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Empreendedor – Maio
A revista Empreendedor é uma publicação da Editora Empreendedor Diretor-Editor Acari Amorim [acari@empreendedor.com.br] Diretor de Marketing e Comercialização José Lamônica [lamonica@empreendedor .com.br]
Nesta Junho/2004
edição Entrevista
Redação Editor-Executivo: Alexandre Gonçalves [alexandre@empreendedor.com.br] Repórteres: Alexsandro Vanin, Fábio Mayer e Sara Caprario Editor de Arte: Gustavo Cabral Vaz Fotografia: Glaicon Covre e Arquivo Empreendedor Foto da capa: Grupo Keystone Produção e Arquivo: Ivone Zanatta Revisão: José Renato de Faria
Fernando Dolabela, um dos mais conceituados especialistas em empreendedorismo no Brasil, conta por que os caminhos para o desenvolvimento passam por uma grande mudança no sistema educacional do país.
Sedes
Florianópolis Executivo de Contas: Waldyr de Souza Junior [wsouza@empreendedor.com.br] Executivo de Atendimento: Cleiton Correa Weiss Av. Osmar Cunha, 183, Ceisa Center, bl. C, 9º andar 88015-900 - Florianópolis - SC Fone: (48) 224-4441 Representante Dinâmica Promoções e Eventos Carlos Hamilton Martins Feltrin Rua Turiassu, 127, cj. 12/13 - Perdizes 05005-001 - São Paulo - SP Fone/Fax: (11) 3822-0412 [dinapro@terra.com.br] Escritórios regionais Rio de Janeiro Milla de Souza [triunvirato@triunvirato.com.br] Rua da Quitanda, 20, grupo 401 - Centro 20011-030 - Rio de Janeiro - RJ Fone/Fax: (21) 2252-5788 Brasília [jcz@forumci.com.br] Ulysses C. B. Cava SETVS - Quadra 701 - Centro Empresarial Bloco C, cj. 330 70140-907 - Brasília - DF Fone: (61) 426-7315 Paraná [comercial@merconet.srv.br] Ricardo Takiguti Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 - cj. 01 - Boa Vista 82560-460 - Curitiba - PR Fone/Fax: (41) 257-9053 Rio Grande do Sul [hermano@hrmmultimidia.com.br] HRM Representações Ltda./Hermano Thaddeu Filho Rua Saldanha Marinho, 33 - sala 608 - Menino Deus 90240-160 - Porto Alegre - RS Fone/Fax: (51) 3231-6287 Pernambuco [hmconsultoria@hmconsultoria.com.br] Hamilton Marcondes Rua Ribeiro de Brito, 1111, cj. 605 - Boa Viagem 51021-310 - Recife - PE Fone: (81) 3327-3384/3327-9430 Minas Gerais [comercial@sbfpublicidade.com.br] SBF Representações/Sérgio Bernardes de Faria Av. Getúlio Vargas, 1300, 17º andar, cj. 1704 30112-021 - Belo Horizonte - MG Fone: (31) 3261-2700
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Capa
Para manter uma boa posição ou ultrapassar a concorrência num mercado acirrado em busca de clientes, o franqueado conta com o apoio estratégico oferecido pelas redes. Mesmo não sendo o único fator determinante, esse suporte é uma das alavancas que impulsionam o sucesso de uma franquia. Isso é o que garante um bom desempenho ao permitir conhecer o consumidor, avaliar possibilidades, estar constantemente de olho no que ocorre em volta, manter colaboradores motivados e treinados, controlar estoques, investir em marketing, gerir custos e ainda inovar em produtos ou serviços.
GRUPO KEYSTONE
São Paulo Diretor de Marketing e Comercialização: José Lamônica Executivos de Contas: Paula Araújo Speda, Ariovaldo Florian e Edson Ramão Rua Sabará, 566, 9º andar, cj. 92 01239-010 - São Paulo - SP Fones: (11) 3214-5938/3214-6093 [empreendedorsp@uol.com.br]
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Assinaturas Serviço de Atendimento ao Assinante Diretora: Clementina P. da Silva Gerente: Luzia Correa Weiss Fone: 0800 48 0004 [assine@empreendedor.com.br] Produção gráfica Impressão e Acabamento: Coan Gráfica Editora CtP Distribuição: Fernando Chinaglia S.A. (São Paulo) Empreendedor.com
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http://www.empreendedor.com.br
ANER Junho – Empreendedor
LEIA TAMBÉM Cartas ................................................................................. 6 Empreendedores ............................................................. 14 Jovem S.A. ......................................................................... 16 Não Durma no Ponto ........................................................ 18 Pequenas Notáveis .......................................................... 62
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FRANQUIA TOTAL
Suplemento
A ABF Franchising Expo é o tema em destaque nesta edição do suplemento, que mostra o que algumas redes mostrarão durante o maior evento do franchising brasileiro. Na coluna Por Dentro do Franchising, um artigo especial do consultor Roberto Cintra Leite, com importantes dicas para quem deseja comprar uma franquia e não sabe por onde começar. E mais: no Espaço ABF, informações sobre os cursos e palestras que acontecerão durante a feira.
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Mercado Depois de um período de grave crise, a economia da Argentina volta a exibir sinais de recuperação. Muitas empresas brasileiras reafirmam seu interesse de atender o mercado hermano, aumentando as exportações e investindo em unidades em território argentino.
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Estratégia
GRUPO KEYSTONE
Saber como encaminhar o processo de seleção de funcionários é um passo importante para a empresa que deseja contar com verdadeiros talentos em seu quadro de colaboradores.
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GUIA DO EMPREENDEDOR
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Produtos e Serviços .................................................. Do Lado da Lei........................................................... Leitura ........................................................................ Análise Econômica .................................................... Indicadores ................................................................ Agenda ........................................................................
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Editorial
de Empreendedor para Empreendedor
Assinaturas Para assinar a revista Empreendedor ou solicitar os serviços ao assinante, ligue 0800 48 0004. O valor da assinatura anual (12 edições mensais) é de R$ 72. Aproveite a promoção especial e receba um desconto de 16,7%, pagando somente R$ 60. Estamos à sua disposição de segunda a sexta-feira, das 8 às 18h30min. Se preferir, faça sua solicitação de assinatura pela internet. O endereço é www.empreendedor.com.br ou pelo e-mail assine@empreendedor.com.br.
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Reprints editoriais É possível solicitar reimpressões de reportagens das revistas da Editora Empreendedor (mínimo de 1.000 unidades)
Internet Anote nossos endereços na grande rede: http://www.empreendedor.com.br redacao@empreendedor.com.br
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Correspondência As cartas para as revistas Empreendedor, Jovem Empreendedor, Dirigente Lojista, Cartaz, Guia Empreendedor Rural e Guia de Franquias, publicações da Editora Empreendedor, podem ser enviadas para qualquer um dos endereços abaixo: São Paulo: Rua Sabará, 566 - cj. 92 CEP 01239-010 - São Paulo - SP Rio de Janeiro: Rua da Quitanda, 20, gp. 401 - Centro - 20011-030 - Rio de Janeiro - RJ Brasília: SETVS - Quadra 701 - Centro Empresarial - Bloco C - cj. 330 - CEP 70140-907 - Brasília - DF Rio Grande do Sul: Rua Saldanha Marinho, 33 - sala 608 - Menino Deus - 90240-160 - Porto Alegre - RS Santa Catarina: Av. Osmar Cunha, 183 - Bloco C - cj. 902 - CEP 88015-900 Florianópolis - SC Paraná: Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 - Cj. 01 - Boa Vista 82560-460 - Curitiba - PR Pernambuco: Rua Ribeiro Brito, 1111, cj. 605 - Boa Viagem - CEP 51021-310 - Recife - PE Minas Gerais: Av. Getúlio Vargas, 1300, 17º andar, cj. 1704 CEP 30112-021 - Belo Horizonte- MG Os artigos deverão conter nome completo, assinatura, telefone e RG do autor, e estarão sujeitos, em função do espaço, aos ajustes que os editores julgarem necessários.
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ranchising é um assunto que não pode sair da pauta da revista Empreendedor, especialmente porque é através da adesão a uma rede de franquias que muitos brasileiros concretizam o sonho do próprio negócio. Por isso,torna-se sempre muito desafiadorpara a equipe que produz a revista desenvolver reportagens que enfoquem o sistema sob novos ângulos. É a disposição em vencer esse desafio que nos fez produzir reportagens inovadoras, como “Franquia à moda brasileira – Como as marcas nacionais administram suas redes e quais as diferenças em relação ao modelo criado nos Estados Unidos”, publicada na edição de junho de 2001. Ou então a reportagem “Um Q a mais no franchising – Franquias intensificam a busca pela qualidade para conquistar novos franqueados”, publicada em junho do ano passado e que recebeu o Prêmio ABF Destaque Fran-
chising 2003 na categoria Jornalismo – Revista. Agora, nesta edição, deparamos com o mesmo desafio novamente: como abordar o franchising de uma forma inovadora e atraente? Chegamos à reportagem publicada a partir da página 20 partindo de uma constatação: os apoios estratégicos oferecidos pelas redes são um elemento importante para o sucesso de uma franquia e, por isso mesmo, um dos atrativos para novos franqueados. Nesse sentido, criamos um paralelo entre uma franquia e um carro de Fórmula Um. A habilidade do “piloto” precisa de suporte técnico que faça o “carro” largar e se manter na frente dos concorrentes. Assim, ouvimos franqueadores e consultores que contaram em detalhes a importância dos apoios para atrair novos franqueados e, mais do que isso, contribuir para o crescimento de cada franquia e da própria rede. Boa leitura e bons negócios.
CARTAS PARA A REDAÇÃO Correspondências por e-mail devem ser enviadas para alexandre@empreendedor.com.br, aos cuidados do editor Alexandre Gonçalves. Solicitamos aos leitores que utilizam correio eletrônico colocarem em suas mensagens se autorizam ou não a publicação de seus respectivos e-mails. Também pedimos que sejam acrescentados o nome da cidade e o do estado de onde está escrevendo.
CEDOC O Centro de Documentação (CEDOC) da Editora Empreendedor disponibiliza aos interessados fotos e ilustrações que compõem o nosso banco de dados. Para mais informações, favor entrar contato com Ivone Zanatta, pelos telefones (48) 224-4441 e 0800 48 0004, ou por e-mail (ivone@empreendedor.com.br).
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Cartas Fitness Gostaria de sugerir que a revista Empreendedor fizesse reportagens sobre o mercado de fitness no Brasil, especialmente no eixo Minas–Rio–São Paulo, onde se concentram as importadoras de equipamentos, fabricantes nacionais, principais academias e principais lojistas (franqueados ou licenciados). É um mercado que cresce muito hoje em dia, e serve como informação para quem está querendo abrir o seu negócio.
fitness, e certamente em breve publicaremos uma reportagem a respeito do assunto. Agradecemos sua sugestão.
Exemplares Gostaria de saber como faço para receber exemplares da revista Empreendedor. Tenho muito interesse em acompanhar as informações dessa área, porque me especializei em Gestão de Negócios. Cristiano Amorim
por e-mail
Eduardo Calonge Soares de Sá
Belo Horizonte – MG Eduardo, Sua sugestão é muito bem-vinda. Temos observado o crescimento do mercado que abrange negócios de beleza e saúde, onde se enquadra o
Pequenas notáveis Na seção Pequenas Notáveis publicada na edição de maio, a coluna Tome Nota trouxe uma frase do senador Paulo Paim (PT-RS) a respeito do modo com que os bancos privados tratam as micro e pequenas empresas. Junto à frase “Os bancos privados evitam emprestar recursos para uma pessoa que está querendo abrir seu próprio negócio, por considerarem a operação de alto risco”, a seção convocou os leitores a enviar seus comentários sobre o tema proposto pelo senador. Entre todas as opiniões recebidas, publicamos a enviada por Henrique Miquelam, coordenador de Apoio ao Empreendedor da Companhia de Desenvolvimento de Curitiba. Confira a opinião enviada por ele.
O sistema financeiro brasileiro passou por uma grande evolução
Cristiano, Para saber como adquirir a revista Empreendedor, você deve entrar em contato com nosso Departamento de Assinatura e Circulação através do telefone 0800 48 0004.
no que diz respeito ao microcrédito, principalmente nos últimos anos após discursos presidenciais do Governo Federal e o lançamento do Programa de Microcrédito popularizando esse produto. Tal expansão ocorreu nas instituições privadas quanto públicas, desenvolvendo uma “competição saudável” entre estas, reduzindo taxas de juros, facilitando obtenção do crédito, diminuindo a burocracia e exigências do crédito. Esta tendência deve beneficiar os empreendedores, tanto formais quanto informais, e as próprias instituições financeiras que estão criando parcerias envolvendo o governo, entidades empresariais, associações e a própria sociedade civil, com possibilidade do acesso das micro e pequenas aos financiamentos. Henrique Miquelam Curitiba – PR 2004
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Entrevista
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Entrevista
Educar para empreender O consultor Fernando Dolabela acredita que o desenvolvimento do empreendedorismo no Brasil passa por uma revolução no sistema educacional e indica como isso deve ocorrer por
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Fernando Dolabela é um dos mais reconhecidos especialistas brasileiros em empreendedorismo. Autor de nove livros, entre os quais o best seller O Segredo de Luíza e o recém-lançado A Ponte Mágica, Dolabela também é criador de um dos maiores programas de ensino de empreendedorismo do país e gosta de salientar a importância de ensinar o tema desde o início da vida escolar, o que exige uma modernização das metodologias educacionais. Segundo ele, o sistema tradicional não é preparado para formar empreendedores, pois tolhe a criatividade das pessoas e equaliza as visões de mundo. Na entrevista a seguir, Dolabela fala sobre a importância do empreendedorismo para o desenvolvimento sustentável da sociedade e alerta que falta no Brasil uma estrutura que permita às pessoas empreender. Para ele, a burocracia começa no momento de abrir uma empresa e não tem mais fim, os impostos são inúmeros e a carga é elevada, o crédito é escasso e de difícil acesso. “Quando não inviabiliza um negócio, esse sistema dificulta ao máximo a sobrevivência – para não falar em desenvolvimento – das micro e pequena empresas, as maiores geradoras de emprego e renda e responsáveis pela maior parte das inovações”, atesta.
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Entrevista Empreendedor – Quais são as principais idéias do empreendedorismo voltado para o desenvolvimento humano e social? Fernando Dolabela – O empreendedorismo é um dos elementos centrais do processo de geração de riquezas através da inovação. O empreendedorismo pode se dar em diversos âmbitos, mas a forma mais conhecida é a criação de empresas. Nesse sentido, a empresa é o motor da economia, e é por isso que se diz que o empreendedorismo é um instrumento fundamental para o processo de desenvolvimento. Mas para que ele sirva de alavanca para o desenvolvimento, é preciso que ele seja não só gerador de riqueza, mas também distribuidor dessa riqueza. Você pode ter empreendedorismo que concentra renda, e empreendedorismo que gera maior distribuição. Geralmente a mistura desses dois modelos é o ideal: grandes empresas, concentradoras, que operam em grande escala e exigem grandes investimentos, em conjunto com microempresas. Como se faz isso? Qual a importância? Como se aplica na educação? É desde cedo, mostrando para as crianças que elas podem desenvolver habilidades de oferecer utilidade para os outros, oferecer valor positivo para os outros, e isso é geração de empresas, que é a forma mais usual de empreendedorismo. Então, na medida em que você tem uma sociedade que cria condições, em termos legais, em termos de sistemas de regulação, em termos de financiamento, em termos de oferta de crédito e capital, você cria condições boas para que as pessoas criem os próprios negócios. Com isso você terá uma sociedade mais empreendedora e, portanto, capaz de maior sustentabilidade. Se você bloqueia esse caminho, como ocorre no Brasil, você tem uma sociedade sem força, sem condições, sem elementos para sobrevivência, por mais que ela tente. Junho – Empreendedor
Empreendedor – O seu livro mais recente, A Ponte Mágica, é dirigida ao público infantojuvenil. Quais as dificuldades e vantagens de trabalhar conceitos de empreendedorismo com pessoas dessa faixa etária? Dolabela – Não há dificuldades com o público-alvo. Ao contrário do que se pensa, o empreendedorismo é uma habilidade que pertence ao arcabouço de competências do ser humano; é uma habilidade natural. As sociedades esti-
“O ensino tem que ter um objetivo, e o objetivo do ensino deveria ser construir igualdades, e não reafirmar desigualdades” mulam ou desestimulam esse potencial empreendedor. Quando você lida com crianças, você está lidando com o empreendedor mais puro. O que existe é dificuldade com o sistema, que é muito distante, preparado para formar nãoempreendedores. O sistema educacional pune o erro, geralmente normatiza visões de mundo, estabelece uma visão de valores muito forte, equaliza as pessoas, e o empreendedor é uma pessoa que desenvolve uma habilidade de ver diferente, de ter a sua ótica, sua forma diferenciada de ver e perceber o mundo. O sistema educacional atual é problemático e, quando você entra com uma proposta, o professor é o maior obstáculo, tanto na educação básica quanto na superior. Empreendedor – Como o em-
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preendedorismo pode ser trabalhado dentro da educação e que influência isso pode ter no desenvolvimento do país? Dolabela – O empreendedorismo tem que ser estimulado na educação, tem que ter metodologias adequadas. A metodologia que eu desenvolvo é baseada num ensino que não é de transferência de conhecimentos, mas é um ensino em que se cria um ambiente para que as pessoas aprendam. O empreendedorismo é cultura: são valores culturais, não é um conhecimento convencional. O ensino tem que ter um objetivo, e o objetivo do ensino deveria ser a consciência da cidadania, o significado da existência, a construção da liberdade, a construção da democracia e da igualdade. Isto é a educação: construir igualdades, e não reafirmar ou perpetuar desigualdades. O empreendedor é importante porque é a mola da economia – ele que gera emprego, ele que gera inovação, ele que transforma conhecimentos em riquezas, ele que transforma idéias em bens e serviços. Essa é a tarefa do empreendedor. Então ele é fundamental em qualquer sistema, e é possível – isso se faz no mundo todo – estimular o aprendizado do empreendedorismo na escola. Empreendedor – Nesse contexto, o que é um comportamento empreendedor dentro da concepção de empreendedorismo como forma de ser e não de fazer? Dolabela – É o comportamento de rebeldia com proposta, de inovação, de crença que se pode mudar as coisas, que se pode interferir. O empreendedor é um ser humano no uso de suas faculdades de transformação e de inovação, manifestada muitas vezes pelo inconformismo com os sistemas existentes, inconformismo no sentido de poder melhorar, de evolução. Há sociedades que preparam seus cidadãos
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Entrevista para que eles creiam que não podem interferir no mundo, e a sociedade brasileira é assim. A crença no Brasil é de que quem tem capacidade para mudar é o poderoso, é o presidente, é o governador. E o povo é apático. Em outras sociedades há uma outra consciência, o que a gente chama de estoque elevado de capital social. As pessoas sabem que, se elas se organizarem, elas podem participar da construção de seu presente e de seu futuro. Então empreendedorismo também é isso, é crença no poder individual. É cada ser humano sentir-se capaz e realmente ser capaz de transformar o mundo em cooperação com outros.
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Empreendedor – É possível um empregado ser um empreendedor dentro da empresa onde trabalha? Dolabela – É possível, desde que haja algumas condições, desde que ele tenha espaço para criar, para inovar. Mas é muito difícil isso acontecer, porque as empresas operam com ambientes hierarquizados e essa hierarquia é exterminadora de empreendedores. O sistema hierárquico inibe o empreendedor, porque significa que alguém tem um poder maior do que o outro, geralmente o poder de demitir. Se eu não quero ser demitido, eu vou agir de acordo com determinadas regras, e eu não posso quebrá-las. Então eu fico tolhido na minha liberdade, e sem liberdade é muito difícil ser criativo. Veja o caso de sistemas muito hierarquizados, como o Exército e a Igreja. A Igreja Católica repele qualquer inovação, como a Teologia da Libertação, por exemplo. É o mesmo caso de uma linha de montagem de uma fábrica. Já em empresas de software, por exemplo, onde a hierarquia é muito diluída, as pessoas têm um âmbito de ação muito mais livre. Empreendedor – O empreendedorismo é uma saída para quem Junho – Empreendedor
não encontra um emprego de carteira assinada? Mas se essa pessoa nunca recebeu os conceitos de empreendedorismo em sua educação, e nunca pensou em abrir seu próprio negócio, ela tem alguma chance? Dolabela – Estatisticamente, não só tem chances como encontra, como demonstram pesquisas que já apontaram os brasileiros como o povo mais empreendedor do mundo. As pessoas estão empreendendo porque não tiveram
“O nível de empreendedorismo no Brasil é o nível que oferece pouco valor; é o nível ‘eu não morro porque eu me viro’” nenhuma chance no mercado formal de emprego, e então elas começam a vender, a se virar. Acontece que o país não estimula isso, e educacionalmente tem um nível muito baixo. O nível de empreendedorismo no Brasil, mesmo quando identificado como o primeiro do mundo, é o nível de empreendedorismo que oferece pouco valor; é um nível de subsistência, de sobrevivência. É o nível “eu não morro porque eu me viro”. O espírito empreendedor está aí, mas nem o empreendedor é capacitado, porque ele tem pouca escolaridade, e o país ainda rejeita esse espírito empreendedor. O Brasil não é preparado e ainda é contra essa atividade econômica, a ponto de esgoelar quem tenta entrar. É um país que passa fome, o presidente fala em emprego, e não entende que tem que viabilizar a atividade econômica primária,
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básica, elementar, a de sobrevivência, e estimular isso. A estrutura atual é toda burocratizada. Empreendedor – Quais são as principais dificuldades enfrentadas pelos empreendedores e que apoio eles precisam para abrir e manter seus negócios? Dolabela – A sociedade brasileira esbarra em um arcabouço legal, cultural e institucional inadequado, ao contrário dos países da Europa e da América do Norte, que já perceberam há muito tempo que é preciso estimular a pequena empresa. Por isso, têm legislação que ampara, têm capital de risco, têm todo um sistema (legal, tributário, organizacional, oferta de crédito), têm todo um terreno fértil para a atividade empreendedora. Essa percepção é crescente no mundo desenvolvido, porque desde os anos 70 os indicadores já mostravam que a pequena empresa gera mais empregos do que as grandes, porque ela é mais dinâmica e é responsável pela maior parte das grandes inovações tecnológicas, inovações empresariais. A pequena rompe com tudo; ela inova e não raro modifica o perfil do setor em que atua. No Brasil não há regra do jogo. Comparado com empreendedores de outros países, o empreendedor brasileiro tem que ter muito mais peito, coragem, capacidade, energia. É muito difícil surgir um Bill Gates aqui. Metaforicamente, é quase impossível, não porque não sejamos tão bons – somos até melhores – mas é que o ambiente é restritivo, é difícil nascer uma rosa no meio do deserto. Mas é possível, é necessário, é indispensável que se empreenda, porque o sistema tradicional de empregos está indo embora.
Linha Direta www.dolabela.com.br (31) 3284-3591
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Clarke, Modet & Cº Brasil Luiz Cláudio Menezes
“Nada se cria, tudo se copia” – quem não ouviu esse ditado ainda? A proteção à propriedade intelectual não é um temor recente, mas ganha vulto nos últimos tempos devido à globalização dos mercados e à necessidade de inovações cada vez mais freqüentes nos produtos, o que exige investimentos cada vez maiores. A subsidiária brasileira da multinacional Clarke, Modet & Cº – fundada na Espanha em 1879 – renovou no primeiro quadrimestre deste ano o certificado ISO 9000 na área de consultoria e serviços de registro de propriedade intelectual. Segundo Luiz Cláudio Menezes, diretor-geral da Clarke, Modet & Cº Brasil, a certificação garante a atuação em complexos registros de patentes industriais ou em biotecnologia, que che-
gam a envolver centenas de documentos, fórmulas ou plantas de engenharia, além de uma infinidade de trâmites. Essa complexidade dificulta a obtenção da norma ISO, mas a subsidiária brasileira desenvolveu um processo padronizado chamado informalmente de “esteira de produção” válido para registro de marcas e patentes, valorização de intangíveis, registro de novos cultivares e administração de carteiras de marcas, entre outros serviços. A área de domínio da Clarke, Modet & Cº Brasil compreende conhecimentos jurídicos e técnicos em marcas e patentes, direitos de autor, denominações de origem, variedades vegetais e registros sanitários. Entre os clientes encontram-se corporações detentoras de patentes e marcas glo-
DOCS
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Criação protegida
bais, bem como empresas, universidades, centros de pesquisa e agentes industriais de inovação tecnológica em áreas que vão da biotecnologia e indústria farmacêutica aos setores de software, entretenimento, eletroeletrônica e processos industriais. (21) 3223-9500
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Vida fiscal bem resolvida Pergunte a qualquer empresário quais as principais dificuldades enfrentadas por sua empresa, e entre as respostas provavelmente contará a complicada e pesada carga tributária brasileira, dividida em inúmeros impostos federais, estaduais e municipais. Isso exige atenção constante e um planejamento fiscal eficiente para evitar problemas e até gastos desnecessários. Esse é o nicho explorado pela DOCS, empresa paulistana de inteligência fiscal. “Nosso trabalho é um serviço de inteligência competitiva direcionado à área tributário-fiscal. Trabalhamos em toda a ambientação tributária, que está centrada na Receita Federal, INSS e Fazendas dos estados, além das Justiças estadual e federal”, diz o presiJunho – Empreendedor
dente Fábio Ribeiro. A DOCS conta com uma estrutura jurídica, mas seu diferencial está em buscar todas as oportunidades e um aproveitamento positivo para o cliente a partir da coleta e análise de informações nas repartições públicas, como a Receita Federal, por exemplo, e não a partir de teses que podem ser contestadas na Justiça. A metodologia de trabalho envolve uma equipe de coleta de informações que vai para dentro dessas repartições públicas e, com pessoas-chave, levanta todas as informações corretas e necessárias para o trabalho. Esse relatório então é repassado à equipe de análise de inteligência, formada por contadores e advogados, que desenvolve o planejamento tributário e aponta o que é efetivamente
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oportunidade, desde recuperação de créditos até redução de débitos. “Tudo isso do ponto de vista da repartição pública, trabalhando com informações concretas e oficiais”, diz Ribeiro. A DOCS surgiu em 1985, como banca de direito tributário, mas, como o cliente exigia velocidade e soluções limpas, foi desencadeado o trabalho de inteligência competitiva, aprofundado a partir de 1999. Hoje conta com uma carteira de aproximadamente cem clientes em todo o país, 80% deles grandes empresas. A partir de junho, os clientes poderão acompanhar toda sua vida fiscal, com suporte de informações e serviço de inteligência fiscal, através de um portal na internet (www.inteligenciafiscal.com.br). (11) 3257-1206
Central de Softwares 1001 Recargas e Cartuchos Márcia Delatorre
Crescer com responsabilidade área ambiental vale citar a coleta seletiva de lixo e o sistema de transporte e tratamento de resíduos líquidos e sólidos, para impedir a contaminação da natureza. A empresa também desenvolve vários projetos de educação ambiental nas escolas de Porto Alegre e comunidades do interior do estado. A empreendedora investe, ainda, no bem-estar dos funcionários. “Sabemos que, se os colaboradores sentem-se satisfeitos e acreditam naquilo que fazem, a imagem que a empresa passa para o mercado torna-se positiva. O público interno participa de forma significativa na construção da marca.” Além disso, a 1001 é certificada na norma ISO 9001:2000 e divulga o seu balanço social em âmbito regional e nacional. Juntamente com a irmã Mária Amélia Delatorre e o cunhado Ricardo Donner, Márcia montou um pequeno bazar em Porto Alegre, há oito anos, chamado de 1001 Opções, que fornecia serviços de xerox e encadernação. Mas logo nortearam o foco do empreendimento. A idéia de mudar o rumo do negócio surgiu após a necessidade de reaproveitar cartuchos, uma vez que a tinta para impressão tinha acabado e ainda havia encomendas para entregar. Na época não existiam empresas no estado que realizassem trabalho de reciclagem e recargas de cartuchos. Então, a partir desse momento, a companhia passou a oferecer esse tipo de serviço. Atualmente, a empresa conta com mais de 40 funcionários e três filiais na capital gaúcha, duas delas inauguradas recentemente. A previsão de faturamento em 2004 é de R$ 1,5 milhão. www.1001.com.br
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Frutos da mudança Atuando no mercado de informática há quatorze anos, o empreendedor Reges Antônio Bronzatti, que já foi gerente de Micro Informática e professor universitário da Ulbra, viu uma brecha nessa área de atividade e montou a própria empresa, a Central de Softwares, em 1994. Em um primeiro momento ele apostou na comercialização de softwares corporativos e serviços de treinamento, mas só em 2000 descobriu o verdadeiro foco para o seu negócio: consultoria em Licenciamento de Softwares. “Sempre estivemos atentos às ‘janelas de oportunidades’ que se abrem em cada segmento e no ano de 2000 descobrimos que não tínhamos concorrência nesse segmento de consultoria em licenciamento de software e que podíamos fidelizar nossos clientes com esse diferencial.” Nessa época, a companhia de Bronzatti foi contratada para prestar um serviço de treinamento em licenciamento de softwares, aos advogados da Microsoft Brasil e da Business Software Aliance (BSA), organização internacional, presente em 65 países, especializada em representação de softwares. A partir desse momento a empresa criou e se especializou em serviços de consultoria e de treinamento em licenciamento de softwares. “Não existe uma receita fixa para uma empresa descobrir o seu verdadeiro foco, mas uma coisa é certa, uma organização deve estar sempre aberta a mudanças, mesmo que pareçam radicais, pois evoluir com segurança é um compromisso para todo empreendedor.” Entre as ações da Central de Softwares para 2004 destacam-se a consolidação do treinamento em Licenciamento de Softwares e a reformulação do site da companhia, que permite aos clientes o controle de seus contratos e de suas compras através de um canal de relacionamento. Atualmente, a empresa opera em todo o território nacional e possui uma carteira de mais de 1.500 clientes. Entre eles estão a Microsoft, o Ministério Público do Rio Grande do Sul e a Petrobrás. www.softwares.com.br Empreendedor – Junho
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Acreditar na importância do trabalho socialmente responsável é fundamental para alcançar um crescimento sustentado. Essa é a visão de Márcia Delatorre, sócia-proprietária e diretora de marketing da 1001 Recargas e Cartuchos, que atua na área de reciclagem de cartuchos de tintas. A empresa realiza diversas ações ambientais e para o bem-estar dos funcionários coroadas com o Prêmio Balanço Social, em 2003, na categoria Destaque Micro, Pequena e Média Empresa. “Me senti como uma formiguinha entre as grandes organizações que também venceram. Para uma pequena empresa investir nesta área é um pouco mais complicado, pois há menos recursos. Porém, realizamos estes trabalhos porque acreditamos na sua importância”, conta Márcia. Neste ano, Márcia estendeu as ações sociais para dentro da 1001 Recargas e Cartuchos. Entre as da
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Jovem S.A.
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Sede de mercado Desbancar a concorrência e ser a melhor distribuidora da Schincariol em toda a região Sul. É esse o desafio ao qual se propõe a Koerich Distribuidora, empresa responsável pela comercialização da Nova Schin na Grande Florianópolis e em Itajaí e Balneário Camboriú, cidades do litoral norte catarinense. No comando desse projeto ambicioso, está Marlon Koerich, um jovem de 27 anos, que há nove ocupa o cargo de diretor comercial da empresa da família. Na região, ao contrário de outros locais, a briga da Nova Schin não é com a Brahma, mas sim com outra cerveja da Ambev, a Skol, marca que a Koerich distribuiu por 25 anos e colocou na liderança em Florianópolis – a primeira capital onde o feito foi obtido –, posição em que se mantém desde 1997. O rompimento da parceria vitoriosa com a marca ocorreu em 1999, com a fusão entre Brahma e Antarctica, que substituiu as empresas distribuidoras por centros de distribuição vinculados à Ambev. Em 2000, quando a Koerich passou a representar a Schincariol, a Skol detinha 52% do mercado na região metropolitana de Florianópolis. Hoje, a Nova Schin abocanha 30%, contra 40% da concorrente, tendo como base as vendas de garrafa 600 ml, que corresponde a 90% do mercado, segundo Marlon, formado em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc) e com MBA em Marketing pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Diante dos bons resultados, a Junho – Empreendedor
GLAICON COVRE
por Alexsandro Vanin vanin@empreendedor.com.br
meta é desbancar a Skol ainda em 2004. Para isso, a estratégia é atrair pontos tradicionais da Skol. Aliada à forte campanha publicitária da indústria, a distribuidora pretende ganhar grandes casas, pontos da moda e formadores de opinião, por meio de parcerias promocionais ou adquirindo exclusividade. Com 6 mil pontos-de-venda na Grande Florianópolis e outros 4 mil em Itajaí e Balneário Camboriú, a Koerich é responsável pela distribuição de toda a linha de produtos da Schincariol. “Nosso profissionalismo já é conhecido no mercado. Os pontosde-venda reconhecem e confiam na qualidade de nosso atendimento”, diz Marlon. Com essa postura, a Koerich Distribuidora quer atingir a segunda meta: ser a melhor distribuidora Schin da região Sul e uma das melhores do Brasil, posição que ocupava entre as distribuidoras Skol. (48) 343-2616
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Brasil Júnior A Brasil Júnior terá em breve uma nova cara na internet. Segundo Igor Marchesini, diretor de Comunicação, o canal da instituição na Web estará no ar a partir da segunda quinzena de junho. O portal da Brasil Júnior foi desenvolvido pela InfoJr UFBA, empresa júnior de informática vencedora de licitação realizada no ano passado. O portal tem como objetivo a divulgação do conceito de empresa júnior e dos projetos da entidade e a integração nacional do Movimento Empresa Júnior. Entre as novidades apontadas por Marchesini, constam o fórum, banco de dados de empresas juniores, notícias atualizadas e integração com o ambiente virtual de colaboração MC2 (troca de experiências e conhecimentos), além da área de midiateca. “Remodelamos nosso portal, usando uma linguagem inovadora e de agradável leitura”, diz. Criada em 2003, a Brasil Júnior representa cerca de 600 empresas juniores, o que envolve em torno de 23 mil universitários de todo o país. Seus principais projetos são o resgate histórico do movimento, a avaliação do impacto econômico e social das empresas juniores e o MC2. www.brasiljunior.org.br www.mc2.com.br/brasiljunior igor@brasiljunior.org.br
Encontro Júnior O Encontro Nacional de Empresas Juniores (Enej) deste ano ocorre em Fortaleza, de 26 a 30 de julho, em paralelo à 1ª Conferência Mundial de Empresas Juniores. O tema do Enej é “Empreendendo em rede na sociedade do conhecimento”. Além da apresentação de cases, workshops, fóruns e mesas-redondas, a programação prevê o desenvolvimento do planejamento estratégico do Movimento Empresa Júnior Mundial e o lançamento dos projetos MC2 e Alinça Júnior. Ao final do evento será redigida a Carta de Intenção dos Jovens às autoridades do mundo. www.xiienej.com.br
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Não Durma no Ponto A busca do melhor resultado
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Todos nós guardamos um sentimento secreto de que somos capazes de produzir resultados melhores do que aqueles que estamos obtendo. Esse mesmo sentimento se estende para o grupo de trabalho do qual fazemos parte. Ao examinar o desempenho do grupo, avaliamos que ele está aquém do que é realmente capaz. Arrisco dizer que essa mesma suspeita recai por toda a empresa. Ao final do mês constatamos, frustrados, uma desproporção entre os resultados auferidos e os esforços despendidos. Diante desses comentários, temos uma notícia que é boa e ruim ao mesmo tempo. O lado ruim está no veredicto dos estudiosos da natureza humana: utilizamos menos de 10% das nossas capacidades para nos divertir, amar, viver e trabalhar. Somos, em geral, seres humanos subtilizados em nossas capacidades e inteligências. Costuma-se dizer que, diante do copo de água pela metade, o otimista valoriza a parte preenchida enquanto o pessimista alardeia a parte vazia. Pois bem, sejamos otimistas: se apenas um décimo do espaço do copo está repleto, existe um grande espaço para o aumento do desempenho individual e, por conseguinte, dos resultados que somos capazes como equipe e como empresa. É claro que isso não acontecerá apenas pela constatação desse desperdício latente. Algo precisa ser feito. Pessoas certas e erradas Antes, vamos discorrer sobre a pessoa errada. O problema é que ela não vem inteira para o trabalho. O corpo se apresenta todos os dias para cumprir a carga horária semanal, mas os pensamentos estão distantes e a alma aguarda aflita na guarita o término da jornada. Junho – Empreendedor
Braços e pernas trabalham, mas os pensamentos e sentimentos estão ausentes e, por conseqüência, também a motivação e a criatividade. Sem dúvida, esse é o maior desperdício das organizações em geral, ignorado nos inventários que medem o desempenho.
“Ao examinar o desempenho do grupo, avaliamos que ele está aquém do que é realmente capaz. Arrisco dizer que essa mesma suspeita recai por toda a empresa” A pessoa errada não traz seus valores para o trabalho. Distante que está de si mesma, tampouco os conhece. Uma vez que não vive orientada por seus valores virtuosos, deixa-se seduzir pelo sucesso pessoal sustentado por valores materiais. Persegue com obstinação os benefícios, mas foge com displicência dos sacrifícios. Individualista, prioriza os interesses pessoais antes dos interesses coletivos. Diante das agruras do dia-a-dia, a pessoa errada coloca-se como vítima. Egocêntrica, sente-se perseguida por uma legião de inimigos imaginários. Ressentida com os seus pseudo-algozes, estabelece relacionamentos evasivos e pouco assertivos. A pessoa errada é, em geral, inflexível e pouco criativa. Falta um pro-
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pósito maior pelo qual se apaixone e, portanto, não há com que se comprometer. Prefere competir ao correr atrás das metas numéricas, mesmo ao custo da ética e da cooperação. Como a pessoa errada é um elo de um sistema maior, todo o sistema fica prejudicado por conta dos seus comportamentos não contributivos. A pessoa certa, por sua vez, reconhece a integridade como o único caminho para o sucesso. Está preparada para contribuir e servir. Sabe que precisa colocar os seus talentos em prol de algo maior. Reconhece os seus interesses pessoais e sabe subordiná-los aos interesses coletivos. A pessoa certa é entusiasmada com o seu trabalho e não desperdiça as diversas oportunidades de aprendizado. Compreende que o grupo do qual participa se fortalece quando as informações e os conhecimentos são compartilhados. É desapegada e desprendida e trabalha focada nas contribuições e nos resultados coletivos. Não há dúvidas de que pessoas certas produzem desempenhos superiores, assim como as equipes formadas pelas pessoas certas produzem os melhores resultados. Aí está o desafio de toda empresa: compor um time formado por pessoas certas. A pergunta que fica é: como encontrar essas pessoas? A empresa certa De nada adianta amaldiçoar a semente se o solo não é fértil. As sementes brotam em solos férteis. É assim também com pessoas e empresas. A pessoa certa é gerada pela empresa certa, assim como a pessoa errada é cria da empresa errada. A pessoa certa sabe colocar os seus talentos e competências na direção certa. Isso só é possível se a empresa com-
por Roberto Adami Tranjan Educador da Cempre Conhecimento & Educação Empresarial
partilhar com ela o seu destino, a sua direção, os seus propósitos. A pessoa certa disponibiliza de bom grado toda a sua criatividade e as melhores idéias. Isso ocorre porque a empresa certa cede espaço para que isso aconteça. Sabe valorizar as opiniões tanto convergentes como divergentes. Evita julgamentos e preconceitos e cria um ambiente de trabalho acolhedor às diferenças. Na empresa certa, a pessoa não é tratada como mão-de-obra, forma tradicional e reducionista de ver o ser humano. A empresa certa quer atingir os seus propósitos e os melhores resultados, assim como a pessoa certa quer se realizar. Compatibilizar propósitos faz parte da cultura da empresa certa, que se importa com o desenvolvimento da sua equipe. Por isso, investe no apren-
dizado e no crescimento tanto pessoal como profissional de todos. A empresa certa faz com que todos sejam criadores de seus destinos e não deixem que mergulhem no ingrato papel de vítima. Para isso, estabelece com cada pessoa um contrato empreendedor, em que deixa claro todo o poder e autonomia que possui, ao contrário do contrato patriarcal que esclarece os cerceios e as punições. Não está faltando algo? A pessoa certa é gerada pela empresa certa, não é isso? Então quem gera a empresa certa? Resposta: o líder certo. O líder certo é aquele capaz de construir a empresa certa que gera a pessoa certa. O líder é o grande lavrador, é quem prepara o solo e o fertiliza com os me-
lhores valores. Adota as melhores práticas e condutas, bem como as atitudes adequadas. É o melhor exemplo da cultura que deseja ver incorporada na empresa. Com isso, constrói um ambiente onde existe a confiança e a verdade. O líder certo não abre mão da sua função educadora. Sabe que é o seu papel construir, com desapego, uma empresa que seja de todos. Sabe que é o principal cultivador do solo em que os seus colaboradores plantarão a semente dos seus principais talentos. Depois é acreditar e aguardar: os melhores frutos virão!
Linha Direta Roberto Adami Tranjan (11) 3873-1953 www.cempre.net roberto.tranjan@cempre.net
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(Capa
Franchisi em primeiro 2004
Com o suporte estratégico afiado, franquias se distanciam na corrida com empresas tradicionais Sara Caprario
Dar a largada para um novo empreendimento talvez seja a parte menos penosa no sistema de franchising, especialmente para aqueles que entram como franqueados, porque investem em um negócio com a marca já consolidada. No entanto, como em qualquer outro segmento, muitas dificuldades começam a aparecer na
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hora de manter uma boa posição ou ultrapassar a concorrência num mercado acirrado em busca de clientes. Nesse momento é que uma equipe da rede entra em ação, tal qual engenheiros e mecânicos da Fórmula Um, com o apoio estratégico necessário que ajuda o “piloto-franqueado” a largar e a andar sempre na frente da con-
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lugar tos ou serviços. Com tantos itens para verificar, é difícil imaginar um empreendedor que consiga rotineiramente estar por dentro de tudo. Por conta disso, mesmo não sendo o único fator determinante, o suporte estratégico certamente é uma das alavancas que impulsionam o sucesso de uma franquia. Mais
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corrência. Em vez de motor, pneus, câmbio e suspensão, a equipe garante um bom desempenho ao conhecer o consumidor, avaliar possibilidades, estar constantemente de olho no que ocorre em volta, manter colaboradores motivados e treinados, controlar estoques, investir em marketing, gerir custos e ainda inovar em produ-
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(Capa namento. A franpara os empreendequia oferece tamdores iniciantes. bém os cursos de “Treinamento eleva reciclagem, tanto o crescimento, o O treinamento na parte pedagógiconhecimento técnica quanto na admico e emocional. consolida os padrões nistrativa”, comenAssim como recebe de atendimento que ta. Cristian Franco, orientações técnicas contribuem para a consultor em franpara assimilar a esfidelização da clientela quias da PBF, comsência do produto plementa que todos ou serviço que estará trabalhando, o franqueado é trei- podem receber treinamento, desde o nado para lidar com os altos e bai- próprio franqueado até o pessoal da xos, prazeres e perdas”, avalia Luci- recepção, passando pelos coordenaana Marques de Paula, advogada es- dores de cada escola. Como professor de inglês, Marpecializada em franchising. Nas redes de ensino de idiomas, celo Florentino Silva montou sua própor exemplo, a capacitação dos fran- pria escola e trabalhava com uma mequeados e dos colaboradores é o que todologia de ensino mais voltada à praticamente determina o fortaleci- conversação. Com uma clientela ramento do negócio. O franqueado Mar- zoável mas pouco tempo para se decelo Florentino Silva, da PBF no bair- dicar ao aperfeiçoamento constante ro Penha, em São Paulo, conta que que uma empresa exige, Florentino isso foi um dos fatores determinan- Silva resolveu procurar uma rede de tes para escolher entrar numa rede. franquias que atendesse sua necessi“A franquia mantém pessoas sempre dade de oferecer melhores serviços pensando em todas as áreas do negó- aos seus alunos. Ao pesquisar quatro cio. Quando contrato um professor é empresas, optou pela PBF por uma só mandá-lo para receber todo o trei- questão bem técnica: a metodologia baseada na conversação estava mais próxima daquela a que ele estava acostumado. Há quatro anos com uma unidade no bairro Penha, Silva conta que o diferencial de fazer parte de uma rede está em poder trocar idéias, receber um suporte e contar com pessoas especializadas em diversas áreas que trabalham pensando no conjunto. “A central de suporte administrativo e jurídico facilita muito nosso dia-a-dia, assim como os Departamentos de Marketing e de Contabilidade. O treinamento na parte administrativa também melhora nossas rotinas.” O relacionamento é considerado bom pelo franqueado, que diz que às vezes as tomadas de decisões na rede podem até não agradar a todos, mas o sisteGARANTE SUCESSO DO FRANCHISING ma em geral é o que viabiliza o cres-
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do que isso, é uma das principais vantagens para quem decide ingressar em uma rede de franquias e um dos segredos que ajudam o sistema como um todo a se desenvolver e apresentar bons números. “Como a franquia é um sistema de gestão de pessoas, e portanto de relacionamento, é muito difícil detectar o que é mais importante. É como casamento. São muitos detalhes que fazem o todo”, afirma Melitha Novoa Prado, consultora jurídica e integrante da Comissão de Ética da Associação Brasileira de Franchising (ABF), responsável pela pesquisa que define as empresas chanceladas com o Selo de Excelência ABF. Numa corrida diária para conquistar um lugar na preferência do cliente, saem na frente as marcas que aparecem mais, que estão em toda parte e que consolidam padrões de atendimento para garantir fidelização do consumidor. Uma das chaves mestras para afinar o negócio em toda a sua extensão de rede é o treinamento. Nesse ponto é que o franchising mais garante as possibilidades de sucesso
MELITHA: CUIDADO COM DETALHES
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(Capa cimento do negócio. “Sozinho no meio da concorrência certamente eu não seria procurado por tantos alunos como sou hoje”, afirma. A rede PBF não cobra taxa de franquia nem royalties, e o investimento é voltado para o marketing. Cristian Franco diz que isso é uma forma de deixar a rede inteira mais forte e assim gerar mais lucratividade também para a franquia. Ele destaca que a análise da concorrência é um dos pontos importantes de apoio. “Além de pesquisar o ponto antes mesmo da abertura da unidade, fazemos uma análise dos concorrentes e quando a escola está em funcionamente há uma ênfase na parte administrativa com visitas que servem de orientação ao franqueado, e não fiscalização”, contextualiza. Márcia Cuder, gerente de Expansão do CNA, outra importante rede
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MÁRCIA: TREINAMENTO CONSTANTE PARA A TRANSFERÊNCIA DE KNOW-HOW AOS FRANQUEADOS DA CNA
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uma, duas ou até de escolas de idiotrês escolas. Sesmas, acredita que o senta por cento dos sucesso do franchinossos franqueasing está no profisdos têm mais de sionalismo dos granAs redes fornecem uma unidade, o que des franqueadores, para nós é prova de que logo perceberam análises da satisfação”, comque treinamento concorrência a seus pleta a gerente. constante é fundafranqueados e assim Na rede Centro mental para a manugarante uma maior Cultural Americano tenção da qualidade competitividade a capacitação, tando produto e do serto na área técnica viço oferecidos ao cliente final. “No CNA isso é dupla- quanto na gerencial, é considerada mente importante. Primeiro, porque imprescindível. “O franqueado bem somos uma empresa franqueadora treinado pela franqueadora e recebenque deve necessariamente transmitir do todo o apoio necessário, especialo seu know-how, obtido em seus 30 mente quando se trata de um novo anos de experiência, e depois porque franqueado, transforma-se em base nosso negócio é o ensino”, enfatiza. sólida para garantir boa lucratividade A rede faz treinamentos constantes da escola”, afirma Igor Trafane, um para as equipes inteiras de cada uni- dos diretores da rede. De acordo com dade. Márcia conta: “Numa atitude ele, outros fatores possibilitam o suinédita, foi montado o cesso, como a gama variada de curque nós chamamos de sos oferecidos, que atraem um núMBA Interno, que é o mero considerável de alunos nas uninosso PEG – Programa dades. São ensinados sete idiomas: inde Excelência Gerencial, glês, espanhol, francês, alemão, itaum treinamento exclusi- liano, japonês e português para esvo para administradores trangeiros. Outra característica da de empresas do setor de rede que reverte em bons resultados franchising, com foco no para o negócio é a exigência de que os profissionais contratados passem negócio CNA”. O Sistema de Implan- por diversos testes e entrevista pestação é outro aspecto in- soal, para que a escolha do profissioteressante dentro da rede nal seja acertada. CNA. A franquia acompanha o dia-a-dia das es- Alma do negócio O investimento em marketing é colas novas até o fim do chamado primeiro ciclo, outro ponto fundamental de sobrevique é a primeira rematrí- vência das redes, e os famosos 4Ps cula, e os números reve- (promoção, propaganda, preço e prolam que 80% dos alunos duto) interagem de maneira a atender continuam na escola a os consumidores e fomentar novas cada mudança de semes- demandas. No Centro Cultural Ametre. “A prova de que vale ricano o investimento é feito em nía pena ter cuidado inten- vel nacional e de forma a atender às so com a operação da es- características e culturas de cada cicola está no percentual de dade onde existe uma escola, já que franqueados que já são da as cidades são muito diferentes entre rede e que adquirem mais si, variando entre a capital paulistana
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(Capa que buscam o equitema de monitoralíbrio do corpo e da mento de estoque alma. A rede trabadas lojas, visando a lha para contagiar reduzir o encalhe diariamente 1.200 das mercadorias funcionários e ceratravés da transfeCom o apoio da rede, ca de 45 mil clienrência de peças enos investimentos em tes com esse contre as lojas – e num marketing tendem a ceito. marketing mais ser mais certeiros Hoje, o percenagressivo. tual de pessoas Quando se fala em divulgação, uma das ferramentas adeptas desses produtos está aumendo marketing, nem sempre basta a tando, e o desafio da Mundo Verde é empresa cacarejar apenas sua mar- crescer ainda mais, porém acompaca, mas apresentar um conceito. É nhando eficientemente a quantidade isso que faz a rede Mundo Verde, de e principalmente a qualidade das inlojas de produtos naturais e esotéri- formações oferecidas ao público. cos. A empresa divulga a idéia da ali- Para chegar ao ponto que a empresa mentação natural e integral, como for- quer, nos próximos cinco anos, pelo ma de garantia de uma vida mais sau- menos 50% de todos os funcionários dável, reservando espaço para pro- devem estar graduados ou pós-gramover o respeito à ecologia, o con- duados. Para isso a empresa oferece sumo consciente e a difusão do co- incentivo de estudo para alguns e vai nhecimento de terapias alternativas substituindo outros, num movimento
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até cidades interioranas, do litoral ou do Nordeste. “A necessidade é atender todos esses públicos e para isso as campanhas publicitárias, por exemplo, são criadas com cuidado e apoio do conselho de marketing da rede”, conta Trafane. No setor de comércio esse item é questão primordial. Na rede de confecções Strutura, Wagner Lopes D’Almeida, gerente de Expansão e Franquias, comenta que são desenvolvidos um plano de marketing para cada região, realizada assessoria de imprensa em moda, convenção semestral de franqueados e pesquisa de novas tendências. Para garantir lucratividade, ele aposta na reciclagem da equipe de gerentes e vendedores das lojas, no desenvolvimento de produtos economicamente viáveis mas sem perder o estilo e a qualidade das peças, na implantação do cartão de crédito próprio – Blue Jeans, do sis-
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Combustível do franchising baseado na auto-avaliação da equipe e na satisfação dos franqueados. A diretoria da rede afirma que considera a comunicação dos ideais como a característica mais importante do negócio, ressaltando que o segredo não é sua alma. Ao contrário, manter viva a alma dessa filosofia é que é o segredo que possibilita o sucesso do empreendimento. Para buscar a excelência, a franqueadora mantém uma gestão participativa nos processos de decisão, fazendo com que os funcionários e franqueados definam em conjunto os novos rumos e estratégias nas relações com os fornecedores e clientes. Dessa forma, o grau de comprometimento é maior. A opinião é a mesma na rede de lojas Multicoisas, onde há uma preocupação com a transparência. A abertura total em todos os níveis da empresa, o Conselho de Franqueados atuante que participa efetivamente de
Na variedade e diversidade do sistema de franchising, é possível listar os tipos de apoio fundamentais para que o negócio dê certo. Na hora de escolher uma rede, verifique se você vai receber o suporte estratégico de que precisa. Análise e seleção de ponto comercial Estudo de viabilidade do negócio Análise da concorrência Apoio no projeto arquitetônico Treinamento ao franqueado e colaboradores Central de Atendimento ao franqueado Merchandising e ponto-de-venda
todas as decisões estratégicas da rede e as convenções anuais com tempo para entrosamento e dinâmicas de grupo são alguns dos exemplos citados por Luis Henrique Stockler, gerente de Franquia e Expansão da rede. “Oferecemos suporte constan-
Estratégias de marketing Ferramentas de controle gerencial Manuais operacionais Central de Compras Consultoria de campo Assessoria jurídica e contábil Reciclagem para franqueado e colaboradores Ferramentas de comunicação (intranet, informativos)
te desde o chão de loja até soluções de assuntos estratégicos de gestão do negócio porque temos compromisso com os resultados do franqueado”, afirma. Ele complementa: “Para manter a rede sempre motivada é essencial o retorno financeiro ao franque-
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(Capa ado”. E para provar que há um comprometimento real da franqueadora, Stockler comenta que todo novo franqueado deve obrigatoriamente entrevistar ao menos outros quatro franqueados, de livre escolha, já em operação, e perguntar a eles tudo o que quiserem sobre como funciona e como é o relacionamento com a franqueadora. O grupo Golden Services, que reúne franquias como Sapataria do Futuro, Costura do Futuro, entre outras, acredita nesse modelo de troca de experiências entre franqueados. “Temos um departamento para ajudar na solução de problemas, mas o maior apoio aos franqueados tem sido colocar em contato com os mesmos outros franqueados que têm sido mais bem-sucedidos ou que já enfrentaram o mesmo tipo de dificuldade”, relata Paulo César Mauro, diretor-presidente da Golden Services. Auxiliar na contratação e treinamento de mão-deobra especializada, elaborar estratégias mercadológicas para aumentar o fluxo de clientes e seu ticket médio, negociar parcerias com clientes nacionais repassando esses benefícios
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D’ALMEIDA: MARKETING REGIONALIZADO
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através de equipes para os franqueados de campo que visie manter um Centro tam as unidades Técnico para dar quinzenalmente, suporte e treinamenseja por telemarketo aos franqueados e ting em contato a seus funcionários Os canais de cada dois dias, no especializados são comunicação mínimo. O canal de alguns exemplos do comunicação está apoio dado à rede. estimulam a troca de sempre aberto a to“Temos uma empreexperiência entre dos os departamensa de suprimento franqueador e tos da franqueadoque negocia produfranqueados ra: marketing, fitos e insumos para nanças, diretoria, toda a rede. E para garantir lucratividade buscamos ino- gerências, comercial, informática. A preocupação da diretoria com var sempre em todas as áreas, sem se acomodar com o sucesso, e isso a comunicação faz com que quase implica ter um atendimento espetacu- que diariamente sejam enviados emails com diversos teores: novos lar junto ao cliente”, afirma Mauro. produtos e serviços, relacionamento com parceiros e fornecedores, camCanais abertos As franquias que já nasceram com panhas promocionais, rotinas admigrande número de unidades, muitas nistrativas. Além disso, os franquedelas pioneiras em consolidar o sis- ados contam com intranet. Num site, tema de apoio hoje usual em qualquer com acesso por login e senha, os porte de rede, também buscam sem- franqueados acessam assuntos diverpre o aperfeiçoamento na hora de ofe- sos do mundo Farmais, que vão desrecer o respaldo que os franqueados de comunicados e descrição de precisam e exigem. Na rede Farmais parcerias até download de arquivos. o contato constante é essencial, seja O Conselho de Franqueados tem representantes de cada um dos estados de presença Farmais, que são eleitos a cada dois anos pelos próprios franqueados. Nas reuniões são deliberados assuntos tais como regras de conduta, novos produtos, novas campanhas, levantamento de necessidades, entre outros. Para Nelson Tachibana, executivo da rede, manter os franqueados sempre em sintonia com a franqueadora, pelos canais citados, é a maneira encontrada de fazê-los se sentirem parte atuante das decisões e rumos da rede. Mantê-los informados sobre a realidade e tendências do segmento farmacêutico e dos segmentos que o afetam diretamente também é fundamental. Tomás Crhak, master-franqueador da Jani-King do Brasil, aposta ATENDE MELHOR REDE DA STRUTURA no sistema de trabalho com suces-
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(Capa so comprovado como principal fator de sucesso para a rede inteira, graças ao alto valor agregado oferecido pela marca. Além disso, a rede oferece todo o respaldo aos seus franqueados por intermédio de suporte operacional dos Escritórios Regionais. A rede também oferece treinamento, desenvolvimento e suporte administrativo, que, aliados aos treinamentos em marketing e vendas, estimulam o empreendedorismo dos franqueados. Para ganhar da concorrência e obter boa lucratividade, a rede trabalha pela fidelização dos clientes através da oferta de serviços complementares ao de limpeza, como por exemplo serviços de apoio que aumentam o faturamento do franqueado no próprio cliente. A empresa tem uma Central de Compras que reduz os custos nas compras e proporciona economia para os franque-
ados, além de colatre as grandes ou borar na revisão de entre as pequenas, contratos com auem número de uniditoria para identidades, o fundaficar melhorias e mental é possuir alternativas para a um sistema azeitaMuitas redes contam gestão do negócio do de fornecimencom uma Central de de modo que ele teto de matéria-priCompras que reduz nha lucratividade. ma ou mesmo de boa parte dos custos “Realizamos um produtos prontos. do franqueado Plano Anual de NeMesmo com muigócios para que os tos itens de apoio, franqueados possam organizar suas pode-se dizer que o setor exige muiações durante o ano com o objetivo to do franqueado, daí a preocupade atingir melhores resultados”, es- ção eterna em selecionar novos inclarece Crhak. teressados. No segmento de alimentação há Para abertura de uma loja do inúmeras variantes que determinam Bob’s, por exemplo, o franqueado o sucesso desta ou daquela rede. A tem apoio na elaboração do projeto padronização do atendimento, do vi- arquitetônico e ajuda para a seleção sual, do próprio cardápio e dos pre- de ponto comercial. Mais do que ços é uma das referências que fa- isso, a franquia mantém equipes eszem o cliente se sentir em casa es- pecializadas em cada área para ofetando em qualquer loja da rede. En- recer o atendimento a cada unidade.
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Lojas-escola para treinamento do franqueado e dos funcionários são a garantia da aplicação da teoria na prática. A pesquisa constante para atender às demandas internas e externas faz com que a franquia tenha ainda um centro de negociação e compras para otimizar custos, além da tradicional consultoria de campo e de manuais operacionais. Outra rede de fast food, a Giraffa’s, faz questão de compartilhar a experiência dos franqueados nas lojas para não perder a sensibilidade do que ocorre na ponta do negócio. Indo além do treinamento e da manutenção de uma relação transparente entre franqueador e franqueado, Cláudio Miccieli, diretorexecutivo da rede, conta que a questão logística é hoje um dos pontoschave do mercado. “A concorrência atualmente está entre os sistemas de fornecimento. Por isso, te-
mos que estar sempre em busca de novos fornecedores, modernizando as operações, e a franquia é quem integra tudo isso para a rede.” Os recursos humanos são outra preocupação sempre presente. “No segmento da alimentação é fundamental termos o nível gerencial e o de funcionários sempre afinados”, afirma Miccieli, que diz que a satisfação do cliente final depende disso. Assim, também o franqueado – cliente interno – fica satisfeito. “Noventa por cento dos nossos franqueados dizem estar satisfeitos com o negócio, o que revela que estamos no caminho certo”, comemora o diretor. Sua excelência, o apoio Não apenas a quantidade, mas especialmente a qualidade do suporte estratégico oferecido deve ser levada em conta pelo candidato a fran-
Números que impressionam J Um mercado que gera 500 mil em-
pregos diretos no país, sendo responsável por 16% do PIB brasileiro e por 24% das vendas no varejo, destaca-se pelo fato de estar sempre com números de crescimento superiores aos da média da economia nacional. J Em 2002 houve um crescimento de
12%, superando significativamente os 7% nos dois anos anteriores, o que movimentou R$ 28 bilhões na economia nacional. J
Movimenta R$ 1,49 bilhão mensalmente em royalties e contribui com R$ 65 bilhões de impostos por ano, segundo o escritório Menezes & Lopes Advogados.
J 90% dos negócios de franquias são
nacionais. J
São mais de 60 mil franquias em aproximadamente 650 empresas diferentes.
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queado. Uma das formas de medir esse aspecto é observar as redes que recebem certificações como o Selo de Excelência da Associação Brasileira de Franchising (ABF). Ao selecionar 41 empresas para receberem o Selo de Excelência 2003, a ABF descarta outras dezenas de redes, não porque elas estejam com problemas, mas porque as escolhidas estão conseguindo superar alguns critérios em vários detalhes. “Conforme trabalho realizado na Comissão de Ética, a avaliação da empresa franqueadora se faz por diversos aspectos”, afirma Melitha Novoa Prado. “Suporte é importante e fundamental, mas não é tudo. Lucratividade, nível de relacionamento, realização pessoal também são fatores importantes que devem ser medidos. Depende do perfil do franqueado e do perfil do negócio franqueado. Não existem rótulos para o Sistema de Franquia. Ele é mutável e adaptável o tempo todo”, diz. Depois de realizada uma análise documental e cadastral da empresa e de seus sócios, é analisada ainda uma pesquisa de satisfação feita junto aos
CRHAK: COM PLANO ANUAL, JANI-KING
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franqueados da esses mesmos canrede. “Nessa pesdidatos avaliar adequisa são avaliados quadamente suas muitos requisitos, maiores necessidaincluindo a estrutudes e requisitos e Problemas de logística ra de suporte fornebuscar isso em forcida pela empresa ma de apoio na na entrega de franqueadora. Como rede de franquia matéria-prima e a opinião vem dos escolhida por ele”, material de apoio próprios franqueaconclui. Dessa forse resolvem com dos, na verdade não ma, assim como suporte da rede é a Comissão que dá atualmente é difícil os pesos. Quando imaginar um pódio comparamos as pesquisas entre as re- da Fórmula Um sem um certo carro des de franquia, depreendemos do vermelho, também é difícil não ver o todo quais os itens mais bem e mais franchising em primeiro lugar. Por mal avaliados pelos franqueados”, muitas temporadas. conta. No fim das contas, o grid de larLinha Direta gada terá sempre uma franquia nos primeiros lugares, com seu motor Bob’s (21) 2598-5730 roncando e pronta para pular na frente dos concorrentes. “Cada sistema Centro Cultural Americano de franquias é estruturado de forma (19) 3251-9991 muito diferente e particular. Os canCNA didatos a franqueados são diferentes (11) 3884-3727 entre si em termos de características Christian Franco (PBF) comportamentais, experiência e for(11) 5084-1924 mação profissional”, afirma o consulFarmais tor Marco Militelli. “Portanto, cabe a (11) 3141-9222 Giraffa’s (61) 3031-1800 Golden Services 0800 127286 Jani-King (11) 3709-5113 Luciana Marques de Paula (11) 578-2769 Marcelo Florentino Silva (11) 6647-2422 Marco Militelli (11) 5536-3055 Melitha Prado (11) 3034-2833 Mundo Verde (24) 2237-2528 Multicoisas (67) 312-8000 Strutura ORGANIZA AÇÕES DE TODA A REDE (11) 5572-9111
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Balcão de negócios Ao participar de eventos como a ABF Expo, as redes apostam na atração de empreendedores e na troca de informações com futuros parceiros franquia e consolida a imagem de credibilidade das empresas que expandem sua marca através do sistema. Com a expectativa de atrair 26 mil visitantes, os promotores da feira – Associação Brasileira de Franchising (ABF) e Guazzelli Messe Frankfurt – garantem que o público encontra ali oportunidades de investimento em praticamente todos os segmentos da economia nacional, da alimentação à locação de veículos. Mesmo restringindo a participação aos associados da ABF, o evento mantém o mesmo número de expositores. Leia mais sobre a ABF Expo nas páginas 4 e 12 deste suplemento
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SUCESSO: UM GRANDE PÚBLICO PRESTIGIOU O EVENTO NO ANO PASSADO
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O que leva 170 empresas a montar estandes chamativos, investir em layout e material de divulgação, e colocar uma parte da estrutura da franquia à disposição durante quatro dias de uma feira? A possibilidade de fechar bons negócios. A resposta dos consultores do setor parece simples demais para o tamanho da mobilização, dos custos e do empenho em se diferenciar dentro de um enorme pavilhão de eventos como o ITM Expo, em São Paulo, com 14 mil m2, que é onde ocorre a ABF Franchising Expo 2004, a 13ª edição do evento, que ocorre de 16 a 19 de junho. No entanto, mais do que oportunizar negócios, esse tipo de feira garante uma visibilidade da
Franquia NOVAS REDES
Total
Erotismo em alta Uma rede inédita e o crescimento do mercado de produtos eróticos são motivos suficientes para fazer com que a Tabu Erotic Vídeo, rede de lojas de locação de filmes eróticos, busque a expansão de sua marca por meio do sistema de franquia. Com quatro lojas próprias instaladas em São Paulo desde 1997, a rede pretende abrir dez pontos no estado e em outras regiões do Brasil nos próximos 12 meses, informa Roberto Maluf, diretor comercial da empresa. O lançamento da franquia será feito durante a ABF Franchising Expo 2004 e o diretor aposta na boa receptividade do mercado por se tratar de um empreendimento de baixo investimento inicial, cerca de R$ 85 mil, com possibilidade de retorno a curto prazo, num mercado que vem quebrando preconceitos e se mantendo em contínua expansão no Brasil e no mundo. Segundo a Associação Brasileira de Empresas do Mercado Erótico (Abeme), o setor movimenta anualmente R$ 700 milhões no Brasil. O retorno do investimento está estimado entre 30 e 48 meses. (11) 3727-2000
REDES NA REDE Informação detalhada e e-commerce são os principais atrativos do site da World Tennis, uma rede de lojas especializadas em tênis com 11 unidades próprias e 83 franqueadas, sendo hoje a principal rede de distribuição de calçados esportivos de alta performance. A atividade física está em alta e a página na internet da franquia não deixa por menos: dá dicas, oferece lançamentos e, olhando com calma, dá mesmo vontade de ter um tênis novo! www.worldtennis.com.br
Cursos técnicos em expansão A marca Escola Real Cursos Profissionalizantes está em processo de expansão e ampliou a rede em mais duas unidades este ano, preparando a abertura de mais uma em Mogi Guaçu, interior paulista. Há outras cinco unidades franqueadas operando. A unidade padrão situada em Caçapava, no Vale do Paraíba (SP), onde está situada também a franqueadora, serve de modelo para os candidatos a futuros franqueados. Com
base na filosofia do “aprender fazendo”, a metodologia de ensino praticada pela Escola Real inclui cursos apostilados, sendo a maioria das aulas práticas ministradas por instrutores em laboratórios. Com mais de 30 cursos profissionalizantes, a rede desenvolve regularmente novas opções de capacitação profissional, sempre em sintonia com as exigências e a diversidade do atual ambiente de trabalho. www.escolareal.com.br
Nordeste atrai locadoras de veículos A frota de veículos para locação no Nordeste cresceu 1,76% em 2003, na comparação com o ano anterior, segundo a Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis (Abla). A expectativa é de expansão ainda maior neste ano. A rede Master Rental já estava de olho no mercado: das 12 unidades da rede inauguradas nos últimos meses, cinco estão no Nordeste – Aracaju, João Pessoa, Maceió, São Luiz e Feira de Santa-
na. “Acreditamos ter mercado para abrir unidades em todas as capitais e também nas principais cidades da região”, afirma Eduardo Vannuchi, diretor-executivo da rede. Ainda para este ano, estão previstas as aberturas de unidades próprias em Recife e Fortaleza e de uma franquia em Salvador. No momento, a Master está à procura de interessados em abrir franquias em outras cidades do Nordeste. 0800 77 23231
Imaginação premiada
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Outras peças estão sendo lançadas depois que a rede de lojas de objetos divertidos Imaginarium teve sua criatividade premiada na abertura da 7a Bienal de Design, realizada em São Paulo. A coleção Brasil Paca foi umas das três premiadas na categoria Miscelânia, neste que é o evento de design gráfico de maior relevância no cenário nacional. A coleção é uma homenagem da Imaginarium ao design popular genuinamente brasileiro, abrangendo desde co-
pos de pinga e santinhos até raquetes de frescobol. O reconhecimento por parte da Associação dos Designers Gráficos do Brasil (ADG), em meio a mais de 40 concorrentes, foi um estímulo para criar novos produtos, como o “cafézinho amigo”, um jogo de xícaras divertidas que trazem sorrisos estampados, numa celebração à amizade, que caracteriza a tradicional prática de convidar um amigo pra saborear um cafezinho. (21) 742-7214
Edição: Alexandre Gonçalves • Reportagem e Redação: Sara Caprario E-mail: franquiatotal@empreendedor.com.br
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De olho no Sul A rede de restaurantes de massas italianas Spoleto está com uma projeção de expansão para o Sul do país. Mais uma filial será aberta em Curitiba (PR), uma em Florianópolis (SC) e duas em Porto Alegre (RS), onde já está em fase de obras uma loja do Shopping Iguatemi. Os outros contratos estão em fase de fechamento e a empresa continua prospectando novos franqueados. São 75 lojas em funcionamento no Brasil. Neste ano o restaurante pretende investir mais de R$ 2 milhões em ações de marketing, que
englobarão também patrocínios culturais e esportivos. O atual plano de comunicação enfoca principalmente o marketing de relacionamento e o trabalho de fidelização com os clientes. O primeiro passo foi dado há dois meses com o lançamento da coleção de Pratos Allegro, assinada pelo artista plástico Sergio Mauricio Manon. Por ser um presente de alto nível, o prato é um estímulo forte para o consumidor voltar ao restaurante e levar mais um para sua casa. (21) 2494-7006
Vai um choppinho? Há 13 anos no mercado, a Chopp Germânia inova em sua área de atuação com a inauguração, em São Paulo, no bairro Moema, da loja piloto LigChopp Germânia, que apresentará um novo conceito comercial, totalmente voltado para o varejo e para a rede de franquias. Nesse espaço, o consumidor encontrará, além do já conhecido chope da marca, comercializado em barris de 5 a 50 litros, nas versões claro e
escuro, diversos outros produtos que facilitarão a vida de quem gosta de reunir os amigos em casa, especialmente aos finais de semana. Entre os produtos estão carnes, gelos, carvão, vinhos, cervejas, refrigerantes, sobremesas, sorvetes, churrasqueiras e seus acessórios, sempre com selo de qualidade. “Essa loja piloto será uma grande vitrine não apenas para a divulgação da marca, mas também para a conquista de novos clientes”, diz Wadi Nussalah, gerente comercial da empresa. Com a inauguração do espaço de Moema, a idéia da Lig-Chopp Germânia é que os 150 lojistas da rede se sintam motivados a trabalhar com o sistema de franquias, de forma a garantir a padronização dos serviços oferecidos e a representar a marca da melhor maneira. (11) 5042-2696
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Rede promove concurso de talentos Os vencedores, além de ganharem vários prêmios, vão poder visitar a oficina de desenho e conhecer de perto os projetos de Daniel Azulay. No ano passado, o concurso recebeu o apoio de Maurício de Sousa e da ONG Vidágua. O tema na ocasião foi o meio ambiente e mobilizou cerca de 300 mil jovens de todo o país. (19) 3251-9991
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O Centro Cultural Americano, em parceria com a ONG Sou da Paz e com o desenhista Daniel Azulay, lança a segunda edição nacional do concurso Jovem Talento. A promoção é aberta a crianças e adolescentes de colégios públicos ou privados, sendo que cada um deve escrever uma frase ou fazer um desenho para expressar sua visão de paz no mundo.
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Franquia
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Variedade de escolha Com o mercado atingindo números cada vez mais positivos, a ABF Expo sempre procura abranger oportunidades em diversas áreas do comércio, indústria e serviços, e é justamente por essa variedade de ofertas que cada expositor leva algo inovador que o destaca das demais redes. A rede Mundo Verde preparou duas novidades para a ABF Expo. A primeira é uma opção de franquia de valor mais baixo, que é a Mundo Verde Cantina Natural, um espaço para ser montado dentro dos colégios ou academias e comercializar produtos naturais para os alunos e freqüentadores desses locais. A outra novidade é a presença na feira, pela primeira vez, do Mundo Verde Sucos, lanchonete de produtos naturais e vegetarianos. O Mundo Verde é uma rede de franquias de produtos naturais, dietéticos e esotéricos, com 103 lojas franqueadas e três próprias. Jorge Eduardo Antunes, diretor do Conselho e de Lojas Próprias, tem entre as estratégias de participação do evento a formação de um grande mailing de candidatos. Como resultado a curto prazo, ele espera a abertura, em São Paulo, de seis a dez lojas do Mundo Verde e de cinco lojas do Mundo Verde Sucos. A Antídoto Cosméticos participa pela quarta vez da ABF Expo com a expectativa de consolidar sua marca já presente em todo o território nacional, com mais de 60 franquias em apenas cinco anos de existência. Marcelo Sarpe, gerente comercial da empresa, afirma que deve realizar cerca de 2 mil novos contatos durante a realização do evento. “Vamos projetar novos negócios e, quem sabe, fechar até 30 noJunho – Empreendedor
Números que atraem R$ 30 bilhões – este é o montante de recursos que as empresas de franquia devem movimentar juntas em 2004.
56 mil – é o número de pontosde-venda espalhados de norte a sul do país.
500 mil – o número de empregos diretos gerados pelo franchising, sem contar o número de postos de trabalho indiretos.
3º lugar – a colocação do Brasil no ranking mundial de franchising, perdendo apenas para Estados Unidos e Japão.
vas franquias”, prevê com um otimismo baseado na experiência de 2003, quando a Antídoto aumentou seu número de lojas em 21%. Para garantir esse interesse de tantos novos empreendedores, a rede leva para a feira a nova linha Framboesa, baseada na aromaterapia – conceito milenar que utiliza aromas para promover um tratamento natural. A Antídoto comercializa 16 linhas e mais de 480 produtos, todos com aromas frutais. Seu sistema próprio de franquias oferece duas opções de empreendimento: lojas e quiosques. A participação na feira é considerada fundamental para a rede BIT Company para garantir sua expansão. Mesmo com crescimento de 20,42% nos primeiros quatro meses deste ano, passando de 142 para 171 unidades, Alessandra Luchi, gerente de Expansão, diz que a rede deve ter um crescimento ainda maior no segundo se-
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mestre. “Historicamente, o maior volume de negócios ocorre após a ABF Expo. Os investidores esperam o evento para tomar decisões. Nossa meta é comercializar cem novas unidades em 2004”. Outra marca que espera atrair interessados é o Montana Grill Express, que tem no nome dos sócios famosos da franquia – Chitãozinho & Xororó – um diferencial. Esta será a segunda participação da rede de grelhados fast food no evento. “A credibilidade da dupla aumenta a garantia de que o negócio trará bons resultados ao empreendedor”, avalia Clovis Cabrino Junior, sócio do Montana. Ele espera repetir ou superar os resultados de 2003. “No ano passado selamos acordos para cinco novas franquias”, afirma. O Montana Grill Express tem 18 casas em funcionamento em sete estados e outras sete em processo de abertura. A meta é ter 40 franquias abertas no final de 2004. Destacar-se por ser a única agência de intercâmbio a participar da ABF Franchinsing Expo 2004. Essa é a expectativa da Experimento, que atua no mercado de turismo há 40 anos e trabalha com o sistema de franquias desde 1998. Os primeiros anos no segmento foram de crescimento moderado, voltados ao conhecimento e identificação de oportunidades de mercado. Agora, pretende expandir sua atuação no país e tem como prioridade os mercados de Porto Alegre, Brasília e Fortaleza, onde já existe uma demanda pelos serviços da Experimento. Como se vê, seja qual segmento for, novidade e boas oportunidades é o que não vai faltar na ABF Expo.
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Franquia
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Como comprar uma franquia
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O consultor Roberto Cintra Leite, um dos mais conceituados especialistas em franchising no Brasil, preparou um artigo especial para quem está pensando em entrar para o mercado de franquias. No artigo, Cintra Leite analisa alguns dos mitos que envolvem o franchising de um modo em geral, o que sem dúvida ajudará o futuro franqueado a fazer uma avaliação mais cuidadosa em relação ao seu futuro à frente de uma franquia. Franquia é um negócio de baixo risco? Em todo negócio existe risco – maior ou menor. A franquia não é um jogo de sorte como nos cassinos, e muito menos especulativo, como no mercado financeiro. No primeiro caso, o jogador conta com probabilidades estatísticas desfavoráveis a ele e, no segundo, o investidor sabe que, quanto maior o risco, maior é o retorno. Tanto um quanto o outro arriscam na sorte. A franquia é um negócio de menor risco, embora nunca exista a possibilidade de 100% de certeza do retorno do capital. Podemos até arriscar dizer que, em uma franquia de negócio formatado (Business Format Franchising), o investidor/ operador tem uma chance de acertar calculada em bases reais de aproximadamente 90% de sucesso. Esse grau de risco pode ser medido quando se compara uma franquia a um negócio independente. As estatísticas oficiais dos órgãos que acompanham o nascimento de empresas, como as Juntas Comerciais, o Sebrae, as Associações Comerciais e outras entidades preJunho – Empreendedor
ocupadas com o sucesso dos negócios, têm freqüentemente divulgado dados que demonstram que os negócios independentes têm 80% de chances de fracassar na sua tentativa de se estabelecer nos primeiros cinco anos de vida. As franquias têm uma chance maior de sobrevivência, uma vez que o franqueado recebe um negócio já testado no mercado. A grande chance de ven-
“Muitas vezes a pressa em se instalar, divulgar sua marca e vender suas franquias, sem que se tenha cumprido as etapas básicas, transforma um potencial bom negócio em fracasso” cer está baseada no seu desempenho e no apoio do franqueador e não na sorte. Ultimamente temos observado alguns percalços de franqueadores afoitos, surpreendidos pelas bruscas alterações da nossa economia. Muitas vezes a pressa em se instalar, divulgar sua marca e vender suas franquias, sem que se tenha cumprido as etapas básicas, transforma um potencial bom negócio em fracasso. Este é um momento de alta concorrência internacional, com a aber-
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tura dos portos à competição do mercado, em que o consumidor opta por outras marcas e, de repente, o empresário se vê em apuros, vendo o seu mercado de consumidores desaparecer, dando preferência a um concorrente. Se você confia na sua competência como futuro empresário, verifique se o franqueador também confia na dele e assim os dois juntos poderão ter sucesso. A marca é importante? A força da marca é muito importante para o sucesso do negócio. Uma marca conhecida está sempre presente na cabeça dos consumidores. Mas apenas uma marca, sozinha, não é tudo. Pode haver um envelhecimento precoce ou até mesmo tornar-se obsoleta, se o seu dono não souber divulgá-la no mercado, não fazer inovações, nem criar novos produtos e serviços. Quem confiar apenas na marca forte hoje no mercado, e simplesmente ficar desfrutando desse prestígio, acreditando ser permanente, provavelmente terá, no mínimo, uma decepção. As marcas que têm imagem positiva no mercado possuem caráter, identidade forte e personalidade própria, e são o reflexo da excelência dos produtos e serviços que representa. Logo, se esses não forem de boa qualidade, a preços competitivos, bem divulgados e adequadamente distribuídos, a marca perde a sua força. Para manter a estatura e a vitalidade da marca, o segredo é investir em diferenciação, pois hoje os produtos e preços estão muito parecidos, e o que realmente diferencia uma marca da outra são os serviços que
agregam valor à marca. O consumidor é fiel àquela marca até que não apareça outra marca nova que a substitua na sua mente. Não existe mais o consumidor refém de uma marca ou de um só local. É preciso assessoria jurídica? É sempre bom contar com auxílio de um advogado especializado em franquia, que ele conheça a Lei 8.955, para ajudá-lo a entender melhor os seus direitos e obrigações na hora de firmar um contrato. Ele pode esclarecer as questões principais de um contrato, mas não poderá recomendar a sua alteração, pois se trata de um Contrato de Adesão, isto é, você concorda com o que está escrito ou você não será um franqueado da rede.
É necessário conhecer a rede? Conhecer e conversar com os franqueados sobre o dia-a-dia das operações mostrará se o negócio vale a pena ou não. Não basta, porém, recorrer aos franqueados indicados pelo franqueador. É importante saber daqueles que deixaram a rede, quais foram os motivos que os levaram a sair do negócio, analisando com cuidado as respostas, sem prejulgar, mas com o espírito inquisidor. A localização é importante? Talvez seja o mais importante fator de sucesso. De nada adiantará ter uma boa marca nas mãos, uma ótima operação e um competente suporte do franqueador, se sua loja estiver mal localizada. Para isso existem critérios de escolha
do local onde o negócio será instalado. Um bom franqueador define quais são os critérios de escolha do local onde se instalará o novo negócio. Em franquias industriais ou de serviços, os critérios de localização têm menor importância em relação à clientela circulante mas, mesmo assim, alguns parâmetros devem ser perguntados ao franqueador. Às vezes, até por questões fiscais, uma localização pode ser melhor do que outra, haja vista as empresas de leasing que se localizaram fora de São Paulo para diminuir os encargos do ISS – Imposto sobre Serviços. Além disso, as taxas de funcionamento, de publicidade, as licenças das autoridades federais, estaduais ou municipais podem influenciar a decisão sobre a localização ideal do negócio franqueado.
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Franquia
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Basta um manual de operações? Na verdade, existem outros manuais, como o Manual de Instalação, que precedem o de Operações. Geralmente um franqueador bem formatado possui um adequado Manual de Operações. Mesmo assim, muitas vezes existirão dúvidas dos operadores. Às vezes falta detalhamento. Nada que um bom treinamento prático e teórico não possa solucionar, pois o Manual de Operações deve ser o retrato das funções diárias da unidade franqueada e deve funcionar como uma verdadeira apostila de consulta contínua. Um manual desatualizado não serve aos seus propósitos. Deve-se calcular o retorno sobre o investimento? É claro que uma das preocupações básicas do futuro franqueado é saber quanto vai sobrar em seu bolso no final do mês, após efetuar todos os pagamentos. É necessário que o franqueador demonstre claramente o desempenho financeiro da franquia. Se não tiver um Plano de Negócios (Business Plan) e um fluxo de caixa projetado, você não poderá prever as suas receitas e despesas, muito menos o lucro e quanto tempo vai demorar para recuperar o investimento realizado. O ponto de equilíbrio do negócio, em que suas receitas vão empatar com as despesas necessárias, é de vital importância para medir o desempenho financeiro do negócio. Para isso acontecer o mais rapidamente possível, é necessário reduzir o investimento inicial. E isso se torna mais fácil obtendo-se um financiamento, a médio e longo prazo, das taxas de franquia, da compra de máquinas e equipamentos, da reforma do ponto e outras despesas, pois o prazo de retorno será menor e você poderá não Junho – Empreendedor
somente recuperar mais rapidamente o que investiu, mas também buscar a lucratividade desejada. Quais taxas devem ser pagas? É bom saber, antes de assinar o contrato, quais, quando e por que pagar essas taxas ao franqueador. São três as taxas cobradas no contrato de franquia empresarial. A primeira é a taxa de entrada, também chamada de taxa de adesão ou taxa
“se você teve más experiências e soube aprender com elas, esse quadro dificilmente vai se repetir. A regra é que não se condena definitivamente os que fracassaram; é uma chance de aprendizado” de franquia, que geralmente é paga uma só vez. A segunda é uma taxa mensal de royalties sobre o seu faturamento bruto. A terceira é a taxa publicidade e propaganda que serve para financiar as campanhas de marketing e promoção da rede. Atenção ao optar por loja em shopping center: as taxas incidem em duplicidade sobre o seu negócio, pois devem ser pagas ao franqueador e também ao administrador do shopping, muito embora o faturamento seja maior pelo alto número de visitantes ao centro de compras.
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Como encarar a supervisão? Se o papel da supervisão do franqueador na sua loja for encarado como uma fiscalização ou uma auditoria, pode vir a ser motivo de desconfiança, o que não é benéfico para uma parceria de negócios. Por isso, a supervisão tem que ser encarada, por ambas as partes, como uma consultoria de campo, cujo objetivo é o de colaborar e resolver os problemas operacionais da franquia, tentando melhorar o seu desempenho. Lembre-se de que a franquia só é um bom negócio quando ambas as partes ganham. É o chamado jogo do ganha-ganha. Como considerar experiências negativas? Há que se levar em conta as condições de cada experiência, pois cada caso é um caso. São tantas as variáveis que não se pode generalizar que experiências negativas no passado vão se repetir no futuro. Aliás, muito pelo contrário, se você teve más experiências e soube aprender com elas, esse quadro dificilmente vai se repetir. A regra é que não se condena definitivamente os que fracassaram; é uma chance de aprendizado. Se não fosse assim, nenhum homem de negócios bem-sucedido estaria vivo para contar a sua história de sucesso. Para o franqueador, às vezes vale mais a pena recrutar ou selecionar um ex-comerciante que perdeu o seu negócio que escolher um principiante sem nenhuma experiência anterior. O sucesso de hoje não garante o de amanhã e a recíproca é verdadeira. Logo, vá em frente e se decida por uma boa franquia formatada.
Linha Direta Roberto Cintra Leite rcl@cintraleite.com.br
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Oportunidade de sucesso Rede em ampla expansão Lançada em maio de 2001, a Alps faz parte do grupo ProAcademix, também detentor das marcas Wizard e Worktek. Atualmente, ela é a rede de franquias de idiomas que mais cresce no Brasil, com 101 unidades espalhadas por todo o país. O sistema Alps de ensino conta com metodologia desenvolvida nos Estados Unidos que utiliza avançadas técnicas de neurolingüística, em que o aluno é estimulado a desenvolver as quatro habilidades fundamentais para se comunicar na língua inglesa: conversação, compreensão auditiva, leitura e escrita. Assim, o aprendizado é feito de forma natural, rápida e permanente. A Alps conta com know-how administrativo e comercial, através de um sistema Nº de unidades próp. e franq.: 101 exclusivo de ensino, Áreas de interesse: América Latina, Estados e dá assessoria na seUnidos, Japão, Europa leção do ponto coApoio: PA, PP, PO, OM, TR, FI, PN mercial, na adequação Taxas: R$ 10 mil (franquia) e R$ 12,00 por kit (publicidade) do imóvel e na imInstalação da empresa: R$ 20 mil a R$ 40 mil plantação e operação Capital de giro: R$ 5 mil da escola. Prazo de retorno: 12 a 18 meses Contato: Ivan Cardoso
Zets Negócio: telefonia celular e aparelhos eletrônicos Tel: (011) 3871-8550/Fax: (011) 3871-8556 franquia@zets.com.br www.zets.com.br
Tenha uma loja em sua mão A Ezconet S.A. detentora da marca Zets é uma empresa de tecnologia e distribuição de telefonia celular e aparelhos eletrônicos que, através de um sistema revolucionário denominado “BBC” (business to business to consummer) agrega novos serviços e valores a cadeia de distribuição. Realiza a integração entre o comércio tradicional e o comércio virtual, fornecendo soluções completas de e-commerce e logística para seus parceiros. Franquia Zets: Foi criada com a finalidade de disponibilizar para pessoas empreendedoras a oportunidade de ter um negócio próprio com pequeno investimento, sem custos de estoque, sem riscos de crédito, sem custos e preocupação com logística. Como Funciona: O Franqueado tem a sua disposição uma loja virtual Zets/Seu Nome, para divulgação na internet, vendas direta, catalogo, montar uma equipe de vendas, eventos, grêmio. Quais Produtos são comercializados: Celulares e acessórios para celulares, calculadoras, telefones fixos, Nº de unidades próp. e franq.: 4 centrais telefônicas, acessórios Áreas de interesse: Brasil para informática, baterias para Apoio: PP, TR, OM, FI, MP filmadoras, baterias para noteTaxa de Franquia: R$ 5 mil book e câmeras digitais, pilhas, Instalação da empresa: R$ 1.500,00 lanternas, filmes para maquina Capital de giro: R$ 5 mil fotográfica, cartuchos para imPrazo de retorno: 6 a 12 meses pressoras, etc. A franquia estuContato: Helio Alberini da a inclusão de novos produtos. PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TR- Treinamento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto
Wizard
Union Service
Negócio: Educação & Treinamento Telefone: (19) 3743-2098 franchising@wizard.com.br www.wizard.com.br
Negócio: recursos humanos Tel/Fax: (11) 3833-0671 www.unionservice.com.br
Recursos humanos A Union Service é a franquia de Recursos Humanos que há mais de dez anos vem se destacando no mercado de terceirização de serviços, recrutamento e seleção, e treinamento de pessoal efetivo e temporário, desenvolvendo soluções e parcerias. Devido ao seu pioneirismo no setor, a Union Service foi a primeira empresa do ramo a distribuir seu know-how pelo território brasileiro, através do sistema de franchising. As franquias levam o mesmo conhecimento e técnicas desenvolvidas, além de contar com um processo impecável de reciclagem e atualização de sistemas, assessoria jurídica e trabalhista e suporte de marketing. As premiações da ABF, Sindeprestem/Assertem, Nº de unidades: 11 Área de interesse: Brasil International Exporter’s SerApoio: MP, PP, PO, OM, TR, PF, EI, PN vice e a Certificação ISO 9001 Taxas: R$ 15.000 (franquia unitária) versão 2000 comprovam a e R$ 25.000 (franquia master) qualidade dos serviços e do Instalação da empresa: R$ 17.000 sistema da franquia da Union Capital de giro: R$ 18.000 Prazo de retorno: 18 a 36 meses Service. Contato: Eladio Cezar Toledo
Sucesso educacional e empresarial A Wizard Idiomas é a maior rede de franquias no segmento de ensino de idiomas* do país. Atualmente, são 1.221 unidades no Brasil e no exterior que geram mais de 15 mil empregos e atendem cerca de meio milhão de alunos por ano. A Wizard dispõe de moderno currículo, material altamente didático com proposta pedagógica para atender alunos da educação infantil, ensino fundamental, médio, superior e terceira idade. Além de inglês, ensina espanhol, italiano, alemão, francês e português para estranNº de unidades: 1.221 franqueadas geiros. A Wizard é Áreas de interesse: América Latina, EUA e também pioneira no Europa ensino de inglês em Apoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF, FI, Braille. EI, PN, AJ, FB, FL, CP, FM Taxas de Franquia: entre R$10 mil e R$ 32 mil Instalação da empresa: a partir de R$ 50 mil Capital de giro: R$ 15 mil Prazo de retorno: 24 a 36 meses Contato: Alberto Campos
* Fonte: Associação Brasileira de Franchising e Instituto Franchising.
Fisk Negócio: Educação/Ensino de Idiomas Tel: (11) 5573-7000/Fax: ramal 251/255 franchising@fisk.com.br/www.fisk.com.br
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Franquia
www.abfexpo.com.br
ABF
ABF Franchising Expo 2004 Participe dos cursos rápidos Para aqueles que quiserem ampliar seus conhecimentos sobre o franchising, a ABF realizará durante a feira cursos rápidos com oito temas diferentes. A programação tem como objetivo principal elevar os conhecimentos do público visitante sobre o atual mercado de franquias, bem como informar os franqueadores e profissionais do setor sobre
Cursos rápidos – ABF Franchising Expo 2004 14h 15h 16h 17h 18h
2004
14h
Junho – Empreendedor
15h 16h 17h 18h 19h
16/06-QUARTA
17/06 - QUINTA
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* Este curso é direcionado aos expositores.
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Como escolher e negociar pontos comerciais Cuidados ao montar a empresa Avaliando a a franquia do seu sonho Como avaliar seu perfil empreendedor e obter sucesso
19/06-SÁBADO
Passos para comprar sua franquia Aspectos jurídicos da franquia Como escolher e negociar pontos comerciais Cuidados ao montar a empresa Avaliando a franquia do seu sonho
Como avaliar seu perfil empreendedor e obter sucesso Passos para comprar sua franquia Aspectos jurídicos da franquia Como escolher e negociar pontos comerciais Cuidados ao montar a empresa
AUDITÓRIO 1
HORÁRIO
19h
INFORMAÇÕES GERAIS: 13ª ABF Franchising Expo Data: de 16 a 19 de junho de 2004 Horário de funcionamento: 13h às 20hs Local: ITM Expo (Centro Têxtil) – São Paulo Avenida Engenheiro Roberto Zuccolo, 555 Promoção: Associação Brasileira de Franchising (ABF) e Guazzelli Messe Frankfurt Ingressos: R$25,00 Mais informações: www.abfexpo.com.br
os serviços disponíveis para as redes. Os cursos serão ministrados durante os quatro dias da feira nos duas auditórios da ABF, com capacidade média de 50 pessoas. A taxa de participação por curso será de R$ 20,00. Inscrições antecipadas poderão ser feitas através do site www.abfexpo.com.br. Veja a programação no quadro abaixo.
AUDITÓRIO 2
A Associação Brasileira de Franchising promoverá no mês de junho a ABF Franchising Expo 2004, a maior feira de franquias da América Latina. Tudo indica que o evento será um sucesso, pois a adesão das empresas expositoras é expressiva. A edição deste ano ocupará um espaço de 14 mil m2. Contando com a participação de 170 expositores, a feira traz uma novidade: a partir deste ano a participação das empresas ficou restrita aos associados da ABF. A decisão tem por objetivo valorizar as redes que tem o compromisso com as melhores práticas do franchising e que buscam a excelência. A exemplo do ano passado, o Salão do Ponto Comercial será novamente um dos principais atrativos. Em razão do sucesso da última edição, o seu espaço foi ampliado para atender o grande número de interessados em definir o ponto comercial da sua franquia. O Gosto do Franchising também ganhou mais espaço e a presença de novas redes. O local permite que investidores conheçam na prática o funcionamento das franquias do setor de alimentação.
2004
Empreendedor – Junho
(Mercado
Sol entre nuvens
Ainda que não tenha superado totalmente a maior crise econômica de sua história, a Argentina volta a atrair empresas brasileiras e vive a expectativa de tempos mais estáveis
2004
por
Fábio Mayer
Tempo instável com a possibilidade de chuvas. Não, não se trata de uma previsão meteorológica, mas da atual situação econômica da Argentina. Mesmo com sinais claros de retomada do crescimento e de estar no rumo certo, o país vizinho não conseguiu superar por completo a forte crise que o assola desde 1998 e que teve seu pior momento em 2002. Esse difícil período também foi vivenciado por diversos empreendedores brasileiros que mantinham unidades fabris na Argentina. Muitos deles acabaram encerrando as atividades de suas fábricas e partiram em busca de novos mercados, mas agora voltaram a fazer negócio com quase a mesma intensidade de antes da crise. Nesse clima de incertezas, outros mais cautelosos preferem esperar um pouco mais antes de retomar as atividades industriais, paralisaJunho – Empreendedor
das com a crise. No entanto, mesmo com o cenário ainda desfavorável aos hermanos, muitos analistas e empreendedores acreditam na recuperação da economia argentina e vão além: apostam em novos investimentos nesse país. “A Argentina, pela proximidade e pelas facilidades do Mercosul, tem sido o alvo principal das empresas brasileiras que pretendem ser grandes jogadores no mercado global”, afirma Benoni Belli, chefe do setor de Promoção Comercial e Turismo da Embaixada do Brasil em Buenos Aires. Estima-se que os investimentos de empresas brasileiras na Argentina chegam a cerca de US$ 10 bilhões. O Grupo Brasil, entidade que congrega as principais empresas brasileiras instaladas em território argentino, conta com mais de 180 sócios. Conforme Belli, isso demonstra que as empresas brasileiras estão se internacionalizando como parte da estratégia de ganhar mercados e alavancar seus negócios. Apesar de a crise, responsável pelo encolhimento de cerca de um quarto do PIB argentino, não ter sido totalmente controlada, o país teve um reaquecimento da economia em 2003. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina (Indec), o PIB alcançou um crescimento de 8,7% nesse período e fechou o primeiro trimestre de 2004 com um aumento de 10%, em relação ao mesmo período do ano passado. Todavia, ainda está 15% abaixo do PIB de cinco anos atrás, anterior à crise. “A Argentina ainda não superou totalmente sua vulnerabilida-
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de, mas há um entendimento majoritário entre investidores e analistas de que o governo Kirchner tem implementado uma política econômica consistente, marcada pela responsabilidade fiscal e por uma política monetária voltada para o controle da inflação”, analisa Belli. A partir de maio de 2003, a Argentina acelerou a atividade econômica mês a mês, chegando a aumentar em torno de 13% a produção industrial, segundo o Indec, mas ainda pode enfrentar mais tempestades. Sem crédito no sistema financeiro internacional, devido à falta de acordo para o pagamento da dívida externa de cerca de U$ 100 bilhões, os hermanos passam agora por uma crise energética, semelhante à do Brasil no então governo de Fernando Henrique Cardoso em 2001. Com os cortes no abastecimento, principalmente de gás natural, as operações das fábricas instaladas na Argentina, em relação a março, já caíram cerca de 4% em abril e a perspectiva é de retrair ainda mais a produção. Para conter essa retração da indústria, o presidente Néstor Kirchner, que completou o primeiro ano de mandato, já anunciou um conjunto de medidas a fim de proteger o país de mais dificuldades. Uma delas é a criação da estatal Energia Argentina S.A. (Enarsa). A empresa atuará nos setores de gás, petróleo e geração de eletricidade e terá como meta reverter a situação do país. O governo argentino deterá o controle da empresa com 53% das ações, 12% ficará com as províncias e 35% do capital será vendido em bolsa a investido-
a empresa já investiu mais de R$ 46 milhões em modernização e na operação comercial, buscando melhorias na produção, na gestão e no atendimento ao mercado. “Essa política vai continuar, pois ela é um dos fundamentos de nossa atuação. Quanto a investimentos para ampliar a produção, não temos planos específicos e eles vão depender da evolução do mercado”, salienta Herbert Schmid, presidente da empresa. Schmid considera que a Argentina vem tendo uma recuperação estável da economia. Isso, de acordo com ele, fez com que a produção industrial e o consumo retornassem a níveis similares aos que existiam antes da crise. “O país voltou a ser competitivo, em decorrência da desvalorização da moeda, ao terminar com o câmbio fixo. O crescimento a partir desse patamar anterior, que foi recuperado, é mais complexo, pois depende de investimentos.” A Santista conta com 700 funcionários e em 2003 atingiu a cifra de R$ 148 milhões de faturamento com as atividades no país vizinho. Para Francesco Taddonio, CEO e chairman da Pernod Ricard Central & South America, grupo francês presente em diversos países que atua no mercado de bebidas, é cedo para ter certeza de que o país superou totalmente a crise. “O problema da renegociação da dívida externa
ESPERA: UNIDADE DA MARCOPOLO NA ARGENTINA AGUARDA AUMENTO DA DEMANDA PARA REATIVAR SUA PRODUÇÃO
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Empreendedor – Junho
2004
Aposta em tempo bom A Argentina é um país com um grande potencial e com todas as condições de dar a volta por cima. É o segundo maior mercado na América do Sul, e em condições normais tem a dimensão de cerca de um terço do brasileiro. “Além disso, tem índices baixos de analfabetismo em relação a outros países em desenvolvimento e uma mão-de-obra qualificada, o que facilita enormemente uma retomada do crescimento”, avalia Paulo Feldmann, professor de Política de Negócios, Tecnologia e Globalização da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA/USP). De acordo com ele, a economia argentina está se organizando de forma consistente, e o crescimento do PIB é sinal expressivo e um indicador importante de que é hora de se investir no país vizinho. “O melhor momento para se investir em um país em recuperação econômica, como a Argentina, é quando ele ainda está saindo da fase de crise para uma situação estável. É que, com isso, o investidor é capaz de encontrar preços de ativos, como imóveis e bens materiais, bastante atraentes”, enfatiza. Essa é a estratégia da Artecola, empresa brasileira que atua na área química e possui uma unidade industrial na Argentina. “Nossa visão de atuação na América Latina é de longo prazo. Então, mesmo com os altos e baixos do mercado ou com uma crise, é necessário fazer
alguns ajustes nos planos de ação, mas isso não inibe a nossa atuação no país. Nossa entrada no mercado argentino não é uma questão de oportunidade e sim uma decisão estratégica de estar presente naquele mercado”, conta Eduardo Kunst, diretor-superintendente da empresa. No caso da Argentina, a companhia fez os primeiros investimentos em 2002, no auge do pior momento. Segundo Kunst, a empresa prefere investir em períodos de crise, porque com a retomada do mercado a companhia tem uma posição mais fortalecida no país. Para ele, a Argentina ainda não está totalmente recuperada da crise, e como qualquer mercado, tem seus empecilhos. Um deles é a dificuldade em relação ao pagamento, já que os sistemas de cobrança não são automatizados, como no Brasil. Por isso, eles dependem muito do contato direto com os clientes. “É preciso estar prevendo bem a questão financeira.” A Artecola mantém 54 funcionários e planeja fazer novos investimentos no país vizinho. “Vamos continuar investindo porque acreditamos na recuperação da Argentina.” A estimativa da empresa para 2004 é crescer 80% sobre 2003. Da mesma forma, a Santista Têxtil vai continuar investindo na unidade que mantém em Tucumán, norte da Argentina. Desde a aquisição da subsidiária em 1995,
DIVULGAÇÃO
res privados. Outra ação imediata de Kirchner para solucionar os problemas causados pela crise energética é a importação de energia elétrica do Brasil, gás natural da Bolívia e óleo combustível da Venezuela. Ao todo serão gastos cerca de 11 bilhões de pesos até 2009. O crescimento sustentado, segundo Benoni Belli, dependerá da capacidade de gerar investimentos de longo prazo voltados para ampliação da capacidade produtiva, mantendo a inflação baixa e uma taxa de câmbio competitiva. “O governo argentino tem feito bem seu dever de casa, mas é claro que a conjuntura internacional será igualmente fundamental para garantir o crescimento sustentado”, completa.
(Mercado Investir em uma unidade local ou exportar? sileiras para a Argentina em 2003 foi de cerca de US$ 4,6 bilhões, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Esse é um valor abaixo do registrado em 1998, antes do período da crise argentina, quando as vendas para o país vizinho atingiram aproximadamente US$ 6,7 bilhões. Para 2004, a perspectiva é se aproximar desse número, uma vez que no primeiro trimestre deste ano as exportações para a Argentina alcançaram em torno de US$ 1,5 bilhão. “Há sem dúvida espaço para vendermos ainda mais para a Argentina, de modo a recuperar o nível de exportações de anos mais felizes”, afirma Benoni Belli, chefe do setor de Promoção Comercial e Turismo da Embaixada do Brasil em Buenos Aires. Para Belli, a melhor opção entre exportar ou abrir uma unidade na Argentina vai depender do setor em questão. “É importante lembrar que a abertura de uma empresa importadora distribuidora ou uma unidade com capacidade de dar a assistência aos clientes sempre facilita os negócios. Pela cultura local, o argentino prefere comprar de alguém que esteja próximo, com presença física no país.” Além disso, devese levar em consideração a matériaprima local e ganhos com a redução de custos logísticos.
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DIVULGAÇÃO
Entre 2002 e 2003 as exportações da Döhler, indústria têxtil, cresceram 32%, mas, ao contrário do que se pensa, o principal comprador são os Estados Unidos e não a Argentina, como era há três anos. A crise que assolou a economia do país vizinho prejudicou muitas empresas brasileiras, que acabaram tendo prejuízos depois de apostarem no mercado argentino. A Döhler foi uma delas, apesar de ter, segundo Udo Döhler, presidente da companhia, minimizado as perdas com o refinanciamento da dívida dos devedores. Durante o período de recessão da economia argentina, a Döhler, assim como muitas outras companhias nacionais, decidiu investir os esforços na procura de novos mercados. A agilidade de produção e de gerenciamento dos negócios e os pesados investimentos em pesquisa e desenvolvimento contribuíram para a empresa se tornar um player mundial, conquistando espaço nos Estados Unidos. No entanto, o mercado argentino não foi esquecido. Hoje, com a melhora da economia dos hermanos, a Argentina voltou aos planos de exportação da Döhler. “A companhia pretende voltar a exportar para o país vizinho tanto quanto exportava há alguns anos”, afirma Udo Döhler. O crescimento das exportações bra-
DÖHLER: ARGENTINA DE VOLTA AO MAPA DE EXPORTAÇÕES DA EMPRESA
Junho – Empreendedor
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argentina não está resolvido ainda e isso pode atrapalhar o crescimento. Mas os sinais são promissores e por enquanto estamos apostando numa boa recuperação do país”, avalia. A empresa, que possui uma unidade na Argentina com 250 funcionários, realizou uma série de investimentos antes da crise e a previsão é de efetuar novas aplicações a longo prazo. “Em teoria, neste momento poderia ser uma boa oportunidade de fazer investimentos porque os valores dos investimentos e o custo da mão-de-obra são ainda baixos.” Mas há quem discorde dessa teoria. Fazendo uma comparação com o mercado de ações, Paulo Schenberg, consultor da Bolsa de Valores, ressalta que a melhor oportunidade para comprar uma ação de uma empresa ocorre sempre que ela, depois de um período de prejuízos, reverta o viés e passe a apresentar lucros. “Assim é com qualquer país. É preciso um sinal de reversão da situação econômica e demonstrações de seriedade no manejo das políticas econômicas antes de pensar em aplicar algo em um outro país.” Schenberg acredita que, no momento, quem está dando esses sinais na América do Sul é outro país. “Existe um país com melhores condições do que a Argentina para se investir no momento: o Brasil.” Esperando a chuva passar Embora a crise tenha paralisado as operações de muitas empresas, algumas esperam um melhor momento para voltar à ativa e outras têm planos para retomar as atividades até o final deste ano. É o caso das empresas Randon, companhia brasileira que tem duas unidades em operação na Argentina. Uma delas é a Fras-le Argentina, situada em Buenos Aires, que atua na área de autopeças e sistemas e funciona como centro de distribuição voltado para o mercado de reposição e de montadoras. Segundo Astor Milton Schmitt, diretor corporativo e diretor de Relações com os Investidores da Randon Participações, a unidade sentiu os efeitos das dificuldades no país vizinho, mas com menor intensidade. “Eram períodos em que as vendas caíram, depois se recuperaram,
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(Mercado mas a Fras-le Argentina sempre operou com bastante normalidade.” Já com a Randon Argentina, da área de reboques e semi-reboques, localizada na província de Santa Fé, foi diferente. De 1999 até 2002, a unidade teve uma drástica redução nos negócios. “Nesse período registramos perdas resultantes da depreciação dos ativos pelo ajuste cambial, perdas por inadimplência ou atraso nos pagamentos e registramos perdas operacionais pela nãoexistência de vendas. É a legítima situação em que o raio caiu três vezes no mesmo lugar”, conta Schmitt. No entanto, a empresa não perdeu a confiança no mercado argentino. “Nunca ignoramos a importância estratégica e também mercadológica da Argentina. É um mercado perto, vizinho e parceiro do Mercosul”, aponta. Conforme Schmitt, com a quebra da paridade e o equilíbrio entre o peso e o real, as condições de competitividade dos fornecedores argentinos de componentes e insumos vão estimular o comércio bilateral. “Há uma clara tendência entre as empresas Randon de terem progressivamente fornecedores importantes na Argentina.” Segundo ele, à medida que o mercado do país vizinho retornar à normalidade, vai haver um crescimento nas exportações brasileiras e vice-versa. “Na via oposta também vamos registrar crescimento nas importações, e isso evidentemente é saudável para o exercício do comércio internacional.” Em relação às exportações para a Argentina, a Marcopolo, fabricante brasileira de carrocerias de ônibus, tem uma estimativa de crescer entre 10% e 20% sobre 2003. “No ano passado conseguimos embarcar 130 ônibus rodoviários, de bom valor agregado, e apurar US$ 9 milhões de receita”, diz Carlos Zignani, diretor de Relações com os Investidores da empresa. De acordo com ele, o mercado de ônibus rodoviários é um dos que já deram bons sinais de retomada. Entretanto, o de ônibus urbanos e microônibus, área em que a empresa possui uma unidade na provínJunho – Empreendedor
Para abrir um negócio na Argentina cia de Córdoba, está parado desde 2001. “Esse mercado ainda não está dando sinais de recuperação, o que deve vir em seguida, mas talvez não para este ano.” A Marcopolo inaugurou a unidade argentina em 1998 e já havia conquistado 35% do mercado de ônibus urbano, mas paralisou as operações devido à crise. “Nunca estivemos ausentes. A fábrica parou, mas o nosso pessoal, principalmente do administrativo e do comercial, continuou por lá. Estamos aguardando um bom momento para retomar as atividades”, afirma Zignani. Por isso, assim que o mercado começar a ser reativado, a empresa vai reiniciar as atividades no país vizinho. “Nosso pensamento é reabrir, mas temos que ver o melhor momento, que depende muito do crescimento da demanda interna por transporte urbano, tarifas boas e financiamentos internos”, completa. Para Edson Grottoli, diretor de Relações Corporativas da multinacional Bosch, ainda existem algumas dificuldades na Argentina no ramo de produtos de ferramentas elétricas, mas há uma retomada tímida do mercado, porém positiva. “O mercado está se mostrando crescente de uma forma homeopática e assim que possível queremos retomar o nosso espaço por lá.” Segundo ele, o Brasil e a Argentina sempre andaram juntos, quer em tempos de crise, quer de recuperação. “Vejo a Argentina em um bom momento, de pé no chão e consistente, algo muito similar ao que a gente está observando no Brasil.” Por outro lado, na atual conjuntura os problemas dos hermanos são maiores que os do Brasil. Logo, nem sempre o velho ditado popular “depois da tempestade vem a bonança” ou, traduzindo para o mundo dos negócios, “depois da crise vem à retomada” se confirma, ao menos não a curto prazo. No caso da economia argentina, o tempo está nublado: pelo jeito, o país vizinho vai ter que esperar um pouco mais para que a situação, de fato, melhore, e que o sol, tal como em sua bandeira, volte a brilhar.
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PRINCIPAIS CUIDADOS Conhecer bem o mercado argentino. Formular um plano estratégico baseado em estudos de mercado. Não se deixar levar pelo ímpeto ou somente pela proximidade cultural e lingüística. Contratar profissionais locais e, se for o caso, se associar com empresários argentinos. APOIO O Setor de Promoção Comercial da Embaixada do Brasil em Buenos Aires disponibiliza gratuitamente diversas informações sobre as condições de acesso de cada produto ao mercado argentino, como tratamento tarifário, normas alfandegárias, estatísticas de importação, relação de importadores e de entidades de classe, através do e-mail secom@embrasil.org.ar ou pelo site BrazilTradeNet (www.braziltradenet.gov.br), rede governamental de comércio exterior. Fonte: Setor de Promoção Comercial da Embaixada do Brasil em Buenos Aires
Linha Direta Astor Schmitt (54) 209-2109 Benoni Belli benoni@embrasil.org.ar Carlos Zignani (11) 5641-7407 Edson Grottoli (19) 3745-1077 Eduardo Kunst (51) 597-5200 Francesco Taddonio (11) 3026-3444 Herbert Schmid (11) 3082-3977 Paulo Feldmann (11) 3675-5444 Paulo Schenberg (11) 3675-5444 Udo Döhler (47) 455-1395
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Empreendedor – Junho
(Estratégia
Seleção é coisa séria Encarar com seriedade e profissionalismo a contratação de um novo funcionário é o primeiro passo para a empresa fazer a escolha certa e agregar verdadeiros talentos ao negócio
2004
por
Alexsandro Vanin
Certa vez, em um processo de seleção de profissionais para o preenchimento de uma vaga em uma multinacional, os candidatos tiveram que praticar “boliche humano” durante a dinâmica de grupo. Na atividade, alguns integrantes eram os pinos e outro a bola, que ia rolando até derrubar as outras. Conforme a explicação dos selecionadores, isso era feito “para que as pesJunho – Empreendedor
soas se colocassem na posição dos outros”. Em outro caso, os selecionadores, para testar a habilidade de o candidato agir sob pressão, exigiram que ele imitasse uma galinha. “Esse tipo de seleção é sadismo. Existem muitas outras maneiras mais humanas de fazer alguém se colocar na posição do outro. Às vezes me pergunto o que se consegue avaliar a partir disso”, afirma Maurício Feller Mateus, da Web Training Brasil. “É errado expor o profissional ao ridículo, feri-lo emocionalmente”, concorda Egberto Prado Lopes Bastos, da MTB – Assessoria Organizacional. Em vez de colocar o candidato em situações embaraçosas, a empresa deveria encarar a seleção de outra forma, aplicando técnicas que possam revelar realmente o potencial necessário para desempenhar uma determinada função. “Existem dois momentos muito importantes em relação aos recursos humanos de sua empresa: a hora em que se busca um talento no mercado e depois
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o esforço para reter esse talento nos quadros da firma”, afirma Gerusa Mengarda, gerente da Divisão de Recrutamento e Seleção da Gelre. Segundo ela, a seleção por competências é a ferramenta mais eficaz para identificar o que uma pessoa tem de melhor para uma empresa, e se o que ela tem de menos desenvolvido vai fazer falta ou não na ocupação pretendida. Assim, nada mais apropriado que o empresário tenha em mente que o processo, além de primar pela seriedade, deve obedecer a uma certa lógica, que serve tanto para a empresa saber exatamente quem e como escolher, quanto para o candidato ter claro aquilo que dele é esperado. Nesse sentido, a primeira coisa a fazer é definir muito bem a vaga oferecida. É preciso ter bem claro quais são as competências (conhecimentos, habilidades e atitudes) necessárias para o profissional exercer bem essa função e qual é o perfil da empresa. O passo seguinte é buscar currículos, o que pode ser feito no ban-
BASTOS: JAMAIS SE DEVE EXPOR O CANDIDATO AO RIDÍCULO
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Reta final Depois das provas de avaliação, o procedimento seguinte é a entrevista coletiva. Nessa etapa é explicado aos candidatos o perfil da vaga oferecida e também as competências necessárias para executá-la, o perfil da empresa e sua política, como é o processo de seleção, qual é a faixa salarial oferecida e a que benefícios o escolhido terá direito, entre outras informações
que permitam a eles decidir se o emprego interessa. O entrevistador coletada algumas informações daqueles que desejam continuar no processo para checar com o currículo e agradece àqueles que preferem desistir. Segundo Maurício Feller Mateus, a entrevista coletiva evita chegar ao final do processo de seleção e o candidato escolhido desistir da vaga porque a faixa salarial não lhe satisfaz. A próxima fase é a entrevista individual ou a dinâmica de grupo. Quando o número de candidatos for muito grande, é mais indicado fazer a dinâmica primeiro, para ter mais informações ou eliminar alguns deles, sendo que as atividades devem ser elaboradas a partir do perfil de competências procurado. Para Egberto Prado Lopes Bastos, o que for preciso avaliar no candidato (como ele age sob pressão, como lida em equipe, qual é seu nível de comunicação, persuasão, desenvoltura, relacionamento, etc.) deve ser testado na dinâmica. Segundo Gerusa Mengarda, essa avaliaDIVULGAÇÃO
GRUPO KEYSTONE
co de dados, por indicação de funcionários, anúncio em jornais e revistas, ou ainda na internet (serviços de currículos e listas de discussão). Com base na definição da vaga e do perfil profissional necessário, faz-se a primeira triagem de candidatos, a partir das informações fornecidas nos currículos (escolaridade, idiomas, informática e experiência, por exemplo). Feito isso, passa-se à fase de avaliação presencial dos candidatos. “Existem várias etapas nesta fase, sendo que é possível cortar ou encurtar algumas delas, dependendo da urgência e do número de candidatos, mas é imprescindível manter o foco na identificação das competências”, afirma Mateus. É fundamental manter pelo menos uma entrevista individual e outra entre candidato e empregador. O ideal, no entanto, é somar várias etapas para uma melhor avaliação final. Nessa etapa, provas técnicas e testes psicológicos são o primeiro passo para se aferir conhecimentos, habilidades e personalidade necessária à vaga. Quando há um grande número de candidatos, aqueles que não atenderem aos critérios mínimos podem ser eliminados. Gerusa considera os testes psicológicos fundamentais para identificar a estrutura de personalidade do candidato e confrontar o resultado com dados obtidos em outras etapas, como na entrevista e na dinâmica de grupo.
Empreendedor – Junho
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(Estratégia ção em grupo é muito importante para cargos administrativos e de relação direta com o público, mas não é tão indicada para cargos mais técnicos e operacionais. Já na entrevista individual é preciso extrair o máximo possível de informações do profissional. Por isso os primeiro cinco a dez minutos devem ser utilizados para deixar o candidato mais à vontade e estimulá-lo a falar sobre si. Mateus sugere perguntas elaboradas a partir do currículo, como por exemplo: “Você se formou em tal curso daquela universidade? De que matérias você gostava mais?”. Quando o entrevistado estiver relaxado, deve-se passar às questões sobre a vida profissional dele, perguntando por que ele saiu de antigos empregos e, principalmente, como ele lidou com determinadas situações em serviços anteriores. Isso permite filtrar suas competências, explica Bastos. Também é útil fazer perguntas sobre casos ocorridos na empresa e no cargo oferecido. Assim como as perguntas, as respostas também precisam ser bem elaboradas, de forma a revelar a existência ou não de certas competências, e por isso o candidato deve ser conduzido a dar respostas dentro do modelo STAR (Situação, Tarefa, Ação e Resultado), aconselha Mateus. Grosso modo, o profissional deve contar o que ele precisava fazer em determinada situação, como ele fez isso e quais foram os resultados obtidos. Feitos os questionamentos necessários, abre-se espaço para o candidato retirar dúvidas e fazer comentários – tempo útil para o entrevistador revisar as anotações –, explica-se a próxima fase do processo e se agradece a participação. A penúltima etapa é a avaliação de todos os resultados por um comitê. Todos aqueles que não atendem aos requisitos mínimos são descartados e aqueles que apresentam as competências necessárias são classificados por ordem. Pelo menos três candidatos devem ser indicados para a entrevista Junho – Empreendedor
Processo de seleção passo a passo Definição da vaga: levantamento de competências e requisitos técnicos e psicológicos necessários para o desempenho da função. Essa fase é essencial para a realização de um bom processo de seleção.
Dinâmica de grupo: desenvolvimento de atividades que permitam verificar as competências necessárias ao cargo. Pode ser eliminatória, se o número de candidatos for grande.
Fontes de recrutamento: banco de dados, indicação de funcionários, anúncio em jornais e revistas, internet (serviços de currículos e listas de discussão).
Entrevista individual: conferir informações e identificar as competências do candidato. Um modelo sugerido é o STAR (situação, tarefa, ação e resultado).
Triagem de currículos: primeira eliminação de candidatos, a partir dos requisitos mínimos exigidos. Os passos anteriores tendem a ser os mais trabalhosos do processo.
Avaliação dos resultados: análise dos resultados obtidos na entrevista e em todas as outras etapas por um comitê. São descartados todos aqueles que não apresentam as competências necessárias e determinada a posição daqueles que atendem aos requisitos.
Provas técnicas e testes psicológicos: passo útil para aferir conhecimentos e personalidades, mas deve ser eliminatório apenas quando há um grande número de candidatos. Entrevista coletiva: Explica-se aos candidatos o que está sendo procurado e o que está sendo oferecido em troca. Conferem-se informações daqueles que desejarem continuar no processo.
com o empregador, quando é verificada principalmente a empatia entre eles e negociado o salário. “É ruim contratar alguém com quem não se simpatize, especialmente em pequenas empresa, porque isso acaba gerando um clima ruim no escritório”, adverte Bastos. Uma vez definida a seleção, contrata-se o profissional e se inicia o processo de integração, para evitar problemas de adaptação. Para aqueles que não foram escolhidos, envia-se um agradecimento e se explica que a opção mais próxima do desejado pela empresa no momento era outra. “Não existe melhor profissional, pior profissional; isso é juízo de valor. Existe o profissional mais adequado para a vaga de determinada empresa”, lembra Mateus. Por isso o empregador precisa saber muito bem qual é o perfil de seu negócio e da vaga aberta. Gerusa Mengarda salienta que vale a
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Entrevista com o requisitante: verificar a empatia e negociar salário. É bom ter pelo menos três finalistas. Processo de integração: acompanhamento do novo funcionário para evitar problemas de adaptação. Enviar agradecimento àqueles que não foram escolhidos e justificar decisão.
pena a empresa investir em um bom processo de seleção, porque ele evita problemas futuros, tanto de ordem trabalhista quanto de tempo e dinheiro perdido na seleção e treinamento, além do desgaste na imagem institucional. “As pequenas e médias empresas deveriam ter mais preocupação com a seleção de profissionais, porque o impacto de um erro para elas é relativamente maior do que para uma grande empresa”, conclui a consultora. Decididamente, a seleção de funcionários não é hora de brincadeira.
Linha Direta Egberto Prado Lopes Bastos (11) 288-1571 Gerusa Mengarda (11) 3351-3746 Maurício Feller Mateus (11)6406-9942
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(Estratégia
Movido à fidelização Campanha na área de peças e serviços incrementou receita e aumentou fluxo de clientes nas revendas da Ford quase um terço no fluxo de clientes nas lojas. “É um fluxo fantástico de pessoas que não iam à revenda e passaram a ir. E sempre que alguém vai comprar uma peça, fazer um serviço, acaba olhando os carros”, diz Antonio Maciel Neto, presidente da Ford América do Sul e Brasil. O resultado surpreendeu a montadora, que esperava uma resposta em médio e longo prazo. Mas ainda é cedo para sentir um aumento na venda de
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DIVULGAÇÃO
A Ford Brasil lançou um desafio e superou seus objetivos. Com a campanha Desafio Preço Justo Ford, a venda de kits de peças, que variava de 2 mil a 3 mil unidades por mês, passou para 14 mil unidades por mês. Em relação a março de 2003, a receita do setor de peças e serviços teve um aumento de 43% em março deste ano, passando de R$ 20,5 milhões para R$ 29,3 milhões. Os preços mais baixos que os da concorrência levaram a um crescimento de
MACIEL NETO: BUSCA PELA INOVAÇÃO PARA SURPREENDER CLIENTES
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automóveis. Agora que a campanha ajudou a demonstrar que os preços das concessionárias autorizadas são competitivos, o novo desafio é difundir entre os clientes que bom atendimento é original de fábrica. “Essa área é muito importante, pois tem um contato muito grande com o cliente ao longo da vida do veículo. Então a satisfação do cliente, a lealdade à marca e a lucratividade da revenda dependem muito disso”, afirma Maciel Neto. O sucesso do desafio foi o ponto alto do 3º Encontro Nacional de Serviço ao Cliente Ford, realizado no mês de maio em Florianópolis. Santa Catarina foi escolhida para sediar o evento porque a Ford tem 14% de participação no mercado do estado (em Brusque o índice chega a 29%), enquanto a média nacional é 11,4%, conforme dados do primeiro trimestre de 2004. Em relação ao mesmo período do ano passado, o crescimento foi 0,9%, o que mantém a tendência de crescimento no mercado brasileiro iniciada há dois anos. Foi nestes três primeiros meses que a Ford registrou seu primeiro lucro na América do Sul desde o fim da Autolatina, em 1995. “Estamos bem em um mercado muito ruim”, afirma. Maciel Neto defende a imediata redução da taxa de juros e melhoras no sistema de financiamento para a indústria começar a andar, sob pena de o setor repetir o fraco desempenho de 2003. Segundo ele, a alta taxa de juros segura a economia e só tem sentido quando há inflação de demanda, o que não se verifica no Brasil. “Temos um pouco de inflação de custo; as siderúrgicas, por exemplo, dobraram o preço do aço nos últimos meses, e isso atinge todo o setor industrial”, afirma o executivo. “O que não queremos mais é uma medida de curto prazo, como a redução temporária do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).” Independentemente de alterações na política macroeconômica do governo, a Ford segue com seu planejamento de crescimento nos mercados interno e externo. No segundo semestre a mon-
tadora deve lançar um novo modelo e a sua versão de motor bicombustível. A partir de 1º de agosto, será aberto o terceiro turno na fábrica de Camaçari (BA), onde em breve a empresa contará com um porto privativo para facilitar as exportações, que neste ano devem chegar a US$ 900 milhões, segundo Maciel Neto, que se baseia na boa aceitação dos produtos na América do Sul e México. As vendas externas cresceram 44% em 2003, totalizando US$ 789,1 milhões, mais do que o triplo do valor registrado há quatro anos. A estratégia da Ford no Brasil é fundamentada em três pilares: produtos campeões, rede de distribuição forte e uma marca forte e confiável. O quadro de engenheiros da empresa no país triplicou, passando de 200 para 600 profissionais. Eles participaram da adaptação do novo Fiesta ao mercado brasileiro e de 85% do desenvolvimento do Ecosport, e agora se dedicam ao próximo modelo da Ford, que será integralmente desenvolvido no Brasil. “A nossa marca registrada é a inovação”, aponta o executivo. Para isso a empresa tem investido bastante em pesquisas de opinião e na leitura dessas avaliações. Um exemplo disso é o Ecosport, segundo o presidente da companhia: enquanto as concorrentes entenderam que o público queria minivans, a Ford lançou um utilitário esportivo. Já a rede de distribuição foi reestruturada, sendo que nos últimos dois anos mais de 60 grupos aderiram à marca, totalizando 432 pontos-de-venda. “A revenda é fundamental. Sem uma rede forte, nós não temos uma marca forte”, diz Maciel Neto. Por isso tanto empenho em levar os clientes às distribuidoras. (A.V.)
Linha Direta 2004
Ford www.ford.com.br
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Pequenas Notáveis por Alexandre Gonçalves alexandre@empreendedor.com.br
COOPERAÇÃO
Convênio para facilitar o acesso Banco Central de aprimoramento de um marco regulatório capaz de reforçar o movimento que o sistema financeiro já está fazendo em direção aos pequenos negócios”, afirma o diretor-presidente do Sebrae, Silvano Gianni, que assinou o convêncio juntamente com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. O movimento a que se refere Gianni está ligado às recentes medidas de facilitação do acesso da população de baixa renda e empreendedores informais a serviços ban-
cários, bem como ao crescimento na oferta de microcrédito e à expansão do cooperativismo de crédito. Na assinatura do convênio, Silvano Gianni enfatizou que brevemente outras medidas devem ser implantadas para aumentar a competição no sistema financeiro e reduzir os custos de empréstimos, serviços e tarifas, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido. Ele menciona uma pesquisa realizada pelo Sebrae–SP, em abril, indicando que 61% das MPEs paulis-
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EUGENIO NEVES/AGÊNCIA SEBRAE
Estreitar relações com instituições e com isso gerar benefícios para as micro e pequenas empresas tem sido uma constante no trabalho desenvolvido pelo Sebrae. A mais recente ação nesse sentido ocorreu no final de maio, quando a entidade firmou convênio de cooperação técnica com o Banco Central que visa ao desenvolvimento de ações que ampliem o acesso dos pequenos negócios a serviços financieros com menos custos. “O convênio vai intensificar a comunicação e as ações do Sebrae e do
UNIÃO: GIANNI E MEIRELLES DURANTE ASSINATURA DE CONVÊNIO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA ENTRE SEBRAE E BC
Junho – Empreendedor
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O espaço da micro e pequena empresa
TOME NOTA
a serviços bancários tas nunca puderam recorrer ao empréstimo bancário e que 29% delas usam o cartão de crédito e cheque especial de seu proprietário como capital de giro, uma atitude que gera um aumento significativo nos custos da empresa. Por sua vez, na solenidade de assinatura do convênio, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, reconheceu a dificuldade de acesso das micro e pequenas empresas ao crédito e aos demais serviços financeiros. Ainda
assim, Meirelles afirmou que a atual situação não pode ser mudada do dia para a noite, mesmo sendo foco de atenção por parte do governo e de entidades como o Sebrae. Para ele, a melhor forma de se proteger e fortalecer os pequenos negócios é trabalhar para a manutenção da estabilidade econômica. “São esses os maiores prejudicados pelo processo inflacionário. Sem estabilidade não podem assumir riscos nem crescer”, conclui Meirelles.
FALANDO NISSO...
Banco do Brasil cria diretoria para MPEs Para consolidar sua atuação junto a micro e pequenas empresas, o Banco do Brasil decidiu criar uma diretoria para tratar exclusivamente de assuntos voltados a essa modalidade de empresa, em especial a concessão de crédito. A direção do BB tomou a decisão com base na sua participação junto ao segmento das MPEs, em que sua carteira de clientes já soma 1,2 milhão de empresas. Segundo o BB, até o final de abril o total de crédito disponibilizado pelo banco para clientes MPEs era de R$ 14,3 bilhões. Desse total, R$ 11,7 bilhões em
capital de giro, R$ 2,2 bilhões em operações de financiamento para projetos e R$ 532 milhões em crédito para exportação. Este ano, antes mesmo da criação da nova diretoria, o BB colocou no mercado novas linhas de crédito para micro e pequenas empresas, tendo como destaque o BB Giro Automático, lançado em março, que já emprestou R$ 37,4 milhões a mais de 12 mil MPEs. Para 2004, a meta do banco é disponibilizar um total de R$ 18,2 bilhões para micro e pequenas empresas, o que representa 40% a mais em relação ao montante oferecido no ano passado.
Números – Segundo dados da Camara-e.net, o comércio eletrônico deve movimentar US$ 12,8 bilhões por ano no mercado nacional até 2005. Nesse bolo, no entanto, ainda é pequena a fatia das micro e pequenas empresas. “Para se ter uma idéia da falta de competitividade das empresas brasileiras de pequeno e médio porte, de cada dez companhias abertas no país, sete são fechadas antes de completar três anos. E há ainda uma pesquisa interessante do Sebrae que constatou que 47% das MPEs encontram-se informatizadas”, afirma Cid Torquato, diretor-executivo da Camara-e.net. Jóia – O Sebrae–SP promoverá a Terceira Rodada Internacional de Negócios durante a Aljoias 2004 (Feira Internacional de Jóias, Folheados, Brutos, Máquinas, Insumos e Serviços), que acontece de 24 a 27 de agosto, em Limeira (SP). A rodada tem o objetivo de gerar a empresários brasileiros oportunidades de vendas e exportação. Para isso, neste ano, o Sebrae–SP garantiu a presença de cinco compradores estrangeiros de jóias folheadas para negociar com empresas nacional. No ano passado, a rodada de negócios proporcionou o fechamento de 116 negócios, atingindo um volume estimado em US$ 1 milhão. Mais jóia – Para saber mais sobre a Aljoias 2004 acesse www.aljoias.com.br. Empreendedor – Junho
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Virtual – Os Correios e a Camarae.net (Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico) vêm promovendo um ciclo de seminários em todo o país com o objetivo de levar ao micro e pequeno empresário informações sobre como utilizar a internet no dia-a-dia de seu negócio, especialmente no que se refere às chamadas vendas on-line. Os seminários já ocorreram em São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro, e até o final do ano serão realizados nas cidades de Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Porto Alegre, Bauru, Goiânia e Manaus (confira a programação no site www.camara-e.net/seminario2004).
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Empreendedor – Janeiro
Guiado
Empreendedor LEIA TAMBÉM
Brasileiros na mira da Alemanha
DIVULGAÇÃO
A Câmara de Comércio e Indústria Brasil–Alemanha inaugurou recentemente, na cidade alemã de Frankfurt, a primeira filial fora do país. O novo escritório, sediado no mesmo prédio da Bolsa de Valores, tem como objetivo incentivar e facilitar o comércio bilateral, com foco especial em pequenas e médias empresas que queiram exportar para a Alemanha e toda a Europa. Entre as atividades da filial estão a busca de parceria para joint ventures, representação comercial, relacionamento com potenciais importadores ou distribuidores, informações sobre exigências alfandegárias européias e indicação de prestadores de serviços. “O escritório deverá ofe-
recer uma primeira consultoria abrangente, abrindo caminhos entre os dois mercados”, afirma Ben van Schaik, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil–Alemanha e da DaimlerChrysler do Brasil. Conforme van Schaik, atualmente o país possui diversos segmentos fortemente consolidados e fabrica produtos com qualidade internacional. “Sentimonos orgulhosos com a inauguração desse escritório que fomentará o desenvolvimento dos negócios bilaterais”, completa. Atuando há 85 anos no Brasil, a Câmara de Comércio e Indústria Brasil–Alemanha possui 900 empresas associadas, desde companhias de capital e know-how alemães até empresas brasileiras ligadas ao comércio exterior. A Câmara desenvolve um trabalho voltado ao comércio exterior, à formação profissional, através de cursos e seminários, e à comunicação social. Possui também um departamento exclusivo para a realização e participação em feiras e eventos. Segundo uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), a Alemanha voltou a ser a segunda maior origem de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, no primeiro bimestre deste ano. Os US$ 365 milhões representam 72% de todo o valor investido no Brasil em 2003. www.ahk.org.br/(11) 3039-0656
Do Lado da Lei
COFINS continua na or dem do dia ordem pág. 74
Leitura
Investidores fidelizados pág. 76
Análise Econômica
Os desafios do Copom pág. 80
Indicadores
Cotações e númer os números da Bolsa de V alores Valores pág. 81
Agenda
Os principais eventos comer ciais comerciais pág. 82
Guia do Empreendedor Pr odutos & Ser viços Produtos Serviços Identificador de chamadas A T-Klar, empresa de telefonia fixa, está produzindo um aparelho telefônico popular com identificador de chamadas. Batizado de tk-tic, o tele-
fone possui teclado iluminado, tem ajuste de contraste do visor, armazena data e hora e registra as ligações não atendidas. “Pretendemos participar cada vez mais do mercado nacional para que todas as pessoas tenham a oportunidade de adquirir aparelhos telefônicos práticos e funcionais, com preços bem mais acessíveis em relação aos similares no mercado”, conta Flávio Sardinha, diretor de Marketing da empresa. www.tklar.com.br
Ampliando participação A SMS Tecnologia Eletrônica, fabricante nacional de nobreaks, estabilizadores e filtros de linha, aumenta participação nos setores financeiro, alimentício, siderúrgico, de varejo e entidades de saúde e educação. “Empresas de todos os portes sentem, cada vez mais, a necessidade de ter suas operações funcionando 24 horas por dia, sem interrupções. Com a globalização e a forte concorrência do
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Leitor compacto Leitor de código de barras, chamado de Nexus 3030, é o novo produto da Elgin Automação Comercial, empresa especialista em produtos e soluções voltados ao varejo. O equipamento é compacto e pode ser instalado sobre qualquer superfície, plana ou não, graças ao suporte que permite giro de 360º e inclinação de 180o. O Nexus 3030 possui feixe de luz com projeção que atinge sete direções conjugadas, o que gera 24 linhas de leitura com 2.480 scans/segundo e profundidade de campo de 25 cm, sendo, segundo a empresa, 55% mais rápido que os modelos tradicionais. www.elgin.com.br Junho – Empreendedor
mercado, não há como deixar sistemas parados ou com problemas por falta de energia”, analisa Milton Zuntini, gerente comercial e de Marketing da companhia. Entre os clientes conquistados no primeiro bimestre de 2004 estão Companhia Vale do Rio Doce, Banco Real, Bunge Alimentos, Abbott Laboratórios, Siemens, Perdigão, Faber Castell, Petrobras, Quartzolit e Sadia. www.sms.com.br
Coppe abre novas vagas Com o objetivo de dar apoio à formação de seis novas empresas de base tecnológica, a Incubadora de Empresas da Coppe/UFRJ está divulgando edital para processo seletivo. As propostas deverão ter como foco o desenvolvimento de uma nova linha de produtos ou serviços por uma empresa já existente ou a ser constituída. Os critérios de avaliação para os projetos enviados são: viabilidade técnico-econômica, perfil do grupo proponente, grau de inovação e impacto modernizador na economia e possibilidade de interação da empresa com atividades de pesquisa desenvolvidas na universidade. As empresas selecionadas podem permanecer incubadas por um prazo máximo de até cinco anos e recebem assessoria e treinamento em marketing, finanças, jurídico, contabilidade, comunicação e imprensa. Além disso, a incubadora oferece uma infra-estrutura de equipamentos e serviços como copiadora, fax, rede de computadores, acesso à internet, serviços de limpeza e segurança. A inscrição no processo de seleção é gratuita e as propostas deverão ser entregues até o dia 14 de junho, às 17 horas. (21) 2590-3428 inc@inc.coppe.urfj.br
Pastas e malas para executivos Com 20 modelos disponíveis, a Ika desenvolveu uma linha exclusiva de malas e pastas para executivos. Fabricadas em poliuretano, material que se aproxima ao couro, e nylon, as pastas Ika Class trazem alguns diferenciais como uma divisória própria para o armazenamento de um notebook, protegida por espumas e expansível. Um dos diferenciais da mala é um carrinho, que facilita o transporte, adequado para a estatura média do brasileiro. “Com nossos produtos práticos e bem elaborados, conseguimos resolver boa parte das preocupações desse público, que é extremamente exigente”, revela Leon Knopfholz, diretor da Excel Bag, empresa licenciada da marca Ika Class. www.ika.com.br
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UMA INICIATIVA DA CELESC (CENTRAIS ELÉTRICAS DE SANTA CATARINA) E DA EDITORA EMPREENDEDOR
aborda em seis fascículos como é possível gerenciar o consumo de energia elétrica nos diversos segmentos da economia – indústria, comércio, turismo, edificações e agronegócio – sem comprometer a qualidade e a produtividade. Energia Empreendedora trará dicas práticas para reduzir o desperdício de energia em sua empresa e apresentará exemplos de empreendedores que já contabilizam os recursos financeiros economizados com a implantação da gestão de energia. Neste primeiro fascículo, saiba como a economia de energia pode aumentar a competitividade do seu negócio, começando pelo enquadramento tarifário mais adequado junto à sua concessionária. Conheça também histórias de empresas que reduziram
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o desperdício de energia e ampliaram a produção. Veja ainda os projetos em desenvolvimento pelo proCeleficiência (Programa Celesc de Eficiência Energética) em parceria com redes de ensino, prefeituras municipais, instituições de ensino superior, entidades filantrópicas, federações de comércio e indústria.
A Coleção
D Gestão de energia Indústria Comércio Turismo Edificações Agronegócio Empreendedor – Junho
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O brasileiro nunca ouviu falar tanto em racionamento de energia como em 2001, quando o baixo nível de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas do país fez soar um alarme ameaçador. A lição foi traumática, mas em muitos casos serviu para mostrar que é possível utilizar energia elétrica de forma inteligente sem abrir mão da produtividade e ainda reduzir as despesas com a conta de energia. O resultado dessa fórmula se chama eficientização energética. E para chegar a esse resultado, há uma ferramenta que as empresas modernas não podem mais ignorar: a gestão de energia. A partir desta edição, a Empreendedor, em parceria com a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc),
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GESTÃO DE ENERGIA
Compromisso com o cliente Projeto valoriza uso otimizado de energia Quando uma empresa, uma entidade ou um consumidor residencial investe em eficientização energética, está contribuindo não só para reduzir os seus custos operacionais e preservar o meio ambiente, mas também para racionalizar o uso do sistema das concessionárias de energia elétrica. O aumento do consumo no chamado horário de ponta, período de maior demanda de energia, obriga as empresas do setor elétrico a investir na ampliação do sistema para garantir o fornecimento com qualidade nesse período. Fora do horário de ponta, o sistema é subutilizado. Essa ociosidade acaba impactando nos reajustes tarifários. A Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) mantém há 15 anos projetos educativos de conservação de energia junto a escolas, empresas e setor público. Só o Procel nas Escolas, criado em 1989, já levou noções de eficientização de energia
para mais de 730 mil alunos de escolas públicas – muitos, com certeza, empreendedores do futuro. O projeto Eficientização da Iluminação Pública, lançado no ano 2000, instalou lâmpadas mais eficientes em cerca de 80 mil pontos em 92 municípios do Estado. Escolas, empresas de saneamento, indústrias, sistemas de iluminação pública e entidades filantrópicas são os públicos beneficiados no ciclo em andamento proCeleficiência ( box ao lado ). No próximo ciclo, a Celesc vai priorizar projetos que contribuam para ampliar a competitividade do setor produtivo. “Como acontece com o comércio hoje em dia, a excelência do pós-venda nas concessionárias de energia elétrica lhes confere uma dimensão muito especial, distante do antigo papel de simples fornecedoras de energia. Ao conferir tal importância – inclusive a orçamentária – ao seu programa de Eficiência Energética (proCeleficiência ), a Celesc vem demonstrando cada vez mais sua opção pelo cliente”, destaca Eduardo Carvalho Sitonio, Diretor Técnico.
Agenda Em julho, a Celesc estará promovendo em Florianópolis, numa parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Procel/Eletrobrás, uma série de cursos grátis com informações sobre eficiência energética. DATA
CURSO
19 a 21
Eficiência Energética em Sistemas de Ar Comprimido
19 a 23
Energia Solar: Fundamentos e Aplicações
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Gerenciamento de Energia Elétrica em Prédios Públicos
26 a 28
Eficiência Energética em Sistemas de Refrigeração Industrial
27 a 29
Eficiência Energética em Prédios Públicos
28 a 30
Eficiência Energética em Sistema de Climatização Ambiental
Mais informações em www.diee.com.br
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Gestão de Energia – capacitar os empresários, através de cursos, conhecimento básico sobre a gestão do uso da energia elétrica. Diagnóstico Energético – realizar diagnósticos nas indústrias para identificar as ações de otimização energética que reflitam na produção. Saneamento – empregar novas tecnologias em sistemas operacionais de concessionárias de saneamento, combatendo o desperdício de energia elétrica em seus processos produtivos. Iluminação Pública – substituir lâmpadas de vapor de mercúrio e mistas por outras de alta eficiência luminosa e baixo consumo – vapor de sódio de alta pressão, permitindo a aplicação dos recursos economizados em outras responsabilidades públicas. Banho de Sol – auxiliar instituições filantrópicas a reduzir suas despesas com energia elétrica pela substituição de chuveiros elétricos por sistemas de aquecimento solar. Procel nas Escolas – estimular mudanças de hábitos relativos ao uso correto da energia elétrica no comportamento dos alunos do ensino médio e fundamental. escola + clara – reduzir o consumo e a demanda de energia elétrica em estabelecimentos escolares da rede pública estadual, substituindo lâmpadas e reatores convencionais em áreas internas por equipamentos de alta eficiência, como lâmpadas fluorescentes compactas e reatores eletrônicos. Fonte: www.celesc.com.br
De caso pensado Empresa orienta construção de nova unidade pela economia de energia Palhoça, Santa Catarina, 27 de maio, 11h30. Nas instalações mais recentes da Olsen Indústria de Equipamentos Odontomédicos, os operários trabalham com as lâmpadas apagadas. A luz do sol que atravessa as telhas translúcidas estrategicamente instaladas no teto garante a iluminação necessária. Nas horas de menor luminosidade natural, um sistema automático acende as lâmpadas, de forma a manter a quantidade de luz sempre a mesma (500 lux). Para reduzir o consumo de energia, a empresa também adquiriu uma estufa a gás. O resultado foi uma economia de 17% no consumo de energia. Em 2000, a Olsen gastava 101 kWh por produto. Em 2003, esse consumo caiu para 84 kWh, ao mesmo tempo em os equipamentos da marca ganharam qualidade – e maior valor no mercado. “De 2000 para cá conseguimos aumentar em 71% o volume de equipamentos produzidos e o consu-
mo de energia cresceu apenas 42%”, conta Hélvio Waltrick Ramos, diretor de expansão Industrial e Qualidade da empresa e um entusiasta da gestão eficiente de energia. “Já recebemos elogios de empresários americanos e japoneses que nos visitaram”, orgulha-se. A unidade nova não economiza apenas com iluminação. Há dois anos, antes de construir uma Economia: telhas translúcidas reduzem nova fábrica para necessidade de luz elétrica atender ao crescimento da demanda, a diretoria da mais eficiente, diminuindo a neempresa decidiu estudar estraté- cessidade de ventiladores. Saídas gias para reduzir o consumo de de ar foram instaladas junto ao energia. Primeiro instalou a fábri- teto e duas portas grandes foram ca numa posição que permitisse colocadas uma de frente para a a incidência direta do vento sul, outra, permitindo que o vento leve de modo que a ventilação fosse o ar quente embora.
Luz estratégica Exemplos como o da Olsen são raros num país que só recentemente começou a desenvolver de forma mais efetiva a cultura de eficientização energética. Empresas de Serviços de Conservação de Energia, conhecidas como ESCOs, estão ampliando sua atuação através de contratos de performance, um modelo que prevê investimento zero das empresas e divisão
dos resultados com a economia de energia. “Aos poucos a conta de luz está deixando de ser um assunto da área de serviços gerais para conquistar uma posição mais estratégica nas empresas”, afirma Newton Figueiredo, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco). Concessionárias como a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) têm investido consistentemente em projetos que aos poucos vão contribuindo para o de-
senvolvimento de uma consciência contra o desperdício. “Incentivar o consumidor a racionalizar o uso de energia é compromisso de uma empresa preocupada com a conservação dos recursos naturais e a saúde econômico-financeira de seus clientes”, afirma Carlos Rodolfo Schneider, presidente da empresa. Com forte apelo social, os projetos da Celesc vêm beneficiando empresas, escolas, concessionárias de água e saneamento, instituições filantrópicas e toda a sociedade.
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ABC DA ENERGIA
GESTÃO DE ENERGIA
Escolha a tarifa certa Uma boa maneira de saber como a sua empresa utiliza a energia elétrica é analisar a conta de luz por um determinado tempo para verificar hábitos e consumo. Só depois de uma avaliação detalhada da fatura é possível escolher o enquadramento tarifário que resulte em despesas menores. Consumidores do Grupo B (baixa tensão) pagam apenas pela energia que consomem. Já os do Grupo A (alta tensão) têm tarifa binômia, ou seja, além da energia que consomem, pagam uma tarifa de demanda, por exigirem fornecimento mais intensivo de energia. Se excederem a demanda que foi contratada, pagam ainda uma tarifa de ultrapassagem, espécie de multa. Os consumidores do Grupo A podem enquadrar-se em diferentes tipos de tarifação. Na tarifa convencional, o consumidor contrata uma demanda e Tarifa/Parcelas
Consumo
Demanda
Ultrapassagem
Convencional
Fixa
Fixa
Fixa
Horo-Sazonal Verde
Variável
Fixa
Fixa
Horo-Sazonal Azul
Variável
Variável
Variável
Saiba mais
Contrato de fornecimento – documento em que a concessionária e o consumidor do Grupo “A” (tensão igual ou superior a 2,3 kV) ajustam as características técnicas e as condições comerciais do fornecimento de energia elétrica. Demanda – média das potências elétricas ativas ou reativas, solicitadas ao sistema elétrico pela parcela da carga instalada em operação na unidade consumidora, durante um intervalo de tempo especificado. Demanda contratada – quantidade de energia disponibilizada pela Celesc, de forma obrigatória e contínua, conforme valor e período fixados no contrato de fornecimento. Essa demanda, expressa em quilowatts (kW), deverá ser integralmente paga, mesmo que não seja utilizada. Horário de ponta – período definido pela concessionária e composto por três horas diárias consecutivas, exceção feita aos sábados, domingos e feriados definidos por lei federal, considerando as características do seu sistema elétrico. Potência – quantidade máxima de energia elétrica que um aparelho pode gastar num determinado intervalo de tempo, expressa em quilowatts (kW). Fonte: Resolução 456 – Aneel
LINHA DIRETA Centrais Elétricas de
www.celesc.com.br
Santa Catarina (Celesc)
www.eletrobras.gov.br/procel
Departamento Comercial
www.inee.com.br
E-mail: dpcl@celesc.com.br Fone: (48) 231-5000
www.abesco.com.br
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paga por ela uma tarifa fixa, independente do horário do dia ou do período do ano. Além disso, paga também uma tarifa pela energia efetivamente consumida. A tarifa convencional só pode ser utilizada por consumidores com demanda contratada inferior a 300 kW. Acima disso, o consumidor pode optar pelas tarifas horo-sazonais. Na modalidade horo-sazonal verde, como na convencional, a tarifa de demanda é fixa, independente da hora do dia ou período do ano. Já as tarifas de consumo são mais caras no período seco (maio a novembro), além de variar com a hora do dia (consumo de ponta ou fora de ponta). Na modalidade horo-sazonal azul, tanto a tarifa de demanda quanto a de consumo variam de acordo com o período do ano (seco ou úmido) e com a hora do dia (ponta ou fora de ponta).
Carga instalada – soma das potências dos equipamentos elétricos instalados em condições de entrar em funcionamento, expressa em quilowatts (kW).
2004
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Empreendedor – Junho
Guia do Empreendedor Do Lado da Lei
COFINS continua na ordem do dia
2004
DIVULGAÇÃO
Liminar suspende a cobrança da contribuição sobre importação e dissemina por todo o país a discussão sobre sua constitucionalidade A 3ª Vara Federal de Florianópolis suspendeu a cobrança da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social sobre a Importação (COFINS Importação) e da Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS Importação) por força de decisão liminar, numa das primeiras decisões do gênero. A disputa na Justiça começa a se disseminar pelo país, tendo em vista os vários aspectos considerados inconstitucionais, que maculam a instituição das referidas contribuições. De acordo com a nova legislação, o PIS/ COFINS incide sobre a importação de produtos estrangeiros e serviços. Os serviços tributados são os provenientes do exterior, prestados por pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no exterior, tendo como fato gerador a entrada de bens estrangeiros no território nacional ou o pagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa de valores a residentes ou domiciliados no exterior, como contraprestação por serviço prestado. Por sua vez, a base de cálculo das referidas contribuições será o valor aduaneiro, acrescido do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e das próprias contribuições no caso de importação. Em se tratando de importação de serviços, a base de cálculo seria o valor pago, creditado, entregue, empregado ou remetido ao exterior, antes da retenção do Imposto de Renda, acrescido do ISS e do valor das próprias contribuições, em que incidirá alíquota de 7,6% da COFINS e de 1,65% de PIS. A decisão liminar mencionada conJunho – Empreendedor
siderou principalmente, dentre outros fundamentos, a inconstitucionalidade da base de cálculo das contribuições sob comento, criadas pela Lei nº 10.865/ 2004, entendendo que o referido diploma legal ampliou a base de cálculo permitida pela Constituição Federal. Isso porque a Constituição Federal, ao autorizar a instituição de contribuições sociais de intervenção no domínio econômico por força de seu art. 149, limitou a alíquota ao valor aduaneiro, no caso de importação, nos termos de seu parágrafo 2º, inciso III, letra “a”. A Constitução delimitou o campo em que o legislador ordinário haveria de trabalhar, definindo como hipótese de incidência das contribuições a importação de produtos estrangeiros e como base de cálculo o valor aduaneiro destes. Entretanto, a Lei nº 10.865/04, em seu art. 7º, inciso I, descreve a base de cálculo das contribuições sobre a importação de bens como sendo “o valor aduaneiro, assim entendido, para os efeitos desta Lei, o valor que servir ou que serviria de base para o cálculo do imposto de importação, acrescido do valor do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS incidente no desembaraço aduaneiro e do valor das próprias contribuições, na hipótese do inciso I do caput do art. 3º desta Lei”. A princípio, o valor aduaneiro é o valor da mercadoria livremente negociado
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entre comprador e vendedor, em um contrato de compra e venda, cuja realização é atestada pela fatura comercial (commercial invoice). Daí verifica-se que o citado art. 7º representa uma tentativa de ampliar o conceito de valor aduaneiro, na medida em que providencia a inclusão, na base de cálculo das contribuições, além do valor aduaneiro, o valor do ICMS e do ISS incidentes. A esse respeito, é importante observar que a hipótese de incidência e a base de cálculo devem guardar certa relação entre si. Isso significa que, sendo a hipótese de incidência das contribuições em tela a entrada de produtos estrangeiros no território nacional, é coerente que a base de cálculo para a determinação do quantum debeatur, mediante aplicação das alíquotas ad valorem, seja o valor aduaneiro desses produtos. Assim, a decisão judicial entendeu que o cálculo deveria levar em conta apenas o valor aduaneiro da mercadoria, que é composto pelo preço e pelos custos com transporte, carga, descarga, manuseio e seguro. A decisão explicita que isso gera uma “operação aritmética cíclica, que, à margem da complexidade no seu entendimento, apresenta-se aparentemente sem solução”. Aguarda-se a manifestação do Judiciário nas diversas demandas que passam a envolver o assunto.
Mar cos Sant’Anna Bitelli Marcos Advogado (11) 3871-0269
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Empreendedor – Junho
Guia do Empreendedor Leitura FICHA TÉCNICA
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Investidores fidelizados A fidelização dos clientes é um ingrediente fundamental para que um negócio seja bem-sucedido, principalmente em mercados cada vez mais competitivos como é o das instituições financeiras. Abordando esse tema, o livro Fidelização e Captação de Investidores Institucionais, de Scheila da Cruz, superintendente institucional do Banco Santos em Santa Catarina e professora universitária, auxilia na compreensão e conquista dos clientes. O objetivo da obra é ser uma espécie de manual de orientação para a área comercial das empresas do ramo desenvolverem e manterem um relacionamento duradouro com os consumidores. “O protótipo é aqui concebido como um conjunto de idéias e teorias que permitem visualizar de maneira adequada a complexidade das diversas variáveis envolvidas no processo”, diz a autora. O livro é um estudo atualizado e detalhado sobre a fidelização de clientes, no qual a autora redefine tradicionais modos de pensar e agir dos profissionais e destaca a importância da captação de fundos Junho – Empreendedor
de pensão por instituições financeiras privadas. Segundo ela, é preciso conhecer muito bem como atuam os fundos de pensão, como investidores, e de que maneira interagem com a mesa de operação (front office), que gerencia os investimentos das instituições para determinar qual a melhor forma de buscar avanços na fidelização e captação institucional. A partir de novos conceitos e propostas ela também apresenta os rumos e tendências empresariais sobre o assunto que se renovam a cada ano. Além disso, a obra põe em evidência as características e estratégias da prestação de serviços para atuar como sistema operacional da organização. Da mesma forma, aborda as estratégias do marketing de relacionamento para operar na relação com o mercado e as orientações da organização em aprendizagem para atuar como visão estratégica da empresa. Para Scheila, o conjunto dessas categorias forma a tríade capaz de promover a fidelização e a captação de clientes institucionais.
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Fidelização e Captação de Investidores Institucionais, Scheila da Cruz, Editora A Girafa, 259 págs., R$ 39,00
TRECHOS “Faça o que você diz é o princípio da credibilidade e da liderança.” “Este trabalho aprofunda, então, o conhecimento sobre o comportamento dos fundos de pensão como investidores, para compreender o relacionamento que é estabelecido entre esses fundos e o front office das instituições, buscando avanços significativos para a área de fidelização e captação institucional.” “A burocracia não proporciona um ambiente capaz de estimular a criatividade dos profissionais, pois concebe o indivíduo como um ser incapaz de contribuir ativamente, já que o limita ao cumprimento de tarefas.” “A prestação de serviços com qualidade é, sem dúvida, uma estratégia de diferenciação utilizada pela organização, que não enfoca apenas essa expressão em seus discursos, mas que, pelo seu princípio de consistência, age e se orienta para que a forma como o serviço é entregue seja realmente uma marca da empresa.” “Aparecer em destaque a agilidade como elemento na percepção da qualidade demonstra o impacto de um mercado com mudanças rápidas, que passa a exigir flexibilidade para alterações e correções propostas.”
Novos Títulos Marketing Internacional para Brasileiros, Luiz Roberto Carnier, Editora Aduaneiras (www.aduaneiras.com), 242 págs., R$ 35,00 Luiz Roberto Carnier, autor de Marketing Internacional para Brasileiros – Como Competir e Vencer em Mercados Globalizados e “Plugados” na Internet, defende que a única forma de gestão de negócios rentáveis e de crescimento sustentado, tanto no Brasil como em outros mercados, é o desenvolvimento de um planejamento de marketing internacional. Segundo ele, só assim é possível visualizar a geração de negócios na exportação de produtos e serviços e através de parcerias. Na quarta edição, a obra foi revisada e apresenta novidades como a inclusão do tema tecnologia da informação.
Sucesso Pessoal, Tom Venetianer, Editora Campus (www.campus.com.br), 288 págs., R$ 39,00 Em Sucesso Pessoal – O Segredo dos Vencedores, o autor Tom Venetianer resume a fórmula de sucesso: “Você será tão bem-sucedido quanto quiser e o quanto você se conhecer”. A frase serviu de base para desenvolver uma teoria sobre como vencer na vida através do esforço próprio e sem prejudicar os outros. Através de sugestões, dicas e conselhos correlatos de grande praticidade e utilidade, o autor prova que, entre outros fatores, o sucesso pessoal é, antes de mais nada, uma questão de atitudes e comportamentos construtivos e proativos.
MBA Compacto – Finanças, John A. Tracy, Editora Campus (www.campus.com.br), 344 págs., R$ 59,90
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Contribuir para elucidar relatórios financeiros complexos a fim de organizá-los de forma racional e objetiva. Essa é a meta do livro MBA Compacto – Finanças, de John A. Tracy, que ajuda o leitor a compreender como as organizações obtêm lucros, geram caixa a partir dos lucros, conseguem o capital necessário às operações lucrativas e avaliam o custo de capital. Na obra, o autor dá ênfase ao setor de fluxo de caixa, para que os empreendedores não se esqueçam da importância desse campo. Segundo ele, muitas vezes um bom fluxo de caixa é mais importante do que lucros temporários. Empreendedor – Junho
Parceria público– Serasa recebe selo “Esta Empresa Ajuda São Paulo” Eldi Willms
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A
Serasa recebeu o selo “Esta Empresa Ajuda São Paulo” pelo seu apoio ao Projeto Oficina Boracea. A entrega da distinção foi feita pela prefeita Marta Suplicy, no dia 11 de maio, durante o encontro denominado “A dimensão social da parceria público-privada – A empresa agregando valor aos projetos sociais da Prefeitura de São Paulo”, cujo objetivo é divulgar as experiências das empresas parceiras e incentivar a entrada de novas instituições, a partir de um debate sobre o potencial contido na relação entre o poder público e a iniciativa privada. A empresa recebeu o selo juntamente com mais oito parceiras. A cerimônia foi organizada pelo Fórum Empresarial de Apoio à Cidade de São Paulo, em reconhecimento ao apoio a projetos sociais da Prefeitura. A Prefeitura incentiva que o selo seja usado em todo material institucional, campanhas publicitárias e produtos das empresas parceiras como forma de estimular um número cada vez maior de empresas em parcerias que beneficiem as ações e o espaço públicos, em benefício de toda a comunidade. “É cada vez mais oportuno este diálogo com um empresariado consciente de sua responsabilidade social e da contribuição que pode dar para a melhoria na qualidade de vida da população paulistana”, afirmou a
prefeita de São Paulo, Marta Suplicy. A Prefeitura Municipal explica que o Fórum Empresarial de Apoio à Cidade de São Paulo é uma iniciativa institucional para estimular e reforçar o relacionamento entre governos municipais e empresariado, funcionando como uma ponte entre os investimentos sociais das empresas e os projetos sociais da cidade. Com as novas integrantes, o banco de parceiros do Fórum somará 34 empresas parceiras. Idealizado pelo Instituto Ethos e implantado pioneiramente em dezembro de 2002 pela Prefeitura de São Paulo, o Fórum tem o objetivo de tornar-se uma referência para todo o Brasil. Segundo a Prefeitura, o município convida os empresários a participar na solução de problemas da cidade, a partir de projetos prioritários de utilidade social escolhidos pela Prefeitura, com o apoio de suas secretarias e subprefeituras. Esses projetos selecionados são apresentados em reuniões e plenárias, onde se reúnem empresários, secretários e subprefeitos. A Serasa contribuiu com o projeto Boracea por meio de apoio financeiro. “Antigamente era comum se ouvir, por parte da iniciativa privada: ‘Isso é problema do governo’. Mas depois as empresas começaram a participar e a ajudar. E o Estado, por sua vez, dizia: ‘A empresa tem de fazer’. Isso de-
–privada FOTOS LUIZ GUADAGNOLI
monstra que estava se aprendendo de quem é a responsabilidade. Mas agora já se sabe que ela é de todos. E, em parceria, o Estado e a iniciativa privada podem fazer muito mais em favor do que é público”, afirma o diretor de Desenvolvimento Humano da Serasa, Milton Pereira. Para a gerente corporativa social da Serasa, Márcia Tedesco Dal Secco, os resultados do alinhamento dos princípios éticos e sociais da empresa com sua prática a faz acreditar que a parceria público-privada é mais um caminho para o desenvolvimento das pessoas e da sociedade e que, portanto, deve ser incentivada. O Projeto Oficina Boracea é vinculado à Secretaria Municipal de Assistência Social, mas envolve outras secretarias e acolhe cerca de 20% da população de moradores de rua. Oferece atividades que viabilizam a inclusão social dessas pessoas, os “carrinheiros”. Possui garagem para as carroças, canil, um restaurante com capacidade para servir 2 mil refeições diárias e espaço adequado para o catador vender a mercadoria sem intermediários. Além disso, há 500 leitos individuais e espaços reservados para famílias. O objetivo do projeto, cumprindo-se todas as etapas, é realizar não o mero assistencialismo, mas um trabalho que leve o morador de rua à condição de um cidadão pleno, pois ele passa a ter direitos e deveres.
A PREFEITA DE SÃO PAULO ENTREGA O SELO À GERENTE CORPORATIVA SOCIAL DA SERASA, MÁRCIA TEDESCO DAL SECCO
MARTA SUPLICY, O VICE-PRESIDENTE DA FIESP, BORIS TABACOF, E O COORDENADOR GERAL DO FÓRUM EMPRESARIAL, JORGE ABRAHÃO
Guia do Empreendedor Análise Econômica
Os desafios do Copom
2004
DIVULGAÇÃO
O Copom (Comitê de Política Monetária) foi criado no governo Fernando Henrique Cardoso em 20 de junho de 1996 seguindo a tendência mundial dos demais bancos centrais como nos Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha. O comitê tem como objetivo principal estabelecer as diretrizes da política monetária através da definição da taxa de juros que servirá como referência para o mercado.Vale ressaltar que quem define a meta de inflação é o CMN (Conselho Monetário Nacional) que é composto pelos Ministérios da Fazenda e do Planejamento e pelo Presidente do Banco Central. Cabe ao Copom, através de suas decisões, fazer o possível para alcançar esta meta previamente estabelecida. É papel fundamental do Comitê dar transparência às suas decisões na política monetária; e o instrumento que ele dispõe neste sentido é a divulgação da ata, que é um documento no qual o comitê detalha todos os fatores que influenciaram sua decisão, bem como a situação econômica do Brasil e do resto do mundo. O relatório de inflação que sai trimestralmente também é muito importante no sentido de orientação ao mercado como um todo. Os Bancos Centrais de todo mundo são avaliados não só pela Junho – Empreendedor
Até o final do ano, o trabalho do Comitê de PPolítica olítica Monetária estará cer cado de cercado pressões sazonais no cenário interno transparência, mas também pela previsibilidade de suas decisões, fato que pode ser notado principalmente nas reuniões do FED e do Banco da Inglaterra. Neste quesito nosso Banco Central vai mal: das 15 reuniões já realizadas pelo Comitê na gestão de Henrique Meirelles, pelo menos seis foram contrárias às expectativas do mercado; umas surpreendendo pelo conservadorismo e outras pela ousadia, mostrando que a comunicação entre o BC e o mercado está arranhada. Dentro das variáveis mais importantes que o Banco Central analisa para tomar suas decisões, podemos destacar: a inflação corrente, bem como sua projeção futura; o nível da taxa de câmbio; a expectativa do nível de atividade da economia brasileira e o cenário macroeconômico mundial e suas influências na nossa economia. Muitas vezes as pessoas culpam o Banco Central pelos problemas que enfrentamos em relação à falta de crescimento e de emprego. Mas vale lembrar ao leitor que o Brasil tem problemas estruturais que perduram há muito tempo, como uma elevadíssima dívida pública interna com um curto prazo de vencimento, uma poupança interna bem infe-
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rior às outras economias emergentes e um volume de reservas (descontando o FMI) muito baixo, em torno de R$ 23 bilhões. E estes problemas demandam tempo para serem solucionados. A tarefa do Copom até o fim do ano definitivamente não será nada fácil. Teremos pressões sazonais nos índices de inflação no meio do ano, decorrentes de reajuste de tarifas, eleições municipais em outubro, as votações que ainda transitam lentamente na Câmara e no Senado e a votação da contribuição dos inativos no STF. No cenário externo o clima também não é diferente, com o início do processo de alta dos juros americanos, as incertezas quanto à sustentabilidade do crescimento da economia chinesa e a surpreendente alta do petróleo nos últimos meses. No sentido de facilitar o trabalho do Copom é essencial primeiramente que, tanto o governo quanto sua base aliada, estejam alinhados num projeto único, e que ambos apóiem a política econômica vigente, pois só assim poderemos amortecer choques externos que quase sempre são imprevisíveis.
Paulo Petrassi
Gestor de Renda Fixa da Leme Investimentos
Indicadores
Carteira teórica Ibovespa NOME/TIPO AÇÃO
VARIAÇÃO % ANO (ATÉ MAIO)
1,28 2,84 0,98 3,09 4,49 0,50 1,06 0,39 1,75 2,23 0,88 0,70 0,14 2,97 0,45 0,50 1,89 0,70 1,14 3,14 0,73 0,71 2,16 1,35 3,90 2,24 100,00 0,29 1,31 0,63 0,25 2,15 2,28 8,18 1,11 2,75 1,27 0,68 0,34 1,03 1,79 0,35 1,03 1,63 1,13 12,92 1,12 4,10 0,71 0,22 0,48 3,20 1,43 4,10 1,32
41,10 -19,38 -0,53 -6,36 -13,44 -7,94 -13,33 -16,90 -19,11 -30,71 -30,59 3,70 -9,98 -16,74 -40,66 -8,54 -30,81 -18,54 -40,46 -30,55 -32,49 -25,70 -23,01 -0,71 -29,68 10,41 -12,11 -12,06 -2,99 11,02 -43,62 -15,38 -1,93 -3,44 -23,67 -0,45 -14,85 -6,56 8,63 -3,45 -8,14 -9,88 -8,41 -12,12 -7,81 -19,77 -6,93 12,68 -5,70 11,91 -19,97 -12,67 -6,03 -6,81 9,98
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Inflação
(%)
Índice -M IGP-M IGP IGP -DI * IGP-DI IPCA * IPC - Fipe *
Maio 1,31 1,15 0,37 0,29
Ano 5,33 4,02 2,23 1,26
(* até abril)
Juros/Aplicação
(%)
Maio 1,22 1,23 0,66 1,10 8,93
CDI Selic Poupança CDB pré 30 Ouro BM&F
Ano 6,27 6,29 3,14 5,64 2,72
Indicadores imobiliários (%) CUB SP TR
Maio 1,89 0,18
Ano 3,67 0,70
Juros/Crédito Maio 28/maio Desconto 2,40 Factoring 4,46 Hot Money 3,50 Giro Pré (*) 3,05
(em % mês) Maio 31/maio 2,30 4,47 3,50 2,90
(*= taxa ano)
Câmbio (em 31/05/2004) Cotação Dólar Comercial Ptax R$ 3,1291 US$ 1,2210 Euro Iene US$ 109,41
Mercados futuros Junho Dólar R$ 3,129 Juros DI 15,90% Junho Ibovespa Futuro 19.536
(em 28/05/2004) Agosto Julho R$ 3,233 R$ 3,275 16,06% 16,41% Agosto
Outubro
19.936
–
Empreendedor – Junho
2004
Acesita PN Ambev PN Aracruz PNB Bco Itau Hold Finan PN Bradesco PN Bradespar PN Brasil ON Brasil T Par ON Brasil T Par PN Brasil Telecom PN Braskem PNA Celesc PNB Cemig ON Cemig PN Cesp PN Comgas PNA Copel PNB CRT Celular PNA Eletrobras ON Eletrobras PNB Eletropaulo Metropo PN Embraer ON Embraer PN Embratel Part ON Embratel Part PN Gerdau PN Ibovespa Ipiranga Pet PN Itausa PN Klabin PN Light ON Net PN Petrobras ON Petrobras PN Sabesp ON Sid Nacional ON Sid Tubarao PN Souza Cruz ON Tele Celular Sul ON Tele Celular Sul PN Tele Centroeste Cel PN Tele Leste Celular PN Tele Nordeste Celul PN Telemar Norte Leste PNA Telemar-Tele NL Par ON Telemar-Tele NL Par PN Telemig Celul Part PN Telesp Cel Part PN Telesp Operac PN Tractebel ON Transmissao Paulist PN Usiminas PNA Vale Rio Doce ON Vale Rio Doce PNA Votorantim C P PN
PARTICIPAÇÃO IBOVESPA
Guia do Empreendedor Agenda DE 19/06 A 21/06/2004
JUNHO 2004
URBIS
Feira e Congresso Internacional de Cidades Anhembi São Paulo – SP Fone: (11) 4197-9111 DE 16/06 A 19/06/2004
ABF FRANCHISING EXPO’2004
13ª Feira Internacional de Negócios de Franquias ITM Expo São Paulo – SP Fone: (11) 4688-6000 DE 16/06 A 19/06/2004
FISST’2004
6ª Feira Internacional de Segurança e Saúde no Trabalho Expo Center Norte São Paulo – SP Fone: (51) 594-6300 DE 16/06 A 19/06/2004
BRICOLAGE 2004
Feira Profissional de Bricolagem Expo Center Norte São Paulo – SP Fone: (11) 5687-8522 DE 16/06 A 19/06/2004
EXPO FERRAGISTA 2004
Feira Internacional das Indústrias e Fornecedores de Ferramentas, Ferragens e Materiais em Geral para o Segmento Varejo Ferragista e Bricolagem Expo Center Norte São Paulo – SP Fone: (11) 5687-8522 DE 16/06 A 20/06/2004
XVII EXPOSIÇÃO AGROPECUÁRIA, COMERCIAL E INDUSTRIAL DE COLORADO DO OESTE Parque de Exposições Colorado do Oeste – RO Fone: (69) 341-2061
DE 18/06 A 27/06/2004
2004
UNILAR 2004
Feira Nacional de Decoração, Móveis e Equipamentos do Lar Expominas – Centro de Feiras e Exposições Belo Horizonte – MG Fone: (31) 3261-3870 Junho – Empreendedor
IX FEIRA NACIONAL DA BELEZA Pavilhão de Exposições do Minascentro Belo Horizonte – MG Fone: (31) 3271-4422 DE 19/06 A 01/07/2004
SALÃO INFANTO-JUVENIL E BEBÊ Primavera – Verão Anhembi São Paulo – SP Fone: (11) 4197-9111 DE 20/06 A 23/06/2004
6ª FEIRA NACIONAL DE EQUIPAMENTOS, PRODUTOS E SERVIÇOS PARA O COMBATE A DOENÇAS EPIDÊMICAS Centro de Convenções de Pernambuco Olinda – PE Fone: (81) 3242-3507 DE 22/06 A 24/06/2004
DDW Salão Digital Design World ITM Expo São Paulo – SP Fone: (11) 3151-6444 DE 22/06 A 24/06/2004
AGROCANA’2004 2ª Feira de Negócios e Tecnologia da Agricultura da Cana-de-Açúcar Pavilhão de Exposições Paulo Merlim Sertãozinho – SP Fone: (16) 623-8936 DE 22/06 A 25/06/2004
MF 1ª Feira Brasileira de Máquinas-Ferramentas Centro de Eventos da Fiergs Porto Alegre – RS Fone: (51) 3337-3131 DE 23/06 A 25/06/2004
LACIME 2004 1ª Feira e Conferência Internacional de Turismo de Incentivo e Eventos para a América Latina e Caribe Transamérica Expo Center São Paulo – SP Fone: (11) 5505-7272
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DE 23/06 A 26/06/2004
FIT 0/16
23ª Feira Internacional do Setor Infanto-Juvenil e Bebê ITM Expo São Paulo – SP Fone: (11) 3966-3022 DE 29/06 A 02/07/2004
PONTO FINAL
Salão Internacional de Aviamentos de Moda, Beneficiamento e Acabamento Anhembi São Paulo – SP Fone: (11) 4197-9111 DE 29/06 A 02/07/2004
FENATEC TEXBRASIL Feira Internacional de Tecelagem Anhembi São Paulo – SP Fone: (11) 4197-9111 DE 29/06 A 02/07/2004
SIM Salão Internacional da Moda Anhembi São Paulo – SP Fone: (11) 4197-9111 DE 29/06 A 02/07/2004
FENIT TEXBRASIL Feira Internacional da Indústria Têxtil Anhembi São Paulo – SP Fone: (11) 4197-9111 DE 07/07 A 09/07/2004
AGROTEC 2004 Feira Internacional de Tecnologia Aplicada ao Agronegócio Centro de Exposições Imigrantes São Paulo – SP Fone: (21) 3974-2000 DE 08/07 A 18/07/2004
40ª EXPOAGRO Parque de Exposições da Acrimat Cuiabá – MT Fone: (65) 623-1011