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MESAS DE CENTRO
Como já diz o nome, as mesas de centro são pontos fortes na decoração. Elas ganham destaque no meio dos ambientes. São práticas, funcionais, sendo uma base estratégica para exposição de objetos como esculturas, castiçais, livros e, também, na hora de receber, para apoiar copos e bandejas. Existem diversas opções de mesas de centro: quadradas, retangulares, redondas ou componíveis, compostas pelos mais diferentes materiais, como vidro, madeira, laca, pedra natural ou metal. Para você se inspirar, separamos alguns modelos que realçam qualquer living!
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Mula Preta | @mulapreta
Inspirados pelas formações geográficas de Natal-RN, a mesa Falésia em formato quadrado, é composta por compensado FSC e vidro, que arremata o encontro com o mar.
Jeferson Branco | @jefersonbranco
A coleção autoral de Jeferson Branco, denominada Pangëa, é composta por mesas com recorte do tampo, na cor do fragmento das pedras ornamentais brasileiras, exóticas e únicas na natureza, exclusivamente escolhidas. As mesas possuem pé cônico em aço carbono preto e com as opções de 50cm ou 70cm de altura.
Jader Almeida | @jaderalmeida
A flexibilidade da madeira e do composto de cortiça permitiu ao designer Jader Almeida produzir uma forma ousada à mesa de centro ROOTS. O material é de origem natural, renovável e reciclável. As linhas de uma sensualidade contida se agregaram a elementos orgânicos, conferindo uma forma versátil e inusitada à essa peça.
Studio Linda Martins | @studiolindamartins
A linha Alegra eleva o significado que deu origem ao seu nome, afinal é composta por peças radiantes que misturam cores e materiais com estilo e personalidade. Seus tampos são feitos em granilite, um dos materiais mais antigos e bem vistos do mercado, com ampla variedade de cores. Já suas bases, produzidas em metal, exibem traços minimalistas e contemporâneos.
Fahrer | @fahrerdesign
A mesa Tapajós representa um encontro de matérias-primas que cria o efeito de uma canoa sobre o rio que dá origem ao nome da peça. Produzida em madeira multilaminada curvada e em vidro, a mesa está disponível em diferentes dimensões e, também, na cor preta.
Breton | @bretonoficial
Criada pelo estilista Reinaldo Lourenço, a Linha Rei apresenta o conforto aliado ao estilo único e urbano do autor. A mesa de centro, que faz parte da coleção, possui formato redondo, com duas partes que podem ser deslizadas, permitindo duas formas de uso. A peça é produzida em lâmina de pau-ferro natural, com possibilidades de customização.
estúdiobola Campinas | @estudiobolacampinas
A mesa Cavaletta possui pés e estrutura em madeira maciça certificada. A mesa está disponível em freijó natural ou acabamentos tingidos, com tampo em MDF laminado, vidro pintado ou pedra.
A CASA FLUÍDA
A EXPOSIÇÃO CONSEGUIU DRIBLAR A PANDEMIA E ATRAIR, COM TODA A SEGURANÇA, EM TORNO DE 60 MIL VISITANTES, QUE CONFERIRAM AS NOVIDADES DE MAIS DE 400 EXPOSITORES.
Acasa respira, se adapta e se modifica de acordo com os desejos, necessidades e dinâmica de vida de seus moradores. A casa intrínseca à vida. O abrigo que acolhe, estimula, convida, conta histórias, desperta lembranças, sentimentos, sensações e emoções. A casa afetiva. A casa corrente, fluente de vida. A corajosa edição especial do Salone del Mobile. Milano, o Supersalone, realizada entre 5 e 10 de setembro nos pavilhões de Rho, em Milão, captou todo o universo em transformação em relação ao habitar dos espaços privados, residenciais ou corporativos, aos públicos. Entrou para a história como um ponto de virada, demarcando o momento de reabertura na Europa e no mundo das agendas e circuitos de exposições presenciais em design e interiores, trazendo insights fundamentais para as novas configurações do morar, com uma leitura do espaço, sua vivência e utilização em plena evolução com o advento e os desafios impostos pela pandemia de covid-19.
Vida é uma ideia presente em todo o Supersalone e, também, nos eventos Fuorisalone, realizados até o dia 19 de setembro, constituindo o vasto universo cultural, artístico e inspiracional da Milan Design Week.
O Supersalone, edição especial do Salone del Mobile.Milano que já entrou para a história, reagindo à pandemia e trazendo a vida e o design, foi marcado conceitualmente por referências à natureza, em uma imersão que chega à nossa origem primitiva, como ancestralidade. A humanidade vence e perdura. Mensagem presente sob variadas perspectivas nesta edição.
A exposição conseguiu driblar a pandemia e atrair, com toda a segurança, em torno de 60 mil visitantes, que conferiram as novidades de mais de 400 expositores.
A busca pela autenticidade é um importante conceito para o morar destacado no Supersalone, um marco que identifica as transformações para o morar após o advento da pandemia, assim como a absorção irreversível das premissas da sustentabilidade no design e na produção do mobiliário e peças de decoração, já intrínseca à concepção, dentro dos preceitos da economia circular. Um design afetivo, tecnológico porém biológico, com características fortes da biofilia, dos elementos naturais, do resgate da memória e do savoir-faire artesanal, combinado com a melhor tecnologia produtiva, é outro input criativo muito relevante. Mais um insight está na força criativa dos novos pólos que surgem no panorama do design mundial, como o Brasil, que teve na MDW21 a maior participação em número de empresas e marcas expositoras, conforme divulgações oficiais. O mundo nos inspira, e esta edição do Supersalone mostrou como esta troca é importante. O Brasil, por outro lado, se consagra como fonte de inspiração e referência universal.
O primor da alta tecnologia industrial em simbiose com o cuidado e a personalização do trabalho artesanal, com sustentabilidade e inovação formal, material e conceitual. Luz, sonho, espaço e tempo – presente, passado e futuro, narrativas materializadas no móvel, no design. Estes são conceitos-chaves, mostrados no Supersalone e na Milan Design Week, para um admirável mundo que se descortina, e já se aplica, no morar e na relação humana com o espaço.
*A jornalista viajou a convite da organização do Salone del Mobile.Milano.
O “bosque urbano” nos pavilhões de Rho para o Supersalone, dentro do projeto ForestaMi, em uma parceria entre o Salone del Mobile.Milano e a prefeitura de Milão, com curadoria de Stefano Boeri e um dream team de profissionais da arquitetura e do design. O projeto ForestaMi deverá plantar 3 milhões de árvores na cidade e região metropolitana até 2030.
(Re)new Together, o tema central da Arper no Supersalone e MDW21, investiga novas formas de encontro e compartilhamento de espaços, depois do distanciamento imposto pela pandemia. A marca apresentou sua coleção 2020-2021, além da reedição de clássicos como duas novas opções de tecido Rubelli para a poltrona Bowl Chair (1951), da designer ítalo-brasileira Lina Bo Bardi, que ganhou a exposição especial “Lina Bo Bardi Together”, no showroom da Arper.
Espaços fluídos, com diversas proposições funcionais e referenciais de espaço e uso do ambiente. Este é um tema-chave para o morar, captado com muita visão por Stefano Boeri na criação da disruptiva cozinha Oasi, para a Aran Cucine, com carvalho primitivo emoldurando o tampo tecnologicamente esculpido em corian.
“Live the Transition”, com este tema a Natuzzi apresentou sua nova coleção, com projetos acolhedores e valorizando o bemestar, de nomes como Formafantasma, Massimo Iosa Ghini, Elena Salmistaro, Marcel Wanders studio. Na foto, projetos de Sabine Marcelis, o sofá Block e mesa de centro Patio, criados para um novo espaço doméstico, em configuração, “que é líquido e em constante mudança”.
A presença física da leveza: “modernidade líquida”, já modernidade etérea. Um belíssimo ensaio sobre a leveza e a precisão formal em projetos que trazem fortes elementos de inovação e sustentabilidade, como os lançamentos da Moroso, em seu geométrico poema de formas e ar “Secret Cubic Shelves”, por Olafur Eliasson, sublinhado no Supersalone pela organicidade linear das poltronas Ruff, provocante ensaio sobre o espaço por Patricia Urquiola.
A ideia da casa mudou radicalmente com a pandemia, tanto estilística quanto funcionalmente, e exige uma nova linguagem expressiva. Este foi o mote da Kartell para trazer lançamentos assinados por grandes nomes do design, tanto trabalhados em madeira quanto em plástico reciclado. Presentes, por exemplo, em lançamentos como a Re-Chair, por Antonio Citterio, a Poltrona Charla, por Patricia Urquiola, e a família A.I., com o A.I. STOOL RECYCLED, por Philippe Starck.
Uma peça emblemática no Supersalone é a cama estofada Yume, sonho em japonês, projetada por Gordon Guillaumier para Alf Da Fré, que comemorou seus 70 anos no evento. A peça, de formas particularmente distintas, é feita com materiais recicláveis. Como defende a marca que surgiu da tradição artesanal: “o futuro do design de produto é verde”.
A Gessi propôs mostrar sua essência mais profunda: a missão de colocar o ser humano no centro de seu sistema filosófico e de produto, “com o compromisso de melhorar a vida de quem descobre o mundo Gessi”, objetivo a ser alcançado, por meio de um sistema de valores éticos baseado no bem-estar individual. A linha outdoor da marca concebe a ducha externa como “uma extensão da paisagem e uma sublimação de seus elementos”.
Crédito foto: Camila Gino
Uma marca brasileira que brilhou em Milão foi a Modalle, que apresentou no Supersalone a brasilidade envolvente e global de peças como a Poltrona Caplin, por Mauricio Bonfim, a Cadeira Lunna, por Ibanez Razzera, e a Luminária Jericoacora, por Marta Manente. Sistemas visualmente leves, versáteis, funcionais, atingindo o estado da arte em bem-estar e autenticidade. Assim pensou a Porro, em propostas como Storage, o sistema de armários abrangente e multifacetado, projetado no ano 2000 por Piero Lissoni, e que passou por uma grande evolução estética e funcional. Tal evolução foi destacada no Supersalone com a bela instalação “The Electric Box ”, assinada por Lissoni, que é diretor de arte de Porro desde 1989, e inspirada no charme da Casa Elettrica de Figini’s e Pollini na Trienal de Monza de 1930: uma caixa transparente iluminada, uma escultura abstrata à primeira vista, que em um olhar mais atento se transforma em um móvel arquitetônico multifuncional graças a um estilo conceitual que aponta para as suas utilizações possíveis, ora como armário, ora como estante ou melhor, como móvel de cozinha. Foto: Divulgação
Design para durar, para evocar a memória, para trazer poesia, emoção e afeto. Esta é a proposta da Flexform no Supersalone e MDW 2021. A maior parte das peças usadas na coleção outdoor Lee pode ser reciclada. Projetada por Antonio Citterio, a coleção tem a estrutura feita totalmente da madeira africana conhecida como iroko, a Milicia excelsa.