Revista de Agronegócios - Edição 33 Abril/2009

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Profissionalismo, a palavra de ordem na organização de eventos do agronegócio

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EXPOCAFÉ, em junho, em Três Pontas (MG), considerada a maior feira do agronegócio café do país, que dirá da América Latina. Parabéns ao Rafael Tomé, do José Antônio Ribeiro, do Ronaldo Bertazzo, da Helenice Miranda, da Lílian Faria e do Eduardo “Tramela”, equipe responsável pela realização da 7ª Roda de Negócios de Piumhi (MG), que acontece no final de maio. Parabéns à equipe da UNIATA-Franca e da Prefeitura de Franca pela organização da 2ª EXPOVERDE, que acontece somente em setembro, também em Franca (SP), mas já está sendo organizada. Parabéns à equipe da COONAI pela realização do 9º Leilão de Gado Leiteiro, em Patrocínio Paulista (SP), no próximo mês. Publicamos a continuação de matéria sobre a sustentabilidade do cultivo de florestas plantadas com eucalipto. Destaque, também, para o cultivo de Cedro Australiano. Na cafeicultura, ressaltamos a importância do reaproveitamento da água de lavação do café. Na atividade leiteira, destaque principal para a COONAI, que após a liquidação da NILZA, deu a volta por cima e se associou à Cooperativa Central dos Produtores Rurais, a Itambé - quarta maior captadora de leite do país, atrás apenas da Nestlé, da Elegê (Perdigão) e da Bom Gosto-Líder. IMAGENS Parabéns à excelente visão de mercado do Eduardo Lopes e do Marcelo Avelar, diretores da COONAI, bem como de todos os cooperados, que aprovaram a parceria. Boa leitura a todos.

Ninguém duvida mais que o mundo todo passa por dificuldades em sua economia. Países ricos, países emergentes, países em desenvolvimento, países pobres. Em todos eles o reflexo das dificuldades econômicas é real. Em alguns países mais, em outros menos. Além da falta de crédito, do aumento brutal de alguns insumos e da queda nas vendas internas e externas, observamos nos últimos meses vários municípios cancelando eventos já tradicionais em seus calendário, como festas-de-peões, rodeios e exposições. Por outro lado, contudo, observamos que muitos outros eventos continuam sendo realizados. E bem realizados. Outros estão sendo organizados pela primeira vez. E o cenário de dificuldades é o mesmo. Qual o motivo? Profissionalismo. Somente com o profissionalismo é que o agronegócio brasileiro superará qualquer dificuldade. Parabéns aos empresários , às entidades e aos municípios que estão organizando estes eventos. Parabéns à Associação dos Produtores Rurais do Bom Jardim e Prefeitura de Franca pela organização da 40ª EXPOAGRO, que acontece no final de maio e é considerada o maior evento agropecuário da Alta Mogiana. Parabéns à UFLA - Universidade Federal de Lavras (MG) pela realização da 12ª

A REGIÃO EM FATOS E

CAPA FOTO: Arquivo Pessoal - Heitor de Lima

E D I T O R I A L

Em foto de 1976, no lago do Parque de Exposições “Fernando Costa”, em Franca (SP), quando a EXPOAGRO foi realizada em setembro: Heitor de Lima (Prefeitura de Franca), Fuad Nautfel, Roberto Villela e Alfredo Bitar. ENVIEM-NOS FOTOS SOBRE O TEMA “AGRONEGÓCIOS”, DAS REGIÕES DA ALTA MOGIANA OU SUDOESTE MINEIRO, MANDE-NOS PARA PUBLICARMOS NESTA SEÇÃO.

A Revista Attalea Agronegócios, registrada no Registro de Marcas e Patentes do INPI, é uma publicação mensal da Editora Attalea Revista de Agronegócios Ltda., com distribuição gratuita a produtores rurais, empresários e profissionais do setor de agronegócios, atingindo 85 municípios das regiões da Alta Mogiana, Sul e Sudoeste de Minas Gerais. EDITORA ATTALEA REVISTA DE AGRONEGÓCIOS LTDA. CNPJ nº 07.816.669/0001-03 Inscr. Municipal 44.024-8 R. Profª Amália Pimentel, 2394, Tel. (16) 3403-4992 São José - Franca (SP) CEP: 14.403-440

EMAIL’S revistadeagronegocios@netsite.com.br revistadeagronegocios@hotmail.com revistadeagronegocios@bol.com.br

PORTAL PEABIRUS www.peabirus.com.br/redes/ form/comunidade?id=1470 DIRETOR E EDITOR Eng. Agrº Carlos Arantes Corrêa (16) 9126-4404 cacoarantes@netsite.com.br DIRETORA COMERCIAL e PUBLICIDADE Adriana Dias (16) 9967-2486 adrianadias@netsite.com.br CONTABILIDADE

Escritório Contábil Labor R. Campos Salles, nº 2385, Centro - Franca (SP) Tel (16) 3722-3400 CTP E IMPRESSÃO Cristal Gráfica e Editora R. Padre Anchieta, 1208, Centro Franca (SP) - Tel. (16) 3711-0200 www.graficacristal.com.br ASSESSORIA JURÍDICA Raquel Aparecida Marques OAB/SP 140.385 É PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTAL DE QUALQUER FORMA, INCLUINDO OS MEIOS ELETRÔNICOS, SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO EDITOR. Os artigos técnicos, as opiniões e os conceitos emitidos em matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, não traduzindo necessariamente a opinião da REVISTA ATTALEA AGRONEGÓCIOS.

Cartas / Assinaturas Foto da Capa:- Editora Attalea Touro Uno da Silvania (Expoagro 2008, expositor Fazenda Paraíso, Franca/SP).

Editora Attalea Revista de Agronegócios Rua Profª Amália Pimentel, 2394 São José - Franca (SP) CEP 14.403-440 revistadeagronegocios@netsite.com.br


Sami Máquinas Agrícolas na Agrishow 2009 Dia de Negócios

FOTO: Divulgação

Sempre atuante nos eventos importantes para o nosso agricultor e cumprindo sua missão de levar aos agricultores novidades e novas tecnologias em tratores, máquinas e implementos agrícolas, facilitando suas operações, a Sami Máquinas Agrícolas participa novamente da Agrishow, maior feira de agronegócios da América Latina, que está em sua 16ª edição este ano – 27 de Abril a 02 de Maio – na cidade de Ribeirão Preto (SP). Sami El Jurdi Jurdi, diretor da empresa, está otimista quanto ao fechamento de muitos negócios durante a feira e, em razão disto, está mobilizando toda a sua equipe de vendas para receber seus clientes e apresentar-lhes os últimos lançamentos do setor agrícola. Várias linhas de

crédito estarão disponibilizadas através de bancos credenciados para financiamentos, presentes na feira. Como em todos os anos, o Sami lembra que, ao fazer a sua compra indicando a Sami Máquinas Agrícolas como seu revendedor, o cliente receberá, na entrega da máquina, um lindo brinde, que este ano é uma tábua em vidro temperado transparente para várias utilidades.

A Sami Máquinas Agrícolas também estará presente no Dia de Negócios, promovido pela Bayer em parceria com a Dedeagro Comércio e Representação de Produtos Agrícolas Agrícolas, de Franca (SP). O evento será realizado no dia 23/04/2009, na Fazenda Água Limpa, município de Cristais Paulista (SP) e contará com estações de campo, demonstrações e uma palestra sobre o mercado cafeeiro. O encerramento será feito com um almoço de confraternização. Estaremos com um estande à sua espera. Entre em contato pelo telefone (16) 9123-1196.

M Á Q U I N A S

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O MF 275, lançado pela Massey Ferguson em 1975, é o trator mais comercializado na história da mecanização agrícola brasileira. Nos últimos 15 anos (janeiro de 1994 a dezembro de 2008), ele representou 40,7% das vendas no segmento de 75 cv. Os dados são da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Confirmando a liderança histórica, o modelo tracionado (4x4) foi o mais vendido no Brasil no primeiro bimestre de 2009, segundo as estatísticas da Anfavea. Foram comercializadas 894 unidades do MF 275/4, o que representa 17,37% de todos os tratores de rodas vendidos no período e 22,47% na faixa entre 50 a 99 cv. A tradição da Massey Ferguson – líder do mercado brasileiro de tratores há quase 50 anos – e a versatilidade do MF 275/4 explicam o sucesso do modelo mais vendido no Brasil. Com motor International de 75 cv, considerado o mais econômico nesta faixa de potência, ele atende não apenas as necessidades da agricultura familiar, como demonstra a grande procura através do Programa Mais Alimentos, mas também do médio e grande produtor rural.

Sua configuração garante robustez e durabilidade no campo. Com transmissão 12x4, tomada de força (TDP) de 540 rpm e controle remoto inde-pendente de alta vazão (42 l/min), o MF 275/4 trabalha com uma ampla gama de implementos. O sistema hidráulico de três pontos tem capacidade de levante de 2.100 quilos, com duas alavancas (controles de profundidade e posição) na lateral direita bem posicionadas para facilitar o serviço do operador.

A direção hidráulica – que oferece mais conforto na operação – é uma das facilidades buscadas pelos agricultores familiares que estão conquistando seu primeiro trator através do Programa Mais Alimentos. Outras vantagens do MF 275/4, que há quase 50 anos caracterizam as máquinas produzidas pela Massey Ferguson no Brasil, são o baixo custo de manutenção, disponibilidade de peças e alto valor de revenda.

Na região de Franca, o modelo mais vendido é o MF 265

Dia de Campo em Café

A Oimasa - Orlândia ImpleAgrícolas, mentos e Máquinas Agrícolas concessionária Massey Ferguson sediada na cidade de Orlândia (SP), possui filiais nas cidades de Franca (SP), Ituverava (SP), Bata-tais (SP) Nuporanga (SP), Bom Jesus (GO) e Itumbiara (GO). De acordo com Alexandre Hermógenes, gerente de vendas da filial Franca, o trator Massey Ferguson mais vendido na região é o MF-265 cafeeiro. “Trata-se de um trator com motor de 4 cilindros de 65 cv de potência, equipado na versão 4x4 (traçado) ou 4x2 (sem tração). Apresenta uma largura total externa (por fora dos pneus) de 1,30m, tomada de força

A Casa do Agricultor Agricultor, revenda de produtos agrícolas situada na cidade de Franca (SP), comunica que no próximo dia 28 de abril, acontecerá um dia de campo Bayer Cropscience “Muito Mais Café” Café”. As empresas convidam a todos os interessados em conhecer os resultados de tratamentos de produtos na cultura do café. O evento será realizado na Fazenda Marquesa, de propriedade do Sr. Carlos Mantovani (Rodovia Felipe Calixto, sentido Ribeirão Corrente/SP, via Motel Gaivotas, km 2). Maiores informações: (16) 37244001.

FOTO: Editora Attalea

M Á Q U I N A S

FOTO: Editora Attalea

MF 275 é o trator mais vendido no mercado brasileiro, com 40,7% no segmento de 75 cv nos últimos 15 anos

hidráulica independente, câmbio de 8 e 12 velocidades e mais redutor”, explica Alexandre. Segundo ele, o MF265 é o trator na medida exata para tracionar implementos pesados, como colhedeira de café, trincha, recolhedora e ensiladeira.


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FOTO: Editora Attalea

Karina Neoob de Carvalho Castro 1 O leite de vaca é considerado um dos alimentos mais completos. Em sua composição encontramos proteínas, gordura, lactose, cálcio e fósforo, entre outros, que compõem os sólidos totais (ST=13%, água=87%). Na ocorrência de mastite bovina (inflamação da glândula mamária), observamos alteração nesta composição, com redução dos sólidos totais, tornando o leite mais fluido e comprometendo a qualidade da matéria-prima. Para a indústria, a diminuição dos sólidos totais gera redução no rendimento da fabricação de queijo, podendo prejudicar também a produção da manteiga e do leite em pó. Um outro fato que compromete o beneficiamento na indústria é a presença de antibióticos no leite. Isso ocorre quando o produtor trata a vaca e entrega o leite sem respeitar o período de carência, o que possibilita a inibição da flora bacteriana utilizada no fabrico de produtos como o iogurte, leites fermentados, manteiga e queijos. Algumas usinas de leite podem detectar a presença de contaminantes, pagar menos ou até recusar esse leite. O leite que contém resíduos de antibióticos é considerado adulterado, sendo impróprio para o consumo por representar risco para a saúde pública. O consumidor, ao ingerir leite com estes resíduos pode desenvolver reações alérgicas ou mesmo resistência bacteriana. A pasteurização do leite não destrói os resíduos de antibióticos, sendo importante que o produtor descarte o leite durante o período de carência. Em 2003, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) implantou no Brasil o programa de análise de resíduos de medicamentos veteFOTO: Editora Attalea

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Vantagens da ordenha com higiene

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- Pesquisadora da Embrapa da Agropecuária Oeste (Dourados, MS) Email: karina@ cpao.embrapa.br

A estrutura reservada para a ordenha na propriedade - independente de ser grande ou pequena produção leiteira - além da praticidade deve ser limpa frequentemente, propiciando um ambiente adequado para a produção de leite.

rinários em alimentos de origem ani-mal (PAMvet), visando o controle destes resíduos nos alimentos. O leite é um dos principais alimentos pesquisados, devido à sua grande importância na alimentação da população brasileira. A ação da Anvisa vem ampliandose a cada dia, sendo imperativa a observação dos prazos de carência no uso de antibióticos ou melhor, a prevenção das mastites para minimização da utilização destes medicamentos. A mastite bovina determina importantes perdas econômicas, principalmente devido à redução da produção leiteira, bem como pelos custos com assistência veterinária e medicamentos, maior necessidade de mão-de-obra

durante o manejo e substituição dos animais cronicamente infectados. A porta de entrada para os microorganismos causadores da mastite geralmente é o canal da teta, portanto, devemos fortalecer as barreiras que dificultam a penetração destes microorganismos. Para o sucesso desta medida, é imprescindível a participação e o empenho do ordenhador, que muitas vezes precisa receber treinamento para cumprir seu papel de forma eficiente. A seguir listamos características interessantes que o ordenhador deve possuir: 1 - Conhecer o seu valor e buscar aprimorar-se, pois trabalha na produção de alimento nobre. 2 - Cultivar bons hábitos de higiene pessoal, mantendo unhas sempre aparadas, usando roupas limpas, gorros ou bonés e lavando sempre as mãos antes de tocar nas tetas, pois muitos microorganismos podem ser transmitidos do homem para as vacas. 3 - Não fumar, ao menos durante a ordenha. 4 - Mantér o material da ordenha sempre limpo. Peneiras, baldes e latões devem ser lavados após cada ordenha com água e detergente, sendo bem enxaguados e emborcados em local seco e limpo.


FOTOS: Editora Attalea

7 - Conduz a ordenha de forma tranquila e organizada, mantendo registro individual e atualizado das vacas, para acompanhamento da produção e saúde das mesmas.

A maior atenção ao momento da ordenha sempre indicará que um dos principais fatores relacionados à ocorrência de mastite bovina é a falta de higiene. Medidas simples adotadas como rotina, como a retirada dos primeiros jatos de leite na caneca de fundo escuro, a lavagem, desinfecção e secagem dos tetos com papel toalha antes da orOs equipamentos utilizados na ordenha denha, bem como, a desinfecção A higiene deve ser seguida à risca, seja na devem ser limpos diariamente. ordenha manual ou ordenha mecânica. dos tetos pós-ordenha com iodo 5 - Limpar o local de ordenha ao glicerinado, podem gerar ótimos a ordenha, evita que estes animais fim da mesma, diariamente, mini- resultados na prevenção da mastite. deitem-se, quando os canais das tetas Cuidados tomados ao fim da ainda encontram-se abertos e mais mizando a possibilidade de contaordenha são igualmente importantes, sujeitos à entrada de microorganismos. minação dos animais. pois a limpeza dos utensílios - todos os Quanto maior a adoção destas 6 - Ausentar-se da função de or- utilizados na atividade - bem como da medidas, maior será o controle da denha quando enfermo, pois algumas sala de ordenha, reduzem a conta- mastite e, consequentemente, melhores bactérias da mastite podem ser origina- minação dos animais. os resultados de produção do seu Assim também, o fornecimento de rebanho. das de infecções respiratórias do alimento às vacas, imediatamente após homem.

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Coonai associa-se à Itambé

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Em assembléia geral, a Cooperativa Central dos Produtores Rurais, mais conhecida como Itambé, aprovou a entrada da COONAI como uma de suas associadas. A notícia foi dada na Assembléia Geral da COONAI e aclamada por unanimidade entre os presentes. Esta parceria abre muitas possibilidades para a Coonai já que a Itambé tem grande interesse em investir no interior do Estado de São Paulo. “O primeiro passo foi dado, que era a nossa entrada como cooperativa associada. Agora, a Itambé, em associação com a COONAI tem vários projetos industriais e comerciais para o interior de São Paulo que vão fortalecer a pecuária leiteira e o cooperativismo na nossa região”, afirma Marcelo Avelar, vicepresidente da COONAI. Fundada há 60 anos, a Itambé é a maior indústria do ramo com capital nacional. A organização conta com 27 cooperativas associadas, oito mil fornecedores e capta aproximadamente 100 milhões de litros de leite por mês. A gigantesca cooperativa com sede em Belo Horizonte (MG) dispõe de seis unidades para a fabricação de produtos lácteos, FOTO: Editora Attalea

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sendo que a fábrica de Sete Lagoas (MG) é considerada a maior do país em recepção de leite e a de Uberlândia (MG) a mais moderna. Há duas outras fábricas no estado. Desde que foi criada em 1948, a Itambé não pára de crescer. A história da empresa acelerou a evolução da pecuária do leite em Minas. A organização

iniciou suas atividades numa espécie de iniciativa pioneira de privatização no País. Um grupo de cooperativas de produtores rurais arrendou naquele ano a União Central de Leite, até então subordinada à Secretaria de Agricultura. Segundo seu presidente, Jacques Gontijo, a empresa se viabiliza à medida que cresce sua participação nas gôndolas dos supermercados. “A empresa que fica do mesmo tamanho tende a se esvaziar”, explica. O portfólio de produtos conta com 120 itens aproximadamente, envolvendo as linhas de leite pasteurizado, leite em pó, leite UHT, leite condensado, leite com sabor, leite evaporado, creme de leite, doce de leite, manteiga, requeijão e iogurtes.

9º Leilão de Gado Leiteiro acontece em maio em Patrocínio Paulista A COONAI - Cooperativa Nacional AgroIndustrial já está efetuando o cadastro dos cooperados interessados em comercializar seus animais no seu 9º Leilão de Gado Leiteiro que será realizado no dia 16 de maio, sábado, no Centro de Eventos da cooperativa em Patrocínio Paulista (SP). A seleção do gado será feita por técnicos da COONAI, seguindo os padrões de qualidade de cada raça e com garantia de sanidade de todos os animais. Além de gado puro, holandês, os participantes poderão inscrever gado cruzado, girolando, entre outros com aptidão leiteira. Serão vacas e novilhas recémparidas ou com 60 dias pré-parto. Os interessados em vender seus animais deverão entrar em contato pelos telefones: (16) 3133-1421 e (16) 3133-1297, em Cristais Paulista (SP) ou procurar a unidade da COONAI

mais próxima até 30 de abril de 2009, para a vistoria dos animais. O evento terá como prioridade a compra e venda de gado, mas parceiros da indústria veterinária, de alimentação animal , de maquinário e instituições de crédito agrícola também estarão presentes para oferecer boas oportunidades de negócios aos cooperados. “ Será um dia de confraternização e bons negócios, mesmo quem não está precisando comprar ou vender, deve comparecer porque vai aproveitar muito”, garante Rogério Gerbasi, técnico responsável pela organização do leilão. Os lotes serão comercializados em seis parcelas. Os cadastros dos compradores poderão ser feitos na hora ou então previamente na cooperativa. Outras informações pelo telefone (16) 3664-9700 ou email coonai @coonai.coop.br.


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A água utilizada para lavar o café colhido nas propriedades mineiras pode ser reaproveitada e ainda servir para a irrigação do próprio cafezal e de outras culturas. O líquido resultante da lavagem contém diversos elementos importantes para o desenvolvimento das plantas, e sua utilização substitui em parte a compra de adubo importado. Os produtores poderão ter acesso a esses benefícios por meio de um sistema que está sendo desenvolvido pela EPAMIG - Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – vinculada à Secretaria da Agricultura do Estado – em parceria com a EMBRAPA. A lavagem e separação do café, realizada logo após a colheita, tem por objetivo eliminar impurezas do produto e separar os frutos com diferentes teores de umidade. O processo possibilita a formação de lotes homogêneos do fruto e também reduz o prazo de secagem com economia no consumo de lenha e energia elétrica e tempo de uso de terreiros. De acordo com o Sammy Fernandes Soares, coordenador do Projeto de Aproveitamento da Água Residual do Café Café, no Núcleo de Pesquisa da EPAMIG na Zona da Mata,

FOTO: Editora Attalea

Pesquisa recomenda o reaproveitamento da água de lavação do café

em Viçosa, o projeto para a reutilização do líquido pode ser montado com materiais encontrados na propriedade. “Os gastos são pequenos, acessíveis aos agricultores familiares interessados em implantar o sistema em suas propriedades”, ele explica. São necessárias caixas de decantação e retenção, associadas a uma caixa de remanejamento, na qual se acopla uma bomba. A água com resíduos dos frutos de café, usada anteriormente na unidade de processamento, é purificada e depois bombeada para a caixa de abastecimento da unidade de processamento, na qual é reutilizada. “Além de barata, a instalação do sistema é fácil”, enfatiza o coordenador. Podem ser utilizados diversos materiais, como caixas, tambores ou qualquer recipiente em condições de conter a água residuária. De acordo com Soares, “outra opção pode ser cavar pequenos tanques no solo e revesti-los com lona plástica.” Ele acrescenta que, para fazer o bombeamento da água, serve alguma bomba já existente e em condições de ser deslocada para uso no sistema por

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um curto período durante o qual os frutos de café são processados. Soares diz que os produtores podem desenvolver outros tipos de filtro. “A base de tudo são os princípios de decantação, para possibilitar o depósito do material mais pesado no fundo, com a água passando por um sistema de filtragem”, observa. Os componentes básicos do projeto são a caixa de decantação e a caixa de retenção dos sólidos flutuantes. Segundo o coordenador, o custo dessas estruturas é inferior ao custo de implantação de filtros mecânicos. Líquido Enriquecido - O objetivo principal do Projeto de Aproveitamento da Água Residual do Café é diminuir o gasto com água nas propriedades cafeeiras de Minas, mas o aproveitamento do material orgânico contido na água da lavagem é outro ganho importante, destaca o coordenador. “A água contém nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e micronutrientes”, explica Soares. Ao utilizar esse material, os produtores poderão reduzir os gastos com a


FOTO: Editora Attalea

aquisição de produtos que pesam muito nas contas da propriedade, porque são importados. De acordo com levantamento da Associação Nacional para a Difusão de Adubos (Anda), uma tonelada de fertilizante custa cerca de 3,6 sacas de 60 quilos de café. O coordenador recomenda aos produtores evitarem abusos na utilização do adubo obtido com baixo custo na lavagem do café. “É necessário buscar orientação técnica antes de fazer a aplicação desse adubo nos pés de café e em outras plantas testadas na pesquisa, como alface, aveia, feijão e milho. A principal preocupação deve ser usar adubo na quantidade recomendada”, enfatiza. Atividade Sustentável - Para o assessor de Café da Secretaria da Agricultura de Minas, Wilson Lasmar, “o projeto desenvolvido pelo Centro Tecnológico da EPAMIG, além de representar economia para a propriedade, constitui um importante avanço na

preservação do ambiente.” Ele explica que a observância das normas ambientais na atividade cafeeira, assim como nas demais áreas da produção agrícola, é cada vez mais exigida. “O aperfeiçoamento do processo de decantação, que possibilita a reutilização da água, contribui para o aumento da sustentabilidade da produção de café em Minas”, assinala. O gerente executivo do Pólo de Excelência do café, Ednaldo José Abrahão, também destaca a preservação ambiental no sistema de reaproveita-

mento da água utilizada na lavagem do café. Ele explica ainda que os pesquisadores têm razão em se preocupar com o controle da utilização do adubo após o novo sistema de decantação e filtragem, principalmente por causa do grande volume de potássio existente na água após a lavagem. A tecnologia desenvolvida para o reaproveitamento da água da lavagem do café é apresentada numa circular técnica da EPAMIG, “Água Residuária do Café: Geração e Aproveitamento”, editada pelos pesquisadores Sammy Fernandes Soares, Sérgio Maurício Lopes Donzeles, Aldemar Polonini Moreli, Aledir Cassiano da Rocha, Guilherme Fernandes Soares, Victor Fernandes Soares. Informações: Centro Tecnológi[Informações: co Zona da Mata (CTZM/Epamig). Telefone (31) 3891-2646 - Email: ctzm@epamig.br ]

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A cadeia produtiva da cafeicultura já está em prontidão para conferir as novidades do setor durante a EXPOCAFÉ 2009. Considerada a maior exposição do agronegócio café no país, o evento é organizado pela UFLA Universidade Federal de Lavras (MG) e será realizado de 17 a 19 de junho na Estação Experimental da EPAMIG, no município de Três Pontas (MG). A expectativa da Comissão Organizadora é de superar o volume de vendas contabilizado no ano passado, que superou os 200 milhões de reais. “A EXPOCAFÉ 2009 contará com 250 estandes, plots e quiosques de expositores de todo o país e a previsão de negócios deve superar em 15% os números da edição anterior”, ressaltou Nilson Salvador, presidente da feira. De acordo com o Salvador, o objetivo da feira é levar mais oportunidades e tecnologias aos empresários, essenciais à competitividade e sustentabilidade do sistema produtivo, mostrando aos visi-

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tantes tudo sobre o agronegócio café. Maiores informações no site: www.expocafe.com.br ou com a jornalista Dora Macêdo (35) 3221-6641 ou (35) 8401-9196.

FOTOS: Editora Attalea

Revista Attalea® Agronegócios - Abr 2009 -

FOTOS: Divulgação

Tudo pronto para a EXPOCAFÉ 2009

Corredores sempre lotados do recinto de exposição da EXPOCAFÉ.

Batatais (SP) foi representado na edição 2008 com Eclética Agrícola (à esquerda) e Agroplanta Fertilizantes (à direita)

Irineu de Andrade Monteiro, diretor da FAESP e Gilman Viana, Secretário de Agricultura de Minas Gerais.

Luis Carlos de Miranda, presidente da UNICOOP e Gilson Ximenes, presidente do CNC, na abertura em 2008


7ª RODA DE AGRONEGÓCIOS DE PIUMHI oportunidade para o produtor rural e para os fornecedores Realizada desde 2003, na cidade de Piumhi (MG), a Roda de Agronegócios tem como principal objetivo fortalecer o agronegócio da região gerando oportunidades de compra e venda de produtos. Também conhecida como ‘vitrine de negócios’ é capaz de atrair interesses de todas as cadeias produtivas em busca de oportunidades, além de promover produtos e marcas junto aos diversos públicos representados por produtores, empresários rurais, criadores e profissionais do setor. Desde sua primeira edição, a Roda tem reunido produtores e empresas fornecedoras de máquinas, equipamentos, insumos, serviços e novas tecnologias de apoio a diversas áreas do setor, visando sempre produtos de melhor qualidade. Segundo o empresário e idealizador da Roda no município, Moisés de Andrade, a iniciativa surgiu na época em

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que era tesoureiro do Sindicato Rural de Piumhi (SRP), e sugeriu ao ex-presidente do sindicato, Ronaldo Timóteo, que iniciassem uma roda de agronegócios na cidade. O foco do evento era

fornecer produtos com preços acessíveis ao produtor rural e com financiamento programado e facilitado. O empresário contou que a 1ª Roda teve a participação somente de oito

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empresas locais do ramo agropecuário e de duas Cooperativas de Crédito Rural da cidade. “Muitas dessas empresas desconheciam o funcionamento desse tipo de evento. De início montamos somente uma tenda no Parque de Exposições ‘Tonico Gabriel’ com uma estrutura média durante três dias. Porém o sucesso foi tão satisfatório, que chegou a um faturamento de mais de R$ 1,2 milhões.”, revelou. Moisés de Andrade afirmou que se sente satisfeito ao ver que uma pequena iniciativa há quase sete anos vem crescendo a cada edição e apresentado resultados positivos para a cidade e toda a região até os dias de hoje. 7ª Roda - O evento que faz parte do calendário da cidade no final do mês de maio tem superado as expectativas dos participantes e dos ex-presidentes do sindicato, valorizando a região e ganhando espaço no setor do agronegócio a cada ano. A 6ª Roda de Agronegócios gócios, em 2008 foi sucesso garantido, com a participação de cerca de 20 fornecedores de insumos, máquinas e implementos agrícolas não só de Piumhi e região, mas de outros estados brasileiros. Realizada pelo Sindicato Rural de Piumhi, com a parceria do SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, ACIP - Associação Comercial de Piumhi e Prefeitura Municipal, além dos agentes financeiros: Banco do Brasil, Bradesco, Banco Real, CREDIALTO - Cooperativa de Crédito Rural de Piumhi e CREDIFOR (Sicoob), a Roda chega à sua sétima versão. Para 2009, o presidente do SRP Rafael Alves Tomé (Juninho Tomé) informou que serão disponibilizados cerca de R$ 28 milhões para custeio; entre eles, custos, mão-de-obra, adubos, entre outros. Ainda de acordo com Juninho Tomé, não haverá limite para verba de investimento, que deve ser de acordo com a necessidade e capacidade

Juninho Tomé, presidente do Sindicato Rural de Piumhi.

de cada produtor com condições favoráveis de pagamento. O presidente afirmou que o objetivo principal do evento esse ano é unir um grupo de produtores interessados em adquirir mercadoria em quantidade maior com preços e financiamentos, sendo possível adquirir os insumos, principalmente o adubo, com condições de preço melhor. O produtor rural terá também a oportunidade de consultar os valores e comparar os produtos existentes no local. “A Roda de Agronegócios em Piumhi é a única que tem sobrevivido em toda a região circunvizinha e a cada ano vem inovando mais. Acredito que em 2009, o evento irá superar nossas expectativas mais uma vez”, enfatizou presidente. A Roda de Agronegócios é importante não apenas para os produtores rurais, mas também para os expositores da região. O diretor do Centro de Agronegócios, Ronaldo Bertazo Andrade, participa desde a primeira edição e afirma que a roda tem apresentado excelentes resultados, e que pode chegar futuramente a ser realizada nos moldes da Agrishow, de Ribeirão Preto (SP). O sócio gerente da Agrosema em Piumhi, Igor Vilela Soares explica que a roda acaba sendo um leilão, onde o produtor tem direito de escolher e comprar bem o seu produto. A Prodoeste Tratores também está presente desde o início deste projeto, fortalecendo a parceria com a cidade e região, alcançando resultados cada vez mais positivos durante o evento, conforme afirmou o gerente comercial da empresa, Cássio Aguirre Pacheco. Segundo o produtor e comprador na Roda, Valter Cruz Rodrigues, as vantagens de se comprar na roda são principalmente pelos preços e descontos oferecidos, melhores que no dia-a-dia. “A expectativa para essa 7ª edição é conseguir melhores preços nos produtos

O produtor Valter Cruz Rodrigues

O produtor José Natal Pereira

agrícolas já que o adubo teve uma alta”, completou. Outro produtor e comprador é José Natal Pereira, que ressalta a importância da Roda de Agronegócios, na qual todos os compradores e vendedores reúnem-se, além das empresas presentes que oferecem descontos para o produtor como maneira de entusiasmar os negócios. A abertura da 7ª Roda de Agronegócios será na quinta-feira, 28 de maio, a partir das 17h e segue até o sábado, 30, no Parque de Exposições Tonico Gabriel (PTG), em Piumhi (MG). No sábado acontecerá também o 8ª Leilão Elite de Gado Leiteiro no Tatersal Inhô Carvalho (no interior do PTG). Você, que é produtor rural ou empresário desse ramo não perca a oportunidade de comparecer e prestigiar o evento que já é sucesso em Piumhi e região.


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FOTO: Editora Attalea

A Associação dos Produtores Rurais do Bom Jardim, em parceria com a Prefeitura de Franca (SP), promove nos dias 22 a 31 de maio próximo a 40ª edição da EXPOAGRO - Exposição Agropecuária de Franca. O evento será realizado no recinto do Parque de Exposições “Fernando Costa” e a expectativa é de superar a edição anterior em número de expositores e de animais em exposição. No último dia 7 de abril, em evento dirigido à imprensa e às autoridades locais, foi realizada o lançamento da 40ª EXPOAGRO. Alexandre Ferreira, Secretário de Desenvolvimento, a Associação dos Produtores Rurais do Bom Jardim receberá da administração municipal todo o apoio técnico para a organização da EXPOAGRO. “Temos uma tradição forte na pecuária nacional. Fomos um dos berços da raça Gir no

Brasil, temos uma tradição fortíssima na raça Mangalarga e fomos uma das principais bacias leiteiras do país, especificamente com a raça Holandesa. Atualmente, a EXPOAGRO é o maior evento agropecuário de toda a região, com sete exposições ranqueadas a nível estadual e nacional e mais de mil animais em exposição. Temos ainda um dos melhores recintos de exposições do estado, com amplas acomodações para os animais e uma excelente área verde. Para este ano, vamos intensificar ainda mais o apoio que já vinhamos proporcionando aos expositores”, ressalta Alexandre. Estão confirmadas as exposições das raças Gir Leiteiro, Girolando, Nelore e Brahman (entre os bovinos), Mangalarga e Árabe (entre os equinos), Morada Nova, Santa Inês e Dorper (entre os ovinos). “São exposições reconhecidas nacionalmente. Recebemos expositores de vários estados, como Rio Grande do Sul, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro”, explica Heitor de Lima, diretor da Comissão Organizadora. Além das exposições de animais, a 40ª EXPOAGRO realizará ainda o 2º Torneio Leiteiro de Gado Gir Leiteiro. “No ano passado, o evento foi um sucesso. Resgatamos uma tradição de nossa região e Alexandre Ferreira, Secretário de Desenvolvimento promovemos uma disputa acirrada entre criadores do município no lançamento da 40ª EXPOAGRO.

tradicionais de Franca (SP), Passos (MG), Guapé (MG) e Uberaba (MG)” diz o médico veterinário Paulo Roberto Ferreira, da Comissão Organizadora. O Nelore vem ganhando força entre os expositores da EXPOAGRO. Nos últimos anos, grandes criadores começaram a participar do evento, como Orestes Quércia (Pedregulho/SP), Carpa Serrana (Serrana/SP), Toni Salloum (Franca/SP) e Flávio Augusto do Canto (São João da Boa Vista/SP). Dentre os ovinos, Orestes Quércia também se destacou em 2008 com animais de primeira linha na exposição da raça Dorper. O grande destaque da região, contudo, é a raça Morada Nova, mantida por um grupo de criadores do núcleo de criadores da região. A raça é originária da região Nordeste do Brasil, mas se adaptou muito bem na Alta Mogiana. Maiores informações: 37247080 c/ Heitor ou Paulinho. FOTOS: Editora Attalea

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Comissão Organizadora intensifica preparativos para a 40ª Expoagro

Aníbal Eugênio Vercezi, de Guapé (MG) conquistou o 1º Torneio Leiteiro e o prêmio de Melhor Criador da Exposição de Gado Gir Leiteiro 2008.


FOTOS: Editora Attalea

Tradicionais Expositores da EXPOAGRO

Rebana TE da Sabiá, da Fazenda Nossa Senhora Aparecida (Pedregulho/SP), do criador Orestes Quércia, reservada Campeã Bezerra na edição 2008,

E V E N T O S À direita, Mário Roberto Ewbank Seixas (Patrocínio Paulista/SP), criador de Girolando e Gir Leiteiro.

Ao centro, Toni Salloum (Franca/SP), que conquistou em 2008 o Grande Campeonato Macho com ‘Deck do Arco Azul’.

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À esquerda, Kenyti Okano (Ituverava/SP) e Maria Tereza Lemos Calil (Franca/SP), tradicionais criadores de Gir Leiteiro.

Heitor de Lima (comissão organizadora) e Carlos de Simoni (Passos/MG), tradicional criador de Gir Leiteiro e Girolando.

Emílio Augusto Monteiro (centro e esquerda) tradicional criador de Ovinos Morada Nova, com Sérgio Berteli (Sebrae) e filhos

Fernando Farhat (Cajuru/SP), empresário em São Joaquim da Barra (SP) e tradicional criador de Ovinos Santa Inês.

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A Comissão Organizadora da 2ª EXPOVERDE - Feira de Flores, Frutas, Hortaliças, Plantas Ornamentais, Medicinais, Nativas e Orgânicas da Região de Franca (SP) praticamente definiu o formato da segunda edição da feira, que acontecerá de 10 a 13 de setembro, no recinto do Parque de Exposições “Fernando Costa”, em Franca (SP). No ano passado, o evento atraiu mais de 15 mil pessoas e contou com mais de 50 expositores de Franca e região. Organizado pela UNIATA-FRANCA - Cooperativa de Trabalho dos Profissionais do Setor Agropecuário e Afins da Região de Franca e pela Prefeitura

de Franca, através da Secretaria de Desenvolvimento, a EXPOVERDE tem por objetivo específico a realização de negócios. “O evento busca atender um público alvo diversificado: os milhares de agricultores da região – principalmente fruticultores, horticultores e agricultores orgânicos –, através da difusão de tecnologias e a oferta de máquinas,

COMO FOI EM 2008 FOTOS: Editora Attalea

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Uniata-Franca e Prefeitura preparam a 2ª edição da EXPOVERDE

equipamentos e implementos. Mas também para o público em geral, interessado em adquirir plantas, flores, fertilizantes e defensivos agrícolas a preços acessíveis”, explica Alexandre Ferreira, Secretário de Desenvolvimento. Maiores informações através do telefone (16) 3724-7080 ou pelo email: sede@franca.sp.gov.br.


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Manejando as Florestas Plantadas de Eucalipto para Maior Sustentabilidade

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(continuação da edição anterior) Celso Foelkel

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FOTO: Divulgação

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Uma coisa é absolutamente verdadeira: precisamos plantar florestas e elas precisam ser produtivas. Quanto maior a produtividade, mais nós estamos suprindo as demandas da sociedade humana com menor necessidade de área plantada e maior oferta de produtos. Com isso, estaremos ajudando a preservar as fontes de madeira de florestas nativas, aquelas que por anos foram rapinadas por gerações e gerações no mundo todo. É importante reforçar que esses ritmos elevados de crescimento florestal são fundamentais para o sucesso das plantações florestais. A razão é que o processo de reflorestamento tem maturação longa. O dinheiro colocado hoje no plantio, só retornará alguns anos à frente. Em países com escassez e alto custo do dinheiro, como o Brasil, quanto mais cedo retornar o dinheiro com resultados econômicos, mais alegre fica o investidor. Muitas vezes isso é bom para o investidor, mas não é tão legal para o meio ambiente. Em geral, a madeira é uma matéria-prima de baixo preço, principalmente se for para produtos tipo commodities como papel e celulose. Esses

produtos possuem preço real de mercado decrescente com o passar do tempo, logo isso os força a serem produzidos de formas mais eficientes e a mais baixos custos, sempre e sempre. Entretanto, esse aumento de produtividade tem também seus impactos que precisam ser avaliados, monitorados e minimizados. Áreas extremamente produtivas precisam de manejo florestal diferenciado, senão correm o risco de serem depauperadas no longo prazo.

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- Coordenador Técnico do Informativo Eucalyptus Newsletter (www.eucalyptus. com.br). Tel. (51) 3338-4809. Email: celso@celso-foelkel.com.br.

Nos dias de hoje, todo engenheiro florestal que trabalha em plantar florestas produtivas sabe que o solo é uma das maiores fontes de riqueza e de vida. Ele foi construído pela natureza em ações que demandaram milhões de anos. Cuidar bem do solo é então cuidar da sustentabilidade da vida no planeta. Entretanto, mais um entretanto em nosso texto, muitas vezes acreditamos nisso, mas não olhamos o longo prazo. Estamos tão fascinados em produzir e gerenciar nossas operações e nossos custos florestais que fazemos um planejamento de uso do solo com uma visão de curto prazo, talvez de uma ou duas rotações apenas das florestas que plantamos. Se nosso papel atual é o de plantar florestas para gerar bens de consumo sustentáveis para nossa crescente e demandante sociedade, temos que fazer isso muito bem, da melhor forma possível. O que estamos fazendo hoje é bom, não tenho dúvidas. Falamos muito e praticamos o que chamamos de bom manejo florestal, ou manejo florestal sustentável. Temos florestas plantadas certificadas, com adequada proteção ao solo, à biodiversidade, aos recursos hídricos. Entretanto, na vida sempre é possível se fazer melhor algo que estamos fazendo hoje. Sempre existirão oportunidades para melhorar. E também, ameaças para piorar, evidentemente. Não basta apenas o foco nas

Rua Campos Salles, 2385 Centro - Franca (SP) Tel. (16) 3722-3400 - Fax (16) 3722-4027

Escritório Contábil

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ABERTURA DE FIRMAS, ESCRITAS FISCAIS E CONTABILIDADE EM GERAL


FOTO: Divulgação

tecnologias operacionais e nos custos. Não basta apenas crescer rendimentos florestais sem atentar sobre a qualidade futura das áreas onde plantamos nossas florestas. Sejam elas de eucalipto, Pinus, acácia, teca, corticeira, bracatinga, álamos, plátanos, araucária, lenga, etc. Com os ritmos de crescimento atuais, o ciclo total das florestas plantadas de eucaliptos no Brasil pode representar algo entre 5 a 25 anos, dependendo do uso e do tipo de manejo florestal selecionado. Quando escuto nossos entusiasmados técnicos florestais mencionarem que hoje no Brasil pode-se alimentar uma fábrica de 1 milhão de toneladas de celulose ao ano com apenas 100.000 hectares de florestas plantadas de eucaliptos com corte raso por talhadia simples aos 6-7 anos (período da rotação), não posso deixar de ficar orgulhoso de nossos feitos tecnológicos e científicos. Entretanto, começo a ficar assustado quando ouço os mesmos técnicos dizerem que em pouco tempo mais teremos necessidade de apenas 80.000 hectares de plantações de eucalipto para alimentar uma fábrica de celulose de mercado de 1,3 milhões de toneladas, com rotação em talhadia simples com corte raso aos 5 anos. Rotações muito curtas começam a trazer problemas para o solo, não há como evitar ou compensar com fertilizantes minerais. Além disso, os fertilizantes minerais estarão cada vez mais escassos e mais caros. Os problemas para o solo não são apenas de fertilidade, mas de umidade, estruturação, compactação, carbono orgânico, micro-vida, etc. Portanto, até quando poderemos usar tão intensamente essa terra sem exauri-la? O que estará reservado no futuro para essas terras, se esse tipo de manejo florestal intenso e localizado persistir? Os ambientalistas de plantão acusam a agricultura do café, do arroz, da laranja, da soja e da canade-açúcar de terem ou estarem exaurindo os solos do país. Agora se perguntam também, o que será das terras plantadas com eucaliptos e com Pinus? Nós do setor não podemos esperar para ver o que vai acontecer, mesmo que tenhamos evidências de

que os impactos são mínimos no curto prazo. Conhecemos muito bem as melhores formas de proteger os solos, os recursos hídricos, a biodiversidade. Sabemos como minimizar esses impactos, embora com uma atividade em larga escala seja impossível se eliminar completamente muitos deles. Entretanto, sempre há a opção de se compensá-los, com outras medidas conservacionistas, tais como a manutenção de extensas áreas de preservação natural permanente, que hoje representam quase 50% das áreas totais das empresas florestais brasileiras.

Em relação ao manejo florestal das plantações, tenho falado e escrito muito sobre isso, gostaria de ver algumas coisas acontecendo com maior velocidade nesse particular. Algumas delas são relativamente simples, fáceis de serem implementadas e representam enormes ganhos ambientais para os ecossistemas florestais. Entretanto, sua implementação representa mudanças conceituais na gestão florestal, o que acabará retardando um pouco o processo. Por outro lado, elas acontecerão necessariamente, até porque a história estará sendo traçada nesse caminho. Resta apenas esperar ou sair na frente, fazendo o que de mais adequado se conhece em termos ambientais. Na próxima edição, apresentaremos alguns exemplos de medidas de maior sustentabilidade aos nossos eco-mosaicos florestais. (Continua mês que vem )

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Aspectos Botânicos - O Cedroaustraliano (Toona ciliata) pertence à família Meliaceae, tem sua origem na Austrália, Índia, Miamar, Malásia e Indonésia sendo, portanto, uma espécie exótica no Brasil, encontrando condições favoráveis para o seu desenvolvimento na região Sudeste e sul da Bahia. A árvore pode alcançar 50m de altura e 2m de diâmetro, seu tronco é retilíneo, algumas vezes apresenta bifurcação, com sapopemas pouco evidentes e baixas. Sua copa é verde, com formas capitata esférica e às vezes umbeliforme. Suas folhas são alternas e compostas, pendentes de coloração esverdeada. O pecíolo tem de 5 a 11 cm de comprimento, a sua base é dilatada, sulcosoestriado, com poucas lenticelas. Os folíolos são opostos, com 7,5 a 20 cm de comprimento por 3 a 7 cm de largura, oval-lanceolados, com pilosidade esparsa. Quando maceradas exalam odor agradável. As flores são pendentes, com pedúnculo pendentes e de tamanho menor que as folhas. São unissexuais com 3 a 4 mm de comprimento. De coloração branca. O fruto é cápsula deiscentes com 15 a 20 mm de comprimento, castanho escuro, com lenticelas, abrindose do ápice em direção à base. As sementes são aladas e pequenas de 10 a 20 mm de comprimento, são aladas, de cor castanho-clara e uma faixa castanho-escura diagonal, contornando toda semente, se armazenada em câmara fria e recipiente fechado, é viável por até um ano. A espécie Toona ciliata cresce em áreas com precipitação anual entre 800 e 1.800 mm com 2 a 6 meses de seca, apreFOTO: Divulgação

FOTO: Editora Attalea

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Cedro Australiano: investimento com lucro garantido

sentando bom crescimento em regiões de 100 a 1.500 m de altitude. Quanto à temperatura, a espécie sobrevive sob temperaturas mínimas absolutas pouco abaixo de 0ºC. A espécie não suporta solos argilosos compactados e nem solos arenosos pobres, necessitando de solos com boa drenagem, profundos e eutróficos. A sua produção esperada é de 250 a 300 m³/ha aos 20 anos, dependendo das condições locais e nível tecnológico adotado. Utilização de produtos - O Cedro-australiano (Toona ciliata ) é cultivado com o objetivo de fornecer madeira de qualidade para serrarias e indústrias moveleiras. Podendo ser utilizada para fabricação de compensados, aglomerado, móveis, esculturas, entalhes em portas e janelas, na construção de navios e aviões, fabricação de lápis, instrumentos musicais. A madeira de cedro é marromavermelhada, de boa durabilidade, fácil secagem e desdobro. É macia e de tex-

tura grossa, com densidade aproximada de 0,33 a 0,60g/cm³. Doenças - Ainda não foram registrados cientificamente doenças em Cedro-australiano (toona ciliata) PRAGAS 1. - Formigas cortadeiras - A principal espécie de formiga que ataca o Cedro-australiano são as saúvas, que ocorrem em todo o Brasil, sendo as espécies mais importantes: Atta sexdens rubropilosa (saúva-limão) e Atta laevigata (saúva-cabeça-de-vidro), que constrõem seus ninhos subterrâneos, interligados por galerias, e usam substrato vegetal para o desenvolvimento de seu fungo, do qual se alimentam. Para o controle de formigas cortadeiras, o método mais eficiente é a aplicação de produto químico tóxico utilizado diretamente nos ninhos, nas formulações pó, líquida ou líquidos nebulizáveis, ou na forma de iscas granuladas, aplicadas nas proximidades das colônias. O emprego de iscas granuladas, principalmente através de porta-iscas (PI) e microportaiscas (MIPIs), é considerado eficiente, prático e econômico. Oferecem maior segurança ao operador, dispensam mão-deobra e equipamentos especializados. A quantidade de iscas utilizadas em MIPIs é variável dentro da faixa de 1,6 a 3,0 kg.ha-1, com MIPIs espaçados de 6 x 6 m ou 6 x 9 m, aplicadas cerca de um mês antes do


3) - Carregamento direto na área de corte para o veículo que faz o transporte a longa distância.

FOTO: Editora Attalea

corte das plantas ou 15 dias após a roçada.

2. - Besouro Serrador - O gênero Oncideres sp são besouros com 15-30mm de comprimento, as suas antenas são mais longas que o corpo, sua coloração é pardoamarelada ou branca-amarelada, e élitros com manchas claras ou amarelas. O ovo tem formato elíptico, de cor branca. A larva, branco-leitosa, mede de 20 a 30 mm de comprimento. O ataque do besouro serrador consiste na amputação de galhos, além de deceparem ponteiros. O controle é feito com o aumento da população de inimigos naturais (fungos, parasitóides), a catação e queima de galhos caídos devido o ataque do serrador e em caso de surto aplicar inseticidas químicos. 3. - Erva de Passarinho - Ervade-passarinho, Struthanthus flexicaulis (Mart. ex Schult. f.) Mart., é uma planta superior, daninha, parasita, que ataca geralmente as plantas lenhosas, sugando sua seiva e podendo causar até a morte da planta se não for retirada. A parasita recebeu esse nome porque se espalha com a ajuda dos passarinhos: eles ingerem as sementes que são eliminadas mais tarde, junto com as fezes. A não existência de um produto eficaz no seu controle, deve combatê-la arrancando, sendo muitas vezes necessário o corte de galhos, diminuindo a produtividade da planta atacada. Colheita e Transporte Corte - No processo de corte, ocorrem as operações de derrubada, desgalhamento, traçamento, enleiramento e dependendo do sistema e equipamentos de corte utilizados o descascamento. O corte de Cedro-australiano pode ser realizado com motosserras, tratores derrubadores empilhadores “fellerbuncher” e tratores derrubadores com cabeçotes processadores “harvester” dependendo das condições de topografia. Desgalhamento e Traçamento - No Brasil, as formas mais comuns de se fazer o traçamento e desgalhamento são manualmente com machado, usando motosserra, grade desgalhadora

Descascamento - O descascamento mecanizado tem sido realizado na área de corte ou em pátios, ou beira de estrada, sendo efetuado por descascadores móveis do tipo anelar. Quando se utiliza Harvester no corte, este equipamento pode também realizar o descascamento.

com motosserra, cabeçote de harvester ou desgalahdor/traçador mecânico. Devendo ser esses os procedimentos na colheita do Cedro-austrliano. Extração - A extração pode ser feita por arraste, baldeio ou suspensa, diferindo pela forma como será realizada. No Brasil a principal forma é a por arraste com equipamentos Miniskidders, Skidders. Podendo utilizar outras formas como: Clambunk, trator com barra e corrente, guinchos e até mesmo por arraste animal em algumas situações. Carregamento - Pode ser utilizado para carregamento: Carregamento manual (altos índices de acidentes), gruas hidráulicas acopladas a tratores agrícolas e escavadeiras com garras. 1) - Carregamento do veículo na área de corte para baldeio 2) - Carregamento do veículo na área pré-determinada ou em pátios, para transporte a longa distância

Transporte - O transporte de madeiras está atrelado às leis de transporte de cargas vigentes no Brasil devendo obedecer as normas de carga máxima por eixo e comprimento máximo dos implementos no caso de carretas. As estradas florestais somam um total de 620.000 Km em todo o território brasileiro. Portanto, o dimensionamento do veículo de transporte a ser utilizado dependerá do capital, distância a ser percorrida e a produção realizada e esperada. (Fonte: www.ciflorestas.com.br ) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS · PAIVA, H.N., Notas de aula de ENF 333 Cultura de Essências Exóticas e Nativas, 2008 II · PINHEIRO, A.L., LANI, J.L., COUTO, L. Cedro australiano: cultivo e utilização (Toona ciliata M. Roem. Var. australis (F. Muell) Bahadur). Viçosa: UFV, 2006. 42p.

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CONTABILIDADE RURAL

A contabilidade nas operações rurais Na edição anterior, iniciamos a publicação de um artigo que retrata a importância da contabilidade nas operações rurais. Ressaltamos que não se trata de nenhum “guia para os proprietários rurais”, mas pretende colaborar com a sensibilização deste empresário sobre a importância de se fazer a escrituração rural. Apresentamos, nesta edição, a segunda parte do artigo.

Júlio César Zanluca

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Registros Contábeis Os registros contábeis devem evidenciar as contas de receitas, custos e despesas, com obediência aos Princípios Fundamentais de Contabilidade Contabilidade, observando-se o seguinte:

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1 - os bens originários de culturas temporárias e permanentes devem ser avaliados pelo seu valor original, por todos os custos integrantes do ciclo operacional, na medida de sua formação, incluindo os custos imputáveis, direta ou indiretamente, ao produto, tais como sementes, irrigações, adubos, fungicidas, herbicidas, inseticidas, mão-de-obra e encargos sociais, combustíveis, energia elétrica, secagens, depreciações de prédios, máquinas e equipamentos utilizados na produção, arrendamentos de máquinas, 1

- Contabilista e autor do Manual Prático de Contabilidade Empresarial

equipamentos e terras, seguros, serviços de terceiros, fretes e outros; 2 - os custos indiretos das culturas, temporárias ou permanentes devem ser apropriados aos respectivos produtos; 3 - os custos específicos de colheita, bem como de beneficiamento, acondicionamento, armazenagem e outros necessários para que o produto resulte em condições de comercialização, devem ser contabilizados em conta de Estoque de Produtos Agrícolas; 4 - as despesas pré-operacionais devem ser amortizadas a partir da primeira colheita. O mesmo tratamento contábil também deve ser dado às despesas pré-operacionais, relativas as novas culturas, em entidade agrícola já em atividade; 5 - os custos com desmatamento, destocamento, corretivos de solo e outras melhorias para propiciar o desenvolvimento das culturas agrícolas que beneficiarão mais de uma safra devem ser contabilizados pelo seu valor original, no Ativo Diferido, como encargo das culturas agrícolas desenvolvidas na área, deduzidas as receitas líquidas obtidas com a venda dos produtos oriundos do desmatamento ou destocamento; 6 - a exaustão dos componentes do Ativo Imobilizado relativos às culturas permanentes, formado por todos os

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custos ocorridos até o período imediatamente anterior ao início da primeira colheita, tais como preparação da terra, mudas ou sementes, mão-deobra, etc., deve ser calculada com base na expectativa de colheitas, de sua produtividade ou de sua vida útil, a partir da primeira colheita; 7 - os custos incorridos que aumentem a vida útil da cultura permanente devem ser adicionados aos valores imobilizados; 8 - as perdas correspondentes à frustração ou ao retardamento da safra agrícola devem ser contabilizadas como despesa operacional; 9 - os ganhos decorrentes da avaliação de estoques do produto pelo valor de mercado devem ser contabilizados como receita operacional, em cada exercício social; 10 - os custos necessários para a produção agrícola devem ser classificados no Ativo da entidade, segundo a expectativa de realização: a) no Ativo Circulante, os custos com os estoques de produtos agrícolas e os custos com tratos culturais ou de safra necessários para a colheita no exercício seguinte; e b) no Ativo Permanente Imobilizado, os custos que beneficiarão mais de um exercício. (Continua mês que vem )


Simples Rural prevê menos alíquotas e mais transparência fiscal A Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) está estudando a criação do Simples Rural, um modelo simplificado de tributação para desonerar a carga tributária que incide sobre a cadeia de alimentos. Confira os principais pontos da proposta. Qual a principal vantagem do Simples Rural? O principal objetivo do Simples Rural é ter menores alíquotas e maior transparência fiscal. De acordo com a CNA - Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil, seria uma forma de desonerar os tributos sobre os alimentos que no Brasil é da ordem de 16,9%. Na média mundial, essa carga tributária não chega a 5%. A grande vantagem do sistema Simples é o de fazer um único recolhimento na nota fiscal para todos os impostos que a empresa deve. É automática a separação do vai para o Estado, como ICMS, a parcela da Previdência e etc. Como funcionaria? O Simples Rural funcionaria nos moldes do modelo já existente e aplicado a outros setores como comércio, indústria e serviços. A presidente da CNA - Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil, Kátia Abreu, explica que, por meio deste instrumento, pelo menos 80% dos produtores poderiam aderir ao novo sistema. Uma das condições para aderir ao Simples seria a transformação do produtor em pessoa jurídica, formalizando sua atividade. A idéia é implementar o novo sistema em três anos. Todos os produtores deveriam ser pessoa jurídica? Sim, desde que o regime Simples seja adaptado para a agricultura e torne o processo muito simplificado, para o produtor de menor tamanho se formalizar sem muita complicação. Como se colocaria em prática o Simples Rural? Está em fase de discussão. Haveria um período de transição nas safras 2009/2010 e 2010/2011, havendo uma renegociação das dívidas rurais para quem aderir ao novo sistema de crédito rural. Para a próxima safra, seria proposto um subsídio ao frete.

Como seria o trâmite desta proposta? Teria que passar pelo Congresso? A idéia de aproveitar o regime do Simples é para simplificar a tramitação no Congresso, fazer apenas uma adaptação do que já foi concedido para o setor urbano e que deu certo. É quase certo que se terá lei especifica, mas a idéia da CNA é tentar ao máximo o caminho administrativo sem necessidade de novas leis. Qual o retorno por parte do governo e dos bancos para os produtores que aderirem ao Simples Rural? Da parte do governo a resposta seria em termos de desoneração tributaria, redução substantiva dos impostos que hoje incidem. De parte dos bancos, seria uma redução na burocracia e nas taxas de juros já que a segurança do crédito aumentaria. O Funrural seria abatido nesta modalidade de tributação? O abatimento do Funrural também seria automático, seria uma parcela do recolhimento geral feito na nota fiscal. O que se procura negociar com o governo é uma desoneração de cada um destes recolhimentos. Como seria a concessão de crédito? No crédito rural, um dos instrumentos que seriam adotados é o financiamento integrado, no qual o produtor pessoa jurídica seria incluído em uma central de cadastro para que todos os agentes financeiros tenham as mesmas informações sobre os produtores. Seria criado também um mecanismo de alavancagem de crédito para os bons gestores das carteiras de agronegócio. Pela proposta, também haveria mais subsídio ao produtor, ao seguro de renda e á produção e menos subsídio ao crédito. Qual é o tamanho hoje da dívida agrícola? A dívida toda é um dado desconhecido. A bancária deve atingir hoje perto de R$ 100 bilhões e a inadimplência (que é o importante) já subiu acima de 15%. É por isso que o crédito está Fonte: CNA ficando escasso. (Fonte: CNA)

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27 Revista Attalea® Agronegócios - Abr 2009 -


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