Revista Ferramental Edição 3

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ANO I - Nº 3 - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2005

Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais

Gestão de serviços facilita o aumento da competitividade

REVISTA FERRAMENTAL - PUBLICAÇÃO DA EDITORA GRAVO

Empresas e Institutos de Pesquisa juntos no desenvolvimento do processo de desbaste e acabamento em aço AISI P20 Fundamentos auxiliam a soldagem de moldes para plásticos Como implantar a ISO 9001-2000 nas ferramentarias

DESTAQUE



ANO I - Nº 3 - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2005

Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais

Gestão de serviços facilita o aumento da competitividade

REVISTA FERRAMENTAL - PUBLICAÇÃO DA EDITORA GRAVO

Empresas e Institutos de Pesquisa juntos no desenvolvimento do processo de desbaste e acabamento em aço AISI P20 Fundamentos auxiliam a soldagem de moldes para plásticos Como implantar a ISO 9001-2000 nas ferramentarias

DESTAQUE



Com esse propósito, apresentamos nesta edição cinco artigos, mesclando temas técnicos e de gestão.

Christian Dihlmann Editor

Rumo à ferramentaria do futuro Identificar as necessidades do setor e, com base em fatores técnicos e administrativos, buscar as devidas soluções e melhorias, é extremamente complexo e trabalhoso. Todavia, esta é a única forma de atingirmos a maioridade e a rentabilidade necessária para a perpetuação dos negócios. Assim, com base em estudos e pesquisas, amparados também pelas diversas sugestões recebidas, percebemos a grande carência de informações à qual o setor ferramenteiro do País está entregue. Temos recebido solicitações de artigos sobre processo de extrusão, sopro, termoformagem, rotomoldagem, injeção multicolor, co-injeção, repuxo profundo, injeção reo-colato, fundição, corte, soldagem de aços, usinagem em altas velocidades, técnicas de polimento, entre outros. Com foco na gestão empresarial, é grande a busca por informações sobre custos e formação de preço, atendimento ao cliente, organização fabril, estruturação da gestão de pessoas, planejamento da produção, atendimento pós-vendas, comércio internacional de ferramentais, e tantas outras questões. Apesar da ocorrência de diversas turbulências econômicas e políticas durante este ano, vislumbra-se um período de aprendizado para o setor ferramenteiro. Algumas novidades, como o surgimento de feiras específicas e o início de ações de integração de empresas do mesmo segmento, até então tidas como severas concorrentes, demonstram um nível de maturidade diferenciado em relação a épocas recentes. Entretanto, ainda há um longo caminho a percorrer. A excelência nos negócios deve ser uma busca constante, e não apenas nos momentos críticos. As adversidades forçam o desenvolvimento de soluções conjuntas. Hoje estamos sob pressão da eficiência de concorrentes internacionais e de uma taxa cambial desfavorável. Mas, na hipótese de que estes entraves sejam solucionados, precisamos manter e fomentar a dinâmica por processos e tecnologias mais eficazes, para sermos cada vez mais competitivos na disputa pelos negócios rentáveis.

A gestão de serviços em ferramentarias introduz os temas abordados. As atividades de planejar, executar e controlar o processo são os esteios do resultado funcional e financeiro da construção de um ferramental. Nesse momento é definido o melhor projeto, quando são especificados os materiais mais adequados a serem empregados e, na seqüência são determinados os processos produtivos a serem adotados visando a otimização do uso dos recursos e o menor custo incorrido. Ou seja, o processo como um todo objetiva o melhor fluxo construtivo. Para a certificação de que os processos estão constantemente alinhados e com as especificações técnicas predefinidas, é essencial a implantação de sistemas de acompanhamento e de garantia da qualidade. Neste sentido, é importante responder a pergunta: por que implantar a gestão ISO 9001-2000 nas ferramentarias? Se por um lado precisamos garantir que a empresa produza de forma adequada às necessidades do cliente e à rentabilidade do negócio, do outro, o cliente exige fornecedores confiáveis e eficientes. Para tanto, o acompanhamento dos trabalhos executados pelo prestador de serviço deve ser mensurado objetivamente, permitindo estipular indicadores de desempenho e comparálos entre os diversos fornecedores. Uma proposta de metodologia de avaliação, qualificação e classificação de fornecedores está apresentada nesta edição. Para contribuir com a aplicação desse processo, incluímos uma ficha técnica que permite ao leitor implantar, imediatamente, em sua rotina, a avaliação de fornecedores de ferramentais. A publicação da experiência em otimização do processo de usinagem, desenvolvida conjuntamente por um grupo de ferramentarias, evidencia que, além do excelente resultado obtido no processo produtivo, começa a existir um senso de troca de informações, permitindo àqueles que ainda não tiveram acesso à pesquisa e desenvolvimento compartilharem o conhecimento a respeito de novas tecnologias. Finalmente, um artigo que aborda, de forma simplificada, os fundamentos para a soldagem de materiais, principalmente quando submetidos a processos de texturização posterior. Podemos verificar quão abrangentes sãos os temas relativos à profissionalização do setor de ferramentarias. A revista Ferramental nasceu justamente para suprir, de forma metódica e gradual, esta carência. Contamos com a sua participação, profissional do setor, para transformar este veículo em fonte de consulta e apoio rumo à ferramentaria do futuro.

Novembro/Dezembro 2005

Ferramental

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Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais

Artigos

www.revistaferramental.com.br DIRETOR - EDITOR Christian Dihlmann (47) 9964-7117 christian@revistaferramental.com.br Jornalista responsável Alessandra Ferreira - RP: 3331/12/85v redacao@revistaferramental.com.br Colaboradores Adriano Fagali de Souza, André P. Penteado Silveira Felipe Cusmanich, Jefferson de Oliveira Gomes Jorge A. Acurio Zavala,Marcelo Teixeira dos Santos Rolando Vargas Vallejos PUBLICIDADE Coordenação nacional de vendas (41) 3013-3801 comercial@revistaferramental.com.br Rio Grande do Sul - Ivano Casagrande (51) 3228-7139 / 9109-2450 casagrande@revistaferramental.com.br São Paulo - Ronaldo Amorin Barbosa (11) 6459-0781 / 9714-4548 ronaldo@revistaferramental.com.br ADMINISTRAÇÃO Jacira C. Dihlmann (47) 9919-9624 adm@revistaferramental.com.br Circulação e assinaturas circulacao@revistaferramental.com.br Produção Gráfica Martin G. Henschel producao@revistaferramental.com.br Pré Impressão (CtP) e Impressão Maxigráfica - (41) 3025-4400 www.maxigrafica.com.br A revista Ferramental é distribuída gratuitamente em todo o Brasil, bimestralmente, com tiragem de 8.000 exemplares. É destinada à divulgação da tecnologia de ferramentais, seus processos, produtos e serviços, para os profissionais das indústrias de ferramentais e seus fornecedores: ferramentarias, modelações, empresas de design, projetos, prototipagem, modelagem, softwares industriais e administrativos, matérias-primas, acessórios e periféricos, máquinas-ferramenta, ferramentas de corte, óleos e lubrificantes, prestadores de serviços e indústrias compradoras e usuárias de ferramentais, dispositivos e protótipos: transformadoras do setor do plástico e da fundição, automobilísticas, autopeças, usinagem, máquinas, implementos agrícolas, transporte, elétricas, eletroeletrônicas, comunicações, alimentícias, bebidas, hospitalares, farmacêuticas, químicas, cosméticos, limpeza, brinquedos, calçados, vestuário,; construção civil, moveleiras, eletrodomésticos e informática, entre outras usuárias de ferramentais dos mais diversos segmentos e processos industriais.

EDITORA GRAVO LTDA. Rua Jacob Einsenhut, 467 CEP 89203-070 - Joinville - SC As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as mesmas da revista Ferramental. A reprodução de matérias é permitida, desde que citada a fonte.

11 Gestão de serviços em ferramentarias: planejar, executar e controlar Administre bem os recursos disponíveis para maximizar a rentabilidade da sua empresa.

15 Análise do processo de desbaste e acabamento por fresamento do aço AISI P20 em grupo de ferramentarias Estudo conjunto de seis ferramentarias viabiliza a otimização do processo de usinagem por fresamento.

21 Metodologia para avaliação e qualificação de fornecedores de ferramentais Um roteiro sintético demonstra a sistemática para avaliação de fornecedores de ferramentais, pontuando e classificando os serviços realizados.

29 Reparo por soldagem de moldes para plásticos: aspectos metalúrgicos A importância em considerar os aspectos metalúrgicos na soldagem de moldes para injeção de termoplásticos demonstrada em estudo de caso é a discussão deste artigo.

35 Porque implantar a gestão ISO 9001-2000 nas ferramentarias A qualidade é um grande diferencial que permite proporcionar a sustentabilidade das ferramentarias em um segmento cada vez mais competitivo e exigente.

Seções 6 Cartas 7 Expressas 10 Conexão www 26 Ficha técnica 39 Enfoque 49 Eventos 53 Livros Índice de anunciantes

54 Opinião Foto da capa: Molde para injeção de termoplástico com 36 mecanismos, produzido pela Indufer Indústria de Moldes Ltda., de Joinville - SC

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Sua colaboração é muito importante para o levantamento de dados, aprimoramento da revista e sua circulação. Forneça/atualize os dados de sua empresa no formulário da página 51 ou acesse o site www.revistaferramental.com.br



Quero parabenizar pela iniciativa do lançamento da revista Ferramental, onde tivemos a oportunidade de divulgar nossos serviços. Com certeza é uma revista com matérias muito interessantes e atuais, na qual podemos nos espelhar. Faço votos de sucesso! Haroldo Viebrantz - Diretor Precitec Moldes Matrizes e Usinagem Ltda. - Timbó - SC

Noticiamos o recebimento de um exemplar do nº 2 da publicação "Ferramental: Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais". Agradecemos a gentileza do envio e queremos destacar a importância desta publicação para os usuários desta Biblioteca, notadamente, para a área das Engenharias. Diante disto, solicitamos a remessa das futuras edições da referida publicação. Nessi Cristelli Universidade Regional de Blumenau - Blumenau - SC

Gostaríamos de parabenizá-los pela segunda edição da revista, com excelentes e amplas abordagens. Agradecemos o recebimento da mesma e a divulgação do nosso produto na seção Enfoque. Parabéns à equipe e votos de muito sucesso! Denis Rech - Diretor Busser Consultoria e Tecnologia da informação Ltda. - Caxias do Sul - RS

Possuo uma empresa que fabrica ferramentais e presta serviços em Caxias do Sul. Achei seu artigo "Gerenciamento de custos: fator decisivo de sucesso" bem interessante, é isso mesmo que acontece neste ramo de atividade, especialmente em pequenas e médias empresas. É muito bom que revistas deste meio abordem assuntos que dizem respeito a gerenciamento de empresas. A minha empresa se caracteriza como pequena/média e desde seu surgimento sempre gerenciou muito bem isto. Neste ano estou concluindo o curso de Ciências Contábeis e meu trabalho de conclusão é sobre "Implantação do sistema de absorção em indústria metalúrgica, fabricantes de ferramentais e prestadoras de serviços". Se possível, peço que me enviem artigos sobre este assunto, para aprofundar meus conhecimentos e meu trabalho. Daiane Bridi Focosul Indústria Metalúrgica Ltda. - Caxias do Sul RS

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Com certeza a revista será bastante útil. Parabéns a todos pela revista, que foi muito elogiada tanto pelo nosso Departamento de Engenharia de Projetos em São Paulo, quanto pelo nosso Departamento de Engenharia Industrial em Manaus. Luiz Felipe de Santana - Engenharia de Projetos Gradiente Eletrônica S/A - São Paulo - SP

Tive a grata satisfação de receber a revista Ferramental de set/out com o artigo sobre gestão de custos de processos. Achei ótimo, pois este material irá ajudar imensamente na minha atividade profissional. Minha empresa presta assessoria técnica em melhoria dos processos e implantação de indicadores para empresas da grande Porto Alegre. Quero, portanto, parabenizá-los por este artigo que com certeza irei estudar a fundo e com sua permissão, divulgá-lo nas empresas que presto serviços. Tarcísio Giordani - Porto Alegre - RS

Acredito que a revista Ferramental é uma proposta muito boa e que vem ao encontro do que percebi na Europa, onde existem muitas revistas do gênero com fontes de novidades e abordagem técnica. A revista Ferramental apresenta artigos técnicos e práticos de uma forma equilibrada, tanto na linguagem quanto na abordagem dos temas. Dentro deste contexto creio que a revista está no caminho certo. Abraços José Edison Dantas - Diretor Comercial Simoldes Aços do Brasil - São José dos Pinhais - PR

Recebemos e agradecemos pelo envio dos números 1 e 2 da revista Ferramental, que realmente é excelente e vai preencher justamente um vácuo que atualmente existia no setor. Parabéns pela iniciativa e pelos conteúdos bem aplicados ao nosso mercado de moldes e ferramentarias. Solicito manter a ULBRA na lista de assinantes, pois tem uma dedicação especial para esta área e inclusive oferece Cursos de Extensão na mesma. Ney Dario Kaminski - Diretor da Engenharia de Plásticos ULBRA Universidade Luterana do Brasil - Canoas - RS A Editora se reserva o direito de sintetizar as cartas e e-mails enviados à redação.


Projeto integra ferramentarias Empresários do Núcleo de Usinagem e Ferramentaria da ACIJ ( Associação Empresarial de Joinville - SC), em parceria com a VIRFEBRÁS (Associação de Ferramentarias de Caxias do Sul - RS) estão investindo na integração de suas empresas. O grupo está realizando missões empresariais que incluem visitas à ferramentarias e feiras técnicas, objetivando a troca de informações e experiências para o aperfeiçoamento do setor. A primeira missão ocorreu em setembro, quando um grupo de 17 empresários gaúchos esteve em Joinville visitando a feira Intermach 2005 e também diversas empresas do setor ferramenteiro na cidade catarinense.

Dando continuidade a este projeto, em outubro, 38 ferramenteiros de Joinville seguiram para Caxias do Sul, onde visitaram a feira Mercopar e realizaram uma maratona pelas empresas da região serrana do Rio Grande do Sul. Segundo o presidente do núcleo da ACIJ, Irineu Cambruzzi, as visitas devem provocar uma troca de serviços e parcerias entre as empresas. De acordo com ele, não houve receios das empresas em abrir suas portas para concorrentes, possibilitando não só as visitas, mas

também o registro fotográfico. "O Brasil ainda importa U$ 500 milhões em moldes, indicando que o nosso verdadeiro concorrente está lá fora, então há mais um motivo para o grupo se unir, buscando ampliar nosso mercado", diz. Segundo ele, as missões devem unir o segmento, tanto dentro de cada pólo, quanto entre eles, pois a cada visita, as diferentes empresas de uma cidade acabam se encontrando e conversando, o que estreita as relações. "Aos poucos vamos construindo uma confiança, que deverá gerar negócios futuros", acredita. Mais um encontro está marcado para este ano. Será uma missão técnica conjunta de empresários dos dois pólos ferramenteiros para a Euromold, maior feira mundial do setor, em Frankfurt (Alemanha), que ocorre no final de novembro. Na oportunidade, os dois grupos irão verificar o que os verdadeiros concorrentes, as empresas internacionais, estão produzindo e inovando, para então, juntos, provocar uma troca de serviços e parcerias locais. Segundo o presidente da VIRFEBRÁS, Gelson Oliveira, em março o grupo de Caxias do Sul retorna à Joinville para fazer visitas à outras ferramentarias. ACIJ (47) 461-3333 www.acij.com.br VIRFEBRÁS (54) 224-1869 www.virfebras.com.br

Prêmio design 2005 O prazo final para apresentação de projetos para o Prêmio ABIPLAST Design 2005 será dia 5 de dezembro. Promovido pela ABIPLAST

(Associação Brasileira da Indústria do Plástico), o prêmio tem como objetivo incentivar a criatividade e a inovação tecnológica dos produtos plásticos por meio do design, contribuindo para o desenvolvimento e a competitividade do produto brasileiro.

Prêmio Abiplast Design Serão analisados os aspectos formais, a capacidade criativa, a responsabilidade social e o compromisso ambiental dos projetos apresentados, levando em consideração desde o design da concepção do produto, seu ciclo de vida, processos produtivos envolvidos, até sua destinação final. Poderão concorrer todas as indústrias do segmento de transformadores plásticos, designers, arquitetos, estudantes e profissionais da área de desenvolvimento de produtos, nas categorias Indústria, Profissional, Estudantes e Pesquisa, tendo como foco os setores de casa e construção, agronegócios, saúde e bem-estar social, educação, automotores, eletroeletrônicos, linha branca e linha marrom, entre outros. Esse evento tem o patrocínio da ABIPLAST, do SIRESP (Sindicato das Indústrias de Resinas Sintéticas no Estado de São Paulo) e apoio do PBD (Programa Brasileiro de Design, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). Novembro/Dezembro 2005

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O regulamento completo pode ser acessado pelo site da ABIPLAST. ABIPLAST (11) 3060-9688 www.abiplast.org.br

Congresso e exposição de tecnologia automotiva do Cone Sul

irão debater as principais tendências tecnológicas voltadas à gestão e aos processos de fabricação. Paralelamente ao congresso, montadoras e fornecedores dos diversos setores da mobilidade estarão expondo seus mais recentes produtos, serviços e tecnologias. SAEBRASIL Fone (11) 3287-2033 www.saebrasil.org.br

Subsidiária brasileira conquista espaço na matriz alemã

A 14ª edição do Congresso e Exposição Internacionais da Tecnologia da Mobilidade SAE BRASIL 2005 da Sociedade de Engenheiros da Mobilidade, acontecerá entre os dias 22 e 24 de novembro no Transamérica Expo-Center, em São Paulo, reunindo especialistas e profissionais de diversos setores da engenharia da mobilidade. Serão apresentados trabalhos técnicos de autores nacionais e internacionais, além de conferências temáticas, painéis e fóruns com palestrantes da indústria e de universidades. O evento deste ano contará com a apresentação de quatro painéis especiais programados pelo Comitê de Manufatura, abordando temas como minimização de desperdícios/manufatura enxuta, manufatura para exportação: novos desafios /meio ambiente, gerenciamento de projeto/Seis Sigma e PMI, e gestão por indicadores. Uma das novidades dessa edição do evento será a "Tarde da Manufatura", quando profissionais da área 8

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A DaimlerChrysler, de São Bernardo do Campo, forneceu para sua subsidiária de Gaggenau - Alemanha, três ferramentas de estampagem das peças do assento do caminhão extrapesado Axor. A produção dessas três peças exigiu 105 mil horas de trabalho, tomando cerca de 25% da capacidade do departamento que é de 450 mil horas anuais, onde atuam 350 ferramenteiros em dois turnos. Essas ferramentas de estampagem não foram as únicas experiências de exportação desse serviço. Já foram fornecidas ferramentas para a produção da coluna B da nova geração do Classe "A" e para a produção da travessa de teto do novo Classe "S", que acaba de ser lançado no mercado europeu. O custo desses ferramentais desenvolvidos na DaimlerChrysler é 25% menor que na Alemanha. No Brasil, o custo é 12% mais barato comparando-se ao do Leste Europeu. Na matriz, o custo por hora da ferramentaria gira em 70; no Brasil fica um pouco acima de 50. Mesmo assim, o Brasil não era notado como

um fornecedor desses serviços. Recentemente, foi incluído como participante de um workshop, em Wörth, na Alemanha, reunindo 25 fornecedores de peças estampadas para as 12 fábricas que a DaimlerChrysler mantém no país. A demanda de todas as montadoras e autopeças alemãs é de 12 milhões de horas de ferramentaria por ano.

Novo fornecedor de máquinas-ferramenta no Brasil Começou a operar recentemente no Brasil a empresa Juan Martin, tradicional fornecedor espanhol de máquinas-ferramenta para a indústria de ferramentaria e de produção.

A empresa está disponibilizando ao mercado brasileiro máquinas de usinagem com sistema portal e de alta velocidade (High Speed Machining) e aplicação para furos de refrigeração em moldes com máquina AWEA e IXION. O leque de equipamentos inclui tornos YCM, tornos de grandes capacidades, máquina para furos extra-largos IXION (principal fornecedor Europeu) e máquinas verticais e de Portal da AWEA (primeiro fabricante de máquinas portal). A ampla gama da AWEA permite atender aos


requisitos mais exigentes dos clientes, com máquinas grafiteiras, de produção e de alta velocidade para ferramentarias. Juan Martin do Brasil (47) 435-1169 info@juan-martin.com

Indústria do plástico cresce 8% em Joinville A expectativa do grupo gestor do Arranjo Produtivo Local da Indústria do Plástico de Joinville é de que o crescimento das empresas do setor atinja 8% em relação ao aumento da produção, da carteira de clientes e da receita. Os APL's estão sendo desenvolvidos em várias regiões do país. Em Joinville é o resultado de uma parceria entre Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Prefeitura de Joinville e o Simpesc (Sindicato da Indústria de Material Plástico no Estado de Santa Catarina). O programa visa o aprimoramento da gestão e o desenvolvimento de novos mercados, de acordo com as necessidades das empresas no setor Plástico de Joinville, apuradas em diagnóstico realizado em 2004. O programa oferece, por meio de ações subsidiadas, seminários de capacitação, consultorias de mercado, de melhorias na produção e para adequação à certificação ISO, incluindo missões nacionais e internacionais e exposições em feiras. Os subsídios para as empresas que participam do programa podem chegar a 70%. SIMPESC (47) 433-2351 www.simpesc.org.br

Está valendo a Lei de Inovação Tecnológica Foi assinado, no último dia 11 de outubro, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o decreto de regulamentação da Lei de Inovação Tecnológica. Ela prevê incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo. Com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), a Lei de Inovação viabiliza a interação entre as universidades, instituições de pesquisa e o setor produtivo, incentivando o desenvolvimento de produtos e processos inovadores pelas empresas brasileiras, impulsionando a competitividade do País. A lei estabelece também os dispositivos legais para a incubação de empresas no espaço público e a possibilidade de compartilhamento de infra-estrutura, equipamentos e recursos humanos, públicos e privados, para o desenvolvimento tecnológico e a geração de produtos e processos inovadores. Ela também cria regras claras para a participação do pesquisador público nos processos de inovação tecnológica desenvolvidos pelo setor produtivo. Conheça a íntegra da lei no site: www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Projetos/ PL/2004/msg194-040428.htm

USP pode firmar parceria com empresa japonesa Em visita realizada em outubro à EESC (Escola de Engenharia de São Carlos) e ao NUMA (Núcleo de Manufatura Avançada), da USP, o presidente da indústria japonesa Novembro/Dezembro 2005

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Mori Seiki, Massahiko Mori, sinalizou o interesse em firmar uma parceria com a instituição. “São pesquisas de primeira classe. A qualidade dos trabalhos está no nível dos melhores centros mundiais”, disse o presidente sobre a USP. Alguns projetos são apoiados pelo Instituto Fábrica do Milênio (IFM). Mori é considerado uma das maiores autoridades mundiais em tecnologia de máquinas-ferramenta. A empresa japonesa já possui diversas parcerias com universidades e institutos de pesquisa voltados à engenharia de produção. Entre as ações estão o apoio direto a professores e estudantes em projetos inovadores e a doação de máquinas para trabalhos experimentais de pesquisa, além da realização de encontros técnicos de intercâmbio. Entre os parceiros nesses projetos de extensão estão

universidades norte-americanas, européias e japonesas. Em sua palestra na USP, Mori destacou as tendências tecnológicas e de mercado para essas máquinas de última geração, empregadas, por exemplo, na fabricação de peças para a indústria automobilística, aeronáutica e aeroespacial, além de dispositivos para extração e bombeamento em campos petrolíferos e equipamentos médicos e de telefonia celular.

Do ponto de vista tecnológico, Mori ressaltou a necessidade constante de inovação nas máquinas a partir do investimento em pesquisa e desenvolvimento de sistemas mais rápidos e precisos de operação, com atenção também à redução do impacto ambiental recorrente da produção. A Mori Seiki já vendeu mais de 150 mil máquinas-ferramenta para clientes do mundo todo, desde sua fundação, em 1948. Atualmente, com mais de 3 mil empregados, a empresa detém 3,4% do mercado global desse segmento, que movimenta aproximadamente US$ 31 bilhões por ano. A meta é expandir essa participação para 5% nos próximos dois anos. EESC - IFM (16) 3373-8234 www.eesc.usp.br www.ifm.org.br

Com um site simples e de fácil navegabilidade, o Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores) consegue oferecer diversas informações sobre o setor automotivo. Na biblioteca virtual é possível baixar artigos. Também é fácil acompanhar os cursos e palestras do setor. www.sindipecas.org.br

Estar atento e poder, eventualmente, fazer parte do programa tecnológico de 17 diferentes institutos de pesquisa. É isso que o site do IFM (Instituto Fábrica do Milênio) possibilita. Com links sobre pesquisas recentes, fórum de debates, e um que possibilita acessar inúmeros artigos técnicos, é fácil observar o que há de mais recente que pode ser agregado em uma empresa. Um outro destaque é para a seção Auto-Aprendizado que está estruturada para possibilitar o conhecimento em diversos assuntos, desde o nível básico até o avançado. www.ifm.org.br 10

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FERNANDA DE BRITO CALIF - fernanda@eloplus.com

FERNANDA DE B. CALIF

Gestão de serviços em ferramentarias: planejar, executar e controlar

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gestão dos processos produtivos é, cada vez mais, fundamental para o aumento da competitividade das ferramentarias, garantindo maior qualidade e produtividade com conseqüente alavancagem de vendas.

O setor de serviços tem, a cada dia, maior importância no mercado mundial. Economias anteriormente estruturadas na atividade industrial, hoje têm seus alicerces baseados na prestação de serviços. Em todos os países desenvolvidos, o setor de serviços ocupa posição de destaque na economia. Os principais indicadores utilizados para evidenciar este fato tem sido os percentuais de participação do setor na ocupação da mão-de-obra e na geração do PIB. No Brasil, as estatísticas seguem as tendências apresentadas no resto dos países industrializados. Mantendo-se as tendências de crescimento na área de serviços nas quatro últimas décadas, podemos afirmar que 60% da população em idade ativa está alocada neste setor. Daí a necessidade de investir na melhoria do atendimento. Não só investir na conquista de clientes, mas também otimizar os processos e planejar adequadamente os recursos, obtendo, assim, uma melhor qualidade interna e externa.

Conforme Philip Kotler, uma das maiores autoridades mundiais em marketing, para aumentar o poder de competitividade de uma empresa é necessário incrementar o valor percebido pelo cliente. Kotler diz que analisando o poder de competitividade de uma empresa, é possível oferecer maiores evidências da importância dos serviços. “Fica então estabelecido o valor fornecido como principal critério de escolha de fornecedores, por parte do consumidor. O valor fornecido seria avaliado como a diferença entre o valor percebido pelo consumidor e o preço pago pelo produto ou serviço. O preço, para o consumidor, não consiste apenas no valor monetário pago mas, também, nos custos de tempo, energia e desgaste psicológico, formado pela soma de quatro fatores: produto, serviço, pessoal e imagem. O aumento do poder de competitividade, portanto, pode ser atingido por ambos, pelo aumento do valor percebido e/ou a diminuição do preço (conceito ampliado)

pago pelo consumidor”, afirma. GESTÃO DO DESENVOLVIMENTO DE MOLDES E MATRIZES No desenvolvimento de moldes e matrizes é sabido que a atividade fim é a prestação de serviços. Além da venda de produtos, na manufatura existe um trabalho específico para atender o consumidor. Desta forma, todas as empresas que atuam como ferramentarias necessitam, para cada novo produto ou serviço, de um planejamento das atividades a serem executadas. Devido ao alto volume de informações e solicitações a que somos submetidos diariamente, fica cada vez mais urgente nos organizarmos internamente para que possamos aprimorar o atendimento externo, e com isso, aumentar o valor percebido pelo cliente. Para isto, precisamos investir em tecnologia e em pessoas, agilizando a nossa capacidade e velocidade de resposta para estas solicitações do mercado. Novembro/Dezembro 2005

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PRINCIPAIS PROBLEMAS NA GESTÃO DE SERVIÇOS A fim de definir onde investir, precisamos conhecer os principais problemas existentes na gestão de serviços das ferramentarias. São eles: a) Controlar os prazos e gerenciamento dos riscos; b) Controlar os recursos humanos e não-humanos; c) Controlar e compartilhar as informações; d) Dimensionar corretamente os custos e definir orçamentos mais justos; e) Manter níveis satisfatórios de lucratividade e; f) Melhorar a qualidade de atendimento ao consumidor. a) Controle dos prazos e gerenciamento de riscos Devido a quantidade elevada de imprevistos e de encaixes de novos serviços, é extremamente difícil para uma ferramentaria trabalhar seguindo um cronograma. Apesar destas mudanças rotineiras de prioridade, é fundamental manter o cronograma dentro do prazo, saber antecipadamente onde poderão ocorrer problemas e agir preventivamente para evitar danos maiores. Em todos os problemas mencionados, o fator de maior importância

é a informação. Por isso, é necessário olhar o passado e planejar o futuro. Armazenando os trabalhos anteriormente realizados é possível buscar projetos iguais ou semelhantes no momento de se estipular os prazos, garantindo uma precisão muito maior nos cronogramas. E ainda, com os históricos, é possível observar os problemas que ocorreram durante a produção de um molde, por exemplo, e prevenir para que não se repitam, diminuindo assim a possibilidade de riscos. Outro fator de grande importância é o controle do planejamento realizado: acompanhar, em tempo real, os prazos realizados e comparar com os prazos previstos, ajustando possíveis atrasos. Facilita muito ter as informações disponíveis e confiáveis de forma automática. Verificar ainda a produtividade de cada recurso e a sua agenda de trabalho para que se possa adequar de forma rápida às novas solicitações. Utilizar gráficos como Gantt, Pert e Milestones, são algumas ferramentas úteis para realizar estes controles. A Figura 1 apresenta um modelo de gráfico de Gantt relativo ao cronograma de desenvolvimento de um projeto. b) Controlar os recursos

humanos e não-humanos Conhecer é a palavra chave. Conhecer os níveis de produtividade de cada um dos seus recursos, humanos e não humanos, e acompanhá-los durante um período prédeterminado. Verificar a disponibilidade, a capacidade por dia de trabalho e o volume de projetos executados. Reconhecer quando estes níveis não estão sendo atingidos e, neste caso, identificar quais são as causas destes desvios. Imediatamente, elaborar um planejamento para corrigir os desvios, acompanhando novamente com os devidos indicadores de desempenho. A Figura 2 mostra um gráfico do acompanhamento destes recursos. c) Controlar e compartilhar as informações Este é um dos principais dramas de uma ferramentaria, por se tratar, muitas vezes, de diversas equipes trabalhando freqüentemente de forma seqüencial. Isso exige que a qualidade e a disponibilidade das informações e dos documentos sejam primordiais. Diversas vezes vemos profissionais de programação CNC que, ao gerar um programa de usinagem, ficam em dúvida qual é o arquivo 3D correto e finalizado, ou qual o programa que vai para a

Gantt Tarefas 2005 JAN 3/1 semana 1

10/1 semana 2 17/1 semana 3 24/1 semana 4

FEV 31/1 semana 5 7/2 semana 6

14/2 semana 7 21/2 semana 8

S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D

Verificar qualidade do modelamento Verificação do modelo Preparar o modelo 3D Modelamento 3D Desenvolvimento - Rascunho do produto

Figura 1 - Exemplo de gráfico de Gantt

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Figura 2 - Exemplo de gráfico de acompanhamento e produtividade

máquina CNC. Além disso, os clientes no seu dia-a-dia mudam muitas vezes os dados enviados, gerando dúvidas entre os profissionais envolvidos na execução do projeto. Com o controle e o compartilhamento das informações e documentos poder-se-á diminuir, consideravelmente, as ocorrências de não-conformidades durante e após a conclusão do trabalho. É conhecido que os custos são proporcionalmente relacionados ao tempo que se leva para detectar possíveis falhas nos processos. Quanto maior o tempo para se descobrir um problema, maior é o custo e o comprometimento do projeto que está em execução.

A Figura 3 exibe um exemplo de acompanhamento de informações através de um sistema informatizado. d) Dimensionar corretamente os custos e definir orçamentos mais justos Cada vez mais, a concorrência é crescente entre os prestadores de serviços. Todos têm como objetivo oferecer ao consumidor um maior número de vantagens, com um custo menor. Hoje, os consumidores sabem que a capacitação técnica entre seus fornecedores está mais nivelada. O motivador de escolha é o preço e o prazo de entrega. As empresas que conseguem ter um

controle maior de seus custos internos, que conseguem gerar orçamentos mais condizentes e dentro do prazo estimado de investimento de seus clientes, têm levado grande vantagem nas concorrências. Como obter orçamentos mais condizentes com as necessidades do mercado? Utilizando os históricos de trabalhos semelhantes, tendo uma exata dimensão de seus custos para a realização do trabalho contratado e aproveitando melhor cada um de seus recursos. O aumento da produtividade leva a redução do seu custo/hora. Definindo corretamente os seus custos, é possível trabalhar com níveis mais justos de lucratividade, e

Figura 3 - Exemplo de controle de documentos Novembro/Dezembro 2005

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Figura 4 - Exemplo de consolidado dos custos

com isso, aumentar a competitividade, quando necessário. A Figura 4 apresenta a tela de um sistema informatizado de formação de custos industriais. e) Manter níveis satisfatórios de lucratividade É difícil saber o quanto de lucro se tem em cada molde executado. Mesmo quando se entrega um serviço realizado, ainda temos dificuldade em dimensionar corretamente os custos e verificar qual foi o lucro obtido. Principalmente se o serviço oferecido envolve partes terceirizadas e algum retrabalho. Com os controles do custo de cada hora trabalhada por diferentes recursos é possível ter um mecanismo de controle das horas realizadas x horas previstas. Comparando, em tempo real, pode-se definir exatamente quanto da margem de lucratividade está sendo preservada. Além disso, ter definidos os custos fixos, e rateá-los pelos serviços gerados, possibilita obter uma avaliação mais consistente de como estão os níveis de lucratividade de uma empresa. f) Melhorar a qualidade de atendimento ao consumidor Hoje se fala muito em cativar o cliente, melhorar a qualidade dos

atendimentos e em CRM (Customer Relationship Management), que significa Gestão de Relacionamento com o Cliente. A definição de CRM é: “Estabelecer relacionamentos mutuamente satisfatórios, de longo prazo, com parteschave do processo (Clientes/Fornecedores/Distribuidores), a fim de ganhar e reter sua preferência e seus negócios no longo prazo”. Em resumo, é fidelizar o cliente. A IDC (International Data Corporation), líder mundial em inteligência de mercado para os segmentos de Tecnologia da Informação (TI) e de Comunicações, está presente em mais de 46 países há 40 anos, e vem fornecendo análises táticas e estratégicas de mercado para mais de 4.000 clientes em todo o mundo. Segundo a IDC, o motivo mais freqüente da perda de um cliente (68%) é o tratamento indiferente por parte do fornecedor. Apenas 10% pleiteia maiores vanta-

1% 68%

6% 10% 15%

Falecimento Maiores vantagens Indiferença

Mudança de Endereço Reclamação

Gráfico 1 - Indicadores de perda do cliente

gens. Isso indica que muitas vezes somos relapsos em relação às necessidades e desejos de nossos clientes. Veja no gráfico 1 a distribuição dos níveis de insatisfação do cliente em relação a seus fornecedores. Freqüentemente, uma pequena mudança de comportamento pode facilitar este relacionamento. Como diferencial a empresa pode: ter acesso rápido às informações; ter um histórico de pedidos dos clientes e seus respectivos indicadores de acompanhamento e fazer com que ele participe do processo de execução, envolvendoo nas resoluções. Enfim, tudo que possa facilitar a comunicação é muito importante. Concluindo, para conquistar níveis elevados de agilidade, controle e qualidade, é necessário investir em tecnologia. É recomendável que os gerentes de projetos e de ferramentarias, utilizem um programa de gerenciamento para facilitar suas atividades. Com isso, o trabalho tornase muito mais fácil, ágil e confiável. Aumenta-se também a transparência dos processos internos, possibilitando ainda uma visão global da empresa por seus diretores.

Fernanda de Brito Calif - Analista de Sistemas. Atualmente é Gerente Comercial e de Marketing da Eloplus Software Ltda., empresa que desenvolve soluções em gestão de serviços.

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ALEX SANDRO DE ARAÚJO SILVA - alexs@ita.br JEFFERSON DE OLIVEIRA GOMES - gomes@ita.br GUILHERME OLIVEIRA DE SOUZA - golsouza@ita.br

Análise do processo de desbaste e acabamento por fresamento do aço AISI P20 em grupo de ferramentarias ALEX S. DE A. SILVA

O

trabalho conjunto entre as indústrias e as instituições de pesquisa para a resolução de problemas de construção de ferramentas tem se mostrado uma boa prática para a elevação da competitividade deste setor.

Novas tecnologias e desenvolvimentos do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) foram aplicadas em um grupo de seis ferramentarias da ACIJ (Associação Empresarial de Joinville-SC), visando a otimização do processo de fabricação de cavidades. O tema de fresamento para desbaste e para acabamento foi escolhido para otimizar o desempenho do processo de fresamento do grupo de empresas do núcleo de ferramentarias da ACIJ. O desenvolvimento tecnológico nesta área de atuação resultou no aumento de produtividade e conseqüentemente, na diminuição dos custos de fabricação de uma ferramenta, aumentando a competitividade das empresas no seu ramo de negócio. A proposta deste trabalho foi qualificar e otimizar o desbaste e o acabamento do aço P20, baseado nos seguintes pontos: ! Otimização das estratégias de corte para desbaste e acabamento; ! Comparação da geometria de

três ferramentas de corte com diâmetro definido para desbaste e acabamento. Todas as atividades deste projeto foram realizadas e coordenadas em conjunto pelas duas instituições. O projeto contou ainda com o suporte tecnológico da AIM (Associação de Inteligência em Manufatura). As etapas de estudo do desbaste e do acabamento foram regidas pelo seguinte roteiro: ! Estratégias de corte para desbaste e acabamento. Foram as situações de estudo criadas pelo grupo da ACIJ; ! No laboratório do ITA, foram reproduzidas estas situações, dentro da limitação encontrada, tais como outra máquina-ferramenta, outro suporte de ferramenta, outra fixação e tamanho de peça. No entanto foram considerados os mesmos balanços de ferramentas e parâmetros de corte; ! As melhores práticas, estratégias de corte e ferramentas encontradas

na matriz de ensaio executada no ITA, foram aplicadas e analisadas no chão-de-fábrica das empresas participantes; Este projeto foi coordenado tecnicamente em conjunto por representante do ITA e por representante da ACIJ. PROCEDIMENTOS DOS ENSAIOS E CARACTERIZAÇÃO DOS PARÂMETROS DE CORTE UTILIZADOS Para o desenvolvimento da tecnologia de usinagem do aço AISI P20, tema do presente trabalho, foram estabelecidos os seguintes tópicos: ! Desenvolvimento e implementação de estratégias de usinagem de desbaste para características de processo usuais dessas ferramentarias; ! Desenvolvimento e implementação de estratégias de usinagem para acabamento (qualidade superficial máxima de Rz = 5 µm), para características de processo e; Novembro/Dezembro 2005

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! Identificação das ferramentas ideais para a usinagem do aço estudado (AISI P20). Para os testes de fresamento foi fixada uma matriz que incluía: ! Diferentes formas para os testes de fresamento (filetes, paredes e cavidades); ! Ferramentas diferentes com mesmo diâmetro para utilização em testes de desbaste e; ! Ferramentas diferentes com mesmo diâmetro para utilização em testes de acabamento.

PLANO EXPERIMENTAL PARA CADA TESTE De maneira a organizar os procedimentos, desenvolveu-se um plano experimental para cada um dos testes realizados, conforme descrito na seqüência a seguir: a) Especificação da ferramenta de corte A geometria padrão da ferramenta a ser utilizada apresentava as seguintes especificações, sugeridas pela AIM e fornecidas pela Sandvik, em função das geometrias tipicamente utilizadas: ! Geometria de desbaste: fresa de topo reto e toroidal, com insertos intercambiáveis de 25 mm de diâmetro (Figura 1) e; ! Geometria de acabamento: fresa de topo esférico, com insertos

Figura 1 - Fresa de topo reto e toroidal

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remoção das superfícies oxidadas ou encruadas irregularmente, antes da execução de qualquer ensaio.

Figura 2 - Fresa de topo esférico

intercambiáveis, diâmetro 16 mm (Figura 2). b) Determinação dos parâmetros de usinagem Os parâmetros de corte, tanto de desbaste quanto de acabamento, foram estipulados pelo ITA como sendo os usuais, objetivando introduzir nos experimentos as condições possíveis de aplicação no chão-de-fábrica. c) Dimensionamento dos corpos de prova As medidas do corpo de prova foram definidas de maneira que coubessem na mesa da máquinaferramenta e que permitissem a execução das estratégias estipuladas para os experimentos. Para um bom aproveitamento do material durante os ensaios, determinou-se a utilização de blocos de 100 mm. Além disso, nestas dimensões os corpos de prova novos ainda podem ser movimentados manualmente sem que haja a necessidade explícita de equipamentos auxiliares para a carga da peça na máquina. A usinagem somente foi realizada na região do corpo de prova em que as propriedades mecânicas estavam homogêneas. Desse modo, a peça bruta foi primeiramente desbastada para a

METODOLOGIA DOS ENSAIOS Antes do ensaio, foram preparadas folhas de registro de dados em uma seqüência pré-definida. Cada folha de registro de dados era exclusiva de um conjunto de parâmetros de usinagem (inserto, condições de usinagem e critério de fim de vida da ferramenta). O suporte de fixação da ferramenta de corte foi mantido sempre na mesma posição, de modo a assegurar o mesmo balanço de ferramenta para todas as situações. Antes da troca de cada ferramenta de corte, garantiu-se a limpeza do assento do suporte, assegurando desta forma um posicionamento adequado da ferramenta. Os ensaios são diretamente influenciados pelo desenvolvimento dos materiais da ferramenta de corte e revestimentos. A proposta para esse trabalho era aplicar as distintas geometrias ensaiadas nas diversas situações de engajamento da ponta da ferramenta (semi-acabamento e acabamento). A eficiência das ferramentas de corte foi avaliada em função do comportamento das mesmas nas diversas situações. A análise dos resultados seguiu os seguintes critérios: ! Medição do desvio da haste da ferramenta; ! Acabamento da superfície usinada; ! Medição dos esforços da ferramenta de corte; ! Desenvolvimento de estratégias de semi-acabamento e acabamento; ! Medição de ruído e;


Determinação da vida útil de ferramenta relativa às duas melhores ferramentas analisadas. !

1. Metodologia para análise do desvio da haste da ferramenta de corte O erro dimensional produzido na superfície da peça ocorre, fundamentalmente, pelo deslocamento da haste da ferramenta. No caso do corte concordante, no momento da entrada do gume na peça, a maior espessura de usinagem (h) provoca uma retração da haste da ferramenta de corte, originando um erro dimensional na peça. O comprimento da ferramenta (fator exponencial 3) e o diâmetro (fator exponencial 4) influenciam diretamente no desvio da haste da ferramenta. Ou seja, o desvio será

tanto maior quanto maior for o comprimento da haste e quanto menor for o diâmetro da ferramenta de corte. Para os distintos modelos de geometrias da ponta das ferramentas, foi montada uma matriz de parâmetros de corte, nas condições de acabamento, com duas variações de avanço por dente (fz) profundidade de corte axial (ap) e profundidade de corte radial (ae). 2. Metodologia para análise do acabamento superficial das peças Os parâmetros de rugosidade, Ra (desvio médio aritmético de rugosidade ou rugosidade média) e Rz (profundidade média de rugosidade) foram medidos na direção do

avanço e na direção perpendicular ao avanço. Cada medição foi realizada três vezes nas respectivas direções. Foi utilizado equipamento da Mitutoyo para este procedimento. 3. Metodologia para análise de estratégias de desbaste e acabamento Em virtude das condições geométricas desvantajosas na fabricação de matrizes, a aplicação das ferramentas de corte requer o uso de estratégias de corte orientadas, para evitar situações de engajamento crítico da aresta de corte e assegurar as condições ótimas de usinagem. Para a garantia de efetividade de processo no fresamento, é importante aplicar os resultados obtidos


nos passos descritos de “a” até “c” para as geometrias complexas. Em parceria com o setor de CAD/CAM das empresas do grupo, foram definidas três características geométricas complexas (cantos, esquinas e rampas), como apresentado na Figura 3, e de engajamento da ferramenta de corte (entradas, saídas e mergulho) para cada etapa (semi-acabamento e acabamento), tipicamente ocorrentes no chãode-fábrica das empresas participantes do estudo, conforme mos-

raram um relatório de análise (comportamento de cada ferramenta em relação ao desvio da haste, acabamento superficial e medição de ruído). Vale ressaltar que o desenvolvimento destas estratégias foi aplicado nos sistemas CAD/CAM utilizados pelas ferramentarias do grupo, pelos próprios colaboradores das empresas. No entanto, os desenvolvimentos foram realizados no ITA com o sistema NX3 da UGS. 4. Metodologia para avaliação da vida da ferramenta com distintos revestimentos Utilizando um microscópio óptico e de ferramentaria, verificaramse as condições iniciais em que se encontravam as ferramentas de corte, bem como os valores dos ângulos que compoem a sua geo-

metria. Os ensaios de vida de ferramenta foram realizados segundo Norma ISO 8688-2 e adequados conforme as características dos ensaios. O critério de fim de vida estabelecido foi o desgaste de flanco máximo (VBmax= 0,2 mm). Todavia, o desenvolvimento de cratera foi sempre observado. Este valor foi tomado como base, de modo a garantir a repetibilidade dos resultados. Um exemplo do comportamento da vida da ferramenta é apresentado na Figura 5. As medições de desgaste foram realizadas de acordo com intervalos de comprimentos regulares, sendo efetuadas medições a cada 1 m, para cada variação de patamar de desgaste e a cada 3 m nos pontos de estabilização do gume no corte. O objetivo de tantas medições, uma vez que se poderia optar pela

Figura 3 - Geometria definida para os ensaios das estratégias de corte

Ferramenta

Face

Figura 4 - Estratégia de engajamento da ferramenta de corte

trado na Figura 4. Uma vez definidas estas características, foram definidas três alternativas para cada situação. As melhores práticas encontradas para cada situação foram aplicadas diretamente no chão-de-fábrica. Todas as situações ensaiadas ge18

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Flanco

Figura 5 - Desgaste progressivo de ferramenta de corte usinando aço AISI P20


utilização de uma série de números normalizados já existente, foi o de verificar a variação dos patamares de estabilização do gume, bem como verificar o comportamento de corte, pelas derivadas das curvas de desgaste dos gumes das ferramentas, para se avaliar a repetibilidade dos ensaios. Cada condição foi repetida uma vez e, em caso de discordância de resultados, se procedeu então a mais uma repetição. Nos ensaios foi medido o desgaste em todas as arestas de corte da ferramenta. Também foi considerado como marca de desgaste de flanco o maior valor encontrado dentre todas as arestas de corte. As marcas de desgaste foram medidas no microscópio de ferra-

Figura 6 - Peças usinadas durante os testes.

mentaria Leica do ITA. Todas as ferramentas foram ajustadas com o mesmo comprimento em balanço, em relação à base do porta-ferramenta. Na Figura 6 estão apresentadas peças usinadas resultantes dos processos de otimização. CONCLUSÕES ESTRATÉGICAS SOBRE A PARCERIA AIM/ITA-ACIJ

O projeto “Análise do processo de desbaste e acabamento por fresamento do aço AISI P20 beneficiado no grupo do núcleo de ferramentarias da ACIJ” é pioneiro em âmbito nacional, no que concerne a relação entre empresas de porte médio e o meio academico. Em um curto espaço de tempo de 4 meses, as empresas do Núcleo de Usinagem e Ferramentaria da ACIJ tiveram acesso a um volume de informações direcionado para seus produtos e suas estruturas de chãode-fábrica. Isso resultou nos seguintes ganhos: ! Utilizou-se a competência da academia na velocidade demandada pelos parceiros industriais. Com isso, as tomadas de decisões tecnológicas, que necessariamente


são realizadas pelas empresas, puderam ser auxiliadas por um agente externo (AIM/ITA); ! Os parceiros da Associação de Inteligência em Manufatura (AIM/ ITA) puderam ainda contribuir com soluções aplicáveis para a realidade do chão-de-fábrica das empresas; ! Fortaleceu-se a relação entre as próprias empresas do núcleo e; ! As empresas do núcleo se mostraram determinadas na busca da

melhoria contínua e no desenvolvimento de novas soluções tecnológicas, mostrando para o mercado uma imagem de empreendimento tecnológico; O vínculo criado abre perspectivas para projetos posteriores, onde, de antemão, pode-se recomendar as seguintes atividades: ! Benchmarking tecnológico e organizacional para ferramentarias, com o objetivo de verificação do

estado organizacional e tecnológico do setor; ! Otimização do processo de fresamento de materiais com durezas superiores a 45 HRC, tipicamente utilizados para injeção de PVC, freqüentemente encontrados na região e; ! Auxílio na tomada de decisões para investimentos em novas tecnologias, baseado no perfil das empresas.

Alex Sandro de Araújo Silva - Engenheiro Mecânico e Mestrando em Engenharia Mecânica Aeronáutica pelo ITA Instituto Tecnológico de Aeronáutica. Atualmente é Engenheiro de pesquisa e desenvolvimento da Associação de Inteligência em Manufatura (AIM), atuando nas áreas de fresamento em 5 eixos de componentes para turbinas a gás, otimização de parâmetros CAD/CAM para HSC na indústria de moldes e matrizes e simulação de processos de fresamento em 5 eixos (manufatura virtual). Jefferson de Oliveira Gomes - Engenheiro Mecânico, Mestre em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina e Doutor em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina/Sociedade Fraunhofer Aachen, Alemanha. Atualmente é professor do ITA Instituto Tecnológico de Aeronáutica, coordenador da Associação de Inteligência em Manufatura (AIM), tendo projetos aplicados em indústrias nacionais e internacionais. Guilherme Oliveira de Souza - Engenheiro Mecânico e Mestrando em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente é Engenheiro de pesquisa e desenvolvimento da Associação de Inteligência em Manufatura (AIM), onde atua nas áreas de fresamento em 5 eixos, fabricação de próteses para cranioplastia, e otimização de parâmetros CAM e processos de usinagem para as indústrias aeronáutica e de moldes e matrizes.

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CLÁUDIO LUIZ DA SILVEIRA - clsilveira1@yahoo.com.br OSMARINA ESCOTON RISCHIOTO - osmarina@britania.com.br

Metodologia para avaliação e qualificação de fornecedores de ferramentais

CLÁUDIO LUIZ DA SILVEIRA

A

implantação de um sistema de avaliação de fornecedores através de pontuação permite que sejam dimensionados quantitativa e qualitativamente os serviços executados. Isto possibilita comparar um conjunto de fornecedores com base em parâmetros iguais.

Movimento que se iniciou há cerca de 15 anos na indústria brasileira, seguindo a tendência mundial, a terceirização de serviços gerou um grande número de empresas de pequeno e médio porte e alterou o perfil da economia. Um dos segmentos de prestação de serviços que mais se desenvolveu na esteira desta onda foi o das ferramentarias, a tal ponto que hoje o leque de opções de fornecedores é bastante amplo, pelo menos no que diz respeito à fabricação de moldes e ferramentas novas. Embora seja grande a oferta de fornecedores, nem todos são realmente eficientes no que se refere às exigências da maioria das empresas. As exigências são o cumprimento dos prazos e das especificações; qualidade nos produtos e serviços; baixos custos e prestação de assistência técnica na pósvenda. Em resumo nem todas conseguem satisfazer 100% os seus clientes. Formadas geralmente por profissionais egressos de empresas de

grande porte, os outrora empregados se vêem assumindo o papel de empresários e nem sempre estão totalmente preparados para administrar as empresas que se propuseram a gerir. O que pode parecer fácil num primeiro momento, se torna, na medida em que o número de pedidos aumenta, um problema de difícil equacionamento, como manter sob controle a fabricação simultânea de uma série de itens de diferentes projetos, contando com um número limitado de recursos tecnológicos, humanos e, porque não dizer, financeiros. A este fato se soma a natural dificuldade de antever todos os detalhes e imprevistos envolvidos nos processos de fabricação de um produto. Pois, na maior parte dos casos, ainda não se tem o projeto elaborado no momento em que se prepara o orçamento, que é único, assim como um molde ou ferramenta. Se de um lado estão as ferramentarias e as suas limitações técnicas, humanas e de gestão, de outro lado estão os seus clientes, as indús-

trias. Uma boa parte das vezes, as dificuldades encontradas pelos fornecedores na satisfação das exigências dos clientes são causadas pelos próprios clientes, por fornecerem informações incompletas. É comum que seja fornecido apenas o desenho do produto, sem todas as suas especificações. Além disso, o projeto do produto costuma sofrer uma série de alterações durante todo o processo. Informação em quantidade insuficiente e de baixa qualidade pode gerar: ! Grandes variações nos valores das cotações para um mesmo ferramental, pois nem todos conseguem ter o mesmo entendimento do que o cliente realmente quer; ! Aplicação de materiais de qualidade inferior a necessária e características inadequadas ao processo e ao volume de produção requerido, pois muitas vezes, nem a vida útil que se pretende obter do ferramental é informada; ! Dificuldade de cumprimento dos prazos contratados e ! Não conformidades dimensioNovembro/Dezembro 2005

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nais e funcionais do ferramental e do produto. Infelizmente, hoje em dia ainda existe muita informalidade na contratação dos serviços e uma das partes acaba se valendo disso, em detrimento da outra. Para que a relação entre as empresas contratante e contratada seja a mais justa e transparente possível, é indispensável a elaboração de um contrato minucioso e o fornecimento de especificações completas e precisas. Neste momento a informalidade deve ser banida para evitar avaliações injustas e parciais, assim como desentendimentos e preocupações futuras. Nos contratos de prestação de serviço de ferramentaria devem estar claramente especificadas questões como: ! Prazo para entrega do serviço, estabelecendo-se o seu início e fim. Por exemplo, o prazo começa a contar a partir do momento em que a contratada recebe o modelo em CAD definitivo e termina no momento em que é liberado para produção, após a aprovação das amostras obtidas nos testes (try-outs); ! Quem deve absorver os custos dos testes e onde eles serão realizados (dentro ou fora das dependências do contratante); ! Lote mínimo de peças que deve ser produzido, em condições normais de funcionamento, para aprovação do ferramental; ! Quem deve fornecer a matériaprima para os testes e para a produção do lote piloto; ! Quem deve se responsabilizar e arcar com os custos de logística (transporte, manipulação, entre outros); ! Especificação de multas por atraso e ressarcimento por prejuízos causados à contratante pela contratada; 22

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Condições e prazo de garantia; Condições para aprovação do projeto (apresentação de préprojeto, entre outras) e ! Quanto tempo a contratante tem para avaliar o pré-projeto sem que interfira no prazo final acordado. Pressionadas por um mercado altamente competitivo, as empresas não podem conviver com atrasos em seus projetos, provocados pela demora na entrega dos pedidos, ferramentais com produtividade abaixo da esperada, que demandem altos custos de manutenção ou paradas de produção não previstas. Um molde ou ferramenta indisponível para produção pode levar a empresa a uma situação de verdadeiro caos, por fazer com que centenas de funcionários possam vir a ficar ociosos e que pedidos deixem de ser entregues aos clientes, gerando prejuízos, muitas vezes incalculáveis. Por esses motivos é imprescindível que as empresas possam contar com fornecedores confiáveis e que se tornem, sobretudo, verdadeiros parceiros. É importante também que existam formas de se avaliar, dentre os fornecedores, quais têm reais condições de atender a requisitos de confiabilidade. Esta avaliação não deve ser subjetiva e dependente de critérios pessoais. Os critérios de avaliação devem ser mantidos, independentemente do responsável pela escolha dos fornecedores. ! !

METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES A metodologia a seguir é apresentada para que a avaliação e qualificação dos fornecedores seja imparcial e objetiva. De caráter apenas

orientativo, pode servir de base para a elaboração de uma metodologia adaptada à realidade de cada empresa. A idéia é formar um rol classificatório (ranking) de fornecedores, através de notas, com base em índices calculados a partir dos principais aspectos envolvidos. As empresas participantes do processo são classificadas em três grupos, conforme o tipo de serviço realizado: Grupo 1 - Manutenção de ferramentais: trabalhos que não envolvem alteração no projeto de produto. Estão relacionados à manutenção preventiva, reparos e melhoria de produtividade de moldes ou ferramentas. Este grupo será acionado para serviços de baixa complexidade; Grupo 2 - Modificação de projetos de produtos e ferramentais: trabalhos que envolvem alteração de produto ou processo, em moldes ou ferramentas já existentes. Este grupo será acionado para trabalhos de média complexidade e; Grupo 3 - Desenvolvimento de ferramentais novos: trabalhos de desenvolvimento e fabricação de moldes e ferramentas. Incluem novos produtos e/ou componentes e ainda desenvolvimento de novos ferramentais para produtos e/ou componentes existentes. Este grupo será acionado para trabalhos de alta complexidade. Para que um fornecedor possa prestar serviço à empresa, antes de ser classificado em um ou mais grupos, é necessário que passe por um processo de avaliação inicial. Esta avaliação inicial é feita por um representante técnico da empresa contratante, em visita à empresa a ser contratada, onde serão avaliadas as instalações, os equipamentos e os recursos. Deverá então ser


preenchida a ficha de avaliação que servirá para futuras referências, podendo ser atualizada quando for conveniente. Esta ficha deverá conter dados como localização, descrição dos equipamentos, número de funcionários, tipos de trabalhos que costuma executar, sistemas de CAD/CAM utilizados, processos executados internamente e os terceirizados, principais clientes, entre outros. É importante também, que a empresa contratante faça uma avaliação do registro (CNPJ) e na situação financeira da poten-cial contratada, o que pode preve-nir futuras surpresas desagradáveis. As notas são calculadas com base em três quesitos básicos: ! Qualidade: sendo este um critério subjetivo, é necessária a adoção de um parâmetro represen-

tativo. Neste caso foi adotado o número de testes “oficiais” (tryouts) até a aprovação do lote piloto, o que indica a acertividade do projeto e a qualidade na execução dos serviços ou na construção do ferramental. Ou seja, quanto mais testes forem executados, maior será a probabilidade de detectar deficiências na concepção ou na construção do molde ou ferramenta. Cada teste adicional representa um decréscimo de 30 pontos na nota deste quesito; ! Prazo: um dos critérios mais importantes a ser observado é o prazo de entrega do ferramental. Quando uma ferramenta é entregue além do prazo inicial estabelecido, gera uma cadeia de implicações negativas com relação a colocação do produto do cliente no mercado. Isso significa, principalmente, per-

da de competitividade. Portanto, para cada dia de atraso, o fornecedor é punido com dois pontos a menos na nota deste quesito; ! Custo: são considerados o valor cotado inicialmente pelo fornecedor e o valor final cobrado. Em algumas situações o fornecedor erra no orçamento inicial e, durante o desenvolvimento do serviço, pleiteia reajustes. Quando o cliente aceita os reajustes, estes devem ser formalizados em um adendo no contrato de compra original. A diferença entre o valor original e o novo valor é considerada falha do fornecedor e, portanto, passível de punição. Contudo, quando a alteração de valor é realizada devido a uma solicitação do comprador, o fornecedor não é punido. Neste caso, o novo valor passa a compor o campo de valor contratado.

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QUESITOS

PARÂMETRO DE MEDIÇÃO

PREVISTO (meta)

REALIZADO

DESVIO (PREVISTO – REALIZADO) x FATOR DE CORREÇÃO

VALOR MÁXIMO – DESVIO

NOTA FINAL

QUALIDADE

Nº de testes executados até o lote piloto

Nº de testes previstos (geralmente 1)

Nº de testes realizados

(Previsto – Realizado) x 30

100+DESVIO

X

PRAZO

Nº de dias corridos até a liberação do molde para produção

Nº de dias corridos previstos em contrato + adendos

Nº de dias corridos real

(Previsto – Realizado) x 2

100+DESVIO

Y

CUSTO

Custo do serviço

(Previsto – Realizado) x 0,001

100+DESVIO

Z

Valor previsto no contra- Custo total do to/orçamento inicial (R$) serviço (R$)

≥ 70

Conceito final do Serviço:

Nota Final do Serviço (X + Y + Z) ÷ 3

Aprovado

< 70

Reprovado

Tabela 1 - Fórmulas para cálculo da nota por trabalho realizado.

O pleno atendimento do que foi previsto, para cada um dos quesitos na contratação do serviço, equivale a uma nota 100. Porém, esta não é a nota máxima, pois pode ser superada se, por exemplo, o fornecedor exceder às expectativas concluindo o trabalho antes do prazo previsto. As fórmulas adotadas no cálculo da média por trabalho executado, estão mostradas na Tabela 1. É importante avaliar os fatores de correção adequadamente para cada tipo de trabalho. Nos indicadores apresentados ao longo deste trabalho, podem ser praticadas variações. Por exemplo, quanto maior for a importância da qualidade da ferramenta, tanto mais pode ser incrementado o fator de correção utilizado no cálculo do desvio. Ou seja, o índice considerado neste exemplo como 30 pode ser estendido para 40 ou 50. Da mesma forma, quanto mais relevante for o cumprimento do prazo de entrega da ferramenta para o cliente, tanto maior pode ser o fator de punição deste quesito. Portanto, o índice aqui considerado como 2 pode passar a ser de 3, 4, 5 ou 6. No quesito custo, o fator de multiplicação é de 0,001 para efetuar a equalização entre a pontuação de 0 a 100 e o valor de milhar da unidade básica considerada em R$ 1.000,00. Também neste caso, se o 24

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fator custo for de maior relevância, ele pode ser alterado para um valor de 0,002 ou mais. Para efeito de posicionamento no rol de classificação, a qualificação das ferramentarias prestadoras de serviço é feita de acordo com o grupo a qual se enquadram: Grupo 1: Qualificação mais baixa. Não é exigida estrutura de ferramentaria, porém é indispensável capacitação técnica para a execução dos trabalhos; Grupo 2: Qualificação média. Exige-se estrutura adequada e conhecimento técnico em ferramentas ou moldes e; Grupo 3: Qualificação máxima. Em caso de não alcançar a condição mínima de desempenho esta-

FORNECEDOR

belecida, a ferramentaria avaliada passa para o grupo de qualificação imediatamente mais baixo. Estando no grupo 1 e ainda assim não atingindo a nota mínima, esta deverá ser eliminada do quadro de fornecedores. As notas são inseridas na Tabela 2 “Classificação de Fornecedores de Ferramentas”, resultando na média final dos últimos cinco trabalhos executados. A relação então é ordenada em forma decrescente de mé-dia, sendo posicionado na primeira linha o fornecedor que obteve a melhor média. O desempenho mínimo para permanência no grupo no qual o fornecedor se enquadra é baseado em dois critérios: nota mínima atin-

SERVIÇO SERVIÇO SERVIÇO SERVIÇO SERVIÇO 1 2 3 4 5

MÉDIA

Empresa 1

Nota 1

Nota 2

Nota 3

Nota 4

Nota 5

(Notas 1+2+3+4+5) ÷ 5

Empresa 2

Nota 1

Nota 2

Nota 3

Nota 4

Nota 5

(Notas 1+2+3+4+5) ÷ 5

....

....

....

....

....

....

....

Empresa n

Nota 1

Nota 2

Nota 3

Nota 4

Nota 5

(Notas 1+2+3+4+5) ÷ 5

Tabela 2 - Classificação de Fornecedores de Ferramentas

GRUPO DE TRABALHO

QUALIFICAÇÃO

NOTA MÍNIMA EM TRABALHO EXECUTADO

MÉDIA MÍNIMA DE 5 TRABALHOS EXECUTADOS

GRUPO 1

BAIXA

30

70

GRUPO 2

MÉDIA

30

70

GRUPO 3

ALTA

40

80

Tabela 3 - Condições de desempenho mínimas para permanência dentro dos grupos de trabalho


gida em um trabalho e média de notas atingidas em cinco trabalhos. Ou seja, se em um trabalho o fornecedor do Grupo 1 ou do Grupo 2 atinge uma nota inferior a 30, este é rebaixado para um grupo de qualificação inferior. O mesmo acontece se atingir a nota acima de 30, mas a média dos cinco trabalhos executados ficar abaixo de 70, como mostra a Tabela 3. É salutar que o relacionamento entre a empresa contratante e as ferramentarias contratadas seja de parceria e transparência. Por isso, a metodologia utilizada, as notas e as médias obtidas devem ser repassadas aos fornecedores, para que as

ações de melhoria possam ser tomadas. Enfim, a implementação de um sistema como o apresentado, é uma tarefa árdua, mas com certeza trará uma série de benefícios para a empresa, sendo necessários esforço, determinação e, sobretudo, disciplina. Todo o processo deve ser documentado e os procedimentos devem ser implementados e seguidos rigorosamente. Dentre as vantagens, citamos: ! Criação de um histórico dos trabalhos executados pelos fornecedores para referência futura, evitando a reincidência de erros; ! Maior segurança na seleção dos

fornecedores e na contratação dos serviços; ! Maior controle do padrão de qualidade de serviços contratados; ! Manutenção de padrão de qualidade nos ferramentais adquiridos; ! Possibilitar aos fornecedores o conhecimento do grau de satisfação do cliente em relação a qualidade dos serviços prestados, facilitando a adoção de medidas para melhoria no atendimento das suas necessidades e ! Redução dos conflitos entre as partes, tornando a relação mais harmoniosa, reduzindo as desconfianças e possibilitando uma parceria efetiva.

Cláudio Luiz da Silveira - Engenheiro Mecânico formado pela Universidade do Estado de Santa Catarina UDESC, com especialização em Materiais Plásticos e Engenharia de Componentes pela ASCAMM/SOCIESC e Informática pela UFRS/UDESC. Atuou por cerca de 8 anos na área de ferramentarias. Atualmente exerce atividade como Engenheiro de Produto em coordenação de projetos de novos produtos em empresa do ramo de eletrodomésticos. Osmarina Escoton Rischioto - Técnica em plásticos, formada pelo SENAI Mário Amato, de São Paulo. Atualmente atua como técnica em processos de injeção em divisão de moldes e ferramentas.

Novembro/Dezembro 2005

Ferramental

25


Avaliação de fornecedores de ferramentais Notas explicativas Na configuração de operação das empresas modernas não há espaço para falhas no fornecimento de produtos e serviços. Isso determina a necessidade imediata de implantação de sistemas de acompanhamento e avaliação do nível de atendimento dos fornecedores. Pequenas falhas podem levar a perdas enormes. Nesta edição apresentamos uma ficha técnica que estabelece uma seqüência para registro e pontuação de serviços prestados por fornecedores de ferramentais. A seguir são fornecidos alguns esclarecimentos para melhor utilização da ficha. Composta, de um lado, pela planilha intitulada “Avaliação de fornecedores de ferramentais” e, do outro, pelo formulário “Classificação de fornecedores de ferramentais”, esta ficha é bastante simples e está baseada na metodologia apresentada na página 21. Esta planilha pode ser inserida em algum sistema de planilha eletrônica, o que facilita e agiliza os cálculos. O princípio é de alimentar a planilha com as informações dos últimos cinco serviços prestados pelo fornecedor. Assim, após o preenchimento do cabeçalho, que identifica as empresas avaliadora e avaliada, procede-se ao preenchimento dos campos relativos a cada serviço individual. É importante informar a data da última avaliação e o período para a próxima avaliação do fornecedor. Para uma empresa com histórico pequeno ou inconsistente, é conveniente considerar um período de reavaliação menor. Também deve ser identificada a que grupo de fornecedores a empresa avaliada pertence (manutenção, modificação ou desenvolvimento). 26

Ferramental

Novembro/Dezembro 2005

Para o Serviço A, informar no campo Descrição, o trabalho a ser avaliado bem como o nome da pessoa responsável pelo acompanhamento e os dados básicos do pedido de compra (número e data). O campo Status identifica a fase do trabalho (andamento ou concluído), na data da avaliação. Nos itens 1, 5 e 9 informe o valor esperado pela empresa avaliadora para estes quesitos. Por exemplo, se a perspectiva é de que haja 2 testes até a aprovação do serviço, informe este número no item 1. Da mesma forma, no item 5 informe o prazo de entrega acordado entre cliente e fornecedor. Nos itens 2, 6 e 10 será informado o valor obtido na conclusão do serviço. Os cálculos iniciam a partir dos itens 3, 7 e 11. Perceba que o valor resultante do cálculo do item 3 pode ser negativo ou positivo. É muito importante observar o sinal. Esta diferença (item 1 menos item 2) deverá ser multiplicada pelo fator de correção, que neste caso é 30. Exemplificando, se em um serviço o fornecedor teve o valor 2 inserido no item 1 e obteve a pontuação de 3 no item 2, o cálculo será igual a [(2-3) x 30], que resulta em -30. Este resultado, inserido no item 4 [100 + (-30)], dará 70 pontos, que será a nota final para este quesito. Da mesma forma, se o fornecedor se propôs a entregar o serviço em 60 dias (item 5) e entregou de fato em 65 dias (item 6), o cálculo do item 7 será [(60-65) x 2], o que resulta em -10. Portanto, transportando este valor para o item 8, temos [100 + (-10)] que é igual a 90, ou seja, a nota é de 90 pontos. E, finalmente, supondo que o preço inicial do fornecedor é de R$ 34.000,00 (item 9) e ele cumpriu esta

proposta, este mesmo valor de R$ 34.000,00 será informado no item 10. Os cálculos do item 11 serão então [(34.000,00-34.000,00) x 0,002] resultando em 0 (zero). Transferindo este valor para o item 12, temos que [(100 + (0)] é igual a 100 e o fornecedor obtém nota de 100 pontos neste quesito. No item 13 são então somadas todas as notas, fornecendo uma equação [(70 + 90 + 100) ÷ 3] que resulta em 86,7 pontos. A avaliação final será proporcionada pela nota final obtida no item 13. Se a nota final for igual ou maior que 70, o Serviço A estará aprovado. Se a nota for menor que 70, este será reprovado. Este procedimento deve ser repetido com todos os outros quatro serviços (Serviço B, C, D e E). Os dados obtidos para os cinco serviços realizados devem ser transferidos para o formulário “Classificação de fornecedores de ferramentais”, no verso da planilha de avaliação, obedecendo a classificação da empresa fornecedora no seu devido grupo de trabalho vigente. O resultado do item 13 deve ser transportado para o item 101, o do item 33 para o item 102 e assim por diante. No item 106 procede-se a soma dos itens 101, 102, 103, 104 e 105. O item 107 é resultado do valor existente no item 106 dividido por 5. Quando os campos forem preenchidos com os fornecedores e suas notas, teremos a média obtida pelos mesmos, sendo então possível classificá-los no rol de avaliação, informando no item 108 a posição de cada fornecedor ( 1º colocado, 2º colocado, e assim por diante). Os fatores de correção podem ainda ser alterados conforme a necessidade da empresa avaliadora.


AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES DE FERRAMENTAIS

Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais

Responsável pela avaliação geral:

Empresa:

Contato:

Empresa fornecedora avaliada: Reavaliar em: 3 meses

Data da última avaliação:

Data:

6 meses

12 meses

Fone: Grupo de trabalho vigente: Manutenção Modificação

Desenvolvimento

PONTUAÇÃO POR SERVIÇOS REALIZADOS Serviço A:

Descrição:

Parte integrante da revista Ferramental - Nº 3 - Novembro/Dezembro 2005 - Para preenchimento, consulte as notas explicativas na página 26

Responsável pela avaliação deste serviço: Quesitos Item

Pedido Nº: Meta prevista

1 Nº de testes até o lote piloto 5 Dias corridos até a Prazo liberação do serviço 9 Valor do Custo contrato final (R$)

13

10

11

100 + 7 12 100 + 11

(9 – 10) x 0,002 Conceito final do serviço:

Pedido Nº: Meta prevista

≥ 70

Data do pedido:

Meta realizada 22

Aprovado

< 70

Status: Em andamento Desvio

Reprovado

23

26

27

30

31

Concluído

Nota 24 100 + 23

(21 – 22) x 30 28

100 + 27

(25 – 26) x 2 32

100 + 31

(29 – 30) x 0,002 Conceito final do serviço:

Pedido Nº: Meta prevista

41 Nº de testes até o lote piloto 45 Dias corridos até a Prazo liberação do serviço 49 Valor do Custo contrato final (R$)

≥ 70

Data do pedido:

Meta realizada 42

Qualidade

Aprovado

< 70

Status: Em andamento Desvio

Reprovado

44 100 + 43

(41 – 42) x 30 46

47

50

51

Concluído

Nota

43

48 100 + 47

(45 – 46) x 2 52

100 + 51

(49 – 50) x 0,002 Conceito final do serviço:

Nota final do serviço C (44 + 48 + 52) ÷ 3

≥ 70

Aprovado

< 70

Reprovado

Descrição:

Responsável pela avaliação deste serviço: Quesitos Item

Pedido Nº: Meta prevista

61 Nº de testes até o lote piloto 65 Dias corridos até a Prazo liberação do serviço 69 Valor do Custo contrato final (R$)

Data do pedido:

Meta realizada 62

Qualidade

Status: Em andamento Desvio 64 100 + 63

(61 – 62) x 30 66

67

70

71

Concluído

Nota

63

68 100 + 67

(65 – 66) x 2 72

100 + 71

(69 – 70) x 0,002 Conceito final do serviço:

Nota final do serviço E (64 + 68 + 72) ÷ 3

Serviço F:

100 + 3 8

Descrição:

Responsável pela avaliação deste serviço: Quesitos Item

≥ 70

Aprovado

< 70

Reprovado

Descrição:

Responsável pela avaliação deste serviço: Quesitos Item

Pedido Nº: Meta prevista

81 Nº de testes até o lote piloto 85 Dias corridos até a Prazo liberação do serviço 89 Valor do Custo contrato final (R$)

Qualidade

93

7

Nota final do serviço B (24 + 28 + 32) ÷ 3

Serviço E:

4 (5 – 6) x 2

21 Nº de testes até o lote piloto 25 Dias corridos até a Prazo liberação do serviço 29 Valor do Custo contrato final (R$)

73

6

Concluído

Nota

(1 – 2) x 30

Qualidade

53

Desvio

Descrição:

Responsável pela avaliação deste serviço: Quesitos Item

Serviço C:

Status: Em andamento

3

Nota final do serviço A (4 + 8 + 12) ÷ 3

Serviço B:

33

Meta realizada 2

Qualidade

Data do pedido:

Nota final do serviço F (84 + 88 + 92) ÷ 3

Observações:

Data do pedido:

Meta realizada 82

Status: Em andamento Desvio

83

84 100 + 83

(81 – 82) x 30 86

87

90

91

Concluído

Nota

88 100 + 87

(85 – 86) x 2 92

100 + 91

(89 – 90) x 0,002 Conceito final do serviço:

≥ 70

Aprovado

< 70

Reprovado


Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais

CLAS SIFICAÇÃO DE FORNECEDORES DE FERRAMENTAIS

Empresa:

Última atualização:

Responsável por esta atualização:

Data:

Grupo: MANUTENÇÃO DE FERRAMENTAS Soma das notas Notas finais dos serviços Campo 13 Campo 33 Campo 53 Campo 73 Campo 93 (101 + 102 + 103 + 104 + 105) 101

102

103

104

105

106

Média final (106 ÷ 5) 107

Classificação 108

Grupo: MODIFICAÇÃO DE FERRAMENTAS Empresas fornecedoras avaliadas

Soma das notas Notas finais dos serviços Campo 13 Campo 33 Campo 53 Campo 73 Campo 93 (101 + 102 + 103 + 104 + 105) 101

102

103

104

105

106

Média final (106 ÷ 5) 107

Classificação 108

Grupo: DESENVOLVIMENTO DE FERRAMENTAS NOVAS Empresas fornecedoras avaliadas

Soma das notas Notas finais dos serviços Campo 13 Campo 33 Campo 53 Campo 73 Campo 93 (101 + 102 + 103 + 104 + 105) 101

Observações:

102

103

104

105

106

Média final (106 ÷ 5) 107

Classificação 108

Parte integrante da revista Ferramental - Nº 3 - Novembro/Dezembro 2005 - Para preenchimento, consulte as notas explicativas na página 26

Empresas fornecedoras avaliadas


CARLOS ENRIQUE NIÑO BOHÓRQUEZ - cenino@emc.ufsc.br WILSON TAFUR PRECIADO - tafur@labsolda.ufsc.br

CARLOS E. N. BOHÓRQUEZ

Reparo por soldagem de moldes para plásticos: aspectos metalúrgicos

O

s novos materiais para moldes apresentam melhores características de usinabilidade, polibilidade e estabilidade dimensional, além de uma melhor soldabilidade. Entretanto, quando é preciso reparar um molde por soldagem, há que considerar as características do material e seu estado inicial, além do tipo de acabamento superficial que se pretende dar ao molde.

Os moldes para injeção de plásticos com freqüência requerem alguma forma de reparo por soldagem durante a fabricação, seja para corrigir erros na usinagem ou para implementar mudanças no projeto da peça. Apesar de delicados e dispendiosos, os reparos por soldagem se justificam, em razão dos elevados custos de fabricação do componente e a necessidade de rápida disponibilidade do mesmo. Após realizar a usinagem do molde para atingir a geometria que lhe confira a sua funcionalidade, a superfície da cavidade do molde é submetida a processos de acabamento de modo que as características de textura que ele adquire são aquelas desejadas na peça que vai ser injetada. Os processos de acabamento utilizados são três: polimento, espelhamento e texturização. Os dois primeiros são feitos mediante abrasivos, enquanto que o último é um ataque realizado com ácido sobre a superfície previamente impreg-

nada com resina de forma seletiva. Com o polimento pretende-se obter uma superfície brilhante, como a requerida para injeção de lentes plásticas. Com a texturização pretende-se gerar um relevo que vai ser transferido à peça plástica. Para os reparos, geralmente é utilizado o processo TIG, que é um processo de soldagem por fusão com proteção por gás inerte. Nele uma parte do metal de base (MB) é fundido e se mistura com o metal de adição (MA), em uma proporção que é denominada de diluição, formando o metal de solda (MS). Uma parte adjacente do MB sofre aquecimento que o leva a mudar sua microestrutura. Esta é conhecida como a zona afetada pelo calor (ZAC). Algumas literaturas disponíveis sobre o reparo de moldes abordam somente aspectos das técnicas de soldagem [1]. Em outras, se postulam regras sem considerar o material a que se aplicam, nem seu estado inicial, como por exemplo: A soldagem de uma superfície a

ser texturizada deve ser feita usando metal de adição similar ou com conteúdo de carbono (C) levemente menor que o do MB, e a região soldada deve ficar com dureza similar à do MB. O préaquecimento ao redor da área ajuda a minimizar as diferenças de dureza entre o MB e o MS [2]. Quando o molde vai ser submetido a texturização, além de utilizar metais de adição especificamente recomendados pelos fabricantes, devem ser seguidos procedimentos de soldagem apropriados para o material em particular, com o intuito de minimizar as variações na composição química e/ou dureza [3]. Segundo Thompson [1], na texturização alguns materiais são mais resistentes ao ataque do que outros, devido às diferenças na composição química, pelo que se deve escolher um MA de composição similar à do MB. A microestrutura também influi: quanto mais dura, maior será a resistência à ação do ácido. Novembro/Dezembro 2005

Ferramental

29


ESTUDO DE CASO Para apresentar a estratégia de abordagem do problema, serão analisados os resultados experimentais obtidos ao soldar dois materiais largamente utilizados para a fabricação de moldes: o P20 e o VP50IM, que são aços Cr-Ni-Mo fabricados por degaseificação à vácuo. O P20 é um aço temperável, que é fornecido no estado temperado e revenido, com dureza na faixa de 30-34 HRC. O VP50IM é um aço endurecível por precipitação, desenvolvido pela Villares Metals [4]. É fornecido no estado solubilizado, com dureza na faixa 30-35 HRC. Para aumentar sua resistência deve ser submetido a tratamento térmico de envelhecimento a 500 oC. Para a soldagem do aço VP50IM foram utilizados dois tipos de metais de adição: • Similar; • Dissimilar: o AWS A5.28-96 ER 80S-B6, que é um aço 5Cr-0,5Mo

utilizado na soldagem de aços que trabalham em altas temperaturas e em atmosferas contendo hidrogênio (H). Para a soldagem do aço P20 foi utilizado um metal de adição dissimilar, o AWS A5.28-96 ER 80SB2, que é um aço ao Cr-Mo utilizado na soldagem de aços de caldeiras, vasos de pressão e tubulações que trabalham a alta temperatura. Na Tabela 1 são mostradas as composições químicas dos materiais de base e de adição mencionados acima, e os correspondentes valores de carbono equivalente, que é um indicador da temperabilidade do material. Quanto ao MA utilizado para soldar o aço P20, pode ser observado que possui uma menor temperabilidade e menor teor de carbono que o MB. Isso reduz a probabilidade de formar trincas a frio. O MA dissimilar, utilizado para soldar o aço VP50IM apresenta um

Aço P20 Elemento

Metal de Base

P20 Carbono Silício Manganês Cromo Niquel Molibdênio Fósforo Enxofre Cobre Alumínio Nióbio Cobalto Titânio Vanádio Tungstênio

Ceiiw (c)

(a)

Metal de Adição Dissimilar

AWS A5.28 E 80S-B2 (b)

Aço VP50IM Metal de Base

VP50IM

(a)

Metal de Adição

Similar

(a)

Metal de Adição Dissimilar

AWS A5.28 E 80S-B6 (b)

0,37 0,39 1,4 1,89 0,77 0,18 0,03 0,0055 0,12 0,002 0,005 0,025 0,002 0,012 0,011

0,09 0,58 0,54 1,33 0,04 0,51 0,01 0,006 0,03 – – – – – –

0,17 0,21 1,4 0,27 2,95 0,28 0,03 0,09 0,9 0,85 0,0048 0,05 0,0046 0,09 0,01

0,14 0,10 1 0,24 2,92 0,27 <0 0,13 1 0,35 0,0039 0,024 0,0034 0,064 0,036

0,08 0,39 0,53 5,9 0,06 0,54 0,004 0,013 0,07 – – – – – –

1,08

0,55

0,79

0,68

1,46

(a)

Composições medidas através de espectrometria óptica. Composições fornecidas com certificado de qualidade do fabricante. (c) Carbono equivalente do IIW, CEiiw= C + Mn/6 + (Cr + Mo + V)/5 + (Ni + Cu)/15. (b)

Tabela 1 - Composições químicas e carbonos equivalentes dos metais base e de adição.


carbono equivalente maior, o que é compensado mediante a redução do teor de carbono, de modo a reduzir a fragilidade da martensita formada e, assim, a probabilidade de trincas. Por outro lado, o MA apresenta um menor teor de enxofre (S), o que pode prejudicar a sua usinabilidade. Enquanto que para o polimento das amostras soldadas em aço VP50IM foi possível usar lixas, no aço P20 o uso das mesmas resultava em remoção não uniforme de material nas três regiões da solda, devido a dureza muito maior da ZAC (650 HV) em relação ao MB (300 HV). Portanto, optou-se por fazer o polimento com pedras abrasivas que, por serem rígidas, permitiram obter superfícies sem

relevos. Nos gráficos da Figura 1 pode ser constatado que nas soldas em aço VP50IM, qualquer que fosse o metal de adição (similar ou dissimilar), a ZAC e o MS apresentaram dureza similar (430 HV), um pouco maior que a do MB. Ainda na Figura 1 é possível constatar que nas soldas em aço P20 a região de maior dureza é a ZAC (650 HV), devido a retêmpera produzida durante a soldagem. Embora no MS a microestrutura obtida consista em martensita, devido a mesma conter um menor teor de carbono que o MB, resultou em dureza similar a deste (450 HV). Em função disso, no caso do aço P20, as elevadas diferenças de dureza entre MS, ZAC e MB dificultam o

Entenda seu CNC

O que é Tolerância de Usinagem?

polimento, exigindo que fosse feito com pedra abrasiva. Para o espelhamento, tornou-se necessário o uso de feltros mais rígidos, que ao conservar a sua forma, permitiam a remoção uniforme nas regiões da solda e o MB. Para uniformizar a dureza, pode ser realizado um tratamento térmico. Ao comparar as Figuras 1 e 2 pode ser constatado que, no caso do aço VP50IM, o tratamento de envelhecimento a 500 ºC diminuiu as diferenças de dureza entre o MS e MB (em torno de 50 HV) com relação às observadas antes do tratamento (130 HV). Entretanto, mesmo que as diferenças de dureza entre o MS e MB fossem praticamente iguais (55 HV e 40 HV para os MA similar e

SIEMENS

Muitos programas de comando numérico (CNC Computer Numeric Control) para a usinagem de superfícies complexas são gerados a partir de sistemas de programação assistida por computador (CAM Computer Aided Programming). Os sistemas CAM obtém a geometria da peça a partir de um sistema de desenho assistido por computador (CAD Computer Aided Design). A cadeia de processo CAD CAM usinagem de peças complexas.

pós processador

CNC tem elevada importância na

Os sistemas CAD permitem construir superfíceis de altíssima qualidadej. Os sistemas CAM convertem as superfícies oriundas do CAD em poliedros, de maneira a permitir a usinagem de toda a superfície ou para fazer a verificação de possíveis colisões. Em outras palavras, a superfície inicialmente suave é transformada em pequenas superfícies planask Este procedimento produz, inevitavelmente, pequenos desvios na suavidade da superfície. O programador CAM sobrepõe o caminho da ferramenta sobre estes poliedros, os quais serão utilizados pelo pós processador para gerar blocos CNC dentro da tolerância especificada. Assim são geradas inúmeras pequenas linhas retas, G1 X Y Z l. Os pequenos planos usinados podem ser visivelmente mapeados na superfície da peça. Pode ser necessária uma reusinagem, o que é indesejável. O sistema de controle Sinumerik 840D da Siemens apresenta uma solução para este problema. É o arredondamento de cantos nas fronteiras dos blocos de usinagem. O processo compreende a inserção de elementos geométricos m nos cantos, permitindo que a tolerância seja alterada a fim de melhorar o acabamento da usinagem. Nosso serviço de apoio ao cliente presta os esclarecimentos necessários quanto à utilização do seu comando CNC pelo telefone (11) 3833-4040 ou via e-mail adhelpline.br@siemens.com.br E na compra de uma nova máquina CNC podemos lhe auxiliar no esclarecimento de dúvidas técnicas pelo telefone (11) 8385-4126 ou via e-mail fyk@siemens.com.br Novembro/Dezembro 2005

Ferramental

31


Perfis de Dureza

Perfil da Solda (10x)

Texturização na Solda

HV

A

Dissimilar VP50IM CCC

500 400 300

28

22

25

MB 19

7

13

ZAC 10

1

0

4

MS

100

16

200

Similar VP50IM CCC

HV

B

400 300

25

28

22

MB 300 HV

19

7

16

ZAC 431HV 10

1

0

4

MS 433 HV

100

13

200

Dissimilar P20 CCC

HV

C

800 600 400

22

19

MB 305 HV 16

13

10

ZAC 644 HV 7

1

0

4

MS 523 HV

200

Figura 1- Perfis de dureza, macrografias e superfícies texturizadas de amostras com cordão único depositado usando energia de 7,5 kJ/cm.

dissimilar, respectivamente), ao realizar o espelhamento na solda com MA dissimilar foi percebido um degrau entre o MS e a ZAC, o que pode ser atribuído ao menor teor de enxofre do MA, que provo-

32

Ferramental

Novembro/Dezembro 2005

ca redução da taxa de desgaste. Algumas amostras soldadas foram submetidas a texturização após o polimento. Além do exame visual, para ter uma avaliação melhor foram realizados os perfis

de rugosidade (Figura 3). Pode-se observar que na solda em aço VP50IM (gráfico a) a textura foi uniforme. Pelo contrário, na solda em aço P20 (gráfico b) o MB foi mais atacado pelo ácido do que o MS e ZAC (as distâncias pico-vale são maiores no MB). Ou seja, no aço VP50IM, o ataque foi uniforme, apesar de que o MS e ZAC apresentaram dureza maior que a do MB (ao redor de 400 HV e 300 HV, respectivamente). No aço P20, mesmo a ZAC sendo mais dura que o MS, a textura foi similar. Para tentar explicar isso, lembramos que o aço P20 é fornecido no estado temperado e revenido. Ao sofrer um ciclo térmico de soldagem, o material tempera totalmente (a dureza de 600 HV corresponde à da martensita contendo 0,37 %C) e torna-se mais resistente ao ataque. Significa que a profundidade da textura não tem relação direta com a dureza do material, como afirmam alguns autores citados no


mentos de liga (em solução sólida ou na HV 500 forma de precipi400 tados). 300 MS ZAC MB 200 HV=440 HV=440 HV=400 De forma similar, a 100 0 uniformidade no 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 espelhamento não Espelhamento MA Similar VP50IM CCC depende exclusivaB HV mente da dureza. Nas 500 400 soldas em aço VP MS ZAC MB 300 50IM, o MS contendo 200 HV=455 HV=455 HV=400 100 um menor teor de en0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 xofre sofreu menor Figura 2 - Perfis de microdureza nas amostras soldadas de aço desgaste pelo abraVP50IM após envelhecimento. sivo, deixando um início deste texto [1, 2 e 3]. A unidegrau visível. formidade na textura não depende Nas soldas em aço P20, no MS e da dureza, mas da composição ZAC tem-se o material no estado química local e o estado dos eletemperado, com a martensita Espelhamento MA Dissimilar VP50IM CCC

A

Gráfico (a)

supersaturada em carbono e outros elementos de liga. No MB, devido ao tratamento prévio de revenido, houve a formação de carbonetos. Em função disso, para obter uniformidade na superfície texturizada, seria necessário promover o revenimento do MS e ZAC, o que poderia ser feito mediante um tratamento térmico convencional (com efeitos negativos sobre o acabamento superficial e a estabilidade dimensional) ou, então, mediante as técnicas de soldagem da dupla camada e do passe de revenido [5]. Na Figura 4-a é mostrada a seqüência correta dos passos. Os primeiros devem ser realizados nos

Gráfico (b)

50 µm

2,5 mm

MB

ZAC

MS

MB

ZAC

MS

Figura 3 - perfis de rugosidade na direção transversal ao cordão de solda, em CPs texturizados: a) ataque químico uniforme no aço VP50IM; b) ataque químico não uniforme no aço P20.

Novembro/Dezembro 2005

Ferramental

33


extremos da cavidade. Os restantes devem ser realizados com elevada sobreposição, direcionando o eixo do arco para o pé do cordão anterior e alternando o lado, até atingir o centro da cavidade. No caso do aço P20, toda a ZAC sofre retêmpera, adquirindo uma elevada dureza (Figura 1). Assim sendo, os cordões da segunda camada (Figura 4-b) devem ser depositados com uma energia tal que produzam o aquecimento da ZAC formada na primeira cama-

Passe de Revenido

A 1

3

7

5

6

4

2

Primeiros passes extremos

Passes de Revenido

B

8

12

10

C

11

9

d

Ac3 Ac1

Linha de fusão

Passe de revenido

Isoterma Ac3 Isoterma Ac1 Último passe Figura 4 - a) seqüência de deposição; b) dupla camada e passe de revenido; c) detalhe do passe de revenido.

da a temperaturas logo abaixo de Ac1 (Figura 4-c). Além disso, os cordões dos extremos da segunda camada (8 e 9) devem ser posicionados de forma a revenir as ZACs formadas pelos passes 1 e 2. Para que isto seja conseguido, a distância entre os pés dos cordões deve ser mantida num valor que é função da energia de soldagem (Figura 4-c). Na Figura 5 é mostrada uma macrografia de um extremo da cavidade reparada em aço P20 e o respectivo perfil de dureza, medido junto à superfície original da peça. Pode-se observar que a dureza ficou sempre abaixo de 450 HV, o que significa que houve revenido da ZAC, deixando-a numa condição similar à que apresentava originalmente o MB.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. THOMPSON, Steve. Handbook of mould, tool and die repair welding. 1a ed. Abington Publishing Limited, 1999. 224p. 2. THE AKRON METAL ETCHING. Mold Texturing. Disponível em: <http://www.textureame.com/moldtexture.html>. Acesso em setembro de 2004. 3. MOLD-TECH. Pre-texturing Mold Finishes Required. Disponível em: <http://www.mold-tech.com/tex/weld.shtml>. Acesso em setembro de 2004. 4. MESQUITA, R. A. e BARBOSA, C. A. Aços para moldes de plástico com melhores propriedades de manufatura. In: Anais do Congresso Usinagem 2004. São Paulo - SP, 27 a 29 de outubro de 2004 (em CD-ROM).

650

MB

MS Ac1

600

Dureza (HV)

5. NIÑO, C. E. Especificação de procedimentos de reparo por soldagem sem tratamento térmico posterior: efeito de revenimento produzido pelos ciclos térmicos. Tese (Doutorado em Engenharia Mecânica) - Programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2001.

ZAC revenida

550 500 450 400 350 300 250

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

Distância (mm)

Figura 5 - Macrografia e perfil de dureza num reparo realizado em aço P20, usando as técnicas da dupla camada e passe de revenido.

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Ferramental

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Carlos Enrique Nino Bohórquez - Mestre e Doutor em Engenharia Mecânica pela UFSC Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente é professor do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC Universidade Federal de Santa Catarina. Wilson Tafur Preciado - Mestre em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente cursa doutorado em Engenharia Mecânica na UFSC Universidade Federal de Santa Catarina.


DANIEL ALFA - d.alfa@terra.com.br

DANIEL ALFA

Porque implantar a gestão ISO 9001-2000 nas ferramentarias

O

mercado tem hoje muitas ferramentarias atuando em diversas modalidades. Um exemplo é o da construção de moldes e estampos para injeção em termoplásticos; sopro; fundição; injeção em alumínio; estamparia leve, média, pesada; matrizes para extrusão, entre outras. Isso acabou fazendo da ferramenta uma mercadoria comum, onde o diferencial não pode ser apenas o preço.

Frente a um cenário onde o preço tornou-se o diferencial, muitas empresas avaliam outros pré-requisitos na escolha de seus fornecedores. A forma organizada de trabalho, o atendimento às suas necessidades e também a certificação ISO 9001 são alguns dos diferenciais observados. Normalmente, dentro de um cronograma de desenvolvimento de novos produtos, a finalização do ferramental torna-se um ponto crítico, pois as amostras não podem ser produzidas enquanto o ferramental não estiver concluído. Além disso, grande parte da qualidade do produto depende da qualidade do ferramental. Um exemplo disso são as peças plásticas de acabamento dos veículos automotivos e as peças metálicas estampadas, como teto, laterais, capô, portas e tampa traseira, todas chamadas “itens de aparência“. A qualidade do produto montado no carro depende da qualidade da ferramenta que irá produzir estas peças. Sendo assim, as montadoras

só produzirão automóveis de qualidade com bons ferramentais. Podemos citar o exemplo de peças fundidas que serão usinadas e posteriormente montadas, onde as exigências de tolerância são muito apertadas, como das peças do motor e da transmissão. Mas sabe-se que muitas das ferramentarias atuantes no mercado começaram como pequenas empresas, geralmente abertas por profissionais da área que ficaram desempregados ou que foram terceirizados por empresas maiores, muitos sem um preparo para administração empresarial. O primeiro passo de uma empresa na busca da excelência de gestão é a certificação. Só assim ela irá alcançar sua perpetuação no mercado, oferecendo produtos com qualidade e preço justo, dentro do prazo esperado pelos clientes. Surge uma forte tendência ao uso de técnicas de Gerenciamento do Processo de Negócio (BPM Business Process Management), que consiste em reunir esforços

para que, no conjunto, a empresa obtenha resultados potencializados. Desta forma a empresa trabalha buscando resultados em equipe, transformando 1 + 1 = 3, fazendo com que o desempenho de cada processo esteja voltado para um objetivo comum. Este conceito pode ser entendido se medirmos eficiência e a eficácia de cada processo interno. Por exemplo, entregar uma ferramenta com qualidade (dentro das especificações dos clientes) é demonstração de eficiência (ou seja, nada mais do que a obrigação). Porém esta mesma empresa será eficaz se entregar este ferramental antes do prazo e/ ou a um custo menor do que aquele inicialmente orçado. Se a empresa tiver indicadores de medição e/ou monitoramento de processos, tanto para a eficiência quanto para a eficácia (e deve ter para os dois), fará com que os resultados desta organização sejam vantajosos para a empresa e conseqüentemente, para seus clientes. Atingir isso, porém, não é fácil, já Novembro/Dezembro 2005

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que mesmo tendo profissionais qualificados, estes muitas vezes tornam-se herméticos a sugestões de melhoria ou de mudança em relação à forma que aprenderam a trabalhar. A busca da qualidade exige persistência, pois a implantação do sistema da qualidade irá prever um ciclo de gerenciamento análogo ao PDCA (planejar, fazer, controlar e agir); trará uma gestão eficiente e eficaz, pautada em indicadores sólidos, válidos para tomadas de decisões seguras em todas as áreas da empresa. Isto significa próagir e não reagir, oferecendo benefícios às empresas, seus clientes, colaboradores e fornecedores. Implantação de um Sistema de Qualidade Para implantar um sistema de qualidade, todos os líderes (gestores dos processos internos) devem estar também envolvidos no mapeamento, na definição dos processos internos e nos indicadores de medição. O trabalho deve ser conduzido de forma que os próprios líderes definam as metas,

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para que se sintam responsáveis pelo sucesso do sistema de qualidade. A seqüência prática para implantação de um sistema de qualidade é mapear os processos, definir a política e determinar os objetivos, que servirão também para definir os indicadores de medição de eficácia e eficiência. Depois de definidos e mapeados os processos (incluindo os terceirizados), serão determinados os procedimentos dos sistemas de qualidade e, finalmente, o manual. Dentro de cada processo definemse as entradas que o alimentam e seus fornecedores internos e externos; as saídas resultantes (documentos e registros gerados); os produtos e clientes internos e externos; os recursos necessários e as formas de medição ou monitoramento com as metas a serem alcançadas. PRINCÍPIOS DO SISTEMA Os princípios da qualidade podem ser descritos em oito tópicos (Figura 1).

NRB ISO 9000:2000 PRINCÍPIOS

1 3 5 7

2 4 6 8

FOCO NO CLIENTE

LIDERANÇA

ENVOLVIMENTO DAS PESSOAS

ABORDAGEM DO PROCESSO

ABORDAGEM SISTÊMICA PARA A GESTÃO

MELHORIA CONTÍNUA

ABORDAGEM FACTUAL NA TOMADA DE DECISÃO

BENEFÍCIOS MÚTUOS NAS RELAÇÕES COM FORNECEDORES

Figura 1 - princípios do Sistema de Qualidade

1 - Foco no cliente As organizações dependem dos clientes. Sendo assim, determinar suas expectativas e necessidades é essencial. Na Figura 2 vemos que as expectativas dos clientes precisam ser transformadas em requisitos para alcançarmos a sua satisfação . 2 - Liderança Os líderes das organizações são responsáveis por determinar objetivos únicos e bem definidos, prover orientação e proporcionar um am-



DETERMINAR AS NECESSIDADES E EXPECTATIVAS DOS CLIENTES

TRANSFORMAR NECESSIDADES E EXPECTATIVAS EM REQUISITOS

MONITORAR E AVALIAR A SATISFAÇÃO DO CLIENTE

Figura 2 - Expectativas do cliente

biente capaz de tornar as pessoas plenamente envolvidas. 3 - Envolvimento das pessoas Uma das formas de provocar o envolvimento do grupo é atender às suas necessidades de trabalho, só assim, irão atuar como alavancadores do comprometimento com a empresa. E é só com o envolvimento que todas as habilidades são colocadas em benefício da organização. A Figura 3 mostra a seqüência lógica de atendimento às necessidades das pessoas.

ATENDIMENTO DAS NECESSIDADES DOS FORNECEDORES

SATISFAÇÃO DO FUNCIONÁRIO

ENVOLVIMENTO

OTIMIZAÇÃO DOS RESULTADOS DA ORGANIZAÇÃO

Figura 3 - Seqüência de atendimento às necessidades humanas

4 - Abordagem do processo Se os recursos e as atividades forem gerenciados como processos e não como tarefas, o resultado desejado será atingido de forma mais eficaz.

5 - Abordagem sistêmica para a gestão Identificar, entender e gerenciar um sistema de processo interrelacionado e focado em um objetivo único contribuirá para a eficiência e a eficácia dos resultados. 6 - Melhoria contínua A melhoria contínua deve ser um objetivo permanente da organização. Diversas são as técnicas utilizadas para a obtenção de processos mais produtivos. Alguns exemplos são o 5S (técnica de organização) e o 6 Sigma (técnica para a gestão de análise de valor com estatísticas). 7 - Abordagem factual na tomada de decisão Decisões eficazes devem ser baseadas em análise lógica de dados e informações confiáveis, usando indicadores como: - retrabalho; - lucro líquido; - atraso de entrega e - eficiência. 8 - Benefícios mútuos nas relações com os fornecedores Um relacionamento mutuamente benéfico e saudável entre a organização e seus fornecedores aumenta a capacidade de agregar e criar valor. PREVENÇÃO E DETECÇÃO Os problemas enfrentados pela empresa devem ser identificados e corrigidos no próprio setor de trabalho. Quanto mais tarde o problema for detectado e solucionado, maior será o custo. A Figura 4 mostra a evolução do custo conforme o momento em que são detectados.

ESTÁGIO DA DATECÇÃO DO PROBLEMA

CUSTO

Problema encontrado e corrigido no próprio setor.

1 (referência)

Problema encontrado e corrigido dentro da própria empresa, mas depois de sair do setor.

10 vezes mais

Problema corrigido após o produto sair da empresa.

100 vezes mais

Figura 4 - Evolução do custo

A IMPORTÂNCIA DA CERTIFICAÇÃO Com o crescimento de operações globalizadas, se faz necessário normatizar os processos. Com isso, os diferentes setores do mercado passaram a exigir de seus fornecedores a padronização e certificação dos seus processos produtivos. As empresas fornecedoras de ferramentais para os diversos setores passaram a investir para obter certificações, buscando atingir níveis satisfatórios de qualidade. Para muitos clientes, o prazo para que seus fornecedores obtenham a certificação ISO 9001-2000 já faz parte do cronograma de implantação. Os fornecedores terão que passar por auditorias para confirmação de sua adesão ao processo. Por fim, a ISO 9001 implantada nas ferramentarias só traz benefícios, como a redução de custos de produção e pós-venda; melhoria dos processos produtivos; maior envolvimento dos colaboradores e planejamento estratégico bem definido para a empresa.

Daniel Alfa - Engenheiro Mecânico, com especialização em Marketing e Propaganda, Mestrado em Automação, Mecânica e Elétrica e Doutorado em Automação Industrial. Atuou em pesquisa e desenvolvimento na Nasa EUA. É Master Black Belt e consultor em gestão organizacional, além de palestrante na área de motivação e liderança situacional.

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Centro de usinagem vertical Os centros de usinagem vertical High Speed Fanuc modelos Robodrill a-T14iE e T21iE, comercializados pela Motion, possuem mesa com dimensões de 650 x 400 mm, com capacidade de carga de 250 kg. Os eixos X, Y e Z têm cursos de 500, 400, e 330 mm respectivamente, controle de dilatação térmica e velocidade rápida transversal de 54m/mm. Com aceleração de 1,5G, velocidade de corte de 30.000 mm/min, rotação máxima de 24.000 rpm e potência de até 5,5 kW.

pos progressivos e moldes de injeção de peças técnicas. A empresa também presta serviços de eletroerosão por penetração e a fio, por meio de máquinas de última geração, com cursos máximos de 800 mm x 600 mm e altura de corte máxima de 320 mm.Também possui equipamentos especializados para corte de metal-duro, sem agressão à estrutura superficial do material.

Estampo Tec Indústria e Comércio (11) 6487-2976 comercial@estampotec.com.br

Possuem capacidade de armazenagem de 14 a 21 (opcional) ferramentas e o tempo de troca da ferramenta (cavaco a cavaco) é de 1,8s. Motion Brasil Tecnologia e Automação (54) 3025-2477 motion@motionbrasil.com.br

Corte a fio de metal duro A Estampo Tec desenvolve projetos e fabrica ferramentais para estam-

Software para preparação de molde em máquina injetora O Moldflow Plastics Xpert, representado no Brasil pela SMARTtech, é um sistema de hardware e software que, acoplado à máquina injetora, permite a preparação do molde de forma sistemática. Monitora e controla os parâmetros do processo e corrige defeitos relaNovembro/Dezembro 2005

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cionados à velocidade e pressão. Combinando variações no deslocamento, velocidade de injeção e na pressão de recalque em oito injetadas, este sistema ajusta e determina uma janela de processo mais robusta para obtenção de 100% de peças boas, dentro das variações normais da máquina.

Smarttech Plásticos Serviços e Sistemas (11) 3168-3388 mario@smarttech.com.br

mentas, matrizes de extrusão, forjamento, estampagem, corte, repuxo, injeção de plástico e alumínio, componentes de máquinas, aços inoxidáveis, componentes mecânicos de grande solicitação, entre outros. A têmpera a vácuo preserva o acabamento superficial das peças, dispensando desengraxe, lavagem, decapagem, jateamento, usinagem ou outro meio de limpeza posterior ao processo. O meio de resfriamento durante a têmpera não sofre alterações das características, minimizando a deformação da peça tratada. Com a câmara de aquecimento (austenitização) separada da câmara de resfriamento a gás (têmpera), permite melhor efetividade do processo. A HEF também oferece serviços de têmpera de aços rápidos e de aços ferramenta em banhos de sais neutros.

Têmpera a vácuo A HEF executa serviços de têmpera a vácuo com gás que proporciona completa homogeneização dos carbonetos e elementos de liga na matriz, sem oxidação superficial ou intergranular e uniformidade da dureza em toda a peça.

Esse processo de têmpera de aços ligados é indicado para peças usinadas ou semi-usinadas, como: ferra40

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HEF do Brasil (11) 4056-4433 vendas@hef.com.br

Braços de medição portáteis O braço de medição tridimensional portátil modelo ARM100, de tamanho fixo, fabricado pela ITG Romer, pesa 4,6kg, com coeficiente de dilatação térmica de 0,00025 mm/m/°C. É confeccionado em fibra de carbono e alumínio anodizado aeronáutico, o que permite seu uso em ambientes agressivos e temperaturas entre 0°C e 45°C, trabalhando sem necessidade de compensação térmica. Emprega leituras por encoderes digitais em todas as


articulações. Possui seis eixos que permitem trabalhar com grande liberdade de movimentos e acessibilidade.

e comparação em tempo real de superfícies matemáticas (VDA ou IGES). Compatível com os programas Power Inspect, Metro-log II e Pro/ Engineer. ITG Romer (19) 3455-4516 itgromer@itgromer.com.br

tróleo e químicos mais comuns. É produzido, também, em poliéster resistente a ácidos. Eletricamente não condutivo, ideal para o uso em aplicações de eletroerosão por penetração. Disponível nas medidas 1/4", 1/2", 3/4"e 2 1/2", com vários tipos de adaptadores para interligações, bicos, torneiras e acessórios. Totalmente ajustável em posição e comprimento, as peças

Sistema de mangueiras modulares de refrigeração É destinado à medição e digitalização de qualquer peça e em qualquer local devido à portabilidade do sistema. São suportados por programas em ambiente Windows, permitindo verificação geométrica

O sistema de mangueiras modulares de refrigeração, da Tecnotime para uso em processos de arrefecimento, lubrificação, resfriamento e aspiração, é fabricado com materiais resistentes a derivados de pe-

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são fornecidas individualmente e montadas de acordo com cada aplicação. Tecnotime Brasil (11) 5643-8414 info@tecnotime.com.br

Bicos valvulados para injeção de gás A Delkron, fabricante de sistemas de câmara quente para moldes de injeção de termoplásticos lançou uma linha de equipamentos complementares à injeção, visando melhor controle, performance e produtividade do processo.

Os bicos valvulados para injeção de gás, que fazem parte dessa nova linha, evitam que o gás injetado retorne pelo cilindro da máquina, proporcionando assim um bom controle do processo de preenchimento do gás entre as camadas de termoplástico injetado. Com isso, possibilitam a redução do ciclo de injeção, a melhoria da qualidade das peças, a redução de seu peso total e a redução de massa em pontos do produto moldado onde há maior concentração. Delkron do Brasil (11) 4482-1290 delkron@terra.com.br

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Sistema para controle de recursos produtivos no chão-de-fábrica O CRP-DA Controle de Recursos Produtivos, desenvolvido pela Directa, oferece informações precisas on-line para o controle constante dos processos envolvidos na produção. Viabiliza consultas e relatórios conforme o sistema é alimentado pela coleta de dados realizada em chão-de-fábrica. Os dados podem ser coletados manual ou automaticamente.

O sistema verifica a carga alocada para cada máquina, consulta e analisa as ordens de serviço/produção associadas, controlando o planejamento. Assim possibilita a mudança da seqüência da peça/produto na linha de produção e o melhor aproveitamento dos recursos de produção disponíveis (homem-máquina). Entre os recursos disponibilizados estão o aperfeiçoamento dos tempos, padrões de produção por comparação (realizadoxpadrão), relatórios/consultas de atividades por área, centro de custo, grupo de máquinas, máquinas, peças, classe e causa de defeitos de peças, paradas, motivo de parada, sugestão de ação corretiva, turnos, manutenção e outros. O sistema alimentado por dados como, início de setup, início de produção, início de parada e motivo, ação corretiva entre ou-

tros, permite acompanhar as atividades do operador durante todo o processo produtivo. Directa Automação (48) 3334-8888 directa@directaautomação.com.br

Brocas com pastilhas intercambiáveis A Korloy, importadora e distribuidora exclusiva no Brasil dos produtos da Korloy Inc. (Coréia do Sul), apresenta sua nova linha de brocas modelos “SPD” e “NPD”, com hastes helicoidais, furos de refrigeração e pastilhas intercambiáveis com quatro arestas. Disponíveis em diâmetros que variam entre 13mm e 55mm. Esta nova série de brocas propicia uma ótima evacuação dos cavacos devido ao tratamento superficial à base de cromo duro, garantindo também uma maior durabilidade do corpo da broca. Possui ampla gama de quebracavacos e classes para diversos tipos de materiais, como aços inoxidáveis, ferro fundido, bronze, alumínio, entre outros.

Korloy do Brasil (11) 6441-0442 vendas@korloy.com.br



Fresadora ferramenteira A fresadora ferramenteira modelo KFe-2, da Kone, tem motor principal de 5,0 CV de potência e mesa com dimensões de 260 x 1.300 mm que suporta um peso máximo de 200 kg. Os cursos são automáticos de 900 mm no eixo X, 310 mm no eixo Y e 410 mm no eixo Z. O cabeçote gira 90º à esquerda, à direita, para frente e para trás, com rotações que variam de 90 a 4.300 rpm. Os eixos e engrenagens são em aço Cr-Ni, submetidos a rigorosos tratamentos térmicos e montados sobre rolamentos da mais alta qualidade. Todos os eixos são estriados e retificados. O sistema de transmissão se dá através de polia variadora.

Como acessórios normais, agrega: haste para fixação da ferramenta; instalação elétrica completa; jogo de chaves para operação; jogo de parafusos niveladores; protetor do barramento; sistema de iluminação e sistema de refrigeração. 44

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Kone Indústria de Máquinas (19) 3451-1026 info@konemaquinas.com.br

Software para simulação de processos de conformação O programa CAE DEFORM, representado no Brasil pela NCS , simula processos de conformação do forjamento a quente, a frio, laminação e tratamento térmico por elementos finitos. Esta nova versão do produto permite analisar a micro-estrutura dos materiais, como transformação de fase e aumento volumétrico durante os processos. O Automatic Mesh Generation (AMG), um dos módulos deste software, possibilita, com base na simulação, especificar um critério de refinamento (remeshing) para criação de malha inteligente de elementos finitos e encontrar os pontos críticos no modelamento de grandes deformações. Podem ser incluídas na análise, a energia perdida de um martelo, prensa parafuso e/ou o limite de uma prensa hidráulica. Na simulação podem ser observadas a falta de preenchimento nos cantos, as cargas necessárias para forjamento e as tensões no ferramental. O sistema permite também demonstrações gráficas em tempo real do fluxo de material, velocidades dos nós e tamanho da rebarba formada e variáveis de campo. Os gráficos podem ser exportados para processadores de texto ou outros programas de apresentação. NCS Tecnologia (11) 5181-7192 odir@ncstecnologia.com.br


Polimento de cavidades

Gravadora a laser

A HDB representa a alemã Novapax, especializada em sistemas de polimento de moldes. Além de equipamentos rotativos, pulsantes e ultra-som para acabamento superficial de cavidades, disponibiliza um sistema de microsolda especial para consertos de machos e cavidades, que evita o aquecimento da região soldada, mantendo toda sua estrutura e dureza originais.

Para gravação de peças com até 400 kg, as gravadoras a laser modelo G900 são fabricadas pela FOBA Alemanha e comercializadas no Brasil pela Infocus.

HDB (11) 4615-4655 hdb@hdbrepr.com.br

Adaptadores com fixação térmica A Sandvik está trazendo ao mercado nacional nova linha de adaptadores Coromant Capto, agora com a opção de fixação por contração térmica, o que permite a realização de trabalhos de usinagem com altas velocidades. Os adaptadores podem ser utilizados para diâmetros com haste de 6 a 32 milímetros e têm alta força de retenção e fixação uniforme ao redor da haste. É adequado para aplicação na fabricação de moldes e matrizes. Sandvik Coromant do Brasil (11) 5696-5588 coromant.brasil@sandvik.com.br

Ideais para marcação e gravação de moldes de sopro, moldes com incerto, eletrodos de erosão, estampagem, marcação decorativa e para acabamento de superfícies, têm grande aplicação nas ferramentarias. Possui cursos X de 900 mm, Y de 400 mm e Z de 500 mm podendo ser expandidas para 5 eixos. A fonte Laser Nd:YAG, com potência de 100 W faz gravações em estruturas 3D e importa arquivos gráficos de várias extensões. Infocus Laser Systems (11) 5051-0759 laser@infocus.com.br

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UMA BOA USINAGEM COMEÇA NA ESCOLHA DA MELHOR MÁQUINA ergomat tornear e fresar

Tornos CNC A série de Tornos TXP 100, desenvolvida pela Pamatools, apresenta máquinas com barramento prismático com prismas duplos. Os barramentos de 380mm a 1.000mm são em aço 8620 cemen-

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tado e temperado a uma dureza de 60 à 62 RC. A velocidade dos eixos é de 16m/min. para os carros X e Z e a rotação do eixo árvore é de 4.000 rpm. Os sistemas eletrônicos (CNC, drives e servos motores) são digitais. A versão com spindle digital para 6.000 rpm e torre elétrica possui ferramentas rotativas ou fixas de 8 posições.

Pamatools Máquinas e Equipamentos (19) 3467-2221 pamatools@acia.com.br

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O rack extensível tipo gaveta portamolde da Shintec agiliza a movimentação e armazenagem por meio de pontes rolantes e guindastes. Os moldes podem ser retirados e guardados na mesma posição sem o deslocamento de outros. Essa linha de racks, com estrutura modular, possui modelos com gavetas reguláveis que suportam até 3.000kg. Shintec (11) 4649-2180 vendas@shintec.com.br

Ponte rolante empilhadeira Para transporte de material paletizado, as pontes rolantes empilhadeiras da Schwanke, com capa-

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racional de espaço, necessitam de uma área de 1,50 m a 2,30 m de largura e altura máxima de elevação de 8,00 m. Apresentam deslocamento suave, sistema de elevação elétrico e movimentos de translação e giro manuais.

é de 250kg. Os cursos dos eixos X, Y e Z são automáticos, de 600 mm, 280 mm e 330 respectivamente.

Schwanke Indústria Metalúrgica (51) 3371-1626 schwanke@schwankemetal.com.br

Fresadora universal

cidade para até 700 kg, são ideais para manuseio e armazenagem de moldes. Projetadas para utilização

A Fresadora Universal FHA-40, da Atlas, possui cabeçote tipo Hure que permite inúmeros recursos de usinagem, eixo porta-fresa, cabeçote vertical inclinável e mesa com dimensões de 1.120 x 260 mm. A capacidade de carga sobre a mesa

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ABRIL/06 ! 24 a 28 - São Paulo - SP Brasilpack Feira Internacional da Embalagem (11) 6221-9909 www.brasilpack.com.br

! 22 a 26 - Joinville - SC 4ª Interplast Feira e Congresso Nacional de Tecnologia do Plástico (47) 451-3000 www.messebrasil.com.br

! 24 a 28 - Düsseldorf - Alemanha Tube / Wire Feira de Tubos, Arames e Cabos (11) 5535-4799 mdkfeira@terra.com.br

! 29 a 1º setembro - Blumenau - SC Brasilmaq Feira Brasileira de Máquinas (51) 3338-0800 www.fcem.com.br

MAIO/06

SETEMBRO/06

! 9 a 11 - São Paulo - SP PlastShow 2006 Feira e Congresso (11) 3824-5300 www.arandanet.com.br

! 6 a 13 - Chicago - EUA IMTS Feira de Tecnologia de Manufatura + (312) 703-893-2900 www.imts.com

DEZEMBRO/05 ! 6 a 8 - Nürnberg - Alemanha Fabform 2005 Feira Internacional de Corte e Conformação de Metais + (44) 0 1707 278 200 www.fabform.de FEVEREIRO/06 ! 9 a 14 - Nova Delhi - Índia Plastindia 2006 6ª Feira e Congresso Internacional do

Novembro/Dezembro 2005

Ferramental

49


! 26 a 30 - Curitiba - PR 16ª Expomac Feira Sul Brasileira da Indústria Metalmecânica (41) 3335-3377 www.diretriz.com.br

61º Congresso Anual da ABM (11) 5536-4333 www.abmbrasil.com.br

OUTUBRO/06 ! 24 a 26 - São Paulo - SP Usinagem 2006 - Feira e Congresso (11) 3824-5300 www.arandanet.com.br

NOVEMBRO/05

NOVEMBRO/05

! Encontro de Usuários UGS Brasil CAD/CAE/CAM/PDM Dia 8 - Manaus - AM Dia 18 - Joinville - SC Dia 25 - Betim - MG (11) 4224-7155 www.ugs.com/brasil/users/inscricao/

! 6 a 11 - Ouro Preto - MG 18º Congresso Internacional de Engenharia Mecânica (21) 2221-0438 www.abcm.org.br/cobem2005 ! 22 a 24 - São Paulo - SP ISA Show South América 2005 5º Congresso Internacional de Automação, Sistemas e Instrumentação (11) 5524-1030 www.isashow.com.br ! 22 a 24 - São Paulo - SP SAE Brasil 2005 XIV Congresso Internacional de Tecnologia da Mobilidade (11) 3287- 2033 www.saebrasil.org.br ! 28 e 29 - Campinas - SP Campinas Inova 2005 - Conferência Internacional Inovação, Comercialização e Transferência de Tecnologia - Uma Perspectiva Global (19) 3788-5205 www.inova.unicamp.br MARÇO/06

! 7 e 21 - Curitiba - PR Curso de Conformação de Chapas Metálicas Curso Básico dia 7 - Avançado dia 21 (41) 3361-3431 www.ufpr.br marcondes@ufpr.br

! 9 a 11 - Florianópolis - SC Curso - Calibração e Certificação de Instrumentos de Medição (48) 3239-2120 www.certi.org.br ! 9 a 9 de dezembro - Jundiaí - SP Curso - Operador de Injetoras de Plástico (11) 4586-0751 www.sp.senai.br/jundiai ! 21 a 25 - São Leopoldo - RS Treinamento Avançado de Autodesk Inventor (51) 3591-2900 www.ska.com.br ! 23 a 25 - São Paulo - SP Formação Metrológica para Operadores de Máquinas de Medição por Coordenadas (48) 3239-2120 www.certi.org.br

! 21 a 24 - Joinville - SC 4º Encontro da Cadeia de Ferramentas, Moldes e Matrizes (11) 5536-4333 www.abmbrasil.com.br

! 28 a 30 - São Paulo - SP Curso Engenharia de Forjamento (11) 5536-4333 www. abmbrasil.com.br

JULHO/06

DEZEMBRO/05

! 24 a 27 - Rio de Janeiro - RJ

! 1º - Salvador - BA

50

Ferramental

Novembro/Dezembro 2005

Encontro de Usuários UGS Brasil CAD/CAE/CAM/PDM (11) 4224-7155 www.ugs.com/brasil/users/inscricao/ ! 8 e 9 - Santa Bárbara D'Oeste - SP Preparador e Regulador de Máquinas Injetoras (11) 4356-1883 www.planetaplastico.com.br ! 15 - Caxias do Sul - RS Workshop Automação, CQZD, POKA-YOKE: Ferramentas da Produção (51) 3347- 8768 www.igea.org.br

! HDB Representações - Cotia - SP Curso Básico e Avançado de Operador de Injetoras (11) 4615-4655 www.hdbrepr.com.br ! Siemens Ltda. - Automation & Control - São Paulo - SP Cursos de Controles Numéricos CNC (11) 3833-4205 www.siemens.com.br ! TK Treinamento Industrial - Joinville SC Cursos - CNC Básico em Fresamento, CNC Parametrizado SolidWorks 2005 - CAD/CAM - PowerSHAPE e PowerMILL (47) 3027-2121 tkeng@terra.com.br ! Senai - Jundiaí - SP Curso Tecnologia de Moldes (11) 4586-0751 www.sp.senai.br/jundiai ! Senai - São Bernardo do Campo - SP Curso Técnico em Plásticos e Treinamento nas Áreas de Materiais, Moldes e Processamento de Plásticos (11) 4109-9499 www.sp.senai.br senaimarioamato@sp.senai.br ! Draw Tec São Paulo - SP Projetos de Moldes para Injeção (11) 9740-4400 germanopro@bol.com.br


CADASTRO DE QUALIFICAÇÃO PARA RECEBIMENTO DA REVISTA (*)

Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais

DADOS DA EMPRESA

(*) O envio da revista é gratuito às empresas e profissionais qualificados das indústrias de ferramentais, seus fornecedores, compradores e usuários finais. Não serão considerados os formulários não preenchidos completamente, ilegíveis e sem assinatura. Envie-o anexando preferencialmente, catálogos de seus produtos/serviços, para: Editora GRAVO Ltda. - Caixa Postal 24034 CEP 82200-980 - Curitiba - PR, ou preencha o formulário no site www.revistaferramental.com.br Razão Social Endereço CEP

Cidade

Fone (

Estado

)

Fax (

e-mail

)

www.

Responsável pelo preenchimento Fone (

Cargo/Área

)

e-mail

DIRETORIA

Preencha os nomes correspondentes aos cargos abaixo e assinale para quem a revista deve ser enviada. Dir. Presidente

e-mail

Dir. Comercial

e-mail

Dir. Industrial

e-mail

Dir. Marketing

e-mail

Outro: Cargo/Área

e-mail

SUA EMPRESA É

Nome:

100

Moldes para a indústria do plástico

Preencha o campo 1

200

Ferramentais e dispositivos para a indústria metal-mecânica

Preencha o campo 2

300

Modelos e ferramentais para a indústria da fundição

Preencha o campo 3

400

Outros tipos de ferramentais

Preencha o campo 4

Compradora

500

De ferramentais

Preencha o campo 5

Usuária

600

De ferramentais e dispositivos

Preencha o campo 6

Fornecedora

700

Para a indústria de ferramentais

Preencha o campo 7

Fabricante de

CAMPO 1

Fabricante de moldes para a indústria do plástico: 101

Elastômeros

105

Resinas fenólicas

109

Termoformagem

110

Outros (especifique)

102

Extrusão 106

103

104

Fibras de Vidro e Carbono

Rotomoldagem

107

Sopro

108

Injeção

Termofixos

Para: 111

Terceiros

112

Uso próprio

Projeto: 113

Interno

114

Terceiros

Protótipo: 115

Interno

116

Terceiros

Terceiros

222

Uso próprio

Projeto: 223

Interno

224

Terceiros

Protótipo: 225

Interno

226

Terceiros

Fabricante de ferramentais e dispositivos para a indústria metal-mecânica:

CAMPO 2

Ferramentais para:

201

Conformação de arame 204

Conformação de tubos

206

Dobra de chapas

207

Embutimento

210

Punções de corte

211

Punções de dobra

213

Repuxo

214

Outros (especifique)

Dispositivos para:

215 219

218

Soldagem

220

Outros (especifique)

202

Corte de chapas

203

Controle/Inspeção

208

Conformação de perfis

205 Estampo

212

216

Corte fino (fine blank) 209

Forjamento

Punções de repuxo

Montagem

Para: 221

217

Rebitagem

Usinagem

CAMPOS 3 - 4 - 5 - 6 e 7


CAMPO 4

CAMPO 3

Fabricante de modelos e ferramentais para a indústria da fundição: Em:

301

Isopor (PU)

302

Para:

305

309

Baixa pressão

313

Shell-molding

314

Outros (especifique)

Cold-box

Madeira

306

310

303

Hot-box Microfusão

304

Metal

Para: 315

Resina

307

Coquilha

308

311

Moldagem em areia

316

* Uso próprio

* Sua empresa é fundição de

Sob pressão 312

Terceiros

317

Reo-colato

Metais ferrosos

318

Metais não ferrosos

Projeto: 319

Interno

320

Terceiros

Protótipo: 321

Interno

322

Terceiros

Terceiros

408

Uso próprio

Projeto: 409

Interno

410

Terceiros

Protótipo: 411

Interno

412

Terceiros

Fabricante de outros tipos de ferramentais: Para a indústria:

401

Alimentícia

405

402

403

Cerâmica

Para: 407

Cosmética

Farmacêutica

404

Do vidro

406

Outros (especifique)

CAMPO 5

Compradora de ferramentais: assinale qual(is) o(s) segmento(s) de atuação de sua empresa 502

Água e Saneamento

503

501

Aeronáutico

507

Brinquedos

514

Embalagens metálicas

519

Máquinas e implementos

523

Movimentação e Armazenagem (equipamentos)

508

509

Calçados

527

Utensílios domésticos

528

Outros (especifique)

515

Alimentos

Construção civil

Embalagens plásticas

520

510

516

Máquinas em geral

Áudio e Vídeo

Cosméticos

Moveleiro

Químico

522

525

505

511 517

Farmacêutico

521

524

504

Automobilístico/Auto-peças

Elétrico

512

Eletrodomésticos

Hospitalar

518

Informática

506

Bebidas

513

Eletrônico

Vestuário

Telecomunicações

526

Transporte (motos, bicicletas, triciclos)

CAMPO 6

Usuária de ferramentais e dispositivos: assinale qual(is) o(s) processo(s) utilizado(s) em sua empresa 602

601

Conformação a frio

605

Conformação de tubos

610

Embutimento

606

611

618

Conformação a quente Corte de chapas

Estampagem

Rotomoldagem

617

Repuxo

624

Outros (especifique)

612

603 607

Extrusão

619

Sopro

Conformação de arame Corte fino (fine blank)

613

620

Flashless

614 621

Termofixos

604

608

Conformação de perfis

Dobra de chapas

Forjamento

615 622

Termoformagem

609

Injeção

Elastômeros 616

Usinagem

Laminação 623

Wasteless

Fornecedora para a indústria de ferramentais de: 701

Análise estrutural

707

Óleos e Lubrificantes

712

Resinas para moldes

716

Outros (especifique)

702 708 713

Análise reológica Polimento Texturização

703

709 714

Bico/Câmara quente

Programação CNC

704

710

Tratamento superficial

Projetos 715

CAMPO 7

Para os itens abaixo, especifique o produto: 717

Acessórios para ferramentais:

718

Equipamentos:

719

Ferramentas de corte:

720

Máquinas ferramenta:

721

Matéria prima:

722

Serviços:

723

Softwares administrativos:

724

Softwares industriais:

725

Outros (especifique)

Data:

/

/

Design

Assinatura:

711

705

Gravação

706

Prototipagem rápida

Tratamento térmico

Modelagem


USINAGEM EM ALTÍSSIMAS VELOCIDADES: COMO OS CONCEITOS HSM/HSC PODEM REVOLUCIONAR A INDÚSTRIA METAL-MECÂNICA Aldeci, Alexandre, Álisson, André, Antônio, Domenico, Fernando, Francisco, Francisco C., Franco, Herbert, Jefferson, José, Klaus, Marcio, Marco, Marcos, Reginaldo, Rolando e Silvio. Coletânea de artigos sobre os principais aspectos da HSM/ HSC, mesclando textos de acadêmicos, profissionais que convivem com a usinagem no cotidiano e jornalistas. O resultado é uma obra abrangente, compatível com a realidade brasileira e útil para as empresas que ainda não se decidiram pela aplicação da tecnologia. Para as que já a aplicam, aborda aspectos que vão ajudar a otimizar seus resultados. Indicada para estudantes, profissionais e engenheiros que desenvolvem atividades relacionadas a usinagem, e também para gerentes e administradores de empresas que tomam parte nas decisões sobre os investimentos em máquinas e equipamentos. www.editoraerica.com.br

TECNOLOGIA DE TRANSFORMAÇÃO DOS ELASTÔMEROS Edmundo Cidade da Rocha, Viviane Lovison e Nilso Pierozan Uma publicação com informações profissionais oriundas do conhecimento e da experiência dos autores. Tal obra, por seu caráter inédito e aplicativo, é uma referência para profissionais e estudantes que atuam ou que buscam atuar no setor da borracha. Sua 1ª edição foi lançada em outubro de 2000. Agora na 2ª edição, conta com novos temas e está totalmente atualizado e ampliado. Os principais tópicos são: especificação do produto; formulação; estocagem, conservação, transporte e manuseio de materiais; pesagem; mistura; processos e equipamentos de conformação; vulcanização; acabamento; controle de qualidade de compostos elastoméricos não-vulcanizados e borracha termoplástica. www.cetepo.rs.senai.br

GESTÃO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS: UMA REFERÊNCIA PARA A MELHORIA DO PROCESSO

Anselmo Eduardo Diniz, Francisco Carlos Marcondes e Nivaldo Lemos Coppini Fundamental para aqueles que estudam ou trabalham com máquinas-ferramenta e precisam conhecer todos os fenômenos do processo de usinagem. Em suas 248 páginas ele apresenta as técnicas de usinagem que podem aumentar a produtividade e competitividade das empresas, como a formação do cavaco e a geração de calor; desgaste da ferramenta e rugosidade da peça; os materiais das ferramentas; as condições econômicas de usinagem; fluídos de corte; os processos: torneamento, fresamento, furação e retificação. www.artliber.com.br

Daniel Capaldo Amaral, Dário Henrique Alliprandini, Fernando Antônio Forcellini, Henrique Rozenfeld, José Carlos de Toledo, Régis Kovacs Scalice, Sergio Luis da Silva Apresenta de forma didática e completa um modelo estruturado para a gestão do processo de desenvolvimento de produtos. Apesar de possuir algumas particularidades relacionadas ao desenvolvimento de bens duráveis e equipamentos, o modelo pode ser adequado ao desenvolvimento de qualquer tipo de produto. Útil tanto para professores e alunos de graduação e pósgraduação de diversas áreas do conhecimento, quanto para profissionais de empresas que desejam aprofundar seus conhecimentos na área de gestão de produtos, sem perder de vista o embasamento teórico, mas sempre levando em conta o aspecto prático da questão. www.saraivauni.com.br

Açoespecial ......................................................................32 Agie Charmilles ..................................................................6 Alltech Tools.....................................................................37 Btomec ............................................................................39 Casa do Ferramenteiro......................................................44 Cimhsa ............................................................................17 CIMM ..............................................................................47 CQB...................................................................................9 GPS .................................................................................45 Incoe ...............................................................................41 Indufer......................................................................3ª capa Interplast .........................................................................46 Jung Industrial ..................................................................20 Karb Tools ........................................................................30 Mold-Masters ...........................................................2ª capa

Novapoli..........................................................................39 Numericon ......................................................................41 Perfix ...............................................................................47 Plastmix ...........................................................................36 PlastShow ........................................................................43 Precitéc............................................................................33 Render .............................................................................44 Siemens .............................................................31 e 4ª capa Socem .............................................................................23 Taike ................................................................................40 Tecnoserv ........................................................................25 Tokyo.................................................................................5 Truff.................................................................................45 UGS .................................................................................19 WMB ...............................................................................40

TECNOLOGIA DA USINAGEM DOS MATERIAIS

Novembro/Dezembro 2005

Ferramental

53


Fortalecimento da cadeia Paulo Roberto Rodrigues Butori Presidente do SINDIPEÇAS Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores e da ABIPEÇAS - Associação Brasileira da Indústria de Autopeças

O Sindipeças sempre deu apoio aos veículos especializados que cobrem com eficiência setores importantes da economia. Assim, desejamos sorte para a nova Revista Ferramental. A importância desse segmento para a indústria de autopeças é fundamental justamente pela necessidade de alta precisão em alguns de nossos produtos, que devem seguir à risca as determinações de qualidade e precisão dimensional das montadoras de veículos, nossos clientes. Nossa indústria é hoje internacional. Do valor total do capital do setor, cerca de 80% pertence a empresas total ou majoritariamente estrangeiras. Nossas exportações devem somar este ano US$ 7,2 bilhões e rumam para mercados exigentes, como o norte-americano e o europeu. Essa conquista não seria possível se toda a cadeia de produção não perseguisse parâmetros de qualidade e produtividade semelhantes aos de nossos concorrentes externos. Mas isso não quer dizer absolutamente que não haja problemas. Todos os setores que compõem a cadeia de produção do automóvel, da extração da matéria-prima ao produto final, têm de enfrentar questões macro-econômicas que estão bem além de nossa capacidade de ação. Exemplo que tem nos afligido é a valorização do real frente ao dólar, que começa a colocar em risco a dura conquista do mercado internacional. Outra questão são os juros, que penalizam tão duramente quem investe e quer ver o País aumentar sua riqueza por meio da produção. Como não abrimos mão de nossa capacidade e vocação para produzir, seguimos em frente, tentando vencer as adversidades. Atualmente o setor de autopeças tem cerca de setecentas certificações, que atendem a exigências de todas as montadoras. Empregamos cerca de duzentos mil trabalhadores e devemos faturar aproximadamente US$ 22,5 bilhões em 2005. São números interessantes, mas é bom lembrar que as vendas de automóveis no mercado interno estão 15% abaixo dos patamares de 1997. Ou seja, estamos ainda em fase de recuperação. O que tem nos ajudado é a exportação de automóveis e comerciais leves, que este ano deve chegar ao recorde de 750 mil veículos. Sucesso à revista e ao setor que representa, o de ferramentaria.

54

Ferramental

Novembro/Dezembro 2005


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