Edição 09 - Revista de Agronegócios - Março/2007

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5 LEITE LWS cria sistema de ordenhadeira canalizada que beneficia pequenos produtores de leite

10 LEITE Produtores se preparam para entrar no período da seca

13 PECUÁRIA Desempenho de bovinos em pastejo contínuo submetidos a dois intervalos de suplementação no período da seca.

17 CAFÉ Florada fora de época preocupa cafeicultores e profissionais do setor.

24 FRUTICULTURA Amora-Preta: Uma nova opção para a diversificação das propriedades frutícolas.

26 38ª EXPOAGRO Evento contará com a presença de criadores de Gado Girolando, Gir e Nelore; Cavalos Mangalarga e Árabe; e Ovinos Santa Inês e Morada Nova.

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cipalmente quando falamos em alimentação para bovinos leiteiros. A Drª Josiane Ortolan abordará em três artigos, a começar desta edição, algumas estratégias importantes para que o pecuarista de leite obtenha sucesso no manejo de pré-parto. A adoção do uso de suplementos na alimentação bovina submetidos a pastejo contínuo é retratado no experimento da equipe de pesquisadores da Premix Técnica em Suplementação. O trabalho mostra com clareza a melhor uniformidade no ganho de peso dos animais, bem como a melhoria no desempenho - acima de 80%.

Ainda abordando a cadeia produtiva do leite, a Profª Maria Luisa Cervi retrata a influência econômica da entressafra na pecuária leiteira. A contribuição é valiosa, dado a dificuldade com que os produtores rurais têm de trabalhar com números. Na cafeicultura, a florada fora de época preocupa profissionais e produtores, principalmente quanto à redução da qualidade da safra que será colhida nos próximos meses, bem como a safra do próximo ano. Também em uma série de reportagens, a começar desta, retrataremos em parceria com o Viveiro Monte Alegre -, a importância de se adquirir mudas de café com qualidade. Falando em tecnologia, temos que falar em capacitação. A partir desta edição, passaremos a publicar informações do Senar-Minas, na área de abrangência da regional Passos. Esperamos que vocês gostem da leitura e que as informações atendam as suas necessidades. Até a próxima.....

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O uso da palavra tecnologia muitas vezes assombra os pequenos e médios produtores rurais brasileiros. A modernidade que bate às porteiras de muitas propriedades os faz acreditar que a tecnologia no campo só pode ser obtida a altos custos ou necessárias apenas para grandes propriedades. Não estamos aqui falando da transgenia ou do emprego da informatização em máquinas e equipamentos agrícolas - tecnologias de última geração, que prometem revolucionar as produtividades. O redimensionamento de um sistema de ordenha canalizada, desenvolvidos por uma empresa de Franca (SP) retrata exatamente o oposto a isto tudo. Mostra a importância do uso da tecnologia para facilitar a vida de pequenos produtores rurais, fazendo com que estes agilizem os processos de produção dentro da propriedade e obtenha, ao mesmo tempo, alimentos com qualidade superior. Tecnologia também refere-se ao emprego de estratégias que revertam em retorno financeiro no final do mês, prin-


... Gostaria de fazer o cadastro da Revista Attalea Agronegócios e recebê-la gratuitamente. Luiz Augusto Ferrante Liserre produtor - Cajuru (SP)

CADASTRO ... Gostaria de parabenizá-los pela excelente idéia em publicar uma revista de agronegócios de nossa região. Mario Luis Costa Filho produtor - Claraval (MG)

Tarciso Camargo produtor - Marília (SP) Cristóvão Barcellos Junior cafeicultor - Patrocínio Paulista (SP)

...Parabéns pelo excelente trabalho, pela qualidade de impressão e pela abrangência de notícias sobre o agronegócio regional. Márcio Lopes de Freitas presidente da OCB - Brasília (DF)

Flávio Antonio Hubinger de Souza pecuarista - Passos (MG) Adelmo de Oliveira cafeicultor - Pedregulho (SP)

... Gostaria de receber a revista. Douglas Castaldi de Faria produtor - Cássia (MG)

Antonio Ronaldo Cintra produtor - Franca (SP)

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TIRAGEM 3 mil exemplares EDITORA ATTALEA REVISTA DE AGRONEGÓCIOS LTDA. CNPJ nº 07.816.669/0001-03 Inscr. Municipal 44.024-8 Rua Eduardo Garcia, 1921, Resid. Baldassari Franca (SP) - Tel. (16) 3723-1830 revistadeagronegocios@netsite.com.br DIRETOR E EDITOR Eng. Agrº Carlos Arantes Corrêa cacoarantes@netsite.com.br DIRETORA COMERCIAL Adriana Silva Dias adrianadias@netsite.com.br

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JORNALISTA RESPONSÁVEL Rejane Alves MtB 42.081 - SP

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Sacramento

FOTOS e PROJETO GRÁFICO Ed. Attalea Revista de Agronegócios

Rifaina Igarapava Aramina

Miguelópolis

COLABORADORES Méd. Vet. Josiane Hernandes Ortolan Profª Maria Luisa Cervi Pesq. Maria Lucia Pereira Lima Engª Agrª Carla Renata Pazzotti Jorn. Cibele Costa Méd. Vet. Lauriston Bertelli Fernandes Engº Agrº Rafael Pio

São Roque de Minas

Buritizal Pedregulho

Guaíra Ituverava Ipuã

Jeriquara

Ribeirão Corrente

Guará

Cristais Paulista

Claraval Delfinópolis

Morro Agudo

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Altinópolis Santo Antônio Alegria

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Carmo do Rio Claro

Jacuí

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Batatais

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Piumhi

Cássia

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Vargem Bonita

Ibiraci FRANCA

São Joaquim da Barra

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A Revista Attalea Agronegócios, registrada no Registro de Marcas e Patentes do INPI, é uma publicação mensal, com distribuição gratuita, reportagens atualizadas e foco regionalizado na Alta Mogiana e Sudoeste Mineiro.

Monte Santo de Minas Guaranésia

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Foto de Capa: Editora Attalea Cafezal em Jeriquara (SP) Cartas ou e-mails para a revista, com críticas, sugestões e agradecimentos devem ser enviados com: endereço, município, número de RG e telefone, para Editora Attalea Agronegócios:- Rua Eduardo Garcia, 1921, Residencial Baldassari. CEP 14.401-260 - Franca (SP) ou através do email revistadeagronegocios@netsite.com.br


Higiene, praticidade e baixo custo são as características do novo sistema

O novo sistema é praticamente o mesmo de uma ordenhadeira canalizada convencional, com exceção da bomba

de transferência do leite do coletor central para o tanque de resfriamento. “Neste novo sistema, a transferência do leite dos conjuntos é feita de forma manual e por gravidade, já que os conjuntos ficam exatamente acima e próximo do resfriador”, explica Luisinho. O sistema apresenta inúmeras vantagens, como a redução no tempo da ordenha, em comparação com o sistema manual ou de balde-ao-pé; melhoria na qualidade final do leite, devido à agilidade no processo de ordenha, fazendo com que o leite seja rapidamente resfriado, bem como a eliminação da necessidade de transferências do leite entre recipientes (no caso do sistema balde-ao-pé); melhor adequação dos trabalhos de ordenha, pois não há tambores nem mangueiras atrapalhando a movimentação dos animais; e a melhoria significativa das condições de trabalho do ordenhador, já que elimina a tarefa de erguer

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A tecnologia agora passa a ser aliada também dos pequenos produtores de leite. A LWS Equipamentos de Refrigeração, empresa sediada em Franca (SP), criou um novo sistema de ordenhadeira canalizada de baixo custo e que vem surpreendendo produtores e ordenhadores. “Trabalhamos com ordenhadeiras há muito tempo e a nossa empresa tem condições de montar ordenhadeiras canalizadas em qualquer lugar. Contudo, avaliando as condições sócio-econômicas e de estrutura de ordenha de pequenos produtores de leite, tanto em São Paulo, quanto em Minas Gerais, senti que tínhamos a obrigação de criar um sistema mais prático e mais barato, que facilitasse o trabalho e estivesse ao alcance do bolso do pequeno produtor”, afirma Luis Antonio da Silva, diretor da LWS, conhecido entre os amigos de “Professor Pardal”, dado à habilidade de construir e consertar equipamentos.

FOTO: Revista Attalea

Ordenhadeira canalizada da LWS beneficia pequenos produtores de leite

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38ª

GADO GIROLANDO

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CAVALO MANGALARGA

18 a 27 de maio - Pq. Fernando Costa 18 a 21/05 GADO NELORE

23 a 27/05 EXPOCÃES

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OVINOS

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REALIZAÇÃO

CAVALO ÁRABE 18 a 21/05

SHOWS 18 19

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Cezar Menotti Jeito & Fabiano Moleque

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Engenheiros do Hawaí

Capital Inicial

Inimigos da HP

Bruno & Marrone

Cheiro de Amor

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FOTOS: Luis Antonio da Silva

o peso dos tambores. Mas a vantagem principal deste novo sistema está na redução dos custos de implantação de um sistema canalizado. “A partir de R$ 6.300,00 o produtor rural poderá adquirir uma ordenhadeira canalizada com 2 conjuntos, enquanto que no sistema convencional teria que desembolsar mais de R$ 12 mil”, adverte o empresário. O sistema já se encontra instalado em algumas propriedades rurais da região da Alta Mogiana. Engates em aço inox e mangueiO novo sistema reorganiza as ações do ordenhador, Em Cristais Paulista (SP), o novo fazendo com que a ordenha seja mais rápida e o ras plásticas resistentes reduzem sistema foi instalado na proprie- ordenhador não se sobrecarregue de tarefas. os custos com manutenção. dade de Antônio Santucci. Já em Patrocínio Paulista (SP), os produtores Jarbas Maranha e Luis Fernando Honório aderiram ao sistema. Na propriedade do Sr. Luis Fernando Honório, em Patrocínio Paulista (SP), o sistema foi implantado recentemente, mas as vantagens são visíveis. “A ordenha ficou mais rápida e agora não preciso mais erguer latões de leite”, afirma Marcídio Ferreira, retireiro da propriedade. Esta facilidade que o novo O conjunto possui um sistema mecanismo promove contribui Por não exigir força física para o manuseio das que bloqueia o fluxo de leite, diretamente para duas coisas. operações, o novo sistema da LWS favorece o se acaso estiver cheio. trabalho feminino. Primeiro, com a redução no tempo de ordenha, o produtor ou o retireiro terá mais tempo útil para desenvolver outras atividades na propriedade. A segunda, por não ser mais necessário erguer os latões, o trabalho de ordenha será mais tranquilo, beneficiando inclusive o trabalho feminino. Outro benefício importantíssimo do novo sistema é que ele contribui para que a ordenha seja feita de forma rápida e harmônica, não estressando o animal. A redução dos custos de maO novo sistema contribui sobremaneira para a reorLuis Antonio da Silva, diretor nutenção também é outro aspecto denação das estruturas e das atividades, facilitando da LWS, criador do novo sistepositivo do novo sistema. “Desenma de ordenha canalizada. a ordenha. volvemos esta ordenhadeira apenas com mangueiras plásticas, e engates e dutor monte sistemas com maior capa- gravidade até o resfriador. conexões em aço inox, materiais com cidade (120, 160, 200 ou 240 litros). Com relação à higienização dos equiuma vida útil relativamente grande”, Para facilitar ainda mais a vida do pamentos, o novo sistema lava tão bem explica Luisinho. ordenhador, a LWS criou um sistema que quanto o sistema canalizado convencioO sistema foi originariamente criado bloqueia o fluxo de leite quando os nal, e supera os demais sistemas por utilipara trabalhar com 2 conjuntos, com tambores estão cheios. O ordenhador zar um maior volume de água e detercapacidade de 80 litros (40 litros cada então desliga o vácuo e abre a torneira gente, promovendo uma limpeza mais tambor). Mas nada impede que o pro- dos tambores para que o leite desça por confiável de tubulações e tambores.

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Josiane Hernandes Ortolan 1

FOTO: Josiane Ortolan

PARTE 1

Durante a fase de lactação se faz necessário um cuidado extra no momento que antecede o parto, denominado pré-parto, para que a vaca possa expressar todo seu potencial de produção. É nessa fase que o animal descansa para a próxima lactação ou no caso de novilhas, preparam-se para a primeira. Esse período de transição inicia se entre 60 a 45 dias antes do parto, trazendo ao animal serias alterações metabólicas preparando o para o parto e a lactação. 1

Médica Veterinária, mestre em Qualidade e Produtividade Animal e Doutoranda em Qualidade e Produtividade Animal FZEA-USP, Promotora de rações Premix. Patrocínio Paulista (SP). Email: josiortolan@hotmail.com

O período seco nada mais é do que a fase de transição onde a vaca necessita de pequenas exigências metabólicas para um período de grandes demandas metabólicas para a síntese do colostro e produção de grandes quantidades de leite. Esse período seco deve durar 60 dias a fim de permitir uma boa regeneração das células epiteliais desgastadas, um bom acúmulo de colostro e assegurar um bom

desenvolvimento do feto, bem como completar as reservas corporais, caso estas ainda não tenham ocorrido. Essa fase coincide com várias alterações endócrinas e metabólicas que, quando não bem coordenadas, podem acarretar num aumento na incidência de problemas metabólicos e infecciosos, como por exemplo, hipocalcemia (febre do leite), cetose, deslocamento do abomaso, retenção de placenta, mastite, metrite, assim como problemas reprodutivos, refletindo na próxima prenhez e consecutivamente, na próxima lactação. A melhor maneira para melhorarmos o quadro da produção leiteira é a adoção de corretas técnicas alimentares específicas para cada fase do processo produtivo, como, por exemplo, melhorar o desempenho das vacas secas, que na

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Novas estratégias no manejo e alimentação de vacas no pré-parto

S S P

GIROLANDO e GIR LEITEIRO

SÃO JOAQUIM DA BARRA - SP

Venda de Tourinhos e Matrizes

Girolando • 1/2 sangue • 5/8 sangue • 3/4 sangue • 7/8 sangue

Gir Leiteiro

2BR INDAIÁ Herdeiro de Brasília x Vaca Cadarço FB

2BR JUNINA Nobre da Cal x Vaca Del Rey JO

DIDI JEBR MAGNÓLIA JEBR Addison x Vaca Encantada JEBR

SW Valliant x Vaca Mito de Brasília

SÍTIO SÃO PAULO - Rodovia Anhanguera Contato: (16) 3728-3052 - (16) 9998-6621

2BR INDIRA Jarro de Ouro da Cal x Vaca Cadarço FB

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ao redor de 60 dias antes do parto. quando agrupadas separadamente das vacas adultas . O período de gestação varia de acordo com a raça da vaca e se a Novilhas Novilhas prenhez é gemelar ou não, pois Item + Vacas Separadas vacas prenhez de gêmeos têm Tempo se alimentando (min/dia) 47,50 40,80 normalmente o parto antecipado Período de consumo/dia 2,13 1,85 em 2 a 5 dias. Também devido a Ingestão de concentrado (kg/dia) 18,60 variabilidade no período de 13,09 gestação que varia de acordo com Ingestão de silagem (kg MS/dia) 3,24 3,14 a raça da vaca, é aconselhável que Tempo deitada (min/dia) 3,02 2,74 as vacas e as novilhas sejam mudadas Período de descanso/dia 4,46 4,23 Divisão do período seco e para o segundo lote pelo menos 3 Produção de leite (kg/130 dias) 11,69 11,01 agrupamento das vacas semanas antes da data prevista do 1 parto para que possam se beneficiar Dados obtidos de Grant e Albright (1997) Vários pesquisadores têm do fornecimento de níveis mais sugerido a necessidade de dividir em 2 novilhas se beneficiam deste tipo de elevados de nutrientes. lotes os animais que entram no período manejo pois o menor tamanho corporal O local apropriado para essa categoria seco. Esses lotes são estabelecidos para e a posição de subordinação dentro da deve proporcionar um ambiente limpo, melhor manejar e alimentar as vacas com hierarquia do grupo pode levar a um bem ventilado, com suficiente sombra diferentes exigências nutricionais. O reduzido consumo de alimento e maior durante todo o dia e áreas para descanso primeiro lote seria de vacas no início do incidência de distúrbios metabólicos no isentas de concreto. Devem ter espaço período seco, ou no caso de novilhas a inicio da lactação. suficiente para se exercitarem, pois se partir da 8° semana pré-parto e o segunO agrupamento de vacas secas facilita acredita que o exercício pré-parto pode do lote composto por vacas ou novilhas o arraçoamento de acordo com a reduzir a incidência de distocias na hora nas três últimas semanas do período pré- exigência nutricional da categoria. A do parto. Também, recomenda se que parto. utilização de apenas um único lote de esse local seja próximo da maternidade Um outro manejo que pode ser vacas secas impossibilita o uso de dietas para poder conduzir os animais. adotado em propriedades leiteiras bem diferenciadas para animais com diferentes No próximo artigo falaremos sobre estruturadas seria a separação de vacas e requerimentos e potenciais para o consumo de matéria seca, vitaminas e minerais, proteína, energia e uso de novilhas durante pré-parto, reduzindo consumo de matéria seca. assim a competição por espaço de desComo citado anteriormente o aditivos nas dietas de vacas secas e préTabela 11). As período seco ideal para vacas de leite é parto. canso e por alimento (Tabela Tabela 1 – Desempenho de novilhas primíparas 1

Alta de preços não estimula pecuaristas mineiros Nos últimos meses, a atividade leiteira vem sendo muito discutida entre especialistas, pesquisadore e produtores rurais, principalmente quanto à adoção de novas tecnologias de campo, visando o incremento na produção. Por outro lado, contudo, o cenário é altamente desfavorável. Há anos os produtores de leite estão desestimulados, sendo que muitos deles reduziram ou abandonaram a atividade. A melhoria na remuneração nos primeiros meses deste ano promoveu uma pequena margem de lucro para o setor produtivo, mas está abaixo do mínimo necessário para recuperar as perdas de vários anos. José Luiz Ribeiro, pecuarista e secretário da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do município de Passos FOTO: Revista Attalea

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maioria das vezes são esquecidas pelos produtores, pois não estão produzindo leite, não contribuindo para o aumento direto do lucro líquido da propriedade. Dessa forma um correto programa de manejo e nutrição de vacas secas resultaria em um adicional de 200 a 1400 litros de leite na lactação posterior.

(MG) afirma que as quedas de preços e as altas na remuneração do produtor não acontecem na mesma proporção. “A indústria nunca aumenta de forma justa. Quando o produtor perde, perde muito. Quando recupera, é muito pouco”, complementa. Leonardo Medeiros, presidente do Sinrural - Sindicato Rural de Passos afir-

ma que a defasagem dos preços pagos aos produtores de leite criou uma crise sem tamanho. “Os fazendeiros perderam o poder de investimento e, como ninguém consegue trabalhar sem margem de lucro, muitos desistiram do leite”, lembra Medeiros. Nesta mesma época, em 2005, os produtores recebiam cerca de R$ 0,70/litro. Atualmente, segundo a Aproleite Associação dos Produtores de Leite do Médio Rio Grande e a Casmil - Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro, os produtores estão recebendo entre R$ 0,56 e R$ 0,65. “O valor mínimo para o produtor pagar as suas despesas e obter um lucro ainda irrisório seria o de R$ 0,72”, afirma Paulo de Barros Calixto, presidente da Aproleite. (Extraído e modificado da Folha da Manhã )


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Produtores se preparam para entrar no período da seca Qual a influência econômica da entressafra para o pecuarista leiteiro?

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Conforme informação do Departamento de Assistência Técnica da Coonai - Cooperativa Nacional Agroindustrial, a entressafra é o período que abrange os meses de abril a outubro, popularmente chamado de período da seca, e é caracterizado pela escassez de chuvas e dificuldade da maioria dos pecuaristas em manter a produção de leite no mesmo nível do período da safra (novembro a março). A entressafra é a época em que muitos fazendeiros introduzem ao seu rebanho um regime de confinamento. Visando avaliar o índice de variação econômica dos pecuaristas leiteiros, analisamos estatisticamente o custo operacional do leite, as despesas de custeio da atividade leiteira e a despesa de custeio com alimentação animal referente ao ano de 2006, de 11 pecuaristas da região de Franca. As amostras foram cedidas pela Coonai. Definimos Custo Operacional do Leite como a soma das

representada no Gráfico 22, porém, a maior variação foi o acréscimo de 82,58% nas Despesas com Alimentação Animal, observada no Gráfico 33. A transição da safra para a entressafra é o período mais delicado e fundamental para o orçamento do pecuarista. A escassez de chuva, somada à tentativa de aproveitar ao máximo as pastagens, deixam-nas debilitadas. Ressaltese que neste período, as pastagens entram em fase reprodutiva, baixando seu valor nutritivo, exigindo maior atenção do pecuarista leiteiro, quanto ao momento ideal para iniciar o regime de confinamento. Um planejamento errôneo nessa fase poderá acarretar em déficit no orçamento do pecuarista, uma vez que os maiores gastos são com Despesas com Alimentação Animal, item que influencia diretamente na produção leiteira.

FOTO: Divulgação

Maria Luisa Cervi 1 Rogério Luis Gerbasi 2

despesas de custeio da atividade leiteira dividido pelo volume de leite produzido, sem acrescentar a remuneração do proprietário; as Despesas de Custeio da atividade leiteira foram compostas pela soma de todas as atividades ligadas diretamente e indiretamente à obtenção e armazenamento do leite, desde a mão-de-obra até o frete para transporte; e as Despesas com Alimentação Animal foi obtida pela soma dos concentrados protéico e energético, ração comercial, sal mineral e volumoso. Após a análise estatística dos dados coletados, notamos um aumento de aproximadamente 8,5% no Custo Opera-

cional do Leite na entressafra (em relação ao período das águas). As despesas com alimentação representaram um aumento da ordem de 50,2%. Menos expressivo foi o aumento de 0,22% nas Despesas de Custeio da atividade leiteira. Observamos, também, um aumento geral na transição da safra para a entressafra (de março para abril). No Gráfico 11, o aumento com o Custo Operacional do Leite foi de 42,08%, seguido de 21,34% nas Despesas de Custeio da atividade leiteira,

Gráfico 2 - Despesas de Custeio da Atividade Leiteira (R$) 3.500 3.000

Gráfico 1 - Custo Operacional do Leite (R$/litro)

2.500 2.000

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Gráfico 3 - Despesas com Alimentação (R$)

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1 Profª de Matemática, Métodos Quantitativos, Estatística e Programação Econômica e Financeira dos cursos de Administração Geral, Comércio Exterior, Gestão de Agronegócios, Gestão de Recursos Humanos e Sistemas de Informação da Unifran - Universidade de Franca. marialuisacervi@yahoo.com.br.

1.600 1.400 1.200 1.000 800 600 400 200 0 iro

Estudante do 2º ano do curso de Administração de Empresas, da Unifran Universidade de Franca e Técnico do Departamento de Assistência Técnica da Coonai. rogerio@coonai.coop.br

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1

- Pesquisadores Científicos da APTA Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios - Regional Centro Leste, UPD Ribeirão Preto (SP). Email: marialucia@aptaregional .sp.gov.br e jrn@aptaregional. sp.gov.br. 2

- Pesquisadores Científicos do Centro de Cana-de-Açúcar do IAC - Instituto Agronômico de Campinas (SP). Email: dnunes@iac.sp. gov.br e mlandell@iac.sp.gov.br

dias, quando as vacas foram alimentadas com cana-de-açúcar à vontade, enriquecida com 0,5% de nitrogênio não protéico (NNP), uma mistura 1 para 9 de sulfato de amônio e uréia e adicionalmente, 8 kg de concentrado. A produção de leite após o primeiro período de adaptação foi de 18,0 kg; 17,7 kg e 17,7 kg de leite/vaca/dia para as vacas pertencentes aos grupos que iriam, mais tarde, receber 8; 4 e 2 kg de concentrado num segundo período, também de 14 dias. Depois então, destes 28 dias, o consumo da cana e a produção de leite foram acompanhados, para cada vaca, diariamente, por 21 dias. O concentrado era composto por 19,6% de farelo de soja, 29,4% de soja (grão), 49% de milho e 2% de minerais, contendo 23,7% de proteína bruta. Os resultados podem ser observados na Tabela 11. O consumo da cana enriquecida com 0,5% de NNP foi alto, acima de 40 kg por vaca, diariamente. A

Tabela 1 – Consumo de alimentos, produção e composição do leite de vacas que participaram do experimento. Dietas Item

Cana + 8 kg de concentrados

Cana + 8 kg de concentrados

Cana + 8 kg de concentrados

Consumo de cana IAC86 2480 triturada, fresca (kg/vaca/dia)

47,50

45,70

40,80

Consumo de MS cana (% PV), descontando o concentrado

2,13

2,08

1,85

18,60

16,20

13,09

Gordura (%)

3,24

3,31

3,14

Proteína (%)

3,02

2,82

2,74

Leite (kg/vaca/dia)

Lactose (%) Sólidos Totais (%)

4,46

4,45

4,23

11,69

11,58

11,01

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O Brasil é o maior produtor de canade-açúcar do mundo, na atualidade, com grande tendência de aumento nos próximos anos. Dez por cento desta quantia é destinada à alimentação animal, na seca, devido à facilidade de cultivo, de colheita e pelo auto-armazenamento no campo. Muitas variedades de cana apresentam baixo consumo voluntário pelos animais principalmente por apresentarem baixo teor protéico e baixa digestibilidade. Com isso, acreditava-se que a cana deveria destinar-se apenas às vacas menos produtivas e, conseqüentemente, menos exigentes. Vários trabalhos têm sido feito para encontrar soluções. Um experimento onde vacas leiteiras foram alimentadas com cana-de-açúcar como único volumoso (o autor não cita a variedade da cana), a produção média foi de 10,6 kg de leite, quando as vacas foram suplementadas com 4 kg de concentrado e 18,3 kg de leite quando receberam 8 kg de concentrado. O consumo da cana (matéria seca: MS) foi 1,6% do peso vivo das vacas que receberam 4 kg de concentrado e 1,8% do PV para as vacas que receberam 8 kg de concentrado. (Paiva et al. 1991). Num experimento onde as vacas foram alimentadas com a cana-de-açúcar forrageira, variedade IAC86 2480, o consumo de cana (sem considerar o concentrado) foi alto, ou seja, em média 2% do PV para vacas que recebiam adicionalmente entre 2 e 8 kg de concentrado. A realização deste experimento foi feita da seguinte forma: houve um primeiro período de adaptação de 14

produção de leite caiu, conforme foi diminuindo o fornecimento de concentrado. Apesar de as vacas que consumiram 2 kg de concentrado, mantiveram 13,9 kg de leite, a qualidade do leite piorou. O normal é que a proteína do leite se encontre entre 3,0 e 3,3%, sendo um componente bastante estável. Só ocorre diminuição da proteína se houver queda na ingestão de energia e proteína, com a diminuição dos aminoácidos essenciais para a fabricação do leite pela vaca. Foi justamente isto que os pesquisadores provocaram quando alimentaram com 2 kg de concentrado as vacas que produziam 18 kg de leite (consumindo 8 kg de concentrado anteriormente) estando de 30 a 200 dias pós-parto. Observa-se pequena queda na lactose, o que é normal em vacas que produzem menos leite. O teor de lactose normalmente é proporcional à quantidade de leite produzido. A porcentagem de gordura e de sólidos totais do leite não foi alterada. Na Tabela 2 temos outro exemplo de composição do leite de vacas mais no final da lactação, ou seja, com 109 a 330 dias pós-parto e que receberam manejo adequado, sem diminuição brusca do concentrado ou qualquer outro fator estressante. A menor produção de leite, em torno de 9 kg por vaca, por dia está ligada à genética das vacas ou ao final da lactação. Trata-se de 30 vacas comerciais, que tiveram o leite analisado por duas vezes, depois que consumiam a cana

11 Abril 2007

Maria Lúcia Pereira Lima 1 Daniel Nunes da Silva 2 Marcos G. de Andrade Landell 2 José Ramos Nogueira 1

FOTO: Revista Attalea

Cana-de-açúcar forrageira IAC 86-248 como volumoso para vacas leiteiras


Tabela 2 – Produção e composição de leite de vacas mantidas em confinamento consumindo como volumoso exclusivo a cana IAC86-2480, enriquecida com 0,5% de uréia mais 3 kg de concentrado. Dias após o Parto Item

De 100 a 199

Leite (kg/vaca/dia)

De 200 a 330

Média Geral de 214 dias

9,70

8,30

8,80

Gordura (%)

3,24

3,31

3,14

Proteína (%)

3,02

2,82

2,74

4,46

4,45

4,23

11,69

11,58

11,01

Lactose (%) Sólidos Totais (%)

Tabela 3- Matéria seca (MS), proteína bruta (PB), matéria mineral (MM), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), celulose, hemicelulose, lignina e digestibilidade in vitro da matéria seca das amostras de cana-de-açúcar IAC86 2480 nas três semanas experimentais. Semana

MS (%)

1

32,2

2,8

4,4

48,6

19,22

2,53

2

26,9

2,5

4,1

45,0

19,67

2,29

3

26,2

3,1

3,7

48,3

17,18

2,81

15,4

(*) % MS

PB*

MM* FDN*

POL**

Rel. FDA* FDN/POL

Celulose

Hemi celul.

Lignina

20,0

25,7

28,5

5,3

18,8

24,4

26,2

4,9

26,2

32,8

5,3

(**) % do caldo

cana oferecida para as vacas do experimento (resultados na Tabela 11) a relação FDN/POL são ainda menores que o 2,88

considerado como ótimo pelos cientistas. Veja algumas análises que foram realizadas na Tabela 33.

Coonai elege nova diretoria executiva e conselhos de administração e fiscal A Coonai - Cooperativa Nacional rativa desde março de 2005, por Agroindustrial, com sede em Bromotivo de afastamento do presidente dowski (SP) elegeu nova Diretoria eleito Daniel de Figueiredo Felippe. Executiva, novos membros do ConJá Marcelo Barbosa Avelar, atuou selho Fiscal e também do Conselho nos últimos anos como superintende Administração. A votação acondente e pela primeira vez assume um teceu no dia 16 de março durante cargo na diretoria executiva. Assembléia Geral Ordinária, que Para membros do Conselho de durou das 14h às 18h30, no Clube Administração foram eleitos: Paulo de Campo da Franca (Rodovia CânEduardo F.Silveira, de Patrocínio dido Portinari km 383). Na ocasião Paulista (SP); José Carlos Berlese, de também foi apresentado o balanço Brodowski (SP); Luiz Sebastião financeiro do ano de 2006, aprovado Eduardo Lopes de Freitas e Marcelo Barbosa Ferreira, de Pedregulho (SP); Antopor unanimidade por todos os Avelar, eleitos presidente e vice da Coonai. nio Mauro F.Rosa, de São José da cooperados presentes. A abertura da Bela Vista (SP); Nilton Roberto Scanassembléia foi feita pelo presidente da por unanimidade durante a Assembléia. diuzzi, de Igarapava (SP); Marcelo Organização das Cooperativas Bra- A diretoria executiva eleita para o Marcos de Souza, de Capetinga (MG); sileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, quadriênio 2007/2010 é composta pelo e Newton Teixeira Barbosa, de Cristais que enfatizou a importância do coope- presidente, Eduardo Lopes de Freitas, de Paulista (SP). rativismo para os pequenos produtores Patrocínio Paulista, e o vice-presidente, Os novos membros do Conselho e para o setor de agronegócios do País. Marcelo Barbosa Avelar, de Cristais Fiscal são os cooperados Mauro AlexanO prazo de inscrição de candida- Paulista (SP). dre Fanan, de Cristais Paulista (SP); José turas para a eleição encerrou-se às 18h Eduardo foi vice-presidente nos Fernando de Lazzari, de Brodowski do dia 02 de março e apenas uma chapa últimos quatro anos, mas assumiu (SP); e Raul Carlos Guimarães, de inscreveu-se, sendo eleita e empossada interinamente a presidência da coope- Barretos (SP). FOTO: Outras Palavras

R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS Abril 2007

12

IAC86 2480 por mais de 40 dias consecutivos e ainda recebiam 3 kg de concentrado. A cana-de-açúcar é constituída praticamente por duas frações, a fibrosa e a fração de caldo, rica em açúcares. Os açúcares são fornecedores de energia e a fibra (analisada na forma de fibra em detergente neutro=FDN) , que geralmente na cana é de baixa digestão, é um fator limitante para o consumo de alimento para os bovinos. O açúcar da cana pode ser analisado, e esta análise denomina-se POL. A relação FDN/POL tem sido usada na escolha de variedades para fins forrageiros (Landell et al, 2002). Vários cientistas têm analisado amostras de cana para procurar variedades que sejam melhores na alimentação de bois e vacas ( Rodrigues et al., 2001 ). No estudo de onze diferentes variedades de cana-de-açúcar, foram observados os valores extremos da fibra (FDN) de 44,18 a 56,46 % e de relação FDN/POL de 2,88 a 4,14 para as AC86-2480 e IAC84variedades IAC86-2480 1042 1042. Os valores encontrados para a


Material e Métodos Local • Realizado na FCAV/UNESP Jaboticabal (SP), em área de 18 hectares divididos em 6 piquetes de 3 hectares cada. Cobertos por Brachiaria brizantha cv. 1

Premix - Técnica em Suplementação. Email: premix@premix.com.br 2

Prof. Dr. FCAV/UNESP - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal.

Marandu com disponibilidade media de 4.205 kg de MS/ha. Animais e Manejo Nutricional • Rodízio a cada três dias para minimizar o efeito dos piquetes no desempenho dos animais; • Cada piquete possui cocho e bebedouro comum a dois piquetes. • Foram utilizados 48 bovinos machos castrados da raça Nelore; • Peso vivo inicial de 320 kg aos 14 meses de idade; • Período experimental foi de 13/07/ 2004 a 03/11/2004; • Pesagens realizadas a cada 28 dias (5 pesagens no período) Tratamentos • PSAI SECA®, suplemento mineral protêico energético, (Empresa PREMIX):

• Seis lotes de 8 animais, divididos nos seguintes tratamentos: - Suplementados todos os dias (1 kg/animal/dia de PSAI Seca) - Suplementados Segunda/Quarta/ Sexta (2,3 kg/animal de PSAI Seca três x/semana) Resultados e Discussão Apesar da oferta de MS na forragem na área experimental ter sido em média de 4.204,65 kg de MS/ha, a qualidade da mesma foi baixa, apresentado teores em % de MS de PB, FDN e FDA de, em média, 3,5 %, 82,24 % e 64,97 % respectivamente. 14) mostra peso A Figura 1 (pág. 14), vivo médio inicial e final, sendo que os animais suplementados diariamente apresentaram 320,75 kg e 347,0 kg, respectivamente, enquanto que para os suplementados Seg/Qua/Sex, os valores

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Introdução Atualmente, a busca por uma maior rentabilidade caracteriza a bovinocultura de corte, e para isso é necessário o emprego de novas tecnologias, além da adoção da economia de escala. No período da seca, as forrageiras tropicais apresentam baixo valor nutritivo e disponibilidade, resultando em menor desempenho ou até perda de peso dos bovinos mantidos em pastagem, tornando-se fundamental a adoção da suplementação protéica para manter ou melhorar o desempenho animal, amenizando os efeitos desse período. O objetivo deste trabalho foi avaliar o ganho em peso de bovinos suplementados em pastagem durante o período da seca, submetidos a dois intervalos de suplementação: fornecimento do suplemento diariamente e fornecimento do suplemento três vezes por semana.

13 Abril 2007

Liéber de Freitas Garcia 1 Lauriston Bertelli Fernandes 1 Ana Vera Martins Franco 1 Mateus J. R. Paranhos Costa 2 Telma T. Berchielli 2

FOTO: Revista Attalea

Desempenho de bovinos em pastejo contínuo submetidos a dois intervalos de suplementação no período da seca


Figura 2 – Desempenho em g por dia em função do tratamento. Média de ganho em peso diário (g) no período

Média de peso vivo inicial e peso vivo final (kg) 350 345 340 335 330 325 320 315 310 305

347,00

234

250 333,33

200 150

320,75

124

319,33

100 50 Todos os dias

Seg/qua/sexta

0 Todos dias

expressão da uréia. E, quando suplementados em intervalos não freqüentes, os ruminantes teriam a habilidade de manter o ambiente ruminal adequado proporcionando um bom aproveitamento do alimento ingerido, o que provavelmente não deve ter ocorrido com os animais que receberam suplemento três vezes por semana devido à qualidade da forragem no período e ao comportamento dos animais do trabalho. Conclusões A suplementação diária proporciona ganhos de ate 88,7% a mais em relação a

Seg/Qua/Sexta

Figura 3 - % em relação ao desempenho em função dos tratamentos. Diferença em % no ganho em peso nos tratamentos 200,00%

188,70%

150,00% 100,00% 100,00% 50,00% 0,00% Todos dias

Seg/Qua/Sexta

suplementação 3 vezes por semana e resulta em uma melhor uniformidade em ganho em peso dos animais em pastejo na época da seca .

Cepea adverte que a falta de leite longa vida no mercado forçará alta nos preços A redução na produção de leite e o aumento da demanda por lácteos no mercado externo elevaram os preços e acabaram com os estoques das fabricantes de leite longa vida nos últimos meses. De acordo com Nilson Muniz, diretor executivo da ABLV - Associação Brasileira do Leite Longa Vida, os preços ao atacado subirão seguramente mais de 10%. “Agora os estoques são de apenas dois dias”, garante Muniz. A produção nacional, que manteve uma média de crescimento de 4,85% ao ano, no período de 2000 a 2005, cresceu apenas 1,87% no ano passado, segundo o Cepea - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da USP. Mas Gustavo Beduschi, pesquisador do centro, alerta que esse pequeno crescimento foi puxado pelo Rio Grande do Sul, onde a captação dos laticínios elevou-se em 15,2%. Sem contar este estado, o Brasil na realidade reduziu a produção em 0,72% em 2006. Com a entrada da safra, os preços caíram entre novembro e janeiro, segundo Cepea, mas em fevereiro

FOTO: Revista Attalea

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14

Figura 1 – Peso Vivo médio inicial e final em função dos tratamentos.

foram 319,33 kg e 333,33 kg. Esta diferença proporcionou ao lote ‘Suplementado todos os dias’ uma superioridade de 12,25 kg no ganho em peso no período da seca. Os valores referentes ao ganho médio diário de peso vivo em função dos tratamentos em todo período experimental estão apresentados na Figura 22; nota-se que os animais que receberam suplemento diariamente obtiveram um ganho de peso diário médio, ajustado, maior do que os que receberam suplemento três vezes por semana, ou seja, o fornecimento diário do produto resultou em desempenho 88,7% superior em relação aos animais que foram suplementados em Figura 33). dias alternados (Figura Segundo Bohnert et al. (2002) os ruminantes são eficientes em manter níveis adequados de nitrogênio entre períodos de suplementação, sendo esta manutenção atribuída a possíveis alterações na permeabilidade do trato gastrintestinal à uréia e/ou regulação da

voltaram a se recuperar, ultrapassando os R$ 0,50. Mas as chuvas de verão, que desenvolvem o pasto e fazem as vacas aumentarem a produção de leite, foram excessivas este ano e acabaram prejudicando a safra. “As chuvas dificultaram muito a coleta de leite nas fazendas e causaram desconforto nas va-

cas, que por isso perderam o apetite e pararam de comer”, justifica Beduschi. Neste ano, a oferta de leite não está sendo capaz de atender a demanda, pela queda na captação e pela redução da oferta. “Quando havia excesso de produção, o longa vida era o primeiro escape dos laticínios, pois tem custo mais baixo e pode ser estocado. Agora que não há excedente, o longa vida é o primeiro produto a sentir o aperto entre oferta e demanda”, explica o executivo. A razão é que a alta dos lácteos no mercado externo aumenta a atratividade de concorrentes do longa vida, já que o leite líquido em caixinhas não é exportado. O longa vida é o produto de menor rentabilidade no setor de laticínios, por ter menos valor agregado que outros derivados, como o leite em pó, o leite condensado e o iogurte. Não é a toa que a suiça Nestlé - a maior captadora de leite do Brasil - não Extraído trabalha com o longa vida. (Extraído e modificado de Notícias Milknet net)


1

Engª Agrª Drª Sc., doutorada em fertilidade de solos na Unesp-Botucatu (SP) e responsável técnica da Fertalon, de Londrina (PR). carla@fertalon.

2

Especialista pelo Instituto Elo, de Botucatu (SP). jrb@hotmail.com

Cafezal com 2 anos e meio, que recebeu aplicação de turfa em formação e 1ª produção:- 100 grs/pé de turfa + 80 gramas de amiorgan (NPK) por aplicação (4 aplicações no ano).

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A maioria dos solos brasileiros não apresenta condições físicas, químicas e biológicas para o crescimento e desenvolvimento das plantas cultivadas. Isso ocorre como resultado de um manejo inadequado. Não raro, notam-se também solos pobres em matéria orgânica. A deterioração dessa matéria ocasiona uma redução do aprofundamento radicular, com grandes conseqüências para o desenvolvimento da planta, que causam baixa produtividade. A saúde da planta está diretamente ligada, não apenas a elementos químicos, mas à população de microorganismos no solo, o chamado solo com matéria orgânica. Em termos comparativos, podemos afirmar que os microorganismos fazem a

associação dos elementos em cadeias moleculares, formando aminoácidos e liberando fito hormônios. Isso favorece a liberação de sais minerais e outras reações - que harmoniza as ações físicas, químicas e biológicas do solo - assimiláveis e possibilitam a digestão pela planta. Dessa forma, pode-se declarar que: “o solo é o estômago das plantas”. Sem a ação dos microorganismos haveria pouca absorção dos elementos pela planta e automaticamente sua saúde vegetal e sua produtividade econômica seriam afetadas. “Os microorganismos que auxiliam a digestão da planta são encontrados na turfa, que é a matéria orgânica estabilizada, leia-se humificada”. A Turfa é uma substância fóssil organo-mineral, originada na decomposição de vegetais de pequeno porte, esqueletos,

15 Abril 2007

Carla Renata Pazzotti 1 José Roberto da Rocha Bergamo 2

FOTOS: Carla Pazzotti

Agrônoma indica turfa para produzir com qualidade


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FOTOS: Carla Pazzotti

restos de insetos e animais e suas dejeções; considerada uma matéria orgânica nobre. A Turfa é rica em substâncias coloidais eletronegativas, que formam emulsões com a água e absorvem os cátions amônio, potássio, cálcio, magnésio e, também, micronutrientes metálicos, como ferro, cobre, zinco e manganês. Essas substâncias ainda impedem a fixação do fósforo, a lixiviação do N e do K e, inibem a toxidez pelo excesso do Cu, Fe e Mn. Na turfa, podemos encontrar os macro-nutrientes essenciais às plantas (“NPK”, ácidos húmicos, matéria orgânica, umidade, carbono, hidrogênio, enxofre), além de vários outros que complementam sua nutrição (Fe, Mn, Cu, Co, Ca, Mg, Zn, B). A turfa não libera na água os ácidos húmicos, moléculas orgânicas formadas pela humificação. Eles são incorporados aos colóides do solo, onde vão atuar em conjunto com a parte química e física do solo. Outra importante vantagem na utilização da turfa é a diminuição da infestação de pragas, doenças e nematóides graças ao equilíbrio nutricional que ela promove no solo. Além disso, a capacidade de troca catiônica (CTC) da turfa é muito elevada. Para se ter uma idéia, é cerca de 30 vezes maior que a CTC média dos nossos solos (Ex: argila caulinita). Essa propriedade da Turfa de reter cátions, considerados nutrientes vegetais essenciais, confirma a recomendação em empregá-la como um adubo orgânico potencializador de nutrientes no solo. A turfa tem ainda a capacidade de absorver de 80% a

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16

Café com 8 meses, plantado com turfa: 500 gramas na cova + 100 gramas fosfato reativo + 100 gramas calcário dolomítico (depende da análise de solo do terreno a ser implantada a lavoura) na cova ou sulco dependendo do plantio a ser feito. Foi feito quebra-vento com mucuna-anã e crotalária para manejo do solo.

90% de seu peso em água, ou seja, possui elevadíssima CRA (Capacidade de Retenção de Água), sendo assim, sabemos que, “a matéria orgânica” conserva a umidade do solo, deixa-o mais arejado, aumenta a proteção contra a erosão, possibilitando maior produtividade, porque sempre vai haver ciclagem e reciclagem de nutrientes no solo. A turfa entra diretamente no manejo para uma

lavoura de café, tanto para o plantio quanto para sua formação e sua produção. Levando em conta que, por ser residual ela fornece um potencial elevadíssimo ao cafezal em termos de nutrição adequada e diminuição de pragas e doenças ao longo dos anos, sem contar que um cafezal bem nutrido gera uma qualidade de bebida muito melhor. Em trabalhos realizados nos cafezais do norte do Paraná com adubação organo-mineral, onde entrou a turfa + NPK no balanceamento nutricional, houve uma resposta mais acentuada ao tratamento fitossanitário mostrando uma sanidade e um melhor desenvolvimento vegetativo da planta. Em conseqüência deste desenvolvimento foi notado que o fruto tem conseguido absorver mais nutrientes, grãos mais graúdos e maturação mais igualada, mesmo vindo de 3-4 floradas/ano.


tivo do Programa Café da Epamig - Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, Paulo Tácito Gontijo Guimarães, ainda não é possível prever o efeito dessas flores “temporonas” na produção, mas o prejuízo é certo, seja para esta safra ou para a próxima (2007/2008). Na opinião deles, “caso esses nós não tivessem florescido, eles provavelmente floresceriam para a colheita subseqüente (2008)”. Eles destacam ainda que as floradas não ocorreram na planta toda e nem toda lavoura apresenta o

FOTO: Sérgio Parreiras Pereira

Assim como a frustração da florada foi um fenômeno generalizado nas principais regiões produtoras de café e tornou-se tema amplamente discutido entre produtores e técnicos, a florada em época atípica também tem chamado atenção dos envolvidos com o agronegócio café. Desde dezembro, lavouras que apresentam floradas indesejáveis são relatadas por produtores das principais regiões produtoras, da Bahia ao Paraná, mas não existe consenso entre especialistas sobre os efeitos do fenômeno. Alguns analistas consideram que haverá redução da qualidade da safra que será colhida nos próximos meses, com prejuízo também na redução da safra 2007/2008. Porém, na visão do fisiologista do IAC - Instituto Agronômico de Campinas, Joel Irineu Fahl, a floração atípica não deverá afetar significativamente as próximas safras. O tema ganhou

destaque mais uma vez na comunidade de Manejo da Lavoura Cafeeira, na Rede Peabirus, da sub-rede do CBP&D/Café Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, administrado pela Embrapa Café. Para o coordenador do Núcleo de Fisiologia do Cafeeiro do CBP&D/Café , José Donizeti Alves, e o secretario execu-

fenômeno. Retrato das lavouras Consultor de café irrigado e membro do Conselho Técnico da Fundação Bahia, Marcos Antônio Pimenta Menezes relata que o fenômeno foi verificado no Oeste da Bahia, quando ramos que deveriam

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Florada fora de época continua a preocupar

Abril

Mudas de café certificadas pelo Ministério da Agricultura Várias linhagens à disposição com campo experimental montado na fazenda Franca - Ribeirão Corrente - SP Proprietário: Luiz da Cunha Sobrinho Encomendas pelos Fones: Fazenda Monte Alegre: (16) 3723-5784 / André Cunha: (16) 9967-0804 / Luis Cláudio: (16) 9965-2657 viveiromontealegre@netsite.com.br

2007 Fotos da Fazenda Monte Alegre

17


Abril 2007

18

Fenômeno também observado pelo diretor da Cocapec - Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas, Ricardo Lima de Andrade, na região de Franca (SP), com floradas em internódios novos, com crescimento a partir de setembro de 2006. Ele questiona, como a maioria dos produtores, a razão para a antecipação do florescimento em nós de crescimento deste ano agrícola. Efeito do clima Para o fisiologista Joel Fahl, o florescimento atípico é uma conseqüência das condições climáticas também atípicas verificadas no início de 2006. A associação de fatores verificados naquele período, com temperaturas máximas elevadas

em janeiro e fevereiro de 2006, acompanhado de um veranico nas principais regiões produtoras, contribuíram para uma generalizada frustração da florada. Na avaliação de Joel Fahl, essa condição climática atípica para as condições brasileiras, com estresse hídrico quando deveria haver uma temporada de chuvas (jan/fev/2006), induziu a uma interrupção do crescimento contínuo da cultura. Porém, como a maioria das plantas mostrou-se vigorosa, com excedente de energia e com potencial para uma florada maior, iniciou-se novo período de crescimento após o veranico. O que resultou na floração fora de época, como ocorre em condições climáticas de países como Colômbia e Costa Rica. Na avaliação de Joel Fahl, a maioria das flores abertas antecipadamente deverá ser inviabilizada, não afetando significativamente a qualidade da safra a ser colhida nos próximos meses. Mas lembra que a qualidade deverá ser prejudicada pelo elevado número de floradas ocorridas anteriormente a este fenômeno. Quanto ao efeito da floração atípica na safra 2007/08, ele acredita no potencial da planta para indução de novos botões florais na época desejável, sem prejuízo significativo na produção. Vale destacar que o Brasil se destaca no comércio internacional de café por apresentar colheita única, com definição clara das estações. “O fenômeno serve para lembrar o quanto a cafeicultura é influenciada pelo clima. O que o produtor deve fazer é torcer para que não ocorra novas anormalidades”, completa Fahl. (Fonte Embrapa Café)

Cocapec e Credicocapec elegem novos conselhos fiscais No último dia 21 de março, foi realizada a Assembléia Geral Ordinária na Cocapec Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas da Região de Franca (SP). Na pauta, além da prestação de contas do Conselho de Administração, também foram discutidos a destinação das sobras apuradas, a fixação de pró-labore dos Diretores Executivos e a cédula de presença para os

membros vogais do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal. Na mesma assembléia foram eleitos os novos componentes do Conselho Fiscal, que terão mandato de um ano. Erásio de Grácia Júnior, Renato Antônio Cintra e José Carlos Alves de Souza foram eleitos como efetivos. Como suplentes, Gesiel Roberto Pereira, FOTO: Divulgação

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FOTO: Revista Attalea

florescer no segundo semestre, abriram flores nos meses de dezembro e janeiro. Para o consultor Carlos Roberto Piccin, além da floração indesejada, induzida por efeitos climáticos, tem verificado uma redução acentuada no crescimento dos internódios, que deverá refletir em prejuízo na produção da safra 2007/2008. O fenômeno também é verificado nas lavouras irrigadas do Cerrado Mineiro e Baiano, conforme relato do engenheiro agrônomo Luiz Américo Paseto. Acompanhando lavouras no Sul de Minas e Oeste da Bahia, o consultor Guy Carvalho acredita que a florada tardia ocorre na parte mais velha do ramo, antes do internódio curto e, portanto, o prejuízo já era esperado para a safra a ser colhida. Ele acha arriscado prever quebra da safra 2007/2008 decorrente deste fenômeno. O professor do Centro Universitário do Norte do Espírito Santo, José Ricardo Pezzopane também acredita que não haverá quebra significativa da próxima safra. Ele lembra que fenômeno similar ocorreu no início de 2002, com floradas atípicas no Triângulo Mineiro, sem impacto expressivo na produção. Para o técnico do projeto EducampoCafé, em Guaxupé (MG), Rodrigo Serpa Vieira, a florada fora de época não deverá prejudicar a qualidade da safra a ser colhida, já que a maioria das flores não vingou, passando direto para “estrelinha”. Porém, diferente do que observa Guy Carvalho, a região observada por ele apresenta floração em ramos novos, responsáveis pela safra seguinte.

José Henrique Mendonça e Hélio Hiroshi Toyoshima. Credicocapec A Credicocapec - Cooperativa de Crédito Rural da Co-

capec também realizou eleições. No último dia 16 de março, em Assembléia Geral Ordinária, foram eleitos como membros efetivos do Conselho Fiscal: Gesiel Roberto Pereira (reeleito), Amilcar Alarcon Pereira e João José Cintra. Como suplentes, foram eleitos Maury Faleiros, Galileu de Oliveira Macedo e Divino de Carvalho Garcia. O mandato tem duração de um ano


Cocapec estima quebra de 60% na safra de café FOTOS: Revista Attalea

Capetinga (MG)

2.638

2.745

23,98

12,72

63.263

34.932

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dezembro de 2006 e janeiro de 2007. Os índices pluviométricos destes meses registraram 1.100 mm, enquanto o normal para este período estava em torno de 600 mm. “Além de favorecer o

surgimento de doenças - principalmente a cercóspora, que diminui o peso do grão e afeta a qualidade do café - , o excesso de chuvas provocou atrasos nas aplicações de defensivos que controlam pragas e doen-ças”, revela Maegawa. O primeiro levantamento de safra realizado este ano pela Cocapec alerta ainda para um dado significativo. A área plantada com café na região reduziu em quase 2 mil hectares. O município de Patrocínio Paulista (SP) foi o que mais reduziu: cerca de 650 hectares. Por outro lado, Pedregulho (SP) mantém a maior área de cultivo de café, mas ainda assim reduziu em cerca de 400 hectares.

19

Tabela 1 – Comparativo do 1º Levantamento de Safra de Café (em março de

2006 e em março de 2007). Município

Área (ha) 2006 2007

Produtividade 2006 2007

Produção Total 2006 2007

Claraval (MG)

1.809

1.554

30,39

18,01

54.978

27.971

Cristais Paulista (SP)

4.907

4.798

31,23

13,77

153.261

66.071

Franca (SP)

6.414

6.201

32,50

15,95

208.466

98.902

Ibiraci (MG)

7.713

7.644

33,42

15,15

257.745

115.844

Itirapuã (SP)

1.957

1.963

41,63

11,86

81.463

23.272

Jeriquara (SP)

2.526

2.400

22,19

19,39

56.052

46.541

Patrocínio Paulista (SP)

2.826

2.174

36,39

7,96

102.836

17.308

Pedregulho (SP)

8.816

8.408

28,70

13,87

253.049

116.609

Restinga (SP)

1.653

1.645

54,09

7,04

89.397

11.581

Ribeirão Corrente (SP)

3.986

3.966

43,38

9,58

172.917

38.014

Rifaina (SP) São J. Bela Vista (SP) TOTAL / MÉDIA

80

35

26,85

15,62

2.135

545

1.113

939

29,20

12,85

32.493

12.065

46.437

44.471

32,91

13,71

1.528.055

609.655

Abril 2007

A Cocapec - Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas da Região de Franca (SP) estima queda de 60% na safra de café 2007/2008 na região da Alta Mogiana. De acordo com levantamento realizado neste começo de ano, os 13 municípios de atuação da cooperativa terão uma produção de 609.655 sacas de café. É o primeiro levantamento de safra realizado pela cooperativa, mas o número muito inferior às 1.528.055 sacas da safra anterior. Fator importante para a quebra tão acentuada da produção de café é a bienualidade. Este fenômeno acontece em função do ciclo natural da planta que alterna um ano de safra alta e outro não. Como no ano passado a safra foi alta, este ano já era esperado uma queda. Além da bienualidade outros fatores também contribuíram para esta redução. “Em 2006, o déficit hídrico nas regiões cafeeiras foi significativo. A seca foi acentuada, com grande período de estiagem entre março e setembro, prejudicando o desenvolvimento da safra 2007/2008, principalmente no momento da floração do cafeeiro”, afirmou Engº Agrº Roberto Maegawa, responsável pelo Departamento Técnico da Cocapec. Levantamentos da Estação de Avisos Fitossanitários do município de Varginha (MG) comprovam que o déficit hídrico na lavoura cafeeira em 2006 foi significativamente superior aos dados levantados em anos anteriores. Após a longa estiagem, as lavouras sofreram com excesso de chuvas entre


Pesquisa em campos de variedades e qualidade das

R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS

Preparo dos substratos

Abril 2007

20

Muitos acreditam que a base de uma boa lavoura de café - além do preparo adequado do solo, calagem e fosfatagem - são as mudas escolhidas para o plantio. Mas o que às vezes o produtor desconhece é a origem das sementes utilizadas para formação das mesmas, ou seja, de quais lavouras são colhidas e quais os critérios usados na seleção de cada variedade. O Viveiro Monte Alegre (Vicinal Franca-Ribeirão Corrente, km 16, via Engenho Queimado), de propriedade do Sr. Luiz Cunha Sobrinho e seus filhos, Luis Cláudio e André Cunha, desenvolve há anos um trabalho de seleção das plantas visando a colheita das sementes de qualidade. “Buscamos sempre, em primeiro lugar, o potencial produtivo de cada cultivar de café, aliado a alta sanidade, uniformidade da maturação, peneira alta, Catuaí Vermelho 99

boa arquitetura das plantas e longevidade da lavoura; sem esquecer de preservar as características de uma boa bebida do café produzido” explica Luiz Cunha. Quando chega a época da semeadura do viveiro, uma equipe treinada vai até os campos de variedades e com peneiras colhem os melhores grãos, maduros, das “melhores plantas” (popularmente denominados “florões”), previamente selecionadas e marcadas com um barbante branco e em outra situação em variedades com seleção mais uniforme são marcadas com barbante vermelho as plantas a serem ignoradas. No mesmo dia os grãos colhidos são despolpados e deixados em descanso (em tambores com água), para que no dia seguinte sejam batidas com rodo de borracha - para evitar a quebra do pergaminho - onde será retirado o excesso de mel e

Catuaí Amarelo 62


mudas faz de viveiro referência na Alta Mogiana sementes ‘chôchas’ e mal granadas que bóiam na água. Posteriormente as sementes são secas à sombra até que atinja a umidade desejada, seguindo para as catadeiras, onde são retirados manualmente todos os grãos imperfeitos (‘moquinhas’, ‘conchas’ e ‘mal formados’) e impurezas existentes. Na seqüência, as sementes são tratadas com fungicidas específicos que preservam a sanidade das mesmas. Logo a seguir, as sementes são levadas ao viveiro para a semeadura. Mas este assunto nós retrataremos na próxima edição da revista.

Vista aérea do viveiro

Canteiro de mudas

Mundo Novo LC

mos mudas por encomenda, para plantio convencional e também os ‘mudões’ (mudas com 50 cm de altura), ideais para replantio em lavouras adultas”, afirma André Cunha. A Fazenda Monte Alegre - no qual o viveiro encontra-se instalado - mantém quatro campos com mais de 50 variedades de café devidamente separadas e identificadas, originárias de sementes obtidas no IAC, na Epamig , no Procafé e outras selecionadas na própria fazenda. Nos campos observa-se as diferenças quanto a maturação, porte, arquitetura e tolerância à pragas e doenças, como é o caso de várias linhagens tolerantes à ferrugem e uma, em particular, ao bichomineiro. A produtividade de cada cultivar é medida em separado. Com acompanhamento de um engenheiro agrônomo, o Viveiro Monte Alegre é devidamente registrado no Ministério da Agricultura com o Certificado de Inscrição no Renasem - Registro Nacional de Sementes e Mudas. Todos os anos, o viveiro encaminha amostras de raízes ao Instituto Biológico, em Ribeirão Preto (SP), onde é emitido o laudo de isenção de nematóides e outras pragas de raízes, emitindo-se o CFO Certificado Fitossanitários de Origem, sendo liberado pelo responsável. Os interessados em conhecer de perto o trabalho diferenciado na seleção de sementes e produção de mudas de café desenvolvido pela família Cunha podem agendar uma visita. Contato pelo telefone (16) 3723-5784 ou pelo email: viveiromonte alegre@netsite.com.br.

Luis Cláudio e o pai, Luiz Cunha

21 Abril 2007

A família Cunha trabalha na produção de mudas de café no Viveiro Monte Alegre a mais de 10 anos. “Comercializa-

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Certificação

André Cunha Catucaí 6/30


GRÃOS

Dia-de-campo em Jeriquara mostra a tecnologia Pioneer

R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS

FOTOS: Revista Attalea

No último dia 13 de março, foi realizado no Fazenda Chico Rios, em Jeriquara (SP), na propriedade de Luis Carlos Bergamasco, o dia-de-campo de milho, organizado em parceria pela Bolsa Agronegócios, de Franca (SP), e a Pioneer Sementes. O evento contou com a participação de cerca 50 produtores e profissionais do setor e teve como destaque a apresentação do SCH - Sistema de Produtores avaliam o teste de campo das varieCombinação de Híbridos, que dades de milho. adequa cada material genético conforme a região e a tecnologia aplicada Jeriquara e mais um pouco na outra proem cada propriedade. priedade, em Minas Gerais. Mas a produGilmar Ribeiro, representante comer- tividade por hectare superou minhas cial da Pioneer, explicou a importância e expectativas”, afirmou o produtor. a qualidade dos milhos híbridos da emNo experimento, o híbrido 30F35 presa, principalmente o 3021, 30F35, se destacou com 220 sacas/ha, enquanto 30K75 e 30K73. 30K73 “São materiais exce- que os demais alcançaram a marca de lentes, superior em qualidade, resistência 159 sacas/ha. e produtividade”, afirma Ribeiro. A empresa recomenda, porém, que Luis Carlos Bergamasco ficou entu- os produtores não plantem apenas um siasmado com o resultado do experimen- material genético, mas sim vários, para to. “Sabia da qualidade do material e foi que haja maior segurança na colheita, por isso que plantei 100 hectares aqui em independente das condições climáticas.

Abril 2007

22

O Engº Agrº Allan de Menezes Lima, gerente da Bolsa de Agronegócios de Franca; Luis Carlos Bergamasco, produtor; Gilmar Ribeiro, representante comercial Pioneer; e Bruno Monteiro Ferreira, auxiliar técnico de campo.

A Bolsa Agronegócios é uma distribuidora das Sementes Pioneer na cidade de Franca e região. “A parceria vem se destacando nos segmentos safrinha e plantio de verão, tanto para o milho quanto para soja e sorgo”, afirma o Engº

Agrº Allan de Menezes Lima, proprietário da Bolsa Agronegócios. Lima afirma ainda que, apesar do avanço da cana-de-açúcar, a Pioneer surpreendeu, superando as expectativas de vendas na região de Franca. “Dispomos de materiais genéticos para atender os produtores de acordo com suas necessidades, independentemente do nível tencnológico e da área plantada, pois essa é a satisfação de uma empresa pioneira no mercado, focado em levar tecnologia com resultados para todos os clientes”, afirma Gilmar Ribeiro. Para isto, o auxiliar técnico Bruno Monteiro visita os produtores, orientando-os sobre a melhor regulagem dos equipamentos e a qualidade de cada material genético.

Híbrido que combina elevado potencial produtivo, ampla adaptação geográfica e defensividade às principais doenças tropicais, em especial, a Phaeosphaeria e a Cercospora. Sob alta pressão da doença, este híbrido pode apresentar suscetibilidade ao Exserohilum turcicum.

Híbrido com elevada defensividade às principais doenças do milho (como Antracnose de Colmo, Cercospora e Exserohilum turcicum), o que confere uma elevada estabilidade produtiva. Recomenda-se combinar preferencialmente com híbridos de menor ciclo e maior potencial produtivo.

FOTOS: Revista Attalea

Parceria

Híbrido precoce recomendado para o período normal de plantio. Apresenta elevado nível de resposta ao manejo, como elevação dos níveis de adubação, redução no espaçamento e aumento da população de plantas. Recomenda-se evitar o plantio em áreas com baixos índices de fertilidade.


GRÃOS

Safras & Mercado Mercado. O último levantamento da consultoria mostra uma colheita de soja de 46% contra 32% em 2006 e 27% na média de cinco anos. De acordo com o consultor, as chuvas anteciparamse e, com isso, o plantio foi mais cedo. “Houve também uma tentativa dos produtores de usar mais de sementes precoces para fugir da ferrugem e viabilizar o plantio do milho”, acrescenta França Jr. A comercialização da safra de soja também está mais adiantada em relação ao ano passado, com preços superiores. As cotações são, em média, 30% superiores às do mesmo período de 2006. O último levantamento da consultoria mostra que o produtor está co-

lhendo mais por hectare. A produtividade média esperada era de 2.675 quilos por hectare. Agora, a Safras & Mercado prevê 2.763 quilos por hectare na média brasileira. “Não está descartada a possibilidade de ser ainda melhor”, avalia França Jr. Para o milho também há adiantamento na colheita e nas vendas. De acordo com a AgraFNP AgraFNP, 37% da área de milho já foi colhida ante aos 27% no mesmo período do ano passado. A previsão da consultoria é que 22% da produção tenha sido vendida e os preços estão acima dos praticados no mesmo período de 2006. (Fonte: Gazeta Mercantil )

Safrinha de milho deve superar expectativas Se depender do volume de vendas de sementes de milho para a safrinha, a colheita será bem superior às estimativas iniciais. O governo projeta uma produção de 12,95 milhões de toneladas. No entanto, o que foi comercializado de semente é suficiente para um cultivo de 4,1 milhões de hectares que, com uma produtividade média de 3.344 quilos por hectare, é suficiente para uma safra de 13,7 milhões de toneladas. A estimativa da AgraFNP é que 75% da

área esteja cultivada. Segundo dados da APPS - Associação Paulista de Produtores de Sementes, no primeiro bimestre deste ano 84% das sementes repassadas às revendas haviam sido vendidas. No mesmo período de 2006 o índice era de 74%. O levantamento mostra que foram comercializadas 78.479 toneladas de sementes ou 3,989 milhões de sacas. O volume é 58% superior na comparação com o mesmo período de 2006.

23 Abril 2007

A venda de milho e soja está mais adiantada este ano, seguindo o mesmo ritmo da colheita. O clima bom adiantou a colheita de milho primeira safra e soja - que respondem por 70% da produção total de grãos. Em média, 40% das 92,4 milhões de toneladas previstas para estes dois grãos já saíram do campo. A comercialização segue o mesmo ritmo. Com isso, abre-se espaço para o cultivo da safrinha de milho. Além de colher mais cedo e vender mais rápido, o produtor brasileiro está ganhando em produtividade e em preço neste ano. Os grãos foram vendidos a valores de 30% a 40% superiores ao mesmo período do ano passado e a colheita por hectare está até 6% maior, na média dos dois produtos. “Este ano é o sonho de todo produtor. Quem sai primeiro na colheita consegue preços bons”, explica Fábio Turquino Barros, analista da AgraFNP FNP. Ele lembra, ainda, que parte da comercialização foi feita antecipadamente. A colheita e a venda mais adiantadas é a da soja, com uma média de 47% e 48%, respectivamente, segundo a média das principais consultorias do setor. Os valores são 12,5 e 15,5 pontos percentuais superiores aos mesmo período de 2006. Maria Amélia Tirloni, analista da AgRural AgRural, diz que o clima fez com que o cultivo se adiantasse e muitos produtores também cultivaram soja precoce, favorecendo a colheita antecipada. De acordo com a consultoria, o movimento maior ocorreu em Mato Grosso, onde estimase que 86% dos grãos já foram colhidos. “Os volumes também são superiores à média dos últimos cinco anos”, acrescenta Flávio França Júnior, analista da

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Comercialização de milho e soja avança com a colheita


Amora-Preta: uma nova opção para a diversificação das propriedades frutícolas

R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS

Rafael Pio 1 Edvan Alves Chagas 2 Wilson Barbosa 2 Silvana Catarina Sales Bueno 3

Abril 2007

24

FOTOS: Rafael Pio

exploradas. As frutas podem ser usadas para consumo ‘in natura’ ou industrializados na forma de sucos naturais e concentrados, fruta em calda, polpa para sorvetes, corantes naturais e produtos A fruticultura é uma das geleificados, como geléias e doces atividades aglutinadora de mãocremosos. Além dessa versatilide-obra, nas diversas atividades dade, a tecnologia de industriinerentes ao pomar, como podas, alização é simples e acessível. desbastes, raleio e colheita. A Outra característica peculiar atividade frutícola consegue gesão suas propriedades nutracêrar mais empregos diretos e indiuticas. A amora-preta ‘in natura’ retos do que qualquer indústria, é altamente nutritiva. Contém hoje tão procurada pelas prefei- Amora-Preta, culvitar Brazus, com frutos em diferen- 85% de água, 10% de carboites estágios turas para geração de impostos. dratos, com elevado conteúdo de A amora-preta é uma espécie minerais, vitaminas B e A e cálcio. A recomendação de alternativas de produção para o agricultor é de suma arbustiva de porte ereto ou rasteiro, que Propagação importância. A preferência por alimen- produz frutos agregados, com cerca de 4 tos, tecnologia e processos produtivos não a 7 gramas de coloração negra e sabor agressivos ao ambiente serão intensi- ácido a doce-ácido. Apresentam em suas A propagação da amora-preta se faz ficados, sendo valorizadas, portanto, as principais variedades comerciais espi- através de estacas de raízes onde estas, tecnologias limpas e técnicas de produção nhos, que exigem do operador da colhei- por ocasião do repouso vegetativo, são ta muito cuidado com sua integridade preparadas e enviveiradas em sacolas orgânica. Dentre as várias opções de espécies física e com a qualidade do fruto. São plásticas. Podem ser usados brotos frutíferas com boas perspectivas de plantas que só produzem em ramos de (rebentos), originados das plantas comercialização, surge à amora-preta ano, sendo após a colheita eliminados, cultivadas. Também a propagação (Rubus sp.) como umas das mais pro- enquanto alguns ramos estão produzindo, através de estacas herbáceas é uma das outras hastes emergem e crescem alternativas viáveis. missoras. A amora-preta é uma das espécies renovando o material para a próxima Cultivares que tem apresentado sensível cresci- produção. No Rio Grande do Sul, a amora-preta mento nos últimos anos no Rio Grande do Sul e tem elevado potencial para o Sul tem tido grande aceitação pelos produOs principais cultivares para o Brasil tores, devido ao seu baixo custo de são: ‘Xavante’ e ‘Ébano’ (sem espinhos), de Minas Gerais. A amora preta, assim como a produção, facilidade de manejo, rustici- ‘Guarani, ‘Tupi’, ‘Choctaw’, ‘Comanche’, framboesa, faz parte de um grande grupo dade e pouca utilização de defensivos ‘Cherokee’, ‘Caingangue’ e ‘Brazus’. de plantas do gênero Rubus. Este gênero agrícolas. A produtividade pode alcançar pertence à família Rosaceae, onde existem até 10.000 kg/ha/ano outros gêneros de importância para a sob condições adefruticultura (Malus – maçã, Prunus – quadas. No Estado de São pêssego e ameixa, Pyrus – pêra, Cydonia Paulo, a região de – marmelo, entre outros). Campos do Jordão é a 1 - Engenheiro Agrônomo, D.Sc., Professor mais representativa e Adjunto da Unioeste - Universidade Estadual em Minas Gerais os do Oeste do Paraná. Marechal Cândido Rondon (PR). Email: rafaelpio@hotmail.com. primeiros plantios 2 estão sendo realizados - Engenheiro Agrônomo, D.Sc., Pesquisador Científico do IAC - Instituto Agronômico de em Caldas, Baependi Campinas (SP). Email: echagas@iac.sp.gov.br, e Barbacena. Regiões facampo@iac.sp.gov.br. e wbarbosa@iac.s p.gov.br de clima temperado 3 de altitude (superiores - Engenheira Agrônoma, D.Sc., Núcleo de Produção de Mudas. DSMM/CATI/SAA. São a 1.000 metros) são as Bento do Sapucaí (SP). Email: scsbueno@cati. Amora-Preta, cultivar Caigangue. preferencialmente sp.gov.br


Comercialização Quanto à forma de comercialização, observa-se, no mercado ‘in natura’, a presença de embalagens semelhantes às utilizadas para morango, onde, em cada “cumbuca”, são ofertados em torno de 120 a 150 gramas de frutas de amoreirapreta.

- SENAR MINAS - SENAR MINAS 200 mil alunos da região de Passos no “Semeando-2007”

Fazendas cafeeiras de Cabo Verde treinam gestão de qualidade

Tratoristas de Piumhi se aperfeiçoam no uso de tratores agrícolas

Cerca de 200 mil alunos de escolas municipais e estaduais da região de Passos vão participar do Semeando 2007 – considerado o maior programa gratuito de educação ambiental realizado no Estado e promovido pelo Sistema FAEMG/SENAR MINAS (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais/Serviço Nacional de Aprendizagem Rural). Neste ano, do total de 2,5 milhões de escolares que serão atendidos no Estado, estão inscritos na região 197.398 estudantes de 1ª a 8ª séries de 623 escolas. Serão atendidos estudantes de Passos, São Sebastião do Paraíso, Cássia, Alpinópolis, Bom Jesus da Penha, São João Batista do Glória, Capetinga, Carmo do Rio Claro, Capitólio, Claraval, Conceição da Aparecida, Delfinó-polis, Fortaleza de Minas, Guapé, Ibiraci, Itaú de Minas, Itamogi, Piumhi, Pratápolis, São Roque de Minas e Vargem Bonita. A melhor experiência pedagógica, entre as dez melhores premiadas regionalmente receberão um carro 0km 0km, um para cada categoria A e B.

O SENAR MINAS iniciou em Cabo Verde (MG) um curso gratuito de GQC (Gestão com Qualidade em Campo) – programa que visa melhorar a administração na propriedade rural. O treinamento, que tem 224h aulas e prossegue até 21 de maio, é direcionado a 20 participantes de fazendas de café do município. A parceria é do Sindicato dos Produtores Rurais de Cabo Verde e do núcleo da Cooxupé - Cooperativa Regional dos Cafeicultores de Guaxupé. “O GQC do SENAR tem como meta levar informações na área de gestão para que o administrador melhore a qualidade de produção em suas propriedades. Com o curso, eles poderão fazer um plano de gestão para um tempo de 4 anos, de 2007 a 2010”, contou o instrutor Engº Agrº Edson Ferreira Fontes. O curso é dividido em oito módulos, sendo quatro deles teóricos e outros quatro consultorias in loco nas fazendas dos participantes. Na teoria, os alunos vêem assuntos como diagnóstico da empresa rural, análise dos pontos fortes e fracos, planejamento estratégico, prazos, organização e controle de mercado.

Tratoristas de Piumhi (MG) receberam treinamento gratuito do SENAR MINAS entre os dias 5 e 9 de março último. O curOperação e Manutenção de Traso “Operação tores Agrícolas Agrícolas” teve como objetivo capacitar os trabalhadores rurais no uso de tratores e maquinas agrícolas. A parceria foi com o Sindicato dos Produtores Rurais. Participaram do curso 10 tratoristas das fazendas Santa Júlia e Santana do Paraná, zona rural de Piumhi. Ao todo, foram 40h aulas, sendo 95% delas práticas. “Com o treinamento, os tratoristas se aperfeiçoaram no trabalho de operação e manutenção de tratores, observando aspectos de segurança no trabalho e preservação do meio ambiente”, disse o instrutor do SENAR, engenheiro agrícola Wander Magalhães Moreira Jr. O tratorista Pedro Olivério Silva, há mais de 10 anos na área, aprovou o treinamento. “Todo dia, a tecnologia muda e temos que nos adaptar à máquina. Com o curso do SENAR, aprendi muita coisa que vai melhorar o meu serviço, principalmente em casos de urgência”, avaliou.

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Sistema de cultivo da amoreira-preta.

25 Abril 2007

A amoreira-preta desenvolve-se bem em solos drenados e medianamente ácidos (pH 5,5 a 6,5). O manejo das plantas é simples, devendo-se tomar maiores cuidados com a adubação, controle de invasoras, podas de limpeza e desponte e, particularmente com a colheita, devido à elevada Amora-Preta, culvitar Guarani. sensibilidade dos frutos. Algumas dos cultivares plantadas no de crescimento ereto e decumbentes, Brasil necessitam de tutor para suportar sendo limitante para o gênero Rubus. Os o peso das hastes e da produção. Normal- sintomas são o aparecimento de rosetas mente, isto é feito através de um sistema que podem resultar numa mudança de de espaldeira dupla. fenótipo da planta, provocando redução de produção, da qualidade das frutas e Doenças e Pragas em casos severos, até a morte da haste. A presença de ferrugem nas folhas e Uma das principais doenças da cultu- podridões causadas por Botrytis nas ra é a antracnose [Elsinoe veneta (Burkh) frutas, são bastante comuns na época das Jenkins], podendo levar à morte das chuvas, mas não vem a causar sérios hastes de frutificação. Outra doença problemas em pomares bem manejados. bastante importante na cultura é chamaQuanto a pragas, a incidência de da de enrosetamento [Cercosporella rubi ácaros e lagartas propiciam o enrola(G. Wint) Plakidas], que ataca cultivares mento das folhas.

FOTOS: Rafael Pio

Sistema de cultivo


EVENTOS

R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS Abril 2007

26

Faltando um pouco mais de um mês para o início da 38ª Expoagro - Exposição Agropecuária de Franca, a Divisão de Agronegócios da prefeitura municipal praticamente definiu as atrações agropecuárias que circularão de 18 a 27 de maio pelas pistas do Parque de Exposições “Fernando Costa”, em Franca (SP). No primeiro turno, a Expoagro contará com as exposições de Gado Girolando e Gir, bem como de Cavalo Árabe e a entrada dos Ovinos Santa Inês e Morada Nova. Já no segundo turno, o evento contará com as exposições de Gado Nelore e Cavalos Mangalarga. O grande destaque da exposição será a Interestadual do Girolando, que está rankiada pela Associação Brasileira dos Criadores de Gado Girolando e acontecerá no primeiro turno da exposição. “Estamos prevendo a presença de cerca de 150 animais”, afirma Heitor de Lima, diretor de Agronegócios da prefeitura. A exposição de ovinos também merece destaque. Ela está sendo organizada pelo Núcleo de Criadores de Ovinos de Franca e Região, com a supervisão da Aspaco - Associação Paulista dos Criadores de Ovinos. “Para o próximo ano, a exposição de ovinos na Expoagro será ranquiada a nível estadual pela Aspaco”, afirma Sérgio Bertelli Garcia, do núcleo de criadores. As raças predominantes no julgamento de ovinos serão a Santa Inês e a Morada Nova. A última, inclusive, coloca o nome da região de Franca em destaque, visto que, com exceção do nordeste brasileiro, nenhuma outra região do país cria o Morada Nova. Já a Santa Inês vem sendo a preferida dos criadores, inclusive

Gustavo Estrela e Célio Augusto Pereira Rodrigues, organizadores da Expocães.

FOTOS: Revista Attalea

Girolando e Ovinos são os destaques em Franca

Novilha Girolando em julgamento na pista principal do Parque Fernando Costa

Grandes criadores de ovinos Santa Inês promovem disputas acirradas na Expoagro, como a Carpa (Serrana/SP, à esquerda) e Cabanha Tamburi (Cajuru/ SP, à direita).

Jurado da exposição de Mangalarga, em 2006, premia os animais da prova de andamento.

Animais de elite da raça Nelore são as principais atrações nos pavilhões de bovinos.

com a possibilidade de contar com a presença de criadores do Nordeste. Outra exposição ranquiada será a do Cavalo Mangalarga, que acontecerá no segundo turno. De acordo com Paulo Roberto Ferreira Pinto, médico veterinário da Divisão de Agronegócios da prefeitura, os jurados ainda não foram definidos, mas a exposição consta no calendário da ABCCRM - Associação Brasileira dos Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga. A tradição da Expoagro será mantida com a exposição do Gado Gir e do Gado Nelore, que ocuparão a maioria das 300

argolas existentes no recinto do parque. Os criadores de Gir entrarão no primeiro turno, enquanto que os criadores de Nelore estarão na parte final da exposição. A Expoagro contará ainda com a tradicionalíssima Expocães - Exposição Regional de Cães, organizada com brilhantismo por Gustavo Estrela, representante da Guabi em Franca (SP). A Expocães acontecerá no primeiro domingo da feira, dia 20 de maio. Já no dia 27 de maio, na pista central, a Sociedade Hípica de Franca e o Equestrian Center organizarão uma prova regional de hipismo.

Criadores de Cavalo Árabe trazem a elegância de belos animais para a Expoagro.

Na Expocães, animais de várias raças fazem a festa no primeiro domingo da feira.

O público participa com entusiasmo dos julgamentos dos animais.


III SIMPÓSIO DE PLANTIO DIRETO - Degradação do Solo e Sequestro de Carbono dias 02 a 04. FEALQ/USP. Anfiteatro do Pavilhão de Engenharia. Piracicaba (SP). INF. (19) 3417-6604. Site: www.fealq.org.br. Email: cdt@fealq.org.br AVE-SUI REGIÕES - Feira da Indústria de Aves e Suínos dias 10 a 12. Gessuli Agribusiness. Expominas. Belo Horizonte (MG). INF. (11) 21183133. www.avesui.com.br II WORKSHOP INTERNACIONAL DE PÓS-COLHEITA DE FRUTAS dias 10 a 12. IAC. Campinas (SP). INF. www.iac.sp.gov.br

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6º GRANDE LEILÃO ANUAL DE GIROLANDO FAZENDA SANTA LUZIA - 400 fêmeas dia 28. Embral Leilões.Fazenda Santa Luzia (José Coelho Vitor & Filhos). Passos (MG). Transmissão Canal Terra Viva. INF. . Site: www.embral.com.br 73ª EXPOZEBU - Exposição Internacional de Gado Zebu dias 29 a 10/05. ABCZ. Pq. Fernando Costa. Uberaba (MG). INF. www.abcz.com.br

33º EXPO ARAXÁ dias 13 a 22. Parque de Exposições. Araxá (MG). INF. (34) 3661-4209. www.sic.org.br CURSO DE CORTES E QUALIDADE DA CARNE BOVINA: CORTE FILET MIGNON dia 18. Casa Gourmet Arno Shopping Interlagos(Interlagos). São Paulo (SP). INF. (11) 3814-4147. www.sic.org.br COOXUPÉ - UNIDADE DEMONSTRATIVA DE MILHO dia 20. Cooxupé. Fazenda Novo Horizonte (Samuel Pimenta Viana). Alpinópolis (MG). INF. Site: www.cooxupe.com.br

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I CONCANA - Congresso Internacional de Tecnologia na Cadeia Produtiva da Cana dias 26 a 30. FAZU e Canacampo. Centro de Eventos ABCZ. Uberaba (MG). INF. (34) 3315-4100. Site: www.concana.com.br

COOXUPÉ - UNIDADE DEMONSTRATIVA DE CAFÉ dia 12. Cooxupé. Fazenda Santa Terezinha (Antonio Maris /outros). Alfenas (MG). INF. Site: www.cooxupe. com.br

COOXUPÉ - UNIDADE DEMONSTRATIVA DE CAFÉ dia 27. Cooxupé. Fazenda Padre Vitor (Pedro Augusto de Paula). Carmo do Rio Claro (MG). INF. Site: www.cooxupe. com.br

CURSO MINHOCULTURA E COMPOSTAGEM (AAO) dia 6. AAO. Minhocário do Parque da Água Branca. São Paulo (SP). INF. (11) 3875-2625. Site: www.aao.org.br. GESTÃO DE CUSTOS EM MÁQUINAS AGRÍCOLAS dia 15. IAC. Centro de Engenharia e Automação. Jundiaí (SP). INF. www.iac.sp.gov.br

EXPOAL - EXPOSIÇÃO AGROP. COM. IND. ALFENAS dia 17 a 20. Parque de Exposições. Alfenas (MG). INF. (35) 3291-1174. agronegocios@ artefinal.com.br

AGRISHOW Ribeirão Preto dias 30 a 05/05. Abimaq. Estação Experimental. Ribeirão Preto (SP). INF. (11) 5591-6300. Site: www.agrishow.com.br

COOXUPÉ - UNIDADE DEMONSTRATIVA DE CAFÉ dia 4. Cooxupé. Fazenda Mãe-deOuro (Nahor Luz de Faria Jr.). Alpinópolis (MG). INF. Depto. Assist. Técnica. Site: www.cooxupe. com.br SEMINÁRIO DE CAFÉ ORGÂNICO dias 4 e 5. Palestrantes: Drª Ana Maria Primavesi, Dr. Paulo Chagas e Msc. Antonio Carlos Fonseca Leal. Vitória da Conquista (BA). INF. (75) 3621-3153. Email: acofonseca@uol.com.br

38ª EXPOAGRO - EXP. AGROPECUÁRIA DE FRANCA dias 18 a 27. Parque Fernando Costa. Franca (SP). INF. (16) 3724-7080.

CURSO DE CORTES E QUALIDADE DA CARNE BOVINA: CORTE ACÉM e FILET MIGNON dia 24. Casa Gourmet Arno Shopping Interlagos(Interlagos) e Shopping Plaza Sul (Saúde). São Paulo (SP). INF. (11) 3814-4147. www.sic.org.br

COOXUPÉ - UNIDADE DEMONSTRATIVA DE CAFÉ dia 24. Cooxupé. Fazenda Onça (Ricardo Grassano). Monte Santo de Minas (MG). INF. Depto. Assist. Técnica. Site: www.cooxupe. com.br

Os Independentes organizam em Barretos o 4º Pec Show

O IV Barretos Pec Show acontece de 14 a 22 de abril no Parque do Peão, em Barretos (SP) e vai contar com a participação dos maiores pecuaristas do Brasil. Mais de mil animais entre bovinos, eqüinos e ovinos estarão em exposições e amostras durante o evento, que é uma parceria com o grupo de criadores G8. Na exposição de bovinos, cerca de 800

animais são esperados das raças Nelore Padrão, Nelore Mocho e Brahman. Também estão previstos leilões de gado da raça Brahman, uma das mais nobres do mundo. A raça de cavalos Mangalarga também estará presente no evento. Exemplares premiados de Mangalarga vão participar da exposição que terá grandes criadores da conceituada raça para lazer e trabalho. Pela primeira vez, o Pec Show fará uma amostra de ovinocultura com animais das raças de elite Dorper e Santa Inês. No dia 18, no Rancho CMT de Os Independentes, no Parque do Peão, com o apoio do Sebrae-SP, será realizado o Simpósio de Ovinos. O evento contará

com especialistas na criação de ovinos e produtores da região. Serão organizadas mesas de debates e palestras, como a de “Melhoramento Genético”, organizado pela Embrapa, de Sobral (CE). Está confirmada da presença de João Paulo de Almeida Sampaio Filho, Secretário de Agricultura e Abastecimento e dos mais importantes rebanhos de ovinos do Brasil: Cabanha São Pedro (raça dorper), Carpa Serrana, Mombuca e Fazenda Vassoural (raça Santa Inês). “Durante 11 dias em abril, Barretos vai se tornar, mais uma vez, a vitrine do gado fino no Brasil, reunindo também os maiores nomes da pecuária brasileira”, afirma Marcos Abud, presidente de Os Independentes.

R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS

SEMINÁRIO DE GESTÃO ECONÔMICA NO AGRONEGÓCIO dia 02. GEATEC - Gestão Agroindustrial.Hotel Continental. São Paulo (SP). INF. (19) 34137228. Site: www.rehagro. com.br

FEPAGRI - Feira de Tecnologia, Serviços e Produtos para Peq. e Médios Produtores Rurais dias 12 a 15. Sindicato Rural. Centro de Eventos. Araraquara (SP). INF. (16) 3335-9190. www.fepagri.com.br

27 Abril 2007

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PECUÁRIA LEITEIRA de 29/03/2007 a 01/04/2008. Rehagro. Passos (MG). INF. (31) 3264-0312. Site: www.rehagro. com.br

CURSO DE PERMACULTURA dia 5. AAO. Parque da Água Branca. São Paulo (SP). INF. (11) 3875-2625. Site: www.aao.org.br.


Abril 2007

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R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS


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