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As novas tendências do vinho Os novos consumidores

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Fatto

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O hábito de tomar vinho não está mais apenas focado na tradição engessada, na ostentação, nos adultos (mais maduros), nem nos jantares formais e requintados. O vinho, ao longo da última década no Brasil, graças a alguns fomentadores minimalistas dessa cultura, perdeu o seu elitismo e o seu preciosismo, tornando-se uma bebida inclusiva para uma gama negligenciada do consumo.

É grandioso o número de jovens que, mesmo ocasionalmente, passaram a consumir o vinho no Brasil. E esses jovens, geralmente, não veem qualquer problema em experimentarem o vinho em diversas modalidades, formatos, recipientes e condições.

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É bem verdade que esse novo consumidor costuma não ter um poder de compra elevado, pois busca vinhos que apresentem uma boa relação custo-benefício e mostrem a bebida de forma interessante, versátil e descontraída.

Em ocasiões especiais, preferem vinhos com uvas ou processos atípicos e disruptivos, ao invés de optar por mais qualidade técnica. Para eles, o importante é participar dessa nova tendência a seu modo, descolados da tradição que engessa.

É natural que os produtores queiram agradar esse novo público, até porque o vinho é também um bem de consumo e de comércio (um negócio). E toda essa cadeia precisa ser levada em conta na hora de pagar as contas. Nessa perspectiva, o futuro chegou para esse mercado e contará cada vez mais com vinhos jovens, frutados, fáceis e objetivos na apreciação. E mais vedados com screw cup (tampa de rosca), vinolok (tampa de vidro), e com rolhas sintéticas (plásticas). E bem sintonizados a recipientes inovadores como latas, bag in box, tetra pak.

E quanto ao vinho tradicional, como ficará? Ele continuará a existir e crescer, porque uma coisa não exclui a outra. Toda etiqueta e sofisticação envolvidas na apreciação, as tradicionais embalagens (garrafas e rolhas), e o serviço formal comum nos grandes restaurantes com sua mise-en-scène criada e valorizada pelos consumidores mais tradicionais e conservadores permanecerá, porém haverá cada vez mais produtores jovens, descolados do tradicional produzindo vinhos para consumidores jovens que não estão afeitos às convenções.

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