Ano XXXVI - nº 404 - Agosto/2016
Distribuição Gratuita. Venda proibida.
A serviço da Igreja de Dourados, a Diocese do Coração
Índice
Apresentação Amados irmãos e irmãs, graça e paz! Adentramos o mês de agosto. De modo especial, na vida da Igreja do Brasil, refletimos, aprofundamos e celebramos as vocações. Partindo desta realidade lembramos que ao sermos chamados por Deus a uma vocação, ela deve ser para nós um desafio fundamentado e alicerçado no amor. Na palavra do pastor, nosso bispo diocesano, Dom Henrique, apresenta uma rica reflexão sobre a “Amoris Laetitia: sobre o amor na família”, que é a exortação apostólica do Papa Francisco, fruto do sínodo das famílias. Na página Palavra de Vida: “Um só é vosso Mestre e todos vós sois irmãos!” cf. Mt 23,8 Pe. Fábio Ciardi, faz uma belíssima reflexão sobre este ensinamento de Jesus, recordando-nos a centralidade que devemos dar à Ele e aos irmãos. Do mesmo modo, leremos na página Testemunho de Vida, a caminhada que Santo Afonso Maria de Ligório fez para alcançar a santidade. Vivenciamos a cada dia, com muita alegria, a proposta de nosso amado Papa Francisco, acerca do ano da misericórdia, por isso, não deixe de conferir e refletir na página Palavra do Papa deste mês, uma magnifica catequese jubilar sobre as obras de misericórdia. Temos ainda: A Igreja é notícia, através dela você acompanha os principais fatos da Igreja em todo o mundo. Já na página Opiniões que fazem opinião, Dom Murilo S.R Krieger, SCJ, arcebispo de Salvador, primaz do Brasil, escreve um artigo sobre a vitória do bom senso, referindo-se à volta do crucifixo nas repartições públicas do RS, vale a pena conferir. Não deixe ainda de rezar com o seu grupo os círculos bíblicos, que neste mês leva-nos a refletir a vivência de nossa vocação. “Segundo pesquisas, o Brasil terá 62 milhões de cães contra 43 milhões de crianças. Qual será o futuro de um mundo que troca crianças por pets? É o que responde nosso bispo emérito Dom Redovino, na página Pergunte e reponderemos, alertando-nos sobre uma triste realidade em que cães estão ocupando cada vez mais o lugar das crianças nos lares, trazendo a opinião da Igreja sobre a mesma. Não deixe ainda de conferir: A vida em família, com um belo artigo sobre o papel do pai na família cristã; logo em seguida, a partilha de Gabriel Fernandes, no que diz respeito a presença familiar no contexto vocacional. Confira, ainda, os fatos marcantes de nossa caminhada diocesana na página A diocese em revista, criança em foco e datas significativas. Deus vos abençoe, e que possamos cada dia ouvir o seu apelo: “Vem e segueme” cf. Mt 18, 21. Pe. Marcos Roberto P. Silva
padremarcosrobertop.silva@gmail.com
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A Palavra do Pastor
04
Palavra de vida
05
Testemunho de vida
06
A Palavra do Papa
08
Opiniões que fazem opinião
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Círculos bíblicos
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Quando os cães ocupam o lugar das crianças...
Sobre a Alegria do amor na família “Um só é vosso Mestre e todos vós sois irmãos!” (Mt 23,8)
Santo Afonso Maria de Ligório
Catequese do Ano Jubilar
A volta dos crucifixos
Pergunte e responderemos
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Vida em Família
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A Igreja em Serviço
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A Diocese em revista
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Crianças em foco
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Fique por Dentro!
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Patrocinadores
O papel do pai na família cristã
Família: berço propício para a animação vocacional
Expediente Revista Elo - Agosto/2016 - Ano XXXVI - nº 404 Diretor: Pe. Marcos Roberto P. Silva Equipe Revista Elo: Dom Henrique A. de Lima; Dom Redovino Rizzardo; Padre Jander da Silva Santos; Seminarista Éverton F. S. Manari; Estanislau N. Sanabria; Adriana dos Santos Gonçalves; Maria Giovanna Maran; Suzana Sotolani; Ozair Sanabria. Diagramação e Projeto Gráfico: Michelle Picolo Caparróz Propriedade: Mitra Diocesana de Dourados Telefone: (67) 3422-6910 / 3422-6911 Site: www.diocesededourados.com.br Contatos e sugestões: elo@diocesededourados.com.br Impressão: Gráfica Infante Tiragem: 17.360 exemplares
A Palavra do Pastor
Sobre a Alegria do amor na família
Exortação apostólica pós-sinodal - Documentos Pontifícios - 24
É
com muita alegria que saúdo a todos os fiéis que tem acesso a esta revista para tratar de um tema importantíssimo em nossas vidas, nossas famílias, na Igreja e na Sociedade. Estamos no mês de agosto. Para nós cristãos católicos e no nosso Ano Litúrgico, Agosto é o mês das vocações: 1º domingo Vocação Sacerdotal; 2º domingo Vocação dos Pais e semana Nacional de Oração Pelas Famílias; 3º domingo Vocação à Vida Consagrada; 4º domingo Vocação dos Catequistas e dos Fiéis Leigos. Quando tem 5º domingo, a Vocação dos Fiéis Leigos é celebrada neste dia. Diante de um mês tão rico em se tratando de vocações, quero trazer uma pequena reflexão sobre o documento Pós Sinodal do Papa Francisco: AMORES LAETITIA, sobre o Amor na Família, pois tudo nasce dentro da família. A família precisa continuar sendo berço de Vida e Fé para a Igreja e para a Sociedade. Quando ocorre o contrário, causa muitas dores, tristezas e decepções. Esse documento motiva a Igreja a zelar com carinho e ação evangélica, essa vocação tão bonita, tão importante na vida do mundo - a vocação da família. Nosso querido Papa Francisco quer em primeiro lugar mostrar a alegria do amor que se vive nas famílias, a qual também é o júbilo da Igreja de Cristo. Diante de numerosos sinais de crises na realidade do matrimônio, como foi observado pelos padres sinodais, o documento destaca também que o grande desejo de família permanece muito vivo nas novas gerações. Isso é muito bonito e podemos afirmar que é muito importante. Pois, demonstra que a Igreja tem espaços importantíssimos para continuar motivando e animando a vida de família em nossa Sociedade Pós-Moderna. O caminho sinodal permitiu analisar a situação das famílias no mundo atual, alargar a nossa perspectiva e reavivar a nossa consciência sobre a importância do matrimônio e da família. Essa reflexão deu aos padres sinodais e dá também a nós, a oportunidade de aprofundar mais sobre os valores desse sacramento dentro da Igreja de Cristo. Aprofundar mais as formações matrimoniais, a importância e o valor sacramental e amoroso do matrimônio dentro da vida da família, da Igreja e da Sociedade. Não se pode tratar de qualquer jeito e
dar qualquer solução para os casos em dificuldades. Como Igreja evangelizadora, precisamos nos preocupar e ampliar a formação para os novos matrimônios, a fim de que a Alegria do Amor possa continuar a fortalecer o desejo de famílias às novas gerações. Enfim, deve se dizer que o caminho sinodal se revestiu-se de uma grande beleza e proporcionou muita luz. Papa Francisco agradece as contribuições aos problemas das famílias do mundo inteiro. Ele se recorda de padres que se preocupam com essa problemática e trazem reflexões muito honestas e sinceras. Afirma que essa Exortação apostólica Pós-Sinodal possa orientar a reflexão, o diálogo ou ainda, a prática pastoral, e ofereça encorajamento, estímulo e ajuda às famílias na sua doação e nas suas dificuldades. O Papa ressalta ainda que esta Exortação tem um significado muito especial no contexto do Ano Jubilar da Misericórdia, pois é uma proposta para as famílias cristãs, que possa estimular e apreciar os dons do matrimônio e da família e, assim, manter um amor forte e cheio de valores como a generosidade, o compromisso, a fidelidade e a paciência. Que as famílias possam ser sinais de misericórdia no mundo. Assim, meus queridos irmãos e irmãs, vamos, neste mês vocacional, rezar mais fortemente pela vocação da família, a qual enriquece todas as demais vocações importantes para a Igreja e para a Sociedade. Toda vocação nasce dentro da família! Quando bem cuidada, bem estimulada a viver a sua vocação, com certeza todos ganham, pois estaremos incentivando o mundo num caminho de amor e de paz. Quero aproveitar esse momento para agradecer todas as vocações que ajudam na evangelização de nossas Comunidades, Paróquias, na Diocese, através das pastorais, movimentos e serviços. Agradecer a vocação de todo o nosso Clero e de nossos Religiosos e Religiosas. Muito obrigado em nome do Sagrado Coração de Jesus, o padroeiro de nossa Diocese e de Nossa Mãe Santíssima. Que Deus continue abençoando a todos! Dom Henrique A. de Lima, CSsR Bispo Diocesano
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Palavra de Vida
“Um só é vosso Mestre e todos vós sois irmãos!” J
á faz mais de 70 anos que se vive a Palavra de Vida. É este folheto que chega às nossas mãos. Lemos o seu comentário. Mas o que gostaríamos que permanecesse é a frase proposta, uma palavra da Sagrada Escritura, muitas vezes uma frase de Jesus. A “Palavra de Vida” não é uma simples meditação, mas nela é Jesus que nos fala, que nos convida a viver, levando-nos sempre a amar, a fazer da nossa vida um ato de doação. Ela é uma “invenção” de Chiara Lubich, que assim nos descreveu a sua origem: «Eu tinha sede da verdade, por isso queria estudar filosofia. Ainda mais: como muitos outros jovens, eu buscava a verdade e acreditava que a encontraria através do estudo. Mas, eis uma das grandes ideias dos primeiros dias do Movimento, que imediatamente comuniquei às minhas companheiras: “Para que procurar a verdade, quando ela vive encarnada em Jesus, Homem-Deus? Se a verdade nos atrai, deixemos tudo, busquemos Jesus e sigamo-lo”. E assim fizemos». Elas pegaram o Evangelho e começaram a sua leitura, palavra por palavra. Acharam-no completamente novo. «Cada palavra de Jesus era um facho de luz incandescente, todo divino! Suas palavras são únicas, eternas, fascinantes, tinham sido escritas de forma divina-
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(Mt 23,8)
mente escultural, eram palavras de vida, que deviam ser traduzidas em vida, palavras universais no espaço e no tempo». Descobriram que eram palavras não estagnadas no passado, não uma simples lembrança, mas palavras que Ele continuava a dirigir a nós, como a cada homem de qualquer tempo e latitude. Mas Jesus é realmente o nosso Mestre? Vivemos cercados de muitas propostas de vida, de muitos mestres de pensamento, alguns aberrantes, que induzem até mesmo à violência; ao passo que outros são corretos e iluminados. E, no entanto, as palavras de Jesus possuem uma profundidade e uma capacidade de envolver-nos que outras palavras – sejam elas de filósofos, de políticos, de poetas – não têm. São “palavras de vida”: podem ser vividas e dão a plenitude da vida, comunicam a própria vida de Deus. Todo mês colocamos em relevo uma delas. E assim, lentamente o Evangelho penetra na nossa mente e nos transforma, fazendo-nos adquirir o próprio pensamento de Jesus, tornando-nos capazes de responder a situações as mais diversas. Jesus se torna o nosso Mestre. Às vezes, ela pode ser lida em grupo. Gostaríamos que fosse
o próprio Jesus, o Ressuscitado, que vive em meio àqueles que estão reunidos em seu nome, que a explicasse a nós, que a atualizasse, que nos sugerisse como colocá-la em prática. Mas a grande novidade da “Palavra de Vida” está no fato de que podemos compartilhar as experiências, as graças que recebemos quando as vivemos, como explica Chiara referindo-se àquilo que acontecia no início, e que persiste até hoje: «Sentíamos o dever de comunicar aos outros tudo o que experimentávamos; tínhamos consciência de que, doando, a experiência permanecia como edificação para a nossa vida interior, enquanto que, não doando, lentamente a alma se empobrecia. Portanto, a palavra era vivida com intensidade durante o dia inteiro e os resultados eram comunicados não só entre nós, mas também entre as pessoas que se uniam ao primeiro grupo. Quando a vivíamos, já não era mais eu, ou nós, quem vivia, mas a palavra em mim, a palavra no grupo. E isto significava revolução cristã, com todas as suas consequências». É o que pode acontecer hoje também conosco.
Pe. Fábio Ciardi
Testemunho de Vida
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Santo Afonso Maria de Ligório
ascido em Marianella, perto de Nápoles, de família nobre, e primogênito de sete irmãos, a 27 de setembro de 1696, o nosso “santo do mês” foi batizado dois dias depois, recebendo os seguintes nomes: “Afonso Maria Antônio João Cosme Damião Miguel Gaspard de’ Liguori”. Seu pai era Capitão da Marinha Real e sua mãe, católica fervorosa. Era ainda pequeno quando alguém profetizou a seu respeito: «Esta criança não morrerá antes dos 90 anos. Será bispo e realizará maravilhas na Igreja de Deus». Seu pai destinou-o aos estudos das artes liberais, das ciências exatas e das disciplinas jurídicas. Afonso conseguiu rápidos e surpreendentes progressos. Aos dezesseis anos, doutorou-se em direito civil e eclesiástico e passou a atuar no foro. Quando seu pai começou a procurar uma noiva rica e nobre para o filho, soube que este, há tempo, pensava em abraçar a vida religiosa. Certa ocasião, Afonso recebeu uma causa de grande importância do duque Orsini contra o grão-duque de Toscana. Meticulosamente, estudou o processo, reviu os autos, conferiu documentos. Fez uma brilhante defesa no foro. A vitória parecia mais que garantida quando o contra-atacante lhe chamou a atenção para uma pequena falha que lhe passara despercebida. Afonso reconheceu que se enganara e exclamou: «Ó mundo falaz, agora eu te conheço! Adeus tribunais!». O acontecimento determinou a reviravolta mais profunda de sua vida. O jovem advogado abandonou definitivamente a profissão para dedicar-se a Deus, à Igreja, aos pobres e à propagação do Evangelho. Depois de um aprofundado processo vocacional, decidiu tornar-se padre. Seu pai tentou o possível e o impossível
para demovê-lo da ideia, mas, em vista de sua resistência, lhe concedeu permissão com uma condição: seria padre, mas vivendo na casa paterna. Foi ordenado no dia 21 de dezembro de 1726, aos trinta anos de idade. Passou seus primeiros anos de sacerdócio entre os jovens, os mendigos e os marginalizados de Nápoles. Para lhes oferecer uma orientação na vida, criou as “Capelas Noturnas”, que rapidamente se tornaram centros de oração, de formação e de atividades sociais. Quando Afonso morreu, elas eram 72, com mais de 10.000 inscritos. Em 1729, aos 33 anos, Afonso deixou a casa paterna e passou a residir no “Instituto Chinês”. Foi dali que iniciou a sua experiência missionária no interior do Reino de Nápoles, onde encontrou pessoas muito mais pobres e abandonadas do que as que via nas ruas de Nápoles. Para que a sua atividade fosse mais completa e duradoura, três anos depois, a 9 de novembro de 1732, fundou a “Congregação do Santíssimo Redentor”, com a finalidade de ensinar e pregar nas periferias das cidades e em regiões empobrecidas. Ademais, deu-lhes também a tarefa de combater o jansenismo, uma heresia que, por seu excessivo rigor moral, impedia os católicos de receberem a Eucaristia e de se deixarem envolver pelo amor de Deus. À frente de seus religiosos, percorreu as cidades e os povoados do Sul da Itália, convertendo os pecadores, reformando os costumes e santificando as famílias. Mais do que pela palavra, pregava pelo exemplo de virtude,
de penitência e de caridade. Em 1762, quando completava 66 anos de idade, o Papa Clemente XIII o nomeou bispo da Diocese de Santa Águeda dos Godos. Depois de ter feito tudo o que lhe era possível para recusar o cargo, diante da insistência pontifícia, exclamou: «Vontade do Papa, vontade de Deus». Durante 13 anos de episcopado, colocou-se inteiramente a serviço do clero e dos religiosos, convicto que deles dependia a renovação do povo. Por sua vez, os fiéis logo se deram conta que tinham um santo como bispo, conceito que cresceu quando souberam que ele havia vendido até as alfaias, os móveis de sua residência e o anel episcopal para socorrer os necessitados. Em 1775, recebeu permissão para deixar a diocese, e se retirou na comunidade redentorista de Pagani, onde morreu a 1º de agosto de 1787, aos 91 anos de idade. Foi canonizado por Gregório XVI, declarado Doutor da Igreja por Pio XI e padroeiro dos confessores e moralistas por Pio XII. Afonso deve ser visto como um dos maiores escritores católicos e um grande mestre da vida espiritual. Ao longo de sua vida, a difusão de obras ascéticas e teológicas ocupou grande parte de seu tempo. Para os sacerdotes e estudantes de teologia, ofereceu a sua célebre “Teologia Moral”. Para o povo cristão, deixou obras de verdadeira piedade, tais como as “Meditações sobre a Paixão do Salvador”, “Glórias de Maria”, “Visitas ao SS. Sacramento” e “Tratado sobre a oração”, num total de 111 livros.
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A Palavra do Papa
Catequese do Ano Jubilar Praça São Pedro – Vaticano Quinta-feira, 30 de junho de 2016
Q ueridos irmãos e irmãs, bom dia! Quantas vezes, durante esses primeiros meses
do Jubileu, ouvimos falar das obras de misericórdia! Hoje, o Senhor nos convida a fazer um sério exame de consciência. É bom, de fato, nunca esquecer que a misericórdia não é uma palavra abstrata, mas é um estilo de vida: uma pessoa pode ser misericordiosa ou pode ser não-misericordiosa; é um estilo de vida. Eu escolho viver como misericordioso ou escolho viver como não misericordioso. Uma coisa é falar de misericórdia, outra é viver a misericórdia. Parafraseando as palavras de São Tiago apóstolo (cfr 2, 14-17) poderemos dizer: a misericórdia sem as obras é morta em si mesma. É justamente assim! O que torna viva a misericórdia é o seu constante dinamismo para ir ao encontro aos necessitados e às necessidades de quanto estão em dificuldade espiritual e material. A misericórdia tem olhos para ver, orelhas para ouvir, mãos para levantar… A vida cotidiana nos permite tocar com a mão tantas exigências que dizem respeito às pessoas mais pobres e necessitadas. A nós é pedido aquela atenção particular que nos leva a perceber o estado de sofrimento e necessidade de tantos irmãos e irmãs. Às vezes passamos diante de situações dramáticas de pobreza e parece que não nos tocam; tudo continua como se nada fosse, em uma indiferença que no fim nos torna hipócritas e, sem que nos demos conta, resulta em uma forma de inércia espiritual que torna a alma insensível e a vida estéril. As pessoas que passam, que vão adiante na vida sem perceber a necessidade dos outros, sem ver tantas necessidades espirituais e materiais, são pessoas que passam sem viver, são pessoas que não servem aos outros. Lembrem-se bem: quem não vive para servir, não serve para viver. Quantos são os aspectos da misericórdia de Deus para nós! Do mesmo modo, quantas faces
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se dirigem a nós para obter misericórdia. Quem experimentou na própria vida a misericórdia do Pai não pode permanecer insensível diante da necessidade dos irmãos. O ensinamento de Jesus que ouvimos não permite vias de fuga: tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; estava nu, prófugo, doente, na prisão e me assististes (cfr Mt 25, 35-36). Não se pode vacilar diante de uma pessoa que tem fome: é preciso dar-lhe de comer. Jesus nos diz isso! As obras de misericórdia não são como teorias, mas são testemunhos concretos. Obrigam a arregaçar as mangas para aliviar o sofrimento. Por causa das mudanças do nosso mundo globalizado, algumas pobrezas materiais e espirituais se multiplicaram: demos, portanto, espaço à criatividade da caridade para identificar novas modalidades de ação. Deste modo, a via da misericórdia se tornará sempre mas concreta. A nós, portanto, é pedido para permanecer vigilantes como sentinelas, para que não aconteça que, diante das pobrezas produzidas pela cultura do bem-estar, o olhar dos cristãos se enfraqueça e se torne incapaz de olhar para o essencial. Olhar ao essencial. O que significa? Olhar Jesus, ver Jesus naquele que tem fome, no preso, no doente, no nu, naquele que não tem trabalho e precisa levar adiante uma família. Olhar Jesus naqueles nossos irmãos e irmãs; ver Jesus naquele que está sozinho, triste, naquele que erra e precisa de conselho, naquele que tem necessidade de fazer caminho com Ele em silêncio, para que se sinta em companhia. Estas são as obras que Jesus pede a nós! Ver Jesus neles, nestas pessoas. Por que? Porque assim Jesus olha para mim, olha para todos nós. Boletim da Santa Sé Tradução: Jéssica Marçal
A Igreja é Notícia
Que maneira tão especial de comemorar o aniversário! O cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, Orani João Tempesta, celebrou no dia 23 de junho, seus 66 anos de vida. Contudo, as comemorações tiveram início na noite do dia 22. Após retornar de uma celebração às 23h, o cardeal resolveu aproveitar a calada da madrugada para se encontrar com os irmãos em situação de rua, no Centro da cidade, para junto deles festejar seu aniversário.
Estudo médico: risco de suicídio é bem menor entre mulheres que vão à Igreja Semanas após um relatório do governo dos Estados Unidos apontar forte aumento do número de suicídios no país, em especial entre meninas pré-adolescentes, um novo relatório médico aponta que as mulheres de 30 a 55 anos que frequentam a Igreja pelo menos uma vez por semana correm 6 vezes menos risco de cometer suicídio que as mulheres que nunca frequentam a Igreja.O relatório, publicado pelo Journal of the American Medical Association, é ainda mais específico no tocante às mulheres católicas praticantes: elas chegam a ser 20 vezes menos propensas a cometer suicídio que as mulheres que nunca frequentam a Igreja. Em comparação, as mulheres protestantes são cerca de 3 vezes menos propensas ao suicídio que as mulheres não religiosas.
Madre Teresa de Calcutá: Oito “dias de festa” em Roma pela sua canonização As Missionárias da Caridade apresentaram o programa para a canonização da Beata Madre Teresa de Calcutá que acontecerá no dia 4 de setembro no Vaticano, o qual prevê uma série de celebrações litúrgicas e atividades durante os dias prévios e posteriores, com a possibilidade de que os fiéis venerem as relíquias da futura Santa. A canonização da Madre Teresa, a ser realizada no contexto do Jubileu da Misericórdia, tem como lema “Portadora do amor terno e misericordioso de Deus”. O programa da sua canonização começa no dia 1º e se estenderá até o dia 8 de setembro.
Bento XVI revela em novo livro como decidiu renunciar ao pontificado No próximo dia 9 de setembro será publicado o livro entrevista ao Papa Emérito Bento XVI, um projeto da editora Garzanti e do jornal italiano ‘Il Corriere della Sera’, no qual revela, entre outras coisas de sua vida, como decidiu renunciar ao pontificado em fevereiro de 2013. O livro intitulado “Ultime conversazioni” (Últimas Conversações), a versão em italiano tem 240 páginas e foi elaborada a partir dos diálogos de Bento XVI com o jornalista alemão Peter Seewald, que também publicou em 2010 o livro entrevista “Luz do mundo” com o então Pontífice.
Aplicativo de orações do Papa será lançado no Brasil O aplicativo de orações Click to Pray foi apresentado oficialmente no Brasil no dia 14 de julho, em São Paulo. Lançado em 2014 em Portugal pela Rede Mundial de Oração do Papa (Apostolado da Oração), o app já é utilizado por 440 mil pessoas no mundo e a expectativa é que este número aumente nos próximos anos. O lançamento do Click to Pray no Brasil aconteceu no Salão da Igreja do Pateo do Collegio, às 9h, e contou com a presença do Diretor Internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, Padre Frédéric Fornos. O aplicativo Click to Pray oferece três momentos breves de oração por dia, ajudando “a recordar, mesmo se por um pequeno momento, o essencial: a relação com o Senhor, a abertura do coração ao mundo de hoje”. Permite ainda ao usuário colocar as suas intenções pessoais.
TV Criança Católica: uma bela novidade para os pequenos! O Apostolado Nossa Senhora de Fátima lançou a TV Criança Católica, primeiro canal brasileiro de TV na internet dedicado inteiramente à evangelização infantil. A plataforma utilizada é o YouTube. Todas as quartas-feiras, o canal disponibiliza um novo episódio das suas séries. Para assistir gratuitamente às séries, basta acessar o site: www.tvcriancacatolica.com.br .
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Opiniões que fazem opinião
A volta dos crucifixos Foi muito divulgada, em 2011, uma de-
cisão tomada pelo Conselho Superior de Magistratura do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. Acolhendo um pleito formulado pela Rede Feminista de Saúde, pela SOMOS, pela Themis, pela Marcha Mundial das Mulheres, por NUANCES e pela Liga Brasileira de Lésbicas, o referido Conselho ordenou a retirada de Crucifixos e demais símbolos religiosos das dependências do Poder Judiciário gaúcho, sob o argumento de que o Estado é laico. A Mitra Diocesana de Passo Fundo e um cidadão, Sr. Fernando Carrion, recorreram, então, ao Conselho Nacional de Justiça. A resposta, dada pelo Conselheiro Emmanoel Campelo, e encaminhada no dia 16 de maio último aos Desembargadores e Magistrados pelo Presidente do Conselho, Des. Luiz Felipe Silveira Difini, termina assim: «Verifica-se que a presença de Crucifixo ou símbolos religiosos em um tribunal não exclui ou diminui a garantia dos que praticam outras crenças; também não afeta o Estado laico, porque não induz nenhum indivíduo a adotar qualquer tipo de religião, como também não fere o direito de quem quer que seja. Assim, entendo que os símbolos religiosos podem compor as salas do Poder Judiciário, sem ferir a liberdade religiosa, e que não se pode impor a sua retirada de todos os tribunais, indiscriminadamente. Por isso, merece reparo a decisão do Conselho de Magistratura do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, que determinou, de forma discriminatória, a retirada dos Crucifixos. Ante o exposto, voto no sentido de serem julgados procedentes os pedidos, tornando sem efeito o ato administrativo impugnado». É uma vitória do bom senso; é uma vitória daqueles que sabem distinguir entre Estado laico e Estado laicista. O Estado brasileiro é laico, o que significa dizer que há separação entre Estado e Igreja. No Estado laicista procura-se isolar o fator religioso à esfera puramente pessoal, proibindo ou cerceando as manifestações externas de religiosidade. Ou, como bem explicou o Des. Campelo, «para acolher a pretensão de retirada de símbolos religiosos sob
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o argumento de ser o Estado laico, seria necessário, também, extinguir feriados nacionais religiosos, abolir símbolos nacionais, modificar nomes de cidades, e até alterar o preâmbulo da Constituição Federal». No preâmbulo dessa, lê-se: «Promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil». Não se pode esquecer, também, que nas cédulas do real se lê: «Deus seja louvado» e que são vários os feriados religiosos. Em outras palavras: das várias formas de relação entre Igreja e Estado no tempo e no espaço – Estado confessional (que adota uma religião como oficial), Estado ateu (que rejeita o fator religioso como constitutivo do ser humano) e Estado laico (que vive a separação entre Igreja e Estado, mas com cooperação entre eles e respeito à liberdade religiosa) -, o Brasil adotou nitidamente esta última forma. O Dr. Paulo Brossard, que foi Ministro do Supremo Tribunal Federal, escreveu (Jornal “Zero Hora”, Porto Alegre, 12.03.2012) que «os Crucifixos existentes nas salas de julgamento do Tribunal lá não se encontram em reverência a uma das pessoas da Santíssima Trindade, segundo a teologia cristã, mas a alguém que foi acusado, processado, julgado, condenado e executado, enfim, justiçado até sua crucificação, com ofensa às regras legais históricas». Ele lembrou, inclusive, uma frase de Rui Barbosa: «O Crucifixo está nos tribunais… porque Jesus foi vítima da maior das falsidades de justiça pervertida». A recente decisão do Conselho Nacional de Justiça, permitindo a volta dos Crucifixos às salas dos tribunais gaúchos, nos mostra que nunca é tarde para se corrigir erros ou para se reparar injustiças.
Dom Murilo S. R. Krieger, scj
Arcebispo de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil
1º Encontro
Círculos Bíblicos
A Missão é de todos nós Acolhida: Preparar o altar com o crucificado, a Bíblia e alguns símbolos que representam a missão. Animador/a: Irmãs e irmãos, estamos iniciando o mês agosto dedicado às vocações. A vocação ou o chamado não é algo para si mesmo, mas um serviço, uma doação àqueles a quem somos enviados. Por isso, é sempre seguida de uma missão. Tema este que será refletido no encontro hoje. “A Missão é de todos nós”. Cantemos o sinal da cruz... Canto: Um dia escutei teu chamado, divino recado batendo no coração. Deixei deste mundo as promessas e fui bem depressa no rumo de tua mão. Tu és a razão da Jornada, tu és minha estrada, meu guia e meu fim. No grito que vem do teu povo te escuto de novo chamando por mim. (2X) ABRINDO OS OLHOS PARA VER
Leitor/a 1: Na mensagem deste ano, por ocasião do 53º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, o Papa Francisco disse que a vocação cristã, bem como as vocações particulares nascem no meio do povo de Deus e são dons da misericórdia divina! Por isso, convida-nos a contemplar a comunidade apostólica e a dar graças pela função da comunidade, no caminho vocacional de cada um. ORAÇÃO INICIAL
Oração pelas vocações Jesus, Mestre Divino, que chamastes os apóstolos a vos seguirem, continuai a passar pelos nossos caminhos, pelas nossas famílias, pelas nossas escolas e continuai a repetir o convite a muitos de nossos jovens. Dai coragem às pessoas convidadas. Dai força para
que vos sejam fiéis como apóstolos leigos, como sacerdotes, como religiosos e religiosas, para o bem do povo de Deus e de toda a humanidade. Amém! ESCUTANDO A PALAVRA
Animador/a: Na reflexão que iremos fazer, veremos que Jesus escolheu outros setenta e dois discípulos e os enviou à sua frente, para lugares onde ele mesmo devia percorrer. Ele escolhe, envia e os autoriza para representá-Lo na missão. Canto: Como são belos os pés do mensageiro, que anuncia a Paz. Como são belos os pés do mensageiro, que anuncia o Senhor. Ele vive, Ele reina, Ele é Deus e Senhor. (2x) Leitor/a 2: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 10, 1-9. PARTILHANDO A PALAVRA
a) Vamos lembrar algumas das palavras que Jesus dizia aos discípulos ao enviá-los! b) Você se sente chamado para integrar a missão, dada por Jesus a seus discípulos? Que pedidos Ele lhe faria hoje? REZANDO A PALAVRA
Leitor/a 3: No envio dos setenta e dois discípulos, Jesus faz várias recomendações: que sejam pessoas de oração, pessoas conscientes, que vão como cordeiro no meio de lobos, que sejam desapegados, pacíficos, portadores da paz, pessoas compassivas e que anunciem a proximidade do Reino de Deus.
ASSUMINDO A PALAVRA
c) Em quais lugares ainda hoje somos chamados a anunciar o Evangelho, além de nossa família ou do grupo onde participamos? Canto: Eis-me aqui, Senhor! (2X) Pra fazer tua vontade, pra viver no teu amor, pra fazer tua vontade, pra viver no teu amor! Eis-me aqui, Senhor. (2X) ORAÇÃO E BÊNÇÃO FINAL
Oração Missionária Lado A: Senhor, dai-nos um coração missionário para que saibamos sentir a realidade e interpretar os sinais dos tempos. Que possamos trabalhar apaixonadamente para construir o Reino de Deus: nas pessoas e criaturas; organizações e estruturas; situações e ambientes; nas etnias e culturas; nos povos e nações. Lado B: Dai-nos um coração missionário para que saibamos ouvir o clamor do povo e possamos ser sinal de serviço, em particular, entre os mais empobrecidos. Dai-nos um coração missionário para que tenhamos coragem de assumir a causa da evangelização e da missão na nossa família, na comunidade, no Brasil e além-fronteiras. Senhor, que se faça em cada um de nós a Vossa vontade. Amém. Animador/a: Rezemos o Pai Nosso por todos os vocacionados. Abençoe-nos o Deus cheio de misericórdia: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém! Canto à escolha.
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Círculos Bíblicos
2º Encontro
Diversos dons, um só Espírito Acolhida: Preparar o ambiente com objetos, imagens e cartazes que ressaltem o mês vocacional. Colocar sobre o altar a Bíblia, um crucifixo, vela e flores. Animador/a: Queridos irmãos e irmãs sejamos todos bem-vindos! O nosso encontro de hoje nos leva a refletir a importância de acolhermos os dons que Deus nos concede, por obra do Espírito Santo, a fim de sermos “sal e luz” onde quer que estejamos. Peçamos a presença da Santíssima Trindade: Em nome do Pai... Canto: Eis me aqui, Senhor! (bis) Pra fazer tua vontade Pra viver no teu amor (bis) Eis-me aqui, Senhor! O Senhor é o Pastor que me conduz por caminhos nunca vistos me enviou, sou chamado a ser fermento, sal e luz e por isso respondi: aqui estou! ABRINDO OS OLHOS PARA VER
Animador/a: Como criaturas humanas, nosso primeiro chamado foi à vida. Mas, não nascemos por acaso. Todos nós temos uma missão, um desafio: colaborar com Deus na construção de um mundo melhor, na implantação do Seu Reino. Para isto, Ele nos capacita, com os dons do Seu Espírito. ORAÇÃO INICIAL
Leitor/a 1: Se permitimos a ação do Espírito Santo em nós, Deus nos concede seus dons e, por meio deles, a graça da nossa santificação e do serviço e doação ao próximo. Rezemos com o Papa Pio XII. Todos: Dá-nos teus dons, Senhor! Capacita-nos a usá-los em favor dos irmãos!
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Lado A: Vem Espírito Santo, toma meu corpo como templo Teu. Vem e fica comigo. Lado B: Consagro-Te todas as faculdades da minha alma. Domina minhas paixões, emoções e sentimentos. Lado A: Ó Espírito de amor, dá-me rica medida da Tua graça. Dá-me a plenitude dos Teus dons e virtudes, aumenta minha fé e confiança. Lado B: Senhor, concede-me os Teus dons, Teus frutos e bem-aventuranças. Aumenta minha confiança e inflama meu amor por Ti e pelos meus semelhantes. Todos: Amém, assim seja! ESCUTANDO A PALAVRA
Animador/a: A diversidade dos carismas e dons que o Pai confere à Igreja, não pode ser motivo de confusão e ciúme entre nós, cristãos, mas para que possamos crescer no amor e na fé, de forma harmoniosa, como um único corpo, o corpo de Cristo! Canto: Vai falar do Evangelho, Jesus Cristo, aleluia... Leitor/a 2: Leitura da 1ª Carta de São Paulo aos Coríntios 12,4-11 PARTILHANDO A PALAVRA
a) Comente sobre o que diz o Papa Francisco: “O mesmo Espírito que confere os diferentes carismas faz também a unidade da Igreja”. b) Deus nos exorta a usarmos os dons em proveito da comunidade. De que forma faço isso?
REZANDO A PALAVRA
Leitor/a 3: O Espírito Santo renova todas as coisas. Na oração, o Paráclito é derramado para que os prodígios divinos sejam manifestados no mundo. Rezemos: Todos: “Vinde Espírito Criador, a nossa alma visitai e enchei os corações com vossos dons celestiais. Vós sois chamado o Intercessor de Deus, excelso dom sem par, a fonte viva, o fogo, o amor, a unção divina e salutar. Sois o doador dos sete dons e sois poder na mão do Pai, por Ele prometido a nós, por nós seus feitos proclamai. A nossa mente iluminai, os corações enchei de amor, nossa fraqueza encorajai, qual força eterna e protetor. Nosso inimigo repeli, e concedei-nos a vossa paz, se pela graça nos guiais, o mal deixamos para trás. Ao Pai e ao Filho Salvador, por Vós possamos conhecer que procedeis do Seu amor, fazei-nos sempre firmes crer!” Amém. Canto: Me chamaste para caminhar na vida contigo... ASSUMINDO A PALAVRA
c) O Cristo é a cabeça da Igreja, nós os membros. O que podemos fazer nesta semana, para sermos, de fato, um membro ativo do corpo de Cristo? BÊNÇÃO FINAL
Animador/a: Confiantes na graça de Deus e na intercessão de Nossa Senhora, que nos capacitam a vivermos bem nossa vocação, peçamos sua bênção: Em nome do Pai... Canto: Pelas estradas da vida...
Círculos Bíblicos
3º Encontro Esta é a tenda de Deus no meio do povo!
Acolhida: Colocar sobre a mesa a Bíblia, velas, flores e a imagem de uma tenda. Animador/a: Irmãos e Irmãs, como é bom nos reunirmos em comunidade e nos sentirmos acolhidos/as por Deus que “armou sua tenda no meio de nós” (Jo 1, 14). Na alegria de estarmos unidos na presença de Deus, iniciemos em nome do Pai e do Filho... (Pode ser cantado) ABRINDO OS OLHOS PARA VER
Animador/a: Deus não se cansa de chamar pessoas para sua messe. Ele direciona o seu olhar amoroso e de cuidado para com todos os vocacionados/as. Deus revela uma relação de amor: chama e cuida! Somos chamados a ser gente, a viver e a se relacionar bem uns com os outros e com a criação. Cada pessoa batizada é chamada a fazer uma profunda experiência de sentir-se escolhida por Deus e a dar respostas concretas a este chamado na comunidade. Canto: Eis-me aqui Senhor ... ORAÇÃO INICIAL
Animador/a: A escuta e a assimilação da Palavra de Deus, no dia a dia, muda o olhar e o sentido da vida. A palavra de Deus é um apelo, uma provocação e uma intimação para a pessoa colocar-se em pé, em atitude de escuta e de prontidão. A vida é a grande vocação. A pessoa reflete a grandeza de Deus, pois é chamada a ser imagem e semelhança Dele. Todos: Ó Senhor, nosso Deus/ como é grande vosso nome/ por todo o universo! (Salmo 8)
Leitor/a 1 - Contemplando estes céus que plasmastes/ e formastes com dedos de artista;/ vendo a lua e estrelas brilhantes, perguntamos:/ “Senhor, que é o homem,/ para dele assim vos lembrardes/ e o tratardes com tanto carinho?”. Leitor/a 2 - Pouco abaixo de Deus o fizestes,/ coroando-o de glória e esplendor;/ vós lhe destes poder sobre tudo,/ vossas obras aos pés lhe pusestes.
Leitor/a 3 - As ovelhas, os bois, os rebanhos,/ todo o gado e as feras da mata;/ passarinhos e peixes dos mares,/ todo ser que se move nas águas. ESCUTANDO A PALAVRA
Animador/a: Somos convidados agora a olhar o tema deste encontro (pausa). A tenda é um símbolo do encontro de Deus com a humanidade. Deus mora no meio de nós! Ele armou sua tenda em nossa realidade atual. Ser tenda é deixar-se habitar, abrindo caminhos na concretização dos valores do Reino. Canto: à escolha Leitor/a 1 – Leitura do livro do Apocalipse 21,1-7
a) O que o texto nos diz? b) O que animava a vida e a esperança da comunidade apresentada no Apocalipse? REZANDO A PALAVRA
Animador/a: Deus vem morar com seu povo. Estende sobre ele a sua tenda (Ap 21,3) e pronuncia as palavras da Aliança: “Eu serei o seu Deus, e vocês serão o meu povo!” (Ap 21,3). E a cada um em particular ele diz: “Eu serei o seu Deus e você será o meu filho, minha filha!” (Ap 21,7). A aliança é com o povo todo e com cada um em particular. Javé, Deus conosco, Deus libertador, será o nosso Deus para sempre. (Col. Tua Palavra é Vida, vol. 7) Todos: Creio em Deus Pai... ASSUMINDO A PALAVRA
c) Neste mês vocacional, onde Deus nos chama a olhar com ternura para a nossa comunidade, o que podemos fazer para que se concretize entre nós a “tenda” do encontro e da solidariedade? ORAÇÃO E BÊNÇÃO FINAL
Animador/a: “Deus não perguntará quantas coisas boas você fez na vida e sim quanto AMOR você colocou naquilo que fez.” (Madre Teresa de Calcutá). Com esta frase deixemos-nos tocar pelo Amor de Deus e peçamos a Ele a alegria e o entusiasmo para prosseguirmos como discípulos missionários. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai. Canto: Senhor se Tu me chamas eu quero te ouvir...
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Círculos Bíblicos
4º Encontro
Vocação Ecológica
Acolhida: Preparar Bíblia, vela, flores, produtos ecológicos.
Animador/a: Em nome de Jesus, sejam todas e todos bem vindos! Coloquemo-nos na presença de Deus Uno e Trino, cantando o Sinal da Cruz! Canto: “Me chamaste para caminhar...” Animador/a: Vocação vem de “chamado”; “ecologia” de “cuidado da casa comum”. Somos todos “chamados” a “cuidar de nossa casa comum”, a Mãe Terra! Todos: “O meio ambiente é um bem coletivo, patrimônio de toda a humanidade e responsabilidade de todos!” (Papa Francisco). ORAÇÃO INICIAL
Todos: Louvado sejas, meu Senhor, com todas as tuas criaturas! Leitor/a 1: Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão SOL, que faz o dia, e com sua luz nos alumia! Ele é belo e radiante! Todos: Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã LUA, e pelas ESTRELAS no céu, claras, preciosas e belas! Leitor/a 2: Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão VENTO, pelo ar, pela nuvem, pelo sereno, pelo qual sustentas tuas criaturas! Leitor/a 1: Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã ÁGUA, que é tão útil e humilde, preciosa e casta! Todos: Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão FOGO, pelo qual iluminas a noite. Ele é belo e alegre, vigoroso e forte! ABRINDO OS OLHOS PARA VER
Leitor/a 1: “Que foi que fizemos contigo, ó planeta, ó Mãe Terra? Secamos as tuas fontes. Sujamos
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os teus riachos. Cortamos as tuas árvores. Exterminamos os teus animais. Poluímos os teus ares. Sujamos os teus mares. Depredamos tuas entranhas. E te ferimos da cabeça aos pés! Planeta Terra, planeta Terra, quanto tempo aguentarás? (“Terra Ferida” Pe. Zezinho).
Leitor/a 3: Leitura do Profeta Isaías 11, 1 - 9 a) Nesta leitura, o que chamou mais sua atenção? b) “Como sempre, a corda arrebenta pelo ponto mais fraco!” Comente!
Animador/a: Precisamos hoje de uma “conversão ecológica”: transformar o mundo no respeito ao ser humano e no cuidado à natureza. Qualquer agressão ao meio ambiente, é uma agressão à vida, ao homem e ao próprio Criador! Somos uma única família humana! Que nem fronteiras nem barreiras permitam isolar-nos; que também não haja espaço para a globalização da indiferença, para o egoísmo coletivo, e a cultura do descarte.
Animador/a: “É muito nobre assumir o dever de cuidar da criação com pequenas ações diárias, tais como:
Leitor/a 2: A espiritualidade cristã propõe uma nova maneira de ver, sentir e agir; um outro estilo de vida, sóbrio, simples, solidário: uma capacidade de se alegrar com pouco. A sobriedade, vivida livre e conscientemente, é libertadora. Não se trata de menos vida, nem vida de baixa intensidade; é precisamente o contrário. É possível necessitar de pouco e viver muito! Quanto mais vazio está o coração da pessoa, tanto mais necessita de objetos para comprar, possuir e consumir. ESCUTANDO A PALAVRA
Animador/a: O profeta Isaías projeta para o futuro o ideal de uma sociedade igualitária. O Espírito do Senhor, com seus sete dons, fará surgir uma sociedade alicerçada na justiça, produzindo paz, harmonia e comunhão fraterna. Canto de Aclamação
ASSUMINDO A PALAVRA
Leitor/a 1: Evitar o uso de plástico; reduzir o consumo de água; diferenciar o lixo; cozinhar apenas aquilo que se poderá comer; tratar com respeito outros seres vivos; partilhar o mesmo veículo com várias pessoas; plantar árvores; apagar as luzes desnecessárias! Tudo isso prova que vale a pena a nossa passagem por este mundo!” (Papa Francisco). c) O que eu posso fazer de concreto? ORAÇÃO E BÊNÇÃO
Todos: Deus de amor, que estais presente em toda a criação, na mais pequenina de vossas criaturas; derramai em nós a força de vosso amor, para cuidarmos da vida e da mãe - terra! Dai-nos tua paz para que vivamos como irmãos e irmãs sem prejudicar ninguém. Tocai o coração de quem busca apenas benefícios à custa dos pobres e da terra. Sustentai-nos na nossa luta pela justiça, pelo amor e pela paz. Ficai conosco e abençoai-nos: Pai, Filho e Espírito Santo. Canto e abraço da paz
Pergunte e Responderemos
Quando os cães ocupam o lugar das crianças...
D
« e acordo com a revista evangélica “Ultimato”, de circulação nacional, nos últimos vinte anos, o cachorro saiu do quintal para entrar em casa e se tornar membro da família, alguém que precisa dos cuidados e atenções que antigamente só os humanos recebiam. Em 2017, o Brasil terá 62 milhões de cães contra 43 milhões de crianças. Qual será o futuro de um mundo que troca crianças por pets?» (Leonardo Bezerra de Mello). Prezado Leonardo, não são somente setores das Igrejas Evangélicas que se preocupam com a situação. Lembro que Francisco – para só falar do Papa atual – pelo menos por duas vezes abordou o assunto. A primeira foi em maio de 2014, numa missa que rezou para um grupo de casais que celebravam aniversário de casamento. Referindo-se às famílias que preferem animais de estimação aos filhos, ele disse: «Para elas, é mais cômodo ter um cãozinho, dois gatos. Assim, o amor vai para o cão e os dois gatos. Já viram isto, não é verdade? Mas, o futuro que as espera é a amargura de uma triste solidão. Porque seu amor não é fecundo, um amor que não faz aquilo que Jesus faz com a sua Igreja: fá-la fecunda». E concluía: «Estas famílias que não querem filhos, são vítimas da cultura do bem-estar, que lhes diz que se é mais feliz não ter filhos! Assim podem conhecer o mundo, fazer férias, ter uma casa no campo, viver tranquilas». A segunda vez aconteceu na audiência jubilar do dia 14 de maio deste ano. Para a multidão que se apinhava na Praça São Pedro, ele assim se dirigiu: «Precisamos estar atentos para não identificar a piedade com um pietismo, hoje bastante difundido, que não passa de uma emoção superficial, um pietismo que até chega a ofender a dignidade das pessoas. A piedade não deve ser confundida nem mesmo com a compaixão que sentimos com os animais que vivem conosco. De fato, às vezes, provamos este sentimento com os animais e ficamos indiferentes diante dos sofrimentos dos irmãos... Quantas vezes encontramos pessoas extremamente apegadas aos gatos e cães, mas que não emprestam nenhuma ajuda a vizinhos que passam necessidade. Isso não pode acontecer!». O Papa Francisco tem razão: há pessoas que choram mais pela morte de um pet do que por um parente ou amigo; que gastam mais pela saúde de um gato do que outras pelos entes queridos; em alguns países, é mais perigoso matar um animal do que um
ser humano. São milhões os pobres que desejariam receber o mesmo tratamento que recebem os animais em algumas famílias! Realmente, “vida de cachorro” não tem mais o sentido de antigamente... A substituição do filho por um animal pode ser consequência da inversão de valores em andamento hoje na sociedade. Perderam-se as referências. A verdade de um não é a mesma do outro. Tudo passa a ser relativo. Sem dúvida, há muitos outros motivos, inclusive de ordem econômica. De fato, já se tornou lugar-comum afirmar que só deveria ter filhos quem tem condições (não só financeiras!) para os ter... Mas já que o mercado ocupa o primeiro lugar na sociedade capitalista em que vivemos, perguntar não ofende: com a diminuição vertiginosa de crianças que se verifica nos países assim ditos evoluídos, como ficará a questão da aposentadoria, no futuro? Por que vários países europeus estão aumentando o subsídio para cada filho que as famílias decidem ter? E, aprofundando mais ainda o assunto, se o ser humano se realiza sobretudo na capacidade de relacionamentos sadios, certamente o melhor caminho para lá chegar não é o filho único... Concluo com a resposta dada pelo Papa Francisco no dia 19 de janeiro de 2015, no avião que o trazia de volta das Filipinas, a um jornalista que lhe perguntava se três filhos não fossem o ideal: «A abertura à vida é condição para o sacramento do matrimônio. Um homem não pode dar o sacramento à esposa, e a esposa a ele, se ambos não estão abertos à vida. De fato, se se provar que alguém casou sem a intenção de estar aberto à vida, o matrimônio é nulo. Isso não quer dizer que o cristão deve fazer filhos “em série”. Falo de paternidade responsável. Alguns acham que — perdoe-me a expressão – para sermos bons católicos, temos que ser como coelhos. Não! Eu acho que o número de três filhos por família que você mencionou, é o que os especialistas dizem ser importante para manter a população “caminhando”. Quando isso diminui, o outro extremo acontece, como está se verificando na Itália. Ouvi dizer que, em 2024, não haverá dinheiro para pagar os aposentados. Assim, a palavra-chave – para lhe dar uma resposta, e a que a Igreja usa o tempo todo, e eu também – é paternidade responsável». Dom Redovino Rizzardo, cs
Bispo Emérito
Envie sua pergunta para: redovinorizzardo@gmail.com
Agosto de 2016 13
Vida em família
P
O papel do pai na família cristã
“ or isso, o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne” (Gn 2, 24). Este trecho da Sagrada Escritura, retirado do primeiro livro da Bíblia, nos apresenta a constituição da família cristã instituída por Deus: homem, mulher e, fruto do amor entre ambos, os filhos. Por ocasião do dia dos pais, vamos aprofundar sobre a importância dessa figura paterna. A presença masculina é um sustento, aquela que luta pelo material, que se preocupa com o físico, mas que não se resume apenas nisso. Como é importante a presença do pai passando segurança, rezando com os filhos, ensinando-os, educando-os na Fé, estabelecendo os limites necessários. Se assim não o fosse, Deus não teria convencido José, em sonho, a permanecer com Maria, mesmo sabendo que ela daria à luz a um Filho que não era dele; fiel a Deus, José permanece com Maria (cf Mt 1, 20). Nos tempos atuais, devido a uma grande necessidade de busca pelo sustento, muitos pais ficam distantes dos filhos, estes são educados por tantas outras pessoas ou situações, que acabam, às vezes, trilhando caminhos diferentes dos desejados pelos pais. O trabalho do homem não deve, portanto, interferir negativamente na família. O livro de Provérbios vem orientar acerca da importância dessa presença ainda na infância: “Ensina à criança o caminho que ela deve seguir; mesmo quando envelhecer, dele não se há de afastar” (Pr 22,6). Na Exortação Apostólica Familiaris Consortio, número 25, São João Paulo II afirma: “o amor aos filhos são para o homem o caminho natural para a compreensão e realização da paternidade. (...) É necessário ser-se solícito para que se recupere social-
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mente a convicção de que o lugar e a tarefa do pai na e pela família são de importância única e insubstituível”. O homem só será realizado, enquanto pai, quando amar seus filhos. E quando se fala em amar, não se trata de um amor irreal, mas um amor concreto, presente, suporte, um amor doação. O pai na família cristã precisa refletir para com os seus filhos o Amor de Deus Pai. Quantas pessoas não conseguem se sentir amadas por Deus Pai por não terem sido amadas pelo pai da terra; quantos entendem o Pai do Céu como distante por não ter tido a oportunidade de perceber o pai terrestre presente! O papel do pai na família é de suma importância, é insubstituível, não pode e nem deve ser transferido. Nos tempos atuais, em que o pai é visto para tantas outras atividades, menos para estas relatadas neste artigo, como retomar o caminho e como pai cumprir bem o seu papel na família Cristã? Faz-se necessário contar com o mover e a ação do Espírito Santo, Aquele que é Autor da Unidade, Formador por excelência. Que o Espírito Santo venha ajudar os pais a serem pontos de unidade em suas famílias ajude-os a educar seus filhos, não com a educação que a sociedade hoje apresenta, mas a educação segundo a vontade de Deus, à Luz da Palavra. Assim, ter-se-á, amanhã, mais homens e mulheres que professam a Fé em Jesus Cristo contribuindo com uma sociedade melhor. Frederico Mastroangelo S. Marques
Coordenador Estadual do Ministério de Formação RCC BAGO Imaculado Coração de Maria, Arquidiocese de Feira de Santana
A Igreja em serviço
Família: berço propício para a animação vocacional
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m julho, durante minhas férias, vivi uma experiência com Deus na Jornada Mundial da Juventude na Polônia. Rezei por você e sua família. Retornando, neste mês partilho com você sobre o Serviço de Animação Vocacional (SAV), presente em nossa diocese. É bom frisar que onde existe a presença de um padre, ali está o SAV. Na década de 90, com a criação do Seminário diocesano, a pastoral vocacional passou a estruturar-se, sendo que com o tempo ganhou uma nomenclatura nova; a saber, SAV (Serviço de Animação Vocacional). Hoje, sob a coordenação diocesana do Padre Alexsandro Lima, o serviço conta com a presença dos diocesanos, religiosos(as) de diversos institutos e leigos. Como missão, animar e criar a pastoral em cada paróquia através de reuniões mensais, com a gestão do pároco. O SAV trabalha todas as vocações vivas na Igreja: matrimonial, religiosa, sacerdotal e de leigos engajados nos diversos serviços das comunidades. Contudo, o serviço dá atenção especial para as vocações hoje consideradas ‘carentes’, por terem um número menor de jovens que a procuram. Deus continua a chamar os jovens para a vida vocacional, nós é que devemos trabalhar de forma correta. Pensando e visando avaliar e planejar as atividades para 2016, a equipe se encontrou no IPAD no mês de março para organização de visita às foranias, oferecendo formação e animando os agentes do SAV. Foram pensadas ações de marketing vocacional na Jornada Diocesana da Juventude (JDJ) e encontros diocesanos em geral: montagem de stands vocacionais, com o objetivo de promover a cultura vocacional para que o seminário, institutos de vida religiosa e consagrada, possam direcionar os jovens. Visita às famílias, momentos com os vocacionados, momento vocacional nas missas e arrecadação de
alimento para o seminário também foram pensados. Um trabalho vocacional que pode ajudar muito é a abordagem do tema VOCAÇÃO em retiros de crisma, acampamentos, movimentos paroquiais e catequese. Onde tem jovem, deve haver um trabalho vocacional. Com a chegada do serviço em uma paróquia de nossa diocese, novas vocações surgiram: dois seminaristas, uma noviça e três vocacionados são acompanhados pela equipe. Dom Henrique sabe que o trabalho do SAV é importante e vai ajudar em tudo o que for necessário para que novas vocações para a Igreja surja na diocese do Coração de Jesus. Nosso querido bispo emérito Dom Redovino em seu pastoreio preocupado com a Igreja, sempre incentivou os fiéis para que rezassem por santas e belas vocações. É normal ouvirmos que toda pessoa que quer ser político, será ladrão e aquele que quer ser professor será pobre e viverá em greve. A mesma coisa acontece com o jovem que quer ser padre: e seu investimento e projeto pessoal? E a continuidade da família? Antigamente ser padre ou religiosa, era algo extraordinário, especial. Teria uma boa formação acadêmica, boa saúde, pois tudo era precário e a família era reconhecida por ter um filho padre ou uma filha religiosa. O tempo passou e hoje, quando o jovem decide-se em ser padre ou ser religiosa, enfrentam dificuldades como o bullying, onde o extraordinário torna-se ridículo. Não só no meio social em que o jovem está inserido, na própria família isso pode acontecer. Mas o negativo DEVE desaparecer. Nosso papa afirma: ‘A ALEGRIA DO EVANGELHO enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. ’ O Evangelho de Jesus e a missão que Ele nos deixou são muito mais importantes. Os amigos e a família devem motivar, alegrar e dar entusiasmo aos jovens que querem viver na radicalidade do Evangelho. Inovar as estratégias é uma das novas missões da equipe. E na oração, os jovens encontram a força que necessitam para bem viverem o mandamento de Jesus: ‘Vem e Segue-me’ (Mt 19, 21). Reze você também pelas vocações.
Gabriel Fernandes
gfscoficial@gmail.com Apresentador do programa Sintonia da Paz na Rádio Coração 95,7 FM aos sábados, 13h.
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A Diocese em Revista
Falecimento Ir. Irma Guarnieri, sst Comunico falecimento da irmã Irma Guarnieri, aos 74 anos, sofreu um infarto fulminante. Natural de Garibaldi/RS, nasceu no dia 13 de setembro, pertencia a Congregação das Servas da Santíssima Trindade, ano passado fez 50 anos de vida religiosa. Entre os anos 1980 e 1997, trabalhou na Diocese de Dourados, na Pastoral e formação da Juventude, gerente da Livraria Damasco, secretaria da Cúria Diocesana de Dourados, Informativo ELO, Pastoral Vocacional e jurada nos festivais de música da juventude, década de 80. Morou na paroquia São José, no IPAD, como formadora de noviças, na casa das Irmãs Servas da Santíssima Trindade, comunidade São Marcos, Paroquia Nossa Senhora de Fátima. Já trabalhou em Goiás, Rio de Janeiro e Minas Gerais nos últimos tempos. Coordenava a Pastoral Catequética da paróquia Santíssima Trindade em Caxias do Sul - RS.
CONVITE Encontro de Formação Agentes - Cáritas Data: 10 e 11 de setembro de 2016. Local: Centro de Formação São Vicente de Paulo – Distrito de Indápolis – Dourados/ MS. Horário de início: 7h30. Assessores: Alessandra Miranda e Vanderlei Martini (Cáritas Brasileira) Informações: (67) 3424-6721 / 3422-6910 / 996184727 (Josiane) E-mail: caritasdourados@outlook.com
Dourados, 10 de junho: Ordenação Diácono Permanente Erismar Roberto Pittarello na Paróquia Bom Jesus.
Douradina, 12 de junho: Crisma na Paróquia Nossa Senhora Aparecida. Dourados, 12 de junho: Missa de Posse do Padre Fernando como Administrador Paroquial da Paróquia São João Batista. Dourados, 13 de junho: Encontro do Clero Diocesano no IPAD. Dourados, 18 de junho: Missa em Ação de Graças aos 22 anos de Sacerdócio do Padre Otair Nicoletti, na Paróquia Santo André.
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A Diocese em Revista Curitiba-PR, 19 de junho: 2º dia do Novenário de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro.
Curitiba-PR, 20 de junho: Visita e comemoração do aniversário do Padre Pedro.
Ponta Porã, 23 de junho: Crisma de adultos na Paróquia São José.
Dourados, 24 e 25 de junho: Festa junina da Paróquia São João Batista.
Laguna Carapã, 24 de junho: Preparativos para o jantar italiano na Paróquia Cristo Rei.
Vila São Pedro, 25 de junho: Festa junina da Paróquia São Pedro.
Dourados, 1º de julho: Encontro do Caminho Neocatecumenal, na Escola Imaculada.
Dourados, 26 de junho: Formação para Ministros Atuantes da forania oeste no IPAD.
Dourados, 2 de julho: Missa de Envio dos jovens que irão para JMJ 2016.
Dourados, 10 de julho: Missa de encerramento do 13º FAC. Agosto de 2016 17
Crianças em foco
CRUZADINHA Complete com as palavras
CAÇA PALAVRAS: AGOSTO MÊS VOCACIONAL
Preencha as linhas horizontais com as palavras abaixo: DISCÍPULOS – JESUS – CALUNIAM – OFEREÇA – TÚNICA – DEVOLVA – DESEJAM – SOMENTE – PECADORES – ASSIM – GRATUIDADE – EMPRESTAM – QUANTIA – CONTRÁRIO – INIMIGOS – RECOMPENSA – FILHOS – ALTÍSSIMO – BONDOSO - INGRATOS
Vamos Colorir
Misericordia-Família-Vocação-Leigos-CatequistasMatrimônio-Sacerddote-Doação
Super Dica Escove os dentes com a torneira fechada e troque de escova a cada 6 meses. Três vezes ao dia você deve pelo menos escovar os dentes: Quando você acordar, após o almoço e antes de dormir!
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Fique por dentro!
Agenda Diocesana - Agosto 05 e 06– Formação litúrgica para leigos, no IPAD 07 – Festa do Padroeiro da Paróquia Bom Jesus, em Caarapó e Dourados 07 – Encontro dos Ministros Novos Forania de Ponta Porã 15 a 21- 17º Congresso Eucarístico Nacional, em Belém do Pará 19 e 20 – Escola Catequética, no IPAD 20 – Missa dos Religiosos(as) Vida Consagrada - CRB
21- Encontro dos Ministros Atuantes Forania Leste Dourados, na Paróquia N. Sra. de Fátima 21- Crisma em Dourados Paróquia São Francisco 26 a 28 – Retiro das Equipes de Nossa Senhora, no IPAD 27 – Crisma em Rio Brilhante 28 – Crisma em Fátima do Sul
Datas Significativas 04 - Dia do Padre 04 – São João Maria Vianney 10 – São Lourenço 14 – Dia dos Pais
15 – Assunção de Nossa Senhora 16 – São Roque 23 – Santa Rosa de Lima 28 - Santo Agostinho
Aniversariantes Religiosos/as Nascimento 06. Ir. Filomena Maria Silva (Orionitas) 08. Ir. Maria Beatriz Medeiros (sjs) 08. Ir. Maria da Divina Pastora (ssvm) 14. Ir. Cleonice Maria Serva do Amor (fpss) 15. Ir. Ivani Bislin (Irmãs Franciscanas de Dillingen) 18. Ir. Salete Beatriz Conte (fpcc) 21. Ir. Clarice Mari Romagna (iascj) 31. Ir. André Motta Dias (mps) Profissão dos Votos 02. Ir. Maria Cláudia de Jesus Hóstia (osc) 02. Ir. Neusa Maria do Menino Jesus e S. José (osc) 15. Ir. Filomena Maria Silva (Orionitas) 16. Ir. Neide Lusia Mühlbauer (Irmãs Servas de Nossa Senhora da Anunciação) 16. Ir. Maria da Gloria da Misericórdia do Pai (fpss) 21. Eunice Araújo Silva (Betel) 26. Ir. Cristina Souza Silva (sjs) 31. Ir. Neusabete Sant’ Ana Freitas (isj)
Padres e Diáconos Nascimento 02. Pe. Gregório O. Wuwur, svd 03. Diác. José Moraes de Almeida 11. Pe. José Benito Porto Gonzalez, sdb 13. Pe. Aldo Raimondo 14. Pe. Gilmar Fornasier, psdv 16. Pe. Ademir Alves Moreira, sac 28. Pe. Jorge Dal Ben Ordenação 09. Diác. Rogério da Silva Rosário 10. Diác. Zenildo José da Silva 14. Pe. Rubens José dos Santos 15. Pe. Luiz Fernando dos Santos 15. Diácono: Alceu de Aguiar Quadros 15. Diácono: Nilson Domingos 16. Pe. Arildo Chaves Nantes (Betel) 16. Pe. Marcos Roberto P. Silva 17. Diác. José Alberto Ferreira Neves 28. Pe. Valdeci Aparecido Gaias 29. Diác. Sidnei Tavarez Lopes
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