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ANO I
EDIÇÃO 6
OUTUBRO DE 2019
ENFRENTANDO O DIAGNÓSTICO DO CÂNCER Página 12
A CONSTRUÇÃO CIVIL Página 20
DIVÓRCIO PARA QUEM MORA NOS EUA Página 44
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Veronica Oliveira O QUE É QUE A BAIANA TEM? Página 48
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PSICOLOGIA
ÍNDICE
Enfrentando o diagnóstico do câncer
12.
IMÓVEIS
Title company
16.
18.
20.
MODA
TECNOLOGIA
Moda Outono-Inverno
A construção civil
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REVISTA EXATO
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CAPA
Veronica Oliveira: O que é que a baiana tem?
CINEMA
28.
O hambúrguer do sucesso MATÉRIA
30.
48.
Hugo Bonemer palestra em primeira Conferência de Brasileiros criadores de conteúdo nos EUA ORGANIZAÇÃO
38.
Seja bem-vindo, Outono! GASTRONOMIA
42.
A fruta favorita do Outono IMIGRAÇÃO
44.
Divórcio para quem mora nos EUA FAMÍLIA
58.
O desafio de ser pai e mãe nos dias de hoje POLÍTICA
64.
Fim da escravidão e início da segregação MATÉRIA
68.
Sucesso no Brasil, ZooMoo aposta na conscientização das crianças com programação educativa MATÉRIA
72.
24.
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Febracis Boston lança CIS Educar – Jeito de Viver família
34.
FINANÇAS
EMPREENDEDOR DO MÊS
Dinheiro para o futuro
Referência quando o assunto é seguro e excelência no atendimento
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REVISTA MENSAL ANO 1 | EDIÇÃO 6 OUTUBRO DE 2019
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NA CAPA CAPA: Veronica Oliveira FOTO CAPA: Fábio Nascimento
EDITORIAL
Temperaturas caem, negócios esquentam POR SIMONE ROHDE
Sabe a metáfora do “copo meio cheio, meio vazio”? No Outono é fácil descobrir a personalidade das pessoas também porque, ou você lamenta o fim do verão e chegada do frio, ou curte o que a natureza tem de mais lindo a oferecer: a transformação das árvores através da troca de cores e perda de folhas. As temperaturas mais baixas nos lembram a preparação para a aproximação do inverno: os móveis do pátio são guardados, os fornos são testados e as piscinas são drenadas. As atividades também aumentam, conforme as férias e o verão vão ficando para trás e os feriados vão se aproximando. A vida é assim cheia de fases, e nós temos esse dom de adaptação! Da mesma forma, a vida do imigrante é feita de constantes ajustes: à língua, à cultura, aos costumes, ao sistema de leis, direito e deveres. Aprendizagem em novos trabalhos e mais um novo idioma. Costumo dizer que é um passo de cada vez, pois por mais preparação que fazemos, são muitos imprevistos onde somos testados a ver o “copo meio cheio” e o colorido da estação, ou largar tudo e desistir. Nesse mês também lembramos do Outubro
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Rosa, das dificuldades que muitos imigrantes enfrentam com o Câncer e o desafio de se tratar “longe de casa” (pág. 12), e desejamos que a esperança mantenha sonhos acessos e que haja possibilidade de cura a quem estiver passando por isso. E como especial de capa, trazemos a brilhante história de Veronica Oliveira que aproveitou a economia americana aquecida para realizar o sonho de ter seu próprio negócio (pág. 48). Como sempre dizemos, sua história pode ser a próxima, contada aqui para estimular a garra de alguém, alimentar o projeto empreendedor de mais gente e assim, fazer da América um lugar bom de se viver. Boa leitura!
Simone Rohde
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PSICOLOGIA
Enfrentando o diagnóstico do câncer Os impactos do diagnóstico em indivíduos imigrantes e seus familiares Por Manuella Regina
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doença que por muitas décadas tem causado medo, mitos e fantasias, vem sendo o objeto de inúmeras descobertas revolucionarias na medicina moderna. No entanto, muitos são os tabus que se superpõe as positividades do diagnóstico precoce e suas intervenções. Sendo assim, é importante reconhecer a fragilidade humana diante das armadilhas da mente. Portanto, enfrentar doenças crônicas em um contexto transcultural pode gerar aflições maiores do que esperadas. Nas sociedades ocidentais após a Primeira Guerra Mundial, o adoecimento e a morte eram enfrentados de forma repulsiva ao sofrimento, disseminando a ideia do hospital como sendo o lugar de esconder a morte e o so-
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frimento, e por conseguinte, os doentes e seus familiares não vivenciavam o luto. Deixando a herança de uma falsa crença da imortalidade, um caos diante do desconhecido, e um sentimento de impotência. O adoecimento psíquico após um diagnóstico de Câncer, pode abalar não somente o paciente, mas ter um efeito devastador na sua família como um todo. A família deve-se perceber como um sistema interligado nos seus costumes, valores, crenças e padrões. Neste momento, a participação da família no tratamento estabelecerá um resultado sistêmico de causa e efeito. Ou seja, além de surgirem inquietações, podem surgir angústias pela mudança na rotina de vida, assim como o medo diante da possibilidade de um futuro incerto para os principais envolvidos. Desta forma, enfrentar o adoecimento pode ser uma batalha encarada como a promoção da ordem em face a desordem causada pela atual situação. Em outras palavras, é importante haver flexibilidade no funcionamento familiar para que haja a possibilidade de adaptação dos seus membros diante das cir-
cunstâncias e de fortes emoções. Neste cenário, brasileiros residentes em outros países, enfrentam a batalha do diagnóstico do Câncer. De modo que propicia um maior sentimento de angústia e luto em face dos múltiplos questionamentos que emergem acerca da sua condição imigratória, barreiras de linguagem, ausência dos familiares e diferença nos costumes e valores culturais. Posto que as preocupações advindas do adoecimento em si já são causadoras de estresse e caos, se faz necessário buscar alternativas para neutralizar as demais inquietudes. É fundamental a busca por uma rede de apoio segura, que possa promover ao paciente informações confiáveis, um maior conhecimento do diagnóstico com propriedade de detalhes e o mais importante: não silenciar a dor bio-psíquica sentida, estando ciente que eventualmente esta comunicação será realizada em um ambiente bilíngue. Ademais, é aconselhável estabelecer padrões de comunicação com a equipe médica, a família e a rede de apoio. “Aprender a lutar contra o câncer, é aprender a nutrir a vida (Servan-Shreiber-2009)”.
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Dra. Manuella Regina Psicóloga, com especialização em Psicologia Clínica Hospitalar e Familiar. Contato: manuellaregina@hotmail.com
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IMÓVEIS
Title company Por que você precisa dela na hora de comprar seu imóvel? Por Gabriel Basso
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title company funciona como um cartório de imóveis, porém com mais responsabilidades e deveres na transação imobiliária nos EUA. São empresas privadas que atuam no fechamento da maioria das transações imobiliárias, garantindo que o título da propriedade seja transmitido com segurança, verificando se o comprador é o legítimo proprietário do imóvel, fazendo uma minuciosa pesquisa nos registros do imóvel e do vendedor, e garantindo que a pessoa ou empresa que alega ser proprietária do imóvel possa vender o imóvel sem ônus para o novo comprador. Na pesquisa do título, a empresa busca se existem dívidas de property tax (“IPTU”), dívidas com o condomínio, dívidas com financiamentos, hipotecas, gravames, servidões, arrendamentos, processos judiciais entre outros problemas que são de responsabilidade única e exclusiva do vendedor e que podem não permitir
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REVISTA EXATO
que esse imóvel seja transferido para o comprador. A title company também poderá exigir ou sugerir uma pesquisa da propriedade, que determina os limites do terreno, se a casa está construída dentro dos limites corretos, se não existe nenhum invasão por parte de um vizinho ou da propriedade em áreas que não pertencem à mesma. Além da função de analisar todo histórico da propriedade, a title company também é responsável pela gestão de toda a parte financeira da transação, assim todos os valores são pagos pelo comprador e/ou banco financiador para uma conta de garantia (escrow account), conta esta que é controlada única e exclusivamente pela title company. Após receber todos os valores acordados entre comprador e vendedor, e estando ciente do ônus e bônus da propriedade, a title company envia um Master Statement (isso é um extrato mostrando o que é de responsabilidade do comprador e o que é do vendedor). Todas as contas a partir do dia do fechamento são de responsabilidade do comprador, e em caso de taxas de condomínio e IPTU pagas antecipadamente, a title company transforma esse valor em crédito para o vendedor.
Para garantir o máximo de segurança, toda transação tem ainda um seguro do título que protege o comprador. Após as pesquisas feitas pela title company, eles emitem uma carta de opinião para a seguradora e o seguro do título é gerado, assegurando o comprador caso após algum tempo alguma dívida apareça no imóvel. Se isso ocorrer, o comprador deve acionar o seguro juntamente com a title company e o seguro vai arcar com qualquer dívida que vier a gerar após a escritura estar no nome do comprador. Após todos esses trâmites, e depois da data do fechamento onde compradores e vendedores vão assinar a finalização da venda e o comprador já é considerado legalmente e já tem a posse do seu imóvel, a title company ainda tem mais algumas funções para finalizar o processo: ela vai repassar os recursos financeiros para o vendedor, pagar os impostos da transação, pagar as comissões, entre outros como seguro da casa, dívida de condomínio e impostos, enfim fazer todo o acerto financeiro, inclusive o pagamento do serviço que prestaram, que varia de $300.00 a $900.00 (que na maioria das vezes é pago pelos vendedores), e para finalizar
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o processo, a title company envia todo o processo para os órgão públicos competentes para passar a escritura do imóvel para o novo proprietário. O processo é feito de 20 a 40 dias em média. Além da legislação americana, todo esse processo faz com que a aquisição de um imóvel nos EUA seja um dos locais mais seguros do mundo para essa atividade.
Gabriel Basso Corretor de imóveis licenciado em São Paulo/BR e Flórida/US. Instagram: @ gabrielzbasso
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MODA
Moda Outono-Inverno Baixas temperaturas com estilo nas alturas Por Érica Nascimento
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udança de estação é sinônimo de mudança no nosso vestuário, mas o que usar no Outono-Inverno desse ano? Como a gente sempre tem falado por aqui, a moda nos últimos anos tem se tornado cada vez mais democrática, e essa estação não fugiu a regra. São muitas as opções, padronagens, cores, estilos e certamente você encontrará o que mais está relacionado ao seu look style. Então está aberta a temporada de botas e casacos! E vamos começar falando das botas: a grande tendência delas é a estampa de animal print (oncinha e píton), ou nas cores ocre e bege com preto que serão as mais badaladas da estação. As botas no estilo Western (country) também voltaram com tudo, e são a grande aposta das grifes mais famosas, principalmente nas cores branco e vermelho e sem dúvida será o must have do Outono-Inverno. Em sua maioria, os mode-
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los de bota vem com cano mais curto na altura da canela. As de cano longo continuam, porém não com tanta evidência como as de cano curto ou médio. Os casacos ganharam um design mais alongado (comprido), semelhante ao sobretudo com aplicações de pêlo fake nos punhos e golas. Há também uma forte tendência para os casacos oversized, que são aqueles mais largos. Outro modelo que também está em alta é o casaco teddy (estilo ursinho mesmo, num tecido em fofo), ele vem nessa temporada mais em tons terrosos e amarronzados, dando um charme ao look e aquecendo durante as baixas temperaturas. Aqui vamos destacar as macro tendências de cores e padronagens: • Em primeiro lugar, é com certeza, a animal print (oncinha, píton e zebra) que estão sendo bastante exploradas em sapatos (1), bolsas, e usando cores diversificadas como píton amarela ou verde, oncinha na cor vermelho entre outras; • O prata na versão bem “shine”, ou no prata envelhecido para as que não gostam tanto assim de brilho. As peças mais exploradas nessa padronagem serão em saias plissadas (2) no
comprimento midi ou longas e calças. • O plaid (xadrez) dando ênfase ao pied-de-poule (3) que é aquele xadrez mais delicado no preto e branco, que serão bastante utilizados em blazers, saias, calças e vestidos. E também nas cores amarelo e marrom. • O twed (4) que é uma padronagem super elegante, porém bastante séria, ganhou um ar mais alegre e jovial com tons levemente coloridos, em peças como blazers e saias. • Por fim, vamos às cores. Essa estação está cheia de vida, e a paleta de cores desse ano (5) fugiu bastante do óbvio para Ou tono-Inverno, ainda que os tons terrosos façam a cabeça de muita gente. A Pantone trouxe uma gama de cores super democrática e com certeza vai agradar a muita gente. A cartela traz 12 cores entre elas, o rosa claro, o azul, vermelho e marrom que foram as cores que coloriram as passarelas do N.Y Fashion Week. Essa temporada está cheia de novidades e ousadia, então escolha o estilo que mais você se identifica e arrase!
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5 Érica Nascimento
Stylist
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TECNOLOGIA
A construção civil Aqui também tem tecnologia Por António J. Fonseca
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esde os tempos mais antigos, quando o homem começou a necessitar de um abrigo que fosse mais do que uma caverna encontrada ao acaso, provida pela Natureza, o homem começou também a busca por técnicas e maneira de construir seus abrigos. Em função das condições geográficas e climáticas, diferentes metodologias e técnicas foram sendo desenvolvidas e aplicadas. Umas mais apropriadas para resistir às baixas temperaturas dos territórios gelados do norte, outras mais adequadas aos climas quentes dos trópicos, outras ainda mais próprias para regiões assoladas por fortes ventos, ou por terremotos, mas sempre de acordo com a necessidade de proporcionar abrigo seguro e cada vez mais confortável. Durante esses milhares de anos de evolução, exceto por poucas melhorias e inovações, o processo construtivo mais adotado na Europa e, consequente-
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REVISTA EXATO
mente, nos países de colonização européia, o da alvenaria e do estuque, pouco mudou. Este processo construtivo baseia-se na colocação de blocos de pedra (que foram sendo substituídos por outros materiais, mais leves e fáceis de manusear, mas conceitualmente, pedras) unidas por uma mistura de argila. E por ser um processo que pouca capacitação requer, sempre foi deixado para trabalhadores de pouca qualificação, escolaridade e capacidade intelectual. Com isso, tendo em vista o pouco interesse das diversas ciências em desenvolver melhores tecnologias e processos, temos ainda hoje, no do século XXI, os mesmos problemas que tínhamos há séculos atrás: processo lento, insalubre, com alto índice de desperdício (de material e mão-de-obra) e com baixos índices de qualidade. Nos idos da década de 1990, com a grande divulgação da série de normas ISO-9000, inúmeras empresas buscaram a certificação voluntária numa das normas da série, com objetivo de melhorar seus processos produtivos, reduzir custos operacionais com a redução de desperdício, qualificando e monitorando seus fornecedores, obrigando-os também
a melhorarem seus processos e produtos. Na Construção Civil não foi diferente. Entretanto, até hoje, muita resistência ainda é vista quando se fala em implantação de um Sistema de Gestão da Qualidade baseado na norma ISO-9001. Seja por parte dos empresários, muitos deles estabelecidos há décadas e que mantém a ideia de que “sempre se fez assim e deu certo até agora, por quê mudar?”, seja por parte dos operários, que tendem muitas vezes a acreditar que isso vai fazê-los perder o emprego, seja por falha dos consultores/gestores do sistema, que não são profissionais da área e não sabem como tratar as “armadilhas” que se apresentam pelo caminho. Embora não se tenha num estudo estatístico consistente, sabe-se que em um canteiro de obras “tradicional”, o índice de perda atinge (podendo superar, em alguns casos) os 30% do custo da obra! O desperdício está nos mais diversos aspectos e departamentos de uma obra. Desde a falha no planejamento, no erro da estocagem de materiais, na superprodução de argamassas e concretos para o uso em seu tempo de utilização adequado, na compra
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excessiva de madeiras e outros insumos (como drywall, parafusos, pregos, etc), na espera por materiais em falta no estoque, no retrabalho, perdas por danos em transporte. Tende-se a acreditar que estas perdas elevadas são causadas apenas pela baixa qualificação dos operários envolvidos na operação de lançar concreto e assentar tijolos, de cortar e aplicar drywall ou durock, ou madeiras. Na verdade, o desperdício tem início ainda na fase de projeto e passa de maneira substancial pelo planejamento e pela administração do canteiro. Experiências bem sucedidas têm nos mostrado ao longo de mais de 20 anos que um Sistema de Gestão da Qualidade ISO9001 bem implantado em empresas da área de Construção Civil proporciona grande redução nos índices de perda, redução nos acidentes de trabalho, melhoria de rentabilidade, melhoria na qualidade final do produto oferecido, melhoria na qualificação da mão-de-obra e redução do tempo de execução. Os processos baseados na ISO-9001 tendem a ser mais eficazes por utilizarem técnicas de planejamento mais adequadas a cada etapa do processo produtivo, melhorando a forma de aquisição de materiais, seu recebimento e sua guarda, além da utilização adequada de cada material no momento certo e na quantidade necessária. Em paralelo, é comum a implementação de processos de 5S, ou housekeeping. Esta metodologia de trabalho visa desenvolver um ambiente de trabalho mais sadio, limpo e saudável, onde cada coisa fica em seu devido lugar. Ganha-se com a conscientização
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de todas as equipes, que passam a desenvolver suas atividades num ambiente mais agradável, ainda que seja um canteiro de obras, notadamente um local “sujo”, mas que pode ganhar uma nova cara com atitudes simples e eficazes. Um ponto fundamental na implantação de um SGQ em ambientes de obra é a compra de materiais e sua estocagem adequada. A qualificação de fornecedores através da verificação antecipada dos produtos ofertados, da forma de transporte dos materiais e do manuseio destes materiais até à sua entrega é vital para a redução das perdas. Materiais de baixa qualidade, transportados e manuseados inadequadamente geram grandes perdas. Embora falemos de obras, onde aparentemente todos os materiais são brutos, inúmeros produtos e insumos utilizados numa obra são de grande fragilidade e sensíveis a diversos fatores externos, acarretando prejuízos e perdas se não tratados da maneira correta, como por exemplo, tijolos ou blocos de concreto, drywall, vidros, portas, ferramentas elétricas, cimento, concretos e argamassas, aço e areia. E o programa 5S pode ajudar a mantê-los de forma adequada, além de garantir a organização e limpeza dos ambientes, gerando bem estar e economia com redução das perdas e de afastamentos de operários por acidentes de trabalho. A experiência de implantação de SGQ ISO-9001 em canteiros de obras permite afirmar que o custo da implantação é plenamente absorvido pela redução das perdas e pelo aumento da qualidade do produto oferecido ao mercado. Além disso, novos materiais
têm sido desenvolvidos com o objetivo de otimizar o processo construtivo, tornando-o mais rápido e barato. Além de mais limpo. Um exemplo disso é o “durock de isopor”, ou Durock® Foam Tile. Muito mais leve que o cement board, fácil de cortar e limpo, este novo material pode otimizar em até 50% o tempo de colocação em banheiros e outras áreas que recebam água. Pode ser utilizado com os mesmos parafusos, tapes e argamassas que já são utilizados hoje. Ou podemos usar, também, a membrana Schluter®-KERDI, uma membrana plástica que impermeabiliza locais que recebem água, como banheiros e cozinhas. Outro exemplo de novos materiais são os compostos de vinil, que substituem a madeira em muitos projetos. Além de ajudarem na conservação do meio ambiente, já que utilizam em sua composição, garrafas PET® reutilizadas, evitando que elas sejam descartadas nos rios e oceanos. E, para finalizar, já existem projetos de residências de baixo custo construídas por “impressoras” 3D, que utilizam um tipo especial de argamassa de alta resistência e reduz o desperdício a praticamente zero!
António J. Fonseca Arquiteto, Analista de Sistemas, Auditor de Sistemas da Qualidade e Segurança da Informação, Consultor de Empresas, criador do treinamento Empreenda-se™ e CEO da bITs Tech Solutions
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FINANÇAS
Dinheiro para o futuro Por que guardar já? Por Jaime Zimmer
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ependendo de sua idade, se você é bem jovem ou se não recebeu instrução financeira em sua casa, pode parecer estranho ouvir alguém falar sobre reservar dinheiro para o futuro. “O futuro é distante”, você pode pensar. Mas, será? Cada pessoa se insere em contextos a partir de perspectivas próprias sobre a vida e tempo. “Futuro é incerto”, dirão uns, “o futuro é previsível”, dirão tantos outros, e assim vai se levando a vida, na medida do possível. Quando o assunto é finanças, acredito que o futuro é em parte bem previsível, se fazemos bem feito nossa parte, ele nos brinda com bons resultados e nisso é que devemos focar. Você concorda que na América de hoje, ainda é bem possível juntar muito dinheiro? O Mercado aqui proporciona basicamente as mesmas chances para todos, guardadas pequenas exceções. Imigrantes têm alguns desafios que consideramos um pouco maiores se comparados à boa parte da população ameri-
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cana e não é nada relacionado a documentos, investimentos, produtos bancários etc. Os grandes desafios estão dentro das pessoas, desafios da mente. Não é de hoje, que como seres humanos, até sabemos que os maiores dos desafios são os nossos padrões de comportamento, atitudes e as chamadas “zonas de conforto”, não é mesmo? Você já deve ter ouvido alguém, ou você mesmo pode ter expressado isso: “A hora que sobrar um dinheiro eu guardo para o futuro” ou “Quando sobrar um dinheiro, eu protejo minha família”, e sabe quando vai aparecer ou sobrar esse dinheiro? Talvez, nunca! Em finanças “se aprende ou se perde” e a primeira coisa que a gente tem que aprender são conceitos fundamentais a serem adotados já, agora é o seu momento, qualquer que seja sua realidade, não importa se está com pouco ou muito dinheiro. Você deveria ter um plano, um sistema de pagar a si mesmo - plano esse que garantirá automaticamente o seu futuro e o sustentará no presente. Pague a si mesmo primeiro e com o resto você leva sua vida, compra coisas, faz o bem, investe, paga as suas contas, aproveita a vida, tira férias e se diverte. Ninguém vai te obrigar a pagar a
sua própria conta com você mesmo, certo? Se você não cuidar disso hoje, reservar dinheiro para você ter no futuro, quanto dinheiro você vai ter acumulado amanhã para cuidar de você? É simples e claro: nenhum ou insuficiente. Liberte-se do pensamento: “Se eu guardar um pouquinho não vai fazer diferença, então pra que guardar? Quando tiver uma quantidade bem legal, aí sim eu faço isso” e segue na mesma. É o hábito de guardar dinheiro, e investir certo que faz o milionário ser próspero: inicia tudo assim, uma questão de hábito de economizar! Problemas ocorrem por não ter recebido educação financeira, então é necessário pensar em números ao invés de pensar com emoção. Dinheiro e lógica matemática estão juntos de um lado e a emoção do outro lado, você vai ter que entender que dinheiro se administra de maneira extremamente racional para você ganhar no jogo financeiro. Use a lógica e a matemática a seu favor e terá grandes resultados sempre. Se você ficar só nos acessos emocionais, talvez gastando mais do que ganha, suas chances são mínimas de criar riqueza, difícil tanto de sair do seu problema atual, quanto ter alguma coisa no futuro. Se você esta com problemas
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para “ver” sua realidade financeira, deverá aprender o conceito de “funil financeiro” e utilizá-lo pontualmente. É a primeira coisa a fazer. Com ele você vai conseguir se planejar, tendo responsabilidade e disciplina para fazer o que deve ser feito até clarearem as questões mais urgentes. Um “detox” se aproxima - esteja preparado -, aliás a maioria das pessoas acaba precisando de auxílio externos de um bom educador financeiro, e se for o seu caso, não perca tempo e contrate um já. O risco é você ser próspero mais cedo do que você imagina.
Jaime Zimmer Educador Financeiro, Coach de Empreendedores, Empresário, Escritor e Palestrante. Contato: (508) 579.6101 www.okforever.com
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febra.me/metodo-cis-boston
O maior treinamento de Inteligência Emocional do Mundo, o Método CIS, pertinho de você!
B O S TO N
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CINEMA
O hambúrguer do sucesso A história da primeira franquia de fast food que inovou o modo de servir hamburgueres Por Ed Saraiva Jr
“
Os dois requisitos mais importantes para o sucesso são: primeiro, esteja no lugar certo na hora certa e, segundo, faça algo a respeito.” Essa frase de Ray Kroc, empresário responsável por expandir a hamburgueria do McDonald’s, reflete bem a trama do filme “Fome de Poder” (2016) do diretor John Lee Handock. O longa conta a real jornada do empresário Ray Kroc (Michael Keaton), que na década de 50 vendia máquinas de fazer milkshakes (Multimixer) por toda américa, mas que teve uma reviravolta em sua vida, quando recebeu um pedido de 8 batedeiras vindo de um restaurante chamado McDonald’s, localizado em San Bernardino, Califórnia. Ao chegar no estabelecimento, foi surpreendido pela qualidade e rapidez em que os hambur-
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gueres eram servidos. Enquanto no modelo Drive In, os alimentos demoravam cerca de 30 minutos para serem entregues aos clientes (e muitas vezes vinham pedidos errados), no restaurante dos irmãos Dick (Nick Offerman) e Mac (John Carroll Lynch) os hamburgueres saíam em 30 segundos. Ao descobrir aquela ideia inovadora, Kroc conseguiu enxergar além dos próprios fundadores daquele negócio. Enquanto os irmãos McDonald’s partiam de uma ótica mais conservadora de mercado, Ray Kroc queria expandir aquela marca e apresentou uma proposta ambiciosa de administrar franquias para outras cidades. Os resultados poderiam satisfazer o investidor, não fosse a pequena porcentagem que recebia dos proprietários do restaurante. Quando Ray Kroc encontrou-se a beira da falência, tendo até que hipotecar a sua casa, fez outras propostas aos irmãos McDonald’s para melhorar as suas finanças, entretanto, todas elas foram recusadas. Porém, o empresário Harry J. Sonnerborn (B.J. Novak) apresentou-lhe a ideia de comprar os terrenos dos restaurantes
para receber alugueis dos franquiados. Quem vai ao McDonald’s para saborear um delicioso hambúrguer, não imagina que por trás dele, aconteceu uma história repleta de intrigas, paixões e buscas insaciáveis por dinheiro. Como o próprio título em português diz, a fome de poder, é muito bem retratada pela brilhante atuação de Michael Keaton, que apresenta de maneira magistral a figura controversa de Ray Kroc. O filme está no catalogo na Netflix e tem uma nota de 7,2/10 no IMDb. Vale a pena assistir e notar cada passo que as grandes mentes deram para obter o sucesso.
Ed Saraiva Jr Escritor, jornalista e editor Instagram: @edsaraivajr_escritor
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MATÉRIA
Hugo Bonemer palestra em primeira Conferência de Brasileiros criadores de conteúdo nos EUA Conferência irá discutir sobre responsabilidade dos influenciadores e impacto do conteúdo no mundo Por Késia Moura
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mundo conta hoje com cerca de 7.6 bilhões de pessoas e cerca de 55% delas, ou seja, 4.1 bilhões, estão conectadas à internet, conforme mostra o mais recente relatório divulgado pela HootSuit e pela WeAreSocial. Por estar conectado e ser produtor de conteúdo para as redes sociais, Hugo Bonemer, que é brasileiro, ator, dublador, apresentador, músico e tem quase 400 mil seguidores em suas redes sociais, onde compartilha diariamente conteúdo que defende o respeito à diversidade e também por suas escolhas relacionadas ao meio ambiente, irá palestrar
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REVISTA EXATO
Hugo Bonemer será uma das atrações da primeira edição do evento CRE8, em Boston - Foto: Divulgação
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sobre a “responsabilidade dos influenciadores e do impacto do conteúdo no mundo”, durante a Conferência de Brasileiros Criadores de Conteúdo nos EUA. Favorável a liberdade de expressão e produtor de conteúdo nas redes sociais, ele defende a ideia de que “é importante associar o entretenimento ao conhecimento. “A função do artista não é de influenciar ou sugerir, mas de provocar, questionar e deixar que o espectador procure soluções para a própria vida enquanto se entretém,” frissou Hugo. O CRE8 é um evento que tem o intuito de conectar influenciadores, criadores, produtores de conteúdo, marcas e negócios para te ajudar a aproveitar ao máximo o potencial das plataformas sociais e do marketing de conteúdo.
Conferência de Brasileiros Criadores de Conteúdo nos EUA CRE8 A Conferência de Brasileiros Criadores de Conteúdo nos EUA (CRE8) receberá o Hugo Bonemer e mais 10 palestrantes em 8 horas intensas de programação, com ações promocionais, contato, troca de conhecimento para compartilhar, como os criadores de conteúdo podem refinar seu trabalho, e como as marcas
Hugo Bonemer Hugo Bonemer é ator, dublador, apresentador e músico. Foi protagonista da versão brasileira de “Broadway Hair”, de “Ayrton Senna”, “O musical” (no Brasil e em Portugal), e de “Rock in Rio”. O premiado ator participou recentemente do Show dos Famosos no “Domingão do Faustão”, onde deixou o público de queixo caído com suas apresentações. Também é apresentador do canal “L!ke”, na NET/Claro TV, que acabou de ser lançado no Youtube. No canal ele faz indicações de filmes e séries. Esteve também em duas temporadas de “A vida Secreta dos Casais” na HBO, “Preamar” e “O Negócio”. Esteve no ar em séries da Universal Channel, TV Brasil, GNT e no cinema em “Confissões de adolescente”, na animação “Trolls” e em “Bohemian Rhapsody”.
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A FUNÇÃO DO ARTISTA NÃO É DE INFLUENCIAR OU SUGERIR, MAS DE PROVOCAR, QUESTIONAR E DEIXAR QUE O ESPECTADOR PROCURE SOLUÇÕES PARA A PRÓPRIA VIDA ENQUANTO SE ENTRETÉM.”
podem se aproveitar dessa expertisse. O evento acontecerá no dia 27 de Outubro no District Hall, Seaport Boston. O District Hall é um dos parceiros do evento, apoiando a ideia e o projeto por ter tudo a ver com sua missão. O District Hall é o primeiro centro público de inovação independente do mundo a realizar um evento desse porte e é a conexão que os brasileiros precisam, unindo ainda mais a cultura brasileira à americana, garantindo o acesso e a democratização da inovação, da colaboração e da criatividade como motores para a mudança no mundo que conhecemos hoje. Hugo Bonemer é apenas um dos nomes. Yotubers locais e bloggers de Boston também já tem presença confirmada no evento que já está reunindo grandes nomes de Nova York, New Jersey, Flórida e até do Brasil. Entre eles: Rebecca Jackson-Salado do canal “Minha professora Gringa”, Jacques Vanier, Lu Levy, Lorrayne Mavromatis, Jayme Riberio do canal “A Grande Maçã”, Anderson Farm do canal “Nossa Vida USA”, e outros. A conferência terminará em festa ao som do DJ e Youtuber Luan Poffo que vem direto do Brasil para o evento. Para mais informações sobre o evento e adquirir o ticket, acesse: www.sejacre8.com.
Hugo Bonemer
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EMPREENDEDOR DO MÊS
Referência quando o assunto é seguro e excelência no atendimento Por Thaís Partamian Victorello
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uem conversa com Stephanie Miranda não imagina que está falando com uma americana. Fluente em português, a simpática empresária (que é casada com um brasileiro) fala melhor o idioma do que muitos de nós brasileiros. Há pouco mais de 6 anos, ao perceber a ineficiência de parte das agências de seguros que estavam no mercado, Stephanie enxergou uma boa oportunidade para empreender e decidiu então estudar e investir neste ramo, com o objetivo de oferecer ao público seguros completos, com valores compatíveis e qualidade nos serviços prestados. Determinada a fazer a diferença na comunidade brasileira, americana e hispana, a empresária fundou a Miranda Services, em Woburn (MA), oferecendo os mais diversos tipos de seguros pessoais e comerciais nos estados de Massachusetts, Connecticut, New Hampshire e New York. Com a experiência adquirida nesses anos, quando questionada sobre a diferença entre as agências, a empresária afirma: “Nós entendemos as dificuldades que nossos clientes passam e
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que há uma carência de informação para os imigrantes. Na hora de fechar qualquer tipo de seguro é muito importante o cliente entender corretamente as coberturas e nós temos a habilidade de passar essas informações de maneira clara e completa.” Todo esse trabalho e dedicação fizeram com que hoje Stephanie se tornasse referência na área, representando mais de dez empresas de seguros nacionais. A ideia de empreender e criar um equipe de profissionais capacitados e treinados para fazer a diferença deu tão certo, que Stephanie está prestes a inaugurar a segunda unidade da Miranda Services, desta vez na cidade de Millbury (MA). “Nós vimos um crescimento de clientes que moram na área de Worcester, Springfield e Connecticut que estavam indo até Woburn procurando seguros... Já tivemos ocasiões de irmos ao encontro de clientes no meio do caminho para facilitar para eles. Foi então que tivemos a ideia de abrir uma segunda unidade para atendermos a esses clientes da melhor maneira possível”, relata Stephanie. A empresária atribui o suce-
sso e expansão da empresa à honestidade, dedicação e bom relacionamento com os clientes: “Trabalhamos com a mentalidade de que o nosso cliente e a empresa dele são nossos amigos. Nós escutamos o que eles (clientes) precisam e fazemos de tudo pra atendê-los da melhor maneira possível”, afirma.
PERFIL NOME: Stephanie Miranda NATURALIDADE: Connecticut RESIDENTE: Massachusetts RAMO DE ATIVIDADE: Seguros www.mirandaservicesinc.com FRASE DE SUCESSO: “Nós escutamos o que eles (clientes) precisam e fazemos de tudo pra atendê-los da melhor maneira possível”.
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Foto: Samuel Andrade
Stephanie Miranda Empresรกria
ORGANIZAÇÃO
Seja bem-vindo, Outono! E agora, como guardar as roupas fora de estação? Por Bruna Granells
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verão se foi, e a mudança de estação é um momento propício para dar uma geral no closet. Juliana estava com o closet cheio de roupas fresquinhas de verão e que não seriam usadas na próxima estação. Então, chegou a hora de tirar essas peças de circulação, mas como? 1. O primeiro passo é analisar todas as peças, verificar as roupas que não servem mais, peças desgastadas ou manchadas, ou peças que ela não gostaria de repetir no próximo verão e doar. Isso inclui também roupas íntimas, roupas de praia, roupas de ginástica e calçados. É hora de praticar o desapego! 2. Agora, vamos abrir espaço para as roupas de outono/inverno. Vamos selecionar as peças que dificil-
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mente serão usadas nessa estação como: • Blusinhas de alcinha • Vestidos de tecido fino • Shorts • Bermudas • Roupas de praia • Pijamas e camisolas leves Juliana colocou sobre a cama todas essas peças e separou-as por categoria: blusa com blusa, short com short, roupas de praia com roupas de praia... Agora ela precisava proteger essas peças, para que elas fiquem perfeitas quando voltarem ao closet novamente. 3. Cuidados de armazenamento: é de suma importância que as roupas que serão armazenadas sejam lavadas antes de guardar. Manchas podem não estar evidentes agora, mas podem aparecer com o tempo e danificar as peças, e a gordura da pele causa odores e atrai traças. Sacos plásticos ou caixas de papelão não são apropriados para o armazenamento das peças. Eles retêm umidade e causam bolor. 4. Onde guardar essas peças? As melhores opções são:
• Embalagens com fechamento à vácuo: fazem mágica no closet, ocupando menos espaço, sendo muito mais fáceis de armazenar. • Caixas containers: etiquetas identificam os produtos armazenados. • Malas: a Juliana tem 2, mas pretende usá-las em breve. Entretanto se ela tivesse malas extras, seria uma boa opção. Para maior proteção das peças, estas devem ser colocadas dentro de uma fronha ou capas de TNT antes de guarda-las. • Caixas organizadoras: podem ser armazenadas embaixo da cama. Espaço precioso quando você tem um pequeno closet. ARMAZENANDO ROUPAS DAS CRIANÇAS Juliana tem 2 filhos, de 6 e 10 anos. Utilizamos o mesmo processo para elas. Mas, como estão em constante crescimento, é bem provável que grande parte das roupas de verão não sirvam mais no próximo ano. Precisamos analisar as peças com cuidado. As que já estão à conta, serão doadas. Os closets dos filhos de Julia-
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na possuem prateleiras no alto, pouco utilizadas e de difícil acesso para os pequenos. É um aliado! Caixas de plástico transparente com etiquetas serão utilizadas para armazenar as peças neste local. Aproveite esse momento para também limpar o closet. Se tem problemas de mofo, use uma solução de água (20%) e vinagre branco (80%) no borrifador. Aplique com um pano de microfibra e use luvas, pois o contato constante com o vinagre pode causar irritação na pele. O cheiro pode parecer forte, mas some dentro de algumas horas. Coloque tudo em ordem e vamos curtir o outono!
Brunna Granells Personal Organizer
Contato: (774) 778.4395 Instagram: @brunnaorganizer
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GASTRONOMIA
A fruta favorita do Outono A maçã marca presença na nova estação
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utono também é época de juntar a família para divertidas atividades ao ar livre. Aqui vão algumas atividades para esse mês, então reveja sua agenda e curta bastante essa estação. Faça caminhadas ou pegue as bicicletas e faça passeios em meio a mais colorida estação das folhas. Aproveite e colecione algumas folhas criando mais memórias com seus filhos ou netos. Ahh, já fez uma montanha de folhas para pular? Se não, agora é o momento! Também não esqueça de visitar as fazendas de abóboras. Além de maravilhosas receitas que você pode fazer com algumas variedades, elas também são responsáveis por coloridas fotos. Solte sua imaginação! E obviamente não podemos esquecer da colheita de maças nas fazendas. Com certeza, nos mercados você pode encontrar maçãs o ano intei-
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ro, mas acho que podemos concordar em uma coisa: não com o mesmo sabor e textura das que são colhidas diretamente no pé. E o que fazer quando a “turma” se empolga e leva demais frutas para casa? Bem, tortas de maças, entre outras delícias, não podem faltar nessa estação, então vamos a uma receita prática e tradicional que vai deixar todo mundo de água na boca. Sirva com um café bem quentinho ou com chantilly e sorvete: você decide! TORTA DE MAÇÃ AMERICANA Ingredientes: 300 g de farinha 2 colheres de sopa de açúcar 175 g de manteiga sem sal 1 gema de ovo 1 colher de sopa de água fria 1 pitada de sal refinado açúcar de confeiteiro canela moída 6 ou 7 maçãs Modo de Preparo: 1. Aqueça o forno a 200ºC. Peneire a farinha e a pitada de sal. Misture ao açúcar, a manteiga e a
gema de ovo. 2. Use a batedeira e bata até formar uma bola no centro da tigela. 3.Retire a massa e, em uma superfície polvilhada com farinha, trabalhe a massa ligeiramente. Embrulhe a mistura e leve por 30 minutos à geladeira. 4.Retire a massa do refrigerador e sove ligeiramente. 5. Estenda metade para forrar uma forma de torta alta. Umedeça as bordas da massa com água. 6. Descasque, descaroce e corte as maçãs em pétalas. Adicione um pouco de farinha e de açúcar mascavo e misture levemente até que as maçãs fiquem bem cobertas com a mistura. 7. Estenda o restante da massa, formando uma tampa e cubrindo as maçãs. Apare e comprima as bordas da massa e utilize as aparas para decorar a parte de cima da torta. Pincele a superfície com borrifos de água e polvilhe com açúcar de confeiteiro e canela. 8. Leve ao forno por 25 a 30 minutos ou até ficar com um tom castanho-dourado. Retire do forno, e polvilhe com açúcar fino. Bom Apetite!!
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IMIGRAÇÃO
Divórcio para quem mora nos EUA Por Weslaine Milhomem
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divórcio é a dissolução do casamento por vontade das partes. Segundo a legislação brasileira, o divórcio pode ser feito a qualquer tempo e somente após o divórcio os cônjuges podem casar-se novamente. É muito comum brasileiros que residem nos EUA questionarem: “Casei no Brasil, mas atualmente moro nos Estados Unidos e quero me divorciar... O que devo fazer?” Muitas pessoas tem essa dúvida. Como proceder? Para começar, existem situações e tipos diferentes de processo de divórcio. Vamos à análise de duas situações: Caso 1: Quando há filhos menores envolvidos, ou em caso de divórcio litigioso. Neste caso há a questão de alimentos a ser definida, por isso este processo deverá ser feito através de via judicial, o que torna o processo um pouco mais demorado. No caso de divórcio com filhos menores, um dos bens jurídicos a serem protegidos é a saúde, o conforto e a vida dos filhos menores em questão. Há de se
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abordar a pensão alimentícia bem como a guarda da criança, motivo pela qual não pode ser feito pela via extrajudicial. Atualmente na jurisprudência brasileira tem sido muito utilizado a guarda compartilhada, onde o que se leva em conta é principalmente o benefício da criança. Neste caso, o pai e a mãe são igualmente responsáveis pelo bem estar da criança, isto significa: dividir responsabilidades e tomar decisões em conjunto sempre em prol da criança. Apesar de a existência de filhos menores não possibilitar o divórcio extrajudicial, há a possibilidade do divórcio consensual, onde os pais entram em acordo sobre a guarda do menor bem como pormenores da sua vida, como por exemplo a educação e condições de visita ou guarda, evitando assim o desgaste emocional, custo e redução do tempo de processo. Caso 2 - Divórcio sem filhos menores e/ou divórcio consensual. Com a publicação da Lei 11.441/07 tornou-se possível a realização do divórcio através de escritura pública lavrada em Car-
tório, porém ainda há a necessidade da presença do advogado das partes para a lavratura da escritura. A escritura de divórcio não precisa de homologação judicial. Na escritura poderá conter a partilha dos bens comuns ao casal, bem como a pensão alimentícia, desde que seja consensual e claro, não haja filhos menores envolvidos. Este tipo de processo administrativo costuma ser mais rápido e sem as burocracias que existem em um processo judicial. Lembrando que após a lavratura da escritura de divórcio, para que seus efeitos legais sejam validados, a escritura deverá ser averbada à margem da certidão de casamento no Cartório de Registro Civil onde foi celebrado o casamento. Em caso de divisão de bens, a escritura de divórcio deverá ser registrada nos órgãos competentes, como: Registro de Imóveis, DETRAN, bancos, Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas ou Juntas Comerciais (em caso de sociedades). Entendido os tipos de processos de divórcio, vamos a pergunta do início da matéria: como desfazer um casamento feito no Brasil estando nos Estados Unidos?
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Muitas pessoas fazem essa pergunta em virtude de não poderem se ausentar do seu atual país de domicílio, como aqui nos Estados Unidos, por exemplo. A Lei 12.874/13 facilitou o processo autorizando o brasileiro a fazer o divórcio perante os Consulados. Vejamos o que diz a lei na íntegra: Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a possibilidade de as autoridades consulares brasileiras celebrarem a separação consensual e o divórcio consensual de brasileiros no exterior, nas hipóteses que especifica. Art. 2º O art. 18 do DecretoLei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942, passa a vigorar acrescido dos seguintes §§ 1º e 2º : “Art. 18: § 1º As autoridades consulares brasileiras também poderão celebrar a separação consensual e o divórcio consensual de brasileiros, não havendo filhos menores ou incapazes do casal e observados os requisitos legais quanto aos prazos, devendo constar da respectiva escritura pública as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu nome de solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se deu o casamento. § 2º É indispensável a assistência de advogado, devidamente constituído, que se dará mediante a subscrição de petição, juntamente com ambas as partes, ou com apenas uma delas, caso a outra constitua advogado próprio, não se fazendo necessário que a assinatura do advogado conste da escritura pública.” Ressaltando que para este tipo de divórcio existem condições específicas:
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1) que as partes estejam em comum acordo; 2) Não haja filhos menores ou incapazes; 3) As partes deverão ser assistidos por advogado brasileiro inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ou por defensor público; 4) ambos os cônjuges devem ser brasileiros; 5) o casamento deve ter sido celebrado no Brasil, em cartório de registro civil, ou, se realizado no exterior, deve ter a certidão de registro trasladada, no Brasil, no Cartório de 1º Ofício do Registro Civil. Assim como a escritura de divórcio lavrada no Brasil, ela deverá constar a partilha de bens, pensão alimentícia (se houver) e alteração de nome dos cônjuges. Caso a situação não atenda aos requisitos acima mencionados, o casal poderá fazer uma Procuração Pública em nome do seu advogado com poderes especiais para o divórcio. Lembrando que o Consulado não fornece
CASEI NO BRASIL, MAS ATUALMENTE MORO NOS ESTADOS UNIDOS E QUERO ME DIVORCIAR, O QUE DEVO FAZER?”
ou digita os textos, peça ao seu advogado para fazer a minuta da procuração para ser apresentada no dia agendado no Consulado. CASAMENTO E DIVÓRCIO CELEBRADO NOS ESTADOS UNIDOS Com a entrada em vigor do novo Código de Processo Civil (CPC), em 16 de março de 2016, a sentença norte-americana de divórcio consensual simples pode ser averbada diretamente no cartório brasileiro em que o casamento foi registrado, sem a necessidade de homologação junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). A averbação direta em cartório brasileiro dispensa a assistência de advogado ou de defensor público. Porém, em caso de divórcio litigioso ou consensual em que haja sentença dispondo sobre guarda de filhos, partilha de bens e definição de pensão alimentícia, a sentença obrigatoriamente deverá ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Lembrando que toda a documentação em língua estrangeira deverá ser traduzida por um tradutor público juramentado antes de ser apresentada aos órgãos competentes.
Weslaine Milhomem Adovogada, com pós-gradução em direito imobiliário e integrante da equipe The Yerman Group Attorneys at Law Contato: (508) 737-5798
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Foto: Fรกbio Nascimento
CAPA
Verônica Oliveira:
o que é que a baiana tem? Conheça a trajetória bem sucedida da empresária Veronica Oliveira, fundadora da marca Tapioca da Baiana Por Thaís Partamian Victorello
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ra quem entende um pouco da culinária e da cultura da Bahia, sabe que a tapioca é queridinha dos baianos e que, com o passar do tempo, caiu no gosto popular em todas as regiões brasileiras. Versátil e saborosa, a iguaria feita à base de uma substância extraída da mandioca, que pode ter o recheio doce ou salgado, tem conquistado notoriedade também nos Estados Unidos. Isso por que cada vez mais empreendedores brasileiros tem investido no ramo gastronômico, trazendo para a mesa do americano o gostinho brasileiro. Uma das principais responsáveis por essa expansão da tapioca no mercado americano é a
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empresária Veronica Oliveira. Fundadora da marca “Tapioca da Baiana”, Veronica mudou-se para os Estados Unidos pensando em trabalhar, juntar dinheiro e voltar para o Brasil para investir em uma tapiocaria. O que ela não imaginava é que o sonho seria realizado ali mesmo, na Terra do Tio Sam. Mas engana-se quem pensa que a trajetória trilhada pela empresária foi fácil. Ainda no Brasil, Veronica trabalhou como babá, vendedora e atuou na área da enfermagem. Em 2009, ela decidiu mudar-se para os Estados Unidos e foi morar sozinha em Richmond, no estado americano da Virgínia. Tempos depois, mudou-se para Massachusetts, onde casou-se com Adriano.
Em 2010, a empresária resolveu colocar, literalmente, “a mão na massa” e “arregaçar as mangas”, apresentando a comunidade brasileira local a goma de tapioca totalmente artesanal, que aprendeu a fazer com sua mãe e sua avó. O sucesso foi tão grande que em 2015 Veronica e o marido Adriano investiram os recursos financeiros do casal na compra de um restaurante, o “BR Takeout”, localizado na cidade de Framingham (MA), cujo cardápio é totalmente voltado para a culinária brasileira, e claro que no cardápio não poderia faltar a tapioca. “A ideia de abrir um restaurante surgiu no ano de 2014, com intuito de focar na comercialização da
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Foto: Fรกbio Nascimento
tapioca como renda extra. A Tapica da Baiana (marca registrada) nasceu antes do nosso restaurante. O sonho já existia, mas Jesus trouxe a concretização e o crescimento”, relembra a empresária. Com a marca consolidada no mercado e o restaurante muito bem sucedido, hoje o casal de empresários é referência de sucesso para a comunidade brasileira quando o assunto é empreendedorismo. Confira a entrevista exclusiva que a revista EXATO fez com a empresária da tapioca. REVISTA EXATO - Quantos empregos diretos e indiretos a marca gera atualmente? Veronica Oliveira: Nós empregamos em torno de 45 colaboradores. REVISTA EXATO - A tapioca é um produto tipicamente brasileiro. Como tem sido a receptividade no mercado americano e hispano? Veronica Oliveira: Temos um excelente retorno dos americanos e latinos em geral. E por incrível que pareça, muitos brasileiros ainda não conhecem tapioca. REVISTA EXATO - O que diferencia o seu produto, no quesito qualidade, das demais marcas que existem no mercado aqui nos EUA? Veronica Oliveira: Nosso produto é puro, sem químicos nenhum. Nossa fábrica é local e o nosso processo é o mais artesanalmente possível. REVISTA EXATO - Qual é o maior desafio para novos empreendedores? Veronica Oliveira: São muitos os desafios (risos). Eu creio que o maior deles é a educação de público. EXATO - A Tapioca da baiana está com uma nova embala-
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gem. Qual o motivo da mudança? Tem haver com a identidade da marca? Veronica Oliveira: Desde o início eu tinha o sonho de trazer, através da embalagem, a nossa identidade, nossa essência... Tudo aquilo que sou, vivo e acredito. REVISTA EXATO - Você pretende lançar outros produtos com a marca Tapioca da baiana? Veronica Oliveira: Sim, esse é um projeto que temos para os próximos anos. REVISTA EXATO - Pra você o que significa ser um empreendedor bem sucedido? Veronica Oliveira: Ser bem sucedido é algo singular de cada pessoa. Eu creio que ser bem sucedido é ter uma vida com Deus, ter uma família estruturada, e o resto é consequencia de trabalho duro. Quantas pessoas milionárias são miseráveis? E quantas pessoas que vivem com tão pouco são riquíssimas em sabedoria? Esse é um ponto que sempre eu reflito... Meu maior sucesso é a minha família, meus amigos... Ter pessoas que, nas horas mais difíceis, eu possa contar. REVISTA EXATO - Com a experiência adquirida no setor empreendedor, você tem algum projeto de compartilhar com a comunidade brasileira as informações básicas de como abrir uma empresa bem sucedida nos EUA? Veronica Oliveira: Esse é um dos meus sonhos: agregar valores em meio a nossa comunidade, principalmente mulheres, que muitas vezes por preconceitos ou até mesmo por violência, foram paralisadas. REVISTA EXATO - Qual conselho você daria para o imigrante brasileiro que tem o sonho de
empreender em solo americano? Veronica Oliveira: Comece hoje mesmo! Pesquise, estude... Existem conteúdos gratuitos, onde você receberá muitas informações valiosas. O dia é hoje! Segunda coisa: não compartilhe seus sonhos com qualquer um. Existem inimigos vestidos de amigos...CUIDADO: o negativismo e pessoas negativas podem destruir os seus sonhos.
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FAMÍLIA
O desafio de ser pai e mãe nos dias de hoje Orientações de uma psicóloga cristã Por Marisa Lobo
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ós podemos falar sobre educação familiar sob várias perspectivas. A antropológica, religiosa e psicológica são algumas delas, e todas são válidas, porque não se excluem. Pelo contrário, elas se agregam através de um conhecimento que foi herdado e construído ao longo dos séculos, o que nos permite refletir sobre o desafio de ser pai e mãe nos dias de hoje, uma responsabilidade que parece estar ficando cada vez mais difícil na atual geração. Quero trazer aqui situações reais, frutos do que tenho ouvido dos pais e do que já presenciei ao lidar profissionalmente com a dificuldade de lidar com os conflitos familiares. Sem dúvida você vai se encaixar em algum desses contextos, dos quais pretendo repassar algumas orientações simples, porém eficientes. Não se trata de uma receita mágica e universal, porque cada caso pos-
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sui suas peculiaridades, mas é uma visão que abrange boa parte dos problemas e maneira como a maioria dos pais confirmam a eficiência da orientação. 01 – Não crie falsas expectativas Alguns pais sentem muita dificuldade quando percebem que a educação dos filhos não é tão fácil o quanto imaginavam. O principal motivo disso em nossos dias é a diferença de geração. Há 20 anos atrás, não tínhamos o acesso à internet e dispositivos tecnológicos como nos dias de hoje. Os filhos eram educados pelos pais ou no máximo por pessoas próximas, como parentes e vizinhos, sendo a base comunitária e o vínculo familiar a principal referência das crianças. Atualmente, isso é praticamente impossível! A família atual educa seus filhos na companhia da internet, um mundo conectado e repleto de informações que constantemente desafiam a autoridade dos pais e colocam seus ensinos à prova. A recomendação nesse caso é ter a consciência de que vocês podem, sim, se sentir impotentes
em algumas situações. Desafiados, questionados e cansados. Saber disso é importante porque evita que você queira vestir a roupa do super pai ou mãe, e mais na frente se frustrar. Apenas seja pai e mãe, sem se preocupar em ter todas as respostas e soluções. O “não saber” faz parte do aprendizado de grandes pais e mães. O mais importante nessas horas é estar presente afetiva e fisicamente na vida dos seus filhos, de forma positiva, porque isso já é 50% do que eles precisam. 02 – Crie limites precisos Por alguns motivos já explicados acima, a nossa geração está marcada pela falta de limites. Crianças crescendo sem saber lidar com a frustração de ouvir o “não” tem sido um mal terrível. O imediatismo e a ansiedade tomaram conta de muitos relacionamentos e os filhos estão absorvendo essa dinâmica psicológica negativa, porque não possuem limites como referência. A orientação contra isso é criar regras. Elas devem existir, obviamente, de acordo com cada faixa etária, mas quan-
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to mais cedo forem aplicadas, melhor. Quanto mais tarde, mais trabalho os pais vão ter para cobrar o cumprimento delas. Independente disso, há orientações gerais, como por exemplo, determine os horários de acordar, dormir, se alimentar (refeições principais), estudar e brincar. Determine tarefas simples como arrumar a cama e o quarto, guardar os brinquedos, talheres ou lavar pequenas quantidades de roupas, louças (de acordo com a idade), varrer o terraço e também o tempo que passam na internet. Isso é muito crucial para o autocontrole, disciplina e respeito às figuras de autoridade no futuro.
diferença alguma a sua palavra em relação a qualquer outra orientação de “amigos”. Você pode ser amigo dos seus filhos, mas sem perder a sua posição de autoridade. Para isso reforço a importância do item dois acima (crie limites precisos), onde a cobrança por ele marca essa diferença. Suas cobranças fazem parte da sua autoridade, enquanto o sentar e ouvir, conversar e explicar o motivo dessas cobranças, fazem parte da amizade. Quando empatia, diálogo, paciência, limites e cobranças caminham jutos, você se torna amigo sem deixar de ser autoridade.
03 – Não confunda autoridade com amizade Outro grande problema de pais e mães atualmente é a confusão que fazem da amizade com os filhos com a posição de autoridade. Muitos pais querendo se tornar amigos dos filhos deixaram de exercer a função de pai e mãe, enquanto outros querendo apenas exercer autoridade, deixaram de ser amigos dos filhos, se tornando pessoas distantes e “frias” com eles, como se respeito se conquistasse com semblante emburrado e palavras de ordem o tempo inteiro. Esse é um problema sério, porque os filhos que crescem achando que os pais são apenas grandes amigos, não vão ouvir suas orientações quando estiverem mais velhos. Diante de questões decisivas na vida, quando você, pai ou mãe, orientar um caminho, eles não vão tomar a sua palavra como a de alguém que possui autoridade em sua vida, mas apenas como um conselho de “amigo”. Nesse caso, não faz
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NÃO ADIANTA EXIGIR DOS FILHOS ALGO QUE VOCÊ MESMO NÃO TRANSMITE. A MELHOR EDUCAÇÃO DOS FILHOS ESTÁ NO EXEMPLO DOS PAIS. A NATUREZA NOS DOTOU DA CAPACIDADE DE APRENDIZADO POR IMITAÇÃO.” Dra. Marisa Lobo
04 – Seja o maior exemplo para seus filhos Não adianta exigir dos filhos algo que você mesmo não transmite confiança, valor e dedicação. A melhor educação dos filhos está no exemplo dos pais. A natureza nos dotou da capacidade de aprendizado por imitação. Filhos que crescem em um ambiente emocionalmente equilibrado, tendo uma rotina básica essencial para o cumprimento de compromissos como estudo, trabalho, hora de lazer, vida social, religiosa e tantas outras atividades, aprendem muito mais através do exemplo do que da ordenança. Isso exige disciplina também dos pais, por isso educar filhos não é uma tarefa tão simples. Ela requer maturidade dos pais, disposição e compromisso. O bom é que o amor que sentimos por nossos filhos torna essa atividade muito mais prazerosa. É um ofício que ao longo dos anos nos trás orgulho e felicidade, muito mais do que qualquer outra coisa. Acredite, você pode aprender sempre e com isso melhorar a relação com seus filhos. Basta querer!
Dra. Marisa Lobo Psicóloga Palestrante, Pesquisadora, Teóloga e Escritora Cristã. Instagram: @marisa_lobo
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POLÍTICA
Fim da escravidão e início da segregação Como reparar séculos de injustiças nos EUA Por Giuseppe Regina Jr.
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tualmente, mesmo após o sucesso do movimento pelos direitos civis, a população negra americana apresenta, em média, maiores taxas de mortalidade infantil, menor expectativa de vida, maiores taxas de desemprego, menor renda e maiores taxas de prisão do que a população branca. Alguns argumentam que esses problemas sejam o legado da escravidão, causado pela discriminação e pelo racismo da sociedade. Sendo assim, alguns afro-americanos defendem reparações, uma espécie de compensação financeira pelo trabalho livre que os negros foram forçados a executar durante os 250 anos de escravidão. Reparações para a escravidão não é uma ideia recente. Após o fim da Guerra Civil Americana, republicanos no Congresso aprovaram leis exigindo o confisco de propriedades de Estados Confe-
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derados para fornecer a famílias de ex-escravos, 40 acres de terra e uma mula, entretanto com o assassinato do Presidente Abraham Lincoln, o novo Presidente Andrew Johnson vetou a legislação. Na verdade, reparações por injustiças cometidas por governos no passado não é uma proposição nova. Por exemplo, o Governo Americano foi obrigado pela Suprema Corte, em 1980, que pagasse a oito tribos indígenas Sioux uma multa para compensar a tomada ilegal de suas terras indígenas em 1877. Em outro caso, o Congresso Americano aprovou, em 1988, o pagamento de compensação para cidadãos nipo-americanos que haviam sido internados em campos de prisioneiros, em Estados como Califórnia e Washington por exemplo, durante a Segunda Guerra Mundial. Um exemplo do Exterior, em 1952 a Alemanha concordou em pagar billões de Marcos (antiga moeda Alemã) ao Estado de Israel como forma de reparação pelos horrores do Holocausto. Porém, sempre ficará a pergunta: se os valores destas reparações foram justos ou não e por conseguinte como se calcularia o valor justo para uma reparação junto a co-
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munidade negra Americana. Um fato indiscutível é que o trabalho escravo não remunerado ajudou a construir a economia americana de hoje, criando uma vasta riqueza que os afro-americanos foram impedidos de compartilhar. Apesar do assunto reparação aparentar ser justo e devido, existe uma grande divisão de opiniões entre os americanos. Algumas pesquisas demonstram que apesar de 83% dos afro-americanos acharem que deve existir algum tipo de pagamento em dinheiro como reparação, apenas 17% dos brancos concordam com pagamento em dinheiro como forma de reparação. Esta diferença é explicitada pelas opiniões a favor e contra a reparação financeira pela escravidão nos EUA. Vejamos algumas opiniões contra: - A escravidão terminou há quase 160 anos, e ao custo de várias centenas de milhares de vidas perdidas na Guerra Civil, na maioria de brancos. Portanto, seria injusto pedir aos contribuintes americanos, muitos deles de famílias que vieram para os EUA após o término da escravidão, pagar pelos erros da escravidão. - Muitos negros tiveram sucesso na sociedade americana. Os problemas dos afro-americanos pobres são causados por males sociais no interior da cidade, como o colapso das famílias, as altas taxas de criminalidade e a dependência de benefícios sociais. - Os governos federal e estadual já gastaram bilhões de dólares em programas sociais, como assistência social, moradia subsidiada, assistência médica, desenvolvimento de emprego, ação afirmativa e educação. Esses programas beneficiaram os afro americanos.
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Entretanto, os advogados de reparações rejeitam esses argumentos. Eles afirmam que: - O pedido de reparação não é contra os americanos brancos ou mesmo os americanos individuais. É uma reivindicação contra o governo e a sociedade dos EUA, que existe desde o tempo da escravidão. Como todos os membros da sociedade compartilham dos benefícios da sociedade, eles também devem compartilhar dos encargos na forma de tributação. - Quando a escravidão terminou, os afro-americanos não possuíam nada. Isolados e discriminados, foram negados educação, contatos com a sociedade e oportunidades econômicas. - O benefício social, moradia subsidiada, ação afirmativa e outros esforços anteriores para resolver os problemas socioeconômicos da comunidade negra foi insuficiente para reverter os problemas. Eles falharam porque a sociedade não conseguiu lidar com o problema central que é o seu próprio racismo e discriminação. Além disso, esses programas beneficiaram outros grupos de minorias, não apenas os afro-americanos. Concluindo, o assunto da reparação ainda é um divisor na sociedade americana, apesar de parte dos candidatos a presidência pelo partido Democrata apoiarem a idéia, eles (nem ninguém) tem uma ideia concreta em como financiar o pagamento desta dívida social. Até porque, parte da população afro-americana gostaria mesmo de um reconhecimento do legado da escravidão e a implementação de leis que coíbam o racismo e a segregação racial e programas que mitigassem o gap socioeconômico existente entrefamílias brancas e negras, atra-
vés de fundos de investimento em bolsas de estudos para afroamericanos em universidades de primeira linha, investimento em bairros e escolas de maioria negra e programa de acesso à saúde. Bem, este é um assunto que ainda será muito discutido e gerará, infelizmente, muita discórdia na sociedade, porém a população não deveria se abster de discutila com serenidade. Fica apenas uma sugestão para reflexão: É possível encontrar similaridades sobre esta discussão do legado da escravidão versus reparação também na sociedade brasileira?
83% DOS AFROAMERICANOS ACHAM QUE A REPARAÇÃO DEVE SER EM DINHEIRO, CONTRA APENAS 17% DOS BRANCOS.”
Giuseppe Regina Jr. Consultor de Empresas, MBA em Finanças e Especialista em Finanças Públicas.
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MATÉRIA
Sucesso no Brasil, ZooMoo aposta na conscientização das crianças com programação educativa Por Thaís Partamian Victorello
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tualmente, visto por mais de 12 milhões de assinantes entre NET, SKY, NeoTV e Claro TV, e atingindo 44 milhões de telespectadores de forma geral, o ZooMoo é um canal infantil, voltado para o público em idade pré-escolar, até os nove anos, que iniciou suas transmissões no Brasil no ano de 2013. Preocupados em conscientizar as crianças sobre a importância da preservação animal e da natureza, o canal transmite uma programação que combina imagens da vida selvagem e séries de bonecos e animações, com atrações voltadas para, não só o entretenimento, mas também a aprendizagem dos telespectadores. Com a ideia de aproveitar a tecnologia a seu favor e assim se aproximar mais do seu público e de possíveis patrocinadores, a empresa que está em expansão em território brasileiro, decidiu investir, e hoje é o único canal que oferece a opção de um aplicativo interativo chamado MyZooMoo,
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A animação Kiko é uma das atrações do canal infantil ZooMoo
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que oferece oportunidades de patrocínios de programas, branded content, aplicativos, eventos e cartilhas educativas. “Temos inúmeras abordagens para marcas e conteúdos relacionados a preservação dos animais e da natureza”, explica Julio Sobral, Diretor Geral para a América Latina do ZooMoo. Formado em Comunicação pela Cásper Líbero, com Mestrado em Comunicação e Estudo de Mídia, pela New York Institute of Technology, e com MBA pela Bocconi, Milan, Itália, o empresário possui mais de vinte cinco anos de experiência em televisão, incluindo dezoito anos com o Grupo Fox. Com vasta experiência com Novas Mídias, Broadcast, Indústria da TV paga, Sobral já atuou em diversos países e regiões, como USA, América Latina, Europa, Oriente Médio e África. A programação do ZooMoo conta com conteúdos lúdicos das melhores produtoras mundiais, incluindo as nacionais. Entre os programas de destaque estão “Super Cães e seus Extraordinários Trabalhos”, “Caninópolis”, “Jelly Jamm”, “Kiko”, “Kooki’s”, “Teddytown”, entre outros de cunho infantil e educativo. “Nosso diferencial é exatamente o conteúdo voltado para a criação de valores em relação ao meio ambiente, a causa animal e a sustentabilidade para as crianças e seus pais. Pensado, principalmente, para quem se preocupa com o que o filho assiste”, conta Sobral. Segundo o biologista e pesquisador americano, Edward O. Wilson, no livro “Biophilia”, publicado em 1984, é na primeira infância que as experiências das crianças dão forma aos valores, atitudes e são orientação básica para o mundo que elas irão viver.
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Por isso, a importância com a conscientização nessa fase. A marca conta ainda com uma plataforma digital e dois aplicativos, disponíveis em Android e iOS, o ZooMoo Play, para assistir
alguns programas em qualquer lugar, além do MyZooMoo, um aplicativo interativo que ensina a criança a explorar e compreender sobre o mundo animal.
Julio Sobral, Diretor Geral para a América Latina do ZooMoo Foto: Divulgação
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Febracis Boston lança CIS Educar – Jeito de Viver família Evento com programação voltada para toda a família reuniu mais de 100 pessoas na cidade de Woburn Por Thaís Partamian Victorello
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história da Febracis tem seu início no ano de 1998, ainda como Instituto Paulo Vieira. Desde então, a empresa vem reforçando o seu compromisso em atender seus clientes com respeito e responsabilidade. Com sede em Fortaleza (Ceará), a Febracis está presente em mais de 40 cidades do Brasil, incluindo EUA e Angola, tendo impactado mais de 40 milhões de pessoas. A atuação da Febracis é destaque no mercado por transformar vidas por meio do Coaching Integral Sistêmico (CIS), um processo que se adequa à sua realidade de modo que ele gere as melhores possibilidades e estratégias para conquistar um estilo de vida abundante.
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Master Coach e diretora da Febracis Boston, Fernanda Morais palestrou para os pais durante o evento - Foto: Léo Matias
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A primeira unidade da Febracis nos Estados Unidos está situada em Boston (Massachusetts) e tem como diretora a Master Coach Fernanda Morais. Na tarde do último sábado (21), a Febracis Boston proporcinou a comunidade brasileira de Massachusetts, em sua sede na cidade de Woburn, uma programação gratuita muito especial para toda a família, com o lançamento do projeto “CIS Educar – Jeito de Viver Família”. Mais de 100 pessoas estiveram presentes e puderam desfrutar de um evento repleto de atividades lúdicas, contação de história, pipoca, algodão doce, hot-dogs e diversas atrações para as crianças, além de uma palestra ministrada pela Fernanda Morais, que teve como tema “Como criar filhos felizes e fortes emocionalmente”. As crianças puderam se divertir e os pais aprenderem sobre a valorização dos laços que os unem aos filhos. O evento foi finalizado com um emocionante abraço entre o membros de cada família. “Foi maravilhoso e me fez repensar alguns valores!”, afirmou a dona de casa Marcia Regina, que compareceu ao evento acompanhado do filho de 7 anos.
seguindo as propostas dos livros inclusos no programa de 16 semanas. Através de jogos, músicas, vivências, textos e vídeos, que irão potencializar a comunicação entre pais e filhos, com atos com empatia e amor por cada membro da família. Tudo para desenvolver em pais/responsáveis maior segurança e conectividade com seus filhos, proporcionando maior harmonia, diálogo, amor recíproco e confiança no ambiente familiar, reduzindo os medos no trato da educação dos filhos, formando crianças mais seguras de si, me-
nos ansiosas e mais protagonistas de suas próprias histórias. Fortalecendo na família crenças positivas de identidade, capacidade e merecimento, restaurando assim a autoestima em cada membro da família. Quem quiser conhecer mais sobre o projeto e adquirir o kit, entre em contato com a Febracis Boston, através do telefone (781) 281-1932. Em breve a Febracis irá lançar o Programa “CIS Educar – Escola”, embasado no Coaching Integral Sistêmico.
O evento finalizou com abraço coletivo em família - Foto: Léo Matias
Kit foi elaborado pensando em potencializar a comunicação entre pais e filhos - Foto: Léo Matias
“Jeito de Viver Família” A linha de produtos “Jeito de Viver Família”, chegou ao mercado com um kit composto por 11 produtos que se dividem em livros, jogos e uma plataforma online. São ferramentas indispensáveis para o desenvolvimento de inteligência emocional desde a infância. Com atividades interativas, todos os integrantes da família, entre crianças e adultos, poderão reavivar os laços de amor
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O evento reuniu a comunidade na sede da Febracis, em Woburn - Foto: Léo Matias
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