Ano XXXVIII - nº 432 - Março/2019
Distribuição Gratuita. Venda proibida.
A serviço da Igreja de Dourados, a Diocese do Coração
APRESENTAÇÃO: Queridos leitores (as) graça e paz! À medida que caminhamos ao longo deste novo ano, vamos também crescendo junto com a caminhada da Igreja, que agora vive o tempo quaresmal. No Brasil, agrega-se a este momento a Campanha da Fraternidade. A mesma é um projeto que procura animar todas as comunidades cristãs, num compromisso pastoral concreto, marcando a unidade da Evangelização pelo empenho comum, em prol da solidariedade e fraternidade. Vivamos com intensidade esta rica proposta da Igreja! Na Palavra do Pastor Dom Henrique A. de Lima, CSsR, busca refletir sobre a temática da CF 2019: FRATERNIDADE E POLÍTICAS PÚBLICAS, que traz como lema: “Serás libertado pelo direto e pela justiça” (Is. 1,27), vale a pena conferir. A Palavra do Papa traz uma belíssima retomada dos principais momentos da JMJ – Panamá. O Núcleo Diocesano de Pastoral traz uma pertinente reflexão acerca das Pastorais Sociais, e o seu papel na construção das Políticas Públicas, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja, leia e aprofunde seu conhecimento. Junto com o Pe. Wilson Cardoso de Sá, entenda sobre os Domingos da Quaresma – Ano C, um itinerário Penitencial, marcado pela catequese sobre a reconciliação e o forte convite à conversão. Com o Pe. Bruno Florindo, medite sobre as três armas quaresmais propostas por Bento XVI. Na página Opiniões que fazem opinião, entenda qual é a importância das políticas públicas no Estado. Faça dos círculos bíblicos uma importante ferramenta de meditação, neste tempo oportuno da Quaresma. Dentro da perspectiva do catecumenato, Pe. Alexsandro da Silva explica sobre o tempo da Purificação e Iluminação, leia e entenda um pouco mais. Leia ainda o Espaço Jovem e conheça a Pastoral Universitária, que é um serviço à evangelização da cultura. Os nossos seminaristas partilham sobre a Semana Missionária Vocacional, neste ano estiveram juntos com as Pastorais Sociais de nossa diocese, visitando, assim, aldeias indígenas, presídios e a Casa da Esperança. Confira ainda as páginas: Igreja é notícia, crianças em foco, Diocese em Revista e fique por dentro da agenda diocesana. Que este tempo quaresmal fortifique a nossa fé e nos leve às alegrias pascais. Uma abençoada leitura!
Pe. Marcos Roberto P. Silva
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padremarcosrobertop.silva@gmail.com
Março de 2019
ÍNDICE
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PALAVRA DO PASTOR
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PALAVRA DO PAPA
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PALAVRA DIOCESANA
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ESPAÇO JOVEM
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IGREJA EM SERVIÇO
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A IGREJA É NOTÍCIA
Fraternidade e Políticas Públicas
“A boa política está a serviço da paz” Pastorais Sociais e as Políticas Públicas
LITURGIA EM DESTAQUE Os domingos da Quaresma - Ano C
PALAVRA DE VIDA
Quaresma é tempo propício para deixar o egoísmo
OPINIÕES QUE FAZEM OPINIÃO A importância das políticas públicas no Estado Democrático de Direito
CÍRCULOS BÍBLICOS CATEQUESE
O Tempo de purificação e iluminação na Catequese Pastoral Universitária: um serviço à evangelização da cultura Semana Missionária Vocacional
TESTEMUNHO DE VIDA CRIANÇA EM FOCO DIOCESE EM REVISTA FIQUE POR DENTRO!
EXPEDIENTE
Revista Elo - Março/2019 - Ano XXXVIII - nº 432 Presidente: Dom Henrique A. de Lima Diretor: Pe. Marcos Roberto P. Silva Equipe Revista Elo: Andreia Ramos, Estanislau N. Sanabria; Gabriel Fernandes S. Costa; Ir. Cristina Souza Silva; Ir. Denize Carvalho; Janete Favero; Luiz F. Torres, Ozair Sanabria; Pe. Adriano Ven de Ven; Pe. Alexsandro da Silva Lima; Pe. Bruno Florindo; Pe. Fernando Lorenz; Pe. Jander da Silva Santos; Pe. Otair Nicoletti; Suzana Sotolani; Diagramação e Projeto Gráfico: Michelle Picolo Caparróz Propriedade: Mitra Diocesana de Dourados Telefone: (67) 3422-6910 / 3422-6911 Site: www.diocesededourados.org.br Contatos e sugestões: contatorevistaelo@gmail.com Impressão: Gráfica Infante Tiragem: 15.820 exemplares
PALAVRA DO PASTOR
Fraternidade e Políticas Públicas “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is. 1, 27) Olá caros irmãos e irmãs, saudações em Cristo Jesus! Na Palavra do Pastor, deste mês de março, quero refletir com vocês sobre a temática da Campanha da Fraternidade 2019. Ela tem como Tema: FRATERNIDADE E POLÍTICAS PÚBLICAS! E traz como Lema: “Serás libertado pelo direto e pela justiça”. (Is. 1,27) Desde já, quero salientar que o objetivo da Campanha da Fraternidade, deste ano, não é sobre Política Partidária. Se assim o fosse, criaria um entrave em seu objetivo. Tratar de Políticas Públicas é cuidar do Bem Social para todos, inclusive o Planeta. Vamos todos dar as mãos nesta missão, tão bonita e desafiadora, de todo discípulo e missionário de Jesus Cristo. Esclareço que tudo o que vem abaixo está no Texto Base da CF/2019! Vejamos: “Jesus veio à Galileia, proclamando a Boa-Nova de Deus. ‘Completou-se o tempo, e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede na Boa-Nova’” (Mc 1,14. 15). O Reino da Verdade, da Graça, da Justiça, do Amor e da Paz! Reino que liberta, pois nos oferece a graça da filiação divina, da fraternidade em Cristo Jesus. Pelo batismo e pelo crisma fomos revestidos deste novo Reino, de um novo espírito que nos torna aprendizes, discípulos caminhantes pelas estradas da Boa-Nova. Se, somos aprendizes, somos também anunciadores, proclamadores, missionários de Jesus, do novo Reino, novo Céu e nova Terra (Ap. 21,1). Jesus nos indicou o caminha da fraternidade, do direito e da justiça. Os exercícios quaresmais: o Jejum, a esmola e a oração proposto pela Igreja Católica, nos ajudam a compreender melhor o que o tema e lema da CF/2019 nos propõem. Pois, a quaresma, nos provoca e convoca à conversão, mudança de vida: cultivar o caminho do seguimento de Jesus Cristo. Ela desperta a necessidade de partilha e nos aproxima da irmandade. A Campanha, deste ano, tem como objetivo geral: “Estimular a participação em Políticas Públicas, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja, para fortalecer a cidadania e o bem comum, sinais de fraternidade”. Políticas Públicas são as ações discutidas, aprovadas e programadas para que todos os cidadãos possam ter vida digna. São soluções específicas para necessidades e problemas da sociedade. É a ação do Estado, que busca garantir a segurança, a ordem, o bem estar, a dignidade, por meio de ações baseadas no direito e na justiça.
A política pública não é somente a ação do governo, mas também a relação entre instituições e os diversos atores, sejam eles individuais ou coletivos, envolvidos na solução de determinados problemas. Para isso, devem ser utilizados princípios, critérios e procedimentos que podem resultar em ações, projetos ou programas que garantam ao povo os direitos e deveres previstos na Constituição Federal de 1998, que foram propostos por leis complementares em quatro áreas: Criança e Adolescente; Saúde; Assistência Social; e Educação e em outras leis. Esta Campanha da Fraternidade acontece no ano em que o Papa Francisco proclamou o mês de outubro como Mês Missionário Extraordinário. O Santo Padre, ao instituir o Mês Missionário Extraordinário, ofereceu como tema: “Batizados e enviados: Igreja de Cristo em missão no mundo“. Os batizados, em sua missão no mundo, participando da construção de Políticas Públicas que construam a fraternidade. Boas reflexões e ações a todos nós e bons exercícios quaresmais. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo, para sempre seja louvado.
Dom Henrique A. de Lima, CSsR Bispo Diocesano
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PALAVRA DO PAPA
Papa Francisco no Panamá Entre os dias 23 e 28 de janeiro o Papa Francisco esteve no Panamá, para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2019. Vamos mostrar, através de algumas imagens e pequenas legendas, um pouco do que foi a viagem apostólica internacional ao país centro-americano. Chegada ao Panamá O Papa Francisco chegou ao Panamá na quarta-feira, 23, para a sua vigésima sexta viagem internacional. Depois de quase 13 horas de voo, o Papa desceu do avião, acolhido por dois mil jovens. Um momento de festa sem discursos oficiais, somente os hinos oficiais do Vaticano e do Panamá. Encontro com autoridades No dia seguinte, Francisco discursou às autoridades panamenhas. O Pontífice refletiu sobre um Panamá de “convocação” e “sonho”. Encontro com os bispos No discurso do Papa aos bispos da América Central na quinta-feira, 24, Francisco recordou São Óscar Romero, canonizado em outubro de 2018, e pediu aos bispos proximidade ao povo e aos sacerdotes. Cerimônia de acolhida da JMJ A Cerimônia de Acolhimento e Abertura da JMJ contou com um discurso do Papa Francisco, centrado no poder que a Jornada da Juventude traz à Igreja e aos jovens fiéis. Liturgia penitencial Ao visitar os jovens detentos do Centro de Detenção Juvenil Las Garzas de Pacora, no Panamá, o Papa presidiu na sexta-feira, 25, uma Liturgia Penitencial e lembrou que Jesus nunca teve medo de se aproximar daqueles que, por inúmeras razões, carregavam o peso do ódio social. “Cada um de nós é muito mais do que os rótulos que nos dão. Assim, Jesus no-lo ensina e convida a acreditar. O seu olhar desafia-nos a pedir e procurar ajuda, para percorrer os caminhos da superação”, destacou.
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Via Sacra Na Via Sacra com os jovens, na noite de sexta-feira, 25, o Pontífice reafirmou que o caminho de Jesus para o Calvário é um caminho de sofrimento e solidão, que continua nos dias atuais.
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Missa de dedicação do altar da Cátedra-Basílica de Santa Maria la Antigua Em seu penúltimo dia no Panamá, o Papa Francisco celebrou, no sábado, 26, uma Missa na Catedral Basílica de Santa Maria la Antígua, palco de grandes eventos eclesiásticos no país. Vigília com os jovens Uma verdadeira festa feita de oração, cantos, danças, testemunhos e reflexão: assim foi a vigília, que se realizou no Campo São João Paulo II, com os jovens participantes da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Panamá. Missa de envio Na manhã do domingo, 27, o Papa Francisco celebrou a Missa de encerramento da JMJ, no Campo João Paulo II. Em sua homilia, o Pontífice lembrou aos jovens que eles não são o futuro, mas o agora de Deus e motivou-os a realizar o sonho que o Senhor sonhou para cada um deles. Angelus O tradicional Angelus do Papa aconteceu no Lar do Bom Samaritano Juan Díaz. Ali, o Papa afirmou que o Bom Samaritano entendeu que a indiferença fere e mata e mostra a todos que o próximo é, antes de tudo, uma pessoa, alguém com o rosto concreto e real, e não qualquer coisa, a deixar para trás ou ignorar, seja qual for a sua situação. Encontro com voluntários e despedida Após dias de atividades e encontros com os jovens, na Jornada Mundial da Juventude 2019, o Papa Francisco despediu-se do Panamá no domingo, 27. Antes da partida, o último compromisso de Francisco foi o encontro com os voluntários da JMJ.
PASTORAL DIOCESANA
Pastorais Sociais e as Políticas Públicas No ano de 2019, a Igreja no Brasil nos propõe a Campanha da Fraternidade com o Tema: Fraternidade e Políticas Públicas e o Lema: “Serás libertado pelo direito e pela justiça (Is 1,27). Neste sentido, a Igreja traz as Pastorais Sociais, que são motivadas a conhecerem e a participarem da construção das Políticas Públicas, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja, para assim auxiliar no fortalecimento da cidadania e do bem comum. As Políticas Públicas são diretrizes, para resolver problemas sociais que trazem prejuízos à dignidade humana. São vários os instrumentos que podem viabilizar a construção dessas políticas como: leis, campanhas, obras, taxas, impostos e outros. As Pastorais Sociais devem conhecer como são formuladas as Políticas Públicas estabelecidas pelo estado e como são aplicados os instrumentos que as efetivam; despertar nos Cristãos uma consciência de participação na construção das Políticas Públicas, pois não se deve esperar somente pelo estado, mas é preciso agir como Jesus, que teve compaixão do povo, que andava como ovelha sem pastor. A realidade de hoje
não é muito diferente da época de Jesus. Compaixão não significa ter pena, mas sim AGIR para transformar as condições em que a pessoa, sem dignidade, está. As Pastorais Sociais devem buscar o fortalecimento de iniciativas dos segmentos excluídos na luta por espaços, participação no controle social das Políticas Públicas, dos Conselhos e das Comissões. Cabe ressaltar que a participação nas Políticas Públicas, na ótica da misericórdia, torna-se caminho inspirador para a vida, não só dos Cristãos, mas de todas as pessoas de boa vontade. Todos têm direito a uma vida digna e através das Políticas Públicas podemos ser sal e luz na vida do povo sofrido, a exemplo de Jesus: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.” (João 10,10).
Núcleo Diocesano de Pastoral
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LITURGIA EM DESTAQUE
Os domingos da Quaresma - Ano C Caro leitor, antes de falar sobre os domingos da quaresma do ano C, é interessante uma síntese teológica sobre o domingo, enquanto núcleo e origem do ano litúrgico. Quando o assunto é dia litúrgico, não podemos abrir mão de uma reflexão toda especial para o Dia dos dias, o dia do Senhor, o Dia da Igreja, o Dia do Homem, isto é, o Domingo. Neste dia, a Igreja celebra a Páscoa semanal, a semana inteira será regida pelo primeiro dia da semana. E todo bom cristão, inicia sua semana guardando este dia especial. O conteúdo principal para a elaboração da teologia dominical, que a Igreja desenvolveu de maneira muito particular nos três primeiros séculos, procede do Novo Testamento. Estes relatos, da forma como as comunidades primitivas guardavam este dia, será a sustentação doutrinal para que nós, ainda hoje, mantivéssemos o Domingo como o dia do Senhor, o dia do repouso e não mais o sábado, como na antiga aliança. Quando lemos no Evangelho de Marcos a passagem: “E bem cedo no primeiro dia da semana, ao raiar do sol, foram ao túmulo.” (Mc 16,2) Note, o primeiro dia da Semana, isto é domingo! Esta passagem narra o momento da comunidade tendo contato, mesmo sem saber a princípio, com a ressurreição. É neste dia que, pela primeira vez, a comunidade começa a fazer a experiência da ressurreição. A informação do Evangelho de Marcos, que de acordo com muitos exegetas, foi o primeiro evangelho a ser escrito, é aceito pelos demais evangelistas, isto você confere lendo os evangelhos de Mt 28,1, Lc 24,1; Jo 20,1). Outro fator, de grande relevância para a santificação dominical, está nas aparições do Ressuscitado. Perceba que o dia que Jesus escolhe para manifestar-se, vivo e ressuscitado, é sempre o primeiro dia da semana. Lc 24,13, Jo 20,19, Jo 20,26 são alguns exemplos desta aparição dominical do Ressuscitado. Diante de tantas vezes que este dia aparece no Novo Testamento, e todas as vezes com uma conotação de reunião da comunidade, é inegável a importância deste dia para os primeiros cristãos. Já que os demais dias, principalmente o sábado, que seria normal ser mencionado no Novo Testamento, não se faz presente com tamanho destaque. Diante disso, entendemos que os domingos, os seis, mesmo no tempo quaresmal, são dias consagrados ao Senhor, e por isso são contados dentro desse tempo, mesmo não dando exatamente quarenta dias, mas ressaltando a simbologia do número quarenta que
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na Bíblia, significa o “tempo necessário para...”. Para cada Ano da Quaresma temos um itinerário próprio, por exemplo Ano A – é o itinerário sacramental ou batismal. Ano B – itinerário cristocêntrico-pascal. Ano C – itinerário Penitencial: esse ciclo configura-se como uma catequese sobre a reconciliação ou um convite à conversão. No terceiro, quarto e quinto domingos são proclamados textos de são Lucas, nos quais se exalta a misericórdia de Deus. O primeiro e segundo domingo, também nos ciclos A B C, reportam os episódios clássicos da tentação de Jesus no deserto e da transfiguração sobre a montanha, respectivamente segundo Mateus, Marcos e Lucas. O terceiro domingo – Lc 13, 1-9, fala da parábola da figueira sem frutos. Aqui apresenta a paciência, a misericórdia de Deus, em dar sempre uma nova chance para o pecador se arrepender, pois Ele não cansa em oferecer seu perdão. Quarto domingo – Lc 15, 1-3.11-32, aqui temos a parábola do filho pródigo. Em sintonia com a temática anterior, o pai, que sempre espera a volta do filho, que a procura da felicidade errou o alvo, o caminho e decide retornar porque acreditava que o amor do pai era infinito. Porém, entra em cena a figura do irmão mais velho, seguro de que o cumprimento das leis era suficiente, mesmo não amando, e até condenado seu irmão. Quinto domingo – Jo 8, 1-11, aqui encontramos a tremenda hipocrisia dos que se julgavam “santos”, “perfeitos” e faltavam com o essencial, que era o amor ao próximo. Diante de tudo isso, Jesus se enche de compaixão e grita, uma das expressões mais belas da Sagrada Escritura : “Nem eu te condeno, vá e não peques mais”. O sexto e último domingo da quaresma é marcado pelo que chamamos “Domingo de Ramos”. Aqui temos a humildade de Jesus e, ao mesmo tempo, o cumprimento das profecias, aquele que veio para salvar a humanidade, entrando em Jerusalém e entregando sua vida para a salvação de todos. Por fim, sugiro que, nesta quaresma, meditemos esses textos bíblicos com os agentes da pastoral litúrgica. Com o firme propósito de crescer no amor a Deus e ao próximo. Temos a oportunidade de fazer um retiro penitencial aberto a todas as pessoas da paróquia, a partir da espiritualidade quaresmal. Pe. Wilson Cardoso de Sá
PALAVRA DE VIDA
Quaresma é tempo propício para deixar o egoísmo “Jejuou durante quarenta dias e quarenta noites e, por fim, teve fome” (MT 4, 1-2) Vamos iniciar o Tempo Quaresmal. Tempo de reflexão, de recomeço, de desapego de nós mesmos, para nos lançar ao encontro do nosso próximo. Jejum, Esmola e Oração são as armas para lutarmos contra o nosso egoísmo e assim ter o coração livre, para celebramos dignamente a Pácoa. O Papa Bento XVI dedicou uma série de Mensagens para o Tempo Quaresmal, refletindo sobre as três armas quaresmais. “Jejuou durante quarenta dias e quarenta noites e, por fim, teve fome” (Mt 4, 1-2) O Jejum é uma antiquíssima prática ascética, que nos ajuda em muitas áreas de nossa vida espiritual. Nos diz o Papa Bento: “As Sagradas Escrituras e toda a tradição cristã ensinam que o jejum é de grande ajuda para evitar o pecado e tudo o que a ele induz. Dado que todos estamos entorpecidos pelo pecado e pelas suas consequências, o jejum é-nos oferecido como um meio para restabelecer a amizade com o Senhor”. Diz ainda que: “o jejum representa uma prática ascética importante, uma arma espiritual para lutar contra qualquer eventual apego desordenado a nós mesmos. Privar-se voluntariamente do prazer dos alimentos e de outros bens materiais, ajuda o discípulo de Cristo a controlar os apetites da natureza, fragilizada pela culpa da origem, cujos efeitos negativos atingem toda a personalidade humana. Exorta oportunamente um antigo hino litúrgico quaresmal: ‘Usemos de modo mais sóbrio palavras, alimentos, bebidas, sono e jogos, e permaneçamos mais atentamente vigilantes’”. “Cristo fez-Se pobre por vós” (cf. 2 Cor 8, 9) Nós não somos donos daquilo que o Senhor nos concedeu, somos apenas administradores das suas dádivas, segundo o Evangelho. Continua o Papa: “a Escritura ensina-nos que há mais alegria em
dar do que em receber (cf. Act 20, 35). Todas as vezes que por amor de Deus partilhamos os nossos bens com o próximo necessitado, experimentamos que a plenitude de vida provém do amor e tudo nos retorna como bênção sob forma de paz, satisfação interior e alegria. São Pedro cita, entre os frutos espirituais da esmola, o perdão dos pecados. «A caridade – escreve ele – cobre a multidão dos pecados» (1 Pd 4, 8). A esmola educa para a generosidade do amor”. “Hão-de olhar para aquele que trespassaram” (Jo 19, 37) Neste tempo somos convidados a nos colocar em oração profunda. Nos coloquemos aos pés da Cruz do Senhor, juntos com Maria e João, para podermos colher, com profundidade, tão grande prova de Amor. Olhemos para o “Cristo crucificado que, morrendo no Calvário, nos revelou plenamente o amor de Deus”. Na Cruz que Jesus sente “sede do amor de cada um de nós. O apóstolo Tomé reconheceu Jesus como ‘Senhor e Deus’ quando colocou o dedo na ferida do seu lado. Não surpreende que, entre os santos, muitos tenham encontrado, no Coração de Jesus, a expressão mais comovedora deste mistério de amor. A resposta que o Senhor deseja ardentemente de nós é, antes de tudo, que acolhamos o seu amor e nos deixemos atrair por Ele. Mas aceitar o seu amor não é suficiente. É preciso corresponder a este amor e comprometer-se, depois a transmiti-lo aos outros. Que a Virgem Maria nos ajude a usarmos bem as armas espirituais que a Igreja nos propõe, para chegarmos com o coração preparado para as festas da Páscoa. Pe. Bruno Florindo brflorindo@icloud.com
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OPINIÕES QUE FAZEM OPINIÃO
A importância das políticas públicas no Estado Democrático de Direito
O artigo 1º da Constituição da República Federativa do Brasil define o país como um Estado Democrático de Direito, fundamentado na cidadania e na dignidade da pessoa humana. Tal concepção de Estado surgiu com o término da Segunda Guerra Mundial, procurando conciliar os direitos de segunda geração aos fins pretendidos pelo Capitalismo, e está presente hoje em dia em quase todas as Constituições de países ocidentais. O objetivo principal dessas nações consiste em assegurar à plenitude de suas respectivas comunidades educação, saúde, trabalho, moradia, lazer, segurança e previdência social ou, em outras palavras, promover a igualdade entre os cidadãos, por meio da ampla garantia dos direitos sociais. Um país que se constitui, com base nesses pilares, acaba por negar uma forma de organização totalmente Liberal, optando por intervir em várias esferas da sociedade. A justiça social pretendida só pode ser alcançada, se as camadas mais humildes da população, possuírem as mínimas condições para uma vida digna e a possibilidade de ascensão social. O Estado Social possui como obrigação primordial zelar por seus cidadãos. Ele deve executar essa função através de políticas públicas realmente capazes de solucionar os problemas existentes e promover o bem-estar da coletividade. Contudo, há de se compreender que de nada adiantam apenas alguns rabiscos feitos no papel, a fim de convencer um eleitorado. Obter níveis de desigualdade cada vez mais baixos é um dos maiores desafios que a administração pública deve enfrentar. Entretanto, quando formuladas visando à sua legítima finalidade, as políticas públicas são capazes de modificar realidades assustadoras. Elas podem salvar as vidas de milhares de crianças, que morrem antes de completar seu primeiro ano de vida, vítimas da desnutrição e de outros males; ou aliviar o sofrimento daqueles que esperam nas filas por atendimento médico; ou ainda fornecer a todos a educação, que é apontada como a melhor solução para as questões enfrentadas atualmente. O mais importante é tentar perceber que muitas pessoas dependem fundamentalmente do Estado. Elas não conseguiriam sobreviver sem a sua atuação e vêem a possibilidade de melhoria das condições de sua existência somente por seu intermédio. As políticas públicas também possuem a capacidade de prover a cidadania das pessoas. Para que o Estado Social exista plenamente, faz-se necessário que os cidadãos tenham consciência de seus direitos e que passem a exigir seu cumprimento. Em um Estado Democrático de Direito, a atuação do Ministério Público é indispensável. Como os própri-
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os artigos 127 e 129 da Constituição caracterizam, essa instituição é essencial à função jurisdicional do Estado, sendo que é ela a grande responsável por zelar tanto pelos direitos fundamentais e sociais quanto pelos poderes e serviços públicos, capazes de assegurá-los a todos. Quando um Estado omite-se em relação à formulação ou implementação dessas políticas públicas, os resultados costumam ser desastrosos. Infelizmente, quando avaliada a situação brasileira, logo se percebe que o país não se constitui em um Estado Democrático de Direito em sua plenitude. Uma sociedade justa e solidária não passa de um ideal, sendo mais presente nas palavras da Constituição do que nas ações concretas dos governantes. A atuação estatal acaba por ser mais efetiva nos momentos eleitorais, em que candidatos, buscando angariar votos, acabam por adotar planos mirabolantes e obras ineficazes. Outro grande problema está no fato de a Administração Pública não tomar consciência, acerca de sua função. Seus funcionários se esquecem de que estão ali para trabalharem em prol da coletividade, e que devem parar de agir como se estivessem meramente prestando um favor a esta. Dessa forma, a inclusão social torna-se impossível. As classes mais baixas tornam-se cada vez mais pobres, sem perspectivas de qualquer melhoria. O povo, sem cidadania não sabe como cobrar seus direitos ou mesmo como escolher representantes que o façam por eles. E o futuro do Brasil parece apontar para uma sociedade cada vez mais injusta. Um prognóstico tão negativo, sobre a realidade do país, só pode ser modificado à medida que se atribua às políticas públicas a sua importância real. Elas são as grandes responsáveis pelo fracasso ou sucesso do Estado Democrático de Direito. Se elaboradas com responsabilidade, com certeza o Brasil trilhará caminhos bem mais promissores. Em suma, um Estado Democrático de Direito constitui-se a partir de uma sociedade justa e solidária, em que o alcance da igualdade seja a principal meta. O Brasil ainda não conseguiu atingir uma situação de semelhança de condições entre seus cidadãos, que possa classificá-lo como tal. Todavia, vale lembrar que os caminhos para uma maior inclusão podem ser abertos por intermédio de uma atuação eficiente da Administração Pública, por meio das políticas públicas. Danyele Aparecida Alves Guimarães
Acadêmica do Curso de Administração Pública da Fundação João Pinheiro — Minas Gerais
CÍRCULOS BÍBLICOS
1º ENCONTRO Campanha da Fraternidade 2019 “SERÁS LIBERTADO PELO DIREITO E PELA JUSTIÇA” (Is 1, 27)
finito amor e anunciou o Evangelho da fraternidade e da paz.
Acolhida: Preparar Bíblia, vela, flores e um cartaz com o lema da CF 2019.
Leitor/a 1: Seu exemplo nos ensina a acolher os pobres e marginalizados, nossos irmãos e irmãs, com políticas públicas justas, e sejamos construtores de uma sociedade humana e solidária!
Animador/a: Que bom estarmos aqui novamente reunidos e reunidas, como irmãos e irmãs, em torno da Palavra de DEUS, fonte de vida e de amor. Obrigado por sua presença! Coloquemo-nos na presença de Deus, cantando o Sinal da Cruz. Canto: Tua Palavra é lâmpada para os meus pés, Senhor! Lâmpada para os meus pés, Senhor; Luz para o meu caminho! (2x). ABRINDO OS OLHOS PARA VER Animador/a: Em 1964, durante o Concílio Vaticano Segundo, realizou-se, no Brasil, a Primeira Campanha da Fraternidade. Expressão de comunhão, de conversão e partilha, a Campanha da Fraternidade tem como objetivos permanentes: despertar o espírito comunitário e cristão na busca do bem comum; - educar para a vida em fraternidade e solidariedade entre todos os seres humanos; - renovar a consciência da responsabilidade comum pelo Evangelho de Jesus, em vista de uma sociedade justa, fraterna e solidária. Todos: “Quanto a vocês, nunca se deixem chamar de Mestre, pois um só é o Mestre de vocês, Jesus, e todos vocês são irmãos!” (Mt 23,8). ORAÇÃO INICIAL - CF 2019 Leitor/a 1: Pai misericordioso e compassivo, que governais o mundo com justiça e amor; dai-nos um coração sábio para reconhecer a presença de vosso Reino entre nós. Todos: Em sua grande misericórdia, Jesus, o Filho Amado, habitando entre nós, testemunhou o vosso in-
Todos: O Divino Espírito acenda em nossa Igreja a caridade sincera e o amor fraterno; a honestidade e o direito resplandeçam em nossa sociedade e sejamos verdadeiros cidadãos do “novo céu e da nova terra”. Amém! Leitor/a 2: A Campanha da Fraternidade 2019 vem reforçar a preocupação da Igreja com a vida do povo brasileiro, com suas desigualdades sociais gritantes, que infelizmente, marcam o nosso país. Os mais pobres são os que mais sofrem com um sistema egoísta e neoliberal, que impede uma vida digna para todos. A Campanha visa aprofundar o que são as Políticas Públicas. Elas servem para garantir os direitos fundamentais à saúde, educação, moradia, trabalho, cultura, meio ambiente, aos quais todos devem ter acesso.
Leitor/a 3: Leitura do profeta Isaias 2, 1 – 5 (ler duas vezes). a) O que nesta leitura chamou mais sua atenção? b) “Praticar a justiça e o direito vale mais, para Deus, do que os sacrifícios” (Pr 21, 3). Comente! REZANDO A PALAVRA Todos: Senhor, cria em mim um coração puro; e infunde-me maior firmeza! Faze-me sentir de novo a alegria de viver; desperta-me novamente para uma generosidade maior! Senhor, tu não me pedes grandes sacrifícios; não te agradam palavras bonitas! O sacrifício que Tu aceitas é a contrição do espírito. Um coração contrito e humilhado, Tu não desprezas, Senhor! Pai Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai... ASSUMINDO A PALAVRA c) Que vou fazer de concreto pelos outros nesta Campanha da Fraternidade?
ESCUTANDO A PALAVRA Animador/a: A Campanha da Fraternidade 2019 tem como lema: Todos: “Serás libertado pelo DIREITO e pela JUSTIÇA!” (Is 1, 27). Animador/a: Já o profeta Isaías denunciava a hipocrisia de uma sociedade que se baseia sobre a injustiça, desigualdade gritante, corrupção e violência. Os dirigentes estão com as mãos “cheias de sangue”! Isaías sonha com uma sociedade com justiça, paz, solidariedade e igualdade social, com vida digna e abençoada para todos/as! Aclamação: Eu vim para escutar...
BÊNÇÃO FINAL Animador/a: Que Deus nos proteja e nos guarde! Que Deus nos mostre o seu rosto amoroso e tenha compaixão de nós! Que Deus nos abençoe e nos dê a paz! PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO! AMÉM. CANTO a escolha (Abraços)
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CÍRCULOS BÍBLICOS
2º ENCONTRO Quaresma: “Convertei-vos e crede no Evangelho” Acolhida: Preparar o altar com Crucifixo, uma fita ou toalha roxa, Bíblia e vela. Animador/a: Caros irmãos e irmãs, sejam bem-vindos! Neste tempo quaresmal, somos chamados a refletir sobre nossas atitudes, nosso modo de ser e agir, e a darmos uma resposta decisiva, rumo ao homem novo e a mulher nova que precisamos ser, principalmente, após tomarmos consciência de todo sofrimento de Jesus, para nos salvar. Iniciemos este encontro invocando a Santíssima Trindade: Em nome do Pai... Canto: Eis o tempo de conversão, eis o dia da salvação. Ao Pai voltemos, junto andemos. Eis o tempo de conversão! ABRINDO OS OLHOS PARA VER Leitor/a 1: A vinda de Jesus nos traz uma nova era, um tempo de graça. Suas primeiras palavras, ao anunciar a Boa Nova, são um convite para abraçarmos a grande novidade do Pai: a nossa salvação! ORAÇÃO INICIAL Leitor/a 2: O que Jesus nos pede, para que Seu Reino esteja no meio de nós, são duas coisas que caminham lado a lado: a conversão e a fé. Uma não existe sem a outra. Por isso, rezemos, refletindo sobre as atitudes que Deus desaprova em nós, a partir do livro de Provérbios (3, 27 ss). Lado A: Não negues um benefício a quem o solicita, quando está em teu poder conceder-lhe. Não digas ao teu próximo: “Vai, volta depois! Eu te darei amanhã”, quando poderias ajudá-lo agora. Todos: Jesus, que Teu sofrimento por mim, não tenha sido em vão, aumenta minha fé e dá-me a graça da conversão!
10 Março de 2019
Lado B: Não maquines o mal contra teu vizinho, quando ele habita com toda a confiança perto de ti. Lado A: Não invejes o homem violento, nem adotes o seu procedimento, porque o Senhor detesta o que procede mal. Lado B: Sobre a casa do ímpio pesa a maldição divina; a bênção do Senhor repousa sobre a habitação do justo. ESCUTANDO A PALAVRA Leitor 3: A Palavra de Deus, acolhida e vivida, realiza uma mudança de mentalidade, a conversão, a volta ao Pai. Nela está presente o próprio Jesus, a nos falar, exortar, animar, a nos mostrar o caminho certo a seguir. Canto: Louvor a vós, ó Cristo Rei, Rei da eterna glória, Rei da eterna glória. O homem não vive somente de pão, mas de toda palavra da boca de Deus. Animador/a: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos 1, 14-15 (ler duas vezes). PARTILHANDO A PALAVRA a) De que modo o Evangelho pode realizar, em nós, o milagre da conversão? b) Ao longo do dia, nos gestos e palavras, tenho pautado minha vida conforme o Evangelho?
REZANDO A PALAVRA Leitor/a 1: Toda vez que nos depararmos com nossa fraqueza e com a fraqueza dos outros, cada vez que nos parecer impossível seguir Jesus e vencer a tentação do pecado, recorramos à oração. Ela é um dos tripés da quaresma (jejum, caridade e oração) e deve fazer parte da espiritualidade de todo cristão. Leitor/a 2: Coloquemos nossas intenções e, em seguida, rezemos uma dezena do terço, pedindo a Nossa Senhora, Mãe da Misericórdia, que nos ajude a perseverar nos bons propósitos de nos “converter e crer no Evangelho”. Pai Nosso... ASSUMINDO A PALAVRA c) Para estar vigilante, nesta quaresma, que gesto concreto assumirei, com a graça de Deus? (jejum em dias determinados, pequenas mortificações, desapegos, caridade com os mais necessitados...) BÊNÇÃO FINAL Animador/a: Que o Senhor, em sua misericórdia infinita, venha em nosso auxílio e nos dê a graça de nos prepararmos para uma santa e abençoada Páscoa. Em nome do Pai... Canto: Maria vivia em oração Maria provada no sofrimento Maria guardava no coração Maria pra Jesus um alento. Oh, Maria ensina-me a ser assim Como filho em Deus tudo esperar Mãe querida, vem comigo caminhar Oh, Maria roga a Jesus por mim. Maria que não se rebelou Maria por nós ofereceu Maria que os pastorinhos ensinou Maria que em Fátima apareceu.
CÍRCULOS BÍBLICOS
3º ENCONTRO O direito a uma vida digna Acolhida: Preparar uma mesa com Bíblia, vela, flores e Crucifixo. Animador/a: Irmãos e irmãs, sejam bem-vindos para o nosso terceiro encontro deste mês! Hoje somos convidados a refletir sobre “o direito a uma vida digna”; isto é, a dignidade da vida humana, tendo como nosso referencial a humanidade de Jesus. Invoquemos a Santíssima Trindade, cantando: Em nome do Pai... ABRINDO OS OLHOS PARA VER Animador/a: Em 1948, a Assembleia Geral das Nações Unidas, aprovou a Declaração Universal dos Direitos do Humanos e logo no artigo primeiro consta: “todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos (...)”. A questão é enfatizar o interesse em proteger os direitos humanos e fundamentais, reconhecendo desta forma, “o direito à vida digna”. Leitor/a 1: Para o Papa Francisco, a razão por si só é suficiente para se reconhecer o valor inviolável de qualquer vida humana, mas, se a olhamos também a partir da fé, «toda a violação da dignidade pessoal do ser humano, clama por vingança junto de Deus e torna-se ofensa ao Criador do homem». “Defender o direito à vida implica também trabalhar ativamente pela paz, reconhecida universalmente como um dos valores mais altos que se deve procurar e defender”. Leitor/a 2: Assim como o mandamento «não matar» põe um limite claro para assegurar o valor da vida humana, também hoje devemos dizer “não a uma economia da exclusão e da desigualdade social. Esta economia mata”! (Papa Francisco) Hino da CF: “Eis que o Senhor fez conhecer a salvação, e revelou sua justiça às nações”. Que, neste tempo quaresmal, nossa oração, transforme a vida, nossos atos e ações. Pelo direito e a Justiça libertados, povos, nações de tantas raças e
culturas. Por tua graça, ó Senhor, ressuscitados, somos em Cristo, hoje, novas criaturas. ORAÇÃO INICIAL CF 2019 Lado A: Pai misericordioso e compassivo, que governais o mundo com justiça e amor, dai-nos um coração sábio para reconhecer a presença do vosso Reino entre nós. Lado B: Em sua grande misericórdia, Jesus, o Filho amado, habitando entre nós, testemunhou o vosso infinito amor e anunciou o Evangelho da fraternidade e da paz.
moniosa, anunciada pelo profeta, começou a surgir a partir de quem?
Lado A: Seu exemplo nos ensine a acolher os pobres e marginalizados, nossos irmãos e irmãs com políticas públicas justas, e sejamos construtores de uma sociedade humana e solidária.
REZANDO A PALAVRA Animador/a: Fortalecidos pela Palavra e iluminados pela força do Espírito Santo, façamos orações e preces espontâneas em favor da vida.
Lado B: O Divino Espírito acenda em nossa Igreja a caridade sincera e o amor fraterno; a honestidade e o direito resplandeçam em nossa sociedade e sejamos verdadeiros cidadãos do “novo céu e da nova terra”. Amém. ESCUTANDO A PALAVRA Animador/a: Quanto mais nos aproximamos de Deus e de sua Palavra, mais procuramos conhecê-Lo, e conhecendo-O, vamos também nos dando conta, de quem nós somos. Canto: Fala, Senhor! Fala, Senhor! Palavra de fraternidade! Fala, Senhor! Fala, Senhor! És luz da humanidade! Leitor/a 1 – Leitura do Livro do profeta Isaías 11, 1-2.5-9 PARTILHANDO A PALAVRA a) A realização dessa sociedade har-
b) Como construir, no mundo de hoje, um reino de justiça e paz?
Todos: Dai, Senhor, dignidade ao vosso povo! Animador/a: Rezemos confiantes a oração que Jesus o Mestre Divino nos ensinou: Pai Nosso... ASSUMINDO A PALAVRA Animador/a: Ao longo desta quaresma, somos interpelados mais uma vez, a viver um clima de oração e penitência, para a conversão (dar sugestões de ações concretas, que possamos realizar acerca das políticas públicas justas). BÊNÇÃO FINAL Animador/a: Que o Senhor nos abençoe e nos guarde. Que Ele mostre a sua face e tenha compaixão de nós; que Ele volte para nós o seu rosto amoroso e nos dê a paz! Pai, Filho e Espírito Santo. Amém. Canto e abraço da paz.
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CÍRCULOS BÍBLICOS
4º ENCONTRO Um coração humilde e contrito Acolhida: Preparar uma mesa com vela, Bíblia e crucifixo. Animador/a: Irmãos e Irmãs, sejam bem-vindos para mais um encontro. Estamos ainda na Quaresma, tempo que nos provoca e nos convoca à conversão, a mudança de vida e ao arrependimento. Na esperança de uma abençoada caminhada para a Páscoa, acolhamos a Santíssima Trindade, cantando: Todos: Em nome do Pai... Canto: Conheço um coração tão manso, humilde e sereno. Que louva ao Pai por revelar Seu Nome aos pequenos. Que tem o dom de amar, que sabe perdoar, e deu a vida para nos salvar! Jesus, manda Teu Espírito, para transformar meu coração (2x) ABRINDO OS OLHOS PARA VER Animador/a: Um coração contrito é um coração humilde, arrependido, obediente e manso. Isto significa que a pessoa está disposta a seguir a Palavra do Senhor. Deus não quer “o sacrifício e nenhum holocausto lhe agrada” (Sl 50,18). Leitor/a 1: Deus olha o coração humano, suas intenções e o bem que pratica. Ele ama a pessoa e lhe dá a liberdade de escolher entre o bem e o mal. “Onde está a humildade, está também a caridade” (S. Agostinho). Leitor/a 2: É tempo de nos converter e nos humanizar! Olhar para dentro de nós e reconhecer nossas capacidades e talentos e, encontrar forças para superar as limitações e fragilidades. É este o apelo deste tempo quaresmal! ORAÇÃO INICIAL Animador/a: Rezemos o Salmo 50 (51): Lado A: Tem piedade, Senhor, Tu que és o amor fiel! Pela tua bonda-
12 Março de 2019
de imensa apaga a minha culpa. Lava toda a minha iniquidade. Só Tu, Senhor, podes purificar-me dos meus pecados. Lado B: Agora vejo o mal que cometi, tenho consciência de ser pecador. Agi contra Ti, Senhor: foi este o meu pecado. Pratiquei o que é mal aos teus olhos. Reconheço agora o teu direito de condenar-me. A tua sentença contra mim será inteiramente justa. Lado A: Senhor, cria em mim um coração puro, e infunde-me maior firmeza. Não me afaste da tua presença, jamais retire de mim teu santo Espírito. Faze reviver em mim a alegria da tua salvação; me desperta novamente para uma generosidade maior. Lado B: Não me pedes grandes sacrifícios, não te agradam os holocaustos que te ofereço. O sacrifício que Tu aceitas é a contrição do espirito. Um coração contrito e humilhado, Tu não desprezas, Senhor! Canto: Senhor que vieste salvar os corações arrependidos. Piedade, piedade, piedade de nós (2X). Ó Cristo, que vieste chamar os pecadores humilhados. Senhor, que intercedeis por nós, junto a Deus Pai que nos perdoa. ESCUTANDO A PALAVRA Animador/a: O livro dos Provérbios mostra que, antes de Jesus, o amor estava acima do ódio, da vingança, da inveja ou da violência. A sabedoria é um dom divino que continua a indicar o caminho ao homem de hoje. Canto: Eu vim para escutar Tua Palavra... Leitor/a 1: Leitura do livro de Provérbios 3,27-35
PARTILHANDO A PALAVRA a) Segundo Provérbios, “como faz bem fazer o bem”! O que podemos destacar do texto, que confirme esta afirmação? b) “Os sábios possuirão a honra, porém os insensatos receberão a vergonha”. O que diz para nós? REZANDO A PALAVRA Leitor/a 2: Se queremos ser abençoados pelo Senhor, vivamos com sabedoria, afastando o mal dos nossos olhos e a maldade dos nossos corações. Neste momento, apresentemos ao Senhor as nossas preces. (espontâneas) Todos: Senhor, ouvi-nos e atendei-nos! Pai Nosso (de mãos dadas). Três Ave Marias. ASSUMINDO A PALAVRA c) O que podemos fazer para que o bem, a caridade e o respeito sejam praticados entre nós? BÊNÇÃO FINAL Animador/a: Movidos pela luz da Páscoa do Senhor, que vem se aproximando, peçamos a Ele que nos abençoe e nos conduza em nossa caminhada, derramando sobre nós a sua bênção: Em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo. Amém! Hino da CF 2019 e Abraço da Paz.
CATEQUESE PERMANENTE
O Tempo de purificação e iluminação na Catequese O Tempo de Purificação e Iluminação é o período, dentro do catecumenato, em que é intensificada a preparação para a recepção dos Sacramentos da Iniciação Cristã: Batismo, Crisma e Eucaristia. O tempo da purificação e da iluminação dos catecúmenos coincide, habitualmente, com a Quaresma, que inicia na Quarta-feira de Cinzas, porque esta, tanto na liturgia como na catequese litúrgica, por meio da recordação ou da preparação do Batismo e pela Penitência, renova a comunidade dos fiéis, juntamente com os catecúmenos, e dispõe-nos para a celebração do Mistério Pascal que os sacramentos da iniciação cristã aplicam a cada um. Dentro da pedagogia da catequese catecumenal, com o segundo degrau da iniciação cristã, começa o tempo da purificação e da iluminação destinado a preparar mais intensivamente o espírito e o coração dos candidatos. Neste degrau é feita pela Igreja a «eleição» ou escolha e a admissão daqueles catecúmenos que, pelas suas disposições são aptos para, na próxima celebração, tomarem parte nos sacramentos da iniciação. Chama-se «eleição», porque a admissão feita pela Igreja se funda na eleição de Deus, em nome de quem ela atua; chama-se «inscrição do nome», porque os candidatos escrevem o seu nome no Livro dos «eleitos», como penhor de fidelidade. Antes de celebrar a «eleição», requer-se da parte dos catecúmenos a conversão da mente e dos costumes, um conhecimento suficiente da doutrina cristã e o sentido da fé e da caridade; pede-se, além disso, o exame sobre a sua idoneidade. Depois, na própria celebração do rito, os catecúmenos manifestam a sua vontade, e o sacerdote o seu parecer, diante da comunidade. Assim fica evidente que a «eleição»,
que se reveste de tão grande solenidade, é o momento decisivo de todo o catecumenato. A partir do dia da sua «eleição» e admissão, os catecúmenos passam a ser designados pelo nome de «eleitos», porque caminham em conjunto, para receberem os sacramentos de Cristo e o dom do Espírito Santo. Chamam-se também «iluminandos», porque o próprio Batismo se chama «iluminação» e porque, por ele, os neófitos são iluminados pela luz da fé. Contudo, em nossos dias, podem usarse também outros termos que, segundo a diversidade das regiões e culturas, estejam mais ao alcance de todos. Durante este tempo, os catecúmenos são levados a uma preparação interior mais intensa. Esta tem mais em vista o recolhimento espiritual do que a catequese, e destina-se à purificação do coração e da mente, através do exame de consciência e da penitência, e a sua iluminação por meio do conhecimento mais aprofundado de Cristo Salvador. Tudo isto se faz por meio de vários ritos, sobretudo pelos «escrutínios». Os escrutínios devem ser celebrados solenemente ao domingo, têm em vista o duplo fim acima referido, a saber: pôr a descoberto o que no coração dos eleitos possa haver de fraqueza, enfermidade ou malícia, para que seja curado, e o que há de bom, válido e santo, a fim de o fortalecer. Os escrutínios destinam-se a libertar do pecado e ao fortalecimento em Cristo, que é o caminho, a verdade e a vida dos eleitos. Pe. Alexsandro da Silva Lima Pároco da Santo André Assessor Diocesano da Catequese
Março de 2019
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ESPAÇO JOVEM
Pastoral Universitária: um serviço à evangelização da cultura A Pastoral Universitária na UNIGRAN nasceu em abril de 2008, com a missão de ser um instrumento de evangelização da cultura, de modo específico, da Juventude universitária, promovendo um diálogo cultural unindo a perspectiva da razão e da fé. O pluralismo ou a diversidade filosófica, religiosa que nos deparamos num ambiente universitário é uma grande oportunidade de iluminar a cultura, com a luz da Palavra de Deus, revelando assim, a racionalidade da fé. Dentro da Instituição, um núcleo que articula todos os projetos, direcionados aos acadêmicos e até mesmo para os colaboradores. Dentre eles destacamos a CATEQUESE EAD de Adultos destinada para aqueles universitários que são de outras localidades e que residem em Dourados, mas não possuem nenhum vínculo com alguma paróquia; o CONEXÃO JOVEM na Rádio e o PAPO UNIVERSITÁRIO que proporcionam o debate e o aprofundamento por meio do diálogo com diversos saberes, a respeito de um determinado assunto de relevância científica e religiosa. Neste contexto os acadêmicos desempenham o seu protagonismo por meio das ponderações e organização. Comprovamos, neste evento, a natureza legítima do contexto universitário. Somos professores, funcionários, acadêmicos e autoridades religiosas preocupados com evangeliza-
ção no ambiente universitário. Nosso intuito é transmitir o Evangelho de modo dinâmico e penetrar na cultura a sua luz, a sua alegria e a sua força de vida. Dessa forma, dar sentido mais profundo e transcendente à existência, a partir da própria religiosidade, descobrindo caminhos, para se empenharem na construção do mundo que a realidade exige. Você que é acadêmico da UNIGRAN pode colaborar conosco, participando de nossos projetos e atividades com seu dom. Para mais informações sobre nós e de como participar, o contato pode ser realizado por meio do site www.unigran.br/pastoral, pelo facebook fb.com/pastoral, pelo email pastoraluniversitaria@unigran.br ou pelo telefone (67) 3411-4161. O horário de funcionamento do Núcleo da Pastoral é de segunda-feira à sexta-feira, das 8h às 11h30. Estamos localizados no bloco 3 da IES, 2º andar. Venha fazer parte desta família universitária! Wesley Fernando Falavignha Prof. Fábio Henrique Cardoso Leite Pe. Fernando Lorenz Membros da Comissão Diocesana da Liturgia
14 Março de 2019
IGREJA EM SERVIÇO
Semana Missionária Vocacional Em dezembro de 2018, foi realizada a Semana Missionária Vocacional da Diocese de Dourados. Como todos os anos em suas férias, seminaristas estudantes de filosofia e teologia dedicam uma semana de atividades que levam a Palavra de Deus e o acolhimento. Neste ano, estiveram juntos com as Pastorais Sociais de nossa diocese, visitando assim aldeias indígenas, presídios e a Casa da Esperança. Aqui, compartilharemos experiências edificantes de alguns seminaristas que participaram desta missão. Foi, com certeza, um momento muito rico em minha vida de configuração a Jesus Cristo, pois é Ele quem nos ensina que devemos amar a todos e foi isso que vivenciei durante a semana, visitando as aldeias, o presídio, a Casa da Esperança. Pude levar Jesus Cristo aos corações daquelas pessoas, que são esquecidas da sociedade e rejeitadas. A experiência deste ano, além de ser formativa, foi de amor a nossa Igreja Católica e das Pastorais Sociais, que são frutos da dedicação e serviço de muitas pessoas que amam e querem seguir a Cristo. Seminarista Cristiano dos Santos, 4º ano da Teologia. Uma experiência ligada às realidades pastorais sociais da Diocese. A visita ao presidio, à casa da esperança e aos indígenas foi profunda, pois, são realidades que humanizam, nos formam como seres humanos e nos fazem configurar-nos mais a Cristo Jesus, adquirindo um olhar mais justo e misericordioso para com as pessoas. Além disso, a promoção vocacional teve o intuito de ir ao encontro dos jovens e despertar o chamado de Deus. Portanto, foi uma semana de crescimento e superação. Seminarista Ronaldo Prieto Souza, 2º ano da Filosofia.
Foi diferente das missões dos outros anos. Decidimos fazer uma experiência de conhecimento da realidade pastoral de nossa Diocese e, dentro disso, desenvolvemos também um trabalho vocacional. Foi uma experiência muito gratificante em que nos deparamos com as periferias da realidade humana, que por vezes, passam despercebidas aos nossos olhares desatentos. Essa experiência fez possível a vivência de Jesus em meio a nós, assim levamos o amor de Deus, em contrapartida, o recebemos presente no rosto de cada um dos que visitamos. Neste sentido, com toda certeza, essa semana ofereceu ânimo à nossa caminhada vocacional. Ao encontrarmos cada uma das ovelhas de Cristo nos sentimos abrasados pela imitação d’Ele, nosso pastor e eterno sacerdote por excelência! Seminarista Felipe Capestana, 1º ano de Teologia. Proporcionou um profundo conhecimento sobre a realidade das Pastorais Sociais de nossa Diocese. A presença, nessa realidade, contribui muito no meu processo de configuração a Jesus Cristo, o Bom Pastor, pois através dessas situações concretas reforça o convite do Senhor da messe que me chama, a cada dia, na inteira disponibilidade a servir aos irmãos e irmãs. Seminarista Daniel Nunes Souza, 3º ano da Teologia.
Jovem, viva você também esta experiência! Seja um seminarista diocesano! Entre em contato através do (67) 3421-4599.
Gabriel Fernandes gfscoficial@gmail.com
Março de 2019
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IGREJA É NOTÍCIA
Brumadinho: Igreja se mobiliza para ajudar vítimas da tragédia
A freira italiana que tira as prostitutas das ruas
Voluntários e religiosos se unem para levar solidariedade e apoio espiritual neste momento de dor e revolta. O rompimento da barragem de rejeitos de minério em Brumadinho, MG, deixou mortos e centenas de desaparecidos. Muita gente perdeu seus pertences, por causa do mar avassalador de lama que se formou nas regiões ribeirinhas. Logo após a tragédia, a arquidiocese de Belo Horizonte se juntou a um comitê, formado por representantes do Governo de Minas, da Prefeitura de Brumadinho, da Defensoria Pública da União e líderes da sociedade civil. O objetivo é somar forças em nome da solidariedade, neste momento de dor e revolta. Durante encontro com os membros do comitê, a Igreja reforçou a importância de um acompanhamento ainda mais próximo do poder público, especialmente no cadastro das vítimas. Esse cadastro é determinante nos processos de indenização, conforme explica o frei Rodrigo Pereira, da Comissão de Mineração da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A Arquidiocese de Belo Horizonte iniciou uma campanha solidária para arrecadar roupas, alimentos e água, que serão destinados aos atingidos pelo rompimento da barragem.
Em um abrigo especialmente construído para elas, as mulheres aprendem uma profissão e vivenciam a Palavra de Deus A Irmã Carla Venditti, religiosa dos Apóstolos do Sagrado Coração de Jesus, há vários anos divide seu tempo entre as ruas de Roma e a vizinha região de Abruzzo, onde ela evangeliza e consegue tirar jovens da prostituição. As jovens são levadas a um lar, onde experimentam um caminho de renascimento espiritual e social, além de aprenderem uma profissão. Até mesmo a famosa cantora e compositora Patti Smith, durante sua última turnê na Itália, abraçou a Irmã em sinal de gratidão pelo trabalho que ela faz. Elas se conheceram na Catedral de Avezzano, onde a cantora fez uma apresentação. “Quando Deus entra em seu coração…” A Irmã Carla é muito conhecida na região. “Quando Deus entra em seu coração, você é salvo e você muda!”, diz ela. A missão da religiosa nas ruas começou em 2012. E não foi nada fácil. “O hábito ajuda muito. No começo, quando tentamos conversar com as prostitutas, dizíamos que tínhamos levado uma surpresa para elas. E elas se predispunham a conversar dando margem à novas experiências”.
Desenganado há 7 anos, paralítico e cego, ele foi à JMJ: “Ninguém explica, só Deus” Paralítico desde os 10 meses, cego desde os 6 anos, desenganado aos 11, hoje com 17 anos, ele foi à JMJ de cadeira de rodas para testemunhar: “Só acredito em Deus plenamente e estou vivo graças à comunhão diária” Presente na JMJ 2019 no Panamá, sem se render aos obstáculos de estar numa cadeira de rodas e de ser cego dos dois olhos, o jovem colombiano Juan Pablo Barón Rivera, de 17 anos, resume assim a sua história em uma entrevista extraordinária ao grupo católico de mídia ACI: “Aos 10 meses eu fiquei paralítico; aos 5 e 6 anos, fiquei cego dos dois olhos. Quando eu tinha 11 anos, os médicos me desenganaram e disseram que viveria apenas até os 14 anos. Daquele momento em diante eu não voltei mais ao médico. Não tenho nada contra eles, mas faz 7 anos que não volto. Hoje tenho 17 anos e só acredito em Deus plenamente, vou à Missa diária, recebo a Eucaristia e hoje me sinto completamente normal. Consegui me mexer e estou vivo. Isso ninguém explica, só Deus”. O testemunho espontâneo e profundamente convicto de Juan Pablo vai além: “A minha única missão no mundo é mostrar que eu estou vivo graças à comunhão diária. Vou todos os dias à Missa e este é o meu ensinamento para todos os jovens. E o meu grande sonho sempre será falar com o Papa Francisco. Foi para isso que eu vim ao Panamá”. O jovem sofre de mucopolissacaridose, uma doença rara que provoca anomalias físicas severas.
16 Março de 2019
TESTEMUNHO DE VIDA Frutos do meu jejum Quer uma super dica para uma vivência quaresmal frutuosa? Para viver de modo concreto o tempo quaresmal as comunidades podem entregar na missa de quarta-feira de cinzas um envelope escrito “Frutos do meu Jejum” para que ao término da quaresma a pessoa ofereça o valor do seu jejum, por exemplo: colocar no envelope o valor em reais do somatório dos pães que não comeu durante quarenta dias ou dos doces que recusou. O dinheiro deste envelope será destinado as pastorais sociais da sua paróquia. O jejum que não é traduzido em caridade é um jejum estéril!
CRIANÇAS EM FOCO
Encontre 5 palavras referentes ao tempo quaresmal
Complete a frase de acordo com Mateus 22, 39 Amarás _____________________________ __________________________________________ ____________ ______________________ mesmo.
Super Dica Abaixo temos o Cartaz da CF 2019. Vamos colorir bem bonito?
Convide o papai e mamãe e toda família, para rezarem juntos, todos os dias, a Oração da CF 2019 Pai misericordioso e compassivo, que governais o mundo com justiça e amor, dai-nos um coração sábio para reconhecer a presença do vosso Reino entre nós. Em sua grande misericórdia, Jesus, o Filho amado, habitando entre nós testemunhou o vosso infinito amor e anunciou o Evangelho da Fraternidade e da paz. Seu exemplo nos ensine a acolher os pobres e marginalizados, nossos irmãos e irmãs com políticas públicas justas, e sejamos construtores de uma sociedade humana e solidária. O divino Espirito Santo acenda em nossa Igreja a caridade sincera e o amor fraterno; a honestidade e o direito resplandeçam em nossa sociedade e sejamos verdadeiros cidadãos do “novo céu e da nova terra”. Amém.
Pe. Jander da Silva Santos Santuário Diocesano - Vila São Pedro
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DIOCESE EM REVISTA
22/11 - Dourados: Crisma, na UNIGRAN Pastoral Universitária.
28/11 - Campo Grande: Dom Hen rique é homenageado com o Título de Cida dão Sul-Matogrossense.
01/12 - Dourados: Encontro Diocesano da do 02/12 - Dourados: UTREIA anual Catequese, no IPAD. casa na s, rado Dou de cese Dio Cursilho da do Cursilho.
01/12 - Dourados: Formação e Aprofundamento Diocesano da IAM , na paróquia São Carlos.
grupo 20/11 - Dourados: Formatura do da cula Mulher Única, na Catedral Ima Conceição.
08/12 - Dourados: Missa Solene de Nossa 09/12 - Itaporã: Missa em Ação de Graças 07/12 - Amambai: Celebração de Senhora Imaculada Conceição, Padroeira pelos 35 anos de Ordenação Sace riz, Mat ja Igre rdotal do Inauguração e Dedicação da Fr. Alvino, 25 anos de Ordenação da Catedral Diocesana e da cidade de ora. Sacerdotal da Paróquia Nossa Senhora Auxiliad Dourados. do Fr. Roberto e 25 anos de Vida Religiosa do Fr. Rinaldo, na Paróquia São José .
03/02 - Dourados: Comemoração Peregrina 25/01 - Dourados: Formação para agentes do 3 09/12 - Dourados: Visita da Imagem de Pequenas Comunidades, para o ano son do Episcopado de Dom Henrique, Rob Pe. na do Divino Pai Eterno, Missa com comércio no Centro de Dourados. ade, Paróquia São Carlos. de Oliveira, CSsR, do Santuário de Trind da (Goiás), na Catedral Diocesana Imacula Conceição.
18 Março de 2019
FIQUE POR DENTRO!
Agenda Diocesana - Março 01 a 05 - Acampamento FAC 02 - Reun. da forania de Fátima do Sul, em Deodapolis 02 - Reun. da Forania de Ponta Porã 05 - Reun. da Legião de Maria, na Paróquia Santo André 06 - Quarta-feira de Cinzas – Abertura da CF 2019 07 - 3ᵃ Reun. do Núcleo de Pastoral 09 - Form. de Ministros Atuantes, Forania de Ponta Porã 09 - Visita do Setor Juventude nas Foranias Leste e Oeste 10 - Form. de Ministros Novos - 5ᵃ Etapa, Forania de Amambaí 11 a 15 - Retiro do Clero em Maringá 16 - Reun. Ampliada da Catequese – IPAD 16 - Pastoral Carcerária seminário sobre a Missão da Pastoral Social na Igreja, CNBB Campo Grande 16 - Visita do Setor Juventude, na Forania de Ponta Porã 17 - Assembleia Diocesana do Setor Família, na Catedral (07:30 as 17h) 17 - Pastoral Carcerária seminário sobre a Missão da Pastoral Social na Igreja, CNBB Campo Grande 17 - Romaria Diocesana do Apostolado da Oração, Mãe Rainha e Legionárias ao Santuário Diocesano, na Vila São Pedro 17 - Form. de Ministros Novos - 5ᵃ Etapa, Forania de Ponta Porã 18 - Assembleia Eletiva da CRB núcleo de Dourados, no IPAD 19 - Reun. da Forania de Rio Brilhante 19 - Enc. para Sacerdotes, Religiosos(as), Diáconos e Consagrados recém chegados na Diocese 21 - Reun. do Núcleo de Pastoral 22 - Form. Diocesana da Pastoral Social 23 - Festa da ACIES - legião de Maria, na Catedral 23 - Pastoral do Menor Capacitação de agentes, em Campo Grande 23 - Visita do setor Juventude, na Forania de Fátima do Sul 23 - Form. Diocesana da Pastoral Social 24 - Pastoral do Menor Capacitação de agentes, em Campo Grande 24 - Form. Diocesana da Pastoral Social 26 - Catequese - Preparação do Enc. Bíblico Catequético, em Campo Grande 30 - Enc. Vocacional, no Seminário Diocesano Sagrado Coração de Jesus 30 - Enc. Diocesano de casais novos, na Catedral 30 - Visita pastoral do Setor Juventude, na Forania de Rio Brilhante 31 - Enc. Vocacional, no Seminário Diocesano Sagrado Coração de Jesus 31 - Pastoral Carcerária – seminário sobre a Missão das Pastorais Sociais, em Campo Grande
Datas Significativas - Março 06 - Quarta-feira de Cinzas 08 - Dia Internacional da Mulher 19 - São José da Bem-Aventurada Virgem Maria 25 - Anunciação do Senhor 30 - Dia Mundial da Juventude
Aniversariantes Religiosos/as Nascimento 11. Ir. Iria Comim (MESC) 11. Ir. Ilza Ravazzoli (IASCJ) 12. Ir. Maria da Glória da Misericordia do Pai (FPSS) 14. Ir. Jeferson Hugen (Irmãos Maristas) 25. Ir. Geni Giareton (IMC) 26. Ir. Maurilia Carra (ISJ) Profissão de Fé 18. Ir. Maria Reffungium Peccatorum (SSVM) 19. Madre Maria dos Anjos (SSVM)
Padres e Diáconos Nascimento 01. Pe. Junior César C. da Silva 03. Fr. Silvio José dos Santos, OFM 10. Diác. Heitor Espíndola 11. Pe. Laurindo Zeni, SAC 12. Diác. José Alberto Ferreira Neves 13. Fr. Bernardo Dettling, OFM 23. Pe. Marcos Roberto P. Silva 29. Pe. Salvador Tomio, SAC 29. Diác. Rafael Tavares Peixoto Diác. Luiz Wanderlei Schluchting Ordenação 29. Fr. Silvio José dos Santos, OFM 30. Pe. Amércio Rezende de Oliveira, SDB Princípio Recompensador - O Amor com respeito, sem egoísmo, sem comodismo deve ser também um Amor que orienta, educa e exige Amar e perdoar o outro por suas falhas não significa tornar-se cúmplice de comportamentos inaceitáveis. Imponha limites! Ame a pessoa, mas combata seus erros e defeitos de caráter. Aja prontamente! Decida por você e comece já! Melhore a si e o mundo à sua volta. Entusiasme as outras pessoas a praticar o bem. Seja diligente, ajuste a preguiça, o egoísmo, a ambição pelo poder, a discriminação o preconceito, as memórias antigas que lembram mágoas e tristezas. Pratique ações que confirme sua identidade, coerência e solidariedade, que lhe aumentem o autoconhecimento, a autoconfiança a alegria e a paz em comunhão com os demais. Assim você será aceito, valorizado e amado pelas outras pessoas. Em todos os relacionamentos, lembre-se: amor não faz prisioneiros! Prisão não produz amor! “Nós o amamos, mas não aceitamos o que você está fazendo de errado”! Venha para um grupo, juntos seremos muito mais fortes.
Março de 2019
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