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Revista de informação ANO VI — Nº 72 OMNI EDITORA
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9,00
os 30 cearenses mais influentes
políticos, empresários & empreendedores, artistas & intelectuais, profissionais liberais
ISSN 1519-9533
REVISTA DE INFORMAÇÃO
EDITOR&PUBLISHER Luís-Sérgio Santos EDITOR SENIOR Isabela Martin Editor Associado Luís Carlos Martins EDITOR DE ARTE Jon Romano DESIGNER GRÁFICO Bruno Aôr EDITORES DE ARTE ASSISTENTES Eduardo Vasconcelos, Cinara Sá e Lívia Pontes WEBDESIGNER Germano Hissa REDAÇÃO Adriano Queiroz COLABORADORES Fernando Maia, Roberto Martins Rodrigues e Roberto Costa IMAGEM Agência Brasil, AE, Reuters REDAÇÃO E PUBLICIDADE Omni Editora Associados Ltda.
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14Ícone da narração
Durante 27 anos Cid Moreira foi a voz do Jornal Nacional, na Rede Globo. Mas nesses e nos outros 38 anos de carreira, sua inconfundível forma de narrar também ficou marcada no rádio, no cinema, em LPs, CDs, DVDs e agora até em iPad
os 30 cearenses mais influentes
políticos, empresários & empreendedores, artistas & intelectuais, profissionais liberais
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Rua Joaquim Sá, 746 n Fones: (85) 3247.6101 e 3091.3966 n CEP 60.130-050, Aldeota, Fortaleza, Ceará n e-mail: fale@revistafale.com.br n home-page: www.revistafale.com.br Fale! é publicada pela Omni Editora Associados Ltda. Preço da assinatura anual no Brasil (12 edições): R$ 86,00 ou o preço com desconto anunciado em promoção. Exemplar em venda avulsa: R$ 9,00, exceto em promoção com preço menor. Números anteriores podem ser solicitados pelo correio ou fax. Reprintes podem ser adquiridos pelo telefone (85) 3247.6101. Os artigos assinados não refletem necessariamente o pensamento da revista. Fale! não se responsabiliza pela devolução de matérias editoriais não solicitadas. Sugestões e comentários sobre o conteúdo editorial de Fale! podem ser feitos por fax, telefone ou e-mail. Cartas e mensagens devem trazer o nome e endereço do autor. Fale! é marca registrada da Omni Editora Associados Ltda. Fale! é marca registrada no Instituto Nacional de Propriedade Industrial. Copyright © 2010 Omni Editora Associados Ltda. Todos os direitos reservados. Impressão Gráfica Cearense n Impresso no Brasil/ Printed in Brazil. Fale! is published monthly by Omni Editora Associados Ltda. A yearly subscription abroad costs US$ 99,00. To subscribe call (55+85) 3247.6101 or by e-mail: df@fortalnet.com.br
ArenaPolítica TalkingHeads Online BrasíliaOff Blogosfera
18Os 30 mais influentes
A revista Fale! elaborou uma lista com os 30 cearenses mais influentes do ano de 2010
Vem aí O Livro do Ano 2009-2010. A história é de quem faz. O mais completo documento de 2009 e os cenários para 2010. Mais um lançamento da Omni Editora.
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52O Brasil tem fôlego?
A resposta de Henrique Meirelles, presidente do Banco Central é sim. Mas ele diz que é prematuro fazer qualquer prognóstico sobre a extensão da crise na Europa
58A estrela da Bienal
Maurício de Sousa nasceu em Santa Isabel, no interior de São Paulo, em 1935, e passou boa parte da infância na também paulista cidade de Mogi das Cruzes, onde começou a desenhar cartazes e ilustrações para rádios e jornais
SEÇÕES
8 Talking Heads 10 Arena Política
11 Online 12 Periscópio 69 Persona
capa: Jon Romano | bRUNO aÔR
foto Wilson Dias_ABr
ECONOMIA
imagem apoio à dilma Em Brasília, A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) realizou na Esplanada dos Ministérios a 16ª edição do Grito da Terra Brasil. Entre as reivindicações estavam mais dinheiro para o Plano Safra da Agricultura Familiar e o aumento do crédito agrícola. Cerca de 5 mil pessoas participaram do evento que serviu também para manifestar apoio à candidata do PT ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff.
“
O que procuramos foi uma maneira de operacionalizar o acordo. Aqueles que desprezarem o acordo por meio de sanções terão de arcar, assumirem outras responsabilidades. Nós assumiremos as nossas. celso amorim, ministro das relações exteriores do Brasil, em relação ao acordo intermediado pelo Brasil e a Turquia sobre a questão nuclear iraniana.
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TalkingHeads
Foto ROOSEWELT PINHEIRO_ABr
Foto Valter Campanato_ABr
EDIÇÃO Cinara Sá
Todo mundo tem apreço pelos aposentados. E no ano eleitoral aumenta o apreço de forma extraordinária.
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Lula está na TV faz mais de um ano pedindo voto para Dilma. Aqui no NE ela cresceu. Faz um mês e meio q não cresce... Lula continua falando. presidente nacional do PSDB, pelo endereço twitter/Sergio_ Guerra
O presidente da República não defende chapa dentro do PT em cada estado. O presidente geralmente acata aquilo que os companheiros do estado fizeram.
O tempo entre os
em entrevista ao jornal Correio Braziliense, ao ser questionado se faria campanha para os candidatos apoiados pelo PT em Brasília.
marcelo bloc,
jornalista do Portal Verdes Mares, pelo endereço twitter/ marcelobloc
Foto aNTONIO CRUZ_ABr
p r es i d en t e
Lula, você deu o que há de mais importante ao povo: esperança. O Brasil alcançou todos os objetivos do milênio.
O Ministério Público é instituição cada vez mais odiada no Legislativo e, em razão disso, vão se multiplicando a cada dia iniciativas que têm o objetivo de podar suas atribuições e prerrogativas e que são até certo ponto compreensíveis na medida em o parlamentar é alvo da atuação do Ministério Público. procurador-geral da República, afirmando que o MP não é bem quisto pelo Congresso Nacional por investigar os atos dos parlamentares
Roberto Gurgel,
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Josette Sheeram, diretoraexecutiva do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA), antes de entregar ao presidente brasileiro o título de “Campeão Mundial na Luta Contra a Fome”
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a l t a
O que Lula quer para o Brasil é o que nós [dos Estados Unidos] costumávamos chamar de sonho americano. Michael Moore,
documentarista, em seu texto de apresentação do presidente Lula na revista Time, que elegeu o presidente um dos líderes mais influentes do mundo
“Quando eu tenho previsto para entregar o cargo ao meu sucessor? Não tenho previsto isso. Não tenho sucessor no momento, nem está prevista sucessão.” hugo chávez, presidente da Venezuela, em sua visita ao Brasil
no final de abril. Quando indagado sobre o por que de não estar prevista a sucessão presidencial, respondeu que “É a Constituição”
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Na politica os vencidos aderem ao governo de plantão após as eleições.Fazer oposição pra que? vasques landim,
deputado estadual (PSDB-CE), pelo endereço twitter/ Vasques_Landim
O programa Ronda do Quarteirão, tão prometido em campanha como a solução da segurança, é um comprovado fracasso conta a violência. heitor férrer,
deputado estadual (PDT-CE) pelo endereço twitter/ Heitor_Ferrer
A cadidata do PT ao Palácio do Planalto concedeu entrevista à revista Istoé. A seguir, algumas de suas declarações
Hoje nós vemos de uma forma verdadeiramente terrível que a grande opressão da Igreja não vem de inimigos externos, mas nasce do pecado dentro da Igreja.
Acho imprescindível, para o patamar de crescimento atingido, fazer a reforma tributária. Não é proposta, é uma exigência.
papa bento xvi, sobre o escândalo de abusos sexuais cometidos por padres
Sobre o que faria de diferente do atual governo
Foto jarbas oliveira
O Serra representa os interesse de São Paulo, da plutocracia e seus aceclas. ivo gomes, deputado estadual (PSB-CE), durante entrevista ao
programa “Jogo Político”, da TV O Povo, acreditando que nordestino não deve votar em José Serra, candidato à Presidência pelo PSDB
Eu não vou pedir pra votar. Eu quero votar e vou votar na Dilma.
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ônibus é tão grande em #Fortaleza que todo dia vem gente perguntar se é greve....
idem,
d i l m a r o u sseff
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SÉRGIO GUERRA,
ao ser questionado se o reajuste de 7,7% nos benefícios da aposentadoria teria interesses eleitorais.
presidente lula,
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seç
idem
Foto Rogério Santana
É lógico que ele é meu amigo. Agora, que vantagem ele tem de ser meu amigo se ele está preso? Nenhuma. Não tem nada no Código Penal que diga que ter amigo é crime. O que não pode é acobertar atividade ilícita de qualquer um. E isso eu nunca fiz. Romeu Tuma Júnior,
secretário nacional de justiça, confirmando sua amizade com Paulo Li, investigado pela Polícia Federal e suspeito de ser o chefe da máfia chinesa em São Paulo, mas negando qualquer envolvimento com suas irregularidades.
Não quero sofrer nem perder mais tempo. O aparelho respiratório é a única coisa que me mantém viva. Mulher sueca de 32 anos, que desde os 6 anos de idade respirava artificialmente. No começo do mês, a Direção Nacional de Saúde da Suécia autorizou o desligamento do aparelho, o que se tornou o primeiro caso de eutanásia no país. www.revistafale.com.br
Olha, eu não namoro atualmente, apesar de recomendar para todo mundo. Acho que faz bem para a pele, para a alma, faz todo o bem do mundo. Quando questionada se estava namorando
Eu acho que, do ponto de vista de um governo, o aborto não é uma questão de foro íntimo, mas de saúde pública. Defendendo a criação de uma legislação que descriminalize o aborto
Acho que as mulheres estão preparadas para pleitear as suas respectivas candidaturas e o Brasil está preparado para as mulheres agora Sobre a presença de duas mulheres na disputa presidencial
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MICHEL TEMER É O VICE NA CHAPA DA CANDIDATA Dilma Rousseff Agora é pra valer. O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP) foi aclamado pela cúpula do partido como pré-candidato a vice na chapa de Dilma Rousseff (PT). A escolha foi confirmada em reunião na presidência do partido em Brasília. Além do nome de Temer como vice, também foi definida a data da convenção nacional do partido, no dia 12 de junho. “Como vice, serei extremamente discreto”, assegura Temer.
PRoberto Cláudio comemora recorde de transplante
O vice-líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Roberto Cláudio (PSB) comemora. O Ceará bateu recorde na realização de transplantes de órgãos em hospitais públicos. Só nos primeiros quatro meses deste ano, o Estado registrou 315 procedimentos. O dado indica que o número de doadores saltou de 11.3 por milhão de habitantes, em 2009, para 19.1 doadores por milhão de habitantes em 2010. A expectativa é de que, até dezembro, sejam realizados mais de mil transplantes. 10 | Fale!
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Online
Deslize ou marketing?
MARINA, TODA VERDE COM VICE DA NATURA
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lançamento da pré-candida-
tura da senadora Marina Silva à Presidência da República e do deputado federal Fernando Gabeira ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, pelo Partido Verde (PV) foi um evento bem midiático também por dois motivos: o discurso de apoio de Gilberto Gil a Marina Silva e o anúncio simultâneo do précandidato a vice-presidente na chapa de Marina. Aqui o nome anunciado foi o do empresário Gulherme Leal, presidente da empresa de cosméticos Natura. “As privatizações foram acertadas, tanto que não vi o presidente Lula se dispondo a revogar nenhuma delas. Mas faltou transparência, o que provocou prejuízos que a sociedade teve que pagar. Erros foram cometidos, mas o princípio estava correto”, disse Marina. “É só olhar para a história do telefone fixo. Existia fila para ter um e hoje esse problema foi debelado.” O PV de Fernando Gabeira sairá coligado com o PPS, o PSDB e o DEM na chapa estadual. O candidato a vicegovernador será o ex-deputado federal Márcio Fortes, do PSDB. Os dois candidatos ao Senado Federal são o ex-
A senadora Marina Silva, candidata a presidente pelo Partido Verde deputado Marcelo Cerqueira, do PPS, e o ex-prefeito do Rio César Maia, do Democratas. Gabeira afirmou que sua candidatura surge como opção às do governador Sérgio Cabral (PMDB), que tentará a reeleição, e do ex-governador Anthony Garotinho (PR). O pré-candidato do PV disse esperar que haja na campanha um debate de alto nível sobre o futuro do Rio de Janeiro. “O Brasil é uma potência ambiental e precisa fazer jus a isso. Estamos fazendo uma aliança para um Brasil justo e sustentável”, disse Marina sobre a escolha do seu vice.
Avaliação positiva do governo Lula bate recorde e chega a 76,1% A popularidade do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiu o maior índice desde 2003, com 76,1% de avaliação positiva, segundo pesquisa CNT-Sensus divulgada na segunda quinzena de maio. A pesquisa diz que 19,2% dos entrevistados avaliam o governo Lula como regular. Outros 4,4% classificam a gestão como negativa. A a avaliação pessoal de Lula chega a 83,7%, abaixo apenas do levantamento de www.revistafale.com.br
janeiro de 2009, quando o desempenho pessoal do presidente foi aprovado por 84% dos entrevistados. De acordo com a pesquisa, 13,1% dos entrevistados dizem que desaprovam o atual presidente. A popularidade de Lula pode ter reflexos na disputa eleitoral. O CNT-Sensus mostra que 60,8% dos brasileiros estão dispostos a votar no candidato à Presidência da República apoiado por Lula. Cerca de 20% disseram que não votarão em candidato de Lula.
O que deveria ter sido revelado apenas no mês de junho acabou sendo “descoberto por acaso”. O possível protótipo da quarta geração do iPhone, fabricado pela Apple, caiu nas mãos do site Gizmodo, especializado em tecnologia, por conta do “descuido” de um funcionário da empresa de Steve Jobs. O engenheiro de software Gray Powell estava em um bar na cidade de Redwood, na Califórnia, quando esqueceu o aparelho na hora de ir embora. Uma pessoa encontrou o aparelho e o vendeu para o site de tecnologia. Uma história pouco provável diante de todo o sigilo que a empresa mantém sobre seus produtos. Um caso parecido aconteceu também no Vietnã, mas só no primeiro caso a Apple conseguiu ter de volta o aparelho. O episódio levantou rumores de que seria uma tática de marketing viral da empresa. De qualquer forma, o fato revelou alguns detalhes sobre o iPhone 4G. Primeiro, o design: o aparelho é mais fino que o anterior, com a arestas mais retas, possui a
Rede Acadêmica
Seguindo a atual onda de redes de relacionamento, o Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) elaborou o Follow Science, rede social muito parecida com a estrutura dos populares Orkut e Facebook, permitindo que os usuários tenham amigos, enviem mensagens e divulguem fotos. Mas com um diferencial: o conteúdo. Como o próprio nome sugere, o site se propõe a ser um espaço de discussão acadêmica. Alunos, professores e pesquisadores de qualquer lugar compartilham ideias sobre ciência, política, saúde e afins, podendo publicar notícias, trabalhos, artigos e datas de eventos ligados a esse universo. Para qualificar o conteúdo, os usuários avaliam e votam nos materiais disponíveis. O cadastro é gratuito e aberto a todos que queiram se atualizar do que acontece na comunidade acadêmica. O endereço é www.followscience.com.
lateral feita de metal e a parte traseira de cor preta e não mais metálica. Além dessas mudanças mais visíveis, o novo iPhone apresenta câmera frontal para videoconferência, câmera traseira com flash, botões laterais para controle de volume, tela com maior resolução e entrada para cartões MicroSIM - como no iPad. Seus componentes externos foram minimalizados para que a bateria 16% maior - e com maior duração - tivesse espaço garantido. A tese de estratégia de marketing é também duvidosa por entender que a marca não precisa disso, ainda mais por correr o risco de ter algum ideia “roubada” por concorrentes. Surge outra possibilidade, então: roubo. Quem sabe o caso irá esfriar, o novo iPhone será lançado oficialmente e tudo será, pelo menos parcialmente, esquecido. Mais uma tese.
Buscas refinadas
O site do Google recebeu algumas mudanças na organização dos seus resultados. Novas ferramentas surgiram, como a filtragem por períodos de tempo específicos; o “Something Different” – que fornece conteúdos relacionados à busca feita – e uma barra lateral que separa as buscas por canais - Tudo, Notícias, Imagens, Vídeos, Mapas, Livros, Blogs, Atualizações e Discussões. O serviço para smartphones – Android e iPhone – também está mais refinado, com a opção das categorias News, Products, Past 24 Hours, entre outras. Além das buscas mais consistentes, outra novidade está nos elementos do design do site: foram retocados os botões e a logomarca, que agora se apresenta sem o antigo sombreamento. É com essas mudanças — e talvez com outras mais ao longo do ano – que o Google irá completar, em dezembro, 12 anos de atuação na Internet.
O QUE É NOVO
Câmera super colorida. A Pentax lançou
uma nova versão da câmera K-x DSLR. Bastante colorida, a Pentax Rainbow K-k, foi elaborada em parceria com a Tower Records Japão. Com tela de 2.7”, 12.4 megapixel, captura de vídeo HD widescreen
Poesia de Vinícius
O acervo completo da poesia de Vinícius de Moraes, está disponível no site da Biblioteca Brasiliana USP (www.brasiliana. usp.br). São 15 livros do poeta, doados pelo bibliófilo José Mindlin, que possuem acesso livre. Entre eles estão sua primeira publicação, “O caminho para a distância" (1933) e o popular “Livro de Sonetos” (1957).
(720p), possui sistema de auto-foco 11-point wide angle SAFOX VIII. A câmera, em edição limitada, tem apenas mil unidades para venda, custando R$1.400 e está disponível no site www.tower.jp.
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Para vigiar tiranos
A Anistia Internacional criou uma rede social dedicada a vigiar as ações dos líderes mundiais que mais desrespeitam os Direitos Humanos. O Tyrannybook, em referência ao Facebook, foi criado com o intuito de aproveitar a visibilidade das redes sociais para ampliar as discussões sobre as causas de violações dos direitos humanos e, assim, promover uma maior conscientização em torno do assunto. Os usuários acompanham as ações dos líderes através de perfis, que são fornecidos e atualizados pela Anistia e podem contar com a colaboração dos próprios usuários. Os usuários podem escolher quem vigiar, podendo tornar-se aliados entre si e abrir discussões. Inicialmente, são dez líderes “tiranos” que possuem perfil no site, entre eles Mahmoud Ahmadinejad, do Irã, e Hu Jintau, da China. maio de 2010 | Fale
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ArenaPolítica
Os confiáveis
Não ficará vazio nenhum no potencial político de Ciro Gomes. O chefe do Clã Ferreira Gomes já fez a divisão dos seus votos para eleger três deputados federais da sua mais absoluta confiança: Patrícia Saboya, sua ex-esposa, o padre José Linhares, exadversário e aliado confesso hoje, e o “enfant gaté” Oman Carneiro, amigo de infância.
Elas por elas
Se o PMDB quer a retirada da candidatura senatorial do deputado José Pimentel, o PT não fica atrás. Próceres do partido estão defendendo também a retirada da candidatura do advogado Helio Leitão, do PC do B, para apoiar o seu candidato. Em tempo: os petistas não fazem segredo. Se a candidatura de Pimentel for rifada, o partido não votará em Eunício Oliveira.
A prova
O PT quer que o governador Cid Gomes participe da convenção que homologará os nomes dos candidatos a vice governador e ao Senado, entrando no ambiente lado a lado, de mãos dadas com Vladimir Catanho, José Pimentel e Eunício Oliveira. O partido entende que isso seria uma demonstração inequívoca de compromisso público para cessar toda e qualquer dúvida.
Ficha suja
Caberá ao líder do governo, senador Romero Jucá, encaminhar a votação que proibirá a participação nas eleições de políticos de ficha suja no Senado Federal. Meu Deus, logo quem. A ficha do Romero em questão é mais suja do que pau de galinheiro. O que se lamenta é que o Planalto o tenha encarregado de fazer o serviço sujo, entravando a votação do projeto Ficha Limpa. 12 | Fale!
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Nó górdio, versão atualizada
A
decisão do governador Cid Gomes de dar a sua palavra final a respeito do contencioso político-sucessório nos últimos dias de junho, deixou muita gente com uma pulga atrás da orelha. Quem o conhece sabe que mesmo sendo da jovem guarda política, não é inexperiente e nem um “enfant terrible” que deixa de pensar e decide sob pressões. Matreiro, cultiva o habito de trabalhar com planilha no computador a sua frente estudando as variantes do jogo político, como se fosse enxadrista. Afinal não é mistério para ninguém a sua grande habilidade de unir contrários. A força política que agregou sob a sua liderança é uma prova cristalina do seu jogo de cintura. Fez coisa que nem Virgilio Távora, o mais arteiro e poderoso político cearense conseguiu. Távora era também um estudioso enxadrista que aplicou na política conhecimentos estratégicos que trouxe da academia militar de Agulhas Negras, onde se graduou com louvor oficial do exército. Cid graduou-se na academia do seu pai, o advogado José Euclides, um pensador que resistiu a força do Padre Palhano de Saboya, protegido de Dom José Tupimambá da Frota, bispo de Sobral e homem mais influente do Ceará, a sua época. Não é fácil ter ao seu lado quase toda uma Assembléia Legislativa, uma bancada federal, o PSB,
De olho no Frangolândia
o PMDB de Eunício Oliveira, o PSDB do senador Tasso, e uma miríade de outros partidos, inclusive o PT. Com todas as cartas e todo o poder que reuniu está pronto para dar o “xeque mate” desse jogo no momento em que achar conveniente. O PT deve ter a consciência de que se ficar afastado de Cid, ficará fora do governo e perderá posições penosamente conquistadas. Vale lembrar um pouco a história para compararmos a dimensão do problema enfrentado por quem terá de decidir no momento certo. No século VI, AC, um camponês chamado Górdio havia tomado o trono e não tinha herdeiros, atou a sua carroça a uma coluna do templo de Zeus com um complicadíssimo nó. Quem o desatasse seria o senhor da Ásia. Só 500 anos depois, o jovem Alexandre, um simples capitão dos exércitos do seu pai, Rei Felipe da Macedônia, foi até lá e com golpe de espada desfez o nó conquistando toda a Ásia Menor. O PT atou a sua “carroça” com o deputado José Pimentel a bordo, na coluna de sustentação da chapa sucessória e pressiona o governador ameaçando romper uma aliança que teve início em Sobral, a Macedônia de Cid, desde que ele lançou-se candidato a prefeito. E de lá até os dias de hoje, são quase 20 anos de parceria. Existem compromissos com o PT, mas também há limites de tolerância para quem tem a espada na mão. n
O grupo Cencosud, do alemão naturalizado chileno Horst Paulmann, está interessado em adquirir a rede de supermercados Frangolândia com 9 lojas no Ceará. Ainda pouco conhecido no Brasil, Paulmann começou uma carreira de sucesso em 1980, no Chile, e no final de 2009, com faturamento de 11 bilhões de dólares, viu seu conglomerado de empresas de varejo superar momentaneamente o Pão de Açúcar, de Abílio Diniz, assumindo a liderança na região e ingressando na recente lista de bilionários da revista Forbes. O Cencosud fez suja estréia no Ceará adquirindo o Superfamília por R$75 milhões. Chamado de “trabajólico”, (louco por trabalho) esse alemão controla redes varejistas em cinco países na América do Sul, somando 810 pontos de venda. www.revistafale.com.br
Sem PT
Rigorosamente certo. Ciro Gomes não abriu mão da sua participação na política cearense e deverá continuar sendo o maior cacique situacionista do estado, dividindo com o amigo Tasso Jereissati o bolo do poder estadual, sem incluir o PT. O lado petista onde a família estende o seu domínio de poder político fica por conta do governador Cid Gomes, que sempre manteve com esse partido, desde a sua primeira eleição a prefeito de Sobral, estreita relação.
Maturidade política
O pouco barulho do bloco do desgosto na AL pode ser explicado como deferência ao deputado Ivo Gomes, que vem demonstrando um comportamento impecável, excepcional maturidade no relacionamento com seus colegas, indiferente de cores partidárias. Dele sempre se espera uma palavra de orientação que às vezes vem como conselho e outras vezes como advertência, sem nunca ser imperativo, respeitando sempre a individualidade dos seus interlocutores.
Vício de origem
A prefeitura de Fortaleza devolveu à Câmara dos Deputados, R$ 290 mil de emendas da deputada Gorete Pereira, para a construção de rampas e embelezamento arquitetônico na Catedral Metropolitana. Justificou que não aplica recursos de emendas com vício de origem. Como “vício de origem”, leia-se dinheiro destinado a beneficiar causa religiosa de qualquer espécie: dos que crêem no Deus da Igreja Católica, no Deus dos Evangélicos, ou no Deus do Islamismo.
Leizinha
Estão encurralados às vésperas das eleições, presidentes de Câmaras e prefeitos municipais. A tal “leizinha” de Responsabilidade Fiscal acabou com o pulo do gato, deixando os administradores da coisa pública sem opção para dar um jeitinho de ajudar aos amigos.
O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares terá que devolver aos cofres públicos R$ 164,69 mil que recebeu em salários da Secretaria Estadual da Educação quando morava em São Paulo e ficou sem trabalhar à disposição do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás — Sintego. Delúbio foi condenado pelo Tribunal de Justiça de Goiás, que também determinou a perda do cargo público e cassou por oito anos os direitos políticos do ex-petista. Quer dizer, potencialmente o extesoureiro não poderá disputar cargos eletivos.
Dor de cabeça
Pelo ralo
É enorme o vazamento de renda na área da saúde municipal, para os planos de saúde. A Unimed, a Amil e o Hap Vida, especialmente, mandam os seus pacientes de traumatologia para o IJF, recebem o dinheiro deles, mas não repassam para o município. Com os pacientes do estado há uma tolerância que não pode nem deve ser estendida à rede privada.
ministro das Relações Exteriores, sobre possíveis sanções da ONU contra o Irã
Celso Amorim,
DELÚBIO EM XEQUE
Sem molejo
Roberto Porto, presidente do Sinduscon vem sendo duramente criticado por alguns empresários do setor, que o acusam de não ter tido a necessária competência para aproveitar os recursos do programa Minha Casa Minha Vida. Porto não soube administrar o poder dos políticos regionais junto ao Planalto para amaciar o excessivo rigor burocrático da Caixa Econômica Federal. Sabe-se que pelo menos dois senadores estavam sensíveis ao problema, mas não foram solicitados em nenhum momento. O presidente é considerado um empresário modelo, mas falta-lhe jogo de cintura.
Não acho positivo ficar fazendo ameaças. Acho também que, se o Irã for inteligente, não dará bola para isso e continuará fazendo o que tem que fazer.
A grande preocupação do governador Cid Gomes é com o candidato do PT a vice-governador. Tem dormido mal só em pensar que terá de entregar o poder por dois anos a um executivo que nunca subiu em um palanque para disputar votos. O candidato da sua preferência é Camilo Santana, único petista a quem confiaria a segunda etapa do seu consulado.
UMA PROPOSTA INDECENTE
O PMDB acaba de fazer uma proposta considerada “indecente” pelos petistas do Ceará. Não fará mais restrições a uma candidatura senatorial do PT, desde que o candidato não seja o deputado e ex-ministro José Pimentel. Outro nome de menor densidade eleitoral que possa dar ao deputado Eunício Oliveira a chance de se gabar de vencer uma eleição bem disputada, será bem-vindo. www.revistafale.com.br
regra do jogo
Um integrante da campanha do presidenciável José Serra dá o tom do programa do PSDB. Será abertamente eleitoral, como foi o do PT. “Se essa é a regra do jogo, é nela que vamos jogar. O Pelé foi o maior jogador do mundo, mas foi o único que quebrou a perna de três adversários. Se batessem nele, ele revidava. É assim que vamos agir.” maio de 2010 | Fale
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Periscópio FERNANDO MAIA
10Perguntaspara
Fátima Sampaio Moreira e
CID MOREIRA
Chico Gadelha
Durante 27 anos ele foi a voz do Jornal Nacional, na Rede Globo. Mas nesses e nos outros 38 anos de carreira, sua inconfundível forma de narrar também ficou marcada no rádio, no cinema, em LPs, CDs, DVDs e agora até em iPad. Estamos falando de Cid Moreira, um dos maiores ícones da televisão brasileira, que aos 82 anos finalmente ganhou uma biografia. A autora do livro “Boa Noite - Cid Moreira, A Grande Voz da Comunicação no Brasil” foi a jornalista cearense e esposa do apresentador, Fátima Sampaio Moreira. Fale! conversou com os dois durante a IX Bienal do Livro do Ceará, em abril. Por Adriano Queiroz
E
Nos dez primeiros anos de carreira viveu a chamada “era do ouro” do rádio. Logo depois chegou ao cinema, onde foi locutor de cinejornais e documentários, além de ter atuado no filme “Angu de Caroço”, em 1955. Entre o fim da década de 1950 e o início da década de 1960, ficou celebrizado no noticiário de cinema Canal 100. O principal destaque e a novidade do cinejornal eram os ângulos em close dos lances, nas partidas de futebol. Sua estréia, na futura todo-poderosa emissora de tv, se deu no dia 1º de setembro de 1969, ao lado do falecido jornalista Hilton Gomes. Era o auge da ditadura militar no Brasil e na mesma semana em que o JN estreou teve a delicada tarefa de noticiar o seqüestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick, pelo MR-8. Dias depois, seu companheiro de bancada, teve de ler, em cadeia nacional, o manifesto do grupo revolucionário, como exigência dos militantes para libertar o diplomata. 14 | Fale!
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Ele é um cara muito franco, muito claro. [...]Ele não faz meio tempo, não faz gênero. Fátima Sampaio Moreira,
esposa e autora da biografia de Cid Moreira
Dessa época até sua despedida do telejornal de maior audiência do país, ele noticiou cinco viagens do homem à Lua, o acirramento do regime autoritário brasileiro com Médici e o início da distensão política com Geisel, a conquista do tri e do tetracampeonato de futebol masculino pelo Brasil. Também narrou a campanha pela Anistia e pelas “Diretas Já”, a eleição e a morte de Tancredo Neves, a promulgação da Constituiwww.revistafale.com.br
ção de 1988, o Plano Cruzado e o Plano Real, o fim da Guerra Fria e a primeira Guerra do Golfo. Apaixonado pela profissão, Cid revelou que entre as notícias que mais o comoveram esteve o registro, ao vivo, da morte de um cinegrafista, atingido por balas perdidas em conflitos políticos na América Central, que tentou resistir aos graves ferimentos e registrar os fatos enquanto pôde. Como fato mais constrangedor, esteve a narração do direito de resposta concedido ao então governador do Rio de Janeiro, e desafeto político dos “Marinho”, Leonel Brizola. Aliás, foi a narração de tantas notícias negativas o que o aproximou da espiritualidade. Em 1994, o apresentador teria feito um juramento pessoal de que passaria a se empenhar em levar “a notícia do Evangelho”. De fato, ao longo da carreira, mesmo antes desse fato, foram diversas gravações de cunho religioso ou motivacional. O primeiro foi a “Desiderata”, gravada em 1975 no formato EP – intermediário entre single e LP. Depois fez gravações também para os católicos e para os adventistas, além de ter narrado um documentário sobre Jerusalém, em 1999, e o Novo Testamento em 2002 – em onze discos. Há cerca de seis anos começou o mais ambicioso projeto na linha sacra: gravar a Bíblia na íntegra e em linguagem atual. O projeto acabou surpreendendo o próprio Cid Moreira, no que diz respeito à rapidez da evolução tecnológica. O que ele projetou inicialmente para ser registrado em dezenas de CDs, coube em apenas nove. Isso sem falar na versão para DVD, que foi compilada em apenas dois discos, e na versão para iPad, que ele cita com entusiasmo. No total, estima-se que as gravações religiosas de Cid já venderam mais de 30 milhões de cópias. A saída do Jornal Nacional e a maio de 2010 | Fale
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le começou a vida profissional lidando com os números, mas foi com a voz que ele conduziu sua carreira até chegar ao Guiness Book, o livro dos recordes. Cid Moreira é o “âncora” a ter permanecido mais tempo à frente de um mesmo telejornal em todo o mundo, foram 27 anos, entre 1969 e 1996, no Jornal Nacional JN, da Rede Globo. Contudo, bem antes de iniciar sua carreira televisiva, ele já impressionava os colegas de trabalho na rádio Difusora de Taubaté, cidade onde nasceu, em 29 de setembro de 1927. Trabalhando como contador da emissora paulista, foi convidado para ser locutor, em 1947. Sua habilidade vocal e seu talento interpretativo nato seriam demonstrados nos 22 anos seguintes, até a chegada ao JN. Desse período Cid lembra que teve “muitos ídolos” nos quais se inspirou. “Mas depois você vai ganhando espaço também e vai assumindo esse papel. Você começa a se transformar em ídolo de quem vem vindo depois”, diz com a serenidade de quem fez sucesso em tudo o que empreendeu.
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Fale! Além da voz o que mais te impressionou na figura humana e profissional do Cid Moreira? Fátima Sampaio Moreira. Voz bonita muita gente tem. Uma das coisas que mais me emociona no Cid, fora a determinação, é a honestidade dele. Ele é um cara muito franco, muito claro. Ele não tem meias palavras, então quando ele te elogia você pode receber com muita alegria, porque ele estará sendo muito sincero. Ele não faz meio tempo, não faz gênero. Outra coisa bem legal que eu vejo nele, é que ele nunca precisou participar de reuniõezinhas ou de festas que não gosta, ou fazer coisas que não gosta para se manter na profissão. O próprio trabalho dele é tão bom que o manteve sem precisar fazer jogos sociais de interesse. Eu acho isso um raro exemplo no meio. Fale! Como surgiu a idéia de escrever uma biografia sobre o Cid Moreira? Como foi o processo de pesquisa para redigir esse livro? Fátima Sampaio Moreira. Quando eu comecei a conhecê-lo. Automaticamente, quando as pessoas se amam e estão começando um rela16 | Fale!
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Gravar a Bíblia foi um trabalho que levou quase seis anos, mas foi um trabalho que ficou muito bom e inclusive está inserido no mais novo aparelho tecnológico de comunicação, que é o iPad. cid moreira
cionamento elas contam suas histórias umas para as outras, com mais ou menos detalhes, mais ou menos emoção, dependendo do que for. Assim, eu posso dizer que começou o livro. Mas efetivamente, profissionalmente, com pesquisa séria, com dados, busca na internet, busca nos livros, entrevistas com os profissionais da área dele, isso levou uns dois anos mais ou menos. Eu tive de fazer primeiro uma espinha dorsal do livro com o que ele foi me contando. Não é um livro linear. Não é um livro que fica preso ao esquema infância, juventude, maturidade. Ele vai e volta como uma boa memória, como uma boa conversa. Quantas vezes a gente não faz uma reflexão que vai e volta? Eu acho até gostosa essa sensação de não ser linear. E houve muita pesquisa, os amigos dele falaram, pesquisei no Globo Memória. Para conseguir autorizações do uso de fotos, eu levei uns seis meses. Fale! Que critérios você usou de filtro para condensar os 65 anos de carreira e os 82 anos de vida do Cid Moreira? Fátima Sampaio Moreira. Eu sou jornalista e nós trabalhamos muito com a manchete, o abre, o começo, o meio, o fim. Então é um hábito da gente. Só que nesse caso era como uma reportagem mais prolongada. Trabalhei aqui no Jornal O Povo, por sete anos, fiz um monte de caderno, trabalhei como free lancer e ralei muito, como todos nós repórteres, como todos nós operários da nossa profissão. Eu fui fazendo www.revistafale.com.br
assim: o que dava emoção a ele, quando ele estava me contando, o que mais o tocava, foi o importante para que eu estivesse colocando um fato no livro. Porque afinal eu estava vendo a vida dele e os fatos importantes no País, que estavam acontecendo em torno desse período de desenvolvimento da vida dele, através dos olhos dele. E como ele é um cara que passou por diversas fases, é interessante contar essas histórias, porque os jovens não podem imaginar, por exemplo, o valor da “era de ouro” do rádio. É muito rica essa fase. Ele também foi menino, teve sonhos, lutou. O que diferencia é só o tempo longo de vida, que lhe deu bastante experiência, mas os sonhos, a vontade de obter realização são os mesmos. Fale! Você viveu a “era do ouro” do rádio e os primórdios da televisão, quando se dizia que um veículo ia acabar com o outro. Como foi essa migração? E o cinema que papel teve nos primeiros vinte anos da sua carreira? Cid Moreira. Como agora estão dizendo que a internet vai acabar com a televisão. Não creio, eu acho que há lugar para todo mundo. A minha fase no rádio foi de um pouco mais de dez anos. E daí eu passei para televisão. Nesse período inicial da televisão, como o veículo ainda não tinha conquistado o seu lugar, os jornais de cinema tinham grande destaque porque noticiavam não só sobre o país, mas até sobre o cenário internacional. Era comum você ir ao cinema assistir telejornal. Muita gente ia ao cinema, assistia aos jornais e nem via os filmes. Eles queriam saber das notícias. Eles tinham acesso às notícias nacionais e internacionais através dos jornais de cinema. Eu vivi essa época. Só aos poucos a televisão foi ganhando espaço, devagarinho e tal. Eu me lembro que na época do “Canal 100” era uma correria danada. Aliás, o “Canal 100” se destacou pelos closes que fazia dos jogadores. Mostrava em close a expressão de alegria na hora em que marcavam um gol e até de tristeza deles, como quando o goleiro levava um gol. Então isso era sensacional na época. Mas, evidentemente, depois veio o crescimento da TV com essa rapidez
Lançamento. Fátima e Cid receberam fãs e autografaram o livro “Boa Noite – Cid Moreira, A Grande Voz da Comunicação do Brasil” na Bienal do Livro. foto Chico Gadelha _ DIVULGAÇÃO própria do veículo. Os profissionais que faziam o cinejornal “Canal 100” tinham a preocupação de sair correndo para o laboratório para revelar aquele filme depois que acabava o jogo para que na segunda-feira já estivesse nos cinemas. Isso era uma luta tremenda e às vezes eu tinha de gravar de madrugada para que houvesse a condição do pessoal assistir no dia seguinte. Com a televisão você tem as imagens na hora em que o fato está acontecendo em qualquer parte do mundo. A televisão foi ganhando espaço e infelizmente, no caso do jornal de cinema, ele foi quem saiu perdendo, não há dúvida. Fale! Quem eram os seus ídolos no início da carreira? Como você se sente ao ser apontado como ídolo de gerações de apresentadores? Cid Moreira. Eu vou fazer 83 anos, então os meus ídolos já se foram, há muito tempo. Mas realmente eu tive muitos ídolos e me baseei neles para chegar até aqui. Mas depois você vai ganhando espaço também e vai assumindo esse papel. Você começa a se transformar em ídolo
de quem vem vindo depois. Fale! O que mais mudou em 65 anos de profissão? Cid Moreira. Eu acho que no mundo tudo se transforma, como diz a lei de Lavoisier. Tudo vai evoluindo constantemente. Eu vou citar só um exemplo, as câmeras quando eu comecei a dar os primeiros passos na televisão eram tão grandes que você não enxergava nem o cameraman, ele sumia atrás dela. Hoje você vê como elas são pequenininhas. É o que acontece com tudo. Por exemplo, eu estou participando de um lançamento mundial, que é o iPad e você tem ali naquele aparelho a Bíblia na íntegra, de Gênesis ao Apocalipse. Ali tem o áudio, tem também o texto inserido nele, tem um documentário que eu fiz em Jerusalém, inserido ali também. A tecnologia vai evoluindo e vai pegando um pedaço de tudo, do cinema, do teatro, do rádio e todo mundo colabora. Fale! E em termos de linguagem jornalística, qual a principal diferença entre o estilo de apresentar um telejornal hoje com o dos anos www.revistafale.com.br
60 e 70? Cid Moreira. A linguagem jornalística tende à descontração e os próprios jornais estão mostrando isso aí. Eles estão cada vez mais descontraídos, mais informais e quanto mais simplicidade você tiver ao narrar uma notícia qualquer, mais você vai atingir o objetivo. Aquela formalidade é coisa antiga. Sei lá, acho que isso são fases. Muita gente gostava porque só existia aquilo. Mas essa modificação é necessária. O caminho é esse. O Jornal Nacional, na minha época, nas três décadas em que eu fiquei na bancada, era encarado de outra maneira e depois que eu sai continuou dessa maneira também. Agora, há pouco tempo foi que começou essa descontração. Falam, um olha para o outro. Antigamente não tinha isso e eu acho muito bom como está agora. Fale! Que conselho daria aos que estão ingressando hoje na profissão? Cid Moreira. Se dedicar muito. Para vocês terem uma idéia pelo menos eu, me dedico 48 horas por dia. Esse é o meu conselho. n maio de 2010 | Fale
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intensificação dos projetos ligados à religiosidade, não puseram fim à ligação do profissional com a Rede Globo. Desde que deixou o telejornal, Cid gravou muitos quadros para a revista eletrônica dominical, “Fantástico”. O quadro de mais êxito, nessa segunda fase televisiva, foi provavelmente o “Mister M”, exibido em 1999, no qual Cid apresentava as revelações que o ilusionista norte-americano Val Valentino fazia do mundo da mágica. Foi um pouco depois daí que o locutor conheceu a jornalista Fátima Sampaio, em um torneio de tênis no Ceará. Os 36 anos de diferença entre os dois não foram obstáculos para o surgimento de um interesse mútuo, que resultou em casamento. Hoje, dez anos após o início da relação e dois anos depois de muitas pesquisas e entrevistas, foi justamente por meio da cearense que chegou ao público a primeira biografia de Cid Moreira. Fale! aproveitou a ocasião do lançamento do livro “Boa Noite – Cid Moreira, A Grande Voz da Comunicação do Brasil” para conversar com o casal sobre a obra do homem por trás da icônica saudação.
Os 30 Cearenses mais Influentes Os 30 Cearenses mais Influentes Os 30 Cearenses mais Influentes Os 30 Cearenses mais Influentes Os 30 Cearenses mais Influentes Os 30 Cearenses mais Influentes Os 30 Cearenses mais Influentes Os 30 Cearenses mais Influentes Os 30 Cearenses mais Influentes Os Os 30 30 Cearenses mais Influentes Os 30Cearenses Cearenses mais Influentes Os 30 Cearenses mais Influentes Os 30 Cemais Influentes arenses mais Influentes Os 30 Cearenses mais Influentes Os 30 Cearenses mais Influentes Os 30 Cearenses mais Influentes Os 30 Cearenses mais Influentes Os 30 Cearenses mais InPOLÍTICOS
CEsar Asfor Rocha Cid Gomes
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Ciro Gomes
Domingos Filho
Ernesto Saboya
Eunício Oliveira José Guimarães José Pimentel
Luizianne Lins
Nelson Martins
Roberto Cláudio Salmito Filho
Tasso Jereissati Ubiratan Aguiar
EMPRESÁRIOS E EMPREENDEDORES Airton Queiroz
Alexandre Pereira Beto Studart
Carlos Fujita
Deusmar Queiroz
Ivens Dias Branco
Jose Carlos Pontes Roberto Macêdo
Roseane Medeiros
Artistas e
Intelectuais
Adísia Sá
Flávio Paiva
Lustosa da Costa
PROFISSIONAIS LIBERAIS Evangelista Torquato Mairton Lucena Paulo Oliveira
Valdetário Monteiro
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jovem governador do Ceará, Cid Ferreira Gomes, é certamente um dos mais talentosos políticos de sua geração. Nascido na cidade de Sobral, Ceará, a 27 de abril de 1963, é filho do político José Euclides Ferreira Gomes com Maria José Ferreira Gomes. Cid iniciou a carreira política seguindo os passos do pai e do irmão, Ciro Gomes. Nos últimos quinze anos, no entanto, desenvolveu um estilo próprio de militar na vida pública que o credenciou a disputar um segundo mandato no governo do estado do Ceará, praticamente sem opositores que lhe possam atrapalhar o intento. Casado com a advogada Maria Célia Habib há quatro anos, é pai de dois filhos: Matheus, que completará dois anos em junho, e Rodrigo, de doze anos, de casamento anterior. O primeiro cargo público foi o de coordenador político regional do PSDB, entre fevereiro de 1989 e março de 1990, a convite do então governador Tasso Jereissati. Em seguida elegeu-se deputado estadual para a legislatura 1991-1995, pelo mesmo partido. No primeiro mandato na Assembléia Legislativa do Ceará logrou ser 1º Secretário da Mesa Diretora. Reelegeu-se e no segundo mandato é escolhido por unanimidade, aos 32 anos, o mais jovem presidente da história
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Gestão política pautada por determinação e planejamento
do parlamento cearense. Em janeiro de 1996, rompe com o PSDB e filia-se ao PPS, acompanhando movimento político do irmão Ciro. Naquele mesmo ano, em outubro, elege-se prefeito de Sobral, com 64% dos votos, desempenho recorde no município. Como chefe do executivo sobralense promove projetos ousados de urbanização, entre os quais a reforma do Paço Municipal e a inauguração o que o leva a ser reeleito, com 60% dos votos, quatro anos depois. Em 2005, acompanhou novamente o irmão e rompeu com o PPS, seguindo para o PSB, por divergir da oposição feita pelo presidente de seu partido ao governo Lula. No mesmo ano mudou-se para Washington, nos Estados Unidos, para exercer a função de consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Em 2006, conseguiu unificar boa parte dos partidos de esquerda e de centro, além de ter conquistado o apoio indireto até mesmo de setores do PSDB, na disputa pelo governo do Ceará. O detalhe importante é que Lúcio Alcântara era o candidato tucano à reeleição. Cid venceu ainda no primeiro turno com 62,38% dos votos. No segundo turno se engajou na campanha vitoriosa de reeleição do presidente Lula. Em novembro de 2007, lançou oficialmente o programa Ronda do Quarteirão,
Cid Ferreira Gomes
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carro-chefe de sua campanha no ano anterior. Dez meses depois o programa atingiu o pico de 72% de aprovação. Em 2008 participa ativamente da campanha de Luizianne Lins à reeleição na prefeitura de Fortaleza, a despeito do apoio dado pelo irmão Ciro Gomes à candidata Patrícia Saboya do PDT. Em agosto de 2009 assumiu a presidência estadual do PSB. Em dezembro de 2009, mais duas pesquisas refletiram a popularidade de sua administração. A primeira apontava a liderança nas intenções de voto à reeleição em todos os cenários, com variações entre 44% e 53% das preferências do eleitorado. A segunda o colocou como terceiro governador mais popular do Brasil. Contribuíram para essa alta aprovação: a aceleração das obras do Eixão das Águas, os Aeroportos Regionais, os metrôs do Cariri e de Sobral, o Centro de Eventos e Feiras, o Aquário, além da articulação para trazer uma siderúrgica e uma refinaria para o Ceará, bem como a Copa do Mundo de 2014 para Fortaleza. Além da reeleição Cid já definiu seu maior desafio para 2010. “Se Deus quiser, ao final de 2010 nenhuma casa no Ceará estará sem energia elétrica, isso é um programa em parceria com o governo federal, o Luz Para Todos, e com a Coelce.” n
tasso jereissati Na opinião de Cid Gomes o senador Tasso é o maior político vivo cearense
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ascido em 15 de dezembro de 1948, na cidade de Fortaleza, o senador Tasso Ribeiro Jereissati, é considerado pelo atual governador Cid Gomes, do PSB, “o maior político cearense vivo”. O elogio não é à toa. Mesmo adversários, como o petista e vice-governador, Francisco Pinheiro, reconhecem em Tasso o valor de quem há oito anos é uma das principais vozes de oposição ao governo Lula. Mas muito antes de exercer influência no Senado Federal, o “cacique” tucano ajudou a construir um “império” empresarial e estabeleceu uma verdadeira “Era Tasso”, que desde já é objeto de estudos sociais, políticos e históricos. Filho do ex-deputado e ex-senador Carlos Jereissati e de Maria de Lourdes Ribeiro Jereissati, Tasso formou-se em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas. Aos quatorze anos perdeu o pai e foi incentivado a assumir atividades nas empresas da família até chegar à Diretoria do Grupo Jereissati. Em 1973, casou-se com Renata Queiroz, filha do também empresário Edson Queiroz. No ano seguinte, imprimiu a primeira grande marca de seu talento empreendedor, inaugurando o primeiro shopping center de Fortaleza, o Center Um. Oito anos depois, criou o mega shopping center Iguatemi, o primeiro de grande porte no Estado. Um pouco antes já tinha começado a se articular com um grupo de jovens empresários e chegou à presidência do Centro Industrial do Ceará, em 1984. A entidade classista tornou-se palco de grandes discussões sobre os rumos sócioeconômicos e políticos que o Ceará e o Brasil precisariam tomar para abandonar o coronelismo, o atraso, a miséria e os riscos de uma reviravolta autoritária, nos últimos anos antes do regime militar. Tendo essa liderança reconhecida, Tasso, ainda no PMDB, se elegeu governador do Ceará, em 1986, sob o slogan “Governo das Mudanças”. Dois anos depois ajudou a fundar o PSDB por onde voltou ao governo do Ceará nas eleições de 1994, tendo sido reeleito em 1998.
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Foi um dos dois únicos políticos cearenses a governarem o Estado por três vezes. Em seus mandatos, como governador, teve por maior mérito transformar o Ceará, no estado brasileiro que mais melhorou o seu Índice de Desenvolvimento Humano – IDH. Além de ter melhorado os indicadores de saúde, educação – tendo levado 97% das crianças entre 7 e 14 anos à escola – saneamento, emprego, renda e economia, um dos feitos que mais contribuíram para esse resultado foi a redução da mortalidade infantil. Recebeu, por conseqüência, o reconhecimento da Organização das Nações Unidas, através da Unicef. Também ficou marcado por seus investimentos em obras de infraestrutura e modernização do aparelho estatal. Em 2002, se envolveu na eleição do sucessor Lúcio Alcântara e concorreu ao senado, tendo sido eleito com mais de 1,9 milhões de votos. No Senado tornou-se um dos principais líderes tucanos e, de um modo geral, da oposição, tendo sido um crítico feroz do que ficou conhecido como o “escândalo do mensalão”. No Legislativo, preside a Subcomissão de Segurança Pública e já presidiu as Subcomissões de Desenvolvimento Regional e de Reforma Tributária. Sua atuação valeu o reconhecimento pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar como um dos senadores mais influentes. Em 2010, será provavelmente candidato à reeleição e comandará as ações do PSDB local em prol do pré-candidato à presidência da República, José Serra. Nos bastidores chegou a ser cotado para compor a chapa “puro-sangue” como vice. Experiente, explica que antes de mudar o Ceará precisou passar por transformações pessoais. “Eu tive a oportunidade de ter um contato muito íntimo com o Ceará, com o povo de todas as regiões, de todas as classes”, lembra o senador Tasso Jereissati. “Entender aquilo tudo talvez tenha sido a maior lição de enriquecimento que eu tive, porque eu vi que o meu mundo, até então, era muito pequenininho.” n www.revistafale.com.br | MAIO de 2010 | Fale!
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Ciro Gomes
Cesar Asfor Rocha
A veia política de quem faz parte da história contemporânea do Ceará
Uma brilhante escalada no exercício do Direito e no exercício da Lei
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presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Francisco Cesar Asfor Rocha, nascido em Fortaleza no dia 5 de fevereiro de 1948, foi o primeiro cearense a ocupar o posto máximo da segunda mais importante corte judiciária do Brasil. Nomeado ministro do STJ, em maio de 1992, pelo então presidente Collor de Melo, após indicação do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Chegou à presidência do STJ em setembro de 2008. Antes, foi Procurador Geral do Município de Fortaleza; Procurador Judicial do Instituto de Previdência do Estado do Ceará; Juiz Efetivo do Tribunal Regional do Ceará; Coordenador-Geral da Justiça Federal; Ministro do Tribunal Superior Eleitoral – onde é corregedor geral da Justiça Eleitoral – e corregedor do Conselho Nacional de Justiça. Formado em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Universidade Federal do Ceará, em 1971, atuou como advogado entre 1972 e 1992, quando integrou o Instituto dos Advogados do Brasil, o Instituto dos Advogados de São Paulo, o Instituto dos Advogados do Ceará e o Instituto Cearense dos Magistrados. Fez também mestrado em Direito Público e pós-graduação em Teoria Geral do Direito, ambos na UFC. Tem título de Notório Saber Jurídico outorgado também pela UFC, onde lecionou, por vários anos, as disciplinas de Introdução ao Estudo do Direito e Direito Civil. Produziu obras de conteúdo didático relevante, tais como, “O Novo Código Civil – Estudo em Homenagem ao Prof. Miguel Reale”; “Clóvis Bevilácqua”; “Direito e Medicina – Aspectos Jurídicos da Medicina”; “A Luta pela Efetividade da Jurisdição”; e “Clóvis Bevilácqua, em outras palavras”. Crítico da morosidade e do excesso de formalismos no Judiciário tem trabalhado para dar maior celeridade ao STJ, onde tem se destacado principalmente em questões relativas à Direito Privado, Processo Civil, Direito Comercial e Direito Sucessório. É classificado como ousado, mas respeitador da jurisprudência. Casado, pai de dois filhos, Asfor Rocha também ocupa uma cadeira na Academia Cearense de Letras. Para o presidente do STJ, “o século XIX foi do Executivo, o XX do Legislativo, agora o XXI será do Judiciário. Hoje o Judiciário é mais percebido pela mídia e tem se manifestado como tem que se manifestar. Não há interferência e m outros poderes, m a s há uma interação maior”. n
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esmo tendo nascido em Pindamonhangaba, São Paulo, em 6 de novembro de 1957, sua atuação política no estado, desde 1979, qualifica Ciro Ferreira Gomes como um dos cearenses mais influentes. Filho do ex-prefeito sobralense, José Euclides Ferreira Gomes e de Maria José Santos Ferreira Gomes, deputado federal, pelo PSB, Ciro Gomes nasceu destinado à política. Sua família revelou ao estado nomes como o governador Cid e o deputado estadual Ivo, irmãos de Ciro, e o vice-prefeito de Fortaleza, Tin Gomes, primo dos três. Quem também deslanchou na política, foi a ex-esposa dele, a hoje senadora Patrícia Saboya, com a qual teve três filhos. Atualmente, é casado com a atriz Patrícia Pillar. Ciro Gomes começou sua vida profissional como advogado. Foi também professor de Direito da Unifor e procurador da prefeitura de Sobral. Em 1982, filiou-se ao PDS e venceu as eleições para deputado estadual. No ano seguinte filiou-se ao PMDB e por esse partido se reelegeu em 1986. Logo em seguida tornouse líder do governo Tasso Jereissati no Legislativo. E pouco depois migrou para o recém-fundado PSDB, em 1988. No fim daquele mesmo ano, elegeu-se prefeito de Fortaleza. Em 1989, apoiou Mário Covas, no primeiro turno, e o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, no segundo. Ao fim do primeiro mandato de Tasso, em 1990, candidatou-se e saiu vitorioso na disputa pela sucessão ao governo estadual. Em setembro de 1994, assume o Ministério da Fazenda no governo Itamar. Conduzindo com sucesso a política de consolidação do Plano Real, passou a ganhar destaque nacional e se credenciou para disputar as eleições presidenciais de 1998. Antes disso, foi estudar no exterior e, na volta, rompeu com o PSDB e ingressou no PPS. Dois anos depois, Ciro concorreu à presidência, mas ficou atrás de FHC e de Lula. Concorreu novamente em 2002, terminando na quarta posição. No segundo turno apoiou Lula contra José Serra. Com a vitória de Lula, é indicado para o Ministério da Integração Nacional. Mas em poucos meses, o presidente do PPS, Roberto Freire, rompeu com o novo governo. Ciro se manteve ao lado de Lula, deixou a sigla e se filiou ao PSB. Em 2006, Ciro decidiu disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. Foi o mais bem votado no estado e com 16% dos votos cearenses. Paralelamente, apoiou a campanha de seu irmão Cid ao governo do Ceará e a reeleição de Lula. Em 2008, apoiou a candidatura da ex-esposa Patrícia Saboya, do PDT, à prefeitura de Fortaleza. Se credenciou para a disputa à presidência, mas acabou sendo rifado da campanha pelo próprio partido, no dia 27 de abril deste ano. Sobre as eleições de 2010 declarou: “Meu entusiasmo, e o nível de meu modesto engajamento (...) irão depender do encaminhamento, pelo partido, de minhas preocupações com o Brasil, com nossa falta de um projeto estratégico de futuro, com a deterioração ética generalizada de nossa prática política, com a potencial e precoce esclerose de nossa democracia”. n divulgação
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Domingos Filho
Carreira política inovadora, marcada por arrojo e respeiro à Constituição
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m fortalezense, com raízes tauaenses e espírito público voltado para todo o Ceará. Esse é o deputado estadual e presidente da Assembléia Legislativa, Domingos Gomes de Aguiar Filho, do PMDB. Nascido em 9 de outubro de 1963, é filho de Domingos Gomes de Aguiar e Mônica Moreira Gomes de Aguiar, ambos com vocação política transmitida ao filho. Casado com a secretária de Turismo de Fortaleza, Patrícia Aguiar, é pai de dois filhos: Domingos Neto e Gabriela. O chefe do Legislativo cearense começou no serviço público aos dezoito anos como agente administrativo da Fundação de Saúde do Estado. Posteriormente foi escolhido assessor parlamentar do então deputado Antônio Câmara. Formou-se em Direito pela UFC e passou a atuar na área de Direito Público. Foi assessor especial da presidência do atual ISSEC. Em 1994, foi eleito deputado estadual pela primeira vez, com grande votação na região dos Inhamuns, onde sua família possui longa tradição política. De lá para cá foram mais três mandatos. O último deles, quando recebeu quase 66 mil votos, para a legislatura 2007-2010, veio acompanhado da eleição para a presidência da Assembléia. Antes disso, porém, já ocupou diversos cargos na Mesa Diretora do parlamento estadual. Foi duas vezes segundo vice-presidente; uma vez terceiro secretário e duas vezes quarto-secretário. Entre os principais projetos de lei de sua autoria, estão: o que dispõe sobre a criação de novos municípios; o projeto que permitiu a atualização da Constituição Estadual; e o Projeto de Iniciativa Compartilhada, que permite à sociedade apresentar sugestões a serem transformadas em projetos de lei. Desde 2008, preside ainda o Parlamento Nordestino, que reúne deputados estaduais da região para defenderem soluções a problemas comuns. Em setembro do ano passado, foi o primeiro nordestino a ser eleito presidente do Colegiado dos Presidentes das Assembléias Legislativas do Brasil. Em seu discurso de posse na entidade defendeu, com ardor, a Constituição de 1988. “Quanto a ela, discordar, sim; divergir, sim; descumprir, jamais; afrontá-la, nunca. Traidor da Constituição é traidor da Pátria” . n
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eRNESTO sABóiA
Ele é o xerife da moralidade na gestão dos orçamentos municipais
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le nasceu em Fortaleza, filho de Ernesto Sabóia de Figueiredo e Albetiza Aguiar, vindo de uma família de seis irmãos – entre as quais, a escritora Joyce Cavalccante. Casado com Geórgia, pai de três filhos, conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará, desde o dia 17 de março de 1999, Ernesto Sabóia de Figueiredo Júnior tem pautado seu trabalho na modernização daquele órgão de fiscalização de contas públicas. Graças a essa bandeira se elegeu presidente do TCM-CE, pela primeira vez, para exercer o mandato 2007-2009, tendo sido reeleito para o mandato seguinte. Bacharel em Direito, Ciências Contábeis e Administração de Empresas, Sabóia é também especialista em Análise de Sistema pela IBM-Brasil. Foi ainda presidente do Serviço de Processamento de Dados do Estado do Ceará – SEPROCE – e Secretário Estadual de Administração do Ceará. Já como presidente do TCM-CE promoveu a construção de duas ferramentas virtuais de controle social, o “Portal da Transparência”, em setembro de 2009, e a rede social “Da Sua Conta”, lançada em dezembro do mesmo ano. O primeiro disponibiliza gratuitamente dados sobre as contas dos municípios cearenses, incluindo o registro daqueles que apresentem irregularidades. O segundo busca formar uma comunidade virtual de cidadãos interessados em fiscalizar o destino do dinheiro público e combater a corrupção. Também firmou parceria com o grupo O Povo de Comunicação para elaboração do curso “Controle Social das Contas Públicas”, em fevereiro de 2009, destinado a atingir pelo menos 30 mil pessoas. Outro feito, este já em 2010, foi ter conseguido fazer com que todos os 184 prefeitos municipais cearenses enviassem as prestações de contas referentes a 2009, no prazo. Para ele, “a sociedade tem que pensar que a eleição é um ‘cheque em branco’, que ela dá para os próximos quatro anos para ser gerida, então ela tem que pensar muito bem em quem ela vai eleger”. n
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Eunício Oliveira O percurso de um parlamentar como papel decisivo na arena política nacional
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uando Eunício Oliveira migrou de Lavras da Mangabeira para Fortaleza, aos 12 anos, tinha a intenção de chegar à universidade. Com dois diplomas pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília, CEUB, em Administração de Empresas e Ciências Políticas, o deputado federal conseguiu mais que isso; empresário e político, Eunício foi eleito três vezes deputado federal, e agora pleiteia vaga no Senado. Por 37 de seus 57 anos filiado ao PMDB, desde o antigo MDB, em 1972, deixou sua marca na história do partido, como membro do diretório nacional do partido por três vezes, quatro vezes vice-líder, líder do partido na Câmara dos Deputados em 2003 e presidente do PMDB cearense até abril deste ano. Dono de extensa atuação como parlamentar, Eunício foi autor da lei que estende o benefício de garantia safra, titular da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso quatro vezes consecutivas, e cinco vezes membro da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara, da qual atualmente é presidente. Entre janeiro de 2004 e julho de 2005 foi Ministro das Comunicações, por indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No ministério, Eunício criou o maior programa de inclusão digital do governo, aumentando o acesso a computadores e à internet e ampliando também o alcance do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações, FUNTTEL. Enquanto ministro iniciou o processo de implementação do modelo da Tv Digital no Brasil. Agora, com o apoio do PMDB e do governador Cid Gomes, o deputado concorre a uma das duas vagas no Senado pelo Ceará, nas eleições deste ano. “Fiz a opção pela política e espero que o povo do estado do Ceará compreenda a dimensão desse projeto.” n
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José Guimarães Um grande nome da militância política de esquerda cearense
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o interior em Quixeramobim, José Nobre Guimarães, advogado formado pela UFC e deputado federal, se tornou voz contundente na liderança no Partido dos Trabalhadores. Aos 50 anos, ele iniciou a carreira política como sindicalista, com participação no Comitê pela Anistia e atualmente é vice-presidente do PT cearense. Eleito duas vezes deputado estadual antes de ingressar na Câmara Federal, Guimarães tem papel estratégico no PT do Ceará, partido do qual é membro desde 1986, seguindo os passos de seu irmão mais velho, José Genoíno, ex-presidente do PT nacional. Um ano antes, em 1985, coordenou a campanha que elegeu Maria Luiza à prefeitura de Fortaleza, ocupando o cargo de chefe de gabinete na sua gestão. Antes, era filiado ao antigo MDB, depois PMDB, entre 1978 e 1984. Trabalhando em um banco em Fortaleza, iniciou sua efetiva movimentação política a partir do movimento sindical dos bancários. Em sua extensa atuação no PT, foi também presidente do partido no Ceará por oito anos, secretário geral, líder do partido na Assembléia Legislativa por quatro anos entre 2001 e 2005, e vice-líder do PT entre 2009 e 2010. Hoje é membro do diretório nacional, e como deputado, coordenou a bancada petista no Ceará no ano de 2009. Em 2002, coordenou a campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva no Ceará, quando o estado obteve o maior número de votos percentuais favoráveis ao presidente. Durante os dois mandatos como deputado estadual, criou o Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência e apresentou o projeto de lei que concede meia passagem de ônibus a estudantes no Ceará. Como parlamentar na Câmara Federal, foi titular da Comissão da Amazônia, e presidente da subcomissão do Nordeste. Engajado em ações para o crescimento da região onde nasceu, Guimarães tem como outra grande causa a preservação do meio ambiente. Na reunião sobre aquecimento global em Copenhague em 2009, a COP-15, foi o representante da bancada na comissão brasileira.n www.revistafale.com.br | MAIO de 2010 | Fale!
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José Barroso Pimentel
Carreira política reconhecida nacionalmente e construída pela preocupação com o sistema previdenciário
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deputado federal e até pouco tempo Ministro da Previdência Social, José Barroso Pimentel, pode não ter nascido em terra cearense, mas há mais de trinta anos é figura constante na arena política do estado. Estimulando o empreendedorismo e a melhoria do sistema previdenciário, Pimentel atravessou as barreiras do estado e ganhou projeção nacional como ministro e parlamentar. Natural de Picos, no Piauí, fundador do PT no Ceará - único partido ao qual foi filiado, desde 1979 - ele foi o primeiro deputado federal eleito pelo Partido dos Trabalhadores no pleito do Ceará, em 1994. Advogado com graduação pela Universidade Federal do Ceará e bancário, Pimentel, 57, construiu carreira política sólida ao longo de quatro mandatos como deputado, tendo sido considerado um dos 100 parlamentares mais influentes no Congresso. Pela militância no PT, os feitos políticos e sociais e o engajamento prévio com as causas previdenciárias, foi convidado pelo presidente Lula para o cargo de Ministro da Previdência, ocupando-o entre junho de 2008 e março de 2010. Pimentel já havia sido relator da reforma da previdência e vice-presidente da Comissão Especial de Reforma do Sistema de Previdência Social. Como ministro, esteve à frente do plano de expansão do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS - com a instalação de centenas de novas unidades pelo País e a concessão de benefícios em 30 minutos, além da ratificação da convenção 102 da Organização Internacional do Trabalho - OIT. Com extensa atuação no PT cearense, ocupando vários cargos, como presidente do diretório municipal do partido em Fortaleza, e membro da executiva estadual do PT cearense, Pimentel deixou o ministério em março para disputar as eleições a senador pelo Ceará, apoiado pelo PT estadual e, inclusive, pelo próprio presidente Lula. O candidato guarda a chance de representatividade do PT pelo Ceará no Congresso Nacional nas eleições de outubro. “A minha habilidade vem em retribuição a isso que o Nordeste tem me oferecido e à minha família, que permitiu que eu pudesse estudar.” n
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Luizianne Lins
Da líder da militância estudantil à política que preza pelas pessoas, em primeiro lugar
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eteórica. Assim pode ser definida a ascensão de Luizianne de Oliveira Lins, desde que assumiu a presidência do DCE da UFC, em 1990, ainda como estudante de Comunicação Social, até chegar ao segundo mandato como prefeita de Fortaleza. Um pouco antes, já havia se filiado ao PT, em 1989. É filha de uma professora e de um oficial do corpo de bombeiros, nascida em Fortaleza, no dia 18 de novembro de 1968. Começou sua carreira pública como servidora da Emlurb, onde ficou por dez anos. Nesse meio tempo, tornou-se secretária estadual da Juventude do PT e diretora da UNE, em 1993. Foi também vice-coordenadora do Instituto de Pesquisas Datafolha, professora de fotografia do Colégio Batista Santos Dumont e do curso de Comunicação Social da UFC. Fez pós-graduação em Publicidade e Propaganda na Unifor. Em 1996, foi eleita vereadora de Fortaleza, com a maior votação de seu partido e em 2000, reeleita. Em 2002, elegeu-se deputada estadual, sendo a mais votada entre as mulheres, e a quarta mais votada no geral, com quase 61 mil votos. Na Assembleia Legislativa, presidiu a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania. Em 2004, enfrentou divergências no PT – cujos “caciques” queriam apoiar o, hoje, senador Inácio Arruda, do PC do B – superando o próprio comunista e o ex-prefeito de Fortaleza, Antônio Cambraia, do PSDB. No segundo turno, Luizianne venceu Moroni Torgan (DEM), obtendo mais de 617 mil votos. No primeiro mandato destacaram-se a urbanização da antiga Favela Maravilha, a iluminação pública, o congelamento das tarifas de ônibus por quatro anos, o fornecimento gratuito de fardamento e a redução da mortalidade materna. Se reelegeu ainda no primeiro turno das eleições de 2008, enfrentando novamente Moroni e a senadora Patrícia Sabóia (PDT). Nesse meio tempo, participou das articulações que conduziram Cid Gomes (PSB) ao governo do estado e Inácio Arruda, antigo adversário, ao senado. Também se aproximou do então presidente do Legislativo municipal, Tin Gomes, o qual passou a integrar a chapa de Luizianne. Em seu segundo mandato tem como obra de maior destaque o CUCA Che Guevara, inaugurado em setembro do ano passado e localizado na Barra do Ceará. Mãe de Tié, Luizianne gosta de dizer que seu governo se preocupa com as pessoas em primeiro lugar. Nesse sentido, ela destaca que em sua “política de valorização do magistério, a folha mensal da educação passou de R$ 13 para mais de R$ 30 milhões.” n www.revistafale.com.br
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Nelson Martins
Líder de governo habilidoso, iniciou a carreira política na militância em associações de bairro e de cultura
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iderar a base parlamentar de um governo com ampla maioria – 41 de 43 deputados estaduais – pode parecer tarefa fácil para um observador menos atento. Não quando se tem PT e PSDB no mesmo arco de sustentação. Essa é a espinhosa missão que o deputado estadual José Nelson Martins de Sousa vem encampando com grande habilidade política há quase três anos e meio. Nascido em Hidrolândia, no dia 10 de abril de 1959 – quando este era ainda distrito de Santa Quitéria – Nelson, além de atuar na política, é engenheiro agrônomo e bancário. Também já atuou como professor de matemática e química em suas cidade natal, onde também iniciou sua militância política em associações de bairro e culturais. Veio para Fortaleza ao ingressar por concurso público no Banco do Brasil, logo chegando à presidência do Sindicato dos Bancários do Ceará, cargo que ocupou por dois mandatos. Em 1989 filiou-se ao Partido dos Trabalhadores, do qual nunca saiu. A primeira eleição como vereador da capital cearense foi em 1996, tendo sido reeleito no ano 2000. Os principais destaques em sua atuação como vereador foram ações de defesa do consumidor, meio ambiente e fiscalização do dinheiro público. Em 2002 foi eleito com quase 30 mil votos para a Assembleia Legislativa do Ceará. No primeiro mandato integrou as comissões permanentes de Defesa Social e do Orçamento, Finanças e Tributação – dessa última faz parte até hoje. Em 2006, foi reeleito com mais de 46 mil votos e escolhido pelo então recémempossado governador Cid Gomes, do PSB, como líder do governo no Legislativo. Além dessa liderança, é vice-presidente das comissões de Constituição, Justiça e Redação e de Trabalho, Administração e Serviço Público. Integra ainda a comissão de Fiscalização e Controle. Casado, pai de três filhos, Nelson deu um ótimo exemplo a eles e bons motivos de orgulho quando conquistou por duas edições consecutivas o primeiro lugar no ranking de produtividade parlamentar do Jornal Expresso do Norte. Em 2010, tem se destacado na defesa da instalação de um estaleiro no Titanzinho. “O estaleiro não vai desapropriar e, ao contrário do que dizem, dá perfeitamente para ser implantado em comum acordo com o projeto de requalificação da Prefeitura”. n
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Roberto Cláudio
Drama de comunidades carentes foi o desafio para sua entrada na vida pública
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enovação política. Assim poderíamos definir o papel que Roberto Cláudio Rodrigues Bezerra está desempenhando no parlamento cearense. Nascido em Fortaleza, no dia 15 de agosto de 1975, filho do ex-reitor da UFC e ex-presidente do Conselho Nacional de Educação, Roberto Cláudio Frota Bezerra, o deputado estadual – pelo PSB, desde 2009 – é vice-líder do governo Cid na Assembleia Legislativa. Médico sanitarista, formado pela UFC, com mestrado e PhD em saúde pública pela Universidade do Arizona – Estados Unidos – lecionou como professor convidado em ambas instituições. Atuou também como consultor em projetos nacionais e internacionais – principalmente no México e em países africanos – relacionados aos conceitos do Programa Saúde da Família. A experiência com a realidade em comunidades carentes motivou Roberto Cláudio a ingressar na política. Em 2006, disputou pelo PHS, uma vaga no Legislativo e foi eleito com mais de 21 mil votos, a maior parte deles na região metropolitana de Fortaleza, maciço de
Baturité, Serra da Ibiapaba e também na Zona Norte. Além do convite para a vice-liderança cidista, também foi chamado para presidir a Comissão de Ciência e Tecnologia do parlamento cearense. É membro também das comissões de Saúde; Fiscalização e Controle; Educação, Cultura e Desporto, além de ser titular da Procuradoria da Assembleia Legislativa. Representa a entidade no Conselho de Segurança Alimentar do Ceará; no Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia. Integra ainda a Frente Parlamentar de Apoio a Defensoria Pública do Estado do Ceará; a Comissão Especial para acompanhamento e diagnóstico da Reforma do Judiciário e Comissão Especial em Defesa da implantação da Zona de Processamento de Exportações, a ZPE. A propósito dela, o deputado disse que “irá atrair indústrias e empresas que não viriam para o Ceará por estarmos mais distantes dos grandes mercados consumidores e com essa ZPE se cria condições para uma política de desenvolvimento regional”.n www.revistafale.com.br | MAIO de 2010 | Fale!
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Salmito Filho
Jovem, mas experiente na militância política e pioneiro em projetos que buscam melhor qualidade de vida
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jovem presidente da Câmara Municipal de Fortaleza desde cedo esteve envolvido nos movimentos políticos da cidade, se destacando na política primeiramente como liderança estudantil no Partido dos Trabalhadores. João Salmito Filho, 35, sociólogo, concluindo mestrado em Sociologia Política pela Universidade Federal do Ceará, trouxe com sua eleição à presidência da Câmara em 2009 um novo modo de relação da instituição com a cidade e seus habitantes. Pioneiro em projetos que visam uma cidade cada vez mais integrada e com maior qualidade de vida. Filiado ao PT há 17 anos, Salmito conciliou a militância política com o ensino; aos 23 anos começou a lecionar no departamento de Ciências Sociais da UFC, tendo sido professor também da Universidade do Vale do Acaraú (UVA). Em 1999, por um ano, se tornou embaixador da Fundação Rotária em Londres. Nascido na capital cearense, foi eleito para o primeiro mandato como vereador em 2004, foi secretário estadual de juventude, membro da executiva municipal, do diretório estadual e do coletivo nacional de juventude do PT. Na campanha presidencial de 2002 do presidente Lula, participou também da coordenação nacional de juventude. Líder da bancada do PT na Câmara entre os anos de 2005 e 2006, Salmito, que antes de se tornar vereador já havia sido assessor parlamentar, foi reeleito para o segundo mandato na Câmara em 2008, e em janeiro de 2009, assumiu o cargo de presidente da Casa. No partido, atualmente é membro da executiva municipal do PT de Fortaleza, membro da Direção Estadual do PT Ceará, membro do Coletivo Nacional de Juventude do PT e Secretário Estadual de Juventude do PT Estadual. “Entendo a política dessa forma, como algo imprescindível, como uma ferramenta importante para transformar para melhor a vida em sociedade.n
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Ubiratan Aguiar
Dedicação ao serviço público e ao combate à corrupção. Uma visão política inconformada com as desigualdades e injustiças sociais
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biratan Aguiar, de 69 anos, é exemplo de uma vida inteira dedicada ao serviço público, ocupando lugares de destaque. Desde que ingressou na política como vereador de Fortaleza, ainda estudante, influencia os processos políticos no Ceará, e, desde o ano de 2008, ocupa a presidência do Tribunal de Contas da União (TCU), como primeiro cearense presidindo o órgão. De Cedro, interior do Ceará, formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Ceará, foi eleito deputado estadual duas vezes e quatro vezes deputado federal, antes de ser eleito como ministro do TCU em 2001. Com o apoio de Paulo Sarasate, em 1967, no extinto Arena, o ministro entrou na política pela primeira vez como vereador da capital cearense aos 26 anos. Em sua trajetória, participou ativamente da política no Ceará ocupando também cargos não-eletivos, como secretário de Estado, chefe de gabinete da prefeitura e procurador. No Congresso Nacional, como membro da Câ-
mara, integrou a histórica comissão da Assembleia Nacional Constituinte em 1987. Filiado ao PSDB há 16 anos, teve atuação destacada também dentro do partido, como vice-líder da bancada peessedebista e primeiro secretário da executiva nacional do PSDB. No Congresso, foi reeleito para o cargo de primeiro secretário da mesa diretora da Câmara e do Congresso. Foi com essa longa experiência de mais de quarenta anos nas engrenagens políticas que Ubiratan assumiu a presidência do Tribunal de Contas. Símbolo de sua gestão, a cooperação entre os órgãos públicos no combate à corrupção e ao déficit nas administrações públicas se alinha ao objetivo da maior Corte de Contas do País, o de evitar o desperdício do dinheiro do contribuinte, colaborando com a maior eficiência das obras públicas e a transparência dos gestores. “[A política] me deu uma visão que ainda hoje não me tira a capacidade de se indignar com a concentração de renda e as desigualdades regionais, pai e mãe da violência, da injustiça social que campeia.” n www.revistafale.com.br | MAIO de 2010 | Fale!
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Airton Queiroz A expansão de um legado parte da cultura e economia cearenses
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presidente da Fundação Edson Queiroz e Chanceler da Universidade de Fortaleza, Airton José Vidal Queiroz, lidera um dos mais diversificados e significativos conglomerados empresariais do Ceará, o Grupo Edson Queiroz. Airton, 63, natural de Fortaleza, fez parte do curso de Ciências Econômicas na Universidade Mackenzie, em São Paulo, concluindo-o na Universidade Federal do Ceará. Primogênito do industrial Edson Queiroz e Yolanda Queiroz, com 22 anos passou a integrar os quadros administrativos de uma das empresas da família, cinco anos depois assumindo, junto com seu irmão, a vice-presidência do grupo. Tendo sido preparado para assumir os negócios, o que ocorreu após o trágico acidente que vitimou seu pai, Airton herdou o título de chanceler da Unifor e de presidente da Fundação Edson Queiroz. À frente do negócio da família, expandiu o legado de Edson Queiroz, tornando o grupo conhecido nacionalmente. Dentre as inúmeras funções de presidência e vice-presidência ocupadas pelo gestor nas empresas grupo, ele pertenceu também ao Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) e foi diretor vice-presidente do Centro Industrial do Ceará. O chanceler também é membro honorário da Academia Cearense de Letras. Com um conglomerado empresarial de grande importância econômica e cultural para o estado, Airton Queiroz se constitui como uma das mais importantes figuras da realidade cearense nas últimas décadas. “Os verdadeiros líderes são indivíduos capazes de conduzir com segurança o destino dos estados e das empresas nos momentos de turbulência. Já no contexto de normalidade, os líderes são o elemento diferencial que consegue se impor na concorrência acirrada pelo prêmio de maior valor na vida pública ou no mercado.” n
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Alexandre Pereira A trajetória de um jovem empreendedor apaixonado pelo que faz
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os 44 anos, o empresário Alexandre Pereira parece ter gosto pelos desafios e mudanças. Formou-se em Administração na Universidade Estadual do Ceará e fez uma série de cursos de pós-graduação e MBA em gestão pública e privada, que incluíram a Fundação Dom Cabral, a UFC e até a renomada escola de negócios francesa INSEAD. Dirige o Grupo Pão de Forno Indústria de Alimentos há quase vinte e cinco anos e em 1989 fundou a panificadora Pão de Forno, presente no Ceará e no Piauí. Em 2009, a panificadora foi agraciada como “Destaque”, no “Prêmio Melhores Empresas Comerciais, Industriais e Agropecuárias do Ceará”. A empresa é também classificada como grau “Ouro” pelo Propan – Programa de Desenvolvimento da Alimentação, Confeitaria e Panificação. Em 2006, recebeu da Secretaria de Cultura do Ceará, o Selo de Responsabilidade Cultural. Mesmo com o sucesso da Pão de Forno, Alexandre Pereira não parou de empreender. Em abril deste ano, numa sociedade com Márcio Rodrigues, ele inaugurou em Fortaleza a conveniência gourmet Empório do Pão, focada no segmento AB. Como empresário bem-sucedido do ramo de panificação, conquistou também cargos de presidência em importantes entidades classistas no Ceará e no Brasil, como o Sindipan, o CIC e a Abip, da qual é o atual presidente. Casado há mais de 20 anos e pai de dois filhos, Alexandre não abre mão dos momentos de lazer e atividade física com a família. Na sala de onde comanda a Pão de Forno, são dezenas de troféus, com destaque para o squash, do qual foi campeão Norte/Nordeste em 1995. Nos últimos cinco anos, Pereira descobriu uma nova paixão: a política. Depois de uma temporada no Partido Progressista, o PP, quando disputou as eleições municipais de Fortaleza, como vice de Moroni Torgan do DEM, Alexandre Pereira migrou para o PPS, onde logo assumiu a presidência do diretório estadual. n
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Beto studart
A vocação e o talento para empreender em dimensão nacional
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osé Alberto Vieira Studart Gomes, mais conhecido como Beto Studart, aos 22 anos começou uma carreira que, até hoje, é marcada pelo empreendedorismo e o sucesso nos negócios. Logo após se formar em Administração de Empresas pela Universidade Estadual do Ceará, em 1970, aos 23 anos, assumiu a presidência da Agripec, empresa de seu tio na época, que se tornou em sua gestão uma das maiores do País no setor de insumos agrícolas, presente em todos os estados brasileiros. Como presidente da empresa esteve por 37 anos, até a bem-sucedida venda para um grupo estrangeiro. Aos 64 anos, Studart controla hoje a também bem-sucedida BS participações. Figura presente nas entidades empresariais cearenses, foi duas vezes vice-presidente do Centro Industrial do Ceará (CIC), vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e membro do conselho fiscal do mesmo órgão, além de presidente da Associação Nacional das Empresas de Defensivos Agrícolas por dois termos. Filiado ao PSDB, em 2006 concorreu a vice-governador na chapa do ex-governador Lúcio Alcântara. Consciente de sua responsabilidade social, criou e preside a Fundação Beto Studart, entidade criada em 2004 para apoiar crianças e adolescentes no desenvolvimento de seus talentos na educação e nas artes, hoje instalada em Fortaleza. “Acreditamos que a semente do bem plantada e regada com carinho e respeito ao ser humano é uma ação que desencadeia outras iguais numa conspiração do universo para o bem da humanidade”. n
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Carlos Fujita
Contribuindo para a modernização do Ceará pela Construção Civil
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ascido em Fortaleza, no dia 23 de junho de 1964, Carlos Roberto Carvalho Fujita é formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Ceará e mestre em Gerenciamento de Construção e atualmente está também cursando Direito. Carlos Fujita tem dois filhos, Fujita Júnior e Rafael. E por falar em família, a dele tem longa tradição empresarial, principalmente através da atuação do pai João Batista Fujita, casado com Rejane Fujita. Seguindo esses passos, Carlos Fujita cedo demonstrou seu espírito empreendedor. Em 1989. ajudou a criar a Associação dos Jovens Empresários, sendo o seu primeiro coordenador geral. Em 1993, criou a Fujita Engenharia, que tem atuação no Ceará, Roraima, Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraíba e São Paulo, empregando mais de uma centena de funcionários e gerando milhares de empregos temporários ou indiretos ao longo de sua história. Entre as obras de destaque, que conduziu ou está conduzindo como engenheiro e empresário, estão: o Fórum de Juazeiro do Norte; o Hospital Regional do Cariri; o Cuca da Maraponga, a ampliação da Maternidade César Cals e a construção da Casa do Estudante de Cabo Verde, as três em Fortaleza; os templos da Igreja Universal em Fortaleza, Natal e João Pessoa; além da reforma do estádio Presidente Vargas – orçada em R$ 37 milhões e prevista para ser concluída até setembro deste ano – e de obras de modernização no estádio Castelão, também na capital cearense. A brilhante atuação em seu ramo de negócios conduziu-o a presidência do Sinduscon, cargo que ocupou por seis anos. Nesse sindicato, é ainda membro do Conselho Consultivo e Delegado Representante junto à FIEC e à CBIC – Câmara Brasileira da Indústria de Construção. A propósito da FIEC, é atualmente um dos vice-presidentes. Para ele, “a grande virtude do trabalho é a crítica construtiva permanente”. n
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Deusmar queirÓS Arrojo e criatividade na vanguarda de um negócio
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presidente da maior rede de farmácias do País, e uma das maiores empresas brasileiras, nasceu em Amontoada, no interior do Ceará, e aos oito anos de idade já trabalhava para ajudar a família. Francisco Deusmar de Queirós percorreu uma longa trajetória, se formando em Ciências Econômicas e Administrativas pela Universidade Federal do Ceará, ingressando no ano seguinte como professor da Universidade de Fortaleza e coordenador do curso de Economia. Três anos após sair da universidade, esteve à frente das operações para montar a Bolsa de Valores do Ceará, em 1976, tida como a maior em extensão geográfica. Com especialização de alto nível na Bolsa de Valores de Nova York na Graduate School of Business Administration e curso na University of Central Florida, Deusmar voltou ao Brasil para abrir, em Fortaleza no ano de 1981, o que se tornaria a maior rede de farmácias do País, com mais de 340 lojas e única com presença em todos os estados. O empresário, de 62 anos, criou também a Fundação Educacional Deusmar Queirós, com o intuito de desenvolver projetos sociais em benefício de comunidades, fomentando inclusive a pesquisa. “Vejo o meu trabalho como uma fonte de geração de renda, para mim e para a sociedade. Esse é o meu desejo maior, crescer para ajudar mais e mais pessoas”. n
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Ivens de Sá Dias Branco
Desde jovem, comanda um dos maiores grupos do país tentando agregar sentimento à frieza dos negócios
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mega-empresário cearense Ivens de Sá Dias Branco, nasceu em Cedro, no dia 3 de agosto de 1934, filho dos portugueses Manoel Dias Branco e Maria Vidal de Sá Branco. É casado com Maria Consuelo Dias Branco e pai de Francisco Ivens, Francisco Marcos, Francisco Cláudio, Maria Regina e Maria das Graças. Tem especialização industrial em processo de produção de biscoitos e massas alimentícias, que obteve em cursos realizados na Alemanha e na Inglaterra. Em 1953, com menos de vinte anos, entrou em sociedade com o pai e os tios no que viria a ser a gigante M. Dias Branco S.A Indústria e Comércio de Alimentos, que na época reunia apenas a Fábrica Fortaleza. Na década de 1970, já sob a administração executiva dele, a Fábrica Fortaleza se consolidou como líder de vendas de massas para as regiões Norte e Nordeste Em 1980, concluiu a mudança de endereço da Fábrica Fortaleza – que se tornou a maior da América Latina, com área de 600 mil m2 – para o Eusébio. Em 1992, inaugurou a primeira unidade de moagem de trigo e produção de farinha de trigo do grupo empresarial, criando o maior moinho do Brasil, em capacidade de armazenamento. O feito lhe rendeu, naquele mesmo ano, a Medalha do Mérito Industrial concedido pela
FIEC. Em 2000, seu grupo empresarial obteve a certificação ISO 9000 e foi eleita pela Exame a melhor empresa de seu segmento. Em 2002 inaugurou nova unidade industrial dedicada à fabricação de margarinas e gorduras vegetais. No ano seguinte, adquiriu 100% do capital da Empresa Adria Alimentos do Brasil Ltda, conferindo à M. Dias Branco a liderança nos mercados de biscoitos e massas no país – hoje essa liderança já se estendeu para toda a América Latina. Por esses méritos, recebeu em 2004, a Ordem do Mérito Industrial, conferida pela CNI. Em 2006, abriu o capital de sua empresa dando início a negociação das ações do grupo no Novo Mercado da Bovespa. Atualmente, é presidente do Conselho de Administração do grupo que ajudou a fortalecer e que possui, entre outros números: 11 unidades industriais, 16 unidades comerciais, 23 centros de distribuição, 11 mil empregados diretos, 14% do mercado brasileiro de biscoitos e 20% do mercado de massas, em 17 estados. No entanto, Ivens Dias Branco não esquece onde tudo começou. “Aqui foi o nosso início. Eu diria que, mesmo olhando para a linguagem fria dos números, é bom ligar sentimentos às geladas projeções numéricas. Nós agradecemos muito à terra nordestina, sobretudo ao Ceará”. n www.revistafale.com.br | MAIO de 2010 | Fale!
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JosÉ Carlos Pontes Celebrada biografia de um visionário da construção
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ascido em 20 de dezembro de 1951, o engenheiro civil – formado pela UFC – e empresário José Carlos Valente Pontes é presidente de um dos maiores grupos empresariais do Ceará, a Marquise. O grupo atua nas áreas de construção civil, serviços urbanos, hotelaria, comunicação e finanças, com presença em 17 estados, gerando mais de 3 mil empregos diretos. Mas a primeira atividade de Pontes foi mesmo a construção civil, área dominada com maestria, haja vista as importantes realizações da Construtora Marquise, fundada em 1974 e que tem desde o ano 2000, a certificação ISO 9001. Nacionalmente a construtora tem ainda as certificações PBQPH Nível A e Quali-hab Nível em Execução de obras de edificações. Ao todo foram mais de 200 obras, com destaque para a construção do Mercado Central de Fortaleza, a sede da Febem de São Paulo e os aeroportos de João Pessoa e Natal. Desde 2007, atua também na área de incorporação, em parceria com a construtora Cyrela. Vale destacar ainda as obras que estão sendo tocadas, tais como o Terminal de Múltiplo Uso do Pecém, o segundo lote do Transfor e o Vila do Mar. Além de dirigir a prestigiada construtora é membro do Conselho Consultivo do Sinduscon-CE. Não menos reconhecida é a sua expertise com serviços urbanos, incluindo coleta e reciclagem de lixo, que em junho de 2008 lhe valeu a Medalha Boticário Ferreira Cidade de Fortaleza. Já foi homenageado também pelo Ministério da Aeronáutica, Ordem Internacional dos Jornalistas, Câmara Brasileira de Difusão das Ciências Sociais, Centro de Estudos de Ciências Jurídicas e Sociais do Brasil, Colégio Militar de Fortaleza – do qual foi aluno – e Conselho Regional dos Corretores Imobiliários. A propósito de homenagens recebidas por Pontes, vale destacar ainda os títulos de cidadão pessoense e paraibano. Casado com Denise Pontes e pai de dois filhos, Carla e André, Pontes tem como paixões os carros antigos, participando de diversas exposições, e as motos, tendo feito em 2008 uma viagem de São Paulo a Santiago. Voltando a falar do mundo dos negócios, o mais recente desafio do empresário é erguer o primeiro grande shopping da populosa Parangaba. “Fizemos um estudo e chegamos a conclusão que na Parangaba tem uma zona de fluência terciária que abrange 1,2 milhão de consumidores. É uma área carente de lazer, de um centro comercial de compras. O shopping vai requalificar a região”, aposta.n
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Roberto Macêdo
Empreendedorismo está no DNA. Desenvolvimento baseado na ética e na responsabilidade social
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frente de um dos maiores grupos empresariais cearenses, Roberto Proença de Macêdo continua o legado de seu pai, o ex-senador e industrial José Dias de Macêdo, com atuação que contribui para o crescimento econômico do estado. Roberto Macêdo, 68, teve, em casa, o exemplo de esforço, perseverança e empreendedorismo que construiu a J.Macêdo S/A, empresa familiar com atuação em diversos setores que está entre as maiores do País, da qual é presidente do conselho de administração e diretorpresidente da Hidracor S/A e da Cemec, empresas também parte do grupo empresarial iniciado em Fortaleza, que hoje tem presença em vários outros estados. Natural de Fortaleza e formado em Engenharia pela Universidade Federal do Ceará, Macêdo, com uma trajetória fundamentada na ética e na consciência social, também é personagem notável entre a classe empresarial. Em 2006, foi eleito presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), a mais importante entidade empresarial no estado, para mandato de quatro anos. Na presidência da Fiec, expandiu o papel da entidade, estimulando a discussão pela classe empresarial cearense do desenvolvimento do estado e da indústria, promovendo o incentivo ao desenvolvimento tecnológico. Através de ações de responsabilidade social, Macêdo também instituiu em sua gestão programas em parceria com órgãos públicos visando causas sociais e ambientais, em um movimento de aproximação com o governo e beneficiando a sociedade cearense. “Cumprindo com nossas responsabilidades enquanto cidadãos e exercitando a nossa consciência crítica e prática política, é possível superar os problemas ainda em pauta na agenda do país”. n
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Atividade empresarial com foco em educação, meio ambiente e desenvolvimento regional
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marca feminina no Centro Industrial do Ceará foi deixada somente noventa anos após a fundação da entidade empresarial, com a eleição de Roseane Oliveira de Medeiros para presidente, que fez história em 2010 ao ser a primeira mulher a ocupar o cargo, uma das entidades empresariais mais antigas do estado. O CIC, que participa ativamente do debate político e econômico para o crescimento do Ceará, recebeu em fevereiro a nova presidente, cujo pai, Marcílio Browne de Oliveira, também já havia estado à frente da entidade. Formada em Engenharia Civil e Mestre em Engenharia Estrutural, atual presidente do SindiCouros e diretora-presidente da CV Couros, empresa fundada pelo seu pai, Roseane deu o toque feminino ao grupo historicamente masculino, que já lançou inúmeros nomes relevantes da política e economia cearenses. Em sua gestão no biênio 2010-2011, ela deverá marcá-la pela proposta de pacto com o futuro, a favor do envolvimento empresarial com a melhoria na qualidade da educação, a partir do Observatório Social em Educação, já criado durante sua presidência, capacitando melhor os profissionais cearenses, tendo, além disso, a sustentabilidade sócio-ambiental e o debate político como base de suas ações. Na gestão da empresária, há a perspectiva de diálogo constante do órgão com os diversos setores da sociedade civil e do governo. Com ações relacionadas ao desenvolvimento regional, infra-estrutura, meio ambiente, recursos hídricos e finanças, a presidente está sempre de olho no crescimento do estado econômica e socialmente. “Proponho que juntos, sociedade e governo, possamos avançar por meio da boa governança na direção do nosso desenvolvimento econômico com sustentabilidade socioambiental, preservando e promovendo nossos valores culturais, tornando os cidadãos otimistas em relação ao seu futuro e, portanto, mais felizes”. n 44 | Fale! | MAIO DE 2010 | www.revistafale.com.br
Maria Adísia Barros de Sá
O pioneirismo de uma vida voltada para a essência do Jornalismo
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elebrada como um dos maiores nomes do jornalismo cearense, Maria Adísia Barros de Sá tem 55 de seus 80 anos marcados pela paixão ao exercício da profissão que a tornou pioneira em diversas áreas do jornalismo no Ceará. Adísia tornou-se símbolo do próprio jornalismo em seu estado natal. Natural de Cariré, interior do Ceará, ela começou sua carreira em 1955, no jornal Gazeta de Notícias, passando também pelos jornais O Estado, O Dia, e, finalmente, O Povo, onde se mantém até hoje como articulista semanal. Nesse veículo, tornou-se a primeira Ombudsman do Ceará, durante três mandatos, recebendo o título de Ombudsman Emérita do jornal. Licenciada em Filosofia Pura pela Faculdade Católica de Filosofia e doutora em Filosofia e Comunicação, Adísia foi uma das maiores vozes no movimento que impulsionou a criação do primeiro curso de Jornalismo no estado nos anos 60, na UFC, à frente do grupo fundador do curso. Lá lecionou por 18 anos e recebeu o título de professora emérita. A jornalista esteve também entre os fundadores do Sindicato dos Jornalistas Profissionais e da Associação Brasileira de Ouvidores, seção Ceará, presidiu a Associação Cearense de Imprensa, o Sindicato dos Jornalistas do Ceará e foi membro da Comissão Nacional de Ética dos Jornalistas. Além do jornal, Adísia esteve presente também na televisão, como comentarista da Tv Jangadeiro e da antiga Tv Manchete. No rádio, foi diretora da AM O Povo, de onde foi ouvidora por um ano, e hoje ainda está presente como comentarista diária. Atora de nove livros, Adísia é dona de uma carreira rica e eclética, que não demonstra sinais de desaceleração, movida pelo amor à profissão e baseada na ética profissional, pela qual hoje ainda se inspiram os jornalistas cearenses. Já se foi o tempo em que as coisas aconteciam debaixo dos panos e a ignorância era marca registrada da sociedade em relação aos feitos e atos de autoridades e poderosos. Agora, não: tudo é proclamado, divulgado na imprensa, rádio e televisão n
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Roseane Oliveira de Medeiros
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Flávio Paiva
Com essência múltipla, sua atuação transversal vai da literatura até o mundo empresarial
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oteirista, cantor, escritor, jornalista, assessor, compositor, poeta, engajado, muitas são as palavras que podem servir de sinônimo para Flávio Paiva. Nenhuma capaz de traduzilo em sua essência múltipla. Também muitas foram as obras legadas por ele, desde que veio para Fortaleza em 1976. CDs infantis e adultos, livro-reportagem, revistas alternativas e campanhas de consumo consciente foram algumas delas. Nascido em Independência, no interior do Ceará, em 1959, Flávio Paiva é jornalista de formação. Já passou pelo O Povo, onde ficou entre 1985 e 2003. Escreve, desde 2005, como colunista do Diário do Nordeste. Paralelamente ao jornalismo – no qual já ganhou diversos prêmios – entrou no mundo da poesia em 1979, dos livros em 1982, dos HQs em 1983, da mobilização político-social em 1987, do mundo empresarial em 1988 – onde atua como Secretário Executivo de comunicação do tradicional grupo J. Macedo – da música em 1994 – onde criou o termo “Música Plural Brasileira” – das composições infantis em 1999 – três anos depois foi finalista do Prêmio Jabuti, justamente com o livro infantil “Flor de Maravilha” – e vem enveredando também de forma despretensiosa pela filosofia. Como pensador atualizou o conceito de “Intelectual Orgânico”, de Gramsci, criando o de “Cidadão Orgânico”, que nas palavras do próprio Flávio Paiva, é “aquele que tem uma experiência autêntica, para com ela existir de forma integrada à natureza, independente de ser viajado ou não”. De opiniões fortes, prega o fim do “mito” do neoliberalismo, critica o que chama de alienação da “era Tasso” e a violência cultural contra as crianças. Nesse sentido, lançou, em 2009, o livro “Eu era assim – Infância, Cultura e Consumismo”. Aliás, a temática da infância é uma das marcas mais fortes de seu trabalho nos diversos campos do saber. “Eu sempre trabalhei com a coisa da infância, mas na realidade... é com o lúdico. E o lúdico é do humano, não é só da criança. O lúdico vem da necessidade do jogo que existe no ser humano.”n
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Lustosa da Costa
Elogiado e premiado por seu talento literário, mas humilde diante da riqueza de sua carreira
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ilho de Francisco Ferreira Costa e Maria Dolores Lustosa da Costa, paraibano de nascimento — mais precisamente na cidade de Cajazeiras, no dia 10 de setembro de 1938 – mas “sobralense em tempo integral”, como costuma definir, o jornalista e escritor Francisco José Lustosa da Costa construiu de fato sua vida profissional em Sobral — e por extensão, no Ceará. Iniciou suas atividades jornalísticas em 1954 no Correio da Semana, já na chamada “Princesa do Norte”, e já tendo como foco a cobertura política. A propósito desse interesse pela vida pública, foi o deputado federal mais votado do Ceará, em 1966, concorrendo pelo MDB. Tem formação em Direito pela UFC e foi também professor de disciplinas ligadas à sociologia na própria universidade e no Centro Educacional do Ceará. Foi ainda procurador do IPASE e técnico em comunicação na Câmara dos Deputados e integrou os conselhos de Administração do Banco do Nordeste e da Teleceará. Conduziu também a edição dos jornais Correio do Ceará e Unitário, além de ter sido repórter do jornal O Estado de São
Paulo e do Jornal da Tarde e colunista do Correio Braziliense. Também trabalhou na antiga TV Ceará e na Ceará Rádio Clube – ambos pertencentes aos Diários Associados. Hoje é colunista do Diário do Nordeste. Seu talento com as palavras também se verificou nos quase trinta livros que publicou. Sua obra-prima é “Vida, paixão e morte de Etelvino Soares”, elogiado pelo antropólogo francês Claude-Lévi Strauss. Destaques ainda são os livros “Clero, nobreza e povo de Sobral” – publicado também em Portugal – e “Foi na seca do 1919”, além do livro de crônicas “Rache o Procópio”, premiado pelo Ideal Clube de Literatura de Sobral. Seu talento literário e atuação na capital federal lhe valeram ainda o título de membro da Academia Brasiliense de Letras. Lustosa da Costa, no entanto, não se envaidece com tantos títulos e prefere dizer, bem humorado, que é “um milionário de amigos que ama o uísque no Ceará, o vinho na Europa e em Brasília, as mulheres em toda a parte”.n www.revistafale.com.br | MAIO de 2010 | Fale!
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Evangelista Torquato A atividade de dar vida através da Medicina
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ascido em Nova Russas, no dia 25 de outubro de 1968, o médico especialista em reprodução humana, Evangelista Torquato, herdou do pai a vocação profissional. Precoce, aos cinco anos já anunciava à família sua intenção de medicar quando se tornasse adulto. Veio estudar em Fortaleza aos 11 anos. Cursou Medicina na Universidade Federal do Ceará, onde se graduou em 1992. Foi nessa época que nasceu a paixão pela ginecologia e obstetrícia, apesar de breve incursão na política, quando militou no partido comunista. Depois da formatura fez sub-especialização em Reprodução Humana com o Dr. Cesare Aragona, da Universidade La Sapienza, na Itália. Casou-se com Socorro Parente e teve na própria experiência do casal de seis anos de tentativas infrutíferas de gravidez, o impulso definitivo para seguir a especialidade, principalmente devido o fato de ter ele mesmo realizado a fertilização in vitro. O sucesso rendeu o filho Gustavo. Pouco depois em nova reprodução assistida nasceram mais três filhas, de uma só vez: Maria Laura, Maria Clara e Maria Eduarda. Em 1998, criou, ao lado de três sócios – incluindo o amigo Dr. Fábio Eugênio Rodrigues – o Centro de Medicina Reprodutiva BIOS, onde um ano depois nasceu o primeiro bebê de proveta cearense, Vitória Sheryda Sousa. Lá é diretor do laboratório de fertilização in vitro, Andrologia e Criobiologia. É ainda diretor-médico da CRIAR – Centro de Reprodução Humana – Unidades Teresina e São Luís. O talento em ajudar centenas de casais a realizar o sonho de ter filhos conduziu Evangelista Torquato a tornar-se: membro da Sociedade Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia; da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida; da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana; da Academia Americana de Medicina Reprodutiva; e da Academia Européia de Embriologia e Reprodução Humana. Para ele, “ser pai ou mãe modifica profundamente uma pessoa, revelando o sentido da nossa existência. Minha missão é levar alegria aos lares, aos casais que desejam viver a plenitude da paternidade e da maternidade”.n
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Mairton Lucena
Profissionalismo e competência para a longevidade saudável de milhares de pessoas
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neurocirurgião Mairton Lucena comanda, pela terceira vez consecutiva, a maior cooperativa de médicos no Ceará, a Unimed Fortaleza. Como a oitava maior do plano no Brasil e a maior das regiões Norte-Nordeste e Centroeste, João Mairton Pereira de Lucena tem a desafiadora tarefa de conciliar qualidade em atendimento médico e liderar os milhares de médicos cooperados do plano. Com pósgraduação em gestão hospitalar e organizações de saúde, o médico tem vasto currículo com atuação em entidades nacionais de sua especialização, a neurocirurgia. Membro da Sociedade Francesa e Brasileira de Neurocirurgia, da Sociedade Francesa de Neuroradiologia, fez parte do Conselho Deliberativo da Academia Brasileira de Neurocirurgia em Curitiba, e é secretário da Academia Brasileira de Neurocirurgia, Lucena, sem dúvida, tem destaque em sua área médica pelo profissionalismo e competência, atuando, inclusive, como neurocirurgião na Central de Transplantes da Secretaria de Saúde do Estado. Na cooperativa Unimed, tem longa trajetória, tendo ocupado diversos cargos como coordenador do Conselho Fiscal da Unimed Fortaleza, presidente da Federação Equatorial e diretor do Desenvolvimento Regional da Unimed Brasil. Em 2010, foi reeleito pela terceira vez o presidente da cooperativa, para mandato de quatro anos, onde já presidia desde 2002. “Nossa idéia é contribuir para a longevidade saudável de nossos clientes”.n
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pAULO oLIVEIRA
Fenômeno de audiência no Ceará com repercussão em todo o Brasil
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jornalista Paulo Oliveira nasceu no dia 17 de março de 1951 em Fortaleza. Começou como locutor em 1969, na Rádio Dragão do Mar. Antes, porém, já ensaiava técnicas de locução recitando cordéis para o avô. Em 1988, ingressou na Rádio Verdes Mares e, desde então, passou a comandar o “Programa Paulo Oliveira”, líder de audiência em seu horário no Estado. Em 2005, levou o sucesso do rádio para a TV, e logo foi apelidado de “fenômeno”, principalmente devido à grande audiência fora do Ceará. Casado, pai de três filhos – dos quais um, Paulo Sadat, seguiu os passos do pai e se formou em jornalismo – Paulo Oliveira costuma dizer que o seu sucesso deve-se ao fato de ser “popular sem ser popularesco”. Seu prestígio foi reconhecido nacionalmente em reportagem do jornal O Estado de São Paulo, publicada em maio deste ano, quando foi apontado como um dos comunicadores prediletos dos presidenciáveis que visitavam o Ceará. Filiado ao PSDB, Paulo Oliveira já foi cotado para vice-prefeito em uma chapa tucana ventilada para concorrer em 2008. Em 2009, foi sondado pelo PV estadual para disputar uma vaga no Senado, haja vista a candidatura praticamente certa de seu correligionário Tasso Jereissati. Paulo Oliveira comanda ainda uma empresa que agencia os anunciantes de seus programas de rádio e televisão. Como principais homenagens recebidas ao longo de sua carreira profissional estão o de cidadão de Paracuru, em 2007, e de Comunicador do Ano, em 2008, na Festa dos Melhores da Política e da Administração Pública e Social, promovida pela PPE. No início de 2010, reformulou seu programa de TV inserindo notícias mais leves e apresentando clipes musicais. Para ele a mudança “era uma coisa que eu, há muito tempo, queria fazer. É um desafio a ser vencido diariamente”. n
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Valdetário Monteiro Recuperação da imagem da Justiça deve ser feita a partir de uma advocacia altiva e cidadã
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ascido em Arneiroz no dia 10 de julho de 1972, Valdetário Andrade Monteiro trouxe de suas origens no interior do Ceará – tendo passado parte da vida em Iguatu – o desejo de descentralizar as ações da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Ceará, entidade que preside desde o início deste ano. Formado em Direito pela Unifor, no ano de 1996, com especialização em Direito Empresarial na PUC-SP, jamais abandonou o contato com o universo acadêmico, lecionando, atualmente, Introdução do Direito Público, na Faculdade Christus. É notável especialista em Direito Tributário e mantém escritório de advocacia Andrade & Goiana Advogados Associados, em sociedade com o advogado José Alexandre Goiana de Andrade. É Diretor Jurídico do Sincodiv/CE e da Fenabrave-CE e já foi membro do IBEF. Na OAB-CE já ocupou diversas funções. Presidiu a Comissão de Estudos Tributários e a Comissão de Acesso à Justiça, ambas por três anos. Foi também secretário-geral da instituição entre 2004 e 2006. Mas talvez o seu maior mérito antes de chegar à presidência tenha sido o trabalho frente à Caixa de Assistência dos Advogados do Ceará, a CAACE, que presidiu entre 2007 e 2010. Entre os principais feitos de sua gestão, estiveram: a remodelação do espaço físico da CAACE; a construção de clínicas de odontologia, fisioterapia e fonoaudiologia; a implementação do Programa de Modernização da Advocacia, o Promad; além da construção da Casa do Advogado. Contando com o apoio do renomado advogado Paulo Quezado, derrotou, no ano passado, a chapa situacionista – embora com pequena margem de votos, apenas 22 a mais que o adversário Erinaldo Dantas – nas eleições para a escolha da nova diretoria da OAB-CE. Para tal vitória, foi de fundamental importância também a votação que teve no interior do estado, devido ao seu histórico de luta pela descentralização dentro da entidade. Em 2010, já como presidente da OAB-CE, encampou luta contra o aumento do IPTU anunciado pela prefeitura de Fortaleza. Ciente do difícil equilíbrio entre a recuperação da imagem da Justiça e o cuidado para evitar atropelos, Valdetário acredita que “o verdadeiro acesso à Justiça passa por uma advocacia forte e apoiada por seu órgão de classe.Portanto, a recuperação da imagem do Judiciário vem a partir da celeridade na solução das demandas, com o apoio de uma advocacia altiva e cidadã”.n
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Portos em xeque Estudo Portos Brasileiros: Diagnóstico, Políticas e Perspectivas, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada mostra que o Brasil corre risco de apagão logístico por falta de investimento em portos
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Economia
Brasil está preparado para uma nova crise? A resposta de Henrique Meirelles, presidente do Banco Central é sim. Mas ele diz que é prematuro fazer qualquer prognóstico sobre a extensão da crise na Europa. “O fato é que o Brasil está bem preparado”, disse citando políticas de combate à crise, com a conjugação de estabilidade de preços, inflação na meta, câmbio flutuante e reservas elevadas
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m presente de grego é no que a crise financeira da Grécia está se conventendo para alguns países da Europa. Mas o presidente do Banco Central Henrique Meirelles, assegura que o Brasil está bem preparado para enfrentar uma nova onda da crise internacional se a situação na Europa se agravar. No entanto, segundo Meirelles, um possível risco para o Brasil seria uma eventual dificuldade de financiamento com aumento do custo para contrair empréstimos e a elevação da aversão ao risco. Durante o 12º Seminário Anual de Metas de Inflação, promovido pelo BC no Rio de Janeiro Meirelles destacou que em qualquer região que tenha um problema, é preciso observar se haverá uma queda na atividade econômica que possa afetar o comércio e a exportação. O presidente do BC afirma que é 52 | Fale!
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O diretor de Estudos e Políticas Setoriais do Ipea, Marcio Wohlers, fala durante a apresentação de estudo Portos Brasileiros: Diagnóstico, Políticas e Perspectivas Foto Roosewelt Pinheiro_ABr
prematuro fazer qualquer prognóstico sobre a extensão da crise na Europa. “O fato é que o Brasil está bem preparado”, disse ao citar as políticas de combate à crise, com a conjugação de estabilidade de preços, inflação na meta, câmbio flutuante e reservas elevadas. Sobre a volatilidade nos mercawww.revistafale.com.br
dos financeiros, Meirelles assegura ser normal, uma vez que o pacote de ajuda de cerca de US$ 1 trilhão para os países afetados pela crise foi anunciado há apenas cinco dias. “É normal que haja uma certa volatilidade nos mercados. Vamos aguardar”. Meirelles rebateu críticas sobre a retomada de aumento da taxa de juros, ele afirmou que “este tem sido um aumento da taxa de juros dos mais pacíficos dos últimos sete anos”. O presidente indicou que atualmente é consenso entre os formadores de opinião que a economia necessita de um ajuste. E que o corte de gastos governamentais vai nessa direção. “O importante é que cresçamos de forma equilibrada, responsável, que não gere desequilíbrios futuros, como muitas vezes já aconteceu no passado”, comentou, aludindo ao problema dos chamados “vôos de galinha”, em que o país apresentava surtos alternados de crescimento e de desaquecimento da economia. Segundo Meirelles, o Brasil está crescendo de forma sustentável desde 2003, com apenas um intervalo no ano passado devido à crise. A expectativa do presidente do BC é que o país seguirá crescendo nos próximos anos. “Tenho certeza que a população apóia que nós mantenhamos a responsabilidade”. n
Brasil tem cinco anos para evitar um apagão logístico, caso a economia cresça num patamar entre 4% e 5% ao ano. Isso porque os investimentos previstos para a área portuária correm o risco de não dar conta das 265 obras avaliadas como necessárias para comportar o volume de transporte de cargas no país e de transporte de mercadorias a serem exportadas. A conclusão consta do estudo Portos Brasileiros: Diagnóstico, Políticas e Perspectivas, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “Das 265 obras constatadas como necessárias, apenas 51 estão previstas no Programa de Aceleração do Crescimento [PAC]. Isso não representa sequer um quarto do valor necessário para atender as demandas”, explicou o coordenador de
Desenvolvimento Urbano do Ipea, Bolívar Pêgo. “E se excluirmos os acessos terrestres considerados pelo programa, o PAC cobre apenas 12% das deficiências identificadas.” De acordo com o estudo, o valor estimado para a totalidade das obras consideradas necessárias pelo Ipea é de R$ 42,879 bilhões. Para as 51 obras previstas pelo PAC, são previstos investimentos da ordem de R$ 9,855 bilhões. “A gente considera que se a economia vier a crescer a uma taxa de 5% nos próximos anos, teremos problemas nas áreas não só de portos, mas de infraestrutura em geral. Todos queremos que o Brasil cresça, mas isso tem de ser casado com os investimentos compatíveis aos portos. Infelizmente, neste momento, esses investimentos são insuficientes”, avaliou. Para ele, os principais gargalos são ligados a obras de dragagem e de acesso aos portos por rodovias e ferrovias. “Identificamos que os portos carecem de obras na área de dragagem e de facilidades de acesso.
Estes podem ser considerados como os principais problemas dos portos brasileiros”, avaliou o coordenador de Infraestrutura Econômica do Ipea, Carlos Campos. “Mas a questão da gestão é também bastante relevante, porque se a carga chega ao cais e encontra serviços morosos e funcionamento limitado a apenas dez horas por dia, cria estrangulamento e atrasa o embarque e o desembarque da mercadoria”, complementa Bolívar. Segundo ele, todos os portos brasileiros apresentaram problemas sérios de dragagem. “Muito disso se deve à decorrente falta de um sistema regulatório”. O Ipea aponta que, na área de dragagem e derrocamento, foi identificada a necessidade de serem realizadas 46 obras. Destas, 36 de aprofundamento e alargamento das vias utilizadas pelas embarcações. “O PAC atua em 19 obras, num custo estimado de R$ 1,539 bilhão. Isso corresponde a 55,3% dos R$ 2,278 bilhões estimados para a realização www.revistafale.com.br
dessas 46 obras identificadas como necessárias”, disse Bolívar. “E das 45 obras de acesso identificadas como necessárias, cujo custo estimado é de R$ 17,291 bilhões, apenas 14 estão previstas pelo PAC. Elas custarão R$ 6,784 bilhões, ou 39,2% do valor total de obras necessárias.” Para Carlos Campos, “embora louváveis, os investimentos previstos no PAC não representam mais do que um esforço para compensar o país pelos 30 anos sem investimentos em infraestrutura”. Mas a distância entre a previsão desses investimentos e a realização física da obra preocupa os especialistas. Dos R$ 1,539 bilhão destinado a obras de dragagem e derrocamento para o período entre 2007 e 2011, apenas R$ 25,40 milhões foram aplicados até 2008. O programa prevê, ainda, investimentos de R$ 27,28 milhões em acessos terrestres a portos, para o mesmo período. Destes, R$ 11,80 milhões foram efetivados até o ano de 2008. n maio de 2010 | Fale
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ECONOMIA& NEG ÓCIOS
Scrum, dos campos de rúgbi para o gerenciamento de projetos
O filme “Invictus” contou como o maior evento mundial de rúgbi aproximou brancos e negros, na África do Sul, após o fim do regime de Apartheid. O que poucos sabem é que uma jogada desse esporte serviu de inspiração para uma revolução no mundo da Tecnologia da Informação e do processo de gerenciamento de equipes. É o Scrum, que nasceu nos campos esportivos para tornar-se a metodologia ágil preferida em empresas com alto grau de inovação. Entre os dias 7 e 20 de junho, o brasileiro com mais certificações Scrum, Michel Goldenberg, estará no Ceará, treinando desenvolvedores, gestores de TI, entre outros profissionais, em parceria com a empresa cearense Tener. Por Adriano Queiroz
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uem estiver disposto a tirar algum tipo de lição sobre formação de equipes vencedoras, observando as seleções de futebol na Copa do Mundo da África do Sul, pode ir mais além e tentar conhecer outro esporte de sucesso na terra de Mandela. Para quem não sabe, os anfitriões do maior evento futebolístico do planeta são bons mesmos é em rúgbi, no qual são bicampeões mundiais. Nesse esporte, tido por alguns como truculento, nasceu a inspiração para uma revolução no gerenciamento de projetos, especialmente de softwares. Jogado por duas equipes de quinze atletas, os criadores do rúgbi pensaram numa forma criativa de punir faltas e irregularidades: o scrum, ou formação ordenada. No scrum, apenas oito jogadores de cada equipe participam da disputa pela bola. Um jogador da equipe prejudicada pela infração tem a oportunidade de fazê-la ser conquistada pelo seu time arremessando-a por dentro de um “túnel” de jogadores, de ambas as equipes. Por volta de 1986, os japoneses Nonaka e Takeuchi, analisando processos na Toyota, perceberam que equipes menores e multidisciplinares obtinham melhores resultados e associaram isso ao que ocorre no scrum do rúgbi. Nove anos depois, o norte-americano Ken Schwaber formalizou a metodologia de gerenciamento de projetos Scrum. Podendo ser usado em qualquer tipo de planejamento de longo prazo, de casamentos a projetos empresáriais complexos, o Scrum se ajustou ainda melhor ao desenvolvimento de softwares, porque tornou mais simples, ágil, eficiente e barata a produção. Quem gerencia essa metodologia no mundo é a organização Scrum Alliance, que oferece cinco tipos de certificação profissional: CSM e CSPO (níveis básicos); CSP, CSC e CST (níveis avançados). No Brasil, ainda são poucas as empresas que a utilizam, mas o interesse não pára de crescer, especialmente por conta da demanda dos grandes projetos de infra-estrutura que estão sendo desenvolvidos no país. Mas apesar do crescente interesse pelo Scrum, apenas dois profissionais brasileiros tem a certificação máxima, a CST (Certified Scrum Trainer). Novos métodos de gerenciamento de equipe. Pedro Jorge Silveira é diretor comercial da Tener. www.revistafale.com.br
Um deles, Michel Goldenberg, estará no Ceará em junho, formando três turmas Scrum. O treinamento será realizado pela Tener. Nos dias 7 e 8 daquele mês, Goldenberg estará treinando futuros profissionais CSM (Certified Scrum Master) em Fortaleza. Nos dias 17 e 18, ainda em Fortaleza, é a vez dos profissionais CSPO (Certified Scrum Product Owner). E, por fim, nos dias 19 e 20, ele estará em Juazeiro do Norte, também formando profissionais CSM. A carga horária de cada curso será de 16 horas e renderá aos participantes as referidas certificações, reconhecidas internacionalmente. Será a segunda vez que a Tener realizará treinamentos Scrum no estado do Ceará. Confira a entrevista que Fale! realizou com o diretor comercial da Tener, Pedro Jorge Silveira, sobre a experiência da empresa com o Scrum e as possibilidades de crescimento dessa metodologia no mercado de Tecnologia da Informação do Ceará e do Brasil. Fale! A Tener tem profissionais com certificação Scrum? Como ela está se preparando para obter essas certificações? Pedro Jorge Silveira. Nós começamos esse processo de certificação a uns três ou quatro meses, com foco maior na certificação Scrum Master (CSM). Nesse primeiro momento, o nosso Diretor de Desenvolvimento, Alessandro Câmara, foi certificado. Depois nós conseguimos que mais dois profissionais nossos obtivessem a CSM. A qualificação de nossos profissionais nessa metodologia ágil nasceu de uma visão estratégica da Tener implantar o Scrum dentro da empresa. Como metas para 2010, planejamos que mais seis profissionais obtenham a certificação Scrum Master (o que totalizará nove CSMs na Tener) e que três recebam a certificação Scrum Product Owner (CSPO). Mas a nossa idéia é fazer investimentos nessas certificações continuamente. Fale! Além da questão da certificação de profissionais, como a Tener está se preparando para implantar o Scrum em seus projetos? Pedro Jorge Silveira. Nessa experiência de formação de pessoal, nós fechamos uma aliança com a Goto
Agile, que é uma empresa do próprio Michel Goldenberg, um dos dois únicos brasileiros CSTs (certificação máxima: Scrum Trainer). Além da capacitação, nós fechamos uma aliança para a implantação propriamente dita do Scrum na empresa e também para que a Tener participe ao lado da Goto de novos eventos, tanto voltados para o mercado quanto para os profissionais, trabalhando o calendário da comunidade ágil. Fale! A Tener já sugeriu a implantação do Scrum em alguma empresa cliente ou parceira? Pedro Jorge Silveira. O nosso parceiro Scrum, o Michel, desenvolve esse trabalho de coaching (treinamento). Como parceiros, nós estamos conversando com algumas empresas interessadas para que juntos do coaching dele, nós possamos implantar o Scrum nelas. Fale! Como o treinamento promovido pela Tener com o Michel Goldenberg repercutiu interna e externamente? Pedro Jorge Silveira. O treinamento Scrum que realizamos teve uma procura excepcional. A procura por vagas, na primeira turma, foi enorme, esgotou rápido e ainda ficamos com uma lista de interessados, que participarão dos nossos próximos treinamentos com o Michel. Em Fortaleza, nós ainda intermediamos para que ele desse uma palestra para um grupo de universitários que compõem um grupo de estudos ligado a comunidade de ágil local. Em termos da realização em si do treinamento, todos os participantes (novos CSMs) ficaram muito satisfeitos, porque o treinamento Scrum é muito dinâmico, é muito prático. Já no segundo dia os alunos experimentaram as práticas Scrum. A repercussão junto desse pessoal foi a melhor possível. Fale! Como empresário e desenvolvedor de softwares, qual é a sua avaliação dessa metodologia? Quais as maiores vantagens? Ela também pode ser aplicada em empresas ou equipes não ligadas à TI? Como? Pedro Jorge Silveira. A minha visão sobre o Scrum e as metodologias ágeis é muito positiva. Eu acredito muito na idéia de entregar valor ao cliente. As metodologias tradiciowww.revistafale.com.br
nais, em muitos casos, levam a um grande consumo de recursos e, mesmo assim, não garantem a qualidade e nem o cumprimento de prazos. As metodologias tradicionais transformaram os orçamentos de desenvolvimento de software e os mecanismos de controle e gestão de recursos e riscos, em processos excessivamente complexos e nem sempre garantem que o projeto saia no prazo e com qualidade. É claro que todas as metodologias têm suas vantagens, mas com o Scrum, através da figura do Product Owner, há uma volta à simplicidade, quando havia uma relação mais próxima ao cliente. Isso é positivo porque o cliente pode priorizar as funcionalidades e o time pode entregar valor rapidamente. O cliente pode dizer constantemente, isso é mais valioso, e o time entrega sempre um produto pronto. Mas isso quer dizer que só o Scrum vai garantir o cumprimento de prazos? Bem, não é exatamente isso, mas nós estaremos continuamente entregando valor para o cliente, através de uma visão de prioridade e orçamentos mais enxutos, pois não teremos fases muito caras de planejamento ou elaboração de estimativas que nunca realizam. Quando se coloca o trabalho com pequenas equipes auto-organizadas e auto-disciplinadas, com a participação do cliente, isso é uma volta ao simples. Como negociador de contratos, eu também me identifico. Eu me sinto a vontade para negociar contratos onde o cliente é coresponsável. Sinto-me à vontade em oferecer um produto baseado nessa metodologia. Pelo lado técnico, me sinto muito bem e me realizo, porque eu fui educado em uma cultura onde os projetos de desenvolvimento eram feitos com pequenas equipes muito próximas aos clientes, entregando versões dos softwares aos poucos, com aquilo que ele tinha como prioridade. Nesse processo, a comunicação era facilitada. Hoje é natural para mim, participar desse tipo de processo, pois acredito em entregar valor ao cliente rapidamente e de forma priorizada. Acredito também em times pequenos, multidisciplinares, auto-organizados, até porque os clientes de softwares estão decepcionados com os projetos tradicionais que tem grandes orçamentos, grandes cromaio de 2010 | Fale
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ECONOMIA& NEG ÓCIOS nogramas, onde a entrega de valor é demorada. O cliente se pergunta: porque demorar dois anos para usar o software depois de tudo ficar pronto. Ele vê que muito do que precisa é feito mais rápido e com menos recursos. Existe muita gordura nos projetos tradicionais. Eu também acredito que a gestão de projetos ágeis pode ser adaptada a outros setores até porque o Scrum é uma incorporação de conceitos que outras indústrias já haviam percebido. O modelo de gerenciamento ágil cabe em diferentes casos. Dentro da própria TI, antes de receber o nome Scrum, esses conceitos já eram adotados de forma empírica. Na medida em que se defende uma negociação em que o cliente escolhe o que é prioridade, na medida em que se tira, de um projeto, os planejamentos excessivos, você já está, de alguma forma, seguindo metodologias próprias do Scrum. Porque gastar tanto e fazer tanto esforço para diminuir erros, se eles não diminuem nas metodologias tradicionais? Alguns ainda chamam as metodologias ágeis de caóticas, mas elas estão aí cumprindo com a sua promessa, e não são exclusividades do segmento de Tecnologia da Informação.
de usar, de uma só vez, todos os recursos disponíveis.
A revista de informação do Ceará.
CEARÁ: MODA PRAIA E SURF, UM SUCESSO Revista de informação ANO VI — Nº 69 OMNI EDITORA
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Fale! Como é aplicada a metodologia ágil de gerenciamento de projetos Scrum? Pedro Jorge Silveira. O expediente começa com uma reunião de 15 minutos entre os desenvolvedores (time), para decidirem o que vão fazer e quais serão as metas do dia. Nestas reuniões diárias, chamadas Daily Meetings, três perguntas são propostas a todos os integrantes: O que fiz ontem? O que farei hoje? Quais são os impedimentos? O Scrum Master deve retirar todos os obstáculos da equipe de desenvolvedores, mas no contexto do Scrum, o time deve ser autônomo, ou seja, eles resolvem todos os problemas entre si, sem recorrer a membros mais experientes. Além do Scrum Master e do time, há o Product Owner que deve ter um conhecimento de domínio muito avançado, aliado a uma grande experiência em gestão de negócios. Em geral, os profissionais que ocupam essa posição são engenheiros seniores. Também é fundamental a participação do cliente, não só listando as prioridades do produto no início do projeto, como também em reuniões de duas a quatro horas, realizadas preferencialmente, a cada 15 dias (ou pelo menos ao final de cada sprint), para interagir em pontos chave do processo. Um sprint é um período que dura entre 30 e 45 dias, quando um incremento do software é produzido. Em outros tipos de projetos, que não a fabricação de softwares, o sprint pode ser aplicado à componente de um produto ou etapa de um planejamento.n
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Fale! O Scrum nasceu do esporte. Que lições o mundo esportivo e o mundo corporativo podem dar um ao outro, na sua visão? Pedro Jorge Silveira. O paralelo entre os dois mundos nos oferece muitas similaridades. Apesar do esporte não indicar ne-
cessariamente a competição, está quase no DNA do esporte a busca pelo aperfeiçoamento. Em algumas modalidades temos a competição propriamente dita com o outro; em outras a busca é pela competição consigo próprio, a busca pela perfeição. De um modo geral, o esportista está buscando momentos de perfeição, por isso, está sempre tentando superar limites. Isso está muito forte no esporte: a busca pela perfeição, a busca por melhorias. O mundo corporativo também joga esses desafios para os profissionais. No mundo corporativo, estamos sendo constantemente cobrados por melhores resultados, competimos e buscamos fazer sempre algo melhor: o melhor projeto, o software perfeito, o mais rápido, a busca pela evolução constante. Vencer no mundo corporativo exige garra, empenho, paixão, superação, pois temos um ambiente extremamente competitivo. Há aprendizados em equipe. Tanto no esporte quanto no mundo corporativo, não adianta ter excelentes indivíduos, ter todos os melhores profissionais juntos, se eles não constituírem uma equipe verdadeira. Quando os profissionais não se conhecem bem, o time não tem muita chance de êxito. O trabalho de equipe é, portanto, muito valorizado nas empresas e no esporte. O Scrum, que tirou do rúgbi o nome, vem historicamente da observação da indústria, de que os times menores eram mais produtivos, a comunicação era mais facilitada. A metodologia Scrum é uma analogia perfeita com a jogada scrum do rúgbi. A busca é na essência a mesma: entregar valor com um time reduzido, sem necessariamente ter
Francisco Pinheiro, vice-governador do Ceará
O HOMEM DO PT NO GOVERNO CID
Quem é Michel Goldenberg
É co-fundador do grupo de usuários Scrum de Montreal, um dos maiores do Canadá. Michel vem divulgando o Scrum na comunidade de Montreal e pelo mundo através de palestras e treinamentos. Além disso, Michel presta consultoria e é Agile Coach em médias e grandes empresas no Canadá. Tem mais de dez anos em TI e há seis anos trabalha em projetos Scrum, o que lhe valeu as certificações CSM, CSPO, CSP, CST.
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Os leitores da revista Fale! são decisores, pessoas que não abrem mão de informação de qualidade. política e Economia são os principais temas da revista de informação. Fale! Quem decide, lê.
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Literatura
O Maurício que está e o que não está nos gibis Talvez a maior estrela da IX Bienal Internacional do Livro do Ceará tenha sido não um escritor, mas um cartunista. Mauricio de Sousa nasceu em Santa Isabel, no interior de São Paulo, em 1935, e passou boa parte da infância na também paulista cidade de Mogi das Cruzes, onde começou a desenhar cartazes e ilustrações para rádios e jornais. Foi para a capital, São Paulo, tentando vaga como desenhista, mas acabou por cinco anos como repórter policial na Folha da Manhã, onde ilustrava, ele mesmo, as reportagens. Por Adriano Queiroz
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m 1959, teve seu primeiro personagem aprovado para ilustrar as tirinhas do grupo Folha, o cãozinho Bidu, que hoje compõe a logo da multinacional Maurício de Sousa Produções. Em 1963, Mauricio de Sousa criou junto com a jornalista Lenita Miranda de Figueiredo, Tia Lenita, a Folhinha de S. Paulo e no mesmo ano criou sua mais emblemática personagem, a Mônica, inspirada em uma de suas filhas. Tem dez filhos no total. São eles Maurício Spada, Mônica, Magali, Mariângela, Vanda, Valéria, Marina, Maurício Takeda, Mauro Takeda e Marcelo Pereira. Todos inspiraram de uma forma ou de outra na criação de seus personagens.
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Com fama internacional, seus personagens foram adaptados para o cinema, para a televisão e para os vídeos-game e foram licenciados para o comércio, onde eles são representados em uma gama incrível de produtos, das fraldas descartáveis ao material escolar. O império do entretenimento mantém ainda um parque temático, o Parque da Mônica, em São Paulo. Suas revistas em quadrinhos estão entre as mais vendidas do mundo, inclusive no formato mangá. Desde 2007 na Panini – que detém também os direitos da Marvel e da DC Comics – suas revistas circulam em dezenas de países e se preparam para entrar no quase inexplorado mercado chinês. No ano passado, comemorando 50 anos de desenhos e histórias infantis, lançou o livro “Maurício de Sousa por 50 artistas”, com histórias baseadas em seus personagens, mas criadas por desenhistas talentosos de todo o país, sendo três cearenses. Em entrevista coletiva concedida à imprensa de Fortaleza, por ocasião da IX Bienal Internacional do Livro do Ceará, Maurício de Sousa contou um pouco de sua história, das razões de seu sucesso, das novidades, especialmente da Turma da Mônica Jovem, e fez críticas ao sistema de ensino público brasileiro. Fale! esteve lá e conferiu!
Turma da Mônica Jovem
Eu tive muita dificuldade de fazer a revista, porque é todo um processo diferente, novo, inédito. Novos desenhistas, gente para estudar como iam ser os personagens. Como ia ser a Mônica? Como ia ser a moda? Fashion? Moderninha? O Cascão ia tomar banho? Não ia? Teve de tomar né!? Eu estava melhor preparado que o estúdio porque eu queria fazer isso há tempos, tanto que o número zero foi desenhado já faz sete anos e a Turma Jovem faz menos de dois anos que está saindo. Eu já tinha feito um pilotinho para ver como saia, para ver se eu gostava ou não. Quando eu fiz esse proje-
to há sete anos, não era estilo mangá. Depois foi que eu pensei: - O pessoal está ligado no mangá, então eu vou pegar alguns elementos dele e fazer um mangá caboclo, brasileiro, misto. E deu certo. Quando eu apresentei para a editora Panini, o projeto, eu disse: - Olha, isso aqui vai estourar. Aí eles disseram: - Oba, vamos fazer então, vamos fazer sim, vamos fazer trinta mil para começar. Aí eu disse: - Trinta mil não dá para nada. E eles disseram: - Não, mas olhe, a revista de mangá que mais vende no Brasil, que é o Naruto, vende 80 mil. Não vendia isso na verdade, eles tiravam 80 mil, mas vendiam sabe lá quanto. Mas eu disse: - A Mônica vai vender mais. E eles: - Ah não, vende não, vende não. Aquela briga danada. Daí consegui que fizessem 130 mil. Não deu nem pro começo, precisou voltar para oficina três vezes para atender a demanda. Daí eles sentiram e eu também qual era o ponto que nós queríamos chegar. No número 4, do beijo da Mônica com o Cebolinha, nós chegamos a 415 mil exemplares vendidos. Então virou a revista de mangá mais vendida, comprada, lida do mundo. Não só do Brasil, mas do mundo! Eu não estava querendo tanto, eu não estava me achando tanto assim. Mas vendeu. E foi um sucesso, continua um sucesso e agora estamos nos preparando para entrar em
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outros países, inclusive no Japão, que é o templo dourado do mangá. Estamos começando a preparar o terreno no Japão, com um projeto totalmente novo que vai juntar os personagens nossos, da Turma da Mônica Jovem, com os personagens do Tezuka Osamu, que é o mestre, o inventor do mangá moderno e do anime. Ele já faleceu, mas era muito meu amigo e nós tínhamos combinado fazer essa junção dos personagens. Mas quando eu combinei, ainda não havia a Turma da Mônica Jovem, que me facilitou agora juntar os personagens dele com os nossos para uma grande aventura ecológica que vem aí. É com essa revista é que nós vamos sair para outros países também. Então a Turma da Mônica Jovem foi um sucesso e eu atingi o público que eu queria. Uma pesquisa que fizemos deu que c i n -
Erica Pedro
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LITERATURA qüenta por cento do público da Turma Jovem está na faixa de 10 a 16 anos. Era o que eu queria e para minha surpresa, uma faixa substancial está na faixa de 7 a 10 anos, que eu não esperava. Então a criançadinha está toda muito mais avançada do que eu imaginava. Já curtindo também a Turma Jovem e os temas de jovens. Porque a criançadinha já quer ser jovem, já quer ser adolescente. Enquanto isso, o público adulto ficou louco da vida, não gostou nem um pouco, ficou ofendido, dizendo que estraguei a infância dele, as memórias de infância. Acabei nada, o gibi da criançadinha está lá. Mas isso também provocou um outro fenômeno: o adulto, revoltado, começou a comprar a revista clássica de novo. Isso evitou o canibalismo. As duas revistas estão vendendo muito bem, obrigado, sem nenhuma comer um pedacinho da outra. São fenômenos que ocorrem quando às vezes você atira num lado e acerta em outro. Os dois são bons alvos, então tudo bem. O sucesso não, mas essa divisão de públicos me surpreendeu. Então deu mais do que certo e naturalmente eu estou me preparando para lançar mais coisas desse tipo. O Chico Bento Jovem vem aí também. Estou apanhando do mesmo jeito para montar uma equipe, para pegar roteiristas, mas falta roteirista no mercado, botem isso nos jornais. Falta roteirista bom no mercado e não é só para quadrinhos não, é para cinema, é para tudo.
Discussão sociais e conteúdo universal
No mangá já estamos entrando em discussões sociais, mas a revista não deve ser para isso. Nas entrelinhas, lógico, que você pode colocar os personagens vivenciando o socorro para uma área de risco ou ajudando crianças na escola, ou falando de alfabetização. Mas se nós transformarmos a revista num púlpito, num palco para falar disso, a revista não vende mais. Ninguém gosta e diz: - Isso é professoral, o Maurício está fazendo discurso. Em uma revista de linha você tem de botar isso nas entrelinhas. Isso a gente põe. Realmente nas nossas histórias tem mensagens, tem valores. Na Turma da Mônica Jovem nós vamos falar sobre o primeiro voto, a 60 | Fale!
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primeira profissão, a busca pela profissão, porque eles estão naquela idade chata em que não sabem ainda o que vão fazer. Todos nós passamos. Eu ainda estou passando por ela. Então vamos falar dessas coisas que são inerentes, que são visíveis nas famílias, nos parentes, no que a gente passou. E enquanto estivermos falando do que aconteceu com a gente acho que vamos vender bem, porque estaremos falando de nós próprios. Esse é o segredinho nosso. Falar o que existe realmente, do que nós vivenciamos, do que eu vivenciei, do que os nossos roteiristas vivenciaram e daí sai alguma coisa universal. Universal porque ela pode ser vendida, entendida e comprada no Brasil e em qualquer país.
Eu quero, porque quero, transformar tudo que nós fazemos em algum tipo de mensagem, de viés educativo, que é o que está faltando no mundo e no meu Brasilzão também. maurício de souza
Sucesso na China e futuro internacional
Hoje nós atingimos mais de 50 países e com a história e com o material tal como nós escrevemos e desenhamos no Brasil, mudando de vez em quando alguma coisinha de nada. Por exemplo, eu estou entrando na China. Essa década que começa esse ano eu estou chamando de a década da educação. Eu quero, porque quero, transformar tudo que nós fazemos em algum tipo de mensagem, de viés educativo, que é o que está faltando no mundo e no meu Brasilzão também. Infelizmente, eu não consigo chegar às autoridades de ensino do meu país. Em outros países eu estou fazendo algumas coisas que eu queria fazer aqui www.revistafale.com.br
também. Nós estamos fazendo material de alfabetização para China que atinge 180 milhões de crianças, é praticamente a população do nosso país. Estamos fazendo pequenos filmes com mensagens paradidáticas, alguns desenhos animados estão sendo dublados, um livro saiu sobre lendas do mundo todo e agora estivemos em Bolonha e nós acertamos de estudar o lançamento de gibis na China, que não tem. Quase 20% do mundo está ali esperando gibi, que não tem, e a gente tendo um monte de gibi para lançar por lá. Essa semana veio também uma encomenda para nós criarmos um personagem para os Jogos de Inverno deles, que reúne as principais escolas da China em competição. Eles me encomendaram o material por causa da filosofia das nossas histórias, porque elas têm valores, têm família. O Chico Bento é do campo e eles gostam muito disso. Então houve uma química muito boa entre o nosso material com as autoridades de ensino e de comunicação chinesas. Daí eles pegavam a minha revista e olhavam e falavam: - Ah que bom, os personagens já são chineses, então não precisa mudar nada. Porque o nosso estilo, de traço, de desenho, realmente se parece com o dos chineses. Os olhos grandes e expressivos e a mensagem que é muito positiva. Detalhe: o pessoal fala: “Ah, mas a China é um país comunista e é isso, aquilo e tudo mais”. Bem, a primeira revista que eles pediram para gente fazer lá foi sobre a descoberta do Brasil para entrar nas escolas. Desenhei com a primeira missa, cruz, padre, hábitos, índios seminus, para entrar na escola e a criançada saber como era mesmo. Sem problema nenhum, sem ninguém falar: “Ah, isso não pode”. Coisa que às vezes aqui o pessoal fala. Eles também fazem cores muito bem, estamos aprendendo muito com eles lá e vamos fazer produção de desenho animado com eles também como já estamos fazendo com a Índia, com a Argentina, e aqui no Rio de Janeiro e em São Paulo. Como nós vamos entrar na televisão para valer, nós temos de ter muitos filmes, desenho animados para a televisão e depois para o cinema. Então, nós estamos montando de novo um grande projeto de desenho animado, enquanto caminhamos para a internacionalização com um projeto
começando agora. O que eu tentei passar lá, sem esconder o pulo do gato, são algumas pequenas fórmulas que o pessoal teria de seguir para começar uma carreira profissional e viver disso que é o mais gostoso. Falei também de alguns problemas que eu passei e de outras coisas que eles podem fazer para queimar etapas, principalmente, hoje é mais fácil, graças à internet e tudo o mais.
pai da turma toda!!!
Mônica e sua relevância para o feminismo
pesado que vai nos colocar em setenta países, com desenho animado, daqui a uns dois anos. Isso é possível, isso não é sonho nem nada. É possível. Pelos contatos que eu tenho tido é possível e porque o nosso material é universal. Nasce no Brasil, mas é universal por causa da miscigenação, mistura de raças, de hábitos de tudo o mais. Então eu estou me sentindo muito bem trabalhando na China, no Vietnã, Indonésia, Coréia e Itália. Portugal é meio difícil. De vez em quando eu tenho umas complicaçõezinhas, principalmente por causa do português. Mas tirando isso nós estamos nos comunicando e agora os projetos nossos são para entrarmos em países onde nós não estivemos ainda e completarmos um ciclo para a gente chegar à fronteira final, os Estados Unidos, mas aí demora um pouquinho.
O potencial das hqs no Ceará e no Brasil
O potencial, não só do Ceará,
como do Brasil todo, em quadrinhos é ótimo. E aqui nós temos bons desenhistas também. Nós temos daqui do Ceará, no nosso almanaque de 50 anos, o Daniel Brandão, o JJ Marreiro, que é um louco, no bom sentido, o Denílson Albano. Mas há um pequeno problema, às vezes regionalmente esses desenhistas não são conhecidos. Esse nosso álbum vai dar uma virada nessa situação porque virou quase que um catálogo dos maiores desenhistas brasileiros e tem três cearenses. Aliás, tem cearense em qualquer lugar, então tinha que ter no meu álbum de qualquer maneira. Na Bienal, o tema da minha palestra foi “Como fazer quadrinhos no Brasil e dar certo?”, eu tentei passar isso para o pessoal que esteve lá. O pessoal se queixa muito de que o Maurício domina o terreno, de que tem monopólio. Eu não tenho monopólio nenhum, a gente não breca ninguém para não entrar no mercado. É que eu estou fazendo e o pessoal não se organizou talvez ou está www.revistafale.com.br
Quando eu criei o personagem Mônica eu não estava tão consciente da libertação da mulher. O pessoal estava queimando sutiã por aí, mas a Mônica não tinha idade ainda para queimar sutiã. Só que ela foi realmente puxada pela mídia, pelas agências como um protótipo, como uma líder, como alguém que estava à frente de seu tempo e como referência no Brasil, naquele tempo. Naquele tempo nós tínhamos desenhos animados patrocinados pela Cica, com a Mônica e o Jotalhão e outros personagens. A Cica fez uma vez uma pesquisa e descobriu que a dona de casa tradicional do Brasil queria ser a Mônica. Queria não levar desaforo para casa, queria dar umas coelhadas, de vez em quando, em alguém, não baixava a cabeça, mas era romântica, era feminina. Funcionou, veio essa transformação e a mulher hoje realmente está lado a lado com o homem, ocupando espaços devidos, de vez em quando invadindo um pouquinho, mas paciência, elas tem os seus direitos assim como nós. E hoje a Mônica pode ser usada como uma referência, tanto que nesse momento, está sendo usada dessa maneira política, na Indonésia, que é o maior país muçulmano do mundo. Lá tem uma editora – nós estamos com a revista da Turma da Mônica há uns quatorze anos – em que de uns tempos para cá as mulheres dominaram, tomaram conta da editora, por motivos de herança, morte dos maridos e outras razões. As mulheres tomaram conta e agora soltaram a Mônica com toda a força para sugerir que tem luz no fim do túnel. Então a Mônica hoje está passando por lá o que passou há uns trinta ou quarenta anos no Brasil para promover uma eventual libertação ou para sugerir maio de 2010 | Fale
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LITERATURA
chico gadelha
Conselho para crianças que desenham
sucesso. Maurício contou um pouco dos seus mais de 50 anos de carreira na IX Bienal Internacional do Livro do Ceará. que a mulher pode e deve ter o seu lugar e fazer o que tem de fazer e o que desejar e não ficar escravizada a hábitos, costumes, tudo mais. Então, a Mônica é realmente uma referência. Eu não sei como vai ser na China, mas ela já tem um vestidinho vermelho, já facilita as coisas. E, hoje, por coincidência e sorte, a mulher está sendo valorizada por lá. Tanto que eu fui às escolas da China e em muitas delas tinham mais meninas que meninos e todas espertas, inteligentes, desenhando bem, pintando bem, ativas, querendo saber das coisas, tão espertas e atuantes quanto as crianças brasileiras ou até mais porque para elas é muita novidade. Para elas alguém desenhando e criando personagens é uma novidade absoluta. Então foi uma delícia esse encontro que logo eu estarei repetindo. Logo, logo, daqui a 62 | Fale!
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dois ou três meses eu estou indo para lá fazer o personagem dos Jogos de Inverno e assistir ao lançamento dos desenhos animados da Turma da Mônica na TV. Já estão dublando o filme e a dublagem está perfeita.
Futebol e a Turma da Mônica
Quando eu resolvi dar um time para cada personagem, o Cebolinha já tinha a camisa verde, então tinha de ser palmeirense. A Mônica corintiana? Não, vamos botar a Mônica são-paulina para não dar o que falar e vamos botar o Cascão, que é bom de bola, torcendo pelo Corinthians. Sobrou a Magali, a Magali que é gulosa, tinha de ser “peixe”, tinha de ser santista. O Chico Bento era o XV de Piracicaba e assim vai. www.revistafale.com.br
Toda criança desenha, todos nós desenhamos. No começo de nossa vida, a nossa primeira comunicação é rabiscar: seja em paredes, com carvão, no papel, com gravetinho no chão ou na areia, qualquer coisa assim. Então a gente desenhou mais depois uns param outros não, eu não parei. Outros param e vão fazer alguma coisa na vida. Mas quem não para, quem continua desenhando, não precisa ir só para história em quadrinho, pode ir para arquitetura, para pintura, para qualquer arte plástica. Quem gosta e quer deve continuar treinando. A família deve incentivar. Às vezes escolas profissionalizantes ou coisas que o valham antes do tempo não é bom, bitola, bloqueia. O professor pode desviar o estilo ou alterar o gosto em uma criança. Até doze, treze, quatorze anos deve dar liberdade, material para a criança brincar, lápis, papel, revista, livro, fotografia, mandar copiar do natural, de modelo vivo... Brincar. Depois uma escola pode ensinar ferramentas. E hoje a melhor ferramenta é o computador. Tudo vai ser no computador daqui a algum tempo, como no meu estúdio já está tudo está indo para o computador. A arte final já está sendo no computador, o desenho e o roteiro ainda não, ainda bem. No futuro é capaz de um robô inventar em cima de elementos guardados, de receitas. Mas dê o computador para a criançada brincar. Computador é brinquedo para a criançada. Você não precisa obrigar. E dar o tablet para elas. Esqueçam o lápis e o papel, porque tudo vai ser no tablet. E outras coisas mais que venham aí. Com isso nós teremos então bons desenhistas, bons ilustradores. Tem alguns do Almanaque de 50 anos que já estão fazendo isso. Todas as capas da Turma da Mônica Jovem estão sendo feitas no tablet, cores, desenhos, tudo mais. Então é isso que vem aí. Se a criançada quer bote-a no computador. E também é importante ler, ler, informar-se, porque se não tiver cultura geral, não domina o processo e daí fica para trás. Então a fórmula é simplezinha, é só isso e um pouco de carinho de vez em quando.
Leitor brasileiro e o que dizem as editoras
Há uma briga. Tem gente que fala que o brasileiro está lendo mais, tem gente que fala que não está mais. Tem editora que fala que há uma onda de leitura e todo mundo está comprando mais, tem outras que falam que estão vendendo menos. Enquanto isso o brasileiro, fora dessa discussão, continua lendo o que lhe chega às mãos e lhe é simpático e é bem feito. Se chegar às suas mãos livros e revistas bem impressos, bem cuidados, com boas mensagens, lógico que ele lê. Todo mundo lê um material assim. Eu vejo pelo nosso almanaque de 50 anos que acabou em um único dia na Bienal. E isso porque é um livro meio caro e tudo o mais. Não foi porque eu vim aqui. Foi por que alguém falou e o pessoal foi atrás, comprou e acabou. Tendo uma boa distribuição, tendo um bom produto o brasileiro e qualquer povo vai ler mais. Então nós estamos precisando é de editores corajosos, investidores de cultura, gente que resolva, em vez de fazer tijolo, fazer livro. Que isso é muito melhor para o país. Então é uma questão de cabeça. Nós temos que educar os editores. Só. Se nós fizermos isso teremos novo boom no crescimento do livro no Brasil. O pessoal fala também da ameaça do livro digital. O livro vai continuar e o digital vem aí. É igual à televisão, ao cinema, aquela briga toda: “Ah, um vai matar o outro”. Não mata nada! Temos de conviver e tem hora para tudo. Tem lugar em que você não vai poder levar o livro digital. E tem lugar em que é gostoso você ver os livros. Sentir o cheiro do papel. O papel é orgânico. É o facilitador de você ter mensagem. Eu, por exemplo, uso bastante o computador, eu uso bastante a internet. Eu uso o meu Blackberry. Uso para mensagem curta, mas na hora da leitura mesmo eu pego um livro e vou lá ler, faço a dobrinha onde parei. Então um é orgânico e o outro é o prático. Então, vamos educar os editores!
Maurício de Sousa por 50 artistas
Essa foi uma idéia e uma brincadeira que eu e o Sidney inventamos por causa dos meus 50 anos de carreira. E de repente virou quase que um catálogo dos melhores desenhistas brasileiros que trabalham no Brasil e no exterior. Só que nós não percebíamos que havia muito mais de 50 desenhistas bons, ótimos. O segundo já está praticamente pronto para ser lançado com mais 50 grandes desenhistas, mas grandes mesmo. E ainda está pintando o terceiro porque tem gente brigando aí porque não entrou no segundo. Nós não tínhamos a idéia do avanço da história em quadrinhos brasileira. No primeiro número tem duas mulheres e no segundo tem três mulheres, com um material lindo. No primeiro número as mulheres me fizeram chorar. De repente, esse catálogo, esse livro, esse álbum de 50 anos vai ter de trocar de nome e se transformar em uma coleção de grafic novel para nós darmos visibilidade a esses desenhistas. São prestadores de serviços, sem que o pessoal saiba e sinta quem são, de onde são, de que origem. O pessoal tem de saber de onde são, como é que chegaram lá, onde eles estudaram, de onde beberam a arte toda. Nós queremos abrir isso, essa é nossa proposta. Talvez seja a origem de um “Sindicate” brasileiro de distribuição internacional de material de quadrinhos. Nós trabalhamos hoje com a Panini, que tem escritórios em 120 países. E nós estamos nos preparando para entrar em mais países. Então essa minha estrutura pode servir para eu poder lançar mais desenhistas.
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Alguém pode falar: “Ah, mas você vai ajudar seus concorrentes”. Eu digo: “O mundo está precisando de mais arte, de mais mensagens boas, de mais desenhos, mais diversão, mais lazer, mas principalmente de mensagens brasileiras que é o que nasce aqui”. A cada dia chega um material novo, eu fico de queixo caído. Neste início de processo, eles fizeram histórias sobre os nossos personagens, mas no futuro a gente vai soltar para eles também se soltarem. Vamos escolher nichos bons, onde eles se situem bem e vamos tentar fazer esse pessoal ganhar dinheiro igual o que eu ganho. Mas na verdade eu ganho pouco, gasto mais do que ganho. Aliás, no que você se aperta você trabalha mais, ganha mais, você vai evoluindo. Aguardem notícias de desenhos animados sendo lançados esse ano em 3-D, com óculos, inclusive, desenhos animados de cinema e televisão. Nós estamos no Cartoon [Network] e provavelmente nós estaremos em televisão aberta com desenhos novos também. Aguardem! n
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Saúde
Tecnologia a serviço da beleza Estrias, celulites, acnes, manchas, rugas, calvície, gorduras localizadas, flacidez. Muitos são os inimigos da estética humana. Em contrapartida, tratamentos como a carboxiterapia, o peeling, a corrente russa, além dos aparelhos Manthus e Phydias, são alguns dos maiores aliados da beleza. Aliás, na atualidade a tecnologia é cada vez mais usada para combater problemas que tiram o sono e o bom humor dos homens, e principalmente, das mulheres. Para saber mais sobre essas inovações tecnológicas, Fale! visitou o Centro Avançado de Estética e Emagrecimento Prima Corpus. Por Adriano Queiroz
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Apesar disso, o público que mais procura tratamentos de beleza é mesmo o feminino. A empresária explica que a faixa até 25 anos ainda procura pouco clínicas estéticas. Na faixa entre 25 e 50 anos, a procura é intensa, principalmente por tratamentos corporais e na faixa acima de 50 anos a maior procura é pelos tratamentos faciais. Por conta de tanta preocupação estética e do aumento do poder aquisitivo da nova classe média, o Brasil já é segundo maior mercado de estética do mundo, movimentando mais de | maio
gem redutora, devido às semelhanças aparentes das duas técnicas. No vácuo de conhecimento por parte do público leigo, clínicas não sérias fazem anúncios milagrosos. Essa é uma das principais críticas da fonoesteticista, Ana Paula Lima, ao seu mercado. “Sou contra o ‘emagreça oito quilos em uma semana’. Massagem pode remodelar, mas não queima gordura, quem vende isso está mentindo. Os pacotes de serviços estéticos entram na nossa clínica, mais como forma de baratear os tratamentos, mas evitamos até expor preços para que a cliente não caia na tentação de querer fechar um tratamento sem passar por uma avaliação”, garante. E por falar em preços, se engana quem pensa que é muito caro fazer um tratamento estético. A partir de R$ 45, por exemplo, já é possível se submeter a uma sessão de Manthus. A partir de R$ 50,00 o cliente pode se submeter a um peeling, que é um tratamento facial indicado para clarear manchas, suavizar linhas de expressão e reduzir acnes e a oleosidade da pele. Já com R$ 80,00 é possível fazer uma sessão de carboxiterapia. Contudo, Ana Paula diz que é incomum o cliente de uma única sessão, sendo contratados pacotes de serviços estéticos que custam de R$ 400 a R$ 800,00. As intervenções mais caras são, obviamente, as cirurgias plásticas. Na Prima Corpus há um médico especia-
lista nessa modalidade mais drástica de tratamento estético. O Dr. Luiz Ricardo Martin é especialista em otorrinocirurgia — nariz e orelhas – e em cirurgia cérvico-facial – pele do pescoço e do rosto. O outro profissional de medicina da clínica é o Dr. Gustavo Régis, dermatologista que realiza preenchimento facial e aplicação de botox. O primeiro é indicado para preencher sulcos e cicatrizes no rosto ou aumentar o contorno maxilar e dos lábios e consiste na injeção subcutânea de substâncias tais como o ácido hialurônico e os ácidos polilácticos. O segundo é mais indicada para atenuar rugas e linhas de expressão, através da aplicação da toxina botulínica que age no relaxamento da musculatura onde é inserida. n PRIMA CORPUS — Centro Avançado de Estética e Emagrecimento. Avenida Senador Virgílio Távora, 884-A Fone: 3264.3432 e-mail: primacorpus@primacorpus. com.br Fortaleza, CE
FOTOS: DIVULGAÇÃO
ão foi de todo vã a busca dos alquimistas pela “fonte da juventude”. A ciência, herdeira da alquimia, coleciona diversas vitórias nessa direção. Os mais avançados tratamentos estéticos, hoje são acessíveis a grande parcela de consumidores, ávidos por belos rostos e corpos. No Ceará, não é diferente. Fale! visitou o Centro Avançado de Estética e Emagrecimento Prima Corpus e conheceu algumas das maravilhas científicas que estão à disposição do público consumidor do mercado da beleza. Logo na chegada tivemos uma surpresa. Diante da presença de homens contratando serviços estéticos, questionamos a proprietária da clínica, Ana Paula Lima – que é também fonoaudióloga, fonoesteticista e especialista em estética facial e corporal – sobre esse interesse crescente. Ela nos revelou ser até 25% de sua clientela composta pelo público masculino. Pode parecer pouco, mas para Ana Paula, representa um significativo crescimento da contribuição masculina, especialmente na faixa dos 30 aos 39 anos, para o boom que experimenta esse mercado da beleza.
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aparelho elogiado pelos esteticistas é o Phydias, do mesmo fabricante. Só que nesse caso o inimigo é a flacidez através de corrente russa – eletroterapia desenvolvida pelo russo Kots – de alto desempenho. Não menos procurada é a carboxiterapia que envolve a aplicação de gás carbônico na região subcutânea e é tida como um eficaz tratamento contra as gorduras localizadas, sendo usado também no combate à calvície, flacidez, estrias e celulite. O único problema é seu caráter doloroso, sendo indicado em casos em que outros métodos sejam ineficientes. Aliás, o cuidado com o diagnóstico correto fez com que a Prima Corpus tenha adotado a política de não anunciar pacotes estéticos fechados e apostado na profissionalização. São ao todo dois médicos, seis fisioterapeutas, uma fonoaudióloga e uma massoterapeuta. A fisioterapeuta Nathália Rêgo, que compõe a equipe profissional da Prima Corpus lembra dos riscos da realização de certos procedimentos, como por exemplo, a drenagem linfática, por pessoas não qualificadas. “Drenagem linfática não é só uma massagem e precisa ser feita por profissionais, já que mal utilizada pode causar danos. Mas bem utilizada ajuda na eliminação da gordura, principalmente nas mulheres, que têm maior retenção de líquidos.” Outro erro comum é confundir drenagem linfática e massa-
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US$ 4 bilhões por ano, de acordo com a Associação Internacional de Medicina Estética. E se esse mercado está em expansão, a indústria médica não tem deixado por menos e vem desenvolvendo modernos aparelhos estéticos. Para Ana Paula, o de maior êxito é o Manthus. “Ele faz uma leitura da adiposidade e realiza a quebra de gordura. Tem um resultado muito bom, reduzindo até oito centímetros de medidas”, detalha. O uso desse aparelho associado à drenagem linfática age fortemente contra as celulites. Outro
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Como detonar as estrias
Por Nathália Rego e Tallyta Martins, fisioterapeutas da Prima Corpus As estrias caracterizam-se por um rompimento das fibras elásticas que sustentam a camada intermediária da pele, formada por colágeno e elastina (responsáveis pela sua elasticidade e tonicidade). Muitas vezes esses rompimentos são resultantes de um estresse mecânico (estiramento) ou estresse fisiológico (hormonal). Elas afetam homens e mulheres em idade adulta e até mesmo na adolescência, sendo comuns nas mamas, quadris, coxas e nádegas. Também aparecem com freqüência em mulheres gestantes. Os tratamentos que apresentam melhores resultados são a microdermoabrasão (peeling de cristal) e a carboxiterapia. A microdermoabrasão é um processo através do qual realizamos uma esfoliação na pela com a utilização de uma pressão negativa envolvendo microesferas de cristais, geralmente o óxido de alumínio. O procedimento provoca uma abrasão progressiva da pele, com profundidade controlada. O mecanismo de ação consiste na remoção do extrato córneo,
estimulando a derme a produzir o colágeno. Além disso, essa técnica ativa a circulação devido a pressão negativa do aparelho. A carboxiterapia consiste em um tratamento através da administração subcutânea de gás carbônico (CO2), que é um gás atóxico, não embólico, amplamente empregado na medicina. Ao injetar gás carbônico na região, há uma troca de gases ocasionando uma maior oxigenação do tecido e vasodilatação. Isso promove uma melhor nutrição no local e estimula a produção de colágeno e de fibras elásticas. O gás é administrado de forma estéril, através de equipamento especial que permite realizar essa administração de forma controlada, utilizando uma agulha de pequeno calibre. Trata-se de um método terapêutico com ampla comprovação científica. A aplicação de ambas as técnicas é feita, geralmente, uma vez por semana, sendo necessárias de 6 a 10 sessões.
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Autos&Máquinas CUPÊ COM CAPACIDADE DE WAGON. O porta-malas poderá transportar até 480 litros, à altura dos vidros, chegando a 980 litros com o rebatimento dos bancos traseiros.
FORD/TROLLER Em sua passagem pelo Brasil o presidente mundial da Ford, Alan Mulally, que desenvolveu e executa o plano de recuperação da empresa quando foram vendidas as subsidiárias Aston Martin, Jaguar, Land Rover e Volvo deixou no ar a possibilidade da Troller ter o mesmo destino já que ao anunciar investimentos de R$ 4 bi para o período de 2011 a 2015, não especificou quanto de dinheiro seria destinado a cada uma de suas unidades industriais no País. As especulações foram enterradas nesta semana na entrevista coletiva de Alan Mulally e cúpula da Ford Motor Company, quando o presidente da Ford Brasil e Mercosul, Marcos Sérgio de Oliveira, garantiu que a marca Troller continua sendo parte integrante da estratégia da empresa no mercado nacional.Segundo Oliveira, trata-se de uma marca de sucesso no mercado, atende com eficiência o específico nicho “off-road” do qual a Ford não pretende sair e, acima de tudo, porque é uma marca brasileira.
a grande maioria de nossas ruas e estradas. Equipado com um motor 4 cilindros 2.0 Turbo de 211 cavalos alimentado por injeção direta de combustível e utilizando o sistema AVS (Audi Valvelift System) que controla abertura e fechamento das válvulas de admissão, oferece um ganho excepcional de torque além de reduzir o consumo de combustível. Está acoplado a um câmbio Multitronic (CVT = Relações Continuamente Variáveis) seqüencial de oito marchas com a possibilidade de trocas manuais na própria alavanca ou nos Shift Paddles (borboletas) colocadas atrás do volante. Nas ótimas estradas do interior de São Paulo o Sportback deu a impressão de levitar onde apenas os foto sensores lhe “acalmavam”, já que praticamente nenhum desconforto ou ruído chega ao motorista, o que gera uma dose extra de confiabilidade e segurança. Segundo informações do fabricante o A5 Sportback alcança 234 Km/h de velocidade máxima indo de 0 a 100 Km/h em apenas 7,4 segundos, marcas saudáveis até para um esportivo puro consumindo na média combinada cidade/estrada 13,88 Km/l (!). O Audi A5 Sportback já está disponível na rede de revendedores da marca e como opcionais traz apenas rodas de 19 polegadas e sistema de som Bang Olufsen com 505 watts de amplificação e 14 auto-falantes de alta performance, e tem preço sugerido sendo de R$ 189.000,00 para a versão básica.n
INTERLAGOS 70 ANOS O autódromo José Carlos Pace – Interlagos – em São Paulo, comemorou 70 anos no mês de maio. A pista, inaugurada em 1940, é a própria história do automobilismo nacional, que viu nas suas retas e curvas os melhores pilotos do Brasil e do mundo, responsáveis pela trajetória de glória do esporte motor do País. Muitos falam de Interlagos com saudades de um tempo em que o automobilismo era um esporte heróico, feito na raça, com carros construídos no fundo do quintal, com as fantásticas carreteras além de outros bólidos saídos da imaginação de hábeis construtores que um dia sonharam com uma bandeira quadriculada. A primeira corrida de Fórmula 1 aconteceu em 1972 e depois de inúmeras reformas, o traçado da pista atual se consolidou com as exigências da FIA para que Interlagos pudesse continuar sediando a importante, única prova da categoria em toda a América Latina. A última grande reforma aconteceu em 1990, quando a pista foi completamente redesenhada e dos antigos 7.823 metros, passou a medir 4.309 metros, sendo a única da Fórmula 1 que corre no sentido anti-horário.
Por Roberto Costa
AUDI A5 SPORTBACK, A REVOLUÇÃO DO CUPÊ!
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ando continuidade a audacioso programa de lançamentos, a Audi vem colocando no mercado nacional um novo modelo a cada dois meses e com isto elevando a gama de 19 para 26 modelos em um ano, e crescendo 47 por cento no primeiro trimestre deste ano em relação ao ano passado. Agora, está disponibilizando o A5 Sportback que traz diversas inovações de estilo e uma mecânica revolucionária para o seguimento.
Com linhas suaves, como convém a um cupê, dotado de quatro amplas portas divididas em 60/40 por cento entre dianteiras e traseiras, que abrem quase noventa graus facilitando o acesso aos passageiros, em especial aos do banco traseiro, traz muito conforto e, principalmente, espaço. Tal feito foi conseguido aumentando ao máximo possível sua distância entre eixos sem fazer “crescer” suas dimensões externas, o que foi possível recuando a posição do conjunto motor-câmbio em rela66 | Fale!
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ção ao eixo dianteiro utilizando um sofisticado sistema de semi-eixos articulados que, por tabela, ofereceu aos designers condições para criar uma área em balanço mínima além de um perfil frontal baixo, e aerodinâmico. Mas as mudanças estéticas não pararam por aí e os proprietários de cupês que sempre reclamaram do acesso e capacidade de seus porta-malas agora vão sorrir, pois poderão transportar até 480 litros, até o nível dos vidros, chegando a 980 litros com o rebatimento dos
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bancos traseiros, ou seja, quase a capacidade de uma station wagon, e toda a bagagem colocada através uma ampla porta com abertura vertical. Internamente a sofisticação inicial é quase imperceptível pois se trata dos Air-bags frontais e laterais que garantem a segurança dos ocupantes, sendo complementada por bancos dianteiros esportivos com regulagens elétricas de altura, distância, lombar e traseiros bipartidos. Como equipamentos de conforto e conveniência, ainda são de série ar condicionado digital com sensor solar, vidros laterais com isolamento térmico, teto solar, computador de bordo, controle de velocidade, espelho retrovisor interno com anti-ofuscamento automático, ajuste automático da altura dos faróis, lanternas traseiras com leds, sistema de som e Shift Paddles (borboletas) sob o volante para troca de marchas. Rodar com o A5 Sportback é uma verdadeira ode ao prazer sendo preciso muita quilometragem para descobrir todos os seus segredos, mas mesmo com pouco tempo de utilização logo sentimos suavidade no trato e uma disposição dantesca para acelerar de forma segura apoiada em uma suspensão esportiva que não toma conhecimento de curvas, equipado com ESP (sistema eletrônico de estabilidade) praticamente não adernando e fazendo com que surja uma vontade incrível de procurar um limite mais alto, mas que fica bem distante do motorista convencional e certamente inviável para
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persona Sandy
Mudança na música e na vida
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ão 21 anos de carreira desde a primeira apresentação junto com seu irmão Júnior no programa Som Brasil. Depois de 16 álbuns lançados, 6 DVDs, 17 milhões de cópias vendidas, a dupla decidiu se separar em dezembro de 2007 alegando que cada um deveria tomar seu rumo na carreira. E assim está sendo. Sandy Leah, como assina em seu twitter (www.twitter.com/ SandyLeah), voltou à cena musical
com o primeiro trabalho solo, ‘Manuscrito’, após uma parada de três anos. Nesse período, a cantora, de 27 anos, se casou com o também músico Lucas Lima e terminou a faculdade de Letras. Sempre a queridinha do Brasil, a volta de Sandy marca também a mudança da garota da dupla juvenil Sandy & Júnior para a mulher Sandy, que, até com novo corte de cabelo, tenta se desvencilhar da imagem de menina ao enveredar www.revistafale.com.br
pelas melodias da MPB. O novo cd, em tom autobiográfico, com músicas escritas pela cantora, tem treze faixas, uma com participação especial, a “Dias Iguais”, com a cantora e compositora inglesa Nerina Pallot. O primeiro single já foi lançado em maio, o autobiográfico “Pés Cansados”, e já se tornou hit, prometendo marcar a nova trajetória de Sandy, que, por dentro e por fora, quer mostrar que mudou, e cresceu. maio de 2010 | Fale
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persona
Troféu Carnaúba. Em solenidade realizada no Marina Park, o senador Tasso
Jereissati recebeu o Troféu Carnaúba 2010 como parte das comemorações dos 144 anos da Associação Comercial do Ceará. Fotos Rodrigues
L u i z Ca r lo s Ma r t i n s
Ana e Regis Dias Tasso Jereissati recebendo o troféu ao lado de João Guimarães e Renata Jereissati
Emocionado, Tasso Jereissati, agradecendo a honraria
João Guimarães, Nadja e Jorge Parente 70 | Fale!
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Eliane e Jaime Machado Filho
Cristina Montenegro, Érika e Francisco Assis Martins
Lêda Maria e Tales de Sá Cavalcante
João e Roseane Medeiros
Edyr Rolim e Regina do Egypto João Alberto e Fátima Sampaio
José Rangel e Idelando Felício
Ivan Bezerra entregando o diploma ao homenageado
Ivonilde e Álvaro Andrade Presidente da ACC, João Guimarães, abrindo o evento
Eneida e Álvaro Correia de Castro
Anastácio Queiroz e Raul Araújo
Diogo Cruz, Conceição Guimarães e Jackson Pereira
Itamar e Ana Ruth Teles
João Jorge e Tânia Vieira www.revistafale.com.br
Conceição e Francisco Baltazar Neto
Plácido Filho, Luís-Sérgio Santos, Denisio Pinheiro e Camem Brasil www.revistafale.com.br
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persona L u i z Ca r lo s Ma r t i n s
Autoridades integrantes da Mesa Oficial
Cassius Coelho, Robinson de Castro e Silva, Casimiro Neto e Jaime Cavalcante
IMPORTANTE COMENDA. Por propositura do vereador Casimiro Neto, Robinson de Castro e
Silva, ex-presidente do CIC, foi agraciado com a medalha Boticário Ferreira, outorgada pela Câmara Municipal de Fortaleza. Fotos Auston
Jaime Cavalcante, Adahil, Robinson de Castro e Silva e Casimiro Neto
Helder Viana e senhora, e Jaime Cavalcante e Valéria
Silvio Leitão, Robinson de Castro e Silva, Joaquim Leitão e Rui Passos
NOITE DE AUTÓGRAFOS. A convite do jornal O Estado, o jornalista Sebastião Nery lançou seu livro “A Nuvem” no restaurante Faustino com apresentação de Juarez Leitão. Fotos IRATUÃ FREITAS
Beatriz Rabello, Ricardo Palhano e Dimas Costa, ladeando o escritor
persona L u i z Ca r lo s Ma r t i n s
Roberto Gaspar, Wanda e Soraya Palhano, Marta e José Waldo Silva
Solange e Ana Carolina Palhano
Regina Jereissati, Bismark Borges e Malu Cavalcante
Caroline Milanez, Josué de Castro e Marta Barbosa
Paes de Andrade, Soraya Palhano e Danilo Forte
Célia Amora, Flávio Torres e Wanda Palhano
Autografando para Pádua Lopes e Edilmar Norões
Homenageado e Salmito Filho
Casimiro Neto, Robinson e Convidados Silvana Frota, Norma Soares, Dulcina Palhano e Teodoro Soares
Solange, Robinson de Castro e Silva e Dani Coêlho 72 | Fale!
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Rossana Brasil e Luiz Carlos Martins www.revistafale.com.br
Antonio dos Santos, Iranildo Pereira e Artur Silva
Mário César, Lêda Maria e Edson Guimarães www.revistafale.com.br
Juarez Leitão
Sandra e Ana Mindêllo maio de 2010 | Fale
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mérito industrial. Airton Queiroz, Jorge Parente, Alexandre Grendene e Vicente Paiva (in memoriam) foram homenageados como parte das comemorações dos 60 anos da Fiec. O prestigiado evento aconteceu no La Maison Dunas. Fotos iratuã freitas
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José Jorge Vieira, Assis Martins e Lisandro Fujita Jorge Parente e Airton Queiroz (agraciados com a medalha Mérito Industrial), Armando Monteiro, Cid Gomes, Roberto Macêdo, Alexandre Grendene (ordem do Mérito Industrial) e Cristiane Paiva (que recebeu a honraria em nome do pai)
Edson Queiroz Neto e Ticiana
Manuela e Ricardo Barcelar e Yolanda Queiroz
José Antonio Parente, Roberto Macêdo e Marcelo Feitosa Miguel Dias Filho, Ernani Barreira e Airton Queiroz
Vânia Dummar, Neuma Figueredo e Dummar Neto
Sr e Sra José Macêdo Filho 74 | Fale!
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Paula e Silvio Frota
Aguiar Junior, Raimundo de Matos, Solange e Wanda PalhanoGomes e Mônica ArrudaAlexandre Pereira e Demétrio de Andrade
Roberto Macêdo, Airton e Celina Queiroz, Alexandre e Nora Grendene
Roberto Martins Rodrigues, Luiz Pontes e Maia Junior
José Maria Couto e Marlene Barbosa www.revistafale.com.br
João e Conceição Guimarães
Alexandre Pereira e Salmito Filho
José Carlos Pontes e Marcos Montenegro
Verônica e Hélio Perdigão
Carlos Matos e Robinson de Castro e Silva
Philomeno Junior e Nicole Barbosa
Marisalba e Valmir Campelo
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Armando Monteiro e Ivan Bezerra
Tilinha e Silvia Macêdo maio de 2010 | Fale
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Encontro Afetivo. Cheyla e o cirurgião plástico Isaac Furtado anfitrionaram impecável
jantar de confraternização em sua bonita cobertura no Parque do Cocó.
NOVA GESTÃO. Em cerimônia ocorrida no auditório da FIEC, o jornalista Edilmar Norões foi
reconduzido ao comando da Associação Cearence das Emissoras de Rádio e Televisão — Acert.
Cid Gomes e Daniel Pimental Slaviero
Pádua Lopes, Fernando Ximenes, Edilmar Norões e Edson Silva Os anfitriões Isaac e Cheyla Furtado
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Eduardo Odécio e Edilmar Norões
Jorge, Emmanuel e Lucas Furtado
Pio e Stella Rodrigues com Eunício Oliveira
Márcio Crisóstomo e Salin Bayde Filho
persona
Carla Bayde, Márcia Furtado e Maryane Parente
Adilson Pinho e Paes de Andrade
Miguel Dias e Daniel Pimentel Slaviero
Luiz Carlos Martins, Isaac Furtado e Antonio Parente da Silva
Miguel Dias Filho, Miguel Dias, Pádua Lopes e Fernando Ximenes
Cheyla Furtado e Gabriela
Paulo César Norões, Rafael Pinheiro e Gabriel Eufrásio
Donizete Arruda, Cid Gomes e Roberto Moreira
Andrea Campelo e Marcelo Feitosa
O melhor dos anos 80, com uma pitada de jazz.
Manuel Jucá e Junior Mano
Isabel Jucá e Sueli Vaccaro
www.revistafale.com.br/falefm 76 | Fale!
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dezembro maio de de 2010 2009 | Fale
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persona
NO Rol DOS 50. Sheila e o advogado Cleto Gomes congregaram a família e os amigos, em
clima de afetividade, para comemorar os seus 50 anos, no La Maison Dunas. Fotos Rodrigues
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Viviane e Paulo Quezado
Francisco Cordeiro e Marlize Pimenta
Os parabéns do advogado, ao lado de familiares
Odimar e Naiana Feitosa com Cleto Gomes
Rodrigo Gomes, Silvia Pereira, Cleto Gomes e Camila Pereira
Paulo Régis Botelho, Magno Gomes e Silviane Fontenele
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Glaydson Mota e Jardson Cruz
Jucid Peixoto e Ernando Uchoa
Fernando Ferrer
Patrícia Botelho, Elizabeth Porfírio, Laiza Albuquerque e Socorro Pinheiro
Cleto Sheila Raimundo Gomes, Valdetário AguiareJunior, Gomes deMonteiro Matos, Alexandre Pereira e Demétrio de Andrade
Tito Porfírio, Roberto Machado, Cleto Gomes, Honório Pinheiro, Zé Maria Guedes e Bosco Pinheiro
Aniversariante entre Carlos, Lisandro e Eveline Fujita
Cláudio e Nazaré Pires com Luiz Carlos Martins
Leandro Vasques
Ronald e Alice Cavalcante Soares www.revistafale.com.br
Ricardo e Manoela Barcelar
Ednardo Rodrigues e Raimundo Ferraz
Regina e Josino da Costa
Arnoldo Guimarães
Luiz Carlos Martins. De A a www.revistafale.com.br Z no Caderno Linha Azul, jornal O Estado Fale! 79 maio de 2010
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Copa, Olimpíadas e infraestrutura Por Luiz Nelson Porto Araújo
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m maio de 2009, a Fifa anunciou que Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador foram escolhidas para sediar a Copa do Mundo de 2014. Receber um evento desse porte significa hospedar 32 equipes e suas comitivas durante um mês e criar
Brasil dará conta do desafio, é necessário avaliar fatores como a nossa estrutura urbana. Estudos preliminares apontam que a Copa demandará investimentos superiores a US$ 5 bilhões de dólares. Os valores para as Olimpíadas são inferiores – e devem ser reduzidos por aqueles que serão gastos em 2014 – mas também são relevantes. Os maiores gastos
de fato, estruturantes, é fundamental não repetir os problemas observados na época do Pan 2007, no Rio de Janeiro, quando os orçamentos iniciais foram superados pelos custos reais, a ajuda emergencial do Estado tornou-se imprescindível para a conclusão das obras e não houve melhorias efetivas na infraestrutura do entorno dos estádios e das cidades.
estrutura para a realização de 64 partidas, que serão transmitidas para todo o mundo, no maior evento midiático do planeta (estima-se que, durante a Copa de 2014, cerca de três bilhões de telespectadores assistirão às transmissões). Meses depois, o Rio de Janeiro foi eleito para receber os jogos olímpicos em 2016. A infraestrutura e a segurança constituem elementos essenciais ao sucesso desses dois eventos. Para entendermos se, de fato, o
com infraestrutura nas cidades onde acontecerão os jogos compreendem reforma e construção de estádios/vilas olímpicas, obras em rodovias, aeroportos, hospitais e sistemas de telecomunicações. A realização da Copa e das Olimpíadas é uma grande oportunidade para antecipar e adensar os investimentos necessários para superar as carências crônicas das cidades-sede, com efeitos multiplicadores sobre toda a economia. Para que os investimentos sejam,
Mais ainda: o Brasil não pode perder a oportunidade de se valer desses dois eventos para alavancar a sua projeção no cenário mundial, para melhorar as condições de acessibilidade e mobilidade urbanas e para expandir as condições de acesso a serviços de saneamento, energia, transporte e telecomunicações. n
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Luiz Nelson Porto Araújo é consultor da BDO e autor do estudo A Infraestrutura Brasileira – Desafios e Oportunidades, publicado pela BDO — www.bdobrazil.com.br
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