Gestão, Empresas e Produtos

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GESTÃO, Revista de Negócios da Acieg

Empresas

dutos

www.acieg.com.br

Ano V - Nº 29 - Novembro de 2012

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Como desatar o nó da burocracia

A tal da burocracia é uma doença enraizada na economia brasileira. Só um pacote de ações, como a do Vapt Vupt Empresarial Acieg, pode minimizar essa crônica praga nacional. Tecnologia e vontade não faltam. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

MODA GOIANA

ANDREA ALVARES

Setor produtivo e Sefaz trabalham nova alternativa

Goiás fortalece a indústria da moda. Pode avançar mais?

Gestão entrevistou a goiana que preside a PepsiCo


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conversa com o leitor

expediente

Novo ambiente

O

que pesquisas, estudos ou sondagens empresariais conseguem captar é que o ambiente de negócios no Brasil é desastroso - um dos piores do mundo - e está a cada ano mais desfavorável à expansão sustentável. O que as pesquisas ainda não conseguem captar é qualquer sinal de expectativa de melhora. Os números – como mostra a manchete da Gestão – desanimam. No último ano, mesmo com as estabilidades monetária, econômica e política, o Brasil piorou seus números de eficiência produtiva e abertura de novos negócios. Mas é fato que as melhorias ocorrem mais pela união de esforços. O Vapt Vupt Empresarial Acieg lançado – em agosto – pela inédita parceria Acieg, Sebrae Goiás, Governo de Goiás e Prefeitura de Goiânia, começa a reduzir o período de abertura de uma empresa – que seria o encurtamento da espera entre protocolar o primeiro papel de registro à emissão da primeira nota fiscal. A meta é economizar, no fim, 120 dias de burocracia. É um avanço assombroso, histórico e referência no País. O maior passo foi dado, que foi construir o projeto e colocá-lo para funcionar. Os resultados virão de imediato – e podem ser ainda mais alvissareiros com futuros ajustes e novos processos. O leitor da Gestão ainda pode, nesta edição, ler sobre a Substituição Tributária, uma negociação árdua, que dura mais de um ano e meio, com o Fórum Empresarial, pelo lado dos empresários, e a Secretaria da Fazenda, pelo lado do governo estadual. Só um acordo evitará o fechamento de milhares e milhares de empresas no Estado. Confira ainda, entre outras matérias, como usar a certificação digital; vários cases de empresas; entrevista com a goiana que comanda a área de bebidas da PepsiCo no País, Andrea Alvares; como anda a balança comercial goiana; como agir durante a fiscalização tributária; e uma reportagem especial da comemoração dos 75 anos da Acieg. Enfim, boa leitura a todos.

Presidente Helenir Queiroz MISSÃO DA ACIEG Atuar na defesa incondicional do setor produtivo, fomentando e desenvolvendo ações que viabilizem a sua integração com a sociedade.

GESTÃO,

Revista GESTÃO, Empresas & Produtos é uma publicação da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg) Editor Leandro Resende (JP-1145) Reportagem Ana Manuela Arantes Estagiárias

Fotografias Solimar Oliveira Assessorias Edição de fotos Manoel de Sousa Silva Diagramação e Projeto

Ana Helena Borges Marcéli Faleiro Artes Ana Helena Borges

Contemporânea Gráfica Gráfica Renascer

CONTATOS GESTÃO REDAÇÃO

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(62) 3237-2616 ou 3237-2642

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ACIEG JOVEM - 3237-2609 CORTE DE CONCILIAÇÃO - 3237-2627 AIESEC – 3237-2632 CERTIFICADO - 3237-2630 VAPT VUPT - 3201-9523

Rua 14, Nº 50, Edifício Santino Lyra Pedrosa, Setor Oeste, Goiânia-GO – CEP: 74120-070 imprensa@acieg.com.br gestaoacieg@gmail.com Telefone geral: (62) 3237-2600 Fax: (62) 3237-2602

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GESTÃO, Empresas e Produtos

Quem gaNha Com a

22 BuRoCRaCIa? Na prática, todos perdem. Com tecnologia de sobra no País, um pouco de boa vontade de todos os lados poderia fazer o País economizar os R$ 40 bilhões que joga fora com a burocracia. Acieg, Sebrae Goiás, Governo de Goiás e Prefeitura de Goiânia deram um bom passo neste sentido, criando o Vapt Vupt Central Empresarial Acieg, que funciona na sede da Associação Comercial.

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MODA Em agosto, Goiás se tornou a capital da moda, com três grandes eventos. Qual o potencial de se avançar mais?

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LOgíSticA

Goiás ganha centro de excelência na produção de tecnologia logística

ANDREA ALVARES A goiana que preside a área de bebidas da PepsiCo fala exclusivamente com a Gestão

28 SubStituiçãO tRibutáRiA

Colunas

Atualização da negociação do setor produtivo e Sefaz

8 DE pRiMEiRA

20 bALANçA cOMERciAL Confira o avanço das exportações no Estado

16 MuNDO EXEcutiVO 18 pARADA ObRigAtÓRiA 38 cENáRiO EcONÔMicO

14 MANuAL DA fiScALizAçãO

52 NOVO ARMAzÉM

Orientações e dicas básicas para receber o Fisco

53 fiM DE SEMANA

40 SEbRAE MAiS Programa orienta empresas e oferece capacitação

50 AciEg cOMEMORA 75 ANOS Festa e homenagens no aniversário da entidade

56 ARtigO 58 gALERiA

Acompanhe a Acieg: www.acieg.com.br

46 cERtificADO DigitAL

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O preço de ficar de fora é bem caro. Agilize

twitter.com/acieg

48 pOLO iNDuStRiAL

flickr.com/acieg

Novo espaço do setor avança no Estado

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de primeira

"Os elefantes demoram a se adaptar, já as baratas sobrevivem em qualquer ambiente.” PETER DRUCKER

Segurança na capital

COMPETITIVIDADE Entidades empresariais se reuniram com representantes da Segurança Pública para discutir o que pode ser feito para evitar assaltos e roubos em bares e restaurantes. O pedido dos empresários é que mais viaturas atuem em regiões como o Setor Marista. Também foi solicitada ajuda para o controle dos chamados “flanelinhas”, para evitar casos de extorsão e constrangimento com frequentadores de bares e restaurantes. Polícia Militar e Polícia Civil prometeram intervir, mas pediram a colaboração dos empresários: prestar queixas quando houver ação indevida de vigias de carro e utilizar os números de telefone das viaturas para solicitar acompanhamento de atitudes suspeitas.

O Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas (MPE Brasil) teve 2.224 inscritos em 2012. A informação é do Movimento Goiás Competitivo (MGC), um dos responsáveis pela premiação em Goiás. A categoria com mais empresas inscritas foi Comércio, com 54%, seguida por Serviços (24%), Indústria (13%), Agronegócio (4%), Serviços de Saúde (2%), Serviços de Educação (1%), Serviços de Turismo (1%) e Serviços de Tecnologia da Informação (1%). Logo após o fim das inscrições, no dia 31 de agosto, 38 avaliadores – todos voluntários – receberam treinamento para o próximo passo da premiação: as visitas às empresas melhor avaliadas na primeira fase. Nas visitas, que estão programadas para o mês de outubro, os avaliadores devem conferir a documentação das empresas inscritas e verificar a gestão delas a partir dos preceitos do Modelo de Excelência da Gestão, da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). Após essas visitas, serão emitidos relatórios, que serão avaliados por um júri. Os vencedores de cada categoria devem ser apresentados em dezembro.

Missão Empresarial No mês de setembro, a presidente da Acieg, Helenir Queiroz, participou de missão empresarial nos Estados Unidos, em comitiva composta por empresários goianos, governador Marconi Perillo e representantes do governo do Estado. As atividades da missão incluíram visitas às empresas Google e Microsoft, feiras internacionais, participação em seminário no Harvard Club e encontros com lideranças americanas. São Francisco, Miami, Washington e Nova Iorque foram as cidades em que a missão de Goiás esteve presente.

Comitiva goiana na sede do Google

Impostômetro O Impostômetro, sistema que computa a arrecadação de impostos federais, estaduais e municipais, superou a marca de R$ 1 trilhão de impostos no mês de agosto de 2012. A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) prevê que o sistema encerre o ano com R$ 1,6 trilhão de impostos arrecadados. Caso o valor seja alcançado, o medidor baterá um recorde desde sua criação, em 2005. No ano de seu lançamento, o impostômetro atingiu cerca de R$ 750 bilhões, o que representa um crescimento de cerca de 100% em sete anos. 8 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Novembro de 2012




entrevista Andrea Alvares

Uma goiana na cテコpula da PepsiCo Leonid Streliaev

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entrevista: ANDREA ALVARES momento da economia é de espera, seja ela empresa pequena ou grande; brasileira ou multinacional. Espera-se uma solução para a crise na Europa. Mas enquanto isso, buscam-se modelos de gestão mais simplificados e próximos do consumidor. Na PepsiCo não é diferente. E no topo da PepsiCo Brasil, na área de bebidas, uma goiana. A presidente da área no País, Andrea Alvares, comenta sobre negócio e marcas em entrevista exclusiva à Gestão. Confira principais trechos da entrevista da executiva, nascida em Goiânia e filha da educadora Raquel Teixeira, hoje presidente da Fundação Jaime Câmara:

O

A economia brasileira se encontra novamente em uma situação de impasse quanto ao seu ritmo de expansão. Quais dos gargalos você vê como pior para o setor de bebidas: impostos, em que o setor é sacrificado, ou infraestrutura? Tanto a complexidade do sistema tributário no Brasil quanto alguns gargalos de infraestrutura – principalmente aqueles ligados à malha logística – , são desafios para uma empresa do tamanho da PepsiCo e que está presente em milhões de pontos de venda em todo o País. Mas esses temas não são novos e já fazem parte de uma agenda de discussão que a empresa tem – seja individualmente ou por meio de associações setoriais – com as autoridades governamentais e órgãos reguladores e fiscalizadores. Temos muita confiança neste momento especial de crescimento do Brasil. Está clara a intenção do governo de criar condições, – do ponto de vista de infraestrutura, principalmente –, para que os investimentos se acelerem no País. Nós estamos aqui no Brasil há 60 anos e acompanhamos de perto essas discussões. O sistema de substituição tributária já os afeta em alguns Estados? A questão tributária no Brasil é realmente um grande desafio para todas as empresas. Estamos participando de algumas discussões por meio das entidades setoriais e levando, como setor, propostas para o Plano Brasil Maior. Sabemos que o tema dos impostos tem sido foco de importantes estudos. Não há como negar que o modelo atual aumenta muito a complexidade do nosso negócio. A crise financeira na Europa já afeta de alguma forma o setor de bebidas no Brasil? Movimentos em mercados tão grandes como o europeu com certeza influenciam o nosso negócio globalmente. O Brasil, porém, tem se mantido firme, mesmo diante dessas oscilações. Preferimos ver esse momento como uma grande oportunidade para a atração de novos investimentos no País. O consumo do brasileiro está razoavelmente estável no nosso mercado e em

alguns dos subsegmentos em que atuamos temos conseguido ótimos resultados. Vale lembrar que a a PepsiCo está presente em 190 países e atua no Brasil desde 1953. É uma empresa global com faturamento anual em torno de US$ 66 bilhões. Somos hoje o 4º maior mercado de Pepsi para a companhia, após Estados Unidos, China e México. O mercado brasileiro é muito amplo e possui comportamentos bastante diversificados. No que se refere a consumo, o que mudou no Brasil das últimas duas décadas? Hoje, como é avaliado internacionalmente? Com o crescimento do mercado interno dos últimos anos, o Brasil se tornou país-chave para a maioria das empresas e para nós também. Vivemos um período que oferece por um lado uma variedade cada vez maior de produtos no mercado, com publicidades e apelos diversos, e por outro, consumidores cada vez mais informados e preocupados com sua saúde e com o meio ambiente. Recente pesquisa realizada pelo Ministério do Meio Ambiente, com patrocínio da PepsiCo, revelou que 85% dos brasileiros se sentem mais motivados para comprar produtos fabricados de maneira ambientalmente correta. Nesse contexto, estratégia competitiva e sustentabilidade caminham de mãos dadas. Qual o perfil do consumidor brasileiro? Segue as tendências mundiais de consumo? As campanhas da empresa são semelhantes em todo mundo ou sofrem alterações para cada País? Existe uma tendência mundial de consumo mais consciente e a PepsiCo está totalmente alinhada com esse movimento. No Brasil não é diferente. As pessoas querem saber quem está por trás das marcas que elas consomem, qual o perfil nutricional dos alimentos, que mensagens a empresa passa e como ela de fato vive os valores que propaga. É uma grande responsabilidade. Outra tendência global que tem muita força no Brasil é a de hiperconexão e da crescente influência das redes sociais e do universo digital nas escolhas

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Não há como negar que o modelo (tributário) atual aumenta muito a complexidade do nosso negócio.” de consumo. Acabamos de lançar no Brasil o programa PepsiCo10, uma iniciativa global que já foi lançada nos Estados Unidos e Europa e que amplia nossa ligação com o universo digital apoiando jovens empreendedores. Ao mesmo tempo em que temos campanhas globais, entendemos que precisamos preservar e valorizar as especificidades de cada um dos mercados em que atuamos. A campanha da Pepsi do “Pode Ser?”, por exemplo, é um bom caso de comunicação voltada para o momento brasileiro. E o sucesso é tão grande que já estamos inclusive “exportando” a ideia para outros países. Esta é uma grande vantagem de estarmos numa empresa global, mas que tem um olhar aguçado para os quase 200 países em que atua. No site da PepsiCo no Brasil, há afirmação que a companhia está comprometida com a visão de negócios "Performance com Propósito". O que seria essa forma de atuação? Na PepsiCo, Performance com Propósito, estratégia que vem balizando todas as nossas ações, significa gerar crescimento sustentável por meio do investimento em um futuro mais saudável para as pessoas e para o planeta. Esta estratégia está baseada em três pilares principais, além do pilar de performance financeira sustentável: Sustentabilidade Humana, Sustentabilidade Ambiental e Sustentabilidade de Talentos. Sustentabilidade Humana é nosso compromisso de estimular as pessoas a terem um estilo de vida mais saudável. Para isso oferecemos um portfólio de alimentos e bebidas nutritivos, saborosos e convenientes. Um exemplo de ação neste pilar foi o lançamento de Toddynho Light, opção com 50% menos calorias e gordura dos achocolatados regulares. Outra ação relevante foi o desenvolvimento de uma nova fórmula dos snacks Cheetos, que reduz em 25% o teor de gordura saturada por porção. A nova fórmula também diminui em 25% a quantidade de sódio. Sustentabilidade de Talento é o compromisso de investir em nossos funcionários para ajudá-los a obter êxito e desenvolver as habilidades necessárias para impulsionar o crescimento da empresa, ao mesmo tempo em que criamos oportunidades de emprego nas comunidades que

servimos. E, Sustentabilidade Ambiental, que é o compromisso de ser um cidadão exemplar do mundo, protegendo os recursos naturais do planeta por meio da inovação e do uso mais eficiente de solo, energia, água e embalagens em nossas operações. Com este pilar em vista, em 2009, a PepsiCo mudou as garrafas dos refrigerantes H2OH! e Pepsi para reduzir 1,46g de PET e 0,21g de plástico nas tampas. Desde o início da iniciativa a PepsiCo Brasil já reduziu o consumo de quase 4 mil toneladas de plásticos. A PepsiCo, assim como grandes empresas, investe em projetos sustentáveis. Qual o foco das ações da empresa? Como repassar para a equipe e para o consumidor? Na área de sustentabilidade ambiental nossas ações tem vários focos, ligados a nossa responsabilidade com os recursos da natureza. São várias as ações neste sentido. Um exemplo na área de reciclagem foi o projeto pioneiro que confecciona desde 2010 displays a partir de BOPP, película de polipropileno biorientada utilizada na fabricação das embalagens de snacks da empresa. Este projeto inovador, que mobiliza a cadeia produtiva da empresa, já levou ao mercado mais de 72 mil displays 100% reciclados para expor seus produtos em supermercados e pontos de vendas nos últimos dois anos. Para cada display BOPP, são reutilizadas em média 675 embalagens, chegando a 38 milhões de embalagens recicladas no total. Na busca de redução de resíduos temos um trabalho na fábrica de produtos Quaker em Porto Alegre, que substituiu a caldeira de vapor, para geração de energia, movida à gás natural, por uma nova caldeira de biomassa, que utiliza como matériaprima a casca da aveia, até então, um resíduo industrial. Isto significou uma redução de 50% no consumo de energia por Kg de aveia produzida na planta de Porto Alegre, em conseqüência disso, há uma diminuição da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera. Estes são exemplos de ações que fizeram com que a PepsiCo já tenha sido incluída no Índice Mundial de Sustentabilidade Dow Jones por cinco vezes. O índice avalia anualmente o desempenho ambiental, social e econômico, sendo o ranking mais influente nas decisões de gestores de fundos.

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TRIBUTOS ◄► Cartilha

Como agir com o fiscal

A

fiscalização costuma assustar os empresários, principalmente na esfera tributária, em que há muitos impostos a serem cobrados. Entretanto, com uma boa orientação jurídica e contábil, receber o fiscal na empresa pode ser um procedimento mais comum e simples do que se imagina. O advogado Alexandre Li-

miro, especialista em Direito Tributário, explica que o direito de fiscalização é assistido ao Estado. Portanto, é inevitável para o empresário. Contudo, este deve ser exercido na forma da lei e com observância aos direitos e garantias do contribuinte. Segundo Alexandre Limiro, todas as pessoas, naturais ou jurídicas, estão sujeitas a ser fiscalizadas.

Assim, não precisa ser contribuinte ou responsável para submeter-se à verificação, por parte do Fisco, quanto ao cumprimento das obrigações tributárias. O condutor de veículo que transportar mercadorias, por exemplo, também pode ser fiscalizado. Abaixo o advogado orienta sobre como agir ao receber um fiscal na empresa:

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mundo executivo ÁREA MÉDICA Um mega empreendimento, fruto da parceria entre Tropical Urbanismo, Artefato Excelência Concreta, FR Incorporadora e Joule Engenharia, foi lançado na primeira quinzena de setembro. O projeto inovador apresenta diferenciais tecnológicos e sustentáveis, alguns inéditos no País, além de contar com hospital, centro clínico e de diagnóstico, salas comerciais, centro de convenções, hotel, amplo estacionamento, heliponto e shopping de vizinhança. A área escolhida é onde funcionava a sede da Associação Médica de Goiás, que ocupará um amplo espaço no edifício. O investimento final ficará na casa dos 600 milhões.

“O tempo é a única riqueza que é distribuída igualmente por todos os homens: A cada um são dadas precisamente 24 horas em cada dia que passa." SAINT JOHN

IPOG

HIPER MOREIRA

O Instituto de PósGraduação IPOG celebrou em meados do ano a abertura de nova unidade no Norte do País. Dessa vez, o Instituto goiano que mantém filiais em 20 Estados brasileiros chega ao Acre. O investimento na democratização e no acesso a cursos de especialização e MBAs tem sido a missão da instituição há mais de dez anos. Com um portfólio de mais de 40 cursos, o IPOG é responsável pela profissionalização de mais de 16 mil alunos em todo o País.

Mercado e consumidores vão receber, em breve, uma boa novidade no setor de crédito. Um empresário está disposto a trazer para Goiânia um projeto inovador de cartão de crédito 100% goiano. Sabese que estão envolvidos neste projeto o diretor do Grupo Hiper Moreira, Agnaldo Moreira da Costa, e o expresidente do Banco Central, Gustavo Franco (foto).

CENTRO DE CONVENÇÕES Desde o dia 1º de agosto, o Centro de Convenções de Goiânia (CCGO) está de cara nova, mais moderno, versátil e confortável. Com a reforma, todos os espaços estão totalmente climatizados, inclusive os pavilhões, que receberam também pintura e restauração do piso. No Piso 1, as principais alterações foram o aumento de cerca de 500 m² na área de exposições, criação de novos espaços e o auditório Lago Azul, que ganhou banheiros e camarim. O principal objetivo desta reforma, segundo a Porto Belo, administradora do CCGO, foi atender a uma necessidade do mercado, oferecendo espaços ajustáveis a diferentes tipos de eventos, inclusive os sociais.

FLAMBOYANT

O Flamboyant Shopping Center mantém o ritmo de investimentos em conforto e infraestrutura em seu estacionamento. A novidade é que desde julho, os estacionamentos cobertos – Deck Parking Norte e Sul – oferecem sensores presenciais, que informam a localização e quantidade de vagas disponíveis. Outra vantagem são os luminosos nas cancelas destacando o total de vagas livres, inclusive as reservadas para deficientes físicos e idosos. O estacionamento do Flamboyant oferece 3.300 vagas, sendo 1.287 cobertas.

CREDCOM

Com o aquecimento do mercado da construção civil aumentou a demanda pela gestão da carteira de inadimplência contratual das empresas do ramo. O que é comemorado pela Credcom Recuperadora de Créditos, que planeja a expansão para todos Estados do Centro-Oeste. Avanço que, segundo o diretor da Credcom, Lourival de Fonseca Júnior, comprova as vantagens da terceirização da carteira de cobrança.

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As empresárias Fernanda Araújo Cury, da Qualidade Eventos Especiais e Sandra Méndez, da M2 do Brasil Consultoria em Eventos, realizaram, de 27 a 29 de outubro, o Hair Professional & Esthetic 2012, no Centro de Convenções de Goiânia. Um evento inovador, com apresentação de técnicas modernas, por meio de profissionais renomados e expositores de interesseCREMMY dos profissionais e estudantes da beleza e estética.

VIVENCE SUíTES HOTEL

ARUANÃ RESTAURANTE

A marca Vivence Suítes Hotel substitui a bandera Nobile Suítes no empreendimento hoteliro localizado na Praça do Sol, inaugurado em 2009. A marca Vivence já pertencia aos gestores do negócio. O hotel está na área financeira e comercial de Goiânia, dispondo de uma piscina no terraço e de quartos modernos, com TV de LCD de 26". Os quartos e suítes têm ar-condicionado, secador de cabelo, acesso à internet de banda larga, cofre digital e frigobar. Há também sauna, academia, salão de jogos e um café. O La Place Bar & Restaurante serve um cardápio vasto, com opções que vão de grelhados a massas, como também pratos internacionais.

O Aruanã Restaurante, anexo ao hotel Sleep Inn Goiânia, traz novidades para receber hóspedes e também visitantes que valorizam gastronomia, qualidade no atendimento e variedade. O novo espaço oferece modernidade, ainda mais conforto e um cardápio que inclui opções para o café da manhã, almoço, happy hour e jantar. O restaurante traz ainda três ambientes para eventos privativos, que podem ser integrados ou divididos de acordo com a necessidade de espaço do cliente ou capacidade de público. O novo cardápio do complexo é assinado pelo chef André Barros (foto).

OUTLET PREMIUM ALEXÂNIA Foi inaugurado em julho, o Outlet Premium Brasília, que fica na BR-060, em Alexânia, e prevê a criação de dois mil empregos. A empresa responsável pelo espaço diz que o modelo de negócio promoverá descontos de até 80% durante todo o ano. No espaço serão vendidos itens de coleções passadas sem defeitos. O empreendimento conta com lojas de marcas internacionais – como Nike, Lacoste, Calvin Klein Jeans – e nacionais – Ellus, TNG, M. Martan, Richard’s, Shoulder e Carmen Steffens. De acordo com a empresa que administra o espaço, mais de 90% de um total de 80 lojas já foram alugadas.

JBS

GRUPO EMPREZA

O Ranking das Companhias Transnacionais Brasileiras traz nas três primeiras colocações as companhias JBS-Friboi, Gerdau e Stefanini, que lideram o ranking com 53,8%, 51,6% e 46,4% de índice de internacionalização, respectivamente. Este é o porcentual de negócios realizado pelas empresas no exterior. Entre as empresas com faturamento até R$ 1 bilhão, as mais internacionalizadas são Metalfrio (45,2%), Ibope (43,8%) e Sabó (36,3%). A Vale é a empresa que está presente em maior número de países (38), seguida da Stefanini (26) e Odebrecht (25). O índice é do Núcleo de Negócios Internacionais da Fundação Dom Cabral. Segundo o estudo, as transnacionais brasileiras têm aumentado gradualmente o índice de internacionalização na taxa de 1% ao ano. Além disso, 60,9% delas pretendem expandir nos mercados em que já atuam e, em menor escala, 27,7% das empresas planejam entrar em novos mercados. A América Latina, com 77,8%, e América do Norte, com 57,1%, são o foco dos investimentos brasileiros empresariais no exterior.

A Allegis Group Services (AGS), líder global em capital humano e soluções em gestão da força de trabalho, anunciou a aliança estratégica com o Grupo Empreza, também líder no Brasil em soluções de gestão de serviços e pessoas e principal consultoria em evidência no mercado de Recursos Humanos do País. O Grupo Empreza é reconhecido nacionalmente como um dos maiores players em seu segmento de atuação, em portfólio de produtos e clientes, faturamento, capilaridade e número de funcionários. A parceria será responsável pela condução dos processos de RPO (Recruitment Process Outsourcing) e MSP (Managing Successful Programmes) no País."Nós estamos muito confiantes no sucesso da aliança entre a Allegis Group Services e o Grupo Empreza. Representar uma companhia global no Brasil, cujo núcleo de valores e cultura é tão alinhado ao nosso próprio modelo de trabalho, é a força da nossa aliança", diz Helena B. Machado Ribeiro, presidente do Grupo Empreza.

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parada obrigatória

“O homem nunca deve se pôr em posição em que perca o que não pode se dar ao luxo de perder." ERNEST HEMINGWAY

Casa conceito O Instituto Flamboyant está apostando no projeto da Casa Conceito, que pretende provar que é possível popularizar as soluções sustentáveis no segmento da construção civil e mostrar que um projeto ambientalmente correto é mais barato que o convencional. Além de economizar no custo de execução, o futuro morador tem garantias na redução de consumo de água, energia e também no reaproveitamento de resíduos, que antes eram considerados lixo. Dividida em cinco ambientes - sala, varanda, cozinha, quarto e banheiro -, em uma área de 56m², a Casa Conceito foi projetada para apresentar soluções sustentáveis completas. Entre elas, piso drenante, utilização de madeira de demolição, telha sustentável, tijolo ecológico, mobiliário em madeira certificada e bambu, recursos para economia de energia, reuso de água e direcionamento responsável ao lençol freático.

MERCOSUL

EUROAMÉRICA

O Brasil, por meio do Ministério do Meio Ambiente, mantém reuniões com delegações do Uruguai e da Argentina para discutir medidas e ações a serem desenvolvidas na área de sustentabilidade ambiental. As reuniões fazem parte do Programa de Apoio ao Aprofundamento do Processo e Integração Econômica e Desenvolvimento Sustentável do Mercosul (Econormas), que prevê investimento da ordem 6 milhões de euros (R$ 14,9 milhões) para países integrantes do Mercosul.

O Condomínio Euroville II, da Euroamérica Construtora, foi o primeiro empreendimento goiano aprovado pelo Grupo Santander Brasil para receber o selo de certificação Obra Sustentável, que reconhece canteiros da construção civil comprometidos com a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente em todo País. O empreendimento, localizado no setor Alto da Glória II em Goiânia, prioriza técnicas construtivas sustentáveis e oferecerá aos seus futuros moradores diferenciais como, reaproveitamento de água e aquecimento solar. A construção civil representa 5,1% do Produto Interno Bruto brasileiro e consome 40% da energia mundial. Para discutir e incentivar as práticas de sustentabilidade no setor, o Grupo Santander Brasil possui o selo Obra Sustentável, que faz parte do Programa de Sustentabilidade da Construção Civil. Apenas treze obras no Brasil já receberam a certificação e, em Goiás, o Euroville é o primeiro.

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Ano 2

Ano 1

Unidade Goiás TOTVS Unidade Goiás Av. Segunda Avenida com a Rua H-44, Qd. 1-B Lt. 52 S/N - Condomínio Cidade Empresarial - Bairro Cidade Vera Cruz – Aparecida de Goiânia-GO


COMÉRCIO ◄► Internacional

Balança em alta

E

MARCÉLI FALEIRO stado passa por seu melhor momento no comércio internacional, tendo alcançado em maio o maior resultado mensal de toda a sua história, além de já atingir 10% de todas as exportações do País, porcentual quase o dobro do que representava no ano

passado. Tal cenário, conforme o diretor da Acieg, Sandro Waldeck, reflete em crescimento natural que vem se desenhando desde 1999. “Houve melhoria nos incentivos, ampliação na linha produtiva, tanto de grãos quanto de produção de carne. Empresas de ferroligas em geral também passaram a produzir mais e em maior quantidade.” Confira a seguir como tem se comportado a balança comercial goiana.

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CAPA ◄► Competitividade

Burocracia custa caro

Tax as

O País desperdiça anualmente R$ 46 bilhões com processos burocráticos. Soluções como o Vapt Vupt Empresarial Acieg minimizam custo de s o t s o p Im operação e sinalizam avanço por meio de parcerias

as ç n e Lic

Alvarás

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Certifi


O

modelo de gestão de cada empresa tem como base, antes de tudo, o sistema de regras em que ele está envolvido. No Brasil, como dizem as novas gerações, o “sistema é bruto”. E não são apenas os empresários brasileiros que justificam sua baixa competitividade com lamentações, pois o próprio Banco Mundial, por meio do ranking Doing Business coloca o Brasil no lamentável 126º lugar na avaliação dos países onde mais se tem facilidade no ambiente de negócios. Somos menos avançados, temos uma inteligência sistêmica inferior à Costa Rica, Cabo Verde, Argentina e Paraguai, por exemplo. É um tiro no pé de um País que se diz a 8ª maior economia do mundo. Os processos burocráticos implantados no Brasil – muito existem só aqui – são amarras históricas e modernas. Ou seja, tanto os gestores e planejadores públicos do passado quanto os atuais, tornaram-se mestres em dificultar a vida do empreendedor brasileiro. Se livrar destas algemas produtivas é o desafio de um País que já sente o peso da falta de competitividade do seu produto no mercado internacional.

icações

Só para se ter uma ideia deste complexo emaranhado e indecifrável sistema burocrático tributário brasileiro, entre outubro de 1988 a outubro de 2011, último dado disponível, foram emitidas 4.353.665 normas. São alterações que regem a vida do contribuinte. Em média, representa 518 normas editadas todos os dias ou 776 por dia útil. Se é impossível acompanhar essa indecente burocratização, torna-se quase impossível também cumprir normas, obrigações acessórias ou regras que mudam a cada dia. A infração ocorre, em grande parte dos casos, dessa confusão aprontadas pelo próprio setor público, que também é o beneficiado no recebimento de multas. Uma simplificação do sistema se faz urgente. É viável e favorável a todos lados. O exemplo do Simples, hoje Simples Nacional, é inquestionável. Desde sua implantação, em 1997, o número de micro e pequenas empresas quintuplicou, além de ampliar a formalização do mercado de trabalho. Um estudo com 1.130 empresas, apresentado pelo economista José Pastore, com dados do GFIP, aponta que em 1996, estas empregavam 773 mil trabalhadores com regis-

tro de carteira. Em 1997, elas aderiram ao Simples, surgido naquele ano. Já no ano seguinte, 1998, estas empresas enquadradas, 1,3 milhão de trabalhadores. Em 1999, o número quintuplicou, indo a 3,5 milhões de carteiras assinadas. “Os autores mostram que a maior parte desse espetacular incremento não foi devida à geração de novos postos de trabalho e sim à formalização dos empregados existentes. Ou seja, o Simples ajudou a formalizar o nicho que mais precisava ser formalizado, o das micro e pequenas empresas. Por isso, vem cumprindo o seu papel”, diz Pastores. O mesmo ocorreria com a simplificação do sistema tributário brasileiro, e de toda legislação que rege o setor empresarial. Além dos transtornos causados pela burocracia, esta também afeta a economia de outra forma: prejuízo financeiro. Segundo a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), o custo da burocracia no Brasil é superior a R$ 46 bilhões. Ou seja, supera o PIB da Letônia – uma das cem maiores economias do mundo. Segundo o consultor empresarial Cassius Pimenta, o modelo de gestão da economia brasileira tem vícios quase insuperáveis – originados em sua maioria

Multas Cad

Vistorias

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os r t as


CAPA◄► Competitividade nos desajustes fiscais dos governos, que impõe a empresários e trabalhadores o excessivo peso tributário. “O tributo alto e cobrado de forma desorganizada, ou complexa, inibem uma formalização maior da economia”, disse Cassius. Um sistema fiscal travado e complicado como o brasileiro, cria brechas para sonegação quanto para a cobrança arbitrária por parte do Fisco. Segundo a Fiesp, o PIB per capita do País poderia crescer 17% com simplificações burocráticas. Cassius Pimenta revela que apenas 10% do tempo do seu escritório, que atende médias e grandes empresas de Goiás, é usado para com procedimentos contábeis, enquanto que 90% do tempo é dedicado a suporte fiscal, trabalhista e atendimento a burocracias previstas em leis e normativas dos órgãos públicos. Para o consultor, a burocracia é uniforme. “Neste ponto, o setor público é democrático. Atrapalha todas as empresas, todos os dias. Sem exceção”, brinca. Para alcançar um melhor ambiente de negócios, aponta a presidente da Acieg, Helenir Queiroz, é necessário unir vontade política, trabalho e tecnologia. “São muitos entraves, mas é preciso dar um passo por vez. Sentimos grande abertura nos gestores públicos goianos, mas temos o papel, como entidade, de propor, e é o que estamos fazendo. Conseguimos avanços significativos graças ao diálogo com o governador Marconi Perillo e o prefeito Paulo Garcia. Tanto que o Vapt Vupt Empresarial Acieg atendeu mais de 1 mil empresários no mês na sua estreia, sem grande divulgação. Vamos quintuplicar este atendimento em poucos meses e levar o benefício da agilidade a todos empresários”, comemora Helenir Queiroz. Para quem está abrindo uma empresa, cita Helenir, ganhar um dia, uma semana faz uma grande diferença. “O empresário quer vender, o governo precisa arrecadar. A empresa parada esperando papel e carimbo não ajuda ninguém.”

Cassius Pimenta: 90% do tempo da contabilidade é gasto com burocracia

CUSTO BRASIL Confira o custo econômico da burocracia no Brasil e o que representa

Custo da burocracia no Brasil

R$ 46,3 bilhões O que representa -

10,1% do investimento (FBCF) privado (2009); Quase 300% do gasto privado em P&D (2008); 2,8% da receita líquida de vendas da indústria de transformação (2007); 2,3% do consumo final das famílias (2009).

O estudo aponta algumas alternativas para diminuir o problema - Redução da burocracia nas três esferas do setor público: - Simplificação dos procedimentos e regulamentos de natureza legal, fiscal, trabalhista e tributária, estabelecendo regras mais claras, objetivas e processos mais transparentes. - Unificar e simplificar os procedimentos e sistemas de cadastro e processamento de informações para todos os órgãos envolvidos. - Melhorar a qualidade da regulamentação, minimizando as mudanças frequentes na legislação. - Modificações legislativas visando remover entraves redundantes, reduzindo a quantidade de controles cruzados. - Diminuir o número de tributos e normas e reduzir a exigência das certidões negativas. - Estimular mecanismos mais eficientes de controle e auditoria. - Criar centrais de atendimento integrado. - Fixar prazos para respostas dos pedidos realizados aos órgãos públicos. - Redução da burocracia pela intensificação no uso dos meios eletrônicos: - Estimular a disponibilidade, acessibilidade e o uso de serviços pela internet. - Conectar eletronicamente os registros de Cartórios de Notas e de Registro de Imóveis. - Extensão da informatização das declarações e pagamentos para Estados e municípios. - Criar a janela única, um meio onde a população e empresários tenham acesso a todas as informações necessárias para executar suas atividades.

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unidade pioneira de atendimento para o empresário Entraves que dificultam a realização de negócios, como longos e demorados processos para abertura e fechamento de empresas, estão entre as principais situações que desmotivam empreendedores que desejam participar efetivamente do setor empresarial. Incentivados inicialmente por uma oportunidade e possibilidade de negócios, acabam desistindo do sonho de ter a sua empresa, quando precisam, logo no começo do negócio, ajustar documentação para licenciamento, registros, financiamentos, e aguardar longo tempo para estarem ativos no mercado. Os empresários de micro e pequenas empresas são os que mais sofrem diante desse cenário burocrático. Com a meta de reduzir de forma drástica o tempo para obter licenças, registrar empresas e ainda romper com a papelada estabelecida em processos empresariais, a Associação

Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg) se uniu com o Sebrae Goiás, Governo do Estado de Goiás e Prefeitura de Goiânia e inaugurou no dia 3 de agosto de 2012, na sede da Acieg, uma unidade pioneira de atendimento ao setor empresarial: o Vapt Vupt Empresarial Acieg. A solenidade de inauguração contou com a presença do governado Marconi Perillo e de lideranças políticas e empresariais de Goiás. A nova unidade empresarial concentra serviços do governo estadual, municipal e iniciativa privada, voltados exclusivamente para o atendimento ao empresário e ao empreendedor que deseja começar seu negócio. Por meio do Vapt Vupt Empresarial Acieg, o prazo para abertura de empresa que no Brasil chega a até quatro meses, passa para 45 dias. Segundo a presidente da Acieg, Helenir Queiroz, a meta é que até dezembro deste ano esse prazo chegue

Governador Marconi na inauguração do Vapt Vupt Empresarial Acieg

ONDE FICA

VAPT VUPT EMPRESARIAL ACIEG Horário e dias de funcionamento: Segunda a sexta-feira - das 7 às 19 horas Sábado - 7 às 12 horas Rua 14, 50, Setor Oeste.

Marconi faz consulta dos serviços na unidade GESTÃO, Empresas & Produtos | Novembro de 2012 | 25


CAPA◄► Competitividade

a 14 dias. O empresário que visita o Vapt Vupt Empresarial Acieg, além de ter foi o total de todo o suporte de profissionais de órempresários gãos públicos, treinados para ajudá-lo atendidos no a solucionar entraves empresariais, Vapt Vupt também têm o apoio de represenEmpresarial Acieg somente tantes de entidades como a Acieg e Sebrae Goiás. Quem deseja abrir um neem setembro, segundo mês gócio e não sabe nem como começar, após abertura. por exemplo, pode contar com a consultoria dessas entidades que têm como missão repassar informações que estimulem o empreendedorismo. A 1ª Corte de Conciliação e Arbitragem de Goiânia, que agora também infoi o avanço tegra o Vapt Vupt Empresarial Acieg, é de número de outro órgão que tem contribuído para atendimentos acelerar processos, resolver litígios e de agosto para desafogar débitos. setembro. De acordo com relatório emitido pela Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento (Segplan), somente em setembro foram realizados 1.108 atendos dimentos na unidade. empresários Nas avaliações pré-atendimento, que estiveram 92,57% dos usuários dos serviços do no Vapt Vupt Vapt Vupt Empresarial Acieg consideEmpresarial raram o atendimento como “ótimo”. Acieg em sePara a presidente da Acieg, ainda tembro que elegeram o há muito para ser trilhado na busca atendimento por desburocratização e racionalização como ótimo. dos serviços, mas já é possível colaborar para atender anseios do empresário, principalmente do micro e pequeno. “Com iniciativa pioneira, quereserviços do mos criar ambiente motivador e promais variados pício para negócios e, assim, acelerar órgãos goverprocessos, diminuir burocracia, redunamentais e zir custos e, principalmente incentivar instituições o empreendedorismo. Facilitar a estade apoio ao bilidade do novo empresário e daempresário queles que já estão no mercado”, são realizados afirma Helenir. na unidade.

1.108

Serviços disponíveis no Vapt Vupt Empresarial Acieg

26%

92,5%

22

3201-9523 é o telefone do Vapt Vupt Empresarial Acieg.

- Registro de empresas – abertura e encerramento - Autenticação de livros fiscais - Pesquisa de nome empresarial - Emissão de certidões (DARF e DARE) - Arquivamento de procuração - Monitoramento de processos da Juceg via torpedo - Emissão de alvará de licença e funcionamento - Emissão de documento de numeração predial oficial - Emissão de documento do uso do solo - Certificação emitida pelos Bombeiros - Emissão de nota fiscal - Certificação digital

- Corte de Conciliação - Educação empresarial - Financiamento – linha de crédito para empresa - Cadastro e inscrição estadual de Microempreendedor Individual (MEI) - Certidões Juceg - Serviços multifuncionais disponíveis em sites de esfera federal, estadual e municipal - Consultoria e atendimento Sebrae Goiás - Consultoria e atendimento Acieg, Procon Goiás e Conselho Regional de Contabilidade - Cadastro de fornecedores do Estado

Órgãos e entidades que atendem o empresário no novo espaço - Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento (Segplan) - Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) - Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg) - Agência de Fomento de Goiás (Goiás Fomento) - Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás - Procon Goiás - Prefeitura de Goiânia - Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg) - Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Goiás) - Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRC – GO)

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Projeto inédito reduz tempo de abertura de negócios Empreendedores caminharam mais um passo rumo à desburocratização da abertura de empresas em Goiás. Após a inauguração do Vapt Vupt Empresarial Acieg, que reduziu o prazo deste processo de quatro meses para 45 dias – e pretende encurtar ainda mais o caminho até o final do ano, a nova etapa é o projeto Edificação Segura. Lançado no mês de setembro pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO), em parceria com a Acieg, o projeto garante diminuir de forma considerável o tempo de liberação do alvará de funcionamento para micro e pequenas empresas. Em casos de revalidação, o prazo passa de 45 para três dias, e em situações de formalização de novos negócios, para apenas um único dia. O foco do programa é atender estabelecimentos com alguns parâmetros específicos, considerados de baixo risco. Para tanto, é necessário ter área construída de até 150 m2 e não atuar com o armazenamento de explosivos ou produtos inflamáveis. Em edificações com estas características, os procedimentos de inspeção, certificação e regularização poderão ser simplificados. Como explica o Comandante Geral do Corpo de Bombeiros, Coronel Carlos Helbingen Júnior, a iniciativa vai favorecer tanto o ganho de tempo, quanto a redução de custos. “Mesmo os empreendimentos que não se enquadrem nesse perfil terão benefícios, pois estaremos mais livres para focar naqueles que realmente apresentem riscos”, afirma. A partir de agora, o Certificado Prévio pode ser requerido nos postos de atendimento do Corpo de Bombeiros, unidades de Vapt Vupt e também por meio do site da corporação (www.bombeiros.go.gov.br). Quanto ao valor da taxa para a inspeção necessária à obtenção do certificado, esta varia de acordo com a atividade e as dimensões do estabelecimento. Conforme o Comandante de Operações de Defesa Civil, Coronel Edmilson

Eurípedes Lopes, a expectativa é de que haja acréscimo expressivo no número de edificações legalizadas, contribuindo para viabilizar o processo sem deixar de lado a segurança. AÇÃO PLANEJADA

Em números, estima-se que o programa beneficie aproximadamente 70% das 6 mil empresas abertas por ano em todo o Estado. Para a presidente da Acieg, Helenir Queiroz, o projeto do Corpo de Bombeiros é apenas uma das iniciativas planejadas em busca de continuar facilitando a subsistência das micro e pequenas empresas goianas. Segundo ela, a Associação trabalha diariamente junto a outros órgãos, visando a redução dos prazos para a liberação de alvarás. “Edificação Segura certamente representa um grande passo para servir de modelo para outros gargalos”, enfatiza a presidente. Já o secretário de Segurança Pública de Goiás, João Furtado Neto, caracteriza o programa como “um gesto de parceria com o setor produtivo, que promete manter o Estado crescendo acima da média nacional”. Neste cenário, as perspectivas, sem dúvida, são de melhorias para toda a cadeia comercial e industrial de Goiás. (MARCÉLI FALEIRO)

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Coronel Carlos Helbingen durante lançamento do projeto na Acieg


TRIBUTOS ◄► Substituição Tributária

Luz no fim do túnel

Substituição Tributária implantada pela Sefaz custa caro a consumidores e empresários. Negociações continuam

A

brir um negócio requer dedicação e não é uma tarefa fácil. Manter-se no mercado diante de burocracias e impostos é mais complicado ainda, principalmente para Micro e Pequenas Empresas (MPE). E a Substituição Tributária não tem contribuído com o sucesso do empresário. Imagine um comerciante, enquadrado no Simples Nacional, que precisa comprar mercadorias para vender durante a época de Natal, por exemplo. Até aí tudo bem. O problema é que mesmo antes da comercialização dos produtos, terá de pagar o ICMS antecipadamente. Daí surge o questionamento: o micro e pequeno empresário, diante de todas as necessidades para conquistar o seu mercado de atuação, ainda precisa pagar por algo que não sabe se conseguirá vender, além de aumentar o imposto eliminando a alíquota reduzida, o seu principal benefício fiscal, o Simples? A resposta da Sefaz é sim. A cobrança do ICMS, que passou a ser exigida antes da comercialização do produto no estabelecimento, representou aumento de 1,75% para 17% do tributo, com o regime de Substituição Tributária. A mudança da tributação mobilizou as entidades em defesa dos empresários que sentiram a sobrecarga do imposto cobrado. A proposta dos empresários, inicialmente aceita pela Sefaz, foi de ICMS para micro e pequena empresa de até 2,5%. Mas, o Fisco voltou atrás e manteve a base de cálculo do imposto de 17% - como está no novo sistema - que já foi adotada em seis setores desde 2011 e será expandida para os demais. Para a presidente da Acieg, Helenir Queiroz, a decisão é contrária à política do Estado de incentivar os pequenos negócios. “Precisamos das grandes empresas. Elas geram empregos, trazem competitividade e inovação e são as âncoras da economia de qualquer país. Mas também precisamos das micro, pequenas e médias empresas, que garantem o sustento e o emprego de 70% da população ativa em Goiás”, afirma a presidente. A nova cobrança do imposto não é novidade para o segmento. Desde 1994 a Substituição Tributária foi adotada na comercialização de telhas e caixas d’água e desde 1995, para tintas e vernizes. A substituição foi adotada para o ci-

SIMULAÇÃO Como é a cobrança do ICMS com a Substituição Tributária A indústria "X" efetua com a comercial "Y" uma operação sujeita à substituição tributária no valor de R$ 10.000,00. O preço estimado de venda ao consumidor final será acrescido de uma margem agregada de 40%*. Com estes dados, a indústria calculará e recolherá o seguinte valor de ICMS na condição de substituta tributária: - Valor de venda da indústria: R$ 10.000,00 - Margem Agregada pelo comerciante: R$ 4.000,00 - Valor de Venda do comerciante: R$ 14.000,00 - ICMS a ser recolhido pela indústria na condição de substituta tributária: ((R$ 14.000,00 - R$ 10.000,00)*17% ) = R$ 680,00 * Margem de Valor Agregado (hipotética) que se estima que o comerciante da fase subsequente vá adicionar. A efetiva MVA é divulgada por intermédio de convênios e protocolos firmados pelos estados e por meio de respectivos regulamentos estaduais. Assim, presume-se que o ICMS devido nas fases posteriores de comercialização será de R$ 680,00. Este valor será calculado e recolhido à parte do Simples Nacional pela empresa industrial, sendo adicionado na nota fiscal de venda para repasse ao seu cliente. Ou seja, a pequena empresa industrial repassa o imposto para o Estado, antes mesmo de receber a fatura do seu cliente. Além disso, terá de pagar antecipado o ICMS de seu estoque.

mento em 2003. A lista agora é ampliada em protocolos firmados no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). A diferença é que antes era mantida a alíquota reduzida. Agora, a micro e pequena empresa passou a pagar imposto “cheio”. A Secretaria da Fazenda aponta que foi enviado para a Assembleia Legislativa um projeto de lei reduzindo a alíquota de ICMS de 17% para 12% para setores que estão no Simples: autopeças, ração animal, material de construção, material elétrico e colchões. “As negociações por uma condição melhor continuam”, diz Helenir.

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NEGÓCIOS ◄► Veículos

Maior evento automotivo de Goiás Consumidores aproveitam a realização da feira automotiva

A

paixonados por carros e consumidores ávidos para aproveitar as taxas de juros atrativas e últimos meses de redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) marcaram presença na quarta edição da Experiment Motors, feira comercial do setor automotivo, realizada com apoio da Acieg, nos dias 18 e 19 de agosto, na área externa do Shopping Flamboyant. Expositores de seis marcas diferentes de carros e duas de motos, por meio de 17 concessionárias, utilizaram estratégias de marketing para atrair visitantes, que puderam testar veículos de seu interesse e conhecer possibilidades de financiamento disponíveis. Uma pista de test-drive off road, de 950 metros de extensão, foi estruturada no evento para aqueles que desejavam fazer testes em estrada de terra. Quem passou pelo evento também pôde ver uma exposição de carros antigos. O Clube de Veículos Antigos de Goiás colocou à disposição sete clássicos das quatro rodas. Avôs e pais pu-

PRIMEIRA FILA Números da Experiment Motors: - 15 mil visitantes - 150 vendas diretas e mais de 150 negócios prospectados - Mais de 550 testes-drive on road e off road - 25 financiamentos e vendas de seguros realizados pela Caixa Econômica Federal durante o evento - 1.100 atendimentos realizados no estande do Detran.

deram relembrar gerações de clássicos como o Lincon Mark V, o estiloso Oldsmobile 1969 Cutlass e até mesmo o Ford Phanton 1929 (primeiro carro da Ford produzido em linha de montagem), e outros. No estande da Acieg, espaço de ambientes de negócios esteve disponível para empresários e cursos de maquiagem foram ministrados para o público feminino que visitou o evento. Para a presidente da Acieg, Helenir Queiroz, a Experiment Motors tem a característica das preferências goianas. “Somos a quinta indústria automotiva do País e se brasileiro gosta de carro, goiano gosta mais ainda”, brincou.

Na pista: visitante fez teste off road

Na estande: convidados da Acieg lotaram espaço

Na pátio: muitos negócios e opções de marcas

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CARREIRA ◄► Formação

Ipog, a arte de compartilhar conhecimento Empresa goiana tem unidades em 19 Estados após uma década de atuação, oferecendo mais de 40 especializações

H

á pouco mais de dez anos, o empresário goiano Paulo Santana vislumbrou uma oportunidade única de investir na qualificação de profissionais, em pleno centro-oeste brasileiro. Amparado em pesquisas e na sua percepção de mercado, escolheu investir na abertura de um instituto de educação voltado para o oferecimento de cursos de pós-graduação. A ideia ganhou força com a sociedade firmada dois anos depois com seu colega de faculdade, Leonardo Oliveira. Juntos, os sócios-proprietários do Instituto de Pós-Graduação (Ipog) conseguiram, em uma década, ampliar os domínios da empresa para 19 Estados brasileiros, oferecer mais de 40 modalidades de especializações e MBAs com chancela própria e ainda incluir em seu portfólio o curso de Graduação em Administração, oferecido exclusivamente na matriz goiana. “Vimos desde o princípio que nossa missão era contribuir com a formação dos indivíduos, oferecendo a eles mecanismos de ascensão pessoal

Leonardo e Paulo comemoram: mais de 9 mil pós-graduados pelo Ipog e profissional. A saída encontrada para promover esse sucesso só poderia ser por meio da Educação”, reflete Paulo Santana. São muitos os aspectos que contribuíram para o sucesso ascendente do Ipog ao longo desses anos, e que lhe permitiram competir em pé de igualdade com instituições de ensino seculares no País. “Não focamos apenas na sua formação, mas também em melhor reposicioná-los no mercado”, comenta o empresário.

O Ipog tem difundido sua filosofia de ensino a todas as regiões do País, sendo responsável pela qualificação de mais de 9 mil alunos e de outros 7 mil que se encontram em formação. A empresa se prepara para dar um salto em sua história ao focar nos próximos anos na consolidação de sua infraestrutura na matriz goiana e nas suas filiais. A matriz recebe ainda este ano uma nova sede, mais ampla e condizente com o seu crescimento nos patamares de 30% ao ano.

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TECNOLOGIA ◄► Inovação

Exercício físico ideal está escrito nas pontas dos dedos Empresa goiana inova com método de avaliação genética e ajuda no encaminhamento para atividades físicas ANA HELENA BORGES

B

oa parte das frustrações relacionadas ao medo de desenvolver atividades ou preconceitos referentes ao corpo e a si próprio surgem no período escolar. Isto porque o sistema de inserção em modalidades físicas não avalia a real condição motora que a pessoa possui para realizar exercícios. Seja para cumprir um quadro didático da escola ou para concretizar o sonho dos pais, ao invés de aproveitar o melhor de cada indivíduo, as atividades causam traumas gigantescos na fase adulta. Problema comum a quase todos os adultos, a ideia de um sistema que fosse capaz de mapear os dados e características genéticas - decifrando até mesmo as deficiências e aptidões -, e assim solucionar o problema, invadiu as telas de cinema. Mas, este método, que parece ficção científica, é uma realidade em Goiás por meio da empresa de Requisito Tecnologia que resolveu inovar na aplicação de um método de avaliação genética, conhecido desde 1930: a dermatoglifia. Desenvolvido pelo americano Ha-

Gestor da Requisito realiza avaliação genética em estudante rold Cummings, a dermatoglifia consiste na leitura das marcas hereditárias presentes na impressão digital. No Brasil, os estudos sobre o tema se tornaram populares a partir de 1998. Desde então é empregado para análise das habilidades dos atletas. E em junho deste ano, o método foi utilizado pela primeira vez para avaliar a

capacidade física de crianças e adolescentes, com a finalidade de alinhar as atividades escolares com as características de cada aluno. Para isso, a Requisito avaliou mil alunos do Colégio Atheneu Dom Bosco e apresentou os resultados para pais e professores. Segundo o diretor da Requisito, Wellington de Oliveira, a partir dos dados da dermatoglifia, foi possível encontrar insuficiências de coordenação motora que prejudicavam a realização de atividades físicas ou comprometiam o aprendizado. Além de detectar diversos talentos para o esporte. “Por falta do encaminhamento correto, desperdiçamos no Brasil milhares de possíveis atletas. Nosso objetivo não é formar super atletas, mas contribuir para que novos talentos possam ter a preparação correta, poupando investimentos em áreas que não seriam necessárias.” Wellington afirma que a avaliação pode ser feita em crianças com idade superior a 6 anos, com baixo custo - em torno de R$ 100 – e não há necessidade de repetições em períodos estabelecidos. “É um único investimento”, brinca o diretor da Requisito.

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ESCRITURAÇÃO ◄► Contábil

Memória e identidade do setor empresarial Utilizar bem a contabilidade contribui para sucesso do negócio

A

Presidente do CRC, Henrique Batista

o contrário do que se orienta, muitas empresas ainda optam pela tomada de decisões somente pela intuição dos gestores e dispensam informações contábeis. Porém, a falta de preocupação com a escrituração contábil por parte do empresário ou do administrador, principalmente da pequena e média empresa, acarreta uma série de desvantagens que colocam em risco a rentabilidade e sobrevivência do negócio. O presidente do Conselho Regional de Contabilidade – Goiás

(CRC-GO), Henrique Ricardo Batista, acredita que a contabilidade está deixando de ser apenas um instrumento para atender ao Fisco. Para ele, saber usar os números contábeis, que até pouco tempo ficavam esquecidos nos livros e relatórios, pode diferenciar o empresário de sucesso. “A contabilidade não é luxo, mas uma necessidade de todo empresário. A escrituração contábil completa é incontestavelmente necessária à empresa de qualquer porte, como principal instrumento de defesa, controle e gestão do seu patrimônio”, afirma.

RISCOS DE OMITIR A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL 1) Se a empresa enfrenta dificuldades, tem o direito de pedir o benefício da recuperação judicial, porém, um dos principais requisitos para a obtenção desse benefício é que se apresente, em juízo, demonstrações contábeis. Inclusive em casos de falência. 2) Em relação às questões trabalhistas, a empresa que não possui escrituração contábil fica em situação vulnerável diante da necessidade de comprovar, formalmente, o cumprimento de obrigações trabalhistas. 3) As divergências que, porventura, surjam entre os sócios de uma empresa podem ser

objetos de uma perícia contábil para apuração de direitos ou responsabilidades. A ausência da escrituração contábil inviabilizará a realização desse procedimento técnico esclarecedor. 4) A não manutenção de escrituração contábil regular pode ser tipificada como crime de sonegação de contribuição previdenciária, com pena de reclusão de 2 a 5 anos e multa. 5) O Código Tributário Nacional expressa a importância da manutenção da escrituração contábil, quando menciona que os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos realizados,

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devem ser conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários. 6) O Código Civil brasileiro determina que o empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade. Esta obrigação alcança também a empresa enquadrada no Simples. Somente está dispensado da escrituração contábil o Microempreendedor Individual (MEI). 7) A falta da escrituração contábil é uma das principais dificuldades para se avaliar a economia informal.


INDÚSTRIA ◄► Moda MARCÉLI FALEIRO

“S

e você bater uma foto da indústria goiana de confecções, verá que somos criativos e produzimos uma moda bonita e diversificada”. Aos olhos do empresário Cilfarney de Ávila, é esse o retrato do referido setor econômico em Goiás. De fato, há décadas o Estado conta com vasta diversidade de escalas e técnicas produtivas no ramo de moda e confecções. Proliferam produtos dos mais variados segmentos, como modinha, moda feminina, moda praia, lingerie, moda infantil e jeanswear. Apesar dos percalços pelo caminho, muitos empreendedores seguem, gradativamente e com produtos de qualidade, conquistando parcela significativa no mercado brasileiro e no exterior. Para o gerente de Indústria do Sebrae Goiás, Cláudio Laval, o setor de confecções é um campo muito importante para a economia dos municípios goianos, pois gera bastante emprego e renda. Segundo ele, polos como Jaraguá (GO) e Taquaral (GO) são referência nacional na produção de jeans e de lingerie/moda íntima, respectivamente. Outro grande expoente é a cidade de Catalão (GO), cujo avanço recente no mercado foi amplo. Já Goiânia (GO), destaca-se pelas diversas aglomerações. Tanto indústrias, como lojas, permeiam localidades como a Avenida 85, Bernardo Sayão e 139, além do Setor Campinas, região da Rua 44 e das feiras do Sol, da Lua e Hippie. A marca Sol da Terra, por exemplo, possui espaço garantido no mercado goianiense de moda feminina evangélica. Administrada por Cilfarney de Ávila, a empresa existe há 10 anos na Avenida Bernardo Sayão. É uma loja de fábrica que faz vendas também para o interior de Goiás e outros 17 Estados, por meio de representantes. De acordo com o empresário, a ideia de segmentar a produção para o grupo evangélico surgiu de uma brecha identificada no mercado.

Goiás na vanguarda da moda Setor de confecções em Goiás se destaca em vários segmentos, atinge várias cidades e promove bons eventos. O que falta?

Cláudio Laval, Sebrae: setor eclético “Nossa clientela é fiel há muitos anos e fica sempre aguardando os lançamentos. São mulheres que, antigamente, faziam ou mandavam fazer suas próprias roupas, por não encontrarem nas lojas o que queriam.” Cilfarney explica que trabalha exatamente sob as especificidades do público-

alvo, fazendo, por exemplo, duas alturas diferentes de saias, “para atender as baixinhas e as mais altas”. Além disso, costuma lançar quatro coleções por ano: alto verão, inverno, outono/inverno e primavera/verão. O design também é totalmente feito pela Sol da Terra, e, para isso, foram contratadas duas estilistas profissionais. “Todos os modelos são imaginados aqui dentro”, diz. Para atingir o estágio em que se encontra, o empresário comenta ter sido imprescindível a parceria com o Sebrae Goiás. Ele participa do projeto Indústria da Moda Goiana, desenvolvido pelo órgão. Categórico, declara: “eles estiveram presentes por apenas três horas em minha empresa, mas é impressionante quanta coisa mudaram.” Não só este, mas três outros projetos são realizados atualmente na área de moda pelo Sebrae Goiás. São eles Confecção em Jaraguá, Confecção em Taquaral e Encadeamento Produtivo da Cia. Hering. Como expõe Cláudio Laval, existe grupo de empresas e parceiros que

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A produção de roupas em Goiás faz parte da cultura empresarial do Estado, mas precisa se organizar para novos desafios traçam planos de ação em diversas frentes, como qualificação, gestão, finanças e tecnologia. Promovem ainda cursos e palestras sobre tendências do setor, ações de mercado, missões e eventos. “Para sempre trazer novidades aos empresários, bem como contatos com novos clientes e fornecedores de insumos e equipamentos”. Outra marca goianiense que investe na aliança com o Sebrae Goiás é a Ana Motta Moda Feminina. Com origem datada de 1999, a empresa retoma o nome de sua fundadora, que a partir de 2008 passou a ter como sócia a filha, Emília Motta. A marca é basicamente voltada para a linha de camisaria e, dentro desse segmento, espera em breve se tornar referência no Estado. Além da unidade de varejo no setor Jardim Goiás, em Goiânia, a Ana Motta atende ainda o atacado por meio de representação, o que lhe proporciona alcance a diversas lojas de multimarcas pelo País. “Temos representantes não só no interior de Goiás, em cidades como Goianira, Goianápolis, Rio Verde e Aparecida de Goiânia, como também em outros Estados, a exemplo de Bahia, Tocantins e Pará”, afirma Emília. A empresária destaca como diferenciais da Ana Motta Moda Feminina, o fato de trabalhar com matérias-primas de qualidade e administrar com total

controle o processo de fabricação. Ela explica que se responsabiliza por pesquisa de tendência, desenvolvimento de briefing da coleção, desenho, pilotagem e corte em fábrica própria. Somente a costura é terceirizada para profissionais fixas, que remetem as peças de volta à empresa para o acabamento. Em termos de estilo, a marca reúne as últimas tendências em modelagem, qualidade e design. Como diz Emília, “um produto, seja qual for, tem que englobar tudo isso, pois é o que o público procura. As pessoas querem sempre algo exclusivo, não aquilo que está na loja de departamento e todo mundo tem igual.” Embora tenha perdido espaço no ranking nacional nos últimos anos, Goiás tem toda a condição para reverter esse quadro. Conforme Laval, os principais pontos a melhorar referem-se a identidade local, designer de moda, escala de produção e informalidade. Quanto ao último, várias estratégias de combate têm sido desenvolvidas. Ainda entre os desafios, Cláudio ressalta como primordial desenvolver um grande evento que constitua referência nacional da moda goiana. “Já temos alguns, mas é necessário fortalecê-los.” A considerar o calendário de acontecimentos de agosto, denominado o “mês da moda em Goiânia”, o Estado caminha

no rumo certo. GO Fashion Week, 1ª Feira Internacional do Jeans e 4º Cerrado Fashion Week compuseram este cenário. O primeiro reuniu, dos dias 8 a 10, mais de 200 marcas representantes dos polos regionais. Novidades em lavagem de jeans, sustentabilidade e maquinário foram temas de oficinas e palestras. A 1ª Feira Internacional do Jeans, por sua vez, ocorreu de 13 a 17 de agosto, integrando o Projeto Semana da Moda. Em aproximadamente 180 stands, empresas puderam mostrar as principais tendências do segmento para 2013. Além de compradores brasileiros, estiveram presentes investidores internacionais. O Cerrado Fashion Week, por fim, teve data entre 27 e 31 de agosto. Já na quarta edição, veio com o objetivo de projetar a capital de Goiás como eixo influente da moda em todo o País. As inúmeras ações realizadas, tais como happening de moda, trend tours, palestras e exposição de artistas goianos, demonstram o sucesso da iniciativa. Visando permanecer evoluindo nesse sentido, a ideia é apostar em mais união para o setor. Quando sindicatos, associações, representantes e empresários estiverem na batalha por um objetivo comum, bons frutos virão. Mas apesar disso, o progresso já se esboça entre as empresas goianas de confecções e moda.

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LOGÍSTICA ◄► Inovação

Goiás produz tecnologia empresarial de ponta Centro de Excelência de Logística é destacado como referência nacional

À

primeira vista, ninguém acredita. Tem de se contar mais de uma vez para convencer e, para muitos, ainda vale a máxima de São Francisco: “tem de ver para crer”. Mas essa é mesmo a reação de quem, pela primeira vez, toma conhecimento de que em Goiás já se produz tecnologia que, entre outras coisas, dá ordem automaticamente ao homem. Isso mesmo, o computador, sem a ação de qualquer pessoa, recebe

uma informação do sistema e coordena o trabalho do homem, ditando ações que este deve praticar para executar a informação recebida. Essa solução foi desenvolvida em Goiânia no Centro de Excelência e Inovação em Logística Ana Patrus (Ceilog), que foi criado em 2011 e apresentou, em junho, seus primeiros ‘inventos’. O objetivo do Ceilog é desenvolver soluções empresariais, viáveis e acessíveis, que atendam aos problemas logísticos de planejamento, simulação, otimização, sensorização, monitoramento, execução e

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“O objetivo é utilizar o Ceilog como um instituto de pesquisa para o desenvolvimento de novas soluções capazes de alavancar a competitividade das empresas” WAGNER PATRUS, CEO do grupo PC Sistemas


controle da circulação das mercadorias. A PC Sistemas foi a empresa responsável pela criação e formação de grupo de parceiros tecnológicos privados, que investem recursos e conhecimento no projeto. Por exemplo, ao lado do laboratório simulador, dividido apenas por uma parede de vidro, fica o laboratório de produção de tecnologia, com cerca de 40 especialistas de variadas áreas que vai de engenharia à análise de sistemas, passando pela gestão do negócio. Até o momento, já foram investidos R$ 2,4 milhões no projeto. Um dos pilares do Ceilog é que se produz tecnologia de acordo com a demanda da empresa, como o caixa de supermercado inteligente, desenvolvido para eliminar um problema recorrente nas redes varejistas. O carrinho com as compras passa ao lado do caixa, sem descer uma mercadoria, e o sensor lê, automaticamente, em alguns segundos, todas etiquetas das mercadorias compradas pelo cliente. É uma solução que reduz custos para a empresa, agrega tecnologia e satisfaz o cliente. Dentre as inovações já apresentadas pelo Centro de Excelência, destacam-se: VOZ (Voice Picking), Pick to Light (luzes indicadoras), identificação de mercadorias no estoque ou loja por radiofrequência (RFID), GIS (Geographic Information System – geoprocessamento e georreferenciamento), monitoramento via GPS ou GPRS, mobilidade (localização por celulares, wireless, redes sociais, entre outros), pesquisa operacional por plataformas de desenvolvimento (Java, C, Android) e Internet (nuvem, Internet 2.0).

O CEO do Grupo PC Sistemas, Wagner Patrus, destaca que as solução RFID são conhecidas, mas nem sempre chegavam ao empresário. “Com uma solução on demand, o empresário pode adotar a tecnologia. Só para citar um exemplo, no setor do atacado, o inventário com Tag (etiqueta) e o sistema RFDI reduzem o tempo de leitura de todos os paletes de dois dias para quatro horas.” Para Ezequiel Borges, diretor da PC e do Ceilog, o Ceilog será o principal centro produtor de inovação logística do Brasil em três anos, com a adesão das universidades no projeto, que desenvolve tecnologia aberta, combinando ideias internas e externas.

Ezequiel apresenta algumas inovações. Na foto acima, o centro de produção de tecnologia

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cenário econômico DINHEIRO

Atenção no caixa, novas notas do real Além de elementos de segurança mais modernos e mais fáceis de verificar, a Segunda Família de cédulas incorporou novas marcas táteis e tamanhos diferenciados, com o objetivo de facilitar a identificação dos valores das cédulas pelos deficientes visuais. Em agosto, o Banco Central lançou oficialmente as notas de R$ 10 e de R$ 20. As notas de R$ 50 e de R$ 100, já haviam sido lançadas pelo Banco Central. Segundo o BC, o número de falsificações tem diminuído nos últimos três anos. As notas antigas continuarão valendo e serão substituídas aos poucos, à medida que forem sofrendo o seu desgaste natural, segundo o BC. A previsão é que as novas notas de 2 e 5 reais sejam lançadas em 2013.

“O capital é como água. Sempre flui por onde encontra menos obstáculos." , DELFIM NETTO

AVISEM AO RH O TST realizou diversas alterações em sua jurisprudência, atualizando e criando novas Súmulas e Orientações Jurisprudenciais. Atendendo à GESTÃO, o advogado Rafael Lara Martins, da Rodovalho Advogados, fez um resumo das principais alterações. Rafael Lara aponta que este pacote é um “novo olhar sobre questões que envolvem diretamente a relação trabalhista no dia a dia na empresa.” Confira abaixo um breve resumo:

Estabilidade da gestante - A empregada gestante tem estabilidade no emprego desde a concepção até cinco meses após o parto. É bom lembrar que o fato de a empresa não ter conhecimento do estado gravídico não a isenta de ter de reintegrar a empregada ou pagar-lhe a indenização. A novidade é que mesmo que a empregada esteja sujeita a um contrato por prazo determinado ela alcançará a estabilidade se ficar grávida, ou seja, ainda que em contrato de experiência ou no curso do aviso prévio, a gestante estará protegida da dispensa imotivada. Estabilidade do acidentário - O empregado que sofreu acidente de trabalho e ficou afastado por mais de quinze dias tem estabilidade no emprego por doze meses após alta do órgão previdenciário. De agora em diante, mesmo que o empregado esteja sujeito a um contrato por prazo determinado (inclusive contrato de experiência ou aviso prévio) ele estará protegido pela estabilidade pós acidente do trabalho.

Estabilidade do dirigente sindical - Para que o empregado eleito dirigente sindical goze de estabilidade (12 meses após o término do mandato), é necessário que a empresa seja formalmente comunicada de sua inscrição na chapa dentro do prazo de 24 horas e em igual prazo de sua eleição e posse. Agora o TST entende que o empregado goza de estabilidade mesmo que a comunicação seja realizada fora do prazo previsto, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato.

“Estabilidade” de portador de doença grave - Será presumida discriminatória a despedida de empregado portador do vírus HIV ou de outra doença grave que suscite estigma ou preconceito. Sobreaviso (tempo à disposição) - O uso de aparelhos de comunicação pelo empregado, por si só, não caracterizariam o “regime de sobreaviso”. O TST alterou este entendimento para dizer que o uso de celulares, tabletes e computadores portáteis fornecidos ao empregado, por si só, continuam não caracterizando o regime de sobreaviso, mas esclarece que considera-se em sobreaviso o empregado que, à distância e submetido a controle patronal por estes instrumentos, permanecer em regime de plantão ou equivalente, aguardando a qualquer momento o chamado durante o descanso. Manutenção de plano de saúde - O empregado que tiver contrato de trabalho suspenso por auxílio-doença acidentário ou aposentadoria por invalidez deve ser mantido no plano de saúde ou de assistência da empresa. Jornada 12 x 36 - O TST ratificou a legalidade da instituição de jornada de 12 horas de trabalho por 36 de descanso, mas esclareceu que esta deve ser necessariamente ajustada mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho. Previu também que está assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados nesta jornada.

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ATENDIMENTO Estudo patrocinado pela Kronos aponta que 82% dos consumidores abandonam uma empresa pela qualidade do atendimento e que 60% dos clientes acreditam que as empresas não investem na boa qualidade de serviços.

REDES SOCIAIS Como a internet e as redes sociais mudaram as estratégias das campanhas eleitorais? Este foi o principal tema de debate do seminário de Marketing Político e Direito Eleitoral, realizado na Acieg, em julho. O evento proporcionou aos participantes espaço para discutir as principais mudanças das ferramentas de campanha eleitoral e para esclarecer as proibições existentes em período eleitoral. Palestrantes do seminário: o diretor da Red Man Group e da Acieg, Leopoldo Veiga Jardim; o publicitário especialista em marketing político pela Universidade São Paulo, Djan Hennemann, e o presidente do Instituto Goiano de Direito Eleitoral (IGDEL), Danilo de Freitas.

CASA PRÓPRIA DO FUNCIONÁRIO Construtora lança programa de subsídios para facilitar aos próprios funcionários a compra da casa própria. O pintor Antônio Duarte Alves, 44, mora com a esposa na casa pastoral da igreja onde é pastor. A situação provisória preocupa o casal e os três filhos já adultos e independentes, que lamentam as dificuldades da vida dos pais. Eles já foram proprietários de uma casa, mas tiveram que vendê-la para cobrir despesas familiares. Pessoas como seu Antônio, que trabalham há anos na construção civil, são o foco do novo programa da FR Incorporadora, o “Casa pra quem é de casa”, que oferece subsídios para os trabalhadores da empresa na compra do empreendimento Reality Independência, que está sendo construído em Aparecida de Goiânia.

TRIBUTOS ACIEG CRIA PLANTÃO TRIBUTÁRIO PARA SOCORRER 19 MIL EMPRESAS QUE PODEM PERDER O SIMPLES Para evitar que 19 mil empresas goianas inadimplentes com o Simples Nacional percam o benefício tributário, foi lançado em 23 de outubro, na Acieg, o Plantão Tributário. O objetivo é incentivar a renegociação de débito, por meio do Programa Recuperar II, da Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás (Sefaz). Para isso, estará disponível no Vapt Vupt Central do Empresário, localizado na Acieg, uma equipe de profissionais do Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRC- GO), da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), do Sebrae Goiás e da Agência de Fomento para orientar a renegociação. As empresas inadimplentes devem regularizar a situação até 20 de dezembro deste ano para não perderem o benefício do Simples Nacional. O Programa Recuperar II vai conceder às empresas que possuem débitos tributários estaduais descontos em multas, juros e correção monetária para que as contribuintes quitem suas dívidas e não percam o benefício da Simples Nacional. Caso a exclusão ocorra, os impostos incidentes sobre produtos e serviços que variam, para estas empresas, de 1,75% a 2,5% passará para 17%, o que segundo a presidente da Acieg, Helenir Queiroz, levará as empresas inadimplentes à falência ou a irregularidade. “Se com os impostos reduzidos estas empresas não estão conseguindo honrar seus compromissos, com o imposto a 17% elas não vou conseguir sobreviver. É de extrema importância ajudá-las, porque são os pequenos negócios os grandes responsáveis por quase todo emprego gerado no Estado”, ressalta a presidente. De acordo com o secretário da Fazenda, Simão Cirineu, a dívida total sem o cálculo de juros, multas e correções monetárias é de R$ 53 milhões. “Se fôssemos calcular tudo, esta quantia seria facilmente triplicada”, afirma o secretário que tem como objetivo – com o Programa Recuperar II – atingir todas as empresas que possuem débito.

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GESTÃO ◄► Profissionalização

Não basta crescer, tem de avançar Programa Sebrae Mais auxilia na profissionalização de micro e pequenas empresas

C

om 11 anos de funcionamento em Goiânia (GO), a empresa Oficina de Comunicação, especializada em soluções de comunicação empresarial, cresceu, se estruturou e ganhou nome no mercado. Porém, durante sete anos, os avanços foram conquistados a duras penas. "Até 2008, não tínhamos constância de clientes e funcionários. Em um ano, estávamos cheios de clientes e funcionários. No outro, sucedia o contrário", explica o diretor de Marketing e sócio da empresa, Joaquim Milhomem. A gangorra vivida pela microempresa era fruto de deficiência nas gestões de pessoas e financeira, além da falta de planejamento estratégico. "A verdade era que entendíamos de como atender bem ao cliente, prestar um bom serviço, mas não estávamos

Sirlene Milhomem ressalta o papel do programa na gestão da empresa preparados para gerir o negócio", atesta Sirlene Milhomem, diretorageral e sócia. A saída, no entanto, não estava muito distante. A poucas quadras do escritório da Oficina de Comunicação está a sede do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Goiás), no Setor Bueno. Em 2008, o casal procurou a instituição em busca de ajuda. Os dois receberam a indicação para cursarem o Programa Sebrae para Empresas Avançadas, o Sebrae Mais, que é um conjunto de soluções estratégias para que o empreendedor

continue avançando com seu negócio. Os diretores fizeram cursos de gestão financeira, além de participar de encontros com empresários na mesma situação. Foram dois meses de retorno aos bancos escolares e mais de 30 dias de acompanhamento pelos consultores. E deu certo. A Oficina de Comunicação foi reposicionada no mercado com sucesso. "Graças às orientações e capacitações do Sebrae, o negócio cresceu 60% desde então (20% ao ano)", revela. "E crescimento com constância, que é muito importante", emenda Joa-

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Elaine Maria destaca a realização de capacitação específica

Referência para empresários Procurar ajuda do Sebrae para desenvolver o negócio é uma situação cada vez mais corriqueira. Segundo a pesquisa Direcionamento Estratégico do Sistema Sebrae (dados de Goiás), divulgada em outubro passado, 45% dos empresários entrevistados afirmaram que, quando precisam de ajuda, têm em mente, em primeiro lugar, o Sebrae. Gerente de Inovação e Competitividade do Sebrae Goiás, Elaine Maria de Moura Souza lembra que a instituição oferece soluções diversificadas e a custo reduzido para que empreendedores da micro e pequena empresa continuem avançando com os negócios. "O Sebrae Mais, por exemplo, identifica as necessidades da empresa e oferece capacitações específicas." Dentro do Sebrae Mais, destaque para o Empretec, que é um serviço de apoio as empresas com soluções de inovação e tecnologia. O programa visa a melhoria de processos e produtos ou introdução de inovação, fornecendo recursos e consultoria que auxiliam empresários no desenvolvimento de novos produtos. O seminário é desenvolvido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e ministrado no Brasil pelo Sebrae.

quim Milhomem. Dentre as modificações, o microempresário conta que reduziu o número de funcionários diretos e aumentou a rede de colaboradores terceirizados. A empresa também mudou de sede, de modo a se adequar a um novo processo de trabalho e com redução de despesas. Hoje, a Oficina tem 12 funcionários diretos e o dobro de terceirizados. "Isso fez com que a gente conseguisse gerar novos negócios com mais rentabilidade." Sirlene já tem planejado o futuro. Segundo ela, os objetivos são tornar a gestão cada vez mais eficaz. Para isso, diz que, seguir rigorosamente processos e procedimentos, desde o atendimento até as ações de pós-venda, é muito importante. "É uma forma de mantermos nosso DNA em tudo que fazemos. Temos como meta, até 2016, ter um mo-

delo de negócio com capacidade de reprodução em outros mercados, talvez até pelo processo de franquia", explica a diretora-geral. MPE

Em Goiás, existem 272.660 micro e pequenas empresas (MPE), que representam 77% do total de negócios formais instalados. Juntas, as MPE geram 57,9% dos empregos (443.032) no Estado. E elas passam por momento de ascensão. A pesquisa Direcionamento Estratégico do Sistema Sebrae, divulgada em outubro pelo Sebrae Goiás, confirma a expansão econômica porque passam as MPE no Estado. 41,6% dos empresários entrevistados disseram que houve aumento no faturamento do negócio este ano em relação a 2011. Indagados sobre a percentagem, 22,4% apontaram crescimento de até 30%.

ENTENDA O SEBRAE MAIS O Programa Sebrae para Empresas Avançadas, o Sebrae Mais, é voltado às empresas com dois ou mais anos de vida, que já passaram pela fase inicial de um negócio e querem se expandir ainda mais. São empresas com mais de nove funcionários. Soluções Empretec - Seminário identifica, estimula e desenvolve o comportamento empreendedor Encontros Empresariais - Promover troca de experiências entre empresários do mesmo ou de diferentes setores, compartilhando soluções já testadas e ampliando a rede de contatos e oportunidades Estratégias Empresariais - Análise do ambiente empresarial, com identificação de portes fortes e fracos, oportunidades e ameaças para elaboração de

um plano de ação Gestão Financeira - Aprendizado de projeções financeiras, planejamento orçamentários e alternativas de mudanças estruturais na empresa Gestão da Inovação - Agregar mais valor ao negócio com a implementação de novas práticas de gestão e de marketing, até um novo produto, serviço ou processo Internacionalização - Preparação da empresa para conquista de novos mercados e atentar-se para a concorrência externa no mercado doméstico.

Mais informações:

Central de Relacionamento Sebrae

0800 570 0800

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MARKETING ◄► Estratégia

Qual a última publicidade que você viu?

Inovação na publicidade é estratégia para que o consumidor tenha maior fixação da marca ANA HELENA BORGES

N

ovos formatos de mídia e sofisticação tecnológica fizeram com que o mercado publicitário se tornasse mais competitivo e ainda mais ávido pela atenção do público, que em resposta à quantidade de informações ficou mais disperso frente às publicidades. Neste cenário a inovação se tornou a peça fundamental dos profissionais do setor, cujo resultado foi o lançamento da publicidade interativa divulgada de forma viral. De acordo com o sócio fundador da agência de publicidade Putz, que é especializada em inovação publicitária, Johnson Hávila Alves, esta busca por ser assunto – principalmente na internet – modificou até mesmo as mídias tradicionais que hoje têm de se reinventar para conquistar o público tanto quanto os conteúdos web, mas sem serem esquecidos mesmo com o bombardeio de materiais e informações. Johnson Hávila Alves cita que com este novo paradigma surgem pe-

ças inusitadas como outdoors com objetos reais em alto relevo, folders em 3D ou que se modificam conforme a maneira de manuseá-los. “São conceitos mais modernos que trazem tecnologia para as mídias tradicionais. O investimento é maior, mas o impacto também é grande porque, ao contrário das convencionais, este tipo de publicidade é capaz gerar mídia espontânea. E é isto que deve ser levado em conta na análise.” Segundo o executivo, a visibilidade das campanhas inovadoras diminuiu a resistência dos empresários em investir neste segmento, porque elas possuem maior poder de fixação do que os produtos tradicionais. “No começo da Putz, por exemplo, enfrentamos bastante resistência, mas a visibilidade criada com este tipo de material está mudando o mercado. Hoje 90% dos nossos clientes vieram atrás de ideias inovadoras para campanhas”, afirma Johnson. Para ele, o sucesso do segmento o tornou uma tendência no mercado publicitário. “As pessoas gostam de ser surpreendidas, e elas reagem a isto. Sair da mesmice deve ser a re-

“A inovação tecnológica mudou o conceito das plataformas de mídia.Os consumidores, individualmente, acessando seus smartphones, tablets e outros, são expostos permanentemente a conteúdo, editorial, e publicidade.” Zander Campos, presidente da Abap-GO gra. É esta a regra da Putz: impressionar sempre. A busca por campanhas que marquem e impressionem o público por suas inovações é reiterada pelo presidente da Associação Brasileira de Agência de Publicidades – Goiás (Abap), Zander Campos Junior, que acredita que o século XXI é marcado pelo surgimento de novas mídias.

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ELEIÇÕES 2012 ◄► Debate

Uma sabatina a ser repetida

Em ação inédita, 25 entidades empresariais se uniram em sabatina com candidatos. Modelo deve ser seguido no futuro

I

ANA HELENA BORGES

niciativa pioneira em Goiás, a Acieg, em conjunto com mais 24 entidades que compõem o Fórum Empresarial de Goiás e o Fórum da Indústria da Comunicação Goiana, promoveu em setembro uma sabatina com quatro dos oito candidatos à Prefeitura de Goiânia. O evento, que teve a presença de empresários, imprensa e representantes do setor produtivo, foi a maior rodada de debates de cunho eleitoral organizada pela sociedade civil em Goiás. A partir do evento, participantes puderam conhecer as propostas dos prefeitáveis para o desenvolvimento de Goiânia, esclarecer dúvidas e proporcionar maior integração entre setor público e empresarial. O debate promovido pelos Fóruns distingue-se dos demais já realizados por focar a propostas e programas de governo que visem o atendimento ao setor produtivo. Nesta edição, os quatro candidatos convidados a participar responderam seis perguntas relacionadas, principalmente, à carga tributária, atua-

ção para desenvolvimento tecnológico, criação de parques industriais e agropecuários, participação do setor produtivo na atuação e a possível criação de uma secretaria direcionada à indústria e ao comércio. As entidades participantes preveem a realização de sabatinas similares a esta nas campanhas eleitorais dos próximos anos. O objetivo é aproximar os projetos políticos aos anseios do setor. Segundo a presidente da Acieg, Helenir Queiroz, o formato do debate realizado possibilita análise do comprometimento dos candidatos a futuros governantes com o desenvolvimento econômico. “Queremos conhecer e questionar as propostas. E os candidatos precisam conhecer quais são as nossas reivindicações”, enfatiza Helenir. A mesma avaliação é feita pelo presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade em Goiás, Zander Campos da Silva Júnior, que acredita também serem momentos como este uma alternativa para colocar em discussão os principais assuntos que interessam os respectivos segmentos.

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“Este evento será a referência no futuro das sabatinas empresariais aos candidatos” Helenir Queiroz, presidente da Acieg



CERTIFICAÇÃO DIGITAL ◄► Prazos

Certificado: o preço de ficar de fora Sabe aquela situação que você só lembra que precisa quando vai usar? É o certificado digital. Não deixe para depois

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MARCÉLI FALEIRO

mbora a certificação digital seja exigência expressa em diversas situações contábeis, nem todas as empresas tem se tornado adeptas do recurso dentro dos devidos prazos. Àquelas que protelam a adoção do sistema, porém, cabem consequências e, porque não dizer, prejuízos consideráveis. Na ausência do certificado, o atendimento de obrigações acessórias, como a emissão de nota fiscal eletrônica, por exemplo, são algumas das ações impedidas. Dentre as respectivas penalidades, multas dos mais variados níveis atingem o responsável. São comuns casos de empresários que sofrem os efeitos da inadequação. Proprietária de uma empresa goiana distribuidora de gás, Maria de Lourdes Oliveira, protagoniza um deles. Há aproximadamente dois anos, iniciou o processo para abertura de seu negócio. Durante os trâmites, o certificado digital lhe fez falta na ocasião da entrega do Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais à Receita Federal. Obrigatória para empresas de lucro real e lucro presumido e associações sem fins lucrativos, essa declaração deve ser transmitida até o quinto dia útil de cada mês corrente. No caso de Maria de Lourdes, o prazo expirou sem que ela conseguisse efetuar a entrega. Até poderia ter sido realizado

É BOM SABER Sem certificação digital, a empresa não consegue... 1) Transmitir algumas declarações à Receita Federal, como DIPJ (Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica), Dacon (Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais) e DCTF (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais) 2) Entregar o livro digital (Sped Contábil ou Escrituração Contábil Digital) 3) Emitir a nota fiscal eletrônica 4) Utilizar serviços eletrônicos da Receita Federal, como emissão de certidões e declarações online Isso gera como consequência... 1) Multa de 2% ao mês, incidentes sobre o montante dos tributos declarados, limitada a 20% dos mesmos, cujo valor mínimo é de R$ 500 2) Multa de R$ 5 mil por mês não entregue 3) Aplicação de multa ao comprador da negociação 4) Burocracia e demanda desnecessária de tempo

pessoalmente, mas a necessidade de agendamento, somada à atribulação da empresária em meio às formalizações do novo empreendimento, impossibilitaram a transmissão. Como explica o contador da empresa, Euton Carlos Rodrigues, o cronograma da Receita na época não era favorável, por isso eles não conseguiram marcar em tempo hábil. “Se a empresa já tivesse a certificação digital, o procedimento poderia ser feito online. Mas dessa forma, acabou acarretando em multa.” Outra ocorrência ilustrativa da falta do certificado é narrada pelo diretor da

Contac Contabilidade SS, Anderson Pedrosa. “Um cliente, responsável legal de uma empresa perante a Receita, estava morando no exterior quando passou a ser exigida a assinatura digital em algumas obrigações acessórias. Enquanto ele não retornou ao País para realização de seu certificado digital, ficamos impossibilitados de atender aos compromissos. A empresa sofreu diversas penalidades.” É interessante ressaltar que a posse do certificado digital representa uma revolução como forma de desburocratizar processos.

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NEGÓCIOS◄► Fujioka

Fujioka, história de quase cinco décadas Katsume Fujioka conta um pouco dos quase 50 anos da rede MARCÉLI FALEIRO

N

o dia 11 de setembro, o convidado do Depoimento Empresarial, realizado na Acieg, foi o diretor de Expansão e Logística do Fujioka, Katsume Fujioka. A ocasião foi palco para a apresentação minuciosa dos 48 anos de existência da empresa que, nas palavras do empreendedor, “nasceu e cresceu em Goiás”. Para a quantidade expressiva de cerca de 80 ouvintes, o evento representou bem mais do que uma palestra – uma verdadeira aula sobre os meandros das dificuldades e das soluções administrativas. Fruto de idealismo e dedicação familiar, o Fujioka foi inaugurado em Goiânia (GO) no ano de 1964, sob o nome de Foto Sakura. Suas origens remontam à iniciativa de Tetsuo Shiraishi, que após quatro anos trabalhando gratuitamente como aprendiz de fotógrafo em São Paulo, retornou ao planalto central para repassar os conhecimentos aos seus sobrinhos. Foi assim que Teruó, Sussumi e Katsume descobriram o prazer da arte de fotografar. E em um período em que proliferavam oportunidades de crescimento baseadas na tecnologia, os irmãos foram de fato visionários. Katsume Fujioka conta que, incialmente, a empresa se dedicou apenas às fotografias para documentos. Mas com a expansão da rede de lojas, sua denominação foi logo mudada de Foto Sakura para o próprio sobrenome da família. A evolução do mercado também se deu de forma rápida. No fim da década de 1970, o Fujioka entrou em Brasília, e logo em seguida, já estava consolidado na maioria dos pontos mais importantes do Estado: Goiânia, Rio Verde, Itumbiara, Inhumas, Trindade, Caldas Novas e Anápolis. Para ampliar os serviços e diversificar a linha de produtos oferecidos ao público, a marca Fujioka enveredou-se pelos segmentos de som e vídeo. Em pro-

Na Acieg, Katsume revela alguns segredos do sucesso da empresa

A empresa goiana Fujioka é referência consolidada no País gresso constante, passou a abarcar ainda as áreas de informática, telefonia e ótica, entre outros. Atualmente, a contabiliza mais de 50 lojas de varejo, dois estabelecimentos de venda em atacado e dez Pontos de Distribuição Avançado (PDA’s), nas cidades de Belém (PA), Brasília (DF), Terezina (PI), Fortaleza (CE), Recife (PE), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), São Luiz (MA), Goiânia (GO) e São Paulo (SP).

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NEGÓCIOS ◄► Investimento

Novo polo industrial começa a nascer Novo espaço industrial oferece às empresas mão de obra do sistema prisional a baixo custo. Projeto já foi iniciado ANA HELENA BORGES

O

custo da mão de obra brasileira é um dos mais altos do mundo. Além dos encargos tributários, os empresários, principalmente da indústria, ainda têm de burlar os problemas gerados com a escassez da mão de obra qualificada. Tanto que, os gastos para manter um funcionário na indústria tiveram aumento de 150% de 2003 para 2009, acréscimo este que prejudica a competitividade dos empreendimentos brasileiros. Custando R$ 2 a mais por hora do que a mão de obra chinesa, por exemplo, conseguir trabalhadores capacitados com mesmo valor do que é pago nos países orientais é um sonho dos empresários brasileiros. Oferecer esta mão de obra barata é uma das propostas do Programa Esperança Polo Industrial (Pepi), da Agência Goiana do Sistema de Execução Penal (Agsep), lançado na Acieg em setembro. A iniciativa prevê a instalação de centros de trabalho de empresas privadas no Complexo Prisional de Aparecida de

Goiânia para empregar a população carcerária. Segundo o presidente Agsep, Edemundo Dias, o programa é uma forma eficiente de “promover a ressocialização dos detentos a partir da inclusão do trabalho como meio de cidadania”. Por meio do Pepi, a Agesp investirá R$ 9 milhões para a construção de 20 galpões destinados à instalação e funcionamento de empresas, e um galpão escola que irá proporcionar aos detentos acesso ao ensino convencional e de formação profissional. Por ser livre de alguns encargos sociais, a parceria entre Agência Prisional e setor privado é vista pela presidente da Acieg, Helenir Queiroz, como oportunidade única para o empresário que busca alta competitividade no mercado interno e externo. “Para cada três dias trabalhados, o detento perde um dia de sua pena, o que traz bastante interesse daqueles que buscam profissão e salário para se manter longe da criminalidade. Além de ser também uma forma humanizar o sistema prisional”, enfatiza Edmundo Dias. A previsão da Agsep é que a instalação das unidades seja concluída em 18 meses. Sendo que,

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9 milhões de reais serão investidos para a construção de 20 galpões empresariais


Como contratar mão de obra carcerária? A cartilha produzida pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), em parceria com a Agência Goiana do Sistema de Execução Penal (AGSEP) e divulgada pela Acieg, apresenta os mecanismos para contratar mão de obra carcerária. Lançada simultaneamente ao Pepi, a cartilha “Mão de obra carcerária, orientações para futuros conveniados” tem o objetivo de incentivar e orientar a celebração de parcerias com órgãos públicos e empresas privadas e oferecer oportunidades de trabalho remunerado às pessoas presas (pré-egressos). São temas trabalhados na publicação: trabalhar é criar cidadania; a empresa ganha em vantagens; o preso ganha em benefícios; parcerias de sucesso; ações para implementar; a população carcerária e o Ministério Público. Entre as vantagens de utilizar a mão de obra carcerária, o idealizador da cartilha, promotor de Justiça José Carlos Miranda Nery Júnior, destaca que a série de encargos sociais dois galpões já estão reservados para as empresas de telefonia, Telemont, e da indústria têxtil, Hering. O interesse imediato das empresas para parceria não espanta o diretor do

que recaem sobre o trabalhador comum não pesa quando o trabalhador for um preso, já que ele não tem vínculo empregatício, não recebendo FGTS, férias etc. Da parte do detento, os principais ganhos são: a ressocialização, uma fonte de renda e redução da pena. A cartilha Mão de Obra Carcerária tem distribuição gratuita e está disponível no site do MP-Goiás (www.mp.go.gov.br) e no site da Acieg, no item Cartilhas .

Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Augusto Rossini, que representou o Ministério da Justiça na solenidade de lançamento do Pepi. Segundo Rossini, a parceria firmada entre setor

público e privado é um “exemplo magnífico” de reintegração social e de maturidade na gestão empresarial das empresas do Estado. “Goiás será modelo para o Brasil”, acredita o diretor.

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COMEMORAÇÃO◄► Acieg

75 anos de vitórias do empresário

Homenagem a empresários e show com o cantor Zeca Pagodinho marcaram comemoração do aniversário da Acieg ANA MANUELA ARANTES

A

história dos 75 anos Acieg, entidade que tem como prioridade a defesa incondicional do empresariado, não poderia ser melhor representada e recontada por aqueles que fazem a economia goiana crescer: empresários fundadores de grandes redes e que fizeram diferença em épocas em que Goiás precisava avançar. Em reconhecimento a esse empenho, a Acieg realizou em maio,

evento de comemoração de seu aniversário e de homenagem a empresários goianos. Entre os homenageados, ex-presidentes da Acieg, e cinco empresários que fazem a diferença em Goiás: o sócio fundador do Grupo Saga, Antônio Maia; o fundador do Grupo Novo Mundo, Luziano Martins Ribeiro; o sócio fundador do Grupo São Jorge, Gilberto Sebba; o sócio proprietário da Halex Istar, Heno Jácomo Perillo, e o diretor da Casa Iracema, Henrique Coe. Em noite de festa na sede da Acieg, com apresen-

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tação da Orquestra de Violeiros de Goiás, foram entregues medalhas de honra ao mérito aos homenageados. Já no dia 11 de maio, as comemorações continuaram durante show Vida da Minha Vida, do cantor Zeca Pagodinho, promovido pela Acieg e realizado no Sol Music Hall. Momento em que empresários de todo o Estado e parceiros da Acieg tiveram a oportunidade de se encontrar e confraternizar. Sucessos do cantor como “Verdade”, “Deixa a Vida me Levar”, “Samba pras Moças”, marcaram o evento comemorativo.


Conheça os empresários homenageados pela Acieg ANTÔNIO MAIA – sócio fundador do Grupo Saga A vocação empresarial fez de Antônio Maia, ou “Toninho”, como é conhecido pelos colaboradores do Grupo Saga, um dos empreendedores mais respeitados de Goiás nas últimas três décadas. Atuando no segmento de veículos, a história do Grupo Saga é marcada por pioneirismo e expansão. O empresário veio para Goiânia e assumiu a presidência e o controle acionário do Grupo em 1975. A partir desta data, a principal característica das empresas do Grupo, ao longo dos anos, tem sido a destacada atuação, como líder de mercado, nas praças em que atua. Na foto, o homenageado com Henrique Tibúrcio (OAB) e Helenir Queiroz, presidente da Acieg.

Luziano Martins Ribeiro – Fundador do Grupo Novo Mundo Poucos empresários assistiram e vivenciaram tão de perto a evolução da economia goiana como Lluziano Martins Ribeiro, que montou sua primeira loja Novo Mundo há quase seis décadas e manteve o negócio em expansão, passando por planos e planos econômicos, sempre se sobressaindo no mercado. No ano de 1956, Luziano abria sua primeira loja no ramo de móveis, no centro de Goiânia, na Avenida Anhanguera. O Grupo Novo Mundo é reconhecido hoje como uma das maiores redes de móveis e eletrodomésticos do Centro-Norte do País. Na foto com Helenir Queiroz, Luziano Martins e a esposa, Edna Martins.

Gilberto Sebba – Sócio Fundador Grupo São Jorge A formação da economia goiana teve em seus pilares algumas famílias, entre elas, a Sebba, que sempre foi conduzida de uma forma moderna e inspirou centenas de empresários goianos. Gilberto Sebba foi um mestre de sua geração. Em julho de 1957, nascia em Goiânia a empresa de comércio de madeira, com o nome de Depósito de Madeira São Jorge. Ao final de 1998, houve uma grande reformulação, com ampliação do mix de produtos, mudança de logomarca e reposicionamento do negócio. Com o foco em materiais de acabamento, torna-se São Jorge Shopping da Construção Ltda. Além da forte atuação no varejo de materiais de construção, o grupo São Jorge diversifica seus negócios nos setores de construção civil e hoteleiro. Gilberto Sebba, na foto, com Helenir e Pedro Alves, da Fieg.

Heno Jácomo Perillo – Sócio proprietário da Halex Istar Visão de negócio e empreendedorismo marcam a história empresarial de Heno Jácomo Perillo, que conduziu com brilhantismo e pioneirismo em um setor que Goiás não tinha nenhuma tradição. Graças a pioneiros como Heno Perillo, Goiás, e a própria Halex Istar, são destaque nacional. Empresa sólida, inovadora e competitiva há mais de 40 anos, com excelência no fornecimento de medicamentos de alta qualidade, primando pela ética, pela responsabilidade ambiental e pelo respeito e valorização do capital humano. Na foto, Igor Montenegro, Heno Jácomo e Helenir Queiroz.

Henrique Coe – diretor da Casa Iracema Poucos podem contar a história do empresariado goiano como Henrique Coe, que conheceu, conviveu, aprendeu e influenciou todas as gerações empresariais goianienses em 75 anos de Acieg e quase 80 de Goiânia. Além de liderar várias entidades, Henrique conduziu sua vida empresarial com sucesso com tradicional Casa Iracema. O empresário ajudou a fundar a Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Católica de Goiás onde atuou como professor; presidiu a Acieg e a Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio); foi diretor comercial da Celg e presidente dos Conselhos Regionais do Sesc e do Senac, entre outros cargos. Na foto ao lado, Henrique Coe, com Helenir Queiroz e Marduk Duarte.

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novo armazém

EBM A EBM Incorporações acaba de lançar um empreendimento voltado para a classe AAA. É o Über Luxury Style, cujo nome – do alemão e denota superioridade – já antecipa o conceito inédito e exclusivo que envolve o projeto. Construído em frente à Praça da T-23, no Setor Bueno, em Goiânia, o residencial terá apenas 29 unidades, com metragem de área privativa que chega a 590 m² e vem com diferenciais de puro luxo, como itens de automação residencial, suíte máster com 51 m², acabamento superior e leitor de digital nos elevadores.

A NATURA foi reconhecida como a empresa que mais atrai os jovens brasileiros da geração Y, segundo ranking da LinkedIn.

RIVAL MULHER A Rival Calçados apresenta mais uma novidade exclusiva. A empresa escolheu o bairro de Campinas para receber a sua primeira concept store, a Rival Mulher. Com conceito inovador, a loja reúne bom atendimento, sapatos e acessórios para todos os estilos -- do básico ao chique e moderno. Pensada para atender às necessidades da mulher contemporânea, em especial a goiana, a Rival Mulher nasceu de um estudo minucioso e que contou com um alto grau de investimento. A nova loja foi concebida para estabelecer e comunicar a posição de liderança e força da mulher.

POMAROLA Líder no segmento de produtos a base de tomate e atenta às necessidades dos consumidores brasileiros, a Cargill investiu nas marcas Pomarola, Elefante e Tarantella, ampliando seu portfólio e lançando novos produtos. Em pesquisa da ACNielsen, a Cargill é líder geral no segmento de produtos de tomate com 29% de participação. O primeiro lançamento feito foi Pomarola Mais, em abril deste ano. O produto é uma combinação de tomates selecionados usados em Pomarola com o azeite Gallo extra virgem, marca de propriedade da Gallo Worldwide, mas distribuído e comercializado com exclusividade pela Cargill no Brasil.

O BOTICÁRIO Na correria do dia a dia, o desodorante já se tornou um item indispensável na vida das pessoas. Em casa, na mochila, na bolsa ou no carro, o produto está sempre presente, trazendo a sensação de frescor e proteção. Para quem gosta de aliar a praticidade do desodorante com sua fragrância favorita, O Boticário preparou uma surpresa. Os best sellers da marca chegam no formato desodorante spray nas 3.260 lojas de todo País.

GRUPO RIALMA A Rialma está agora nas redes sociais. O grupo, que opera atualmente três Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) em Goiás e entregará a quarta, a PCH Santo Antônio do Caiapó, até o final de 2012, quer usar seu novo blog e página no facebook para divulgar, além de notícias relacionadas às PCHs e à geração de energia limpa, dicas de economia, sustentabilidade e preservação do meio ambiente.

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fim de semana HOTEL TRANSILVÂNIA Na animação Hotel Transilvânia, monstros vêm para descansar da perseguição dos humanos em um resort cinco estrelas. Certo dia, durante a comemoração do aniversário da filha de Drácula (Adam Sandler), um humano aparece no local, e apaixona-se pela filha do poderoso vampiro. Dirigido por Genndy Tartakovsky, criador dos desenhos Samurai Jack e As Meninas Superpoderosas.

OS 3 PATETAS

INDIANA JONES

O enredo, inspirado pelo 'Os Três Patetas' original, terá o trio recémnascido abandonado em um orfanato e vai acompanhá-los até a idade adulta. Moe (Chris Diamantopoulos), Larry (Sean Hayes) e Curly (Will Sasso) tentam salvar o orfanato em que cresceram sob os cuidados das freiras Mary-Mengele (Larry David) e Rosemary (Jennifer Hudson), e da madre superiora (Jane Lynch). Ao mesmo tempo, se veem investigados em uma trama de assassinato e de um reality show televisivo.

A caixa com a quadrilogia Indiana Jones em Blu-ray teve sua data de lançamento no Brasil definida pela Paramount. Indiana Jones: A Aventura Completa chegará ao país em 20 de setembro. O destaque é a versão restaurada de Os Caçadores da Arca Perdida. Ano passado, Steven Spielberg elogiou a produção e sugeriu que não faria correções nos efeitos do filme para o lançamento em Blu-ray .

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A Consulcamp vem acompanhando a convergência do Brasil às Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS), bem como, às novas exigências da legislação brasileira provendo seus clientes no atendimento dessa nova visão de transparência dos negócios. Dentre as atuais exigências fiscais, o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) muito tem preocupado as empresas que, hoje, apresentam todas as suas operações ao governo por meio de arquivos digitais, que podem ser preliminarmente auditados evitando o envio de informações errôneas.

A

atenção dedicada aos seus clientes e à formação de seus colaboradores pode ser o sucesso de muitas empresas. Este é o caso da Consulcamp Auditoria e Assessoria que, com uma equipe especializada em atender às necessidades dos clientes, vem alcançando seus objetivos desde a sua fundação em 1976. Para atuar com permanente sucesso em consultoria, auditoria e assessoria de empresas nacionais e multinacionais, seus sócios fundadores Mário Presente e Antonio Marcos Favarin associaram-se a Marcos Francisco Rodrigues Sousa, Ricardo Lopes Cardoso, Marco César Favarin e Matheus Carlo Favarin e, recentemente, a Fábio da Silva e Almeida, sócio responsável pelo escritório em Goiânia (GO). A Consulcamp atua nas áreas contábil, fiscal, tributária e societária, tendo também como foco de atenção as áreas trabalhistas, controladoria, controle interno, administrativo e financeiro. Com registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) atende às exigências de auditoria nas grandes empresas. Para estar mais próxima de seus clientes, além de sua matriz na cidade de Campinas (SP), conta com escritórios nas cidades de São Paulo (SP), Goiânia (GO) e Recife (PE).

Na área societária, a Consulcamp, atendendo às demandas de todas as naturezas, tem se destacado pela profissionalização de empresas familiares, além da realização de aber bertu tura, transformação, fusão, cisão, incorporação, avaliação de empresas, sejam elas nas sociedades limitadas, anônimas, associações, holdings e cooperativas. A longevidade de uma sociedade passa por saber reconhecer entre os próprios sócios as suas qualidades e as suas limitações, respeitar-se mutuamente, enfrentando com honestidade e humildade as saudáveis divergências de opiniões, sempre focadas no sucesso do negócio. Tais premissas, têm nos proporcionado nesses anos ricas experiências nos processos de sucessão de empresas. O segredo do sucesso, segundo seus fundadores, é o aconselhamento na resolução e decisão dos casos societários. Este cuidado faz com que alguns clientes estejam conosco há mais de 35 anos.


Associado Conversa com o

Goiânia, novembro de 2012 - Ano V - n° 15 - www.acieg.com.br

Cartório Mais, de Norte a Sul MARCÉLI FALEIRO

A

pesar da origem de fundação recente (ano de 2009), a Rede Cartório Mais teve seus ideais plantados em meados da década de 1950. Da visão empreendedora de um cartorário do interior de Goiás, surgiu a semente para um negócio promissor, que seria mais tarde levado adiante por seu neto. Marcus Aurélio Naves, hoje diretor de franchising da empresa, conta que o trabalho realizado pelo avô em espírito rudimentar, foi repassado à sua geração por meio do pai. “Já com esta visão do ramo, tive uma experiência profissional de 14 anos na Europa. Foi quando identifiquei um mercado adormecido no Brasil, cuja capacidade de crescimento era imensa devido à possibilidade de aplicação no sistema de franchising.” Em contexto familiar e visionário, nasceu a rede que é referência nacional no segmento especializado em assistência cartorária. Após três anos de estrada,

já é considerada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) a maior franqueadora do Estado de Goiás e uma das maiores do Centro-Oeste, somando mais de 115 franquias em todo o País. O Cartório Mais foi criado para facilitar a emissão de certidões e registros públicos, primando pela desburocratização, com redução de prazos e custos. De acordo com Marcus Aurélio, um compromisso de utilidade pública, que carrega a responsabilidade de fazer com que a população tenha acesso a documentos originais de qualquer local do Brasil. São mais de 400 modalidades de serviços oferecidos, num portfólio em constante ampliação. A Rede Cartório Mais está habilitada a realizar protestos, notificações extrajudiciais, reabilitação de crédito e Gerenciamento Eletrônico de Documentos (GED), entre outros. O diretor de franchising destaca a criação de uma Central de Atendimento voltada para o franqueado, com capacidade para realizar buscas de mais de 220 tipos de certidões. “Contamos com quase 100 advogados trabalhando na execução

Marcus Aurélio: 400 modalidades de serviço cartoriais dos serviços. Esse é o nosso diferencial: a preocupação com a ponta, com o cliente final”, enfatiza. Recentemente, o Cartório Mais passou por grandes acontecimentos, consolidando seu espaço no mercado. Foi inaugurada no mês de maio de 2012 a nova sede. Em junho, por sua vez, a franqueadora ganhou em visibilidade, ao se tornar uma das três empresas mais visitadas durante a feira ABF Franchising Expo 2012. Para Marcus Aurélio, motivo de bastante orgulho e satisfação, por inserir uma instituição goiana entre as cinco maiores em demanda de cadastro para compra de franquias.

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ARTIGO

Helenir Queiroz

Custo maior, serviço pior

N

ão há imposto que chegue para acalmar o apetite do Leão. Tem gente demais consumindo nosso dinheiro sem gerar nenhuma riqueza para o País. Pior que isso, tem gente para criar as mais de 8.000 leis, normas, portarias editadas todo ano que regulamentam a vida de quem produz nesse País. Precisamos de leis e regras. Mas o cipoal tributário, ambiental e regulatório excede o pesadelo mais tenebroso que possa ser imaginado. E não há meios de reduzir a sanha regulatória do Estado brasileiro. Gente demais para fazer serviço de menos, comunicação deficiente, baixa integração entre órgãos governamentais, sobreposição de atividades, foco no controle e não no serviço ao cidadão. E ficamos nos perguntando: porque tudo no Brasil custa tão caro? Carga tributária é

“(No setor público) é gente demais para fazer serviço de menos, comunicação deficiente, baixa integração entre órgãos governamentais, sobreposição de atividades, foco no controle e não no serviço ao cidadão” uma das respostas. Mas burocracia e ineficiência também são componentes importantes do Custo Brasil. Temos tantas taxas a pagar, tantos fundos a alimentar, tantos órgãos para atender e tanta gente a nos cobrar que o peso começa a ser insuportável. E não estamos falando só do dinheiro não. Porque atender as exigências destes órgãos toma tempo e custa dinheiro também. E há leis e normas para

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todos os gostos, elaboradas com a maior da boa intenção sem olhar as consequências disso. Este ano a arrecadação mostrada no Impostômetro atingiu um trilhão 15 dias antes do ano passado. E olha que nosso PIB está encolhendo... E do outro lado o País, Estados e municípios choram falta de verba para investimentos até para o custeio porque a folha consome todo o recurso. É mais ou menos como um dono de restaurante que contrata duas cozinheiras, dois auxiliares e um garçom mas não tem dinheiro para comprar arroz e gás. Enquanto isso, quem vai aos Estados Unidos fica de boca aberta com os preços praticados lá, onde os serviços públicos funcionam de verdade. É que o custo do governo brasileiro em não cabe mais no PIB do Brasil. Helenir Queiroz é empresária e presidente da Acieg


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galeria

Nesta edição, GALERIA traz trabalho de MANOEL DE SOUZA E SILVA, fotógrafo e estudante de música.




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