FRANQUIA: AS VANTAGENS DA COMUNICAÇÃO EM REDE
ESTRATÉGIA: ALUGAR EQUIPAMENTOS PODE SAIR MAIS BARATO
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ANO ANN O 15 N o 176 76 JU JUNH JUNHO NHOO 2009 200 2 0099
R$ R $ 9,90 9 90 9,
Negócios turbinados
Mercado volta-se para pequenas e médias empresas e oferece soluções de informatização adequadas ao seu tamanho
IS SN 1414-0 152
EMPREENDEDOR – NEGÓCIOS TURBINADOS – ANO 15 N o 176 JUNHO 2009
Pedro Melo, da Sispro, e Augusto Coster, da Tecmont
FERNANDO PENTEADO CARDOSO, FUNDADOR DA MANAH, AOS 94 ANOS CONTINUA A TRABALHAR PELA AGRICULTURA
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N E S TA E D I Ç Ã O
20 ENTER PARA LUCRAR Hoje, 75% das MPEs brasileiras possuem computador, conforme pesquisa do Sebrae. No entanto, a informatização ainda ocorre de forma pontual e não integrada. Por exemplo, apenas 34% possuem software que permite o controle integrado de várias funções na empresa; e apenas 2% utilizam o computador para o controle financeiro. Apesar disso, mais da metade dos empresários pretende investir até R$ 4 mil na informatização de suas empresas em 2009. Para que o empreendedor brasileiro não desperdice seu dinheiro, a Empreendedor vai a campo e levanta boas opções de custo e benefício existentes no mercado. PHOTOSTOGO
32 | GESTÃ GESTÃO Marketing de baixo custo Marketin
e pr em pree eend ee nded nd e oorr | junho ed junnhho 2009 ju 220009 09 empreendedor
Parcos recursos são desculpa para não investir em propaganda? De Definitivamente não. Veja o que é possível fazer – de forma efici ciente – com pouco dinheiro, utilizando-se de ferramentas dda internet, funcionários e os próprios clientes.
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50 | FRANQUIA Comunicação Comu em rede
Uma das vvantagens de uma franquia é contar com material de divulgação divulgaç de grande abrangência a um custo acessível. Mas estes recursos podem ser aplicados de diversas maneiras, ante a capilaridade das redes e a proximidade do franqueado com co o cliente.
L E I A TA M B É M 10 14 44 58 61 62 63 64 66
EMPREENDEDORES NÃO DURMA NO PONTO PEQUENAS NOTÁVEIS PRODUTOS E SERVIÇOS LEITURA DINÂMICA EMPREENDEDORA AGENDA ANÁLISE ECONÔMICA E-EMPREENDEDOR
36 | ESTRATÉGIA Aluguel de vantagens
Em vez de adquirir bens e equipamentos imobilizando ativos, é possível locar os mesmos itens sem se preocupar com a manutenção e depreciação, e até deduzir parte do valor no IR, se a empresa declara por lucro real.
16 | ENTREVISTA Fanny Schwarz
A diretora-geral da Symnetics fala sobre o Oceano Azul, estratégia de inovação para criar seu próprio ambiente de negócio e com isso distanciar-se da concorrência, e ainda obter diminuição significativa dos custos.
Prestes a completar 95 anos, o fundador da fábrica de adubos Manah (atual Bunge Fertilizantes) está em plena atividade, agora no comando da Agrisus, fundação que busca transformar solos pobres em terras agricultáveis.
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PERFIL Marco Hess de Souza O filho mais novo do casal Adelina e Duda, fundadores da Dudalina, depois de uma passagem marcante pela empresa da família faz bonito à frente da marca própria Beagle, que em cinco anos já conta com 30 lojas e mais de 600 pontos-de-venda.
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46 | A VOZ DA EXPERIÊNCIA Fernando Penteado Cardoso
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EDITORIAL A Revista Empreendedor é uma publicação da Editora Empreendedor Diretor-Editor: Acari Amorim [acari@empreendedor.com.br] Diretor de Comercialização e Marketing: Geraldo Nilson de Azevedo [geraldo@empreendedor.com.br] Redação Editor-Executivo: Alexsandro Vanin [vanin@ empreendedor.com.br] – Repórteres: Beatrice Gonçalves, Cléia Schmitz, Diogo Honorato e Mônica Pupo – Edição de Arte: Gustavo Cabral Vaz – Projeto Gráfico: Oscar Rivas – Fotografia: Arquivo Empreendedor, Casa da Photo, Gabriel Schmidt e PhotosToGo – Foto da capa: Gabriel Schmidt – Revisão: Lu Coelho Sedes São Paulo Gerente Comercial: Fernando Sant’Anna Borba – Executivos de Contas: Ana Carolina Canton de Lima e Osmar Escada Jr – Rua Sabará, 566 – 9º andar – conjunto 92 – Higienópolis – 01239-010 – São Paulo – SP – Fone: (11) 3214-1020/2649-1064/2649-1065 [empreendedorsp@empreendedor.com.br]
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ão indiscutíveis os ganhos gerados pela informatização das empresas. Ela se traduz em melhoria dos processos, seja por uma ou mais das inúmeras vantagens proporcionadas, como redução de custos operacionais, agilização de procedimentos, aumento da eficiência e da segurança, e pode até gerar ou impulsionar negócios. Inclusive, a informatização é uma exigência do mercado, muitas vezes pré-requisito necessário para figurar na lista de fornecedores de grandes companhias. No entanto, um quarto das micro e pequenas empresas brasileiras não possuem sequer um computador, segundo pesquisa do Sebrae. E, naquelas onde o hardware está presente, a informatização ainda ocorre de forma pontual e não integrada. Por exemplo, apenas 34% possuem software que permite o controle integrado de várias funções na empresa; e somente 2% utilizam o computador para gerenciar financeiramente o negócio. E é justamente no cruzamento de dados que reside o pulo-do-gato: ao combinar informações, é possível visualizar riscos e oportunidades dificilmente identificáveis isoladamente e traçar estratégias.
Isso mostra que, apesar de o avanço nos últimos 10 anos ter sido significativo – o número de MPEs que possuem computador aumentou quase cinco vezes, e destas quase todas têm acesso à internet –, ainda há uma longa via a percorrer. Cientes da importância da informatização dos negócios, mais da metade dos empresários pretende investir até R$ 4 mil na aquisição de hardware e softwares até o fim do ano. Recursos que, na maior parte das vezes, têm retorno rápido, como é possível ver na reportagem de capa desta edição, apurada pela jornalista Cléia Schmitz. E para o micro e pequeno empresário brasileiro não desperdiçar seu precioso dinheiro, a matéria traz alguns exemplos de soluções de baixo custo, inclusive gratuitas, para a informatização integrada da empresa. Até mesmo grandes fornecedores de softwares, com a saturação do mercado de companhias maiores, voltam-se para este segmento e oferecem sistemas adequados ao tamanho do cliente, principalmente no preço. Com pesquisa e planejamento, a informatização das empresas não só é possível como também é um ótimo negócio. Alexsandro Vanin
CEDOC – O Centro de Documentação (Cedoc) da Editora Empreendedor disponibiliza aos interessados fotos e ilustrações que compõem o nosso banco de dados. Para mais informações, favor entrar em contato pelo telefone (48) 2106-8666 ou pelo e-mail imagem@empreendedor.com.br
Florianópolis Executivos de Contas: Nelson Rosa [nelson@ empreendedor.com.br] – Executivo de Atendimento: Ronaldo Cesar Pacheco [ronaldo@empreendedor.com.br] – Av. Osmar Cunha, 183 – Ed. Ceisa Center – bloco C – 9º andar – 88015-900 – Centro – Florianópolis – SC – Fone: (48) 2106-8666 Escritórios Regionais Rio de Janeiro Triunvirato Desenvolvimento Empresarial Ltda – Milla de Souza [triunvirato@triunvirato.com.br] – Rua São José, 40 – sala 31 – 3º andar – Centro – 20010-020 – Rio de Janeiro – RJ – Fone: (21) 3231-9017 Brasília Ulysses C. B. Cava [ulyssescava@gmail.com] – Fone: (61) 3225-3715/9975-6660 – CLSW 301 – Bloco C – Loja 62 – Sudoeste – 70673-603 – Brasília – Distrito Federal Paraná Merconeti Representação de Veículos de Comunicação Ltda – Ricardo Takiguti [ricardo@merconeti.com.br] – Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 – conjunto 1 – Boa Vista – 82560-460 – Curitiba – PR – Fone: (41) 3079-4666 Rio Grande do Sul Flávio Duarte [commerciarizare@terra. com.br] – Rua Silveiro, 1301/104 – Morro Santa Teresa – 90850-000 – Porto Alegre – RS – Fone: (51) 3392-7767 Pernambuco HM Consultoria em Varejo Ltda – Hamilton Marcondes [hmconsultoria@hmconsultoria.com.br] – Rua Ribeiro de Brito, 1111 – conjunto 605 – Boa Viagem – 51021310 – Recife – PE – Fone: (81) 3327-3384 Minas Gerais SBF Representações – Sérgio Bernardes de Faria [comercial@sbfpublicidade.com.br] – Av. Getúlio Vargas, 1300 – 17º andar – conjunto 1704 – 30112-021 – Belo Horizonte – MG – Fone: (31) 2125-2900 Assinaturas Serviço de Atendimento ao Assinante – Fone: 0800-9797979 – [assine@empreendedor.com.br] – O valor da assinatura anual (12 edições mensais) é de R$ 118,80. Aproveite a promoção especial e receba um desconto de 20%, pagando somente R$ 95,04. Estamos à sua disposição de segunda a sextafeira, das 8h às 18h30. Produção Gráfica Impressão e Acabamento: Coan Gráfica Editora CTP – Distribuição: Distribuidora Magazine Express de Publicações Ltda – São Paulo Empreendedor.com http://www.empreendedor.com.br
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C A RTA S
Carta do Mês Inteligência competitiva O Brasil já está atrasado nessa arte de aproveitar melhor as informações disponíveis (matéria “Direto ao ponto”, publicada em março, sobre o tema Inteligência Competitiva). Essas informações, quando submetidas a uma correta e objetiva filtragem, não são por acaso apelidadas “datamining”, pois evidenciam os verdadeiros tesouros que rondam as organizações, ocupam lugar nas estantes e nas memórias eletrônicas, mas não são colocadas à disposição dos tomadores de decisão. Bom proveito a todos, pois o artigo coloca essa prática de forma bastante profissional e de fácil entendimento. Toda grande organização preocupada com a sustentabilidade deveria possuir um órgão responsável por essa atividade. Carlos Raimundo dos Santos
Espaço multiuso
Inovação à sua porta
Muito interessante esta abertura para outros produtos, principalmente o cardápio sazonal, pois creio que esta diversidade tem ajudado no crescimento das redes (tema da matéria “Para todos os gostos”, publicada em março). Estou muito interessado neste tipo de franquia, tenho pesquisado bastante e estas inovações me ajudaram a definir meu segmento.
Ótima iniciativa (Programa Agentes Locais de Inovação, do Sebrae). Muitas empresas têm produtos ou serviços de qualidade, mas acabam fechando por falta de orientação em marketing, financeiro e demais áreas administrativas.
Lindolfo
Mercedes Montero
Sob medida para franchising
Achei interessante esta matéria (“Sob encomenda”, publicada em março). O que me chamou atenção foi a capacidade de expansão do negócio (Grupo Ornatus). Gilvanete
José Carlos Valério
Também me interessei por esse serviço. Tenho uma microempresa de produtos de tecelagem artesanal em Pirenópolis (GO). Achei a matéria muito interessante, estou com vários problemas e não sabia a quem recorrer. A.C.J. Confecções
Muito interessante a matéria, estou com os mesmos problemas e não sabia a quem recorrer. Será que existe esta consulta em domicílio também na cidade de São Paulo? Pinheiro
em eempreendedor mpprreeeenndded edoorr | junho jjuunnhho 2009 22000099
Dedicação plena
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Impressionante onde podemos chegar com competência, força de vontade e acima de tudo trabalho. Inspiradora a história de Adelson de Sousa (“Sempre mais”, perfil publicado em março de 2008). Meus parabéns e obrigado por compartilhar conosco seu sucesso. Danilo Xavier
Excelente a iniciativa do Sebrae. Espero que seja estendida a todos os estados, inclusive Rio de Janeiro. Alexandre Souto Maior
Na matéria “Fast-fashion”, publicada na edição de abril (nº 174), a profissional Ana Vecchi é citada como consultora de franchising da ABF, sendo que o correto seria consultora certificada pela ABF.
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EMPREENDEDORES Luciana Villanova
MÃE EMPREENDEDORA A história de Luciana Villanova é mais um caso em que a oportunidade de negócio surgiu a partir da própria necessidade. Há dois anos, a empresária abriu em São Paulo a loja Baby Couture, especializada em roupas para bebês prematuros, de baixo peso, gêmeos e trigêmeos, desde o nascimento até os três meses. Luciana teve a ideia do negócio depois do nascimento da filha, um bebê de 46 cm. Em geral, as roupinhas confeccionadas no Brasil no tamanho RN ficavam muito grandes para a menina, o que obrigava Luciana a comprar roupas importadas. A empresária sempre teve o apoio da amiga Gisela Park, que mais tarde tornou-se sócia no empreendimento.
Com investimento inicial de US$ 50 mil (aproximadamente R$ 90 mil), a Baby Couture tem previsão de faturar R$ 1,2 mil em 2009. A loja emprega 20 funcionários e comercializa, em média, 3 mil kits por mês. Toda a coleção é confeccionada em malha canelada ultra-soft 100% algodão. Os tamanhos são padronizados em centímetros: recém-nascidos (50 cm), um mês (54 cm), três meses (60 cm), gêmeos, trigêmeos, bebês de baixo peso e/ou prematuros (46 cm). Além da loja de Higienópolis, a marca mantém uma loja virtual, com entrega para todo o Brasil. A meta das empresárias é expandir o negócio com outras lojas físicas.
(11) 3661-4105/www.babycouture.com.br
Laury Roman
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CARTÕES COLORIDOS
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Diretor comercial da Confeitaria Ofner há 16 anos, o executivo Laury Roman encontrou uma maneira criativa e bem-humorada de avaliar os funcionários da rede. Recentemente, ele começou a circular diariamente pelas 17 lojas da marca, munido de três cartões no bolso: azul, amarelo e vermelho. A proposta é elogiar ou chamar a atenção dos funcionários para um problema sem constrangê-los. Segundo Roman, o cartão surgiu de um insight, mas contém uma mensagem subliminar conhecida por todos. “Gosto de inovar! Não pode estar tudo do mesmo jeito todos os dias. O cartão foi a maneira que encontrei de tratar dos assuntos do dia a dia, mas de uma forma mais leve e agradável”, explica. Antes de se tornar diretor da Ofner, Laury foi executivo do alto escalão da Shell. Na rede de confeitarias, ele é um observador, não só do trabalho desenvolvido pelos colaboradores nos diversos setores da empresa, mas também do comportamento dos clientes. O objetivo, claro, é manter a tradição da rede, criada pela imigrante húngara Ana Ofner, em 1952. A empresa, presente apenas em São Paulo, tem 470 funcionários, sem contar os terceirizados. No cardápio, bolos, tortas e sorvetes.
(11) 3889-9598/www.ofner.com.br
Marguith Back Saldanha e Sylvia Caldas-Roberts
DIVERTIDO E LUCRATIVO Como mães, elas sentiam falta de peças teatrais infanto-juvenis de qualidade no Estado de Santa Catarina. Como profissionais, identificaram na área cultural um nicho para empreender. Assim, as amigas Marguith Back Saldanha e Sylvia Caldas-Roberts criaram a Lúdica Produções, produtora cultural criada especificamente para promover a apresentação de espetáculos teatrais dedicados às crianças. E, claro, também às centenas de pais que compartilhavam com a dupla a inexistên-
cia de peças infantis nacionais na região. A estreia da produtora aconteceu em abril deste ano com o espetáculo “Circo do Seu Lé”. Com duas apresentações em Florianópolis, a peça teve um público de mais de 1,2 mil pessoas, comprovando que a decisão de montar a Lúdica foi acertada. No final de maio, a produtora trouxe o clássico Peter Pan e Wendy, da Cia Le Plat du Jour. A ideia é trabalhar com uma agenda de espetáculos bimestrais. Além das apresentações
de teatro, os espectadores se divertem com sorteios para a criançada e para os pais. A festa se completa com guloseimas como algodão-doce e pirulito. Animadas, Marguith e Sylvia planejam ampliar o negócio com a promoção de peças em outras cidades catarinenses. E vão além: já pensam em criar uma companhia de teatro infantil local em parceria com um conceituado grupo nacional. O negócio está só começando. (11) 3233-7229
TREINAMENTO CERTIFICADO A MicroGenios Tecnologia & Educação é a mais nova empresa brasileira a receber o título Microchip Certified Training Partner, da Microchip. Com a certificação, a em-
presa passa a oferecer treinamentos para nossos objetivos de excelência em educao uso dos produtos da Microchip. “Con- ção em tecnologia”, explica o diretor coquistar essa certificação é a confirmação mercial Fernando Simplício. que estamos no caminho certo, focados em (11) 5084-4518/www.microgenios.com.br
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Fernando Simplício
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EMPREENDEDORES Allessandra Ferreira
BOM GOSTO Formada em educação física, a santista Allessandra Ferreira começou a se interessar por decoração depois de ler um livro sobre o tema. Primeiro, fez um curso sobre Feng Shui, técnica chinesa de organização dos espaços. Logo estava prestando consultoria nesta área. Empolgada, decidiu se aprofundar e fez o curso de designer de interiores na Academia Brasileira de Arte, em Alphaville, São Paulo. Era o que faltava para abrir, em sociedade com uma amiga, a Elementhos, especializada em projetos de harmonização de ambientes, incluindo consultoria de Feng Shui. No início deste ano, Allessandra decidiu fazer um voo solo. Se desligou da Elementhos e inaugurou a Casa Ronim, localizada no Alto da Lapa, na capital paulista. A loja oferece ao público serviços especializados na área de decoração, comercializando grande variedade de tecidos de marca própria e de grandes fornecedores. A empresa também vende cortinas personalizadas, com acionamentos diferenciados como corda, haste ou motorização, persianas da linha Trilho Suisso, papéis de parede importados para pronta entrega, tapetes serigrafados e artigos de decoração em geral. (11) 3021-4612
Marco Gomes
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EXPERTISE NA REDE
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Com apenas 22 anos, Marco Gomes já é um respeitado profissional da internet no Brasil. Depois de passar pela AgênciaClick, onde liderou uma equipe de 14 pessoas trabalhando em projetos e campanhas interativas, ele fundou em 2007 a boo-box, em parceria com Marcos Tanaka. Desde então, exerce o cargo de diretor de tecnologia da empresa, especializada em publicidade em mídias sociais, como YouTube, MySpace, Second Life e Twitter. A boo-box já foi citada pela publicação TechCrunch, que referenda empresas que terão vida longa na web. O grande diferencial da companhia é facilitar e potencializar campanhas digitais, responsabilizando-se pelo pagamento dos afiliados, além de adequação de formatos e de conteúdos de acordo com o endereço eletrônico escolhido para a exposição publicitária. Trata-se de uma empresa que chega para cobrir uma lacuna no segmento on-line, uma vez que sua base de afiliados ultrapassa 3,5 mil cadastrados, que consegue dirigir a publicidade a públicos-alvos alinhados com as estratégias de comunicação de marcas ou produtos anunciados. www.boo-box.com
Alcides De Brida Neto
Diretor da IlhaService, Alcides De Brida Neto dá início neste mês de junho a uma nova estratégia: a venda de produtos no varejo brasileiro. Para isso, o empresário vai investir este ano R$ 1 milhão, recursos do BNDES, na expansão da unidade fabril, localizada em São José (SC). A nova fábrica terá 4 mil metros quadrados e poderá abrigar até 250 funcionários – um aumento de três vezes no tamanho e no número de colaboradores. Com uma planta maior, a intenção é também triplicar a produção mensal dos atuais 5 mil computadores, chegando a 240 mil máquinas fabricadas por ano. Nas contas do diretor, as apostas devem levar a IlhaService a dobrar seu faturamento, chegando a R$ 40 milhões no final do ano. A empresa obtém, hoje, 75% de sua receita com a venda de produtos, dos quais metade são os PCs vendidos a empresas do governo. Em maio a IlhaService venceu um edital do governo do Paraná, no valor de R$ 10 milhões, para fornecer 7.530 computadores que vão equipar todas as universidades e faculdades estaduais paranaenses. Em Santa Catarina desde 1991, a empresa tem clientes como Tribunal de Justiça, Correios, Justiça Federal, Sesi e Senai. (48) 3203-7100/www.ilhaservice.com.br
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ESTREIA NO VAREJO
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NÃO DURMA NO PONTO
OUSE PENSAR GRANDE Cuidado! Você pode aumentar o tamanho da sua crise, caso esteja vivenciando uma agora mesmo! Isso acontece quando adota soluções simplificadas para problemas complexos. Vamos a um exemplo, para esclarecer bem do que se trata.
mais letais pela própria ação do pesticida. Isso também acontece no organismo humano, quando submetido a medicações inadequadas ou muito pesadas.
Imagine que um agricultor receba a informação de que determinada plantação está sendo devastada por um tipo de inseto. Qual a primeira providência que vai tomar? Talvez você responda: aplicar inseticida. E isso tem lógica: contra inseto nada melhor do que inseticida. Essa lógica deriva do pensamento simplificado. E a solução para o problema se restringe à imediata eliminação ou redução acentuada da praga, com aplicação de inseticida. Quanto mais inseticida, menos inseto. E está resolvido o problema. Está mesmo? Talvez, num primeiro momento. Mas se acompanharmos os desdobramentos dessa atitude, veremos que, ao longo do tempo, a praga reaparece e é preciso reaplicar o produto tantas e tantas vezes que seus efeitos se reduzem gradativamente, até que ele se torne inócuo. Ou, pior ainda, contraproducente: al-
O raciocínio inicial foi simplório demais para a complexidade do desafio, tornando-o ainda mais crítico. Se a princípio havia um inimigo a combater, depois surgem inúmeros efeitos colaterais tão graves ou mesmo piores, como por exemplo – ainda usando o caso da agricultura – a contaminação do solo, da água e dos próprios produtos. Isso estende os malefícios ao meio ambiente e, claro, aos consumidores. Veja que o tiro elementar saiu pela culatra. O lema do pensamento simplificado era “quanto mais inseticidas, menos insetos”, mas a realidade mostra o contrário, portanto, do ponto de vista do pensamento ampliado “quanto mais inseticida mais insetos”. Ou seja, quanto mais soluções simplificadas, mais problemas complexos. Talvez no exemplo escolhido, pensar
O tiro pela culatra
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Ao invés de oferecer menos para os clientes na intenção de conter custos e preços, o ideal é agregar valor e ir além das suas expectativas
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guns insetos – do mesmo tipo dos visados ou mesmo diferentes – conseguem sobreviver, tornando-se mais e mais resistentes. Surge, portanto, um novo problema. Outras pragas se proliferam, porque seus antigos predadores desaparecem dizimados pelas substâncias químicas. Nessa segunda etapa, a plantação é atacada por uma geração mais forte dos agentes originais, bem como de outros, cada vez
grande fosse introduzir um terceiro tipo de inseto, predador tanto do agressor primitivo quanto de outros ali existentes, sem maior risco para a saúde da mesma lavoura. O objetivo seria, portanto, introduzir um elemento (ou mais de um) capaz de conduzir – naturalmente – o sistema a um novo tipo de equilíbrio dinâmico. Não é, porém, o que está acontecendo
com muitas empresas que, neste momento, enfrentam os efeitos da crise econômica mundial. Em vez de pensar grande, tratam de adotar soluções simplificadas que não resolverão nenhum desafio complexo. Ao contrário, só contribuirão para tornar ainda mais perigoso o caldo de cultura ao redor. Em resumo: escolhem para si o remédio que tem o maior potencial de matar o paciente.
Efeitos exponenciais Uma empresa é um sistema inserido em outro sistema. Podemos administrá-la focalizando apenas o mais reduzido, em vez de pensar no mais amplo. Decisões e ações serão muito diferentes, numa situação e na outra. Também os resultados obtidos. Vamos chamar o menor sistema de negócio, e o maior sistema de holograma. A anatomia do negócio é composta por corpo (a sua parte tangível e mensurável), por mente (a parte que se relaciona com o mercado) e pela alma (a parte da tríade que trata das relações internas na equipe de trabalho). Esse trio indivisível compõe o sistema menor, que deve ser gerido com o objetivo de levar ao equilíbrio dinâmico entre esses elementos e mantê-lo. Limitar-se a esse universo reduzido, porém, pode trazer ao negócio os mesmos efeitos perversos ao abuso do inseticida, na lavoura. Para chegar a uma solução mais ampla e efetiva, é preciso enxergar o sistema maior, o holograma. O holograma é composto por vários agentes, os quais, direta ou indiretamente, participam do negócio. Entre eles estão os líderes, os colaboradores, os clientes, os fornecedores, os investidores, os financiadores, os distribuidores e os representantes, dentre outros. O pensamento simplificado se preocupa em preservar e maximizar os resultados do negócio, ainda que isso cause desequilíbrios no holograma. Aliás, é isto mesmo que está acontecendo em grande escala nas empresas, diante do pretexto da crise. Demissão de colaboradores, substituição de fornecedores, imposições descabidas aos clientes, entre outras iniciativas ineficazes e contraproducentes. Isso realmente desequilibra o holograma, algo que, em última instância, trará mais efeitos negativos ao negócio, ao
longo do tempo. Assim, o remédio usado para debelar uma crise econômica vai concorrer para transformá-la em um problema gigantesco, de progressões geométricas e de efeitos exponenciais.
Para começar, mude a pergunta A pergunta errada é: “Como eu posso preservar a minha empresa dos efeitos dessa crise e como eu posso salvar o meu negócio?” A premissa levará o líder a tomar decisões egocentradas, ignorando o holograma. A pergunta certa é: “Como eu posso preservar o holograma em que a minha empresa e outros agentes estão inseridos?” Esta, sim, levará a outro conjunto de decisões e ações, voltado a um universo maior, fazendo com que todos se beneficiem, ao longo do tempo. Nada, portanto, de imediatismos! Isso significa que é preciso traçar, com cuidado, iniciativas muito diferentes das convencionais. Se o “senso” comum indica a redução da folha de pagamentos, pense em manter seus colaboradores, motivando-os a aproveitar cada vez melhor suas competências, para atuar em nível de excelência – tanto em produtos como em serviços – imediatamente reconhecido pelos clientes. Significa que, ao invés de achacar o for-
por Roberto Adami Tranjan
Educador da Cempre Conhecimento & Educação Empresarial (11) 3873-1953/www.cempre.net roberto.tranjan@cempre.net
Geramos problemas quando nos atemos ao sistema menor. Geramos grandes soluções quando ampliamos as perspectivas, para considerar o sistema maior. O pensamento simplificado amplia a dimensão do problema e diminui o tamanho da solução. Pensar grande diminui o tamanho dos problemas e amplia os efeitos das soluções.
necedor e espremer ao máximo as condições de fornecimento, um esforço comum deve ser desenvolvimento, para eliminar tarefas sobrepostas, de maneira que ambos sejam favorecidos em agilidade, custos e sinergia. Significa que, ao invés de oferecer menos para os clientes na intenção de conter custos e preços, o ideal é agregar valor e ir além das suas expectativas.
Por isso mesmo é que uma crise tanto pode se transformar numa hecatombe quanto ser reduzida a uma nuvem passageira, capaz de gerar ensinamentos importantes. Tudo depende de uma decisão crucial: aceite o desafio de substituir o papel de gestor do negócio para o de gestor do holograma. Comprove e colha os frutos vigorosos que só a coragem de pensar grande lhe proporciona!
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O pensamento simplificado amplia a dimensão do problema e diminui o tamanho da solução. Pensar grande diminui o tamanho dos problemas e amplia os efeitos das soluções
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E N T R E V I S TA
Fanny Schwarz
MAR DE ALMIRANTE Estratégia ensina a criar seu próprio ambiente de negócio e com isso distanciar-se da concorrência
por Mônica Pupo
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monica@empreendedor.com.br
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Imagine que sua empresa é um barco e navega, sozinha, por um oceano de águas tranquilas, com o vento a favor, rumo ao horizonte sempre azul. Por outro lado, outras empresas remam sem sair do lugar, afundadas no chamado Oceano Vermelho. É através destas metáforas que Chan Kim e Renée Mauborgne – autores do best seller A estratégia do oceano azul – mostram como é possível distanciar-se da concorrência, incentivando os empresários a criarem o seu próprio ambiente de negócio. De acordo com o livro, as empresas que mais se destacaram no último século foram
aquelas que, ao invés de buscar apenas superar os concorrentes, concentraram-se em tornálos irrelevantes. Mais do que isso: conseguiram criar estratégias inovadoras que acarretaram numa diminuição significativa dos custos. Este é o caso de IBM, GE, Procter&Gamble, Natura, Gol e Casas Bahia, por exemplo. Não se trata, entretanto, de menosprezar a concorrência, como explica Fanny Schwarz, diretora-geral da Symnetics, empresa de consultoria em gestão estratégica. “Você nunca abandona a competição, mas isso passa a não ter a mesma importância de antes.” Para se afastar dos concorrentes e atingir o tão sonhado oceano azul, a saída é inovar. Cada vez mais presente no vocabulário empresarial,
a inovação vai muito além de apenas criar novos produtos ou serviços. De acordo com Fanny, “muitas vezes pequenos detalhes podem significar uma grande inovação aos olhos do cliente”. Surgem então os conceitos de inovação de valor e cocriação de experiências, que sugerem a criação de estratégias envolvendo tanto colaboradores como clientes, fornecedores e voluntários. Na entrevista a seguir, Fanny Schwarz explica estes conceitos e conta de que forma a estratégia do Oceano Azul pode ser aplicada nas empresas, além de dar exemplos das organizações que chegaram lá. Saiba também qual o melhor caminho para a inovação e de que forma é possível criar uma rede de relacionamentos que auxilie no processo de inovação de sua empresa.
Os autores do livro A estratégia do oceano azul ensinam: “Não concorra com os rivais – torneos irrelevantes”. Isto quer dizer que as empresas que atingem o Oceano Azul abandonam a competição? Fanny – A partir do momento que uma empresa desenvolve uma competência única – e atinge o Oceano Azul – poderíamos até dizer que, de fato, a concorrência se torna insignificante. Mas na prática você nunca abandona a competição, só que ela deixa de ter a importância que tinha antes. Quando os autores da estratégia do Oceano Azul dizem que é preciso tornar os concorrentes irrelevantes, isso significa que o importante é focar a estratégia da empresa no desenvolvimento de novos mercados, ao invés de ficar apenas olhando tudo o que a concorrência faz. Qual a diferença entre inovação de valor e inovação pura e simples? Fanny – Hoje, em muitas organizações, a inovação pode significar simplesmente investimentos em novos produtos, processos ou aplicações de um produto ou serviço já conhecido. A inovação de valor, por sua vez, perpassa todos esses fatores. Trata-se de focar não no produto ou serviço em si, mas sim em priorizar muito mais a perspectiva de quem vai vivenciar essa experiência. Neste caso, muitas vezes uma mudança simples traz um valor imensurável para a empresa, enquanto a
inovação de um produto existente pode custar caro e não trazer essa percepção tão diferenciada aos olhos do cliente. A senhora poderia citar um exemplo de empresa que atingiu o Oceano Azul? Fanny – Quando o Cirque du Soleil foi criado, há mais de duas décadas, ele trouxe a atmosfera do circo, mas agregou atributos de valor de outras atividades de entretenimento, como espetáculos da Broadway, óperas e balé. Ou seja, o Cirque du Soleil desconsiderou o conceito tradicional de circo. Ao invés de ser voltado para o público infantil, atinge quase todas as faixas etárias. No lugar de uma grande celebridade, eles investiram em diversos artistas muito bem treinados, que podem representá-los em qualquer parte do mundo. Não ter animais também foi uma escolha estratégica, pois significa redução dos custos de até 40%. Além disso, o Cirque du Soleil criou uma linguagem própria, desenvolvendo espetáculos universais, que podem ser replicados em qualquer parte do mundo. A estratégia do Oceano Azul significa justamente isso: romper esse modo de pensar que leva em conta apenas uma realidade conhecida, e criar novos mercados. É preciso abrir a cabeça e expandir o alcance de alguma atividade agregando outros atributos. De que forma a estratégia do Oceano Azul pode
O importante é focar a estratégia da empresa no desenvolvimento de novos mercados, ao invés de ficar apenas olhando tudo o que a concorrência faz
ser aplicada nas empresas? Fanny – Uma maneira muito eficiente para identificar oceanos azuis é disparar um processo de criação que não envolva apenas o pensamento interno da organização. Tradicionalmente, a maioria das empresas tem uma área de pesquisa e desenvolvimento, com uma equipe que, em tese, está focada na inovação. No entanto, isso só não basta, é preciso buscar formas de envolver clientes, fornecedores e voluntários interessados nesse processo de criação. Na medida em que você envolve toda uma rede nesse processo de criação, as oportunidades são exponenciais. É aí que entra o conceito de inovação colaborativa através da cocriação, também chamado de cocriação de experiências. Como funciona a inovação colaborativa? Fanny – A proposta da inovação colaborativa é atrair e manter uma rede de relacionamento. Tem muita gente que ainda acha que inovação tem a ver com uma espécie de “sopro divino”. Mas, na verdade, inovação tem muito mais a ver com valor do que com inspiração. Um insight de valor pode ser trazido por qualquer um que faça parte de uma rede, já que às vezes questões muito simples têm um valor altíssimo perante o cliente, basta identificar a oportunidade. Um ótimo exemplo de empresa brasileira que aposta na inovação colaborativa – e por isso descobriu seu Oceano Azul – é a Camiseteria, que em tese é uma loja de camisetas, mas é muito mais que isso. Em primeiro lugar, não possuem loja física, só site. Além disso, eles desenvolveram uma comunidade on-line de gente de todo o mundo que pode enviar estampas e desenhos de forma voluntária. Ou seja, a competência da Camiseteria não é desenhar camisetas, mas sim articular uma rede. E, com isso, conseguem alto nível de efetividade. Qualquer empresa de moda sabe: cerca de 30% do que é produzido não tem aceitação. E, no caso da Camiseteria, esse índice cai drasticamente, porque é a própria comunidade que cria e compra os produtos. É essa a lógica da inovação colaborativa através da cocriação de experiências. Como envolver o cliente na elaboração de uma estratégia que agregue valor ao negócio? Fanny – A internet é um canal fantástico neste caso. Uma indústria de moda feminina da Coreia, por exemplo, queria
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O que significa a estratégia do Oceano Azul? Fanny Schwarz – A estratégia do Oceano Azul diz respeito ao conceito de inovação de valor. O principal desafio está em romper as barreiras tradicionais do planejamento estratégico. Ao invés de ficar apenas olhando para o que a concorrência está fazendo, é preciso identificar um novo espaço de mercado até então inexplorado, mas que tenha um valor diferenciado para os clientes e, além disso, que também represente uma redução de custos significativa para a organização. O oposto disso é o chamado Oceano Vermelho, que ocorre quando o empresário enxerga apenas uma realidade de mercado já estabelecida, insistindo no seguinte pensamento: “O que eu faço para vencer o meu concorrente?”. Para inovar é preciso muito mais do que olhar apenas para a concorrência e para os conhecimentos e ativos já existentes na empresa. A ideia é justamente agregar novas informações e valores.
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E N T R E V I S TA criar uma coleção de roupas femininas e convidou quem quisesse participar para desenhar as roupas, através de um website. Ou seja, as pessoas desenhavam, votavam nas melhores roupas e, quando essas peças foram produzidas e chegaram às lojas, vendeu tudo. Ou seja, a empresa não precisou contratar um estilista para fazer a coleção, a própria comunidade de voluntários fez isso e ainda teve sucesso garantido. Esse tipo de atitude cria um frenesi no mercado, porque você sai da ótica do produto e passa a valorizar a experiência, a interação.
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Mas esse conceito de cocriação não se limita às empresas que trabalham exclusivamente com bens de consumo? Fanny – De maneira alguma. A inovação colaborativa é indicada para outros segmentos, como prestadores de serviço. Já trabalhamos com uma empresa de seguro, por exemplo, que obteve muito êxito ao apostar na cocriação de experiências. Já em caso de organizações business-to-business, que não oferecem um produto para o consumidor final, mas sim para intermediários, as chances de trabalhar de forma colaborativa são ainda maiores, porque o nível de interação é mais elevado.
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O que é preciso levar em conta na hora de identificar oceanos azuis? Fanny – Existem quatro perguntas que devem ser feitas neste caso. A primeira é “que atributos do meu negócio – que geralmente são aceitos pelo mercado – eu posso eliminar?”. Voltando ao exemplo do Cirque du Soleil, eles eliminaram os animais e o mestre-de-cerimônias. A segunda questão é: “Quais atributos eu posso reduzir bem abaixo do padrão do setor?”. Ou seja, eu não vou deixar de ofertar, mas vou manter apenas o mais básico possível. Um exemplo neste caso são os hotéis Formule 1, da rede Accor, que tem como proposta oferecer serviços básicos de hotelaria com tarifas acessíveis. Eles eliminaram muitas coisas que são comuns em um hotel e deixaram o mais simples possível. A terceira questão diz: “Que atributos podemos ter muito acima do padrão do negócio?”. No caso do Formule 1, o hotel é básico em muita coisa, mas a cama é a melhor de todas, é de qualidade compatível ou até superior à
Fanny – Talvez tão ou mais importante do que a competência de definir estratégias é a capacidade de repensá-las continuamente. Estratégia você não cria uma vez só, não é algo que você define uma vez ao ano e segue à risca. Muitas organizações têm dificuldade de aceitar que toda estratégia é uma hipótese, que deve ser revista constantemente. Mais do que estatísticas e pesquisas, é preciso analisar também todo o ambiente interno e externo antes de inovar. A dica é nunca estagnar, investindo na inovação contínua, o que também não significa mudar toda hora, mas sim ter a competência de mudar sempre que for preciso.
Talvez tão ou mais importante do que a competência de definir estratégias é a capacidade de repensá-las continuamente
dos hotéis cinco estrelas da cadeia Accor. E, por fim, a quarta questão: “Quais são os atributos que podemos criar?”, pois você pode e deve criar coisas novas e que tragam um valor inusitado para o cliente. A ideia é colocar essas questões envolvendo toda a rede, de forma colaborativa, pois assim as chances de sucesso são muito maiores. Como é possível criar estratégias de inovação que tenham efeito a longo prazo?
Qual o segredo para garantir a inovação do negócio? Fanny – Até pouco tempo atrás a competitividade se baseava na quantidade de conhecimento que uma empresa era capaz de gerar e aplicar. E hoje em dia isso está muito mais ligado à capacidade de articulação, isto é, em quanto eu consigo acessar e articular conhecimentos que não necessariamente são meus, mas que estão aí disponíveis para todo mundo, transformando-os em alguma coisa prática. Para isso, o primeiro passo é fazer um exercício: observe o modo como os adolescentes – que já nasceram conectados à web – comportam-se quando precisam de alguma informação. Rapidamente, e de forma espontânea, os jovens são capazes de gerar, através da web, um debate muito forte com todo mundo que tenha estudado ou discutido determinado tempo. Assim, a dica é que as empresas apliquem essa competência natural dos jovens de hoje no dia a dia organizacional. O que fazer para se manter no Oceano Azul? Fanny – É preciso uma dose de inconformismo, no bom sentido. Não é porque eu identifiquei o oceano azul agora que o jogo está ganho. Mantenha-se sempre em busca do próximo oceano azul, em uma reflexão contínua, repensando e redefinindo as estratégias sempre que necessário.
LINHA DIRETA Fanny Schwarz: (11) 3747-8200 www.symnetics.com.br
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Solução sob medida
Mercado de informatização volta-se para pequenas empresas e oferece sistemas adequados ao seu tamanho, inclusive no preço por Cléia Schmitz
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cleia@empreendedor.com.br
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A informatização dos pequenos negócios deixou de ser um sonho impossível. Até bem pouco tempo restritas às empresas de médio e grande portes, soluções como softwares de gestão estão com preços cada vez mais acessíveis e adaptados ao tamanho do cliente. Há, inclusive, vários casos de ferramentas tecnológicas que são oferecidas gratuitamente por empresas de TI (Tecnologia da Informação). O problema é que muitos pequenos empresários ainda partem do pressuposto de que investimentos em TI são muito altos. Consequentemente, desconhecem as oportunidades disponíveis para se modernizar, uma condição cada dia mais importante para reduzir custos e se manter vivo no mercado. “A verdade é que o Brasil tem muitos empreendedores mas poucos inovadores. É preciso ter vontade de correr riscos e inovar. Hoje, com a tecnologia da informação, um garoto que ainda não saiu da faculdade pode passar a perna em qualquer um”, afirma Pedro Bicudo, diretor da TGT Consult, de São Paulo. Para Ezequias Sena, diretor comercial e administrativo da Online Brasil, a mudança de paradigma nas pequenas empresas é só uma questão de tempo. “TI já não é mais um diferencial, é uma premissa. Quem quer fornecer para grandes empresas precisa ter um sistema conversando com toda a cadeia produtiva”, afirma o executivo da consultoria paulista. Pesquisa divulgada no final do ano pas-
sado pelo Sebrae/SP dá sinais de que a informatização dos pequenos negócios já está acontecendo. Há dez anos, o índice de micro e pequenas empresas (MPEs) que usavam microcomputadores não passava de 16%. Hoje, é de 75%. No mesmo período, o acesso à internet nas MPEs saltou de 7% para 71%. “Há dez anos, as linhas de acesso à internet eram muito precárias. Sem uma conexão rápida, pequenas empresas não poderiam ter acesso a um sistema ASP (em que o software não fica instalado num computador da empresa, precisando ser acessado via internet). E a maioria não tinha sequer internet”, reforça o empresário Mario Henrique Decker, diretor de operações da Sispro, empresa especializada em sistemas de administração e finanças, com sede em Porto Alegre. Considerando que a infraestrutura básica de hardware é o primeiro passo para permitir a utilização de softwares, a conclusão é de que tivemos um avanço significativo na informatização das pequenas empresas na última década. Mas a pesquisa do Sebrae mostrou que o caminho da modernização ainda é longo. Apenas 34% das MPEs utilizam sistemas que permitem o controle integrado de várias funções dentro da empresa. E só 2% usam o computador para controlar financeiramente a empresa. Pouco mais da metade dos empresários ouvidos pelo Sebrae respondeu que pretende investir até R$ 4 mil em informatização neste ano, dos quais 44% em computadores e 33% em softwares. De olho nesse imenso mercado estão
Pedro Melo, da Sispro, fornecedor de software de RH para a Tecmont, de Augusto Coster
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FOTOS GABRIEL SCHMIDT
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pequenas, médias e até grandes desenvolvedoras de TI. “À medida que o mercado das grandes companhias vai se saturando, aumenta a oferta de soluções específicas para pequenas empresas. Mesmo grandes fornecedoras de software, como Oracle e SAP, estão gradativamente se voltando para o mercado dos pequenos negócios”, afirma Decker. Em março deste ano, a Sispro anunciou um pacote com software e serviços de gestão de recursos humanos para empresas a partir de 50 funcionários. “A nossa intenção é oferecer aos empresários de pequeno porte a mesma solução adotada por grandes negócios a um custo compatível com sua realidade”, diz Pedro César de Melo, gestor do software RH Sispro. Segundo o executivo, a redução de custos em relação ao modelo original do software chega a 50%. Para alcançá-la, a Sispro “enxugou o produto”, simplificando a prestação de serviço, especialmente o processo de implantação. Essa reformulação permite oferecer o software por menos de R$ 500 mensais, dependendo do tamanho da empresa. Melo afirma que a Sispro teve uma resposta imediata do mercado e está cumprindo sua meta de dez novos clientes a cada 60 dias. Ele conta que um desses clientes adotou o
RH Sispro para cumprir um contrato com a Petrobras, que exigia informações gerenciais inexistentes no sistema antigo. “No primeiro mês, essa empresa já teve o retorno de seu investimento com a nossa solução”, destaca. Para a Sispro, e tantas outras empresas de TI, o maior desafio é romper a barreira do desconhecimento e o estigma de que determinadas tecnologias são viáveis apenas para grandes empresas. Há tempos que o empresário Augusto Coster, sócio-diretor da Tecmont Indústria e Comércio de Materiais Eletrônicos, de Gravataí (RS), estava insatisfeito com a gestão de RH da sua empresa. Com cerca de 200 funcionários, o gerenciamento das informações necessárias para atender a
O maior desafio é romper a barreira do desconhecimento e o estigma de que determinadas tecnologias são viáveis apenas para grandes empresas
legislação trabalhista estava cada vez mais complicado. O serviço era terceirizado a um escritório de contabilidade. Em 2007, por indicação da Epcos do Brasil, multinacional do segmento de eletrônicos e cliente da Tecmont, Coster conheceu a solução de RH da Sispro. “Eles usavam o mesmo sistema e nós decidimos adotá-lo também depois que vimos que os custos eram acessíveis ao nosso bolso. Pagamos R$ 1 mil mensais para a Sispro. Sem esse sistema gastaríamos pelo menos R$ 7,5 mil com os salários de cinco funcionários que seriam necessários para executar o serviço”, compara Coster. O empresário já planeja a compra de novos módulos do sistema de RH e de um sistema de contabilidade. “Com certeza, falta informação para os pequenos e médios empresários. Deve haver outras sispros por aí.” Coster tem razão. Assim como a Sispro, há dezenas de empresas anunciando serviços e soluções acessíveis a pequenos negócios. A catarinense DF-e Tecnologia é uma delas. No ano passado, a empresa lançou o Emite NFe, um software para emissão de notas fiscais eletrônicas. Como se trata de uma lei, em vigor desde o início de 2008, não há como pequenas empresas ignorarem a tecnologia. O empresário Luiz Boal, executivo da DF-e,
conta que os primeiros softwares de emissão fiscal eram muito caros, variando de R$ 100 mil a R$ 1,5 milhão. Para resolver o problema, o governo federal passou a oferecer uma solução gratuita, mas que, segundo Boal, não atende com eficiência as empresas com volumes maiores de notas emitidas. Atento às oportunidades, o empresário decidiu apostar no desenvolvimento de um software eficiente e barato para emissão e recebimento de notas fiscais. “Montamos uma política de baixíssimo custo e decidimos que o preço da solução seria equivalente a 10% do custo de papel da nota fiscal tradicional”, conta Boal. Uma pequena empresa que emite mensalmente até 1 mil notas paga R$ 150 por mês para a DF-e. A tabela é progressiva. No caso de clientes com emissão superior a 100 mil notas mensais, o valor não passa de R$ 0,04 por nota. Para se ter uma ideia da economia, só o formulário contínuo usado anteriormente custava em torno de R$ 1 por nota emitida. “Por causa do preço, muitos empresários até duvidam da eficiência da solução. É um efeito negativo”, conta Boal. Gerente de TI da Secretaria Estadual da Fazenda de Santa Catarina em 2005 e 2006, ele integrou a equipe que elaborou a nota fiscal eletrônica em
âmbito nacional. A Emite NF-e foi lançada no mercado em março do ano passado, mas começou a “estourar no mercado” em dezembro. Mais de 100 empresas de pequeno a grande porte utilizam a solução. A meta da DF-e é chegar a 1 mil clientes até o final de 2009. “Os preços dos outros softwares disponíveis no mercado caíram mas ainda temos a ferramenta com o menor custo”, garante.
Custo zero Há casos de ferramentas em que não há custo nenhum, ou seja, são oferecidas gratuitamente pelos desenvolvedores. O BRy Signer, assinador e leitor digital de documentos, criado pela BRy Tecnologia, de Florianópolis, é uma delas. O software traz inúmeras vantagens. A mais óbvia é a redução de custos com papel e tinta de impressora, um ganho também para o meio ambiente. Mas a assinatura digital também dispensa o transporte de documentos. Imagine um escritório de advocacia do interior tendo que enviar uma petição para a capital do seu estado. Além de despesas com o correio, o documento materializado implica em perda de tempo. Por último, há o custo de guardar os papéis, incluindo riscos como incêndio, enchente e traças.
“A tecnologia de certificação digital dá ao meio eletrônico o mesmo valor jurídico atribuído a documentos assinados pelo próprio punho”, ressalta Marcelo Brocardo, presidente da BRy. O objetivo da empresa ao oferecer o BRy Signer de forma gratuita é massificar a utilização da assinatura digital. Mas antes de baixar o assinador, o usuário precisa comprar um certificado digital, que é, grosso modo, a caneta de assinatura eletrônica. Atualmente, o valor varia de R$ 165 a R$ 365 por certificado, dependendo do prazo de validade. “Alguns empresários consideram esse custo alto, mas se a assinatura for usada passa a ser um investimento”, argumenta Brocardo. Desde que começou a oferecer o assinador de graça, em março passado, a BRy já assinou convênio com várias empresas, entre elas os cartórios. “Mais de 1 mil licenças já foram distribuídas gratuitamente”, afirma o presidente da empresa. O download do sistema está disponível no endereço http:// signer.bry.com.br. Nesta primeira quinzena, Brocardo deve assinar um contrato com uma grande instituição financeira, que implicará na distribuição de 240 mil cópias do BRy Signer. “Estamos só começando. Nossa missão é tornar o documento eletrônico confiável e acessível a todos.” Desta forma,
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Tecmont: custo de R$ 1 mil mensais com solução da Sispro proporciona economia de pelo menos R$ 7,5 mil com salários no mesmo período
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a BRy está dando o primeiro passo para a comercialização de outros sistemas desenvolvidos pela empresa. Quem também aposta na oferta gratuita de soluções como uma forma de atrair clientes é outra catarinense, a Kombo. Especializada em softwares para gestão de recursos humanos, a empresa lançou no início do ano o Kombo Grátis, que permite a qualquer empresário instalar um sistema do tipo “Trabalhe Conosco” no site do seu negócio. A ferramenta inclui um formulário para cadastro de currículos, um quadro de vagas personalizado e um sistema de gerenciamento para as vagas abertas. E ainda permite que o usuário tenha acesso a um histórico dos candidatos que participaram das vagas já fechadas. Mais de 250 empresas já aderiram à ferramenta. Entre elas, a T2 Logística Integrada, empresa com 12 funcionários, instalada em Palhoça (SC). Assim que soube da disponibilidade do Kombo Grátis, o empresário Luiz Fernando Parisi decidiu experimentar a ferramenta no processo de recrutamento e seleção de um motorista. “Fiz o cadastro na sexta-feira à noite e, para minha surpresa, no domingo já havia três candidatos para a vaga. E o que é melhor: currículos com qualidade”, conta o empresário. Para ele, o mais impor-
Paula (de branco) e equipe da Kombo: ferramenta gratuita de recrutamento e seleção on-line
tante é profissionalizar o processo e chamar pessoas qualificadas em vez do amigo, do primo ou do vizinho, que nem sempre são as pessoas mais adequadas para o cargo. Segundo Parisi, é só uma questão de tempo para que a T2 adote soluções mais robustas da Kombo. No Kombo Básico, além do recrutamento e da seleção on-line, o cliente tem acesso a um banco com mais de 30 mil currículos e ainda conta com o apoio de materiais como dinâmicas de grupo, testes e questionários. Atualmente, cerca de 100 empresas utilizam esse sistema, que tem um custo mensal de R$ 49,90. Para Paula Galvão, sócia da empresa, a ferramenta traz redução de custo à medida que dispensa o anúncio pago em jornais e agiliza e qualifica o processo de contratação de um funcionário. “Mesmo uma pequena empresa precisa profissionalizar esse processo”, reforça Paula. Trazer agilidade para a gestão de uma empresa é uma das maiores virtudes de uma ferramenta tecnológica. É o que propõe a Inspirit, de São Paulo, com o Si4 Community, um sistema integrado de comunicação corporativa. A proposta da solução é estruturar a comunicação de forma que o cliente possa gerenciar melhor o relacionamento com seus parceiros ou mesmo com os pró-
prios funcionários. A ferramenta permite, por exemplo, saber se o interlocutor recebeu a mensagem, quando e quantas vezes leu e para quem repassou. Essas informações são armazenadas e protocoladas para qualquer necessidade de consulta. “A ferramenta preserva um dos principais ativos das empresas, que são as informações”, afirma Francisco Monteiro, diretor da Inspirit. Assim, caso um funcionário seja desligado da empresa, não há uma ruptura na sequência das comunicações. “A senha do colaborador será desabilitada, mas a comunicação que ele manteve no relacionamento de dez anos com um cliente não será jogada junto no lixo”, explica Monteiro. O custo mensal do módulo é de R$ 1,5 mil. Um dos principais clientes da solução é a Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), que tem mais de 700 usuários internos do Si4 Community.
Economia Algumas tendências têm contribuído para tornar as soluções de TI mais acessíveis. Uma delas é a oferta de TI como serviço (SaaS). “A tendência de mercado é contratar tecnologia como se contrata água ou
Brocardo, da BRy: “Nossa missão é tornar o documento eletrônico confiável e acessível a todos”
luz. Nesse modelo, o cliente paga só o que utilizar, um modelo que tornar a TI mais viável para pequenas empresas”, afirma Ezequias Sena, da Online Brasil, empresa que vem se especializando em virtualização de ambientes de TI. A chamada computação nas nuvens (cloud computing, em inglês), tendência de concentrar o armazenamento dos dados em grandes data centers, também reduz custos à medida que dispensa grandes investimentos em infraestrutura de hardware, como servidores. O maior desafio, segundo Sena, é convencer pequenos empresários de que data center não é um serviço indicado apenas para grandes empresas. “Estamos trabalhando muito para quebrar esse paradigma”, afirma o executivo. Para ele, o maior patrimônio das empresas são seus dados. Por isso, tê-los em segurança e poder acessá-los de forma rápida quando necessário é cada vez mais importante para a competitividade. “Se você vai fornecer algum serviço para uma grande empresa, não importa o seu tamanho, ela vai exigir que a troca de informações seja eficiente”, argumenta o executivo. Outro fator de redução dos custos de ferramentas de TI é a disseminação de softwares com códigos abertos (open source,
em inglês), os chamados softwares livres. O Linux é um dos mais famosos. Ao usar esses sistemas operacionais para o desenvolvimento de soluções específicas, os desenvolvedores reduzem seus custos com licenciamento. “Hoje, até mesmo a Oracle, líder mundial em sistemas de banco de dados, tem uma versão para baixar em Linux. Também estão começando a aparecer alguns ERPs (sistemas de gestão) baseados em softwares livres. Esse movimento com certeza vai ajudar os pequenos empresários a engatinhar em TI”, avalia Marcelo Okano, professor da Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap). Mas isso não quer dizer que não sejam necessários investimentos para utilizar a
“Se você vai fornecer algum serviço para uma grande empresa, não importa o seu tamanho, ela vai exigir que a troca de informações seja eficiente”, afirma Ezequias
tecnologia. “Muitas vezes se relaciona o software livre como uma opção sem custo nenhum, quando na verdade há gastos com implementação, capacitação dos operadores, adaptação do sistema e manutenção”, esclarece José Luciano do Carmo, sócio da TKTI, empresa de consultoria em aplicações empresariais. Essas demandas muitas vezes também existem quando se utiliza sistemas proprietários. Contudo, garante José do Carmo, o valor para softwares livres é um terço menor. Durante a implantação, a TKTI mapeia os processos da empresa, para entender suas necessidades, e faz alterações ou melhorias no software, se preciso. É nesse ponto que o software livre se torna mais vantajoso, já que o código dos sistemas é aberto e passível de edição. Quanto à qualidade, José do Carmo diz que as soluções livres são superiores em relação à agilidade e segurança. “Como trabalho com os dois tipos de software, posso comparar”, afirma. Para ele, a utilização dos softwares de código aberto só não é maior porque eles ainda não estão disseminados na cultura empresarial. “O segmento é muito conservador. Como o investimento é alto, as empresas buscam aqueles sistemas que já conhecem por
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Ezequias, da Online Brasil: “TI já não é mais um diferencial, é uma premissa”
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Bruna Rezende, da TalkAndWrite (à esquerda): interação on-line em tempo real de uma equipe sobre um documento
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experiências ou através de divulgação. E os ERPs livres não têm propagandas”, justifica. Adepta ao software livre, a Obiz, empresa instalada neste ano na incubadora Midi Tecnológico, de Florianópolis, nasceu justamente com o propósito de criar soluções em código aberto. O público-alvo são as MPES. “Tínhamos condições de desenvolver nosso próprio sistema operacional, mas optamos em trabalhar com software livre porque acreditamos que não há necessidade de reinventar a roda”, afirma Marco Gileno Martins Santos, sócio da empresa. Segundo ele, a redução de custo dos sistemas desenvolvidos pela Obiz chega a 30%. “Além de ter soluções mais acessíveis, nossos clientes passam a contar com um sistema customizado e, por isso, muito mais adequado às suas necessidades”, destaca Santos. A Obiz garante que está preparada para desenvolver sistemas de ERP, CRM (gestão de relacionamento com clientes) e e-commerce (gerenciadores de conteúdo) em questão de dois meses. Normalmente, esse prazo é de, no mínimo, oito meses. “Queremos ensinar pequenos usuários a usar essas soluções em seus negócios. Será quase uma evangelização”, afirma Santos. Para o executivo, o retorno do investimento é muito rápido. “O empresário começa a colher os
frutos num curto prazo. A gestão correta do negócio permite que ele retome a rédea da empresa e decida de forma cada vez mais rápida e acertada.” Nesse mercado de TI vale também ficar atento a ferramentas que podem gerar ou impulsionar negócios. Um exemplo é o TalkAndWrite, um aplicativo que permite a interação on-line em tempo real de uma equipe sobre um documento. Pelo sistema é possível escrever, apontar, desenhar, apagar ou grifar ao mesmo tempo em que se conversa pelo Skype (software que permite a comunicação pela internet através de voz sobre IP – VoIP). “Ao final da reunião do grupo, basta salvar o documento para ter registrado o que foi acordado entre as partes”, explica
“A gestão correta do negócio permite que ele retome a rédea da empresa e decida de forma cada vez mais rápida e acertada”, diz Marco Santos
Bruna Rezende, sócia da empresa, que leva o mesmo nome da solução. A empresária lista uma série de vantagens do aplicativo, começando pelo baixo custo. A licença anual sai por US$ 120. Ao usar o TalkAndWrite, as empresas ainda podem economizar com possíveis deslocamentos. Uma passagem de avião entre Florianópolis e São Paulo, por exemplo, equivale a mais do que o custo do licenciamento do aplicativo. A solução ainda agiliza as decisões e garante mais segurança para as informações, que são criptografadas. Entre os principais usuários do sistema estão arquitetos, engenheiros, advogados e professores de idiomas. Cerca de 2 milhões de downloads da ferramenta já foram feitos em todo o mundo. Mais de 90% dos clientes da Talk são estrangeiros. Entre eles Eunice Hur, professora da Eman2man Online English School, escola on-line de inglês para coreanos. “É um ótimo programa que pode ser usado em qualquer tipo de negócio como em empresas que prestam serviços e necessitam de uma explicação mais detalhada para seus clientes”, recomenda Hur, em depoimento enviado à própria Talk. Depois da grande visibilidade no exterior, alcançada por intermédio de uma parceria com o Skype, a Talk agora quer conquistar o Brasil. Disponível em 27
línguas, o aplicativo faz parte do seleto grupo de 15 extras certificados pelo Skype. “É o único brasileiro”, destaca Bruna.
Segurança O mercado de pequenos negócios é o foco de produtos do Grupo Mapa Brasil. A empresa tem uma versão do antivírus Aberium Supervisor para cada tamanho de empresa: micro, pequena e média. Desenvolvido para uma plataforma Linux, o sistema se tornou acessível e ao mesmo tempo fácil de operar por meio de um ambiente gráfico. “O próprio dono da empresa pode configurar o sistema, não é necessário contratar um especialista”, afirma Mário Batista, diretor comercial da empresa. Segundo ele, a redução de custo pode chegar a 80%. A licença para usar a solução parte de R$ 1 mil, no caso de empresas com até 20 usuários, e tem limite de R$ 8 mil. A Symantec, líder em soluções de segurança, também está atenta a um mercado que tem crescido no compasso das ameaças de ataques cibernéticos. A empresa acaba de lançar uma versão do Protection Business com custo 20% a 30% mais acessível, visando ao mercado de pequenas empresas. Para Marcelo Saburo, gerente comercial da Symantec,
o aumento do número e a sofisticação dos vírus e códigos maliciosos baseados na web exigem que pequenos negócios usem mais do que um antivírus tradicional. As pequenas empresas também estão no alvo da Magic Software Brasil. “Esse mercado tem características diferentes. São empresas que precisam ter um processo mais incremental na solução, não dá para informatizar tudo de uma vez”, afirma Rodney Repullo, diretorgeral da empresa. Partindo do pressuposto que muitas empresas já têm sistemas, a Magic lançou o Ibolt, voltado para a integração de soluções e automatização de processos. A ferramenta é uma forma de diminuir custos operacionais nas empresas porque evita retrabalho em soluções que não se conversam tecnologicamente. “Do ponto de vista leigo, nosso papel é de tradutor”, explica Repullo. Segundo ele, muitas vezes as empresas acabam trocando sistemas antigos ao adotar novas soluções simplesmente porque elas não estão integradas. “O problema é que isso traz um grau de investimento muito maior. Sem contar que vai para o lixo todo o valor investido no passado, não só na solução, mas também em treinamento.” Sem uma consultoria em TI, pequenas empresas também acabam muitas vezes comprando soluções inadequadas. Há ainda situa-
ções em que o sistema custa mais barato que os esforços para colocá-lo em funcionamento. “Cuidado para o molho não sair mais caro que o peixe”, compara Egnaldo Paulino, consultor do Sebrae/SP. Para o consultor Pedro Bicudo, a recomendação para quem vai comprar um software é a mesma para quem compra uma geladeira. Procure referências sobre a empresa, o produto e o serviço. “O que não pode é deixar que o medo impeça a informatização da empresa”, afirma Bicudo.
LINHA DIRETA BRy: (48) 3234-6696 DF-e Tecnologia: (48) 3357-4905 Fiap: (11) 3385-8010 Inspirit: (11) 5090-6000 Kombo: (48) 2106-4350 Magic Software: (11) 5085-5818 Mapa Brasil: (11) 5589-2143 Online Brasil: (11) 2227-9797 Sebrae/SP: 0800 5700800 Sispro: (11) 3415-3300 Symantec: (11) 5189-6230 TalkAndWrite: (48) 2107-2714 Tecmont: (51) 3431-3645 TGT Consult: (11) 3071-4456 T2 Logística Integrada: (48) 3033-5091
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Francisco, da Inspirit: “Ferramenta preserva um dos principais ativos das empresas, que são as informações”
Pedro Bicudo: recomendação é que se busque referências sobre a empresa, o produto e o serviço
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TI
Ambientes híbridos Nova versão do Net AppManager, o software auxilia as organizações a maximizarem seus investimentos em infraestrutura VMware. A solução tem ferramentas que permitem auxiliar na solução de questões críticas com mais rapidez e eficácia, o que faz com que os administradores tenham mais visibilidade dos ambientes híbridos de TI. O software é produzido pela NetIQ Corporation, uma das dez maiores companhias fornecedoras de softwares para o segmento corporativo.
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Quase real
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Os desenvolvedores de jogos e de e-learning podem utilizar funções de som surround e criar efeitos de áudio usando mixagens em tempo real com a nova versão do software Adobe Director 11.5. A solução permite importar elementos 3D por meio do Google Sktechup. Possui capacidade física baseada no engine NVIDIA PhysXT, o que permite ao usuário criar jogos e simulações que imitam a vida real. O Adobe Director 11.5 oferece uma plataforma flexível para criar aplicações tanto para ambientes em linha como para escritórios. www.adobe.com
Web 2.0 O sistema Samba Business promove a popularização dos websites 2.0. O aplicativo permite o envio de torpedos SMS e videomail e dá ao usuário controle sobre a administração do website a custos mais baixos. Há ferramentas para o uso de blog, slideshow e galeria de fotos. O Samba Business tem aplicação de análise de acesso e ferramentas de publicidade on-line. www.samba.net.br
PHOTOSTOGO
Exportação simplificada O i-Trade Export é uma ferramenta que auxilia na gestão dos processos de exportação. Permite a geração dos principais documentos, como o Proforma Invoice, Comercial Invoice, Packing List e os certificados de origem. Com o software é possível evitar a duplicidade de informações e a redigitação de dados. O novo produto tem integração com o Siscimex de forma automatizada, o que contribui para a redução de custos. www.bysoft.com.br
Ferramenta de e-coaching Software orienta pessoas a gerenciar a carreira e a vida pessoal. O Your Life Finanças é uma ferramenta de e-coaching que, por meio de uma avaliação financeira, identifica quais os pontos fortes e os limites em relação ao tipo de comportamento que o indivíduo tem com o seu dinheiro. O programa dá dicas diárias específicas para cada problema financeiro, boletins semanais de investimento e planilhas para download. O produto foi desenvolvido pela Your Life do Brasil em parceria com Gustavo Cerbasi, autor do livro Casais inteligentes enriquecem juntos. www.yourlife.com.br
Comércio exterior A New Soft Intelligence (NSI) lança o módulo Ecomex Tátiko, ferramenta de business intelligence utilizada na gestão de processos e operações de comércio exterior. O aplicativo permite extrair dados em tempo real e montar cenários para análise e tomada de decisão. Outra novidade é o Ecomex Portal, um aplicativo web para análise de KPIs (key performance indicators) que são apresentados através de gráficos e “dashboards” personalizados. www.comex-nsi.com.br
O ERP Linx Global Fashion, sistema que gerencia os processos completos das empresas de varejo e atacado, está com uma nova versão 8.0. São mais de 200 melhorias que possibilitam ao usuário utilizar a tecnologia touch screen, criar um catálogo eletrônico e organizar a administração contábil e financeira da empresa. Com as funções Corporate Performance Manager e o Controle Orçamentário é possível visualizar indicadores de performance e comparar o desempenho dos negócios. www.grupolinx.com.br
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Processos de varejo
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TI
Placas de vídeo A NVIDIA é a primeira fornecedora de hardware a lançar drivers para placas de vídeo para a nova versão do Windows 7. Os drivers foram certificados pela Microsoft WHQL e podem ser utilizados em toda linha de desktops, notebooks e estações de trabalho com suporte para os produtos NVIDIA. É ideal para os usuários que estão testando a versão RC do Windowss 7 porque permite rodar jogos em 3D, reproduzir e editar ditar fotos e vídeos em alta definição. www.nvidia.com
Nota eletrônica A Magic Solution e a Magic Software desenvolveram um aplicativo para fornecer emissão de nota fiscal eletrônica. O iBOLT Integration Suíte é uma ferramenta de integração dos processos que permite a emissão e geração do arquivo XML, assinatura digital e controle dos dados relativos à NF-e. O software verifica ainda o status de cada processo junto à Secretaria da Fazenda. www.magicsoftware.com.br
Livros contábeis
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A 2S Inovações Tecnológicas disponibiliza a nova versão da solução corporativa Office Communications Server R2 2007 (OCS). A ferramenta otimiza os custos das empresas e aumenta a produtividade dos funcionários ao integrar mensagens instantâneas de voz e vídeo. A função Dial-In Conference do software permite agendar reuniões em salas de conferências virtuais, em que os usuários podem participar da conferência através do computador ou do telefone. A nova versão traz o recurso chat em grupo e ferramentas como ciber fóruns. www.2s.com.br
de Renda com base no lucro real devem adotar o sistema de Escrituração Contábil Digital (ECD). Os documentos digitais devem agilizar e simplificar processos e contribuir para a redução de custos com impressão e armazenamento de papéis. www.wk.com.br PHOTOSTOGO
Mensagens instantâneas
A nova ferramenta WK Sped Contábil automatiza a geração de livros contábeis em formato digital. A solução, desenvolvida pela WK Sistemas, atende a uma exigência da Instrução Normativa (IN) RFB 787. Pela norma, pessoas jurídicas com tributação de Imposto
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G E S TÃ O
Reclame
digital Internet e celulares são mídias de baixo custo para divulgação de produtos e serviços por Beatrice Gonçalves
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Para alavancar as vendas e fortalecer a imagem da empresa não é preciso gastar muito. Com até R$ 1 mil é possível investir em ferramentas de marketing de baixo custo e alcançar resultados de médio e longo prazos. Segundo a consultora em marketing Kelly Gomes, o importante é ter um plano de comunicação, elaborar os objetivos a serem alcançados e escolher as melhores ferramentas a serem utilizadas. As primeiras estratégias começam dentro da empresa. Se a companhia é especializada em um determinado assunto, o diretor pode escrever artigos e mandar para veículos de comunicação. “A maior parte dos meus clientes me procura depois de ter lido textos em sites especializados”, afirma Kelly. O funcionário também deve se transformar em um agente de marketing e precisa estar preparado para utilizar ferramentas digitais. “A recepcionista que antes ficava ociosa uma parte do dia pode ajudar a atualizar o site da empresa”, explica. Para a consultora, o marketing de baixo custo depende também da divulgação dos ser-
viços da empresa na internet. Para aumentar a visibilidade do site corporativo, ela sugere a troca de link com outras empresas que vendam produtos sinérgicos. “A pessoa entra em uma página, se interessa por assuntos similares e clica nos sites relacionados”, orienta. O link patrocinado também pode ajudar. Nesse caso, a companhia coloca pequenos anúncios em sites de busca. “O interessante dessa ferramenta é que é a empresa quem determina o quanto vai pagar por clique recebido”, diz Kelly. O custo do acesso costuma variar de R$ 0,30 a R$ 0,80 e é o valor total investido pela empresa que determina a localização do anúncio na página. O site da empresa pode contar ainda com ferramentas de web analytics que conseguem fazer a análise de acesso e traçar o perfil do usuário. É possível saber quanto tempo o cliente lê a informação e quais são os links que despertam maior interesse. “A internet passa a ser uma mídia onde você consegue fazer o ajuste de marketing baseado em resultados”, explica Cláudia Woods, diretora de inteligência e marketing da Predicta, empresa de serviços de web analytics. Com a ferramenta, o WebMotors, site especializado no anúncio de compra e venda de veículos, consegue monitorar o acesso à página na internet. “Só no mês de março atingimos um recorde de mais de 10 milhões de usuários, e com essas informações em mãos, podemos dar feedbacks imediatos aos nossos parceiros sobre os resultados e otimizar os investimentos”, explica Marcos Camargo Júnior,
gerente de marketing da WebMotors. Outra estratégia de baixo custo é adotar o e-mail como ferramenta de marketing para divulgar campanhas e produtos. “A maior parte das pessoas está conectada no mínimo oito horas por dia na internet e está a todo momento checando o e-mail”, explica Jonatas Abbott, diretor da empresa Dinamize, especializada em serviços de marketing digital. Com ferramentas de e-mail marketing, como o Easy Mailing, é possível enviar
Kelly Gomes: com até R$ 1 mil é possível alcançar resultados de médio e longo prazos
Marketing mobile O celular também pode ser uma importante ferramenta de marketing. Com o sistema Mobi Maker, desenvolvido pela Praesto, as companhias podem divulgar o catálogo de produtos através de um site móvel disponível para celulares. O software permite que as
companhias criem seu próprio site mobile. “A empresa só precisa mandar uma mensagem para o usuário e avisar a novidade”, explica Eric Santos, diretor da Praesto. Por meio de uma mensagem SMS ou por Bluetooth, o cliente é convidado a instalar o programa para receber as informações. Se aceitar, entra no link da página e recebe o catálogo de produtos, as novidades e as promoções. O Mobi Maker permite ainda que as empresas desenvolvam um folder mobile com informações dos produtos. O aplicativo é muito utilizado em feiras e permite à empresa reduzir custos com a impressão de folders. A Praesto contabiliza que só na última feira em que um cliente expôs seus produtos, 10% de todos os visitantes receberam o folder mobile em seus celulares. “O mobile marketing trabalha também com um aspecto viral, já que a pessoa que recebe quer mostrar para os outros e isso pode se tornar uma mídia espontânea”, explica Santos. O produto custa R$ 1 mil e tem mensalidade de R$ 100. Se as mensagens forem enviadas por SMS, cada uma custa R$ 0,30. De olho nos internautas, as empresas podem usar as redes sociais da internet para interagir com os clientes. É possível utilizar ferramentas gratuitas como blogs, Orkut, YouTube ou mesmo o Twitter para divulgar produtos. Mas os especialistas alertam: antes de entrar em uma rede é preciso conhecê-la. A consultora Flávia Paluello, autora do Guia do Twitter para Empresas, explica que os responsáveis pela comunicação, marketing e
DICAS DE MARKETING DE BAIXO CUSTO Faça um blog corporativo: você não vai pagar nada pela hospedagem Utilize o e-mail marketing: o retorno é imediato Faça troca de link com outras empresas Invista no link patrocinado: ele pode melhorarr a posição da empresa sa no ranking de buscas Escreva artigos e mande ande para os jornais Estabeleça parcerias
eempreendedor em mpr preeeend nded edor or | junho junho 2009
1 mil mensagens simultâneas para clientes ao custo de R$ 29. Para que a ferramenta não se torne um spam, Abbott orienta as empresas a utilizar listas de clientes já cadastrados e que autorizaram o recebimento das mensagens. “O retorno do e-mail marketing é já nas primeiras 24 horas”, afirma. A média de leitores é de 11%, e 3% deles entram no site da empresa. O índice é alto se comparado ao de leitura de mala direta impressa, que é de 1,5%. Todo mês a empresa Compujob, especializada na venda de equipamentos de informática, manda 1 milhão de e-mails para os clientes através do Easy Mailing. “O maior retorno de conversão em venda é o e-mail marketing e em segundo o link patrocinado”, explica Adriane Lengler, diretora comercial da Compujob. Os e-mails enviados pela empresa trazem um link em que o cliente pode acessar o chat da Compujob e ser atendido ao vivo. Com a ferramenta Easy Chat da Dinamize, um mesmo funcionário pode atender três clientes ao mesmo tempo. O custo do serviço é de R$ 35 por posição de atendimento. “O Easy Chat tem baixo custo e alto impacto”, afirma Abbott.
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G E S TÃ O
Eric Santos, da Praesto: Mobi Maker divulga catálogo de produtos pelo celular gestão da empresa devem conhecer as mais relevantes redes sociais. “Todas elas funcionam sob um mesmo princípio: o da indicação, partilha e soma de conteúdos”, comenta. As redes devem ser constantemente atualizadas e precisam despertar o interesse dos clientes através de links, assuntos e discussões. “É importante monitorar em
Fábio Cipriani: conteúdo de blogs deve provocar a participação dos leitores
tempo real o que acontece e ter respostas rápidas”, explica a consultora. Flávia coloca que o Twitter pode melhorar a notoriedade da marca, a comunicação com o cliente e a gestão da empresa. Isso porque a ferramenta funciona como um microblogging que interliga diferentes usuários, o que possibilita que pessoas com afinidades em comum possam se comunicar. “É possível medir o retorno do investimento no Twitter utilizando o Google Analytics ou o Twitter Search, que mede a quantidade de posts que foi gerada”, afirma. A WebMotors tem perfil no Twitter e utiliza a ferramenta para divulgar novidades sobre o setor automotivo. “São matérias escritas pela redação do site, por colunistas e colaboradores especializados, além de agências de notícias nacionais e internacionais”, comenta Marcos Camargo Júnior, gerente de marketing da empresa.
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Blogs corporativos
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Cláudia Woods: internet permite fazer o ajuste de marketing baseado em resultados
Pelos cálculos do consultor Fábio Cipriani, autor do livro Blog corporativo, 205 pequenas e médias empresas e 72 grandes corporações brasileiras têm blogs corporativos e esse é um número que só tende a aumentar. Isso porque o blog supre uma necessidade das empresas de atender clientes cada vez mais exigentes que querem participar da
criação, dar sugestões de uso e interagir com outros clientes da empresa. O assunto escolhido para os posts deve ser livre. “Falar diretamente dos seus produtos ou de promoções não é estabelecer diálogo com o mercado e pode ser muito chato”, explica Cipriani. O conteúdo deve trazer informações que provoquem a participação dos leitores. A dica é para falar do universo que circunda o produto e abordar temas da indústria ou do mercado em geral. Mas é bom a empresa estar preparada, é comum os usuários postarem reclamações. “A melhor forma de lidar com isso é respondendo publicamente”, comenta. Cipriani é a favor da moderação de comentários para evitar problemas de spam e comentários desrespeitosos e apelativos.
LINHA DIRETA Compujob: www.compujob.com.br Dinamize: www.dinamize.com.br Fábio Cipriani: www.blogcorporativo.net Flávia Paluello: noticiare.wordpress.com Kelly Gomes: www.kg8.com.br Praesto: www.praesto.com.br Predicta: www.predicta.com.br WebMotors: www.webmotors.com.br
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Aluguel de
soluções Em vez de adquirir bens e equipamentos, imobilizando ativos, é possível locar os mesmos itens, sem se preocupar com a manutenção, e até deduzir parte do valor no IR por Beatrice Gonçalves
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Quando a empresa precisa expandir e não tem infraestrutura adequada nem caixa suficiente para comprar novos equipamentos, uma das soluções pode ser o aluguel. O mix de produtos para locar é grande. São carros, móveis, computadores, equipamentos de limpeza ou mesmo cães para fazer a segurança da propriedade. Com o aluguel, as empresas podem ter equipamentos novos e modernos a custos mais baixos e ao mesmo tempo não precisam se preocupar com a manutenção deles. O que deixa o empresário livre das preocupações com a depreciação do patrimônio e permite que ele tenha mais tempo para se dedicar à sua atividade fim. A locação também pode representar economia. No caso das empresas de lucro real, é possível deduzir o aluguel no Imposto de Renda e ter o reembolso de cerca de 30% do dinheiro investido. A locação de equipamentos é uma tendência que cresce no País. O site Aluga, especializado no anúncio de aluguéis, tem cadastradas 50 mil empresas que oferecem o serviço. “Cada vez mais se percebe uma diversificação de equipamentos para a locação, cada empresa acaba se especializando em um segmento”, explica Jhayr Muniz, diretor do site. A página recebe em média 12 mil acessos por dia: são pessoas que buscam imóveis, equipamentos de infor-
mática ou mesmo galpões para locação. Uma das páginas mais acessadas na categoria de aluguéis para escritório é a da Telelok. A empresa trabalha há 22 anos com o aluguel de cadeiras, mesas e armários para o setor corporativo. Tem 3 mil clientes ativos e aluga em média 5 mil cadeiras por mês. “Hoje nossos principais clientes são empresas que têm um mercado muito volátil como call center, agências de publicidade e consultorias de TI.” A gerente comenta que a crise pode ser uma grande oportunidade de crescimento para a Telelok, já que muitos empresários estão receosos em fazer investimentos a longo prazo e tendem a recorrer ao aluguel. Uma mudança de comportamento que a Sector, empresa especializada no aluguel de equipamentos de informática, já consegue perceber. A companhia registra aumento de 30% no número de pedidos. “O interessante é que eventualmente empresas que optaram por alugar acabam achando isso mais prático e não se desfazem desses contratos, o que faz aumentar a carteira de clientes”, afirma Alberto Scolnik, presidente da Sector Informática. Para mostrar as vantagens do aluguel ao invés da compra, a Sector fez um comparativo. Um Pentium comprado por R$ 2 mil gera um custo de depreciação anual de R$ 666; já a locação tem custo anual de R$ 2,7 mil, mas ao descontar os 29% do imposto de renda sai por R$ 1.917. Outra vantagem é que quando a empresa aluga, ela deixa de gastar com consulto-
Alberto Scolnik, da Sector: “De um dia para outro o empresário coloca de 200 a 300 equipamentos em funcionamento sem precisar imobilizar”
ria e suporte de hardware e software e ganha agilidade para atender os clientes. “É só pedir e de um dia para outro o empresário coloca de 200 a 300 equipamentos em funcionamento sem precisar imobilizar”, diz Scolnik. Uma novidade no setor de aluguel de equipamentos de informática é o sistema outsourcing de impressão em que a empresa aluga a máquina fotocopiadora, mas só paga pelo número de páginas impressas. O que pode representar uma economia de até 30%. “Quando eu faço gestão do processo o nível de desperdício é quase zero”, explica Scolnik. A Compulsut, consultoria responsável
Frota terceirizada Um dos segmentos de aluguéis que está em franca expansão é o de locação de carros. Em 2008, 16 milhões de pessoas utilizaram o serviço – o setor faturou RS 3,99 bilhões,
13% a mais do que no ano anterior. Do total de veículos locados, 55% foram utilizados por empresas. Para a Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis (Abla), há uma forte tendência das companhias terceirizarem a frota. “As empresas estão deixando de investir nas aquisições de carros e vejo nisso uma grande oportunidade de negócio”, explica Erozalto Nascimento, conselheiro nacional da Abla. O anuário do setor mostra que as companhias que mais locaram foram as de serviços (40%), seguidas pela indústria (31%) e pelo comércio (9%). Com a terceirização, as empresas deixam de gastar com a manutenção
dos veículos, o que diminui os custos da companhia. “Se comparar a manutenção da frota própria com a terceirização, o empresário que preferiu locar durante um período de dois anos tem um desembolso 25% menor do que aquele que optou por adquirir os veículos”, afirma Nascimento. A Eletrosul, subsidiária da Eletrobrás e responsável pela transmissão de energia nos três estados do Sul e no Mato Grosso do Sul, decidiu, há dois anos, alugar dez automóveis. À medida que ampliou suas obras, precisou de mais 20 carros. “Optamos em manter a frota própria parcialmen-
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pela organização de feiras e eventos, costuma alugar computadores e impressoras para utilizar durante eventos. Ao ano, gasta em média R$ 50 mil com o aluguel. “Como a organização de feiras é um negócio que muda constantemente, compensa alugar”, afirma Luiz Fernando dos Santos, diretor da Compulsut.
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Protecães: levantamento da necessidade do cliente e análise do cão mais indicado para o serviço
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te e terceirizamos 30%”, explica o gerente de infraestrutura Sadi Schoeler. A empresa adota como padrão a locação de carros com menos de dois anos de uso, dos modelos station wagon, motor 1.6, com duplo air bag e freios ABS. Nos casos das caminhonetes, a exigência é de motores 4x4 com cabine dupla. Os automóveis locados são incorporados como se fossem carros próprios da empresa e cada um recebe o logo da Eletrosul. As locadoras são escolhidas através de licitação e o valor médio da diária dos carros fica em torno de R$ 60. Para o gerente de infraestrutura, o valor pago pela terceirização acaba sendo menor que o valor que seria investido com a manutenção da frota, isso porque os veículos rodam em média 60 mil quilômetros por ano e têm um desgaste muito grande. Entre as vantagens citadas por Schoeler está também a troca do veículo caso o automóvel tenha problemas mecânicos. “A empresa não pode ficar com o carro parado. Se o veículo vai para a manutenção, você pede para a empresa repor”, afirma Schoeler.
Cães de aluguel Se a necessidade do empresário é garantir a segurança da propriedade, uma das opções pode ser a locação de cães. A Protecães,
empresa de segurança patrimonial, treina 2,5 mil cachorros das raças dobermann, pastoralemão, rotweiller e fila para trabalhar como guarda pessoal ou territorial. O atendimento é feito em 19 estados e abrange 400 cidades. “Nós fazemos o levantamento da necessidade do cliente e analisamos qual é o cão mais indicado para aquele serviço”, explica o proprietário da empresa, Flávio Porto. Cada animal recebe um chip que funciona como um código de barras para que a Protecães consiga ter todas as informações sobre as características do cão. Todos os animais são adestrados durante quatro meses e treinados para trabalhar em áreas monitoradas. Os cães que têm contato direto com o público recebem treinamento diferenciado. “Nós atendemos shoppings que utilizam os cães na segurança e esses animais têm que estar preparados para lidar com o público”, comenta Porto. Uma das principais vantagens da locação dos cães é o custo. O serviço de alarmes, monitoramento, cães para a segurança durante 24 horas sai em torno de R$ 2,5 mil. Enquanto que o mesmo serviço oferecido, sem os cães e com um posto de vigilância armada dentro da empresa, custa em média R$ 9 mil. O complexo hospitalar da Santa Casa de Porto Alegre utiliza o sistema há cinco anos. Seis cães ajudam a vigiar o canteiro de obras
do centro histórico e cultural e o cemitério. A empresa utiliza os animais em áreas monitoradas pelo sistema de alarme. “Uma das vantagens de utilizar o cão é que ele não respeita arma, ele não pode ser rendido”, explica Carlos Luciano Andrade Pereira, supervisor de segurança patrimonial do complexo. Os animais só trabalham durante a noite e no período da manhã os técnicos da Protecães levam os cães para os canis da empresa. Toda a parte de suporte e alimentação dos animais é feita pela empresa e nenhum funcionário do complexo tem contato direto com os cachorros. A Santa Casa gasta em média por mês R$ 650 para locar os cães, um investimento que segundo Pereira vale a pena. “Durante o tempo que eles estão aqui, nós não tivemos nenhum registro de furto ou invasão.”
LINHA DIRETA Abla: www.abla.com.br Aluga: www.aluga.com.br Compulsut: www.compulsut.com.br Eletrosul: www.eletrosul.gov.br Protecães: www.protecaes.com.br Santa Casa: www.santacasa.org.br Sector: www.sector.com.br
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PERFIL
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Marco Aurélio Hess de Souza
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Idade: 39 anos Local de nascimento: Blumenau (SC) Formação: Técnico em Confecção pelo Senai Empresa: Lojas Beagle Ano de fundação: 2004 Cidade-sede: Blumenau (SC) Número de funcionários: 200 www.lojasbeagle.com.br
Espírito
aventureiro O empresário Marco Aurélio Hess de Souza, proprietário das Lojas Beagle, poderia se contentar com a promissora carreira que tinha dentro da empresa de sua família, a Dudalina S/A, uma das maiores camisarias da América Latina. No entanto, sua vontade de empreender por conta própria, somada à vontade de se aventurar em novos mercados, o levaram a encarar o desafio de erguer uma marca. Cinco anos depois da criação da Beagle, a rede conta com 25 lojas próprias, cinco licenciadas e mais de 600 pontos-de-venda em lojas multimarcas de todo o Brasil. Marco Aurélio de Souza é o filho mais novo dos 16 criados pelo casal Adelina e Duda, fundadores da Dudalina. Em função da pouca idade, Kiko – apelido que ganhou de uma irmã mais velha quando pequeno e como hoje prefere ser chamado – acompanhou pouco a época em que a família Hess de Souza era convocada a ajudar nas lojas dos pais. Mas se a vivência no varejo não foi grande, não faltavam na família exemplos de dedicação profissional. Marco Aurélio e os irmãos cresceram acompanhando o esforço da mãe, que virava noites confeccionando roupas e não fechava a loja enquanto o número de peças vendidas não atingisse a meta estipulada. Quando começou a trabalhar na Dudalina, aos 18 anos, a empresa já estava estruturada. Na fábrica, a família colocou-o no setor de estoque, onde ficavam os tecidos que seriam usados na produção das camisas. Foi lá e nos estágios que fez em diversas fábricas de teci-
dos, como Renaux e Companhia Cataguases, que ele adquiriu experiência na área de matéria-prima. Ao perceber que o irmão já estava apto a assumir um cargo de responsabilidade, a irmã Sônia (hoje presidente da Dudalina) lhe encarregou a gerência de compras. Na função, Marco de Souza teria que encontrar produtos de qualidade e bom preço, que seriam usados nas duas coleções de inverno e duas de verão que a fábrica lançava. Para melhorar suas compras, passou a fazer viagens regulares à Europa. E também foi lá que descobriu que poderia comprar tecidos de algodão vindos do Paquistão e Índia por um terço do preço praticado no Brasil. “Foi eu que desbravei a área de importação de matéria-prima na Dudalina”, orgulha-se ele, que chegava a passar metade do ano no exterior. Com um curso de técnico em Confecção, Souza também aproveitava para pesquisar tendências de moda e trazer para a empresa novas ideias de modelos. Ao perceber o interesse de Kiko pela área, a família também encarregou-o de LINHA DO TEMPO
por Diogo Honorato honorato@empreendedor.com.br
1970 1988 1991 2000 2004
Kiko Hess Beagle
Nasce em Blumenau (SC) Começa a trabalhar na Dudalina Torna-se coordenador de Compras Assume a Base Cria a marca Beagle
coordenar os estilistas da empresa no desenvolvimento de novos produtos. Acumular duas funções em uma grande empresa já poderia ser o bastante para ocupar a rotina de muitos profissionais. Mas Marco Aurélio achou que poderia ir além. Na época, a Dudalina tinha um projeto de varejo para a Base, uma das três marcas fabricadas pela empresa. O plano, contudo, não obteve o sucesso esperado. “A marca estava jogada, inutilizada, e eu então resolvi ressuscitá-la”, conta. A iniciativa partiu quando a família planejava vender a loja piloto da Base, em Blumenau (SC). Marco então se ofereceu como comprador, com pagamentos em parcelas. Sugestão que foi aceita pelo conselho administrativo da empresa. Sob o seu comando, uma rede se formou: de uma única loja para dez unidades. Só que aí já estava difícil se concentrar nas lojas e na Dudalina ao mesmo tempo. “Eu chegava a trabalhar 18 horas por dia. Não estava mais tendo qualidade de vida”, relembra. Era preciso escolher: as lojas ou a fábrica. Entre um e outro, Kiko não optou por nenhum dos dois. Resolveu encarar um desafio ainda maior: deixar a Base para a Dudalina e criar uma marca própria. Para se jogar de vez no mercado varejista, em 2004, Marco de Souza contratou uma agência de marketing para auxiliá-lo na criação da nova marca. No briefing, a proposta de vender roupas masculinas, com uma moda casual e aparência mais despojada, estilo chamado de “casual adventure”. “É uma marca voltada para aquela pessoa que ‘rala’ no trabalho e é urbano durante a semana, e no final de semana gosta de aventura e do contato com a natureza”, explica Marco de Souza. A partir do
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Conceito das coleções da Beagle reflete estilo de vida do proprietário, que não se nega a desafios nos negócios e no lazer
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DIOGO HONORATO
PERFIL
Segundo Kiko, a Beagle é voltada para “quem ‘rala’ no trabalho, é urbano durante a semana e no fim de semana gosta de aventura e contato com a natureza” conceito, foram apresentadas cinco opções de nomes para a nova marca. Para decidir, ele deixou as propostas expostas em sua sala durante uma semana, mas não disse a ninguém seu objetivo. Quem entrava no escritório respondia qual nome gostava mais: “99,9% escolhiam Beagle, justamente o nome com que mais me identifiquei. Tinha que ser esse”, conta. De fato, era o nome perfeito: trazia em si a ideia de “melhor amigo do homem”, de temperamento espirituoso e inquieto. “E, por incrível que pareça, era uma marca que dava registro (não havia sido registrada)”, brinca Kiko. Apesar de se identificar com o nome, o empresário não tinha cachorro e comprou um beagle para a filha, a fim de conhecer melhor a raça que leva o nome de sua marca. Foi então que descobriu a verdadeira natureza do animal. “O beagle é um cachorro muito arteiro, destruiu meu apartamento.” Depois da experiência, Kiko preferiu se desfazer do mascote e deixá-lo só nas etiquetas.
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Estilo de vida
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Entender o que seu público pensa ou quer é uma tarefa fácil para o lojista. Afinal, o conceito casual adventure também tem relação com seu próprio estilo de vida. “Também gosto de aventura, de me sentir livre e de ter contato com a natureza”, confessa. Prestes a completar 39 anos, Kiko se prepara para mais uma longa viagem de moto, o seu hobby nos últimos anos. Depois de viagens pelos Estados Unidos, Austrália, Patagônia e África do
Sul, ele, dois irmãos e 12 amigos pretendem passar 20 dias rodando pela Rússia. Ser jovem, para ele, é uma questão de espírito, não de idade. Do mesmo modo pensam muitos de seus clientes. “Nossa roupa também é para aquela pessoa que tem seus 40, 50 anos e quer continuar jovem, que não quer virar vovô, mas não quer algo fashion, cheio de detalhes e lantejoulas”, explica. Essa relação entre a mensagem que a marca passa e o que se pratica também é uma preocupação que Marco de Souza decidiu levar para dentro da empresa. No ano passado a empresa lançou uma campanha de incentivo a “atitudes positivas”, proposta que também foi apresentada aos colaboradores durante uma convenção da empresa. Na abertura, Marco de Souza incentivou todos a mudarem seus hábitos e disseminar entre seus conhecidos uma nova postura em relação às pessoas e ao meio ambiente. “Dentro de nossa filosofia, nós achamos que temos que buscar um mundo melhor, fazendo nossa parte. Por exemplo, sendo mais gentis, que é uma coisa que foi perdida.” O empreendedor colocou sua postura à prova quando assumiu a frente da Associação dos Lojistas da Shopping Neumarkt, em Blumenau, em 2002. Sua principal proposta durante a gestão era conseguir um acordo com o sindicato dos funcionários para abrir as lojas no domingo. “No Brasil inteiro os shoppings abrem as lojas aos domingos. Mas aqui em Blumenau o sindicato não permitia. Eu queria que eles entendessem que a modernidade exigia que abríssemos durante todo final de
semana. Afinal, os lojistas pagam a mesma mensalidade, independente do número de dias que abrimos”, defende. Marco de Souza propôs a criação de uma creche para atender os filhos dos funcionários, que não teriam onde ficar. Depois de uma disputa trabalhista que chegou à Justiça, as lojas passaram a abrir aos domingos, situação que continua. Já os planos de montar uma creche não se concretizaram. Segundo ele, a associação não conseguiu um espaço no shopping para montar a estrutura necessária. Com sua experiência em desenvolvimento, Marco de Souza preferiu se concentrar na conceituação de produtos e terceirizar a produção dos itens comercializados nas lojas. Por ano, são lançadas até três coleções, cada uma com um média de 500 itens, entre roupas, calçados e acessórios, todos com a marca Beagle. “Nós não produzimos nem uma camiseta”, diz. Em relação ao antigo emprego, ele não acredita que a marca Beagle seja concorrente direta da Base, que também produz camisetas masculinas. “Ela (a Base) tem um estilo urbano, enquanto nós somos adventure”, destaca Kiko, que ainda faz parte do conselho de administração da Dudalina e garante possuir um bom relacionamento com todos os irmãos.
LINHA DIRETA Kiko Hess: (47) 3036-7100
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P E Q U E N A S N O TÁV E I S
Inovar para crescer Mudanças simples podem tornar empresas inovadoras e mais competitivas
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Agência Sebrae de Notícias
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Inovação ainda é um bicho-de-sete-cabeças para muitos empresários. Para alguns, ela só existe em produtos caros e cheios de tecnologias. Para outros, é algo que dá trabalho, é arriscado ou que só serve para as grandes empresas. Com a proposta de desmistificar o conceito, o Sebrae lança uma campanha para investir na cultura da inovação e prova que pequenas iniciativas inovadoras podem ser uma boa saída para alavancar os negócios dos empresários brasileiros. Toda vez que um empresário adota mudanças simples, capazes de gerar aumento de produtividade nos negócios ou ganhos para o empreendimento, ele está inovando. Os ganhos podem vir com redução de custos, conquista de novos clientes ou
ampliação do número de produtos e serviços oferecidos. “Não é preciso ser só algo high-tech ou que custe caro. Inovar é algo que está ao alcance dos empresários”, diz o gerente de Inovação do Sebrae, Edson Fermann. A inovação é, então, o resultado de ideias simples, baratas e eficientes. “A inovação está em nossa vida e às vezes nem percebemos. Está no esporte, na moda, no corte de cabelo, na roupa que vestimos e na música, a exemplo do que foi a criação da bossa nova, com uma cadência própria. A inovação está em todas as atividades humanas. Para as empresas isso não é diferente. Inovar é sinônimo de sobrevivência no mercado”, diz José Miguel Chaddad, consultor do Sebrae em inovação. Como o mercado evolui e os clientes estão cada vez mais exigentes, uma empresa também não pode parar no tempo. “É preciso estar em sintonia com o mercado e até mesmo se antecipar a ele”, destaca Chaddad. “Os negócios que se acomodam estão fadados a desaparecer”, completa. Quem inova se torna mais competitivo no
mercado. “São as inovações que interrompem e renovam o ciclo de vida dos produtos e mantêm os lucros das empresas em alta. A inovação é um diferencial, especialmente para as micro e pequenas empresas”, destaca a gerente adjunta de Inovação do Sebrae, Magaly Albuquerque.
Diferentes formas de inovar A criação de produtos e serviços é o tipo mais comum de inovação. Aqui, o empresário, além de lançar novos produtos, pode também investir no melhoramento do que já existe no mercado. Por exemplo, numa fábrica de cosméticos, é possível inovar criando novas fragrâncias para o sabonete já existente ou lançando versões para peles oleosas, secas e sensíveis. A inovação também pode ser feita com alterações em etapas de fabricação de um produto, ou seja, modificando os processos produtivos. Nesse caso, é possível mudar a matéria-prima por uma opção mais barata e que não altere a qualidade. Há também a possibilidade de se reduzir desperdício ou ainda procurar meios de acelerar a produção. Mui-
MÁRCIA GOUTHIER/ASN
Olhar atento para o cliente “O empresário precisa ter conhecimento do seu negócio e as necessidades de sua clientela. Dessa forma, terá a percepção do que e como inovar”, destaca Fermann. É importante estar atento às demandas de clientes não satisfeitas. “Esse é um convite à inovação”, completa. “É preciso apurar os sentidos para enxergar o que o cliente deseja, estimular a criatividade e ousar”, diz Magaly Albuquerque. Além disso, o empresário deve inovar sempre. Não deve esperar o número de vendas de um produto cair para modificá-lo ou substituí-lo. “O pior dos custos é o empresário não fazer nada e por isso não sobreviver ao mercado”, afirma Chaddad.
Campanha Para divulgação da campanha, o Sebrae está realizando vários workshops para empresários em todo o País, além de disseminar o assunto em emissoras de rádio, dezenas de canais de TV, mídia impressa, lançamento de site e blog. A partir deste mês, a campanha “Faça Diferente!” passa a ocupar espaço na mídia, levando a cultura da inovação aos micro e pequenos empresários. Pelo rádio, ouvintes de todo o Brasil poderão acompanhar o programa, em que fun-
cionários do Sistema Sebrae e especialistas responderão em estúdio a dúvidas de empresários e empreendedores sobre o tema. Serão 120 programas, de três minutos, transmitidos para 500 emissoras de todo o País. Nos próximos meses, o call center funcionará em sintonia com a campanha para tirar dúvidas sobre inovação, cursos presenciais e virtuais realizados pela Universidade Corporativa.
Para saber mais O blog “Faça Diferente!” está on-line, desde o mês passado, para informar clientes e parceiros do Sebrae sobre assuntos referentes à inovação. Por meio dele será possível ouvir podcasts, ver videocasts, participar de chats e ler artigos sobre o assunto. E para quem quer saber mais sobre como inovar, os workshops itinerantes sobre inovação já começaram. Ao todo serão 150 palestras, em diferentes cidades brasileiras. Os cursos são gratuitos e podem participar empresários e profissionais ligados às micro e pequenas empresas de diversos setores da economia (indústria e agroindústria, comércio e serviços). Conheça o blog do Sebrae que aborda todas as ideias sobre o tema pelo endereço www. facadiferente.sebrae.com.br. E para mais informações acesse www.sebrae.com.br/inovacao
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tas vezes, quando são utilizadas normas para a fabricação de um determinado produto, como telhas ou tijolos, é preciso fazer uma adequação no processo. Isso vai reduzir custos e melhorar a qualidade do produto. Quando o empresário se esforça para criar estratégias para garantir a conquista de novos clientes ou o sucesso na venda de um produto, ele está inovando em marketing. São exemplos: criação de cartões fidelidade, oferta de formas de pagamento diferenciadas; brindes aos clientes; mudança de embalagens; design melhorado do produto. “Inovar em marketing é também fazer parcerias para promover um produto. Uma locadora faz isso quando diz ao cliente que se ele alugar três DVDs no final de semana terá desconto de 50% na pizza da empresa X”, explica Fermann. Inovar é também implementar um novo método organizacional nas práticas de negócios da empresa, na organização do seu local de trabalho ou em suas relações externas. Oferecer ginástica laboral para diminuir a incidência de doenças do trabalho e treinamentos para a melhoria de desempenho profissional são formas de a empresa inovar em termos organizacionais. A implantação da gestão da qualidade também configura-se uma inovação desse tipo, assim como mudanças nas operações de abastecimento e entrega de produto e/ou de matériaprima que resulte em ganhos para a empresa.
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A VOZ DA EXPERIÊNCIA
Vida
fértil
Aos 94 anos, o fundador da Manah (atual Bunge Fertilizantes) está em plena atividade, agora à frente da fundação Agrisus por Cléia Schmitz
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cleia@empreendedor.com.br
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O empresário Fernando Penteado Cardoso nunca teve dúvidas do que queria ser na vida. Neto de fazendeiros paulistas, se apaixonou desde criança pelo ofício de agrônomo. Só não sabia que a profissão o levaria a fundar, em 1947, a marca de fertilizantes mais lembrada do Brasil, a Manah, famosa pelo slogan “Com Manah, adubando dá”. No ano 2000, o controle acionário da empresa foi vendido para o Grupo Bunge. Se alguém pensou que, finalmente, aos 85 anos, Cardoso se aposentaria, errou. Um ano depois ele já estava à frente da Fundação Agricultura Sustentável (Agrisus), criada por ele mesmo com o propósito de continuar a fazer o que fez praticamente a vida inteira: transformar solos pobres em terras agricultáveis. “Legalmente já estou aposentado, mas mentalmente estou em plena atividade. Enquanto eu tiver gás, vou continuar trabalhando”, afirma Cardoso, prestes a completar 95 anos. A Agrisus apoia e financia estudos e pesquisas que têm como meta melhorar e conservar a fertilidade do solo. Para o empresário, é uma maneira de retribuir o que ele recebeu dos agricultores durante as quatro décadas em que comandou
a Manah. “A Agrisus é a continuidade de um trabalho que já fazíamos na Manah. É uma vontade que eu sempre tive de devolver um pouquinho do que recebi, desse mundo de realizações que a agricultura me proporcionou”, afirma Cardoso. O curioso é que a criação da Manah se deu um tanto por acaso. Em 1941, o jovem Cardoso tinha acabado de renunciar a um emprego público com o propósito de voltar à fazenda da família para ajudar o pai na administração dos negócios. O mundo estava em guerra, e o agrônomo admite: “Tive medo de ser recrutado para a guerra”. O Brasil sofria os efeitos diretos do conflito. Faltavam produtos como gasolina, enquanto cereais apodreciam nos armazéns com a interrupção do comércio internacional. “Queríamos comprar fertilizantes e não tinha. Então passamos a comprar cinzas muito ricas porque naquela época queimava-se cereal. Eu passei a me dedicar ao trabalho de misturar essas cinzas para fazer adubo. No início era só para usar na fazenda, mas aos poucos começamos a vender para os vizinhos”, conta Cardoso. Na época, o empresário não tinha ideia de que estava plantando a semente do que viria a ser a Manah. Mesmo com o fim da guerra, ele continuou produzindo fertilizantes nas horas vagas. Mas, em 1950, o negócio já tinha tomado uma dimensão tão grande que o empresário se
mudou para São Paulo, onde fincou a sede da empresa, em sociedade com um amigo do colégio, Eduardo Lacerda de Camargo. “Eu o conheci no Ginásio São Luiz e, casualmente, cursamos juntos agronomia na Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, em Piracicaba/SP). Mesmo depois de formados, continuamos a nos corresponder e quando decidi me dedicar só à Manah me dei conta de que precisaria de alguém com pendor para a área de vendas. Como ele vendia máquinas agrícolas, achei que seria o sócio ideal.” E foi. A sociedade se manteve firme até
Fernando Penteado Cardoso
a aposentadoria do colega Camargo, que se manteve acionista da empresa até a venda para a Bunge. Uma venda sem traumas. Na avaliação de Cardoso, uma consequência da evolução do segmento de fertilizantes no Brasil. No final dos anos 1990, os grandes fabricantes de adubos passaram a comprar e exportar a produção de seus maiores clientes, amarrando todos os negócios. Ao buscar associação com um trade da área de produção agrícola, a Manah acabou recebendo uma proposta de compra. “Em vez de um sócio, encontramos um comprador”, resume Cardoso. Quando o controle acionário da Manah foi vendido,
a empresa era a segunda maior indústria de fertilizantes do País em volume de produção. O número de colaboradores superava 2 mil, distribuídos por 13 fábricas localizadas em diferentes estados do País. Cardoso garante que não houve nenhum sentimento de perda, até mesmo porque, indiretamente, a administração da empresa continuou com sua família. O atual presidente da Bunge Fertilizantes é seu genro. “Aceitamos a venda como sendo uma adaptação à nova conjuntura”, afirma o empresário, que nunca teve medo de ousar. Foi assim quando largou o emprego público, em plena Segunda Guer-
ra Mundial. Depois de três anos no cargo, foi enviado para uma especialização nos Estados Unidos. De volta ao Brasil, ficou frustrado com a falta de interesse pelo relatório que produziu a partir de seus estudos. “Eles não tomaram conhecimento da minha especialização, foi um desperdício terem me mandado para o exterior. Percebi que não teria muito nexo fazer carreira num emprego público.” Quem conhece a história do estudante Fernando Cardoso entende melhor a decisão. Apaixonado pelos estudos, ele achava inconcebível trabalhar num lugar onde o conhecimento não era levado em conta. Na Esalq,
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Data de nascimento: 19 de setembro de 1914 Cidade: São Paulo (SP) Formação: Agronomia pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) Empresas: Manah (fundada em 1947 e vendida para o Grupo Bunge no ano 2000), Fundação Agricultura Sustentável (Agrisus), criada em 2001
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A VOZ DA EXPERIÊNCIA
Penteado e esposa com alguns dos bisnetos
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BÚSSOLA EMPRESARIAL
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O QUE FA ZER
O Q U E N ÃO FAZ ER
Investir em uma atividade com a qual Ignorar as transformações na conjuntura dos negócios se identifica e tem prazer em trabalhar e do mercado de atuação da empresa Estudar e pesquisar sempre para Reclamar da situação, especialmente do País, e deixar oferecer aos clientes o melhor produto passar as oportunidades de negócio que ele oferece Persistir para alcançar os objetivos Parar de aprender e de empreender. Mente ativa é um traçados profissionalmente dos segredos da longevidade
ele recebeu a medalha Epitácio Pessoa como melhor aluno. Obteve média superior a nove, um desempenho raro até hoje na instituição. O empresário conta que todos os colegas tinham uma paixão muito grande pelos livros. “Ninguém estava lá por acaso, todos gostavam muito da agronomia. Foi uma época muito gratificante porque tínhamos grandes professores, homens extremamente dedicados à magistratura. Eles eram nossos amigos, vinham conversando conosco no bonde que levava à escola. Hoje, em plena era do automóvel, isso não existe mais”, lamenta. Cardoso entrou na Esalq em 1933, logo após a Revolução Constitucionalista de 1932, movimento armado que pretendia derrubar o governo de Getúlio Vargas. O curioso é que um dos colegas de turma de Cardoso era Manoel Antônio Vargas, filho de Getúlio. “Estávamos ressentidos com o governo, Manoel poderia ter sido discriminado, mas ele soube nos cativar.” Em 1934, a turma de Cardoso comemorou o ingresso da Esalq na recém-criada Universidade de São Paulo (USP), motivo de orgulho para alunos e professores. Em 1936, concluiu o curso e dois anos depois, cheio de idealismo, abriu com outros amigos de faculdade, entre eles Camargo, o Escritório Técnico Agrícola. O objetivo era resolver os maiores problemas enfrentados pelos agricultores na época. “Foi um arroubo de agrônomo recémformado”, avalia hoje. O negócio durou apenas dois anos de-
vido a “dificuldades administrativas”. Mas a empresa deixou duas importantes conquistas na avaliação do próprio Cardoso: a construção dos primeiros terraços de base larga para controle da erosão e a derrubada do cerrado para pastagem, uma atividade pouco comum na época. “Até então, o que se fazia era cultivar terras férteis. Nós começamos a tornar solos ruins em terra boa para plantar e criar gado. Foi uma glória”, afirma o empresário. Mas foi justamente a dificuldade de expandir as terras agricultáveis para o cerrado que levou o Escritório Agrícola à falência. As máquinas quebravam com muita frequência e os sócios começaram a perder dinheiro. Não houve outro jeito senão desistir do negócio.
Polêmico Em tempos de sustentabilidade ambiental, as declarações de Cardoso sobre a expansão do território agrícola podem soar como pouco preservacionista. Sem meias palavras, o empresário responde: “No dia em que os ecologistas não precisarem comer, eles podem transformar o País inteiro em mato. Enquanto isso, temos que ter terra para a agricultura e a pecuária. Na sombra, essas atividades não existem.” Polêmico, o agrônomo também afirma não ver problemas nos efeitos do aquecimento global. “A terra gosta de calor. Pode ser que algumas regiões sejam afetadas negativamente, mas na Islândia, por exemplo, podemos ter a expansão
das áreas agrícolas”, argumenta. Em fevereiro passado, Cardoso recebeu da Esalq a Medalha Luiz de Queiroz 2009. Desde sua criação, em 1976, a honraria foi concedida a 10 personalidades marcantes para o desenvolvimento da agricultura. No discurso de entrega do prêmio, o professor, pesquisador e também engenheiro agrônomo Ondino Cleante Bataglia contou uma história curiosa. “Quando ninguém mais se interessava pelo superfosfato simples (SS), ele (Cardoso) criou o Fos Sol. Na verdade era o próprio SS pintado de amarelo. Mandou tingir todos os grânulos e vendeu como nunca”, destacou Bataglia. O empresário confirma a história. Preocupado com a concorrência de fertilizantes de multinacionais, decidiu provar que a diferença entre os produtos da Manah e os importados era só uma questão de marketing. A paixão de Cardoso pela terra começou cedo. Aos quatro anos, ele ouvia “as prosas sobre o café”, acompanhando o pai nas cavalgadas pela fazenda da família durante as férias escolares. Aos sete, ganhou seu próprio cavalo, o Macaco, e ficava o dia inteiro atrás do vaqueiro e do administrador. Quando saía para explorar as terras, logo de manhã cedo, já pedia uma marmita com o propósito de não voltar para o almoço. Assim foi aprendendo e tomando o gosto pela agronomia. Até hoje mantém uma plantação de cana-deaçúcar em Mogi Mirim (SP) e uma fazenda onde cria bezerros para boi de corte. As prin-
cipais leituras também continuam relativas à profissão. Curioso, Cardoso acompanha de perto todas as pesquisas com alimentos transgênicos. “É fantástico, ninguém sabe onde vamos chegar.” Casado com Magdalena, com quem teve seis filhos – três mulheres e três homens (“dois agrônomos”, faz questão de frisar) –, Cardoso tem 20 netos e 21 bisnetos. “É uma aventura ter tantos descendentes assim”, diz orgulhoso. Para o empresário, sua vida foi marcada por muita lógica e inexpressivos erros. “É claro que errei, não sou o dono da verdade. Mas é porque havia sempre muita ousadia nas minhas ações. No entanto, tive uma sequência de trabalho persistente, objetivo e até certo ponto inteligente porque eu soube aproveitar as oportunidades que surgiram. Foi mais um caminho a seguir do que grandes batalhas a vencer”, resume. Para os empreendedores de hoje, ele deixa três conselhos: acredite no Brasil (“vai aos tropeços, mas é um grande país”), nunca pare de estudar e, principalmente, seja persistente. “Existem pessoas que fazem coisas interessantes da noite para o dia, mas são poucos privilegiados. O que nós podemos fazer para alcançar nossos objetivos é persistir.”
LINHA DIRETA Fernando Penteado Cardoso: (11) 3064-8776/www.agrisus.org.br
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Penteado recebe da USP a Medalha Luiz de Queiroz 2009
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FRANQUIAS
Comunicação Franchising permite campanhas nacionais a um custo baixo dividido entre unidades, e ações localizadas a partir dos franqueados por Diogo Honorato honorato@empreendedor.com.br
empr em pree eend nded e oorr | junho junnhho 2009 ju 2 09 20 empreendedor
Quando se fala em franquia, os suportes de marketing e comunicação que muitas redes oferecem são vantagens apontadas de modo recorrente. De fora, todo processo parece acontecer naturalmente: os franqueados pagam mensalmente taxas de publicidade, cujos recursos são destinados a um fundo, e o montante pago por todos os franqueados possibilita criar ações de divulgação que possuem custo inacessível se pagas individualmente. Porém, quem entra para o mundo das franquias descobre que fazer parte de uma rede com vários “sócios” exige planejamento e execução diferenciados. O desafio começa com a necessidade de
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manter a identidade da marca e manter uma mensagem uniforme entre a rede e seu público. O objetivo, em todos os casos, é não provocar distorções na “impressão digital” da franquia, o que pode trazer mudanças no perfil de cliente ou mesmo em seus resultados. Por isso, é uma prática comum centralizar as ações de marketing ou exigir que qualquer ação particular das unidades fique sujeita à aprovação do franqueador. A preocupação também se estende ao modo como cada ação deve ser implantada localmente, com indicações de quando e como utilizá-las, o que também ajuda a conferir qualidade e eficácia das estratégias de comunicação e promoção. Em busca da unicidade desejada, algumas franquias optam por estratégias que diminuam os riscos de divergências. A franquia de artigos pessoais e decoração Imaginarium, por exemplo, faz uma minuciosa seleção de seus franqueados, que precisam se encaixar no perfil criativo e irreverente de seu universo. “Escolhemos um perfil de empreendedor diferente do tradicional, alguém que tenha uma cabeça aberta para entender os conceitos da marca”, explica o diretor de marketing Cláudio Roberto Borba Cardoso. Ao padronizar as características dos dirigentes das unidades, Cardoso diz que a franquia também consegue unificar as ações desenvolvidas localmente. “O franqueado já tem uma identificação com a marca e já sabe o que fazer”, afirma. Depois de estruturar suas ações de publicidade regionalmente, com diferentes agências desenvolvendo projetos, a rede de sanduíches Subway resolveu concentrar todo o trabalho em uma só agência. A
em rede
intenção, segundo o gerente de marketing da Subway Brasil, Leandro Florio, foi unificar as mensagens, além de reduzir custos com economia de escala. A estratégia, no entanto, gera um desafio para as franquias que escolhem aglutinar os trabalhos de marketing e propaganda: a necessidade de atender demandas regionais, que se encontram em diferentes estágios de consolidação. Para conseguir atender aos diferentes níveis, a rede divide metade do montante obtido com a taxa de publicidade em dois fundos, um nacional e outro regional. O primeiro é destinado a campanhas de massa, como as recentes propagandas em TV, e ao desenvolvimento e produção de materiais de divulgação para pontos-de-venda. Já o fundo regional financia ações focadas em canais de menor custo, como outdoors, jornais e revistas locais. Nessas campanhas, a agência contratada é instruída a direcionar as mensagens de acordo com as demandas das unidades que serão atendidas. “No Sul, por exemplo, onde temos mais lojas e estamos em um estágio de marca mais desenvolvido, nosso foco é a fidelização. Em São Paulo, onde somos menos conhecidos, nossa divulgação é para gerar experimentação”, explica o gerente de marketing. As diretrizes da aplicação dos fundos são definidas pelos conselhos de administração (um nacional e 10 regionais), cujos membros são eleitos entre os franqueados. Na rede franqueada, além do foco institucional, de caráter nacional e regional, também é preciso socorrer as carências das unidades em relação ao chamado “micromarketing”. Foi com essa situação que se deparou a equipe de marketing da franquia de roupas infantis Tip Top. Depois de cinco lojas no Estado de São Paulo, a franquia abriu sua primeira unidade em Florianópolis, região onde o departamento de marketing
Imaginarium (página ao lado) e Subway (acima) optaram por unificar as ações desenvolvidas localmente. Tip Top (à direita), em expansão para novas cidades, optou por trabalho conjunto com franqueado para desenvolver ações específicas padrão para cada uma das situações-padrão. A Imaginarium, por exemplo, possui um kit de inauguração para novas franquias, que inclui tapumes personalizados (usados quando a loja está sendo montada), convites e sugestões de brindes. O mesmo acontece com a Subway, que analisa as condições descritas pelos franqueados através de um agente local e define qual a campanha mais adequada. A partir da escolha, a agência de publicidade contratada envia ao franqueado opções de peças promocionais.
Situações comuns Nesses casos, o mais comum é que a área de marketing já tenha identificado situações que são comuns entre os franqueados (como baixo tíquete médio, volume de vendas insatisfatório, etc.) e produza modelos de campanhas, de modo que um material possa ser utilizado por mais de um fanqueado. “Essa é a grande vantagem de uma franquia: pode-se aproveitar a experiência dos demais integrantes. A rede aprende com ela mesma”, destaca Denis Santini, que também é sócio da MD Comunicação, agência especializada em franquias. Ao notar que muitos pedidos de franqueados exigem poucos ajustes nos modelos disponíveis, a MD resolveu criar um sistema on-line em que o próprio cliente pode acessar peças pré-aprovadas pelo franqueador e fazer alterações em algumas imagens e trocar textos (com seu endereço e telefone, por exemplo). Segundo Santini, o recurso de autosserviço vai dar mais agilidade ao processo de criação de peças gráficas para franquias. E qual seria o valor adequado para dar su-
porte aos franqueados em suas necessidades de promover suas lojas e tornar a marca cada vez mais conhecida? Os valores das taxas de publicidade/marketing podem variar de 3% a 6,5% sobre o faturamento mensal, o que leva muitos franqueados a encarar as ações de divulgação não como um benefício concedido pela rede, mas como um custo, que pode gerar resultados diferentes para cada franqueado. Por conta disso, é comum que algumas unidades fiquem em dúvida se o valor pago realmente compensa. Para Santini, os franqueados precisam levar em consideração o “pacote completo” de recursos que o fundo financia – que pode incluir serviços de assessoria de imprensa, apoio de marketing e equipe para o desenvolvimento de materiais. Essa estrutura atende a diferentes estágios do ciclo da franquia, e nem sempre seu uso coincide com o que a unidade precisa. “Há momentos que o franqueado usará mais, e momentos que vai usar menos. E isso não quer dizer que ele está sendo prejudicado. É como pagar taxa de condomínio: alguns moradores usam mais a piscina, outros menos”, define Santini. A dica nesse caso é reservar parte da receita para desenvolver medidas complementares às campanhas dos franqueadores.
LINHA DIRETA Imaginarium: (48) 2107-5959 MD Comunicação: (11) 3854-6145 Subway Brasil: (41) 3244-0578 Tip Top: (11) 3613-6891
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da Tip Top não possui experiência. Nesse caso, a franquia optou por fazer um trabalho conjunto com o franqueado para o desenvolvimento de ações específicas. “Consideramos que seria mais interessante que um franqueado, que conhece melhor as particularidades da região, pudesse apresentar um plano de atuação e a franqueadora aprove e ajude a executá-lo”, conta David Bobrow, diretor da divisão Tip Top da TDB Têxtil. Aliás, criar um canal aberto entre franqueado e franqueador tem se tornado uma tendência entre as franquias mais modernas. É o que afirma o publicitário (e franqueado) Denis Santini, coautor do livro Marketing para franquias. “Elas consideram o franqueado um polo de boas ideias e fazem questão de ouvir suas propostas”, diz. Como exemplo, Santini cita uma ação de publicidade desenvolvida por uma franqueada da Vanilla Café, que patrocinou uma peça de teatro, iniciativa que hoje é divulgada como exemplo de campanha que pode ser aplicada de forma complementar por outros membros da rede. Todavia, o publicitário lembra que “ouvir” não significa que as franquias vão aprovar todas as propostas, mesmo que sejam executadas com recursos próprios do franqueado. O crivo dos gestores, também nesses casos, é essencial para controlar a imagem da marca. Além disso, na opinião de Santini, os franqueadores têm assumido o papel de incentivadores e “catalisadores” de boas ideias, reunindo e disseminando iniciativas que podem ser úteis aos demais membros da rede. O desafio de conciliar problemas de cada unidade com o aval dos franqueadores gerou entre as franquias uma prática de criar peças-
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FRANQUIAS
A olhos vistos
Lente para a marca
A franquia Restaura Jeans viu no layout de suas lojas uma maneira de melhorar seus resultados. Na loja-conceito da marca, em São Paulo, o atendimento de balcão foi eliminado, fazendo com que os produtos e serviços fiquem mais aos olhos do cliente. Durante o período de testes, a franquia espera elevar o movimento de vendas em 40%. Segundo informa a franquia, antes da inauguração da nova loja-conceito, já havia pelo menos 30 franqueados também dispostos a reformar suas lojas. A previsão é de que em dois anos todas as 200 lojas passem pela reforma. www.restaurajeans.com
A rede de óticas Ipanema iniciou em maio suas operações no franchising. Com quase 30 anos de mercado e nove lojas, os irmãos Sinval e Sílvio Ferreira, proprietários da rede, apostam neste modelo de negócios como forma de ampliar sua participação no segmento. Além das vantagens tradicionais do sistema de franquia, como treinamento e suporte, a franquia tem como atrativos as suas marcas próprias – como a Face Eyewear e a Línea Ipanema – encontradas apenas nas unidades da rede e que atualmente representam 40% un do faturamento das lojas. www.opticaipanema.com.br
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Menos cheiro, m mais imagem
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Espalhar o cheiro de um alimento aliment pelo ambiente pode até ser uma boa estratégia para despertar a fome do cliente cliente, mas pode gerar problemas quando o espaço fechado não permite odores. Para contornar esse fec problema e aumentar a presença da franquia em shoppings, a Nutty Bavarian projetou um novo formato de quiosque, com recursos destinados à contenção do vapor exalado no pprocesso de glaceamento das nuts. O quiosqque também terá duas frentes de venda, para melhorar a visualização de produtos, e uma pem qquena pia, que não precisa ser ligada a água ou eesgoto. www.nuttybavarian.com.br
Procura-se master A rede de prestação de serviços de limpeza doméstica Molly Maid estará na ABF Expo Franchising à procura de um master franqueado no Brasil. Com aproximadamente 750 franquias e mais de 17 milhões de clientes atendidos em cinco países, a Molly Maid é a principal rede de prestação de serviços de limpeza doméstica nos EUA. Um dos atrativos do negócio é que não há necessidade de investir em um ponto comercial. A franquia apresenta uma oportunidade de profissionalização do serviço de limpeza doméstica, com trabalhadores selecionados, treinados e assegurados.
www.mollymaid.com
Franquia como opção ço de 2009, em meio à crise financeira. O aumento da procura está relacionado com o desejo dos investidores em ter uma outra fonte de renda ou mesmo uma nova opção profissional, segundo explica o gerente de expansão da franquia, José Ventura.
www.qualitylav.com.br
Ritmo acelerado A rede de academias Bio Ritmo fechou o primeiro trimestre do ano com aumento de 13,3% no número de alunos, em comparação com o mesmo período do ano anterior, chegando a 1.534 usuários. Além da inauguração de uma nova unidade, a franquia também lançou o programa Seguro-Desemprego Fitness, que garante seis meses de isenção da mensalidade para os alunos que ficaram sem trabalho. Para 2009, a expectativa é inaugurar mais quatro unidades no País.
www.bioritmo.com.br
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As franquias têm sido um modelo de negócio bastante buscado para quem perdeu o emprego ou planeja garantir seus rendimentos caso isso aconteça. A Quality Lavanderia, por exemplo, registrou aumento de 80% no número de candidatos a abrir uma loja com sua marca, entre dezembro de 2008 e mar-
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FRANQUIAS
Pé no Nordeste A rede de consultórios de podologia Doctor Feet aproveitou a Franchising Nordeste para marcar seu espaço nas regiões Norte e Nordeste. Poucos dias depois do evento, a franquia fechou negócio para
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Cervejas artesanais
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A Sonar é uma das mais recentes franquias a apostar em venda de unidades em espaço especializado. Responsável pelas marcas Eisenbahn e Devassa, a empresa do grupo Schincariol está focada no mercado do Sul e Sudeste e espera abrir 34 unidades em 2009. Por isso, a empresa decidiu fazer parte das opções da Franchise Store, loja de São Paulo que concentra oportunidades de negócio e consultoria de especialistas. Em 2008 foram inauguradas 10 franquias da Eisenbahn e Devassa, ambas com opções de cervejas premium e gastronomia. www.devassa.com.br
abertura de unidades em Recife e João Pessoa. “Nossa meta é abrir 10 lojas nessa região até dezembro do ano que vem. Com a inauguração de novos pontos, esperamos que surjam ainda mais interessados, pois
visualizar o negócio na planta não tem o mesmo impacto de entrar em um pontode-venda real”, explica Jonas Bechelli, diretor-presidente da Doctor Feet.
www.doctorfeet.net
Escola compacta
Aposta no Sul Para este ano já está prevista a inauguração de quatro unidades no Sul, que vão se somar às nove lojas do Paraná e sete em Santa Catarina. Curiosamente, a franquia ainda não possui unidades no Rio Grande do Sul, um dos estados que mais consome erva-mate.
www.reidomate.com.br
www.wizard.com.br
Foco nno Norte A Roa Roasted Potato, rede de fast-food especializada em batatas recheadas, iniciou em Manaus seu plano de expanre são para a Região Norte do País. A meta da franquia é abrir ab 10 unidades na região em médio prazo. Entre as ações destacadas no planejamento de expansão da rede está a abertura do cadastro de franquias para pa empreendedores interessados em investir na marca. mar A primeira unidade da rede no Amazonas será instalada no Manauara Shopping e está disponível insta para fr franquear. www.batatarecheada.com.br
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A rede de casas de chá Rei do Mate direciona sua expansão para a Região Sul do País. O objetivo da franquia, que está em busca de empreendedores locais para fortalecer sua participação no mercado, se explica pelo fato de a empresa entender que ainda existe na região um vasto mercado a ser conquistado.
A Wizard anunciou sua estratégia para ampliar sua participação no mercado nacional: um modelo de franquia com escolas de menor porte, ideais para locais de grande fluxo de pessoas, mas que por isso apresentam elevado custo imobiliário. Denominado Wizard Express, o formato prevê escolas de no máximo 130 metros quadrados de área e com estrutura administrativa simplificada (a estrutura completa ficará em outra unidade maior, que funcionará como uma matriz). A primeira unidade no formato já está funcionando em um shopping de Londrina (PR).
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PA- PROJETO ARQUITETÔNICO, PM- PROJETO MERCADOLÓGICO, MP- MATERIAL PROMOCIONAL, PP- PROPAGANDA E PUBLICIDADE, PO- PROJETO DE OPERAÇÃO, OM- ORIENTAÇÃO SOBRE MÉTODOS DE TRABALHO, TR- TREINAMENTO, PF- PROJETO FINANCEIRO, FI- FINANCIAMENTO, EI- ESCOLHA DE EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES, PN- PROJETO ORGANIZACIONAL DA NOVA UNIDADE, SP- SOLUÇÃO DE PONTO
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Fr a nq u i a em exp an s ão
PA- PROJETO ARQUITETÔNICO, PM- PROJETO MERCADOLÓGICO, MP- MATERIAL PROMOCIONAL, PP- PROPAGANDA E PUBLICIDADE, PO- PROJETO DE OPERAÇÃO, OM- ORIENTAÇÃO SOBRE MÉTODOS DE TRABALHO, TR- TREINAMENTO, PF- PROJETO FINANCEIRO, FI- FINANCIAMENTO, EI- ESCOLHA DE EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES, PN- PROJETO ORGANIZACIONAL DA NOVA UNIDADE, SP- SOLUÇÃO DE PONTO
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P R O D U T O S E S E RV I Ç O S
Etiquetas inteligentes A tecnologia da radiofrequência (RFID) chega às etiquetas de roupas. Com o sistema, é possível identificar as peças mesmo dentro de caixas, sem a necessidade de contato visual, o que
agiliza o processo de logística. Outra vantagem é a reutilização dos chips. A tecnologia foi desenvolvida pela Haco líder mundial em etiquetas tecidas.
www.haco.com.br
Pendrive ve A Kingston, maior fabricante mundial independente de produtos medutos de me mória, apresenta o DataTraveler Vault ler Va – Privacy Edition (DTVP), pendrive compatível com os computadores Mac fabricados pela Apple. O pendrive é feito de alumínio, tem dispositivo de segurança e capacidade de até 32 GB. É compatível com os sistemas Mac OSX 10.4x-10.5x, Windows Vista, Windows XP e Windows 2000.
www.kingston.com
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Servidores para o varejo
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A Positivo Informática lanç lança uma linha de equipaservidores equipados com mentos para o varejo. São se o novo Windows Server 2008 Foundation e que têm compartilhamento de arquiplataforma acessível para com remoto. Os quatro modelos de vos, impressão e acesso remo desktops da linha têm gabin gabinete reversível que pode ser usado tanto na vertical como co na horizontal e pode ser aberto sem a necessid necessidade de ferramentas. Os equipamentos estão à vend venda no Espaço Empresa das lojas Ponto Frio de São Paul Paulo.
www.positivoinformatica.com.br www.positivoinformati
Velozes e robustas A Xerox lança a impressora DOCUColor 8000 com velocidade de 80 páginas por minuto. O equipamento é indicado para a
produção de livros, podendo trabalhar com diversas gramaturas de papel e suportar encadernação térmica, perfuração, empilhamento e criação de livretos. Outra no-
Smartphone Sm O HP iPAQ Voice Messenger é um smartphone 3G que permite ao usuário acessar aplicativos de voz, e-mail, perm navegação na internet e GPS. O aparelho tem câmera nav de 3.1 megapixels, flash embutido e zoom digital 5X. Dispositivo para acessar arquivos do Microsoft Office Di Mobile e armazenar fotos e músicas com até 8 GB. M Os O usuários podem imprimir documentos fazendo conexão direta a impressoras USB ou usando dispositivos Bluetooth. Está disponível nas revendedoras por um preço estimado de R$ 1.899.
www.hp.com.br
vidade é a Xerox 7142, impressora que suporta formato A1 e é ideal para aplicações de cartografia, arquitetura e modelação de produtos sólidos. www.xerox.com
Terceirização A Lemidia aproxima os meios de comunicação de quem quer anunciar. A empresa funciona como uma terceirizada do departamento comercial de pequenas editoras. São profissionais especializados que buscam anunciantes para cada meio específico. A Lemidia auxilia também quem quer anunciar oferecendo pacotes de anúncios aos empresários.
A Ferramentas Gerais, líder nacional em suprimentos industriais, apresenta novos conceitos de máquinas que passam a integrar seu mix de produtos. Entre as novidades está a Fresadora Universal CNC com banco fixo, modelo FBF 3000, da marca Millmaster. É um equipamento com mais robustez e potência para operações de usinagem, que exigem maior rigidez, como fabricação de matrizes para a indústria automobilística. Outro produto é a nova Puncionadeira Hidráulica, modelo lo PHT 2500, da marca Bendmaster, indicada para processos industriais ais de furação e estampa em chapas metálicas. www.fg.com.br
empreendedor mpreendded edor or | junho jjuunnhho 2009 2009 20 09
Suprimentos industriais
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P R O D U T O S E S E RV I Ç O S
Supermercados bbrilhantes A Kärcher, fabricante de sistemas siste de limpeza, apresenta nova linha de produtos para supermercados de médio e grande portes. As enceradeiras BDS têm rodas largas desenvolvidas desenvolvid para não marcar o piso, e a polidora BDP 51/2000 C, com power dust control system, permite a limpeza po do chão sem espalhar poeira no ambiente. O limpador de vies dros WV 50 funciona como um aspirador e auxilia na remofun ção da água ou vapor usado na limpeza sem deixar manchas nos vidros. vidros A alta tecnologia e o design dos equipamentos permitem que os usuários utilizem os me produtos no horário de funcionamento do supermercado. www.karcher.com.br
Tintas emborrachadas
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As tintas Renner emborrachadas cobrem trincas e fissuras, formando uma película impermeável que impede a penetração de umidade. Possui alta resistência contra a alcalinidade e mofo. Acompanha a dilatação e retração da parede sob mudança de temperatura, assegurando proteção contra a ação do sol, chuva e maresia. www.tintasrenner-deco.com.br
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Soluções em áudio A Rádio Ibiza é uma empresa especializada em elaborar programação musical exclusiva de acordo com o posicionamento estratégico do cliente. São soluções em áudio utilizadas como ferramenta de marketing. A programa-
ção é utilizada nos ambientes de ponto-devenda e exposição de produtos. A empresa atende mais de 150 clientes nos segmentos de moda, gastronomia e serviços.
www.radioibiza.com.br
LEITURA
Clientela em transformação
Vamos às compras Paco Underhill Editora Campus-Elsevier R$ 79,90
Best seller sobre comportamento do consumidor ganha nova edição com observações sobre e-commerce a caixa de um medicamento, ou na forma como reage à visão de uma fila no caixa automático. Através de monitores e câmeras filmadoras, o autor e sua equipe catalogaram preciosas informações sobre lojas de diversos segmentos de varejo, incluindo clientes como Starbucks, McDonalds e Nokia. Lançado há uma década, o livro ganhou nova edição revista e atualizada, que inclui observações sobre e-commerce e traz uma relação das lojas e shoppings mais inovadores do mundo. Em um texto objetivo e bem-humorado, Paco Underhill relata a evolução da cultura do consumo e descreve os conflitos que envolvem comerciantes, profissionais de marketing e clientes cada vez mais informados. Além disso, o autor dá dicas sobre o que fazer – e o que não fazer – para melhorar o layout da loja.
AS MULHERES E AS CERVEJAS
“Um produto que os homens sistematicamente compram mais do que as mulheres é cerveja (...) Entretanto, uma experiência da Envirosell Brazil feita por encomenda da Brahma, a principal cervejaria do país, nos ensina uma lição diferente. No experimento, o foco era tornar a seção de cervejas mais atraentes para as mulheres, com o pressuposto de que elas compram cerveja para alguém, e não para si próprias. Todos os cartazes de mulheres sensuais foram removidos (qual seria a exata conexão entre espuma de cerveja e mulher boa?) e, em seu lugar, foram colocadas peças de comunicação que mostravam uma refeição em família com homens e mulheres adultas bebendo cerveja. As vendas subiram 20% da noite para o dia. Nos Estados Unidos, as mulheres constituem um pequeno segmento dos shoppers de cerveja, mas, quando elas compram, compram em grandes quantidades. Portanto, enquanto o homem está mais inclinado a comprar embalagens de seis unidades, a mulher compra embalagens de uma dúzia. Conclusão: ela compra quando tem festa e ele quando a festa é para um.”
Planejamento de comunicação integrada – Manual de sobrevivência para as organizações do século XXI
O executivo que gostava de ler
Luciene R. Vasconcelos – Summus Editorial – R$ 32,20
Fábio Paiva e Fernando Jucá Editora Nobel
Qual o melhor caminho para o planejamento de comunicação quando a audiência está fragmentada (na TV, na internet, no rádio, nos jornais e revistas)? E o que fazer se os consumidores mudaram seus hábitos por causa das inovações tecnológicas? Para responder a estas e outras questões, a autora propõe repensar a comunicação de forma integrada e multidisciplinar, apresentando cases de sucesso e uma série de exercícios práticos.
Literatura e administração de empresas parecem áreas muito distintas, mas possuem um ponto em comum: ambas lidam com o ser humano. Sempre atuais, as grandes obras literárias refletem a essência do ser humano, imutável através dos tempos. Saiba de que forma os clássicos da literatura têm o poder de gerar uma nova perspectiva sobre os desafios da vida profissional.
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Considerado o fundador da chamada “ciência do consumo”, Paco Underhill – CEO da Envirosell Inc. – desenvolveu um método de observação que avalia como e porque as pessoas compram o que compram. Parte desta experiência pode ser conhecida em Vamos às compras, verdadeiro best seller sobre o comportamento do consumidor que traz dicas práticas para os varejistas se adaptarem a uma clientela em constante transformação. A ciência das compras é uma disciplina híbrida, que mescla aspectos antropológicos, sociais e físicos. Na prática, trata-se de observar como se dá o processo de compra, analisando os mecanismos anatômicos e psicológicos que entram em ação quando o cliente retira um produto da prateleira para examiná-lo, ou no momento em que lê
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DINÂMICA EMPREENDEDORA
A motivação da equipe Existem muitas escolas que abordam a natureza motivacional; em alguns artigos falaremos sobre cada uma delas. Primeiro definiremos motivação como a vontade de concentrar altos níveis de esforço orientado para resultados, condicionada pela capacidade do esforço de satisfazer alguma necessidade do indivíduo. Neste artigo estreitaremos o foco para resultados em empresas e organizações para refletir nosso interesse especial em comportamento relacionado ao trabalho. Destaque-se que motivação é o resultado da influência mútua entre a pessoa e a situação. Muitas pessoas veem motivação como um traço pessoal – alguns têm e outros não. Isto é demasiado simplista. O que podemos afirmar é que as pessoas diferem muito em seus impulsos motivacionais. Um funcionário desmotivado apertando o botão de uma máquina poderá estar altamente motivado apertando o botão de uma máquina caça-níqueis. A princípio consideraremos a abordagem mais utilizada no mundo corporativo até hoje: as cadeias de reforçamento, da qual o ícone é o psicólogo Burrhus Frederic Skinner. Alguns gostam, outros não. A teoria diz que tudo se relaciona numa tríplice contingência: o estímulo antecedente (S), resposta (R), estímulo consequente (SR+ ou R-), que pode ser de natureza positiva ou negativa. Aqui enfocaremos apenas as cadeias de reforçamento de natureza positiva. O “S” (estímulo antecedente) é a força da instrução que deve acontecer num am-
biente exclusivo para isso. Procure um tema significativo que represente esta ação. Seja criativo. Utilize temas heroicos, tais como: superfantástico, X-Men, Olimpíadas, etc. Os resultados desejados têm que ser descritos como numa Visão Futura (artigo dez/08). Recordando: aumentar (verbo de ação no infinitivo); de 25% a 35% (parâmetro de medida); e 1º a 30/03/2010 (parâmetro de tempo). Para cada faixa de resultados alcançados tem que pensar num tipo de reforço (premiação). Como no exemplo no quadro abaixo. Nos EUA, 68% das recompensas são por vale-brinde. Lembrando que o que mobiliza cada funcionário é de diferente natureza. Assim, a melhor estratégia é retirar deles mesmos as possibilidades de reforçamento. É importante que o reforçamento só seja dado na medida em que o resultado seja atingido (por isso a faixa mínima). Os reforços podem variar em: tamanho da porcentagem, por lucratividade na linha de produto, por nível de desconto, prospecção (que é diferente de vendas); visita de clientes inativos, etc. Tenha em mente que tudo que possa ser quantificado pode ser um alvo para reforço. As reuniões e monitorias devem acontecer a cada mês ou quinzena. Ou num prazo que permita que os funcionários utilizem a informação de desempenho para aumentar a sua eficácia. O feedback ajuda a identificar discrepâncias entre o que elas fizeram e o que querem fazer. O feedback auxilia a dirigir a conduta profissional.
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S –– R –– S
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Operante
Verbo/ação (infinitivo)
Verbo de ação no infinitivo
Estímulo consequente
S –– R –– S
Presença
Os pontos evidentes desta estratégia: Sobre os resultados: Resultados específicos melhoram o desempenho Resultados difíceis (mas alcançáveis), quando aceitos, geram um desempenho melhor do que resultados fáceis Feedback leva a um melhor desempenho do que a falta de feedback Sobre a premiação (reforço): Faça com que a premiação combine com a pessoa e com a realização Aja no momento certo e seja específico Uma cadeia de reforçamento adequadamente construída pode aumentar o desempenho de sua equipe em até 60%. Mantenha o foco e boa sorte.
Resultado Desejado
Tríplice Contingência
Estímulo antecedente
por Luiz Fernando Garcia
Consultor especialista em manejo comportamental e empreendedorismo em negócios. Fone: (48) 3334-5585 www.rendercapacitacao.com.br
(R+ ou R-)
Apresentação
Parâmetro de medida
Parâmetro de tempo
Reforço
Visitar novos clientes
De
Até
De
Até
Mínimo
05
07
08/06
12/06
Premiação 1
Médio
08
10
08/06
12/06
Premiação 2
Máximo
11
15
08/06
12/06
Premiação 3
AGENDA
De 30/06 a 3/07/2009
EXPERIÊNCIA EM DEBATE
7ª Mostra de Tecnologia da Agroindústria Sucroalcooleira e Simpósio Internacional – Simtec Engenho Central – Piracicaba – SP www.simtec.com.br
De 16 a 19/06/2009
Expogestão Complexo Expoville – Joinville – SC – www.expogestao.com.br
Lideranças e especialistas renomados compartilham experiências da prática de gestão e discutem os efeitos da crise no sistema financeiro. Entre os palestrantes, Gary S. Becker, Prêmio Nobel de Economia, e Tom Peters, um dos mais influentes economistas do mundo de negócios. Participam do painel liderança empresarial Luiz Fernando Furlan, presidente do conselho de administração da Sadia, e Roberto Klabin, diretorexecutivo da Klabin e presidente da SOS Mata Atlântica.
O Simtec é dirigido a empresários e técnicos do setor sucroalcooleiro. Empresas produtoras de máquinas e equipamentos expõem novas tecnologias para o setor. Durante a mostra são realizados seminários técnicos sobre o segmento agroindustrial do açúcar e do álcool.
De 1º a 5/07/2009 De 15 a 18/06/2009
Até 21/06/2009
6ª Feira Nacional do Camarão Centro de Convenções – Natal – RN www.fenacam.com.br
17ª Feira Nacional do Doce Centro de Eventos Fenadoce – Pelotas – RS www.fenadoce.com.br
Evento que reúne produtores e especialistas em camarão cultivado. São 130 estandes com equipamentos e exposição de larvas, alevinos e rações. Aberto ao público das 14h às 21h. São esperadas mais de 25 mil pessoas.
A Feira Nacional do Doce é um evento anual que promove a cultura doceira da cidade de Pelotas, uma herança da colonização portuguesa e alemã. Recebe em média 300 mil visitantes do Brasil e de países do Mercosul. A Fenadoce foi criada em 1986 pelo Poder Público e hoje é mantida pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Pelotas.
De 17 a 20/06/2009
A ABF Franchising é considerada a principal feira de franquias da América Latina. Reúne empresários dos segmentos de alimentação, vestuário, saúde e beleza. Nesta edição, 260 marcas apresentam as vantagens de se investir no sistema de franquias. São esperados mais de 35 mil visitantes do Brasil, Uruguai, Espanha, França, Estados Unidos e Portugal. A exposição é aberta aos empresários das 13h às 21h nos dias úteis e das 12h às 18h no sábado.
Para mais informações sobre feiras e outros eventos comerciais, acesse a seção Agenda do site Empreendedor: www.empreendedor.com.br
Promovido pelo Ministério do Turismo, o evento apresenta o turismo brasileiro para quem quer viajar ou fechar bons negócios. Os visitantes podem conhecer os roteiros turísticos das 27 unidades da Federação e adquirir pacotes, produtos e serviços turísticos. Há exposição de artesanato, produtos da agricultura familiar e da gastronomia típica de diversas regiões do País.
30/06/2009
Feed Back e Comunicação Estação de Treinamento ABTD – São Paulo – SP www.idepro.com.br O curso aborda a importância estratégica da ação de feedback no processo de comunicação. O consultor empresarial, Bernardo Leite Moreira, orienta a instrumentar a condução do processo de feedback e a desenvolver competências adequadas de comunicação. O treinamento é baseado na metodologia Laser de Feed Back. As inscrições custam R$ 675 e podem ser feitas pelo e-mail idepro@idepro.com.br
De 8 a 11/07/2009
19ª Feira de Produtos, Equipamentos e Serviços para Farmácias e Drogarias – Expo Farmácia Expo Center Norte – São Paulo – SP www.expofarmacia.com.br Maior feira de negócios para farmácias, indústria farmacêutica e cosmética. A Expo Farmácia traz novidades e oportunidades de negócios para empresas do setor. Reúne farmacêuticos, compradores técnicos de drogarias, diretores das indústrias farmacêutica e cosmética.
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ABF Franchising Expo Expo Center Norte – São Paulo – SP www.abfexpo.com.br
4º Salão do Turismo – Roteiros do Brasil Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi – São Paulo – SP www.salao.turismo.gov.br
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ANÁLISE ECONÔMICA
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Otimismo e retomada
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Os meses de abril e maio mostraram mercados financeiros otimistas ao redor do mundo. É o caso das ações, que rapidamente aumentaram de preço. Este otimismo, entretanto, ainda não é acompanhado por dados que mostrem a economia em recuperação dos níveis de produção. Ao contrário, continuamente aparecem novas notícias de queda da produção. A questão que se coloca, com isso, é sobre a continuidade ou possibilidade de reversão desse cenário. Em prazos mais longos, não é possível que os preços dos ativos financeiros fiquem diferentes das remunerações que eles geram. Isto aparece nas famosas alusões aos “fundamentos” da economia, que tem de ser respeitado. Caso o preço de um ativo suba muito rapidamente em comparação à evolução do rendimento por ele gerado, a única possibilidade é que isso represente a expectativa de maiores rendimentos no futuro. Quando essas expectativas de rendimentos futuros são superestimadas, é que ocorre o fenômeno das bolhas especulativas. O exemplo clássico disso é o que acontece com as elevações e posteriores quedas de preços de ações. Outro exemplo são os aluguéis: quando o preço do imóvel começa a ficar excessivamente alto em relação ao aluguel gerado, ou se espera aumento do aluguel no futuro, ou o preço do imóvel cairá em algum momento, se a esperada elevação do rendimento não ocorrer. Outro aspecto que tem de ser considerado nessa análise é diferenciar o que acontece com um ativo específico do que acontece com o conjunto do mercado. A ocorrência de erros de avaliação de uma ação específica é corriqueira, assim como faz parte da vida empresarial a aceitação de projetos que posteriormente não produzem os resultados esperados. Quando as oscilações afetam o conjunto do mercado, o risco sistêmico, não há estratégia de diversificação que elimine as possibilidades de perda. O que observamos na recente crise internacional foi uma rápida queda do preço
dos ativos, especialmente ações, seguida pela retração da atividade econômica. Pode se perceber que o menor preço das ações é, pelo menos em parte, justificável pela expectativa de menores vendas e, consequentemente, de menores lucros. Obviamente, é difícil separar o que é justificado pelo comportamento das expectativas de lucro das empresas e o que é exagero. Há exagero no comportamento dos mercados financeiros, dando importância desproporcional aos fatos recentes em relação aos condicionantes econômicos dos resultados, o que é ilustrado pela queda do preço das ações mundialmente e a reação do câmbio, no caso brasileiro. Mesmo sabendo que a economia vai se retrair ou crescer em ritmo mais lento, a queda do preço das ações foi exagerado. Surpreendente, por outro lado, foi a rápida recuperação dos preços das ações nas últimas semanas. Esta elevação não tem, pelo menos por enquanto, respaldo nos números da produção. Considerando que os compradores de ações sejam racionais, isso quereria dizer que eles já estão esperando uma retomada da produção, ou seja, crescimento econômico para os próximos anos. Antecipar os acontecimentos, tentando detectar as oportunidades e ocorrências futuras, é uma característica de todos os mercados, não apenas dos financeiros. Como a recuperação da economia ainda não está presente nos indicadores de produção, não há como saber se o otimismo que os mercados financeiros estão exibindo será confirmado pelos fatos, ou é um exagero sem fundamento. Esta é uma característica das economias cujo funcionamento está baseado nos mercados, os resultados só são conhecidos posteriormente. Por outro lado, a única maneira de obter resultados melhores que a média do mercado exige é a tomada de decisões antes dos fatos, ou seja, correr riscos. Os resultados dos investimentos, portanto, dependem também da disposição de correr riscos.
por Roberto Meurer
Professor do Departamento de Economia da UFSC e consultor da Leme Investimentos
Não há como saber se o otimismo que os mercados financeiros estão exibindo será confirmado pelos fatos, ou é um exagero sem fundamento
Nome Ação ALL Amér Lat Ambev Aracruz B2W Varejo BMF Bovespa Bradesco Bradespar Brasil T Par Brasil T Par Brasil Telec Brasil Braskem CCR Rodovias Celesc Cemig Cesp Comgás Copel Cosan CPFL Energia Cyrela Realty Duratex Eletrobrás Eletrobrás Eletropaulo Embraer Gafisa Gerdau Met Gerdau Gol Itausa Itauunibanco JBS Klabin S/A Light S/A Lojas Americ Lojas Renner Natura Net Nossa Caixa P. Açúcar-CBD Perdigão S/A Petrobras Petrobras Redecard Rossi Resid Sabesp Sadia S/A Sid Nacional Souza Cruz TAM S/A Telemar N L Telemar Telemar Telesp Tim Part S/A Tim Part S/A Tran Paulist Ultrapar Usiminas Usiminas VCP Vale R Doce Vale R Doce Vivo
Inflação (%)
Até 20/05
Tipo Ação
Participação Bovespa
Maio
UNT N2 PN PNB ON ON PN PN ON PN PN ON PNA ON PNB PN PNB PNA PNB ON ON ON PN ON PNB PNB ON ON PN PN PN PN PN ON PN ON PN ON ON PN ON PN ON ON PN ON ON ON PN ON ON PN PNA ON PN PN ON PN PN PN ON PNA PN ON PNA PN
1,29 1,04 1,13 0,75 4,84 3,73 1,24 0,24 0,33 0,35 2,46 0,54 0,59 0,11 1,52 0,85 0,11 0,64 0,54 0,47 1,35 0,41 0,85 0,81 0,70 0,68 0,93 1,04 3,81 0,71 2,11 5,28 0,64 0,34 0,21 1,07 0,87 0,67 0,78 0,36 0,51 0,80 3,42 16,94 1,09 0,56 0,36 1,10 3,44 0,50 0,73 0,28 0,29 0,87 0,17 0,17 0,76 0,37 0,44 0,66 3,04 0,64 3,46 12,23 0,79
5,00 2,40 20,00 4,50 18,00 5,40 16,80 1,20 3,10 1,60 12,30 23,50 7,10 3,30 -2,40 8,80 9,70 -1,10 10,50 -4,30 4,30 0,40 -5,30 -7,10 6,10 8,50 -1,00 15,30 14,60 19,50 0,60 -1,20 -1,00 8,10 2,60 3,90 13,10 7,30 9,50 0,20 3,80 14,60 12,60 12,20 -2,00 4,20 -2,10 12,50 10,70 6,80 25,80 2,30 -0,50 -1,80 -3,40 11,10 -1,60 -3,80 -0,30 12,10 10,90 14,60 9,30 9,30 10,30
Variação % Ano 19,80 25,90 27,70 51,90 75,90 26,80 63,90 8,30 0,30 0,80 46,00 37,30 21,00 -0,90 8,10 11,00 12,2 15,50 32,40 10,20 54,30 22,10 5,40 9,00 32,20 9,00 79,20 18,20 19,90 -9,20 23,60 16,80 23,90 0,90 23,30 50,00 45,00 52,00 47,60 6,10 17,40 24,20 52,30 46,80 8,10 108,00 11,60 25,10 62,80 19,00 -1,50 0,70 15,70 16,10 4,70 48,50 27,40 12,30 21,90 33,90 37,40 21,50 44,50 41,80 42,90
Índice IGP-M IGP-DI IPCA IPC - Fipe
Abril
Ano
-0,15 0,04 0,48 0,31
-1,07 -0,92 1,72 1,45
Juros/Aplicação (%) CDI Selic Poupança Ouro BM&F
Abril
Ano
0,84 0,84 0,55 -6,94
3,75 3,77 2,57 -2,50
Indicadores Imobiliários (%) CUB SP TR
Abril
Ano
-0,12 0,05
0,42 0,42
Juros/Crédito (%) 20/Maio
19/Maio
Desconto 1,78 Factoring 3,96 Hot Money 3,30 Giro Pré (taxa mês) 1,98
1,78 3,96 3,30 1,99
Câmbio
Até 20/05 Cotação
Dólar Comercial Ptax Euro Iene (US$ 1,00)
R$ 2,2500 US$ 1,3790 $ 94,7300
Mercados Futuros
Até 20/05
Junho
Agosto
Dólar Juros DI
Julho
R$ 2,026 R$ 2,040 R$ 2,055 10,10% 9,82% 9,62%
Contratos mais líquidos Ibovespa Futuro
20/04 51.550
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Carteira Teórica Ibovespa
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E–EMPREENDEDOR
Interatividade
Longe da crise
Confira os últimos comentários postados no site durante o mês de maio:
Juros do Brasil caem para um dígito pela primeira vez em 50 anos. Bolsa pode subir seis vezes em dez anos. A população economicamente ativa vai aumentar muito em 2010, o que aumentará consideravelmente o poder de compra e o consumo. A renda do mundo está melhorando e o próprio governo será melhor administrado. Estas são seleções de notícias atuais e conclusões baseadas em dados econômicos feitas por Stephen Kanitz, mestre em Administração de Empresas e articulista da revista Veja. Kanitz defende ainda que a crise não existe e que este é o melhor momento para o empresário pedir empréstimo. Apesar de dizer que não é otimista, Kanitz aconselha a não dar muito crédito às opiniões de economistas e afirma que alguns veículos de comunicação causam pânico na sociedade ao divulgar a crise. Para ler a reportagem completa sobre a palestra do consultor de empresa, acesse a seção Reportagens, no menu à esquerda do site Empreendedor, e procure pelo título “Injeção de ânimo”.
Recessos lucrativos Para tentar amenizar o impacto dos feriados prolongados na indústria e no varejo, um projeto de lei que adia para a sexta-feira as folgas nacionais que caírem no meio da semana tramita no Senado. Aproveitando o assunto, o site Empreendedor quis saber qual a opinião dos internautas sobre o projeto de lei. A maioria dos participantes foi favorável à mudança. Confira o resultado da enquete:
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J Não concordo, pois diminuirá o movimento do comércio no sábado, devido ao aumento de viagens ...............................30,71% J Concordo, pois diminuirão os feriados prolongados e trarão menos perdas ao comércio .....................................69,29%
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Nova enquete
Aproveitando a onda de otimismo criada por Stephen Kanitz, que afirma que não há crise no Brasil, a nova enquete do site Empreendedor quer saber qual sua opinião sobre a turbulência econômica no Brasil. Para respon-
30% 70%
der, basta acessar a seção Enquete, no menu à esquerda do site, e escolher entre as opções: é mais psicológica do que econômica; o País não está em crise; é uma das piores crises que o País já viveu; a tendência é piorar.
Imagine todos correndo para um lado e só você embalado na direção contrária, como adverti-los, inclusive os seus, que a sua estratégia está correta? Às vezes não temos tempo nem argumentação necessários para fazer com que as pessoas nos prestem atenção. Nem nós mesmos temos a certeza da escolha que fizemos por pura intuição. Ter coragem para contradizer a maioria, que está errada, pode significar o isolamento, passando a ser o patinho feio da turma. E não é bom ser excluído do grupo, viver com a pecha de pessimista, mesmo que seus argumentos sejam como os de um repentista e suas bases de informações as mais afinadas com a realidade. Por estes motivos tomamos algumas atitudes em “off ” para não causar espanto na galera, decisões que somente após a vitória poderão ser comemoradas. Com certa reserva, o comedimento deve se dar face às críticas pela não-inclusão do grupo em algo que deu certo ou com desdém para com o real valor de sua conquista. Portanto, como existe um tempo para o projeto e sua execução, assim como os valores para sua consecução, se amalgamem, a vida corre. E correm todos, cada um ao seu destino, uns atrelados ao conservadorismo e à maioria, outros mais impetuosos correm o risco de errar, mas vivem a emoção de uma vitória só sua. Haja adrenalina! Adilson Soldeira Gonçalves sobre o artigo: O que é importante para você? Parabéns pela matéria. Sustentabilidade e colaboração com o meio ambiente fazem parte da empresa do futuro. Conciliar lucro com preservação é, além de um grande marketing, colaboração efetiva por um mundo melhor e certeza de maior lucro. Eli Leite sobre o artigo: Seis passos para tornar sua empresa sustentável Gostei bastante da matéria. Ainda não ouvi ninguém falar sobre esta perspectiva. Parabéns pela iniciativa de falar aos varejistas. Roberto Juriti sobre a reportagem: Sua loja está preparada para a redução do IPI?
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