Ano XXXIV - nº 381- Julho/2014
Distribuição Gratuita. Venda proibida.
A serviço da Igreja de Dourados, a Diocese do Coração
Índice
Apresentação Estimados amigos! O fato da Igreja muitas vezes, se manifestar crítica diante de algumas realidades e aqui lembro, especificamente, de alguns aspectos da Copa do Mundo, não significa que ela é contra ou que se põe numa linha negativista em relação aquilo que faz parte da vida de milhões de brasileiros. Pelo contrário, ela “acompanha, com presença amorosa, materna e solidária esse grande evento que reunirá vários países e protagonizará a oportunidade de um congraçamento universal.” Assim, lembravam nossos bispos, em 13 março, quando foi divulgada a Mensagem da CNBB sobre a Copa do Mundo. Ao abrir e ler esta edição da revista Elo, caro leitor, você vai encontrar A Palavra do Pastor (pág. 03), e, A Igreja é Notícia (Pág. 07), conteúdos de reflexões objetivas e claras, e, ao mesmo tempo, sérias e profundas, sobre como o Governo tem se comportado de modo irresponsável e desinteressado na promoção plena de vida, da maior parte da população. Diante do caos, exclusão e cultura de morte produzida pela politicagem, ficamos a nos perguntar, para onde foi, se é que um dia já foi aplicado de fato, o lema de nossa bandeira nacional Ordem e Progresso. Ordem, para quem? Progresso, onde? Até meados desse mês, mais precisamente dia 13, nosso país estará acompanhando e sediando o maior evento futebolístico, em âmbito universal, que é a Copa do Mundo de Futebol. Entretanto, este não pode ser um tempo de dormência, alienação, descompromisso ou até mesmo uma espécie de “ópio”, que impede a atividade de nossa consciência sócio-política e cristã. Nossa revista diocesana traz também neste mês, muitos artigos, notícias, imagens, e os círculos bíblicos, que nos ajudam a formar e informar. Consequentemente se for bem aproveitada, nos fará agir como pessoas de bem, em prol de uma Igreja, família e sociedade mais consciente, justa e fraterna. Boa leitura e sinceros votos de um mês frutuoso e abençoado! Pe. Marcos Roberto P. Silva padremarcosrobertop.silva@gmail.com
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A Palavra do Pastor
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Palavra de vida
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Testemunho de vida
Quer pescar? Suje as águas!
“Se dois de vocês estiverem de acordo na terra sobre qualquer coisa que pedirem, ela lhes será concedida por meu Pai. Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt 18,19-20).
São Bento
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A Palavra do Papa Mensagem para a Copa 2014
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Opiniões que fazem opinião O que distingue o Papa Francisco...
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Círculos bíblicos
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Pergunte e responderemos
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A Diocese em revista
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Fique por dentro!
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Fatos em foco
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Vida em família
Frei Bernardo - Jubileu de Ouro Sacerdotal. Uma vida dedicada à Igreja. Como viver 50 anos dedicados inteiramente à Igreja?
O que pode significar um filho down
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Paróquias em destaque
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Patrocinadores
Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora - Indápolis (Dourados)
Expediente Revista Elo - Julho/2014 - Ano XXXIV - nº 381 Diretor: Pe. Marcos Roberto P. Silva Propriedade: Mitra Diocesana de Dourados Diagramação e Projeto Gráfico: Michelle Picolo Caparróz Telefone: (67) 3422-6910 / 3422-6911 Site: www.diocesedourados.com.br Contatos e sugestões: elo@diocesedourados.com.br Impressão: Gráfica Infante Tiragem: 17.824 exemplares
A Palavra do Pastor
Quer pescar? Suje as águas! N
asci e, durante os primeiros anos de vida, vivi nas encostas do Rio das Antas, no Rio Grande do Sul. Nos dias de chuva, quando as águas se avolumavam e ficavam turvas, eu me juntava a alguns colegas e ia pescar. Eram os momentos mais propícios para voltar para casa com uma penca de jundiás. Esta experiência me faz refletir sobre as atitudes e medidas tomadas por algumas autoridades, que parecem comprazer-se em manter a população em sobressalto. Tolerando ou incentivando o caos social e a debandada moral, são adeptas do “quanto pior, melhor!”. Senão, vejamos! Resido no Mato Grosso do Sul, um Estado há décadas marcado por atritos agrários entre índios e produtores rurais: uns reclamam que as terras lhes pertencem porque aqui residem desde tempos imemoráveis, e outros porque as adquiriram legalmente e delas precisam para o seu sustento. A partir de 2001, quando me transferi para cá, participei de dezenas de reuniões realizadas para chegar a um acordo que a todos satisfizesse. Finalmente, em 2013, uma luz surgiu no fundo do túnel, saudada por índios e agricultores – e acolhida pelas autoridades de Brasília e de Campo Grande – como a única solução viável: os produtores rurais que tivessem suas propriedades demarcadas, seriam indenizados pelo valor real das mesmas; e as aldeias indígenas passariam a ser revitalizadas com os serviços e as políticas públicas indispensáveis às necessidades de seus habitantes. Tudo certo e combinado... no papel! Na prática, porém, o que acontece é exatamente o contrário. No dia 22 de maio, a imprensa noticiou que «o Tribunal Regional Federal da 3ª Região acatou recurso da União e suspendeu liminar da Justiça Federal de Naviraí, que bloqueou R$ 20 milhões do orçamento federal para o pagamento de indenizações aos donos das fazendas localizadas na Terra Indígena Yvy Katu, em Japorã, sul do Estado». Onde acabaram as promessas tantas vezes repetidas pelo Ministro da Justiça? E o que são 20 milhões de reais diante dos 40 bilhões gastos na Copa – 8,5 bilhões deles só na construção e reforma de estádios – ou dos dois bilhões
e trezentos milhões gastos pelo governo federal em propaganda no ano passado? Mas, já que a pesca é mais fácil quando a confusão e o conflito são grandes, no mesmo dia o Ministro da Saúde publicou a Portaria 415, favorecendo a prática do aborto, que deverá ser financiado pelo SUS, no valor de R$ 443,40. A Portaria é decorrente da lei 12.845, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, a 1º de agosto de 2013, apesar das objeções feitas pelas Igrejas e por dezenas de associações e movimentos em defesa da vida. No dia 25 de maio, durante a 6ª Peregrinação Nacional da Família ao Santuário de Aparecida, a Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB se sentiu no dever de lançar um duro manifesto contra a Portaria: «Neste momento histórico em que o Brasil é palco de manifestações de violência doméstica, mortes de filhos pelos pais, linchamentos em vias públicas, greves truculentas que perturbam a vida das cidades, é um escândalo protagonizado pelas elites que comandam nosso país essa portaria que destina verbas públicas para mais um ato agressivo contra a vida das crianças». Diante das críticas, no dia 29 o Ministério da Saúde revogou a Portaria. De acordo com o Deputado Eduardo Cunha, «no dia anterior, o Ministro me procurou para comunicar que estudou a portaria editada e entendeu que havia falhas. Logo, resolveu revogá-la para melhor estudá-la». Tem razão o Papa Francisco em chorar os “holocaustos” que continuam fazendo uma multidão de vítimas, promovidos por quem deveria impedilos. Foi o que fez no dia 26 de maio, ao discursar no “Memorial Yad Vashem”, em Jerusalém: «Eis-nos aqui, Senhor, cobertos de vergonha por tudo aquilo que o homem, criado à vossa imagem e semelhança, é capaz de fazer!». Por falar em “Holocausto”, uma pergunta fica de pé: como foi que um povo tão evoluído como é o alemão, aturou um governo que matou seis milhões de judeus? E o que acontecerá com o Brasil se nos contentarmos em chorar e ficar de braços cruzados ante o tsunami da violência, da corrupção e do esfacelamento da família?
Dom Redovino Rizzardo, cs Bispo Diocesano
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Palavra de Vida
“Se dois de vocês estiverem de acordo na terra sobre qualquer coisa que pedirem, ela lhes será concedida por meu Pai. Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt 18, 19-20)
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meu ver, esta é uma das frases de Jesus que fazem exultar o coração. Quantas necessidades existem na vida, quantos desejos bons que você não sabe como realizar! Você está profundamente convencido de que somente uma intervenção do Alto, uma graça do Céu, poderia proporcionar-lhe o que você almeja com todo o seu ser. E então, com esplêndida clareza, com uma certeza adamantina, você ouve o próprio Jesus lhe repetir essas palavras promissoras e cheias de esperança. Você deve ter lido no Evangelho que Jesus várias vezes recomenda a oração e ensina o que devemos fazer para sermos atendidos. No entanto, esta oração que hoje estamos considerando é realmente original. Ela exige várias pessoas, uma comunidade, para se obter uma resposta do Céu. Ela diz: “Se dois de vocês”. Dois. É o número mínimo capaz de formar uma comunidade. Também no judaísmo se sabia que Deus estima a oração da coletividade; mas Jesus diz uma coisa nova: “Se dois de vocês estiverem de acordo”. Quer que sejam mais de uma pessoa, mas quer que estejam unidas. É preciso que se coloquem de acordo quanto ao pedido a ser feito, numa concórdia dos corações. Jesus afirma, na prática, que a condição para se obter aquilo que se pede é o amor mútuo entre as pessoas. Você poderá perguntar: “Mas por que as orações feitas em unidade têm maior aceitação junto ao Pai?”. Talvez pelo motivo de que são mais purificadas. De fato, com frequência a oração acaba reduzindo-se a uma série de súplicas egoístas, que mais lembram pedintes perante um rei do que filhos diante de um pai. Tudo o que se pede juntamente com outras pessoas é certamente menos contaminado por interesses particulares. Em contato com os outros, somos mais levados a sentir também as suas necessidades e a compartilhá-las. Não só: também é mais fácil que duas ou três pessoas consigam entender melhor o que pedir ao Pai. O próprio Jesus nos diz qual é o segredo da eficácia dessa oração. Resume-se naquele “reunidos em meu nome”. Quando estamos unidos dessa maneira, temos a sua presença entre nós, e tudo o
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que pedirmos com ele será mais fácil de ser obtido. Com efeito, é o próprio Jesus, presente onde o amor recíproco une os corações, que conosco pede as graças ao Pai. E será possível imaginar que o Pai deixe de atender a Jesus? O Pai e Cristo são uma coisa só. A essa altura, certamente você gostaria de saber o que Jesus deseja que você peça. Ele próprio o afirma claramente: “Qualquer coisa”. Não existe, portanto, nenhum limite. Então, coloque também esse tipo de oração no programa de sua vida. Talvez a sua família, você mesmo, os seus amigos, as associações de que faz parte, a sua pátria, o mundo que o rodeia deixem de receber inúmeras ajudas porque você não as pediu. Coloque-se de acordo com seus parentes e amigos, com quem o compreende ou compartilha os seus ideais e – depois de terem-se disposto a se amarem como manda o Evangelho, estando unidos até merecerem a presença de Jesus entre vocês – peçam. Peçam o mais que puderem: peçam durante a assembleia litúrgica; peçam na igreja; peçam em qualquer lugar; peçam antes de tomar decisões; peçam qualquer coisa. E, sobretudo, não façam com que Jesus fique decepcionado com o pouco caso de vocês, depois de lhes ter oferecido tantas possibilidades. As pessoas haverão de sorrir mais, os doentes terão mais esperança; as crianças crescerão mais protegidas, os lares serão mais harmoniosos; os grandes problemas poderão ser enfrentados até mesmo no aconchego das casas... E vocês conquistarão o Paraíso, porque a oração pelas necessidades dos vivos e dos mortos também é uma daquelas obras de misericórdia sobre as quais deveremos prestar contas no exame final. (Este comentário à Palavra de Vida foi publicado originalmente em setembro de 1981).
Chiara Lubich Fundadora do Movimento dos Focolares, falecida em março de 2008
Testemunho de Vida
São Bento B
ento nasceu em 480, em Nórcia, perto de Roma, para onde, ainda jovem, foi enviado pelos pais a fim de estudar filosofia e retórica, e obter, um dia, um bom emprego na magistratura. Apesar de ser residência do papa e centro da Igreja Católica, o ambiente romano era leviano e frívolo demais para alguém que, desde jovem, alimentava como ideal de vida a santidade. Por isso, aos 20 anos, sentindo no coração o desejo de se entregar a Deus no silêncio e na solidão, deixou Roma e se retirou na Úmbria, indo morar numa gruta, nos arredores de Subiaco, onde passou a se dedicar à oração e à penitência. Diferentemente do que acontecia e ac acon onte teci cia a no Oriente, na Itália eram ainda po poucos pouc ucos os o oss mosteiros onde os monges es viviam em comunidade. Por isso, Bento Ben B ento en to pode ser considerado o iniciador ador ad or da vida religiosa em comum um no Ocidente. De fato, após ós permanecer três anos no o mais completo isolamento como eremita, aos poucos, seu exemplo de vida atraiu uma multidão de jovens, que se juntaram a ele para se ajudarem uns aos outros através da comunhão ão fraterna. Seu número cresceu eu tanto que, em 503, já eram doze oze oz e as casas religiosas espalhadas adas ad as pelas montanhas de Subiaco,, sob a direção de Bento. Sua fama de santidade co corria corr rria rr ia d de e bo boca ca em boca, tornando-o conhecido admirado id e ad admi mi do em toda a parte. Por isso, mas principalmente para obedecer ao bispo que lhes pedia uma reforma radical em seus costumes pouco cristãos, os monges do mosteiro de Vicovaro o aceitaram como superior. Mas, diante das mudanças impostas por ele, poucos dias após a sua chegada, tramaram contra a sua vida. Narra-se que, no momento em que Bento abençoava os alimentos antes do almoço, da taça que continha o vinho envenenado saiu uma serpente, e o cálice se fez em pedaços. Lembrando-se das palavras de Jesus – “Vinho novo se coloca em odres novos” (Mt 9,17) –, Bento julgou que ocuparia melhor o seu tempo voltando imediatamente para Subiaco. Foi o que fez. Ao completar 40 anos de idade, Bento percebeu que lhe era difícil continuar onde estava. Faltavam ao ambiente a paz e a serenidade que desejava para si e para seus discípulos, sobretudo por culpa do pároco local, o qual, como se não fosse suficiente a
vida escandalosa que levava, teimava em tentar de mil maneiras os jovens religiosos. Aliás, para não ser inferior aos monges de Vicovaro, também tentou matar o santo, colocando veneno em seu pão. Por isso, em 529, Bento se transferiu para Monte Cassino (no sul de Roma), onde construiu um dos mosteiros mais importantes da Igreja. Situado no alto de uma montanha, o mosteiro beneditino – a Ordem de São Bento – iniciava uma nova forma de vida consagrada: seus membros não viveriam isolados e distantes uns dos outros, em cabanas separadas, expostos aos perigos e às ilusões do individualismo, sob a direção de um o, mas juntos, j mestre mest me stre re espiritual esp e spir sp irit ir itua it ua – o abade (abbas = pai) residência comum, buscando o – numa ma rres es no trabalho (intelectual seu sustento sust manual), fiéis ao lema: “Ora e e ma manu trabalha”. trab tr ab Em 534, Bento começou a escrever a famosa “Regra dos Mosteiros”, a qual, atrado vés dos séculos, foi sendo adaptada e assumida por inúmeras Ordens e Congregações religiosas. Durante a Idade Média, os mosteiros beneditinos se difundiram em toda a Europa, promovendo o progresso religioso, ve social, cultural e econômico das soci populações. Ofereceram à Igreja popu po pu inúmeros homens de ciência e de inúmer santidade. De suas fileiras saíram 23 papas, papa pa pas, s, 5 500 00 bispos e aproximadamente 3000 santos to canonizados. A quem pedia para entrar em seu mosteiro, São Bento perguntava: “Você procura verdadeiramente a Deus?”. O grande êxito alcançado por sua fundação se deve à primazia que sempre deu à vida fraterna em comunidade, vista como o ápice para a qual deviam convergir a ascese, o trabalho, o estudo e a própria oração. Num mosteiro localizado a poucos quilômetros de Monte Cassino, Santa Escolástica, irmã gêmea de São Bento, adaptou a Regra para as mulheres e deu origem às monjas beneditinas. São Bento faleceu a 21 de março de 547, aos 67 anos de idade, um mês após a sua irmã. A Igreja o canonizou em 1220, e, em 1964, o Papa Paulo VI o declarou padroeiro da Europa. Sua festa litúrgica é celebrada no dia 11 de julho.
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A Palavra do Papa
Mensagem para a Copa 2014 M eus caros amigos, É com grande alegria que me dirijo a vocês todos, amantes do futebol, por ocasião da abertura da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Quero enviar uma saudação calorosa aos organizadores e aos participantes; a cada atleta e torcedor, bem como a todos os espectadores que, no estádio ou pela televisão, rádio e internet, acompanham este evento que supera as fronteiras de língua, cultura e nação. A minha esperança é que, além de festa do esporte, esta Copa do Mundo possa tornar-se a festa da solidariedade entre os povos. Isso supõe, porém, que as competições futebolísticas sejam consideradas por aquilo que no fundo são: um jogo e, ao mesmo, tempo uma ocasião de diálogo, de compreensão, de enriquecimento humano recíproco. O esporte não é somente uma forma de entretenimento, mas também - e eu diria sobretudo - um instrumento para comunicar valores que promovem o bem da pessoa humana e ajudam na construção de uma sociedade mais pacífica e fraterna. Pensemos na lealdade, na perseverança, na amizade, na partilha, na solidariedade. De fato, são muitos os valores e as atitudes fomentados pelo futebol que se revelam importantes não só no campo, mas em todos os aspectos da existência, concretamente na construção da paz. O esporte é escola da paz, ensinanos a construir a paz. Nesse sentido, queria sublinhar três lições da prática esportiva, três atitudes essenciais para a causa da paz: a necessidade de “treinar”, o “fair play” e a honra entre os competidores. Em primeiro lugar, o esporte ensina-nos que, para vencer, é preciso treinar. Podemos ver, nesta prática esportiva, uma metáfora da nossa vida. Na vida, é preciso lutar, “treinar”, esforçar-se para obter resultados importantes. O espírito esportivo torna-se, assim, uma imagem dos sacrifícios necessários para crescer nas virtudes que constroem o caráter de uma pessoa. Se, para uma pessoa melhorar, é preciso um “treino” grande e continuado, quanto mais esforço deverá ser investido para alcançar o encontro e a paz entre os indivíduos e entre os povos “melhorados”! É preciso “treinar” muito! O futebol pode e deve ser uma escola para a construção de uma “cultura do encontro”, que permita a paz e a harmonia entre os povos. E aqui vem em nossa ajuda uma segunda lição da prática esportiva: aprendamos o que o “fair play” do futebol tem a nos ensinar. Para jogar em equipe é necessário pensar, em primeiro lugar, no bem do grupo, não em si mesmo. Para vencer, é preciso superar o individualismo, o
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egoísmo, todas as formas de racismo, de intolerância e de instrumentalização da pessoa humana. Não é só no futebol que ser “fominha” constitui um obstáculo para o bom resultado do time; pois, quando somos “fominhas” na vida, ignorando as pessoas que nos rodeiam, toda a sociedade fica prejudicada. A última lição do esporte proveitosa para a paz é a honra devida entre os competidores. O segredo da vitória, no campo, mas também na vida, está em saber respeitar o companheiro do meu time, mas também o meu adversário. Ninguém vence sozinho, nem no campo, nem na vida! Que ninguém se isole e se sinta excluído! Atenção! Não à segregação, não ao racismo! E, se é verdade que, ao término deste Mundial, somente uma seleção nacional poderá levantar a taça como vencedora, aprendendo as lições que o esporte nos ensina, todos vão sair vencedores, fortalecendo os laços que nos unem. Queridos amigos, agradeço a oportunidade que me foi dada de lhes dirigir estas palavras neste momento – de modo particular à Excelentíssima Presidenta do Brasil, Senhora Dilma Rousseff, a quem saúdo – e prometo minhas orações para que não faltem as bênçãos celestiais sobre todos. Possa esta Copa do Mundo transcorrer com toda a serenidade e tranquilidade, sempre no respeito mútuo, na solidariedade e na fraternidade entre homens e mulheres que se reconhecem membros de uma única família. Muito obrigado!
A Igreja é Notícia
Francisco reza com Shimon e Mahmoud
CNBB: cartão vermelho ao Governo
No domingo de tarde, dia 8 de junho de 2014, o Papa Francisco se encontrou, para um momento de oração nos jardins do Vaticano, com os presidentes de Israel e da Palestina, Shimon Peres e Mahmoud Abbas, na presença do Patriarca da Igreja Ortodoxa de Constantinopla, Bartolomeu I. As preces foram proferidas em várias línguas, todas elas dirigidas para uma só prece: a paz na Terra Santa. Em sua homilia, o Santo Padre pediu que os muros que separam os povos sejam substituídos por pontes: «Senhores Presidentes, o mundo é uma herança que recebemos dos nossos antepassados e que transmitiremos aos nossos filhos: filhos que estão cansados e desfalecidos pelos conflitos e desejosos de alcançar a aurora da paz; filhos que nos pedem para derrubar os muros da inimizade e percorrer o caminho do diálogo e da paz a fim de que o amor e a amizade triunfem. É preciso muito mais coragem para fazer a paz do que para fazer a guerra. É preciso coragem para dizer “sim” ao encontro e não à luta; “sim” ao diálogo e não à violência; “sim” às negociações e não às hostilidades; “sim” ao respeito dos pactos e não às provocações; “sim” à sinceridade e não à duplicidade. Para tudo isto, é preciso coragem, grande força de ânimo».
No início de junho, a Conferência Na Nacional dos Bispos do Brasil deu “cartão vermelho” ao governo pelos gastos excessivos realizados antes e durante a Copa do Mund Mu Mundo. nd Entre as críticas dos bispos estão a ap apro apropriação ro do esporte por entidades privadas e grandes corporações, a quem os governos delegaram responsabilidades públicas, assim como a inversão de prioridades para com o dinheiro público, que deveria servir, prioritariamente, para a saúde, educação, saneamento básico, transporte e segurança. Durante a sua 52ª Assembleia Geral, realizada no início de maio, os Bispos do Brasil, em mensagem intitulada “Pensando o Brasil: desafios diante das eleições 2014”, já haviam reconhecido que os protestos – sobretudo de jovens – organizados em inúmeras cidades, não visavam apenas a Copa, mas «a baixa confiança da população nos poderes instituídos da República. Duvida-se da honestidade de todos os políticos. Desconfia-se da existência dos programas partidários. Mesmo havendo tais programas, não se acredita que os políticos sejam fiéis a eles. Com frequência, esse clima tem levado o cidadão à sensação de que votar não adianta nada e de que a participação política é inútil. Tal atitude, porém, gera um círculo vicioso: o cidadão não participa porque as estruturas do País não correspondem aos interesses do povo; no entanto, tais estruturas não vão mudar sem sua participação».
Irmã Cristina vence “The Voice” No dia 5 de junho, em emocionante final e graças aos votos do público, Irmã Cristina Scuccia, a jovem religiosa da Sagrada Família de 25 anos de idade que cativou milhões de pessoas com seu talento e carisma, ganhou a edição 2014 da versão italiana do programa “The Voice” e, no final, convidou todos a rezarem juntos o “Pai-Nosso”. A jovem religiosa, que venceu o concurso com 62% dos votos, ao receber o prêmio, disse: «Quero agradecer a todas as pessoas que me apoiaram, sobretudo às Irmãs de minha comunidade. Vim aqui não para buscar a mim, mas Aquele que está acima. O meu último agradecimento é para Ele». 50 milhões de pessoas já visitaram seu vídeo no YouTube. Comentando a notoriedade que alcançou em todo o mundo, a Irmã Cristina disse esperar que seu testemunho «possa dar aos jovens a vontade e a força de seguirem seus próprios sonhos. Não nego que provo certo mal-estar quando os jornalistas me perguntam como me sinto, como religiosa, sob os refletores. Respondo sempre que, desde que descobri minha vocação, me sinto nos braços do Jesus e, com o canto, procuro expressar a beleza de Deus». Sobre o seu futuro, a Irmã diz que deixa tudo nas mãos de Deus: «Se me mandarem ao exterior, como missionária, irei; se quiserem que eu siga cantando, o farei com alegria».
Caminhada contra o tráfico humano No dia 11 de junho, véspera da abertura da Copa do Mundo, bispos, religiosos, sacerdotes, representantes de instituições, movimentos e pastorais da Igreja participaram, em Brasília, da caminhada “Jogue a favor da vida denuncie o Tráfico de Pessoas”. O evento foi promovido pela Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB). Para a presidente da entidade, Irmã Maria Inês Ribeiro, a caminhada teve como objetivo refletir sobre o tema: «Precisamos “botar a boca no trombone”, envolvendo-nos e empolgando todos os religiosos do Brasil e o maior número possível de participantes, para chamar a atenção sobre um problema que afeta milhares de famílias no Brasil e no mundo e que, em megaeventos, tende a crescer».
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Opiniões que fazem opinião
Eucaristia “Mistério da Transubstanciação” O
mês de junho deste ano de 2014 foi marcado por vários eventos tantos civis como a abertura da copa do mundo no Brasil e festa junina, quanto religiosos, festas de Ascensão, Pentecostes, Corpus Christi, Sagrado Coração de Jesus e as demais. A festa que ganhou um destaque muito especial, inclusive feriado nacional, Corpus Christi. O que me chamou atenção do Corpus Christi é o milagre da eucaristia que se torna argumento de questionamento para os que não são católicos enquanto aos católicos é dogma ou verdade da fé. Este mistério da Transubstanciação foi tratado pela primeira vez no Concílio de Trento (1545 a 1563). Transubstanciação é a conjunção de duas palavras latinas trans (além) e substantia (substância), e significa a mudança da substância do pão e do vinho na substância do Corpo e Sangue de Jesus Cristo no ato da consagração. O papa João Paulo II, na sua encíclica Ecclesia de Eucharistia no.15: reafirma-se assim a doutrina sempre válida do Concílio de Trento: “Pela consagração do pão e do vinho opera-se a conversão de toda a substância do pão na substância do corpo de Cristo, Nosso Senhor, e de toda a substância do vinho na substância do seu sangue. A esta mudança, a igreja católica chama de modo conveniente e apropriado, Transubstanciação. Afirmando que a eucaristia verdadeiramente é misterium fidei (Mistério da Fé), mistério que supera os nossos pensamentos e só pode ser aceito pela fé. Corpus Christi (em latim) significa “O Corpo de Cristo”, é uma festa religiosa cristã em veneração à presença real e substancial de Jesus na eucaristia. Recordando o fato da última ceia, quando Jesus ao instituir a eucaristia, ordenou aos seus apóstolos dizendo: “...Isto é o meu corpo dado por vós. Fazei isto em minha memória. E, depois de comer, fez o mesmo com o cálice, dizendo: esse cálice é a Nova e Eterna Aliança em meu sangue, que é derramado por
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vós” (Lc 22, 19-20). Esta festa reúne crianças, jovens, adultos e idosos, demonstrando a unidade e a força da família e da Igreja em suas mais diversas expressões pastorais e de movimentos. A procissão pelas vias públicas é uma recomendação do Código Canônico (art. 944), que orienta o bispo diocesano que a realize para testemunhar publicamente a veneração para com a santíssima Eucaristia, principalmente na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo. Este ato envolve todos os presbíteros em comunhão com o bispo diocesano, líder da Igreja Particular, juntamente com todos os fiéis. Em cada santa missa, o ato da consagração, vêse como ponto culminante deste milagre eucarístico e ao mesmo tempo torna-se momento de celebrar o passado e o presente do mesmo sacrifício de Jesus na cruz, para a nossa redenção. O papa Francisco, na sua Encíclica Lumen Fidei, no. 44 destacou que na eucaristia, temos o cruzamento dos dois eixos sobre os quais a fé percorre o seu caminho. Por um lado, o eixo da história, a Eucaristia é ato de memória, atualização do mistério, em que o passado como um evento de morte e ressurreição, mostra a sua capacidade de se abrir ao futuro, de antecipar a plenitude final. Por outro lado, encontra-se aqui também o eixo que conduz do mundo visível ao invisível: na Eucaristia, aprendemos a ver a profundidade do real. Santo Agostinho dizia: “Fé é crer no que não vemos. O prêmio da fé é ver o que cremos”. Ambos os eixos, nos unem num só mistério da eucaristia, sacramentum caritatis - Mistério do amor incondicional de Jesus. Vale lembrar que a eucaristia é alimento, comunhão e força na caminhada do povo em peregrinação, rumo à pátria definitiva. Comungar o corpo e sangue de Jesus significa permanecer com Ele. “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele” (Joao 6,56).
Pe. Wilibrodus Paulus Wedho, svd Pároco da paróquia Nossa Senhora Aparecida - Dourados willysvd2000@yahoo.com.br
Círculos Bíblicos
1º Encontro “A força do testemunho” Acolhida: Colocar sobre a mesa: Crucifixo, vela, fotos ou figuras de pessoas que, com suas vidas, testemunharam Jesus Cristo. Animador/a: Caros irmãos e irmãs, sejam bem vindos! O sinal que nos identifica como seguidores de Cristo – como cristãos – é a Cruz. Invoquemos a Trindade Santa cantando. Em nome do Pai... Canto: A nós descei divina luz / (2x) Em nossas almas acendei / O amor, o amor de Jesus (2x) ABRINDO OS OLHOS PARA VER
Animador/a: Deus quer que sejamos sal e luz no mundo! Apenas o seremos, se trilharmos as pegadas de Jesus, se, verdadeiramente, formos suas testemunhas e se colaborarmos na construção do seu Reino. Para ser sal e luz ao próximo, é preciso estar unidos a Cristo, a grande Luz, resplandecente em meio às trevas. ORAÇÃO INICIAL
Animador/a: Após cada prece, rezemos juntos:
Todos: Perdão, Senhor! És nossa luz e salvação. Lado1: Perdão, Senhor, se preferimos viver longe de ti, acomodados no pecado, seguindo o brilho de falsas luzes. Lado 2: Perdão, Senhor, pelas vezes que nos deixamos aprisionar pelas trevas, pelos sofrimentos ou por falsas alegrias, quando fraquejamos e não buscamos em ti, o verdadeiro sentido para nossa vida. Lado 1: Perdão, Senhor, se queremos brilhar no mundo por outras finalidades, se nos deixamos seduzir por caminhos fáceis, largos e que não nos conduzem à vida plena.
Lado 2: Perdão, Senhor, pelas vezes que fomos contra testemunho, ou pedras de tropeço, quando deveríamos ter sido sal e luz para o próximo. ESCUTANDO A PALAVRA DE DEUS
Animador/a: Ser sal significa temperar a própria vida e a dos outros com “sabores diferentes”, que só são sentidos pela presença de Deus. Ser luz no mundo é irradiar a luz de Cristo, é iluminar os caminhantes que andam nas trevas. Acolhamos a Palavra de Deus, lâmpada para nossos passos, cantando: Canto: Pela Palavra de Deus saberemos por onde andar / Ela é luz e verdade / precisamos acreditar. Leitor/a 1: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 5, 13-16 PARTILHANDO A PALAVRA
Animador/a: Jesus disse que quando alguém é luz não se consegue escondê-la, mas a irradia, para ser útil aos outros. Disse também que se o sal não salgar, para nada serve. a) Que alerta nos dão o as advertências de Jesus, sobre ser ou não ser sal e luz, no mundo? b) Tenho sido testemunha de Jesus? Como? REZANDO A PALAVRA
Animador/a: O exemplo doss profetas, dos santos e de tantos os homens e mulheres atraiu muitas mui uita tass pessoas para Deus. A radicalidade alid idade e na vivência do Evangelho, ho, o ho testemunho de santidade de um m deles, São Francisco de Assis, s, nos os motiva, ainda hoje, a sermos ccom como omo om o ele, sal e luz. Por isso, como mo ele, ele e le, rezemos: Oração de São Francisco de Assis Ass A ssis ss is Senhor, fazei-me instrumento umen um ento de vossa paz. Onde houver ód ódio, ódio io,
que eu leve o amor; Onde houver ofensa, que eu leve o perdão; Onde houver discórdia, que eu leve a união; Onde houver dúvida, que eu leve a fé; Onde houver erro, que eu leve a verdade; Onde houver desespero, que eu leve a esperança; Onde houver tristeza, que eu leve a alegria; Onde houver trevas, que eu leve a luz. Ó Mestre, Fazei que eu procure mais Consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado. Pois é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a vida eterna. ASSUMINDO A PALAVRA
c) Que ações me proponho a fazer a fim de, realmente, ser sal e luz no mundo? Animador/a: Que Nossa Senhora nos ajude na missão de testemunhar Jesus. Por isso rezemos: Ave Maria... BÊNÇÃO FINAL
Que nos abençoe e nos guarde o Nosso Deus misericordioso: Pai... Cantar ou rezar: Tu és o Sol do novo amanhecer / Tu és farol da vida renascer / Maria, Maria / és poema de amor / És minha Mãe e Mãe do meu Senhor!
Julho de 2014 9
Círculos Bíblicos
2º Encontro Reconciliação: “Dar o primeiro passo!” Acolhida: Preparar Bíblia, vela e flores. Animador/a: Boas vindas para todas e todos vocês! Obrigado porque vieram! Um dos pontos em que JESUS no Evangelho de Mateus mais insiste é a Reconciliação; isto é, fazer pazes! É o tema de nosso encontro de hoje. Coloquemo-nos na presença de Deus, cantando o Sinal da Cruz... Canto inicial: ABRINDO OS OLHOS PARA VER
Animador/a: Diz o ditado: “Queres ser feliz um momento? VINGA-TE! Queres ser feliz sempre? PERDOA!” O desejo de vingança é, sem dúvida, a resposta mais instintiva diante da ofensa ou do mal. A pessoa ofendida pensa que é preciso defender-se da ferida recebida. Mas quem pretende curar sua ferida, causando sofrimento ao agressor, engana-se! Leitor/a 1: “Não se vingue de quem fez mal a você!”, diz Jesus. Uma pessoa é mais humana quando perdoa do que quando se vinga. Quem não sabe perdoar, pode ficar ferido para sempre. Um casal sem mútua reconciliação se destrói; uma família sem perdão é um inferno; uma comunidade sem compaixão é desumana! ORAÇÃO INICIAL
Salmo 15 Animador/a: Senhor, quem poderá ser hóspede na tua casa? Quem poderá comparecer na tua presença? Lado a: Aquela pessoa que caminha na integridade; pratica a justiça; fala a verdade, e não calunia! Lado b: Aquela pessoa que não prejudica o próximo; não difama seu vizinho; perdoa a ofensa, e
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honra quem ama a Deus! Lado a: Aquela pessoa que jura e não volta atrás, mesmo que tenha prejuízo; que não empresta dinheiro a juros altos, nem pratica a corrupção contra o inocente!
Todos: Quem age deste modo, jamais será abalado! ESCUTANDO A PALAVRA DE DEUS
Animador/a: Para nós o perdão pode parecer um gesto admirável e até heroico. Para Jesus era o mais normal! O que seria de nós, se Deus não soubesse perdoar? Um dos pecados que Deus não consegue perdoar é a nossa falta de perdão aos outros. Leitor/a 2: “Se vocês não perdoarem aos homens, o Pai de vocês também não perdoará os males que vocês tiverem feito!” (Mt 6, 15). Animador/a: O perdão não é o mínimo que se pode esperar de quem vive do perdão e da misericórdia de Deus? Para poder estar unido a Deus, é preciso estar reconciliado com seu irmão ou irmã. Mesmo ofendido e inocente, o/a discípulo/a de Jesus deve ter a coragem de tomar iniciativa, de dar o “primeiro passo”. Por isso, diz Jesus, procure a reconciliação antes que seja tarde demais!
Leitor/a 2: A Lei de Deus diz: “NÃO MATARÁS!” (Ex 20, 13). Mas não basta “não matar!” Conforme disse Jesus, é preciso arrancar de dentro de si, desde a raiz, tudo o que pode levar a matar: ódio, vingança, raiva, ofensa, xingamento! Canto de Aclamação: Leitor/a 3: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 5, 21-24. a) Qual é a atitude em que Jesus mais insiste? b) Hoje tem muita gente que diz: “Não roubei, não matei! Estou de bem com Deus”. Que acha disso? REZANDO A PALAVRA
Lado a: Que o amor de vocês seja sem fingimento! Detestem o mal e apeguem-se ao bem! No amor fraterno, sejam carinhosos uns com os outros! Lado b: Sejam solidários com os cristãos em suas necessidades, praticando a hospitalidade! Abençoem os que perseguem vocês; abençoem e não amaldiçoem! Lado a: Vivam em harmonia uns com os outros! Não paguem a ninguém o mal com o mal! Não se deixe vencer pelo mal, mas vença o mal com o bem! Lado b: Não façam justiça por conta própria! Não se vinguem! Se for possível, no que depende de vocês, vivam em paz com todos! Rezemos: Pai Nosso... ASSUMINDO A PALAVRA
c) Você consegue dar o “primeiro passo” para a reconciliação? BÊNÇÃO FINAL
Que o Deus da Vida cuide de nós, nos indique o caminho da reconciliação e nos abençoe: PAI.. Canto (Abraço)
Círculos Bíblicos
3º Encontro “Senhor, escuta a nossa oração” Acolhida: Preparar o ambiente: Bíblia, vela, flores e um cartaz com alguém em oração. Acolher a todos e todas com um canto de boas vindas e um abraço fraterno. Animador/a: Irmãs e irmãos, que bom estarmos aqui para esse nosso encontro. Iniciemos invocando a Trindade Santa, cantando: Em nome do Pai... Canto: O nosso encontro será abençoado, pois o Senhor vai derramar o seu amor. Derrama, ó Senhor, derrama, ó Senhor, derrama sobre nós o seu amor. ABRINDO OS OLHOS PARA VER
Animador/a: No discurso chamado “Sermão da montanha” Jesus destaca pontos essenciais em relação a pessoa consigo mesma, com o próximo, com Deus e com o meio em que vive. Neste mesmo discurso, Mateus insere o Pai Nosso, como a oração cristã na qual a pessoa reconhece a si mesma como criatura, dependente do criador e Deus como único e absoluto em sua vida. ORAÇÃO INICIAL
Salmo 116 Lado A: Eu amo o Senhor, porque Ele ouve a minha voz suplicante, Porque inclina seus ouvidos para mim, no dia em que eu o invoco.
Lado B: O Senhor é justo e clemente, o nosso Deus é compassivo. Ele protege os simples. Eu fraquejava e Ele me salvou. Lado A: Libertou minha vida da morte, meus olhos das lágrimas e meus pés de uma queda. Caminharei na presença do Senhor, na terra dos vivos. Lado B: Como retribuirei ao Senhor por todo o bem que Ele me fez? Cumprirei meus votos ao Senhor, na presença de todo o meu povo! ESCUTANDO A PALAVRA DE DEUS
Animador/a: A confiança singela e fiel, e a segurança humilde e alegre, são as disposições próprias de quem reza o Pai Nosso. Esta é a oração que deve fazer crescer em nós a consciência de que somos filhos de Deus, o desejo de parecer-nos cada vez mais com o Deus Pai e Mãe, deve fortalecer em nós o desejo de fraternidade. Canto: É como a chuva que lava, é como o fogo que arrasa. Tua palavra é assim, não passa por mim sem deixar um sinal. Leitor/a: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus 6,7-13 PARTILHANDO A PALAVRA
Animador/a: a) Destaque uma frase do Pai Nosso a qual tem um significado importante para sua vida e partilhe o porquê desta importância. REZANDO A PALAVRA
Animador/a: O Pai Nosso mostra a simplicidade e intimidade da pessoa com Deus e, ao mesmo tempo, o compromisso profundo e radical com o próximo. Leitor 1: Não basta rezar, “Pai Nosso que estais no céu”, se me fecho
ao egoísmo de um bem estar individual, preocupando somente comigo. Todos: Pai nosso que estais no céu. Leitor 2: Não basta rezar, “Santificado seja o vosso nome”, se penso apenas em ser cristão por medo, superstição e comodismo. Todos: Santificado seja o vosso nome. Leitor 1 Não basta rezar, “Venha a nós o vosso Reino”, se não estou disposto a tabalhar por um Reino de amor, justiça e fraternidade para todos, sem distinção. Todos: Venha a nós o vosso Reino. Leitor 2: Se eu rezar, “Seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu”, devo estar disposto a não ceder aos meus caprichos egoístas. Todos: Seja feita a vossa votade, assim na terra como no céu. Leitor 1: Como rezar, “Perdoai as nossas ofensas assim como perdoamos quem nos ofende”, se não me importo em ferir, injustiçar, oprimir e magoar os que atravessam meu caminho? Todos: Se rezamos, “Senhor,não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”, devo ter a responsabilidade de me esforçar para não me deixar seduzir por qualquer força, que vai contra a vida. Canto: a escolha ASSUMINDO A PALAVRA
b) Qual é o compromisso concreto que posso assumir diante dos ensinamentos do Pai Nosso? BÊNÇÃO FINAL
Animador/a: Que Deus nos proteja, nos guie e nos abençoe. Pai...
Canto final e abraço da paz.
Julho de 2014 11
Círculos Bíblicos
4º Encontro Não basta falar, é preciso agir! Acolhida: Preparar um altar com uma linda toalha, um crucifixo e flores. Fazer uma calorosa recepção para as pessoas na chegada. Animador/a: Irmãs e irmãos, estamos no final do mês de julho, este é o nosso último encontro. Tudo parece passar repentinamente. Assim como acontece com os meses e com os dias do ano, pode acontecer o mesmo com nossa própria vida, diz o Salmo 90, 4. “Mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem, que passou, uma vigília dentro da noite.” Cantemos o sinal da cruz... Leitor/a 1: Diz o Papa Francisco que todos têm direito de receber o Evangelho. Os cristãos tem o dever de o anunciar, sem excluir ninguém, e não como quem impõe uma nova obrigação, mas como quem partilha uma alegria, indica um horizonte estupendo, oferece um banquete apetecível. A Igreja não cresce por proselitismo, mas “por atração”. (EG 14) Canto: Vem, e eu mostrarei que o meu caminho te leva ao Pai, guiarei os passos teus e junto a ti hei de seguir. Sim, eu irei e saberei como chegar ao fim. De onde vim, aonde vou: por onde irás, irei também. ABRINDO OS OLHOS PARA VER
Animador/a: Jesus nos alerta que às vezes vivemos uma religião separada da maneira de viver o dia-a-dia. Apenas dentro da igreja. Da porta do templo para fora, nossa prática de vida se torna igual à daqueles que fazem as maiores barbaridades. ORAÇÃO INICIAL
CREDO DO CHAMADO Lado A: Cremos que Deus nos escolheu antes da fundação do mundo para sermos santos e
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irrepreensíveis diante dele no amor. (Ef 1,4) Lado B: Cremos que Cristo nos julgou dignos de confiança, tornando-nos para seu serviço. (1Tm 3,12) Lado A: Cremos ser apóstolos por vocação, servos de Jesus Cristo, escolhidos para anunciar o Evangelho de Deus. (Rm 1,1) Lado B: Cremos que a cada um Deus concedeu uma manifestação do Espírito, para a utilidade e edificação de todos. (1 Cor,12)
Reino do céu? b) Jesus fala sobre duas formas de construir. Quando é que construímos na rocha ou areia? REZANDO A PALAVRA
Todos: Cremos que temos plena certeza de que Deus que, começou em nós a boa obra, há de levá-la à perfeição até o dia de Jesus Cristo, porque aquele que nos chamou é fiel. (Fl 1,6; 1Ts 5,24)
Leitor/a 1: Que nosso ato de fé seja profundo no reconhecimento de Jesus, como Senhor, para entrar no céu e também na prática das boas obras, rezemos:
ESCUTANDO A PALAVRA DE DEUS
Todos: Escuta oração.
Animador/a: Na carta escrita por São Tiago no capítulo 2,14 diz que: “se alguém tem fé, mas não tem obras, que adianta isso? Por acaso a fé poderá salvá-lo?” Esta afirmação, nos leva a perceber que a salvação consiste em pôr em prática a Palavra de Deus, a vontade do Pai que está no céu, que se expressa através de nossas ações, de nosso testemunho de vida. Canto: Palavra de Salvação somente o céu tem pra dar. Por isso o meu coração se abre para escutar. Por mais difícil que seja seguir, Tua Palavra queremos ouvir. Por mais difícil de se praticar, Tua Palavra queremos guardar. Leitor/a 2: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 7, 21.24-27. PARTILHANDO A PALAVRA
a) Segundo o texto que acabamos de ouvir, quem de fato entra no
Senhor,
nossa
Leitor/a 2: Para que as tempestades de nossa existência, não nos levem a descumprir com a Vontade de Deus, rezemos: Leitor/a 3: Que nossa maneira de construir seja feita de opções em favor do amor, da vida, do bem estar e não em favor do fracasso, rezemos:
Orações livres ASSUMINDO A PALAVRA
c) O que podemos fazer de concreto, para que construamos em favor da vida? Animador/a: Peçamos ao Pai, como Jesus nos ensinou, rezando. Pai Nosso... BÊNÇÃO FINAL
Abençoe-nos Deus todo amoroso, Pai, Filho, Espírito Santo. Amém! Canto: à escolha.
Pergunte e Responderemos
Frei Bernardo, fale-nos de seus 50 anos de serviço à Igreja! Com quase 80 anos Superior Provincial que me deixasse fazer a teologia de idade e 50 de sacerdó- no Brasil. Ele não concordou. Eu queria terminar meus cio, agradeço a Deus que me acompanhou nesta caminhada desde o dia 13 de março de 1935, quando nasci numa família bem constituída. Meus pais, Anton e Stefanie, já tinham duas filhas: Annamarie e Renate, as quais, mais tarde, foram seguidas por dois irmãos: Werner e Warnfried. Na família, vivi a fé, uma fé saudável e verdadeira. Meu pai era chefe de estação de trem, sendo transferido duas vezes de cidade para atuar numa estação maior. Na cidade de Fulda, um pregador (Frei Beraldo), doutor em teologia e filosofia, me disse que eu poderia ser padre. Minha mãe discordou, dizendo que eu era muito bagunceiro. Por isso, não daria certo. Mas meu pároco, que era um homem muito piedoso, apostou em mim. Aos oito anos de idade, tornei-me coroinha. Rezava a missa em latim: era tudo decorado. Os meninos respeitavam muito o pároco, mas era mais por medo do que por amizade. O terceiro pároco era muito mais aberto; havia diálogo entre ele e os meninos. Eu estava então com 12 anos. Nessa paróquia de Weisenbach tive os primeiros contatos com o que seria uma missão popular. Todos participavam. Entrei no grupo de jovens da paróquia e, aos 16 anos, já liderava esse grupo. Quando os franciscanos substituíram o pároco que viajara para a França, eles começaram a falar dos colegas que trabalhavam no Brasil, no Mato Grosso. Fiquei muito interessado. Com 18 anos, eu era líder da juventude da paróquia e da forania. Organizava encontros, excursões, acampamentos. Eu estudava na universidade para ser engenheiro elétrico. Aos 20 anos, deixei a faculdade para ingressar no seminário, iniciando os estudos das línguas latina e grega, decidido a ser missionário franciscano. Comuniquei a decisão à minha irmã Renate (pois minha mãe já falecera); ela sempre me apoiou. Meu pai pediu que eu pensasse um pouco mais, mas acabou concordando. Fiz o noviciado na Alemanha. Pio XII, o papa da época, dizia que não conseguia dormir pensando na América Latina, uma terra sem pastores, o que influenciou a minha decisão de optar pelo Brasil. Após o término da filosofia, pedi ao
estudos em Petrópolis. Fui ordenado sacerdote por Dom Bruno Heim, em Fulda/Alemanha, no dia 26 de julho de 1964. Fiquei em minha cidade. O Prefeito Municipal me deu, como presente, uma máquina de escrever, perguntando quais caracteres deveria colocar na máquina, já que havia a possibilidade de eu ser enviado para o Japão, o Brasil e a África. Foi então que o Superior me disse que o teclado poderia ser em português... Chegando ao Brasil, passei quatro meses em Petrópolis e Agudos para estudar português. Em seguida, vim para Campo Grande, como auxiliar do Frei Teodardo Leitz. Depois de Campo Grande, atuei no seminário de Rio Brilhante, como educador e reitor, e em Santo Antonio de Leverger, onde fui pároco. O povo, a religiosidade e a natureza me ajudaram muito nesta minha passagem pelo Pantanal. Lá construímos a igreja e a casa paroquial, e fomentamos tudo o que era necessário para a catequese, a pastoral, a liturgia, com o objetivo de dar suporte ao desenvolvimento da fé do povo. Fiquei lá por 13 anos, e sinto muita emoção ao recordar aquele povo que me acolheu com tanto carinho, calor humano, amizade e amor. Em seguida, atuei em Cuiabá por oito anos, na Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, cuja igreja ajudei a construir. Em 1993, fui para Campo Grande, como Superior Provincial. Em 2000 vim para Dourados, onde fui vigário paroquial e pároco de 2001 a 2011. Nesta paróquia, fui sempre muito bem acolhido. Sinto que os jovens têm a sua participação importante e imprescindível dentro das comunidades. Precisamos valorizá-los! Meu projeto de vida foi e será sempre manter a fé, procurar ser útil, meditar, ler e ter momentos de lazer com a fraternidade franciscana. Nunca tive dúvidas sobre a minha vocação.
Julho de 2014 13
A Diocese em Revista
Pastoral Familiar em destaque A Catedral de Dourados vem realizando um intenso trabalho com a Pastoral Familiar. Tendo como destaque a missionariedade hoje. Vários grupos de famílias se reúnem em casas particulares: casais “normais”, casais de segunda união, grupos de noivos e de namorados, num misto de Pequenas Comunidades e famílias. Por isso, cada grupo, normalmente composto de 7 a 10 famílias, tem a sua capelinha e a sua denominação. Brevemente, a Pastoral Familiar será enriquecida com um grupo de viúvas e outro de mulheres separadas.
Vicentinos Cada ano, os Vicentinos abordam um tema a ser refletido por todos os seus membros. Em 2014, o tema é: “Missionários na Caridade”. Em nossa Diocese, o primeiro encontro realizado no dia 18 de maio, contou com a presença de 103 participantes. O Encontro foi assessorado pelos Irmãos Agenor Lima da Rocha e Márcio Artioli de Oliveira (de Marília/ SP) e pela Irmã Lourdes Brás, da nossa Diocese. O encontro encerrou às 15h com a Celebração da Santa Missa, presidida pelo Assessor Espiritual dos Vicentinos, Pe. Alvino Souza.
Movimento Mãe Peregrina O Movimento da Mãe Peregrina de Schoenstatt, de Dourados, iniciou a preparação para a celebração do centenário de seu nascimento, no dia 18 de outubro. No dia 25 de maio, aconteceu um encontro de missionários e coordenadores na Comunidade Mãe Rainha. O encontro foi enriquecido com a presença do Diácono Amaral e do Frei Éterson Terce.
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Paróquia São José Operário (Dourados) 40 anos de história A Paróquia São José Operário, no dia 1º de maio – Dia do Trabalhador, completou 40 anos de vida. Foi criada a 1º de maio de 1974 por Dom Teodardo Leitz. Durante o mês de abril, a imagem de São José Operário visitou as comunidades da paróquia. Na noite de quinta-feira, 1º de maio, com a participação de diversos grupos, pastorais, movimentos, frades e sacerdotes, a paróquia iniciou as festividades dos 40 anos com a celebração solene de São José Operário. Nos dias 3 e 4, aconteceu a festa social em prol da construção da nova igreja.
Encontro de Coroinhas Aconteceu no dia 18 de maio, na Chácara São João Maria Vianney o Encontro dos Coroinhas (60) da Paróquia São José Operário. Foi um momento bonito de reflexão e confraternização, com objetivo de fortalecê-los na caminhada.
Grupo das Pequenas Comunidades da Capela Cristo Redentor O grupo se reúne todos os meses para fazer os Círculos Bíblicos propostos pela revista “Elo”, e, a cada final de mês, para comemorar os aniversariantes. O grupo é composto de 30 pessoas e tem como nome e padroeira a Mãe Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt.
A Diocese em Revista
Coletas PARÓQUIAS
Amambai
TERRA SANTA SOLIDARIEDADE
3.000,00
2.500,00
Antônio João
99,05
670,00
Aral Moreira
150,00
680,00
Caarapó
600,00
2.018,00
Coronel Sapucaia
400,00
360,00
Deodápolis Douradina
1.550,00 231,00
Dourados - Bom Jesus Ddos - Nossa Sra Aparecida
453,00 2.719,40
267,94
Ddos - Nossa Sra Auxiliadora / Indápolis
1.306,40 2.923,00
6.011,75
Ddos - Nossa Sra de Fátima
1.635,70
3.549,45
Ddos - Nossa Sra do Carmo
100,00
400,00
Ddos - Rainha dos Apóstolos 261,00
1.089,75
Ddos - Santa Teresinha
492,15
2.593,55
Ddos - Santo André
178,95
2.404,45
Ddos - São Carlos
531,65
1.285,65
Dourados - São Francisco
995,65
3.165,60
Dourados - São João Batista
295,20
2.872,10
1.069,60
5.616,95
470,55
1.990,00
1.047,00
1.270,00
Glória de Dourados
904,40
1.600,00
Itamaraty
310,00
1.530,00
Itaporã
510,60
1.048,20
Laguna Carapã
201,80
1.046,05
4.600,95
16.070,95
Nova Alvorada do Sul
460,25
3.040,00
Ponta Porã - Divino Espírito Santo
302,00
2.090,00
Ponta Porã - São José
933,00
2.550,00
1.000,00
1.500,00
126,00
800,00
24.097,44
77.810,65
Fátima do Sul
Maracaju
Rio Brilhante Vicentina
TOTAL
Dourados, 19 a 21 de maio: Encontro para secretárias e cozinheiras, no IPAD.
1,378,10
Ddos - Sagrado Coração de Jesus
Dourados - São Pedro / Vila São Pedro
Dourados, 10 de maio: “O Chamado” - Feira vocacional e musical diocesana.
651,30
Ddos - Nossa Sra da Conceição
Dourados - São José Operário
Dourados, 3 e 4 de maio: Encontro vocacional no Seminário diocesano.
Maracaju, 24 de maio: Instalação da paróquia Nossa Senhora Auxiliadora.
Campo Grande, 24 e 25 de maio: Formação da Pastoral da Juventude.
Dourados, 30 de maio: Programa “A voz do Pastor”, na Rádio Coração, com pessoas doentes.
Julho de 2014 15
Fique por dentro!
Agenda Diocesana 03/06 – Cursilho de Jovens, no IPAD 06 – Formação sobre pastoral da acolhida e da visitação na Forania de Rio Brilhante – Crismas em Coronel Sapucaia 14 – Encontro de padres e diáconos, na Chácara São João Maria Vianney 18/19 – Assembleia da Pastoral da Criança, no Centro de Espiritualidade Nossa Senhora Aparecida, na Vila São Pedro 19 – Encontro Diocesano de Animação da Pastoral Litúrgica, no IPAD 19/20 – Escola Catequé"ca Diocesana, no IPAD 20 – Crismas em Vicen"na – “Encontrão” da Pastoral
da Juventude, na Chácara São João Maria Vianney 21/26 – Curso de Formação para Agentes de Pastoral, no IPAD 26 – Ordenação Presbiteral do Diácono Edson Colman, SDB, em Campo Grande, por Dom Redovino 26/27 – Assembleia Regional do SAV, em Campo Grande 27 – Crismas em Deodápolis – Encontro de Catequese da Forania de Fá"ma do Sul, em Indápolis 28 – “Semana Vocacional”, em Ponta Porã
Datas Signi•cativas 04 – Primeira sexta-feira do mês: Dia de orações pela Igreja diocesana 06 – 14º Domingo do Tempo Comum 09 – Santa Paulina – Aniversário de ordenação presbiteral de Dom Redovino 11 – São Bento 13 – 15º Domingo do Tempo Comum 16 – Nossa Senhora do Carmo 20 – 16º Domingo do Tempo Comum
22 – Santa Maria Madalena 25 – São Tiago – São Cristóvão – Dia do Motorista 26 – São Joaquim e Sant’Ana: dia do idoso e dos avós 27 – 17º Domingo do Tempo Comum 29 – Santa Marta 31 – Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus
Aniversariantes Religiosos/as Religiosas 04. Ir. San"na Pasuch, isj 07. Ir. Terezinha Pessini, iascj 11. Ir. Claudete Maria Boldori, iascj 11. Ir. Agraciata do D. C. da Virgem Mãe de Deus, fpss 19. Ir. Denise Cris"ana Alves, cmes 27. Ir. Maria Aparecida da Cruz, cmes
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Padres e Diáconos Nascimento 11. Pe. João Maria dos Santos 17. Pe. Teodoro Benites 17. Diác. Lourival Centurião Marcelino Ordenação 02. Pe. Pedro Alves Mendes 04. Pe. Casimiro Facco, sac 19. Frei Mateus Rothmann, ofm 25. Pe. Ládio Luiz Girardi, sac 25. Pe. José Benito Gonzalez, sdb 26. Frei Bernardo De!ling, ofm 26. Frei Érico Renz, ofm 30. Pe. Ciro Ricardo da Silva Freitas
Dourados, 31 de maio e 1º de junho: Formação para Lideranças paroquiais sobre “A paróquia em estado permanente de missão: pastoral da acolhida e da visitação”, no IPAD.
Fatos em foco 31 de maio a 1º de junho: Romaria Nacional da Legião de Maria em Aparecida. As Legionárias de Dourados foram acompanhadas pelos padres Vilmo (Dourados) e Pedro (Caarapó).
Dourados, 1º de junho: Encontro diocesano dos assessores dos coroinhas.
Dourados, 3 e 4 de junho: Encontro Diocesano da CRB.
Dourados, 1º de junho: 2º Pedal Cristo.
Dourados, 2 e 3 de junho: Curso de formação permanente para padres, diáconos e religiosos/as, pelo Pe. José Carlos Pereira, no IPAD.
Ponta Porã, 8 de junho: Crisma na Paróquia Divino Espírito Santo. Dourados, 8 de junho: Formação para Ministros novos, no IPAD. Ponta Porã, 8 de junho: Crisma na Paróquia São José.
Dourados, 9 de junho: Missa na Catedral em honra a São José de Anchieta.
Pe. Alberto visita Dom Alberto na Alemanha.
Julho de 2014 17
Vida em família
O que pode significar um filho Down A
« s pessoas com problemas especiais nos ensinam a compreender o essencial da vida». É o que pensam Andy e Mercedes Lara, um jovem casal cristão dos Estados Unidos, que compartilhou num vídeo emocionante, difundido no YouTube, a sua alegria por poder adotar uma menina com Síndrome de Down. Andy, de origem filipina, e Mercedes Lara, de origem peruana, decidiram adotar uma criança com problemas especiais. Conseguiram seu intento através da organização “Lares Cristãos e Crianças Especiais”, que convida a rezar pelas mães em perigo de aborto, as ajuda a continuar com a gravidez e facilita a adoção de crianças afetadas pela Síndrome de Down e paralisia cerebral, entre outros casos. Em declarações feitas no dia 15 de maio, Andy explicou como começou sua história: «Em nosso casamento, decidimos que íamos adotar crianças sem nos importar como Deus as trouxe para o mundo. Mercedes tinha trabalhado com pessoas com necessidades especiais durante nove anos, e me revelou o desejo que tinha no seu coração: adotar uma criança com Síndrome de Down. Eu concordei, e decidimos dar o passo. Não poderia estar mais seguro desta bênção que procurávamos». No dia 3 de junho de 2013, o casal recebeu a ligação esperada. Havia nascido em um hospital de São José, Califórnia, a pequena Sunflower Mae, diagnosticada com Síndrome de Down. Dois dias mais tarde, o casal empreendeu uma viagem de oito horas desde Orange Country para buscar a filha adotiva. Foi assim que a menina conseguiu escapar do trágico destino do aborto, condição que afeta, nos Estados Unidos, aproximadamente 90% dos bebês diagnosticados com esta enfermidade. Ao chegar ao hospital «começou uma era de bênçãos, experiências e histórias que, cheios de alegria, convidamos vocês a compartilhar conosco», explica o casal no vídeo “Bemvinda ao mundo Sunflower Mae”, um curta-metragem onde documentam a história de sua pequena. A família está muito agradecida à mulher que
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decidiu dar a pequena em adoção. Esta mãe, em lugar de optar pelo aborto e acabar com a vida do bebê, decidiu deixá-lo viver para entregá-lo em adoção. No site “Lares Cristãos e Crianças Especiais”, os esposos asseguram que, se pudessem falar com a mãe biológica de Sunflower Mae, lhe diriam: “Em primeiro lugar, muito obrigado por nos dar a oportunidade de cuidar de sua filha em nossa família. Minha esposa e eu estivemos rezando por ti, mãe do nosso futuro bebê. Nossa casa está cheia das melhores coisas que Deus dá na vida: amor, risadas, música e filmes pelas noites. Nosso passatempo favorito é sonhar com o tipo de pais que seremos: divertidos e extrovertidos. Este bebê não está apenas em um lar cheio de amor, mas também numa família rodeada de uma comunidade de pessoas carinhosas, por avós, bisavós, tias e tios extremamente entusiastas. Comprometemo-nos a encher esta criança de proteção, educação, jogos e de amor incondicional, que é o mais importante». Comentário do Papa Francisco: «Na doação, a vida se fortalece; no comodismo e no isolamento, ela enfraquece. Os que mais desfrutam a vida são os que deixam a segurança da margem e comunicam a vida aos demais. A vida se alcança e amadurece à medida que é entregue para dar vida aos outros».
Paróquias em Destaque
Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora Indápolis (Dourados) E
m 2005, foram criadas duas novas paróquias na Diocese de Dourados, ambas no dia 11 de fevereiro, data comemorativa da dedicação da Catedral diocesana: Nossa Senhora Auxiliadora, em Indápolis (Dourados) e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Antônio João. Indápolis é um distrito do município de Dourados, nascido como consequência da “Marcha para o Oeste”, desencadeada por Getúlio Vargas em 1943, com o objetivo de povoar as imensas áreas devolutas do então Estado do Mato Grosso, e que resultou na fundação da “Colônia Agrícola de Dourados”. É o que lembra e atesta o monumento comemorativo localizado na rodovia que une os distritos de São Pedro com Indápolis. A atual denominação – seu primeiro nome foi “Serraria” – é uma alusão e homenagem ao “INDA: Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrário”, que pode ser considerado antecessor do “INCRA: Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária”. A paróquia que atendia a região foi criada no dia 3 de março de 1955, por Dom Orlando Chaves, bispo de Corumbá. Sua sede era a Vila São Pedro, e foi administrada, ao longo dos anos, sucessivamente por padres palotinos, seculares (espanhóis) e franciscanos. Em março de 1977 – após a saída dos franciscanos – Dom Teodardo Leitz confiou a comunidade paroquial aos cuidados dos padres salesianos, instalados em Indápolis desde o ano de 1955, quando ali se estabelecera o Pe. André Capelli, com o propósito de iniciar uma escola agrícola para a formação dos filhos dos agricultores. Os salesianos administraram a Paróquia São Pedro residindo em Indápolis, o que não deixou de ferir a autoestima de parte da população, como reconhece o próprio Decreto de criação da nova paróquia, assinado por Dom Redovino Rizzardo: «Como é do conhecimento geral, há 25 anos, os Religiosos Salesianos transferiram a sede da Paróquia São Pedro do distrito de São Pedro para o distrito de Indápolis. O fato não deixou de trazer benéficos
frutos para a vida cristã dos fiéis e a dinamização da pastoral paroquial, graças à presença de uma comunidade Salesiana numerosa e atuante. Contudo, em termos canônicos, criou-se uma espécie de anomalia jurídica, já que, na prática, a Paróquia São Pedro passou a ser vista como uma capela, e a capela Nossa Senhora Auxiliadora foi sendo, na verdade, a sede da paróquia. No Ano Santo de 2000, na Vila Pe. Guillermo São Pedro, anexo à sede da paróquia, foi criado o Santuário Diocesano de Nossa Senhora Aparecida, o que significou um incremento na vida espiritual da população. Por esses motivos e para aprimorar o atendimento dos fiéis e a organização pastoral das comunidades e do Santuário, julgou-se oportuno dividir o território da Paróquia São Pedro, criando a Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora». Pe. Benito Como parecia natural, a nova paróquia foi confiada aos salesianos que, em Indápolis, desde o dia 31 de janeiro o ano de 1986, tinham também o seu noviciado, com a presença constante de, pelo menos, dois religiosos, o que facilitava o atendimento pastoral à população. Os superiores do Instituto enviaram para lá, como primeiro pároco, o Pe. Eduardo Francisco Ambrósio, nomeado em 11 de Diác. Édson fevereiro e empossado no dia 24 do mesmo mês. Infelizmente, muito breve foi a permanência do Pe. Eduardo em Indápolis. Um ano após, no dia 26 de fevereiro de 2006, foi substituído pelo Pe. Osvaldo dos Santos, que ficou no cargo por três anos, até o dia 15 de fevereiro de 2009, quando tomou posse o Pe. Mário Otorino Panziera – um sacerdote, como, aliás, os seus predecessores, muito zeloso, que superou os limites da idade com a fibra de seu bondoso coração. Ele recebeu, como vigários paroquiais, a 16 de abril de 2010, o Pe. Otiles Dirceu da Paixão e, a 15 de março de 2011, o Pe. José Benito Porto Gonzalez. Em fins de janeiro de 2014, o noviciado foi transferido para Curitiba, e substituído pelos jovens que formam o pré-noviciado. Por sua vez, o Pe. Mário deixou o lugar para o Pe. Guillermo Morales Velásquez, que tomou posse no dia 16 de fevereiro. Além do Pe. Benito, o novo pároco conta também com a colaboração do diácono Édson Cardoso Colman.
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