Gestão, Empresas e Produtos

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ESTACIONAMENTO SUBTERRÂNEO: UMA POSSÍVEL SAÍDA PARA GOIÂNIA

GOIÁS MARCHA CONTRA REFORMA DO ICMS, QUE NAUFRAGOU

GESTÃO, Revista de Negócios da Acieg

Empresas & Produtos

www.acieg.com.br

Ano VI - Nº 30 - Junho de 2013

R$ 7,00

O MUNDO VIRTUAL NÃO É UM ESPAÇO APENAS PARA INTERAGIR COM AMIGOS. É TAMBÉM UM LOCAL PARA NEGÓCIOS E AS REDES SOCIAIS OFERECEM OPORTUNIDADES PARA EMPRESAS DE TODOS OS TAMANHOS.

ALVARÁS

A INDÚSTRIA DA BUROCRACIA



conversa com o leitor

expediente

Passos largos e passos curtos

A

economia anda a passos largos em alguns temas e a passos curtos em outros. Não se discute que a internet modificou o modus operandi das empresas - e vai modificar ainda mais. Não se discute que a cabeça de quem administra já tem um cantinho do cérebro (da estratégia) dedicado às ações nas redes sociais. No entanto, enquanto o comportamento empreendedor avança a 1.000 km/h no mundo virtual, apenas caminha, a passos vagarosos, nas soluções de problemas no mundo real dos empresários. É bem verdade que as estruturas (as plataformas) reais são mais pesadas, antigas, o que dificulta operações mais dinâmicas, mas nada justifica ter um desempenho inferior a economias bem menos desenvolvidas que a brasileira. Até para que não trave de vez, a Acieg é uma das entidades que bate na tecla do “play” diariamente para lembrar de temas que precisamos avançar e transformar. Por exemplo, debatemos sempre as ações referentes à mobilidade urbana, estacionamento, treinamento,comércio exterior, tributos, encargos trabalhistas, entre outros. Nesta edição da revista Gestão, Empresas & Produtos, tocamos em alguns destes temas, como estacionamento subterrâneo para Goiânia, nos bairros de Campinas e Centro; avanços do comércio em redes sociais; missões ao exterior; novos negócios, com startups e MMA; resíduos sólidos; substituição tributária; Goiânia 80 anos; homenagem ao ex-presidente Heno Jácomo Perillo, entre outras notícias que envolvem o empresariado goiano. A revista é aberta. Quem a faz é o setor produtivo, empresários e colaboradores. E por ser um espaço aberto, buscamos envolver temas pertinentes a sua rotina, ao seu dia a dia. Por isso, suas sugestões e a repercussão dos assuntos aqui tratados muito nos interessa. Então, participe sempre.

Presidente Helenir Queiroz MISSÃO DA ACIEG Atuar na defesa incondicional do setor produtivo, fomentando e desenvolvendo ações que viabilizem a sua integração com a sociedade.

GESTÃO, Revista GESTÃO, Empresas & Produtos é uma publicação da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg) Editor Leandro Resende (JP-1145) Reportagem Ana Manuela Arantes Estagiários Ana Helena Borges Paula Alana Oliveira Marcéli Faleiro

Pedro Nunes Fotografias e Tratamento Solimar Oliveira e Assessorias Manoel de Sousa Silva Diagramação e Projeto Contemporânea Gráfica PUC Goiás (62) 3946-1892

CONTATOS GESTÃO REDAÇÃO

COMERCIAL

(62) 3237-2616 ou 3237-2642

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ACIEG JOVEM - 3237-2609 EVENTOS - 3237-2624 1ª CORTE DE CONCILIAÇÃO DA ACIEG - 3237-2627 CERTIFICADO DIGITAL - 3237-2609 VAPT VUPT - 3201-9523

QUER ANUNCIAR SUA MARCA NA REVISTA GESTÃO? (62) 3237-2613 (Marina Anderi)

O editor.

Rua 14, Nº 50, Edifício Santino Lyra Pedrosa, Setor Oeste, Goiânia-GO – CEP: 74120-070 CNPJ: 01.615.301/0001-92 imprensa@acieg.com.br e gestaoacieg@gmail.com Telefone geral: (62) 3237-2600 Fax: (62) 3237-2602

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GESTÃO, Empresas e Produtos

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a face

dos novos negócios O momento da internet já não é mais só para observar. Muitas empresas já perceberam que têm de agir e aproveitar melhor o mundo virtual para expor sua marca e até vender. Algumas (a maioria de pequeno porte) vão além, usando as redes sociais como principal loja e canal de vendas.

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41

Colunas 6 De PrImeIrA 16 mUNDO eXecUTIvO 18 PArADA OBrIgATÓrIA 38 ceNárIO ecONÔmIcO

mArchA

52 ArmAZÉm 53 FIm De semANA

Mais de 20 mil goianos marcham em Brasília pelos incentivos fiscais

32

56 ArTIgO 58 gAlerIA

11 eNTrevIsTA Marcelo Baiocchi, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Goiás

AlvArás

14 APlIcATIvOs

Burocracia ajuda maus servidores a “vender” facilidades

Apps que seu smartphone ou tablet não podem ficar sem

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sem vAgAs Onde estacionar em Goiânia? Acieg sugere debater o estacionamento subterrâneo.

8 vAPT vUPT AcIeg Confira os bons números da unidade do Vapt Vupt da Acieg

28 sTArTUP Empreendedores goianos atraem investidores

30 mmA Além de adeptos, esporte atrai clientes.

44 hOmeNAgem

Acompanhe a Acieg: facebook.com/acieg

Acieg relembra a trajetória do ex-presidente Heno Jácomo Perillo

36 gOIâNIA 80 ANOs Calendário de comemorações do aniversário da capital GESTÃO, Empresas & Produtos | Junho de 2013 | 5

twitter.com/acieg flickr.com/acieg


de primeira

"A criatividade é o poder de conectar o aparentemente desconectado." WILLIAM PLOMER

Segurança na capital

Turquia na Acieg

Craques da Paz A Acieg apoia a realização do Festival Craques da Paz, evento previsto para ocorrer entre 19 e 21 de setembro de 2013, no Centro Cultural Oscar Niemayer, com tema central “Prevenção, Tratamento e Combate às Drogas”. O objetivo do festival é mostrar que a paz necessita ser trabalhada num contexto amplo e integrado a ações práticas de transformações sociais sustentáveis. Para isso, a organização do festival prevê shows com participações de artistas locais, nacionais e internacionais, palestras, mesas redondas e diversos movimentos sociais.

O embaixador da Turquia, Ersin Erçin, ao lado do cônsul honorário da Turquia em Goiás, Leopoldo Veiga Jardim, esteve na Acieg no dia 20 de março para conhecer a Associação e propostas de negócios com empresários goianos. A presidente da Acieg, Helenir Queiroz, e uma comitiva de empresários receberam o embaixador. Um acordo bilateral entre a Turquia e o Brasil, com previsão de investimentos de R$ 10 bilhões para o ano de 2013, incluindo Goiás como um dos alvos para negócios, além de missões empresariais na Turquia e no Brasil, estão nas pautas de negociação entre os dois países.

Tráfico de pessoas Em razão da grande quantidade de casos de tráfico de pessoas no Estado de Goiás, a Acieg, a OAB-GO, por meio da Escola Superior de Advocacia (ESA-GO), e a Secretaria de Estado de Políticas para Mulheres e Promoção da Igualdade Racial (Semira) realizaram, no dia 13 de março, o workshop “Tráfico de Pessoas – como enfrentar o problema?”. A partir de questões debatidas durante o evento, as entidades organizadoras passam a integrar uma rede de enfrentamento e vão participar de um plano de ações para apoio à elaboração de políticas públicas que ajudem a confrontar o crime de tráfico de pessoas.

Elas no comando Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, diferentes eventos com programação voltada para o público feminino foram realizados na sede da Acieg. No dia 6 de março, a palestra “Papo de Mulher, Segredos Femininos” e uma exposição de produtos e serviços para mulheres marcaram a tarde de comemorações. No mesmo dia, foi realizado pela Acieg Jovem o debate “Elas no Comando”, com a presença da ministra do Tribunal Superior do Trabalho, Delaíde Arantes. Já no dia 7 de março, a palestra “Mulheres na Liderança”, com Evandro Trindade, apresentou os desafios que empresárias vão enfrentar nos próximos anos diante de um mercado competitivo. 6 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Junho de 2013


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AGILIDADE ◄► Serviços

A força do Vapt Vupt Empresarial da Acieg

O

gradativo crescimento do Vapt Vupt Empresarial da Acieg consolida o projeto e o credencia a novos e ousados voos. Já são 11.300 empresários beneficiados desde o início do projeto e, a continuar o mesmo ritmo do primeiro trimestre, até o fim de 2013, o número total de empresários atendidos com mais agilidade e menos burocracia deve chegar 27.700. No entanto, considerando o ritmo de crescimento trimestral, a previsão da Acieg é que serão mais de 35 mil empresas beneficiadas. A unidade trouxe novo ânimo para os empresários que agora encontram em um só lugar diversos serviços para atender suas atividades produtivas, como abrir um negócio ou ter acesso ao crédito, buscar consultoria e assessoria do Sebrae Goiás e da Acieg, acelerar e resolver pendências em qualquer área da empresa na Corte de Conciliação e Arbitragem ou, entre outros, se cadastrar para fornecer para o governo, no CadFor, serviço que o empresário passou a realizar na Unidade Acieg com comodidade e rapidez. E a importância dos serviços prestados já se reflete em números: durante o atendimento do ano passado, que começou em julho, o Vapt Vupt registrou um total de 5.801 processos, enquanto apenas no primeiro trimestre de 2013 já foram 5.499. Entre os processos que são agilizados, um exemplo é a Edificação Segura, do Corpo de Bombeiros. Empresas de até 150 metros quadrados, que não atuam com o armazenamento de explosivos ou líquidos inflamáveis, poderão ser licenciadas pelos bombeiros em até três dias. No caso de grandes empresas, o processo de certificação dura aproxi-

O empresário Wagner Patrus destaca a agilidade no atendiento

Cláudia Zuppanni também elogia que tempo: “esperei só 5 minutos”

madamente 15 dias. Neste ano, foram realizados quase 500 processos nos três primeiros meses de funcionamento, quando a demanda é mais baixa, somente de licenciamento do Corpo de Bombeiros. No mesmo período, Prefeitura de Goiânia, Juceg, Sebrae Goiás e Sefaz, receberam 2.924 empresários. A meta da Acieg e do governo estadual é reduzir o tempo gasto para se abrir uma empresa. Em 2011, eram 120 dias, em média, e já foram reduzidos para 45 dias – um resultado histórico para Goiás. A meta é chegar a 15 dias, o que seria uma referência em agilidade no País. O atendimento direcionado para solucionar os anseios do empresário é apontado pelo setor produtivo como o maior diferencial do Vapt Vupt Empresarial da Acieg. Segundo o sócio proprietário da PC Sistemas, Wagner Patrus, que o utilizou por duas vezes, o local trouxe duas grandes mudanças de perspectivas quanto à resolução dos processos: o primeiro se refere à concentração

de diversos órgãos e o segundo a agilidade. “O Vapt Vupt da Acieg concentrou todos os órgãos de atendimento às empresas em um único ambiente o que facilitou a tramitação e resolução de pendências junto ao poder público. A agilidade no atendimento também é uma grande novidade porque estimula o empresário”, pontua. A arquiteta Cláudia Zuppanni adquiriu, neste ano, o certificado digital de sua empresa – Cláudia Zuppanni Arquitetura e Interiores – por meio dos serviços disponíveis no Vapt Vupt e diz que ficou impressionada com o espaço. “Adorei o local, é muito agradável e que deixa nítido ter sido projetado para atender o empresário, para que ele se sinta confortável”, descreve Zuppanni. A arquiteta diz ainda que além do design o tempo de espera também a impressionou. “Mesmo tendo toda uma estrutura para que possamos ficar no local, e trabalhar enquanto esperamos, o tempo de atendimento é recorde, esperei por menos de cinco minutos”, relata.

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1ª FEIRA DA CONSTRUÇÃO DO BÁSICO À DECORAÇÃO DO CENTRO-OESTE

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entrevista Marcelo Baiocchi

“Em 40 anos, o Sebrae mudou o cenário empresarial”

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entrevista: MARCELO BAIOCCHI Sebrae completou 40 anos de serviços prestados em 2012. A sua atuação junto às empresas de pequeno porte tem incentivado e apostado na sustentabilidade como fator de ganho de competitividade para o segmento composto por milhares de micro e pequenas empresas, visando suas inclusões na economia sustentável. Dos sete milhões de novos empregos com carteira assinada gerados no Brasil, no período de 2000 a 2011, Goiás foi responsável por 253 mil. O presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Goiás, Marcelo Baiocchi Carneiro, atribui esse número a estabilidade da economia nacional. Confira a seguir os principais trechos da entrevista à Gestão:

O

Em 2012, o Sebrae completou 40 anos de atuação. Na sua opinião o que mudou para o segmento de micro e pequenas empresas em Goiás? Consideramos que o Sebrae proporcionou várias mudanças no cenário empresarial do Brasil e de Goiás. Em 40 anos de atuação, o Sebrae sempre atuou na defesa do segmento econômico que mais gera emprego e distribui renda – o segmento da micro e pequena empresa; na defesa e na proposição de políticas públicas que favoreçam o fortalecimento das micro e pequenas empresas goianas; na disseminação da cultura do empreendedorismo; na capacitação em gestão empresarial das pessoas que buscam ter o próprio negócio; na ampliação da formalização de empresas em Goiás; na prática de atuar em parceria com instituições da iniciativa privada, com órgãos públicos, organizações nãogovernamentais, instituições de ensino, instituições financeiras e tantos outros parceiros que buscam fomentar os micro e pequenos negócios. Apenas para exemplificar o crescimento empresarial no Estado, vamos pelos números que a Junta Comercial do Estado apurou em 2012. Eles mostram que Goiás criou 28 mil novas empresas. O total é muito significativo e vai além, pois ele é recorde se comparado com os anos da década passada. Sabemos que as ações e o trabalho do Sebrae e seus parceiros influenciaram, positivamente, neste capítulo da história empresarial goiana. Pensando na promoção de pequenos negócios, como o Sebrae atua para incentivar o desenvolvimento sustentável? O Sistema Sebrae implantou, estando em funcionamento há cerca de dois anos, o Centro Sebrae de Sustentabilidade, que tem a sua sede física em Cuiabá (MT). O Sebrae aposta na sustentabilidade como fator de ganho de competitividade para o segmento composto por milhares de micro e pequenas empresas, visando suas inclusões na economia sustentável. Nesse

contexto, o Centro Sebrae de Sustentabilidade é unidade de referência nacional do Sistema, especializada sobre o tema e responsável pela geração e irradiação de conhecimento e cultura de sustentabilidade para mais de 700 unidades de atendimento da instituição distribuídas no país. Inicialmente foram definidos dois temas prioritários que norteam a atuação do Centro e do Sistema Sebrae no campo da sustentabilidade: gestão de resíduos e eficiência energética, além de apresentar dicas práticas e simples que possibilitam a empresa ser sustentável, que abordam a redução do consumo de energia, água, reaproveitamento de resíduos e consumo. Informações, cartilhas, mapeamentos, pesquisas, diagnósticos, entre outros, são alguns dos produtos e serviços desenvolvidos pelo Centro que pode ser acessado na internet, pelo público cliente e demais interessados no assunto. Em relação às missões técnicas e de agendas de negócios oferecidas pelo SEBRAE Goiás, qual a avaliação que o senhor faz? O Conselho Deliberativo Estadual acompanha as execuções das ações que a Diretoria Executiva disponibiliza para o cliente Sebrae, por meio dos onze Escritórios Regionais e 20 Agências Sebrae. São ações de capacitação, atendimento, consultoria e mercado. Nesta, mais especificamente, considero ser uma das atividades que traz resultados excelentes e imediatos para o empresário. Ele participa, com apoio do Sebrae, de missões técnicas na busca de conhecimento, contatos comerciais ou de encontros de negócios. Em 2012, o Sebrae Goiás subsidiou a participação de empresários goianos de todos os setores produtivos (comércio, indústria, serviço e rural) em missões nacionais e internacionais. Agora, mais recente, de três a onze de março passado, aconteceu a missão técnica para a CeBit 2013, em Hannover, na Alemanha, onde os empresários goianos puderem conhecer o que há de mais moderno no setor da tecnologia da informação.A Cebit 2013

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Em 2012, o Sebrae Goiás subsidiou a participação de empresários goianos de todos os setores produtivos em missões nacionais e internacionais.”

focou no uso compartilhado de recursos de informática, nas inovações e no apoio a jovens empreendedores. Constatamos que a comunidade científica internacional e o segmento empresarial se voltaram para a CeBit por tratar-se de um momento ímpar e muito rico de pesquisas e possibilidades que as novas tecnologias permitem ao consumidor que está conectado e que busca cada vez mais inovações. Com certeza, ao cumprir uma agenda técnica do seu interesse, o empresário traz na bagagem novos conhecimentos, contatos e know how para o seu negócio lucrar e crescer. Como o senhor qualificaria a relação do Sebrae com o poder político, em prol das micro e pequenas empresas? Analisamos ser bastante construtiva e produtiva, pois buscamos o melhor e mais amplo atendimento e o fortalecimento das micro e pequenas empresas em Goiás, seja por meio de políticas públicas implementadas e colocadas em prática, seja por meio da capacitação do empresário, seja por meio de linhas de crédito acessíveis aos pequenos negócios, como é o caso do crédito produtivo. Na estrutura do Conselho Deliberativo do Sistema Sebrae, os Governos Estaduais são partes integrantes desta esfera, por meio de secretárias que atuam diretamente no fomento dos micro e pequenos negócios dos Estados. O Sebrae tem feito uma agenda muito positiva com o Governo de Goiás, por meio de parcerias nas áreas do planejamento, indústria, comércio, agricultura, educação, inovação, ciência e tecnologia, sempre focada para as pequenas e micro empresas, que são a razão de ser do Sebrae. Pesquisa divulgada no mês de março de 2013 pelo Centro de Pesquisa Insper, em parceria com o Santander, mostrou que empresários de pequenas e médias empresas estão otimistas em relação à economia do segundo trimestre de 2013. Que fatores você credita a essa reação positiva? Se tratarmos do cenário Goiás, creditamos ao crescimento econômico que o Estado tem apresentado acima da média nacional e pelas

ações de Estado que o governo vem pondo em prática, como é o caso das compras governamentais priorizar serviços e produtos das micro e pequenas empresas, ou seja pela agilidade no registro das novas empresas, por meio do Vapt Vupt Empresarial. Abrindo para o cenário nacional, temos na agenda Brasil, eventos de grande porte, como a Copa das Confederações 2013, a Copa 2014 e as Olimpíadas 2016. É do conhecimento de todos que em torno destes eventos há uma infinidade de negócios que serão acionados pela população. Por isso, acreditamos que tais cenários, tanto o de Goiás, quanto do Brasil, influenciam no planejamento e nos investimentos que os empresários estão projetando para os seus negócios a curto, médio e longo prazos. Os pequenos negócios foram responsáveis pela geração de sete milhões de novos empregos com carteira assinada desde o ano 2000 até 2011. A tendência para 2013 é de aumento dessa oferta de trabalho? Os números apresentados no Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa/2012 são realmente grandiosos e foram fundamentais para a estabilidade da economia nacional. Dos sete milhões de novos empregos com carteira assinada gerados no Brasil, no período de 2000 a 2011, Goiás foi responsável por 253 mil desses novos postos de trabalho, sendo que, também no período, Goiás criou 78 mil novas micro e pequenas empresas, apresentando uma taxa média de crescimento de 4,8% ao ano, novamente, acima da média nacional. Levando em consideração esse crescimento em escala e que as micro e pequenas empresas respondem por 99% dos estabelecimentos formais, por 52% dos empregos e por 40% da massa salarial paga no Brasil, 2013 deve registrar números também positivos. O Sebrae Goiás tem em seu planejamento 2013/2014, objetivos de ampliar consideravelmente a sua rede de atendimento ao público no interior do Estado com qualidade e rapidez. O desafio é grande e vamos percorrer caminhos e cumprir o planejado de forma conjunta com os empresários, os parceiros do Conselho Deliberativo e os parceiros municipais.

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TECNOLOGIA ◄► Mobilidade

Aplicativos que você não pode deixar de ter A cada dia cresce o número de pessoas com acesso à internet em seus smartphones e com isso cresce o número de aplicativos compartilhados e a variedade dos mesmos. Os aplicativos móveis estão cada

vez mais populares e passam a ter papel de destaque na vida dos usuários. Confira abaixo algumas sugestões da GESTÃO de aplicativos úteis para tornar o dia a dia mais produtivo ou divertido - considerando op-

ções para iOS e Android. Mande sugestões para esta coluna, que será fixa a partir desta edição, trazendo também livros virtuais e programas para computador pessoal.

LookOut

Flipboard

Já considerou que seu tablet ou smartphone pode ser roubado ou perdido. Dor de cabeça, né? Dezenas de contatos, fotos e vídeos perdidos, fora os dados pessoais armazenados no aparelho. Há, contudo, opções de apps que podem ajudá-lo a minimizar as perdas. Um dos recomendados é o LookOut. O app pode rodar de forma secreta, o que impossibilita que seja desativado por alguém que não seja o dono do aparelho, e permite ainda o rastreamento do smartphone. O LookOut também assume o papel de antivírus e faz o backup das informações. Disponível em: iOS e Android. Preço: Gratuito

Famoso e adorado, o FlipBoard é um app que agrega notícias de acordo com o gosto do seu usuário. Com ele, é possível organizar artigos para que sejam lidos depois e ainda monitorar a sua atividade nas principais redes sociais. Ele teve atualização recente que o tornou mais dinâmico. Belas imagens e boa navegabilidade garantem seu sucesso. Disponível em: iOS e Android. Preço: Gratuito.

Waze Perdido? O Waze te ajuda. Ele é um dos mais baixados por usuários que querem encontrar a melhor rota de trânsito. Para isso, conta com ferramentas interessantes que informam a todos sobre as condições das ruas e do trânsito local. Além disso, permite a troca de mensagens entre usuários, assim, todos ficam sabendo se, por exemplo, há algum acidente que possa justificar a lentidão do trecho a ser percorrido. Disponível em: iOS e Android. Preço: Gratuito

WhatsApp O WhatsApp agrada especialistas e usuários de smartphones. O serviço usa a rede de dados e Wi-Fi do aparelho para enviar mensagens, vídeos e imagens no ambiente do app, garantindo economia e agilidade. Se a Wi-Fi estiver inacessível, a mensagem não chega - é bom saber. Disponível em: iPhone e Android. Preço: 0,99 dólar na App Store e gratuito na Google Play.

Dragon Dictation Aplicativo de reconhecimento de voz muito fácil de usar que permite ao

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usuário falar e ver instantâneamente seu texto ou mensagens de e-mail, diminuindo em até cinco vezes o tempo que seria gasto para digitar a mensagem. Preço: Gratuito. Disponibilidade: iPhone e iPad.

Evernote Não há do que reclamar do Evernote. O app permite que você capture dados e acesse-os de qualquer lugar. É possível criar uma nota em arquivo, um documento, uma foto, uma página ou gravação de voz. Tudo é sincronizado entre todos seus dispositivos – incluindo computadores pessoais. Está entre os destaque como um dos 10 aplicativos essenciais no New York Times. Preço: gratuito. Disponibilidade: iPhone, iPod touch e iPad.

Dropbox Muita gente se pergunta: como viver sem o Dropbox (ou aplicativos nas nuvens) depois de conhecê-los. Se não conhece, experimente. O serviço oferece alguns gigabytes na nuvem gratuitamente. Arquive tudo: músicas, fotos, documentos e quaquer arquivos e sincronizeos automaticamente entre o Mac, o PC, o tablet e o smartphone. Disponível em: iOS e Android. Preço: Gratuito.


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mundo executivo

"A História tem demonstrado que os mais notáveis vencedores normalmente encontraram obstáculos dolorosos antes de triunfarem. Eles venceram porque se recusaram a se tornarem desencorajados por suas derrotas." B. C. FORBES

RENOVA GOIÂNIA

OPUS

De 13 a 15 de setembro, a Acieg, em parceria com a Galeria Comunicação, realizará a Renova Goiânia, primeira feira do setor de construção e decoração no CentroOeste do País. Com entrada gratuita e aberto ao público, o evento reunirá empresas do básico da construção à decoração – no Flamboyant Shopping Center, em Goiânia (GO). A feira deverá atrair profissionais de diferentes áreas, desde engenheiros, arquitetos, construtores, incorporadores e decoradores até lojistas, revendedores, instaladores, estudantes e grande público consumidor. A Renova Goiânia trará os produtos, novidades e lançamentos de aproximadamente 50 expositores. A expectativa é de que 30 mil pessoas visitem os estandes.

O mais importante evento do setor imobiliário do mundo ocorreu em março, em Cannes, com a participação de investidores e incorporadores de mais de 80 países. O diretor da Opus Inteligência Construtiva, Dener Justino, foi um dos brasileiros presentes no encontro e representou o Estado de Goiás. O executivo participou de várias palestras e fóruns sobre inovação, investimentos, sustentabilidade e outros temas estratégicos que trataram, inclusive, do potencial de desenvolvimento brasileiro.

TECNOSEG

Com experiência de 18 anos no segmento de segurança privada, o Grupo TecnoSeg amplia sua atuação no mercado. A empresa, que está presente em Goiás e Mato Grosso, inaugurou oficialmente seu primeiro showroom em Goiânia, no dia 21 de março, com a proposta de tornar serviços, equipamentos e tecnologia mais acessíveis a grande população.“No Brasil, é comum as empresas de segurança possuírem escritórios em locais afastados, o que dificulta o acesso de pequenos varejistas e também do segmento residencial”, define o empresário Ivan Hermano Filho, que está à frente da nova operação.

PONTAL Com o projeto Construindo um Mundo Melhor, a Pontal Engenharia foi vencedora na 3ª edição do Prêmio Fecomércio de Sustentabilidade. Única empresa de Goiás finalista na premiação, a construtora concorre na categoria Grande Empresa. O prêmio, que destaca iniciativas sustentáveis inovadoras, é promovido pela Federação do Comércio, Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio SP), em parceria com a Fundação Dom Cabral.

SERRA VERDE

OUTBACK GOIÂNIA

A Mineração Serra Verde, empresa do Grupo Mining Ventures Brasil, assinou protocolo de intenções com o governo de Goiás para a construção de uma planta destinada ao aproveitamento de uma jazida de terras raras (conjunto de elementos químicos utilizados em diversas indústrias) no município de Minaçu (Região Norte de Goiás). A Serra Verde prevê o investimento de 300 a 600 milhões de reais na fase de instalação da empresa de extração e beneficiamento de minérios, com início da primeira etapa da obra ainda em 2013. O projeto da Serra Verde em Minaçu prevê a criação de 1 mil a 3 mil empregos diretos e indiretos durante a etapa de construção da planta.

O Outback Steakhouse de Goiânia recebeu durante a convenção anual da rede, realizada no final de março, em Washington, nos Estados Unidos, o prêmio de proprietário do ano. Pela terceira vez consecutiva, o restaurante foi reconhecido devido aos excelentes resultados conquistados em 2012 e também pelo papel de destaque que o sócioproprietário, Gustavo Vaz, ocupa na sua comunidade e como líder de sua equipe.

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"Os fracassados são divididos em duas classes aqueles que pensaram e nunca fizeram, e aqueles que fizeram e nunca pensaram." JOHN CHARLES SALAK CREMMY

GRUPO JAIME CÂMARA Cristiano Câmara (foto), CEO do Grupo Jaime Câmara, foi um dos seis brasileiros da seleta lista dos Jovens Líderes Mundiais de 2013 (Young Global Leaders), anunciada em março pelo Fórum Econômico Mundial. Ao todo, 199 nomes de 70 países foram reconhecidos pela trajetória de realizações profissionais e pelo engajamento social. Cristiano Câmara é formado em engenharia civil pela PUC Goiás, com mestrado em administração de negócios pela Universidade de Michigan e pós-mestrado pela Escola de Negócios de Harvard.

Em março, o Grupo Jaime Câmara estreou duas mudanças em sua marca. Com o objetivo de separar a identidade dos veículos e remontar a trajetória, a empresa passou a utilizar a denominação Grupo Jaime Câmara e alterou o logotipo. Com ares de modernidade, o jornal O Popular chega aos 75 anos. A publicação do Grupo Jaime Câmara, a maior empresa de comunicação e mídia do Centro-Norte do Brasil, alcança os três quartos de século com grandes investimentos em tecnologia e em uma redação convergente. Entre emissoras de rádio, televisão e jornais impressos, o grupo afiliado à Rede Globo possui atualmente 31 veículos.

GRUPO PRIVÉ O Grupo Privé inaugurou o Eldorado Water Park, um moderno e bem equipado parque aquático temático, na cidade de Caldas Novas. O complexo de lazer conta com brinquedos inovadores, piscina de ondas termais, bares, toboáguas, rampa infantil, escorregador gigante com bóias, piscinas termais e o primeiro lazy river de Caldas Novas. E ainda conta com um mega palco para shows e eventos. Localizado ao lado do Hotel Privé, o novo empreendimento promete dividir os holofotes do grupo, reconhecido pelo know-how e expertise na construção civil, na hotelaria, e também no lazer e entretenimento. Fundado pela família Palmerston na década de 1960, o Grupo Privé é precursor do turismo nesta região. Entre outras empresas, hoje o Grupo Privé é formado pelo Hotel Privé Boulevard, Clube Privé, Thermas Park, Hot Star Plaza Hotel, Privé Thermas Hotel, Water Park, Privé Vacation Club, Construtora Thermas das Caldas e ainda a Serra das Caldas Mineradora.

MONDOPRICE

TENDTUDO A TendTudo foi premiada como a maior varejista do setor de material para construção no Estado de Goiás. A rede também ficou entre as seis maiores do País. O levantamento faz parte do Ranking Nacional das Lojas de Material de Construção, realizado pela Anamaco. O presidente da rede, Jacinto Lúcio Borges, e o diretor comercial, Abelaci Dantas, representaram a empresa durante a cerimônia.

Um levantamento divulgado pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) mostrou que as vendas via internet – o chamado e-commerce – somaram R$ 24,12 bilhões em 2012. Apenas no último ano, nove milhões de brasileiros realizaram a primeira compra na web e o universo de brasileiros com acesso à rede mundial de computadores chegou a 68 milhões. E uma nova rede social própria para geração de negócios chegou ao mercado goiano para enriquecer essa estatística. Projetada nos últimos dois anos, a startup Mondoprice – que está próxima de seu lançamento – vai permitir que clientes, empresas e prestadores de serviço dividam o mesmo ambiente virtual, possibilitando que se comuniquem, apresentem seus produtos e serviços e negociem.

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parada obrigatória

“Arte + Design + Estilo + Inovação + Sustentabilidade = Produto final.” LUCAS MAGNO CARDEAL

Rede+Criança Um sistema de internet capaz de ligar crianças de todo o País com um objetivo comum: salvar os recursos naturais. Essa é a proposta da "Rede+Criança - Alô, planeta Terra: vamos nos conectar". A plataforma foi lançada no dia 22 de março, no Rio de Janeiro, pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e pela apresentadora Xuxa Meneghel. A Rede+Criança (http://apps.lalubema.com/maiscrianca) consiste numa página virtual dedicada ao público infantil. Pelo website, crianças em qualquer lugar do mundo poderão escrever textos, encaminhar fotos e compartilhar experiências a respeito do meio ambiente. A plataforma tem o objetivo de contribuir para as políticas públicas em desenvolvimento no País e estimular a discussão do tema entre os meninos e meninas.

ACIEG JOVEM

CASA COR

A quarta edição da Corrida Ecológica Parque contou este ano com a participação de um pelotão formado pelos jovens empreendedores da Acieg Jovem. A corrida, realizada no dia 14 de abril, foi uma promoção da Sport&Tracks, Apae e Fernando Diniz, tendo como objetivo demonstrar a importância da consciência socioambiental.

Eliane Martins e Sheila Podestá, organizadoras da Casa Cor Goiás 2013, lançaram em meados de março a 17ª Edição da mostra, no Restaurante do Prédio da Biblioteca do Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia. A Casa Cor Goiás deste ano vai até o dia 25 de junho, na Rua 15 com a Rua T-55, no Setor Marista.

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INTERNET ◄► Inovação

Música goiana na rede

S

oongz traz um novo jeito de escutar músicas na web. O projeto é desenvolvido pela Fibonacci Soluções Ágeis, empresa 100% goiana que, desde 2006, trabalha com projetos ousados e inovadores, em parceria com a Zion, uma startup de mídia digital focada em projetos de entretenimento e mídia na web. A equipe já criou uma versão anterior desse projeto, a TwitRadio – Crie sua Rádio no Twitter, que chegou a ser conhecida nacionalmente, tendo a participação de diversos artistas famosos tornando-se Trending Topic no Twitter. O Soongz é uma plataforma social democrática e fácil de usar, que permite a interação dos diversos players do mercado musical entre si, criando uma oportunidade diferenciada para ouvintes, fãs, artistas, produtores, empresários e gravadoras se expressarem e interagirem através da música. Em Soongz.com é possível interagir com os amigos enquanto se ouve música. Além disso, o site estimula o contato entre artista e fãs, através de um canal direto. Para produtores, empresários e gravadoras, Soongz é uma oportunidade de medir a reação dos fãs, descobrir novos talentos, criar um novo canal de vendas para shows, eventos e músicas, além de uma inestimável fonte de informações sobre o mercado musical. O grande diferencial é a coletânea ilimitada devidamente legalizada – são milhares de músicas já existentes na plataforma. Além disso, é possível fazer upload de canções. Seja

https://soongz.com no computador pessoal, tablet ou smartphone, você tem acesso a sua coleção particular de músicas de onde estiver. Soongz foi contemplado pelo edital de financiamentos a projetos inovadores. O projeto tem o apoio da Fapeg (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás) e Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). DIFERENCIAIS

Soongz.com oferece um ambiente virtual que permite a interação das pessoas por meio da música. O site possui recursos de ouvir músicas juntos, convidar os amigos pelas redes sociais e muito mais. É possível descobrir o que seus amigos estão escutando, compartilhar playlists, criar salas de bate-papo musicais e até mesmo criar um programa de locução de rádio ao vivo. Tudo sem custos para o usuário. O dono da playlist pode, por exemplo, convidar um amigo para ser DJ de sua rádio. O próprio artista poderá criar uma sala e convidar seus fãs para ouvirem músicas junto com ele e, ainda, escolher um deles para ser DJ por um dia. Com essas características, o Soongz promove uma aproximação entre músicos e ouvintes, tornando-se uma grande oportunidade para fortalecer o vínculo do artista com seus fãs. Isso já se mostrou bastante eficaz na primeira versão do projeto, quando ainda se chamava TwitRadio. O Soongz tem uma quantidade ilimitada de músicas e artistas catalogados. Os registros para exibição pública de música são devidamente legalizados junto ao ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição). E a coletânea não para de crescer. Como os usuários têm a liberdade de adicionar músicas, a cada minuto novas opções se tornam disponíveis. Novos cantores, compositores e grupos podem divulgar suas obras no Soongz. Além das composições, as influências, trajetória e planos desses artistas têm lugar na plataforma.

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CAPA ◄► Negócios na rede

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Entre e faça negócios A sua loja fica onde? No Facebook. Pois é, para algumas empresas essa resposta já uma realidade lucrativa

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ANA HELENA BORBGES

s empresários que negaram investimentos ao brasileiro Eduardo Saverin – co-fundador da rede social Facebook – mal poderiam imaginar que a brincadeira de dois amigos se tornaria um dos principais meios de divulgação e de alavancar vendas de empresas. Com crescimento de 192%, de 2011 para 2012, e com 64,3% do número de acessos dos internautas brasileiros -segundo a ComScore – o Facebook é uma das maiores alternativas de aproximação com o cliente: por meio dele é possível que a marca se personifique, se torne um amiga do cliente, se transforme em conteúdo e em produto de merchandising. Isso porque os usuários do Facebook criada por Eduardo Saverin e Marck Zuckeberg tendem a postar todas suas atividades, o que fazem e principalmente o que consomem como um verdadeiro reality show virtual, no qual os participantes são também vitrines para as marcas e colaboram com a popular divulgação boca a boca que, nesse caso, se transformou em post a post. A quantidade de curtidas, comentários e compartilhamentos possibilita que determinados conteúdos se tornem populares (chamados de virais) em períodos recordes. Neste novo hall da fama, pessoas e marcas que, com o uso correto e criativo da rede, podem virar verdadeiras celebridades e desfilarem como destaque na

Luciana: após fracasso da loja física, fatura R$ 6 mil por mês com fanpage rede. Como ocorreu, por exemplo, com a empresária do segmento de moda, Danila Guimarães, cujo crescimento de popularidade fora do mundo virtual está atrelado ao uso da rede social. A empresária, antes mesmo de pensar em ter oficialmente um negócio, resolveu apostar em seu bom gosto, vendendo bolsas de marcas para as amigas. Sem loja específica, as mercadorias eram dispostas na sacada de seu apartamento e era lá também que recebia suas clientes. O único problema era como avisar de forma ágil e barata a chegada de novos produtos. Danila investiu em uma maneira inusitada para quatro anos atrás: criou perfis e comunidades na mídia social mais utilizada

na época, o Orkut. “Assim que chegava uma bolsa nova tirava foto com sugestão de formas de uso, na sacada de casa mesmo. Não era nada profissional. Postava no Orkut para que minhas ‘amoras’ (forma delicada de Danila chamar suas clientes) vissem o que tinha de novo. No final do Orkut já tinha sete perfis”, conta Danila sobre a necessidade de abrir novas contas para atender todas as solicitações de amizade. Com a ascensão do Facebook em 2011, Danila migrou suas atividades do Orkut para a nova rede. Paralelamente à nova forma de divulgação, veio também mudanças de perspectivas: começou a vender roupas e acessórios e montou

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CAPA ◄► Negócios na rede uma loja física, a qual virou uma fanpage (página de empresas), a Danila Guimarães Showroom. Hoje a empresária conta com três perfis pessoais e quase 100 mil seguidores da página da loja. “Com o Facebook comecei a melhorar a qualidade das minhas postagens. Busquei formas de aprimorar o uso, investi em fotos profissionais e hoje conto com a assessoria de uma agência de publicidade que me ajuda no monitoramento.” A dinâmica do uso, por sua vez, continua a mesma: ela veste todo novo produto e tira uma foto que vira um post na rede. A cada post, são centenas de curtidas, visualizações, comentários e muitos compartilhamentos. Em um dos maiores destaques de 2013, está a postagem de um vestido no dia 5 de fevereiro: após três dias, a imagem já tinha mais de 45,4 mil visualizações, 2,6 mil curtidas, 166 compartilhamentos e 400 comentários. O sucesso desse post se repete em todos os demais, sempre com tempo surpreendente. No entanto que, Danila arfirma nunca ter sentido necessidade de montar um site. Mas, mesmo assim dispõe de profissionais dedicadas ao atendimento virtual. “Tenho duas funcionárias específicas para o Face, fora eu que fico online o tempo todo”, brinca a empresária, o que não descarta a exigência das onze vendedoras estarem sempre atentas à mídia: “quando uma ‘amora’ pergunta sobre determinado modelo, elas logo questionam de qual look é”. Em 2012, a loja física foi expandida, segundo a empresária “graças ao Face”. E a ligação pessoal com sua loja no mundo virtual a fez uma ditadora de tendências devido a exposição do seu dia a dia e gostos na rede. O sucesso das

Danila Guimarães e suas mais de 100 mil amoras (amigas) do Face: “São mais que minhas clientes” postagens sobre seu dia a dia – seja no salão com novos penteados ou maquiagens, academia, comidas, biquínis e até viagens – acabam por atingir quase a mesma popularidade que a dos produtos vendidos, assim como os comentários de “eu quero”, e “como consigo igual?”. Danila atribui a resposta positiva às suas campanhas no Facebook ao bom atendimento dado às clientes, tanto na rede quanto na loja física. “São mais que minhas clientes, são minhas amigas”, conclui. A predominância de artigos femininos no Facebook é reflexo da característica de uso no Brasil. De acordo com a pesquisa Digital Life, da TNS Glo-

bal, as mulheres brasileiras ficam até sete horas por dia logadas na rede social, uma hora a mais do que os homens. Elas também são mais adeptas à divulgação de produtos e empresas. Apenas 8% das entrevistadas no País consideram invasivas as ações de empresas em redes sociais. Entre o público masculino, esse índice é de 19%. Elas também são as mais adeptas às oportunidades da web, uma vez que 82% dizem fazer pesquisas sobre marca, produtos e preços pela internet. Segundo o levantamento da TNS, entre os produtos mais vendidos por meio virtual estão os cosméticos (30%), roupas (26%), perfumes (24%), calçados (21%) e produtos de higiene e de cuidados para bebês (12%). As empresárias Danila Guimarães, Luciana Peres e Daniella Ursa são unânimes quanto à possível explicação para esse cenário. Para todas elas, as mulheres adoram novidades, pechinchas e dizer que encontraram os dois. Luciana Peres, proprietária da loja virtual de cosméticos Flor de Pequi, encontrou das redes sociais um caminho para continuar com o sonho de vender produtos de beleza após fechar uma loja física. A empreendedora criou uma fanpage no Facebook como termômetro para futuro investimento em e-commerce. Hoje, mesmo com a loja virtual prestes a completar um ano, a mídia social é responsável pelo sucesso do negócio, que tem faturamento médio de R$ 6 mil ao mês. De acordo com Luciana, mais de 60% das vendas do site são pro-

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Daniella Ursa já pensa abrir uma cafeteria

IZ QU

a possibilidade de iniciar seu negócio. O prazer em cozinhar fez com que ela começasse a vender bolos e cupcakes. “Levei para uma reunião de amigos. Uma semana depois comecei a entregar nas faculdades. Passei a postar o que estava fazendo e fazer fotos, quem comprava também fazia o mesmo. Então as pessoas começaram a me adicionar no Facebook e fazer pedidos.” Devido ao retorno do Facebook, Daniella investiu em fotos profissionais, compras coletivas, anúncios em guias de festas e cursos de decoração. Empreendimento ainda recente, Ursa ainda trilha os primeiros caminhos do uso, mas reconhece que mesmo após realizar o sonho de ter sua cafeteria será impossível se manter sem o uso da rede social. “Dos quase 2 mil amigos que tenho no Face, 40% são clientes ativos. E, a cada 10 pedidos que recebo, sete vêm dele. E, hoje, fico feliz em só poder receber encomendas para os finais de semana com bastante antecedência.”

Qual a melhor maneira de lançar uma página no Facebook?

Veja o que deve ser avaliado antes de abrir uma fanpage na rede social e qual a melhor estratégia para seu negócio. Marque e confira o resultado na página seguinte: 1 – O que você buscará com a página no Facebook? a) Divulgar produtos/serviços para aumentar as minhas vendas; b) Ouvir o cliente e postar informações sobre minha empresa, produtos e serviços para que eles conheçam novidades e melhores formas de uso; c) Promover uma aproximação entre meu público, tanto interno quanto externo, com a marca. 2 - Qual é o perfil da empresa?

venientes de posts no Facebook, assim como 90% do acesso mensal do e-commerce também são redirecionamentos. “Pesquisei muito antes de começar, mesmo assim tive alguns tropeços no início. Na rede a gente está exposto”, relata Luciana. A falta da exposição clara da forma de uso de um produto renderam constrangimentos, críticas e reclamações. Como forma de minimizar o transtorno causado para a cliente e para ela, a empresária recorreu ao atendimento ao cliente e devolução dos produtos e valores. Com a ajuda do marido, Luciana posta fotos dos produtos, informações, dicas de uso, responde comentários, perguntas, envia mensagens, faz compras e entregas até mesmo pelo perfil pessoal. “As clientes sabem quem são as pessoas por trás da loja, acho que isso dá credibilidade.” A vinculação do perfil pessoal também foi a estratégia adotada pela doceira Daniella Ursa. A empresária novata no ramo alimentício encontrou no Facebook

a) É criativa e inovadora b) Mesmo não tendo cultura de novas práticas de marketing e comunicação sempre procura novas ferramentas para atualizar a forma de trabalho c) É conservadora 3 – Qual será o seu maior objetivo assim que lançar a página? a) Tentar conseguir o maior número de fans por meio de anúncios pagos b) Aproximar de clientes já existentes informando que minha empresa está na rede c) Apostar na qualidade das postagens 4 – Com que frequência atualizará a página com novas postagens? a) Todos os dias b) Mais de uma vez por dia

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c)

Quando for possível

5 – Você já fez pesquisa sobre qual a estratégia de empresas do mesmo segmento? a) Sim b) Não, mas considero que esta seja uma boa ideia para nortear minha estratégia c) Não pensei nisso 6 – A empresa tem ou contratará um profissional ou empresa terceirizada para manter o perfil e monitorá-lo? a) Sim, terei um profissional dedicado ou uma empresa contratada para realizar o trabalho b) Não temos dinheiro para isso c) Os próprios funcionários farão atualização, mas seguindo a consultoria de empresa/profissional especializado.


CAPA ◄► Negócios na rede

Grandes também estão de olho na rede O Facebook trouxe uma nova composição no quadro de inspirações para estratégias de marketing, divulgação e comunicação. Se antes eram as pequenas empresas que se espelhavam nas experiências das grandes, hoje são as grandes que devem se inspirar no feito das pequenas. Isso porque, segundo o especialista em conteúdo digital e criador do site Mundo Marketing, Bruno Mello, os pequenos e médios empreendedores se atentaram muito mais rápido ao universo de possibilidade existente nas redes sociais e, assim, desenvolveram, com baixo custo e mesmo sem muito conhecimento, tendências de mercado. “Sem dispor de vultosos recursos necessários para grandes campanhas, os pequenos empresários que já usavam as redes sociais perceberam que o relacionamento e a proximidade criada pela rede social seriam alternativas benéficas para os negócios”, explica Bruno Mello. O atendimento ao cliente de forma quase interpessoal também é apontado pelo especialista como o diferencial das

Bruno: “Pequenos empresários que usavam as redes socias perceberam que o relacionamento e aproximação eram benéficas para o negócio” pequenas empresas frente às marcas já consolidadas, isso porque, para ele, as grandes empresas ignoraram por um bom tempo que o dano causado pelo mau atendimento via rede social traria complicações muito maiores à imagem corporativa. A personificação da marca é vista pelo especialista como uma das grandes tacadas que as pequenas empresas deixaram no formato de comunicação e

marketing digital. “Ninguém gosta de robô. E os pequenos excluíram a existência dele: eram os próprios empresários, seus filhos e até funcionários que postavam e respondiam aos clientes. As empresas viraram amigas na rede, não alguém que fazia publicidade”, pontua. A diferenciação do conteúdo publicitário considerado de relevância também é vista como um legado.

Resultado do Quiz

REDES MAIS ACESSADAS O Facebook ainda é a rede social com maior número de acessos e usuários ativos, mas não é a única a ter popularidade. Comparativo criado pela empresa global Go-Gulf aponta que Twitter, Pinterest, Linkedin e Google+ seguem na lista da redes sociais mais acessadas em 2012. Mas quando o assunto é número de usuários ativos, a grande estrela de 2012 é Google+, que hoje detém maior número de contas do que o segundo colocado. A Go-Gulf não avalia o Youtube como rede social, mas de acordo com a ferramenta Hitwise, do Serasa Experian, ele obtém o segundo lugar na preferência dos usuários brasileiros.

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Até 10 pontos – Antes de abrir sua página avalie seus objetivos e estratégia.

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STARTUPS ◄► Oportunidades

Negócio promissor à espera de investimentos Ângela Scalon

Startups são criadas a todo momento visando o sucesso em negócios digitais

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“Buscamos ir além daquilo que todo mundo conhece” Renan Rigo, do Say Hello to Brazil

ANA MANUELA ARANTES

pesar de ser um conceito que vem sendo bastante divulgado, a palavra startup ainda traz muitas dúvidas. O que é, quem investe, como criar, quais são as características, estão entre os questionamentos recorrentes de quem escuta a expressão. Mas startup não é um bicho de sete cabeças. Pelo contrário, ela pode ser o pontapé inicial de um negócio promissor. O gestor da Regional CentroOeste da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), Paolo Petrelli, ajuda a esclarecer o conceito apresentando algumas características: “startup é uma empresa em construção, geralmente digital, com negócio que exige baixo custo de investimento e que proporciona, em curto prazo, lucro expressivo”. Sobre as particularidades do empreendedor de startup, Paolo aponta, como exemplo, aqueles que querem construir um “novo Facebook”. Empreendedores sonhadores, cheios de

expectativas e que realmente acreditam que seu negócio pode dar certo. Uma das diferenças entre o empresário convencional e o gestor de uma startup é que este, na maioria dos casos, pula a fase da pesquisa de mercado. “Ao contrário de quem vai abrir uma padaria, por exemplo, e precisa fazer todo planejamento para descobrir o melhor local para abertura da empresa, quem são seus concorrentes, quais produtos para investimento, o empreendedor de startup já vai direto ao cliente para validar seu negócio. Como geralmente a startup é digital, usa-se menos planejamento e mais ação direta”, explica. Porém, para conseguir impulsionar uma startup, o empreendedor precisa buscar informações que orientem como aplicar metodologias, ferramentas e práticas para o negócio que podem ser obtidas por meio da internet, de redes sociais e com a ajuda de

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mentores. A participação em eventos voltados para startups e que proporciona a ampliação da rede de relacionamentos – networking – são importantes para expandir o negócio. Todo esse processo de orientação é fundamental para o sucesso, pois a startup é inicialmente executada sem grandes investimentos financeiros, mas logo precisará de contatos e parceiros que podem se tornar potenciais investidores. De acordo com Paolo Petrelli, é comum uma startup ser colocada em funcionamento, conseguir atrair clientes e, a partir daí, não alcançar maneiras de aumentar a receita para escalar a oferta de produto. Por isso, após a ideia da startup ter sido testada, conquistar investidores facilita para prosseguir o negócio com sucesso. Um case brasileiro é o site de compras coletivas Peixe Urbano. Começou como startup, a partir da cópia (copycat) de um modelo americano


de compras coletivas que deu certo. Conseguiu se validar no mercado e é referência no segmento. Programas do governo federal, como o Start-Up Brasil, têm contribuído para o fomento do empreendedorismo digital. Existem ainda programas internacionais, como o de Incubação de Empresas Startup Lisboa, que permitem interação entre os empreendedores de países diferentes. Em Goiás, destacam-se as entidades Sebrae Goiás, Acieg, Acieg Jovem, AJE Goiás e Comtec, além da ABStartups. São elas que colaboram para a realização de eventos, workshops e palestras no Estado. De acordo com a ABStartups, no País há dados de 10 mil empresas digitais existentes e o registro de 1500 startups no site da associação. Em Goiás, são 70 startups mapeadas, sendo que 45 estão ativas. Outro dado relevante é que, em 2012, Goiânia foi considerada como uma das cidades que mais mobilizou o cenário para startups. SAY HELLO TO BRAzIL

O fato de o Brasil sediar os próximos dois maiores eventos mundiais esportivos – a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 – e a entrada de milhões de turistas estrangeiros que se aventuram no País para conhecer novos lugares ou gerar negócios chamaram a atenção do jornalista Renan Rigo, que acredita que o Brasil pode ser melhor apresentado para o mundo. “As informações são poucas e muitas vezes superficiais. A maioria do que é falado sobre o Brasil lá fora é vista pela ótica de estrangeiros que não conhecem a realidade de quem vive aqui. E as páginas nacionais na internet dedicadas a esse público, ou são incompletas quanto à quantidade e qualidade das informações, ou apresentam layout ultrapassado e pouco atrativo”, afirma. Com essa perspectiva, o projeto do site Say hello to Brazil (www.sayhel-

Carro com Desconto: ideia premiada surgiu em alguns minutos em um evento lotobrazil.com) se consolidou no ano de 2012 para o jornalista Renan Rigo e sua sócia Daniella Barbosa. A proposta da startup, que está em fase préoperacional, é divulgar o Brasil com visões que abranjam a cultura e o estilo de vida nacional, a partir do ponto de vista de quem está aqui dentro, de quem conhece o ainda pouco divulgado e que tem um potencial gigantesco quanto à divulgação internacional. Dividido em editorias, o conteúdo do site será apresentado nas línguas inglesa e portuguesa e a previsão de estreia é neste mês. “Buscamos ir além daquilo que todo mundo conhece. É claro que o samba, o futebol e o carnaval terão seu espaço, mas o Brasil é muito mais do que isso. E é justamente essa parte pouco divulgada que buscamos mostrar, quer sejam os doces cristalizados da Cidade de Goiás, uma trilha rural escondida no meio da Serra Gaúcha, uma comida que tem gostinho de infância, entre outras coisas”, explica. CARRO COM DESCONTO

A startup Carro com Desconto (www.carrocomdesconto.com.br) nasceu dentro do evento Startup Weekend, realizado no mês de novembro de 2012, em Goiânia. A dinâmica do evento consistia em reunir

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empreendedores em equipes, que deviam apresentar, em poucos minutos, uma proposta de negócio. Com a ideia de vender, por meio do site e a preços reduzidos, carros “zero quilômetro” que há muito tempo estão parados nas concessionárias, a equipe do Carro com Desconto foi a vencedora. Após vencer o Startup Weekend, os empreendedores do Carro com Desconto ainda participaram do evento Global Startup Battle, que juntamente com outro projeto de Recife (PE), foram os únicos a representar o Brasil na competição mundial. Em 2013, já formalizada e com um grupo de sete sócios, o negócio funciona muito bem. Quem está à procura de um veículo novo, pode acessar o Carro com Desconto para conhecer as ofertas disponíveis. Para isso, basta que o usuário faça um cadastro rápido no site e se houver interesse em algum anúncio, ele precisará preencher um formulário de interesse e aguardar o contato da concessionária. O próximo passo é ir à concessionária para combinar a forma de pagamento. O sócio fundador do Carro do Desconto, Rafael Nascente, explica que nem o usuário, nem a concessionária precisa pagar para participar do negócio. Existe parceria nas vendas e a forma de monetização do site é por meio de comissão.


NOVOS NEGÓCIOS ◄► Esporte

Na paz, MMA conquista o varejo Popularização do MMA incentiva crescimento de lojas de artigos de lutas. Sebrae Goiás sugere plano de negócios ANA MANUELA ARANTES

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uvas, bandagens, protetores bucais, kimonos, tatame e octógono. Nunca esse cenário, composto por diferentes produtos, foi tão familiar à sociedade brasileira. Acessórios que são vistos além das academias, que integram o show dos grandes eventos de Mixed Marcial Arts (MMA) ou artes marciais mistas, como o UFC – com lutas transmitidas em canal aberto no Brasil e que já consagrou campeões brasileiros, como Anderson Silva e José Aldo. Os fãs do esporte são incontáveis e a simpatia pelo MMA tem angariado o comércio de lojas de artigos de lutas. O empresário José Silva Junior, proprietário da loja Fight Sports Wear, localizada no Setor Campinas em Goiânia (GO), confirma o estímulo da popularização do MMA ligado ao crescimento das vendas. Há três anos no mercado, a Fight Sports Wear nasceu da necessidade de atender a demanda do próprio empresário, que pratica jiu-jitsu, e não encontrava acessórios adequados para o esporte em lojas da capital goiana. A partir disso, Junior enxergou

José Silva Júnior abriu há três anos a Fight Sports: Mercado aquecido oportunidade de negócio. Para isso, compôs sua loja de produtos de marcas nacionais e internacionais, que costumam ser exclusivos no mercado goianiense. Também investiu no site da empresa, em que, logo na pri-

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meira página, o visitante tem a sensação de estar dentro do octógono, espaço onde são realizadas lutas de MMA. Após a abertura da empresa, o empresário teve uma surpresa ao


De um ano para o outro, explodiu o mercado de vendas de luvas, bandagens, protetores bucais e kimonos

descobrir o perfil de seus clientes: a maioria é apenas simpatizante de MMA, costuma acompanhar eventos como o UFC e não pratica o esporte. “Grande parte nunca nem deu um tapa em um saco de boxe, mas sabe tudo sobre a vida do Anderson Silva”, brinca o empresário. Segundo Junior, muitas pessoas procuram sua loja, pois querem acessórios iguais a de um lutador famoso. Desde que estruturou a loja, o aumento da procura de artigos de lutas pelo público feminino também tem sido destaque de vendas, de acordo com o proprietário da Fight. “Geralmente as mulheres buscam as artes marciais para emagrecer e moldar o corpo. Consequentemente são grandes consumidoras dos acessórios para lutas”, afirma. É exatamente este o perfil da estudante de Direito, Gabriela Cerqueira, 23 anos, que é fã de eventos e lutadores de MMA, há 1 ano pratica muay thai e procura, por meio do esporte, melhorar seu condicionamento físico. Para participar das aulas, já comprou luva, bandagem, corda, roupas apropriadas, entre outros artigos de lutas.

Com todas as compras, gastou mais de R$ 500 e a mensalidade da academia lhe custa aproximadamente R$ 135. “Mesmo com o valor alto, gosto tanto de praticar muay thai, que já indiquei a atividade física para pelo menos sete pessoas, que também passaram a frequentar as aulas”, ressalta a estudante. CUIDADOS COM O MODISMO

Visto por muitos empreendedores como a “moda do momento”, o MMA tem ganhado a atenção de empresários para o investimento em comércio de artigos de lutas e até mesmo na realização de eventos e competições. Entretanto, para que um negócio se mantenha no mercado e obtenha sucesso, principalmente após o modismo ter passado, é preciso avaliar algumas questões. Para o gerente da Regional Metropolitana do Sebrae Goiás, Eduardo Alcântara, o primeiro passo é conhecer todos os aspectos do negócio que será desenvolvido. Se o empreendedor apenas tem um hobby ou se simpatiza com MMA, por exemplo, e decide abrir uma loja, facilmente será derrubado pelos concorrentes se

não procurar capacitação. Segundo o gerente do Sebrae Goiás, o plano de negócios também é essencial para o sucesso do empreendimento, pois será essa ferramenta que ajudará na identificação de clientes, mostrará como o empresário pode atuar, qual o melhor local para instalação do estabelecimento comercial, quem são seus concorrentes etc. Depois deste passo, é preciso verificar qual é o diferencial de mercado que a empresa irá oferecer. “O baixo preço é muito pouco, o negócio precisa ter um apelo que vai ser aceito pelo consumidor em potencial”, afirma Eduardo. Para manter-se no mercado, ainda é necessário desenvolver processos de inovação para que a empresa não seja rapidamente esquecida pelo consumidor. Assim, o empresário deve descobrir que tipo de implantação pode ser feita em seu negócio, que proporcionará constante inovação. “Isso requer criatividade, diálogo com o cliente. O empreendedor deve saber o que o seu público quer, antecipar vontades e oferecer ao cliente aquilo que ele ainda nem imagina que poderia ser útil”, orienta o gerente do Sebrae Goiás.

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BUROCRACIA ◄► Custo extra

Acieg defende maior desburocratização e regras transparentes para fiscalização

O

esquema de tráfico de influência para liberação de licenças mostra que o Brasil sofre, e muito, com o velho sistema de criar dificuldades para vender facilidades. Ou, em bom português, cobrar para fazer andar processos de licenciamento, alvarás, vistorias, permissões, autuações e por aí vai. Na teoria, o licenciamento por meio de alvarás, deveria ser um instrumento do poder público para permitir o funcionamento de uma empresa ou empreendimento. Seria um documento certificador de que há segurança e cuidados no espaço para o negócio. Mas, na prática, existem empecilhos que estão entre o empreendedor e a liberação do alvará, mesmo aqueles sem qualquer risco para a sociedade, que fazem os processos se arrastarem por anos a fio. As famosas “consultorias” indicadas pelos funcionários públicos ligados à aprovação do empreendimento são uma fachada para garantir aos que pagam propina, agilidade dos alvarás em todas as esferas do poder público. O contador Heber Silva conta que precisa enfrentar diariamente processos burocráticos para atender demandas de seus clientes. Existem diferentes tipos de licenciamentos, alvarás, vistorias que são exigidos de acordo com o perfil de cada empresa e que complicam seu trabalho, especialmente no caso de abertura de empresas. “Há processos para liberação de licença que podem durar mais de dois anos. Não porque a empresa não está adequada, mas por causa das dificuldades impostas pelos órgãos públicos.

Alvarás: porta para corrupção

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Agora imagina o empresário, os de micro e pequenas empresas principalmente, que precisa da abertura do negócio Maurício Nardini: MP para começar a trabalhar e garantir seu sustento. Pensam em desistir com a demora”, diz Heber. O promotor de Justiça, Maurício Nardini, vê a burocracia nos processos de licenciamento como um problema encontrado em todo o Brasil. Para ele, os órgãos

públicos não têm aparato administrativo para atender a demanda, o que gera distorções. A própria rotina de trabalho favorece irregularidades. “A burocracia se torna, então, uma porta para a corrupção”, afirma. A partir da perspectiva do setor empresarial, Nardini acredita que o empreendedor que precisa do licenciamento ou de qualquer processo administrativo fica à mercê dos entraves burocráticos. Sem informação correta, sem orientação, mais dificuldades aparecem. “A burocracia cria uma situação de injustiça para quem quer permanecer legal e acaba tendo de agir dentro de irregularidades.” Segundo o promotor, a elaboração de regras mais transparentes para que o empresário tenha noção exata do que é exi-

7 AÇÕES PARA SIMPLIFICAR 1. Segmentação por impacto e risco Não se pode tratar com a mesma prioridade o doente que chega ao hospital com febre e o que está sofrendo um infarto. Da mesma forma é preciso definir com clareza os tipos de licenças de baixo, médio e alto risco para proporcionar tratamentos diferenciados.

2. Alvará Declatório Para empreendimentos de baixo risco adotar o Alvará Declaratório ou seja o solicitante declara sob as penas da lei seus compromissos e depois será fiscalizado, em modelo similar ao Imposto de Renda, onde só quem cai na malha fina é que deve apresentar documentos. A maioria dos licenciamentos são de baixo impacto. Essa ação dará grande celeridade aos órgãos licenciadores pois retirará das pilhas milhares de processos de impacto insignificante.

3. Documentação padrão clara Uma lista clara dos documentos necessários e roteiros padrão de projetos evitará as famosas pendências que também são fonte

geradora de corrupção.

4. Renovação automática Renovações automáticas também segundo o impacto e risco e com prazo mais longo. Nos casos de baixo risco manter o critério declaratório.

5. Rastreamento de prazos e pendências e indicadores de tempos médios Com relatórios de tempos médios de tramitação dos processos publicados na internet será mais fácil combater a corrupção no varejo dos licenciamentos.

6. Sistema de autuações na internet Para evitar as autuações para inglês ver, ou seja, apenas para gerar oportunidades de negociação entre o órgão que autua e a parte autuada.

7. Instância de recursos O requerente deve ter direito a uma instância de recursos nos casos de licenciamento demorado ou inviabilizado, composto por representantes do órgão licenciador e da iniciativa privada.

gido seria uma saída para minimizar as barreiras já existentes. SONHO POSSÍVEL

A Acieg tem lutado firmemente pela simplificação de licenciamentos para reduzir as barreiras para os empresários. E o projeto tem sete ações para obter a tão sonhada simplificação.(Veja no quadro abaixo). “Não é um sonho distante. É uma realidade possível, basta vontade efetiva de realizar” comenta a presidente da Acieg, Helenir Queiroz. Já o diretor da Acieg Rafael Louza, responsável pelos projetos de simplificação, concorda que “há muito por fazer e que a situação atual é uma grande barreira para o empreendedorismo”, arremata Louza.

Avanços no País dos carimbos

Inovar. Se esta é a palavra da vez para o desenvolvimento das empresas, deve também ser o mantra dos agentes públicos quando planejam sua gestão. E inovar para reduzir a burocracia torna transparente a relação do empresário e do poder público, reduzindo a margem para atos de corrupção e cobrança de propina. “Os países que diminuíram a burocracia sempre criaram mecanismos de proteção do empreendedorismo e os chamados ‘agentes de transformação’ na máquina estatal. Em todos os casos, a transparência foi o que ‘deu liga’ a esse pacto de modernização”, diz Helenir Queiroz, presidente da Acieg. VAPT VUPT EMPRESARIAL

Em Goiás, alguns projetos de simplificação como o Vapt Vupt Empresarial saíram do campo do discurso e se tornaram realidade, fruto da união de esforços do poder público e privado, onde entidades, gestão estadual e municipal se empenharam para garantir maior agilidade na liberação das licenças. O projeto Edificação Segura, em parceria com o Corpo de Bombeiros, é outro exemplo de inovação no setor público que contribui na formalização do negócio. O licenciamento de micro e pequenas empresas

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BUROCRACIA ◄► Custo extra de baixo risco é feito na hora e antes levava 45 dias. AVANÇOS DA SEMARH

Num trabalho conjunto da Semarh e de representantes do Fórum das Entidades Empresariais os avanços sinalizam para a redução do tempo de espera quando da busca por licenciamentos. O secretário Leonardo Vilela abraçou o desafio e os resultados começam a aparecer. (Veja no quadro o que mudou para melhor). PRóXIMOS PASSOS

Os avanços foram muitos e já deu para respirar um pouco. Mas ainda há muito a fazer pois há um grande número de empreendimentos esperando há anos por definições da secretaria. Pelo menos sete pontos devem receber atenção imediata: fazer um mutirão nos processos em pendência (eram 27 mil em 2012); fazer segmentação por impacto e risco; implantar alvará declatório para baixo risco; criar instância de recursos para os casos polêmicos; implantar rastreamento de prazos e pendências; criar indicadores de tempos médios de tramitação dos processos; e, criar padrões de projetos com regras bem claras. Existe uma grande expectativa de que a gestão de Pedro Wilson na Amma a transforme em um órgão referência em transparência e agilidade de forma a corrigir os problemas que foram alvo de operações do Ministério Público e que afetam a imagem da Agência. A lentidão

Leonardo Vilela: Semarh

Licenciamento Processo

Antes

Agora

Licença Prévia

Prazo de 6 meses, renovável.

Prazo de 5 anos

Licença de Instalação

Prazo de 2 anos, renovável

Prazo de 6 anos

Licença de Funcionamento

Apenas uma modalidade.

Renovação automática e Renovação Imediata.

Licença Ambiental Simplificada

Prazo de 1 ano.

Prazo de 4 anos

Dispensa de Licença

Dispensa declaratória caso-a-caso. Espera de meses.

Dispensa declaratória ‘on line ’ e ampliação das tipologias.

Outorga Processo

Antes

Agora

Uso insignificante, superficial e subterrâneo

Prazos indefinido, mais de um ano de espera.

Em até 5 dias úteis.

Renovação de Outorga

Prazo indefinido. Espera de um ano ou mais.

Até 90 dias de vencido basta preencher formulário, pagar taxa e juntar papéis.

Bacias Rio Meia Ponte, Turvo e Bois

Outorga paralisada há dez anos.

Liberação de novas outorgas

Licenciamento Rural Processo Licença de Desmatamento

Antes

Agora

Prazos de análises indefinidos. Espera Elabora check-list. Reduz pendências. superior a um ano Aceite do protocolo da Reserva Legal.

Cadastro Ambiental Rural

Inexistente

1º Estado no Brasil a implantar, em todos os 246 municípios de Goiás.

R. CONAMA 237

Licenciamento com pendência parado por tempo indefinido.

Arquivamento do processo em 120 dias.

e a burocracia criaram condições para as suspeitas de irregularidades. A principal delas, mostrada recentemente pelo jornal O Popular é que sem o apoio de “consultoria” indicada pelos funcionários é muito difícil aprovar um processo pois as pendências geradas deixam processos parados indefinidamente. O roteiro de trabalho para a Amma

não é diferente do da Semarh e muito pode ser feito em pouco tempo, se houver vontade política real. A recém criada Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Sustentável, a Semdus (ex-Seplan), responsável pela liberação de empreendimentos imobiliários e funcionamento de empresas em Goiânia também tem um extenso

Pedro Wilson: Amma 34 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Junho de 2013

José Geraldo: SIC Goiânia


dever de casa pela frente. No ano passado a boa noticia foi a certidão de uso do solo pela internet. A aprovação de edificações e os licenciamentos ainda obedecem ao ritmo lento que proporciona oportunidades para as irregularidades. Os despachantes já incluem no preço cobrado dos clientes o valor adicional requerido para acelerar o processo. O secretário Nelcivone já iniciou uma faxina nos processos engavetados para desobstruir o caminho. E sua gestão pode entrar para a história se adotar a meta de modernizar e dar transparência aos processos de forma a desmontar as brechas que criam condições para os mal intencionados. O secretário de Industria e Comércio de Goiânia, José Geraldo, também demonstrou interesse em acelerar os processos de sua secretaria, que também é vítima de doença similar às demais. E na SIC (ex-Sedem) a lentidão e as barreiras técnicas também devem ser combatidas com determinação.

É

Quer um exemplo de agilidade e transparência? A prefeitura do Rio de Janeiro já conseguiu com o projeto “Alvará Já” que implantou um portal onde estão reunidas as informações e procedimentos necessários para legalizar a empresa junto à Prefeitura do município. Dependendo da localização e do ramo de atividade, todas as etapas, requisições e licenças podem ser feitas por meio no próprio site – de forma auto-explicativa. No Portal Alvará Já os requerimentos são eletrônicos, preenchidos e enviados pela internet, os são documentos digitais e criptografados, as respostas e boletos para pagamentos de taxas são enviadas por e-mail – praticamente no mesmo dia. O empresário consegue retirar o alvará de funcionamento sem sair de casa, em apenas alguns cliques. Caso apresente pendências, o estabelecimento pode funcionar por 180 dias, em caráter provisório, até sua regularização. Para atividades de baixo risco, outros tipos de licenças prévias são conseguidas pela in-

Nelcivone Melo: Semdus ternet, como a Sanitária e Ambiental. Se em Goiás reduzimos como Vapt Vupt Empresarial, a abertura de boa parte das empresas com prazo decrescente de 120 dias para 45 dias – o que já vale registro histórico – com este modelo do Alvará Já, as empresas poderiam começar a funcionar, com autorizações prévias, em até uma semana. Este é o sonho que os goianos querem tornar realidade e pelo qual o Fórum Empresarial tem lutado.

o pesadelo dos alvarás

perda de tempo apenas trocar os funcionários envolvidos em acusações se nada for feito para eliminar a burocracia que dá margem à corrupção. Não é difícil combater a corrupção se atacarmos a sua fonte: a burocracia. De acordo com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a corrupção custa ao País cerca de 2% do PIB e “para o Brasil atingir seu potencial econômico, a corrupção precisa ser combatida com vigor”. O primeiro passo é atacar a indústria dos alvarás. Um país que tem sistema de home banking tão avançado, apura eleição em horas, e que recebe todas as declarações de Imposto de Renda pela internet pode muito bem simplificar e automatizar os licenciamentos. As exigências para a obtenção de alvarás são tão absurdas que nem os pro-

jetos do governo seriam liberados em condições normais. Economias muito controladas são, historicamente, as mais corruptas, além de exigir um custo excessivo com pagamento de servidores para o controle do descontrole. Saletas fechadas, labirintos escuros e pilhas de processos caracterizam as áreas de licenciamento. E, é claro, gravitam em seu entorno “as consultorias” para tirar o processo da fila eterna e interminável. Seria diferente se os alvarás de licenciamento e construção, as licenças de meio ambiente e toda o leque de autorizações impostos ao cidadão fossem feitos com a facilidade e transparência com que se tira um passaporte. Mas há luz no fim do túnel. Prefeitura e Estado querem a parceria com a iniciativa privada para simplificar os seus processos. A sociedade que arca com a alta carga tributária

HELENIR QUEIROZ

pode e deve agir para que os órgãos dos governos estadual e municipal definam prazo máximo para autorizar ou negar um alvará e eliminem a fila de espera por autorizações que hoje mofam por anos em pilhas de processos. E da mesma forma que ocorre com o Imposto de Renda, não precisaremos conviver com processos que criam dificuldades para vender facilidades.

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HELENIR QUEIROZ É EMPRESÁRIA E PRESIDENTE DA ACIEG


DATA ◄► Comemoração

Grandes eventos marcam os 80 anos de Goiânia

Aniversário de Goiânia terá uma série de shows e eventos

O

planejamento inicial era que a nova capital do Estado de Goiás, Goiânia, tivesse 50 mil habitantes. Hoje, menos de um século depois, a cidade abriga quase 1,3 milhão de pessoas, grande parte delas que vieram com a esperança de encontrar aqui melhores condições de vida. Em 2013, Goiânia completa 80 anos e, para comemorar esse marco histórico o setor produtivo, poder público estadual e municipal trabalham em parceria no projeto “Goiânia 80 anos”. Diversos eventos serão realizados na cidade durante este ano. O primeiro foi o show do exBeatle, Paul McCartney, no dia 6 de maio, com a turnê “Out there”, que deve colocar a capital no circuito de shows internacionais. Segundo a presidente da Acieg, Helenir Queiroz, a comemoração é uma oportunidade também de reforçar a imagem positiva da capital no País, além de divulga-la como destino turístico. “É uma forma de trazermos turistas para a capital e alavancar os negócios das empresas goianienses. Para a presidente os eventos podem servir ainda de aprendizado para a recepção de grandes eventos, como copas e olimpíadas. O aniversário de Goiânia é celebrado no dia 24 de outubro, mesmo assim os eventos previstos no “Goiânia 80 anos” devem seguir até dezembro de 2013. A intensa agenda busca transformar o ano em um marco histórico da capital, por meio da realização de eventos inéditos e de

Paul McCartney foi a primeira grande atração, em maio ão, Empresas & Produtos | Junho de 2013


ações em espaços públicos. Entre as atividades planejadas para direcionar a atenção nacional para o aniversário de Goiânia estão o show do Paul McCartney, a realização de uma etapa do Campeonato Brasileiro de Balonismo, a 2ª edição do Goiás é Show, festa de chegada do Rally dos Sertões, organização de Flash Mob em shoppings, praças, aeroporto, rodoviária e no Estádio Serra Dourada. Além de entrega da chave da cidade para celebridades goianas reconhecidas nacionalmente e não goianas que tenham contribuído de alguma forma para o desenvolvimento da capital. Pockets Shows (pequenas apresentações musicais em parques ou áreas de concentração de pessoas), Música nos Terminais e nos Parques, Cinema no Parque, Bar em bar, Brasil sabor, Campanha boa noite em Goiânia e a exposição fotográfica Goiânia Ontem e Hoje são as ações programadas para movimentar a população goianiense. Promovido pela Acieg, em parceria com a Secretaria Municipal de Turismo, o concurso “Goiânia 80 anos” elegeu uma logo para representar o projeto de comemoração. A eleição da marca representativa contou com a participação de diretores da entidade e da Prefeitura. A vencedora, de autoria de Rubem Duarte, traz em seu conceito os traços do ruralismo presente na formação cultural da cidade. O criador da logo recebeu a premiação de mil reais mais certificado de criação. Segundo dados do Ministério do Turismo a atividade turística de Goiânia cresceu 63,9 pontos em 2012 e está acima da média nacional. Todavia, quando comparada a demais capitais brasileiras, o município apresenta uma queda de competitividade de 1,2 pontos em relação a 2010. O grande destaque da capital goiana é o turismo de eventos e negócios, que de acordo com levantamento do Goiânia Convention and Visitors Bureau, movimentou no ano passado mais de R$ 40 milhões. Um número gigantesco para o PIB de Goiás, mas que ainda representa uma pequena fatia do valor total do segmento no Brasil, que no mesmo período

Logo vencedora do Concurso da Acieg e Secretaria de Turismo

Rally dos Sertões integra atividades

Parques serão palco de shows

Goiânia deve sediar etapa do Brasileiro de balonismo: comemoração chegou a R$ 47,5 bilhões. Espera-se que com o projeto Goiânia 80 anos esse quadro seja revertido, e as potencialidades do

setor sejam mais bem aproveitadas, o que pode tornar a cidade uma referência na realização de eventos de grande porte.

GESTÃO, Empresas & Produtos | Junho de 2013 | 35


cenário econômico

“Se o corpo chamasse a alma perante a justiça, ele a convenceria facilmente de má administração.” DIÓGENES

CARA LIMA Empresários devem entregar em breve, para a Câmara dos Vereadores de Goiânia, uma contraproposta para o projeto de Lei “Cara Limpa”, que prevê restrições e nova regulamentação para as fachadas das lojas dos setores Central e Campinas de Goiânia. O prazo foi definido no dia 19 de março durante reunião realizada entre setor produtivo e o autor do projeto, vereador Elias Vaz. Tempo para adequação, quantidade e disposição das informações e marcas, tamanho de toltens e toldos, além de incentivo à regularização estão entre os pontos da lei que devem ganhar nova formatação após a apresentação do estudo de viabilidade. No dia 29 de abril, uma nova reunião do setor produtivo ocorreu na Acieg com vistas a começar a definir o que será apresentado na contrapropostas.

DIVERSIDADE A rede de hotéis Mercure é a mais recente empresa a usar as redes sociais para afirmar-se a favor da diversidade sexual, em meio aos debates sobre o tema que pipocam na internet. Nas últimas semanas, o Ponto Frio, o Itaú, o Walmart Brasil, o Sonho de Valsa, a Halls Brasil, a Bonafont e a Contigo! também usaram posts nas redes sociais para manifestar seu apoio à união entre pessoas do mesmo sexo.

TEDxGOIÂNIA ALFA Ocorreu em abril, no Estúdio de TV ALFA da Faculdade ALFA, em Goiânia, mais uma edição do TEDxGoiânia, conferência sem fins lucrativos que reuniiu 21 palestrantes e pensadores de diversas áreas de conhecimentos. A Acieg é parceira do evento e a presidente da Associação, Helenir Queiroz, foi uma das palestrantes presentes.

DESONERAÇÃO DA FOLHA O presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresarias do Brasil (CACB), José Paulo Dornelles Cairoli, comemora a aprovação, pela Câmara dos Deputados, da Medida Provisória 582 que desonera a folha de pagamento em 40 setores da economia. A medida, que ainda precisa da aprovação do Senado, é uma das maiores bandeiras da CACB para reduzir os custos de produção que sufocam os investimentos, o crescimento econômico e incentivam a informalidade. O presidente da CACB aguarda agora que o Senado também avalie positivamente a decisão porque a medida cria mais empregos e coloca a economia num novo patamar. “Nossa posição é de que todos os setores precisam ser desonerados para estimular a economia, reduzir o custo Brasil, ampliar a geração de empregos e a competitividade”, enfatiza Cairoli. A CACB luta pela redução do custo Brasil para que as empresas possam ter fôlego para crescer, gerar empregos e ampliar a economia formal. A CACB congrega 27 federações, 2.300 associações comerciais e mais de dois milhões de empresários em todo o País, sendo 89% dos associados micro e pequenas empresas.

SETORES BENEFICIADOS Transporte: rodoviário de passageiros e cargas, ferroviário e metroviário de passageiros, táxi aéreo, locomotivas e vagões e bicicletas; Serviços: serviços hospitalares, manutenção de veículos e equipamentos militares; Alimentos: castanha de caju, suco de caju, melões e melancias; Higiene pessoal: produtos de beleza, maquiagem, espuma e lâmina de barbear, absorvente higiênico; Saúde: chapas de raio X, insumos de odontologia e hemodiálise, cateteres, aparelhos de eletrocardiograma, ecografia, ressonância magnética, tomografia computadorizada, radiologia, endoscópios, seringas, rins artificiais, aparelhos de medir pressão arterial, válvulas cardíacas, aparelhos de surdez, marca-passos, camas de hospital, mesas de operação; Automotivo: Pneus, câmaras de ar de borracha; Papéis: papel de jornal, papéis de impressão, papel toalha, papel higiênico, caixas de papelão; Construção Civil: pias, lavatórios de cerâmica, telhas, lajes, tijolos, vidro; Metalurgia: parafusos, machados, alicates, marretas, martelos, cadeados; Eletrodomésticos: fogão de cozinha, refrigeradores duplex, congeladores, máquinas automáticas de lavar.

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DINHEIRO NO BOLSO

O goianos devem consumir R$ 101 bilhões este ano, um volume 9% maior que o estimado para 2012. As despesas para manter o lar funcionando bem, como aluguel, água, luz, telefone e TV a cabo, devem consumir a maior parte destes recursos, seguidas pelos gastos com alimentação.

TRIBUTOS APP DO IMPOSTO O Sindicato dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) desenvolveu um aplicativo para celulares e smartphones chamado “Na Real”, com objetivo de chamar a atenção dos brasileiros sobre a alta carga tributária sobre os itens de consumo. “O Na Real foi criado para reforçar a distinção entre o preço final de um produto e a carga tributária nele embutida. Ao utilizar a ferramenta, o cidadão percebe mais facilmente o quanto é injusto esse modelo de tributação”, destaca Allan Titonelli Nunes, presidente do Sinprofaz. O aplicativo está disponível para download nas lojas virtuais da Apple (Apple Store) e do Android (Google Play). O usuário deve digitar o nome do produto e o preço, e o aplicativo calcula o custo da tributação indireta. A informação é apresentada de duas formas: o percentual do tributo e o valor recolhido aos cofres públicos representado em Real. Alguns exemplos: açúcar (32%), iogurte (33%), pão de forma (16%), protetor solar (41%) e shampoo (44%).

REGIÃO DA FRONTEIRA A divisa entre Goiânia e Aparecida, exatamente na região da Avenida Rio Verde, começa pipocar empreendimentos imobiliários comerciais e corporativos. Dois foram lançados só nos últimos três meses. Um deles é o Buriti Business (foto), da Innovar Construtora, construído entre a Avenida São Paulo e o prolongamento da Rio Verde. No lançamento, a empresa apresentou alguns dados que elucidam este forte interesse do setor na região, entre eles, o forte crescimento do município vizinho e a sua carência de salas comerciais. Segundo dados do estudo, realizado pelo Instituto Opinião, a cidade, que tem 474 mil habitantes, saiu de 11% da arrecadação de ICMS do Estado, em 2010, para 26%, em 2012. De cidade dormitório, Aparecida tem se tornado cidade de negócios, com várias regiões comerciais e de serviços, como região do Buriti Shopping, Garavelo, BR-153 (motéis), Centro e Cidade Livre, e também regiões industriais, como os quatro grandes distritos dentro do município. “Basta dar um passeio pelas ruas desta região para perceber a grande quantidade de consultórios e escritórios instalados em estruturas adaptadas”, diz Romeu Neiva, diretor da Innovar Construtora.

AVB Acieg fechou parceria com Os Agentes Voluntários do Brasil (AVB), com o objetivo de possibilitar os voluntariados a acompanharem, em tempo real, todas as verbas recebidas pelos municípios e o acompanhamento efetivo da aplicação dessas verbas. Um total de 561 voluntariados em 24 estados e 187 municípios de acordo com dados do site: www.avbbrasil.org.br. Para ser voluntário do projeto não necessita ter conhecimentos jurídicos, qualquer pessoa pode ser voluntário, basta acessar o site e se cadastrar.

Goiânia 433.175 residências 1.334.495 habitantes 49,7% são classe A/B PIB Per Capita = R$ 17.675,35 Comércio = 58.870 Indústria = 22.664 Serviços = 63.242 Agribusiness = 708

GESTÃO, Empresas & Produtos | Junho de 2013 | 39

Aparecida 142.067 residências 474.722 habitantes 34,9% são classe A/B PIB Per Capita =R$ 7.827,05 Comércio = 10.137 Indústria = 5.234 Serviços = 8.682 Agribusiness = 62 Fonte: IPC Target/IBGE– Censo 2010 e PNAD 2011


MOBILIDADE URBANA ◄► Trânsito

A garagem fica no subsolo

Estacionamento subterrâneo, uma solução imediata e urgente para Goiânia

U

m problema das grandes cidades brasileiras é dar uma solução para a seguinte equação: ampliação explosiva da frota carro x redução da vagas para estacionar em razão das políticas públicas de mobilidade = gargalo estrutural. Enquanto algumas metrópoles tentam solucionar o problema, outras assistem ele se agravar. Goiânia está nesta segunda categoria, com a redução de espaço de estacionamentos e apenas discussão – que não se tornam projetos efetivos – de ampliação da área azul, parquímetros estacionamento subterrâneos. E o problema só se agrava. Antes, a dificuldade de estacionar era uma realidade de Campinas e Centro, principalmente em períodos de maior venda no comércio. Hoje é o ano todo, e se dissemina para outras regiões da cidade, como Marista, região da T-63, onde está sendo implantado corredor exclusivo para ônibus, e na T-7 e T-9, onde também estão previstos corredores exclusivos. É um equívoco imaginar que a proibição de estacionar – nas regiões onde serão ou estão sendo instalados os corre-

dores de ônibus ou o VLT – é problema só do comerciante. Também é, mas o maior afetado é o consumidor e o cidadão que necessita de se locomover a estas regiões da cidade. A Diretoria da Acieg acredita que estes projetos devem ter como ações complementares soluções práticas para a questão dos estacionamentos – até para não afetar a dinâmica do desenvolvimento regional no município. Para minimizar o problema, a Acieg busca inserir na pauta de debates a concessão do poder público para que empresários construam estacionamentos subterrâneos na capital. Não se está inventando a roda: Curitiba, Brasília e Belo Horizonte e várias outras cidades, até de médio porte, já avançam neste sentido. O problema de falta de vaga para o cliente estacionar é o mais grave apontado em praticamente todas as sondagens realizadas pela Acieg no Centro e Campinas. E, para agravar este problema, toda vez que buscar fluidez no trânsito vai se restringir ainda mais áreas para estacionar. Assim, precisamos solucionar este gargalo com urgên40 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Junho de 2013

cia. Torna-se imperativa a adoção urgente de estacionamento rotativo e áreas azuis antes de fechar as vagas atuais. Em Curitiba, um consórcio de empresas já foi contratado, após licitação da prefeitura, para construir e operar estacionamentos subterrâneos no Centro da cidade. O grupo empresarial vencedor vai investir R$ 32 milhões e terá o direito de explorar o estacionamento subterrâneo da cidade por 20 anos – que funcionará 24 horas por dia. O impacto para o comércio durante a obra foi negociado previamente. Antes das escavações, será aberta uma avenida secundária e provisória para se usada como desvio do tráfego durante as obras e não haver bloqueio do trânsito. Este será o segundo projeto na capital paranaense, pois o primeiro estacionamento subterrâneo de Curitiba foi implantado em 1997. Este sistema de garagem no subsolo também será utilizado na área central de Brasília, na Explanada dos Ministérios. É um projeto gigante. Enquanto o do Paraná são cerca de 500 vagas, em Brasília serão 10 mil vagas – também a ser construído em regime de PPP.


REFORMA DO ICMS ◄► Protesto

Líderes políticos, empresários e trabalhadores marcharam em Brasília para defender a economia goiana: Destaque nacional

Goiás marcha para manter incentivos Mobilização goiana provoca instabilidades na tramitação do projeto de lei que prevê modificações na alíquota do ICMS

A

proximadamente 20 mil pessoas participaram de um novo marco para a história da continuidade do desenvolvimento de Goiás: realizada no dia 15 de maio a marcha para Brasília contra a reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) teve papel fundamental no embate iniciado no Senado Federal sobre a continuidade da votação do projeto de lei complementar que altera a alíquota do imposto em 7% e 4%, cujo resultado seria o fim dos incentivos fiscais oferecidos pelas Regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste.

Empresários, lideranças e entidades representativas do setor produtivo de Goiás – entre elas a Acieg -, governo estadual e mais de 200 prefeituras estiveram presentes na mobilização. A marcha foi definida em reunião realizada no começo de mês de maio, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, e tinha por objetivo sensibilizar governo e Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os danos que a medida traria. Segundo estimativas do governo de Goiás, o Estado teria uma queda anual de R$ 2,5 bilhões em sua receita e mais de 400 mil postos de trabalho, com perdas de indústrias, em-

presas e competitividade comercial. O impacto era avaliado com números similares nos demais locais cuja política de incentivo fiscal foi fundamental para o crescimento nos últimos anos. Durante a manifestação do dia 15 já havia indicativos de uma reavaliação da medida, após o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) garantir que a tramitação da proposta seria pausada temporariamente para maior aprofundamento do assunto. Ainda sim caso a proposta volte a tramitar no Senado novas mobilizações devem ocorrer, com a com participação ativa também de representantes das outras Regiões brasileiras que podem ser afetadas pelo projeto. IMPACTOS PARA MPE’S

Mesmo com o foco das discussões apenas nos impactos para as grandes indústrias e arrecadação estatal a cadeia produtiva goiana deve sofrer danos, caso a proposta venha a ser consolidada. Conforme explica o advogado especialista em Direito Público e Empresarial, Frederico Oliveira Vatuille, o expressivo crescimento no número de médias e pequenas empresas em Goiás é resultado também da industrialização do Estado, do surgimento de postos de

GESTÃO, Empresas & Produtos | Junho de 2013 | 41


MOBILIDADE URBANA ◄► Transporte

Governador Marconi Perillo discursa durante protesto trabalho e consequentemente de renda, o que findou no desenvolvimento da economia regional. “Além das indústrias, Goiás perderia toda a cadeia relacionada que vai do pequeno empresário que fornece produtos ou serviços para o trabalhador ao produtor de matéria prima ou insumos que alimenta a grande empresa local”, afirma o advogado que enfatiza também o renascimento econômico dos municípios em que foram instaladas as indústrias atraídas por meio de incentivos fiscais. No entanto que, o Produto Interno Bruto (PIB) goiano cresceu de R$ 14.461, em 1995, para R$ 97.576, em 2010, tendo participação determinante o setor de serviços, que é um dos grandes beneficiados pela existência de grandes indústrias em Goiás. “O fim dos incentivos fiscais seria também o encerramento de uma política industrial adotada no Centro-Oeste, Norte e Nordeste, e com ela o desenvolvimento, a arrecadação e investimentos em diversos setores”, aponta Valtuille.

ICMS interestadual no País: de 12% e 7%. O chamado Estado “produtor”, ou seja, onde o produto é feito, fica com 12% ou 7%, pelas regras atuais, e o estado “comprador”, que é onde a mercadoria é consumida, cobra a diferença. Assim, se um produto tem uma alíquota de ICMS, por exemplo, de 18%, o Estado produtor fica com 12% e o “comprador” com a diferença, de 6%.A alíquota geral é de 12%, mas nas vendas de mercadorias realizadas da Região Sul e Sudeste do País para os estados do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e mais o Espírito Santo, a alíquota cobrada é de 7%. A proposta inicial do governo para as alíquotas interestaduais do ICMS previa redução dos 12% e 7%, que vigoram atualmente, para 4% no de-

PESQUISA DA ACIEG

ENTENDA A GUERRA FISCAL

A guerra fiscal é a disputa entre governos estaduais para atrair empresas por meio da concessão de benefícios, como redução de tributos (o da alíquota do ICMS, por exemplo) ou ampliação do prazo de pagamento de impostos. Atualmente, há duas alíquotas de

correr de 12 anos, entre 2014 e 2025, com exceção da Zona Franca de Manaus – que permanece com 12% indefinidamente. Entretanto, o projeto aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal prevê redução das alíquotas de ICMS no Estado de origem de 12% e 7% para 4% até 2021, mas estabelece alíquotas diferenciadas para setores de Estados mais pobres. No Norte, Nordeste e CentroOeste e no Espírito Santo, a alíquota para produtos industrializados e agropecuários ficaria em 7%, e não com 4%, além de a Zona Franca de Manaus permanecer com alíquota de 12%. Entretanto, a CAE do Senado estendeu a alíquota de 7% para o comércio e serviços destas regiões e do Espírito Santo, passando a valer, portanto, para todos os setores. O objetivo das alterações no ICMS é simplificar o sistema tributário brasileiro e, com isso, atrair mais investimentos para o país, além de acabar com a chamada “guerra fiscal”. Esses benefícios estão sendo questionados na Justiça, gerando insegurança jurídica para os investidores. Isto porque segundo decisão do Supremo Tribunal Federal não há prerrogativas legais para a aplicação de benefícios fiscais.

“Além das indústrias, Goiás perderia toda a cadeia relacionada que vai do pequeno empresário que fornece produtos ou serviços para o trabalhador ao produtor de matéria-prima ou insumos que alimenta a grande empresa local”, FREDERICO OLIVEIRA VALTUILLE, advogado

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De 13 a 19 de maio, a Acieg questionou os visitantes do site e seguidores das redes sociais se eles eram favoráveis ou não à unificação da alíquota como forma de finalizar a guerra fiscal. Mais de 64% dos participantes na pesquisa não concordavam com a proposta por acreditar que os incentivos fiscais são importantes instrumentos de competição com os Estados mais desenvolvidos. Apenas 4% era favorável e 1% dizia que para por fim à guerra a medida deveria estabelecer porcentagens condizentes com cada Estado e Região.



HOMENAGEM ◄► Líder

Heno Jácomo Perillo (1931-2013)

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aleceu no dia 27 de março, aos 82 anos, o empresário Heno Jácomo Perillo, socio-proprietário da Halex Istar Indústria Farmacêutica. De 1975 a 1977, Heno foi presidente da Acieg e sua gestão foi marcada por ações que visavam manter a união do setor empresarial. Destaque ainda para a realização de palestras mensais da Acieg com profissionais de área de economia e para sua participação ativa na construção da segunda sede da entidade. No ano de 2012, como conselheiro nato da Acieg, Heno Jácomo Perillo, foi homenageado durante as comemorações dos 75 anos da Associação. Reconhecido como liderança empresarial pioneira no Estado de Goiás, recebeu a Comenda Licardino de Oliveira Ney. Na ocasião, deixou um depoimento gravado sobre sua história empresarial e atuação como diretor, vice-presidente e presidente da Acieg. (Veja o vídeo

no site da Acieg). Para Helenir Queiroz, atual presidente da Acieg, visão de negócio e empreendedorismo sempre marcaram a história empresarial de Heno Jácomo Perillo, que conduziu com brilhantismo e pioneirismo um setor que o Estado de Goiás não tinha nenhuma tradição. “Ajudou a construir, assim uma história inovadora e competitiva. Mais do que isso, contribuiu para a excelência no fornecimento de medicamentos de alta qualidade e para o desenvolvimento econômico de nosso Estado. Um empresário admirável e um líder.” PERFIL

Heno Jácomo Perillo nasceu na Cidade de Goiás em 25 de junho de 1930. Formado em Far-

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mácia, construiu uma história de grande desenvolvimento neste segmento. Dentro da Universidade Federal de Goiás (UFG), ministrou disciplina de Farmacotécnica, foi chefe de departamento, entre outras funções. Foi fundador do Conselho Regional de Farmácia de Goiás, órgão que atuou como conselheiro e diretor técnico. Também foi presidente do Sindicato das Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de Goiás. Além de atividades voltadas para o setor farmacêutico, foi presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio-GO). Participou do Conselho Fiscal do Banco do Estado de Goiás e foi presidente do Conselho Regional Sesc e do Senac. Entre 2002 e 2005, atuou como vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg). Na Acieg, ocupou cargos de secretário, vice-presidente e presidente (1975-1977).


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MEIO AMBIENTE ◄► Legislação

Resíduos sólidos, dever de todos Implantação de PNRS exigirá investimentos das empresas PAULA ALANA OLIVEIRA

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humanidade já consome 50% mais recursos naturais renováveis do que o planeta é capaz de regenerar. O volume de lixo gerado no planeta está crescendo: as cidades geram 1,3 bilhão de toneladas por ano. Em 2025, esse número pode chegar a 2,2 bilhões de toneladas, de acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Em meio a esse cenário e depois de décadas de discussão, o Brasil produziu uma das leis de maior impacto social de sua história, a lei federal 12.305/2012, regulamentada pelo decreto 7.404, de 2 de agosto de 2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e criou o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão de Resíduos Sólidos (SINIR). A lei criou um marco, ao definir a responsabilidade compartilhada dos entes geradores, incentivar a reciclagem e a reutilização dos resíduos sólidos (aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a destinação ambientalmente adequa-

Roberto Hidasi alerta sobre mudanças com logística reversa dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado), além de instituir o sistema de logística reversa (LR). Para a legislação, resíduos sólidos são materiais, substâncias, objetos ou bens descartados resultantes de atividades humanas em sociedade e estabelece uma ordem de prioridade para o gerenciamento dos mesmos. Por sua vez, a logística reversa é a etapa mais complexa da cadeia de gestão dos resíduos sólidos. Ela se resume num conjunto de ações, procedimentos e meios destinados ao setor empresarial para reaproveitamento na cadeia produtiva. O advogado ambientalista e diretor da Acieg, Roberto Hidasi, ressalta a importância das empresas se adequarem à lei. “O empresário deverá investir na estruturação de sistemas de logística reversa, quando obrigadas, e em produtos, para que sejam mais re-

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cicláveis e seus processos industriais mais eficientes”, afirma. Segundo o advogado, as empresas precisam estar atentas às obrigações previstas na LR e no conteúdo dos acordos setoriais, que estão em fase final de discussão no governo. Cada tipo de produto deverá ter uma regra própria. “O empresário deverá providenciar seu plano empresarial de resíduos sólidos, homologá-lo e apresentá-lo ao município onde se encontra a empresa”, orienta. De acordo com a PNRS, fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores de determinados segmentos são obrigados a recolherem embalagens usadas dos produtos que comercializam. Se forem aquelas contidas na fração seca do lixo, devem ser recolhidas seletivamente pelo poder público municipal e encaminhadas às centrais de triagem de resíduos. TEORIA E PRÁTICA

Para especialistas, a Política Nacional de Resíduos Sólidos é um projeto robusto, que contém instrumentos importantes que vão ajudar o Brasil no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes da gestão e gerenciamento inadequados dos resíduos sólidos. Em Goiás, o comportamento da indústria foi destaque ao registrar crescimento da ordem de 400% no número de empresas que passaram a dar destinação final adequada aos resíduos sólidos, desde que a política foi instruída em 2010.


EVENTO◄► Máquinas

Fotos: SindMetalGO

Na 1ª edição da feira, há dois anos, visitantes conheceram as tendências e lançamentos do setor. Acieg esteve presente

Programe-se para a 2ª edição da Mac&Tools Feira de máquinas e equipamentos vai movimentar Goiânia em junho. Acieg é parceira e estará presente no evento

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oiânia vai receber a 2ª edição da Mac&Tools, feira de máquinas e ferramentas da indústria metal-mecânica do CentroOeste, entre 18 e 21 de junho. Assim como ocorreu há dois anos, na realização da primeira edição, a Acieg é parceira do evento. “Acreditamos que o desenvolvimento da economia goiana requer uma atualização das tecno-

logias, equipamentos e capacitação profissional para operar nossas empresas. Além de agregar informação e conhecimento, vemos na Mac&Tools uma oportunidade de negócios para representantes, revendedores, varejistas e distribuidores do setor metal-mecânico”, disse a presidente da Acieg, Helenir Queiroz. A feira é abrangente e, na primeira edição, surpreendeu por trazer novidades que estavam GESTÃO, Empresas & Produtos | Junho de 2013 | 47

sendo lançadas para os mais variados segmentos, o que deve ocorrer nesta edição. “A Acieg, assim como há dois anos, tem o objetivo de promover a divulgação das melhores oportunidades de negócios para empresas goianas. Na primeira edição, tivemos sucesso com a rodada de negócios”, disse Marina Anderi, gerente comercial da Associção Comercial, Industrial e Serviços de Goiás (Acieg).


EMPREGO ◄► Leis

A recorrente polêmica das cotas Empresários e associações debatem sobre dificuldade de atender a Lei das Cotas

MARCÉLI FALEIRO

E

mpresas com mais de 100 empregados devem destinar de 2% a 5% de suas vagas no quadro de funcionários para Pessoas Portadoras de Deficiência Física (PPD). É o que estabelece a Lei Nacional 8.213, de 24 de julho de 1991, também conhecida como Lei

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de Cotas. Polêmica, a determinação gera encargos que nem sempre representam tarefa fácil para as empresas dos mais variados segmentos. Trata-se de um tema bastante peculiar e que exige atenção por parte dos administradores. A fiscalização de tais cotas é realizada pelo Ministério Público do Trabalho. Em busca de garantir o cumprimento da legislação, o órgão


tem prerrogativas para aplicar multas geralmente onerosas – quantas vezes forem necessárias. E caso persista a inobservância da lei, há ainda outras consequências cabíveis. É possível, por exemplo, ajuizar Ação Civil Pública perante a Justiça do Trabalho, sob pena, inclusive, de intervenção nas atividades da empresa envolvida. Como explica o advogado trabalhista e civilista, conselheiro Federal pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás, João Bezerra Cavalcante, o policiamento é rigoroso. “O MIT trabalha com um cadastro de empregados das grandes empresas, que contém todas as suas informações, e a cada ano intima os representantes para fiscalizá-los”. A orientação de Cavalcante é de que, no caso de uma autuação, a empresa que tenha executado todos os esforços no sentido de cumprir a lei, procure comprovar que não o fez por insuficiência de material humano disponível. Segundo ele, essa é a ocorrência mais comum no mercado. Foi o caso de uma empresa localizada no município de Trindade (GO) defendida por Cavalcante. Visando atingir a cota de 5% de portadores de deficiência – correspondente ao número de 50 funcionários –, a empresa chegou a empregar todas as pessoas residentes na cidade que se enquadravam nessa situação. Mesmo assim, não conseguiu completar o estipulado, sendo então autuada por conta da falta de cumprimento da norma. “Não é fácil encontrar profissionais habilitados para determinadas funções, pois os deficientes são naturalmente poucos. Então, as vagas existem, mas não conseguimos preenchê-las”, expõe. Para Cavalcante – apesar de considerar a lei inclusiva e bem intencionada –, o problema está justamente em sua generalidade. Ele observa que, em determinados cargos, como motoristas e vendedores, não é simples encaixar os portadores de deficiência. E como a legislação não estabelece fun-

ções específicas e adequadas, acaba não levando em conta as realidades de cada empresa e particularidades de seus quadros de pessoal. Fica, assim, restrita ao universo genérico do número de empregados. “No cenário atual, nem os deficientes nem as empresas têm onde buscar uma saída”, declara o advogado sobre o ciclo de desentendimentos gerado pela Lei de Cotas. Quanto ao episódio em pauta, a empresa trindadense obteve ganho de causa por comprovar ter buscado candidatos por meio de associações de bairro, publicação em jornais e revistas especializadas, mas mesmo assim não ter conseguido retorno. Dessa maneira, o juiz apresentou o entendimento de que a falha não havia sido da empresa, mas sim decorrente de falta de material humano. Em razão disso, julgou improcedente a ação e não aplicou a multa. A coordenadora de Treinamento, Seleção e Recrutamento da Associação dos Deficientes Físicos do Estado de Goiás (Adfego), Flávia Nunes de Carvalho Reis, partilha da opinião de que o grande problema da Lei Nacional 8.213 é o fato de estabelecer a porcentagem de cotas, mas não as funções de trabalho. Em sua visão, porém, falta consciência por parte das empresas. Isso porque muitas delas evitam a contratação de pessoas portadoras de deficiências classificadas como graves, ou as contratam apenas com o fim de

preencher a margem exigida, sem oferecer oportunidade de crescimento aos profissionais. “Ainda existe aquela mentalidade de cumprir somente para fugir da multa, e não por querer de fato. É claro que muitas empresas abrem as portas, mas outras tantas ou não estão preparadas ou não querem receber o deficiente”, observa Flávia. Segundo ela, a Adfego é atuante no sentido de tentar atenuar essas discriminações. Entre suas práticas, está o serviço de encaminhamento dos associados para as empresas e vice-versa, sem nenhum custo. Além disso, a associação promove diversos cursos de qualificação gratuitos, a exemplo de administração, informática, vendas e farmácia. Aos olhos da coordenadora de Treinamento, Seleção e Recrutamento, a contratação de pessoas portadoras de deficiência física é uma questão que depende de sensibilidade. Para ela, o importante é “demonstrar que o deficiente físico, como todo ser humano, merece respeito e tem tudo para dar certo. É preciso fazer com que haja respeito, para que eles possam obter, não só a contratação, mas a chance de permanência na empresa”. A Adfego possui hoje quase 23 mil associados, sendo entre 6 e 8 mil o número de pessoas ativas, que estão vinculadas e envolvidas diretamente com o trabalho da associação.

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COMÉRCIO EXTERIOR ◄► Missão na Acieg

Acieg recebe comitiva russa e discute investimentos Projeto discutido na Acieg foi levado ao prefeito de Goiânia e ao governo federal, que anunciou implantação

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epresentantes da Rússia, uma grande potência na área de navegação por satélite, têm interesse de investimentos na capital goiana. Uma comitiva de representantes comerciais da Rússia reuniu, no dia 5 de março, com o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia. Um dia antes, os russos estiveram na Acieg, apresentando projetos e discutindo com diretores da entidade. Foi apresentado aos russos as atividades e trabalhos desenvolvidos na capital goiana depois de ser oficialmente inserida na Plataforma de Cidades Emergentes e Sustentáveis, promovida pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para futuro investimento do país em tecnologia de informação. Goiânia prevê possibilidades do grupo em investir em Goiânia, por meio do projeto bilateral Brasil/Rússia. "Sabemos que a Rússia é uma das potências comerciais, com uma enorme capacidade de desenvolvimento em tecnologias de informação. Para nós, goianienses, é uma

honra recebermos representantes de outros países com interesses de investimentos em Goiânia", disse Paulo Garcia. Já a presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), Helenir Queiroz, disse que esse momento é muito importante para Goiânia. "A Acieg apóia e parabeniza o projeto bilateral Brasil/Rússia que vai trazer ainda muitos investimentos para o trade comercial de Goiânia." De acordo com o diretor executivo comercial da Embaixada Federal da Rússia no Brasil, Dmitry Burykh, o governo russo tem interesse de investir no Brasil, que ainda não é independente em áreas como a de satélites. Ele cita o fato de parte dos sistemas de comunicação, como por exemplo, telefonia e internet passarem por sistemas estrangeiros. "Na área de sistema de informação, de forma geral, nos baseamos principalmente em satélites comerciais, que hoje são operados por empresas multinacionais ou estrangeiras no Brasil ". Dmitry disse também que

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Embaixada da Rússia entrega ao prefeito Paulo Garcia documento que visa parceria bilateral uma parceria com a Federação da Rússia trará chances para o Brasil e as tecnologias que a Rússia tem a disponibilizar poderá auxiliar no desenvolvimento de políticas de sustentabilidade nas cidades interessadas. O construtor chefe da Rede Federal de Operações, Alexander Razgovorov, representando o grupo de comerciantes russos, disse que os projetos da Russia visam resolver alguns problemas de segurança que ainda são frequentes. "O foco do nosso grupo era apenas atender projetos regionais no nosso país. Estamos ampliando agora para atendermos projetos internacionais".


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fim de semana HOMEM DE FERRO 3 Quando o industrial arrogante, porém brilhante, Tony Stark/ Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) vê seu mundo pessoal destruído pelas mãos de seu inimigo, ele embarca em uma angustiante jornada para encontrar os responsáveis. Uma jornada que a cada reviravolta seus brios serão testados. Pressionado, Stark terá de sobreviver lançando mão dos próprios dispositivos, contando apenas com sua engenhosidade e instintos para proteger aqueles que lhe são mais próximos.

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O aspirante a escritor Nick Carraway (Tobey Maguire) deixa o Centro-Oeste americano e chega a Nova York, em 1922, em uma era de afrouxamento moral, jazz resplandecente e rios de contrabando. Perseguindo o próprio sonho americano, Nick vira vizinho de um misterioso e festeiro milionário, Jay Gatsby (Leonardo DiCaprio), quando vai viver do outro lado da baía com a prima Daisy Buchanan (Carey Mulligan) e seu marido mulherengo de sangue azul Tom (Joey Edgerton). GESTÃO, Empresas & Produtos | Junho de 2013 | 53

O filme "Faroeste Caboclo", livremente inspirado na famosa música do Legião Urbana escrita por Renato Russo, teve seu pôster oficial e um novo trailer divulgados. Dirigido por René Sampaio, o filme estreou em 30 de maio. Ao lado de "Somos Tão Jovens", o filme é mais uma produção inspirada em Renato Russo a ser lançada no Brasil este ano.



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Goiânia, junho de 2013 - Ano VI - n° 16 - www.acieg.com.br

Evandro Tavares, diretor da Art3, premiada no Fernando Pini de Excelência Gráfica: “Seriedade com o cliente é tudo para nós”

Impressões que fazem a diferença PAULA ALANA OLIVEIRA

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o mercado há 15 anos e associada à Acieg desde 2003, a Gráfica Art3 é referência em seu segmento. É a única empresa gráfica do Estado de Goiás que recebeu o Prêmio Fernando Pini de Excelência Gráfica, premiação que já tem 22 edições e que, somente no ano de 2012, recebeu a inscrição de mais de 1500 peças. Também foi destaque na 8ª edição do prêmio Aquino Porto,

vencendo seis categorias das 12 disputadas. Tanto sucesso, está inteiramente ligado ao investimento. A Gráfica Art3 utiliza as melhores tecnologias à disposição no segmento gráfico. Para isso, foram feitas diversas aquisições na área de softwares e, assim, tornou-se a 1° gráfica do Centro-Oeste a obter o selo e a Certificação FSC. O comprometimento da gráfica com a preservação do meio ambiente serve como exemplo, já que a empresa não utiliza produtos químicos e a impressão é feita com tintas à base de

óleo de soja, entre outros aspectos eco eficientes. “Utilizamos de papéis de origem controladas, extraídas de fontes renováveis”, relata o proprietário e diretor da Gráfica Art3, Evandro Tavares. Questionado sobre a história de nascimento da gráfica, o empresário Evandro conta que por aproximadamente 20 anos, foi proprietário de posto de gasolina, mas viu o segmento gráfico como uma nova oportunidade de sucesso. A partir daí, mudou de área de atuação e não se arrepende da escolha. “Foi uma opção que me trouxe reconhecimento e grandes vitórias”, afirma. Como lema para obter sucesso, o diretor da Gráfica Art3 aposta no compromisso com o cliente. “Buscamos honrar o prazo determinado pelos nossos clientes. Seriedade com o cliente é tudo para nós”, ressalta

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ICMS

FCO

NEGóCIOS

Goiás votou favoravelmente à simplificação dos procedimentos de declaração de conteúdo importado das mercadorias ou bens objeto de operações interestaduais. O convênio, assinado por Goiás e aprovado por unanimidade em reunião do Confaz, com a presença do secretário da Fazenda, Simão Cirineu Dias, realizada nesta quarta-feira, dia 22, estabelece que para fazer o cálculo do conteúdo de importação não será mais necessária declaração detalhada em nota fiscal dos valores dos insumos importados eventualmente existentes nas mercadorias.

O Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) receberá reforço de caixa do Governo Federal na ordem de R$ 1,5 bilhão, por meio do Banco do Brasil. A medida tem como objetivo o fomento de projetos que já foram contemplados pelo programa, mas estão atualmente estacionados pela falta de recursos. O secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação de Goiás (Seagro), Antônio Flávio Camilo de Lima, mostrou-se surpreso com a suspensão desses recursos por meio do Governo Federal. “O FCO é uma importante ferramenta para o desenvolvimento do setor agropecuário em Goiás. Não podemos prescindir dos recuros, sob pena de ver recuados projetos significativos para o Estado”.

Após uma desaceleração no número de transações apresentada no último trimestre de 2012, a Pesquisa de Fusões e Aquisições da KPMG apurou os resultados dos primeiros três meses do ano e registrou uma retomada nos negócios, impulsionada, principalmente, pela força das empresas nacionais. Foram 192 operações de janeiro a março de 2013, resultado 9,1% maior do que o registrado no trimestre anterior, quando aconteceram 176 operações. O levantamento mostrou ainda que o trimestre ficou abaixo do mesmo período de 2012, quando foram realizadas 204 fusões e aquisições, recorde para o acumulado entre janeiro e março.

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galeria

Uma janela Nesta edição, GALERIA traz trabalho de WEIMER CARVALHO, 39 anos, editor de fotografia do Jornal O Popular e Jornal Daqui. Formado em Geografia, pela UFG, trabalha desde 1997 no Jornal O Popular. Tem mais de 20 trabalhos premiados em concursos nacionais e internacionais, como essa foto acima, feita na Antártica em 2010, e premiada pela Revista francesa Photo no concurso “Le Plus Grand Concours Photo Du Monde”.




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