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RECEITA DE ORIGEM
FOCADO NA VALORIZAÇÃO DOS INGREDIENTES LOCAIS, O RESTAURANTE MANGUE AZUL RENOVOU O MENU PARA
DAR AINDA MAIS DESTAQUE À COZINHA CEARENSE
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Valorizar os insumos locais a partir da alta gastronomia é um movimento que ganha cada vez mais força na cozinha brasileira, e Fortaleza tem uma casa que dá um toque extra de sabor a esse contexto. Inaugurado em 2020, sob o comando do chef André Bichucher, o Restaurante Mangue Azul renovou o cardápio recentemente, dando ainda mais protagonismo aos insumos e às regiões onde eles são produzidos. A recente mudança do menu foi conduzida em parceria com o chef Ivan Prado e coloca, no centro das receitas, os sabores, texturas e harmonizações com alma cearense, preparados com habilidades internacionais.
Na carta de entradas, essa essência é ilustrada, por exemplo, na combinação de ovo mollet, cogumelos shimeji, farofa de brioche de pimenta de cheiro e molho de cogumelo porccini. “Os cogumelos são de Guaramiranga, produzidos por um cearense que está nisso há nove anos, e os ovos são todos caipiras”, salienta André.
Ainda para abrir o paladar, André recomenda o veloute de abóbora com manteiga trufada, queijo coalho tostado e pão de levain. Segundo ele, uma espécie de resgate da cultura de “tomar um caldinho”, comum na rotina dos cearenses.
Para o momento central, a refeição principal não poderia ser outra senão o peixe à delícia, que ele define como o prato emblemático do Mangue Azul.
“Já tínhamos desde a abertura, mas o chef Ivan Prado deu mais personalidade”, explica. Nessa experiência, o peixe fresco do dia vai acompanhado de banana da terra, banana prata, parmesão, bechamel, fumet de peixe e arroz branco.
O polvo com pipoca de macaxeira, outro destaque do cardápio, combina ingredientes que são verdadeiros ícones locais com preparos universais: macaxeira frita, molho romesco de castanha de caju e creme de açafrão espanhol.
Sabor Que Instiga
Entre os destaques da sobremesa, as porções feitas a partir de chocolate têm ligação com o Pará, onde o cacau é plantado e, depois, vem ser processado no Ceará. Na cozinha do Mangue Azul, ele vira base da torta fudge e, também, de uma sobremesa que pode ser definida como, no mínimo, instigante. “São seis bombons de chocolate e a brincadeira é descobrir o que tem no recheio. Se acertar, não paga a sobremesa. Muda todo dia, e ninguém conseguiu ainda”, alerta o chef, convidando os paladares mais aguçados para o teste.
“A gente sai de casa pra ser feliz, estar em um local que se sinta bem, e é isso que o Mangue Azul proporciona”, conclui André Bichucher. ¤