Revista Expansão | Edição 241 - Junho 2020

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ENTREVISTA | Consultora de marketing dá dicas de negócios Junho 2020

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PERSONALIDADE Diogo Dias e os planos para a Vera Loca NO COMANDO Regina Becker e seu trabalho à frente da Secretaria de Trabalho

Juliane Prediger Zimmermann, diretora

Colégio Sinodal da Paz Há 51 anos formando seres humanos completos Edição 241.indd 1

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Este momento cheio de imprevistos faz a gente refletir sobre a importância de ter um dinheiro guardado. Agora é hora de priorizar os seus gastos e iniciar ou aumentar sua reserva financeira. Você pode começar com pouco, mas sempre guarde um valor para investir com a gente. Temos uma grande diversidade de produtos para você criar ou manter o hábito de poupar.

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17 | SAÚDE Laboratório Exame fala sobre a importância da testagem no controle do Covid-19

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18 | NO COMANDO

REGINA BECKER À FRENTE DA SECRETARIA DO TRABALHO

14 | PERSONALIDADE Diego Dias se reinventa durante o isolamento e traça novos planos para a Vera Loca

ENTREVISTA Consultora de marketing e redes sociais dá dicas para adaptar os negócios à pandemia

22 CONDOMÍNIO Advogado explica impactos da Lei da Pandemia nas assembleias condominiais

26 | NEGÓCIO

TECNOLAR CELEBRA 30 ANOS DE HISTÓRIA 35 | COOPERATIVA Sicredi Pioneira RS comemora período de crescimento com nova agência e parceria de negócios

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28 DIRETO AO PONTO Hospital Regina completa 90 anos com nova identidade visual e posicionamento

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DA REDAÇÃO

FICHA TÉCNICA

COISAS BOAS DA VIDA Sabemos que o momento não é fácil. Para empresários e trabalhadores, a incerteza paira no ar, sem saber para onde seguir ou o que fazer. Qualquer investimento é arriscado, qualquer passo em falso pode ter consequências desastrosas. Apesar disso, a Expansão quer seguir como um porto seguro: o local onde pode-se encontrar informação de credibilidade, conteúdo positivo e inspirador, para que você possa seguir em frente. Não é questão de alienação, longe disso; seguimos trazendo fatos e notícias. Porém, entendemos que a saúde mental é tão importante quanto a física, por isso, queremos ser um ambiente de respiro. Não deixe de acompanhar o noticiário, mas também não se prenda a ele. Mesmo que por alguns instantes, relaxe e lembre-se de que tudo isso irá passar. Afinal, mar calmo nunca fez bom marinheiro! Aproveite a leitura.

ADMINISTRAÇÃO Ana Maribel Pacheco | Diretora geral ana@revistaexpansao.com.br Sérgio Luiz Jost | Diretor comercial sergio@revistaexpansao.com.br REDAÇÃO Mariana Machado Repórter/Estagiária redacao@revistaexpansao.com.br Gabrielle Pacheco Assistente de redação gabrielle@revistaexpansao.com.br CRIAÇÃO Alexandre Bitello | Edição de Arte (ABDesigner) alexandre@revistaexpansao.com.br ASSINATURAS assinaturas@revistaexpansao.com.br ASSESSORIA JURÍDICA Becker&Santos Advogados | OAB/RS 3.201 contato@beckeresantos.com.br IMPRESSÃO Gráfica Noschang Tramandaí/RS (51) 3661-2370 ABRANGÊNCIA Porto Alegre, Grande Porto Alegre, Vale do Sinos, Vale do Paranhana, Vale do Caí, Vale do Rio Pardo, Região das Hortênsias e Encosta da Serra

Rua Quintino Bocaiúva, 99, Centro, Novo Hamburgo/RS 93510-270 | (51) 3065-6380, (51) 3036-6380 ou (51) 3036-6381 Os artigos assinados não representam, necessariamente, o pensamento da revista. Não é permitida a reprodução parcial ou total dos artigos publicados na revista sem prévia autorização do editor.

Ana Maribel Pacheco

Diretora geral / Coordenadora editorial CNPJ 03.526.627.0001/79

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CAPA

PODER DA EDUCAÇÃO Q

ual a influência que a escola possui na formação de um indivíduo? Alguns podem dizer que influencia muito, pois é onde passamos boa parte dos nossos anos de formação de caráter. Outros dirão que a importância maior vem da família, que molda os filhos conforme seus próprios valores. O Colégio Sinodal da Paz, de Novo Hamburgo, busca trazer uma simbiose desses dois aspectos tão importantes na geração de cidadãos responsáveis e proativos: a família e o ensino. Isso está intrínseco ao que a instituição mais se orgulha de manter ao longo destes mais de 50 anos de história, que são seus valores. “Trata-se de um desafio grande e, ao mesmo tempo, muito significativo. Entendemos que o estudante não pode ser quantificado, não é um número, e sim um sujeito importante e único no contexto da escola”, explica Juliane Prediger Zimmermann, diretora da instituição. Ela pontua que ter um olhar para o outro, para quem precisa e para nós mesmos, como pessoas únicas em constante construção, é o que move a escola. Isso está diretamente relacionado à sua fundação, na dé-

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Colégio Sinodal da Paz completa 51 anos de busca pela excelência constante no ensino

cada de 1960. “O Sinodal da Paz surgiu como um projeto paralelo, para atender as crianças cujos pais estavam aprendendo um novo ofício na escola-fábrica. Nessa época, houve uma grande migração para Novo Hamburgo, por estar no auge do calçado”, relembra Juliane. Ela conta que essas pessoas, oriundas predominantemente do interior do Estado, não dominavam as atividades do setor calçadista, mas estavam em busca disso e de uma vida digna. “Por isso, o Pastor Sebaldo Nörnberg, que era o responsável pela Comunidade Evangélica da Paz, tinha o projeto de instruir essas famílias a trabalharem com o calçado. Assim, as crianças não tinham onde ficar, e foi onde o Sinodal da Paz se inseriu. Num primeiro momento, como educação infantil, e foi crescendo à medida que os alunos também cresciam”, pontua. Em 25 de novembro de 1969, ganhou a autorização de funcionamento do Conselho Estadual de Educação, e, desde seus primeiros passos, o Sinodal da Paz é mantido pela Associação Beneficente Evangélica da Floresta Imperial (Abefi).

Fotos: Ana Jesus Fotografia/Especial

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HISTÓRIA DE CONQUISTAS Para Juliane, esses 50 anos foram e seguem sendo de muita luta. “É, também, um trabalho de parceria entre a família e a escola, superando as dificuldades imensas, principalmente financeiras”, avalia. Segundo ela, o apoio de uma comunidade que acreditava e ainda acredita no projeto educacional foi fundamental para seguir trabalhando. “Sempre com muito profissionalismo, qualidade e humanidade no trabalho desenvolvido, e continuamos nos superando a cada ano”, celebra. Porém, trazer mudanças e novos ares sempre é positivo e necessário, conforme a diretora. “Há dois anos, passamos a ter um olhar especial para os 50 anos da escola. Um dos projetos foi justamente a renovação da identidade visual e do conceito da instituição - que mudou significativamente”, diz a diretora.

Com isso, surge um novo Sinodal da Paz, baseado no lema Saber para compreender. “Trabalhamos fortemente dois aspectos: o saber, que é o conhecimento, e o compreender, que vem no viés da humanidade do trabalho desenvolvido, onde cada sujeito é importante e responsável pelo seu caminhar”, expõe Juliane. Ela celebra, ainda, as conquistas dos últimos anos. “São, principalmente, premiações em feiras científicas, muito merecidas e batalhadas, fruto de um trabalho forte na iniciação científica acadêmica. Neste ano, a grande notícia foi nossa colocação no Exame Nacional do Ensino Médio: terceiro lugar nas escolas privadas de Novo Hamburgo, com a segunda melhor nota em redação e em matemática”, vibra.

Além disso, uma grande vitória é e vem sendo a remodelação da infraestrutura da escola. “Nos últimos quatro anos, isso foi se intensificando, pelo grande apoio que encontramos nas famílias, o que culminou em reformas expressivas nos nossos prédios”, relata. Com isso, diversas melhorias foram agregadas. “O primeiro grande projeto foi a instalação de ar-condicionado em todas as salas de aula e ambientes; também temos a revitalização do auditório e salão, das salas de aula e do pátio coberto. A biblioteca nova também é um grande destaque, com acervo em constante atualização, além do espaço de convivência e refeitório”, enumera.

REINVENÇÃO DO ENSINO E DA SALA DE AULA É impossível falar de educação, atualmente, sem abordar a transformação que a pandemia de coronavírus proporcionou. “Ela levou a mudanças bruscas em pouco tempo. É um repensar do espaço de sala de aula e do processo de aprendizagem, que acontece através do vínculo entre estudante e professor”, afirma. Portanto, o primeiro desafio foi, naturalmente, manter esse vínculo de forma online. “Exigiu, da equipe pedagógica, uma necessidade de se apropriar de recursos tecnológicos que já vínhamos trabalhando, claro, mas de uma forma mais gradual. Em poucos dias, cada professor se apropriou dessas temáticas, procurou recursos, e ainda seguimos nessa jornada”, conta. Segundo Juliane, cada etapa de ensino buscou um caminho do trabalho. “Nos Anos Finais

e Ensino Médio, utilizamos as plataformas Google Classroom e Meet para realizarmos a continuidade das aulas remotas. Já

na Educação Infantil e Anos Iniciais, a aula se dá através de roteiros de estudos com vídeos feitos pelas professoras e encontros virtuais, sempre planejados com intencionalidades pedagógicas”, explana. Tudo isso, ela complementa, é feito num processo de inovação, para não deixar, em nenhum momento, a porta do Sinodal da Paz fechar. “Para manter em movimento a nossa missão, que é a educação em excelência: mesmo em meio à modalidade virtual, permanecemos com a prioridade da vinculação entre professor e aluno estabelecida virtualmente, sem perder a qualidade do trabalho firmado há décadas”, finaliza Juliane.

COLÉGIO SINODAL DA PAZ @sinodaldapaz

(51) 3587-4141

Avenida Pedro Adams Filho, 1974, bairro Industrial, Novo Hamburgo/RS

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EN POR Gabrielle Pacheco | FOTO: Divulgação

TREVISTA

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MECANISMO DE CRESCIMENTO Investimento em mídia pode ser a chave para alavancar os negócios em épocas de crise A crise do coronavírus pegou todos de surpresa. Se antes já se falava em revolução digital nos negócios, a pandemia só serviu para acelerar esse processo. Milhares de empresas físicas se viram diante de dois caminhos: migrar as atividades para o campo digital ou ver o faturamento despencar ainda mais, já que, por conta da restrição na circulação de pessoas, as compras e serviços ficaram suspensas. Por isso, a própria comunicação e a publicidade tornaramse ferramentas ainda mais poderosas de vitrine e exposição de produtos. Conversamos com a Relações Públicas e consultora em redes sociais Giulia Schmitz, que usa o Instagram (@ giuliaschmitz.com.br) como plataforma de contato e mentoria de negócios.

Qual a importância de empresas investirem em comunicação e publicidade durante esse momento de pandemia?

Quais as principais plataformas, tanto online quanto físicas, que devem ter um investimento especial nesse momento? Tudo dependerá do segmento de atuação.

Pense comigo: as pessoas estão passando mais tempo em casa por conta do isolamento social. Só saem por necessidades específicas e não estão indo ao comércio para “passear”. Logo, um dos únicos canais de contato com o seu público é o digital. Se não recebo pessoas em meu negócio físico, é chegada a hora de pensar em estratégias para alcançar o público através das redes sociais. Mas, para isso ter eficácia, é necessária uma boa dose de expertise na comunicação focada nesses canais.

No entanto, quero destacar uma plataforma que é praticamente “universal” e as empresas talvez ainda não tenham refletido sobre: o WhatsApp. Investir na capacitação dos colaboradores para uma comunicação eficaz através desse canal é essencial no cenário que estamos vivendo. Ao fazer contato com uma marca, o consumidor busca pontos como agilidade e excelência no atendimento. Por isso, alguns cuidados são importantes: atenção ao português, textos curtos e objetivos, evitar mandar áudios (a não ser que o cliente solicite) e, no caso de empresas que vendem produtos, prezar pelo envio de fotos de qualidade, que mostram os detalhes da peça.

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“Investir na capacitação dos colaboradores para uma comunicação eficaz através desse canal é essencial no cenário que estamos vivendo.”

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ENTREVISTA

Acredita que a digitalização das empresas foi acelerada pelo isolamento social? Essa realidade se manterá no pós-pandemia? A tecnologia já cresce em uma curva exponencial, mas alguns comportamentos adotados durante o isolamento social aceleraram ainda mais esse processo. O home office se tornou a única alternativa viável para determinados segmentos, obrigando os colaboradores a se adaptarem a um cenário digital. Vi idosos utilizando smartphones para fazer chamadas de vídeo. Vendedores de lojas físicas se capacitando para a realização de vendas online. Acredito que a realidade se manterá em partes no pós-pandemia. Não serão todas as empresas que seguirão nessa modalidade, mas um estudo conduzido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostrou que deve crescer em até 30% o número de organizações brasileiras com home office após o período de isolamento social.

Quais aspectos devem ser levados em conta ao investir em estratégias de comunicação? Eu poderia elencar uma lista extensa, mas prefiro me conter a um fato: quando falamos sobre comunicação, não existe “receita de bolo”. Por isso, busque sempre se infor-

mar com profissionais confiáveis. Fuja daqueles que oferecem soluções milagrosas. Além disso, não se esqueça que a comunicação faz o elo entre o cliente e o seu negócio. Ela sempre foi e sempre será vital para uma empresa. O que acontece, no entanto, é que hoje existem outros meios de comunicação, como o digital. Os empresários que desejam se manter ativos no mercado precisam estar atentos a esse fato. Não há como voltar atrás.

É necessário contratar um profissional exclusivamente para gerir a comunicação, ou existem outras alternativas? No mundo ideal, sim. Você vai ter resultados melhores se contar com um profissional experiente em todas as etapas do

A tecnologia já cresce em uma curva exponencial, mas alguns comportamentos adotados durante o isolamento social aceleraram ainda mais esse processo.

“(...) não se esqueça que a comunicação faz o elo entre o cliente e o seu negócio. Ela sempre foi e sempre será vital para uma empresa.” processo de comunicar. Nós sabemos que essa, infelizmente, não é a realidade de pequenas e médias empresas - quem dirá de profissionais autônomos. Acredito que o profissional de comunicação experiente não é necessário para gerir os processos operacionais da comunicação, mas para trazer um olhar crítico sobre aquilo que está sendo planejado/executado pela empresa. Hoje, por exemplo, percebo que os empreendedores buscam um profissional mentor para um entendimento mais completo sobre a comunicação e a criação de uma estratégia. Com as diversas tecnologias ao nosso dispor, entendo que, com o treinamento adequado de um mentor, o operacional pode ser executado pela própria empresa.

Quais são as principais tendências de comunicação para esse novo mo-

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O momento em que vivemos é delicado e exige muito cuidado. Mas lembre-se de que nada dura para sempre e a Unimed está ao seu lado para cuidar de você. Durante este período, aproveite o tempo com a família, faça exercícios em casa, hidrate-se bem e mantenha uma alimentação saudável.

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ENTREVISTA

mento? As pessoas estão entendendo - e valorizando - a comunicação humanizada. Por trás de marcas, existem pessoas. Trazer isso no tom da comunicação é muito importante. Mostrar o “por trás das cenas”, fazer vídeos com as pessoas que são a empresa. Gerar identificação com o público através da autenticidade! Estamos nos direcionando para um caminho cada vez mais tecnológico, com a robotização de diferentes processos. Por isso, acredito que as empresas que entenderem a importância de “desrobotizar” determinadas áreas - como a comunicação - terão melhores resultados.

Em momentos de crise, o setor de comunicação e publicidade são os primeiros a terem cortes nos investimentos, em geral. Acredita que essa é uma boa estratégia? Quando um gestor realiza cortes na comunicação, ele automaticamente gera uma redução nas despesas. Isso é fato. O problema é a falsa sensação de ganho nesse movimento. “Ah, mas eu preciso economizar por conta da crise”. É verdade, mas a comunicação precisa ser entendida como uma estratégia para manter as empresas vivas e saudáveis - e isso impacta diretamente no faturamento. Ao realizar cortes na comunicação, você automaticamente prejudica as suas vendas. Por essa razão, a atitude de cortar a comunicação em um cenário de crise é paradoxal.

“Mas a comunicação precisa ser entendida como uma estratégia para manter as empresas vivas e saudáveis - e isso impacta diretamente no faturamento.”

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“Ao realizar cortes na comunicação, você automaticamente prejudica as suas vendas. Por essa razão, a atitude de cortar a comunicação em um cenário de crise é paradoxal.”

No final de março, o dono de uma rede de fast-food do Brasil afirmou que a economia não poderia parar por conta de 5 ou 7 mil mortes. Depois disso, as reações nas redes sociais foram mais de 60% negativas. O consumidor está mais consciente a respeito do posicionamento das empresas e de para quem irá dar o seu dinheiro? Sem dúvidas! E não sou apenas eu que estou afirmando isso. De acordo com a pesquisa Consumer Pulse Survey (2019, Accenture), 83% dos consumidores brasileiros preferem comprar de empresas que defendem propósitos alinhados aos seus valores. Eles dispensam aquelas empresas que preferem se manter neutras para evitar possíveis embaraços. Mais dados da mesma pesquisa: 79% dos consumidores querem que as empresas se posicionem em relação a assuntos importantes (como sociedade, política, cultura, meio ambiente) e 76% dos consumidores afirmam que a decisão de compra é influenciada pelo valor de uma empresa e dos seus gestores - e isso é perfeitamente linkável com o caso citado.

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POR Mariana Machado | FOTOS: Divulgação

SONALIDADE

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Mesmo com a rotina alterada pela quarentena, Diego Dias se reinventa e se expressa através da música

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mundo da música mudou. Os artistas que antes percorriam o Brasil e estavam acostumados ao pé na estrada foram surpreendidos pela suspensão dos shows, por conta da pandemia. Com essas mudanças, é preciso reinventar-se. Ainda que sem a presença física do público, longe das gravadoras e no meio de uma crise econômica geral, há quem ainda acredite no contato (remoto) com as pessoas e na força da música como arte e como forma de expressão. É assim com Diego Dias, músico que ficou conhecido com a banda Vera Loca e, mais tarde, com o seu projeto “The Beatles No Acordeon”. De casa, ele tem feito lives e disponibilizado um código para doações dos fãs. As transmissões envolvem músicas de seus projetos profissionais e também homenagens aos seus artistas favoritos. Em uma live especial da banda, ele e seus companheiros também arrecadaram doações para quatro bancos de alimentos, com o intuito de ajudar quem precisa.

“A nossa inspiração está à flor da pele, então tentamos traduzir tudo o que está sentindo neste momento através da música. Ela tem sido essencial.”

Como tem sido a tua relação com a música durante a quarentena? Eu estou totalmente amparado pela música nesse momento, porque já era isso que eu fazia antes e agora, em casa, é a música que nos alimenta nesse momento, alimenta a alma. A música continua sendo consumida na internet - não financeiramente, mas eu acho que compor músicas que digam alguma coisa nesse momento [é importante]. A nossa inspiração está à flor da pele, então tentamos traduzir tudo o que está sentindo neste momento através da música. Ela tem sido extremamente essencial. As lives da Vera Loca arrecadaram doações para os bancos de alimentos do RS. Como vocês decidiram quem ajudar? Com as lives da Vera Loca, conseguimos ajudar muita gente, graças a Deus. Quando tivemos a ideia de fazer as lives, pensamos que, apesar da nossa situação (enquanto músicos que vivem da música) estar difícil, tem gente que está em uma situação muito

pior. Tem gente que está passando fome, então eu acho que a gente, enquanto uma banda com um nome já consolidado no Rio Grande do Sul, precisava aproveitar isso para tentar ajudar as pessoas. As lives tiveram muita repercussão nas redes sociais, inclusive subindo três hashtags nos trending topics do Twitter, além de mobilizar os fãs na arrecadação de doações. Você imaginava todo esse engajamento do público? Confesso que não esperava tanto engajamento. Penso que a Vera Loca sempre foi uma banda alegre no palco, e, apesar de a gente não estar tendo muitos motivos para estar alegre neste momento, enquanto a gente está tocando, está feliz. Eu acho que as pessoas sentiram isso naquele momento e resolveram ajudar. Em duas lives, a gente arrecadou 8 mil reais. As doações foram exclusivas para quem precisa: bancos de alimentos de Porto Alegre, Canoas, Bento Gonçalves e Tupanciretã, que é a cidade onde eu nasci.

Como foi se reunir com a banda durante a quarentena, já que vocês tinham passado, mesmo antes da pandemia, um tempo sem subir ao palco juntos? No dia da live foi interessante o nosso encontro, porque estávamos agradecendo por ter um compromisso nessa situação. Estávamos todos sem sair de casa durante toda a quarentena, então quando a gente se encontrou, apesar de precisar manter distância, pois buscamos tomar todos os cuidados possíveis, estávamos muito felizes por esse encontro. Acho que foi por isso que acabamos conseguindo transmitir tanta coisa boa ao público.

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PERSONALIDADE Em uma nova transmissão ao vivo, desta vez sozinho, tu prestaste uma homenagem especial para a banda Engenheiros do Hawaii, tocando apenas as composições deles. De onde veio essa ideia? A minha live em homenagem ao Engenheiros do Hawaii foi um momento muito especial para mim, e isso vai ao encontro daquela primeira pergunta sobre a relação da gente com a música. Eu tenho me apoiado em coisas que possam me trazer alegria e Engenheiros é a minha banda preferida desde a infância. Então eu tive essa ideia de homenagear. Foi um grande desafio, porque eu não me considero um cantor, mas me aventurei nessa situação porque era uma questão pessoal mesmo. Acho até que a galera aprovou bastante, fiquei muito feliz com o resultado. Essa live contou, inclusive, com uma participação especial do Humberto Gessinger, né? Como foi o contato com ele para contar sobre o projeto da live? Eu já conhecia o Humberto [Gessinger], estive no palco com ele quando começou a relação dele com o Duca Leindecker, no Pouca Vogal. No primeiro dia em que eles tocaram juntos, o Humberto participou do show da Cidadão Quem, cantando uma música que depois acabou entrando no disco deles. Nesse primeiro encontro, eu estava tocando com a Cidadão Quem. Fazia parte da banda e estava no palco. Encontrei o Humberto nos bastidores e sempre declarei que sou muito fã dele. Quando tive essa ideia [da live], eu entrei em contato com ele porque eu não ia me sentir a vontade de fazer essa live, já tendo um certo reconhecimento no mundo da música, poderia parecer que eu estava sendo um pouco oportunista. Então falei com ele, que foi muito atencioso comigo. Ele disse que seria uma honra para ele eu fazer essa homenagem. Porém a questão dele ter entrado na minha live foi uma surpresa. Eu fiquei

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sabendo de tudo só na hora, ao vivo, então foi um momento que eu jamais vou esquecer na minha vida. A gente sabe que a situação dos músicos e das equipes durante a pandemia está complicada. Como está sendo pra ti? Como tu tens visto toda essa situação? Quem vive exclusivamente da música, como é o meu caso e o de muitos amigos, foi atingido em cheio, assim como outras profissões. Eu tento não me considerar mais ou menos prejudicado, mas a música foi atingida. A nossa renda vem da estrada, fazer shows, e isso acabou. Não temos noção de quando vai voltar. Acreditamos, inclusive, que seremos os últimos da fila, e entendemos que existem outras prioridades, mas está muito difícil. E para o pessoal das equipes também. Eu fiz uma live do meu projeto “The Beatles No Acordeon” e a gente doou metade da arrecadação para as equipes. Estão ocorrendo muitas ações nesse sentido. Nas lives que eu estou fazendo de casa, estou colocando um qr code e tentando arrecadar algum dinheiro para a gente sobreviver. Essa é a minha ideia, deixar as pessoas à vontade para doar o valor que quiserem. E quem não quiser ou não puder ajudar também é muito bem vindo, mas a gente tem que se reinventar e é isso que estou fazendo.

Toda sexta-feira vai ter uma live diferente, alguma coisa inusitada, mas coisas que eu goste, para tentar chamar a atenção e seguir trabalhando. Ter aquela falsa sensação de que estou fazendo um show em algum lugar. Para finalizar, qual a mensagem que tu queres passar para os leitores sobre tudo isso que estamos vivendo? Que a gente aprenda alguma coisa, porque estamos recebendo uma grande mensagem de como somos frágeis e de como devemos tentar desapegar das coisas que não são importantes para valorizar as coisas mais simples, como a nossa liberdade, por exemplo. Hoje estamos privados de um convívio com os nossos amigos. [...] Que a gente tente focar nas coisas boas e tente não perder tempo com coisas banais. E que a gente esteja cada vez mais unidos enquanto sociedade, que a gente siga ajudando uns aos outros. Acho que isso tudo está deixando uma grande lição para quem quiser receber, eu creio que a gente está em uma situação delicada, mas vamos sair dessa e vamos sair dessa mais fortes.

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SAÚDE

POR Gabrielle Pacheco | FOTO: Divulgação

Laboratório Exame oferece testes de detecção do Covid-19

TESTAGEM É A CHAVE

É consenso entre especialistas que testar e rastrear casos do novo coronavírus é uma das principais armas para diminuir a incidência de contaminação. Enquanto o Brasil não consegue testar em massa a população, laboratórios particulares oferecem opções que vão desde testes sorológicos, mais baratos e rápidos, aos RT-PCR, que possuem eficiência máxima na detecção. No Rio Grande do Sul, um dos laboratórios credenciados é o Grupo Exame, que oferece dois tipos: o próprio PCR e o Elisa, feito por amostras do sangue. Segundo a dra. Camila Peter (foto), diretora técnica do Grupo Exame, a testagem em massa é essencial do ponto de vista epidemiológico, bem como para a tomada de ações no combate ao novo coronavírus. “Disponibilizar testes nos dá respostas às mais diversas perguntas, tanto para casos mais característicos, que contam com quadro clínico desenhado por sintomatolo-

gia conhecida, quanto a possibilidade de levantamento de hipóteses para casos assintomáticos e previsão de futuros pacientes”, afirma Camila. Além disso, ela pontua que, com a análise de dados, há a possibilidade de manejos de unidades de terapia intensiva (UTIs), reforço do isolamento e afrouxamento do convívio social com base em dados concretos, bem como ações que determinam o direcionamento econômico sem colocar a “Disponibilizar população em risco. testes nos dá Camila pontua algurespostas às mas das ações de enfrenmais diversas tamento oferecidas pelo perguntas.” laboratório: criação do sistema de atendimento que respeite as medidas de distanciamento social; atendimento através de central telefônica, permitindo ao paciente realizar seus exames sem sair de casa; realização de coleta no sistema drive-thru e comunicação ativa com todas as vigilâncias epidemiológicas dos municípios apoiados, para garantir a notificação de casos confirmados.

TIPOS DE TESTE DISPONÍVEIS Atualmente, o Laboratório Exame fornece duas opções de teste: RT-PCR, que pesquisa o material genético do vírus na mucosa do nariz e garganta; e o sorológico Elisa, que busca anticorpos do vírus no sangue. RT-PCR: detecta quantidades mínimas do material genético do vírus na amostra, com taxa de falso positivo próxima a zero. “É importante salientar que cada indivíduo apresenta uma resposta diferente ao vírus, e a sensibilidade clínica é maior aos quatro dias depois do aparecimento dos sintomas”, explica a diretora. O resultado sai em até 48 horas após a coleta.

Elisa: realizado através da análise de amostra de sangue do paciente, cujo resultado é liberado em 24 horas. A reação ocorre em um equipamento com temperatura controlada e a interpretação do resultado é mais segura, segundo Camila, pois não depende da interpretação do olho humano, ao contrário do teste rápido. “Contamos com um setor criado especificamente para realização do teste de Elisa para Covid-19. Todas as nossas unidades estão coletando este exame, sem a necessidade de agendamento e de jejum”, pontua.

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POR Mariana Machado | FOTOS: Divulgação

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Secretária do Trabalho e Assistência Social detalha planejamento e reflete sobre futuro do RS pós pandemia

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egina Becker é natural de Lomba Grande, zona rural de Novo Hamburgo, no Vale dos Sinos. Seu nome está há 40 anos ligado ao ativismo na causa animal. Regina foi professora da rede estadual, assessora de Comunicação Social do ramo petroquímico e coordenadora do Memorial do Legislativo. Também ocupou o cargo de Titular da Secretaria Especial dos Direitos Animais da prefeitura de Porto Alegre, durante a

Estamos acompanhando uma série de ações e medidas do Governo do Estado e da própria população gaúcha no sentido de garantir a segurança alimentar das pessoas neste momento, fazendo com que as doações cheguem a quem precisa. Houve um aumento da demanda durante a pandemia? Qual a importância da solidariedade neste momento? Essa pandemia serviu para mostrar a todos que é necessário um olhar direcionado ao próximo, de solidariedade e compaixão. A empatia também é fundamental. Cito um exemplo: a STAS recebeu mais de 1,2 mil peças de roupas e mais de 3 mil pares de calçados destinados à Campanha do Agasalho deste ano. Ao todo, o valor chegou a R$ 282 mil em produtos. O mundo está passando por uma difícil transformação e gestos solidários são bastante significativos e vão fazer toda a diferença. Estamos iniciando mais uma Campanha do Agasalho e reforçamos a importância das doações em época de frio e Covid-19, que serão destinadas a quem mais precisa. Outro exemplo é a entrega de cestas a idosos em situação de vulnerabilidade social de Porto Alegre e Região Metropolitana. Já foram distribuídas mais de 300 cestas básicas direcionadas a famílias cadastradas no programa de assistência alimentar da Ceasa/RS. Ainda tem mais: graças à regulamentação do Fundo Estadual de Apoio à Inclusão Produtiva (Feaip), a Lei da Solidariedade, a população em situação de rua poderá ser atendida através de re-

gestão do seu marido, então prefeito José Fortunati. Em 2015, foi eleita como deputada estadual. Hoje, está à frente da Secretaria do Trabalho e Assistência Social (STAS), órgão do governo do Estado que planeja as ações de solidariedade que ajudam famílias em vulnerabilidade social e, também o panorama do futuro do Estado quanto à sobrevivência dos postos de trabalho e do empreendedorismo.

cursos fruto de renúncia fiscal. Os recursos, no valor de R$ 500 mil, do Grupo Randon, e R$ 200 mil, da Plasbil, são os primeiros aportes do Feaip e serão direcionados para o atendimento das pessoas em situação de rua em municípios de Porto Alegre e Caxias do Sul, que têm a maior população nessa situação no Estado. O trabalho é uma pauta bem importante agora, já que a crise na economia é uma realidade e muitas pessoas perderam o emprego. Existe um planejamento neste sentido? Qual é a prioridade da STAS agora? Nossa prioridade é pensar ações voltadas ao combate à pandemia. Já citei três exemplos (ação com a Ceasa/Campanha do Agasalho e Lei da Solidariedade), mas há mais uma alternativa fundamental e importante da nossa Secretaria. Para que as taxas de desocupação minimizem, o Programa RS Trabalho, Emprego e Renda – RS TER é fundamental, voltado, como mesmo diz o nome, para a geração de trabalho, emprego e renda com foco na capacitação, qualificação, criação e sustentabilidade de micro e pequenos negócios. Fomentar o empreendedorismo é um dos principais objetivos do Programa, estimulando o autoemprego e disponibilizando as condições necessárias para a manutenção e abertura dessas micro e pequenas empresas. A STAS firmou parceria, ainda, com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) para implementação de microcrédito no RS voltado para pequenos empreendedores formais e informais, urbanos ou rurais. Os valores disponibilizados serão de R$ 100 a R$ 20 mil para o crédito produtivo e orientado.

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NO COMANDO O teu nome sempre esteve relacionado à causa animal como ativista. Com a chegada do frio, a questão dos animais de rua piora. Como estão as ações em que tu estás engajada nesse sentido agora, além de todo o trabalho na secretaria? Assumi a STAS com o compromisso pessoal para com a rede de proteção e também um acordo feito com o governador Eduardo Leite, de que se criasse um departamento específico para a causa animal. Meu interesse e todos os meus esforços, hoje, estão sendo nesse sentido. Formatamos uma proposta dentro de um Projeto de Lei que será encaminhado em breve para a Assembleia Legislativa, que é uma reforma administrativa em várias secretarias de estado, e uma delas é a criação, dentro da STAS, desse departamento. Com isso, haverá uma rubrica específica dentro do orçamento geral de Estado que pos-

sibilitará, ano a ano, o incremento de valores, além de começarmos a fazer ações junto às prefeituras, buscar recursos federais e convênios internacionais a permitir, efetivamente, apresentar resultados nas questões de proteção aos direitos animais. Hoje as minhas ações estão muito mais voltadas às questões humanas, numa área que é muito complexa, onde nos deparamos com a miséria humana e com as necessidades de pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade social. Ações que não permitem ter o foco somente na causa animal. Entretanto, estou permanentemente orientando as pessoas que me demandam pelas mídias sociais sobre procedimentos com relação a crimes que são cometidos contra os animais, na consciência de que não existe uma solução pronta para a causa e aos animais comunitários e de famílias em situação de vulnerabilidade social. A rede de proteção, com o trabalho voluntário, está sempre envolvida.

“Hoje as minhas ações estão muito mais voltadas às questões humanas, numa área que é muito complexa, onde nos deparamos com a miséria humana(...).”

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colocar recursos no mercado, incentivar a produção, programas governamentais que possam ser estendidos a quem precisa, crédito e microcrédito para quem precisa e quer trabalhar. São ações que devem ser depreendidas agora, acreditando que, um dia, poderemos recuperar o que perdemos. Tantas pessoas levaram quase uma vida pra ter um pouco do que tem e em muito pouco tempo perderam tudo o que tinham, infelizmente.

Você sempre esteve ligada às políticas públicas. Com essa experiência, qual a tua visão sobre o futuro do Rio Grande do Sul pós pandemia? Hoje o problema se apresenta com enfoque na saúde, amanhã será um problema social. Todas as estruturas vão ter que repensar formas de organização, tanto do Estado quanto da sociedade civil. É muito difícil estabelecer um prognóstico de como ficará o Rio Grande do Sul, o Brasil e o mundo depois da pandemia. O que se sabe é que as causas dessa pandemia estão estabelecidas, mas as consequências não sabemos. É preciso olhar o momento com o coração. As pessoas se voltaram para suas famílias, conseguiram compreender o quanto a saúde e os laços de afeto são importantes nas nossas vidas; perceber que a mais simples das liberdades é a que mais faz falta, que é poder caminhar, se relacionar, de poder abraçar as pessoas que a gente ama, e que isso não tem custo. Na verdade, isso não custa nada, mas agora custa a vida de todos. A falta de emprego, as demissões, as reduções de jornadas de trabalho e das atividades econômicas levará a uma situação de desequilíbrio financeiro e econômico de todos os países. Seremos tremendamente atingidos, e o que constatamos é que quase metade da população brasileira já depende de recursos governamentais para conseguir ter o mínimo para comer e viver. Por outro lado, uso uma expressão que o governador tem dito: “agora é hora do governo mostrar que governo é governo”. É necessário, sim, emitir moeda,

Os desafios de assumir uma pasta como a STAS já existiam quando você foi nomeada, mas claro que a situação atual não foi esperada por ninguém. Como tem sido o teu dia a dia? Diuturnamente, de muito trabalho. Desde o início da pandemia, não me afastei do meu local de trabalho nem um dia sequer, tendo a certeza de que as medidas que nós estávamos tomando eram de precaução à vida, à segurança e à saúde. Há muitas atividades e propostas sendo analisadas pelo Gabinete de Crise do governo, cujo coordenador é Eduardo Leite, que resultarão em benefício a grupos que precisam de apoio. Das poucas horas de sono noturno (sim, sou notívaga), quando deito a cabeça no travesseiro, tenho a certeza do dever cumprido, que é desempenhar um papel que me foi conferido, do qual devo apresentar resultados.

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CON

DOMÍNIO

ISOLAMENTO EM CONJUNTO Advogado esclarece principais dúvidas de condôminos e síndicos

O

isolamento social mudou o cotidiano de grande parte das famílias brasileiras, em especial daquelas que moram em condomínios. Com as pessoas permanecendo mais tempo em casa, conflitos das mais diversas naturezas passaram a fazer parte da realidade de condôminos e síndicos. A Convenção do Condomínio e o Código Civil Brasileiro estipulam as normas que devem ser observadas pelos condôminos. “A necessidade de aprimoramento e de mudanças em algumas regras motivaram a criação

do Projeto de Lei 1.179/20 que, diante da existência de lacunas decorrentes do período da pandemia, ganhou agilidade na sua tramitação e se encontra com a Presidência da República aguardando sanção”, esclarecem os advogados Fabio Milman e Rute Carolina Fernandes, sócios do escritório Rossi, Maffini, Milman & Grando. Enquanto se aguarda pela conversão do projeto em lei, Fabio Milman explica como fica a vida durante o isolamento social de quem reside em condomínio.

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“Portanto, para condomínios que não possuem a previsão de assembleias virtuais em sua convenção, o caminho, diante da pandemia, é evitar que ocorram as reuniões presenciais, como forma de evitar a disseminação do vírus.”

Qual o papel do síndico durante a pandemia? Tem dupla função: adotar medidas que visam a prevenção da propagação do vírus e gerir as mais diversas situações decorrentes do confinamento social dentro do condomínio. Vistoriar se a limpeza e higiene das áreas de uso comum estão adequadas; viabilizar o uso de álcool em gel na portaria e demais dependências; verificar se os prestadores de serviços e funcionários estão utilizando máscara de proteção; fixar cartazes com avisos de conscientização sobre o dever do cuidado de todos os condôminos, são algumas das medidas que evitam a disseminação do novo coronavírus. Em relação aos conflitos resultantes do confinamento, que podem ser das mais diversas naturezas, o síndico deve ser uma figura acessível e aberta ao diálogo, mesclando cordialidade e firmeza, quando necessário.

É considerada válida a assembleia virtual? Somente se houver a previsão dessa modalidade na convenção, o que já é tendência nos condomínios novos. Para a maioria dos condomínios, no entanto, a realização de assembleia pela modalidade virtual carece de embasamento legal, problema em vias de ser superado com a aguardada sanção presidencial do Projeto de Lei 1.179/20 que, dentre outras disposições, autoriza a realização de assembleia condominial por meios virtuais em caráter emergencial, desde que a identificação do condômino seja realizada de forma inequívoca. Portanto, para condomínios que não possuem a previsão de assembleias virtuais em sua convenção, o caminho, diante da pandemia, é evitar que ocorram as reuniões presenciais, como forma de evitar a disseminação do vírus. Sendo inevitável a sua realização, deverão ser adotadas as cautelas para assegurar a saúde dos condôminos, como distanciamento interpessoal, local ao ar livre e uso de máscaras.

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BELEZA CONDOMÍNIO O condomínio pode proibir o acesso de prestadores de serviço (entregadores, marceneiros, pedreiros, entre outros) nas dependências comuns? Não. O condomínio pode averiguar se tais prestadores de serviços estão com os equipamentos de segurança adequados, principalmente máscaras e luvas, e se o número de pessoas está compatível para a atividade a ser desenvolvida. É desaconselhável a proibição de ingresso. Em razão da pandemia, alguns condomínios, contudo, estão proibindo a entrada de prestadores de serviços, salvo daqueles extremamente necessários, que fazem a contenção de vazamentos, conserto de queda de energia ou de equipamento essencial. Já existem, inclusive, decisões judiciais para ambos os lados, ora autorizando o ingresso de prestadores de serviço para reforma ou obra em apartamento, ora proibindo sua realização. O mesmo Projeto de Lei 1.179/20, se e quando sancionado, dotará os síndicos com poderes emergenciais, dentre eles, o de restringir o uso de áreas comuns. O condomínio pode proibir festas no salão e o uso da academia? Os municípios têm competência para estipular as regras de restrição nas cidades em virtude da pandemia. Em Porto Alegre, por exemplo, um decreto municipal vedou o uso de salões de festas, quiosques, espaços gourmet, salões de jogos, salas de cinema, espaços de recreação e piscinas em condomínios residenciais; as áreas destinadas para a prática de atividades físicas estão liberadas com limitações e desde que observadas as regras de higiene e o distanciamento interpessoal. Essa regra vale também para o uso das demais áreas de convivência.

Quais as penalidades para quem desrespeitar as regras estabelecidas na pandemia? O descumprimento das regras estabelecidas pelo condomínio para o período da pandemia acarretará nas penalidades previstas na convenção e/ou regimento interno, como advertência e multa, sem prejuízo das sanções previstas nos artigos 1.336 e 1.337 do Código Civil, da apuração de eventuais perdas e danos e, ainda, das sanções penais, se for o caso. O que poderá acontecer com o morador que não pagar o condomínio durante a crise? Embora o período seja de recessão diante da pandemia da Covid-19, é dever do condômino arcar com o pagamento do condomínio, tal como estabelecido no artigo 1.336, inciso I, do Código Civil. Iniciar os atos de cobrança em desfavor do inadimplente, embora seja uma medida lícita, requer cautela neste momento, sendo a negociação o caminho mais indicado para as partes. No entanto, inexistindo diálogo e possibilidade de composição por parte do devedor, é possível adotar as medidas de cobrança que, caso enveredem para esfera judicial, dependerão do transcurso de tempo do trâmite processual. O que o condomínio pode fazer com morador que desrespeitar regras de convivência durante a pandemia? O melhor caminho é o diálogo. Contudo, nem sempre é possível resolver os conflitos dessa forma. Então, caberá ao condômino incomodado noticiar o fato ao síndico, que, na qualidade de gestor, deverá tomar as medidas necessárias para a convivência harmônica e que não prejudiquem a coletividade. Se a advertência não surtir efeito, é possível a aplicação da multa prevista na convenção do condomínio. Em situações extremas, cabe, ainda, denúncia aos órgãos competentes, no caso, a Delegacia de Polícia Civil, que irá lavrar um boletim de ocorrência de acordo com a conduta praticada. Dependendo da gravidade, poderá deslocar uma viatura para verificação do fato. Há, por fim, a possibilidade de responsabilização civil do condômino incômodo, tal como previsto nos artigos 186 e 927 do Código Civil brasileiro, daí resultando em necessidade de provocação ao Poder Judiciário que poderá, inclusive, se for o caso, conceder decisões liminares.

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E AÍ, TUDO BLEY? Vítor Bley de Moraes Jornalista (Reg. Prof. 5495) (51) 9.9116-4119

TEMOS QUE PRESTIGIAR O QUE É NOSSO ADQUIRINDO PRODUTOS FEITOS NO BRASIL GERAMOS EMPREGOS

O Coronavírus está nos cobrando ações urgentes. Precisamos reagir à grave crise econômica. É preciso que os governos, em todas as esferas, se conscientizem que há inúmeras empresas falidas e outras quebrando. Em conseqüência, amplia-se o gigantesco número de desempregados, fazendo despencar a arrecadação. Por isso, há uma flagrante necessidade da redução da carga tributária para manter as empresas ativas. Se antes da pandemia, já havia dificuldades, o momento atual é de desespero. E, neste contexto, algumas lições não devem ser desprezadas. Uma delas é o dever de todos nós brasileiros prestigiarmos a produção nacional. O Brasil não pode depender da importação de produtos básicos como o de máscaras ou de respiradores, que, inclusive, estão sob suspeita de fraudes. Temos um parque industrial gigantesco e qualificado capaz de produzir praticamente de tudo. Também temos mão-de-obra em abundância. Por que, então, não prestigiarmos as nossas indústrias? Eu confesso: já caí na tentação de adquirir produtos de origem duvidosa, com preço muito inferior ao similar de mar-

ca brasileira confiável. É claro que me arrependi. Tinha péssima qualidade. Nesta mesma linha da indústria, é preciso dar igual atenção ao comércio. Em Porto Alegre, onde moro, se percebe, inúmeras lojas fechadas. Quadro que se repete em outras cidades. A crise econômica que já vinha se arrastando há vários anos, o e-commerce, a insegurança, o valor dos aluguéis, o custo com os funcionários e os altos impostos têm sido os principais motivos para o fechamento das lojas de rua. Basta observarmos a crescente oferta de imóveis para venda e locação. Há quarteirões de prédios desocupados. A conseqüência disso é o aumento da sensação de insegurança da população. Nos shoppings, não é muito diferente: lojas fechadas devido ao elevado custo. Tapumes escondem salas vazias. Sinto saudades da minha infância. Saía à noite com os meus pais para ver vitrines. De longe já se identificava o nome da loja com enormes painéis eletrônicos. As vitrines, bem iluminadas, eram montadas por profissionais especializados nessa área. Hoje, as lojas remanescentes, seja pelo medo dos assaltos ou por economia de energia elétrica, fecham os seus estabelecimentos com cortinas de ferro. As ruas ficam escuras e desertas. E o pior: a tendência é de agravamento desse quadro. Por isso, fazem-se necessárias medidas urgentes para que a população tenha recursos e sinta-se motivada para voltar a consumir e fazer girar a economia. As empresas precisam ganhar fôlego para manterem seus empreendimentos e gerarem empregos. Empresários e trabalhadores devem se unir. Um depende do outro. Temos que prestigiar os produtos “Made in Brazil” e o comércio local, preferencialmente, os pequenos comerciantes dos nossos bairros. Essa pandemia está comprovando que somos muito vulneráveis e que precisamos nos ajudar para sairmos dessa crise. Estamos na mesma nave. Se a indústria, o comércio e o setor de serviços estiverem bem economicamente, municípios, estados e a união vão arrecadar mais e ter melhores condições de oferecer mais qualidade à população.

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NE

“Na Tecnolar, transmitimos nossa experiência aos nossos clientes através da orientação na venda e na prestação de serviços.”

GÓCIO

Tecnolar completa três décadas de fundação

30 ANOS DE CRESCIMENTO

Em 1990, o mundo era muito diferente. Sem internet, o telefone era um patrimônio e não um serviço de acesso universal, não havia celular e mesmo pequenos eletrodomésticos e eletrônicos eram comprados em consórcios ou longas prestações. Nesse contexto nasceu a Tecnolar, em Campo Bom, que, mais tarde, mudou-se para Novo Hamburgo sob a direção do casal Gilberto e Eunice Kasper. “Na Tecnolar, transmitimos nossa experiência aos nossos clientes através da orientação na venda e na prestação de serviços”, assegura Eunice, que atua como diretora de marketing da empresa. “Seguimos realizando a revenda de peças para manuten-

ção de eletrodomésticos da linha branca (geladeiras, máquinas de lavar, fogões, entre outros) e nos tornamos referência na assistência técnica da linha marrom (TVs, home theaters, video games, etc)”, conta Gilberto. Segundo ele, desde o primeiro cliente atendido, cujo cadastro está ativo até hoje na loja, e com todas as dificuldades que envolvem o empreendedorismo, a prioridade sempre foi cuidar do mais importante: as pessoas. “Assim fizemos também com os colaboradores que logo chegaram. Hoje somos mais de 30 funcionários, vários com mais de 10, 15 anos de casa”, explica Eunice.

Nova loja de Capão da Canoa

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Fotos: Divulgação

INOVAÇÃO E CONQUISTAS Com duas lojas em Novo Hamburgo, uma no centro e outra no bairro Ideal, e uma filial em Capão da Canoa, a Tecnolar recebe, diariamente, clientes de diversas cidades. “Temos demanda de hotéis, construtoras, indústrias e até hospitais e universidades”, explica Kasper. A oferta de itens é ampla: mais de 30 mil, entre produtos, peças e acessórios para diferentes segmentos, como eletros, utilidades domésticas, ferramentas e hidráulica. “Em Capão, mesmo durante a pandemia e as empresas fechadas, trabalhamos com agilidade para mudarmos nosso endereço, agora na Avenida Paraguassú, ampliando muito o tamanho da loja, mix de produtos e serviços e atendendo aos pedidos dos clientes”, ressalta o diretor. De olho na tecnologia, desde 2018 a empresa conta com uma loja virtual no site tecnolar.com.br e mais, recentemente, uma loja no marketplace Mercado Livre. “Temos muitos motivos para comemorar. Cada conquista não é só nossa, mas de todos que fazem

parte da família Tecnolar. Este ano, mesmo com uma situação complicada causada pela pandemia, queremos celebrar com todos essa simbólica data de 30 Eunice e Gilberto Kasper anos”, anuncia Eunice. Além dos negócios, Beto e Nice, como são conhecidos, não abrem mão de participarem da vida das comunidades onde estão inseridos. “Sentimos que temos a obrigação de retornar às nossas comunidades tudo o que alcançamos. Isso começa pela nossa contribuição em entidades de classe, passa pelo apoio a instituições beneficentes e vai até a manutenção da jardinagem da rótula Leão XXIII, na entrada de Novo Hamburgo. Precisamos apoiar a sociedade de várias formas, além de gerar empregos e valor aos nossos clientes. Podemos, juntos, fazer cidades muito melhores para vivermos e sermos felizes”, conclui o casal.

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DIRETO AO PONTO DIREITO & EMPRESAS Alberto Becker alberto@beckeresantos.com.br

O 8.º PECADO CAPITAL: A DEMORA

A rede de lojas Zé Pneus irá se instalar na cidade; com isso, 25 vagas de emprego serão geradas. O diretor administrativo, Vilmar Borges, e o responsável pela Regional Vale do Sinos, Lucas Vieira Borges, se reuniram com o prefeito Luciano Orsi e o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), Henrique Scholz, e informaram que a inauguração será em julho. “A Zé Pneus é uma empresa consolidada em nível estadual na área automotiva e vem somar positivamente nesse momento de crise fortalecendo as opções de soluções no segmento de pneus, gerando mais negócios, renda e empregos para a cidade de Campo Bom”, afirma Scholz. A Zé Pneus atenderá na esquina das avenidas Brasil e Emílio Vetter.

Divulgação

Há condutas humanas que são consideradas como vícios, erros, conceitos estes que remontam aos tempos imemoriais. Estes desvios, por assim dizer, precedem ao próprio cristianismo, mas foram empregados por ele no objetivo de “educar” seus fiéis, como forma de compreender seus instintos e com a pretensão de controla-los em seus dogmas. Falo dos assim chamados “7 pecados capitais”. Eles ganharam essa forma “em lista” como os conhecemos no Século XIII (relevem eventual imprecisão factual, pois este é apenas um apoio ao argumento central deste texto, não se pretende rigor histórico). Meu ponto é: passados séculos, não inventamos um 8.º pecado capital. Eles permanecem apenas 7! E, na nossa sociedade, com valores morais predominantemente formados pela ótica cristã, esta me parece a constatação de uma impressionante coincidência. Porque nós, humanos, definitivamente, não somos muito criativos na hora de pecar. Nem quando se trata de descumprir os estatutos religiosos, tampouco de não seguir boas práticas de gestão. Quero dizer: seja para guiar nossas vidas, seja na condução das nossas empresas, continuamos errando parecido. Acredito que o maior de todos os “pecados” que sempre vemos, quando uma empresa enfrenta dificuldade, é demorar demais para agir. Se eu pudesse aditar a lista, este seria o 8.º pecado capital ou, pelo menos, um 11.º mandamento: “Não te demorarás para procurar ajuda”. A crise dá sinais. Em tempos de pandemia, fica ainda mais evidente: os reflexos econômicos estão por todos os lados e os vivemos todos no nosso próprio negócio. Muito já escrevi sobre como a crise empresarial se desenvolve, mas não custa repetir os cinco estágios: (i) os problemas surgem, e não são conhecidos; (ii) os danos são percebidos, mas são negados as pessoas, de fato, fingem que não está acontecendo e acreditam que as coisas se solucionarão sozinhas; (iii) como isso não resolve nada, o empresário diz “eu vou resolver sozinho”, “ninguém conhece a minha empresa melhor do que eu”; (iv) isso raramente funciona e ele chega ao momento de buscar auxílio externo; e (v) ao final, se este último passo foi dado tardiamente, chega o passo derradeiro, a falência. Já vi este filme vezes sem conta. O empresário perde preciosos tempo, esforços, recursos e até sua saúde nos primeiros três estágios, deixando para buscar ajuda profissional quando tudo está muito, mas muito mais difícil, quase irreversível. E esse é um erro que pode ser fatal. Não espere ser tarde demais! E tu, vais esperar até quando, pecador?

CAMPO BOM

Novas instalações

A abertura da loja está previsto para julho

NOVO HAMBURGO

União de forças A Essencial Aparelhos Auditivos, com foco em vendas de soluções auditivas, e a Otoneuro Clínica, que presta atendimento fonoaudiológico, se uniram e passam a atender suas especialidades na sede da Essencial, localizada na rua Bento Gonçalves, 2543. “Queremos tornar o local uma referência na área, unindo as duas atividades. Assim, o público pode resolver, em um só lugar, a questão clínica e a solução auditiva para o problema, garantindo seu aparelho auditivo com mais agilidade”, explica Cassiano Bortolaci, diretor da Essencial, que está a frente do empreendimento junto à esposa, a fonoaudióloga Fernanda Bortolaci.

* Advogado

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SANTA CRUZ DO SUL

Cooperativa de desenvolvimento

Dirigentes da Cresol estiveram na CDL Santa Cruz

Divulgação

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Santa Cruz, Marcio Farias Martins, recebeu a visita do presidente da Cooperativa de Crédito Cresol, Silvano Klassen, e do gerente, Célio Pacheco. A entidade vai abrir uma unidade de atendimento em Santa Cruz do Sul nesta sexta-feira, dia 5, na Rua Julio de Castilhos, e apresentou suas atividades à entidade. Segundo Klassen, a cooperativa trabalha com foco no atendimento personalizado, fornecendo soluções financeiras para gerar desenvolvimento dos cooperados, de seus empreendimentos e de toda comunidade. “Viemos a Santa Cruz do Sul oferecer aos nossos associados a participação ativa em prol dos melhores resultados para todos, com foco na democracia, transparência e confiança dos seus associados”, observou. O presidente da CDL Santa Cruz do Sul, Mario Farias Martins, destaca a chegada deste empreendimento. “Mesmo em meio à pandemia, é importante saudarmos a chegada de mais um empreendimento, que vai ser uma opção importante para os nossos lojistas”, apontou.

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TALENTOS & DNA Maria Helena Rodrigues mhelena@formatoaberto.com.br

GABRIEL, LIDERANÇA NA ESSÊNCIA DO SER

NOVO HAMBURGO

Marca renovada Em meio a tantas transformações, a marca e slogan do Hospital Regina também se renovam, em comemoração aos seus 90 anos. No desenvolvimento da nova marca, realizado pela Abarca Comunicação Integrada, foram utilizadas quatro palavras que guiaram o projeto: cuidado, essência, inovação e confiança. “Essas são palavras que representam toda a trajetória do Hospital durante estes 90 anos. O novo layout reforça, através dos traços enlaçados, a união e colaboração de todos na consolidação da nossa tradição e experiência”, afirma a diretora executiva, Gisele Albaneo. Sua confiança, nossa experiência é o novo slogan, projetado para reforçar a essência e missão da instituição - cuidado incondicional e zelo pela vida. “Idealizado pela Congregação das Irmãs de Santa Catarina, com o lançamento desta nova marca e slogan o Hospital Regina reafirma seu propósito como referência consolidada em saúde, alinhado às transformações sociais e tecnológicas”, explica a Diretora Geral Maria Stoffel (Irmã Cris).

Nova identidade visual marca os 90 anos do hospital Divulgação

Neste mês de junho, dia dezesseis, faz seis anos que perdemos o Gabi durante um assalto brutal em sua residência. Como escrevo esta coluna mensal exatamente nesse período, nada faz mais sentido do que tentar traçar o perfil de seus possíveis talentos. Uma pessoa boa gente pra caramba que nos deixou órfãos cedo demais, porém com um farto e surpreendente patrimônio. Para retratar o Gabi poderia escrever sobre intensidade e agilidade, trazer pensamentos para ação, decorrer sobre risos, alegrias, companheirismo e gentilezas. Registrar também a respeito de coragem, lealdade e solidariedade, carisma, oratória e influência. É adentrar num universo de aventuras, da voracidade em desbravar o mundo, do anseio de viver a vida na sua plenitude. Sua energia e ritmo acelerado entusiasmava e contagiava outros. Foi um líder desde sempre. Gabriel costumava trazer em si dinamismo, comando e liderança de forma imperceptível. A mensagem, a empatia na abordagem e intensidade em suas relações pessoais e profissionais demonstrava o quanto ele gostava de pessoas e a facilidade de atrair os outros. Meu espaço de escrita é limitado, portanto prefiro dar voz ao Gabi, se lhe fosse com concedido falar. Meus filhos, Bernardo Leão e Maria Eduarda, são meus maiores tesouros. Por eles busquei ser uma pessoa melhor e inspirá-los a serem pessoas do bem. Com a Fernanda ao meu lado, procuramos educar e cultivar valores fundamentais para o crescimento de um ser humano íntegro. Porém, amá-los acima de tudo, é o onde se encontra a essência da verdadeira existência. Por eles, dou a minha vida. Gabriel, pai do Bernardo e da Duda. Algum tempo depois, a surpresa Crystal aconteceu. Uma menina-moça linda, alegre, generosa e carinhosa. Uma doce lembrança de seu pai, que não conheceu mais um tesouro em sua vida. Meu filho, sem receio de errar, aposto suas maiores habilidades em Ativação, Carisma, Relacionamento, Estratégico, Comunicação.

DIRETO AO PONTO

Direto ao Ponto

NOVA PETRÓPOLIS

Alternativa de negócios Idealizado como um portal de vendas coletivo, o Vendas Nova Petrópolis surge como o primeiro “shopping virtual” da cidade serrana. Será feita comercialização de produtos e serviços de empresas e profissionais associados da Associação Comercial e Industrial de Nova Petrópolis (ACINP), detentora do produto. A plataforma foi criada pela entidade para fomentar o comércio e serviços do município e faz parte da campanha Abrace o local, também de iniciativa da entidade. O objetivo é atrair o consumidor do município e gerar negócios entre o comércio local, facilitando ao lojista um incremento de receita neste período em que as vendas estão retraídas por conta da pandemia e das medidas de distanciamento social vigentes no Estado.

Maria Helena | Gallup® Certified | Strengths Finder | Leadership for Manager ESTRATÉGICO – ATIVAÇÃO – INDIVIDUALIZAÇÃO – CONTEXTO - IDEATIVO

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CAMPO BOM

Dez anos de atividades

ENERGIA DOS NEGÓCIOS Isnar Amaral* Consultor ambiental - CRQ 05203390 isnaramaral@ambientebasico.com.br ambientebasico.com.br| (51) 99956-0042

Divulgação

A UnionCom Publicidade completou uma década lançando a campanha Inspire Amor, Expire Criatividade. O intuito é demonstrar que, quando algo é feito com amor, a criatividade é extraída. “O conceito da agência é agregar ideias de todo o time de colaboradores, e essas competências unidas de diversas áreas acabam trazendo novas ideias e criatividade aos trabalhos desenvolvidos”, explica Maico Steffen, diretor da empresa. Além da campanha, novos serviços, aliando fundamentos de administração, psicologia e comunicação ao marketing digital, estão sendo preparados para integrar as competências da empresa ainda em 2020. A UnionCom atende as regiões do Vale do Sinos, Serra Gaúcha e grande Porto Alegre, com clientes de representação reCampanha de aniversário gional, nacional e une amor e criatividade internacional.

COMO “VIRAR O JOGO” NO SEU NEGÓCIO O caos gerado por esta pandemia está mudando o rumo e a rotina de muitas empresas. As dúvidas são muitas e as respostas são poucas. As soluções, muitas vezes, podem surgir de modo irracional, ou seja, de forma inesperada. Uma microempresária fabricante de artesanatos e presentes me disse se sentir desanimada, pensando em parar, porém o seu negócio, atualmente, é a única fonte de renda da família. Os pedidos para lojas que tinha em carteira foram todos cancelados. Não dispunha de mais nenhum produto para iniciar uma venda direta ao consumidor. No embalo da pandemia, começou a produzir máscaras contra o vírus mas, no entanto, muitas pessoas começaram também a produzi-las, dificultando as vendas para todos. Não visualizava nenhuma outra solução para o seu negócio. Analisando as suas possibilidades de produção e o que as pessoas comprariam naquele momento, relacionamos 18 itens para produção imediata, sem concorrência nas cidades próximas, sendo que, para a maioria destes produtos, a empresa já possuía matéria prima em estoque. Passada uma semana, me informou que já estava gerando faturamento com os itens produzidos e a procura pelos produtos divulgados estava crescendo. Muitas vezes, em consultorias de mentoring, identificamos oportunidades disfarçadas no negócio, que passam despercebidas, podendo ser a grande sacada para virar o jogo. Uma condição básica, cada vez mais significativa nos negócios, é prestar atenção. Se antes, a empresa andava no piloto automático, agora é essencial ficar atento aos sinais que as situações mostram. Quando se anda no escuro, cada detalhe é importante e pode orientar na direção a ser seguida. Os padrões de energia formatados para cada cliente em específico atraem possibilidades e oportunidades para as suas empresas e, muitas vezes, consideradas coincidências. Cabe salientar que todas elas estão atravessando esta situação atual, sem grandes abalos que poderiam comprometer a continuidade do negócio. A consultoria com foco na energia do negócio é uma ferramenta de grande eficácia para todas as empresas, principalmente quando a solução é “virar o jogo”.

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DIRETO AO PONTO RIO PARDO

CADA VEZ MELHOR Daniel Müller daniel@cadavezmelhor.com.br

VOCÊ PODE ESTAR PERDENDO DINHEIRO POR CAUSA DISSO

*DANIEL MÜLLER é treinador, mentor e palestrante, há mais de 21 anos. É especialista em vendas e expert em soluções rápidas, conhecido no mundo corporativo como “O Mago das Vendas”. É fundador e Diretor Executivo do Instituto Cada Vez Melhor, empresa líder na área de treinamentos empresariais. É formado em Comunicação, com ênfase em Jornalismo. Tem centenas de outras formações, no Brasil e no exterior, com treinadores consagrados com Tony Robbins, T. Harv Eker, entre outros - Siga Daniel Müller nas redes sociais: @danielmulleroficial ou através do e-mail daniel@cadavezmelhor.com.br

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Quase três meses após o cancelamento da Expoagro Afubra deste ano, devido à pandemia da Covid-19, a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), finalizou as definições da 20ª edição. A 20ª Expoagro Afubra está marcada para os dias 17, 18, 19 e 20 de março de 2021. O tema será Valorização do agricultor: do campo à cidade. “Vamos manter o tema que havia sido definido para a 20ª Expoagro Afubra e os quatro dias de feira, inclusive no sábado”, explica o coordenador geral, Marco Antonio Dornelles. Com o cancelamento da feira, todos os patrocinadores, expositores e prestadores de serviço foram contatados. “Todos os contratos foram resolvidos e, para nossa alegria, a grande maioria das empresas já garantiu seu lugar na feira”, revela Marco. Com a data e temas definidos, a equipe inicia, agora, os trabalhos para a Expoagro Afubra 2021. “A ideia é manter a programação já organizada e incluir novos temas”, finaliza Dornelles.

Pavilhões da Expoagro receberão a feira em 2021

BENTO GONÇALVES

Safra exclusiva A Vínicola Aurora lança o vinho Aurora Millésime 2017, elaborado a partir de uma safra histórica para a Cabernet Sauvignon, a rainha das uvas tintas. Nos 89 anos da Vinícola Aurora, esta é apenas a décima edição. Flavio Zilio, enólogochefe da Vinícola Aurora, explica que a decisão de se tornar ou não um Aurora Millésime acontece ao longo do período de elaboração, do campo à enologia, levando em conta todos os processos: “Escolhemos as uvas das melhores parcelas de vinhedos dos nossos associados, vinificamos e fazemos uma verificação muito controlada no processo de evolução em tanque e em barrica”, diz. Depois da análise, é enviado para o envase. “Após, esse produto permanece, normalmente, por mais oito meses na cave, descansando na garrafa, antes de receber a rotulagem”, finaliza.

Eduardo Benini/Divulgação

Recentemente, uma cliente perguntou sobre o que eu achava do uso de uniformes. Achei a pergunta excelente porque para mim uniforme sempre comunicou unidade, força, organização, disciplina, compromisso, entre outros valores. Sempre vi o uniforme como um ponto positivo. Basta pensar em times de futebol: já imaginou se os jogadores não fossem uniformizados? Como saberíamos a qual time cada atleta pertence? Como saberíamos quem são os juízes de campo, se eles não usassem uniformes? E o que será que o jogador Neimar usaria em campo? Que confusão seria esse Jogo! Equipes esportivas, escolas, dentistas, médicos, enfermeiros, funcionários de muitas empresas e inclusive padres católicos vestem uniformes. Eu sempre vi o uniforme como um hábito positivo. Mas eu abandonei o uniforme! Meu uniforme era usar terno e gravata, todos os dias, por mais de 30 anos! Usei uniforme no jardim de infância, na escola primária, secundária, na faculdade, no trabalho, em palestras, treinamentos, sempre usei terno e gravata! Por quê? Durante o período escolar usei terno e gravata porque assim era a regra. Já no mercado corporativo, porque percebi que os clientes conectavam mais rapidamente quando eu vestia terno e gravata. Isso virou um posicionamento, que transmitia, em sua devida época, segurança, confiança, seriedade, respeito, profissionalismo, entre outros valores. Em 2015, quando visitei o Vale do Silício, nos EUA, percebi que esse meu posicionamento estava ultrapassado e que no novo mundo corporativo ninguém mais usava terno e gravata. Talvez para gerentes de bancos, advogados, pastores religiosos e algumas outras pessoas ainda seja adequado. Eu, particularmente, acho lindo usar terno e gravata. Mas tenho que admitir que a gravata, em muitos contextos ficou “fora de moda”. Hoje, ela mais desconectava do que conectava. Clientes e amigos me sugeriram abandonar a gravata. E como podemos saber se o uso de uniforme lhe favorece ou não? Pergunte aos seus clientes! Envie uma rápida pesquisa perguntando sobre o que eles preferem. Deixe que eles se sintam parte desta decisão. Sempre pergunte e saiba o que seus clientes preferem. Você terá mais vendas, melhores resultados e uma vida cada vez melhor!

Data definida

Essa é a décima edição do Aurora Millésime

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NOVO HAMBURGO

Novas conexões

SANTA CRUZ DO SUL

Marca da segurança Os últimos anos foram de expansão e crescimento para a Cindapa. Em junho, ao mesmo tempo em que comemora seus 29 anos, o grupo abre sua nova filial na cidade de Novo Hamburgo. São quase três décadas de dedicação, comprometimento e implantação de novas tecnologias, garantindo segurança e bem estar aos seus clientes. “É gratificante estarmos cada vez mais presentes em uma região tão acolhedora e promissora como esta. Acreditamos que a Cindapa pode agregar muito para a segurança das residências e empresas de todos os setores da região, já que um dos seus principais diferencias é a tecnologia embarcada em seus serviços, o que é muito aceito no Vale dos Sinos”, afirma o CEO do Grupo Cindapa, Carlos Köhler. De acordo com seu projeto de expansão, além da filial de Novo Hamburgo, estão sendo inauguradas as filiais de São José dos Pinhais, no Paraná, e Itapema e São José, em Santa Catarina. Com isso, a Cindapa está presente em mais de 250 municípios, com escritórios em 15 cidades do sul do país. Somando mais de mil funcionários focados em garantir a segurança e satisfação de 15 mil clientes, empresariais e residenciais.

Gabrielle Pacheco/Especial

Novo Hamburgo recebe filial da Cindapa

A imobiliária Virgínia Imóveis está passando por uma remodelação total. Agora, a empresa passa a se chamar Remax Conexão e fará parte de uma rede internacional de negócios imobiliários. Segundo as sócias, Virgínia e Márcia Fernanda Costa, mãe e filha, os imóveis gerenciados pela imobiliária, que já tem um nome consolidado em Novo Hamburgo, passam a estar disponíveis em plataformas do mundo todo, através da rede Remax. “A empresa é líder no segmento em vários países e cresceu 56% no Brasil, com foco principalmente no Rio Grande do Sul, onde aumentou o valor de comissão em 220% no último ano”, explica Márcia. Esse é o momento ideal, portanto, para iniciar uma nova fase dos negócios, segundo Virgínia. A Remax trabalha no pilar do negócio, que é o proprietário. “Eu medio negócios imobiliários, sou uma especialista em intermediar. Para ser profissional da Remax, é necessário ser gabaritado, estar em constante aprimoramento, se valorizar como gestor de ativos imobiliários”, afirma Márcia. De acordo com Virgínia, a Remax consegue concretizar a venda em tempo recorde. “A média gira em torno de 90 dias, enquanto o mercado fala em mais de 15 meses para o fechamento do negócio. Os segredos são foco no comprador, posicionamento estratégico e o limite de imóveis por gestor”, finaliza.

Virgínia e Márcia Fernanda Costa

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SANTA CRUZ DO SUL

COMPORTAMENTO Guilherme Ebert guilherme.ebert@gmail.com

CRIANÇAS E OS ELETRÔNICOS

Fundado em 24 de junho de 1947, o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) completou 73 anos de atividades. Com sede em Santa Cruz do Sul, polo de produção e beneficiamento de tabaco no Brasil, o sindicato tem como principais focos a comunicação, os assuntos regulatórios e a sustentabilidade do setor. “Representar os interesses comuns de nossas 13 associadas é o que move o sindicato. Nesse sentido, nosso maior envolvimento está em ações promovidas na Região Sul”, explica Iro Schünke, presidente da entidade desde 2006. Ele pontua ainda que o sindicato também participa de discussões em âmbito nacional quando os temas interferem na cadeia produtiva. “Como é o caso do contrabando e de assuntos regulatórios, bem como de responsabilidade social e ambiental”, diz Schünke. Divulgação

Atualmente, entre os tópicos de conversa entre pais e filhos o mais comum talvez seja o uso dos eletrônicos - tablets, celulares, video-games. Discussões a respeito do tempo, conteúdo, aproveitar outras coisas podem se tornar diárias. Porém, segundo muitos pais, a maior crítica é a falta de “interação reais”. Entretanto, interação real existe muito dentro dos games. Não significa que por acontecer dentro de um ambiente virtual que a interação não é real. Porém para nós “adultos” entendermos a realidade em que eles vivem dentro dos jogos pode ser mais difícil. Mas existe muita convivência social online, trocam ideias, fazem brincadeiras, piadas, falam sobre a vida, sobre a escola e inclusive sobre as famílias. Nós como adultos precisamos entender que os tempos são outros e quem precisa aprender e entrar somos nós e não levarmos as crianças e adolescentes para um mundo que mudou de totalmente analógico para totalmente digital. Não obstante, existe um segundo fator que é de suma importância: a supervisão dos pais. Acredito que é uma responsabilidade de todos os adultos frente às crianças, nós precisamos buscar o que é mais saudável para os pequenos. Partindo desta lógica, nós temos que cuidar o conteúdo e também o tempo. Dentro do ambiente virtual, ao passo que temos pessoas muito legais existem também pessoas não tão legais assim, e as crianças não possuem capacidade tão apurada quanto a nossa de perceber quando alguma relação está sendo prejudicial. Sobre o tempo de uso, o maior regulador é o humor. Passar muito tempo jogando aumenta a tensão e a irritabilidade. Então cada criança tem um tempo próprio, porém os estudos mostram que o mais prejudicial é tempo contínuo. Isso significa que dividir o tempo em períodos é mais saudável, por exemplo, quatro períodos de meia hora do que um período de 2 horas. Como grande parte dos comportamentos infantis e dos adolescentes o uso dos eletrônicos não é prejudicial. O que pode o tornar prejudicial é o excesso ou o uso indevido. Já houveram grandes discussões a respeito dos jogos e violência, mas nada comprovado cientificamente. As principais conclusões sempre apontaram que o uso dos aparelhos deve seguir uma linha de restrição, com horários bem estipulados, tempo de uso, priorizar tarefas importantes e assim por diante. Ao fim e ao cabo, novamente nos deparamos com uma solução corriqueira, a intervenção dos responsáveis como uma solução saudável. Lembrando: todos somos responsáveis quando falamos a respeito das crianças.

73 anos de atuação

Iro Schünke lidera o sindicato há 14 anos

NOVO HAMBURGO

Na palma da mão Lançado há três anos, o aplicativo da Comusa Serviços de Água e Esgoto de Novo Hamburgo, já é utilizado por mais de seis mil moradores de Novo Hamburgo, mais de 10% das ligações no Município. O app, disponível gratuitamente na Play Store e App Store, traz funções que vão desde a segunda via da conta de água até medição do nível do Rio dos Sinos em tempo real, e é atualizado continuamente para se adequar às necessidades. “Na época, fizemos um levantamento com outras companhias para ver o que elas ofereciam em seus aplicativos. Eles ofereciam apenas serviços básicos como segunda via e consultas. Decidimos trazer um leque maior de serviços e praticidade para os nossos consumidores”, explica o coordenador de TI, André Traesel.

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COOPERATIVA

QUALIFICAÇÃO DOS NEGÓCIOS Sicredi aposta em três novas ações para continuar crescendo

Foto: Daniel Hillebrand/Divulgação

O momento é de crescimento para a Sicredi Pioneira RS, com três novidades anunciadas que envolvem vantagens para associados e inovação nos negócios: nova funcionalidade de pagamentos online, parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas de Novo Hamburgo (CDL NH) e a reformulação da agência de Dois Irmãos, a partir das novas configurações físicas feitas pela cooperativa. A primeira delas é a funcionalidade de pagamentos através do WhatsApp, que será gradualmente disponibilizada para atualização nas plataformas. Com o pontapé inicial na região de cobertura a partir do dia 21 de junho, a Sicredi torna-se a primeira instituição financeira cooperativa a fechar parceria com o Facebook Pay para oferecer a solução. “Estamos muito felizes em fazer parte desta entrega de serviços, de caráter mundial, representando uma experiência de valor aos nossos associados, num momento econômico tão delicado”, acrescenta o diretor de Negócios da Sicredi Pioneira RS, Luiz Cesar Wazlawick. A segunda novidade é que, inserida nessa onda de inovação, a agência de Dois Irmãos foi totalmente remodelada, seguindo o projeto de posicionamento criado pela cooperativa. O espaço conta com maior quantidade de caixas eletrônicos para autoatendi-

mento; coworking, onde o associado poderá utilizá-lo para fazer reuniões de negócios e até incrementar o relacionamento com a cooperativa; Espaço Digital - contando com equipamentos para o cooperado realizar pagamento de boletos, consulta de conta corrente e outras movimentações pela internet. Por último, a cooperativa e a CDL NH firmaram parceria institucional e de negócios que irão beneficiar mais de mil associados da entidade. A iniciativa compreende soluções financeiras com tarifas e condições especiais e consultoria de gestão, conforme as necessidades das empresas vinculadas à câmara. “Temos a expectativa do acolhimento do nosso associado pelo Sicredi não apenas mediante recursos financeiros, mas também com a orientação sobre como gerir seu negócio da melhor maneira possível, neste momento desafiador para todos”, comenta o presidente da CDL NH, Jorge Stoffel. Para o diretor de negócios, Luiz Cesar Wazlawick, essa parceria significa novas oportunidades para ambas as instituições envolvidas. “E não somente neste período de pandemia, onde buscamos medidas emergenciais para setores mais impactados. Queremos continuar contribuindo para o crescimento e sustentabilidade locais. Acreditamos que cooperar faz toda a diferença”, finaliza.

Diretoria da CDL e da Sicredi se reuniram para assinar a parceria de negócios Fotos: Divulgação

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PERSONALIZE Marcelo Minuscoli Arquiteto

Abra espaço na sua casa para o que importa!

mminuscoli@terra.com.br

SEMPRE FALTA ESPAÇO A

vida moderna mudou as pessoas e com esta mudança precisamos repensar a nossa casa para que ela acompanhe tantas alterações e permita que tenhamos o melhor! Cabe aqui uma profunda avaliação do que é necessário, o que você e sua família precisam ter dentro de casa... seja ambientes completos, recantos, mobiliário, equipamentos, etc. E como fazer esta tarefa? Planejando! Não ceda a ímpetos momentâneos, pois eles irão te encaminhar para uma encruzilhada e gerar frustração. Vou dar um exemplo para que possa entender do que eu falo: um dia você acorda e resolve fazer uma horta na

“Tua casa é o palco ideal para descobrires o que te faz feliz!”

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sacada do seu apartamento. Sai na mesma hora, compra um monte de vasos, mudas e sementes, terra, mangueira e diversos apetrechos de jardinagem. Chega em casa e assiste a um vídeo do tipo “Faça você mesmo sua horta urbana” e logo põe a mão na massa! Horas depois e muita terra por todos os lados está pronto seu projeto de um dia. A maioria não irá sequer lembrar de regar a tal horta ou saberá a quantidade de água necessária para cada planta, não suportará o tempo de espera para germinação, não terá ideia se pode pegar sol ou vento. Enfim... muitos terão em breve uns galhos secos e uns vasos vazios cheios de terra. Como eu disse antes: ímpeto e frustração. A sorte é que você pode doar facilmente os vasos para quem fará melhor uso deles e agradeça por seu projeto ter sido uma horta e não tocar piano – o instrumento, além de ter custado caro, iria atrapalhar sua sala por um bom tempo!

Fotos: Divulgação

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Quando eu digo que planejar e projetar são importantes é justamente para isso, evitar os ímpetos e fazer algo útil e necessário, dedicando tempo e investimento da melhor forma possível. Ao percebermos a importância de aproveitar melhor nossa casa, os ambientes podem ser transformados e abrir espaço real para atividades de uso constante, produtivas e realizadoras. Pode ser uma horta na sacada... claro que pode! E porque não uma bancada de trabalhos manuais como cerâmica ou costura, um cantinho de leitura ou pintura, um espaço de yoga ou ginástica? Instalar num ambiente íntimo da casa um grande painel de fotos da família, de viagens e outros momentos importantes é uma bela atividade. Aquele quarto extra que virou depósito de malas e roupas para doar pode ser a salvação! Planeje o armazenamento adequado destes objetos e abra o espaço necessário para desenvolver um hobby ou criar um espaço para seus filhos brincarem, assim você evita que a casa toda fique de pernas para o ar. Se não tem este ambiente sobrando lembre que o próprio quarto das crianças pode abrigar um universo de atividades e não só dormir ou guardar roupas. Este assunto por si só geraria uma imensa lista de sugestões e criativas possibilidades, afinal de contas sou arquiteto, né? O nosso tempo é algo inestimável, precisamos aproveitá-lo bem, sem desperdiçar momentos com atividades que não nos desenvolvem e que, muitas vezes, não nos trazem reais benefícios. Praticar um hobby é uma forma de aproveitar mais a nossa existência, melhorar nossas habilidades e treinar não só o nosso corpo mas também o nosso intelecto. Focamos muito em atividades diárias básicas e repetitivas como trabalhar e estudar e descuidamos do interno, muitas vezes nem descobrimos o que gostamos de fazer. Planeje seus ambientes, espaços e atividades.

Ao criar espaço na sua casa para desenvolver um hobby, individual ou coletivo, você descobrirá novos horizontes, exercitando seu cérebro com uma atividade que pode relaxar, divertir e encantar. São sensações ótimas para serem desenvolvidas dentro de casa, aproveitando suas horas de lazer. A vida é curta e muito preciosa para que não tenhamos espaço para o que nos faz melhores, o que nos traz paz e realização.

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Mais um DE A A ZITA Zita Pereira

“Amigos são balões coloridos enfeitando o céu do nosso coração. Feliz

Além das poucas festas e churrascos somente em família, o que mais tem acontecido é gravidez. A quarentena aproximou alguns casais. No meu caso, a quarentena funcionou bem. A família vai aumentar. Felipe e eu seremos avós novamente! Marina e Alexandre Abicht, pais da nossa linda princesinha Malu, vão ter um menino. A felicidade só aumenta!

zitapereira@revistaexpansao.com.br

Uma história de décadas Com 43 anos de história e há 36 ocupando nobre espaço da Rua 25 de Julho, 541, a Agrícola do Vale é voltada à natureza e a animais de pequeno e grande porte. Super completa, conta, inclusive, com uma ala campeira, com panelas de ferro, botas e outros produtos gaudérios. A mais antiga agropecuária em atividade de Novo Hamburgo é comandada por Guaracy Velho, grande líder e camarada da cidade, e o filho Alexandre, o Xande, rei da simpatia e da alegria, suas marcas registradas, e destaque na vitoriosa história do punhobol da Sociedade Ginástica. Além disso, a Agrícola oferece flores das mais coloridas e diversas, mudas de hortaliças, kits para o plantio, churrasqueiras, rações e petiscos para todos os tipos de animais. Tudo pode ser entregue no conforto de casa, sem cobrança de taxa. Há algum tempo, já entrando nessa onda naturalista, estão atuando, também, na parte gastronômica, com várias espécies de peixes, como salmão, siri e bacalhau, vindos de Santa Catarina e, também, outras nobres espécies do Sul. Ainda tem quitutes prontos para serem feitos na hora, em casa. Sempre envolvido em projetos sociais, Guaracy ainda auxilia a AMO Criança NH, com a coleta de tampinhas para angariar fundos para a entidade. Patrimônio histórico da cidade, ele é reconhecido por onde passa. Longa vida ao querido Guaracy e à Agrícola do Vale! Os contatos podem ser feitos através dos fones (51) 3595-4237 e (51) 991-147-983 e se for o proprietário mor que atender, ainda sai uma boa conversa ou uma boa história. Lá o serviço é completo.

Divulgação

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De pai para filho: Alexandre e Guaracy

Os grandes parceiros Gilmar e Lisi: juntos no amor, nos negócios e em bem viver

Beleza acessível Lisiane de Souza resolveu dividir seu espaço de beleza quando abriu mais um Salão Reluz Designers. Com tratamento personalizado e café fresquinho sempre à espera das clientes, seus espaços são a definição de aconchego. A proposta do local, segundo Lisi, como é carinhosamente chamada, é ser quase que uma extensão de casa, projetado para todos se sentirem à vontade e, claro, saírem de lá com o ego nas alturas. Um dos pontos fortes do espaço é a esmalteria, que conta com cinco profissionais altamente capacitadas e uma infinidade de cores – até fusão de cores elas fazem para achar o tom ideal! Além disso, tratamentos estéticos, como massagens e modernas técnicas de modelagem do corpo e limpeza de pele, enriquecem o portfólio de serviços. Para completar, ainda tem diversos tratamentos para os cabelos, depilação, design de sobrancelhas e cílios colocados fio a fio. A renovação teve total aval e incentivo do marido, Gilmar Weingarten, que apoia inteiramente os negócios de sua linda mulher. E não é só dentro da empresa que o afinado casal mantêm essa grande parceria e cumplicidade. É em tudo. E a fase ascendente, não se refere a valores. Pelo contrário! Lisi quer tornar a beleza um produto acessível, para deixar a autoestima de todas lá em cima. Para isso é só chegar no salão, na Joaquim Nabuco, 111, salas 7 e 17, ou ligar para o telefone (51) 3066-0474 ou pelo WhatsApp (51) 980-313-107. Sempre vai ter alguém te esperando com um sorriso e te oferecendo um cafezinho.

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Novo comando

Arquivo Assemp/Divulgação

No inicio junho, Leo Schwingel, presidente da Associação de Entidades Empresariais de Santa Cruz do Sul (Assemp), se desligou do cargo, abrindo espaço a Eduardo Kroth, vicepresidente de Desenvolvimento. Agora líder da associação, Kroth também vai substituir Schwingel no Gabinete de Emergências, criado pela prefeitura da cidade, para dar total suporte à pandemia do Covid19. Schwingel deixou a Casa da Criança e a Mantenedora do Colégio Mauá, outras duas funções que comandava voluntariamente. As três entidades, Leo Schwingel e com certeza, estarão muito Eduardo Kroth bem assistidas por Kroth.

Dia solidário da AMO Marquem essa data: 19 de julho. Neste dia, a AMO Criança estará promovendo seu Meio-frango Solidário para custear tratamento às crianças e adolescentes com câncer. Os cartões estão à venda na sede da entidade e com os voluntários, por R$ 25. Pensando em tudo, a entrega vai ser ao estilo drive-thru, das 11h às 13h30, na Sociedade Palestrina. Devido à pandemia, houve queda na arrecadação, daí a ideia do meio-frango. Os beneficiados são 35 famílias de Novo Hamburgo, São Leopoldo, Campo Bom, Dois Irmãos e Estância Velha com assistência em oncopediatria, serviço social, psicologia, fisioterapia, nutrição, pedagogia, arteterapia e musicoterapia, além de oficinas e grupos para fortalecer vínculos e a integração social. Valdir Marques de Souza, o amoroso e dedicado “pai” destas crianças, é o idealizador da AMO e merece todas as honrarias pela grandiosa iniciativa que salva tantas vidas. Ele tem um séquito de seguidores que o apoiam e doam seu tempo em prol da entidade.

SPA de luxo Um espaço inédito. Assim foi o abrir de portas do luxuoso Natury SPA, no Edifício Diplomata, em Novo Hamburgo. Com mil metros quadrados, oferece tudo de mais moderno para relaxar e, também, embelezar. Comprometidos com o bem-estar e a saúde, receberam durante todo dia, com dez pessoas a cada hora. O pianista Rodrigo Soltton sonorizou a tarde e encantou com seu piano cristal. Com atendimento classe A, todas as convidadas tiveram direito aos diversos tipos de massagens e demais atendimentos. Tudo extremamente bem programado. Novo Hamburgo acaba de entrar no roteiro das cidades do Estado e do Brasil que oferecem estes serviços. O Natury é apenas um luxo distribuído em três andares e quem lá entra não tem vontade alguma de sair. Definitivamente entramos no rol dos spas com toda classe. Fotos: XEM & BETA Ebling/Divulgação

Lions Centro realiza posse virtual A reunião festiva de posse para presidente do Lions Clube Novo Hamburgo-Centro, aconteceu de forma correta, respeitando as normas atuais, devido a pandemia. O novo líder, CL Antenor Kerber, foi condecorado virtualmente pelo presidente CL Luiz Carlos Duarte de Oliveira. Kerber estava junto da Cal. Iara da Silva Kerber. O Lions Centro continua suas atividades, sempre dentro das normas, dando continuidade aos interesses do clube, que entre seus serviços incluem a benemerência.

Rodrigo Soltton

Os empresários Cristiana e Marcos Dias brindam a nova conquista

Atendimento personalizado

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Case de sucesso: Tabaco e tecnologia, uma aliança esperada

COLUNA DOS VALES Vilnei Duarte vilneiduarteoficial@gmail.com

Olivas do Sul conquista prêmio internacional Há 12 anos, a empresa Olivas do Sul Agroindústria Ltda, de propriedade de José Alberto Aued, começou a história do premiado azeite Olivas do Sul e vem fazendo história no Rio Grande do Sul, desde então. Ocupando uma área de 25 hectares em Cachoeira do Sul e com uma produção de mais de 15 mil litros de azeite de oliva extravirgem, o produto já é encontrado nos mercados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, exibindo sua destacada premiação internacional, o selo Selezione Leone 2019, recebido na Itália. “O produto alcança níveis europeus de qualidade”, comenta o engenheiro agrônomo Emanuel de Costa, responsável pelas áreas de produção, transformação e tecnologia da empresa. Segundo ele, a Olivas do Sul vem se consagrando pela produção de suas quatro linhas monovarietais – Arbequina, Arbosana, Koroneiki e Coratina, além de duas outras linhas, Blend Centenárias e Blend Reserva D’oro –, que destacam e valorizam seus sabores. Com uma área de 100 hectares em Encruzilhada do Sul, no Vale do Rio Pardo, a Olivas do Sul visualiza um aumento de sua produção já em 2020, a fim de atender demandas do mercado interno, com um olhar também à exportação.

Azeite de oliva produzido em Cachoeira do Sul leva o nome da região para o mundo da gastronomia internacional e já incute nos gaúchos o gosto pelo produto Divulgação

Em programa de valorização e permanência do jovem no meio rural, patrocinado pela multinacional Philipp Morris Brasil, a E.E.E.F. Frederico Augusto Hannemann, de Vera Cruz, localizada em ambiente rural, teve seu Case de Sucesso: Tabaco e Tecnologia Uma Aliança Esperada, premiado e reconhecido pelos parceiros e entidades estudantis. O educandário se dispõe a realizar atividades diversas que envolvam habilidades e competências concatenadas ao meio em que se encontram, de modo a formar não só cidadãos críticos, mas também protagonistas no meio em que se encontram. Dessa maneira, possibilita que os alunos vislumbrem oportunidades de vida no campo, ou seja, de forma a tornarem-se atores do processo de sucessão rural, teve sua postura enaltecida. Assim, o Comitê para Democratização da Informática - CPDI Escola Rural tem sido peça chave na escola com uma contribuição grandiosa nesse processo. Conforme a diretora da escola, Clair Tornquist, “muito mais do que formar alunos com conhecimentos teóricos, buscamos também aliar atividades práticas e de cunho científico para que os alunos saiam da escola capacitados e empoderados para o empreendedorismo rural”. Isso é importante visto que as propriedades rurais tem se assemelhado cada vez mais a uma empresa com lógicas organizacionais, aonde a tecnologia vem ao encontro deste desenvolvimento. Conforme o educador social Douglas Stumm, “os alunos Samuel Ernesto Krambeck e Alisson Ferreira Eisenhardt (filhos de produtor da Philipp Morris Brasil), tiveram destaque nessa empreitada, especialmente com a pesquisa científica que realizaram sobre o tema Tabaco e Tecnologias”. Estes fizeram apresentações de seu trabalho em nível regional, bem como a partir do trabalho realizado, optaram por dar continuidade aos seus estudos em Escola Agrícola. Por fim, conforme Alisson, “ver que há tecnologias sustentáveis que podem ser utilizadas na lavoura, fizeram com que eu repensasse meu futuro e optasse por cursar o ensino médio em escola agrícola e conseguir até mesmo permanecer no campo, continuando a atividade da minha família”.

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É NEGÓCIO?

Ô DE CASA!

Jorge Trenz Consultor Imobiliário jorgetrenz@trenznegociosimobiliarios.com.br

A campainha era assim, no grito, quando todos os hamburguenses viviam em casas. Se não era no grito, era batendo palmas na frente da residência que as pessoas tentavam chamar a atenção do morador, fosse para pedir emprestada uma ferramenta, algum insumo que faltara na cozinha, para se informar de alguma ocorrência ou saber a opinião do vizinho sobre qualquer assunto. Essa lembrança me veio quando comecei a disparar um novo questionário para clientes, amigos, leitores e os hamburguenses com quem tenho alguma possibilidade de contato digital. Gastei bons minutos me deliciando com as fotografias mentais daqueles tempos longínquos e me divertindo com o comparativo de épocas. Imagine ir de porta em porta, chamando ou batendo as mãos para ouvir a opinião dos vizinhos hoje. O nosso modo de vida mudou! Mas é interessante como algumas características originais, por assim dizer, marcam diferentes culturas, cada qual com suas particularidades. Meu estudo, como os anteriores que realizei, não tem caráter científico, obviamente. Colho informações e formulo minhas percepções para orientar meu trabalho de consultoria imobiliária e para inspirar histórias ou compartilhar informações aqui, no blog e agora, no espaço do associado da ACI.

Você deve estar se perguntando: mas que particularidade foi essa que se destacou tanto? Eu digo: mantém-se entre nós, um apreço muito grande por viver numa casa. Recentemente, conversei com a psicóloga Jaqueline Schneider, pois queria que ela fizesse uma reflexão sobre a nossa realidade atual, envolvidos por uma pandemia que jamais pensávamos viver. Ali o assunto já se insinuou, mas por outro viés. Palavras dela: “Esse lugar onde eu vivo, ele realmente me representa? Me acolhe? Me satisfaz? Eu mesma invejei as pessoas que, nesse período, moram numa casa com pátio, que podiam sair, cuidar do jardim, levar seu animalzinho para fora, pegar um sol na hora que quisessem, olhar para o céu.” Um contingente significativo de moradores de Novo Hamburgo continua dando valor a residir em casas. Penso que esta opção também tenha se fortalecido novamente, pela melhoria de um outro indicador: a segurança. Houve uma diminuição considerável de citações dos participantes com esta preocupação e um crescimento de menções às residências. Outro fator que se destacou foi a satisfação de mais de 50% dos respondentes com os bairros em que vivem. Percebia isso nas conversas com empresários para o “Empreendendo nos Bairros”, entrevistas do blog com representantes da nossa economia. Particularmente, considero isso muito positivo, pois este tipo de relação com o ambiente físico faz com que, naturalmente, as pessoas dediquem Divulgação

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maior atenção aos passeios públicos, à limpeza, arborização e outras benfeitorias que afetam diretamente o dia a dia de cada morador. Quem gosta, cuida. A relação com o patrimônio histórico, aos poucos, vai ganhando relevância. Com percentual ainda distante de lembrança, ao menos já aparece alguma preocupação em relação a essa herança tão importante e representativa da nossa sociedade. Poucas cidades têm uma riqueza histórica tão expressiva como a que temos e é fundamental que se preserve e se proteja todo esse legado. A todas e todos que participaram deste estudo, gostaria de deixar meus sinceros agradecimentos. É muito gratificante encontrar apoio e participação da comunidade da gente numa iniciativa assim, que não tem pretensões além daquelas destacadas lá no início desta matéria. Das respostas compiladas, 94,20% evidenciaram 7 pontos em comum. A grande maioria, portanto, mostrou que está pensando a cidade sob o mesmo prisma. Ao menos é o que se depreende quando o conjunto de preocupações aponta para os mesmos fundamentos. Nas próximas edições vou me dedicar a explorar cada um deles, entrevistando as pessoas que respondem diretamente por cada assunto. Espero ter a sua companhia.

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NOVA PETRÓPOLIS

MÊS DOS NAMORADOS: Juntos no amor e no empreendedorismo. Casais que comprovam que é possível construir negócios promissores e fortalecer a relação.

Vanessa Birk Staudt vanessa@projetosperene.com.br

Arquivo pessoal/Divulgação

A música os uniu Allan e Fabi se conheceram em um show no Anfiteatro Pôr do Sol em Porto Alegre, em 2007. A sintonia foi tão grande que começaram a namorar e, quase quatro anos depois, casaram e começaram um projeto musical juntos, a LEEBE. Em 2016, a LEEBE se consolidou como um Duo, focado no multi-instrumentismo, com foco em músicas covers, mais voltado para PUB’s e eventos maiores. Eles acreditam que trabalhando juntos e fazendo praticamente tudo juntos, a conexão dos dois só aumenta. Em 2020, a LEEBE está em recesso, pois o amor do casal frutificou e, agora, estão à espera da chegada da Layla. @leebe.nova

Da kombi para o mundo Uma demissão e máquinas ociosas do sogro foram o ponta pé inicial para o Mateus virar empreendedor. Mateus e Suelen começaram a fazer sublimações e brindes personalizados levando o negócio, a LS Brindes, com uma kombi para feiras da região. Com o sucesso, investiram, também, em uma cabine de fotos. Hoje, 4 anos depois, moram juntos e aprenderam a trabalhar em harmonia com objetivos maiores. Assim, transformaram a empresa na Memoora com o foco em presentes especiais e pensando na expansão do negócio, inclusive para plataformas digitais. @memoora.presentes

Com dificuldades para administrar a vida profissional com a criação do filho que adoecia com facilidade, em 2016 Tati optou por ficar em casa e cuidar do filho em tempo integral. Entediada, mas com o filho saudável, começou a fazer bolinho de pote para vender na rua. Um mês depois, não estava mais dando conta sozinha. O marido Valde tirou férias para ajudar e nunca mais voltou ao emprego anterior. Meio ano após, alugaram um espaço e seguem trabalhando juntos. Tati desenvolve as receitas e Valde executa. Uma convivência de 24h que deu certo profissional e pessoalmente na criação do Bernardo e da Cecília. Tati acredita que talvez sozinha se vá mais rápido, mas, com a companhia certa se vai muito mais longe. @divinodocedoceriaartesanal

Arquivo pessoal/Divulgação

O bolo de pote virou negócio

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Dê mais valor ao que é daqui. Assim como adotamos novos hábitos para proteger a nossa saúde, também precisamos assumir novos hábitos para recuperar a nossa economia e superar esta crise. Um deles é muito simples: preferir sempre os produtos e serviços daqui. É dessa forma que vamos manter os setores do comércio e da indústria abertos, garantir os empregos, aumentar a arrecadação e fazer toda a riqueza que produzimos girar dentro do nosso Estado, do nosso país. Lembre-se sempre: na hora de comprar, valorize o que é nosso. Faça parte deste movimento. Faça uma Escolha de Valor.

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