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exterior
Arquiteto do verde
Um dos grandes nomes do paisagismo contemporâneo no Brasil e exterior, o arquiteto Alex Hanazaki considera a profissão, antes de tudo, uma busca pelo bemestar. Suas raízes no interior de São Paulo voltaram com força na vida profissional, quando descobriu o paisagismo. Hoje com escritório em São Paulo, ele afina o perfeccionismo com sua alma cosmopolita para criar cenários carregados de memória emocional - como obras de arte a céu aberto. Idealista, ele contou, durante a entrevista com exclusividade para a Decorar, que sonha em levar o paisagismo para os espaços públicos urbanos.
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No terreno com vista para o campo de golfe, em Porto Feliz (SP), foi projetada nova área para piscina onde foram plantadas palmeiras washingtonia já adultas com cerca de 6 m de altura, para valorizar a vista de quem está na casa e contrapor a linearidade da piscina.
O paisagismo é algo empírico para você?
AH - Desde criança sabia que seria arquiteto. O início do paisagismo foi por acaso. Na faculdade descobri que a arquitetura era um universo cheio de áreas, e fui trabalhando em várias até chegar ao paisagismo, quando deu um estalo. No começo de carreira, não negava nenhum tipo de solicitação, mas quando comecei a ter mais demanda de paisagismo, fui abrindo mão de outras e me aperfeiçoando. Um processo autodidata.
Mais do que conhecer espécies de plantas, o que é paisagismo?
AH – É tudo e qualquer definição na área externa, já que a arquitetura me dá ferramentas para interferências em espaços para churrasqueira, piscinas, muros, calçadas. A vegetação é mais um elemento que auxilia na estética.
Em relação às plantas, você segue tendências ou estilos?
AH – A escolha das plantas segue uma série de questões, que incluem, por exemplo, localização da obra (clima) e análise comercial (o que se tem disponível na região). Por isso, às vezes, existe uma tendência por conta de demanda, mas procuro ir contra modismos. Gosto de propor o novo.
Como seu trabalho pode colaborar para um mundo melhor hoje?
AH –Paisagismo ainda está voltado para a classe social mais abastada no âmbito privado e estamos lentamente num caminho para colocá-lo no espaço público. Meu grande sonho é disseminar o paisagismo, disponibilizando espaços públicos com design, conforto, beleza e bem-estar. O setor privado também tem contribuído ao ceder espaços, como praças, empreendimentos e shoppings, sem barreiras para a população.
Fale sobre a integração pessoas e natureza nas suas criações.
AH – É fundamental, já que estudos comprovam bem-estar físico e espiritual. O paisagista tem a missão de fazer essa ponte: trazer a natureza para perto do homem, principalmente nas grandes cidades.
A casa em São Paulo faz a simbiose entre interior e exterior, com salas transformadas em grandes varandas e com iluminação abundante. Na entrada, um jardim contemplativo, como uma obra de arte em tons de verde, texturas e simetrias.
As Triplaris brasiliensis (pau formiga) fazem a bordadura do muro de pedra sobre a piscina e dão um show quando floridas. Para Hanazaki, o paisagismo é intrínseco a toda área externa, do jardim à piscina, passando por muros e calçadas, tendo a vegetação como um importante elemento.
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