Inovação, Gestão e Valor aos Negócios www.empreendedor.com.br
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Revolução na internet derruba custos e multiuplica oportunidades
ISSN 1414-0152
Empreendedor
A gestação de novos negócios
Ano 11 • Nº 126 • abril 2005
Ano 11 • Nº 126 • Abril 2005
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empreendedor | maio 2012
edi to ria l
Diretor-Editor: Acari Amorim [acari@empreendedor.com.br] Diretor de Comercialização e Marketing: Geraldo Nilson de Azevedo [geraldo@empreendedor.com.br] Redação Editor-Executivo: Alexsandro Vanin [vanin@empreendedor.com.br] – Repórteres: Ana Paula Meurer, Beatrice Gonçalves, Cléia Schmitz, Mônica Pupo, Raquel Rezende – Edição de Arte: Gustavo Cabral Vaz – Projeto Gráfico: Oscar Rivas – Fotografia: Arquivo Empreendedor, Carlos Pereira e Shutterstock – Foto da capa: Shutterstock – Revisão: Lu Coelho Sedes São Paulo Diretor: Fernando Sant’Anna Borba – Executivo de Contas: Osmar Escada Jr – Rua Pamplona, 1.465 – Conj. 74 – CEP 01405-002 – Jardim Paulista – Fone/Fax: (11) 3887-2193 [empreendedorsp@empreendedor.com.br] Florianópolis Executiva de Atendimento: Joana Amorim [anuncios@ empreendedor.com.br] – Rua Padre Lourenço Rodrigues de Andrade, 496 – Santo Antônio de Lisboa – 88050-400 – Florianópolis – SC – Fone: (48) 3371-8666 Central de Comunicação – Rua Anita Garibaldi, nº 79 – sala 601 – Centro – Florianópolis – SC – Fone (48) 3216-0600 [comercial@centralcomunicacao.com.br] Escritórios Regionais Rio de Janeiro Triunvirato Empresarial – Milla de Souza [milla@triunvirato.com.br] – Rua São José, 40 – 4º andar – Centro – 20010-020 – Rio de Janeiro – RJ – Fones: (21) 2611-7996/9607-7910 Brasília Ulysses Comunicação Ltda. [ulyssescava@ gmail.com] – Fones: (61) 3367-0180/9975-6660 – condomínio Ville de Montagne, Q.01 – CS 81 – Lago Sul – 71680-357 – Brasília – Distrito Federal Paraná Merconeti Representação de Veículos de Comunicação Ltda – Ricardo Takiguti [ricardo@merconeti.com.br] – Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 – conjunto 3 – Boa Vista – 82560-460 – Curitiba – PR – Fone: (41) 3079-4666 Rio Grande do Sul Nenê Zimmermann [nene@starteronline.com.br.com.br] e Renato Zimmermann [renato@starteronline.com.br.com.br] – Floresta – 90440-051 – Porto Alegre – RS – Fone: (51) 3327-3700 Pernambuco HM Consultoria em Varejo Ltda – Hamilton Marcondes [hmconsultoria@hmconsultoria.com.br] – Rua Ribeiro de Brito, 1111 – conjunto 605 – Boa Viagem – 51021310 – Recife – PE – Fone: (81) 3327-3384 Minas Gerais SBF Representações – Sérgio Bernardes de Faria [sbfaria@sbfpublicidade.com.br] – Av. Getúlio Vargas, 1300 – 17º andar – conjunto 1704 – 30112-021 – Belo Horizonte – MG – Fones: (31) 2125-2900/2125-2927 Assinaturas Serviço de Atendimento ao Assinante – [assine@empreendedor.com.br] – O valor da assinatura anual (12 edições mensais) é de R$ 118,80 à vista. Renovação de Assinatura R$ 112,86 à vista. Estamos à sua disposição de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30. Produção Gráfica Impressão e Acabamento: Coan Gráfica Editora Ctp – Distribuição: Distribuidora Magazine Express de Publicações Ltda – São Paulo Empreendedor.com http://www.empreendedor.com.br Editora: Carla Kempinski – Repórter: Raquel Rezende
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a última década, a construção civil conseguiu superar definitivamente a sofrida estagnação nos anos 1980 e 1990. As condições econômicas favoráveis do País – especialmente o baixo índice de desemprego e o aumento da renda da população – e a disponibilidade de crédito imobiliário, com prazos mais longos e juros menores, além de programas públicos como o “Minha Casa Minha Vida” permitiram que muitos brasileiros realizassem o sonho da casa própria. Em 2011, o volume dos financiamentos para aquisição e construção de imóveis cresceu 42%, índice que representa novo recorde histórico. São milhões de unidades residenciais e comerciais entregues e em construção, que consolidam o crescimento do setor. Tudo isso fez com que o número de trabalhadores com carteira assinada na construção civil dobrasse nos últimos cinco anos. No desempenho geral, o incremento foi de 11,6% em 2010 – ano excepcional, marco da recuperação – e de cerca de 5% em 2011, o que demonstra não um arrefecimento simples do ritmo, mas sim uma acomodação natural das atividades para se chegar a um ponto de equilíbrio sustentável do crescimento setorial. E o bom momento deve durar, pois o déficit habitacional no País ainda é alto – superior a 8 milhões de moradias, segundo a Abecip – e a aquisição de imóveis tem se mostrado um excelente investimento. Com crescimento acima da média mundial, os preços mais do que dobraram nos últimos cinco anos, atingindo valorização de 24,7% em 2011, índice superado apenas pela Índia. Além disso, há uma larga margem para o crédito imobiliário crescer. Hoje ele representa 4,7% do PIB total do País e a perspectiva é de que essa participação atinja 6% em 2012 e chegue a 10% em 2014. Com o mercado aquecido, as empresas da área têm se utilizado de diferentes estratégias para conquistar clientes. Entre as principais tendências estão a transformação de condomínios em verdadeiros complexos de lazer, a adoção de tecnologias sustentáveis, a aquisição e fusão de empresas para aumentar a presença no território nacional, a utilização da internet como ferramenta de vendas e inovação, além de projetos especialmente criados para atender públicos específicos. Não deixe de conferir as oportunidades na matéria de capa e demais reportagens desta edição. Alexsandro Vanin
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A Revista Empreendedor é uma publicação da Editora Empreendedor
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Nesta edição CARLOS PEREIRA
A revista Empreendedor é uma publicação da Editora Empreendedor Diretor-Editor Acari Amorim [acari@empreendedor.com.br] Diretor de Marketing e Comercialização José Lamônica [lamonica@empreendedor .com.br] Redação Editor-Executivo: Nei Duclós [nei@empreendedor.com.br] Repórteres: Alexsandro Vanin, Carol Herling, Fábio Mayer, Sara Caprario e Wendel Martins Edição de Arte: Gustavo Cabral Vaz Fotografia: Arquivo Empreendedor e Carlos Pereira Foto da capa: Grupo Keystone Produção e Arquivo: Carol Herling Revisão: José Renato de Faria Sedes São Paulo Diretor de Marketing e Comercialização: José Lamônica Executivos de Contas: Dervail Cabral e Miriam Rose Rua Sabará, 566, 9º andar, cj. 92 01239-010 - São Paulo - SP Fones: (11) 3214-5938/3214-6093 [empreendedorsp@uol.com.br]
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ANER Abril – Empreendedor
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Custo zero na telefonia
Livre acesso à rede
A VoIP é uma tecnologia que permite fazer ligações para qualquer lugar do mundo com custos próximos a zero. É possível até mesmo falar de graça, independentemente do dia da semana, horário ou duração da conversa. VoIP é a sigla em inglês de voz sobre IP e significa que, em vez de usar as linhas telefônicas tradicionais, essa tecnologia transforma o som em dados e os transfere pela internet. Apesar de ser anunciada como novidade, a VoIP foi criada nos Estados Unidos no início da década de 90. Mas só agora as redes de transmissão de dados estão fortalecidas o suficiente para suportar o volume de informação.
Disseminar o uso da banda larga por meio do wi-fi – sigla em inglês de redes sem fio de alta fidelidade – tem sido um insumo importante para a criação de empresas especializadas e um estímulo à criação de produtos e serviços. Segundo especialistas, o wi-fi é uma tecnologia vitoriosa que passou a ser adotada e desenvolvida por grandes empresas, por ser um protocolo aberto. O mundo inteiro usa. O grande obstáculo do wifi é o custo da alta tecnologia, num país onde a renda per capita é muito baixa. O próximo passo é fazer com que ele fique mais popular e acessível
Entrevista: Doreni Isaías Caramori Júnior “A saída não é o Programa Primeiro Emprego, mas sim o Programa Primeiro Negócio, que, além de gerar renda para seu criador, multiplica as oportunidades de emprego”, diz Doreni Isaías Caramori Júnior, empresário de 25 anos e o novo presidente da Confederação Nacional de Jovens Empreendedores (Conaje). Hoje, no país, existem 61 milhões de pessoas entre 15 e 34 anos, sendo que mais de um terço desse contingente está à margem do mercado formal de trabalho.
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Florianópolis Executivo de Contas: Waldyr de Souza Junior [wsouza@empreendedor.com.br] Executivo de Atendimento: Cleiton Correa Weiss Av. Osmar Cunha, 183, Ceisa Center, bl. C, 9º andar 88015-900 - Florianópolis - SC Fone: (48) 224-4441
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GRUPO KEYSTONE
GRUPO KEYSTONE
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Rede elétrica de ponta
Quem chega primeiro
Atração da mobilidade
Uma tomada da parede pode ser promovida a ponto de conexão de internet em banda larga, numa velocidade centenas de vezes mais rápida que a linha telefônica. O conceito é simples: os dados trafegam em alta freqüência e a energia em baixa, fazendo com que os serviços sejam independentes, apesar de usarem o mesmo cabo. Com a digitalização, a telefonia e a televisão são transformadas em bits e as empresas de energia têm acesso a uma fatia desse negócio. A Espanha é forte nessa área, mas nos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Suíça, Japão e Coréia do Sul o sistema já está em fase adiantada de teste ou em uso comercial.
Empreendedores lucram com venda de equipamentos, soluções e serviços para as novas tecnologias. Na esteira de uma nova tecnologia sempre existem oportunidades, sejam equipamentos e soluções para implementá-la, sejam serviços para complementá-la e aprimorá-la. No caso de VoIP e wi-fi, o Brasil está a par das evoluções tecnológicas de primeira linha nessa área. Em geral, grandes empresas multinacionais desenvolvem o hardware, aplicado por parceiros nacionais, responsáveis pela programação do sistema, na sua maior parte médias e pequenas empresas como aquelas que criam e oferecem serviços para usuários.
A princípio, o que mais chama a atenção das empresas é a possibilidade de eliminar gastos com telefonia, que em certos casos chega a uma redução de 70% após o investimento inicial em equipamentos e sistema. Mas a mobilidade proporcionada por tecnologias como VoIP, wi-fi e PLC é a principal vantagem apontada por especialistas, o que se reflete na diminuição da perda de tempo nos processos e do tempo de resposta de grupos de trabalho, e se traduz em aumento da produtividade da corporação. Isso tem feito que cada vez mais empresas e instituições passem a aderir a essas tecnologias.
LEIA TAMBÉM Cartas ................................................ 7 Empreendedores ...............................12 Não Durma no Ponto ........................16 Pequenas Notáveis ..........................52
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Produtos e Serviços .................................... 68 Do Lado da Lei............................................. 70 Leitura .......................................................... 72 Análise Econômica ...................................... 76 Indicadores .................................................. 77 Agenda .......................................................... 78
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Empreendedor – Abril
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Empreendedor na Internet ..............82
GUIA DO EMPREENDEDOR
Editorial
de Empreendedor para Empreendedor
Assinaturas Para assinar a revista Empreendedor ou solicitar os serviços ao assinante, ligue 0800 48 0004. O valor da assinatura anual (12 edições mensais) é de R$ 72. Aproveite a promoção especial e receba um desconto de 16,7%, pagando somente R$ 60. Estamos à sua disposição de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h30min. Se preferir, faça sua solicitação de assinatura pela internet (www.empreendedor.com.br) ou pelo e-mail assine@empreendedor.com.br.
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Correspondência As cartas para as revistas Empreendedor, Jovem Empreendedor, Revista do Varejo, Cartaz, Guia Empreendedor Rural e Guia de Franquias, publicações da Editora Empreendedor, podem ser enviadas para qualquer um dos endereços abaixo: São Paulo: Rua Sabará, 566 - cj. 92 CEP 01239-010 - São Paulo - SP Rio de Janeiro: Rua da Quitanda, 20, gp. 401 - Centro - 20011-030 - Rio de Janeiro - RJ Brasília: SETVS - Quadra 701 - Centro Empresarial - Bloco C - cj. 330 - CEP 70140-907 - Brasília - DF Rio Grande do Sul: Rua Arnaldo Balvê, 210 - Jardim Itú - 91380-010 - Porto Alegre - RS Santa Catarina: Av. Osmar Cunha, 183 - Bloco C - cj. 902 - CEP 88015-900 Florianópolis - SC Paraná: Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 - Cj. 01 - Boa Vista 82560-460 - Curitiba - PR Pernambuco: Rua Ribeiro Brito, 1111, cj. 605 - Boa Viagem - CEP 51021-310 - Recife - PE Minas Gerais: Av. Getúlio Vargas, 1300, 17º andar, cj. 1704 CEP 30112-021 - Belo Horizonte- MG Os artigos deverão conter nome completo, assinatura, telefone e RG do autor, e estarão sujeitos, em função do espaço, aos ajustes que os editores julgarem necessários.
Abril – Empreendedor
A
palavra revolução, tão sedutora para o marketing mas tão penosa para os negócios desafiados pelas surpresas, oferece uma armadilha, que pode ser sintetizada num alerta: o que muda de fato é o modo como as coisas mudam. Não adianta achar que a transformação se opera de maneira previsível: algo está num ponto e supostamente evolui para um novo patamar. Ocorre o inusitado: algo está num ponto e deixa de existir, ou torna-se obsoleto; no seu lugar não surge nada diferente; o que surge é uma outra coisa, de natureza diversa, em um ponto ainda inédito para a percepção tradicional. Quando houve o boom das pontocom, essa armadilha mostrou seu poder. Havia a certeza de que bastava carregar para a internet o acervo acumulado em décadas de experiência (a modernidade prérede mundial de computadores). Ou ainda adotar uma cultura formatada na última hora, pretensamente revolucionária, para que, de cada mouse, começasse a jorrar petróleo. A realidade mostrou que as coisas não funcionam assim. A conseqüência mais grave dessa frustração foi que houve um desencanto em relação ao binômio internet/ne-
gócios, como se fossem incompatíveis, ou complementares (a rede, nesse caso, funcionaria como uma espécie de carregador de piano para algumas idéias novas). Esta edição comprova que a radicalidade da revolução é bem mais profunda. Os avanços da tecnologia jogam por terra alguns privilégios monopolizados por grandes prestadores de serviços, abrindo um leque infinito de possibilidades para quem precisa agir rapidamente na economia globalizada. Isso faz de cada invenção um negócio diferente, e de cada implantação de soluções um gatilho para negócios inéditos. É o que existe de mais importante no empreendedorismo do novo século: é possível queimar etapas em direção a um tipo de resultado nunca imaginado antes. Não se trata de trafegar num universo imponderável ou imprevisível, ao contrário. É o momento de driblar adversidades lançando mão do que está sendo oferecido na praça, ainda sem uma divulgação adequada. Muitos interesses estão em jogo, mas para esta revista o que vale é o que o empreendedor precisa saber para conquistar espaços e superar obstáculos.
CARTAS PARA A REDAÇÃO Correspondências por e-mail devem ser enviadas para redacao@empreendedor.com.br. Solicitamos aos leitores que utilizam correio eletrônico colocarem em suas mensagens se autorizam ou não a publicação de seus respectivos e-mails. Também pedimos que sejam acrescentados o nome da cidade e o do estado de onde está escrevendo.
CEDOC O Centro de Documentação (CEDOC) da Editora Empreendedor disponibiliza aos interessados fotos e ilustrações que compõem o nosso banco de dados. Para mais informações, favor entrar contato pelo telefone (48) 224-4441 ou por e-mail (imagem@empreendedor.com.br).
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Cartas
Quanto vale sua marca?
Aprendendo a empreender Olá, tudo bem? Sou assessor de coordenação de um colégio que está implantando um projeto de empreendedorismo para os alunos da 1ª série de Ensino Médio e gostaria muito de informações sobre projetos similares que estejam acontecendo em outras instituições e/ou orientações para a condução deste projeto junto aos alunos e professores. Antecipadamente agradeço!!! Adriano Carlos Nogueira
Nota da redação: Leia a entrevista desta edição com Doreni Isaías Caramori Júnior, novo presidente da Confederação Nacional de Jovens Empreendedores (Conaje) e veja os projetos para jovens empreendedores que ele está difundindo. O Sebrae nacional é também outra instituição que poderá dar valiosos subsídios para sua brilhante iniciativa.
Novos colaboradores Gostaria de poder colaborar com essa estimada revista. Sou consultor empresarial; mestrando em Administração e com mais de 14 anos de experiência em desenvolvimento de projetos de consultoria; diretor da Braga & Lima Consultoria Empresarial, empresa voltada para a área de gestão e reestruturação de empresas. Possuo algumas matérias prontas. Se vocês precisarem de ajuda para alguma matéria específica é só entrar em contato comigo. Leonardo Lima
Nota da redação: Parabéns pelo seu trabalho, Leonardo. Contamos com você como fonte de reportagens sobre assuntos da sua especialidade.
Casos exemplares Sempre me espelho nos exemplos que esta revista divulga. Pessoas com fé e força de vontade que dão lição aos nossos governantes e que deveriam ser mais valorizadas, não apenas nas campanhas eleitorais.
Senhor editor: Todo dia tem alguém dizendo que a marca é o ativo mais importante da empresa, que vale isso ou aquilo. Que a publicidade ajuda a construir a imagem da marca, o atendimento é importante para valorizar a marca: marca, marca, marca... Não sei por que perdem tanto tempo tentando nos convencer que a marca é importante, afinal, no Brasil os empresários não dão valor para a marca mesmo. Você que está lendo esse artigo já registrou a sua marca? Não? Viu como eu tenho razão?! Marca não vale nada; se fosse tão importante, o registro seria obrigatório! Vou provar novamente: em 2003 foram criadas 43 mil novas empresas no Rio Grande do Sul segundo números da Junta Comercial, e sabe quantas marcas novas foram depositadas? Só 6 mil! Mas não se empolgue: mais de 50% dessas marcas foram novos logotipos para marcas já existentes, daquelas poucas empresas que dão valor à marca. Então, temos umas 3 mil marcas realmente novas – viu? Se a maioria faz uma coisa é porque esse deve ser o caminho a ser seguido, não é? Então, se a maioria não registra a marca, isso é o que deve ser feito. Mas não se preocupe: essas empresas que registram marcas não devem durar muito tempo, logo só existirão empresas sem marca. Afinal, Marcopolo, Embraco, Mueller Eletrodomésticos, Fitesa, Multibrás, empresas assim, que ficam perdendo tempo e gastando dinheiro com bobagens como a marca (ou pior, patentes), estão com os dias contados! Desperdiçar dinheiro em época
de crise, que loucura! Para que se preocupar com marca? Afinal, se der problema a gente muda de nome, não é mesmo? A “inovação” não é tão valorizada? Então, você pode inovar e ter uma empresa que muda de nome todo ano. Já pensou? Não vai ser interessante, cada ano uma marca nova – modernidade total?! Conheço uma empresa que usava a mesma marca há 40 anos, agora não usa mais. Uma outra empresa registrou a marca deles e os obrigou a mudar – ainda bem! Já pensou, 40 anos o mesmo nome, enjoa, não é? Agora sim eles estão mais modernos, nome novo, fachada nova, tudo novo, como se estivessem começando agora. Mas sabe que, às vezes, eu também fico influenciado com essa baboseira de marca ser importante, fico pensando que, se ela realmente tivesse valor, seria protegida – por que o que é importante a gente protege, não é? Fazemos seguro do carro, da casa, seguro-saúde para os filhos, previdência privada, essas coisas para proteger o que consideramos importante. Talvez exista um seguro para marca também. Se a marca tivesse valor, poderíamos contabilizá-lo, ganhar dinheiro com ela, vender, alugar (licenciar), quem sabe algo mais complexo, como o tal franchising ou pelo menos impedir que alguém a copie, afinal, ninguém copia coisa ruim, não é? Se alguém copia, é porque é bom, certo? Mas isso é loucura... deixa pra lá... MARCA NÃO VALE NADA. Rudinei R. Modezejewski
E-Marcas Propriedade Intelectual www.e-marcas.com.br Porto Alegre – RS
Microcrédito A completa reportagem sobre microcrédito na revista Empreendedor (edição 125) é um dos destaques do jornalismo econômico brasileiro neste ano. Parabéns. Rio de Janeiro – RJ
Belo Horizonte – MG
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Empreendedor – Abril
2005
Paulo Arruda Azembert
Carlos Botelho Vibre
Entrevista
Doreni Isaías Caramori Júnior
Luta pelo primeiro negócio Num cenário de escassez de empregos, essa é a melhor solução para gerar renda e multiplicar postos de trabalho, segundo o novo presidente da Confederação Nacional de Jovens Empreendedores (Conaje)
2005
por
Alexsandro Vanin
“A saída não é o Programa Primeiro Emprego, mas sim o Programa Primeiro Negócio, que além de gerar renda para seu criador, multiplica as oportunidades de emprego”, diz Doreni Isaías Caramori Júnior, empresário de 25 anos e o novo presidente da Confederação Nacional de Jovens Empreendedores (Conaje). Hoje, no país, existem 61 milhões de pessoas entre 15 e 34 anos, sendo que mais de um terço desse contingente está à margem do mercado formal de trabalho. É essa deficiência que a Conaje pretende combater, não apenas apontando falhas no sistema, mas também sugerindo e criando caminhos para o estabelecimento de um país de empreendedores competentes, capazes de vencer a barreira dos quatro primeiros anos de vida de um empreendimento, que 60% das empresas não superam. A estratégia da entidade divide-se em três linhas: capacitação empreendedora e gerencial, ampliação da rede de relacionamento e representação do grupo. Abril – Empreendedor
Caramori, natural de Caçador (SC), divide seu tempo entre São Paulo e Florianópolis, onde tem negócios, e participação em entidades e movimentos empresariais, inclusive a Conaje, que preside desde o início do mês. Formado em Administração de Empresas pela EAGSP-FGV e em Direito pela Makenzie, e pós-graduado em Matemática Aplicada em Finanças pelo IME/FEA-USP, ele sempre procurou participar de movimentos e entidades empresariais. “Eu invisto muito em relacionamento, esse é o meu maior capital.” Além de fundador dos conselhos de jovens empreendedores de São Paulo (Facesp) e de Santa Catarina (Cejesc), foi membro do Comitê de Serviços da Câmara de Comércio Brasil–EUA (Amcham) e presidente do Comitê de Serviços da Câmara de Comércio Brasil–Espanha (ECCO). O jovem empreendedor, que herdou o tino empresarial da família, proprietária do Grupo Reunidas, que atua na área de transporte coletivo, de cargas
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e encomendas, tem participação em cinco negócios: a Locus, uma locadora de escritórios virtuais em São Paulo; a K2O, consultora especializada em captação de recursos para investimentos; a Brastap, que opera com logística e transporte de encomendas em bagageiros de ônibus (por meio de um pool de companhias rodoviárias); a Floripa Folia, empresa de eventos; e a Rádio Santa Catarina. A seguir, conheça um pouco mais a visão de Caramori e seus planos à frente da Conaje. Empreendedor – O Brasil possui um grande contingente de jovens desempregados, com poucas perspectivas de conseguir entrar no mercado de trabalho formal, o que consiste num desperdício de recursos humanos e talentos. Qual a sua opinião sobre esse cenário?
Doreni Isaías Caramori Júnior – Este é um problema de conjuntura do país. A formação do Brasil e a maneira como ele se desenvolveu economicamente geraram uma série de agra-
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vantes sociais, que fazem com que a juventude cresça sem ter colocação profissional. As empresas geram pouco ou nenhum emprego, e a cultura também não é voltada para o empreendedorismo, para a própria pessoa criar seu emprego. Mas o nosso papel na Conaje é mais de criar alternativas e soluções do que simplesmente fazer observações e críticas ao modelo existente. Se algumas pessoas desviam-se para a criminalidade por necessidade, e passam a roubar ou traficar, por exemplo, por falta de trabalho e renda, nós entendemos que deve haver um estímulo para criar espaço para esses jovens. Isso não exige apenas desenvolvimento econômico, como diz o governo, por que isso representa um aumento do faturamento das empresas, e não necessariamente reflete um aumento dos postos de trabalho, e nem mesmo que essa renda esteja sendo distribuída. É preciso um trabalho de crescimento de empregos. No entanto, pela via tradicional, isso é muito difícil, porque as empresas procuram automatizar processos, reduzir custos com mão-de-obra, etc., essa é uma tendência global. Agora, acreditamos que possa ocorrer uma evolução pela via do empreendedorismo, a principal bandeira da Conaje. Antes de estimularmos o primeiro emprego, é preciso estimular o auto-emprego, o primeiro negócio. E cada auto-emprego gera novas posições de trabalho, porque um empreendimento bem estruturado, com plano de negócios, com certeza exige a contratação de mãode-obra, desde o office-boy e a secretária até o profissional especializado, e a empresa vai crescendo e contratando mais pessoas.
Doreni – Este é o trabalho da Conaje, que atua em três diferentes vias. A primeira é a capacitação, não só técnica, mas também de transferência de experiências, mostrar caminhos e iniciativas bem-sucedidas, mostrar aos jovens ainda nos bancos escolares que o empreendedorismo é uma alternativa de carreira, esclarecer aos
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Empreendedor – De que forma é possível estimular o empreendedorismo entre os jovens?
“Cada autoemprego gera novas posições de trabalho, porque um empreendimento bem estruturado exige a contratação de mão-de-obra”
universitários que, se eles forem profissionais liberais e tiverem um consultório, um escritório, uma agência, por exemplo, eles são empreendedores, e também mostrar para os membros do movimento que já são empresários, como sair de problemas comuns na vida de uma empresa, como enfrentar crises de mercado, etc. O ministro Furlan, um grande incentivador do movimento, tem a seguinte frase: “Inteligência é aprender com os próprios erros, e sabedoria é aprender com o erro dos outros”. Porque não há nem mesmo o desgaste de errar. A capacitação é uma das vias de estímulo ao empreendedorismo, ou seja, criar um empreendedor que tenha condições de perpetuar seu negócio, estimular o jovem a empreender por oportunidade e não apenas por necessidade. A segunda via é a rede de relacionamento. A Conaje tem como um de seus objetivos ser uma grande rede de relacionamento entre os jovens empreendedores brasileiros, em três sentidos: institucional, entre os grupos de trabalho; pessoal, possibilitando negócios, parcerias, abertura de empresas, intercâmbio de informações, etc.; e profissional. A terceira via é a da representatividade. Como soma, temos muito mais valor do que um jovem sozinho, e com isso podemos desenvolver um caminho de políticas públicas propício ao empreendedorismo. A principal delas é a eliminação de barreiras, como a alta carga tributária, excesso de burocracia, sistema de solução de conflitos ruim, acesso ao crédito e à informação. Para cada uma delas propomos iniciativas. Hoje temos o objetivo de montar a bancada parlamentar do empreendedor, dar continuidade à Feira do Imposto, e na área de acesso ao crédito temos um projeto bem encaminha-
Entrevista
Doreni Isaías Caramori Júnior DIVULGAÇÃO
vras empreendedor e competente. E, por outro lado, como o Sebrae é uma entidade nacional, com entrada em todos os estados, a Conaje espera conseguir estabelecer associações nos lugares onde não está presente.
do, que é o Primeiro Negócio, uma linha de crédito específica para o jovem empreendedor, na faixa de R$ 50 mil a R$ 200 mil, com fundo de aval do Banco Mundial, taxa de juros menor, menos burocracia, e também com parceria com empresas júnior, para o desenvolvimento de consultorias.
Empreendedor – A Conaje faz parte do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Governo Lula. Que outros canais políticos ela possui e quais são os avanços obtidos?
Empreendedor – Em que habilidades os jovens empreendedores mais precisam orientação e capacitação profissional?
Doreni – O empreendedorismo envolve uma série de habilidades. A primeira delas é a técnica, a habilidade de gestão. Depois temos deficiências também em negociação, pró-atividade, relacionamento, capacidade de assumir riscos e outras. Empreendedor – Quais são as maiores dificuldades enfrentadas pelos jovens em seus empreendimentos?
Doreni – Existem dois grupos de dificuldade. Um deles é de perfil, a falta de competências essenciais ao empreendedorismo, a falta de capacitação. O outro é de dificuldades estruturais, do ambiente onde ele está inserido, que vai desde a alta carga tributária, passando pelo alto nível de burocracia e o complicado sistema de resolução de conflitos, até a alta taxa de juros, dificuldade de acesso ao crédito e à informação. Nossa solução é a capacitação e a ampliação da rede de relacionamento, no caso do primeiro grupo, e a representividade para resolver problemas estruturais, levando ao governo soluções diferentes e criativas.
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Empreendedor – O que é o Projeto Empreendente e qual seu objetivo?
Doreni – É um projeto com dois objetivos paralelos, mas complementares. A Conaje tem como objetivo principal a capacitação, e o Sebrae Abril – Empreendedor
“Queremos a criação de uma linha de crédito específica para o jovem empreendedor, na faixa de R$ 50 mil a R$ 200 mil” chegar na ponta, porque hoje ele tem uma séria dificuldade em chegar nos jovens. A Conaje é um caminho para capacitarmos 5,4 mil jovens – o nome do projeto vem da junção das pala-
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Doreni – A Conaje tem um assento na área de micro e pequenas empresas, junto com 92 representações econômicas e sociais, e além disso é conselheira do Programa Primeiro Emprego, com outras 17 entidades, 12 delas ministérios. A instituição também participa do Fórum Econômico Mundial, em Davos. O avanço vem em termos de abertura de canais. Já que tudo no governo funciona com relacionamento político, então o conselho e outros canais nos dão força política maior, por fazermos parte de um grupo de elite, de liderança, e assim conseguir implementar os vetores de trabalhos, especialmente a representação. Empreendedor – Em relação à instituição, quais são as metas da nova gestão?
Doreni – Expandir e fortalecer a Conaje, através da presença nos 27 estados, e ampliar de 9 mil para 15 mil jovens empresários associados. Vamos desenvolver também um banco de dados, gerando estatísticas e informações sobre o segmento, o que nos possibilitará conhecer melhor quem representamos.
Linha Direta Doreni Isaías Caramori Júnior (11) 6193-0525
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Empreendedor – Abril
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Marcelo Brognoli
Meio século de crescimento Marcelo Brognoli, presidente da Brognoli Negócios Imobiliários, tem motivos de sobra para comemorar os 50 anos de seu empreendimento. Além de começar o ano de 2005 como uma das empresas-referência do setor no Brasil (com cerca de 10 mil imóveis em pauta), a Brognoli aumentou o número de postos de tra-
balho – em 15 anos, o quadro de funcionários cresceu 500%, chegando a quase 200 colaboradores. Para atender melhor ao público, Marcelo diversificou os negócios e investiu em prestação de serviços, como assessoria em reformas, administração de condomínios, advocacia e incorporações. www.brognoli.com.br
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Novas contas Com diversos prêmios no currículo e passagens pelas maiores agências de publicidade do Sul do Brasil, o publicitário Marcelo Firpo é o novo diretor de Criação da Mercado Propaganda. Famosa no circuito nacional por atender as contas da Marisol, Bretzke Alimentos, Datasul e Albany International, a Mercado contará com a experiência de Firpo para a conquista de pelo menos três novas contas este ano e também para incrementar o atendimento da agência, que teve 20% de aumento nos lucros em 2004. www.mercado.ppg.br
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Renata Arassiro
Sabor de chocolate
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Marcelo Firpo
A chef Renata Arassiro, especialista na manipulação de chocolate belga, surpreendeu-se com o apetite das candidatas a Miss Brasil 2005. Durante a participação em um programa de TV, as garotas deixaram a dieta de lado e provaram com vontade as receitas criadas pela chocolatière. Sem culpa na consciência, as misses revelaram que fazem do chocolate uma “arma” para acalmar a adrenalina e que não dispensam a delícia do cardápio. Renata, que fez cursos na Bélgica e hoje dá palestras e workshops em todo o Brasil, acertou em cheio o paladar requintado das beldades. renata.arassiro@bol.com.br Abril – Empreendedor
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Por Carol Herling carol@empreendedor.com.br
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Josiédi Pires
Lazer off road O zootecnista Josiédi Pires, que atua na Divisão de Aves e Suínos da Bayer Saúde Animal, é um dos favoritos da categoria Prodution da Copa Two Days de Enduro F.I.M., cuja primeira etapa será realizada em junho na cidade de Itatinga (SP). Pires, que há cinco anos é praticante de motocross, começou a correr para driblar o stress no trabalho e hoje concorre nas categorias off road amadoras – como rallyes, enduros e trilhas. Mesmo já tendo faturado vários títulos, como o Enduro de Regularidade do Interior Paulista de 2003 na categoria Master, Pires pretende continuar correndo apenas por hobby. www.bayer.com.br/bhc
Márcio Assis
Marco Aurélio Luciano
Reconhecimento espanhol
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Investimentos no Sul Marco Aurélio Luciano, responsável pela Divisão de Hotéis do Grupo Habitasul, anuncia a expansão da empresa na região Sul do país. A cidade de Florianópolis deve receber, ainda este ano, um investimento de R$ 70 milhões com a construção do IL Campanário. O novo resort terá 266 apartamentos de alto padrão arquitetônico e tecnológico e funcionará no sistema de condomínio. Outro empreendimento em construção é o Laje de Pedra Mountain Village, orçado em R$ 12 milhões, que será um dos atrativos da empresa na Serra Gaúcha. Já o tradicional hotel Laje de Pedra, localizado em Canela (RS), passa por obras de reestruturação de fachada e dos apartamentos e recebeu mais de R$ 8 milhões em investimentos. www.habitasul.com.br Empreendedor – Abril
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A multinacional espanhola Sivsa elegeu o executivo Márcio Assis como o novo diretor geral da empresa no Brasil. Com 15 anos de atuação no mercado europeu, a Sivsa iniciou suas atividades no país em 1998 e desde 2002 conta com a experiência de Assis – que na época tinha sua própria empresa, a Advensys – para a implantação e comercialização de softwares na área hospitalar. Com a fusão entre as empresas, Márcio Assis passou a ser o principal nome da Sivsa em território nacional e hoje é responsável por todas as decisões relativas aos clientes brasileiros. www.sivsa.com.br
Giovanni Costa
(o equivalente a cerca de 30 toneladas de carne) nos próximos 12 meses e ganhar exclusividade na importação das plumas da Klein Karoo. As plumas serão vendidas para as escolas de samba do Rio de Janeiro e de São Paulo e também para empresas de espanadores e travesseiros. www.avestro.com.br
Caio Penteado, Ilton Fernando e Luis Antonio Nascimento
Carla Zini
Talentos na gerência
Carla Zini, supervisora da área de importação e exportação da Umicore Brasil, é uma das responsáveis pelo sucesso da empresa em uma concorrência internacional. A estratégia criada por Carla e que garantiu a realização de negócios na Austrália baseou-se na isenção de impostos desde a importação de matérias-primas até a exportação do produto acabado e no desenvolvimento de parcerias com empresas australianas para facilitar a logística de transporte e armazenamento dos produtos. O contrato da empresa em território australiano será de cinco anos. www.umicore.com
Sucesso na Austrália
Caio Penteado, Ilton Fernando e Luis Antonio Nascimento são os novos gerentes de contas da Ziva, que atua no segmento de telecomunicações. Com experiência de mais de dez anos no atendimento de empresas como Pial Legrand, Sodexho e Nextel, os executivos chegam à Ziva com informações, contatos e expertise para alcançar as metas da empresa, que pretende atingir o mercado de empresas privadas de todo o Brasil. Entre as ações a serem implantadas estão um novo planejamento estratégico, a modernização do centro de gerenciamento de redes e a contratação de novos funcionários. www.ziva.com.br
Célio Martins
Conquista internacional
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Empresas de confecções de diversos países concorreram ao International Award for Quality in Textiles & Clothing, e a grife vencedora no segmento infantil foi a brasileira Infantilândia, que faz parte do conglomerado têxtil Pacífico Sul. Célio Martins, presidente do grupo, participou da cerimônia de premiação, que aconteceu na Espanha. Criada em 2001, a Infantilândia tem cinco lojas próprias distribuídas por Santa Catarina, Paraná e São Paulo, sendo a primeira marca brasileira a conquistar esse prêmio na categoria infantil. www.pacificosul.com.br Abril – Empreendedor
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Giovanni Costa, diretor-presidente da Avestro S.A., fechou uma importante parceria com a empresa africana Klein Karoo para expandir sua presença no mecado internacional de estrutiocultura (criação e comercialização de avestruzes). Com o convênio firmado, a Avestro vai exportar, via Klein Karoo, cerca de 10 mil aves
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Parceria africana
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Não Durma no Ponto
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O mundo reduzido do cargo Assim se pensava: o chefe era a cabeça da empresa e os funcionários formavam o corpo. Nada mais simples, transparente mesmo, para ilustrar a “filosofia” empresarial do passado. Só uma pessoa pensa, enquanto os demais se limitam a executar. Como se fossem, literalmente, desprovidos de cabeça, vale dizer, cérebro. E aqui nem vamos lembrar de emoções, sensações, sentimentos – que isso tudo ficava pendurado na recepção... Mas voltemos ao desenho. Como nenhum outro, o organograma vertical traduzia a estrutura fisiológica. Esta, porém, ao transformar os seres humanos em mera mão-de-obra, agride as leis da natureza. Ora! Pensar é um dom natural e, se as pessoas não estão fazendo uso desse dom, todos perdem: elas mesmas, a empresa, e a própria natureza... subutilizada. Reduzir o indivíduo ao tamanho do seu cargo é lutar contra a natureza. Senão, vejamos: os mercados são ambientes voláteis e flexíveis. Completamente diferentes, portanto, das estruturas organizacionais verticais, onde cada caixinha do organograma representa um cargo. Os cargos, em geral, não são flexíveis. São contidos em si mesmos, como que engessando os recursos neles investidos em determinadas práticas, não raro repetitivas, sem nenhum estímulo. Portanto, cargos rígidos não estão em sintonia com os ambientes flexíveis. Os mercados mudam, os desafios se alteram, os objetivos são reparados, mas os cargos continuam os mesmos. Na verdade, uma incoerência absoluta. Não resiste a uma reflexão mínima. Porém, Abril – Empreendedor
essa é uma prática ainda muito difundida. O assunto cargo, salário e carreira sempre tomou espaço e tempo dos setores ligados aos recursos humanos. Prevalecia a eficiência, que implicava uma série de fatores combinados: o trabalho primoroso, a assiduidade e a pontualidade no cumprimento da jornada de trabalho e o esmero na tarefa executada. Eficiência
“Cargos rígidos não estão em sintonia com os ambientes flexíveis. Os desafios se alteram, os objetivos são reparados, mas os cargos continuam os mesmos” nota dez; contribuição com resultados nota zero. É possível que funcionários bem intencionados sejam eficientes em seus cargos e levem a empresa à falência. Incoerência? De jeito nenhum! Pense um pouco e chegará à mesma conclusão. Os ambientes mudam e as empresas mantêm os cargos com as mesmas atribuições. Mas não é só isso que faz com que os cargos estejam mais para problema do que para solução.
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Acontece que, na realidade corporativa atual, os desafios a enfrentar exigem novos conhecimentos; são, portanto, muito mais complexos do que as atribuições previstas (ou descritas) em cada cargo ou função. Com um agravante poderoso: há que se manter dentro da bolha, porque qualquer movimento para fora é considerado rebeldia ou, pior ainda, risco para os demais e as chefias. Cargo é uma herança da era industrial e que exige um comando gerencial. Nas empresas onde o poder é centralizado, a descrição de cargos é ainda muito valorizada. Eles existem justamente para facilitar o comando e a obediência. Nas empresas progressistas, bem ao contrário, as principais ferramentas do líder são a visão e os valores e estas estimulam o surgimento e a evolução de colaboradores com comportamento empreendedor. É preciso compreender a diferença entre obediência e compromisso. O cargo foi inventado para que as pessoas pudessem prestar obediência ao chefe e à corporação. O que se deseja, na verdade, é compromisso. Mas o que se oferece, nesse caso, é uma possibilidade de submissão. Sim, porque compromisso implica livre escolha, ou seja, um ato de vontade própria. Um valor só é um valor se for voluntariamente escolhido. Uma visão só possui força se for compartilhada. O papel da liderança Chefe, então, nessas empresas – e isso, por mais anacrônico que pareça, ainda existe! – é aquela criatura que
por Roberto Adami Tranjan Educador da Cempre Conhecimento & Educação Empresarial
o líder provoca os paradigmas, rompe com bloqueios e atua como um legítimo agente de mudança. Sem o menor espaço, em sua cabeça, para os tradicionais “não dá” ou “não vai ser possível”. Afinal, a perseverança é uma de suas principais virtudes. O líder ajuda as pessoas a ver a empresa como um todo. Perceber a empresa como um todo é aprimorar a capacidade de diagnose e de compreensão dos problemas e de suas causas. Quando o líder permite (e, mais ainda, estimula) que todos enxerguem a empresa como um todo, o potencial de resolução de problemas da equipe se eleva consideravelmente. 3) Tem um talento especial para incentivar a participação, exatamente o fator que produz os melhores resultados – do clima e energia no ambiente de trabalho ao comprometimento real e ao nível de satisfação detectado. Infelizmente, ainda prevalece o tipo de empresa cujo modelo de liderança é autoritário e centralizador. 4) O líder é um educador ou não é um líder. Quando a informação e o conhecimento estão centralizados no chefe, isso configura uma forma de exercer o poder e o controle. Quem tem informação tem o poder e, pensando assim, o chefe cria uma legião de dependentes e de submissos. Na empresa progressista o líder sabe que o conhecimento é um capital que não se reduz com o compartilhamento. Ao contrário, quando uma empresa tem 1 de capital intelectual na cabeça de seu principal líder, esse capital se transforma em 2 no exato momento em que for partilhado com outra pessoa e daí, sucessivamente, multiplicado. Essa é a mágica: o de poder partilhar o conhecimento com todas as pessoas e
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“integralizar” na empresa um elevado capital intelectual internalizado em seus “ativos humanos”. O mundo definitivo do talento Quando o inventor e empreendedor Thomas Edison precisava contratar um novo empregado, lançava a ele uma pergunta: “Quanto de água cabe em uma lâmpada?” Havia duas maneiras de descobrir a resposta. Alguns candidatos, baseados em suas inteligências lógico-matemáticas e espaciais mediam todos os ângulos da lâmpada e a partir desses números estimavam a quantidade de mililitros capaz de resolver a questão. O cálculo não era fácil, devido ao formato da lâmpada. Mesmo um candidato muito familiarizado com cálculos não levava menos de 20 minutos para descobrir a resposta. A segunda maneira era encher a lâmpada de água e depois derramar o conteúdo em um recipiente cujas medidas eram conhecidas. O tempo total para quem adotava essa opção era de cerca de um minuto. É claro que Thomas Edison rejeitava os candidatos que adotavam a primeira maneira e contratava os que escolhiam a segunda. Edison sabia que mais importante do que os conhecimentos era a capacidade de resolver problemas. E isso tem a ver com talento. Mas lembre-se: os talentos só afloram se os cargos não atrapalharem.
Linha Direta Roberto Adami Tranjan (11) 3873-1953 www.cempre.net roberto.tranjan@cempre.net Empreendedor – Abril
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insiste em levar as pessoas para onde elas não querem ir. Para isso, usa vários artifícios: o relógio de ponto, para que elas sejam assíduas e pontuais; o cargo, para que elas não esqueçam dos seus compromissos de rotina; as normas e regulamentos, para que elas não fiquem inventando moda. As empresas que mantêm essas práticas hoje se debatem com a baixa produtividade e com o baixo nível de comprometimento dos seus funcionários. A empresa progressista, por sua vez, funciona como uma comunidade de trabalho e a liderança se origina do consenso entre as pessoas de que uma delas tem capacidade de conduzi-las para um ponto que, sozinhas, elas não atingiriam. Para ter esse reconhecimento, a liderança tem de transmitir confiança, tem de demonstrar coragem, dedicação, ser, enfim, um exemplo vivo da visão que apregoa, o que também implica integridade, inspiração e capacidade para se comunicar. Difícil? Depende do modelo mental que se adota. Se é aquele que acredita que as pessoas não são confiáveis, não querem realizar um bom trabalho, são preguiçosas e negligentes, então o líder será vítima dos seus próprios preconceitos. Quem será capaz de seguir um líder que não aprecia nem valoriza os seus liderados? Existem outras características do líder da empresa progressista: 1) Está concentrado no futuro. Sabe que é lá que estão as oportunidades, as idéias que sugerem inovações e o resto das vidas de todos os envolvidos. Mas o futuro não é algo que se aguarda. O futuro é construído e sem demora. Uma obra que começa no presente. 2) Como bom pensador sistêmico,
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Uma nova geração de oportunidades
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permite o transporte de dados pela tomada elétrica e possibilita a universalização dos serviços digitais. Vigiadas por olhares atentos do mercado, essas tecnologias têm outro papel essencial, que é promover em um curto espaço de tempo a inclusão digital da geração que vai comandar o futuro do país. O Brasil ainda padece – assim como de outras formas de desigualdade social – da triste sina de estar entre os mais desplugados do mundo. A constatação é da International Telecommunications Union (ITU), agência ligada à ONU, que classifica o Brasil como o 65º colocado entre os países com maior acesso digital, num ranking construído com base na infraestrutura, preço, alfabetização, qualidade e número de usuários. O acesso às tecnologias da informação e comunicação no Brasil é inferior ao de países como Kuwait, Costa Rica, Jamaica, Uruguai e Chile. Mas felizmente grandes avanços vêm sendo feitos nessa área, e a conectividade já é um pensamento que simboliza uma época: as empresas sabem que o principal nicho está no setor das inovações tecnológicas, uma área que progride em alta velocidade. Empreendedor – Abril
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Cada vez mais, técnicos, engenheiros e cientistas vêm pesquisando tecnologias que mais parecem uma sopa de letrinhas – VoIP, PLC, 802.111b, wi-fi, wi-max –, todas elas nascidas em função da internet e capazes de fazer com que as informações circulem mais rapidamente ao redor do globo. Mais do que meras técnicas, essas tecnologias se transformaram numa tendência e agora começam a ser empregadas a favor dos negócios, no Brasil e em outros países. A VoIP se transformou na mais anárquica de todas as novidades. Promete uma redução de custos sem precedentes na conta telefônica, possibilitando, em certos casos, conversar por horas a fio sem pagar nada. Já o wi-fi faz da mobilidade um mote, e é destinado a empresários e executivos que tratam a internet não só como uma ferramenta, mas também como uma parte essencial de um novo modelos de negócios. Essencialmente prático, o wi-fi libera os computadores do emaranhado de cabos e fios que prendem o usuário à mesa de trabalho, e promove o acesso à internet, na mesa de um café ou num saguão de aeroporto. Por fim o PLC, sigla em inglês para comunicação via linha de energia, é uma técnica que
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Telefonia via Web Os novos serviços que surgem quando já é possível fazer ligações para qualquer lugar do mundo com custos próximos a zero Wendel Martins
Revolução. Nunca essa palavra foi dita com tanta propriedade quando associada a quatro letras que vêm causando sensação no setor de telefonia: VoIP. O motivo é simples: essa tecnologia permite fazer ligações para qualquer lugar do mundo com custos próximos a zero. É possível até mesmo falar de graça, independentemente do dia da semana, horário ou duração da conversa. VoIP é a sigla em inglês de voz sobre IP e significa que, em vez de usar as linhas telefônicas tradicionais, essa tecnologia transforma o som em dados e os transfere pela internet, como se fosse um arquivo comum. “Assim como não existe diferença entre um e-mail local e um internacional, as ligações DDD e DDI vão acabar”, diz Mário Leonel Neto, presidente e sócio-fundador da Primeira Escolha, nova operadora de telefonia que atua no estado de São Paulo. Apesar de ser anunciada como uma grande novidade, a VoIP é uma tecnologia já madura, criada nos Estados Unidos pelos Laboratórios Bell no iní-
cio da década de 90. Mas só agora as redes de transmissão de dados estão fortalecidas o suficiente para suportar o volume de informação. A disseminação das conexões de alta velocidade é outro fator preponderante para a adoção da telefonia por IP. O Brasil tem 2 milhões de assinantes de banda larga, num universo de 19 milhões de internautas. “Claro que as grandes operadoras atrasaram a adoção dessa tecnologia, por não querer a canibalização do seu negócio”, diz Leonel Neto. Mas a popularização da VoIP no Brasil é devida em grande parte ao Skype, um programa que lidera a lista dos mais baixados no mundo e permite falar de graça com outros usuários do software. Para tanto é necessário apenas que o usuário tenha uma caixa de som e um microfone, além de uma conexão com a Web e um computador. O Brasil é o quarto país que mais usa o Skype no mundo, com um total de 26 milhões de usuários, cerca de 140 mil novos cadastros ao dia. A marca virou uma coqueluche no mun-
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do da informática, firmando parcerias com empresas como Siemens e Motorola, além de lançar no ano passado o serviço SkypeOut, que permite realizar chamadas para telefones fixos e celulares. O programa foi criado pela mesma dupla responsável pelo desenvolvimento do Kazaa, o aplicativo que tornou o compartilhamento de arquivos de mídia uma moda na rede. Mas o Skype não será a única opção para quem deseja usar a VoIP. Já existem hoje operadoras mais focadas nas necessidades das empresas e capazes de oferecer esse tipo de serviço. A Primeira Escolha é uma delas. Entrou no mercado há pouco mais de seis meses e já conta com cerca de cem clientes corporativos. A empresa deve ter lido a cartilha escrita por outras centenas de pequenas operadoras ao redor do mundo, que surgiram com a idéia de devolver ao setor de telefonia uma palavra há muito tempo esquecida: concorrência. A fórmula é simples e repetida como um eterno déjà vu: calcar a plataforma técnica Empreendedor – Abril
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numa parceria tecnológica robusta, normalmente operadora VoIP de países do Primeiro Mundo, e arranjar um parceiro local para distribuir os serviços o mais rapidamente possível. A Primeira Escolha segue à risca esses preceitos. Formada por um grupo de investidores norte-americanos e brasileiros, que injetaram alguns milhões de dólares, a operadora firmou uma parceria com a Net2Phone, companhia baseada em New Jersey, uma das líderes mundiais no fornecimento de soluções de voz sobre IP no mercado americano e dona de uma das maiores redes digitais de última geração no mundo. “Essa parceria surgiu naturalmente. Fomos procurar no mercado americano alguma empresa que preenchesse o nosso perfil.” Felizmente para Leonel Neto e para a Primeira Escolha, a Net2Phone, que atua em cerca de 140 países, também estava buscando um sócio para explorar o mercado brasileiro. O passo seguinte foi achar no Bra-
Mário Leonel Neto: “As ligações DDD e DDI vão acabar ” Abril – Empreendedor
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sil um canal para distribuir o serviço. Novamente a oportunidade se fez presente, e os acordos firmados entre o iG e a TVA põem a pleno vapor os planos de expansão da empresa. “A parceria adiciona valor aos produtos deles, e do nosso ponto de vista faz sentido, pois usufruímos uma base de clientes muito grande”, diz Leonel Neto. “Temos a vantagem de sermos mais ágeis que as grandes operadoras, nascemos sobre a filosofia de voz sobre IP. Podemos entrar de cabeça no mercado.” Não é à toa que a Primeira Escolha pretende multiplicar por dez o seu mercado nós próximos dois anos. A IP Phone é outro desses exemplos, e mais de 80% dos seus clientes são empresas. Ela fornece uma solução integrada para telefonia IP, disponibilizando um aparelho que se conecta diretamente ao servidor da empresa. Basta tirar o telefone do gancho para acessar o sistema na rede. Alguns equipamentos até dispensam o uso do computador, mas a maior parte dos dispositivos se conecta ao PC via usb. De acordo com a IP Phone, a economia na conta telefônica pode beirar os 95%, até porque uma ligação entre dois aparelhos da operadora tem custo zero. A empresa, fundada nos Estados Unidos, atua no Brasil há três anos e está se expandindo vertiginosamente: aumentou em cerca de 350% o número de clientes no segundo semestre do ano passado. Um dos motivos desse sucesso é que as soluções VoIP da IP Phone são de baixo custo: um equipamento e linha chegam a custar cerca de R$ 450. Assim como nos celulares, o principal plano de assinatura é pré- pago, em que o cliente compra créditos antes de fazer as ligações. A taxa mínima é de US$ 10, a ser paga no cartão. A empresa não cobra nenhuma taxa de manutenção. “O usuário compra o equipamento e só precisa colocar créditos e falar”, diz Mathieu Rochat, presidente da empresa no Brasil. Em contrapar-
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tida a IP Phone disponibiliza uma conta on-line, com relatório em tempo real, para maior controle de gastos do usuário. Após fazer a ligação, o cliente pode acessar o site da empresa e conferir o demonstrativo de quantos créditos sobraram. Também é possível monitorar o consumo dos funcionários e estabelecer um valor determinado para cada aparelho. “E disponibilizamos os pós-pagos sob medida de acordo com as necessidades individuais de cada cliente.” Longa distância Devido à redução de custos, várias empresas estão investindo na VoIP corporativa, especialmente companhias com grande volume de chamadas de longa distância, interurbanas ou internacionais. A vantagem é que em todas as operadoras a ligação IP para IP tem custo zero, ou seja, o cliente que discar para telefones conectados a esses equipamentos e que fizerem parte de uma rede não paga nada. Além disso, as chamadas para telefones convencionais têm valor reduzido. A economia média é de 35% nos custos das ligações, segundo uma pesquisa do Instituto Gartner. “É um grande trunfo para empresas com filiais em diversos estados, ou mesmo para familiares que moram longe e não tinham como se falar sem gastar muito dinheiro”, diz Rochat. Outro beneficio para empresas é a integração, pois, em vez de duas estruturas independentes, de dados e telefonia, passam a utilizar uma mesma infra-estrutura para ambas, o que traz uma economia de investimento inicial, suporte e manutenção. Para os usuários que querem testar os resultados da telefonia IP antes de optar pela conversão completa, existem formas de utilizar centrais híbridas, que suportam aparelhos convencionais e IP. “Não aconselho ninguém a abandonar uma estrutura que ainda funciona e mudar imediatamente. O prudente é fazer a migração paulati-
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Rochat: o prudente é fazer aos poucos a migração da tecnologia
MCI. A tarifa é a igual à brasileira, cerca de R$ 0,13 por minuto. Número virtual Além do baixo custo, a aposta das empresas de telefonia via Web é agregar novos serviços. A maior parte das operadores já disponibiliza serviços comuns ao grande público, como o Siga-me, em que o usuário pode cadastrar um número para receber a chamada e o sistema reenvia a ligação, e uma secretária eletrônica, alcunhada de Voicemail, que pode ser acessada pelo telefone ou pelo site da empresa. Algumas operadoras como a Primeira Escolha pretendem integrar ao Voicemail as mensagens de fax, oferecendo um serviço parecido com o popular correio eletrônico. Além disso, o cliente pode receber ligações, caso tenha um DID, um número virtual que existe na rede pública que encaminha a ligação para o IP cadastrado junto à operadora. Mas a VoIP tem ainda outros atrativos, alguns dignos de filmes de ficção científica. Por estarem totalmente interligados à rede de dados, os telefones IP funcionam como pequenos computadores; alguns modelos são até dotados de visor de cristal líquido colorido. Um mercado que se vislumbra é o de serviços voltados
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para nichos específicos. Em seu telefone IP, por exemplo, um analista de mercado pode acompanhar a cotação de ações na Bolsa de Valores, e um jornalista, acessar notícias em tempo real. Já é possível até mesmo checar a situação do clima e do trânsito, além de ver o saldo do banco. Mais uma possibilidade da VoIP que a Seal Telecom está oferecendo é conversar com uma pessoa enquanto ela é vista em tempo real. A empresa – que detém cerca de metade do mercado brasileiro de videoconferência, com mais de 3 mil clientes – já oferece soluções baseadas na telefonia IP. Mais do que isso: lançou uma nova linha de produtos, de marca própria, que promete total integração com o protocolo de voz sobre IP. “A adoção da VoIP é uma tendência em alta na área de telefonia”, diz Sidnei Czarny, gerente de Marketing da Seal Telecom, que espera ver as vendas cerca de 30% mais gordas até o final do ano. A menina dos olhos da Seal é o Vision IP, que dispensa o uso de um micro e pode compartilhar o ponto de banda larga com outro computador, sem prejuízo do acesso à internet. Caso o interlocutor não possua um videofone, ele pode conversar com o usuário do Vision IP, desde que possua uma webcam, um microfone para Empreendedor – Abril
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namente”, diz Leonel Neto. E o usuário pode levar o seu telefone consigo para onde quer que vá; o número IP é único, assim como um endereço de e-mail. Basta transportar o aparelho e ligá-lo à internet. Quando mudar de residência, não precisa passar pelo incômodo de trocar a sua linha. “Ele é um sistema móvel. Se usar um aparelho portátil com suporte a wifi, um executivo pode ligar de qualquer lugar, Tóquio, Paris, Nova York ou São Paulo, pagando a mesma tarifa do Brasil”, diz Rochat. Já para fazer ligações para celulares, interurbanas e internacionais, existe uma taxa sobre os minutos utilizados, uma tarifa menor do que cobram, em média, as empresas de telefonia tradicionais. Dependendo do software e serviço, uma ligação do micro para um telefone convencional, mesmo de outro país, pode custar em torno de R$ 0,07 o minuto. Na IP Phone, a ligação para telefones fixos em qualquer estado do Brasil custa US$ 0,05 (R$ 0,13) por minuto e US$ 0,21 (R$ 0,59) por minuto para celulares. Já a Primeira Escolha tem uma solução um pouco mais cara. Uma ligação de São Paulo para qualquer lugar do Brasil custa em torno de R$ 0,50 o minuto, enquanto o valor da chamada para os Estados Unidos é de R$ 0,41. Mas a tecnologia da operadora permite até quatro ligações telefônicas simultâneas. Apesar de ser uma excelente alternativa para DDD e DDI, a VoIP não visa a substituir a telefonia local. Nesses casos, as ligações analógicas ainda compensam. Já o preço cobrado para ligar para a Europa, por exemplo, varia de acordo com uma tabela em que, para cada país, é estipulada uma tarifa diferente. Mas fica na faixa de US$ 0,07 por minuto. A IP Phone consegue cobrar preços mais baixos para os Estados Unidos, pois a sede da empresa, em Los Angeles, atua em parceria com as maiores operadoras de lá, como AT&T, Sprint, Qwest e
micros e um software como o MSN da Microsoft. E se a intenção for transmitir conteúdos de fitas VHS ou DVD, é possível conectar esses aparelhos e transmitir as imagens. Pode-se também ler e-mails no aparelho e acessar páginas da internet. O preço dessa maravilha ainda é salgado, cerca de US$ 1.300. Mesmo com tantas soluções criativas, o essencial de um telefone, que é falar e ser ouvido, ainda sofre com a qualidade das ligações. A fama da VoIP é que o som não é tão bom quanto o da telefonia normal. Reginaldo Gonçalves, técnico da Dana Telecomunicações, empresa sediada em Florianópolis, admite que, “hoje em dia, a VoIP ainda não é 100%”. O principal problema é eliminar o delay, ou seja, o atraso na transmissão e recebimento de dados, responsável por falhas na voz. “Esse problema está a caminho de ser sanado. A evolução nos últimos cinco anos foi incrível e hoje temos avanços quase que trimestralmente.” Apesar de o hardware e o software VoIP não serem mais complexos
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Gonçalves: é preciso eliminar o atraso na transmissão e recebimento de dados
que a maioria das tecnologias de escritório, as operações com esses equipamentos ainda não são tão simples como a ligação de um telefone convencional. Se o acesso à internet estiver muito congestionado, a qualidade pode degradar-se. Para controlar esse problema, é necessário usar um soft-
ware que permita dar prioridade ao tráfego VoIP diante de outras aplicações como e-mails ou internet. “Ele vai destinar parte da banda disponível para as aplicações VoIP”, diz Gonçalves. Outra exigência é a banda larga para a transmissão dos pacotes de dados em tempo real: para a transferên-
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O que diz a lei? As operadoras de internet valem-se da afirmação de que tudo o que não está especificado em lei não é proibido. “A VoIP é uma questão internacional. Da mesma maneira, quando o usuário acessa uma página do Google ou um chat do MSN, está utilizando um serviço estrangeiro”, diz Rochat, da IP Phone, baseada em Los Angeles. Nos Estados Unidos, o uso da telefonia via internet deve ganhar força depois que o FCC – a Comissão Federal de Comunicações, órgão semelhante à Anatel no Brasil – retirou do caminho da tecnologia um obstáculo regulatório. Havia uma petição para que a agência declarasse que as soluções de voz sobre IP eram serviços interestaduais, o que provavelmente tornaria mais caras as ligações via Web. No Brasil, a Anatel deve seguir a tenAbril – Empreendedor
dência internacional. Tanto que divulgou uma nota dizendo que não vai regulamentar a VoIP, “porque isso é uma nova tecnologia e não serviços”. Se o serviço é de internet, o imposto incidente é o ISS; se é de telecomunicação, ICMS. Existem motivos para que o mercado seja ou não regulado. Por um lado é necessário que os serviços oferecidos aos usuários sejam padronizados, como uma forma de proteger o consumidor. Mas a intervenção na economia deve ser feita com uma análise de custo–benefício e, para muitos teóricos, a regulação deve ocorrer somente quando o mercado falhar em estimular um comportamento que beneficie o interesse público. Se existe um receio em interferir numa tecnologia potencialmente vantajosa para os usuários e para o mercado, interesse
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dos consumidores é o que não falta. Uma pesquisa do instituto Ipsos-Insight revela que 19% dos internautas norte-americanos já consideram a possibilidade de trocar seus telefones fixos por serviços de VoIP, e a consultoria Forrester Research estima que até 2006 o número de casas com telefonia via rede chegará a 5 milhões. “Eu uso telefonia IP para tudo, inclusive para me comunicar com minha família, que mora em Washington, pagando o preço de uma ligação local”, diz Leonel Neto, da Primeira Escolha. Esse é o desejo de milhões de pessoas que não querem se incomodar no final do mês com mais uma conta de telefone. Assim, a VoIP pode ter um impacto tão grande no século XXI quanto a invenção de Graham Bell, no dia 10 de março de 1876.
Jogo dos grandes O novo filão atrai a atenção das empresas tradicionais e ocupa o espaço sonhado pelos pequenos Os pequenos que se cuidem. Muito dinheiro está em jogo, e é natural que as tradicionais empresas do setor voltem seus olhos para esse filão. Segundo estudo do Yankee Group, dos R$ 34 bilhões que as grandes empresas investiram em 2004 em tecnologia de informação, cerca de 40% foi em serviços de voz baseados na Web. A GVT foi a primeira das grandes operadoras a investir no segmento. A companhia, que atua nas regiões Sul, Centro-Oeste e Norte do país, ousou lançar uma linha de produtos e serviços com soluções específicas para o mercado residencial. Segundo a operadora, a economia pode chegar a 70% nas ligações que substituem o interurbano e a 90% no caso de celular, pois não se paga o roamig, a taxa de deslocamento. A previsão de faturamento para 2006 do segmento VoiP é de R$ 240 milhões, algo em torno de 20% do total da companhia. Pode-se repetir com a VoIP o que aconteceu no início da expansão comercial da Web, em meados da década passada. Os pequenos provedores em cada cidade acabaram desaparecendo quando as grandes companhias de telefonia entraram nesse mercado, dispondo de mais capital e uma infra-estrutura com maior capilaridade. Mas Rochat não teme que aconteça o mesmo com o mercado VoIP, e acha a competição saudável. “A concorrência é sempre bem-vinda e necessária. Se não existe disputa, não há negócio, nem incentivo ao desenvolvimento de novas tecnologias. Quanto mais opções, melhor para o mercado e para o público.” “O grande problema da longa dis-
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tância é que ela é dominada por um grupo pequeno de empresas – Embratel, Telefônica e Telemar. Nessa estratégia, a GVT não tem muito a perder, porque o mercado não é nosso. Eles vão ter duas opções: baixar preço ou aderir à tecnologia”, diz Celso Valério, gerente de Produtos VoIP da GVT. A companhia investiu cerca de R$ 50 milhões para entrar nesse segmento, mas não precisou fazer grandes investimentos na sua infra-estrutura, que foi projetada em 1999 já vislumbrando a convergência dos serviços. “Foi no começo do ano passado que o projeto andou. Várias áreas foram envolvidas e trabalhamos duro um ano inteiro.” Seu esforço é coroado pela rápida aceitação do público. Lançando a VoIP em setembro de 2004, a empresa se tornou líder no segmento no Brasil, com cerca de 80 clientes corporativos e quase 3 milhões de minutos cursados. A operadora espera conquistar 150 mil clientes até o final de 2006 e acredita num mercado potencial de 500 mil usuários para 2007. “Existe muita expectativa nesse mercado. A GVT está apostando nele porque tem o tamanho certo: não é tão grande a ponto de perder rendimentos, nem tão pequena que não disponha de uma massa crítica – já investiu R$ 4 bilhões na sua base tecnológica.” A operadora conta também com uma família de produtos dirigida a grandes corporações, intitulada Omni GVT. São pacotes que chegam a 1 milhão de minutos e permitem fazer até 120 ligações simultâneas. Mas a grande aposta da companhia Empreendedor – Abril
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cia de imagens num videofone, por exemplo, a conexão deve destinar cerca de 128 Kbps para o sistema. Já a ligação VoIP, somente o áudio, consome no máximo 23 Kbps. Vale também lembrar que a voz é convertida para o formato digital, transmitida via rede, e quando chega ao ponto final ela volta à forma analógica, própria para a audição humana. Além disso, as pausas entre as falas são eliminadas e reconstruídas digitalmente. Outro fator que pode atrapalhar uma boa conversa é a maneira como é feita a ligação. Nos telefones, a maior parte do processamento da voz é feita no próprio hardware. Já nos programas que simulam telefones, como o Skype, essa tarefa é realizada pelo processador do computador utilizado, o que impossibilita o uso de micros antigos. Uma grande preocupação que gira em torno do mundo VoIP refere-se a um velho problema, o de saber se as ligações terão garantia de privacidade e segurança. Para tentar formular proteções e padrões de segurança, cerca de 20 organizações ligadas ao mercado se uniram e criaram a Aliança de Segurança VoIP. O grupo alertou que, em um futuro próximo, ataques de hackers contra serviços de telefonia pela internet serão inevitáveis. Por isso, pretende patrocinar o desenvolvimento de ferramentas que garantam a inviolabilidade dos dados transmitidos. E como alerta a IBM, quanto mais empresas transferirem o tráfego convencional de telefonia para a internet, maior a possibilidade de escutas clandestinas, bem como de desligamento de redes por hackers. Por isso, o governo americano já decidiu que as ligações via internet podem ser grampeadas em investigações policiais, nas mesmas condições aplicadas a telefones fixos. Até o momento, não existe uma maneira documentada de invadir sistemas VoIP, por causa da criptografia das ligações, o que garante segurança contra fraudes. “Ele ainda é mais seguro que o sistema convencional”, diz Leonel Neto.
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é mesmo o mercado residencial. O principal diferencial da empresa é um adaptador que transforma aparelhos de telefone comuns em equipamentos capazes de fazer e receber chamadas com tecnologia de voz sobre IP, dispensando o PC. O adaptador custa R$ 499 e a operadora promete ligação para qualquer lugar do mundo com o custo de uma tarifa local. “A gente se preocupou basicamente em oferecer o melhor serviço de voz, porque uma tecnologia nova assusta as pessoas, que tendem não gostar num primeiro momento. Vamos ter que conquistá-las aos poucos”, diz Valério. Se a GVT luta para conquistar corações e mentes da grande massa, a Brasil Telecom acena para o mercado corporativo e adotou nova estratégia para a expansão do serviço de voz sobre IP. Outsourcing, ou terceirização, é a palavra de ordem dentro da companhia. A empresa entra com os contratos de serviços, enquanto a Cisco fornece a tecnologia e a consultoria de projetos. Já a NEC se responsabiliza pela implantação, suporte técnico e manutenção das soluções de comunicação de voz e dados. A grande vantagem do sistema é que o cliente faz um leasing, não investindo no equipamento, além de um contrato único de serviços. Até agora, grandes corporações eram obrigadas a investir em equipamentos que perdiam valor ao longo do tempo. A Brasil Telecom tem uma carteira de cerca de 200 clientes da família de produtos IP, e a empresa fortaleceu sua posição nesse nicho quando comprou a MetroRed, no ano passado. Parceira da Brasil Telecom, a Cisco já tem experiência nesse mercado, com mais de 4 milhões de telefones IP instalados no mundo, dos quais cerca de 70 mil só na América Latina. Dados da empresa demonstram que a telefonia IP cresceu até se converter em uma indústria de US$ 2 bilhões no mundo. Outra análise do insAbril – Empreendedor
VoIP ALICE VARAJÃO
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Valério: nova tecnologia assusta as pessoas, que precisam ser conquistadas
tituto IDC feita com empresários brasileiros em 2003 revela que, das 480 mil linhas telefônicas existentes, 6,6% eram baseadas em VoIP. Em 2007, diz o instituto de pesquisa, apenas 7% das novas linhas comercializadas serão tradicionais. E a migração parece mesmo ser uma tendência mundial. A British Telecom anunciou que até o final de 2007 terá 100% do seu sistema de telefonia rodando com VoIP. Além disso, a venda de equipamentos de voz sobre IP na América Latina cresceu cerca de 44% no ano passado, superando os US$ 103,7 milhões faturados em 2003. De acordo com um estudo da consultoria Frost & Sullivan, o Brasil ocupa o segundo lugar na distribuição de receitas, com 21% do mercado, ficando somente atrás do México. Gonçalves, da Dana Telecom, revela que na Coréia do Sul boa parte do sistema convencional de telefonia já foi substituído pela VoIP. A Dana
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mantém uma parceria com a FreeTalk, uma das maiores operadoras do país asiático, que faz toda a prestação de serviços IP para a empresa brasileira. Por enquanto a Danna só revende a tecnologia e presta a assistência técnica e consultoria. Mas aposta no crescimento de serviços VoIP e pretende instalar um servidor aqui no Brasil, a partir de homologação da Anatel.
Linha Direta Celso Valério (41) 3025-2823 Mário Leonel Neto (11) 3457-0217 Mathieu Rochat (21) 3473-6240 Reginaldo Gonçalves (48) 333-5621 Sidney Czarny (11) 3877-4000
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A sedução do
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sem fio Cidades plugadas na banda larga são um convite para os empreendedores que apostam na velocidade e eficiência da rede
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xiweb, que já está prestando serviços para 54 condomínios. “Se fôssemos explorar só esse segmento, já era o suficiente para ter um retorno. Mas achamos que Jundiaí tem demanda para cidade inteira.” Jundiaí possui hoje cerca de 200 mil habitantes. Para utilizar o acesso sem fio é necessário adquirir um modem especial, que custa R$ 1.500 tanto para desktops como notebooks. O equipamento tem 15 centímetros de comprimento e pode ser transportado para qualquer lugar da cidade. A Maxiweb cobra mensalidades entre R$ 119 e R$ 199, dependendo da velocidade da conexão. É possível até mesmo comprar uma banda mais alta, fazer a instalação de uma antena e dividir com os vizinhos. “Eu não vou limitar o usuário. O que é bom para o cliente é interessante para a empresa.” O wi-fi é uma evolução em comparação com os cabos, que prendem os computadores às mesas, e a sua instalação é mais barata, já que não é preciso quebrar a cidade inteira para levar o acesso à internet em alta velocidade. O protocolo mais comum no mercado é 802.11b, um nome esquisito para uma tecnologia que permite a transmissão de dados numa velocidade de até 11 Mbps, embora já existam padrões até sete vezes mais rápidos. Mas como é
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transmitido via rádio, o wi-fi é limitado pelo raio de alcance. Em ambientes abertos o sinal é captado a uma distância de até 100 metros, e dentro de casas e ambientes mais fechados um pouco menos, cerca de 50 metros. A tecnologia que a Maxiweb usa é mais turbinada, embora siga os mesmos padrões. A evolução do wi-fi, o wi-max, que permite conectar computadores num raio de até 50 quilômetros, ainda não existe comercialmente e deve ser lançado no final de 2006. “Por isso, adotamos uma solução, que é uma espécie de ‘pré-wi-max’, mas que já existe há uns quatro anos nos Estados Unidos.” Instalada numa das áreas mais altas da cidade, a antena de transmissão oferece 80% de alcance, em um raio de até 16 quilômetros. Mas para o provedor, wi-fi não é tão simples como parece e, até por ser uma tecnologia recente, envolve muita complexidade e desafios desconhecidos. Entre as novidades, está um mapa feito por satélite de Jundiaí, que custou US$ 10 mil. “Os americanos elaboraram um estudo para saber qual era o melhor ponto de instalação da antena”, diz Gilberto Novaes, diretor-técnico da Wstation, empresa que explora o filão de prestação de serviços para pequenos provedores como a Maxiweb. Empreendedor – Abril
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Imagine andar por toda uma cidade com um computador portátil e poder usar a internet. Essa realidade já existe, e no Brasil. A Maxiweb gastou cerca de R$ 600 mil para que Jundiaí, no interior de São Paulo, ganhasse o título de município mais conectado do país. Esse pequeno provedor de internet também apostou no wi-fi – sigla em inglês de redes sem fio de alta fidelidade – para completar um plano de expansão e montar uma filial em outra cidade próxima, Itupeva. “A telefonia convencional não tinha como atender nossas expectativas, então investimos neste super-rádio, um sonho de qualquer wireless [sem fio]”, diz Sérgio Rigolo, proprietário e diretor da empresa. Os resultados já são positivos, e a Maxiweb espera faturar cerca de R$ 1,2 milhão este ano, um crescimento de 71% em relação a 2004. Rigolo começou há oito anos no negócio de internet por pura diversão; pagava alguns colegas para construir sites e assim vender o serviço de hospedagem. “O capital inicial foi a gasolina do meu carro”, diz. A partir de 2000, o que não passava de uma ação entre amigos tornou-se uma empresa séria. Ele comprou um provedor e se dedicou a vender acesso discado, e agora com o wi-fi espera consolidar a Ma-
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ser um protocolo aberto. O mundo inteiro usa”, diz Roberto Ugolini Neto, presidente da Vex, empresa brasileira prestadora de serviço sem fio. A empresa de pesquisas IDC prevê que o número total de usuários públicos do wi-fi deve pular para 10,4 milhões em 2005, um crescimento de 324% em relação ao ano passado. E que haverá pelo menos 118 mil zonas wi-fi em todo o planeta. Somente em São Paulo, já são mais de 500 pontos de acesso públicos, ou hotspots. Aeroportos, hotéis, redes de fast food, academias de ginástica e até motéis estão oferecendo internet sem fio como valor agregado para os seus clientes. Mudança de foco A Vex, pioneira na implantação de uma rede sem fio, é a maior empresa do Brasil quando o assunto é hotspots. Foi fundada em 2001 com o nome de Pointer Networks. “A idéia inicial era atender o cliente residencial, mas resolvemos mudar o nosso foco. De posse disso, quisemos dar um nome mais condizente com essa nova realidade”, diz Ugolini Neto. O atual modelo de negócios é a parceria com operadoras
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“Percebemos que havia uma necessidade desses empresários em ter uma equipe técnica gabaritada, apta para tratar com competência de assuntos como segurança e treinamento de pessoal.” A Maxiweb terceiriza o departamento técnico com a Wstation, que é responsável por toda e qualquer homologação dos produtos wireless. E com o intuito de oferecer um melhor suporte ao cliente, as duas parceiras enviaram funcionários para um curso avançado na América do Norte. “O pós-venda é uma das bases do negócio. Se oferecermos um atendimento bom, não temos o que temer”, diz Rigolo. O padrão wi-fi foi criado em 1997 pelo Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE) dos Estados Unidos em resposta ao Bluetooth, desenvolvido anos antes pela empresa sueca Ericsson. “O wi-fi é uma tecnologia vitoriosa. Passou a ser adotado e desenvolvido por grandes empresas, por
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Novaes: equipe técnica apta para tratar de segurança e treinamento Abril – Empreendedor
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de telefonia e portais de internet. “A Vex constrói e opera redes wi-fi. Nossos parceiros vendem a rede como se fosse sua para o consumidor, com mensalidades ou cartões pré-pagos. Mas a manutenção e gestão da rede é nossa responsabilidade.” Na carteira de clientes da Vex, figuram gigantes como Embratel, Brasil Telecom, iG, Telefonica, Terra, Aol e o Grupo Uai, de Minas Gerais. O custo de uma assinatura mensal para acesso ilimitado varia entre R$ 45 e R$ 65 e alguns planos oferecem também cobertura internacional. A maré está tão boa que a Vex espera quadruplicar o faturamento este ano. Economista por formação, Ugolini Neto analisa que toda tecnologia tem uma fase inicial de investimento, adaptação, quando se verifica se aceita mercado, se há um crescimento exponencial. “Daqui a dois anos estabiliza, pois o mercado vai ter mais opções.” Entre essas alternativas, estão seus atuais parceiros, as empresas de telefonia que já mantêm redes próprias, como a Brasil Telecom e a Telefonica. Mas Ugolini Neto é tranqüilo em relação às escolhas de seu negócio. “O mercado aprendeu muito nos últimos anos. Na cadeia empresarial cada um atua dentro de seu nicho, para fazer corretamente o que foi programado.” Segundo ele, os modelos de parceria também são vantajosos para as teles, pois montar uma rede wi-fi “necessita de muito investimento e os maiores ativos dos provedores são os clientes, não a rede. O wi-fi vai ser mais um produto para o cliente final”. O capital para iniciar as operações foi de cerca de US$ 5 milhões, muito para quem que tem uma estrutura enxuta, em torno de 15 funcionários. Como forma de contenção de custos, Ugolini Neto terceiriza alguns serviços. “Não há necessidade da presença física no local da instalação, por exemplo.” Então, a companhia direciona esforços para ampliar a rede e a qualidade do serviço. A Vex tem 600 hotspots espa-
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lhados pelo Brasil, em cerca de 26 aeroportos. A meta é atingir 46 aeroportos até o final do ano, incluindo todas as capitais brasileiras. A empresa também atende hotéis, restaurantes, cafés, fornecendo infra-estrutura com terminais, links e softwares de gerenciamento. A proposta é disponibilizar a tecnologia dentro das lojas em troca da instalação de um hotspot. Mas o promissor mercado wi-fi não se limita aos pontos de acesso públicos. Uma pesquisa da Jupiter Research demonstra que metade dos norte-americanos opta por soluções sem fio na hora de montar suas redes domésticas. No mundo, o mercado de produtos sem fio voltado para ambientes domésticos e pequenos escritórios é estimado em US$ 1,3 bilhão. Além disso, de acordo com a consultoria Yankee Group, uma em cada quatro empresas com mais de cem funcionários já utiliza o wi-fi, num total de US$ 900 milhões em vendas corporativas. No Brasil, projeta-se que o segmento de equipamentos para redes locais sem fio movimentará R$ 61 milhões até 2007.
Certificar garante o trabalho conjunto e mantém sistemas diferentes em interação permanente A Vex é uma empresa membro da Wi-Fi Alliance, uma associação que promove mundialmente redes sem fio. O órgão é certificador em todo o mundo e estabelece uma série de padrões para manter a interoperabilidade de produtos. “Além de preencher alguns quesitos técnicos, nós não inventamos a roda em matéria de tecnologia.” A empresa é parceira de gigantes do setor, como a Cisco e a Nortel, e esse tipo de associação é fundamental para manter a segurança em níveis internacionais. “A indústria já oferece novos padrões, que podem tornar essas redes tão ou mais seguras do que as cabeadas.” A maioria das redes wireless vem com funcionalidades de segurança para impedir que estranhos leiam emails e documentos, mas a maior parte dos usuários não as utiliza porque são difíceis de configurar. Outros clientes preferem não mudar senhas criadas pelos fornecedores, o que também facilita o caminho para intrusos. “As empresas são muito sensíveis no quesito segurança. Se não tiver, está fora do mercado”, diz Rigolo, da Maxiweb. Mas o grande obstáculo do wi-fi é o custo da alta tecnologia, num país onde a renda per capita é muito baixa. O próximo passo é torná-lo popular e acessível à maior parte das pessoas. “Temos a barreira do investimento, uma vez que um notebook e um PDA ainda são caros”, diz Ugolini Neto. Analistas do instituto Gartner prevêem que daqui a dois anos 80% de todos os laptops vendidos no mundo sairão prontos da fábri-
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ca para usar a tecnologia. “Existe um nicho de pessoas com dinheiro e que gostam de aplicá-lo em novidades.” Para a difusão dessa tecnologia, empresas como a Motorola já lançaram no exterior aparelhos com suporte a redes wi-fi. Existe uma discussão no mercado de que os padrões sem fio tomarão o lugar da terceira geração dos celulares. Ugolini Neto acredita que uma tecnologia complementa a outra. “Ninguém está disposto a jogar dinheiro fora.” Ainda segundo ele, as operadoras de celulares vão turbinar ao máximo sua tecnologia para oferecer serviços semelhantes, como a conexão via Web. “O serviço de telecomunicação planta hoje e colhe amanhã. É sempre um projeto de longo prazo”, diz. Rigolo concorda que a paciência é uma qualidade fundamental nesse negócio, mas aposta em outra virtude para o sucesso do empreendedor. “A intuição é o que te faz apostar. É igual ao surfista que enxerga uma onda que ninguém viu. Ser ele for remar na onda em que os outros já foram, é grande a chance de não dar certo. Não se pode ficar pensando muito.” Esse pensamento reflete o espírito de uma nova geração de empresários, disposta a se manter alinhada às últimas tendências do mundo corporativo. E, se é para ser assim, melhor que seja em alta velocidade.
Linha Direta Gilberto Novaes (11) 3446-2041 Roberto Ugolini Neto (11) 3444-7874 Sérgio Rigolo (11) 4526-1151 Empreendedor – Abril
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Ugolini Neto: o mercado aprendeu muito nos últimos anos
Padrões de convivência
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Internet via rede elétrica Com a digitalização, a telefonia e a televisão são transformadas em bits e as empresas de energia têm acesso a uma fatia desse negócio
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O conceito é simples: os dados trafegam em alta freqüência e a energia em baixa, fazendo com que os serviços sejam independentes, apesar de usarem o mesmo cabo. Com a digitalização, a telefonia e a televisão são transformadas em bits e as empresas de energia têm acesso a uma fatia desse negócio. Para saltar na frente, a Hypertrade Telecom assinou, em 2003, um acordo de exclusividade com a Mitsubishi Electric. A parceria com a gigante japonesa foi um prêmio para quem estava há mais de dez anos envolvida na pesquisa e desenvolvimento do PLC. E não é só isso. Um número, bem alto, é motivo de felicidade: 200 megabits por segundo (mbps), a velocidade máxima que a rede elétrica suporta. Por enquanto. “Em três anos a base de usuários pode ser muito próxima do ADSL”, diz Castro. A empresa ainda não fechou nenhum contrato, mas espera já no segundo semestre concretizar alguns negócios. A companhia apresenta soluções em toda a cadeia, indo desde o
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transporte de dados até a automação de medidores de consumo de energia elétrica, água e gás. No acordo, a Hypertrade Telecom é responsável pela análise e definição de projetos, manutenção e assistência técnica, além do gerenciamento da rede, enquanto a Mitsubishi Electric entra com o desenvolvimento dos equipamentos, importados do Japão. O foco por enquanto é fornecer a tecnologia para provedores de internet, empresas de segurança, prédios, escolas e condomínios. Também está nos planos a parceria com alguma concessionária de energia elétrica. Além disso, a empresa oferece um serviço de treinamento, na forma de cursos sobre PLC. A AES Eletropaulo, distribuidora de energia elétrica do estado de São Paulo, também está atenta a esse mercado potencial. A gigante, que fatura mais de R$ 10 bilhões ao ano e tem cerca de 4.300 funcionários, vem adaptando a tecnologia no Brasil desde 2001 e mantém contato com a Hypertrade Telecom. Empreendedor – Abril
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Na Segunda Guerra Mundial, uma grande preocupação tanto dos aliados quanto dos países do Eixo (Alemanha, Japão e Itália) era a o sigilo de certas informações. Os telégrafos não eram totalmente seguros e remonta dessa época uma tecnologia que permitia trafegar dados pelo cobre do cabo elétrico. Demorou mais de meio século para que essa técnica, esquecida, saísse das prateleiras da história e voltasse ao cotidiano das pessoas, inclusive no Brasil. Isso significa que uma singela tomada da parede pode ser promovida a pontos de conexão de internet em banda larga, numa velocidade centenas de vezes mais rápida que a linha telefônica. “Na época do conflito, não se conseguia atingir os baixos níveis de ruído e interferência de hoje”, diz Fernando Castro, diretor comercial da Hypertrade Telecom, uma das primeiras empresas autorizadas junto à Anatel a comercializar no país a tecnologia PLC, sigla em inglês para comunicação via linha de energia.
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começasse a ser avaliada por nós.” A tecnologia está em fase de avaliação e pesquisas dentro da AES Eletropaulo antes de ser posta em larga escala. “Ainda não definimos um modelo de negócio para essa área”, diz Teresa Vernaglia, diretora de Telecomunicações da AES Eletropaulo. A distribuidora mantém como opção alugar as suas estruturas para empresas de telecomunicações ou de TV a cabo. “Mas a prioridade é o uso interno, em sistemas de telemetria”, diz ela, referindose à automação de redes elétricas. Desde o final de 2003, a AES Eletropaulo usa o PLC no edifício-sede e em mais duas agências, nas máquinas de auto-atendimento, onde se pode acessar a internet e outros serviços,
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Paulo Pimentel, gerente de Serviços e Automação, enfatiza que a principal motivação da AES Eletropaulo é otimizar processos e oferecer melhores serviços aos clientes, além da redução de gastos. “Nosso core business [foco de negócios] é, sem dúvida, distribuição de energia.” Ele explica que a AES Eletropaulo depende de terceiros para transmitir um grande volume de informações dos milhares de sistemas de controle presentes em toda sua infra-estrutura. “A redução desse custo operacional foi o primeiro estímulo para que a viabilidade do PLC
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Paulo Pimentel: estímulo vem da redução do custo operacional Abril – Empreendedor
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como consultas de contas pendentes. Também trafegam, via rede elétrica, as imagens captadas pelos circuitos internos de câmeras de segurança. Além disso, um projeto para medir o consumo de energia em cerca de 2 mil residências em áreas de baixa renda vai entrar em funcionamento até o final do semestre. A companhia instala sensores nos postes e o cliente recebe um display, que permite acompanhar os gastos. A AES Eletropaulo está testando a primeira geração do PLC, muito utilizada na Europa e Ásia, que atinge velocidades de até 45 mbps. Além da Eletropaulo, outras distribuidoras estão desenvolvendo as mais variadas idéias de como ganhar dinheiro com essa tecnologia – os projetos têm lançamentos marcados para o final do ano. É o caso da Light, que busca uma parceria com os investidores para a formatação do negócio. A intenção da empresa é oferecer o serviço não para os clientes finais, mas para provedores de serviço de internet, telefonia e vídeo. E a Celg está criando uma unidade de negócios, a Via Celg, que será responsável pela comercialização do serviço, após a sua regulamentação. Exemplos de fora As cidades de Madri e Barcelona são os maiores exemplos de como o PLC pode dar certo. O plano da Endesa, a empresa mais adiantada no uso da tecnologia, é estender a estrutura por toda Madrid e depois habilitar o serviço para cerca de 100 mil usuários. A Espanha é um dos países mais fortes do mundo nessa área, mas nos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Suíça, Japão e Coréia do Sul o sistema já está em fase adiantada de teste ou em uso comercial. Na Europa tem sido comum empresas elétricas e de telecomunicações trabalharem em conjunto, deixando a disputa de mercado para os produtores de conteúdo, que também ganham, pois têm mais opções de chegar ao público. Uma das barreiras à oferta comercial de serviços PLC no Brasil é que no
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Vantagens em todo lugar Vislumbrar o potencial das novas ferramentas é trabalho que exige decisões urgentes em nichos específicos Um passo decisivo para a popularização do PLC é que empresas nacionais se interessem em fabricar os equipamentos necessários. Por enquanto, são poucas as que vislumbraram potencial para investimento. “A carga tributária no Brasil é escorchante; cerca de 70% do preço final são os encargos”, analisa Fernando Castro, distribuidor da Mitsubishi Electric no Brasil. Por isso, só se viabili-
zam projetos em uma escala maior. “A partir de 5 mil pontos ou mais de conexão já é possível recuperar o investimento.” Para o usuário acessar a rede PLC, é indispensável comprar um modem especial, um gasto estimado em R$ 400. O aparelho é capaz de proteger os equipamentos de picos de energia e controlar interferências na rede elétrica. “Claro que ainda não DIVULGAÇÃO
contrato das distribuidoras elétricas está estipulado que os reajustes das tarifas podem ser menores caso elas tenham uma receita de telecomunicações. “Mas de qualquer maneira as concessionárias já têm receita vinculada a transporte de dados, como o aluguel de fibra óptica ou do poste para os cabos telefônicos”, diz Ângelo de Barreto Aranha, coordenador executivo do projeto PLC da Cemig, ressaltando que é necessário um estudo para mensurar o impacto que a tecnologia vai ter na conta quando estiver disponível para uso maciço. Outro obstáculo para a implementação são os gastos em infra-estrutura. A Cemig – mais uma concessionária brasileira que adota e pesquisa o PLC – desembolsou R$ 200 mil num projeto piloto para conectar 40 pontos em Belo Horizonte, em diferentes bairros. “O PLC tem que se tornar competitivo em relação aos outros sistemas.” Mesmo para uso interno em sistemas de telemetria, Aranha acredita que o custo da tecnologia ainda é muito alto. “Ainda é mais barato contratar um funcionário para fazer a medição, porém o PLC oferece a possibilidade de agregar serviços à rede elétrica.”
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Ângelo Barreto Aranha: PLC tem que se tornar competitivo Abril – Empreendedor
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Tecnologia da Informação inventaram nenhum circuito elétrico capaz de suportar a carga de um relâmpago, mas se a sua vizinha ligar o secador de cabelo a conexão não vai cair”, diz José Carlos do Nascimento, dono da Innovus, empresa de Volta Redonda (RJ) que fornece soluções para comunicação digital e otimização de consumo de energia elétrica. “A área de PLC já responde por um terço das vendas da companhia, e neste ano almejamos um faturamento de R$ 1,3 milhão.” Desde 1998, a Innovus pesquisa opções de equipamentos para o mercado brasileiro, mas a idéia só foi concretizada em 2003, depois de uma visita à fábrica da Corinex, uma das líderes mundiais em soluções de rede baseadas em PLC. Na oportunidade foi selado um acordo para fabricar a tecnologia canadense no país. Para tanto, é necessário tropicalizar os produtos, ou seja, ajus-
tar alguns componentes à realidade das redes de transmissão elétricas brasileiras. “Nós dependemos muito dos fabricantes para introduzir algumas modificações. Tanto que perdemos dinheiro em função da exposição ao sol, quando a temperatura interna do dispositivo pode atingir até 70° graus. Mas nosso equipamento, importado da Suíça, só funciona até 40° graus”, relata Barreto Aranha, da Cemig. A capilaridade é o grande diferencial do PLC diante de outras formas de transmissão de dados. “A malha elétrica está instalada em 98% do território nacional, excetuando a Amazônia, enquanto as redes de telefonia atingem apenas 35%”, diz Castro. Por isso, acredita-se que o PLC possa ser responsável por uma expansão importante da internet no país, pois permite o acesso ao usuário de última milha, o que está no final da cadeia produtiva. A Cemig planeja oferecer serviço de e-mail em aparelhos de TV para usuários de baixa renda, ainda sem data de lançamento.
Nascimento: faturamento previsto de R$ 1 milhão este ano
Link mais forte Outra característica do PLC é a possibilidade de personalizar a taxa de transmissão de acordo com a conveniência do cliente. A VisualNet, provedor de internet que atua na capital carioca, vende assinaturas com preços diferenciados para taxas de transferência de 64 Kbps, 128 Kbps ou 256 Kbps. Outra opção é um link “mais parrudo”, dividido em até 15 usuários. “Estamos investindo no compartilhamento dinâmico, onde a banda é repartida até o limite da satisfação do cliente”, diz Erik Fogtman, gerente de Projetos. Ele garante que a velocidade média dos usuários fica em 300 kbps, com conexão 24 horas, a um custo de R$ 59 por usuário. “Já dominamos a tecnologia.” A VisualNet liga a rede elétrica
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com uma conexão banda larga já existente, uma solução que Fogtman define como ideal para acesso de última polegada. Ele explica que as dificuldades da última milha estão relacionadas ao acesso ao consumidor, como transpor um rio ou consertar um poste na rua. Já os problemas de última polegada são os mesmos, mas vistos em uma lente de aumento: é o duto de telefone entupido, um prédio antigo que necessita de uma obra para instalação de cabos de internet. “O PLC é ótimo para condomínios e prédios. A maioria dos clientes não acredita que seja possível, até ver o serviço funcionando.” Com isso, todas as tomadas ficam habilitadas a transmitir dados além de eletricidade, embora esse não seja o mesmo padrão que as concessionárias de energia estão pesquisando. Mas Fogtman garante que atende a todas as necessidades de um usuário comum: a velocidade de transferência de até 14 mbps a uma distância até 300 metros. O HomePlug, tecnologia que a VisualNet está disponibilizando, é apoiado por grandes empresas de informática, como Cisco, Motorola e Panasonic. Para ofertar esse serviço, a VisualNet compra um link wi-fi e instala um servidor linux no prédio que distribui a banda via PLC. “Não cobramos taxa de instalação, nem aluguel do PLC, pois o custo é zero, já que dispomos da fiação de rede elétrica. Apenas o modem não vem incluído no pacote.” E a empresa ainda oferece conta de e-mail e um disco virtual para os usuários, uma espécie de armazenamento no servidor local. Além disso, é possível criar uma rede interna no apartamento para compartilhamento de música e vídeos ou até de impressoras. Mais uma grande vantagem é que, após a instalação, basta plugar o modem PLC em qualquer to-
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Conexão com a segurança Os fios garantem proteção adicional por suportarem altas cargas e transmitirem dados criptografados
Fogtman: o PLC exige uma energia mais limpa
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de identificação, o que permite segurança para o usuário e para a empresa: o sistema do servidor verifica o tempo de navegação e gera um relatório com a conta de utilização da internet. Sobre a legalização, a Anatel tem se posicionado de maneira a não impor regras ao serviço, mas sim à tecnologia usada. “A Anatel homologa e certifica os equipamentos. Para isso, os próprios fabricantes devem submeter os aparelhos à avaliação da agência”, explica Castro. Nesse sentido, o Brasil está seguindo uma tendência internacional: a FCC, órgão regulador das telecomunicações nos Estados Unidos, também liberou o serviço. “Eles pensam como nós. Entendem que a tecnologia PLC pode ser a solução para universalizar os serviços de telecomunicações”, diz Castro. Favorecer a inclusão digital é a grande solução para reverter uma situação que tanto incomoda a balança comercial brasileira. Tanto Castro, da Hypertrade, como Pimentel, da Eletropaulo, e Nascimento, da Innovus, foram para o exterior verificar como a tecnologia funcionava. “Fizemos duas viagens à Alemanha para tomar notas e separar a ficção científica da realidade”, diz Aranha, da Cemig. O PLC pode ser o ovo de Colombo para os países em desenvolvimento inverterem essa rota.
Linha Direta Ângelo de Barreto Aranha (31) 3299-4659 Erik Fogtman (21) 2553-0059 Fernando Castro (11) 3288-3322 José Carlos do Nascimento (24) 3345-5497 Paulo Pimentel (11) 2195-2121 Empreendedor – Abril
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mada para ter acesso à internet ou rede local. “Nosso sistema oferece uma configuração que reconhece automaticamente o usuário”, diz Fogtman. Mas a velocidade da conexão depende das condições da instalação elétrica, como a qualidade do material utilizado e a distância entre as tomadas. “Já vi casos absurdos de má construção elétrica, e nessas circunstâncias a conexão perde um pouco a qualidade. O PLC exige uma energia mais limpa”, diz Fogtman. Ele faz questão de ressaltar que a rede PLC não interfere em outros eletrodomésticos, uma vez que as freqüências utilizadas não são usadas por nenhum outro aparelho. “O PLC pode conviver pacificamente com telefones sem fio, televisores e rádios.” Outro mito é que a transferência de dados via rede elétrica pode prejudicar as transmissões de rádio. “A associação de radioamadores nos Estados Unidos é muito forte e fez a reclamação, mas já se comprovou que não existe o menor perigo”, afirma Pimentel. “Já ouvi que o PLC seria capaz de derrubar avião”, diz.
Outro aspecto importante da tecnologia de transmissão de dados via rede elétrica, em especial para o mundo corporativo, é a segurança. O usuário comum está sempre muito preocupado com a proteção de suas informações. Para Paulo Pimentel, gerente de Serviços e Automação da ADS Eletropaulo, é impossível alguém subir num poste e ficar xeretando e-mails alheios. “Todas as transmissões são criptografadas. Além disso, a transmissão de altas cargas de eletricidade é uma proteção adicional.” A criptografia também protege de outros usuários, uma vez que a rede utilizada é única. “As senhas podem ser alteradas pelo proprietário, a qualquer momento”, diz Fogtman. Esse mercado indoor promete movimentar dinheiro mais rapidamente do que as soluções apresentadas pelas concessionárias de energia elétrica. A VisualNet entrou no mercado há pouco mais um ano e já dispõe de 60 clientes, com uma taxa de crescimento de 30% ao mês. “Teremos mais de cem prédios até o final do semestre”, garante Fogtman. Além do foco residencial, existem campos mais propícios para a instalação de sistemas PLC. Castro, da Hypertrade, aposta nas vendas nas áreas de segurança para prefeituras que querem manter um sistema de monitoramento das vias públicas e em áreas de comércio. “Os sistemas de vigilância através de câmeras é um assunto que está em pauta no país inteiro.” Já o Hotel Crowne, em São Paulo, disponibiliza conexão banda larga para os seus hóspedes nos 15 andares do prédio. A recepção possui adaptadores PLCs que, ligados aos computadores dos hóspedes, permitem o acesso à Web via tomada. Isso sem ser necessário qualquer alteração no laptop do usuário. Cada adaptador PLC possui senha
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Tecnologia da Informação
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Um convite aos negócios Empreendedores lucram com venda de equipamentos, soluções e serviços para as novas tecnologias
por
Alexsandro Vanin
2010 estará disseminada entre usuários residenciais. Quem puxa a demanda atual são empresas com mais de uma unidade e em municípios, estados ou países diferentes. “VoIP é o maior advento após a internet”. A tecnologia trará muitos benefícios aos seus usuários, principalmente a redução de custos com telefonia, a facilidade de comunicação com as pessoas e a possibilidade de trabalhar em casa, situação cada vez mais comum nos dias atuais, justifica Ferrarez. Além disso, tanto VoIP quanto wi-fi, por causa da mobilidade proporcionada, resultam em aumento da produtividade, acrescenta Cláudio Akira, diretor de Tecnologia da Telsinc. Contra essas tecnologias, há apenas a desconfiança do mercado, por causa do desconhecimento de seu funcionamento e de suas potencialidades, e a necessidade de redirecionamento de investimentos, no caso a aquisição de equipamentos. A Telsinc, integradora que em 2004 cresceu 20% em relação ao período
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anterior, chegando a um faturamento de R$ 30 milhões, espera um incremento de pelo menos 13% neste ano. “As perspectivas de mercado apontam crescimento na área de TI em 2005. Neste período, o segmento deve viver um novo boom”, diz Rogério Vedovato, diretor de Marketing. Para atingir o objetivo, a empresa concentrará o foco em telefonia IP, wireless e segurança, e vai intensificar a presença em eventos de divulgação e a capacitação e treinamento de profissionais. Segundo Akira, a procura por projetos de VoIP e wi-fi cresceu cerca de 70% nos últimos dois anos, o que rendeu novos clientes como Banco de Tokyo, Bristol Myers, Schering, Cyrela Construtora, Visa Vale e outros. Na Dacasa Financeira, em parceria com a Cisco Systems, a Telsinc implantou um sistema de telefonia IP que levou a uma economia de R$ 5 mil por mês na comunicação entre as 14 filiais e a sede. No serviço de call center o tempo médio de atendimento de chamadas caiu Empreendedor – Abril
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Na esteira de uma nova tecnologia, sempre existem diversas oportunidades, sejam equipamentos e soluções para implementá-la, sejam serviços para complementá-la e aprimorála. No caso de VoIP e wi-fi, a história não é diferente, e o Brasil está a par das evoluções tecnológicas de primeira linha nessa área. Em geral, grandes empresas multinacionais desenvolvem o hardware, aplicado por parceiros nacionais, responsáveis pela programação do sistema, na sua maior parte médias e pequenas empresas como aquelas que criam e oferecem serviços para usuários. O Brasil é o terceiro mercado mundial de VoIP para a Avaya, subsidiária da Lucent, multinacional americana fundada pelo inventor do telefone, Graham Bell. Segundo Carlos Ferrarez, especialista em comunicação da Seprol Computadores e Sistemas, representante da Avaya em Santa Catarina há um ano e meio, até 2008 a tecnologia dominará o segmento corporativo e até
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Tecnologia da Informação
Ferreira: equipamentos de suporte versáteis e resistentes
Symbol Technologies
de 15 a 20 minutos para 5 minutos, o tempo de aprovação de crédito foi reduzido em 33% e o número de solicitações atendidas diariamente triplicou. Já a W2B, de Florianópolis, trabalha com equipamentos Furukawa e Planet, além de Cisco. Seu projeto mais antigo na área de telefonia IP foi iniciado há três anos, na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), instituição que possui campi em várias cidades do estado e por causa disso tinha um custo elevado de ligações interurbanas. De lá para cá, segundo Luiz Fernando Teixeira, diretor técnico da W2B, a procura tem crescido exponencialmente. A empresa, uma minioperadora na área de dados wireless (via radiofreqüência), já implantou sistemas de telefonia IP em dez empresas da região Sul. Presença internacional A força do mercado interno atrai empresas estrangeiras, e algumas preferem trabalhar diretamente, sem a intermediação de integradoras, como a Symbol Technologies. A multinacional americana produz equipamentos voltados para mobilidade corporativa,
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Nome completo: Vanderlei Ferreira Idade: 42 Local de nascimento: São Paulo (SP) Formação: Administração de Empresas e MBA em Administração e Marketing Ramo de atuação: equipamentos de radiofreqüência / wi-fi Ano de fundação da empresa: 1976 Cidade-sede: Alphaville (SP) Faturamento: US$ 1,7 bilhão Número de funcionários: 52
EMPREENDEDORES
em três eixos: captura, transporte e gerenciamento de informações. Na ponta inicial, direcionada para a automação de força de vendas e para a coleta de campo, os principais produtos são os PDAs profissionais (personal digital assistant, equipamento portátil que reúne funções de computador, telefone celular, fax e navegador de internet), que contam com leitor de código de barras, câmera fotográfica e suporte para VoIP. “Além de versáteis, são equipamentos robustos e resistentes a quedas, umidade, frio e poeira, situações comuns para quem está em campo”, diz Vanderlei Ferreira, presidente da Symbol no Brasil. Na área de transporte de informações, a Symbol trabalha com as tecnologias GPRS, CDMA e, principalmente, wireless, produzindo de antenas a switches (aparelho que distribui a conexão) para redes wi-fi. Seu último lançamento é o switch WS 5100, que possui mais de 48 portas de conexão e suporta aplicativos complexos e um grande volume de transferência de dados, ideal para redes com área de cobertura extensa. Segundo Ferreira, esse equipamento se adapta especialmente a empresas das áreas de saúde, educação e varejo, ou qualquer outra em que existam necessidades bem específicas de deslocamento. O terceiro eixo é o gerenciamento
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Seprol Computadores e Sistemas
Ferrarez: até 2008 a VoIP vai dominar o universo corporativo Abril – Empreendedor
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Nome completo: Carlos Ferrarez Idade: 33 Local de nascimento: São Paulo (SP) Formação: Administração de Empresas Ramo de atuação: informática Ano de fundação da empresa: 1982 Cidade-sede: São José (SC) Faturamento: R$ 22 milhões Número de funcionários: 110
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do sistema, que consiste na supervisão da utilização da rede (como e para que ela está sendo usada, por exemplo), na verificação de status da rede (carga da bateria, sinal das antenas, etc.) e no aperfeiçoamento do sistema (download de atualizações). “No Brasil, a Symbol é a líder em wireless corporativo, porque temos a maior cobertura implantada em metros quadrados de redes sem fio”, afirma Ferreira. O executivo aponta como vantagens a possibilidade de instalação gradual do sistema, a facilidade de configuração e reparo dos equipamentos, e o custo menor de operação (as redes Symbol trabalham com sistema interno de PLC). Entre os principais clientes da empresa estão os maiores centros de distribuição do país, as principais operadoras logísticas e em-
Akira: mobilidade permitida aumenta a produtividade
Telsinc Informática Nome completo: Cláudio Akira Idade: 26 Local de nascimento: São Paulo (SP) Formação: Engenharia Elétrica Ramo de atuação: informática Ano de fundação da empresa: 1994 Cidade-sede: São Paulo (SP) Faturamento: R$ 30 milhões Número de funcionários: 90
presas de transporte, em que o uso de infra-estrutura sem fio é fundamental para as operações.
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Quitério: o sistema precisa ser adequado a cada cliente
Ziva Tecnologia e Soluções Ltda. Nome completo: João Carlos Quitério Idade: 47 Local de nascimento: São Paulo (SP) Formação: Ciências da Computação Ramo de atuação: integração em telecomunicações Ano de fundação da empresa: 2003 Cidade-sede: São Paulo (SP) Faturamento: R$ 12 milhões Número de funcionários: 70
Na área privada, figuram empresas como a M.Officer e a Microsiga. Segundo Quitério, tanto VoIP quanto wi-fi já são tecnologias em fase de maturação, o que propicia a disseminação cada vez maior. Os equipamentos estão numa curva descendente de custo, o que barateia a instalação, e os usuários confiam cada vez mais na qualidade e segurança dos sistemas. Empreendedor – Abril
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Migração diferenciada Mas o segredo de um bom projeto de implementação de uma nova tecnologia, na opinião de Cláudio Ferrarez, especialista da Seprol, está na migração, nesse caso do sistema tradicional de telefonia (PABX, por exemplo), para a VoIP. Para que não haja perda de qualidade na transmissão – e conseqüentemente de sua funcionalidade –, é essencial que seja feito inicialmente um estudo das necessidades da empresa e do dimensionamento de links. “Existem várias marcas e modelos de equipamento, por isso é importante que se escolha bem a empresa que vai fazer a migração, para que sejam escolhidos os produtos e soluções que mais se encaixem no perfil e necessidade do usuário.” A Ziva Tecnologia e Soluções também oferece soluções de ponta a ponta em VoIP (hardware, software e gerenciamento) e atua na simplificação da estrutura de redes wi-fi. Para João Carlos Quitério, diretor operacional, é essencial que o sistema possa ser adequado às peculiaridades de cada cliente. A Ziva trabalha com equipamentos Cisco e 3COM e plataformas Microsoft, fazendo o gerenciamento e monitoração do sistema 24 horas por dia, sete dias por semana. Entre os clientes da Ziva, empresa paulista com pouco menos de dois anos no mercado, está a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). Cerca de cem aeroportos – os principais do país – estão integrados pela tecnologia VoIP, o que permite o aumento do volume de informações, parte de um arrojado plano de modernização da infra-estrutura aeroportuária que a Infraero deve empregar nos próximos dez anos. Outra instituição pública que utiliza um sistema VoIP é a Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Tecnologia da Informação
tradicional, e então sua utilização vai estourar”, diz Cristian Thomas, sócioproprietário. A CanalWest investe na conquista de clientes em três áreas: importação e exportação, multinacionais francesas estabelecidas no país e empresas com abrangência nacional ou funcionários em campo. A empresa desenvolve soluções como ligações dentro de redes corporativas, telefonia IP (ligações DDD e DDI) e serviços agregados. O IPBX (central telefônica baseada em VoIP) permite auto-atendimento, espera musical, transferência e encaminhamento de ligações, voice mail (secretária
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Para Luiz Fernando Teixeira, da W2B, a preocupação atual é a interoperabilidade de sistemas e melhoria permanente da segurança (criptografia) e da qualidade do serviço (QoS). A próxima fase é a de criação de valor. “A VoIP, quando utilizada num sistema de telefonia IP, abre um mundo de novas aplicações integradas”, diz Quitério. É o caso da CanalWest, empresa brasileira criada em 2004 por um grupo de investidores franceses para explorar o potencial do mercado crescente na área de VoIP no Brasil. “2006 será um ano-chave para a tecnologia, que superará a qualidade da telefonia
EMPREENDEDORES
eletrônica), redirecionamento de ligações para qualquer tipo de telefone (Siga-me), fila de espera e outras funções. Também é possível criar videoconferência, montar um call center e utilizar um número virtual (IPróximo). “São serviços que permitem agilizar a comunicação e os negócios. Esse é o objetivo da VoIP”, diz Thomas. Além da redução de custos (as tarifas de ligações DDD e DDI não superam R$ 0,20 e equipamentos já instalados podem ser reaproveitados) e da versatilidade do sistema, ele aponta o ganho de imagem da empresa como uma das principais vantagens. Uma micro ou pequena empresa, com um investimento que pode variar de R$ 1,5 mil a R$ 10 mil – o custo depende do tamanho da empresa e do número de serviços contratados –, por exemplo, passará uma imagem de modernidade e eficiência, na opinião de Thomas. Segurança pública A Suntech, empresa que atua na área de telecomunicações desde 1999 e a partir de 2004 iniciou pesquisas na área de VoIP, já investiu US$ 1 milhão num sistema de interceptação de ligações VoIP. Se empresas privadas se preocupam com a segurança na transmissão, por outro lado órgãos de segurança pública e justiça temem que grupos criminosos utilizem as novas tecnologias para manterem suas comunicações invioladas. “Ainda não existe demanda judicial no Brasil, mas
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Suntech
Dobes: Justiça teme o uso de novas tecnologias por grupos criminosos Abril – Empreendedor
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Nome completo: Maurício Dobes Idade: 34 Local de nascimento: Florianópolis (SC) Formação: Engenharia Elétrica Ramo de atuação: telecomunicações Ano de fundação da empresa: 1996 Cidade-sede: Florianópolis (SC) Faturamento: R$ 5 milhões Número de funcionários: 40
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CanalWest Nome completo: Cristian Thomas Idade: 43 Local de nascimento: Paris (França) Formação: Análise de Sistemas Ramo de atuação: VoIP Ano de fundação da empresa: 2004 Cidade-sede: Florianópolis (SC) Faturamento: não informado Número de funcionários: 3
Teixeira: a procura tem crescido exponencialmente
Thomas: em 2006 a telefonia tradicional será superada
W2B SA Nome completo: Luiz Fernando Teixeira Idade: 37 Local de nascimento: Florianópolis (SC) Formação: Engenharia Elétrica Ramo de atuação: redes de transmissão Ano de fundação da empresa: 2000 Cidade-sede: Florianópolis (SC) Faturamento: não informado Número de funcionários: 7
vai existir”, diz Maurício Dobes, diretor de Negócios. Para ele, isso vai acontecer quando a utilização de VoIP passar a ser mais freqüente no mercado domiciliar, o que deve ocorrer, na sua opinião, a partir de 2006. Diante da concorrência estritamente internacional, a Suntech apresenta como diferenciais o custo menor e a regionalização da solução. Segundo Dobes, o sistema está adaptado à legislação, aos costumes e aos processos locais. Isso já garantiu contratos com a Motorola, em operações com a Vivo e a Claro, no Brasil, e na Argentina, com uma operadora local. Os próximos passos são o aperfeiçoamento e a padronização da solução, com vistas à exportação, principalmente para os Estados Unidos e a América Latina. A Suntech tem experiência na área de segurança, especialmente em telefonia celular. A empresa desenvolveu um sistema de localização, o Track Net, que identifica não apenas a região de onde foi originada a chamada, como também o número do aparelho, tanto pós quanto pré-pago. Como se vê, é possível empreender a partir de novas tecnologias por diferentes vias, desde que se tenha criatividade e competência no que se faz.
Linha Direta
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Carlos Ferrarez (48) 271-7100 Cláudio Akira (11) 5081-9640 Cristian Thomas (48) 2107-2728 João Carlos Quitério (11) 3365-4410 Luiz Fernando Teixeira (48) 324-3006 Maurício Dobes (48) 234-0107 Vanderlei Ferreira (11) 4133-3100
VANTAGENS
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As vantagens das mudanças radicais Novas tecnologias garantem mobilidade além de redução de custos, o que resulta em aumento da produtividade por
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sociadas e suas redes coligadas possam estabelecer comunicação de voz a partir de seus PBXs, telefones IP e estações de trabalho (microcomputadores). Nessa primeira fase, 16 instituições federais de ensino e pesquisa foram integradas, e o Ministério da Educação (MEC) avalia o plano de inclusão de mais de uma centena de entidades (universidades, escolas técnicas e institutos de pesquisa), informa Paulo Henrique de Aguiar Rodrigues, professor e analista de sistemas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador do Grupo de VoIP Avançado. A discussão teve início em maio de 2002 e o processo de implantação começou em julho de 2004. O Laboratório de Voz sobre IP do Núcleo de Computação Eletrônica (NCE) da UFRJ ficou encarregado do desenvolvimento da arquitetura e ambiente e da identifi-
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cação e solução de problemas técnicos. O grupo desenvolve diversas pesquisas sobre a tecnologia, como estrutura e engenharia de tráfego, qualidade de serviços (QoS) e autenticação, entre outras. “O Brasil está par a par com outros países, não apenas em termos de aceitação da nova tecnologia, mas também fazendo contribuições, com a vantagem de procurar sempre trabalhar com sistemas abertos”, diz Rodrigues. Segundo ele, a experiência brasileira serve inclusive como modelo para outros países da América do Sul. Impacto positivo O principal impacto, até o momento, é a flexibilidade, relata Rodrigues. Nos computadores e ramais é possível fazer ligações interurbanas, e professores e alunos podem facilmente manter contato com a instituição mesmo Empreendedor – Abril
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A princípio, o que mais chama a atenção das empresas é a possibilidade de eliminar gastos com telefonia, que em certos casos chega a uma redução de 70% após o investimento inicial em equipamentos e sistema. Mas a mobilidade proporcionada por tecnologias como VoIP, wi-fi e PLC é a principal vantagem apontada por especialistas, o que se reflete na diminuição da perda de tempo nos processos e do tempo de resposta de grupos de trabalho, e se traduz em aumento da produtividade da corporação. Isso tem feito que cada vez mais empresas e instituições passem a aderir a essas tecnologias. É o caso do Projeto Piloto VoIP da Rede Nacional de Pesquisas (RNP2), que consiste na implantação de um serviço de telefonia IP no backbone da RNP2, permitindo que instituições as-
Tecnologia da Informação
NCE da UFRJ Nome completo: Paulo Henrique de Aguiar Rodrigues Idade: 53 Local de nascimento: Belo Horizonte (MG) Formação: Engenharia Elétrica e mestrado e doutorado em Ciências da Computação Instituição: Núcleo de Computação Eletrônica da UFRJ Ramo de atuação: tecnologia da informação Ano de fundação da instituição: 1967 Cidade-sede: Rio de Janeiro (RJ)
IP diretamente das estações de trabalho. No entanto, PBXs em geral são difíceis de programar, exigindo técnicos especializados, e o uso de microcomputadores requer acessórios que podem ser incômodos aos usuários. A última medida é a distribuição de telefones IP, que resolvem os problemas anteriores e permitem distribuir comunicados e informações institucionais, acesso a notícias, etc. Segundo Ro-
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estando em outros locais, inclusive no exterior. Na UFRJ, mais de mil números de telefone IP já foram cadastrados (o próprio usuário faz sua solicitação no site da instituição) e a rede PBX foi inserida no sistema, via gateway, o que permite que qualquer ramal possa fazer ligações em VoIP. Caso o projeto de ampliação seja aprovado, dentro de dois anos todas as instituições federais de ensino e pesquisa farão parte da rede VoIP da RNP2, o que resultará numa economia substancial. Segundo Rodrigues, ligações interurbanas e internacionais representam em média 30% da conta telefônica dessas instituições. Além disso, a convergência de dados e voz para o mesmo meio e equipamentos possibilita a racionalização da infra-estrutura e dos recursos humanos envolvidos. A implantação do sistema envolve algumas etapas. A primeira delas é qualificar as pessoas envolvidas em cada instituição, sejam usuários, sejam técnicos de suporte. O passo seguinte é integrar os PBXs ao backbone da RNP2, por meio de gateways, e depois implantar servidores ou gatekeepers que permitem o uso da telefonia
VANTAGENS drigues, são necessários em média três meses para integrar uma instituição. A Seprol Computadores e Sistemas, de São José (SC), parceira da multinacional Avaya, além de integradora, utiliza um sistema de telefonia IP, que integra a sede à filial de Blumenau (SC) e serve como plataforma para um call center com dez posições de atendimento. “O resultado é excelente. Os gastos com interurbanos foram reduzidos pela metade, ampliamos oportunidades de negócios, o que refletiu num aumento de 300% nas vendas e com isso geramos mais empregos”, diz Carlos Ferrarez, especialista em comunicação da Seprol. A adoção do sistema permitiu a especialização de áreas dentro da empresa. A base do call center de vendas, por exemplo, fica em Florianópolis. Mas quem liga de Blumenau tem sua ligação transferida para Florianópolis via VoIP, e o retorno dos atendentes transcorre da mesma forma. Já o atendimento help desk (assistência técnica remota) tem como base Blumenau, porque lá existem mais profissionais com esse perfil e o processo é o mesmo. “Essa tecnologia vai ter um impacto profundo. A VoIP vai estar cada vez mais presente na vida de corporações e pessoas”, diz Rodrigues. Mas para Lúcio Antônio Nubile, gerente de Tecnologia da Informação e TelecomuniNubile: notebook com acesso wireless não é um luxo, mas uma necessidade
Cummins Brasil
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Nome completo: Lúcio Antônio Nubile Idade: 47 Local de nascimento: Santo André (SP) Formação: Engenharia Mecânica e MBA Executivo Ramo de atuação: metalurgia (motores) Ano de fundação da empresa: 1974 Cidade-sede: Guarulhos (SP) Faturamento: R$ 1,3 bilhão Número de funcionários: 950 Abril – Empreendedor
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Airgate Telecomunicações Ltda. Nome completo: Rubem Dias Idade: 37 Local de nascimento: Salvador (BA) Formação: Engenharia Elétrica, com ênfase em Computação Ramo de atuação: energia Ano de fundação da empresa: 2000 Cidade-sede: Florianópolis (SC) Faturamento: não informado Número de funcionários: 14 Dias: PLC será uma realidade dentro de cinco anos
cações da Cummins Brasil, multinacional americana instalada em Guarulhos (SP), ainda falta qualidade no serviço. “É sem dúvida um recurso mais importante, mas não adianta apenas ser mais barato”, diz. Por enquanto, a companhia se restringe à utilização de uma rede wireless.
Tecnologia do futuro Outra tecnologia que permite uma maior mobilidade e redução de custos, mas ainda com pouca utilização, é o PLC. Quem estuda o uso dessa solução de comunicação é a Airgate Telecomunicações Ltda., empresa de Florianópolis que atua no ramo de energia. Para Rubem Dias, diretor-executi-
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vo da Airgate, falta ainda a definição de um padrão e estrutura para a disseminação de sua utilização. “É o meio ideal para comunicações, pois utiliza a rede elétrica, que atende todas as empresas e praticamente todos os domicílios, mas ainda está em teste. Será uma realidade dentro de cinco anos.” A Airgate utiliza PLC em soluções de telemetria, para transportar dados de sistemas de medição e monitorar consumo de energia por consumidores em tempo real. O principal diferencial do sistema desenvolvido pela Airgate em relação aos seus concorrentes, todos internacionais, é a sua arquitetura, adaptada às peculiaridades da rede elétrica local. Até 2006 a empresa planeja testar o programa em alguns de seus clientes, como Tractebel, Enersul, Celesc, Electro e CEE.
Linha Direta Carlos Ferrarez (48) 271-7100 Lúcio Antônio Nubile (11) 6465-9878 Paulo Henrique Rodrigues (21) 2598-3165 Rubem Dias (48) 239-2224 Empreendedor – Abril
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Wi-fi não é luxo Na sede da Cummins Brasil, toda a área é coberta por uma rede wi-fi e 110 notebooks têm acesso a ela. “Um notebook com acesso wireless não é um luxo, é uma necessidade importante. Por isso é meta da companhia prover os funcionários com todos os recursos possíveis para a melhoria das condições de trabalho”, diz Nubile. A empresa começou a troca de computadores pessoais por notebooks há uma ano e meio, iniciando com a aquisição de 60 aparelhos, e a partir de agora a meta é substituir cerca de 10% dos microcomputadores a cada ano. A solução foi implantada pela Telsinc, responsável pela instalação física (antenas e equipamentos) e configurações do sistema. “A rede wireless nos deu muita mobilidade, ficou tudo mais prático e com menos limitações de infra-estrutura”, diz Nubile. Antes, por exemplo, para se fazer uma reunião que necessitasse do uso de computadores e internet, era preciso se deslocar para uma sala específica. Outro exemplo são os testes de motores realizados ao ar livre, geralmente no estacionamento da
empresa. Hoje é possível acompanhálos com uma estação ao lado, e inserir e consultar dados no sistema no próprio local, o que antes era impossível. A mobilidade e flexibilidade proporcionada pela rede wireless contribuiu diretamente para o aumento da produtividade dos grupos de trabalho. A perda de tempo na realização dos processos diminui, assim como o tempo de resposta das equipes, que podem trabalhar com mais informações num período menor de tempo. Segundo Nubile, a infra-estrutura de computadores pessoais ainda não foi substituída totalmente por notebooks por causa do alto custo de aquisição e manutenção desses aparelhos, além do perigo de roubo. Até o momento, a Cummins Brasil investiu US$ 30 mil na rede básica e R$ 1 milhão na compra dos notebooks.
Pequenas Notáveis Edição: Alexandre Gonçalves alexandre@empreendedor.com.br
EVENTO
Feiras do Empreendedor recomeçam em maio Começa em Brasília, no Parque de Exposição da cidade, entre os dias 19 e 22 de maio, o Circuito da Feira do Empreendedor, evento promovido pelo Sebrae há dez anos e que percorrerá as principais cidades do país (veja o calendário no quadro ao lado). A feira proporciona aos visitantes a possibilidade de ter acesso a orientação empresarial para os que desejam abrir o próprio negócio, servi-
ços financeiros, exportação, além da troca de experiência com empresários já estabelecidos e oportunidades de negócios nas áreas de comércio, indústria, serviços e agronegócios. No ano passado, quando completou dez anos, a Feira do Empreendedor contabilizou a participação de 270 mil pessoas nos 16 eventos realizados em todo o Brasil – um incremento de 104% em relação às sete feiras realizadas em 2003.
Calendário Brasília (DF) – 19 a 22 de maio Rio Branco (AC) – julho (não definido) Palmas (TO) – 10 a 13 de agosto Macapá (AP) – 24 a 28 de agosto Goiânia (GO) – 1º a 4 de setembro Porto Alegre (RS) – 6 a 9 de setembro Manaus (AM) – 15 a 18 de setembro João Pessoa (PB) – 5 a 8 de outubro Rio de Janeiro (RJ) – 6 a 9 de outubro Cuiabá (MT) – 9 a 13 de novembro Vitória (ES) – 10 a 13 de novembro Boa Vista (RR) – novembro (não definido) São Luiz (MA) – 1º a 4 dezembro
Na feira, visitantes têm acesso a orientação e oportunidades de negócios
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TOME NOTA Prioridade – Durante a entrega do Prêmio Nacional da Qualidade e Competitividade, no dia 22 de março, em Brasília, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que a proposta de Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, que está sendo apreciada pelo Ministério da Fazenda, deverá ter prioridade na Câmara dos Deputados. Lula garantiu que pediu ao presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti, prioridade na apreciação e posterior votação do projeto, uma iniciativa encabeçada pelo Sebrae que tem como prioridades a redução da burocracia e a diminuição da carga tributária para os pequenos empreendimentos. Abril – Empreendedor
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Prêmio – A solenidade de entrega do Prêmio Nacional de Qualidade e Competitividade, que contou com a presença do presidente Luís Inácio Lula da Silva, reconheceu o trabalho de 82 empreendedores de micro e pequenas empresas de 22 estados. Promovido pelo Sebrae e pelo Movimento Brasil Competitivo, o prêmio avalia as ações de melhoria na qualidade da gestão empresarial que visam a maior competitividade. A lista dos vencedores está disponível no site Empreendedor (www.empreendedor.com.br)
O espaço da micro e pequena empresa
INICIATIVA
Acordo beneficia micro e pequenas empresas Carta de Fortaleza
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As direções, superintendências, gerências e quadros técnicos do Banco do Nordeste e do Sebrae de todo o Nordeste, de Minas Gerais e Espírito Santo estiveram reunidos no Centro de Treinamento do BNB, em Fortaleza, nos dias 16, 17 e 18 de março, com o firme propósito de promover o intercâmbio e debates de informações estratégicas e operacionais em prol do desenvolvimento de ações integradas e convergentes. Durante a Conferência, foram abordados temas de interesse comum e de vital importância para a melhoria da competitividade e desenvolvimento dos pequenos negócios na região e discutida a visão estratégica das instituições sobre desenvolvimento local, regional e setorial, almejando o alinhamento de ações para o próximo biênio. Os mais de 150 participantes da Conferência manifestam, por meio desta carta, os seguintes compromissos: 1 – Multiplicar as informações e produtos dessa conferência junto aos seus superiores, pares, subordinados e parceiros institucionais; 2 – Construir um conjunto de ações comuns, visando o provimento de soluções compartilhadas em nível local, principalmente no que tange aos temas tratados nessa Conferência; 3 – Priorizar a ação em aglomerados de empresas, nos seus mais diferentes formatos e possibilidades. O Banco do Nordeste e o Sebrae reiteram a importância do apoio às micro e pequenas empresas como estratégia de desenvolvimento regional, confiantes que a cooperação entre as instituições será um importante instrumento para fomentar e fortalecer o segmento. Fortaleza, 18 de março de 2005.
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Publicação traz raio X sobre APLs
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Na abertura da II Conferência , aconteceu o lançamento da revista Arranjos Produtivos Locais – soluções coletivas para o acesso a serviços financeiros. Editada sob a coordenação da Unidade de Acesso a Serviços Financeiros do Sebrae, a publicação traz um panorama sobre APLs como o de móveis em Ubá (MG) e Paragominas (PA); de confecções em Nova Friburgo (RJ), Tobias Barreto (SE) e Jaraguá (GO); e de couro e calçados em Campina Grande (PB). A revista inclui ainda matérias sobre o trabalho desenvolvido por parceiros do Sebrae na área de acesso a serviços financeiros, como Banco do Nordeste, Banco da Amazônia, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e o Bradesco. A publicação está Paulo Okamotto, presidente do Sebrae, e Robert disponível para download no seguinte endereço: Smith, presidente do Banco do Nordeste, durante www.sebrae.com.br/br/download/revista_apl.pdf o lançamento da publicação sobre APLs
JULIO CÉZAR LUCENA/AGÊNCIA SEBRAE
O Sebrae e o Banco do Nordeste vão atuar ainda mais unidos em prol dos pequenos negócios. É isso o que prevê a Carta de Fortaleza, assinada pelas duas instituições e divulgada no encerramento da II Conferência Banco do Nordeste/Sebrae, realizada em Fortaleza, entre os dias 16 e 18 de março. A Conferência serviu para que diretores, superintendentes, gerentes e técnicos das duas instituições pudessem debater e trocar informações e experiências que possam gerar maior qualidade e eficácia no trabalho de ambas. O compromisso firmado pelo Sebrae e pelo Banco do Nordeste vai beneficiar pequenos negócios de nove estados da região, mais os nortes de Minas Gerais e Espírito Santo, que formam a área de atuação do banco. Entre as prioridades estabelecidas pelas duas instituições estará o atendimento diferenciado às empresas que fazem parte dos chamados Arranjos Produtivos Locais (APLs). Dessa forma, Sebrae e Banco do Nordeste esperam reduzir especialmente os custos do acesso das micro e pequenas empresas a serviços financeiros, incluindo o crédito.
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Ano IV - Nº 44
Na ponta, tecnologia Ferramentas de TI, softwares de gestão e financeiros, intranet ou extranet. Tem de tudo no franchising para manter a padronização e garantir bons resultados em toda a rede
100% Vídeo: sistemas interligados nas lojas, na internet e na franqueadora
A rapidez da evolução das ferramentas de gestão torna-se um diferencial do franchising em relação aos outros negócios, afinal o que ocorre geralmente é que as unida-
des continuam trabalhando a todo vapor enquanto o franqueador vai detectando as novas necessidades e buscando tecnologias para aprimorar vários aspectos da empresa, seja
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Franquia Total de pequenas reuniões com franqueados on-line. Na rede 100% Vídeo o processo de implantação de novas ferramentas é constante porque a empresa sempre teve consciência da importância da Tecnologia de Informação (TI) para facilitar tanto a gestão das lojas da rede quanto a gestão da franqueadora, promovendo assim uma maior aproximação e troca de informações entre os franqueados e facilitando a gestão do know-how pela franqueadora. Em 2001 a franquedora iniciou um projeto de desenvolvimento de software para mudar mais profundamente a gestão da operação nas unidades, já que naquela época o único software utilizado nas lojas da rede era o Pódium, desenvolvido com tecnologia da década de 80. Havia também um projeto incipiente de ter uma extranet, e a gestão da franqueadora era ainda baseada em planilhas eletrônicas comuns. Agora, quatro anos mais tarde, o projeto evoluiu a ponto de tornar-se
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comunicação, gestão financeira e administrativa ou mesmo treinamento e padronização. Quando se faz parte de uma rede de franquias a comunicação entre os envolvidos, em especial entre franqueador e franqueado, é uma das chaves para que o seu funcionamento seja dinâmico e com a engrenagem “azeitada”. Saber o que ocorre na ponta, na unidade que lida diretamente com o consumidor e em qualquer parte do país, é fundamental para que a rede se sinta envolvida e possa transferir, não só problemas, mas também experiências de sucesso. Além de convenções regionais ou nacionais, realizadas semestralmente ou anualmente por grande parte das redes, e apontadas como os fóruns de troca de dados, é preciso que o franqueador consiga estar presente na dificuldade do dia-a-dia, seja através de orientação de consultores via internet ou intranet, seja com softwares de gestão que apontam as falhas na hora ou mesmo com a realização
Giraffa’s: extranet permite acompanhar consultoria e supervisão das lojas Abril – Empreendedor
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um verdadeiro sistema de gestão baseado em bancos de dados distribuídos. Ou seja, esse sistema integra o software de gestão das lojas, o Cinemaster, o portal da rede na internet (www.100video.com.br), a extranet utilizada pelos franqueados e gerentes das lojas e ainda o software de gestão interna da franqueadora, o 100% Resultados. “Todos esses sistemas são interligados através de bancos de dados relacionais que ficam nas lojas, na internet e na franqueadora, e que conversam ativamente entre si”, explica Eduardo Baldino, gerente de Franchising. A diretoria da 100% Vídeo diz que o Cinemaster levou mais de dois anos para ser desenvolvido e é hoje o mais avançado software de gestão de videolocadoras no país e, possivelmente, na América Latina. É o primeiro e único software do gênero a receber homologação para utilização de TEF (Transferência Eletrônica de Fundos) no Brasil. O software permite que o franqueado administre a sua loja 100% Vídeo aliando o know-how da franqueadora com a sua própria experiência empresarial, com flexibilidade e agilidade na tomada de decisões. “Além de oferecer toda a facilidade para geração de relatórios de análise gerencial, o sistema permite que o usuário crie seus próprios relatórios, salve o ‘esqueleto’ desses relatórios e o compartilhe de forma automática com as outras lojas da rede. Assim, caso um franqueado desenvolva uma nova maneira de analisar um certo aspecto de seu negócio, ele pode rapidamente distribuir esse conhecimento e todos se beneficiam”, afirma Baldino. Além disso, a interligação do Cinemaster com o Banco de Dados Central possibilita centralizar os pedidos de compras de filmes de todas as lojas da rede, fazer atualizações automáticas do sistema sem necessidade de instalar novos software ou
da mantemos os manuais, o acervo da franquia, documentos e também notícias em tempo real que interessam franqueados, fornecedores, parceiros”, explica Miccieli.
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Decisões rápidas São várias as redes de alimentação que têm apostado em informações gerenciais para definir estratégias de venda, de lançamentos e até de marketing. Através de relatórios e de números centralizados, as franquias decidem ações localizadas e promoções especiais ou a próxima campanha da marca. A rede Spoleto de restaurantes de culinária italiana implementa um sistema informatizado para integrar as mais de cem lojas no Brasil e centralizar os dados recebidos. A meta é finalizar o processo até o final deste ano. Com forte presença no mercado de foodservice, o SnackControl destaca-se por oferecer o módulo Multiloja. “Temos agora um controle mais efetivo
sobre os restaurantes, com os dados consolidados via internet. Isso permite saber quais são os produtos com melhor receptividade em cada região, as prioridades e a melhor estratégia para alcançar os resultados desejados”, garante Luiz Calçada, gerente de Informática do Spoleto. Com relatórios em mãos, a rede programa lançamentos de produtos de acordo com a demanda de cada região e tem melhores condições de traçar uma estratégia de divulgação. “Se o software indica que uma promoção não trouxe o retorno esperado em determinada região, a informação é passada para a área de marketing, que desenvolve uma ação específica para reverter o problema. E, como o sistema oferece atualizações diárias, os ajustes podem ocorrer com muita rapidez”, afirma Calçada. Márcio Blak, consultor em automação comercial e responsável pelo SnackControl, explica que a solução
Miccieli: relatórios mensais de como está a evolução de cada unidade
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de parar a operação das lojas, compartilhar informações sobre clientesproblema e até comparar vários dados de desempenho de grupos de lojas da rede. O franqueado não tem mais o trabalho de cadastrar os novos títulos que chegam todo mês, pois isso é centralizado e os dados são automaticamente distribuídos para todas as lojas. A integração do Cinemaster com os outros sistemas através dos bancos de dados significa que esses dados são utilizados no site, na extranet e no sistema interno da franqueadora, permitindo que a consultoria de campo realize um trabalho ativo de acompanhamento do desempenho da loja. Conseqüentemente, a franqueadora ajuda o franqueado a planejar suas compras, a medir os seus resultados e a traçar e alcançar metas de crescimento. Na rede de restaurantes Giraffa’s o processo de implantação de novas ferramentas está em andamento. Ao criar uma extranet – um meio de informação com franqueado, fornecedores e parceiros e onde todas as informações referentes à marca circulam na rede, em tempo real –, a empresa teve a possibilidade de criar um módulo que vai permitir acompanhar a consultoria e a supervisão das lojas, para poder saber onde estão os pontos fortes e os fracos, por região, por unidade ou por franqueado. “Ao completar os dados do check-list, o consultor subsidia o sistema que possui os indicadores de qualidade definidos por nós e assim temos relatórios mensais de como está a evolução de cada unidade”, conta Cláudio Miccieli, diretor-executivo da rede Giraffa’s. A intenção do franqueador é dinamizar a comunicação entre todos, oferecer novas ferramentas de suporte, além de criar um histórico da rede. “Na extranet temos possibilidades de interagir, com fóruns de discussão e salas de bate-papo, e ain-
Franquia Total não consiste apenas na centralização de informações, mas também na automação dos pontos-de-venda, no controle de estoque e na gestão financeira de cada restaurante. Traz benefícios, portanto, para o franqueado e para o franqueador. “A procura por soluções tecnológicas customizadas para o gerenciamento do negócio cresce na mesma medida em que aumenta a concorrência no setor”, diz. Esse mesmo sistema automatiza e gerencia os procedimentos de quase 400 lojas do Bob’s e das redes Rei do Mate, Vivenda do Camarão, Burgão, Bonaparte, Donatário, Premiatto Express e Cremeria Nestlé. Também é responsável pelo controle das lojas de alimentação e be-
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bidas dos parques temáticos Hopi Hari e Playcenter, da rede UCI de Cinemas, dos restaurantes da cadeia atacadista Makro e das cafeterias do Atacadão. Está presente em quase 4 mil pontos-de-venda em todo o país, incluindo bares, restaurantes e casas noturnas.
Linha Direta
Márcio Blak: a procura aumenta de acordo com a concorrência
100% Vídeo (19) 3234-7444 Giraffa’s (61) 2103-1800 SnackControl (21) 2223-0502 Spoleto (21) 2494-7006
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E os recursos humanos? Quem opera atrás do balcão ou na mesa do escritório é fundamental para que as tecnologias desenvolvidas funcionem e sejam bem utilizadas. Cada vez mais as empresas têm constatado que qualidade, produtividade e competência estão intrinsecamente ligadas ao ser humano e que é ele o responsável por manter e até elevar os níveis dos resultados em qualquer organização. Por isso temse constatado uma busca de mecanismos que visem a conhecer os potenciais dos recursos humanos e dessa forma otimizar os investimentos em desenvolvimento e criar políticas de retenção de talentos. A consultoria especializada em franchising Vecchi & Ancona, junto com a PCF Consultores, estão utilizando o que eles batizaram de Análise de Perfil Comportamental Profissional (APCP), que tem demonstrado ser uma ferramenta de alta confiabilidade, agilidade e baixo custo para subsidiar decisões estratégicas nas empresas. A análise é feita através de siAbril – Empreendedor
tuações operacionais práticas, sendo o posicionamento pessoal do analisado indicado pela escolha de níveis de concordância ou discordância para cada uma delas. As situações estão colocadas de forma que o analisado não perceba o que se espera como sua resposta, garantindo assim que a análise se faça a partir de seu real posicionamento profissional, sem mascaramentos. Os mentores do produto acreditam que o perfil comportamental profissional revelado pela ferramenta, e que reflete uma situação de realidade de cada profissional, permite à em-
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presa, através dos gaps identificados, ações de investimento individualizadas em função do resultado organizacional a ser alcançado. Tal ferramenta é voltada especialmente para análise de profissionais que atuem em funções que exijam supervisão ou gerenciamento de pessoas, tarefas e responsabilidades, como gerentes, supervisores, analistas e atendentes, vendedores e equipes comerciais, franqueados, entre outros. Trata-se de uma solução de rápida resposta, com realização via internet e de total sigilo, através da ação de um gerenciador do processo. Os consultores da Vecchi & Ancona apontam entre os benefícios dessa análise a determinação de grupos homogêneos para treinamento, reduzindo custos e tempo dos programas, além de garantir uniformidade nos processos de seleção, pela eliminação da subjetividade da análise e padronização das características analisadas. www.apcp.com.br
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Serviços expressos Consertos e reparos em roupas é um bom negócio. A rede de lojas Linha & Bainha, um atelier de costura que faz desde pequenos reparos, como colocação de botões, até ajustes e reformas em peças de vestuário, inagura neste mês novas unidades em Itaim e Higienópolis (na cidade de São Paulo), Curitiba e Santos. Um dos segredos da rede é o baixo custo da franquia, mas também a pouca concorrência nesse setor. Na parte estrutural, as unidades da Linha & Bainha ocupam um espaço entre 35 m² e 70 m² de área e têm como investimento inicial, aproximadamente, R$ 70 mil, que inclui taxa de franquia, maquinário, softwares de gestão, estoque inicial, material de comunicação e merchandising, mobiliário, luminoso e todo o treinamento inicial. A franqueadora ainda fornece todo o equipamento, desde computadores e softwares de gestão até embaladoras e máquinas de costura importadas, desenvolvidas exclusivamente para a Linha & Bainha. (11) 3253-0555
Universidade parceira A rede de idiomas CNA e algumas universidades de Minas Gerais estão formando parcerias para beneficiar alunos e funcionários das instituições. Com o Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé (Unifeg), por exemplo, foi acertado incluir na grade curricular do curso de Comércio Exterior aulas de inglês e espanhol, fundamentais para a profissão. As aulas, que têm seu valor agregado à mensalidade do curso, serão ministradas por professores do CNA e utilizarão também atividades extras como música, filmes, aulas externas e plantão de dúvidas para auxílio dos alunos que encontrarem dificuldades. Aos alunos basta apenas a compra do
material didático da rede, que, ao final do curso de Comércio Exterior, entregará a eles seus certificados de conclusão CNA. Segundo Luis Fernando Penteado, franqueado CNA em Guaxupé, a unidade foi procurada pela universidade “devido ao alto nível de sua metodologia, o que coincidiu com as necessidades e interesses da instituição”. A parceria futuramente poderá ser estendida aos demais cursos, inclusive de pós-graduação. Outras parcerias também estão sendo testadas e para Silvio Montesanti, coordenador de Convênios da rede, isso reforça a marca CNA junto às comunidades nas quais está inserida. (11) 3053-3803
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Franquia Total
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Pão de queijo na rua As redes de supermercados do Sul do país estão nos planos da rede de alimentação Casa do Pão de Queijo. A empresa está lançando no varejo da região a sua nova linha de produtos com marca própria. É uma nova forma de fazer chegar seus produtos ao consumidor, já que sempre foram vendidos através de franquias e lojas próprias. Além dos supermercados, a negociação inclui outros pontos de comércio, como locadoras de vídeo e postos de gasolina. “A população adora pães e este é um jeito prático de saborear nossos produtos”, justifica Alberto Carneiro Neto, diretor da Casa do Pão de Queijo. Tal prática só estava implantada no Sudeste. Os três estados do Sul devem representar cerca de 25% do faturamento da rede, que deve chegar a R$ 10 milhões em 2005. www.casadopaodequeijo.com.br Abril – Empreendedor
Marca em expansão A rede de lavanderias Quality Cleaners está inaugurando seis novas unidades em menos de dois meses, somando 32 unidades. Há seis anos no país, a empresa comemora a expansão e reforça os seus principais desafios: enfrentar a forte concorrência e transformar a operação brasileira em uma das mais significativas da marca no mundo. A empresa, de origem americana, expandiu sua atuação para outros países a partir de 1990. Atualmente, são mais de 300
unidades em diversos países, como Venezuela, México, Itália, Porto Rico, Peru, Costa Rica e Argentina. Em todos eles, a rede de lavanderia expressa Quality Cleaners adota em suas lojas os conceitos de rapidez, qualidade e economia, nos serviços de limpeza a seco e a água. Por dentro das tendências internacionais, a rede investiu na inovação dos processos, utilizando maquinários de última geração, que eliminam qualquer possibilidade de agressão ao meio ambiente. (11) 3253-0555
Reportagem e Redação: Sara 60 Caprario E-mail: franquiatotal@empreendedor.com.br
10 anos de locação A rede de locação de veículos Yes Rent a Car comemora o seu décimo aniversário e já é a quarta empresa no ranking de locação de carros. Todos os anos a rede promove um encontro nacional com os franqueados e agora em 2005 o encontro será especial, pois vai comemorar o aniversário da empresa e discutir e traçar novos cami-
nhos. O encontro ocorrerá nos dias 27, 28, 29 e 30 de abril e 1º de maio, em Porto Seguro (BA), começando com uma retrospectiva da trajetória da locadora e prosseguindo com palestras especiais e prêmios para os franqueados que se destacaram ao longo do percurso que permitiu a consolidação da rede. www.yes-rentacar.com.br
TOMA LÁ, DÁ CÁ
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Nilson Marques, diretor da Bon Grillê, rede de fast food de grelhados, conta os bons resultados de ter sorteado uma franquia no reality show de maior audiência do país. Como foi a decisão de sortear uma franquia que já está em funcionamento para um dos confinados no Big Brother Brasil? Nilson Marques – A ação iniciouse com a idéia de divulgarmos com força e nacionalmente a marca Bon Grillê, que, apesar de conhecida e de ter a qualidade dos pratos como referência, precisava fazer algo inusitado ao completar dez anos de existência.
O que mais pode ser considerado de positivo? Nilson Marques – O fato de os participantes terem elogiado a comida, terem gostado e falado isso para todo o Brasil. Além disso, o próprio sistema de franchising foi divulgado, já que o ganhador (Sammy Ueda) recebeu treinamento ali mesmo na casa do BBB, revelando os conceitos de uma rede e os benefícios que uma marca com padrões de qualidade pode dar ao franqueado.
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TRÊS MODELOS A franquia da Ecodry está disponível em três modelos: o mobile, em que o próprio franqueado executa os serviços de estética automotiva; o corner, que é adequado para locais com baixo fluxo de veículos; e o store, caracterizado por unidades instaladas em estabelecimentos com grande fluxo de carro. O mobile e o corner precisam de uma área de 25 m2, e o store demanda uma área a partir de 60 m² e uma equipe inicial de cinco esteticistas. A REDE OFERECE: – suporte na escolha do ponto; – treinamento e manuais de franquia; – projeto arquitetônico e software operacional; – coaching que acompanhará o franqueado durante os primeiros dias de operação; – treinamentos de reciclagem regulares para o franqueado e sua equipe; – consultores de campo. INVESTIMENTO: – varia de R$ 7.500 (modelo mobile) a R$ 43.500 (modelo store). Empreendedor – Abril
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Outras ações paralelas foram realizadas? Nilson Marques – Em todas as 51 unidades colocamos banners com perguntas se aquela seria a franquia sorteada no BBB.
Um prêmio desse nível certamente causou espanto entre os espectadores. Como foi a reação nas unidades? Nilson Marques – Do dia que foi ao ar a gravação do sorteio até três dias depois, houve um aumento médio de 30% no faturamento das franquias. O site recebeu 19 mil visitações no dia seguinte, quando o normal é menos da metade. O efeito continua, e ainda é cedo para mensurar.
A rede Ecodry, Centro de Estética Automotiva, recebeu o prêmio Mérito em Educação e Trabalho – 2004 na categoria Inovação, conferido pela Escola Superior Candido Mendes aos melhores planos de negócio e marketing apresentados no decorrer do ano. O plano de marketing elaborado por Erika Barreto, Kátia Vieira, Luís Cláudio Marques, Ronaldo Oliveira e um dos sócios da Ecodry, Wilson Martins Filho, teve como tema o lançamento da Ecodry Franchising. “Apesar da grande procura de candidatos pelo nosso negócio, respeitamos muito a estratégia de expansão indicada no plano de marketing, na qual não iremos para regiões mais afastadas sem antes consolidarmos nossa rede ao nosso entorno, influenciando diretamente na velocidade de crescimento, já que a oferta de pontos na cidade do Rio de Janeiro é escassa”, afirma Martins Filho. Hoje são dez unidades e a expectativa é abrir outras 15 até o final do ano. linha direta
NOVAS REDES
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Chancela da academia
Franquia ABF Artur Grynbaum participa de audiência com os Presidentes da Câmara e do Senado No último dia 10 de março, Artur Grynbaum, presidente da ABF e vice-presidente da rede O Boticário participou em Brasília de encontros com o presidente do Senado, Renan Calheiros, e com o presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti, para tratar de assuntos de interesse do varejo e do franchising. As reformas judiciária, trabalhista e tributária foram os principais assuntos em pauta na reunião com o senador Renan Calheiros. No jantar com o deputado Severino Cavalcanti, além do tema “reformas”, outro assunto bastante discutido foi a rejeição à Medida Provisória (MP) 232.
Como representante das redes franqueadoras e dos franqueados, Artur Grymbaum sugeriu ao governo maior apoio para as pequenas e médias empresas. O presidente da ABF ressaltou que o sistema de franchising é, hoje, um importante pilar da economia nacional, pela geração de empregos, treinamento de mãode-obra, descentralização da economia, entre outras características. Um dos compromissos da ABF com seus associados é inserir o franchising no debate nacional e fazer com que o setor seja ouvido pelo Poder Público como representante do empreendedor brasileiro e dos pequenos e médios empresários.
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ABF reúne elite do franchising em evento no Rosa Rosarum No próximo dia 28 de abril, a ABF realizará no Buffet Rosa Rosarum uma grande festa na qual serão anunciados os vencedores da 11ª edição do Prêmio ABF Destaque Franchising e os nomes dos franqueadores chancelados com o Selo de Excelência em Franchising, referente ao desempenho no ano de 2004. O Prêmio ABF Destaque Franchising será conferido a cinco categorias – Franqueador, Franqueado, Jornalismo (Jornal e Revista), Trabalho Acadêmico e Parceiro do Franchising –, visando a prestigiar e reconhecer o esforço dos premiados pelo fortalecimento e crescimento do franchising no país. O Selo de Excelência em Franchising, por sua vez, será entregue a 55 redes de franquia. Nessa ediAbril – Empreendedor
ção, a ABF registrou um aumento de 20% no número de franquias interessadas em obter a chancela, em relação ao ano anterior. “Os critérios para a chancela do Selo são aprimorados a cada ano e as redes também demonstram um interesse cada vez maior de profissionalizar sua performance”, afirma Ricardo Camargo, diretor-executivo da ABF. A expectativa é de reunir cerca de 400 pessoas ligadas ao mercado de franchising nacional.
Anote em sua agenda: Jantar ABF Local: Espaço Rosa Rosarum Endereço: Rua Francisco Leitão, 416 – Pinheiros Data e horário: 28 de abril, a partir das 20h Informações e inscrições ligue para o Depto. de Eventos da ABF no tel.: (11) 3814-4200, ramais 17 e 24, ou envie uma mensagem para eventos@abf.com.br.
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Worktek
Móveis Evolukit
Negócio: Educação & Treinamento Telefone: (19) 3743-2000 franchising@worktek.com.br www.worktek.com.br
Conquiste sua independência financeira! A Worktek Formação Profissional faz parte do ProAcademix, maior grupo educacional do Brasil detentor das marcas Wizard, Alps e Proativo. Tratase de uma nova modalidade de franquias com o objetivo de preparar o jovem para o primeiro emprego ou adultos que buscam uma recolocação no mercado de trabalho. São mais de 30 cursos, entre eles, Office XP, Web Designer, Digitação, Curso Técnico Administrativo (C.T.A.), Montagem e Manutenção de Computadores, Secretariado, Operador de Telemarketing, Turismo e Hotelaria, Recepcionista e Telefonista, Marketing e Atendimento ao Nº de unidades próprias e franqueadas: 70 Cliente. Áreas de interesse:: Brasil Entre os diferenciais da Apoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, Worktek está a qualidade do PF, FI, EI, PN, AJ, FB, FL, CP, FM material e do método de enTaxas de Franquia: entre R$10 mil sino, além do comprometie R$ 25 mil Instalação da empresa: a partir de mento com a recolocação que R$ 30 mil vai além das salas de aula atraCapital de giro: R$ 15 mil vés do POP, Programa de Prazo de retorno: 36 meses Orientação Profissional.
Tel.: (11) 5505-1703 franquia@evolukit.com.br www.evolukit.com.br
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1. A PBF exige pequeno investimento e não cobra royalties. 2. A PBF é uma rede de escolas de idioma com mais de 30 anos de experiência e tradição. 3. A PBF possui um método de ensino exclusivo e próprio, totalmente atual e comunicativo. 4. A PBF forneNº de unidades: 223 ce suporte em toÁreas de interesse: Todo o Brasil das as áreas, da Apoio: PA, PO, TR, PF, EL, SP, MP, PM, PO, OM administrativa à Taxas: 30% pool propaganda sobre compra de livro pedagógica. Instalação da empresa: a partir de R$ 40 mil (de5. A PBF trabapendendo do tamanho da cidade) Capital de giro: R$ 10 mil lha para você cresPrazo de retorno: 18 a 24 meses cer sem parar! Contato: Departamento de Franquias
PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TR- Treinamento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto
FRANQUIAS EM EXPANSÃO Alps Negócio: Educação & Treinamento Telefone: (19) 3743-2000 franchising@alpschool.com.br www.alpschool.com.br
Oportunidade de sucesso Rede em ampla expansão Lançada em maio de 2001, a Alps faz parte do grupo ProAcademix, também detentor das marcas Wizard e Worktek. Atualmente, ela é a rede de franquias de idiomas que mais cresce no Brasil, com 101 unidades espalhadas por todo o país. O sistema Alps de ensino conta com metodologia desenvolvida nos Estados Unidos que utiliza avançadas técnicas de neurolingüística, em que o aluno é estimulado a desenvolver as quatro habilidades fundamentais para se comunicar na língua inglesa: conversação, compreensão auditiva, leitura e escrita. Assim, o aprendizado é feito de forma natural, rápida e permanente. A Alps conta com know-how administrativo e comercial, através de um sistema Nº de unidades próp. e franq.: 101 exclusivo de ensino, Áreas de interesse: América Latina, Estados e dá assessoria na seUnidos, Japão, Europa leção do ponto coApoio: PA, PP, PO, OM, TR, FI, PN mercial, na adequação Taxas: R$ 10 mil (franquia) e R$ 12,00 por kit (publicidade) do imóvel e na imInstalação da empresa: R$ 20 mil a R$ 40 mil plantação e operação Capital de giro: R$ 5 mil da escola. Prazo de retorno: 12 a 18 meses Contato: Ivan Cardoso
PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TR- Treinamento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto
Zelo Serviços
Wizard
Negócio: Educação & Treinamento Telefone: (19) 3743-2098 franchising@wizard.com.br www.wizard.com.br
Negócio: Prestação de serviços de terceirização Tel/Fax: (11) 5505-9050 E-mail: zelo@zelo.srv.br Home page: www.zelo.srv.br
Prosperidade certa
Nº de unidades próprias e franquadas: 35 Áreas de interesse: Estado de São Paulo e Rio de Janeiro Apoio: MP, PP, PO, OM, TR, EL, PN, SP Taxa de Franquia: R$ 20 mil Instalação da empresa: R$ 10 mil Capital de giro: R$ 20 mil Prazo de retorno: 18 a 24 meses Contato: Sr. Eladio Cesar Toledo
A Zelo é uma empresa brasileira destinada a solucionar e integrar os diversos serviços de terceirização prestados ao patrimônio de uma escola, shopping, hotel, hospital, indústria, condomínio, ou residência. Através de um projeto baseado na experiência de mais de 20 anos de seu corpo técnico, pioneiro na implantação do conceito de performance em serviços de limpeza e na implantação de franquia de serviços no Brasil. A Zelo busca a melhor mão de obra, capacitando-a com o treinamento mais adequado a necessidade da cada cliente seu.
Sucesso educacional e empresarial A Wizard Idiomas é a maior rede de franquias no segmento de ensino de idiomas* do país. Atualmente, são 1.221 unidades no Brasil e no exterior que geram mais de 15 mil empregos e atendem cerca de meio milhão de alunos por ano. A Wizard dispõe de moderno currículo, material altamente didático com proposta pedagógica para atender alunos da educação infantil, ensino fundamental, médio, superior e terceira idade. Além de inglês, ensina espanhol, italiano, alemão, francês e português para estranNº de unidades: 1.221 franqueadas geiros. A Wizard é Áreas de interesse: América Latina, EUA e também pioneira no Europa ensino de inglês em Apoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF, FI, Braille. EI, PN, AJ, FB, FL, CP, FM Taxas de Franquia: entre R$10 mil e R$ 32 mil Instalação da empresa: a partir de R$ 50 mil Capital de giro: R$ 15 mil Prazo de retorno: 24 a 36 meses Contato: Alberto Campos
* Fonte: Associação Brasileira de Franchising e Instituto Franchising.
PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TR- Treinamento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto
Guiado
Empreendedor
Integração bem resolvida
Adauto Gudin: curso contribui para a evolução profissional
nal como também contribuir na escalada profissional de uma pessoa na corporação”, diz Adauto Gudin, diretor da ITCOM. A empresa, que foi a primeira do ramo no Brasil a trabalhar com a integração de áreas fundamentais como administração, marketing e tecnologia da informação, já formou mais de cem turmas, principalmente nas áreas de CRM, business intelligence, tecnologia da informação e e-business, e formou cerca de 2.500 alunos em todo o país.
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Nos treinamentos que ensinam métodos de implantação, gerenciamento e avaliação de projetos, a ITCOM procura oferecer aos profissionais um diferencial em capacitação. “Aplicamos as melhores práticas e teorias que preparam os alunos para inserirem os conhecimentos adquiridos no cotidiano das empresas, com conteúdo totalmente alinhado ao estágio de sua vida profissional”, afirma Gudin. Com metodologia própria, os cursos oferecem exemplos reais, casos práticos, trabalho em equipe e atendimento individual. A duração mínima de um treinamento é de seis horas (podendo chegar a 16), e o aluno tem acesso ao material didático antes da realização do curso – procedimento considerado estratégico pela escola. “A pessoa pode estudar os assuntos com calma em casa e participar das aulas para tirar suas dúvidas e aprofundar-se nos temas de maior interesse”, diz. Cada curso é realizado para pequenos grupos – entre 6 e 20 pessoas – e custam a partir de R$ 900. Cerca de 80% dos professores, segundo o diretor da ITCOM, possuem doutorado ou mestrado e foram selecionados de acordo com o histórico de suas próprias carreiras – geralmente executivos, empresários ou consultores em seu mercado de atuação. (11) 5096-6682 www.itcom.com.br Empreendedor – Abril
2004
Integrar as áreas de marketing e de relacionamento com os clientes e aplicá-las às estratégias de gestão é uma tendência operacional entre as grandes empresas, mas pode se transformar em obstáculo para o empreendedor se sua equipe não possui conhecimentos técnicos ou experiência no assunto. Para quem sente necessidade de trabalhar com a integração de diversos campos de conhecimento, mas não dispõe de todas as informações necessárias, uma alternativa é buscar a atualização por meio de treinamentos direcionados, focados em temas específicos e que atendam sob medida aos objetivos estabelecidos. Um dos fatores que podem comprometer o rendimento dos funcionários e da empresa quando existe uma deficiência desse gênero é o tempo de duração da maioria dos cursos disponíveis no mercado, que pode chegar a dois anos. Aliar a praticidade da educação executiva (e com assuntos previamente determinados) ao tempo reduzido é a proposta da ITCOM Business School. Com sede em São Paulo e bases nas principais cidades do país, a escola conta com seis anos na organização de treinamentos, seminários e cursos de extensão direcionados a executivos e profissionais de diversos segmentos. “Fazer um curso pode não apenas ajudar na atualização profissio-
DIVULGAÇÃO
As estratégias de gestão ganham com a sintonia entre as ações de marketing e relacionamento com os clientes
Guia do Empreendedor
Flores para todos
Fusão como estratégia A Telecon, especialista no segmento de treinamento em tecnologia de redes, foi incorporada pela CTT, empresa com mais de 15 anos de experiência em treinamentos em tecnologia com presença nos países da América Latina e Central. Com a parceria, a Telecon intensificará sua oferta de cursos de certificação para os canais Cisco, HP e Nokia, além de adicionar ao seu portfólio outros grandes fabricantes como Microsoft, Sun, Hitachi e Trend Micro. Entre as estratégias da Telecon junto ao novo parceiro estão aumentar a atuação nos mercados de Service Providers e de Instituições de Ensino, intensificar as ações realizadas junto aos distribuidores e fechar convênios com universidades para disponibilizar conteúdo e infraestrutura para cursos de graduação ou extensão na área de redes. www.telecon.com.br
FOTOS DIVULGAÇÃO
Por Carol Herling carol@empreendedor.com.br
Líder no comércio virtual de flores e presentes, a Flores Online firmou parceria com os Correios para estender seu campo de ação no território brasileiro. Com 200 opções de arranjos diferentes, a Flores Online tornou-se a primeira do segmento a entregar seus produtos em todo o território nacional. Para consultar as cidades, basta acessar no site da empresa o link 100% FOL Brasil. O preço dos arranjos varia de R$ 29,00 a R$ 500,00, e o frete feito através dos Correios custa a partir de R$ 6,50. www.floresonline.com.br
Leite Moça em bisnaga Depois de mudar o modelo da tradicional lata de Leite Moça, a Nestlé criou a versão do produto em nova embalagem, em forma de bisnaga, para facilitar a vida do consumidor. O objetivo da empresa é tormar o produto mais prático para ser servido e utilizado no preparo de receitas. O design da nova embalagem seguiu as cores e o padrão do rótulo da lata de Leite Moça e acrescentou uma ilustração colorida e sugestiva, que mostra as facilidades oferecidas pelo novo formato. www.nestle.com.br
Novas embalagens
2005
Tradicional no mercado veterinário, a Bayer modernizou seus produtos através da revitalização das embalagens, que ganham novo layout a partir deste mês. A primeira linha beneficiada com a novidade é a destinada aos suínos, composta pelos produtos Baycox Pig Doser e Baytril Pig Doser. Entre as modificações estão o desenho do rótulo, que ganhou fotos diferenciadas para auxiliar no tratamento de cada doença, e a clareza nas informações, descritas em linguagem simples para facilitar a compreensão dos consumidores. A idéia é padronizar toda a linha de produtos da empresa com o novo design. www.bayer.com.br Abril – Empreendedor
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Reciclando o computador Uma solução tecnológica integrada promete pôr fim ao lixo tecnológico. O sistema TGS, desenvolvido pela Seprol, possibilita a transformação de micros antigos e obsoletos em terminais rápidos e atualizados, evitando que milhares de computadores sejam jogados no lixo. O usuário precisa apenas centralizar todas as informações em um servidor com capacidade para rodar o software de administração da rede. Indicado para empresas prestadoras de serviços, hospitais, hotéis e call centers, o sistema TGS possibilita, de acordo com o fabricante, uma economia de até 70% na compra de equipamentos. www.seprol.com.br
Pr odutos & Ser viços Produtos Pets saudáveis Após uma série de pesquisas, a Ouro Fino lança o Dermocanis Pump, produto para cães que auxilia no tratamento de dermatites, doenças que provocam queda de pêlos e descamações com sintomas secundários. Segundo o fabricante, o produto é o único do gênero com a apresentação em válvula pump em frascos de 100 ml, que facilita a aplicação do medicamento. A novidade traz em sua fórmula componentes como ácidos graxos essenciais Ômega 3 e Ômega 6, zinco e vitaminas A e E, que promovem a integridade do extrato córneo (camada mais externa da pele) e ajudam na beleza dos pêlos. www.ourofino.com
Investimentos em Porto Alegre A Telsinc, que atua como integradora em TI, inaugurou sua primeira filial na cidade de Porto Alegre. A unidade da empresa conta com a experiência e capacitação técnica da matriz e mantém os padrões e processos de qualidade utilizados na sede em São Paulo. A escolha da capital gaúcha se concretizou pelos contratos
com companhias já sediadas em Porto Alegre como Gerdau, Sicredi, Grupo Sinos, GVT, Orbiltall e ADP. A meta da Telsinc é proporcionar, para toda a região Sul, novas alternativas para prestação de serviços, implementação, gerenciamento e venda de projetos de Tecnologia da Informação. www.telsinc.com.br
Monitoramento inteligente O software Qlik View, desenvolvido pela empresa sueca Qlik Tech, é uma das opções para o empreendedor que busca uma solução em BI (Business Inteligence). De instalação rápida, o Qlik View permite às empresas e seus gerentes monitorar, gerenciar e otimizar os negócios de maneira eficaz através do computador. O programa capta todas as informações e concentra-as em um único lugar, possibilitando o acesso a dados completos da empresa, que vão desde a média de consumo da frota de veículos até o faturamento por equipes de venda, passando pelo índice de produtividade de máquinas. www.qliktech.com
No-break garante produtividade Sabor em barra
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2005
Para quem está de dieta e não abre mão do sabor na hora do lanche, a Nutrimental lançou o Nutry Frutibar, o primeiro cereal em barra com recheio de frutas do país. O produto segue a tendência mundial de produtos saudáveis e práticos, e sua massa de cereais é feita com flocos de aveia e trigo com recheio de frutas, sem corantes artificiais na composição. Está disponível em três opções de sabores (banana, maçã com canela e morango) em embalagens individuais. www.nutrimental.com.br
A linha de no-breaks Enterprise, fabricada pela EquisulGPL, é uma das opções para as indústrias que precisam reduzir perdas na produtividade causadas pelas interrupções no fornecimento de energia elétrica. O equipamento pode operar em paralelo redundante e são projetados para atender às diversas configurações de tensão de entrada e saída, sem a necessidade de utilizar transformadores externos. Com painel digital e software de gerenciamento remoto em português, o Entrerprise pode monitorar individualmente as baterias, além de ser compatível com grupos geradores. Disponível em modelos de 10 a 500 kVA de potência. www.equisulgpl.com.br Empreendedor – Abril
Guia do Empreendedor
Do lado da lei
Quinze anos do direito do consumidor
2005
DIVULGAÇÃO
A Lei 8.078 promoveu um certo choque de qualidade nos produtos e serviços e incentivou a profissionalização dos negócios Deu-se início no mês de março às comemorações e eventos programados para festejar os 15 anos do estabelecimento do marcante Código de Defesa do Consumidor (CDC) brasileiro, instituído pela Lei 8.078 de 11 de setembro de 1990. Este ano, também, se comemora os dez anos de efetivação do Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (CFDD) e os 20 anos da Lei da Ação Civil Pública. Assim se conforma o sistema nacional de proteção ao consumidor, em cumprimento ao mandamento do artigo 48 das disposições constitucionais transitórias da Constituição de 1988. Os empreendedores devem muito a estes novos tempos de legislação do consumidor, pois, tendo o Brasil uma das mais avançadas leis sobre a matéria e instalado eficiente aparato de efetivação destes direitos através dos Procons, da implantação dos Juizados Especiais Cíveis, da legitimação de entidades associativas e do Ministério Público para a defesa destes interesses, houve um certo choque de qualidade nos produtos e serviços, aliado à profissionalização gradativa dos pequenos, médios e grandes negócios. Longe de se caracterizar uma legislação sem nenhum problema aqui ou ali, o Código não pode ser visto Abril – Empreendedor
como uma ferramenta contra quem empreende. Na verdade, ele é um elemento tranqüilizador do sistema quando estabelece as regras segundo as quais as empresas devem se pautar. O fundamento principal da norma é o privilégio de quem age de boa fé e com transparência. Aliado a isso, o CDC, como é chamada a lei, é o Código da informação, porque parte do pressuposto de que o consumidor bem informado tem maior direito de escolha e que o fornecedor bem informante age de boa fé, divulgando tudo aquilo que ele sabe ou deveria saber como sendo de interesse de seu cliente. Portanto, aquele que empreende fornecendo produtos ou serviços deve entender que a política nacional das relações de consumo não merece ser vista como uma legislação tão amarrada e custosa como a criticada legislação trabalhista, mas sim como um importante elemento à proteção dos interesses econômicos da sociedade, visando à melhoria de sua qualidade de vida, estabilizando as relações de consumo. Para isso, tem como princípio a harmonia dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tec-
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nológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (Constituição, art. 170). Tem, ainda, como base, a boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores. Com a prática diária, o que se vê no momento é que já se está numa fase mais madura da efetivação desses direitos. Passados os primeiros anos de utilização com alguns excessos em favor dos consumidores, agora, se vislumbram até condenações de consumidores pelo abuso dos seus direitos. Para isso, importante avanço trouxe o novo Código Civil ao tornar ilícito o abuso de direito, o que facilita ainda mais o equilíbrio de eventuais abusos pontuais. Finalmente, o sistema funciona também como um elemento de justiça concorrencial: quem empreende num determinado setor sabe que seu concorrente terá que jogar com as mesmas regras, a não ser que seja um “pirata” ou um “informal”, mas isso é material para outra coluna. Parabéns, CDC debutante, que tenha vida longa.
Mar cos Sant’Anna Bitelli Marcos Advogado (11) 3871- 0269
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Empreendedor – Março
Guia do Empreendedor
Subsídios para a mudança Alguns títulos para ajudar a entender as diferenças existentes hoje nos serviços e produtos de tecnologia de ponta e as exigências de uma economia eticamente responsável
O consumo e seus cuidados
2005
Tutela Penal do Consumo – Abordagem dos aspectos penais do Código de Defesa do Consumidor e do Artigo 7º da Lei nº 8.137 Sérgio Chastinet Duarte Guimarães Editora Revan 192 págs. – R$ 32,00 No exercício da advocacia criminal, Sérgio Chastinet Duarte deparou-se freqüentemente com processos relativos aos chamados crimes contra as relações de consumo, tipificados nas Leis números 8.078/90 – Código de Defesa do Consumidor – e 8.137/90. Assim, ele objetiva reforçar a posição de reconduzir a tutela penal das relações de consumo aos limites do direito penal tradicional. A fim de tratar do direito do consumo, o autor busca o entendimento que levou à gênese da sociedade de consumo e, assim, trata o assunto preliminarmente, fazendo um levantamento histórico sobre fatos que marcaram o século XX e alteraram a sociedade industrial, o capitalismo, o trabalho humano, etc. O autor procura interpretar as normas penais de proteção ao consumo sob o enfoque penalístico tradicional, criticando os pontos em que a tutela penal se faz desproporcional ou iníqua e reforçando as posições que privilegiam a intangibilidade dos direitos humanos e das garantias fundamentais. Abril – Empreendedor
Vença com a internet Parcerias Inovadoras – O novo código genético dos negócios Michael Cunningham Editora Campus 272 págs. – R$ 58,50 O autor mostra às empresas como criar rapidamente parcerias vencedoras na internet – com concorrentes, clientes, fornecedores, distribuidores, empregados e outros negócios – e estabelecer um ambiente que permita seu desenvolvimento. Ele identifica os ingredientes essenciais para a construção de parcerias vencedoras, demonstrando como a tecnologia de hoje pode acelerar a criação de alianças. Do programa de afiliação com clientes da Amazon ao atualíssimo megaprograma B2B da General Motors, o Convisint, Cunningham demonstra como os relacionamentos que levariam anos para se desenvolver no período pré-internet estão agora levando dias ou horas. O livro analisa as tendências e apresenta um quadro claro de empresas, como eBay, Altra Energy, Go-
Fish, Cisco e Prosavvy, que estão utilizando parcerias impulsionadas pela tecnologia para obter sucesso no comércio eletrônico. Michael Cunningham é fundador e CEO do Harvard Computing Group, de Massachusetts, uma empresa de consultoria internacional em tecnologia e negócios, direcionada para a criação de estratégias inovadoras e para o desenvolvimento de soluções eficientes com base na Web. Entre seus clientes estão a Nynex, a Hitachi, a Vignette, a American Cancer Society e a AT&T. Cunningham é palestrante muito requisitado internacionalmente e escreve com regularidade artigos sobre negócios na Web e comércio eletrônico em publicações como E-Business Advisor.
Tecnologia dentro da lei Licitações de Bens e Serviços de Informática e Automação Vera Lúcia de Almeida Corrêa Editora Temas & Idéias 252 págs. – R$ 41,00 As licitações de bens e serviços de informática e automação necessitam de procedimentos específicos para atender à legislação vigente, especialmente no âmbito da Administração Pública Federal. O livro apresenta procedimentos relativos às contratações de bens e serviços de informática e automação a partir
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de uma visão gerencial do processo, procurando destacar instrumentos e exercícios que facilitem tanto a realização como a participação em licitações dessa natureza. O texto é complementado por três anexos: um roteiro para elaboração e análise de editais; um modelo de edital; e a legislação que está realmente em vigor.
Leitura Manual de rede
A união dos talentos
Redes para a Web – HTTP/1.1, Protocolos de Rede, Caching e Medição de Tráfego Krishnamurthy e Jennifer Rexford Editora Campus 680 págs. – R$ 154,70 Este é o primeiro livro a se aprofundar além da experiência típica do usuário da Web e analisar a operação e o comportamento dos browsers da Web, intermediários e servidores da mesma forma que o manual de um mecânico descreveria o funcionamento de um automóvel. O livro é uma referência abrangente para as principais tecnologias que dão suporte à World Wide Web, oferecendo uma visão autorizada e profunda sobre os sistemas e protocolos responsáveis pela transferência de conteúdo através da Web. Hoje, o HyperText Transfer Protocol (HTTP) é responsável por quase três quartos do tráfego da internet. A extensa abordagem deste livro sobre HTTP/1.1 e sua interação com outros protocolos de rede o tornam uma fonte importante para profissionais e estudantes. Oferecendo tanto a evolução quanto
Fatores de sucesso Por Que Empresários Não Quebram Joceli Coan Edição do Autor 180 págs.
A questão ambiental Produzir, Consumir e Preservar – Responsabilidades empresarial, administrativa e jurídica Fátima Rangel dos Santos de Assis Editora Forense Universitária 60 págs. – R$ 18,10 O objetivo é esclarecer as dúvidas existentes ainda sobre a questão ambiental. É de interesse, segundo a editora, para todos os profissionais e estudantes interessados no direito ambiental.
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Neste trabalho sobre o comportamento humano, Robert Hargrove, um líder em colaboração no trabalho, difunde não apenas um novo conceito de administração, mas também uma nova fase no desenvolvimento do homem, que incita o espírito humano a entrar em ação e a criar possibilidade novas e ilimitadas. A colaboração criativa vai além da noção tradicional de cooperação e trabalho de equipe, aproveitando ao máximo os talentos e a diversidade do grupo. Em vez de sufocar a individualidade, a colaboração criativa combina todas as idéias e perspectivas individuais para alcançar metas conjuntas, resolver problemas complexos e gerar soluções surpreendentes. As instruções práticas de Hargrove estão intercaladas com depoimentos de pessoas que puseram em prática a colaboração criativa. O empenho de executivos inovadores como Roger Ackerman, presidente da Corning Incorporated; Rob Mannning, do Projeto Marte, e Terje Larse, que coordenou acordos de paz entre palestinos e israelenses, demonstra os benefícios que se obtêm quando as pessoas trabalham e pensam conjuntamente; e mostra também como a criação de grupos pode abrir novas possibilidades em todos os aspectos do relacionamento humano. Empreendedor – Abril
2005
O autor faz uma análise das condições empresariais que levam ao sucesso, somando desde a competência até a espiritualidade. Comportamento familiar, auxiliares certos, visão, sucessão bem-sucedida e sistemas de controle gerencial são alguns aspectos do seu texto, que está recheado de citações e provérbios.
os detalhes completos dos blocos de montagem básicos da Web, este livro começa com uma visão geral dos componentes de software da rede e prossegue com uma descrição do conjunto de protocolos que forma o núcleo semântico da remessa de conteúdo na Web. Balachander Krishnamurthy, da AT&T Labs-Research, é um pesquisador conhecido e autor de diversas publicações sobre os campos de World Wide Web e redes. Publicou mais de 45 trabalhos técnicos, foi co-autor e editor de Practical Reusable UNIX Software, e editor da série de livros Trends in Software. Jennifer Rexford, também da AT&T Labs-Research, é pesquisadora determinada e autora de diversas publicações nos setores de rede IP, streaming de multimídia e World Wide Web.
Colaboração Criativa Robert Hargrove Editora Cultrix 240 págs. – R$ 28,00
Pensando o Brasil
Serasa lança publicação sobre Os Caminhos para o Crescimento Sustentável da Economia Brasileira é o título do livro que inaugura a série Serasa Pensando o Brasil
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O
lançamento, no último dia 7 de março, do livro Os Caminhos para o Crescimento Sustentável da Economia Brasileira, com palestras dos economistas Cláudio Adilson Gonçalez, Gustavo Loyola, José Roberto Mendonça de Barros, Luciano Coutinho, Luís Paulo Rosenberg e Paulo Rabello de Castro, inaugurou a série Serasa Pensando o Brasil. A Serasa tem reafirmado, ao longo dos anos, o seu compromisso de estar a serviço do desenvolvimento do Brasil. Para tanto, promove e estimula várias ações que abarcam diversas áreas. É reconhecido seu papel na busca e disseminação dos conceitos de competitividade e excelência em gestão, bem como sua atuação na difusão de tecnologias de gestão, de informação e de crédito. A propósito do objetivo da nova série, o presidente da Serasa, Elcio Anibal de Lucca, afirma que se identificou a oportunidade de aproveitar o espaço já existente de discussão sobre as relevantes questões do desenvolvimento do país. “Nessa série, teremos o prazer de fazer chegar a um público mais amplo o resultado de estudos, debates, conferências e seminários, todos relacionados às principais possibilidades de melhoria da sociedade brasileira, em especial aquelas relacionadas a economia, gestão, direito, organização social, entre outras”, declara
Elcio Anibal de Lucca. Os Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável da Economia Brasileira é resultado do 2º Painel Macroeconômico, que foi realizado na sede da Serasa, em dezembro de 2004. O altíssimo nível das apresentações e do debate, mediado pelo jornalista Carlos Alberto Sardenberg, proporcionou um momento de grande riqueza de conteúdo crítico, analítico e propositivo. Por isso a Serasa, com a autorização dos especialistas, resolveu transcrever o seu conteúdo e publicá-lo em livro. O economista Luís Paulo Rosenberg aborda uma questão apresentada sob a forma de uma pergunta: Até quando poderemos sustentar um modelo de crescimento com os juros reais mais altos do mundo? Cláudio Adilson Gonçalez trata do desenvolvimento do mercado de crédito e financiamento de longo prazo. Gustavo Loyola discorre sobre o aperfeiçoamento do sistema tributário e a melhoria do perfil do gasto público. O tema de Paulo Rabello de Castro também se apresenta em forma de interrogação: há possibilidade de crescimento sustentável antes de obtermos o investment grade? A expansão da capacidade exportadora e o avanço em competitividade e em inovação tecnológica são abordados por Luciano Coutinho, e José Mendonça de Barros fala da operacionalização das Parcerias Público-Privadas (PPPs). Ao realizar o Painel Macroeconômico, a proposta da Serasa é colocar o tema em debate para ajudar políticos e empresários a encontrar os caminhos corretos para o crescimento econômico de nosso país.
crescimento sustentável Ao lançar a Série Pensando o Brasil, a Serasa quer envolver um número maior de brasileiros nesse debate, na reflexão sobre as potencialidades do país e na consolidação de seus diferenciais competitivos. Respostas competentes Na apresentação do livro, Carlos Alberto Sardenberg sintetiza a importância do debate que as apresentações ensejam. “Em 2004, o Brasil cresceu vigorosamente, com inflação menor do que no ano anterior. Por que, então, há tanto debate sobre o tema do desenvolvimento? Uma primeira resposta é que somos todos ‘gatos escaldados’. Faz tempo que o país não consegue emplacar dois anos seguidos de bom crescimento. Esta, portanto, é a verdadeira questão: por que o Brasil não embala?”, escreve Sardenberg. “Muitas respostas foram oferecidas pelos seis economistas que participaram do 2º Painel Macroeconômico Serasa. E de tão competentes o leitor certamente experimentará a mesma estranha sensação que atingiu os participantes do debate ao vivo, inclusive este apresentador. Ouvia-se um economista e parecia que ele tinha plena razão. Ouvia-se o segundo e, de novo, parecia que estava inteiramente certo, mesmo quando discordava do primeiro. E assim foi até o fim”, prossegue Sardenberg, para concluir que cada economista, pela sua tendência, formação e experiência, abordou temas determinados, todos pertinentes à questão central das bases do crescimento duradouro. “Ocorre que há vários obstáculos a esse objetivo, de modo que sucessivas, e diferentes, análises são possíveis.”
Séries promovem o conhecimento Por meio das séries Serasa, e empresa tem contribuído para a difusão de conhecimentos, das mais variadas áreas de interesse, com o propósito de proporcionar mais qualidade de vida, eficiência e contribuir para a construção de um país melhor. A série Serasa Cidadania já tratou de temas como drogas, educação financeira para adultos e crianças, prevenção da violência, terceira idade, qualidade de vida. Essas publicações são distribuídas gratuitamente em todas as capitais e principais cidades do país, por meio do Serviço Serasa Gratuito de Orientação ao Cidadão. Por essa série já foram publicados os títulos Dinheiro Não É Brincadeira (quadrinhos para crianças); Guia Serasa de Orientação ao Cidadão – Saiba como evitar a inadimplência e garantir o seu futuro; Guia Serasa de Orientação ao Cidadão – Saiba como reduzir o risco de se tornar vítima da violência; Guia Serasa de Orientação ao Cidadão – Saiba como amadurecer sem perder a saúde, os direitos, o prazer e o bom humor; Saiba como ter mais qualidade de vida com saúde, ale-
gria e equilíbrio (com palestras de Eliano Pellini, Eugênio Mussak, Içami Tiba, Milton de Oliveira, Ricardo Melo, Tânia Rodrigues e Tom Coelho); Vencedor não usa Drogas, do psicólogo Edson Ferrarini, e Direitos do Portador de Necessidades Especiais, de Antonio Rulli Neto. Outra série, a Serasa Dinâmica do Conhecimento, é voltada para a área do crédito, tema que também é abordado pela revista bimestral da Serasa Tecnologia de Crédito. Em novembro de 2004, pela série Dinâmica do Conhecimento foi lançado o livro Gerenciamento de Risco: Abordagem Conceitual e Prática – Uma visão integrada, de Roberto Mark, PhD pela Universidade de Nova Iorque. Há outra série, ainda, chamada Novas Competências, pela qual foi publicado, em 2004, o título Inadimplência: Construção de modelos de previsão, de Nelson Lerner Barth. Pela série Serasa Cultural, já foi lançada uma coleção de letras de músicas cifradas para violão, chamada Aquarela Brasileira, e Grandes Descobrimentos Marítimos, de Roberto Rodrigues de Almeida.
Guia do Empreendedor
Combinação explosiva
2005
DIVULGAÇÃO
A política monetária restritiva adotada a partir do segundo semestre de 2004 tem como objetivo imediato o controle da inflação, o que passa pelo desaquecimento da economia. Um outro reflexo da elevação da taxa de juros é a elevação da dívida pública, o que pode significar o aumento do risco da dívida e o aumento do custo de financiamento do governo, podendo levar a um círculo vicioso. Do total de R$ 900 bilhões da dívida pública brasileira em títulos (valor em final de fevereiro de 2005), 60% têm o rendimento atrelado à taxa Selic. Isso quer dizer que cada 1% de aumento da taxa de juros significa um aumento de R$ 5,4 bilhões na despesa anual de juros. O governo tem duas possibilidades ante esse aumento das despesas: pagar os juros aos detentores do título ou incorporá-los à dívida – o que significa aumentar a dívida. Isso, entretanto, pode ter o efeito colateral de elevar o risco percebido pelos detentores dessa dívida. A medida usual para o risco da dívida é a evolução da relação entre a dívida e o Produto Interno Bruto (PIB), porque, em última instância, a capacidade de pagamento do governo depende dos impostos que arrecada, e a arrecadação está diretamente associada à atividade econôAbril – Empreendedor
Jur os altos e dívida pública Juros podem levar ao desequilíbrio das contas do governo mica, ou seja, ao PIB. Quando a dívida comparativamente ao PIB aumenta, os credores do governo podem achar que a probabilidade de o governo não conseguir pagar a dívida se eleva, o que significa um aumento do risco do investimento. Como conseqüência do aumento do risco, os compradores de títulos passam a exigir maior remuneração, o que significa um aumento na taxa de juros. Aí é que aparece o círculo vicioso: os juros aumentaram uma segunda vez porque haviam aumentando antes, como estratégia de combate à inflação. A alternativa de pagamento dos juros se desdobra em duas. A mais fácil seria simplesmente pagar os juros, juntamente com os vencimentos normais da dívida. O problema que isso acarretaria é imediato. A maior disponibilidade de moeda no mercado levaria à queda dos juros e a aumentos da demanda que, sem ser possível aumentar rapidamente a produção, gerariam inflação. Uma segunda possibilidade de pagamento dos juros passaria pela obtenção de recursos para efetuar o pagamento, através de uma elevação do superávit fiscal primário. Isso é possível através de elevação de impostos ou redução de gastos. Aumentar impostos está se tornando politicamente inviável, dada a
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já elevada carga tributária que temos no país. Reduzir gastos gera a reação dos favorecidos por esses gastos, que se organizam e pressionam para evitar perdas, no característico conflito distributivo que caracteriza a nossa sociedade. A redução dos gastos do governo, juntamente com um choque de produtividade em seus gastos, é a melhor alternativa para evitar o descontrole da dívida. Restou ainda uma alternativa para que a relação dívida–PIB não aumente com a taxa de juros mais elevada, que é o aumento do PIB. É perfeitamente sabido, entretanto, que a capacidade de crescimento da economia é limitada por fatores estruturais e conjunturais. Tal como a elevação da taxa de juros é conjuntural, os problemas de curto prazo atrapalham, mas não eliminam a possibilidade de crescimento. Os problemas estruturais, por outro lado, podem tornar inútil o esforço que se está fazendo para equilibrar as contas do governo, responsável por criar as condições de infra-estrutura e de regulação, que incluem uma dívida pública estável ou em queda.
Roberto Meurer
Professor do Departamento de Economia da UFSC e consultor da Leme Investimentos
Análise Econômica Carteira teórica Ibovespa NOME/TIPO AÇÃO
VARIAÇÃO % ANO (ATÉ 31/03/2005)
1,60 2,58 1,06 2,93 2,90 0,72 0,86 0,46 1,42 2,07 1,72 2,37 0,90 0,17 2,74 0,51 0,51 1,56 0,58 1,32 2,90 0,75 0,65 1,59 2,92 3,14 100,00 0,47 1,21 0,61 0,21 2,12 2,70 9,10 1,06 4,14 1,40 0,60 1,36 0,22 1,24 1,26 10,28 1,14 3,60 0,60 0,38 1,67 0,15 0,50 5,04 1,57 5,20 1,21
-5,00 -7,25 -9,09 -2,54 0,36 5,87 -4,92 -2,79 -14,95 -17,34 -11,38 4,82 -15,58 -14,39 -10,26 -16,99 -1,52 1,29 -3,98 -11,95 -16,10 -14,19 -5,89 -7,21 -27,32 -7,79 -7,05 6,87 -1,74 -10,93 -12,21 11,48 0,75 -2,93 -12,51 2,87 -9,27 -15,64 -0,17 -26,56 -13,25 -1,70 -15,27 -5,79 -11,13 -2,07 -7,77 -7,17 -17,65 -2,33 -1,02 4,95 2,42 -12,61
77
Inflação
(%)
Índice IGP-M (Março) IGP-DI IPCA IPC - Fipe
Fevereiro 0,85 0,40 0,59 0,36
Juros/Aplicação
Março 1,52 1,53 0,76 1,20 1,10
CDI Selic Poupança CDB pré 30 Ouro BM&F
Ano 1,55 0,73 1,17 0,92
(%)
Ano 4,18 4,19 2,06 3,29 -1,60
Indicadores imobiliários (%) Março 0,69 0,26
CUB SP TR
Ano 1,52 0,55
Juros/Crédito Março Março 31/março 30/março Desconto 2,70 Factoring 4,66 Hot Money 3,50 Giro Pré (*) 3,30
(em % mês)
2,70 4,67 3,50 3,30
(*= taxa ano)
Câmbio Dólar Comercial Euro Iene
(em 31/03/2005) Cotação R$ 2,6662 US$ 1,2979 US$ 107,39
Mercados futuros Abril Dólar Juros DI
(em 31/03/2005) Maio Junho
R$ 2,666 19,19%
R$ 2,701 19,25%
Abril
(em 31/03/2005) Junho Agosto
Ibovespa Futuro 26.698
27.298
R$ 2,734 19,40%
28.186
Empreendedor – Abril
2005
Acesita PN Ambev PN Aracruz PNB Bco Itau Hold Finan PN Bradesco PN Bradespar PN Brasil ON Brasil T Par ON Brasil T Par PN Brasil Telecom PN Braskem PNA Caemi PN Celesc PNB Cemig ON Cemig PN Cesp PN Comgas PNA Copel PNB CRT Celular PNA Eletrobras ON Eletrobras PNB Eletropaulo Metropo PN Embraer ON Embraer PN Embratel Part PN Gerdau PN Ibovespa Ipiranga Pet PN Itausa PN Klabin PN Light ON Net PN Petrobras ON Petrobras PN Sabesp ON Sid Nacional ON Sid Tubarao PN Souza Cruz ON Tele Centroeste Cel PN Tele Leste Celular PN Telemar Norte Leste PNA Telemar-Tele NL Par ON Telemar-Tele NL Par PN Telemig Celul Part PN Telesp Cel Part PN Telesp Operac PN Tim Participacoes ON Tim Participacoes PN Tractebel ON Transmissao Paulist PN Usiminas PNA Vale Rio Doce ON Vale Rio Doce PNA Votorantim C P PN
PARTICIPAÇÃO I B OV E S PA
Guia do Empreendedor 9 a 12/4/2005
HAIR BRASIL 2005 (Anual) 4ª Feira Internacional de Beleza, Cabelos e Estética Expo Center Norte São Paulo – SP (11) 3063-2911 hairbrasil@hairbrasil.com.br www.hairbrasil.com.br 11 a 13/4/2005
AES Brasil 2005 9ª Convenção Nacional da Sociedade de Engenharia de Áudio Centro de Exposições Rebouças São Paulo – SP (11) 4689-3100 www.feiraaesbrasil.com.br feiras@francal.com.br 13 a 16/4/2005
FENAM 2005 24ª Feira Internacional de Máquinas para Madeira Centro de Exposições Expotrade Curitiba – PR (41) 335-3377 www.diretriz.com.br diretriz@diretriz.com.br 13 a 16/4/2005
BWM – BRAZILIAN WOOD MARKET 2005 1ª Feira Brasileira do Mercado da Madeira e Seus Derivados Centro de Exposições Expotrade Curitiba – PR (41) 335-3377 www.diretriz.com.br diretriz@diretriz.com.br 14 a 17/4/2005
2005
REATECH 2005 4ª Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação e Inclusão Centro de Exposições Imigrantes São Paulo – SP (11) 5585-4355 www.cipanet.com.br cipa@cipanet.com.br
Abril – Empreendedor
Agenda Em destaque
26 a 29/4/2005
ABRIN 2005 22ª Feira Brasileira de Brinquedos Expo Center Norte São Paulo – SP (11) 4689-3100/4191-8188 www.feiraabrin.com.br feiras@francal.com.br O setor de brinquedos ocupa hoje papel de destaque na indústria brasileira, com um faturamento estimado para 2005 de R$ 1 bilhão. Ao todo são 318 indústrias, que empregam cerca de 26 mil trabalhadores em todo o país. Com foco nesse segmento, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) realiza há 22 anos a Abrin, considerada o maior evento do setor. A feira reunirá brinquedos nacionais, importados, puericultura e acessórios, licenciados, livros e CDs infantis para lançamento dos produtos que serão comercializados durante todo o ano. Ao todo, pelo menos 1.200 novos brinquedos para datas como Dia das Crianças e Natal serão mostrados aos lojistas. 19 a 22/4/2005
25 a 29/4/2005
FIMEC 2005
FIEE ELÉTRICA 2005
29ª Feira Internacional de Couros, Químicos, Componentes e Acessórios, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes Parque de Exposições da Fenac Novo Hamburgo – RS (51) 587-3366 marketing@fenac.com.br www.fimec.com.br 25 a 27/4/2005
5a PET FAIR Feira Internacional de Produtos de Linha Pet, Horse & Garden Expo Center Norte São Paulo – SP (15) 3262-4142 www.petfair.com.br xclusive@xclusive.com.br
Feira Internacional da Indústria Elétrica, Energia e Automação Parque Anhembi São Paulo – SP (11) 3291-9111 www.fiee.com.br info@fiee.com.br 25 a 29/4/2005
ELETRONICAMERICAS 2005 Feira Internacional da Indústria de Componentes, Subconjuntos, Equipamentos para a Produção de Componentes, Tecnologia Laser e OptoEletrônica Parque Anhembi São Paulo – SP (11) 3291-9111 www.eletronic-americanas.com.br info@eletronic-americas.com.br
Para mais informações sobre feiras e outros eventos comerciais, acesse a seção Agenda do site Empreendedor (www.empreendedor.com.br)
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2005
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Empreendedor – Março
Empreendedor na internet
www.empreendedor.com.br
PĂĄgina Inicial
Site Empreendedor lança newsletter semanal
Como receber a e-Empreendedor O internauta que deseja receber a newsletter e-Empreendedor pode se inscrever de duas formas:
A partir de agora os internautas podem receber gratuitamente a newsletter e-Empreendedor, distribuĂda toda segunda-feira por e-mail com os principais destaques do site Empreendedor. AtravĂŠs da newsletter e-Empreendedor, o internauta acessa informaçþes sobre novos negĂłcios, franchising, crĂŠdito, alĂŠm de entrevistas exclusivas com especialistas em gestĂŁo e empresas. AlĂŠm disso, ao receber a newsletter eEmpreendedor, o internauta estarĂĄ habilitado a acessar o conteĂşdo principal das publicaçþes impressas da Editora Empreendedor (Empreendedor e Revista do Varejo), disponĂvel apenas para internautas cadastrados.
Enquete Internautas preferem ampliar contatos em feiras e eventos Para a maioria dos internautas que fizeram parte da enquete realizada pelo site Empreendedor em março, a participação em feiras e eventos comerciais ainda ĂŠ a melhor formar de ampliar sua network. Confira o resultado para a pergunta “De que forma vocĂŞ amplia sua rede de relacionamentos comerciais?â€?:
2005
Participo de eventos como feiras, cursos e seminĂĄrios
55,9%
Utilizo com freqßência ferramentas da internet (como listas de discussþes, Orkut e outras)
29,7%
Sempre me envolvo em atividades sociais com parentes e amigos
14,4%
1) Acessar o site Empreendedor (www.empreendedor.com.br) e na pĂĄgina inicial clicar em “Cadastre-seâ€?, no alto da coluna Ă esquerda. Em seguida, preencher o cadastro e assinalar a opção “Quero receber a newsletter eEmpreendedorâ€?. 2) Enviar um e-mail para newsletter@empreendedor.com.br, colocando no espaço “Assuntoâ€? (ou “Subjectâ€?) a palavra “receberâ€?. Automaticamente, o internauta recebe uma mensagem automĂĄtica com o link de acesso ao cadastro para confirmar o recebimento da newsletter.
ConteĂşdo especial sobre microcrĂŠdito
Conexão direta com as publicaçþes
$$ $
O conteúdo da seção que trata de crÊdito na årea Meu Negócio ganha o reforço do material da sÊrie especial sobre microcrÊdito publicada no site entre o final de março e o começo de abril. O novo conteúdo traz todas as informaçþes necessårias para quem quer obter microcrÊdito.
Uma das atribuiçþes do site Empreendedor Ê servir para a complementação de informaçþes publicadas na Revista do Varejo e na Empreendedor. Um exemplo Ê o perfil das vencedoras do Prêmio Mulheres Empreendedoras, o que pode ser acessado na årea Valor, logo abaixo do destaque do site.
Escolha os assuntos dos artigos do site
Nova enquete avalia plano de negĂłcios
Participe da escolha dos assuntos da ĂĄrea de artigos do site Empreendedor. Escreva para alexandre@empreendedor.com.br dizendo quais assuntos vocĂŞ deseja que sejam publicados. Na medida do possĂvel, os pedidos serĂŁo atendidos com a colaboração de especialistas.
A nova enquete do site Empreendedor, que ficarå no ar ao longo do mês de abril, quer saber dos internautas qual a importância que eles dão ao plano de negócios no sucesso de uma empresa. Dê seu voto na årea Enquete do site, que estå posicionada na coluna à esquerda.
A
Fale com o site Empreendedor pelo MSN Messenger: empreendedor_aovivo@hotmail.com Abril – Empreendedor
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Empreendedor – Março