Revista face Amigos 13ª Edição

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Edição Nº 13 Editor Ano: 2014

Rev. Sandro Luiz T. dos Santos

Colunistas

Ao Leitor: Querido amigo leitor, É com grande prazer e alegria no coração que lançamos mais a 13ª edição da Revista Face Amigos. A edição do mês de Novembro aborda um tema muito relevante. O tema central desta edição é: “ O Extermínio do Canto Coral”. O tema é desenvolvido para conduzir-nos a uma reflexão sobre a importância do canto coral nas instituições religiosas e também algumas orientações de como podemos contribuir para que este meio de louvor e adoração a Deus não venha deixar de fazer parte da liturgia e vida espiritual das igrejas. O Eterno Senhor abençoe poderosamenteo Regente Paulo Sérgio Motta que é músico na Igreja Presbiteriana da Praia da Bica em Jardim Guanabara, que com conhecimento e pesquisa sobre o assunto nos abençoou com esta matéria tão especial para a nossa reflexão. Rev. Sandro Luiz T. dos Santos.

Editor da Face Amigos.

Danielita Mendes, Pr. Emir Nunes Tavares, Gisele Menezes, Jamille Constantino, Magda Asenete Dias Ferreira, Presbº Marcelo Geovane, Paulo Sergio, Presbº Arnaldo da Silva, Presbº Samuel Junqueira de Souza, Raquel A. B. de Paula, Joílton Oliveira, Rev. Luiz Cláudio de Oliveira, Yossef ben Yossef e Wagner Mansur.

Designer e Diagramação Rev. Luiz Cláudio de Oliveira Rev. Sandro Luiz T. dos Santos

Música de Fundo Domínio público

Pastoral

Rev. Sandro Luiz

Revisão e Correção de Textos Danielita Mendes

Periodicidade Mensal

Contatos: revistafaceamigos@hotmail.com

@RFaceamigos

A Revista Face Amigos é uma revista cristã com cunho social que visa a divulgação da fé cristã evangélica em suas diversas forma denominacionais e culturais de âmbito brasileiro e a partilha e difusão de informações sociais que melhorem e beneficiem nosso público leitor. A Revista não se responsabiliza pelos conteúdos enviados e aprovados para edição, ficando toda a responsabilidade de suas informações e critérios textuais sobre seus autores. A exposição de suas matérias, conteúdos e credos também são de fórum íntimo e sua responsabilidade também pertencem a seus autores. As imagens e ilustrações utilizadas são meramente ilustrativas e retiradas da internet, citando os devidos endereços quando pertinentes e quando as imagens não forem de livre exposição.


SUMÁRIO 4 Pastoral

44 Geração Calebe

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46 Espaço Judaico Nazareno

Dia de Ações de Graças .

Devemos celebrar o dia de Ações de Graças para agradecer a Deus pelas suas bênçãos.

Eco-Turismo e Reflexões Colônia

Uma cena inusitada despertou a minha curiosidade e me fez aproximar para observar.

O Evangelho não exclui

É preciso investir na valorização do idoso.

“Se alguém quer vir após mim...”

Nosso Senhor Yoshua, o Messias (Jesus, o Cristo), estabeleceu algumas condições fundamentais para todos os que queriam seguí-lo.

6 Psico & Pedagogia

50 Convidado Especial

10 Psicanálise

52 Raízes

Valores, um compromisso.

Quando falamos em valores, a moralidade é o alicerce.

Transtorno de Personalidade

NARCÍSICA. Estamos diante de um distúrbio que é tanto psicológico quanto cosmológico.

As pequenas pedras

São pequenas pedras que tanto nos incomodam.

Trocando de lugar

É preciso que troquemos de lugar constantemente com nossos irmãos, e irmãos aqui, no sentido mais amplo da palavra.

20 Projeto Sara

Será que entendemos Jesus?

Aqueles homens andavam diariamente com Jesus ainda não estavam entendendo a vontade de Deus.

22 Família, Plano Especial de Deus O verdadeiro relacionamento em amor

Existe uma diferença grande entre servir com amor e ser escravo da pessoa amada.

32Compartilhando

Ao invés de preocupar-se, confie em Deus.

Confie planamente em Deus e deposite as suas preocupações em suas Mãos.

34 Reflexões

Suave Companhia

A melhor companhia do cristão é o próprio Deus, que está sempre presente na sua vida.

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Justiça em Ação

Conceito de Síndrome de Alienação Parental

A síndrome de alienação é uma disfunção que serge primeiro no contexto das disputas de guarda.

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24 Capa - O extermínio do canto coral

Precisamos criar eventos com os nossos corais, bem como alertar aos líderes das igrejas para que incentivem os seus membros em parcipar e apaior os grupos de corais em suas comunidades.

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Dia Nacional de Ações de Graças

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costume do Dia de Ações de Graças vem dos Estados Unidos. Em 1620, saindo da Inglaterra, atravessa o Atlântico o Mayflo-wer, levando a bordo muitas famílias. Eram peregrinos puritanos (de origem calvinista), que fugindo da perseguição religiosa, vão buscar a terra da liberdade. Chegando ao continente americano, fundam treze colônias, semente e raiz dos EUA. O primeiro ano foi doloroso e difícil para aquelas famílias. O frio e as feras eram fatores adversos. Não desa-nimaram. Todos tinham fé em Deus e nas suas promessas. Cortaram árvores, fizeram cabanas de madeira, e semearam o solo, confiantes. E Deus os abençoou! No outono de 1621, tiveram uma colheita tão abençoada quanto abundante. Emocionados e sinceramente agradecidos, reuniram os melhores frutos, e convidaram os índios, para juntos celebrarem uma grande festa de louvor e gratidão a Deus. Nascia o Thanksgiving Day, celebrado até hoje nos EUA, na quarta quinta-

-feira de novembro, data estabelecida pelo presidente Franklin Roosevelt, em 1939, e aprovada pelo congresso americano em 1941. O embaixador brasileiro Joaquim Nabuco, participando em Washington da celebração do Thanksgiving Day, assim se expressou: “Eu quisera que toda a humanidade se unisse, num mesmo dia, para um universal agradecimento a Deus”. Estas palavras moveram consciências no Brasil. No governo do presidente Eurico Dutra, o Congresso Nacional aprovou a lei que consagrava a última quinta-feira do mês de novembro como o Dia Nacional de Ações de Graça. Porém, em 1966, o Marechal Castelo Branco modificou esta lei, estabelecendo a quarta quinta-feira do mês de Novembro como o Dia Nacional de Ações de Graça. A virtude da gratidão está em toda a Bíblia. É próprio das almas nobres agradecer sempre e por todas as coisas. O salmista exclama: “Bom é render graças ao Senhor…” (Salmo 92:1) E outra vez: “Entrai por suas portas com ações de graças…” (Salmo 100:4).

Rev. Sandro Luiz é Editor da Revista Face Amigos, Presidente do Ministerionline de Evangelização Via Internet e Pastor da Igreja Presbiteriana da Ribeira na Ilha do Governador - Rio de Janeiro.

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Colônia (Mimetismo)

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o iniciar mais um dia de trabalho, olhei pela janela e pude observar na base do caule de um pé de Jamelão um quadrado de verde intenso em formato de um tapete que despertou minha curiosidade e me fez aproximar para observar, tratava-se de uma colônia de lagartas verdes (Mimetismo) perfiladas como numa formação precisa, que ao se deslocarem mantinham a unidade como uma ordem unida militar, sem que nenhuma se desgarrasse. Por vários dias pude observá-las ora paradas, ora em movimentação por toda extensão do caule, até que ficaram imóveis e pude perceber que estavam em processo de metamorfose, eclodindo depois e liberando sua carcaça de lagarta e transformando-se em lindas borboletas a voar e embelezar o Parque. Este processo fez-me refletir o quanto nós domésticos da fé (Igreja do Senhor) poderíamos nos beneficiar se

andássemos sincronizados no mesmo propósito, irmanados, suportando uns aos outros “dando suporte” carregando os feridos para superar as adversidades, sempre de mãos dadas. Assim com as frágeis e pequenas lagartas nos agruparmos em comunhão para que os predadores não vejam a vulnerabilidade da unidade, mais tremam diante de um corpo fortalecido e compacto e não ouse investir sobre a noiva. Avançando sempre em novidade de vida seremos imbatíveis e poderosos. Digo-vos que precisamos conviver com as lagartas com os seus pelos que queimam suportar e suplantar as fraquezas mútuas e entender que o processo de santificação só estará completo quando recebermos um novo corpo incorruptível. Lembrem-se, é preciso conviver com as lagartas para podermos voar com e como as borboletas. Faça amigos e influencie pessoas.

Presbº. Marcelo Geovane é Guarda Ambiental da Cidade do Rio de Janeiro e Estudante de Teologia.

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Valor um compr

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“O valor das coisas não está n mas na intensidade com que ac momentos inesquecíveis, coisa incomparáveis...” (Fe

ue tipo de pessoa você tem sido? Que tipo de pessoa gostaria de ser? Tem vivido momentos inesquecíveis e/ou inexplicáveis? Pensa em se tornar alguém incomparável? O foco nessa matéria será o RESPEITO. Palavra que se origina do latim e significa “olhar outra vez”. Valor este, tão necessário para a convivência. Sem ele a realidade torna-se irreal e desvalorizada. (Google – Significados.com.br) Quando falamos em valores, a moralidade é o alicerce. Tão esquecidos no círculo de vida no qual passamos os nossos dias, seja em família, institucionalmente e principalmente em sociedade. Logo podemos indagar, sobretudo, no tempo em que vivemos, o que seria moralidade? Moral é o conjunto de regras adquiridas através da cultura, da educação, da tradição e do cotidiano e que impulsionam o comportamento humano dentro da sociedade.

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res: romisso.

no tempo que elas duram, contecem. Por isso, existem as inexplicáveis e pessoas ernando Pessoa)

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(Google – Significados.com.br) Regra instituída desde sempre. E não poderia deixar de mencionar a regra fundamental e bíblica, oferecida gratuitamente por Jesus quando nos motiva a cumpri-la como está em Mateus 22:39 que é a de amar ao próximo como a nós mesmos: “Amar ao próximo com a nós mesmos?” Respeitar o meu vizinho, um cidadão, a sociedade e muitas vezes a minha casa e os meus familiares? Meu professor, o colaborador de uma empresa? A flora e a fauna? A fila? O necessitado, o sem posse, o especial, o negro? E por falar em negro, gostaria de contar um episódio que aconteceu comigo há alguns dias. Deixei meu filho no colégio, e quando estava retornando para casa, por volta das 6h50m, parada em um sinal de trânsito, ao meu lado estava outro carro, um táxi e ambos esperávamos o semáforo nos permitir seguir em frente. Então naquele momento cruza a rua em que estávamos um ciclista, negro, provavelmente acima dos seus 60 anos, e como passaria por um cruzamento, buzinou para chamar a atenção dos motoristas. Chamou a atenção do motorista do táxi ao lado que imediatamente e em bom tom, gritou para aquele senhor “MACACO!” O ciclista seguiu o seu caminho, eu olhei imediatamente para o taxista em sinal de reprovação e o mesmo me olhou. Fiquei pensando o que o teria motivado a xingar aquele cidadão que, diaria-

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... Infelizmente o desrespeito virou regra universal.

mente, locomove-se com aquela bicicleta, só Deus sabe para onde, e não atrapalha a vida de ninguém. Fiquei indignada, porém não esbocei nenhum comportamento aquele taxista, a não ser o de olhá-lo. Se eu tivesse tido outra reação, o que teria acontecido comigo? Seria xingada também, teria o meu carro fechado pelo dele no trânsito como vemos diariamente acontecer? Levaria um tiro ou apanharia até perder os sentidos e, talvez, até chegar ao óbito? “Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei”. (Gálatas 5: 22-23). As regras definidas pela moral regulam o modo de agir das pessoas. Ou pelo menos deveriam. Está associada aos valores e convenções estabelecidos

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coletivamente por cada cultura a partir da consciência individual, que distingue o bem do mal, ou a violência dos atos de paz e harmonia. E o respeito é um dos valores que determina o sentido moral de cada indivíduo e o permite viver em sociedade de maneira harmoniosa e saudável. (Google – Significados.com.br). Porém não é isso que tem acontecido em nossos dias. O desrespeito virou regra universal. E é em todos os sentidos. Exemplos: joga-se o lixo no chão mesmo estando em frente a uma lixeira, atira-se objetos de dentro de transportes, privados ou coletivos, que não só causam sujeira, mas pode até atingir e machucar alguém. Os sinais de trânsito registram o sinal vermelho, mas motoristas seguem seu caminho como se ninguém precisasse atravessar e com perigo de atropelamento, pedestres arriscam-se em meio a utilitários, mesmo tendo muito próximos a eles uma passarela, vagas destinadas a idosos e pessoas com necessidades especiais sendo utilizadas à revelia, ninguém quer esperar numa fila e aí dá-se um jeitinho de burlar quem está esperando. Outro dia eu estava na fila do mercado, calmamente esperando a minha vez e então chegou um rapaz e Revista Face Amigos


pediu para passar na minha frente, dizendo que estava com pressa porque estava trabalhando. E eu? Será que também não teria um horário apertado para me retirar dali. E os outros que estavam atrás de mim na fila? Estamos vivendo a cultura do primeiro eu, depois eu, depois eu de novo e você, nunca. Quem tenta fazer diferente é marginalizado. Mas não devemos desistir. Já diz o ditado, “respeito é bom e eu gosto”. E é para todos! Precisamos de maior qualidade de vida, e o respeito e essencial para alimentar essa qualidade. Voltando na questão de ser alguém incomparável, pergunta que faço no início desta matéria, reporto-me a pessoas como Augusto Cury que enfatiza em um de seus livros que devemos ser pessoas “fascinantes”. Hamilton Werneck em seu livro Como Encantar Alunos da Matrícula ao Diploma, ressalta o termo “encantar”. O primeiro é Psiquiatra, o segundo é Pe-

dagogo, e nas suas áreas de atuação induzem a cultura do respeitar na abrangência de suas questões e ações. São pessoas incomparáveis, assim como incomparável foi Jesus, que através da sua história, plantou valores que hoje deveriam ser alicerces dessa sociedade tão desumana e desunida. Mas eu te convido a reverter essa realidade, e a começar em mim. Vamos respeitar a vida. Vida esta que abrange todas as questões tratadas aqui. Prática diária que levará a um viver vitorioso.

... Precisamos refletir a imagem de Deus revelada em nós para fazer diferença nesse mundo. Deus abençoe sua vida e que todas as suas atitudes sejam respeitosas. Magda Asenete

Magda Asenete Dias Ferreira é Pedagoga, Psicopedagoga atuando com Clínica Psicopedagógica. É proprietária da In Company – Assessoria e Treinamento educacional e empresarial. Contato: magdaasenete.incompany@gmail.com Celular: (21) 99948-3805

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SERÁ QUE ENTENDEMOS A JESUS? “Jesus, porém, chamando-as para junto de si, ordenou: Deixai vir a mim os pequeninos e não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus.” Lucas 18.16

Interessante esta passagem, pois os próprios discípulos estavam impedindo as crianças de se aproximarem de Jesus. Aqueles homens andavam diariamente com Jesus e ainda não estavam entendendo a vontade de Deus. Precisamos ler a Bíblia não apenas para conhecê-la ou como fonte de informações e pesquisa. A Bíblia é a Palavra de Deus, regra de fé e prática. Precisamos andar ao lado de Jesus, prestar atenção na sua vontade e vivê-la.

Jesus nos chama para junto de si, todos nós, a família toda, sem embaraços. Tomemos atitude de nos aproximarmos do nosso Deus, lembrando que nossos filhos são presentes, herança do Senhor, que precisamos preservar para Ele mesmo. Temos que levá-los a Jesus! Que possamos ser bênção na vida de nossos filhos, nossa família. Vamos andar com Jesus vivendo para Ele, para glória de Deus Pai.

Raquel Abreu Barbosa de Paula é Pedagoga e membro da Igreja Presbiteriana de Praia Grande - Projeto Sara. Revista Face Amigos

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Família, Plano Especial de Deus

Com Wagner Mansur

O verdadeiro relacionamento em amor

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ão muitas as pessoas que vivem situações difíceis de cunho relacionais, emocionais, ou psicológicas, até mesmo dentro da própria família. Com visão focada, em relacionamentos, podemos dizer que muitas delas até se doam completamente, pois buscam a melhor forma de praticarem o verdadeiro amor. Mas quando o receptor não retribui essa atitude? Daí, fica a frustração, a mágoa, e a tristeza dos que tentam a aproximação, e alguns até se culpam pela falta de sucesso em suas tentativas. Em muitos relacionamentos, a resposta para essa entrega passa a ser o domínio autoritário, o abuso emocional e até a exploração desse sentimento tão nobre chamado amor. A maioria das pessoas que agem assim são desprovidas de caráter e ética, e não conhecem os limites emocionais pré-estabelecidos pelo respeito, e pela misericórdia, em fim não conhecem o amor de Deus. Existe uma grande diferença entre servir com amor a pessoa amada, e ser escravo da pessoa amada. Escrevem e dizem os poetas românticos: “que o amor cega”! Pois é, quem já não viu, ou vivenciou um caso assim? O excesso de bons olhos para uma determinada pessoa, pois a queremos tanto, embaça a nossa visão para outras características que podem ser devastadoras dentro de um relacionamento a dois.

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Encontramos base bíblica para não sermos tolos e usados por pessoas sem coração: “Porque o que é chamado pelo Senhor, sendo servo, é liberto do Senhor; e da mesma maneira também o que é chamado sendo livre, servo é de Cristo. Fostes comprados por bom preço; não vos façais servos dos homens” (I Coríntios 7. 22-23). A própria Palavra de Deus nos orienta a que não nos sujeitemos como escravos de quem quer que seja. Tratar e servir em amor sim. Não temos só a Capacidade, mas temos também a responsabilidade de não deixarmos alguém nos intimidar para conseguir algo. Existem pessoas que se aproveitam do amor que sentimos para

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http://www.lilimoon.com.br/web/ wp-content/uploads/2013/08/a-diferenca-de-idade-atrapalha-em-um-relacionamento-portal-lilimoon-2013.jpg

... No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor. I João 4. 18

nos chantagear e tirarem proveito da nossa boa vontade. Mas espera aí Mansur! A Bíblia é um manual que nos ensina a fugirmos dessas situações? Um manual de boas práticas, e boa conduta? Mas é claro! De Gênesis à Apocalipse existe farto material para te fazer ser feliz e a conquistar a verdadeira felicidade. Ser servido e servir com alegria pois é assim que se demonstra ser um verdadeiro amor, a troca é mútua. O apóstolo Paulo nos apresenta uma lista de qualidades e ações que definem o verdadeiro e eterno amor: “O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor frater-

nal, preferindo-vos em honra uns aos outros...” (Leia todo o capítulo de Romanos 12). É difícil sermos assim não é? A arte do diálogo precisa estar de mãos dadas com o amor. Por nós mesmos, guiados pela carne, colocaremos sempre a coleção de insultos, agressões verbais, desrespeito e humilhações à frente da nossa tentativa de diálogo. Daí, aumentaremos ainda mais essa coleção, pois a tendência da carne é puxar a vantagem da discussão para si. Temos hoje inúmeros casais que não tem a Jesus Cristo como mediador de seus planos e projetos, bem como não se calam e esperam o melhor momento para falar ou explicar seus pontos de vista, ou seja, praticar a arte do falar, do calar, e do escutar. Os resultados serão sempre mais conflitos e mais discórdias. Saiba de uma coisa, a palavra de Deus nos ensina a doutrinarmos a nossa carne como um todo, a começar pela língua dirigida pelo cérebro! Leia o texto de 1 Coríntios 12.12-26. Que busquemos sempre a sabedoria de Deus para lidarmos com nossos cônjuges, com nossos filhos e com todos os demais que nos cercam. Existe um grande chamado de Cristo para cada um de nós. O segredo então para alcançar o objetivo é a moderação. O Verdadeiro Amor respeita os limites dos outros; Nunca busca os seus próprios interesses; Sabe ouvir um “não”, ou “agora não”, com graça; Defende o território contra a intimidação e o desrespeito; Abranda o agressivo e fortalece o passivo. Que Deus abençoe você e toda a sua família, com carinho.

Wagner Mansur

é Pregador, palestrante, músico compositor e cantor evangélico - Bacharel em Direito - SUESC - Formado em Teologia pelo Instituto Bíblico Beth Le Hem (Todos os Santos – RJ - Wagner Mansur e sua esposa Soraia Mansur são fundadores do Ministério “Família, Plano especial de Deus”, idealizadores da EBDCC (Escola Bíblica Dominical de Casais e Casados). Revista Face Amigos

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O extermínio do canto coral?

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ia um artigo de um jornal renomado sobre a inteligência do homem pré-histórico com pouquíssimo recurso versus nós a humanidade do século 21, com nossos smartphones, era digital, os Facebooks de cada dia nós clicamos hoje e imaginem quem ganhou ? Bem, já desconfiado do resultado, até pelo o que estamos presenciando ultimamente em todos os níveis de nosssa sociedade, o nosso amigo peludo e de roupa de pele animal ganha disparado (guardado as devidas proporções) a começar pela atitude e você leitor deve estar estranhando e se perguntando se não está na coluna errada, mas, daqui há pouco vamos ver que não porque o nosso amigo cabeludo também tinha um faro apurado para as questões musicais. Será que se ele tivesse a oportunidade de criar ou manter um grupo coral, o que ele faria?

“O homem na antiguidade possuia um faro apurado para as questões musicais”.

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Dança de Cogul. Imagem encontrada em Cogul, Espanha. Bom, o canto coral envolve tudo que se refere a um coro ou a uma capela, ou seja, a um conjunto de músicos vinculados ao recinto religioso da Igreja ou de um monarca. Não há um marco inicial confiável desta atividade, mas sim documentos que comprovam sua ancestralidade. Pode-se afirmar que vários destes textos antigos estabelecem uma ligação entre cerimônias de natureza espiritual, danças religiosas e o canto coral. Um dos registros mais antigos, descobertos na Caverna de Cogul, na Espanha, aponta para a prática de cantos e danças em grupo na era neolítica, na pré-história. Essa imagem nos faz crer que existia canto e dança coletivos já na pré-história e ainda que de maneira muito rudimentar o canto coral estava presente.

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Os primeiros coros aparecem na Europa por volta do ano 1000 nos mosteiros e comunidades religiosas, numa herança do culto judaico, acredita-se porém, que no Séc. I os cristãos em Roma já cantavam em coro. Na Grécia Antiga se faz referência a um coro, ligado ao teatro grego. Choros, entre os gregos, define as várias atividades que integravam o conceito do drama grego na Grécia Antiga, cultivado por dramaturgos como Ésquilo, Sófocles, e Eurípedes e que englobavam a Poética, o Canto e a Dança. O Cristianismo, no século I, em Roma, converte esta expressão em Chorus, que se refere ao conjunto de pessoas que exerce o canto ou à abside – parte da Igreja construída em formato poligonal – próxima ao altar, isolada dos fiéis pela presença de uma porta de grades; é onde atualmente está localizado o órgão.

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Com o desenvolvimento da linguagem musical, no século X, se tem registro em escrita neumática que sugere o canto coletivo. No século XII aparecem as primeiras partituras particularmente criadas para o coro. Hoje este gênero musical é largamente disseminado nas universidades, nos ambientes escolares, nas Igrejas, entidades, entre outras instituições, sem falar nas comunidades autônomas que também se dedicam ao coral. No Brasil o coro define pequenas associações de músicos que são divididos por tipos de vozes conforme sua disposição musical, ou seja, em sopranos, contraltos e barítonos, com várias nuances entre elas. Neste canto as várias vozes diferenciam-se o Cantus-Planus, que simboliza o canto plangente, e a Música Figuralis, que mais lembra o canto executado por diversas intervenções vocais, a qual posteriormente buscará uma prática mais requintada.

Vários tipos de vozes

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Igreja de Notre-Dame - Antiguidade da Idade Média A primeira modalidade foi justamente o modelo inicial que serviu de alicerce para o segundo paradigma, o qual nasceu por volta dos séculos VII e VIII, na mesma ocasião em que uma polifonia simulada se desenvolveu, inspirando-se no Choral que se firmou como Cantus Firmus. Depois do aparecimento do Cantus Floridus e da criação do Contraponto é empreendida a primeira renovação neste gênero, no século XII, quando uma organização de três vocais leva o coral ao seu ápice, já no século XIII, especialmente na Escola Parisiense de Notre-Dame. Não tardou para que se estabelecesse a modalidade mais conhecida de quatro vozes. No século XIV é criada a forma coral conhecida como Missa, na qual os estágios mais importantes do culto católico eram cantados. No século XIX este gênero torna-se matéria compulsória nas escolas parisienses, no mesmo período em que nascem os Festivais de Revista Face Amigos

Música. No século seguinte algumas técnicas são aperfeiçoadas e aprofunda-se o caráter social do canto coral; há uma tentativa de se retornar às formas primitivas de cada modalidade. A maioria dos grupos de canto coral (cerca de 90% no mundo todo em 1980) se diz amador, em contraposição aos grupos profissionais, que são aqueles em que os cantores são contratados e tem o canto coral como trabalho.Nesta perspectiva, o canto coral pode ser considerado segundo a sua natureza profissional ou amadora, sem juízo de valor qualitativo. Os coros profissionais são mantidos por instituições públicas, governos e grandes teatros. Na Letônia empresas privadas contratam cantores para atuar em seus coros, e apresentam repertório erudito (acadêmico) e folclórico. Os coros amadores, longe de serem tecnicamente inferiores aos profissionais, são mantidos por universidades, escolas, particulares, músicos, fundações e empresas.

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Sem levar em consideração a qualidade do coro pode-se relacionar o canto coral nos seguintes tipos:

Coros Profissionais Oficiais

Normalmente ligados a uma instituição pública da área da cultura. Secretarias de cultura, fundações e etc. apresentam repertórios clássicos e os cantores são músicos. Regente, preparadores vocais, cantores e músicos co-repetidores são remunerados. No mundo todo é rara a incidência deste tipo de grupo.

Coros Oficiais

São grupos de canto coral amadores, apenas o regente e músico acompanhante são remunerados, os cantores são voluntários, não obstante serem músicos. Apresentam repertório de alta qualidade.

Coros Universitários

Grupos formados em universidades e faculdades. A maioria desses grupos não é ligada ao departamento de música da referida universidade, são ligados às pró-reitorias de extensão e abertos à comunidade. O regente é um professor da instituição e os cantores são pessoas da comunidade. Os coros universitários apresentam repertório de alta qualidade e costumam sagrarem-se campeões em concursos internacionais. É um dos tipos mais antigos de coro.

Coros de Igrejas

O mais antigo tipo de coro, os coros de igreja são formados por religiosos músicos, o canto coral se desenvolveu nas atividades dos coros de igreja. Apresentam repertório sacro

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Vários Tipo e religioso de altíssima qualidade e excelência musical. Giovanni Pierluigi da Palestrina e Johann Sebastian Bach escreveram para este tipo de coro.

Coros Empresas

São corais formados por funcionários e colaboradores dos mais diversos tipos de empresa. As empresas investem na qualidade de vida de seus funcionários e obtêm resultados artísticos. Nos EUA e na Europa existem ótimos coros de empresa que realizam repertório de música popular e folclórica. É nesse tipo de grupo que os regentes obtém maior remuneração.

Coros Etários

Notadamente os coros infantis e os coros de 3ª idade. É o tipo de coro onde os cantoRevista Face Amigos


mens, normalmente ligado a igreja católica. Os meninos cantavam a parte de soprano e alto e os homens as partes de tenor e baixo, muito repertório de qualidade foi produzido para esse tipo de coro. Atualmente a Capela Sistina, do Vaticano é um dos últimos remanescentes desse tipo de formação.

Coros Étnicos

os de Coros res são escolhidos pela faixa etária e funcionam como uma atividade social que sobrepuja as questões musicais. Os regentes são contratados por instituições que mantém projetos nessa área e os cantores, normalmente, pagam para participar do grupo. Desde 1990 há um crescente aumento da participação deste tipo de grupo em festivais e encontros.

Coros de Gêneros

São os coros onde os cantores são selecionados por seu gênero, masculinos ou femininos. Muito repertório para esse tipo de coro foi produzido. Os coros femininos e masculinos normalmente cantam a três vozes (SMA ou TBBx) e apresentam repertório de excelência musical. Meninos cantores-Tipo de grupo praticamente extinto, formado por meninos e hoRevista Face Amigos

Os grupos se reúnem em torno da questão étnica. Normalmente executam repertório de música folclórica de boa qualidade. Alguns grupos étnicos da África produzem repertório de excelência musical e realizam turnês internacionais. Na maioria dos casos os regentes são remunerados e os cantores colaboram na manutenção do grupo.

Coros com Fins Terapêuticos

Coros com fins terapêuticos e sociais-Recentemente (a partir de 1990) apareceram em festivais e encontros de corais grupos que se reúnem para utilizar o canto coral com fins terapêuticos, como na musicoterapia, também tem se apresentado grupos ligados a instituições sociais voltadas a jovens e adolescentes em situação de risco. Nesses grupos os regentes são contratados e assumem outros papéis.

Coros Independentes

Os coros independentes são aqueles que se mantém por si próprios. Os grupos independentes normalmente apresentam repertório de alta qualidade e de todos os estilos. O grupo se mantém pela participação de cantores, regentes e comunidade. Um bom número de coros independentes se organiza no sentido de ONGs.

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Onde Estão os Nossos Corais? Fiquei animado com a classificação dos diversos tipos coros, mas por outro lado onde estão os nossos corais? Da minha igreja de origem, a ADIG-Assembléia de Deus da Ilha do Governador já não faz manutenção de seus grupos de canto coral há muito tempo. Em minha denominação, a Igreja Presbiteriana que abrange o meu bairro, Ilha do Governador-RJ há somente 2 numa relação de 7 igrejas, fora o que tomo conhecimento de outros grupos que foram dizimados em suas sedes eclesiásticas. Será que estamos exterminando o canto coral em nossas igrejas? Lembra do pré-histórico, será que ele terminaria com este projeto tão importante ao ser humano em seu grupo ? Muitos atribuem o fato de aos poucos nossos corais constarem apenas nos registros eclesiásticos, devido ao movimento de músicas descartáveis surgido nos anos 80 nos Estados Unidos, dando origem as nossas “ Equipes de Louvor “ e que na minha opinião são

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poucas as equipes que se esmeram em apresentar um trabalho de qualidade. Enfim, não quero abrir aqui uma praça de guerra e acusações, mas há uma constatação: Não há investimento ou vontade da lideração para que este trabalho de lapidação vocal, tenha espaço em sua congregação. Esbarramos na burrocracia que ainda existe em nossas denominações, não há nenhuma vontade em remunerar o preparador vocal por achar que este trabalho não tem relevância alguma na igreja e este tem que executar o seu ofício de maneira magnifica e deixar o saldo final pra que Deus o recompense pelo seu esforço, fora o velho jargão “ Ah ! tá bom assim mesmo, Jesus entende “. Não criamos mais eventos para que os nossos corais possam chamar a atenção do público ás igrejas locais. O que dá uma sobrevida aos nossos grupos, são os encontros natalinos de corais e outros existentes no país. Revista Face Amigos


É muito importante para preservação a manutenção dos carais as seguintes atitudes:

1. Ter o Coral como parte da estrutura da Igreja. "...nos dias de Davi e de Asafe, havia chefes dos cantores, cânticos de louvor e ações de graças a Deus." Neemias 12: 46. Os coristas além de aprenderem técnicas de impostação vocal, de pronúncia adequada à música sagrada, de postura diante do público, chegando até ao conhecimento de leitura de partitura musical. Os grupos formados por pessoas das mais diferentes idades e classes sociais, têm tido a oportunidade de aprender a adorar a Deus com todo talento. "E me pôs nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus; muitos verão essas coisas, temerão e confiarão no SENHOR." Salmo 40: 3.

2. Ter o Coral como um meio de evangelismo. São de grande brilhantismo as ocasiões em que os Corais executam as já tradicionais cantatas de Natal como as de Páscoa, não apenas no templo, mas em ruas, shoppings, visando evangelizar vidas que caminham sem rumo para um futuro obscuro. Inúmeros são

os testemunhos de pessoas que se converteram quando o Coral entoam hinos de adoração a Deus. "...e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará", João 8: 32. A mensagem transmitida por meio da música causa forte impacto nas pessoas.

3. Ter o Coral como gerdador da vida espirutal. Em todas as coisas somos mais do que vencedores. Entretanto, sabemos que, para vencer, temos de batalhar. E, no Coral, não seria diferente. O louvor contagiante é resultado direto de uma disciplina de orações e ensaios durante todo o ano e a aplicação individual examinando regradamente o seu material. Ao longo de tantos anos, trabalhando com o louvor na igreja, é nítido o entrosamento de diversos grupos que já se desenvolveram: criaram-se amizades saudáveis e em sintonia com a Palavra de Deus, além dos cultos se tornarem agradáveis e edificantes. Líderes promovam o canto coral e não deixem que esta forma de socialização da igreja com a sociedade, seja mais uma arma de extermínio de muitas almas. “Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome”. Hebreus 13:15.

Paulo Sérgio Motta é Regente músico na Igreja Presbiteriana da Praia da Bica em Jardim Guanabara.

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A

Bíblia ensina claramente que os Cristãos devem evitar se preocupar. Filipenses 4:6 diz: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecida diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.” Nesta passagem, aprendemos que devemos entregar a Deus todas as nossas necessidades e preocupações, ao invés de deixar que fiquem remoendo em nossas mentes. Jesus também ensina os crentes a não se preocuparem. Ele nos diz que não devemos andar ansiosos com nossas necessidades físicas, como roupa e comida. Jesus nos garante que Nosso Pai Celestial vai cuidar de nossas necessidades (Mateus 6:25-34). Portanto, não temos que nos preocupar com nada. Já que preocupação não deve fazer parte da vida de um Cristão, como então podemos superá-la? Em 1 Pedro 5:7, somos instruídos: “Lançando sobre ele

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toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” Deus não quer que carreguemos sobre nossas costas o peso de nossos problemas e aflições. Nessa passagem, Deus está nos dizendo que devemos dar a Ele todas os nossos problemas e preocupações. Por que Deus quer carregar nossos problemas? A Bíblia diz que ele se importa com você. Isso mesmo, com VOCÊ! Deus se preocupa com tudo que acontece na sua vida. Nada é muito grande ou pequeno para ter Sua atenção. Quando damos a Ele nossos problemas, Ele promete nos dar paz que transcende todo entendimento (Filipenses 4:7). Claro que para as pessoas que não conhecem o Salvador, preocupação e ansiedade vão fazer parte de suas vidas. Mas para aqueles que entregaram suas vidas a Ele, Jesus prometeu: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e


Habacuque 3.17-19

encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mateus 11:28-30). Para que possamos refletir um pouco mais o livro de Habacuque 3. 17 e 18 Diz: Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que falhe o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que o rebanho seja exterminado da malhada e nos currais não haja gado. Todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação.” Deus é absoluto e tem o controle de toda a situação, basta confiar Nele

e esperar Nele. Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti, que opera a favor daquele que por ele espera (Isaías 64. 4). Que o Senhor vos abençoe em tudo em nome de Jesus!

... Os que confiam no

SENHOR serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre. Salmos 125:1

Presbº. Arnaldo da Silva Ferreira é Bioterista, palestrante e membro da Assembleia de Deus em Bonsucesso. - E-mail: arnaldodapaula@hotmail.com

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Reflexões

Pb. Samuel Junqueira

Suave Companhia

C

anto de um bando de pássaros, nas primeiras horas da manhã, é tão encantador que poderíamos, até, defini-lo como um verdadeiro hino de louvor a Deus pelo aconchego da natureza, obra da criação divina, que os próprios pássaros reconhecem e agradecem através de suas melodias. Os residentes em locais arborizados, que possuem o privilégio de despertarem sob o gorjeio das aves, conhecem bem essa figura ilustrativa e podem se alegrar com os pássaros, nesse verdadeiro culto matutino, que a própria natureza presta ao seu Criador e Benfeitor. O salmista conhecia bem essa experiência, pois desde as primeiras horas do dia elevava o seu coração a Deus em oração dizendo, confiante: “Antecipo-me ao alvorecer do dia e clamo; na tua palavra, espero confiante” (Salmo 119.147). Não há nada de mais confortador para o cristão do que a certeza da presença de Deus em sua vida. Deus está perto de todos aqueles que o invocam. É o que o salmista disse: “Tu estás perto, Senhor, e todos os teus mandamentos são verdade” (Salmo 119.151). Todos nós gostamos de companhia. Isso se explica facilmente pelo fato de que o ser humano foi criado para viver em sociedade. Necessitamos, portanto, da companhia uns dos outros. O salmista não se sentia solitário, porque mantinha a sua comunhão com Deus.

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Os seus inimigos se aproximavam dele com más intenções, com o intuito de oprimi-lo. O salmista fugia deles e refugiava-se em Deus, dizendo: “Ouve, Senhor, a minha voz, segundo a tua bondade; vivifica-me, segundo os teus juízos” (Salmo 119.149). Todos nós precisamos de companhia; mas quando essa companhia é a própria presença de Deus em nossa vida, temos a certeza de que estamos Revista Face Amigos


sobre a rocha e não precisamos temer as tempestades da existência. Apesar de todos os contratempos e todas as adversidades, o cristão adota aquela mesma postura do salmista que lhe dava a tranquilidade e o conforto, diante das ameaças e opressões provocadas pelos seus adversários; ele sabia que Deus estava presente e dizia: “De todo o coração eu

te invoco; ouve-me, Senhor; observo os teus decretos” (Salmo 119.145). A melhor companhia do cristão é o próprio Deus, que está sempre presente na sua vida. O cristão pode imitar aqueles pássaros, entoando também o seu louvor, reconhecendo a soberania e a graça de Deus, como o seu Criador e Redentor. Então, ele fará coro com o salmista e dirá: “Os meus olhos antecipam-se às vigílias noturnas, para que eu medite nas tuas palavras” (Salmo 119.148). Seja esta, a nossa experiência!

Samuel Junqueira de Souza é Presbítero Emérito da Igreja Presbiteriana de Santo Amaro. (IPSA). Profundo conhecedor da história de sua igreja, pelos anos que atuou na regência e na docência da Escola Dominical, o Presbítero Samuel é também escritor, amado e reconhecido na IPSA. De sua autoria é o livro que registrou os primeiros 30 anos da IPSA, publicado em 1994. Além desse é autor dos livros “IPSA- 50 anos de Testemunho do Evangelho”, “ Eu, Pregar?!” - um manual de homilética para leigos, e” Dízimos e Ofertas” - uma apresentação do sistema de contribuição encontrado na Bíblia. Revista Face Amigos

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Conceito de síndrome de alienação parental

A

síndrome de alienação parental (SAP) é uma disfunção que surge primeiro no contexto das disputas de guarda. Sua primeira manifestação é a campanha que se faz para denegrir um dos pais, uma campanha sem nenhuma justificativa. É resultante da combinação de doutrinações programadas de um dos pais (lavagem cerebral) e as próprias contribuições da criança para a vilificação do pai/mãe alvo, é um modo de programar uma criança para que ela passe a odiar um de seus genitores, sem haver justificativa para isso, de modo que a própria criança ingresse na trajetória desmoralizadora desse mesmo genitor. A SAP - Síndrome da Alienação Parental foi um termo proposto pelo psicólogo americano, Richard Gardner, conhecido por seu trabalho de pesquisa e clínica na área de abuso sexual contra meninos e suas consequências para eles como homens, e um dos fundadores da Organização Nacional de Vitimização Sexual. No Brasil, o assunto ganhou força em decorrência da promulgação da lei 12.318, de 26 de agosto de 2010. O art. 2º do supracitado dispositivo legal estabelece que: “Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou o adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ou estabelecimento ou à manutenção de vínculo com este”. A alienação parental, não ocorre apenas em relação aos ex-cônjuges, mas qualquer pessoa que tenha o menor sob sua autoridade pode exercer seus direitos de forma abusiva com tal prática. No entanto, os casos mais comuns da ocorrência da alienação parental estão ligados a situações de ruptura da vida conjugal, pois após a separação nem sempre o ex-casal consegue concretizar a separação emocional e continuam vivenciando os sentimentos de desilusão sofridos no casamento, realizando uma programação parental do

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menor, onde o filho é utilizado por um genitor como instrumento para atingir o ex-cônjuge. Tem-se que a Lei da Alienação Parental tratou primeiramente do conceito dessa alienação, mencionando as características do alienador e do ato da Alienação Parental. Apresenta ainda um rol exemplificativo e não exaustivo, de quais as atitudes adotadas pelo alienador, tipificando o comportamento da alienação. A Lei em comento deixa claro que tal atitude adotada pelo alienador, nada mais é que um abuso de poder, onde este dano terá efeitos por vezes irreversíveis na vida dessa prole. Vamos elucidar brevemente sobre os princípios constitucionais pertinentes ao tema: • Princípio da dignidade da pessoa humana: está previsto no art. 1º, III, art. 5º, I, art. 226, §6º, e o art. 227 da Constituição Federal. Já o art. 15 do Estatuto da Criança e do Adolescente é corresponsável pela previsão legal. Esse princípio é considerado a base da entidade familiar, advindo dele os sentimentos de respeito, compreensão, permitindo o desenvolvimento psicossocial de cada partícipe. • Princípio do melhor interesse da criança e do adolescente: esse é uma garantia do desenvolvimento pleno dos direitos da personalidade do menor, considerada diretriz para solução de conflitos oriundos da separação dos genitores. Originou-se pela Convenção Internacional dos Direitos da Criança, e posteriormente regulamentado no Estatuto da Criança e do Adolescente (DELFINO, 2009). • Princípio da prevalência e convivência familiar: regulamentados pela Lei n. 12.010/2009 - Nova Lei da Adoção. O alicerce para esses princípios estão previstos no art. 227 da Constituição Federal e art. 19 da Lei n. 8069/90. Tem-se que a criança e ou adolescente são sujeitos de direitos, devendo ser tratadas como tal, e onde o Estado tem o papel de empreender diligências suficientes para amparo dos direitos e garantias fundamentais de sobrevivência e desenvolvimento humano destes infantes. • Princípio da paternidade responsável: amparado pelo art. 226, § 7º da Constituição Federal. Este princípio orienta a intensa responsabilidade e a obrigação dos pais de proteger a convivência familiar, possuindo ligação com o princípio da dignidade da pessoa humana, o da convivência familiar e, principalmente, com o da afetividade.

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FORMAS DE ALIENAÇAO Segundo o § único do art. 2º da Lei 12.318/2010 considera-se alienação parental os atos declarados pelo juiz ou constatados por perícia além das seguintes formas exemplificativas praticadas diretamente ou com auxílio de terceiros: a) fazer campanha para desqualificar o genitor. Exemplo: falar para o menor que o outro genitor é pessoa que não merece confiança, que não é responsável, que é mentiroso, etc.; b) dificultar o exercício da autoridade parental. Exemplo: sujeito ativo (pai ou mãe) induz o menor a não obedecer ao outro genitor; c) dificultar contato de criança ou adolescente com genitor. Exemplo: genitor que tem a guarda não permite que o outro veja o menor, não permitindo o acesso a sua residência ou escondendo o filho; Não permitir contato telefônico do pai com o filho, proibindo até mesmo que o filho ligue para ele; d) dificultar o exercício da convivência familiar regulamentada. Exemplo: mãe que tem a guarda do filho e não obedece ou dificulta o horário de visitas regulamentado judicialmente programando, por exemplo, atividades maravilhosas para o dia em que a criança estará com o alienado; e) omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, com a intenção de dificultar a convivência com o menor. Exemplo: pai que tem a guarda do filho e não comunica à mãe informações importantes sobre a saúde da criança, sua situação escolar ou muda de endereço sem comunicar a mãe; f) apresentar falsa denúncia contra genitor ou familiares deste objetivando atrapalhar a convivência deles com o menor. Exemplo: genitor que acusa falsamente o outro de crime tais como abuso sexual ou maus tratos com o intuito de afastá-lo do filho; g) mudar o domicílio para dificultar a convivência do menor com o outro genitor ou familiares deste. Exemplo: mãe que se muda para outra cidade ou estado objetivando tornar difícil o contato do menor com o pai.

Alienação Parental ... Convivência

familiar não implica tão somente em coabitação, mas no dever que os pais têm de continuar presente na vida dos filhos..

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Na alienação parental são comuns as seguintes frases: Seu pai é um vagabundo e irresponsável, Eu me separei de seu pai porque ele me batia, Seu pai vive me perseguindo, Seu pai não dá dinheiro suficiente para manter vocês, Seu pai abandonou a família por causa de outra mulher, Sua mãe gasta com ela o dinheiro que eu mando para vocês, Sua mãe não cuida bem de vocês, Sua mãe não trabalha porque é preguiçosa, Sua mãe não gosta de vocês. Prejuízos psicológicos às crianças: A vinculação simbiótica entre a criança e o(a) alienador transforma-a em um estado semelhante ao de uma criança psicótica: o(a) alienador(a) fala, faz e decide tudo por ela; não tem autonomia, independência; assume o discurso do alienador (fenômeno do “pensador independente”); e sua consciência de tudo o que aconteceu, se surgir, será ausente ou tardia. E assim, com a alienação, a criança aprende a: • mentir compulsivamente; • manipular as pessoas e as situações; • manipular as informações conforme as conveniências do(a) alienador(a), que a criança incorpora como suas (“falso self”); • exprimir emoções falsas; • acusar levianamente os outros; • não lidar adequadamente com as diferenças e as frustrações = INTOLERÂNCIA; • mudar seus sentimentos em relação ao pai/mãe-alvo: de ambivalência amor-ódio à aversão total; • ter dificuldades de identificação social e sexual com pessoas do mesmo sexo do pai/mãe-alvo; • exprimir reações psicossomáticas semelhantes às de uma criança verdadeiramente abusada. • a) Apresentar distúrbios psicológicos como depressão, ansiedade e pânico; • b) Utilizar drogas e álcool como forma de aliviar a dor e a culpa; • c) Cometer suicídio; • d) Não conseguir uma relação estável quando adulta; • e) Possuir problemas de gênero, em função da desqualificação do genitor atacado; e • f) Repetir o mesmo comportamento quando tiver filhos. Porém, quando a criança, a qualquer momento, percebe que tudo o que ela vivenciou até o momento era uma farsa que interessava ao alienador, pode sentir culpa e remorso por ter agido de forma tão hostil ou esquiva ao pai/mãe afastado(a), e ódio ao(à) alienador(a), por ter se considerado uma “marionete” deste(a), chegando mesmo a pedir para ir morar com aquele(a) pai/mãe de quem ficou afastada tanto tempo, ou seja: a criança passa 10-15 anos de sua vida odiando um dos pais, e depois alguns outros anos odiando o outro!!!... Apesar do assunto já ter chegado aos nossos Tribunais Superiores, a lei 12.318, ainda, é pouco aplicada, perante o Judiciário. Isso decorre da falta de conhecimento específico, dessa Síndrome, e abrange não só advogados, como juízes, promotores, psicólogos e assistentes sociais. Revista Face Amigos

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“Alienação Parental é um fenômeno social em que crianças e adolescentes sofrem abuso psicológico para dificuldade ou destruir vínculos do filho com um dos genitores”. TIPOS DE PENALIDADES APLICADAS AO ALIENADOR Conforme disposição do Art. 6º da Lei 12.318/2010: 01. Advertência, como medida para prevenir ampliação dos atos de alienação. Essa penalidade deve ser usada, por exemplo, nos casos mais brandos; 02. Alterar o regime de convivência em favor do genitor alienado, como por exemplo, ampliar os dias e horários de visita em favor do alienado; 03. Multa, como forma de penalizar, por exemplo, o alienador financeiramente mais forte ou que usa o poder econômico para inf luenciar negativamente a criança ou adolescente; 04. Determinar acompanhamento psicológico ou biopsicossocial do menor com a finalidade de corrigir os ataques à integridade psicológica sofrida; 05. Alterar o regime de guarda como, por exemplo, de guarda unilateral para guarda compartilhada ou o contrário em favor do alienado; 06. Fixar cautelarmente o domicílio do menor quando o alienador tenta mudança de domicílio para afastar a criança ou adolescente do genitor alienado; 07. Suspensão da autoridade parental. Medida extrema para retirar do genitor ou responsável alienador a capacidade de exercer inf luência sobre o menor. IMPORTANTE: Conforme a gravidade do caso o juiz poderá aplicar, cumulativamente ou não, as penalidades acima sem prejuízo da decorrente responsabilidade civil ou criminal. Também poderá utilizar amplamente, instrumentos processuais aptos a inibir ou atenuar os efeitos da alienação. Constatada a alienação, caberá ao Juiz: a) Fazer com que o processo tramite prioritariamente; b) Determinar medidas que preservem a integridade psicológica da criança ou adolescente;

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“Não é correto os pais constrangem os filhos a acreditarem em mentiras”

c) Determinar a elaboração, urgente, de laudo pericial; d) Advertir o alienador; e) Ampliar a convivência da vítima com o genitor prejudicado, podendo-se até determinar eventual alteração da guarda para compartilhada ou, ainda, invertê-la; f ) Estipular multa ao alienador; g) Determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial. No tocante a essas medidas repressivas, nota-se que a lei não trouxe nenhuma inovação significativa, valendo-se de mecanismos, já, existentes nos art. 129, incisos III, VII, X c/c art. 213, parágrafo 2º do ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente. Nota-se que essas medidas, analisando-se caso a caso, poderão ser tomadas, independentemente, de eventual responsabilização civil ou criminal do alienador, levando-se em conta o grau de evolução da Síndrome de Alienação Parental e sua natureza punitiva. FONTES:Psicologado.com.br; Revista Âmbito Jurídico.com.br; Jus Navegandi.com.br; Jus Brasil.com.br e Migalhas.com.br

Alessandra S. Abreu, Advogada - Assessora Jurídica

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O

perfil do idoso mudou muito nos últimos tempos pode-se dizer que, na época dos nossos avós, o idoso recolhia-se ao seu aposento e vivia o resto da vida dedicado aos netos, à contemplação da passagem do tempo pela fresta da janela, a reviver as memórias e (re)lembrar e (re)contar as lembranças passadas. Relegava-se a pessoa idosa ao passado, ao ontem, não reservando um espaço digno e louvável ao indivíduo na velhice, no tempo presente. Havia (e ainda há) uma exclusão das pessoas idosas na construção do presente e do futuro da humanidade. O futuro foi sempre considerado dos e para os jovens. Hoje, desponta um novo tempo, pois os/as idosos/as têm uma vitalidade grande para viver projetos futuros (a curto prazo), contribuir na produção, participar do consumo e intervir nas mudanças sociais e políticas. Nós como Igreja, como Corpo de Cristo, precisamos combater toda desonra contra o idoso como um comportamento antibíblico, já que o evangelho não exclui, ao contrário, confere dignidade e traz novas perspectivas a

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http://mdemulher.abril.com.br/ imagem/saude/galeria/mulher-idosa-alzheimer-45654.jpg

O Evangelho não exclui...

todos os homens, temos que considerar que há um número crescente em nossas igrejas de idosos – fato recorrente em todo o mundo – será uma realidade cada vez mais presente no seu meio. É preciso investir na valorização do idoso enquanto ser individual e social, afinal a terceira idade também pode ser sinônimo de vida ativa e saudável e produtiva. Na velhice, o enfado ocorre geralmente como consequência da inércia, da ausência de objetivos e metas ou da carência de novidades.

É preciso investir na valorização do idoso. Quer queiramos quer não, todos nós estamos envelhecendo, dia a dia, desde aquele momento muito especial da fecundação. Não há como mudar isso. Se entrarmos nos 60 anos não há como evitar, lembre-se que a velhice é apenas uma nova fase da existência, a continuação da vida e não o início do fim de tudo. Revista Face Amigos


Não tenha medo de envelhecer. Aceite a sua velhice. Assuma tranquilamente. Essa aceitação sem inquietude lhe proporcionará um novo período de vida feliz e abençoada. Lembre-se “saber envelhecer é a grande sabedoria da vida”. Henri Frédéric Amiel escritor suíço, e uma sociedade que despreza os mais velhos é desumana e também imprevidente. O idoso já foi jovem e este será velho amanhã, se tiver a felicidade não morrer antes. Acertadamente há ditado de origem judaica “para o ignorante, a velhice é o inverno, para o instruído, é a estação da colheita”. Cabe a cada grupo não se julgar dono absoluto da verdade, que pode estar uns e ou com outros, ou com ambos. O respeito, o dialogo e a tolerância mútua, sustentados pelo vinculo do amor, são as virtudes que possibilitam esse entendimento. O idoso traz consigo uma bagagem de sabedoria e experiência. Ele já trilhou os caminhos que o jovem ainda terá de trilhar. Deixe o idoso saber o quanto você jovem, o ama. Diga-lhe palavras de carinho e apreciação. Mas faça isso enquanto ele está vivo, pois nada lhe valerá o seu discurso elogioso no velório. Se o idoso é uma senhora, dê-lhe flores, beije-lhe a mão. Dê-lhe um presentinho de vez em quando. Victor Hugo, o grande escritor francês, dizia: “os velhos tem tanta necessidade de afeto como de sol”. Se possível, evite internar o idosos numa ILPI, a menos que isso seja bem melhor para ele e não encontre nele oposição. Mas, qualquer que seja a decisão, jamais o abandone. Alguns idosos veem a ILPI como

a antessala do cemitério, e ficam deprimidos. Enquanto estiver ao seu alcance, cuide do seu idoso, ou contribua para que isso seja feito. Lembre-se da assistência que os familiares deram a Davi na sua velhice (I RS 1.1-4). Recorde os cuidados de Jose dispensou ao seu velho pai Jacó (Gn 45. 16- 46.8). Em síntese, nossa vida tem um fio condutor a ligar cada etapa uma à outra; cada fase deriva das anteriores. “Homem algum é uma ilha”, disse Thomas Merton. Assim cada qual precisa compreender o outro, encorajá-lo, amá-lo como a si mesmo, perdoá-lo, refletindo sobre suas próprias imperfeições... Que os idosos se respeitem e sejam respeitados, e que os jovens saibam viver hoje de maneira a construir um futuro digno e belo, como uma antecipação nesta vida, das bênçãos que nos esperam na presença eterna de Deus. “Por isso, tratar bem o idoso É meu, é teu, é nosso dever Não esqueça que o idoso de hoje Amanhã pode ser você, Basta ter vida em abundância E nem tão cedo morrer.” Joílton De Souza Oliveria

Joílton de Souza Oliveira é Fisioterapeuta, Acupunturista,Gerontólogo,

Presbº. Arnaldo da SilvaQuiroprata, Ferreira éTerapeuta Bioterista, palestrante e Massoterapeuta, Shiatsuterapeuta, Floral, Auriculoterapia, membro da Assembleia de Deus membro em Bonsucesso. professor de cursos de atualização profissional, palestrante, da Sociedade E-mail: arnaldodapaula@hotmail.com Brasileira de Alzheimer, Membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Formado no Senac e na ABACO (Academia Brasileira de Arte e Ciência Oriental) Presidente do Ministério Geração Calebe (www.ministeriogeracaocalebe.org). Revista Face Amigos

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http://files.wellingtoncastro. webnode.com.br/200000008-eaf2aebed0/jesus_madeiro.jpg

... m i m s ó p a r i v r e u q m é u g l a e S

N

osso Senhor Yeshua, o Messias [Jesus, o Cristo], estabeleceu algumas condições fundamentais para todos os que querem segui-lO, conforme está registrado no texto: Dizia a todos: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome o seu madeiro e siga-me” (Lucas 9.23). Para entendermos o que Ele quis dizer com “a si mesmo se negue” vamos ver a mesma passagem de Lucas 9.23 nas Boas Novas de Matitiyahu [Mateus]: “Desde esse tempo, começou Yeshua, o Messias, a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Yerushalayim e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos

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escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia. E Kefa, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá. Mas Yeshua, voltando-se, disse a Kefa: Arreda, Satan! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Elohim, e sim das dos homens”. (Matitiyahu/Mateus 16.21-23) Por meio deste contexto podemos entender o que o nosso Mestre quis dizer com “a si mesmo se negue”. Kefa [Pedro] não estava pensando nas coisas que são de Elohim, ou seja, ele estava colocando a sua própria vontade sobre a vontade do Eterno. Ele não queria que o Senhor Yeshua morresse, porém não entendia que se Ele não morresse não haveria salvação para a humanidade. Revista Face Amigos


Nosso Senhor Yeshua veio exatamente para morrer em lugar do pecador. Então nosso Senhor disse a todos: “Se vocês querem me seguir, se querem andar comigo, a primeira coisa que devem fazer é renunciar a tudo em vocês que não estiver de acordo com a vontade de Elohim. Vocês terão que abrir mão da própria vontade, negando-a, se ela não estiver de acordo com a vontade do Pai”. Este é princípio, o alicerce para o que virá depois, ou seja, o madeiro. Para entendermos a importância que nosso Senhor deu ao madeiro temos que ler, principalmente, o que Sha’ul, o emissário [Paulo, o apóstolo], escreveu em suas cartas, em particular em Ruhomayah/ Romanos 6, onde ele afirma que todos os que creem no Senhor Yeshua foram unidos a Ele em Sua morte no madeiro: “Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados no Messias Yeshua [em Cristo Jesus] fomos batizados na sua morte?” (Ruhomayah/Romanos 6.3)

... Levar a cada dia o madeiro nos dá a possibilidade de obter algo que vai muito além do perdão da culpa dos pecados. Segundo Ruhomayah 6 não foi somente o Messias Yeshua que foi executado no madeiro, mas nós também: “Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo...” (Ruhomayah/Romanos 6.4) Levar a cada dia o madeiro nos dá a possibilidade de obter algo que vai muito além do perdão da culpa dos pecados: A libertação do poder do pecado. “... sabendo isto: que foi executado no madeiro com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos; porquanto quem morreu está justificado [liberto] do pecado”. (Ruhomayah/Romanos 6.6.7)

“Em Yeshua temos a libertação dos nossos pecados...”

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Levar o madeiro é, pois, levar esta atitude de habitar na morte do Senhor Yeshua. Daí a sua importância. Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Elohim, em [união ao] Messias Yeshua. (Ruhomayah/Romanos 6.11) Apesar desta nossa morte com o Senhor ter sido de uma vez por todas, temos que retornar para ela “dia a dia”, a fim de podermos usufruir do seu poder contra o pecado. É nesse sentido que Sha’ul escreveu o texto: “Levando sempre no corpo o morrer de Yeshua, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo. Porque nós, que vivemos, somos sempre entregues à morte por causa de Yeshua, para que também a vida de Yeshua se manifeste em nossa carne mortal. De modo que, em nós, opera a morte, mas, em vós, a vida (Curintayah Beit/2 Coríntios 4.10-12). Ou seja, Sha’ul levava a cada dia o madeiro (o morrer de Yeshua) e, levando consigo essa atitude de morte para o pecado (Ruhomayah/Romanos 6.11), ele experimentava a manifestação da Vida do Senhor Yeshua em sua carne, por meio da Ruach HaKodesh [Espírito Santo]. Enquanto ele habitava na morte, a Vida era liberada para as pessoas com quem ele se relacionava (v12). Podemos ver uma boa ilustração sobre este processo nas Palavras de nosso Senhor Yeshua, em Yochanan/João 12.24-26: “Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto.

Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo preservá-la-á para a vida eterna. Se alguém me serve, siga-me, e, onde eu estou, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, o Pai o honrará”. O verso 24 é Ele indo para o madeiro, já o verso 26 é Ele convidando a todos os que O servem a segui-lO nesta morte no madeiro. Quanto mais o grão de trigo lança suas raízes para baixo, mas a vida surge em direção ao alto. Se lermos as cartas de Sha’ul vamos vê-lo falando sobre o madeiro em várias ocasiões, como, por exemplo, Curintayah Beit/2 Coríntios 5.14,15, Galutyah/Gálatas 2.19, Filipissayah/Filipenses 3.10, Colossayah/Colossenses 3.3. É desta forma, levando a cada dia o madeiro (a experiência de habitarmos na morte do Senhor), que poderemos ser libertos do poder do pecado, que insiste em nos fazer cativos de uma vida de rebeldia contra o Senhor e Sua vontade. Longe de querer esgotar o assunto, este artigo tem como objetivo apenas introduzir o tema na vida de todo o talmid [discípulo] do Messias Yeshua, para o desenvolvimento de sua salvação, de forma que ele possa atender as Palavras do Mestre: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome o seu madeiro e siga-me” (Lc 9.23). Que Elohim efetue em vós tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade.

Yossef Ben Yossef

http://seguindoomashiach.blogspot.com.br

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Convidado Especial

Com Emir Tavares

As pequenas Pedras

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ão as pequenas pedras que tanto nos incomodam. Ninguém perde seu tempo, ou sua energia física e emocional diante de uma pedreira, pois é algo sabidamente intransponível. Dentro da cultura judaica existe um ensino precioso: “Aquilo que não podemos mudar, simplesmente deixemos de lado”. O que machuca, o que maltrata, são as tantas e tão valorizadas pedrinhas. Sabemos que elas machucam. E como... Basta caminhar na areia da praia junto à água do mar. Como é prazerosa a caminhada até que nossos calcanhares comecem a sentir aquela dor fininha e penetrante... No nosso dia a dia não é diferente. Temos que saber enfrentar essas pedrinhas que teimam em nos desafiar. Temos que enfrentá-las de frente. Temos que encarar nossos problemas de frente e nada de ficar adiando coisa alguma, pois, a pedrinha de hoje pode se transformar naquele paredão de amanhã.

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As pedrinhas nos impedem de caminhar e de vermos as coisas como realmente são. Vemos apenas aquilo que nos interessa ver. Isso me fez lembrar de uma ilustração em que um grande rei com seu exército vencia todas as batalhas e trazia consigo um grande número de prisioneiros.

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... Quantas vidas foram ceifadas pelo simples fato de não deixarem as crendices de lado e dar um simples giro na maçaneta.

O rei lhes fazia a seguinte opção a fim de garantirem a sua liberdade: “Vocês estão vendo aquela porta? Basta abri-la para ganharem a liberdade ou, se preferirem, serão mortos pelos meus flecheiros”. A porta em questão era repleta de caveiras e de muito sangue respingado, dando um aspecto aterrorizante para quem a visse. Os prisioneiros, com medo, optavam pela alternativa mais fácil e eram mortos pelos flecheiros do rei.

Um dia um soldado íntimo ao rei, perguntou o que havia assim de tão aterrorizante atrás daquela porta. O rei simplesmente respondeu: “Abra e veja”. Sem alternativas e muito hesitante, o soldado obedeceu e lentamente foi abrindo a fatídica para a liberdade. Quantas vidas foram ceifadas pelo simples fato de não deixarem suas convicções de lado e dar um simples giro na maçaneta daquela porta. Pedrinhas são pedrinhas. Nada além disso.

Emir Nunes Tavares é Palestrante, Conferencista, Bacharel em

Teologia, Mestrado em Ciências da Religião e Pastor Ordenado pela CBN.

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O

dia estava tranquilo, quando o inesperado aconteceu e tudo mudou! Voltando do trabalho para casa, ontem, dia 12 de novembro, fiz sinal para o ônibus parar. Pareço com aqueles bonecos do posto de gasolina, porque levanto os braços, me sacudo, balanço a bolsa, tudo para o motorista ter dó e parar no ponto, onde diversas vezes ele não me vê. Será que não me vê mesmo? Bom, a verdade é que entrei no ônibus e depois de passar pela roleta, como sempre faço vou pedindo licença e indo para espaços mais vazios, onde pelo menos eu consiga me acomodar. Só que desta vez não foi possível. Tive que parar logo depois que paguei a passagem. Na minha frente estava um se-

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Trocando de Lugar

nhor de aproximadamente uns 70 anos. Ele estava em pé com uma bolsa de gel com gelo fazendo compressa no rosto. Olhei para ele e perguntei se ele queria sentar, quando ele sussurrou baixinho que não, que estava tudo bem. Perguntei se alguém tinha oferecido lugar para ele, e novamente ele sussurrou que não. Só me restou olhar para todos que estavam sentados e perguntar se alguém poderia fazer a gentileza de ceder o lugar para ele. Os que “estavam dormindo” caíram num sono mais profundo ainda, mas uma jovem se levantou rapidamente, me pediu desculpas e disse que não tinha visto mesmo, que estava “ligada” no celular. Agradeci e fiquei feliz em ver que aquele senhor estava um pouco confortável e pelo menos mais seguro. Revista Face Amigos


Precisei ouvir de algumas pessoas coisas como: “ele que pegasse um taxi”, “estou sentado no banco de idoso”, “a senhora está se metendo por quê?”. Quem me conhece deve imaginar que a coisa ficou um pouco delicada, mas não me intimidei e procurei tomar cuidado nas respostas. Ali mesmo, na minha pequenez, fiz uma oração para que Deus me ajudasse a conduzir a situação e tudo terminou bem, umas caras zangadas e outras de compreensão. Paciência, eu havia conseguido um lugar para aquele senhor sentar. Esse fato me fez parar e pensar em quantas vezes somos omissos com os problemas dos outros. Seja ele físico, emocional, financeiro ou espiritual.

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Quantas vezes deixamos de “levantar” para ajudar um irmão? Quantas vezes saímos da nossa zona de conforto para confortar o outro? Porque tratamos as nossas dores como se fossem as únicas e as maiores de todas as outras? Lógico que temos nossas fraquezas, mas precisamos vigiar.

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Tudo isto me lembrou de Jesus. Imagina se ELE morresse na cruz apenas por algum de nós! Jesus não selecionou ninguém. Morreu por todos nós. Foi grandioso e misericordioso com todos, enquanto nós, muitas vezes escolhemos para quem ceder o lugar, sem termos o trabalho de saber como aquela pessoa deve estar. É preciso que troquemos de lugar constantemente com nossos irmãos, e irmãos aqui, no sentido mais amplo da palavra. Não importa se é jovem, idoso, deficiente, se esbanja saúde, se é rico ou pobre. Nada disso tem importância. Todo mundo necessita de um pouco de atenção. Naquele ônibus, voltando para casa, repensei meus próprios sentimentos que andam em turbulência e percebi o quanto é fácil ignorar, julgar e fechar os ouvidos para o que realmente está em questão. O Espírito Santo, como me disse uma vez um Pastor, é um espírito de ação, de atitude, de iniciativa.

Senti-me constrangida ao perceber o quanto nós, e aqui, me incluo particularmente, estamos sem paciência e sem disposição de trocar de lugar com quem está ao nosso lado, seja no trabalho, em casa, na escola, na Igreja. Que o exemplo de Jesus continue vivo dentro de cada um de nós, a fim de que consigamos trocar de lugar com quem quer que seja. Jesus deu a sua vida por TODOS nós! Será que não podemos ajudar uns aos outros, levando um abraço, cedendo um lugar, dando uma nova chance, derramando perdão, assumindo que erramos? Que Deus nos ajude a trocarmos de lugar com o outro sempre que sentirmos vontade de simplesmente ignorar o que se passa a nossa volta.

Meu carinhoso abraço

Danielita Mendes da Silva é Bacharel em Comunicação Social (Publicidade e Prepaganda).

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