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RETRATO DA ECONOMIA AMERICANA FRENTE A PANDEMIA

“Qualquer um que defenda uma visão um pouco diferente da adotada pelas autoridades, mesmo que também embasada por cientistas, é taxado de genocida. Pior ainda, são acusados de carimbar valiosas vidas com cifrões monetários.”

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VERNAN W. AURÉLIO

Economista

POR VERNAN W. AURÉLIO E screvo no final do mês de abril, e aqui no estado de Massachusetts, nordeste dos EUA, a população está há mais de 30 dias debaixo do “stay-home orientation” levada a cabo pelo governador Charlie Baker. Essa semana, o “stay-home” foi extendido até o dia 18 de maio. No estado, os número de pessoas infectadas – que as autoridades sabem – chegou a 60 mil, com mais de 3.400 mortes. . Nos EUA, o número de pessoas infectadas já ultrapassou 1 milhão - um terço dos casos no mundo - e o

número de mortes passou de 60 mil essa semana. Estamos, sim, diante de uma crise de saúde pública, não podemos negar isso. As carasterísticas do novo coronavírus que gera a doença COVID-19 são diferentes dos coronavirus anteriores, por exemplo, o vírus tem alta transmissibiliade e as pessoas que o carregam podem não apresentar sintomas, denotando a característica assustadora do vírus. Quero aqui, elencar algumas das perdas econômicas que muitos terão de arcar com as medidas impostas por muitos governantes, especialmente nos EUA. As perdas de vidas são visíveis, e uma vida tem muito valor. As perdas econômicas, todavia, são muitas vezes negligenciadas por cientistas e governos, e algumas

delas podem ser invisíveis, ou trazer um impacto nefasto no longo-prazo.

No meio desta terrível pandemia, criou-se a falsa dicotomia entre “vida versus economia”. As pessoas que advogam a favor de restrições severas na socialização entre pessoas – escudadas pela palavra de médicos e cientistas – e na operação dos negócios, o faz com o argumento de que se a sociedade continuasse a conviver da forma usual, a infecção seria disseminada de tal forma que geraria ao colapso do sistema de saúde, e o número de óbitos cresceria exponencialmente. Situações assustadoras que se verificaram na Europa, como Itália e Espanha, deveriam ser evitadas a todo custo. Qualquer um que defenda uma visão um pouco diferen

te da adotada pelas autoridades, mesmo que também embasada por cientistas, é taxado de genocida. Pior ainda, são acusados de carimbar valiosas vidas com cifrões monetários.

A economia dos Estados Unidos, no primeiro trimestre de 2020 – já contabilizando alguma perda com o lock-down econômico – encolheu 4,8%, ou seja, uma perda de riqueza de aproximadamente 1 trilhão de dólares. No mercado de trabalho, um dos trunfos da administração Trump na corrida pela re-eleição, até na metade de março, foram processados pelo Department of Labor mais de 25 milhões de pedidos de seguro-desemprego. A taxa de desemprego estimada para o mês de abril pode chegar

a 15% da população apta a trabalhar, comparados aos 3,1% anteriores em fevereiro, a taxa de desemprego mais baixa dos últimos 50 anos. No cômputo do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA pela ótica da demanda, 68% do PIB é determinado pelo consumo das famílias. Não é surpresa que restrições impostas a pessoas e empresas, no afã de reduzir o contágio, acarretasse uma queda brusca na confiança do consumidor nos EUA. Nos primeiros 3 meses do ano – portanto sem contar o mês de abril – a queda no consumo é de 8%, de acordo com o Commerce Department. O gasto dos consumidores com alimentos e acomodações caiu incríveis 70%, e o consumo com vestuário se reduziu mais de 40%.

Os que mais estão sentindo as draconianas restrições impos

tas em diversos estados americanos são os pequenos negócios. De acordo com o Small Business Administration (SBA), cerca de 80% das empresas nos EUA possuem menos de 20 empregados, e 98% desse negócios empregam menos de 100 pessoas. Ainda de acordo com o SBA, os negócios operados por famílias (family business) empregam mais de 60% da força de trabalho nos EUA. Com restrições severas impostas por governos na economia, uma pesquisa da National Public Radio (NPR) confirmou que metade dos americanos dizem que eles, ou alguém na sua família, teve a carga horária de trabalho reduzida ou perdeu o emprego.

Contudo, talvez o maior destruição econômica venha no longo- -prazo. No caso americano, o Estado, na pessoa dos governantes, foi

o responsável pela implementação de regras que destruíram a economia. Diante do clamor de desempregados e empresas fechando as portas, a “solução” parece também ter sido oferecida pelo Estado: mais de US$2 trilhões em recursos para famílias e empresas, e mais redução das taxas de juros por parte do FED, o banco central americano. Literalmente, impressão de moeda. Todo esse gasto do governo, como não pode ser compensado com a receita de impostos – visto que as restrições mataram a atividade econômica – virá através de mais endividamento. A dívida do governo americano deve ultrapassar os US$22 trilhões, chegando a quase 100% do que é gerado em riqueza no país. Toda essa dívida será paga pelos mesmos indivíduos e empresas, e pelas gerações futuras.

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