Revista EXATO - Edição 28 - Agosto 2021 by revistaexato

AGOSTO DE 2021

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ÍNDICE

NIKOLAS FERREIRA

FERNANDA MELO

24.

A importância de medir a lucratividade de cada cliente ANTÓNIO J. FONSECA

28.

Criptomoedas: Parte II RENATO R. GOMES

34.

Como identificar coerência no Direito? SORAIA SANTOS

52.

O ensino médio para brasileiros vivendo nos Estados Unidos EMPREENDEDOR DO MÊS

56.

Ela ajuda pessoas na cura e prevenção de doenças através da alimentação RICARDO VENTURA

62.

CAPA

40.

Nikolas Ferreira: “É impossível ser cristão e ser de esquerda”

A linguagem silenciosa da persuasão nas vendas VERNAN W. AURÉLIO

66.

Crescimento econômico em queda nos EUA CARLOS JÚNIOR

RODRIGO CONSTANTINO

12.

O legado de Thomas Sowell

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RICARDO DIAS MUNIZ

20.

Sem lastro para libertar Cuba

70.

O futuro do Trumpismo

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COLABORADORES

DANIEL ROHDE CEO da revista EXATO, designer de marcas, catarinense, casado, formado em Administração pela Universidade Católica de Brasília. Gosta de ouvir música e tecnologia.

Instagram: @danielwrohde

SIMONE ROHDE Comercial da revista EXATO, paranaense, casada, formada em Administração pela Universidade Católica de Brasília, e pós-graduanda em Investimentos e Private Banking pelo Ibmec. Gosta de viajar e ler nas horas vagas.

Instagram: @simonewrohde

THAÍS P. VICTORELLO Jornalista, assessora de imprensa, colunista, produtora e editora chefe da EXATO. Paulistana, formada em jornalismo pela Universidade Cidade de São Paulo, cristã, casada e mãe de três filhos. Gosta de viajar e de estar com a família.

Instagram: @thaisvictorello

SAMUEL ANDRADE Fotógrafo de casamentos, lifestyle e retrato. Com mais de 15 anos no mercado, vem buscando trazer para as pessoas uma experiência incrível, eternizando momentos através da arte da fotografia.

Instagram: @samuel.stp

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EDITORIAL

O BRASIL QUE A GENTE QUER POR SIMONE ROHDE

música de Paulo César Baruk diz “A volta por cima, Brasil / é fruto de luta e de fé / juntos podemos viver / o Brasil que a gente quer”. Há quem já não acredite mais numa melhora significativa da condição de nosso querido país natal, mas a vitória na eleição passada nos mostrou que temos que continuar a sonhar e, principalmente, lutar. A menos que a gente não se importe com as próximas gerações, entretanto, toda família quer o melhor para sua descendência, não é? Na capa dessa edição, batemos um papo com um vereador que sai um pouco fora do modelo padrão dos políticos que somos acostumados a ver, chamando a atenção pela idade e coragem de defender ideais referentes a família e a justiça. Uma fala de Nikolas me chamou muito a atenção: “É impossível ser cristão e ser de esquerda”, porque há vários anos atrás, em torno de 100 anos para ser mais específico, meus bisavós deixavam a Rússia após serem enganados pelo lado “bom” do comunismo (fase inicial para se conquistar o poder). Em 10 anos, o país passou de acolhedor e ajudador de pobres a massacrador, onde o nome de agricultores (acredito que a regra também se aplicava a outras profissões e setores) ia a um “poste negro” - chamado exatamente desse modo - se não entregassem a produção exigida pelo governo (fase final, quando já tem o poder) e qualquer pessoa podia matar o “criminoso” e desobediente ao governo. Meus bisavós

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foram a segunda caravana da igreja a que pertenciam a escaparem, a terceira foi fuzilada na fronteira. Do mesmo modo, os bisavós de meu marido escaparam das atrocidades do comunismo e a bisavó sempre falava: “Não se deixem iludir de que o comunismo é bom, porque nós sofremos e sobrevivemos a ele, e o preço pago foi muito alto”. É cruel ver como a maioria das escolas se preocupa somente em formar militantes ao invés de cumprir seu papel de ensino secular, portanto, mais do que nunca, as famílias precisam estar atentas a formação da próxima geração. E nesse intuito de fazer parte de uma mídia preocupada em trazer clareza e exatidão nas informações, está em suas mãos a 28ª edição da Revista Exato. Boa leitura e lembre de deixar seu comentário sobre as matérias no nosso Instagram @revistaexato Com carinho,

Simone Rohde

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EXPEDIENTE

REVISTA MENSAL ANO 3 | EDIÇÃO 28 AGOSTO DE 2021 CEO/FOUNDER: COMERCIAL:

Daniel Rohde

Simone Rohde

EDIÇÃO/DIAGRAMAÇÃO:

Daniel Rohde

DESIGNER GRÁFICO:

Daniel Rohde

AGÊNCIA DE PUBLICIDADE: JORNALISTA E EDITORA-CHEFE: FOTÓGRAFO: COLUNISTAS E ARTIGOS:

CAPA: Nikolas Ferreira

BRAUS Marketing Agency

Thaís Partamian Victorello / MTB: 45.072/SP

FOTO CAPA: Luidgi Carvalho

Samuel Andrade Thaís P. Victorello . Antônio J. Fonseca Fernanda Melo . Renato Gomes . Vernan Wolf Ricardo Ventura . Rodrigo Constantino Ricardo Dias . Soraia Pereira . Carlos Júnior

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ARTIGO

DEBATE RACIAL

O LEGADO DE THOMAS SOWELL “NÃO VOLTE AQUI E ME DIGA QUE VOCÊ NÃO CONSEGUIU PORQUE OS BRANCOS ERAM MAUS”.

POR RODRIGO CONSTANTINO FOTO: GOOGLE

U RODRIGO CONSTANTINO Colunista da Gazeta do Povo e Revista Oeste, Escritor, Economista e palestrante. Instagram: @rodrigoconstantino1976

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m dos meus “gurus intelectuais” sem dúvida é Thomas Sowell, que ironicamente escreveu excelentes livros sobre os perigos dos intelectuais. Li vários de seus livros e sempre apreciei seu poder de síntese, sua originalidade, seu apreço pelos fatos e a busca da verdade, doa a quem doer. Sowell é um economista cujos principais professores foram Milton Friedman e George Stigler, da Escola de Chicago, onde obteve seu doutorado em 1968, e deles absorveu o empirismo e o uso das ferramentas econômicas para outras áreas. Um liberal clássico, com algumas visões mais libertárias e outras mais conservadoras, Sowell completou 91 anos recentemente, e segue produzindo. Terminei esses dias o livro

Maverick: A Biography of Thomas Sowell, de Jason Riley, e recomendo muito. Trata-se mais de uma biografia intelectual do que sobre a vida do grande pensador, o que serve para resumir suas principais ideias. Não que sua vida não mereça uma biografia à parte ou mesmo um filme. Merece e seria espetacular mostrar onde o garoto negro e pobre chegou, sem qualquer amuleto estatal ou vitimização. Para alguém nascido durante a Grande Depressão e as leis Jim Crow no Sul, e depois criado em guetos urbanos, sua trajetória é simplesmente fascinante. “Não volte aqui e me diga que você não conseguiu porque os brancos eram maus”, lembraria Sowell depois como “o melhor conselho que eu poderia ter recebido”.

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Mas é que o pensamento de Sowell talvez seja ainda mais importante e se sustenta por conta própria. Na verdade, o fato de ser negro acaba ofuscando isso, pois muitos o associam automaticamente ao debate racial, do qual ele não teve como fugir e deixou vasta obra, mas acabam deixando de lado suas contribuições para a Economia. Sowell sempre teve os pés no chão, valorizando o bom senso de pessoas ordinárias, e demonstrando desconfiança em relação a muitos intelectuais. Seus livros possuem linguagem direta e acessível, comunicando-se diretamente com o leitor, sem firulas. Dessa forma, ele ajudou a popularizar conceitos liberais e conservadores, mas nunca foi por falta de capacidade para o debate

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acadêmico. Ao contrário: em algumas obras iniciais ele deu todas as provas de ser um rigoroso scholar, e foi disputado pelas mais prestigiadas universidades. Mas ele não queria ser professor a vida toda, insatisfeito com o ambiente tóxico pela vaidade e o esquerdismo, e encontrou no Hoover Institute um refúgio para se dedicar totalmente às pesquisas voluntárias e seus livros. Enquanto alguns intelectuais deliberadamente escreviam com linguagem confusa e pedante, a marca registrada de Sowell sempre foi sua clareza. Nunca lhe faltou coragem também para fazer as perguntas que ninguém mais queria fazer, especialmente sobre as questões raciais. Em vez de explicar as causas da pobreza, Sowell estava mais interessado em

entender como povos saíram dela, o estado natural da humanidade. Em vez de demonstrar obsessão com desigualdades e automaticamente fazer um elo causal delas com o suposto preconceito racial, Sowell sabia que grupos étnicos não necessariamente teriam resultados iguais (como quaisquer dois grupos) e queria entender como os negros poderiam de fato ascender. Suas pesquisas nessas áreas levaram a conclusões que incomodaram muitos ativistas, pois delegavam mais responsabilidade aos próprios indivíduos e famílias e demonstravam os fracassos de medidas governamentais que beneficiavam somente uma elite. “Para onde quer que os negros estivessem indo e onde quer que quiséssemos ir, tínhamos que

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DEBATE RACIAL

chegar lá de onde estávamos – o que significava que tínhamos que saber onde estávamos, não onde gostaríamos de estar ou onde gostaríamos que os outros pensassem que estávamos”, chegou a escrever. Sowell não estava preocupado com sentimentalismo ou com imagem, e sim com a verdade e o progresso concreto dos indivíduos de carne e osso. Em uma carta de 1964 a um estudante negro de graduação, por exemplo, ele disse: “Para mim, a psicologia do negro é o maior obstáculo ao progresso racial. Não está na moda dizer isso, e certamente não é agradável, mas a verdade não depende dessas considerações. Com todo o respeito devido à coragem e dedicação dos vários grupos de direitos civis, acho que quando todas as leis forem aprovadas e todos os portões abertos, o resultado líquido será um tremendo anticlímax, a menos que haja uma mudança drástica de atitude entre os negros”. Ele apoiou o Civil Rights Act de 1964 e o direito ao voto no ano seguinte, mas era pessimista quanto ao seu real impacto social caso não houvesse mudança cultural também. Por conta de suas conclusões que não agradaram às elites dos movimentos raciais, Sowell sofreu ao longo de sua vida uma constante tentativa de assassinato de reputação. Suas intenções eram colocadas em dúvida, ele era acusado de fazer o jogo dos brancos por desejar ser aceito por eles e outras bobagens do tipo. Além disso, atacavam espantalhos, colocando palavras em sua boca. Ele jamais negou a existência da discriminação racial, por exemplo, como chegaram a afirmar. Ele simplesmente apresentou

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argumentos econômicos para sua ineficácia, assim como condenou empurrões estatais para resolver o problema, alertando que poderiam inclusive agravá-los – o que de fato aconteceu. No início da década de 1980, as principais cidades dos Estados Unidos com grande população negra – Cleveland, Detroit, Chicago, Washington – elegeram prefeitos negros. Entre 1970 e 2010, o número de autoridades negras eleitas cresceu de menos de 1.500 para mais de 10.000 e incluiu Barack Obama, o primeiro presidente negro. No entanto, mesmo enquanto os negros

aumentavam sua influência política nas décadas de 1970, 1980 e 1990, a dependência ao estado de bem-estar dos negros estava aumentando, assim como o crime, o desemprego de adolescentes negros e o nascimento de bebês por mulheres negras solteiras. Sob os dois mandatos de Barack Obama como presidente, as diferenças entre brancos e negros na renda e na casa própria aumentaram e, quando ele deixou o cargo, as pesquisas mostraram que as relações raciais caíram ao ponto mais baixo em quase um quarto de século. Não obstante, muitos ati-

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vistas se recusam a enxergar a realidade ou buscar em fatores culturais as explicações. Preferem demonizar gente como Sowell, que previu as consequências. Apesar desses ataques pérfidos e da firmeza com a qual Sowell respondia, ele sempre demonstrou tolerância com as divergências. Primeiro, por ter sido professor. Depois, por ter sido de esquerda. E, por fim, por ter escrito sua obra-prima, Um Conflito de Visões, que define como pessoas honestas e inteligentes podem chegar a pontos de vista distintos por conta de suas premissas e background. Ele chamou de “visão limitada” e

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“visão ilimitada” cada lado, o que pode ser entendido como a visão trágica e a utópica também. Numa delas, o ser humano é visto como imperfeito e suscetível às paixões humanas, enquanto na outra ele é tido como quase infinitamente elástico em seu potencial para o bem. O livro não indica simplesmente diferenças semânticas entre intelectuais notáveis através dos tempos. Ele explica por que as pessoas que participam de comícios contra a polícia também tendem a apoiar impostos mais altos sobre os ricos e o sistema de saúde universal, e como essas

posições podem ser atribuídas a uma visão utópica da condição humana delineada por homens que nasceram antes mesmo da existência dos Estados Unidos. Alguns querem “soluções” para tudo, enquanto outros, mais realistas talvez, aceitam que dilemas sociais oferecem no máximo trade-offs, alternativas imperfeitas. “Eu mesmo, é claro, comecei pela esquerda e acreditei muito nessas coisas. A única coisa que me salvou foi que sempre pensei que os fatos importavam. E uma vez que você pensa que os fatos importam, então é claro que é um jogo muito diferente”, chegou

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DEBATE RACIAL

a comentar. Se você demonstra forte apreço pela realidade e vai atrás da verdade com o máximo de imparcialidade, então os próprios fatos podem mudar suas visões preconcebidas. Foi o que levou Sowell da esquerda para a direita. Mas seus pares intelectuais de universidades como Harvard preferiam muitas vezes colocar suas premissas acima das evidências e da lógica, e isso sempre decepcionou Sowell. Ele nunca teve muita paciência com o elitismo arrogante. “Os lugares mais intolerantes em que você

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pode estar atualmente são os campi universitários”, afirmou. Em uma época de censura do politicamente correto, de excessivo sentimentalismo e de medo de ofender grupos organizados de minorias com os fatos, ler Sowell se faz ainda mais necessário. “Sempre acreditei que os fatos eram tão fundamentais – que onde quer que você queira ir, literal ou figurativamente, você só pode chegar lá de onde estiver. Se você quiser fazer o melhor que pode por alguém, precisa saber onde eles estão na realidade”, es-

creveu. Sowell era realista e jamais deixou seus desejos cegarem sua razão. O que importava mais para Sowell era se os argumentos de um indivíduo poderiam resistir ao escrutínio, não como o indivíduo se identificava politicamente ou ideologicamente. O quão melhor seria o nível dos debates com mais gente assim! Sowell é um pensador que precisa ser mais lido. Quem quiser começar por um ótimo resumo de suas principais ideias, essa biografia é altamente recomendável.

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LIBERDADE

SEM LASTRO PARA LIBERTAR CUBA APENAS O GRITO DESESPERADO DA POPULAÇÃO SERÁ CAPAZ DE LIBERTAR A NAÇÃO?

POR RICARDO DIAS FOTO: ENVATO

RICARDO DIAS MUNIZ Consultor Empresarial e Político Instagram: @ricardodiasgv

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Em 62 anos de uma revolução cruel que empobreceu a ilha de Cuba, os cubanos emfim demonstraram ao mundo seu desejo por liberdade. O que falta para a liberdade daquele povo? Em que a liberdade se lastreia? Lastro é uma âncora de segurança monetária. Antigamente, para cada dólar impresso havia um pedaço de ouro guardado pelo governo americano, que garantia o valor do papel. Hoje os lastros são baseados em confiança não em metais. De forma semelhante, por analogia, existem fortes indícios históricos que a liberdade também tem lastro. Goste ou não, são as armas nas mãos do povo o ouro de garantia da liberdade em uma nação.

Certamente foram as armas que permitiram o homem primitivo vencer a natureza, com elas aprimorou-se a caça. Posteriormente, espadas e flechas de bronze, permitiram a defesa de áreas cultiváveis de invasores externos, desenvolvendo o que se conhece hoje como cultura. Apenas com essa estabilidade alimentar e política, foi possível dar um novo salto rumo a ideia de liberdade. Em 700 a.C. na Revolução Hoplítica, os comerciantes livres começam a se armar com escudos e lanças. Ganhando em eficiência do exército de cavalaria da minoria aristocrata dos Oligarcas, com armas mais eficientes para o povo livre foi possível a criação da democracia, que evidenciou a

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predestinação humana para a liberdade dos indivíduos frente ao estado. Algo semelhante ocorreu com a revolução americana, a vitória contra o exército [inglês] mais poderoso do mundo na época, foi possível, em grande parte, devido os colonos estarem armados com um rifle de alma raiada, que permitiu uma precisão muito superior do tiro, em relação as armas dos britânicos. Dessa batalha, o povo novamente tomou os rumos do seu destino. Fundando a primeira democracia da modernidade. Exatamente por isso, todos os tiranos odeiam um povo armado. Sempre que alcançam o poder se

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empenham em retirar os meios de defesa da população. Isso ocorreu em Cuba, agora mesmo com a população enchendo as ruas em um clamor desesperado por ser livre, as manifestações são reprimidas com facilidade. Uma luta desigual de pedras contra carabinas. Se o poder armado não aderir a revolta, o povo certamente perderá. Disse Churchill em 1938: “Entre a desonra e a guerra, escolhestes a desonra, e terás a guerra”. Depois disso, o país dele foi humilhado e quase inteiramente destruído pelos nazistas. Tendo que oferecer sangue, suor e lágrimas da sua população apenas para sobreviver. Em nome

do pacifismo inconsequente muitos deixam de considerar o perigo da tirania. É preciso entender que o primeiro passo de toda tirania é controlar todas as armas, como fez o genocida chinês Mao Zedong. Algo que também ocorreu em Cuba. Infelizmente, o grito desesperado dos cubanos apenas causará efeito se for capaz de incomodar os ouvidos daqueles que empunham as armas, no caso a força armada cubana. Entretanto, nesse caso, o risco é de apenas a substituição de uma tirania por outra mais branda. A liberdade real sempre necessita do lastro: armas com o povo.

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EMPREENDEDORISMO

A IMPORTÂNCIA DE MEDIR A LUCRATIVIDADE DE CADA CLIENTE É MELHOR TER MENOS CLIENTES, PORÉM LUCRATIVOS, DO QUE MUITOS CLIENTES, MAS QUE NÃO TRAZEM TANTO LUCRO PARA A EMPRESA.

POR FERNANDA MELO FOTO: ENVATO

T FERNANDA MELO Consultora de Empresas Instagram: @femelo.co

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er uma empresa com clientes satisfeitos é bom, mas ter uma empresas com clientes lucrativos é muito melhor. Infelizmente, muitas empresas em sua busca obcecada por mais clientes ou por encantar seus clientes, acabam aumentando o trabalho sem ter clareza de quão lucrativos são esses clientes. Agradar e ganhar novos clientes é algo de suma importância, mas quando a demanda é grande (como é o caso

do mercado Americano) mais importante do que ter muitos clientes é ter (e reter) clientes lucrativos. Algumas empresas gastam tanto tempo e dinheiro agradando seus clientes, que perdem de vista o objetivo final de suas empresas: lucrar com a venda de produtos e serviços. Em seu zelo em encantar os clientes, essas empresas na verdade perdem dinheiro com eles. Eles se tornam obcecados pelo cliente, em vez de focados no cliente. Como as empresas podem

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evitar essa situação? Adicionando uma planilha para medir a lucratividade de cada cliente e observar seu consumo com cada produto ou serviço oferecido. Considere a situação enfrentada na década de 1990 por um dos maiores distribuidores de suprimentos médicos e cirúrgicos dos EUA. Em cinco anos, as vendas mais do que triplicaram para quase US $3 bilhões, mas as despesas com vendas, gerais e administrativas, consideradas

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por muitos como um custo fixo, aumentaram ainda mais rápido do que as vendas. Apesar de triplicar as vendas, as margens caíram um ponto percentual e a empresa acabou tendo sua primeira perda em décadas. Esses novos custos vieram porque essa empresa para “encantar seus clientes” passou a oferecer serviços adicionais como: personalização de produtos ou serviços; embalagem especial; entrega rápida; suporte pré-vendas, suporte pós-venda, garantia

e condições de pagamento flexíveis. Embora todos esses serviços criem valor e fidelidade entre os clientes, nenhum deles é gratuito. O valor criado para encantar, acabou diminuindo a lucratividade da venda principal, produziu mais clientes satisfeitos e uma margem de lucro insatisfatória. Por isso, o olhar minucioso para equilibrar gastos não pode ficar somente no gasto para produção do serviço ou produto ou nos gastos

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EMPREENDEDORISMO

administrativos, mas é necessário ficar de olho no gasto pós-vendas, com serviços que tragam uma experiência premium. Para continuar encantando clientes, sem perder a lucratividade, uma empresa deve primeiro olhar internamente para ver como pode melhorar seus processos internos para reduzir o custo de atendimento. Afinal, não podemos esperar que os clientes paguem por nossas ineficiências. E mesmo depois de melhorar sistemas, se necessário for, algumas empresas vão precisar aumentar os preços se realmente querem melhorar a

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experiência do cliente. Existe um certo medo comum entre micro e pequenas empresas de aumentar seus preços, com medo de perder clientes. Por isso muitos acabam trabalhando dobrado, para atender muitos clientes, que não trazem tanto lucro para empresa. Considere este exemplo: Se uma empresa cobra $2,000 por um serviço e consegue atender 5 clientes por semana, ela ganha $10,000 por semana. Se a mesma empresa aumentar seu preço para $2,500 e perder um cliente semanal, por causa do preço, ela vai diminuir

seu trabalho e vai continuar ganhando $10,000 com apenas 4 clientes. Tudo isso porque a empresa vai focar em ter clientes mais lucrativos, e não somente em “ter” clientes. As métricas de lucratividade do cliente fornecem um vínculo, caso contrário ausente, entre o sucesso do cliente e o desempenho financeiro ideal para a empresa. Muitas empresas experimentam um crescimento de receita sem lucro nos EUA, porque não conseguem entender que é melhor ter 1 cliente lucrativo, do que 2 clientes que dão prejuízo.

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TECNOLOGIA

CRIPTOMOEDAS: PARTE II DO BIT GOLD AO DOGECOIN, AINDA VALE A PENA MINEIRAR MOEDAS VIRTUAIS?

POR ANTÓNIO J. FONSECA FOTO: ENVATO

D ANTÓNIO J. FONSECA Cientista comportamental, psicanalista, escritor e especialista em Linguagem Silenciosa Instagram: @aj_fonseca

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ando seguimento ao assunto da edição anterior, vamos falar, desta vez, de algumas outras criptomoedas, o que é o blockchain, o que são os esquemas de prova de trabalho e de participação, o que é a “mineração” e se ainda vale a pena investir e minerar moedas virtuais. Bem, é claro que a moeda virtual mais famosa é o BitCoin. Mas como você já deve ter visto, não é a única. Existem inúmeras moedas virtuais, sendo algumas, inclusive, criadas por governos e instituições financeiras. Entre as criptomoedas mais conhecidas, depois do BitCoin, estão o Ethereum, Monero, Zcash e Dogecoin, que continuam em atividade. Algumas outras, ao contrário, não estão mais ativas. É o caso de ZeroCoin, BitConnect e Petro. A ZeroCoin foi

relançada como Moneta. Mas bem, tudo isso só é possível graças a uma tecnologia conhecida como blockchain. Mas o que vem a ser isso? Blockchain é uma tecnologia de registro distribuido, descentralizado, que visa aumentar a segurança. Segundo a Wikipedia “são bases de registros e dados distribuídos e compartilhados que têm a função de criar um índice global para todas as transações que ocorrem em um determinado mercado. Funciona como um livro-razão, só que de forma pública, compartilhada e universal, que cria consenso e confiança na comunicação direta entre duas partes, ou seja, sem o intermédio de terceiros. Está constantemente crescendo à medida que novos blocos completos são adicionados a ela por um novo conjunto de registros. Os blocos

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são adicionados à blockchain de modo linear e cronológico. Cada nó - qualquer computador que conectado a essa rede tem a tarefa de validar e repassar transações - obtém uma cópia da blockchain após o ingresso na rede. A blockchain possui informação completa sobre endereços e saldos diretamente do bloco gênese até o bloco mais recentemente concluído.” A blockchain é considerada a melhor inovação do bitcoin, já que traz uma possibilidade de provar todas as transações feitas na rede. A partir de sua criação, foi possível criar outras criptomoedas e desenvolver sistemas de gerenciamento de bancos de dados de forma distribuída com um nível de confiabilidade altíssimo. E diversas empresas de tecnologia tem investido e desenvolvido tra-

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balhos importantes baseados em blcokchain, em especial, a IBM. E o que são as provas de trabalho e de participação? É um protocolo de criptografia usado para a prevenção de ataques cibernéticos como DDoS e Spam. Foi criado como uma tentativa de minimizar os efeitos desses ataques utilizando de funções hash. Para que um usuário realize alguma ação, ele deve ser capaz de provar que realizou tal tarefa. Essa prova garante que o usuário gastou tempo para gerar uma resposta a um requisito do avaliador. Para esse sistema funcionar adequadamente, a prova deve ser trabalhosa de ser criada, mas deve ser facilmente verificada pelo avaliador. Já a prova de participação é uma alternativa proposta à prova

de trabalho e, assim como prova de trabalho, é provido um consenso e prevenção ao problema do duplo gasto. De forma simples, um nó (ou computador/usuário) deve provar que tem acesso a uma certa quantidade de moedas para poder ser aceito pela rede ao invés de resolver algum trabalho. Para isso, tem que gerar um bloco que envolve o envio de moedas para si mesmo, provando assim a posse. A quantidade de moedas necessárias é definida pela rede (avaliador) em um processo de ajustes semelhantes a prova de trabalho. Algumas moedas virtuais que utilizam o método estão o BlackCoin, NuShares/NuBits, Qora e a NEO. O Ethereum está em processo de migração para este sistema e a Decred possui um sistema híbrido (PoS e PoW).

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Agora que você já tem uma noção de como funcionam as criptomoedas, podemos falar de “mineração”. Como você viu na prova de trabalho, é necessário efetuar tarefas complexas, que possam ser facilmente verificadas pelo avaliador (controlador da moeda virtual), para que você seja “recompensado” pelo seu trabalho. E cada vez que você consegue concluir uma dessas tarefas, ou prova de trabalho, você recebe uma quantidade de moeda. Essa quantidade varia de acordo com a quantidade de moeda disponível, de quantos “mineradores” estão ativos e do valor de mercado dessa moeda específica. E esses valores são flutuantes, mudam constantemente. É claro que “minerar” criptomoedas não envolve cavar na lama, ficar horas dentro d’água com uma batéia, mas envolve um investimento em equipamento capaz de fazer o trabalho, de resolver as atividades requisitadas pelo avaliador como prova de trabalho ou de participação. E, como já mencionei, essas provas são atividades complexas, que exigem um poder de processamento muito maior do que um computador comum. Como essas “provas” envolvem complexos, as exigências de poder computacional devem ser maiores e o principal componente para “minerar” moedas é uma placa de vídeo avançada. As placas de vídeo, em especial as placas com poder de processamento 3D, dispõem de processadores de altíssima velocidade, próprios para o cálculo de ponto flutuante e boas quantidades de memória, além de possuírem a capacidade de interlink, ou seja, podem ser instaladas várias placas em um

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único computador, conectadas entre si, aumentando assim seu poder de resolver cálculos avançados. Esse tipo de configuração é muito utilizado por profissionais de vídeo, para edição de filmes, que requerem muita capacidade de processamento de imagens e por gamers, para rodarem jogos com tecnologia 3D e alta resolução. No caso de mineração de criptomoedas, algumas empresas chegaram a montar equipamentos especiais para esse fim, como a Ant, que criou o AntMiner, especializado em mineração de BitCoin e, mais tarde, outras versões, dedicadas a diferentes tipos de moedas, inclusive com sistema

operacional e todos os programas requeridos para isso. O investimento em um equipamento como esse pode chegar a $10,000 (dez mil dólares)! E saiba que com um equipamento desses, suas chances de ficar rico minerando BitCoin são zero! Isso mesmo! Uma AntMiner 9, com custo em torno de $8,000 é capaz de minerar 0.43BTC (BitCoin) por ano. Ou seja, pouco mais de $22,000 (vinte e dois mil dólares). Você pode achar que é uma boa grana, quase dois mil dólares por mês sem fazer nada... Mas desconte daí os $8,000 de investimento da máquina. Seu ganho caiu para $14,000. E, o mais importante, que muitas pessoas desconhecem, é que um

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equipamento desse porte tem um consumo de energia muito alto. E em dois segmentos: primeiro o consumo da própria máquina, que chega a 1350 Watts, ou 32.4kWh por dia. Em segundo lugar, o consumo com ar condicionado, já que este tipo de equipamento produz grande quantidade de calor e exige um ambiente com temperatura média abaixo dos 25ºC ou 77ºF. Considerando o custo de energia em torno de $0.10/kWh (dez centavos de dólar por kWh), numa conta simples, teremos 32.4*0.10=$3,24/dia. Num mês, você gastará, em média, $97 só com uma máquina. E não esqueça do ar condicionado. Ao fim de um ano, seu consumo será de $1,180.

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E vamos considerar o uso de um ar condicionado de 1,000W, funcionando 24h por dia. Isso vai gerar mais um gasto de cerca de $2.40/dia, ou $876/ano. No total, seu gasto com energia elétrica será de aproximadamente $2,060 por ano. Agora seu ganho caiu para pouco mais de $12.000 por ano, ou $1,000 por mês. É claro que ainda vale a pena, considerando que a máquina irá trabalhar para você e isso pode significar um ganho extra, uma “poupança”. Ah, mas tem mais um detalhe: nem pense em colocar essa máquina no seu quarto, debaixo da sua mesa. Você não vai conseguir dormir. Além de gerar muito calor, ela também é barulhenta! Muito

barulhenta. Dependendo do tipo, é como estar com um aspirador de pó ligado. O nível de ruído, medido em decibel, pode chegar a 85db, o que é considerado alto e prejudicial à saúde. Agora uma dica: se você mora numa região fria, como a Nova Inglaterra, tem uma garagem sem isolamento térmico, ou um basement, também sem isolamento térmico, que se mantém frio, tem disponibilidade de investir em 4 ou mais máquinas, sim vale a pena minerar BitCoin. Ou outra moeda virual. Em regiões frias, você pode economizar na conta de energia elétrica, já que não irá precisar tanto de ar condicionado. Mas verifique se a rede elétrica da sua casa suporta o consumo das máquinas. O ideal é chamar um eletricista licenciado para fazer uma avaliação e, se necessário, alterações que comportem o consumo requerido. Por outro lado, se você prefere fazer as coisas “sem sujar os pés na lama”, existem diversos sites e empresas de administração de ativos através dos quais você pode investir em moedas virtuais da mesma forma que investe em bolsa de valores. Mas não se esqueça que em ambos os casos, há riscos envolvidos. Não há garantias. Então estude bem suas possibilidades e alternativas e tome uma decisão segura. E se precisar, procure conversar com um consultor financeiro, que pode ajudar você nessa decisão. No mais, desejo sucesso, grande abraço e até à próxima edição.

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COMO IDENTIFICAR COERÊNCIA NO DIREITO? TENHO FALADO MUITO EM COERÊNCIA NOS TEXTOS QUE ESCREVO, MAS O QUE É COERÊNCIA? COMO IDENTIFICÁ-LA NUMA ARGUMENTAÇÃO QUE FUNDAMENTA CERTA TESE DOUTRINÁRIA OU DECISÃO JUDICIAL?

POR RENATO R. GOMES FOTO: ENVATO

U RENATO R. GOMES Mestre em Direito Público (UERJ05-07) Ex-oficial da Marinha do Brasil (EN90-93) e Escritor. Instagram: @renatorgomesoficial

AGOSTO DE 2021

m juiz amigo, ao ler meu último post, me disse o seguinte: “Coerente? Conceito vazio. É coerente apenas se concordar com você, pelo visto. E não existem argumentos irrefutáveis. A lógica é só uma das centenas de formas de se argumentar. O Direito não se reduz a ela.” De fato: o que é coerente para mim pode não o ser para os outros. Principalmente quando se é possível manipular o sentido do que seja coerente, por meio de recortes seletivos da realidade, de modo a fazer com que os

fatos escolhidos “a dedo” deem sustentação à teoria defendida ou decisão judicial tomada, coadunando-se aos interesses do intérprete juiz, jurista ou advogado. Por isso, isto é, pela impossibilidade de impor um significado único para “coerência”, o que aparentaria prepotência de minha parte por arrogar-me na posição de “dono da verdade”, irei defini-la pelo viés negativo. Ou seja, apresentarei dois requisitos que permitirão, a qualquer pessoa, qualificar uma teoria jurídica ou decisão judicial como incoerente.

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Porque, se fixarmos um sentido-padrão para “coerência” mostra-se arbitrário, devido ao desprezo pelo senso de coerência de cada indivíduo, por outro lado, definirmos um núcleo para o que seja incoerente, levando em conta a presunção de que todos temos uma capacidade mínima de raciocínio e experiência de vida comumente compartilhada, é plenamente viável. Parafraseio o professor Ingo Sarlet, quando afirmou ser difícil definir o que seja dignidade, mas fácil identificar uma situação de indignidade. Realmente, seria muita pretensão minha formular um conceito universal de coerência normativa, como se todos tivessem que concordar com o meu senso de coerência. Mas estou convicto de que o inverso é possível: um senso comum de incoerência jurídica pode ser obtido. (Ingo Wolfgang Sarlet. A Eficácia dos Direitos Fundamentais.

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6.ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2006. p.117.) O que evidencia que algo é incomum, estranho, anormal, fora do padrão? A reação das pessoas. Quando alguma coisa nos incomoda, reagimos instintivamente a ela. Emoções afloram e ativam nosso sistema intuitivo de tomada de decisões (chamado por Daniel Kahneman de sistema 1, por preceder o nosso sistema racional decisório, que seria o 2). Automaticamente, nossos registros de memória são acionados e os dados nela armazenados ao longo da vida são associados entre si, formando nossas convicções sobre o acontecimento, as quais justificam nossas reações muitas das vezes impensadas. Entra em cena a questão: intuições são confiáveis, para que as reações sociais decorrentes devam ser consequentemente levadas a sério pelo intérprete? Quando baseadas em experiên-

cias e aprendizados colhidos em i) ambiente regular e consolidados por ii) repetições cotidianas de ocorrências similares ou com gravidade equivalente, podemos, sim, tê-las como dignas de serem consideradas. (Daniel Kahneman. Rápido e Devagar. Ebook Kindle. Posições 4979-5007.) A sociedade brasileira pode ser qualificada como sendo espécie de ambiente regular. Regular, porque fatos que nela ocorrem reiteradamente são não-surpreendentes ou previsíveis. Crimes tão em voga, como homicídio, roubo, furto, estupro, ou, ainda, como corrupção e lavagem de dinheiro, são diariamente noticiados, juntamente com os seus efeitos sociais nefastos. Todos sabemos das consequências legais previstas para os infratores, como, também, assimilamos que, vez ou outra, na prática jurídica, há certa leniência institucional ou mesmo conivência pontual com a crimi-

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nalidade. Talvez a concepção de Direito adotada pelo intérprete faça-o acreditar ser possível optar por uma interpretação que atenda à sua pretensão ideológica ou moral, deixando as regras semânticas da linguagem manifestada nos textos normativos em segundo plano. Uma mera pesquisa de opinião presumivelmente confirmará minha dedução. Os fatos trágicos se repetem, perturbando a segurança pública e a sensação de segurança individual, causando frustrações sociais. A insuficiência ou quiçá a inexistência de resposta ou feedback do Estado para fazer valer a força do Direito é patética. A incapacidade de o Direito atual restaurar a tranquilidade social é escancarada. Esta é uma conclusão a que qualquer cidadão brasileiro pode realisticamente chegar, tão logo as informações contidas em seus arquivos de memória sejam acessadas com o disparo de algum gatilho emocional, ocasionado por episódio socialmente reprovável. É, portanto, conclusão decorrente de decisão intuitiva confiável. Repito o que disse no meu e-book Interpretação jurídica coerente: premissas fundamentais e metodologia (p.208): “Como, na prática brasileira, os feedbacks por parte do Estado são risíveis ou trágicos, naturalmente o povo acaba aprendendo, pela dor absorvida, a apurar intuitivamente o seu senso de justiça e coerência. Porque, no íntimo, sabe que o Direito se presta a inibir comportamentos ilícitos, a reprimi-los quando praticados, e a pacificar conflitos.” Defino, então, incoerência, como sendo um estado de incompreensão ou perplexidade

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despertado no cidadão, imediatamente ao tomar conhecimento de uma teoria ou decisão flagrantemente omissa na análise de pontos ou argumentos que, intuitivamente, eram tidos como de abordagem indispensável para a aceitação social do resultado como resposta jurídica adequada ao problema sob julgamento, ou, ao menos, para que fosse socialmente tolerado pelo senso comum, por ser juridicamente possível. Aos esclarecimentos.

Incompreensão ou perplexidade necessariamente deve estar baseada em dados empíricos, perceptíveis pelos sentidos. Porque as emoções humanas surgem por meio de leituras que fazemos dos acontecimentos no mundo real. Esta interpretação da realidade pode variar de indivíduo para indivíduo. Contudo, um núcleo em comum pode ser delimitado, dentro do qual todos mentalmente saudáveis tenderão a um consenso sobre a constatação de algo fora do padrão, anormal, indigno

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ou incoerente. (Sobre emoções humanas, António Damásio. O Erro de Descartes: Emoção, razão e o cérebro humano. Ebook kindle, 2012.) Exatamente por ter ocorrido algo inaceitável ou destoante do padrão segundo o senso comum, como se dá eventualmente com a produção de doutrinas ou decisões judiciais incompreensíveis ou aberrantes, vai ser exigida do intérprete uma resposta ou justificativa para cada uma das objeções que atacavam a coerên-

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cia jurídica da fundamentação de sua decisão, e que foram omitidas propositalmente. Ou seja, teses jurídicas ou decisões judiciais presumidamente incoerentes são aquelas que, nos respectivos fundamentos, não refutam o mérito dos argumentos contrários apresentados por juristas, advogados ou pelos cidadãos em geral, que também integram a chamada comunidade de interpretes do Direito pelo simples fato de estarem submetidos ao sistema jurídico e proibidos de alegarem

o seu desconhecimento, para se justificarem por ilegalidades eventualmente cometidas (LINDB,3.º: “Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.”). Mais especificamente, e, agora, em sentido inverso, haverá teoria ou decisão presumivelmente coerente, se presentes ao menos dois fatores. Primeiramente, i) que a decisão da controvérsia, fundamentada em argumentação aparentemente omissa, não tenha desrespeitado qualquer texto legal ou norma de direito. Ou seja, que a argumentação, apesar de silenciosa sobre pontos levantados pela parte interessada e que atacam a sua coerência, tenha sido construída de acordo com o sistema jurídico em sua unidade. Isto é, que a decisão não tenha causado violações pontuais de normas que não estavam diretamente relacionadas ao problema sob julgamento. Trago novamente, como exemplo, o caso do furto de celular de 90 reais. O STJ havia condenado o infrator ao cumprimento de um ano de prisão. Suponhamos que a decisão tenha sido embasada em apenas um argumento: o furto de celular, independentemente do valor monetário do aparelho, é legalmente proibido e, por isso, punido com prisão, se praticado (CP,155). Omitiu na fundamentação por que desconsiderou o argumento de que “furto de aparelho de 90 reais causa prejuízo material inexpressivo, isto é, não é lesivo e, por isso, é incompatível com a pena de prisão”. A omissão em rebater o argumento da defesa traduz-se em incoerência? Neste caso, não. Por quê? Porque, por critérios jurídicos objetivos, imunes à influência

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de nossa subjetividade, podemos observar não ter havido qualquer contradição com textos legais ou regras de direito. O direito penal, em especial, é criado apenas por lei federal e tem a sua aplicação condicionada pela materialização do comportamento proibido e bem definido em seus textos (CF,5.º,XXXIX;22,I). Em se tratando de crime, causas para a absolvição devem estar expressamente descritas na lei penal. Quando tipificadas, podem excluir a ilicitude, a culpabilidade ou a punibilidade da conduta. Alguém furta celular em legítima defesa ou por necessidade, visando à garantia de sua subsistência? Furto de celular pode ser interpretado como exercício regular de um direito ou cumprimento de algum dever legal (CP,23)? O furto foi praticado porque o ladrão foi irresistivelmente coagido a cometê-lo (CP,22)? O infrator tinha potencial conhecimento da ilegalidade do furto (CP,21)? Fácil notarmos que a alegação de “inexpressivo prejuízo” não tem respaldo legal para absolver o infrator. É construção doutrinária que atropela arbitrariamente a força normativa do Direito, por pura imposição da vontade do intérprete, de conteúdo exclusivamente político-ideológico. Em suma, se o argumento omitido for meramente de caráter retórico, subjetivo ou valorativo, a omissão das razões que o recusaram, por si só, não implica em incoerência normativa, pois argumentos pautados em juízo de valor são livremente manipuláveis, ao sabor da ideologia ou do interesse pessoal do intérprete. Outro exemplo. Este, trazido pelo excelente jurista e juiz trabalhista, Fábio Gomes. Agora, para

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firmar a ideia de incoerência, derivada de omissão (indevida) do motivo da rejeição de argumentos contrários, apresentados pelo sujeito interessado. Imaginemos um contrato de trabalho realizado entre um ator famoso e uma emissora como a Globo. Mais detalhadamente, o contrato foi fechado entre a pessoa jurídica de titularidade do ator e a rede de televisão. Ambas as partes se beneficiaram: o ator pagou menos impostos à Fazenda Nacional; e a emissora não precisou pagar os encargos oriundos da relação de emprego “celetista” tradicional (tais como FGTS, férias e 13.º salário). O ator foi contratado por salário mensal de 50 mil reais, mais direito a recebimento de vantagens financeiras pelo uso de sua imagem. Após dez anos, o contra-

to é encerrado amigavelmente. No mês seguinte, o ator aciona a justiça do trabalho, pleiteando vínculo de emprego e o pagamento retroativo dos valores aos quais faria jus, sob o argumento de ter havido fraude à lei trabalhista. Em contestação, a rede de TV argumenta que o contrato foi assinado voluntariamente pelo ator, não tendo existido qualquer vício de consentimento. Disse ainda que, financeiramente, para efeitos tributários, foi vantajoso para os dois lados, tendo sido a ação ajuizada hipocritamente. Suponhamos que o juiz trabalhista tenha reconhecido o vínculo de emprego e determinado a indenização ao autor da ação, o ator, acolhendo o argumento de fraude à lei. Mas omitiu-se em justificar o porquê de ter recusado o argumento da ré, no sentido de ter

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havido dolo recíproco, ou seja, intenção das duas partes em contornar a caracterização de relação de emprego, para que fossem beneficiadas, de acordo com seus próprios interesses (CC,150: “Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o negócio, ou reclamar indenização.”). A omissão, nesta hipótese, por si só, caracteriza a insuficiência da fundamentação da decisão do juiz do trabalho, por sua contradição flagrante com uma regra de direito que, sem dúvida alguma, também incide sobre o caso. Incoerência caracterizada objetivamente, dispensando juízo valorativo. Coerência, portanto, significa ausência de incoerência. E ausência de incoerência quer dizer apresentação das razões pelo intérprete, que justificam, no mé-

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rito, sem o subterfúgio do uso de alegações formais, a recusa dos argumentos contrários aventados e que se mostraram capazes de afetar a consistência da fundamentação da decisão que tomou. Para finalizar, exponho um autoquestionamento que fiz e a conclusão a que cheguei. “Se aprendemos lá no primeiro semestre da faculdade que o Direito é uma unidade indivisível, sendo feita a sua divisão classificatória em “ramos” (trabalhista, civil etc) apenas com o propósito de facilitar o seu aprendizado e estudo, por que, então, juristas, advogados, juízes e profissionais do direito em geral toleram e, pior, produzem frequentemente interpretações contraditórias com o sistema considerado em sua unidade?” Ou, de modo mais simples: “Como é possível se aceitar, como no exemplo, uma interpretação no âmbito do direito do trabalho (reconhecimento de relação de emprego), que ofenda diretamente uma regra inerente à teoria do direito (proibição de se beneficiar do dolo recíproco, em prejuízo do outro que aceitou o conluio)?” Suponho ao menos duas razões. A primeira: juristas e profissionais do direito, inconscientemente e talvez sem a intenção, não levam a sério a concepção de Direito como uma unidade inseparável. Compreensível. Porque, para que haja respeito à unidade, não há como ser intransigente na defesa de interpretações vinculadas à ideologia. Interpretação conforme a ideologia deve ser circunstancial; jamais fim em si mesma. E, para isto, i) honestidade intelectual para reconhecer a fragilidade ideológica de preferência e ii) humildade para abrir

mão de convicções que não tenham eventualmente respaldo em interpretação conforme o Direito uno, mostram-se como virtudes imprescindíveis de personalidade para que discrepâncias interpretativas diminuam e, como reflexo, o sistema jurídico ganhe em eficácia e credibilidade. O segundo motivo, creio que está no fato de o Direito não ter a sua construção vinculada à luta, ao esforço diário, por parte de todos os que se sujeitam a ele (juristas, profissionais, cidadãos). Rudolf Von Jhering, já no século XIX, com extrema sensibilidade, enxergava o Direito (fim) como sendo forjado pela luta (meio). Se (quase) todos admitem interpretações e resultados normativamente insatisfatórios para o que se espera do Direito (inibição de ilícitos, aplicação eficaz e pacificação de conflitos), não há nada a se fazer: o sistema jurídico está fadado à falência. E, nós, condenados a vivermos num Estado cleptocrático, sem normas confiáveis, pois produzidas ao sabor de interpretações ao “jeitinho jurídico brasileiro de ser”. Até que a dor da população seja tão forte e insuportável, que faça o “caldo jurídico insosso” de hoje ser entornado e, com novos ingredientes, seja incondicionalmente refeito. “Resistir à injustiça [incoerência] é um dever do indivíduo para consigo mesmo, porque é um preceito da existência moral; é um dever para com a sociedade, porque essa resistência não pode ser coroada com o triunfo, senão quando for geral.” (Rudolf Von Jhering. A Luta pelo Direito. Tradução Ivo de Paula. Ebook Kindle. Posição 329.

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NIKOLAS FERREIRA

NIKOLAS FERREIRA: “É IMPOSSÍVEL SER CRISTÃO E SER DE ESQUERDA”

NIKOLAS FERREIRA

SEM MEDO DO POLITICAMENTE CORRETO, O JOVEM VEREADOR POR MINAS GERAIS LUTA EM FAVOR DA FAMÍLIA E DO CONSERVADORISMO

POR THAÍS PARTAMIAN VICTORELLO Instagram: @thaisvictorello

le chegou na política determinado a fazer a diferença. Nascido em Belo Horizonte (Minas Gerais) e criado no bairro Cabana do Pai Tomás, na Região Nordeste da capital mineira, o vereador Nikolas Ferreira (PRTB), tem 25 anos, é filho de psicólogos, se formou

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em Direito pela PUC Minas, cristão, conservador e defensor da família, como se descreve. Com o apoio de familiares e amigos, Nikolas conseguiu o feito de ser o segundo parlamentar mais votado da história da capital mineira, escolhido por 29.388 eleitores para o seu primeiro man-

dato como vereador. Apoiador do governo Bolsonaro, já recebeu ameaças de morte, mas não se deixa intimidar e segue em frente, na luta em defesa pelo que acredita ser o melhor para o Brasil. Em um bate-papo franco com a reportagem da revista Exato, Nikolas Ferreira falou sobre fa-

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Foto: Luidgi Carvalho

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Nikolas foi eleito vereador pelo PRTB - Foto: Divulgação

mília, juventude, cristianismo, perseguições nas universidades, o papel da esquerda na revolução cultural, linguagem neutra e os principais desafios da direita. EXATO: Como foi a sua infância? Nikolas Ferreira: Minha infância foi muito boa, divertida, jogando bola, andando de bicicleta, estudando, indo para a igreja. Foi uma infância muito proveitosa. EXATO: Você nasceu em um lar

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cristão ou se converteu no decorrer da sua trajetória? Nikolas Ferreira: Eu nasci em um lar cristão, meus pais também vieram de berço cristão. Meu avô fundou a Assembléia de Deus do Cabana, que é a favela onde eu nasci e fui criado. EXATO: Como surgiu o seu interesse por política? Nikolas Ferreira: Meu interesse por política veio pelo meu senso de justiça. Eu sempre gostei de

me posicionar, de questionar... Eu acredito que veio de uma forma natural essa escolha pela política, uma vez que na política você se defende, toma posicionamentos... Eu gosto bastante deste embate. EXATO: Como se deu a escolha do PRTB como partido? Nikolas Ferreira: A escolha do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) foi por causa da definição do candidato a prefeito de Belo Horizonte, Bruno Engler, que teve apoio do Bolsonaro, en-

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tão eu fui junto para ficarmos na mesma chapa. EXATO: Nas últimas eleições vimos muitos jovens candidatos. A que você atribui esse interesse da juventude brasileira em participar mais ativamente da política? Nikolas Ferreira: Eu acredito que o interesse dos jovens em entrarem para a política foi por que com a chegada do Bolsonaro, mostrou-se que era possível você manter seus princípios, seus valores, influenciar as pessoas e não se curvar na pressão do coletivo, que quer fazer com que você negue seus valores em prol de uma ideologia, como por exemplo a de esquerda, onde somente eles podem ter voz ativa na política. A chegada do Bolsonaro mostrou que é possível promover mudanças e manter os nossos princípios.

truir o cristianismo e as bases que inclusive criaram a própria universidade. EXATO: Você teve o apoio de familiares e amigos quando externou a vontade de concorrer nas eleições? Nikolas Ferreira: Os meus familiares e os meus amigos me ajudaram a concorrer às eleições sim, meu pai era praticamente o meu coordenador de campanha,

ele coordenava o meu comitê, estava todos os dias comigo. Eu não tive apoio de sindicatos, de nada, só mesmo de amigos e da família, que todos os dias saíam para panfletar. Não usei nenhum centavo de recursos públicos. Eu fiz uma vaquinha e amigos que me ajudaram nessa caminhada que, graças a Deus, obtive sucesso. EXATO: Você ficou surpreso ao saber que foi o segundo parlamentar mais votado da história

EXATO: Durante o período de faculdade você chegou a sofrer algum tipo de hostilidade ou mesmo perseguição por ser um estudante cristão, conservador e de direita? Nikolas Ferreira: Sim, na época de faculdade sofri muita hostilidade, perseguições, por ser de direita, por ser cristão. O grande problema das faculdades não é nem o comunismo, é o anticomunismo... Você não pode ser anti-comunista na universidade... Então ir com uma camiseta do Bolsonaro, ou uma blusa que leve uma mensagem do cristianismo ou da direita, você já sofre uma repulsa, principalmente dos professores. Por mais que eu tenha estudado em uma instituição católica, a PUC, ela é católica somente mesmo no nome, por que de fato eles usaram da universidade para poder des-

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O vereador é formado em Direito pela PUC Minas - Foto: Divulgação

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da capital mineira? Nikolas Ferreira: Eu fiquei surpreso sim... O mais jovem votado da história da capital mineira. Graças a Deus conseguimos essa vitória, essa expressão que não é somente minha, mas é também de todos os conservadores de Belo Horizonte, de Minas Gerais... EXATO: Você sofre ou já sofreu preconceito no meio político por ser jovem? Nikolas Ferreira: Eu acredito que é um preconceito, mas é mais uma forma de ofensa... Tentam

usar desta questão da minha idade para querer me ofender, já que eles não podem me chamar de corrupto, de mau-caráter, não podem falar do meu trabalho... Eles podem falar qualquer coisa, menos que eu não trabalho nessa câmara, então tudo que eles vão falar é sobre a minha idade, como o prefeito, Alexandre Kalil, fez aqui em Belo Horizonte, quando eu o questionei sobre os gastos com publicidade e o motivo dele não ter investido no combate à pandemia e ele me chamou de garoto. Eu prefiro continuar sendo um garoto, reto e íntegro do que esses

velhos que tem destruído a nossa capital. EXATO: Os estudantes universitários são os principais alvo da doutrinação ideológica? Com certeza os jovens são o alvo da doutrinação e do patrulhamento ideológico, por ser o momento da vida em que você é pressionado a se posicionar, nem que seja fisicamente, espiritualmente ou mesmo no esporte, para qual time você torce... Quando jovem você tem que tomar várias decisões e acaba que a pressão

O apoio de familiares e amigos foi fundamental para a eleição de Nikolas Ferreira - Foto: Divulgação

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Nikolas está a frente de um projeto de lei que proíbe a linguagem neutra nas escolas públicas de BH - Foto: Divulgação

do coletivo faz com que essas pessoas sofram isso, sejam alvo, pela ânsia em se posicionar. Os estudantes universitários chegam nas universidades achando que o professor possui a verdade eterna. EXATO: Como se dá a evolução cultural e qual a influência da participação da esquerda em pautas que envolvem arte e cultura no Brasil? Nikolas Ferreira: A revolução cultural, a influência da participação da esquerda na arte e na cultura no Brasil, se dá com as teorias gramscistas, ou seja, você ganha através da cultura, da hegemonia cultural. Através da escola, do cris-

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tianismo, das bases... Aos poucos você vai conseguindo ganhar as bases. A hegemonia significa o domínio psicológico das massas, ou seja, através do domínio psicológico das massas, você consegue fazer uma revolução, para quando o partido comunista tomar o poder, não seja necessário fazer uma revolução armada, uma vez que todo mundo já pensa como você. EXATO: A direita brasileira é unida? Nikolas Ferreira: Sim, mas ela está em estruturação, então nós vemos que, infelizmente, há muito ego, há muita luta por protagonismos, então há essa briga interna, mas

onde há pessoas também há atritos, mas da mesma forma que a esquerda se estruturou, nós estamos buscando também se estruturar. EXATO: Você acredita que o marxismo cultural vem sendo descontruído? Nikolas Ferreira: Sim, aos poucos... Mas a força dele é muito grande. O que antes era sólido, agora se tornou gasoso, ou seja, ele está em toda parte...Tá na revista de jovens, tá no programa Big Brother, tá na TV Globo, tá na Netflix, nas propagandas dos celulares, no Youtube e em todos os lugares. Eles possuem um poder

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“Na época de faculdade sofri muita hostilidade e perseguições, por ser de direita, por ser cristão” - Foto: Luidgi Carvalho

muito, muito grande e não creio eu que nós vamos destruí-lo por completo, mas reduzir os danos. EXATO: Quais os principais desafios da direita brasileira? Nikolas Ferreira: Pra mim os principais desafios da direita brasileira é de fato nos estruturarmos, criar uma militância organizada...

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Militância significa colocar pessoas capacitadas em locais estratégicos. Eu entendo que nós precisamos formar professores, formas intelectuais, artistas, pessoas que fazem seu trabalho e se posicionam de forma conservadora e passem isso para a nossa juventude de uma forma implícita e não explícita. É incluir os princípios na nossa cultura.

EXATO: Você acredita que é possível ser cristão e ser de esquerda? Nikolas Ferreira: É impossível ser cristão e ser de esquerda... A pessoa que é cristã e é de esquerda, ou ela não sabe nada sobre o comunismo, ou ela não sabe nada sobre o cristianismo. Jesus nunca pregou uma luta de classe, Jesus

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não veio para acabar com a desigualdade econômica ou qualquer tipo de desigualdade. Ele veio para trazer salvação... Ele, em momento algum, negou a liberdade de expressão de pessoas, como é feito em países comunistas, ele nunca falou sobre abolir a família, pelo contrário, ele instituiu a família. Então há uma diferença exorbitante... Jesus multiplicou o pão, ele não dividiu o pão. Então quem

fala isso, realmente não sabe absolutamente nada sobre a bíblia. EXATO: Para você quais são os principais feitos e quais são os principais desafios do governo Bolsonaro? Nikolas Ferreira: Eu acredito que os principais feitos do governo Bolsonaro foi mostrar que se parar de roubar, tem dinheiro, né? Que a política não é algo tão

distante ao cidadão. Essa conexão que o presidente tem com o cidadão é algo muito importante, então quando ele grava os vídeos, mostra a verdade, mostra que por muito tempo a mídia comandou os rumos do nosso país, juntamente com os partidos de esquerda e nós temos quebrado isso. Eu vejo que um dos maiores trunfos do governo Bolsonaro é a verdade, é mostrar que realmente as insti-

Nikolas posa para foto ao lado do presidente Jair Bolsonaro - Foto: Divulgação

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tuições estão aparelhadas, de que ele está tentando fazer o máximo para prover educação, saúde, infraestrutura, com os ministros, por exemplo o Tarcísio, a Damares, o Paulo Guedes... Todos eles que foram indicados por ele, sem o famoso “toma lá, dá cá”, mas sim de competência, eu acredito que é a maior demonstração de que a política é dura, é difícil, mas se mantermos a nossa coerência, a nossa integridade, nós conseguimos mudar o nosso país aos poucos... EXATO: Qual é a sua opinião sobre a reformulação do currículo das escolas da rede municipal e quais são suas sugestões para melhorias na educação? Nikolas Ferreira: É um tema muito melindroso e difícil, pois a educação ainda está nas mãos da esquerda, pelo fato da produção de professores dentro das universidades. Eu não cheguei a ver a reformulação do currículo das escolas da rede municipal, mas eu vejo que a gente precisa ter a divisão de que a escola ensina, mas são os pais que educam... Nós não podemos terceirizar as responsabilidades da família para a escola. Eu vejo que qualquer reformulação no currículo deve se atentar a isso, tirar qualquer resquício de Paulo Freire, de pedagogia do oprimido, que coloca que o aluno é uma vítima, que está sendo oprimido e realmente produzirmos conhecimento e não somente reproduzirmos. As escolas têm sido campo de produção de ativistas e não de estudantes de fato.

neutra, que proíbe a linguagem neutra nas escolas municipais de Belo Horizonte. O projeto trata de que deve-se atentar estritamente à língua portuguesa. Nós sabemos que todo tipo de movimento, especialmente de esquerda, nunca chegam com o real propósito, então eles vem com algo exorbitante, depois te dá uma proposta menor e assim, você aceita com maior tranquilidade. Eles falam que não é nenhum ataque à língua portuguesa, que é uma nova língua, que a língua se adapta, que é uma língua da internet, mas nós sabemos que tudo isso é para suprimir o homem e a mulher da sociedade, os papéis que são estruturais na sociedade. A parcela de pessoas não binárias , que não possuem um gênero, é pouquíssima no Brasil, então não é uma inclusão, mas sim uma exclusão dos outros sexos: do homem e da mulher, que aliás, existem só esses dois mesmo. EXATO: Como você lida com os haters? Nikolas Ferreira: Eu levo os haters na zoeira mesmo... Eu sei que são pessoas que são completamente incapacitadas para enfrentar um debate, para defender uma ideia de fato, então eu fico tranquilo... Eu brinco, levo na brincadeira. Quando é algo mais sério, uma ameaça é óbvio que eu registro, faço um boletim de ocorrência, entro com um processo jurídico para que, de fato, a gente consiga colocar limite nesse tipo de pessoa.

EXATO: O que dispõe o Projeto de Lei - 54/2021, proposto por você?

EXATO: Você acredita no surgimento de um candidato de terceira via nas eleições de 2022?

Nikolas Ferreira: O meu projeto 54/2021 é sobre linguagem

Nikolas Ferreira: Eu não acredito no surgimento de uma terceira

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via, eu acredito que realmente já está bem decidido entre Bolsonaro ou Lula. Isso é até bom, porque já tira qualquer tipo de centrão, pessoa em cima do muro. É melhor você ser quente ou frio, já dizia a Bíblia... O morno Deus cospe, vomita... EXATO: Quais são suas perspectivas para o ano de 2022? Nikolas Ferreira: Minhas perspectivas para 2022 são boas. Eu acredito que as coisas irão ficar mais claras, no sentido de quem é quem de fato, tanto de lideranças evangélicas, católicas de fato, quanto lideranças da nossa sociedade de modo geral. Você pode não concordar 100% com Bolsonaro, eu mesmo não concordo 100% com ninguém, só com Jesus Cristo, mas escolher um cara que já deu errado ao invés de escolher um que em três anos, mesmo com pandemia, já conseguiu conseguiu bater recordes na bolsa e fazer os maiores planos de infraestrutura do nosso Brasil, eu acho que é falta de neurônio... EXATO: Qual recado você deixa para os brasileiros que residem nos Estados Unidos? Nikolas Ferreira: Persistam... Continuem amando o nosso país e orando por nós... Nós sabemos que essa luta é também espiritual e que nós precisamos tornar o nosso país um país referência, nós temos tudo. Saibam que nós estamos aqui, batalhando pelo nosso país, onde nascemos e que aquilo que vocês sentem aí, dessa liberdade econômica, de segurança, nós também estamos procurando aqui, para que realmente possamos viver em um país melhor.

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O vereador mineiro não acredita em uma “terceira via” nas eleições presidenciais do Brasil, em 2022 - Foto: Divulgação

PING PONG FEMINISMO: Maior genocídio da história.

PSOL: Um partido de histéricos.

IDEOLOGIA DE GÊNERO: Fantasia.

PANDEMIA: Poderia ter sido mais equilibrada, mas foi politizada.

LULA: O mais corrupto da história da humanidade. LINGUAGEM NEUTRA: Coisa de retardado.

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VACINA: Necessária, mas não é a salvação do mundo.

MBL: O maior grupo de tanga frouxa do Brasil. CPI: Circo. VOTO AUDITÁVEL: Necessário e quem tem medo deve alguma coisa.

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EDUCAÇÃO NOS EUA

O ENSINO MÉDIO PARA BRASILEIROS VIVENDO NOS EUA CONHEÇA AS OPÇÕES PARA A CONCLUSÃO DO HIGH SCHOOL COMO IMIGRANTE NOS ESTADOS UNIDOS.

POR SORAIA PEREIRA FOTO: ENVATO

SORAIA PEREIRA Consultora Educacional Instagram: @soraia.s.pereira

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pesar das diferenças de currículo, atividades extra-curriculares, sala de aula, etc., entre os sistemas educacionais do Brasil e dos Estados Unidos, o brasileiro que termina o ensino médio no Brasil e recebe o diploma, não precisa fazer nenhum teste ou exame pois o diploma brasileiro é considerado equivalente a um diploma de ‘high school’ americano. E o imigrante brasileiro que mora nos Estados Unidos há 1, 10 ou 20 anos e não teve a oportunidade de concluir o ensino médio no Brasil? A resposta é que já há

alguns anos o imigrante tem mais de uma opção para concluir o ensino médio nos Estados Unidos. Os dados de uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2018 apontou que aproximadamente 53% dos brasileiros com mais 25 anos (e residentes no Brasil) não terminaram o ensino médio (o antigo 2º Grau). Não há dados precisos do nível de escolaridade dos imigrantes brasileiros que moram atualmente nos Estados Unidos ou mesmo o percentual dos imigrantes adultos (acima de 18 anos) que não

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concluíram o ensino médio, mas independentemente dos números, o imigrante brasileiro que por qualquer motivo não teve a oportunidade de concluir esta etapa da educação no Brasil, tem uma

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segunda chance para terminar o ensino médio. Por que concluir o ensino médio? Para muitos imigrantes brasileiros, voltar a estudar após muitos anos longe da sala de

aula não é uma prioridade, já para imigrantes que têm o desejo de terminar o ensino médio pode ser um desafio, porém não impossível de ser realizado. Há também os que têm o desejo de fazer um curso de

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EDUCAÇÃO NOS EUA

nível superior em um ‘college’ mas engavetam um sonho por não ter o requisito mínimo para a admissão: o diploma de conclusão do ensino médio. O brasileiro acima de 18 anos que reside nos Estados Unidos e tem o desejo de retomar os estudos e concluir o ensino médio tem duas opções: 1) Sistema Educacional Americano: GED® (General Educational Development) Test: é um teste de conhecimentos em quatro áreas: estudos sociais, ciências, matemática e inglês (leitura e redação). As provas são de múltipla escolha e uma redação (essay). O teste é oferecido na maioria dos estados americanos e pode ser feito em

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Inglês ou Espanhol. O custo é de US$ 125.00. Para informações, o website é https://ged.com/ Além do GED® há também dois outros testes disponíveis (que varia de estado): - HiSET® = https://hiset.ets.org/ - TASC = https://tascte(Examst. com/ 2) Sistema Brasileiro:

Educacional

ENCCEJA (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos): este exame é o antigo Supletivo de 1º e 2º graus para jovens e adultos. A inscrição para as provas é feita online e é gratuita. O teste é agrupado por área de conhecimento

(ciências da natureza, matemática, ciências humanas, linguagens e redação). Há material gratuito disponível para estudo. As provas também são de múltipla e uma redação. Para informações procure o Consulado-Geral do Brasil que atende o seu estado de residência. Até o momento, não foi anunciada a data do próximo ENCCEJA no exterior. Se você chegou até aqui, então já sabe que pode sim concluir o ensino médio mesmo morando nos Estados Unidos. As informações você já tem, agora você precisará de planejamento para estudar e fazer os exames para poder receber o diploma. A escolha é sua e depende apenas de você e do seu próprio esforço para torná-lo uma realidade.

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ALIMENTAÇÃO

ELA AJUDA PESSOAS NA CURA E PREVENÇÃO DE DOENÇAS ATRAVÉS DA ALIMENTAÇÃO MENTORA E CEO DO SAÚDE BLINDADA, LU SANDRINI JÁ AJUDOU A MUDAR A VIDA DE CENTENAS DE PESSOAS NO BRASIL E EM DIVERSOS PAÍSES

POR THAÍS PARTAMIAN VICTORELLO Instagram: @thaisvictorello

ertamente você já deve ter ouvido falar que o intestino é o nosso segundo cérebro. Isso porque as bactérias que o colonizam, também conhecidas como flora ou microbiota intestinal, têm influ-

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ência direta sobre várias funções diferentes do nosso organismo (incluindo as metabólicas e imunológicas). A importância é tamanha, que o desequilíbrio nessa colônia pode levar a sérios problemas à saúde, tais como diabetes, sín-

drome metabólica, síndrome do intestino irritável, doenças cardiovasculares e até mesmo câncer. Especialistas no assunto, acreditam que esses dois importantes órgãos (intestino e cérebro), trocam informações e comandos

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sobre nosso corpo constantemente. Por isso a importância de ter um intestino saudável, que também é uma das inúmeras consequências do hábito da alimentação saudável, rica em vitaminas e nutrientes. Nascida em Itajaí, município brasileiro localizado no estado de Santa Catarina, na Região Sul do Brasil, Lu Sandrini teve sua primeira experiência profissional aos 17 anos, na Secretaria da Saúde de Santa Catarina, sendo estagiária da Vigilância Sanitária. Farmacêutica por formação, Lu percebeu que havia uma lacuna quando o assunto era tratar e prevenir doenças através da alimentação saudável, diminuindo assim o uso e a dependência de fármacos. Foi então que ela decidiu estudar nutrição e dedicar sua carreira a ajudar pessoas a viverem bem e a recuperarem a saúde através da alimentação. Através de suas páginas nas redes sociais @lusandrinix, a profissional dá dicas de como criar uma rotina saudável, além de receitas rápidas e práticas. Com mentorias individuais, Sandrini tem feito a diferença na vida de centenas de pessoas não só no Brasil e nos Estados Unidos, mas em diversos países. Para falarmos mais sobre essa mudança de vida através do intestino saudável, do consumo de alimentos de verdade e da suplementação orientada, a redação da revista Exato bateu um papo com a profissional, que é a CEO do programa Saúde Blindada. Confira na entrevista a seguir: EXATO: Você sempre gostou de alimentação saudável ou foi um hábito adquirido com o passar dos anos? Lu Sandrini: Como boa par-

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Lu Sandrini fundou a “Saúde Blindada” - Foto: Divulgação

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ALIMENTAÇÃO

“Nem sempre me alimentei de forma saudável” - Foto: Divulgação

te das pessoas, devido a correria do dia a dia, nem sempre me alimentei de forma saudável, mas ao perceber a diferença que uma alimentação rica em vitaminas e nutrientes, fazia para o bem estar a curto, médio e longo prazo, decidi mudar... Foi um hábito adquirido. E desde então me dedico a ajudar pessoas a mudarem de vida, melhorando a saúde e a disposição. EXATO: Quem ou quais são as suas referências na área de alimentação? Lu Sandrini: Existem excelentes profissionais no ramo, em quem me inspiro, entre eles: Dr. Lair Ribeiro, Stephen Sinatra e uma professora que tive na cadeira de nutrição dietética, que me

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deixou um excelente legado. Mas minha principal inspiração em ser uma profissional de excelência é o meu tio Romolo Sandrini, que foi um dos mais importantes endocrinologias pediátricos do mundo... Mundialmente premiado pelos seus inúmeros tratamentos em diabetes infantil. EXATO: Nos dias atuais, cada vez mais pessoas consomem alimentos industrializados e fasts foods. Além do excesso de peso, quais são os principais perigos para quem consome esse tipo de produto alimentício com frequência? Lu Sandrini: As consequências da rotina de se manter uma alimentação ruim e desregrada,

pobre em nutrientes, podem ser diversas... Adquirir diabetes, hipertensão, síndrome do intestino irritado, obesidade e câncer. EXATO: Segundo uma pesquisa recente realizada pelo Ministério da Saúde, os adolescentes estão consumindo cada vez mais produtos industrializados. Como inserir a cultura da alimentação saudável para jovens que cresceram se alimentando de forma incorreta? Lu Sandrini: Deve-se começar por inserir a cultura da alimentação saudável nos pais. Uma vez que os pais não têm o hábito de se alimentarem de modo ruim, dando preferência a alimentos de verdade e não industrializados, os filhos

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dificilmente serão jovens com hábitos ruins... Se alimentar bem é um investimento em si mesmo e na saúde da família. EXATO: Como os pais podem incentivar seus filhos a terem o hábito de uma alimentação saudável, rica em nutrientes? Lu Sandrini: Tendo o hábito de alimentação saudável para servirem de exemplo para os filhos. A palavra convence, o exemplo arrasta. EXATO: Quais são os principais benefícios de uma rotina de alimentação saudável a curto, médio e longo prazo? Lu Sandrini: São inúmeros, mas podemos citar alguns. Curto prazo: emagrecimento e melhora da pele; médio prazo: melhora do funcionamento do intestino, melhora da memória, da cognição e da imunidade; e a longo prazo: melhora da saúde como um todo, gerando uma maior proteção e prevenção contra doenças.

somente o emagrecimento, mas sim a saúde como um todo, focando na prevenção de doenças e na redução do uso de medicamentos, que muitas vezes não tratam a enfermidade... Eu não sabia exatamente como fazer, então decidi investir em conteúdo que me despertasse para o lado empreendedor, em como compilar todo o conhecimento... Foi então que eu fiz o curso chamado Extreme Seller, do Ricardo Ventura e foi assim que surgiu a ideia do Saúde Blindada.

Fazendo algumas substituições na cozinha, você pode comer de tudo.

EXATO: No que consiste o seu trabalho de mentoria? E qual o tempo médio de duração? Lu Sandrini: São seis semanas de duração, sendo um encontro por vídeo uma vez por semana e diariamente pelo Whatsapp, através da reeducação alimentar, sem deixar de comer nada, mas pre-

EXATO: Qual a importância de fazer suplementação? Lu Sandrini: Deixar o corpo com níveis ótimos de vitaminas e minerais para poder trabalhar na sua potência máxima. Vale lembrar que não se pode suplementar aleatoriamente, deve-se suplementar apenas o que está faltando. Por isso a importância de ser orientado por um profissional. EXATO: Como surgiu o método “Saúde Blindada”? Lu Sandrini: Eu já tinha o desejo de compartilhar o conhecimento adquirido, ajudando pessoas a melhorarem de vida através da alimentação... Mas meu foco não era

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Através de mentoria, Sandrini atende brasileiros no mundo todo - Foto: Divulgação

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parando tudo de forma correta. A maior parte dos pacientes, em seis semanas, já deixa de usar medicamentos de uso contínuo. Vale lembrar que quem faz a retirada dos remédios são os médicos, eu apenas faço todo o processo de preparação do paciente para que isso ocorra. EXATO: O que seus mentorados podem esperar da “Saúde Blindada”? Lu Sandrini: Quando seguido de forma correta, os resultados são os melhores possíveis...Uma verdadeira mudança de vida: recuperar a saúde, um intestino funcionando bem, recuperação da imunidade e melhoria da qualidade de vida, preparando para um envelhecimento saudável... Uma vida nova, repleta de boas descobertas! EXATO: É verdade que os alimentos têm o poder de prevenir e curar doenças? Lu Sandrini: Verdade, desde que preparados de forma correta e com as misturas adequadas para potencializar cada alimento. Vale muito a pena dar preferên-

“Alimentar-se bem é um investimento em si mesmo e na saúde da família.”

Com a alimentação saudável é possível curar e prevenir diversas doenças - Foto: Divulgação

cia ao que a natureza nos oferece e abrir mão do uso indiscriminado de produtos alimentícios, mais conhecidos como industrializados, cheios de conservantes e químicas. Pessoas com quadro de depressão, em conjunto com o acompanhamento médico, podem melhorar absurdamente com a alimentação correta. Sem contar que quem preza a boa alimentação, geralmente entende também a importância da atividade física e quando consegue conciliar os dois, é maravilhoso. EXATO: É possível reduzir o

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consumo de medicamentos, através de uma alimentação balanceada? Lu Sandrini: Sempre. E para algumas doenças, como diabetes, é possível deixar de usar os medicamentos em pouco tempo de reeducação alimentar. É incrível o poder da alimentação saudável a curto, médio e longo prazo. EXATO: Qual é a importância do processo de desintoxicação do organismo? Lu Sandrini: É importante porque vai livrar o organismo de subs-

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EXATO: Qual é a importância de um intestino saudável para o bom funcionamento do restante do organismo? Lu Sandrini: 80% da nossa imunidade vem do intestino. Um intestino saudável faz com que o nosso corpo absorva de forma adequada vitaminas e minerais obtidos através da alimentação e ou suplementação, garantindo assim o bom funcionamento do corpo como um todo. EXATO: É verdade que o consumo de açucar é um dos grandes vilões para a saúde, podendo até mesmo causar dependência no organismo de uma pessoa?

tâncias intoxicantes, como por exemplo, medicamentos, alumínio, arsênico, dentre outros metais tóxicos. EXATO: Quantos dias são necessários para que uma pessoa que sempre consumiu alimentos industrizados e pobre em niutrientes, possa desintoxicar o organismo? Lu Sandrini: Depende do tempo de exposição ao agente intoxicante. Geralmente, dez dias é o prazo mínimo para começar uma detoxicação.

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Lu Sandrini: Sim, a parte do cérebro responsável pelo vício em açúcar é a mesma responsável pelo vício em cocaína, por exemplo. O açúcar é uma droga lícita de fácil acesso, que está presente em praticamente em todos os tipos de alimento, seja uma fruta ou uma lasanha congelada. Na indústria alimentícia e farmacêutica, o açúcar é utilizado como conservante, por isso é sempre importante ler os rótulos dos alimentos, lembrando que você precisa descascar mais e desembrulhar menos. EXATO: Para uma pessoa que tem uma vida agitada, onde passa a maior parte do tempo fora de casa, é possível encontrar um equilíbrio na rotina de alimentação? Lu Sandrini: Sim, desde que você aprenda a comer de forma adequada na rua, como por exemplo, sempre comer uma salada antes das principais refeições, seguida de uma proteína, e por último o carboidrato. Você pode comer numa padaria consumindo um

pão sem glúten, você pode consumir como lanche umas sementes oleaginosas e assim por diante. O que faz a diferença na alimentação saudável é a escolha dos alimentos. EXATO: Quais são considerados os piores produtos industrializados? Lu Sandrini: Tempero pronto, sorvete, hamburguer industrializado congelado, lasanha congelada e nuggets congelados. EXATO: Quais são os considerados superalimentos e quais são os seus benefícios? Lu Sandrini: Coco e derivados. O óleo de coco, por exemplo, é uma gordura saturada de cadeia média, que deve ser utilizada para fritura e cozimento dos alimentos, que serve tanto para melhorar o intestino como emagrecer. O leite de coco, excelente para aumentar a imunidade. Os ovos são muito ricos em vitaminas e servem desde a melhora na visão até o ganho de massa muscular. O limão, fruta rica em vitamina C, com pouquíssima frutose (açúcar da fruta), que serve para detoxicar o corpo, melhorar a pele, melhorar o sistema imunológico e é um excelente remédio para azia, além de ser um poderoso condicionador de cabelos. EXATO: É possível comer bem sem abrir mão dos prazeres que a comida pode proporcionar? Lu Sandrini: Sim, desde que você prepare de maneira correta e com os ingredientes corretos. Fazendo algumas substituições na cozinha, você pode comer de tudo.

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LINGUAGEM SILENCIOSA

A LINGUAGEM SILENCIOSA DA PERSUASÃO NAS VENDAS MAIS VENDAS SIGNIFICAM MAIS GANHOS

POR RICARDO VENTURA FOTO: ENVATO

O RICARDO VENTURA Cientista comportamental, psicanalista, escritor e especialista em Linguagem Silenciosa Instagram: @naomintapramimoficial

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rganizar isso direitinho e entender a importância de cada cliente convencido a comprar seu produto pode ser a diferença entre o fracasso e o sucesso. A persuasão em vendas é fundamental neste planejamento. O maior problema disso tudo é o volume de informações, dicas e jeitos mágicos de fazer com que a persuasão seja uma coisa simples. A persuasão é a arte de fazer com que seu cliente acredite e aceite aquilo que você está oferecendo. E isso está se tornando um trabalho cada vez mais difícil, já

que seu cliente está sendo bombardeado de informações o tempo todo. Daí vem a necessidade de se destacar. Você precisa ter clareza e entender exatamente o que é persuasão. A importância da persuasão em vendas Antes de qualquer coisa, é preciso pensar mais a respeito da expressão “persuasão”. Por mais que muita gente relacione esta palavra com algo ruim, quase como se estivesse enganando as pes-

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soas ou forçando uma venda, a realidade é bem diferente. Persuadir está no campo da comunicação. Uma ideia que resume a dinâmica entre duas pessoas onde uma mensagem precisa ser passada para frente. Um interlocutor, no caso da venda, precisa apresentar e convencer o outro lado de que aquele produto ou serviço é a melhor opção. Não existe ligação nenhuma com qualquer tipo de enganação, mas sim com criar uma realidade que se mostrará interessante para o cliente. É lógico que seu produto ou serviço tem qualidades, portanto, fazer com que elas sejam claras para seu cliente é a função de uma comunicação transparen-

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te. Aproveitar os detalhes dessa dinâmica para que um lado aceite a ideia do outro é “persuasão”. E não adianta fugir: vender é persuasão. Não aquelas “velhas distorções” que passavam por mentiras, mas uma comunicação que envolve sinceridade e um resultado onde o prometido será entregue e não haverá frustração. Do lado do vendedor, a persuasão é esse caminho mais rápido entre a ideia e o cliente. Entre a necessidade de vender um produto e a eficiência na hora de fazer com que a pessoa do outro lado da comunicação seja convencida do quanto aquilo é necessário. Persuasão passa pela responsabilidade do vendedor e a

vontade de auxiliar o cliente a conseguir obter a melhor decisão. Persuasão vem com confiança e essa relação não acontece sem honestidade. Vamos às dicas pra aplicar técnicas de persuasão de vendas. Saiba quem é seu cliente A excelência de seu atendimento quase sempre está ligada ao conhecimento que você tem. Conhecimento permite você estar preparado para o que está por vir. Seu cliente vai se sentir muito bem tratado se você souber como cuidar dele e não ter que lidar com surpresas. Quando você traça um per-

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LINGUAGEM SILENCIOSA

fil de seu cliente, consegue criar uma estratégia e um planejamento que evite desgaste e se transforme e satisfação. Saber ler o que não está sendo dito e aprimorar a sua acuidade sensorial são peças fundamentais na arte da persuasão. Um cliente merece uma oportunidade única Crie essa impressão de que aquela oportunidade não pode ser perdida. Uma oferta ou promoção que soe como algo que seu cliente vai ter só naquele momento. Quando você cria esse senso de urgência, faz com que o cliente não fique travado e sinta a necessidade de tomar uma atitude. Estabeleça um valor, mostre a realidade e, se necessário, dê oportunidade dele economizar um valor interessante fazendo a compra já. Seu cliente nunca está enganado Lembre da boa e velha lei universal da reação oposta e de igual intensidade. Se você apontar um erro ou engano de seu cliente, ele se sentirá mais à vontade para negar sua proposta. É lógico que você pode negar uma proposta de seu ciente ou apontar alguma discrepância, mas é preciso fazer isso sempre de modo sutil e, se possível, estendendo a conversa para um questionamento que coloque o cliente no comando da conversa, sem perceber que ele não está com algum tipo de razão. Saiba que palavras usar Quando você está em fren-

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te a um cliente, qualquer detalhe pode significar o sucesso de sua empreitada, portanto, escolha as palavras de modo sábio. A palavra certa faz toda diferença. Termos que recorram a negativas devem ser evitados, prefira expressões otimistas e faça com que isso ajude o subconsciente a tomar as melhores decisões. Construa uma ligação emocional Quanto mais você conhece seu cliente, mais entenderá suas demandas e desejos. Quanto mais

conseguir usar isso a seu favor, mais seu cliente irá se sentir próximo de sua proposta. Faça com que o cliente diga “sim” Se você fizer com que seu cliente diga “sim” várias vezes e o mais rápido possível, mais facilmente ele se sentirá à vontade para aceitar sua proposta no final da conversa. Quando o cliente diz “sim”, ele se acostuma a aceitar o que você disser. Faça seu cliente se acostumar com o “sim”.

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ouça o que ele diz Quanto mais você escuta seu cliente, mais consegue captar detalhes e possibilidades dentro do discurso de seu cliente. Fora isso, todo mundo gosta de ser escutado, isso demonstra empatia e cria um elo de confiança. Dar atenção para o cliente pode ser o diferencial para o sucesso. Portanto, não interrompa e incentive-o a falar, principalmente se ele estiver falando dele mesmo. Faça um favor Quando você abre espaço fazendo um favor para seu cliente, mais facilmente a pessoa irá se sentir obrigada a retribuir essa ação e lhe conceder um “sim” no final de toda tratativa. Mas faça isso sem permitir que soe explícito. Não force a barra e nem faça um favor muito grande, opte por algo simples e que não deixe seu cliente constrangido, ao mesmo tempo faça-o se sentir agradecido. Seja receptivo Seja um especialista As pessoas confiam mais em quem é especialista em algo. Elas ficam mais confortáveis para acreditar no que você está propondo. Imagine o quanto é mais fácil aceitar algo sendo dito por alguém que tem conhecimento do produto, serviço e mercado. Cria uma narrativa que deixe claro o quanto você é especialista e experiente, assim como o quanto sua empresa tem conhecimento de causa. Deixe o cliente falar e

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Entender as ideias do cliente não é só escutar, é também estar aberto para entender e tentar enxergar a situação através dos olhos de seu cliente. Quando você entende as necessidades de seu cliente isso se torna o ponto fundamental da persuasão, já que você entenderá mais as soluções que ele quer. A prova social Mostre para o seu cliente que as pessoas ao redor dele já fizeram a mesma escolha que ele está

prestes a fazer. Ele se sentirá mais seguro se perceber que faz parte de uma fatia da sociedade que ele aceita e admira o comportamento. Depoimentos de outros clientes e cases de sucesso dão cara a essa sua proposta, assim como estatísticas fazem com que o cliente se sinta dentro de um número maior. Aplique essas dicas de persuasão e vendas Cada uma dessas dicas pode transformar sua proposta em venda. A persuasão pode muito bem ser um caminho onde você sabe cada passo, mas o mais importante é entender que cada caso é um caso e cada cliente é único. Entender a demanda da situação é o único jeito de se adaptar ao que está por vir. Assim como a persuasão não deve estar presa a uma fase da venda como o fechamento, por exemplo, mas sim presente em todos momentos. O “sim” no final é apenas uma fase, o que vem antes, cada estágio deve ser entendido de modo especial. Do mesmo jeito que uma ou outra dica pode caber apenas em um estágio. As variações e possibilidades são infinitas, portanto, sua experiência é o único jeito de você conseguir identificar a necessidade de cada ação na hora da persuasão. Mais vendas geram mais lucros. A persuasão das vendas é uma realidade. Juntar tudo isso é a receita para o sucesso, mas ela não virá sem muito trabalho. Portanto, arregace as mangas e parta para cima de seu cliente, mas agora “armado” com a persuasão.

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ECONOMIA

CRESCIMENTO ECONÔMICO EM QUEDA NOS EUA MESMO COM A VACINAÇÃO, O MEDO PERSISTE, SERVIÇOS ESTÃO EM DESACELERAÇÃO E SEGURO DESEMPREGO CONTINUA EM ALTA

POR VERNAN W. AURÉLIO FOTO: ENVATO

O VERNAN W. AURÉLIO Economista Instagram: @vernanjonas

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crescimento econômico dos EUA provavelmente diminuirá significativamente em 2022, conforme a recuperação do setor de serviços perca força, de acordo com o Goldman Sachs Group. O banco dos EUA espera que a maior economia do mundo retorne à tendência de expansão de 1,5% a 2% no segundo semestre do próximo ano. Também cortou sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto nos dois últimos trimestres de 2021 em um ponto percentual, para 8,5% e 5%, respectivamente. “Até alguns meses atrás, nossa previsão de crescimento do PIB

tinha se destacado por estar bem acima das expectativas de consenso”, escreveram em relatório a clientes economistas liderados por Jan Hatzius. “Agora, nossa previsão se distingue das expectativas de consenso pela desaceleração aguda que esperamos ao longo do próximo ano e meio” Isso se deve principalmente à disseminação contínua do coronavírus, o que significa que eventos de entretenimento ao vivo, parques de diversões ou trabalho no escritório podem levar mais tempo do que o previsto para se recuperarem. O nível crescente de trabalho remoto também não

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é um bom presságio para a economia adjacente aos escritórios e gastos com serviços, escreveram eles. “Está cada vez mais claro que, embora a vacinação em massa tenha um grande impacto na atividade do setor de serviços, não é realista esperar que o medo do vírus desapareça por completo instantaneamente”, disseram eles. Os economistas reduziram sua projeção de crescimento do consumo para o segundo semestre deste ano, embora tenham mantido a projeção de PIB anual em 6,6%. O Goldman também aumentou sua previsão de taxa de desemprego de 4,2% para 4,4%

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no final de 2021. No mercado de trabalho, o número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos teve alta de 51 mil na semana encerrada em 17 de julho, a 419 mil, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta quinta-feira pelo Departamento do Trabalho americano. O resultado veio acima da expectativa de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam 350 mil solicitações. O total da semana anterior foi revisado para cima, de 360 mil para 368 mil pedidos. O número de pedidos continuados, por sua vez, apresentou queda de 29 mil na semana

encerrada em 10 de julho, a 3,236 milhões. Esse indicador é divulgado com uma semana de atraso. No front externo, Estados Unidos e China deixaram aberta a possibilidade de uma cúpula com seus presidentes, apesar de um dia polêmico de negociações entre autoridades de ambos os lados na cidade de Tianjin. Durante reunião na ultima semana de junho, o vice-ministro de Relações Exteriores da China, Xie Feng, disse durante a visita da secretária de Estado adjunta dos EUA, Wendy Sherman, que o relacionamento entre os dois países vive “um impasse e enfrenta

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CARNE

sérias dificuldades”. Xie apresentou à número 2 da diplomacia dos EUA duas listas de exigências que, segundo ele, são necessárias para estabilizar os laços, incluindo “equívocos dos EUA que devem parar” e “casos individuais importantes sobre os quais a China está preocupada”, de acordo com a

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agência de notícias estatal Xinhua. Autoridades do governo Biden disseram a repórteres depois da visita que Sherman, que também se encontrou com o ministro de Relações Exteriores, Wang Yi, estava focada em identificar barreiras no relacionamento, e não em negociar questões específi-

cas. Mesmo tendo descrito as conversas como diretas e profissionais, disseram que, em alguns momentos, o diálogo foi tenso. A relação entre os dois ainda não se estabilizou, mesmo após a saída do presidente Donald Trump da Casa Branca.

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POLÍTICA

O FUTURO DO TRUMPISMO MOVIMENTO POLÍTICO QUE OXIGENOU O PARTIDO REPUBLICANO NÃO DESAPARECEU COM A SAÍDA DE CENA DO EX-PRESIDENTE TRUMP

POR CARLOS JÚNIOR FOTO: GETTY IMAGES

CARLOS JÚNIOR Jornalista Instagram: @carlosjunior_cp

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derrota eleitoral de Donald Trump em 2020 não significou o fim do impacto político que o ex-presidente trouxe nos Estados Unidos. Sua entrada na política representou mais que um simples outsider derrotando pesos-pesados do establishment americano: marcou um renascimento de valores esquecidos pelas elites do país e oxigenou um Partido Republicano condenado a uma derrocada final irreversível. Trump lançou sua candidatura em 2015 rompendo com inúmeros consensos e quebrando paradigmas estabelecidos pela nata do deep state americano. Prometeu uma volta na política dos valores mais caros ao país, oriundos principalmente do legado intelectual dos Founding Fathers. Estabeleceu uma plataforma de

ações destinada a evitar o declínio total de uma nação entregue a grupos políticos que desejavam precisamente isso. Tudo isso com doses cavalares de politicamente incorreto que despertaram a ira da grande mídia e do beautiful people, com o efeito inverso no americano comum. Essa nova maneira de fazer política representou uma ruptura brutal não apenas com o esquerdismo hegemônico no mainstream advindo do Partido Democrata, mas com o centrismo das elites republicanas que nada deixavam a desejar aos democratas nesse quesito. Figuras tarimbadas do Partido Republicano como John McCain, Mitt Romney, Jeff Flake e a família Bush não esconderam o descontentamento com a ascensão de Trump na agremiação em

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que costumeiramente davam as cartas. Bom, Donald Trump sai de cana com a derrota na eleição passada – ao menos por ora. Mas o impacto da sua presidência e do seu movimento político permanece e continuará presente por muito tempo. Não há a menor dúvida a respeito disso. Ao bater de frente com os RINOS – republicans in name only, ou seja, republicano só no nome – e liberais no sentido americano do termo, Trump oxigenou o Partido Republicano ao eleger novos políticos fiéis a sua plataforma. Ron DeSantis, apontado como seu provável sucessor político, foi eleito governador da Flórida em 2018 graças ao empenho do ex-presidente em uma disputa bastante acirrada com seu rival democra-

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ta. Tommy Tuberville, um novato na política, foi eleito senador pelo Alabama desbancando Jeff Sessions nas primárias republicanas. Sessions foi procurador-geral na administração Trump e saiu dela como desafeto do presidente, que endossou abertamente Tuberville. Após os anos dourados da presidência de Ronald Reagan, os americanos presenciaram governos dominados por globalistas que iniciaram guerras desastrosas, aumentaram internamente o poder do Estado e entregaram a soberania americana aos organismos internacionais controlados pela elite fabiana dos quais os próprios globalistas fazem parte. O conservadorismo foi alvo de inúmeras tentativas de retirá-lo da vida pública, permanecendo vivo

graças ao legado cultural do país colocado em xeque pelo antiamericanismo esquerdista. Mesmo com porta-vozes inadequados, continuou majoritário no eleitorado republicano. Agora a situação é diferente. Trump deixou um Partido Republicano arejado, com novas lideranças comprometidas com os valores tradicionais americanos e uma base sólida entre os eleitores que continuará sob a sua órbita. Ainda que enfrentando inúmeras perseguições empreendidas pelo establishment progressista, sua plataforma política não irá desaparecer da vida pública e terá uma representação adequada. Para a cólera dos esquerdistas, o trumpismo não morreu. E nem morrerá.

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