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entrevista flash I
Autocoope. Os novos corpos sociais da Autocoope tomaram posse a 29 de outubro de 2021. Foram eleitos com 94,35% dos votos expressos, numa votação que bateu recordes de participação, apesar de um ato eleitoral de lista única. A abstenção ficou abaixo dos 17%.
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Carlos Silva, Presidente da Direção da Autocoope - Cooperativa de Táxis de Lisboa, CRL.
Carlos Silva - Superar a pandemia. Reforçar as medidas de controlo sanitário, acreditando que são suficientes para travar esta nova variante, ainda de efeitos incertos. No entanto, acredito que os efeitos negativos desta nova vaga não serão tão devastadores tendo em conta que a sociedade, no seu todo, está a adaptar-se a viver com estas restrições. Descarbonizar e digitalizar são igualmente grandes metas desta Direção. A descarbonização reduz significativamente os custos de produção e coloca-nos como agentes ativos no processo da neutralidade carbónica, a digitalização – dependente da alteração legislativa já em negociações – permite resposta atual às necessidades dos passageiros, principalmente junto dos novos consumidores.
CS - Sim mas, individualmente, cada turno/táxi já se aproxima dos valores de rentabilidade pré pandemia. Contudo, parte da frota permanece imobilizada devido à falta de mão-de-obra. Logo, os valores globais de faturação ainda estão muito aquém de 2019.
CS - Os elevados custos de produção, uma concorrência injusta praticante de dumping comercial por culpa de uma cultura de exploração do desregulado mercado de trabalho e uma legislação reguladora do táxi desajustada do seu tempo.
CS - Ponderamos a criação de um ecossistema energético como plataforma para a reconversão da frota para energias limpas, claro está com apoios estatais devidamente articulados com as necessidades, a exemplo do que acontece com a renovação de outros módulos de transporte público. A nível interno, continuaremos com o desenvolvimento da politica de desmaterialização de serviços para a meta papel zero, a redução do consumo de plásticos e a reciclagem e tratamento de produtos como borrachas, baterias e oléos.
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entrevista flash II
Retális. Os novos corpos sociais da Retális foram eleitos em novembro passado. O processo eleitoral contou apenas com uma lista concorrente. A legitimidade e validação democráticas garantem agora um novo ciclo nesta cooperativa de Lisboa.
Pedro Lopes - O primordial objetivo da Retális é sempre fornecer mais serviços aos associados. A intensificação de criar mais clientes é essencial, clientes particulares, hoteleiros, empresariais e institucionais. Para isso, há uma permanente necessidade de fortalecer os meios técnicos, de forma a oferecer uma variedade de opções, a nível de solicitação de serviço e de formas de pagamento, como também adaptar os recursos humanos para tal. Noutro aspeto, mas não menos importante, está a prestação de serviço por parte dos motoristas, tem de haver uma permanente exigência para que o profissionalismo seja de excelência, a formação interna e a disciplina são muito importantes. As dificuldades da Retális são as comuns ao do setor em geral, hoje deparamo-nos com uma concorrência ligada a grupos económicos fortíssimos, com um poder de divulgação global e ainda apoiada pelos meios de comunicação social, apetrechada com tecnologia de ponta e protegida por lobbies de diversa natureza, inclusive políticos. Contra isso, nós só temos a perseverança de continuar a prestar um bom serviço.
PL - Lisboa foi das regiões onde se verificou uma das maiores quebras económicas do país, e consequentemente os táxis sofreram muito, mas gostava de aproveitar a oportunidade para elogiar a elevação que os empresários do nosso setor tiveram, e nomeadamente os associados da Retális, “seguraram” a cooperativa e a contrapartida está a acontecer, neste momento em comparação com primeiros meses do ano a Retális aumentou os serviços em mais de 300%, o que nos faz acreditar num futuro promissor.
Pedro Lopes, Presidente da Direção da Retális – Rádio Táxis de Lisboa.
PL - Como referido anteriormente, o setor tem sofrido grandes contrariedades com a emergente concorrência, e não se tem observado uma resposta capaz, de forma a equilibrar o que já nasceu desequilibrado. Quero com isso dizer que mais tem de ser feito por parte das associações, destaco como exemplo, o difícil e dispendioso acesso à atividade através da atual formação de motorista, criando um grave problema de operacionalidade, se antes esse problema afetava os grandes centros urbanos, hoje está a alastrar-se a todo o país, a formação tem de ser repensada de forma a ser mais breve e em contexto de trabalho. Os temas que fazem parte e desenvolvidos no “Grupo de Trabalho” são sem dúvida fundamentais para o futuro do táxi, mas pecam pela lentidão demonstrada, tendo em conta a velocidade a que mundo hoje em dia se move, estar à espera de decisões tão importantes para a atividade mais de um ano ou dois podem se revelar tardias.
PL - No sentido da neutralidade carbónica através da transição para veículos movidos a eletricidade, tem a Retális o plano para os próximos anos de conversão da sua frota em cerca de 25%.
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ÚLTIMA HORA
• Carta de Condução, Alvará e CMT. Atenção às datas.
Informa-se que no final de 2021 termina a prorrogação de validade, criada em tempo de pandemia, para documentos como a Carta de Condução, o Alvará e o CMT.
Para evitar coimas e infrações, os serviços administrativos e formativos da FPT estão prontos para acompanhar e resolver o seu processo.
• O Grupo de trabalho para a Modernização do Táxi terminou a sua função. De acordo com o Instituto da Mobilidade e dos Transportes - IMT, o relatório final será divulgado ao público em breve.
Descarbonização: mudar o paradigma.
A FPT deseja aos sócios, seus familiares e amigos um Feliz Natal e Próspero Ano novo JUNTOS EM TODOS OS MOMENTOS