos. Tudo é feito no sítio da família. Quando terminou o treinamento, Rosângela começou produzindo com 10 litros de leite, o que renderam 5,5kg de doce de leite pastoso. Um mês depois, duplicou a fabricação. Mas ela quer mais e já faz projetos a curto prazo. “Até o final do ano, quero produzir de 10 a 12kg de doces. Mas já pretendo fazer 30kg de doces/dia. Temos toda a matéria prima aqui no sítio”, contou. “Nunca tinha produzido doce, nem para consumo próprio. Com o curso, quis tirar algo de proveito, pois o SENAR é aprender fazendo”, completou. O doce de leite é vendido em embalagens de 500g e 1kg ao preço médio de R$ 10,00/kg. Ainda pensando na diversificação da produção, ela já fez outro curso do SENAR de doces cristalizados. De início, são fabricados os de abóbora e mamão, também plantados na fazenda. Além disso, ela pensa em contratar três ajudantes, gerando emprego na comunidade rural e vender seus produtos em cidades vizinhas, como Passos. Muito do que Rosângela conseguiu, ela credita à filosofia do SENAR MINAS. “Penso em expandir minhas vendas. Comecei a vender de porta-em-porta, bocaa-boca e depois os próprios clientes começaram a me procurar. O SENAR me ajudou muito, porque os cursos são ótimos, com bom material didático e instrutores que nos fazem pôr a mão na massa para aprender mesmo. Se tivesse que pagar ao SENAR, pagaria tranquilamente. Tudo que essa entidade nos dá não tem preço”, diz. A

INFORMAÇÕES Sindicato dos Produtores Rurais de Alpinópolis (MG): (35) 3523-1433 ou (35) 3523-1433

A


SILVICULTURA

Produtores paulistas investem no plantio de Eucalipto. Cultivo mecanizado facilita o processo. FOTO: Editora Attalea

solo tem baixa fertilidade seria necessário investimento para a manutenção das lavouras com colheita anual, os produtores preferem plantar o eucalipto porque o custo de manutenção da floresta pode ser menor. “É uma cultura que vai exigir no máximo glifosato, para fazer um herbicida seletivo, e isca formicida para matar formiga”, disse Fabrício Máscaro, técnico florestal. Os bons resultados na vizinhança incentivaram o seu Gláuber Moraes, agricultor que mora em Cajuru (SP), município próximo da região. Ele queria substituir a cana em razão do alto custo de produção e transporte. Pesquisou a soja, o milho e a laranja. Depois de fazer as contas, optou pelo eucalipto em 40 hectares. “O eucalipto tem várias finalidades, como papel, celulose, energia, móveis e carvão. Então, tem uma gama de oportunidades para encaixar essa madeira”, justificou. O Ministério da Agricultura divulgou, em julho, as regras do zoneamento agrícola para o eucalipto . O documento aponta as áreas adequadas para o plantio com menor risco climático em oito estados. (FONTE: Globo Rural). A

E

m busca de alternativas de renda, produtores de São Paulo estão investindo no plantio do eucalipto. O cultivo mecanizado facilitou o processo. A cana-de-açúcar é a principal atividade na fazenda do agricultor Maurílio Cristofani, em Altinópolis (SP). A propriedade tem 250 hectares e a lavoura substituiu a pecuária há cinco anos. “No início a gente trabalhou com pecuária. Depois de um tempo, passamos a plantar cana. Mas nas áreas que a usina achou que não era de inviabilidade de mecanização nós optamos por plantar eucalipto”, justificou Cristofani. Em 30 hectares foram cultivadas 40 mil mudas de eucalipto. O plantio foi feito por uma empresa especializada que cuida do preparo do solo, controla as formigas e levou agilidade ao processo. O cultivo está sendo feito com o auxílio da máquina chamada de tanque de aplicação de gel. As mudas são injetadas e em seguida o gel é despejado. O produto tem a capacidade de reter a água e liberála lentamente no solo. Com isso, é possível diminuir o número de irrigações após o plantio. A máquina também aumenta a velocidade do serviço. No plantio convencional um trabalhador é capaz de colocar as mudas em meio hectare por dia. Com estes sistemas, são dois hectares por dia. Em áreas degradadas ou em regiões onde o

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AGO 2010


30 AGO 2010

ARTIGO “O que houve de novo com o Brasil” Kátia Abreu - Senadora e Presidente da CNA

O

Brasil orgulha-se hoje de ser uma economia estável e forte, que consegue crescer de modo sustentável a taxas elevadas e ao mesmo tempo distribuir renda, incorporando largos contingentes de população ao mercado de consumo e a padrões mais civilizados de bem-estar material. Olhando para trás, para tantas décadas de instabilidade, de surtos breves e logo frustrados de crescimento, temos de reconhecer que vivemos uma grande transformação. O que tornou possível essa transformação? Tivemos vários momentos de crescimento, que não duravam muito. Após poucos anos, o crescimento provocava inflação, pois a oferta interna, especialmente de alimentos, não era capaz de acompanhar o aumento da demanda induzida pelo crescimento da renda. Mais grave era o outro problema, o cambial. Diante da inflação sem controle e do desequilíbrio cambial, a única política possível era conter o processo de crescimento, para aliviar as pressões sobre os preços e sobre o déficit externo. Assim, voltávamos à estagnação econômica, embora a população continuasse crescendo e a imensa maioria vivesse na pobreza. Para crescer sem interrupções seria necessário superar o limite de nossa capacidade para importar. Financiar indefinidamente o déficit cambial com financiamento externo não seria sustentável. Por termos tentado este caminho, incorremos em várias crises de endividamento e chegamos à moratória. Era preciso encontrar um meio realista de elevar a receita cambial. Como sabemos hoje, no Brasil só a agricultura e a PECUÁRIA podiam realizar essa tarefa. Mas ninguém pensava nisso seriamente. Afinal, a produção rural brasileira crescia pouco e não éramos, de fato, até 1970, sequer capazes de atender ao abastecimento interno. Além do mais, a sabedoria convencional de então ditava que o desenvolvimento econômico significava o aumento da produção industrial e o encolhimento relativo da produção rural. Apesar disso, a partir dos anos 70, teve início uma silenciosa revolução no campo brasileiro. Novas gerações de produtores rurais começaram a emergir, muitos deles abrindo novas fronteiras agrícolas ou transformando os modos de produzir nas fronteiras já estabelecidas. Esses novos agricultores romperam com as formas tradicionais de produção, apropriaram-se do conhecimento acumulado nas universidades rurais e na nova Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e trouxeram para a produção rural a disposição de assumir riscos e a compulsão do crescimento. A ação destes novos empreendedores transformou em pouco tempo a produção rural brasileira, tornando-a em poucas décadas a segunda maior do mundo em escala e diversidade de produção e a primeira e única grande agricultura em área tropical. Os números dessa revolução são impressionantes. Em 1965, antes do início desse processo, a produção brasileira

de grãos era de 20 milhões de toneladas, para uma população de 80 milhões de habitantes, portanto, uma produção de 250 kg de grãos por habitante. Em 2008 a produção de grãos chegou a 144 milhões de toneladas, para uma população de 190 milhões de habitantes, o que representa uma produção per capita de 758 kg. A produção total cresceu 7 vezes, mas a área de plantio, que era de 21 milhões de hectares em 1965, passou para apenas 48 milhões de hectares em 2008, apenas 2,5 vezes mais. A produção de carnes, em 1965, era de 2,1 milhões de toneladas, o equivalente a 25 kg por habitante por ano. Em 2006 a produção alcançou 20 milhões de toneladas, o equivalente a algo como 100 kg por habitante/ano. A produção total aumentou dez vezes, mas as áreas de pastagens cresceram apenas 15%. Esses gigantescos aumentos de produção e de produtividade mudaram a história da economia brasileira. Essa agricultura altamente produtiva e de grande escala conquistou os mercados externos e passou a gerar grandes superávits no balanço de pagamentos, dada a sua pequena dependência de importações. Entre 1994 e 2009, o agronegócio acumulou um saldo comercial com o exterior de US$ 453 bilhões. No mesmo período, o saldo comercial total do Brasil foi de US$ 255 bilhões. Significa que, sem a contribuição das exportações do agronegócio, o Brasil teria incorrido num déficit comercial de US$ 198 bilhões, praticamente o valor das reservas cambiais do País no final do ano passado. Não fora a contribuição do agronegócio, o País estaria vivendo gravíssima crise cambial e a história do nosso crescimento recente teria sido muito diferente. Outro efeito dessa revolução no campo foi a persistente queda no custo da alimentação no mercado interno. Os professores José Roberto Mendonça de Barros e Juarez Rizzieri mostraram, em pesquisa, que o custo no varejo de uma ampla cesta de alimentos na cidade de São Paulo caiu pouco mais de 5% ao ano, em termos reais, entre 1975 e 2005. Uma queda dessa dimensão só foi possível pelos aumentos impressionantes da produção e da produtividade no campo. E, em decorrência, as classes de renda média e baixa não apenas puderam consumir mais e melhores alimentos, como elevaram seu poder de compra de produtos industriais. Assim, o efeito da queda dos preços agrícolas é mais importante que as transferências de renda para explicar a melhoria do padrão de vida das populações mais pobres. O Brasil que se desenvolve hoje e se projeta no mundo como uma economia dinâmica e moderna é um País construído a partir da agricultura e da PECUÁRIA. E continuará sendo, no futuro, sem estar por isso condenado ao atraso e à pobreza, como vaticinavam no passado. Mas para isso é necessário que o Brasil valorize o agricultor e o pecuarista, que foram os agentes dessas transformações, dando-lhes o realce merecido e poupando-os dos preconceitos que sobrevivem às evidências da realidade. (FONTE: Jornal O Estado de SP) A


SILVICULTURA

Pesquisadores importam inimigo natural para controle do percevejo bronzeado do Eucalipto

O

pesquisador da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna/SP) Luiz Alexandre Nogueira de Sá visitou as instalações do Laboratório de Quarentena do The New Zealand Institute for Plant & Food Research Limited, em Sandringham, Nova Zelândia de 4 a 19 de junho de 2010. Este intercâmbio com possibilidades de futuros projetos de pesquisa buscou também as possibilidades da utilização dos bioagentes de controle entre os países. Além disso, contatou pesquisadores do Plant & Food Research (de Auckland, NZ) e realizou videoconferência no tema pragas de eucalipto e o controle biológico de pragas no Brasil, no Instituto SCION Next Generation Biomaterials, de Rotorua (NZ). Em Rotorua, o pesquisador visitou também o Laboratório Oficial de Quarentena Vegetal e Animal. Em Christchurch (NZ) visitou o recém-inau-

gurado e mais moderno Laboratório de Quarentena de Invertebrados (New Invertebrate Containment Facility) da Nova Zelândia, composto por salas quarentenadas de criação de insetos. Nos arredores de New South Wales, em Sydney, na Austrália realizou viagem exploratória com o apoio da Queensland Government pelo Department of Primary Industries and Fisheries com pesquisadores especialistas na busca de inimigos naturais das pragas de eucalipto. Foi encontrado e coletado o parasitóide Cleruchoides noackae (Hymenoptera: Mymaridae) em subúrbios nos arredores de Sydney, para posterior utilização no controle biológico da praga exótica australiana, (o percevejo bronzeado) em hortos florestais de eucalipto no Brasil. Na equipe estava o professor Carlos Frederico Wilcken, da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - Unesp Campus de Botucatu

(SP), atual coordenador do Programa de Proteção Florestal do IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais de Piracicaba (SP). “Também percorremos cerca de 500 km pelo interior do país na direção oeste, pela região de Queensland em direção a Brisbane para coleta do parasitóide, que já emergiu dos ovos parasitados nas nossas condições de laboratório. Nossa importação está sendo um sucesso”, comemora Sá. “Durante a viagem, verificamos que não há criação em laboratório estabelecida na Austrália e as informações sobre biologia e técnicas de criação foram escassas ou inexistentes. Portanto, estamos começando os estudos do zero”, informa Wilcken. Além disso, diz o professor, nosso cronograma está sendo cumprido, com previsão de ter parasitóides para liberação em setembro desse ano.” (FONTE: EBRAPA Meio Ambiente) A

31

AGO 2010


O MERCADO DO CAFÉ

32 AGO 2010

INDICADORES DE DESEMPENHO DA CAFEICULTURA BRASILEIRA MÊS

2010

1. Produção (milhões/saca) (1) 1.1. Área em produção (milhões/hectare) 1.2. Produtividade (sacas/hectare) 2. Exportação (verde, solúvel e torrado) (2) 2.1. Quantidade (milhões/saca) 2.2. Valor (mlhões/US$) 2.3. Preço Médio (US$/saca) 3. Consumo Interno (T, M e solúvel) 3.1 Consumo per capita (kg/hab.ano) 4. Estoques do Funcafé (milhões/sacas) 5. Orçamento aprovado Funcafé (milhões R$) 5.1. Financiamentos 5.2. Publicidade e Promoção do Cafés do Brasil 5.3. Pesquisa Cafeeira 6. Participação das exportações brasileiras em relação às exportações mundiais (em sc) (%) (4) 7. Participação do café nas exportações do agronegócio (em US$) (%) (5

2009

2007

2008

2005

2006

2004

2003

2002

2001

39,5 2,1 18,9

46,0 2,2 21,2

36,1 2,2 21,2

42,5 2,2 19,8

32,9 2,2 14,9

39,3 2,2 17,8

28,8 2,2 13,1

48,5 2,3 21,0

31,3 2,2 14,4

10,0 30,5 1,6 4,3 156,27 140,38 19,3 18,4 5,9 5,8 0,5 0,5 2.846 2.844 2.673 2.673 15,0 15,0 15,0 15,3

29,7 4,8 160,20 17,7 5,6 0,5 2.561 2.441 13,0 12,0

29,7 4,8 160,20 17,7 5,6 0,7 2.147 2.026 13,0 12,0

28,0 3,4 137,03 17,1 5,5 1,9 1.680 1.579 5,6 7,5

26,4 2,9 110,80 15,5 5,1 3,2 1.282 1.249 8,4 12,0

26,7 2,0 76,30 14,9 5,0 4,3 1.226 1.201 5,0 8,0

25,7 1,5 59,59 13,7 4,7 5,1 550 524 3,5 8,0

28,4 1,4 48,17 14,0 4,8 5,4 824 693 1,6 5,1

23,3 1,4 59,88 13,6 4,9 5,6 898 855 8,0 16,0

47,0 2,1 22,1

31,9

32,2

30,4

30,4

30,3

30,2

29,3

29,9

32,0

25,8

7,5

6,6

6,6

6,6

6,8

6,6

5,2

5,0

5,5

5,9

FONTE: DCAF, CONAB, ABIC, MDIC/SECEX, OIC, CEPEA/Esalq/BM&F. // (1) - 2010, com base no 2º Levantamento de Safra da CONAB (maio/10); // (2) - 2010, de janeiro a abril; // (3) - 2010, estimativa; // (4) 2010 - de janeiro a março.

Média Mensal dos Preços Recebidos pelos Produtores 1 ARÁBICA

MÊS

Tipo 6 BC-Duro (Base Cepea-Esalq)

ARÁBICA

ARÁBICA

Tipo C Int. 500 (Base Varginha-MG)

Tipo C Int. 500 (Base Vitória-ES)

CONILLON

Tipo 6-Pen.13 (Base Cepea-Esalq)

Evolução do Consumo Interno

CONILLON

Tipo 7 BC (Base Vitória-ES)

2009

2010

2009

2010

2009

2010

2009

2010

2009

2010

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

268,41 269,34 262,48 260,10 268,02 256,64 247,50 255,34 254,29 262,20 272,55 281,57

280,75 278,68 279,70 282,18 289,46 305,13 302,36

230,00 233,33 233,41 230,85 235,05 228,10 225,35 230,24 221,90 226,67 229,75 232,25

233,75 227,78 221,52 225,50 238,00 255,00 235,00

184,25 193,33 196,77 198,30 204,75 196,43 191,04 194,52 190,95 182,62 180,00 185,75

189,50 191,39 186,52 190,00 200,00 230,00 220,00

227,66 224,07 212,57 200,20 197,13 188,45 180,09 186,13 188,89 180,77 161,61 176,41

173,51 168,47 173,67 158,23 160,51 167,57 171,50

205,50 212,22 208,46 203,55 201,45 191,43 184,57 188,10 184,76 181,43 180,50 187,00

185,00 172,78 166,52 174,00 190,00 200,00 195,00

TOTAL

263,20

280,33

229,74

227,14

191,56

189,35

193,67

168,47

194,08

174,58

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq/BM&F e Boletim do Café - Centro do Comércio de Café do Rio de Janeiro

-

1

- Em R$/saca de 60kg, posto, com Funrural e sem ICMS

PRODUÇÃO MUNDIAL PAÍS Brasil Vietnã Colômbia Indonésia Etiópia Índia México Guatemala Peru Honduras C. Marfim Nicarágua El Salvador Outros TOTAL

2009 Prod

(%)

2008 Prod

(%)

2007 Prod

39.470 32,37 45,992 35,91 36.070 18.000 14,76 18.500 14,44 16.467 9.000 7,38 8.664 6,76 12.504 10.700 8,77 9.350 7,30 7.777 4.500 3,69 4.350 3,40 4.906 4.827 3,96 4.371 3,41 4.460 4.200 3,44 4.651 3,63 4.150 3.500 2,87 3.785 2,95 4.100 3.750 3,08 3.872 3,02 3.063 3.870 3,17 3.450 2,69 3.842 1.850 1,52 2.353 1,84 2.598 1.418 1,16 1.615 1,26 1.700 1.115 0,91 1.547 1,21 1.621 15.751 12,92 15.588 12,17 16.138 94.758 97.666 96.573

FONTE: MAPA / SPAE / CONAB e OIC.

(%) 30,21 13,79 10,47 6,51 4,11 3,74 3,48 3,43 2,57 3,22 2,18 1,42 1,36 13,52

A N O

CONSUMO (milhões sc)

CONSUMO (kg/hab.ano)

torrado e inclusive solúvel moído

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

10,6 11,0 12,2 12,6 13,0 13,3 12,9 14,1 14,6 15,4 16,1 16,7 17,4

11,0 11,5 12,2 12,7 13,2 13,6 14,0 13,7 14,9 15,5 16,3 17,1 17,7 18,4

kg café verde

kg café torrado

4,16 4,30 4,51 4,67 4,76 4,88 4,83 4,65 5,01 5,14 5,34 5,53 5,64 5,81

3,33 3,44 3,61 3,73 3,81 3,91 3,86 3,72 4,01 4,11 4,27 4,42 4,51 4,65

FONTE: ABIC. Período = novembro a outubro, sacas de 60kg

EXPORTAÇÃO MUNDIAL 2006 Prod

(%)

42.512 32,92 19.340 14,98 12.541 9,71 7.483 5,79 4.636 3,59 5.158 3,99 4.200 3,25 3.950 3,06 4.319 3,34 3.461 2,68 2.847 2,20 1.300 1,01 1.371 1,06 16.020 12,41 92.279

PAÍS

2009 Prod

(%)

2008 Prod

(%)

30.481 32,17 29.728 30,44 Brasil 17.090 18,04 16.101 16,49 Vietnã 7.894 8,33 11.085 11,35 Colômbia 6.519 6,88 5.741 5,88 Indonésia 1.851 1,95 2.852 2,92 Etiópia 3.108 3,28 3.378 3,46 Índia 2.838 2,99 2.448 2,51 México Guatemala 3.508 3,70 3.778 3,87 3.074 3,24 3.733 3,82 Peru 3.084 3,25 3.259 3,34 Honduras 1.884 1,99 1.585 1,62 C. Marfim 1.371 1,45 1.625 1,66 Nicarágua El Salvador 1.307 1,38 1.438 1,47 10.749 11,34 10.915 11,18 Outros TOTAL

121.951

FONTE: MIDC / SECEX e OIC.

128.088

2007 Prod 28.398 17.936 11.557 2.945 3.073 2.718 1.950 3.800 2.843 3.382 1.833 1.510 1.396 13.232 119.396

2006

(%)

Prod

(%)

29,41 18,57

27.978 13.904 10.936 4.117 2.803 3.742 2.200 3.650 4.099 3.231 2.531 1.110 1.149 10.829

30,32 15,07

11,97 3,05 3,18 2,81 2,02 3,93 2,94 3,50 1,90 1,56 1,45 13,70

129.138

11,85 4,46 3,04 4,06 2,38 3,96 4,44 3,50 2,74 1,20 1,25 11,74


O MERCADO DO LEITE

33

AGO 2010

PREÇOS PAGOS PELOS LATICÍNIOS (brutos) e RECEBIDO PELOS PRODUTORES (líquidos) 1 UF SP

MG GO RS SC PR BA

REGIÃO Franca São José Rio Preto MacroMetropolitana SP Vale do Paraíba Triângulo Mineiro / Alto Paranaíba Sul / Sudoeste de Minas Vale do Rio Doce Centro Goiano Sul Goiano Noroeste Metropolitana Porto Alegre Oeste Catarinense Vale do Itajaí Centro Oriental Paranaense Oeste Paranaense Norte Central Paranaense Centro Sul Baiano Sul Baiano

JUL/2010 prod. latic.2

JUN/2010 prod. latic.2

MAI/2010 prod. latic.2

ABR/2010 prod. latic.2

MAR/2010 prod. latic.2

0,6850 0,6338 0,7286 0,7640 0,7623 0,6810 0,6870 0,7218 0,6476 0,5742 0,6651 0,6965 0,6300 0,7541 0,6647 0,6884 0,6403 0,7077

0,7340 0,6856 0,8123 0,7764 0,8328 0,7662 0,7573 0,7572 0,7144 0,6401 0,7449 0,7500 0,6400 0,7976 0,6895 0,7352 0,6253 0,7387

0,6550 0,6757 0,8100 0,7642 0,8444 0,7553 0,7347 0,7916 0,7766 0,6884 0,7437 0,7695 0,6500 0,7968 0,7129 0,7958 0,6041 0,7492

0,5190 0,6710 0,7800 0,7425 0,7704 0,7331 0,7108 0,7274 0,7125 0,6840 0,7344 0,7187 0,6350 0,7632 0,6676 0,7172 0,5679 0,7034

0,5230 0,5690 0,6655 0,7193 0,6459 0,7089 0,6435 0,6640 0,6329 0,6139 0,6726 0,6532 0,5862 0,6862 0,5981 0,6641 0,5600 0,6253

0,6849 0,7558 0,8141 0,8226 0,7097 0,7164 0,7917 0,6741 0,6181 0,7088 0,7493 0,6519 0,7901 0,7111 0,7475 0,6575 0,7626

0,7341 0,8502 0,8217 0,8875 0,7913 0,8035 0,8134 0,7415 0,6747 0,7869 0,8062 0,6700 0,8244 0,7357 0,7897 0,6400 0,7969

0,7335 0,8600 0,8144 0,8851 0,7897 0,7753 0,8469 0,8060 0,7315 0,8012 0,8279 0,6800 0,8335 0,7563 0,8467 0,6184 0,8109

0,7133 0,8300 0,7927 0,8312 0,7785 0,7590 0,7854 0,7562 0,7209 0,7901 0,7766 0,6500 0,8004 0,7032 0,7765 0,5814 0,7624

0,5822 0,7100 0,7694 0,6884 0,7612 0,6870 0,7139 0,6637 0,6314 0,7222 0,7125 0,6000 0,7120 0,6298 0,7209 0,5732 0,6400

FONTE: CEPEA-Esalq/USP. - 1 - Preços pagos no mês, referentes ao leite entregue no mês anterior. - 2 - Preço Bruto Médio Incluso frete e CESSR (ex-Funrural)

LITROS DE LEITE NECESSÁRIOS PARA COMPRAR INSUMOS E SERVIÇOS NA PECUÁRIA DE LEITE 1 Jun/10 Mai/10 Abr/10 Mar/10 Fev/10 Jan/10 Dez/09 Nov/09 Out/09 Set/09

INSUMO / SERVIÇOS Vaca em Lactação (+ 12 litros) Diarista Ração para Vaca em Lactação (sc 50kg) Farelo de Algodão (sc 50kg) Sal Comum (sc 25kg) Neguvon Tintura de Iodo a 10% (litro) Remédio para Mastite (Mastilac) Vacina Aftosa (dose) Uréia Pecuária Sulfato de Amônia (sc 50kg) Detergente alcalino (limpeza ordenha) Óleo Diesel (litro)

R$ 0,812a R$ 0,813 R$ 0,780 R$ 0,700 R$ 0,643 R$ 0,609 R$ 0,620

R$ 0,690 R$ 0,710 R$ 0,740

2.795,6 35,5 49,2 44,7 14,7 55,4 31,5 7,8 1,6 45,9 43,6 31,6 2,4

2.917,0 2.752,0 36,0 36,0 60,0 59,0 58,0 56,0 17,0 16,0 70,0 63,0 43,0 42,0 6,7 6,6 1,9 1,8 49,0 47,0 47,0 48,0 43,0 49,0 2,8 2,7

2.937,0 2.950,0 3.044,0 2.960,0 3.197,0 3.224,0 35,0 35,0 39,0 44,0 43,0 43,0 49,0 51,0 61,0 68,0 67,0 64,0 46,0 49,0 54,0 62,0 67,0 65,0 15,0 15,0 17,0 18,0 19,0 19,0 55,0 58,0 67,0 74,0 71,0 77,0 32,0 33,0 37,0 41,0 45,0 43,0 8,1 8,2 9,4 10,2 9,3 7,2 1,6 1,6 1,8 1,9 2,0 2,0 45,0 48,0 54,0 60,0 61,0 58,0 44,0 49,0 54,0 56,0 54,0 55,0 32,0 35,0 41,0 44,0 42,0 47,0 2,4 2,5 2,8 3,0 3,2 3,1

FONTE: EMBRAPA / CNPGL - Alziro Vasconcelos Carneiro e Jacqueline Dias Alves. - a - Preço médio do leite tipo C, pago ao produtor.

LEITE C 1 M Ê S

J F M A M J J A S O N D

ESTADO DE SP - REGIÃO DE FRANCA (SP)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 0,491 0,472 0,510 0,520 0,538 0,534 0,516 0,438 0,448 0,448 0,401 0,310

0,373 0,387 0,440 0,476 0,473 0,505 0,508 0,476 0,508 0,500 0,537

0,535 0,535 0,560 0,535 0,589 0,580 0,650 0,780 0,775 0,775 0,655 0,640

FONTE: FAESP / AEX Consultoria -

1

0,635 0,615 0,585 0,670 0,760 0,739 0,733 0,703 0,696 0,606 0,577 0,588

- Em R$/litro.

0,599 0,550 0,553 0,562 0,600 0,641 0,683 0,689 0,672 0,635 0,602 0,532

0,524 0,523 0,519 0,655 0,734 0,685 0,700

2.834,0 34,0 58,0 55,0 14,0 55,0 38,0 6,3 1,7 48,0 49,0 51,0 2,6


CANA-DE-AÇÚCAR

34 AGO 2010

MENSAL 2008 2009

MÊS

2007

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

0,3152 0,3028 0,3089 0,3217 0,2632 0,2299 0,2243 0,2268 0,2261 0,2174 0,2370 0,2418

FONTE: UDOP -

1

- Em R$/kg ATR //

2

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2008

- 109,19 kg ATR //

2009

2010

2008 vist1

pes2

74,61 74,85 76,19 77,24 80,52 91,53 92,79 92,05 88,82 90,79 88,39 82,20

84,01 81,54 77,54 80,03 79,47 80,85 81,39 77,92 77,25 77,18 74,35 76,64

J F M A M J J A S O N D

493,19 504,14 517,13 551,69 623,64 712,18 751,18 740,16 726,05 716,86 702,55 659,71

186,40 186,20 187,01 187,22 187,11 187,44 187,03 185,83 185,61 185,55 185,28 186,17

85,35 82,54 78,51 80,93 80,32 81,68 82,28 78,98 78,58 78,61 75,71 75,66 1

75,70 77,03 79,03 82,33 80,81 82,16 83,73

76,97 78,12 79,88 83,34 81,68 83,01 84,56

- Em R$/arroba (15kg)

183,62 137,77 142,15 135,18 128,71 126,00 126,98 120,90 120,84 122,18 116,26 112,22

140,98 142,39 146,94 139,81 133,05 130,14 131,50 125,09 124,87 126,46 120,51 116,14

116,56 115,17 111,87 111,39 124,70 119,79 117,10 116,21 115,22 116,94 124,43 132,71

FONTE: FAESP / AEX Consultoria -

1

119,75 118,12 114,73 114,24 127,88 122,86 120,10 119,22 118,22 119,99 127,67 136,16

2010 141,27 141,72 148,62 160,56 155,96 156,80 164,49

144,95 145,42 152,50 164,74 160,04 160,91 168,75

15,46 13,46 15,50 12,39 13,68 9,66 8,79 8,38 7,88 8,27 7,97 9,72 10,93 10,95 10,16 9,71 9,78 9,33 9,89 9,57 11,77 8,63 12,61 7,27

636,23 627,96 634,15 651,69 633,71 648,49 638,08 615,85 607,08 596,24 592,23 593,97

186,21 186,22 186,82 188,46 188,39 191,75 191,75 187,65 194,29 186,79 187,09 185,99

MÊS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2006

2007

2010

32,88 33,49 33,93 36,32 35,18 34,49 34,99 35,53 36,54 37,83 38,85 39,85

41,22 42,47 42,59 47,42 45,08 43,03 42,41

BEZERRO / São Paulo 1

6,80 5,92 4,95 4,50 4,05 3,68 3,65 5,04 5,66 5,86 6,41 6,95

601,17 608,98 649,59 705,26 722,07 722,78 679,96

182,58 190,86 190,77 190,61 191,01 195,16 193,76

17,55 16,52 14,62 14,44 15,25 16,47 16,69 16,86 17,94 21,09 22,93 24,96

25,02 22,02 20,20 19,20 18,93 19,58 18,97 22,13 26,95 27,36 31,72 33,80

7,70 9,77 10,17 8,24 13,00 14,70 14,88

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq // 1 - Valores médios em R$/cx de 40,8kg, a prazo, entregue no portão, sem contrato.

2006

2007

2008

2009

2010

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

341,01 341,89 341,69 347,65 364,42 370,14 361,67 365,51 369,08 374,37 370,13 366,08

366,38 377,36 394,33 408,47 419,30 427,29 434,89 452,92 462,15 466,46 473,66 480,86

492,82 503,88 518,07 553,43 624,51 713,33 752,17 740,02 724,67 717,00 703,33 660,14

636,50 629,36 635,79 657,06 661,06 656,90 641,71 618,36 604,06 597,02 585,92 592,25

599,80 614,68 647,90 699,60 718,62 721,53 684,39

FONTE: CEPEA - 1 Em R$/cabeça, descontado prazo de pagamento pela NPR

SOJA 1

30,93 27,79 27,19 26,62 27,43 26,88 27,76 24,56 23,78 22,32 20,51 20,75 1

2009 23,67 22,26 20,62 21,29 22,25 22,24 20,55 19,42 19,13 20,60 20,41 20,02

2010 19,66 18,35 18,47 18,16 18,67 19,43 18,74

- Em R$/saca de 60kg

LARANJA PERA

1

MÊS

1

2008

FONTE: Indicador Esalq/BM&F Bovespa -

- Em R$/litro.

MÊS 2005 2006 2007 2008 2009 2010 12,13 9,90 8,66 7,58 7,21 8,10 10,06 10,76 11,04 11,52 12,51 14,26

2010 vist1 pes2

MILHO

LARANJA POSTA INDÚSTRIA

7,08 6,83 6,01 5,85 6,10 7,14 8,71 8,44 7,94 7,86 9,70

2009 vist1 pes2

FONTE: CEPEA/Esalq. Para M. Grosso Sul - 1 - Em R$/cab - 2 - Em R$/kg

1

2009

2008

29,55 29,66 29,87 30,95 30,75 30,08 30,13 30,19 30,61 31,30 31,88 32,36

42,77 42,34 42,03 39,24 35,36 32,77 31,33 30,57 30,06 29,52 29,47 29,55

36,91 38,02 38,13 42,45 40,36 38,52 37,96

BEZERRO / Mato Grosso Sul 1 M Ê S

75,41 75,60 77,02 78,11 81,52 92,61 93,89 93,00 89,94 92,15 89,57 83,41

2007

2010

29,44 29,98 30,38 32,52 31,49 30,88 31,33 31,81 32,71 33,87 34,78 35,67

26,46 26,55 26,74 27,71 27,53 26,93 26,97 27,02 27,41 28,02 28,54 28,97

ESTEIRA 3 2008 2009

- 121,97 kg ATR

1

vist1 praz2 vist1 praz2 vist1 praz2

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

38,29 37,90 37,63 35,13 31,65 29,34 28,05 27,36 26,91 26,42 26,38 26,46

vist praz vist praz

ALGODÃO

J F M A M J J A S O N D

3

2007

vist praz

FONTE: Indicador Esalq/BM&F Bovespa -

M Ê S

2010 0,4391 0,4726 0,4307 0,3888 0,3486 0,3253 0,3374

0,3238 0,3394 0,3211 0,2978 0,2802 0,2749 0,2993 0,3084 0,3375 0,3676 0,3744 0,3886

0,2402 0,2529 0,2628 0,2538 0,2506 0,2385 0,2493 0,2498 0,2685 0,2920 0,3015 0,3116

BOI GORDO / SP MÊS

CAMPO 2 2008 2009

1

MÊS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2006

2007

29,25 27,53 25,70 24,91 26,46 27,59 27,73 27,30 28,11 30,54 33,06 31,93

32,00 32,58 31,80 30,01 30,08 30,71 31,34 34,56 38,67 39,91 42,07 43,98

2008

2009

46,23 47,71 45,83 44,33 44,70 49,99 50,58 44,70 46,08 44,63 45,13 44,61

FONTE: Indicador Esalq/BM&F Bovespa -

1

49,21 47,56 45,35 47,95 50,39 49,89 47,83 48,20 46,07 44,67 46,07 42,87

2010 39,80 35,73 34,14 34,49 35,59 36,09 38,58

- Em R$/saca de 60kg

LIMA TAHITI 1

1

MÊS 2005 2006 2007 2008 2009 2010

MÊS 2005 2006 2007 2008 2009 2010

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

9,13 9,78 12,64 11,66 9,36 8,79 8,97 9,13 9,73 11,04 12,51 13,85

15,68 19,53 19,08 13,72 10,68 9,38 10,12 11,47 12,51 12,60 12,76 13,48

15,08 17,10 19,02 16,60 13,82 11,28 10,98 11,06 10,48 11,48 13,45 14,10

15,38 10,00 10,89 16,95 9,82 17,22 17,03 11,13 19,17 14,65 10,46 16,50 12,04 9,13 14,49 11,39 7,66 15,13 11,38 6,48 14,90 11,01 6,47 10,64 7,04 10,83 7,58 10,24 8,48 9,70 8,94

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq // 1 - Valores médios em R$/cx de 40,8kg, mercado interno, na árvore.

4,76 2,71 2,37 2,15 3,81 8,36 17,64 21,95 16,86 11,87 9,98 6,41

3,09 2,18 2,28 2,82 5,52 6,50 11,38 28,87 35,76 44,60 26,58 5,78

2,92 2,34 3,87 10,70 16,49 18,85 17,97 14,82 19,03 20,99 14,92 10,16

4,74 5,15 7,84 5,24 4,77 5,97 9,61 20,10 38,95 51,78 46,64 16,26

6,19 5,03 4,94 4,22 4,79 4,89 6,62 26,52 31,47 22,28 21,53 9,83

7,02 8,82 9,53 11,12 14,25 18,96 21,49

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq // 1 - Valores médios em R$/cx de 27,0kg, mercado interno, colhido.


AGENDA DE EVENTOS Dias: 21 a 26/09. ASSOC. PROD. RURAIS BOM JARDIM. Local: Parque de Exposições Fernando Costa, Franca 3º WORKSHOP NUTRIÇÃO SUÍNOS Dia: 27/08. IZ-APTA. Local: Instituto de (SP). Tel: (16) 3724-7080. Email:- exZootecnia, Nova Odessa (SP). Tel: (19) poagro@franca.sp.gov.br. Site:-www. 3466-9413. Contato: www.iz.sp.gov.br franca.sp.gov.br.

AGOSTO

1º SEMINÁRIO DE MELIPONICULTURA DA REGIÃO DE FRANCA Dias: 24 a 26/09. ASSOC. PROD. RURAIS BOM JARDIM. Local: Parque de Exposições Fernando Costa, Franca (SP). Tel: (16) 3724-7080. Email:- ex8ª AGROCANA - Feira de Negócios e poagro@franca.sp.gov.br. Site:-www. Tecnologia da Agricultura da Cana- franca.sp.gov.br. de-Açúcar Dias: 30/08 a 03/09. CEISE-BR. Local: Simpósio sobre Tecnologias AvançaCentro de Exposições Zanini, Sertão- das no Cultivo do Cafeeiro zinho (SP). Tel: (16) 2132-8936. Conta- Dias: 22 a 24/09. FEALQ. Local: Anfiteto: www.fenasucroeagrocana.com.br. atro Dr. Urgel de Almeida Lima, Esalq/ USP, Piracicaba (SP). Tel: (19) 34176604. Email:- cdt@fealq.org.br. Site:SETEMBRO www.fealq.org.br 25ª EXPUÃ - Expos. Agrop. de Ipuã Dias: 02 a 05/09. PREFEITURA. Local: 13ª FIAFLORA EXPOGARDEN - Feira Parque de Exposições, Ipuã (SP). Tel: Internacional de Negócios de Paisa(16) 3832-0100. gismo, Jardinagem, Lazer e Floricultura. 23ª EXPOGALE Dias: 23 a 26/09. T&T Feiras e ExDias: 04 a 09/09. PREFEITURA. Lo- posições. Local: Parque de Exposições, cal: Parque de Exposições Buritis, Buri- Anhembi (SP). Tel: (11) 3845-0828. tizal (SP). Tel: (16) 3751-1145. Contato: Email:- info@thsfeiras.com.br. Site:www.expogale.com.br. www.fiaflora.com.br Curso Cogumelos Comestíveis Shiitake, Shimeji e Pleurotus Dia: 29/08. AAO. Local: Parque da Água Branca, São Paulo (SP). Tel: (11) 38752625. Contato: www.aao.org.br.

AGROREVENDA 2010 Dias: 13 a 14/09. GLOBAL PECUS. Local: Centro Municipal de Eventos, Limeira (SP). Tel: (11) 5683-2717. Contato: www.expoagrorevenda.com.br.

AGROTEC-FRUTICULTURA 2010 Feira de Projetos e Produtos Dias: 24 a 26/09. CATI, IAC, APTA. Local: Centro APTA de Engenharia e Automação, Jundiaí (SP). Tel: (11) 45828155. Email:- ppontes@iac.sp.gov.br

25ª EXPOGAL Dias: 14 a 22/09. PREFEITURA. Local: Parque de Exposições, Cajuru (SP). Tel: CONBAP - CONGRESSO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE PRECISÃO (16) 3667-3011. Dias: 27 a 29/09. SBEA. Local: Hotel JP, 18º SEMINÁRIO DO CAFÉ DO CER- Ribeirão Preto (SP). Tel: (16) 3203-3341. Site: www.sbea.org.br Email:- sbea@ RADO Dias: 20 a 24/09. ACARPA PATROCÍNIO. sbea.org.br Local: Espaço Cultural Joaquim Constantino Neto, Patrocínio (MG). Tel: (34) FRUIT & TECH - Feira Internacional de 3831-8080. Email:- gianny@acarpa. Frutas, Legumes, Derivados, Tecnologia e Logística. com.br. Site:-www.acarpa.com.br. Dias: 27 a 29/09. FRANCAL FEIRAS. 39ª EXPOINEL - Exposição Interna- Local: ExpoCenter Norte - Pav. Amarelo, São Paulo (SP). Tel: (11) 2226-3161. cional do Nelore Dias: 20/09 a 02/10. ACNB. Local: Site: www.fruitetech.com.br Email:Parque Exposições Fernando Costa, fruitetech@francal.com.br Uberaba (MG). Tel: (11) 3293-8900. Email:- ranking@nelore.org.br. Site:OUTUBRO www.nelore.org.br. 4º SIMPÓSIO BRASILEIRO DE CITRICULTURA 2ª EXPOVERDE - Feira de Flores, Dias: 14 e 15/09. FEALQ. Local: AnFrutas, Hortaliças, Plantas Nativas, fiteatro do Pavilhão da Engenharia, PiMedicinais, Ornamentais, Agricultura racicaba (SP). Tel: (19) 3417-6604. Site: Orgânica, Insumos, Máquinas e Imwww.fealq.org.br Email:- cdt@fealq. plementos da Região de Franca. org.br.

LIVROS AS MELHORES RECEITAS DE CARNE DE CORDEIRO AUTOR ASPACO EDITORA ASPACO CONTATO www.aspaco.org.br Tel. (14) 9101-6262

A ASPACO – Associação Paulista de Criadores de Ovinos, em comemoração aos 50 anos de fundação, irá editar um livro com as melhores receitas do Jornal “O Ovelheiro”, projeto que visa elevar o consumo de carne ovina e apresentar seus diferenciais (valores nutritivos); incrementar a divulgação do produto; motivar um maior comprometimento do produtor, etc. A iniciativa deriva da própria missão da ASPACO, que trabalha no sentido da promoção e do fomento da ovinocultura no Estado de São Paulo. O livro apresentará, além das melhores receitas de cordeiro do “O Ovelheiro”, informações sobre a carne de cordeiro e seus cortes, curiosidades.

DOENÇAS DO ALFACE AUTOR Carlos A. Lopes, Alice Maria QuezadoDuval e Ailton Reis EDITORA EMBRAPA) CONTATO www.embrapa.br O livro descreve e apresenta fotos dos sintomas das principais doenças da cultura e ainda traz informações sobre medidas de controle. Distúrbios causados pelo ambiente e cuidados pós-colheita também são abordados na publicação. A alface é a hortaliça folhosa mais consumida do Brasil. Estima-se que ela seja cultivada em 30 mil hectares, na maioria dos casos, em pequenas propriedades em áreas periurbanas ou nos cinturões verdes dos grandes centros. Agora, produtores e técnicos da extensão rural que trabalham com essa cultura têm uma nova fonte de informação e consulta para melhorar a qualidade da produção. De acordo com Ailton Reis, o livro é o primeiro manual técnico sobre doenças de alface editado no Brasil.

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