Ano XXXIV - nº 382- Agosto/2014
Distribuição Gratuita. Venda proibida.
A serviço da Igreja de Dourados, a Diocese do Coração
Índice
Apresentação Caros leitores (as)! Estamos em agosto, mês pastoralmente dedicado a celebrar, rezar, refletir e animar as diversas realidades vocacionais, presentes na Igreja. Tudo isto para ajudar a cada batizado a assumir, verdadeiramente, o chamado de Deus em sua vida. Neste mês a capa desta revista diocesana, traz uma bela imagem do mosaico que compõe o presbitério da principal igreja de nossa diocese, a catedral diocesana Imaculada Conceição. Rico em detalhes, beleza estética e símbolos catequéticos, ele nos proporciona além do conhecimento, uma experiência mais profunda sobre o mistério de Deus, revelado na pessoa de Jesus Cristo, Senhor do Universo (Pantocrator). É um convite para todos nós a sermos colaboradores do projeto e execução da reforma que está iniciando, para torná-la mais bela e acolhedora. Aproxima-se cada vez mais o período de elegermos nossos novos representantes políticos, em âmbito estadual e federal. Este momento exige de nós uma reta consciência, seriedade e um patriotismo no mesmo tom, senão maior, que o exercido pelos brasileiros na época da copa, como nos leva a perceber o artigo escrito por dom Anuar Basttisti, arcebispo de Maringá-PR. Caro amigo (a), esta edição proporciona um sucinto e relevante material de reflexão, celebração, informação e conscientização. Basta que façamos uma leitura atenta e disposta em acolher sua mensagem contida nos artigos, círculos bíblicos, notícias e imagens que constituem esta edição. Rezemos pelas vocações e um abençoado mês de agosto! Pe. Marcos Roberto P. Silva padremarcosrobertop.silva@gmail.com
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A Palavra do Pastor
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Palavra de vida
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Testemunho de vida
Catedral de Dourados: retrato de uma comunidade que se renova!
“Perdoa ao próximo que te prejudicou; assim, quando orares, teus pecados serão perdoados” (Eclo 28, 2)
São Maximiliano Maria Kolbe
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A Palavra do Papa Quem é que pode assumir uma paróquia?
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Opiniões que fazem opinião Tempos de decisões
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Círculos bíblicos
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Pergunte e responderemos
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A Diocese em revista
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Fique por dentro!
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Fatos em foco
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Vida em família
Centro de Promoção da Família e da Vida
Minha família: meu pedacinho do céu
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Paróquias em destaque
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Patrocinadores
Paróquia Nossa Senhora Aparecida - Dourados
Expediente Revista Elo - Agosto/2014 - Ano XXXIV - nº 382 Diretor: Pe. Marcos Roberto P. Silva Propriedade: Mitra Diocesana de Dourados Diagramação e Projeto Gráfico: Michelle Picolo Caparróz Telefone: (67) 3422-6910 / 3422-6911 Site: www.diocesedourados.com.br Contatos e sugestões: elo@diocesededourados.com.br Impressão: Gráfica Infante Tiragem: 17.724 exemplares
A Palavra do Pastor
Catedral de Dourados: retrato de uma comunidade que se renova! N
ão faz muito tempo, uma pessoa que costuma participar da missa na catedral de Dourados, percebeu um triângulo no alto do mosaico que enriquece o presbitério, e exclamou ressentida: “Até na catedral a Maçonaria conseguiu se infiltrar!”. Parece brincadeira, mas não é! Na realidade, o desenho existe, mas seu sentido é diferente. Normalmente, a Maçonaria insere no triângulo a letra “G”, mas mesmo quando o espaço é ocupado pelo olho de Deus, convém ter presente que alguns de seus símbolos foram buscados na Igreja Católica. O fato se presta para falar de nossa catedral, no momento em que ela se prepara para uma nova reforma, que a deixará ainda mais bela e artística. A primeira igreja de Dourados era de madeira, e foi inaugurada a 8 de dezembro de 1925. Em 1953, seu lugar foi ocupado por uma de alvenaria. Em 1960, dois anos após ter iniciado o seu serviço episcopal em Dourados, Dom José de Aquino Pereira a substituiu por outra, mais digna de figurar como catedral da nova diocese. Foi esta que Dom Teodardo Leitz renovou e consagrou no dia 11 de fevereiro de 1990. Em 2000, como lembrança do Ano Santo, Dom Alberto Först lhe imprimiu mudanças tão imponentes e radicais, que praticamente fizeram dela uma nova catedral. Infelizmente, seu teto foi coberto com madeira compensada que, com o passar dos anos, acabou apodrecendo e carcomida por cupins. De minha parte, ao assumir os destinos da Diocese em 2001, o único trabalho que realizei no templo foi a revitalização da cripta, a fim de acolher os restos mortais de Dom Teordardo, trazidos da Alemanha em julho de 2005. Contudo, sempre alimentei o desejo de oferecer à catedral um forro digno de sua arte e beleza. Mas, confesso, já havia perdido a esperança e me “despedido” desse sonho... É por isso que parabenizo a comunidade paroquial e agradeço aos sacerdotes pela iniciativa de refazer o telhado e o teto, com técnicas modernas e apuradas. Tudo correndo de acordo com o programa, as obras deverão estar concluídas em junho de 2015. No domingo, dia 14, véspera do 58º aniversário da Diocese, será celebrada uma missa
de ação de graças, possivelmente com a presença do Núncio Apostólico, Dom Giovanni D’Aniello. A bem da verdade, a maior riqueza da catedral continua sendo o seu mosaico. Idealizado pelo arquiteto alemão Lorenz Johannes Heilmair e financiado em grande parte por Dom Alberto, ele retrata o “Pantocrator”, palavra grega que significa “Senhor do Universo”. Instalado no final de 2001, é formado por fragmentos de ouro e por pastilhas que lhe imprimem um colorido de 400 tons. É considerado um dos maiores do Brasil: tem 9,10 metros de altura e 4,40 de largura. A imagem é a das mais significativas e difundidas pela iconografia da Igreja dos primeiros séculos. É quase a única representação de Jesus que se encontra nas cúpulas e absides das igrejas orientais. Mais do que o lado humano de Cristo, o que ela realça é a sua divindade e soberania. Com a mão direita, Jesus abençoa a humanidade e, com a esquerda, segura o livro dos Evangelhos. No alto, aparecem três círculos entrelaçados, lembrando que tudo parte da Trindade: o olho representa o Pai; a pomba, o Espírito Santo; e a cabeça do Pantocrator, o Filho. O círculo de luz que cerca o Pantocrátor nos remete aos grandes temas do Evangelho: Jesus é o caminho, a verdade e a vida, tema reforçado pela presença dos quatro seres alados (os Evangelistas): a águia (São João), o anjo (São Mateus), o leão (São Marcos) e o touro (São Lucas). Se na parte superior do painel o que vem em evidência é o “celeste”, denotado pelas estrelas e pelas nuvens, no semicírculo inferior o que se salienta é o “terrestre”, que se delineia nos quatro elementos da natureza: a terra, o fogo, o ar e a água. A cruz branca, que resplandece em seu interior, atesta que a Paixão de Jesus redimiu e glorificou toda a criação. Ao pé da cruz nasce um sol de ouro, cujos raios rasgam as trevas e perpassam o semicírculo. É o bem que vence o mal, o amor que supera o ódio, Deus que tem a última palavra... O mosaico “termina” na cátedra do bispo, já que a catedral é considerada uma paróquia “episcopal”. É por isso que, em algumas dioceses, o padre que a serve é denominado “cura”: “aquele que tem o cuidado” da comunidade.
Dom Redovino Rizzardo, cs Bispo Diocesano
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Palavra de Vida
“Perdoa ao próximo que te prejudicou; assim, quando orares, teus pecados serão perdoados” (Eclo 28, 2)
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sta Palavra de Vida é tirada de um livro do Antigo Testamento, escrito entre os anos 180 e 170 antes de Cristo por Ben Sirac. Ele aprofunda um tema muito importante na tradição sapiencial bíblica: Deus é misericordioso para com os pecadores, e o seu modo de agir deve ser imitado por nós. Ele perdoa todas as nossas culpas porque «é misericordioso e compassivo, lento na cólera e rico em bondade. Fecha os olhos para não ver os nossos pecados, esquece-os e joga-os para trás». Conhecendo a nossa pequenez e miséria, Deus multiplica o perdão. Ele perdoa porque, como todo pai e mãe, ama os seus filhos e, portanto, os desculpa, esconde seus erros, confia neles e os encoraja, sem jamais se cansar. Sendo pai e mãe, Deus não se contenta em amar e perdoar seus filhos e filhas. Seu grande desejo é que eles se tratem como irmãos, que sejam concordes, que se queiram bem. A fraternidade universal: eis o grande projeto de Deus para a humanidade. Uma fraternidade mais forte que as inevitáveis divisões, tensões e rancores que se insinuam com tanta facilidade devido às incompreensões e aos erros. Muitas vezes as famílias se desagregam porque não sabem se perdoar. Ódios antigos provocam a divisão entre parentes, grupos sociais e povos. Encontramos até pessoas que ensinam a não esquecer as injustiças sofridas e a cultivar sentimentos de vingança: um rancor surdo que envenena a alma e corrói o coração! Há quem pense que o perdão é uma fraqueza. Não: ele é expressão de uma coragem extrema; é amor verdadeiro, o mais autêntico, por ser o mais desinteressado. «Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis?», pergunta Jesus. Isso todos sabem fazer. Mas vós, «amai os vossos inimigos!» Também a nós ele pede que, aprendendo dele, tenhamos um amor de pai, de mãe, um amor de misericórdia para com todos, sobretudo com aqueles que erram. E àqueles que querem viver a espiritualidade de comunhão – ou seja, a verdadeira espiritualidade cristã –, o Novo Testamento pede ainda mais: «Perdoai-vos mutuamente!». O amor mútuo exige um pacto entre nós: estar sempre prontos a nos
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perdoarmos um ao outro. Só assim contribuiremos para criar a fraternidade universal. «Perdoa ao próximo que te prejudicou; assim, quando orares, teus pecados serão perdoados». Estas palavras nos recordam que o perdão é a condição prévia para que também nós possamos ser perdoados. Deus nos ouve e nos perdoa na medida em que soubermos perdoar. O próprio Jesus nos diz: «A mesma medida que usardes para os outros servirá para vós». E ainda: «Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia!». De fato, se o coração está endurecido pelo ódio, também não será capaz de reconhecer e de acolher o amor misericordioso de Deus. Como, então, poderemos viver esta Palavra de Vida? Certamente, perdoando logo, se existe alguém com quem ainda não nos reconciliamos. Mas isso não basta. É preciso remexer nos recantos mais ocultos do nosso coração e eliminar a indiferença, a falta de benevolência, toda atitude de superioridade, de negligência, com relação a quem quer que passe ao nosso lado. Para tanto, a cada dia devo ver com olhos novos a todos os que encontro na família, na escola, no trabalho, na loja, pronto a não fazer caso do que não me agrada no seu modo de agir, disposto a não julgar, a dar-lhes confiança, a esperar e a acreditar sempre. E aproximar-me de cada pessoa com essa anistia completa no coração, com esse perdão universal. Não me lembrar mais de seus defeitos, mas cobri-los com o amor. E, ao longo do dia, se cometi uma grosseria ou tive um ímpeto de impaciência, procuro remediar com um pedido de desculpa ou um gesto de amizade. A uma atitude de rejeição instintiva do outro, respondo com uma atitude de acolhida, de misericórdia, de perdão, de partilha, de atenção para com as suas necessidades. (Este comentário à Palavra de Vida foi publicado originalmente em setembro de 2002).
Chiara Lubich Fundadora do Movimento dos Focolares, falecida em março de 2008
Testemunho de Vida
São Maximiliano Maria Kolbe N
ascido a 8 de janeiro de 1894 no povoado de Zdunska-Wola (Polônia), o futuro mártir da caridade foi batizado com o nome de Raimundo. Respirando na família um clima de profunda piedade, aos 10 anos, viu, em sonho, Nossa Senhora, que lhe ofereceu duas coroas de rosas: brancas a primeira, que ele entendeu como um convite à vida consagrada; vermelhas a segunda, que lhe lembraram o mandamento de Jesus: amar até o fim. Atraído pelo ideal franciscano, em 1910, aos 16 anos, Raimundo entrou na Ordem dos Frades Menores Conventuais, onde adotou o nome de Maximiliano, acrescentando o de Maria, pela devoção filial que devotava à mãe de Jesus. Ao fazer esta opção, renunciou à carreira militar – outro sonho que o atraía, já que queria fazer algo de grande por sua pátria. Em 1912, foi enviado para Roma, a fim de frequentar os cursos de filosofia e de teologia. A 16 de outubro de 1917, três dias após a última aparição de Nossa Senhora em Fátima, e uma semana antes de os comunistas tomarem o poder na Rússia, com apenas 23 anos, Frei Maximiliano fundou a Milícia da Imaculada, uma associação de fiéis leigos. Sua finalidade era levar seus membros a uma consagração total e irrevogável à Virgem Imaculada, e trabalhar para a conversão, santificação e salvação de todos, recorrendo aos mesmos instrumentos que a técnica e a modernidade ofereciam aos inimigos de Deus e da Igreja. A quem perguntava se não estava colocando a carroça diante dos bois por sua inexperiência e pela falta de recursos, respondia: «O mal está se organizando cada dia mais, e nós não podemos ficar assistindo de braços cruzados». E acrescentava: «Não é possível pensar uma santidade individual, fechada dentro dos muros do convento». Logo após a ordenação sacerdotal, recebida no dia 1º de abril de 1918, Frei Maximiliano regressou à Polônia, onde iniciou um intenso trabalho de evangelização da sociedade pelos meios de comunicação social, que atingiu o seu ápice em outubro de 1927, com a fundação da “Cidade da Imaculada”. Nas oficinas da tipografia, trabalhavam mais de 800 religiosos, com os maquinários mais modernos de seu tempo. Dela, foram nascendo e se espalhando revistas e jornais, tais como “O Cavaleiro da Imaculada”, que chegou a alcançar
mais de um milhão de cópias. Não lhe faltaram incompreensões, como quando alguém lhe perguntou: «O que diria São Francisco vendo estas máquinas tão caras?». Com muita serenidade, ele respondeu: «Penso que arregaçaria as mangas, juntar-se-ia a estes bons irmãos e trabalharia com ferramentas modernas para a glória de Deus e da Imaculada!». Maximiliano desejava converter o mundo inteiro. Por isso, quando o Papa Pio XI convidou os religiosos a partirem em missão para fora da Europa, pediu aos Superiores permissão para se dirigir ao longínquo Oriente. Em fevereiro de 1930, estava no Japão, onde permaneceu por seis anos, fundando, em Nagasaki, o “Jardim da Imaculada” e publicando o “Cavaleiro da Imaculada” em japonês. Em 1936, regressou à Polônia, poucos anos antes do início da 2ª Guerra Mundial (1939/1945). Em 1939, as forças nazistas da Alemanha invadiram o seu país. No dia 17 de fevereiro de 1941, ele foi preso e, em maio, enviado para o campo de concentração de Auschwitz. Despediu-se de seus confrades com estas palavras: «Não esqueçam o amor, pois só ele é a força criativa». No final de julho, em represália pela fuga de um prisioneiro, foram escolhidos dez colegas e condenados morrer de fome. Um deles, Francisco Gajownickek, começou a chorar: «Minha esposa e meus filhos: nunca mais vos verei!». Frei Maximiliano se adiantou e disse ao comandante: «Sou um padre católico. Ofereço-me para morrer no lugar de Francisco. Já sou velho e não sirvo mais para nada!». Apesar de se dizer velho, ele estava com apenas 47 anos... 15 dias durou a sua agonia no bunker da morte, um subterrâneo escuro e frio, onde os condenados foram jogados desnudos, sem bebida, sem alimento, à espera da morte. Passou o tempo rezando e confortando seus nove companheiros. Morreu no dia 14 de agosto. Seu corpo foi queimado no forno crematório do campo de concentração no dia 15 de agosto, festa a Assunção de Nossa Senhora. No dia 10 de outubro de 1982, São João Paulo II o canonizou e apresentou ao mundo como «apóstolo da Imaculada, mártir da caridade, protetor das famílias e padroeiro deste século complicado».
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A Palavra do Papa
Quem é que pode assumir uma paróquia? S
ou Inácio; venho das Filipinas e estou fazendo o doutorado em mariologia aqui em Roma. A minha pergunta é esta: a Igreja precisa de pastores capazes de guiar, governar e comunicar. Como se aprende e se exerce esta liderança na paróquia, de acordo com o exemplo de Cristo, que se abaixou e assumiu a condição de servo até a morte na cruz? Só há um jeito de exercer a liderança: o serviço. Não existe outro. Se tens muitas qualidades, se és um grande comunicador, mas não te colocas a serviço, a tua liderança para nada serve; ela não consegue convocar, aglutinar. Lembro-me de um sacerdote que era exímio diretor espiritual. Era tão procurado pelo povo que, às vezes, nem tinha tempo para terminar a oração da Liturgia das Horas. À noite, recolhia-se diante do Sacrário e dizia: “Senhor, não consegui fazer a tua vontade, nem a minha! Fiz a vontade dos outros!”. Um sacerdote que trabalhava numa favela, um dia me disse: “Eu deveria cerrar janelas e portas, porque é tanta coisa que o pessoal me pede – tanto no aspecto espiritual como no material – que eu teria vontade de me fechar dentro de casa. Mas sei que esta não é a vontade de Deus”. Uma coisa é certa: quando não se está disposto a servir, não se deve assumir uma paróquia. O pastor precisa estar sempre à disposição do seu povo. Deve ajudá-lo a crescer, a caminhar. O Evangelho do “Bom Pastor” diz que o pastor empurra, força as ovelhas a sair e a buscar alimento. O pastor que faz crescer o seu povo é o que caminha lado a lado com seu povo. Às vezes, vai à frente, para indicar o caminho; outras vezes, se coloca no meio, para saber o que se passa; mas não faltarão ocasiões em que deve ficar atrás, para ajudar os que se atrasam e... para deixar que as ovelhas exercitem seu faro e descubram o pasto melhor. Santo Agostinho, comentando o profeta Ezequiel, fala de dois perigos a que anda sujeito o pastor: o primeiro é servir-se das ovelhas para se fartar e enriquecer; e o segundo, aproveitar-se delas para se vestir e embelezar. A carne e a lã, o comércio e o aburguesamento. Mas o pastor que busca o dinheiro e o prestígio nem é servidor nem exerce uma autêntica liderança. A humildade deve ser a arma do pastor. Só quem é humilde se coloca a serviço. Mas não é fácil ser humilde! Conheci um jesuíta – uma boa pessoa, mas tremendamente vaidoso. Certa feita, após fazer os exercícios espirituais, regressou à comunidade e nos disse: “O retiro foi ótimo. Passei oito dias de paraíso.
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Descobri que eu era muito vaidoso. Mas agora, graças a Deus, me libertei de todas as paixões!”. Assim é a vaidade! E como é difícil, para um sacerdote, superá-la! O povo de Deus te perdoa muitas coisas: te perdoa se sucumbiste a uma tentação afetiva; te perdoa se, às vezes, apareces embriagado. Mas não te perdoa se és um pastor apegado ao dinheiro, se és um pastor orgulhoso que destrata as pessoas. Precisamos lutar contra estes dois defeitos para não sucumbir. A liderança deve se manifestar no serviço, mas um serviço realizado com um amor personalizado. De um pároco ouvi, certa vez, elogio: co o ouv uvi, ccer uv erta er ta vvez ez,, es ez este te elo logi lo gio: gi o: “Este Este Es te homem conhece todas pessoas nhec ece e o no nome me d de to toda dass as p da pes esso es soas so as d de e sua paróquia, mesmo cachorros!”. ia,, at até é me mesm smo sm o do doss ca cach chor ch orro or ros! ro s!”. s! ”. É fantástico! Er próximo, conhecia Era a pr próx óxim óx imo, im o, ccon onhe on heci he cia ci a cada um, sabia história todas abia ab ia a h his istó is tóri tó ria ri a de ttod odas od as as famílias, sabia abia ab ia tudo. ttud udo. ud o. Lembro-me velhos ro-m ro -me -m e do doss ve velh lhos lh os páropár p ároár ocos de Buenos ainda noss Aires no Aire Ai ress quando re quan qu ando an do a ain inda in da não havia ce celular secretária celu lula lu larr ne la nem m se secr cret cr etár et ária ár ia eletrônica: eles es dormiam dor d ormi or miam mi am com com o tetelefone ao lado... Ninguém morria do........ Ni do Ning ngué ng uém ué m mo morr rria rr ia sem os sacramentos. ment me ntos nt os.. A qualquer os qual qu alqu al quer qu er hora fossem chamados, cham ch amad am ados ad os,, el os eles es se se levantavam e p partiam. Quando par arti ar tiam ti am.. Qu am Quan ando an do eu era bispo, so sofria demais sofr fria fr ia d dem emai em aiss ai quando telefonava onav on ava av a pa para ra uma paróquia quem ia e q que uem ue m me respondia ia e era ra a secretária eletrôniletr le trôn tr ôniôn ica... Assim não não se exerce liderança ança an ça alguma! Como Como podes conduzir uzir uz ir um povo se não não o escutas, se nã não o o visitas, se não não te colocas ao se seu u serviço? (Entrevista com os seminaristas de Roma: 12 de maio de 2014).
A Igreja é Notícia
Bispos brasileiros no exterior
Papa se reúne com vítimas de abusos
No dia 3 de julho, o Papa Francisco nomeou Dom Edgar da Cunha, bispo brasileiro, até agora auxiliar da Diocese de Newark, para a diocese de Fall River, conhecida por uma forte presença de emigrantes portugueses e brasileiros. Dom Edgar nasceu a 21 de agosto de 1953, em Nova Fátima (Bahia). Religioso da Congregação dos Vocacionistas, completou os estudos de teologia nos Estados Unidos, onde foi ordenado padre em 1982 e exerceu o cargo de mestre de noviços de 1994 a 2000. Em 2003, São João Paulo II o nomeou bispo auxiliar de Newark. Além de Dom Edgar, o Brasil conta com outros cinco bispos missionários no exterior: Dom Carlos Pedro Zilli Filho, PIME = Bispo de Bafatá (Guiné-Bissau). Dom Dionísio Lachovicz, OSBM = Visitador Apostólico dos fiéis ucranianos na Itália e na Espanha. Dom Celmo Lazzari, CSJ = Vigário Apostólico de Napo (Equador). Dom Daniel Kozelinski Netto = Administrador Apostólico dos fiéis ucranianos na Argentina. Dom Luiz Fernando Lisboa, CP = Bispo de Pemba (Moçambique).
No dia 7 de julho, o Papa Francisco celebrou a missa e tomou o café da manhã com um grupo de seis vítimas de abusos sexuais cometidos por sacerdotes. Na homilia que então pronunciou, não deixou margem a dúvidas sobre o caminho que ele e a Igreja pretendem seguir. Eis alguns de seus tópicos mais incisivos: «Há muito tempo sinto no coração uma dor profunda ante um sofrimento oculto e dissimulado durante tanto tempo por uma cumplicidade que não tem explicação. Os abusos não são apenas atos que merecem a nossa repulsa: são verdadeiros sacrilégios, pois estes meninos e meninas confiaram nos sacerdotes para serem conduzidos a Deus, mas eles os sacrificaram ao ídolo da própria concupiscência. Estes atos profanam a imagem de Deus e deixam cicatrizes por toda a vida. Diante de Deus e de seu povo confesso que estou profundamente desolado pelos crimes de abuso sexual cometidos por membros do clero contra vós e, humildemente, vos peço perdão. Peço também perdão pela omissão por parte dos chefes da Igreja, que não responderam de maneira adequada às denúncias. Não há lugar no ministério da Igreja para quem comete esses crimes. Por isso, me comprometo a não tolerar o dano cometido a um menor por parte de quem quer que seja, independentemente do seu estado clerical». Após a missa e o café, o Santo Padre se encontrou em particular com cada uma das vítimas, dedicando-lhes todo o tempo necessário, até ao meio-dia. De acordo com Dom Silvano Tomasi, CS, representante da Santa Sé perante as Nações Unidas em Genebra, a Santa Sé já investigou 3.420 casos de abuso sexual de crianças que teriam acontecidos a partir de 1950. Como resultado, sobre 445.000 padres que integram atualmente a Igreja Católica, 848 foram demitidos do estado clerical.
Jovens missionários na Amazônia No dia 22 de junho, jovens de diferentes lugares do Brasil chegaram à Diocese do Alto de Solimões (AM), para participar da primeira missão universitária promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Além de desenvolver atividades de evangelização e promoção humana, os jovens vivenciaram um profundo intercâmbio cultural com as populações indígenas e ribeirinhas. «Realizar minha primeira missão nas terras amazônicas foi uma experiência muito enriquecedora. Ser missionário é uma oportunidade única para encontrarmos Deus por meio dos nossos irmãos, especialmente os mais empobrecidos», afirmou o estudante de Ciências Sociais, Matheus Cedric Godinho. O grupo atuou nos municípios de Tabatinga, Benjamin Constant, Atalaia do Norte e Belém do Solimões. A missão foi acompanhada pelos Freis Capuchinhos, presentes em várias paróquias da Diocese.
Trabalhar aos domingos... Nos dias 5 e 6 de julho, o Papa Francisco visitou as Dioceses de Campobasso e de Isérnia, no centro/sul de Itália. Num de seus pronunciamentos, ele se referiu ao trabalho dominical: «Precisamos conciliar os tempos do trabalho com os tempos da família. É um ponto este que nos permite discernir e avaliar a qualidade do sistema econômico em que nos encontramos. A pergunta é esta: a quem queremos priorizar? O domingo livre do trabalho – excetuados os serviços necessários – atesta que a prioridade não é o dinheiro, mas a pessoa humana, não as transações comerciais, mas as relações com a família, com Deus e com a comunidade».
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Opiniões que fazem opinião
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Tempos de decisões
ra uma vez um rei que queria pescar. Ele chamou o seu meteorologista e pediu-lhe a previsão do tempo para as próximas horas. Este lhe assegurou que não iria chover. A noiva do monarca vivia perto de aonde ele iria e colocou sua roupa mais elegante para acompanhá-lo. No caminho, ele encontrou um camponês montando seu burro que viu o rei e disse: “Majestade, é melhor o senhor regressar ao palácio porque vai chover muito”. O rei ficou pensativo e respondeu: “Eu tenho um meteorologista, muito bem pago, que me disse o contrário. Vou seguir em frente”. E assim fez. Choveu torrencialmente. O rei ficou encharcado e a noiva riuse dele ao vê-lo naquele estado. Furioso, o rei voltou para o palácio e despediu o meteorologista. Em seguida, convocou o camponês e ofereceulhe emprego. O camponês disse: “Senhor, eu não entendo nada disso. Mas, se as orelhas do meu burro ficam caídas, significa que vai chover”. Então, o rei contratou o burro. E assim começou o costume de contratar burros para trabalhar junto ao poder. Os sábios e as fábulas têm sempre um recadinho certo na hora certa, e diante desta fábula podemos dizer: Qualquer semelhança é mera coincidência. Mas a qualidade de burro pode ser atribuída ao contratado como aquele que contratou. Pois a burrice está tão solta que não se sabe bem onde ela predomina. E agora José? Estamos indo para o final do mundial de futebol, entre glórias e festas, entre férias e feriados, gritos e bebedeiras, acidentes e mortes, mas tudo é festa. Até quando? Estamos sendo avisados de que festa por festa, sem reflexão e atitudes de iniquidade resultam em consequências desastrosas. Tudo passa. As festas, os estádios cheios, os nervosismos da prorrogação e pênaltis, enfim tudo terá um fim. O que será melhor para nós e para o Brasil? Faço o paralalelo da festa do futebol com os próximos capítulos da nossa história. Ao mesmo tempo em que tudo é verde, amarelo,
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azul e branco, dando e vendendo patriotismo nunca visto, na surdina e na mídia aparecem os salvadores da pátria amada e idolatrada. Já estamos mergulhados em um processo eleitoral que se mostra complicado. Tenho ouvido constantemente dúvidas como: “Em quem votar? Qual o melhor? Vale a pena ir às urnas?” Não podemos esquecer que patriotismo vai muito além de futebol. É também depositar o voto consciente e livre nas urnas. Confiar e acreditar, depois de uma análise criteriosa. Não podemos esquecer-nos da palavra do profeta Jeremias: “Maldito o homem que confia no homem” (Jer 17,5). Toda escolha tem suas consequências, por isso no que dependerá de nós, a escolha deve ser sempre pessoal, por isso, consciente; livre de toda influência externa, porque voto não tem preço, e sim consequências. Antes das nossas decisões devemos invocar o Espírito Santo. Só o Espírito Santo é capaz de nos mostrar claramente quem é joio e quem é trigo neste processo todo. Antes de votar, rezemos. E depois de rezar, vamos a campo. É preciso conhecer os candidatos, suas propostas, seus partidos, o que pensam e principalmente o que fizeram. Esta junção de fé e ação é primordial para que façamos boas escolhas. E cada vez mais estou convencido de que no campo da política precisamos de uma ação imediata do Espírito Santo, para que tenhamos governos ernos éticos, decentes e que promovam o bem comum. Vamos fazer a nossa parte. rte. Que Deus abençoe você e sua família. mília. Seja você o trigo, o sal da terra, a luz do mundo. Assim já teremos uma sociedade muito melhor.
Dom Anuar Battisti Arcebispo de Maringá - PR
Círculos Bíblicos
1º Encontro Presbítero: aquele que serve! Acolhida: Preparar Bíblia, vela e um cartaz com a frase: “Presbítero: aquele que serve!” Animador/a: Que bom estarmos aqui reunidos. Bem vindos! Alegres por podermos nos encontrar novamente, cantemos o sinal da Cruz! Canto: “Um dia escutei teu chamado” ABRINDO OS OLHOS PARA VER
Animador/a: O mês de agosto é o mês das vocações. Vocação vem da língua latina “vocare”, que significa: “chamar”. Vocação é um chamado ou um apelo de Deus para servir, seja como leigo ou leiga, como pai ou mãe, como religioso ou religiosa, ou ainda como presbítero ou sacerdote. No primeiro domingo de agosto lembramos a vocação sacerdotal ou presbiteral. Na primeira carta de São Pedro, o presbítero é apresentado como pastor, à imagem de Jesus, que é o Supremo Pastor: Leitor/a 1: “Tomem conta do rebanho de Deus, que lhes foi confiado, cuidando dele, não por obrigação, mas de livre e boa vontade, como Deus quer; não por lucro vergonhoso, mas com generosidade; não como donos daqueles que lhes foram confiados, mas como modelos para o rebanho. Assim, quando o Supremo Pastor aparecer, vocês vão receber a gloriosa coroa que não murcha!” (1 Pd 5, 2 - 4).
Animador/a: Estando a serviço da comunidade cristã, o presbítero é alguém, que testemunha Jesus que serve: Leitor/a 2: “Eu estou no meio de vocês como quem está servindo!” (Lc 22, 27). ORAÇÃO INICIAL
Animador/a: Jesus, Mestre Divino, que chamastes os Apóstolos a vos seguirem! Continuai a passar pelos nossos caminhos, pelas nossas famílias, pelas nossas escolas e continuai a repetir o convite a muitos de nossos jovens.
Todos: Dai coragem às pessoas convidadas! Dai força para que vos sejam fiéis, como apóstolos leigos, como diáconos, padres e bispos, como religiosas e religiosos, para o bem do povo de Deus, e de toda a humanidade. Amém! ESCUTANDO A PALAVRA DE DEUS
Animador/a: Mateus descreve o início da comunidade ao redor de Jesus. Ele não fica parado, esperando que o povo chegue! Ele mesmo vai à procura: caminha, olha, visita, conversa, chama. É a primeira comunidade! Pouca gente! Assim como nossas pequenas comunidades cristãs. Mas era através daqueles pequenos grupos que a Luz de Jesus e do seu Evangelho se espalhava pelo mundo. Leitor/a 1: O chamado de Jesus é de graça. Não custa nada! Mas acolher o chamado e “seguir a Jesus” significa comprometer-se com Ele: ser “pescador de gente”! Ir ao encontro das pessoas, sem excluir ninguém, e convidá-las a fazer parte da nova família de Jesus! Canto: “Tua palavra é lâmpada” Leitor/a 3: Proclamação do Evangelho de Jesus segundo Mateus 4, 18 - 22.
PARTILHANDO A PALAVRA a) Neste texto, o que mais chamou sua atenção? Por quê? b) Que serviço você presta à comunidade ou à sociedade? REZANDO A PALAVRA
Salmo 23: O Senhor é o meu Pastor!
Refrão: O Senhor é o meu Pastor; nada me pode faltar! Leitor/a 1: O Senhor me faz descansar em verdes pastagens; e sobre águas tranquilas me conduz! (Refrão) Leitor/a 2: O Senhor restaura as minhas forças; e guia-me por bons caminhos, por causa de seu nome! (Refrão) Leitor/a 1: Ainda que eu caminho por um vale escuro, não terei medo algum! Pois tu estás comigo; ao teu lado me sinto seguro! (Refrão) Leitor/a 2: Sim, tua bondade e teu amor me acompanham a cada instante! Voltarei sempre à casa do Senhor, até o fim da minha vida! (Refrão) Animador/a: Rezemos por nossos presbíteros ou sacerdotes, para que sejam, à imagem de Jesus, o Supremo Pastor, verdadeiros pastores do rebanho, a eles confiado: Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai! ASSUMINDO A PALAVRA
c) “Farei de vocês pescadores de gente!” Que posso fazer de concreto para que nossos presbíteros estejam mais a serviço do que sejam servidos? BÊNÇÃO FINAL
Todos: Que Deus nos abençoe; que Deus nos proteja; que Deus nos dê a paz! Pai, Filho,e Espírito Santo! Canto: “É missão de todos nós, Deus chama, eu quero ouvir a sua voz!”
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Círculos Bíblicos
2º Encontro Pais e filhos, respeito mútuo Acolhida: Arrumar o altar toalha, flores, se possível imagem da Sagrada Família. recortes de jornal ou revista imagens de famílias.
com uma Usar com
Animador/a: Nosso encontro de hoje tem como tema: “Pais e filhos, respeito mútuo”. A pequena comunidade, ou o grupo de famílias com o qual nos reunimos semanalmente é um dos melhores lugares para falar sobre a família, sobre pais e filhos e a vida como um todo. Cantemos o sinal da Cruz: Em Nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo. Amém! Amém, aleluia! (2X) Amém, aleluia! Aleluia, amém! Canto: Abençoa, Senhor, as famílias, amém abençoa, Senhor, a minha também. (2X) ABRINDO OS OLHOS PARA VER
Animador/a: A pessoa humana, criada à imagem e semelhança de Deus é o ponto mais elevado da obra da criação divina. Portanto, homem e mulher são dotados de uma dignidade que vem da maravilha do amor de Deus. Leitor/a 1: Nossa vida começa com uma “semente” depositada no corpo da mulher. Depois que esta semente nasce precisam ser depositas outras sementes: a da linguagem, a da aprendizagem dos gestos vitais, a da sabedoria que regula o relacionamento consigo mesma, com Deus e com o próximo. Leitor/a 2: O ser humano precisa de família. Pois nela sente-se legítimo e se integra na vida social. A família é a célula primeira e vital da Igreja e da sociedade. Leitor/a 3: Afirmou o Papa João Paulo II: “Se a família vai bem, a sociedade vai bem.” Isto significa
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ades que as duas realidades dependem uma da outra, são interde-pendentes. ORAÇÃO INICIAL
Todos: Ó Deus, criador ador or e misericordioso so salvador do vosso povo. Vós quisestes fazer da família, constituída pela aliança conjugal, o sacramento de Cristo Crist e da Igreja. Derramai copiosa bênção sobre nossas famílias, reunidas em vosso nome. A fim de que os que nelas vivem num só amor, possam, com fervor e constância na oração, ajudarem-se uns aos outros, em todas as necessidades da vida e mostrar sua fé pela palavra e pelo exemplo. AMÉM. ESCUTANDO A PALAVRA DE DEUS
Animador/a: O texto de hoje mostra que a vida é uma renovação total das relações, onde o respeito é devido a todos. Canto: A vossa palavra, Senhor, é sinal de interesse por nós. (2X) Como um Pai ao redor de sua mesa, revelando seus planos de amor. Leitor/a 1: Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios, 6,1-4. PARTILHANDO A PALAVRA
a) Em nossas famílias, existe respeito mútuo? b) Quais seriam os benefícios do respeito entre pais e filhos? Canto: Abençoa, Senhor, as famílias amém, abençoa, Senhor, a minha também. ASSUMINDO A PALAVRA
Animador/a: O Papa Francisco na sua Exortação Apostólica, a “Alegria do Evangelho”, nos diz que o espírito de amor, que reina numa família, guia tanto os pais quanto os filhos nos seus diálogos, nos quais se
ensina corrige e se aprende, se ccor orri rige ge e bom. EG.139. valoriza o que é bom om EG EG.1 .139 c) Quais valores, podemos propor às famílias, para que elas e a sociedade possam caminhar bem? REZANDO A PALAVRA
Rezemos uma dezena do terço à Sagrada Família de Nazaré: Jesus, Maria e José, modelos perfeitos para nossas famílias, na vivência do amor, da justiça, fraternidade, misericórdia, solidariedade e da fidelidade. Canto: Que a família comece e termine sabendo aonde vai e que o homem carregue nos ombros a graça de um pai, que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor e que os filhos conheçam a força que brota do amor. Abençoa, Senhor, as famílias amém, abençoa, Senhor, a minha também! (2X) ORAÇÃO E BÊNÇÃO FINAL
Que o Senhor esteja do nosso lado para nos defender, dentro de nós para nos conservar, diante de nós para nos conduzir, atrás de nós para nos guardar e acima de nós para nos abençoar. Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos. Amém! Abençoe-nos, o Deus amoroso, Pai, Filho e Espírito Santo. Canto final
Círculos Bíblicos
3º Encontro Vida religiosa: anúncio e serviço Leitor/a 1: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lc 10, 1-9.
Acolhida: Bíblia, flores e algum símbolo que nos lembre a Vida Religiosa em missão. Animador/a: Irmãs e irmãos, agosto é o mês em que celebramos as vocações. O tema deste nosso encontro: “Vida religiosa, Anúncio e Serviço”, deve nos motivar como discípulos e discípulas do Mestre, a renovar o nosso chamado vocacional e o nosso compromisso na construção do Reino de Deus. Iniciemos, cantando o sinal da cruz... Canto: Eis-me aqui, Senhor... ABRINDO OS OLHOS PARA VER
Animador/a: A característica fundamental da Vida Religiosa é o encontro pessoal com Jesus Cristo e a plena consagração a Ele, oferecendo-lhe tudo o que somos e fazemos, inseridos numa comunidade para a missão. Uma espiritualidade sólida é a chave para a vida religiosa e a vida cristã em geral. Em síntese, trata-se de uma espiritualidade de “olhos abertos e ouvidos atentos” à humanidade, para discernir o chamado de Deus, a partir da realidade que nos cerca. O Papa nos convida, portanto, a renovar e qualificar com alegria e paixão a nossa vocação. Leitor/a 1: Para a Vida religiosa, esta ação qualificada a serviço da vida é urgente. Para isso é necessária a escuta atenta da Palavra de Deus. Ela nos leva a perceber o grito dos sofredores. Leitor/a 2: Ambas as palavras, a de Deus e a dos sofredores, estão presentes em nossa oração, quando temos os olhos abertos e ouvidos atentos, como os de Jesus - o Bom Pastor. ORAÇÃO INICIAL
Lado A: Senhor da Messe e Pastor
PARTILHANDO A PALAVRA
a) No encontro de hoje refletimos sobre a Vida Religiosa. Temos incentivado esta vocação em nossas famílias e comunidades? REZANDO A PALAVRA
do rebanho, faze ressoar em nossos ouvidos teu forte e suave convite:
Todos: “ Vem e Segue- me” Lado B: Derrama sobre nós o teu Espírito, que Ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir tua voz. Lado A: Senhor, que a Messe não se perca por falta de operários. Desperta nossas comunidades para a Missão. Ensina nossa vida a ser serviço. Fortalece os que desejam dedicar-se ao Reino, na diversidade dos ministérios e carismas. Lado B: Senhor, que o Rebanho não se perca por falta de Pastores. Sustenta a fidelidade de nossos bispos, padres, diáconos, religiosos, religiosas e ministros leigos e leigas. Lado A: Dá perseverança a todos os vocacionados e vocacionadas. Desperta o coração de nossos jovens para o ministério pastoral em tua Igreja. Lado B: Senhor da Messe e Pastor do Rebanho, chama- nos para o serviço de teu povo. Maria, Mãe da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho, ajuda-nos a responder SIM. Amém. ESCUTANDO A PALAVRA DE DEUS
Animador/a: Anúncio, profecia e serviço formam o rosto atual de todo discípulo-missionário. Com alegria e disposição, cantemos:
Animador/a: Os religiosos e religiosas anunciadores do Reino, são chamados a serem contemplativos na ação. Devem, portanto, viver “apaixonados por Deus e pela humanidade”. Cada participante faça uma prece espontânea e reze uma Ave Maria pelas vocações religiosas. ASSUMINDO A PALAVRA
b) A Vida religiosa feminina, no coração do mundo, é chamada a sustentar a fé de pequenas e grandes comunidades, fazendo com que a Igreja seja servidora dos pobres e afastados. Comente. c) A vida religiosa se faz presente em lugares difíceis testemunhando, a muitos, o rosto materno de Deus e da igreja. Comente. Canto: Leva-me onde as pessoas, necessitam tuas palavras, necessitam... BÊNÇÃO FINAL
Animador/a: Em sinal de fraternidade e compromisso com o chamado que o Senhor faz a cada um de nós, demo-nos as mãos e rezemos com fé, como Jesus nos ensinou. Pai Nosso... Por intercessão de Nossa Senhora, Serva do Senhor, que Deus nos abençoe. Pai, Filho, Espírito Santo. Canto final: Pelas estradas da vida.
Canto: É como a chuva que lava...
Agosto de 2014 11
Círculos Bíblicos
4º Encontro “O maior é aquele que serve” Acolhida: Colocar sobre a mesa um crucifixo e fotos, imagens ou figuras de santos que viveram para servir a Deus e ao próximo. Animador/a: Caros irmãos e irmãs, sejamos todos bem vindos! É com o coração desejoso de agradar a Deus e de servi-lo, através do próximo, que iniciamos nosso encontro. O Reino de Deus, anunciado por Jesus, tem como base o amor mútuo, o serviço e a partilha do que somos e temos. Peçamos, hoje, ao Pai que nos ajude a trilhar os passos de Jesus. Confiantes, iniciemos: Em nome do Pai... Canto: A nós descei divina luz / (2x) Em nossas almas acendei, O amor, o amor de Jesus (2x) ABRINDO OS OLHOS PARA VER
Animador/a: Os dons que Deus nos dá são graças concedidas para servir, não a nós mesmos, mas ao próximo. Os “melhores lugares” são ocupados por quem se dispõe a assumir a condição de servo, como o fez Jesus. Ele não só falou, mas deu o exemplo a seus discípulos e também a nós. Como Ele, não nos deixemos dominar pelo engrandecimento de nós mesmos, mas em tudo busquemos a humildade. ORAÇÃO INICIAL
Oração ao Espírito Santo (Papa Paulo VI)
Todos: Espírito Santo, dai-nos um novo coração! Lado A: Espírito Santo, dai-me um coração capaz de ouvir a Deus. Fecha meu coração às ambições mesquinhas, que seja alheio a qualquer competição humana. Lago B: Dai-me um coração desejoso de tornar-se semelhante ao Coração do meu Senhor Jesus.
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Lado A: Dai-me um coração grande e forte, para amar a todos, para servir a todos, para sofrer por todos. Lado B: Dai-me um coração cuja felicidade seja palpitar com o coração de Cristo e, assim, cumprir humildemente a vontade do Pai. ESCUTANDO A PALAVRA DE DEUS
Animador/a: Respondemos fielmente à vocação de servir a Deus, quando nos tornamos homens e mulheres em profunda sintonia com Ele e com sua Palavra. Canto: A vossa Palavra, Senhor / é sinal de interesse por nós (2 x) É feliz quem escuta a Palavra e a guarda em seu coração. Animador/a: No plano espiritual, a escala de grandeza é diferente daquilo que o mundo nos ensina. Ouçamos o que diz a Palavra de Deus. Leitor/a: Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos (13,3-8) PARTILHANDO A PALAVRA
a) A Palavra diz: “Como em um só corpo, temos muitos membros e cada membro tem uma função diferente”. Na Igreja como isto acontece? b) Tenho colocado meus dons a serviço? Como? Canto: Eis-me aqui, Senhor. (2x) Pra fazer tua vontade, Pra viver o teu amor, (2x) Eis-me aqui, Senhor.
REZANDO A PALAVRA Animador/a: Ofereçamos a nossa vida, todo o nosso ser, para que, transformados pela graça de Deus, o sirvamos retamente.
Todos: Senhor, recebei minha liberdade, minha memória, minha inteligência e toda a minha vontade. Tudo o que possuo veio de vós; tudo vós devolvo, sem reservas, para que tua vontade me governe. Dai-me, Senhor, vosso amor, vossa graça e isto me basta. Se tenho a vós, serei suficientemente rico e feliz. Amém. ASSUMINDO A PALAVRA
Animador/a: Quem decide ser testemunha de Cristo precisa, não só falar como ele falou, mas também agir como ele agiu. c) O que mais tem me distanciado do propósito de testemunhar Jesus Cristo? Animador/a: Agradecidos a Deus por este encontro, coloquemos nossos pedidos, rezando um Pai Nosso e dez Ave-Marias. BÊNÇÃO FINAL
Animador/a: Pela intercessão de Nossa Senhora, Mãe da Providência, nos abençoe: Pai, Filho, Espírito Santo. Amém. Animador/a: Façamos nossa consagração à Nossa Senhora, cantando: Oh, Minha Senhora e também minha mãe / Eu me ofereço inteiramente, todo a vós / E em prova da minha devoção, eu hoje vos dou meu coração / Consagro a vós meus olhos, meus ouvidos, minha boca / Tudo o que sou, desejo que a vós pertença / Incomparável mãe, guardai-me e defendei-me Como filho e propriedade vossa, Amém / Como filho e propriedade vossa, Amém.
Pergunte e Responderemos
Centro de Promocão da Família e da Vida
O
Centro de Promocão da Família e da Vida foi criado para atender às pessoas e famílias em dificuldades. Como é o atendimento? Tem atingido seu objetivo? Quem atende aos que procuram ajuda? João Paulo II diz que a Família é Santuário da Vida, como sabemos, Santuário é um local Santo, Sagrado, logo, a família precisa cuidar da vida, precisa ser um local onde se, promove a vida, o amor, onde haja compreensão, dialogo, respeito. Onde promove-se e forma-se o ser humano integral, com sua dignidade respeitada. Lamentavelmente, vivemos tempos em que todos esses valores estão sendo extintos e o convívio diário com a sociedade e com os meios de comunicação acabam por distorcer esses valores e o conceito de dignidade está sendo associado à posição social que ela ocupa, por conseguinte a pessoa cria uma imagem negativa de si mesma. Assim surgem os problemas de relacionamentos, consigo mesmo, com a família e com a sociedade. Diante dessa realidade, a Pastoral Familiar precisa entrar com a ajuda a esses problemas, isto é,
promover a família e a vida, para que sejam realmente o Santuário da Família e da Vida. O Centro de Promoção da Família e da Vida fundado em Julho de 2008, vem como resposta às essas necessidades. Um sonho antigo no coração dos membros da Pastoral Familiar se junta a um pedido de Dom Redovino e com o apoio do Pároco da Catedral, na época Padre Wilson Cardoso de Sá, se torna uma realidade. Começamos com um grupo pequeno, um funcionário mantido pela Mitra o local da Catedral e três voluntárias as psicólogas Joice Marques, Rosimeire e Silvia Muraque. Hoje contamos com 40 profissionais, entre eles psicólogos, assistentes Social, advogados e outros leigos. Os atendimentos são realizados da seguinte forma: as pessoas se dirigem ao Centro de Promoção da família e da vida, deixam seus dados pessoais e relatam seus problemas, passam por uma triagem e, logo em seguida, são encaminhadas para o profissional, de acordo com sua necessidade. O Centro está aberto de segunda a sexta, no horário das 13 às 17 horas. Atualmente são realizados cerca de 50 (cinquenta) atendimentos por mês e as pessoas que procuram o Pró Vida ficam realmente satisfeitas com a maneira que são recebidas, encaminhadas e ouvidas.
Maria do Carmo Ximenes Coodenadora do Pró Vida - Centro de Promoção da Família e da Vida
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A Diocese em Revista
Frei Érico Renz, ofm
Pastoral Social
No dia 26 de julho, a comunidade católica de Rio Brilhante comemorou os 50 anos de ordenação sacerdotal de Frei Érico Renz, vigário da Paróquia Divino Espírito Santo. Georg Josef Renz – este é o seu nome de batismo – nasceu no dia 23 de dezembro de 1937, em Saulgau, na Alemanha. Sentindo-se chamado à vida religiosa, em 1959 ingressou na Ordem Franciscana. Após os estudos de filosofia e teologia, foi ordenado sacerdote a 26 de julho de 1964, com 26 anos. Após dedicar os primeiros anos de serviço pastoral à sua terra natal, a 11 de janeiro de 1971 veio como missionário para o Brasil. Após permanecer quatro meses em São Paulo, para o estudo da língua portuguesa, foi enviado para Rondonópolis, como pároco da igreja matriz, cargo que ocupou por 12 anos. Em meados de 1982, foi transferido para a Paróquia São José, em Itaporã, onde se dedicou a inúmeras atividades no campo da educação e da promoção humana, social e econômica da população. Destaque especial merece a formação da Comunidade Porciúncula, um bairro de 100 residências, construídas em sistema de cooperativa. Em 1995, Frei Érico foi enviado para Campo Grande, a fim de dedicar-se, como professor, à formação dos futuros religiosos de sua Ordem. Em 1999, foi designado pároco em Rio Brilhante, onde, além de intenso trabalho pastoral e formativo, desenvolveu uma longa série de projetos sociais, tanto que o governo alemão o condecorou, em 2004, com a “Cruz da Ordem de Mérito”, título referendado às pessoas que se destacam pela realização de ações sociais.
Apelo... Necessidade... Urgência na Vida da Diocese! Di A Pastoral Social integra a Fé e o compromisso social, segundo os critérios do Evangelho. O que você já conhece da atuação da Pastoral Social da Diocese? Quais as Pastorais Sociais que existem em sua Paróquia? Você já se interessou em participar em algumas delas? Será que Deus não está lhe pedindo algo mais, em sua Vida Cristã ? Informe-se: na Diocese, na sua Paróquia. E Participe! “A Fé sem obras é morta”.( Tg. 2,14ss)
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Casa de repouso para padres idosos Como é do conhecimento geral, a Diocese está construindo a “Casa de Repouso” para bispos eméritos e sacerdotes doentes e idosos. As obras estão em andamento e a sua conclusão está prevista para a Páscoa de 2015.
Site da Diocese de Dourados Convidamos a todos para conhecerem o novo site da Diocese de Dourados. Fiquem atentos para o novo endereço: www.diocesededourados.com.br Em virtude desta mudança informamos que o e-mail de contato e sugestões para a revista também mudou, o endereço é elo@diocesededourados.com.br.
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A Diocese em Revista
Crismas
Dourados, 18 de junho: Missa em comemoração aos 20 anos de sacerdócio do pe. Otair Nicole•.
15 de junho: no Assentamento Itamaraty.
22 de junho: em Douradina.
Dourados, 19 de junho: Celebração de Corpus Chris•.
Dourados, 3 e 6 de julho: 30º Cursilho
29 de junho: na Paróquia São João Ba•sta, Dourados.
6 de julho: em Coronel Sapucaia.
5 a 9 de julho: Viagem dos Cerimoniários da Paróquia São Carlos para Canção Nova e Aparecida.
10 de julho: Encontro de Dom Redovino com padres, irmãs e leigos que atuam na Reserva Indígena de Dourados
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Fique por dentro!
Agenda Diocesana 03 – Ordenação Diaconal de Ricardo Ferreira Silva, PSDP, em Ponta Porã – Formação sobre a Pastoral da Acolhida e da Visitação na Forania de Fá!ma do Sul – Missa do bispo diocesano na catedral: início das reformas e incardinação do Pe. Leão 06 – Missa do bispo diocesano na Paróquia Senhor Bom Jesus, em Caarapó 09/10 – Formação para Ministros da Palavra, no IPAD 09 – Ordenação Diaconal de Rogério Rosário, na Paróquia São José Operário, em Dourados – Encontro da Coordenação de Coroinhas, em Dourados 10 – Missa do bispo diocesano em Rio Brilhante, pela passagem dos 15 anos da Fazenda da Esperança 11 – Confraternização dos padres e diáconos na Chácara São João Maria Vianney – Reunião da Coordenação Diocesana de Pastoral 11/14 – Encontro do Conselho Regional de Pastoral, em Campo Grande 16 – Ordenação presbiteral do Diácono Arildo Chaves Nantes,
em Nova Andradina, por Dom Redovino 16/17 – Escola Catequé!ca Diocesana, no IPAD 17 – Missa do bispo diocesano na Vila São Pedro (10º aniversário de ordenação presbiteral do Pe. Rubens) 21 – Reunião do Conselho Presbiteral 23 – Encontro diocesano da Equipe ampliada das Pastorais Sociais, no IPAD 24 – Crismas em Fá!ma do Sul – Formação sobre Pastoral da Acolhida e da Visitação na Forania Leste (Dourados), no IPAD 29 – Páscoa dos Militares, na Catedral 30/31 – Encontro Vocacional na Chácara São João Maria Vianney 30 – Crismas em Dourados (Paróquia São Carlos) 31 – Crismas em Aral Moreira – Formação sobre Pastoral da Acolhida e da Visitação na Forania Oeste (Dourados), no IPAD
Datas Signi•cativas 01 – 1ª sexta-feira do mês: dia de oração pela Igreja diocesana – Santo Afonso de Ligório, fundador dos Redentoristas 03 – 18° Domingo do Tempo Comum – Dia da vocação para o ministério ordenado (bispos, padres e diáconos) 04 – São João Maria Vianney, padroeiro dos sacerdotes 06 – Transfiguração do Senhor – Celebração do Jubileu de Ouro da Paróquia Senhor Bom Jesus, em Caarapó 08 – São Domingos, fundador dos Dominicanos 10 – 19° Domingo do Tempo Comum – Dia da vocação para a vida em família 11 – Santa Clara de Assis, fundadora das Irmãs Clarissas 14 – São Maximiliano Maria Kolbe, fundador da Milícia da
Imaculada 17 – Assunção de Nossa Senhora – Dia da vocação para a vida consagrada 22 – Nossa Senhora Rainha 23 – Santa Rosa de Lima, padroeira da América La!na 24 – 21° Domingo do Tempo Comum – Dia da vocação para os ministérios e serviços na comunidade 27 – Santa Mônica 28 – Santo Agos!nho 29 – Mar#rio de São João Ba!sta 31 – 22° Domingo do Tempo Comum – Dia Nacional do Catequista
Aniversariantes Religiosos/as Nascimento 12. Ir. Kelly Roberta de Paula, icmes 14. Ir. Cleonice Maria Serva do Amor, fpss 15. Ir. Maria Evangelista do Nascimento, isj 15. Ir. Ivani Bislin (Dillingen) 20. Ir. Maria de Oliveira, iascj 21. Ir. Clarice Mari Romagna, iascj 26. Robson Luiz da Silva Juremeira (Betel)
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Padres e Diáconos Nascimento 02. Pe. Gregório Wuwur, svd 03. Diác. José Morais de Almeida 10. Pe. Tiago Ongirwalu, svd 11. Pe. José Benito Gonzalez, sdb 28. Pe. Jorge Dal Ben Ordenação 05. Pe. Aroldo Mendes dos Santos, svd 10. Diác. Zenildo José da Silva 11. Pe. João Maria dos Santos 14. Pe. Rubens José dos Santos 15. Diác. Alceu de Aguiar Quadros 15. Diác. Nilson Domingos 15. Pe. Luiz Fernando dos Santos 16. Pe. Marcos Roberto Pereira Silva 17. Diác. Alberto Neves 27. Pe. Alexsandro da Silva Lima 28. Pe. Valdeci Aparecido Gaias
Fatos em foco
Romaria do Sagrado Coração de Jesus e inauguração do “Centro Dom Redovino Rizzardo”
Projeto “Reforma da Catedral de Dourados”
Vila São Pedro, 29 de junho de 2014.
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Vida em família
E
Minha família: meu pedacinho do céu
u e minha nha esposa nh espo es posa po sa Rose nos nos conhecemos conh co nhec ecem emos os em em meados de 1993, em um encontro de jovens na Paróquia Nossa Senhora de Fátima. Ali começa a nossa história, que agora completa 21 anos. Naquele momento ainda não sabíamos o que seria, de fato, constituir uma família. Nosso mundo era ainda de sonhos e de buscas, pelos caminhos para a realização desses sonhos. Éramos como tantos outros jovens, buscando as trilhas que a própria vida vai tecendo rumo ao sentido do viver e da felicidade. O casamento era um projeto para o futuro, mas um filho nos foi dado. Nosso primogênito Gabriel veio antes da bênção matrimonial porque ele era a própria bênção. Ele torna-se a mensagem de Deus a ecoar ainda nas primeiras semanas de sua gestação: “quero você unidos pela minha bênção.” E isso aconteceu em 29 de outubro de 1994, um dia após a festa de São Judas Tadeu. Mas o que teria isso a ver com São Judas Tadeu, que nem sabíamos de fato quem era? Que ligação poderia ter conosco esse santo que foi primo-irmão de Jesus, se em Dourados não havia nada que lembrasse seu nome? Mas, embora nem soubéssemos nos casamos no mês de São Judas Tadeu e logo o tempo se encarregou de colocá-lo em nossas vidas, de uma maneira muito marcante. Os primeiros anos de nosso casamento foram tempos difíceis, mas tínhamos o essencial: a fé e a bênção de Deus, que recebemos no altar através das mãos do querido Padre Dúvilio. Anos depois, quando nosso primogênito Gabriel, estava com três aninhos corria pelos quintais brincando, com saúde e beleza não poderíamos jamais imaginar o que seria viver a possibilidade de perder um filho e muito menos de sermos pais de um filho com alguma deficiência. Na tarde em que nasceu nosso segundo filho o Rafael, entramos por um caminho em que a morte esperava, logo ali, bem à nossa frente. Ocorreram problemas no parto, o médico admitiu um erro. Nosso filho entrou na vida já quase saindo ela. Seu estado de saúde era gravíssimo. Sofreu uma paralisia cerebral. Era tudo desesperador, mas lá no fundo uma voz nos dizia insistente: tenha fé, acredite. Na noite mais escura de nossas vidas sentimos o medo da perda. Mas na manhã seguinte Deus manifestou seu poder e mostrou que a vida a Ele pertence. Uma nova luz surgiu, com o sol em 16 de janeiro 1998. A boa notícia veio para mim e minha esposa: nosso filho vai sobreviver. “Poderá ter alguma sequela” - disseram os médicos - mas isso não importava para nós, nem sabíamos o que seria “sequelas”. A vida dele era o mais importante. Dias depois fomos para casa e tudo ocorreu normalmente, até quando Rafinha completou oito meses, foi quando descobrimos que sua visão era praticamente
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zero ze ro O de dese sesp se sper sp ero er o vo volt ltou ou Vi Viajam amos am os em busca de zero. desespero voltou. Viajamos respostas, de cura e de um milagre. Na capital de São Paulo conhecemos o Santuário de São Judas Tadeu. Li sua história, sua carta que está na Bíblia Sagrada e acreditei que sua intercessão poderia nos ajudar. Eu não conhecia a paralisia cerebral e nem as consequências que ela poderia trazer. Pedi a ele pela visão do meu filho. Era tempo da quaresma e a igreja estava toda decorada de roxo. Na missa apenas violões e as vozes dos cantores ecoavam pelo imenso Santuário, onde havia poucas pessoas, além de mim, naquela terceira hora da tarde. Na viagem de volta, à noite, pela janela do ônibus eu podia ver os campos sob a luz da lua cheia que iluminava quase que como dia. Veio-me uma ideia como uma voz, que dizia: “Coloque o nome de São Judas Tadeu em sua comunidade.” Mas como mudar o nome da nossa comunidade? Veio à resposta em meu pensamento: “apenas comece.” E eu comecei falando com as pessoas mais ativas da Comunidade e depois com o Padre Dúvílio, que falou com o Bispo D. Alberto Forst. E hoje temos a Comunidade de São Judas Tadeu em Dourados. Deus assim vai tecendo os seus caminhos em nossa vida. Rafinha hoje tem 16 anos. Sua paralisia Cerebral deixou sequelas como a baixa visão e o deixou em uma cadeira de rodas, mas o seu coração e sua alma tem a pureza dos anjos. Desde muito pequeno já era um amante da música e das canções do padre Zezinho, que ouvia diariamente através da Rádio Coração FM. Aos 11 anos ele gravou a canção “Faz um Milagre em Mim” que foi ouvida pela diretora artística Ozair Sanábria aprovando o que ouviu a inseriu na programação da rádio. Tornouse uma das canções mais tocadas da emissora na época. Depois vieram dois CD´s. Hoje sua voz ecoa pelos mais longínquos confins, e chega aonde tem alguém precisando ouvir sua mensagem de otimismo, esperança, coragem e de fé. Sem dúvida, ele fortalece nossa família e seus dons nos ajudam as superar as nossas dificuldades. Em outubro de 2002 veio o nosso caçula para completar o trio dos nossos anjos: Miguel Ângelo. Ele é mais uma bênção para nossa família. Ele e o Gabriel, que hoje já está com 12 anos, sentem as limitações do irmão e as dificuldades que ele enfrenta para viver em nosso mundo como pessoa e cidadão. Mas sabemos também que, para eles, a força, coragem e o otimismo do Rafinha são ensinamentos a serem seguidos e multiplicados. Nossa família é assim, a nossa primeira igreja é o nosso pedaço de céu. Ronaldo Gomes
Pe
Di
Paróquias em Destaque
Paróquia Nossa Senhora Aparecida Dourados A
Paróquia Nossa Senhora Aparecida foi criada no dia 2 de fevereiro de 2008, festa da Apresentação do Senhor. Desmembrada do território das Paróquias São João Batista e São José Operário, tem a sua sede à Rua Leônidas Alem, 2555, no bairro conhecido como “BNH IV Plano”, em Dourados. Sobre 17 paróquias da Diocese de Dourados que têm como padroeira a Mãe de Jesus (dentre 35), a nova comunidade foi a 5ª a ser dedicada a Nossa Senhora Aparecida, juntamente com Aral Moreira, Deodápolis, Douradina e Maracaju. É a 9ª paróquia criada por Dom Redovino Rizzardo, na seguinte ordem: em 2003, Nossa Senhora do Carmo (Dourados); em 2004, São Cristóvão (Nova Alvorada do Sul), Rainha dos Apóstolos e São Carlos (Dourados); em 2005, Nossa Senhora Auxiliadora (Indápolis) e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Antônio João); em 2006, São Pe. Gregorius Pedro (Jateí); e, em 2007, São Pedro e São Paulo (Nova Casa Verde). (Estas últimas fazem parte, atualmente, da Diocese de Naviraí). A comunidade foi confiada aos cuidados dos religiosos da Sociedade do Verbo Divino (Verbitas), que já prestavam o seu serviço pastoral na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, em Amambai. Seu primeiro pároco foi o Pe. Gregorius Olapito Wuwur, transferido Diác. Wanderley da paróquia de Itaquiraí, na Diocese de Naviraí. Recebeu a provisão no dia 10 e tomou posse no cargo no dia 17. Nos quatro anos em que esteve à frente da comunidade, foi sendo auxiliado, sucessivamente, por três vigários paroquiais: Pe. Thiago Ongiruwalu (10/02/2008), Pe. Stanislaw Piwowarzik (02/01/2011) e Pe. Aroldo Mendes dos Santos (23/08/2011). Na Diocese de Naviraí, o Pe. Gregorius havia iniciado encontros de espiritualidade e formação de leigos, conhecidos como “Acampamento”, e, seus integrantes, como “Campistas”. Em Dourados, o religioso continuou e ampliou a sua atividade no setor. Por isso, para se dedicar com mais tempo e tranquilidade aos “Campistas” e aos funcionários da Usina San Fernando – tarefa esta que lhe foi confiada pelo bispo diocesano
–, no dia 17 de março de 2012 deixou a direção da paróquia e se transferiu para a Vila Cachoeirinha, junto ao Santuário Diocesano de São Pio de Pietrelcina, construído pela direção da Usina e inaugurado a 23 de setembro de 2012, do qual foi nomeado reitor. Seu lugar foi assumido pelo Pe. Reinaldo Cardozo, recém-chegado de Itaquiraí. Infelizmente, ocupou o cargo Pe. Wilibrodus por apenas por dois anos. Apesar de ter conquistado a simpatia de grande parte da população, a 15 de fevereiro de 2014 foi substituído pelo Pe. Wilibrodus Paulus Wedho, que, como seus antecessores, também veio de Itaquiraí. Além da matriz, a paróquia é formada por outras seis comunidades: Santo Antônio, na Vila Erundina; Santa Rita, na Pe. Aroldo Sitioca Campina Verde; Santa Clara, na Sitioca Campo Belo; São José Freinademetz, no Jardim Syria Rasselen; São Pio de Pietrelcina, na Vila Cachoeirinha; e São Pedro, no município de Ponta Porã. A paróquia conta ainda com a preciosa colaboração do Pe. Adriano Van de Ven (quando se encontra em Dourados, pois sua autoridade nas ciências bíblicas o leva a ministrar cursos em vários Estados do Brasil), e do Diácono Luiz Wanderlei Pe. Adriano Schluchting, ordenado no dia 11 de dezembro de 2004. Dourados é uma das cidades que mais crescem no Estado do Mato Grosso do Sul. Infelizmente, faltam à Igreja Católica – e à Paróquia Nossa Senhora Aparecida – forças e meios suficientes, para fazer frente às necessidades que o fato comporta, a começar pela aquisição de terrenos para a construção de novos templos e centros de formação.
Agosto de 2014 19