Revista Gestão ed. 36 - Balanço de gestão da presidente Helenir Queiroz

Page 1

GESTテグ,

revista 36 balanテァo hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:09 Page 1

Revista de Negテウcios da Acieg

Empresas & Produtos

www.acieg.com.br

Ano VIII - Nツコ 36 - Dezembro de 2015

R$ 9,00

2010-2015 CINCO ANOS DE MUITO TRABALHO


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:09 Page 2

NÃO PERCA TEMPO! AGORA VOCÊ PODE FAZER SEU CERTIFICADO DIGITAL NA ACIEG!

A Soluti emite Certificados Digitais no Vapt Vupt da ACIEG, aproveite esta oportunidade! Segurança em suas transações via internet. Melhor custo-benefício na emissão do Certificado Digital. Agilidade e qualidade no atendimento. Disponível em todo o país com mais de 580 pontos de atendimento! Ganhe uma proteção Kaspersky (antivírus) para seu equipamento. Toda a segurança e confiança da Soluti com as soluções que você e seu clientes precisam.

CENTRAL DE ATENDIMENTO:

62 3999 6000 WWW.SOLUTINET.COM.BR


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:09 Page 3

conversa com o leitor

Crise? Vamos falar de solução

C

rise é a palavra que mais vamos ouvir nos próximos 12 meses. Aos mais sensíveis, força para não se abater, não deprimir. Aos mais frágeis, atenção para não tombar. Aos desatentos, foco, foco e foco. Crise é rotina em uma economia capitalista, é um fenômeno cíclico. É indesejável? É. Mas é o ajuste natural de qualquer sistema que acumula excessos, desvios e desgastes. A crise vem e reorganiza a bagunça. Desta vez, é mais dolorosa porque a crise nasceu e cresceu dentro do agente econômico que mais suga e o que menos trabalha, que é, claro, o setor público. Os governos são mestres em cobrar muito e fazer pouco. Desta vez, fizeram tão pouco que empurraram o País rumo a uma violenta crise. As empresas estavam razoavelmente organizadas. As famílias nem tanto, pois o orçamento há muito não entrava no azul, pois grande parte dos brasileiros vivia um momento econômico otimista, de renda e crédito em alta, excesso de oferta de bens e serviços antes inacessíveis. Os desacertos da política econômica sugaram a liquidez da economia. O excesso foi embora. Sobrou a escassez. A história do empresário brasileiro é driblar a crise – mas é bem verdade que um tombo deste tamanho fazia tempo que não ocorria. Enferrujado ou não, vamos reconstruir essa agenda positiva, falar do problema para encontrar a solução. Lamente apenas o dia ser pequeno para tanto trabalho: trabalhe. Nesta edição, vários temas para refletir seu negócio: balanço da gestão Helenir Queiroz na Acieg, de 2010 a 2015; um bate papo franco com Regiane Romano, especialista em tecnologia para vendas no varejo; os vinhos goianos que ganham destaque nacional; histórias empreendedoras do Sebrae, entre outros. É bom tirar um tempinho, mesmo com a crise incomodando, para ler a Gestão. Não deixe de participar, mandar sugestões e críticas. Boa Leitura

expediente 43ª Diretoria

Presidente Helenir Queiroz

MISSÃO DA ACIEG Atuar na defesa incondicional do setor produtivo, fomentando e desenvolvendo ações que viabilizem a sua integração com a sociedade.

GESTÃO,

Revista GESTÃO, Empresas & Produtos é uma publicação da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg) PRODUÇÃO DE CONTEÚDO

Editor

Leandro Resende (JP-1145) Reportagem Iara Nunes Caio Barbosa Infográficos

Andriel Coutinho de Morais Estagiários Marina Romagnoli Jéssica Adriani

Colaboração Hariane Rodrigues Fotografias Renan Acyolli Assessorias/Divulgação Diagramação e Projeto Contemporânea Gráfica PUC

CONTATOS REVISTA GESTÃO

REDAÇÃO

COMERCIAL (ANÚNCIOS)

(62) 3237-2616 ou 3237-2642

(62) 3237-2608

E-mail: imprensa@acieg.com.br CONTATOS ACIEG

GERAL - 3237-2600 PRESIDÊNCIA - 3237-2631 ADMINISTRATIVO - 3237-2622 JURÍDICO - 3237-2629

Leandro Resende, editor.

IMPRENSA - 3237-2616 EVENTOS-CURSOS - 3237-2624 ACIEG JOVEM - 3237-2609 1ª CORTE- 3237-2627

ACIEG www.acieg.com.br

Rua 14, Nº 50, Setor Oeste, Goiânia-GO – CEP: 74120-070 CNPJ: 01.615.301/0001-92

Telefone geral: (62) 3237-2600 Fax: (62) 3237-2602 3 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Dezembro de 2015


GESTÃO,

revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:09 Page 4

Empresas & Produtos

Caderno Especial

O LEGADO DAS 42ª E 43ª DIRETORIAS

Um balanço do ciclo Helenir Queiroz na condução da Acieg, com vitórias e lutas, como o combate à burocracia e à elevação de impostos, a implantação dos Códigos do Contribuinte e a criação do Vapt Vupt Empresarial. O caderno traz 19 páginas históricas.

4 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Dezembro de 2015


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:09 Page 5

11

ENTREVISTA COM REGINA ROMANO

Colunas

33 CERTIFICADO

6 DE PRIMEIRA

14 TECNOLOGIA

16 MUNDO EXECUTIVO

18 PARADA OBRIGATÓRIA 52 ARMAZÉM

53 FIM DE SEMANA 57 ARTIGO

58 GALERIA

38

PROPOSTA DE EMPRESÁRIOS PARA REVITALIZAR PRAÇA DO TRABALHADOR

45 FRANQUIA

SOLUTI É NOVA PARCEIRA DA ACIEG

ENTENDA COMO FUNCIONA OS TRIBUTOS

MELHOR CAMINHO É A CONCILIAÇÃO

POR QUE O BRASILEIRO LÊ TÃO POUCO?

8 CORTE

40 UMA DOSE

GOIÁS GANHA DESTAQUE MERCADO DE VINHO

42 LEITURA

56 TELEFONIA

PLANEJE E GASTE MENOS COM TELEFONE

EMPREENDER

49

21

SEBRAE-GO TRAZ EMPREENDEDOR DE SUCESSO

GESTÃO, Empresas & Produtos | Dezembro de 2015 | 5

Acompanhe a Acieg: facebook.com/acieg twitter.com/acieg

55

flickr.com/acieg

UM AMIGO DE TODOS

Tony Martins, da República da Saúde, homenageado pela Gestão: sua última entrevista.


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:09 Page 6

de primeira

“Basicamente, a Gestão significa influenciar a ação. Gestão é sobre ajudar as organizações e as unidades a fazerem o que tem que ser feito, o que significa ação” HENRY MINTZBERG, escritor canadense, mestre em gerência pelo MIT

Juceg

Gestão Acieg

A Acieg, juntamente com entidades parceiras, busca maior representatividade do setor empresarial na Junta Comercial do Estado de Goiás (JUCEG). Para isso, o deputado estadual Virmondes Cruvinel se dispôs a criar um projeto de lei que atenda, também, às necessidades do empresariado goiano.

A Acieg adotou o software Nectar CRM, desenvolvido pela empresa Colmeia, um gerenciador de tarefas que tem como principal função o acompanhamento de atividades realizadas pelos membros da entidade. Dessa forma, as tarefas são dividas para que todos colaborem e não sobrecarreguem, tanto para quem produz como para quem gerencia.

Café com franquia

A Acieg realizou o primeiro Café com Franquia, um momento para que empresários se conheçam e discutam o mercado, que só em 2014 faturou mais de R$ 127 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira de Franchising. O evento faz parte de um projeto idealizado pela Acieg que é realizado mensalmente e atrai não apenas quem possui uma franquia, mas sim todos que pretendem investir ou possuem interesse na área.

Novo serviço

A Acieg oferece novo benefício aos seus associados. Trata-se de uma consultoria especializada para auxiliar os associados em questões relacionadas a crédito a receber de órgãos públicos (federal, estadual e municipal). A ação tem como objetivo oferecer os caminhos legais e rápidos, independente da existência de certidões negativas de débitos das três esferas do governo.

Nota de repúdio

A Acieg se colocou contra a decisão do Governo Estadual de exigir a certidão negativa de débitos para a transferência de veículos, que foi proposta em novembro. A justificativa de que a medida irá diminuir a inadimplência e aumentar a arrecadação não considera que as consequências serão perversas para o comércio de veículos usados no Estado, uma vez que engessa por completo as negociações de compra, venda e troca com pessoas físicas.

6 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Dezembro de 2015


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:09 Page 7

OBRAS A TODO VAPOR

LIBERADO

PARA CONSTRUÇÃO EM

AGOSTO DE

O PRIMEIRO CONDOMÍNIO FECHADO PARA GALPÕES E INDÚSTRIAS DO EIXO GOIÂNIABRASÍLIA TOMOU FORMA.

Portaria

2015

SEGURANÇA EGU EGURANÇA UR RA AN NÇ ÇA Ç A JU J JURÍDICA. UR RÍD RÍ ÍD DIC IC CA A A. IN INVISTA NV VIS VI IST STA ST TA A NO O QUE QU Q UE É SEU. UE EU. U U.

Facilities

Futuras instalações de galpões

SEGURANÇA E INFRAESTRUTURA PARA CRESCER:

Muro Externo

FACILITIES PARA AUMENTAR A PRODUTIVIDADE E REDUZIR OS CUSTOS: -

- Localização Estratégica, próximo à BR-153 - Segurança 24h com controle de acesso - Vias largas e preparadas para a manobra de veículos de carga - Pátio de carga e descarga - Balança para pesagem de caminhões - Praça de eventos e esportes - Heliponto e hangar

Alimentação/Conveniência Clube de compras Locação Sala de treinamento Posto bancário Despachante

ÁREAS DE 1.000 A 8.000 M² Coordenação e Vendas

Vendas:

(62) 4006-2600

(62) 3240-2300

CJ-19065

ACESSE: ALLPARKPOLOEMPRESARIAL.COM.BR E SAIBA MAIS.

Vendas:

(62) 4013-4000

(62) 4006-2600


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:09 Page 8

JUSTIÇA ◄► Agilidade

Empresário, já tentou a conciliação?

Lei de Arbitragem passa por modificações. Há 19 anos, Acieg foi pioneira e implantou Corte de Conciliação, que ajuda desafogar o Poder Judiciário no Estado No primeiro semetre deste ano, o presidente da República em exercício, Michel Temer, sancionou alterações na Lei de Arbitragem (Lei 9.307/96). O projeto de mudança tramitava no Congresso desde 2013. A lei foi criada para auxiliar empresários e sociedade em geral na solução de conflitos com a mediação de uma terceira pessoa. Uma das novidades é que poderá ser aplicada também à administração pública direta e indireta. As mudan-

ças já entraram em vigor e estão em adaptação. Para tratar dessas ações, foi criada em 1996, na Acieg, a 1° Corte de Conciliação e Arbitragem (CCA) de Goiânia. O órgão soluciona problemas em menor tempo e ajuda a descongestionar o Judiciário. A 1° CCA “funciona como um filtro entre o problema e a solução”, explica o conciliador árbitro José Costa Neto. (JÉSSICA

ADRIANI)

José Costa Neto: Conciliador da 1ª CCA


revista 36 balanรงo hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:09 Page 9


revista 36 balanรงo hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:09 Page 10


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:09 Page 11

entrevista REGIANE ROMANO

Inovação é estratégia e criatividade

GESTÃO, Empresas & Produtos | Dezembro de 2015 | 11


A

revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:09 Page 12

entrevista: REGIANE ROMANO

"E a inovação, não necessariamente, significará investir muito dinheiro, mas sim, muita criatividade, estratégia, disciplina e foco."

pA paixão pelo varejo e tecnologia levou Regiane Romano a fazer 5 pós-graduações, mestrado, doutorado, e estar de olho em um pós-doutorado focado na aplicação da Internet das Coisas no varejo e analisar o impacto que ela terá nos processos, nas empresas e nas pessoas, principalmente com relação à segurança e à privacidade. Ela está chegando aos 30 anos de carreira e contou um pouco desta trajetória à Gestão. Confira: POR IARA NUNES

A última edição da Revista Gestão discutiu uma realidade em que houve o aumento do número de consumidores pela internet, mas a estagnação na quantidade de lojas que disponibilizam o e-commerce (em Goiás). Por que alguns empresários ainda não entendem a importância do meio digital atualmente? O e-commerce é uma realidade e veio para ficar! Na verdade, estamos na era do e-business, que vai muito além apenas do e-commerce. Trata-se da virtualização do relacionamento entre diversas entidades: alunos x professores, médicos x pacientes, governo x cidadãos, varejo x clientes, enfim, é um novo modelo de negócios e que irá impactar todos os segmentos. O varejo conta com várias formas de vendas e necessita da integração entre todos os canais, o que tem se tornado um grande desafio para os varejistas contemporâneos. O mais importante para o consumidor final é que todos os canais sejam integrados e únicos. É necessário quebrar os paradigmas de que a tecnologia é cara e inacessível aos pequenos varejistas. Na verdade, todos terão que inovar para sobreviver. E a inovação, não necessariamente, significará investir muito dinheiro, mas sim, muita criatividade, estratégia, disciplina e foco.

Certamente que para isto, o fundamental é ter um controle muito eficiente dos estoques, dos clientes e da gestão.

Em 2009 você mencionou em uma entrevista (na feira do Varejo de Nova York) que a tendência da época era a de que as compras seriam feitas por meio de celulares, e isso se tornou realidade. E hoje, quais são as tendências de tecnologias para varejo? O que pode ser o diferencial? Estamos no meio de uma grande revolução. É a maior que a humanidade já passou. Teremos que nos reinventar e para o varejo não será diferente! A inovação abrangerá diversas tecnologias, principalmente as que já estamos discutindo há muito tempo, como a de RFID – Identificação por RadioFrequência – que ajudará a tornar as operações do varejo mais inteligentes e eficazes: recebimento, vendas, prevenção de perdas, inventário, logística, ressuprimento e tornará o varejo mais interativo. Além da RFID, os sensores, os atuadores a mobilidade, a tecnologia vestível, o Big Data e a tecnologia 3D já estão impactando fortemente os negócios. Se fizermos uma análise, nos últimos 20 anos nossas vidas foram completamente transformadas pelos dispositivos e

acessórios que estão disponíveis e isso é apenas o começo! Estamos virtualizando e digitalizando o analógico e com isso nossas vidas estão sendo expostas nas redes sociais que estarão integradas aos grandes bancos de dados e às ferramentas analíticas inteligentes que visam nos avaliar e nos oferecer o que nem sabíamos que iríamos desejar. Por outro lado, privacidade é algo que já não nos pertence mais... Assim, cada cidadão deverá ficar alerto com relação à sua segurança física e principalmente virtual.

Quais são as principais deficiências no Brasil em relação à tecnologia utilizada para vendas no exterior? Não é só no Brasil que temos rejeição ao uso das tecnologias no varejo. Acredito que o maior problema das empresas é o préconceito ou a ignorância! O préconceito de achar que a tecnologia é cara e a ignorância em não saber (ignorar) os reais benefícios que ela poderá trazer para os seus negócios. É fundamental saber mensu-

12 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Dezembro de 2015


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:09 Page 13

rar o ROI – Retorno Sobre Investimentos- das tecnologias. Um exemplo é a RFID. Tenho estudado e acompanhando a evolução desta tecnologia no Brasil e no mundo e, infelizmente, percebo que ainda grande parte dos varejistas e fabricantes não entenderam os reais benefícios que a tecnologia oferece, em relação à redução dos custos operacionais e do aumento da eficácia da operação. Outro problema é a nossa legislação que algumas vezes não nos dá flexibilidade, como é o caso dos PDVs que estão mudando agora com a chegada do NFC-e, que permitirá o uso de dispositivos móveis para vendas, já que os ECFs (emissores de cupom fiscal) deixarão de ser obrigatórios e as transações serão integradas assim como as notas fiscais eletrônicas. Ou seja, estamos em um momento mágico! O mundo está mudando rapidamente e a tecnologia está se tornando acessível para uma gama maior de consumidores, que passarão a exigir lojas mais conectadas, automatizadas e interativas.

Você veio recentemente a Goiânia com a palestra “Novas Tecnologias aplicadas ao Negócio”, e teve contato com os varejistas goianos. O que há de positivo em Goiás no segmento? E o que pode ser melhorado a fim de aumentar a produtividade e vendas? O atendimento é maravilhoso. As pessoas são simpáticas e solícitas. Vi várias iniciativas tecnológicas que já estão sendo aplicadas (quiosques interativos, digital signage, aplicativos móveis, QRCode, entre outros), mas o importante é a busca pelo conhecimento do que já está disponível em termos tecnológicos para os mais diversos segmentos. O fundamental é saber entender quais

da indúss cia ên nd te s da a um é ta Es " tria 4.0 que já está sendo discutida no mundo. As empresas deverão ter fábricas que produzam em massa, de forma personalizada... um grande desafio.”

são os problemas atuais do seu negócio. A partir deste diagnóstico, o varejista deve procurar soluções tecnológicas que possam ajudá-lo a resolver estes problemas. Sempre alerto para que não comprem tecnologia pela tecnologia ou porque está na moda! A tecnologia deve vir para agregar valor e isso só ocorrerá se for efetuada uma revisão nos processos e na forma como a empresa opera.

As vendas online possibilitaram uma mudança na relação consumidor-venda, o que trouxe uma diminuição significativa no número de vendas das lojas físicas. O que esses empresários devem fazer para suprir essa queda? Devem tornar a experiência de compras mais agradável e mais divertida, promovendo uma compra diferenciada. Não deve vender produtos e sim solução! Deve entender o consumidor, saber suas necessidades e surpreendê-lo! Por exemplo, eu tenho um sério problema: Calço 42 e não encontro sapatos nas lojas tradicionais. Já falei isso para diversas marcas e o que fizeram? Nada! Querem vender o que elas têm e não o que os consumidores desejam. Sou alta e não encontro calças, camisas, roupas em geral. Vivo falando que as marcas deveriam ter produtos mais longos, pois não sou só eu que tenho estes problemas, ou mais curtos, pois há vários clientes que necessitam cortar as

roupas por terem uma estatura menor, gerando desperdícios de tecidos, de tempo, enfim, não agradando o consumidor. Se olharmos para os shoppings, a maioria está com o mix muito parecido, passando pelas praças de alimentação, serviços e produtos, ou seja, se eu não encontro sapatos em um, certamente não encontrarei no outro. É hora de inovar! Cabe lembrar que o seu concorrente está a um clique de distância e que seu consumidor está cada dia mais bem informado e assediado, esperando soluções personalizadas e não massificadas. Esta é uma das tendências da indústria 4.0 que já está sendo discutida no mundo, ou seja, as empresas deverão ter fábricas que produzam em massa, de forma personalizada... um grande desafio para todos os elos da cadeia. Por que se interessou em estudar varejo e tecnologia? Quais são seus projetos futuros? Eu amo tecnologia e adoro o varejo! Desde criança sempre gostei de vender, de atender, de aprender, de pesquisar, de analisar e de me relacionar, o que é fundamental para atuar tanto na área de tecnologia quanto na de varejo. Gosto de tudo o que é desafiador e a tecnologia e o varejo não têm fim! Quando você acha que entendeu, já está obsoleto! Quando acha que está ficando bom, já tem mais um universo para aprender, ou seja, ambos lhe desafiam o tempo todo e isso me move e me motiva!

GESTÃO, Empresas & Produtos | Dezembro de 2015 | 13


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:09 Page 14

TECNOLOGIA◄► Mobilidade

Aplicativos que não podem faltar em sua empresa

A

ssim como a tecnologia se faz presente na nossa vida pessoal, por meio de redes sociais e aplicativos de conversação, ela está inserida também no meio empresarial. Pensando nisso, esta edição da Revista Gestão traz dicas de aplicativos que vão facilitar sua rotina com os negócios, independente de onde estiver.

TWEETDECK

Com o aplicativo, fica mais fácil usar o Twitter para acompanhar as principais tendências em tempo real. O programa divide a tela do tablet em duas grandes colunas, onde é possível visualizar seus contatos e os tópicos mais comentados no microblog. Pode ser uma boa maneira de manter contato constante com clientes e fornecedores. O aplicativo é gratuito. Disponível para iOS e Android.

COFFITIVITY

Precisa estimular a criatividade? O Coffitivity recria sons ambientes de uma cafeteria para estimular a criatividade e a concentração de seus usuários. O programa está disponível no site oficial e os aplicativos estão no iTunes ou Google Play.

EVERNOTE

Está com a agenda cheia e não quer se esquecer dos compromissos? O Evernote pode te ajudar. Trata-se de um bloco de rascunhos, lembranças, notas, pensamentos e referências para Windows, Android, iOS, Windows Phone, Mac, Firefox, Safari, Web, Blackberry e Sony Ericsson X Series. Tem ainda extensão para o Chrome. Formalmente, este aplicativo tem a função de coletar, organizar e anotar essas informações anotadas no seu computador, celular, ou até mesmo através do website, e sincronizar tudo isso com um banco de dados virtual só seu.

LASTPASS

O aplicativo permite que o usuário armazene todos os seus logins e senhas para que o aplicativo preencha os formulários de forma automática. Para aqueles que são cadastrados em diversos sites e não querem se preocupar em memorizar todas as senhas, o app permite que seja criada apenas uma senha mestra que será usada. O aplicativo custa US$ 1 por mês. Disponível para iOS e Android.

DROPBOX

É um daqueles aplicativos indispensáveis para quem precisa viajar com frequência. O Dropbox é uma espécie de HD virtual, que acompanha você para todos os lugares. É compatível com computadores, smart¬phones e, claro, com os tablets. Tem uma versão gratuita, para quem usa até 2 GB. O aplicativo custa US$ 10 (para armazenar até 50GB) e US$ 20 (até 100GB). Disponível para iOS e Android.

TRELLO

Com o Trello é possível criar e gerenciar grupos de trabalho individuais ou coletivos. Os usuários podem estabelecer prioridades e acompanhar o deadline e o andamento de cada tarefa. O programa está disponível no site oficial e os aplicativos estão no iTunes ou Google Play.

14 2015 14| |GESTÃO, GESTÃO,Empresas Empresas&&Produtos Produtos| |Dezembro Março de de 2015


revista 36 balanรงo hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:09 Page 15


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:09 Page 16

mundo executivo

"Regra é, em primeiro lugar, gestão da vida quotidiana."

MAX WEBER, intelectual, jurista, economista alemão

GLOBALTEC

ACTTIVE

A Acttive, empresa do Grupo Multidata, lançou sua nova marca, branding desenvolvido pela Enredo. O trabalho foi baseado nas palavras transformar, simplificar, ajudar e resolver, focando em inovação, criatividade, resultados e em pessoas. Oficialmente, a nova identidade da Acttive foi apresentada aos clientes no Multimeeting 2015, realizado na última semana de junho.

CARMEN STEFFENS

O empresário Walber Resende inaugurarou a 10ª franquia das lojas Carmen Steffens sob sua gestão em Goiás. O evento que abriu oficialmente a “Maison Carmen Steffens – Shopping Flamboyant” – espaço com a linha de roupas da própria grife. A nova loja possui 70 m² e tem projeto arquitetônico moderno e arrojado, criado especialmente para a linha de roupas desenvolvidas pela grife Carmen Steffens.

GRUPO VOAR

O Grupo Voar encerrou as operações com motos das marcas Kawasaki, MV Agusta e Ducati, em Goiânia. Depois de seis anos atuando no mercado de motocicletas, a empresa vai se dedicar às atividades das áreas de aviação, logística e à operação com veículos da marca Lifan, na Dindi Motors.

EBM

A Globaltec, empresa goiana especializada em software para a construção civil, vai abrir escritórios na Flórida, Estados Unidos, e em Pequim, na China. A empresa, que comemorou 18 anos, tem mais de 200 funcionários no País e atende cerca de 700 clientes por meio da sede em Goiânia e de unidades em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Cuiabá. Fundada pelo empresário Marcelo Xavier de Oliveira (foto), a Globaltec desenvolve o UAU, único do mercado criado especialmente para construtoras, incorporadoras e imobiliárias.

A EBM Desenvolvimento Imobiliário acaba de lançar o aplicativo EBM: Prazer em Viver Assim, que promete facilitar a vida de corretores e de pessoas que procuram por imóveis, disponibilizando informações de maneira rápida e descomplicada, na palma da mão. O programa está disponível para os sistemas operacionais Android e IOS e oferece informações como localização do empreendimento, plantas, ficha técnica e vídeo de cada produto da empresa. O aplicativo ainda tem área exclusiva para os corretores, que podem baixar tabelas de preços, treinamentos e outros materiais oferecidos pela empresa. A EBM é pioneira em Goiás no lançamento desse tipo de tecnologia para facilitar o acesso aos seus produtos e promover a venda de imóveis.

IRMÃOS SOARES

O grupo Irmãos Soares inaugurou nova loja, no Setor Mansões Paraíso, em Aparecida de Goiânia. A obra inclui também novo padrão de loja do grupo, que agora traz arquitetura moderna. Além disso, o ponto comercial conta com espaço mais amplo: são 1000 m2 divididos em seções com expositores das mais novas linhas de produtos.

PONTAL ENGENHARIA

A Pontal Engenharia prestou homenagem aos seus trabalhadores pelo resultado obtido na última auditoria de certificação, relacionada ao meio ambiente. A empresa foi certificada pelo ISO 16000:2012, pelo ISO 14001 e OHSAS 18001 quando se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente. As certificações são pelas ações sustentáveis, com responsabilidade social, em respeito ao meio ambiente e segurança dos colaboradores.

16 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Dezembro de 2015


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:09 Page 17

TERRA MADRE

A Terra Madre, empório especializado em produtos para alimentação equilibrada e bemestar, anunciou sua entrada no setor de franquias. A marca projeta a abertura de oito lojas no Centro-Oeste, até o final de 2016, incluindo unidades em municípios goianos como Itumbiara e Rio Verde. A primeira loja da marca funciona no Alpha Mall, no Alphaville, em Goiânia.

DAFRA

O Grupo C&D Avant Motos, concessionária Dafra em Goiânia, acaba de inaugurar mais uma loja na capital. A nova loja é especializada nas scooters. Além do showroom, a nova Avant Motos oferece acessórios, boutique, oficina equipada com equipamentos modernos e mecânicos especialistas na modalidade scooter. O novo endereço é na Avenida 85, próximo à esquina com a Alameda Ricardo Paranhos, no Setor Marista.

CARAMURU

Com investimentos de R$ 90 milhões, a Caramuru Alimentos inaugurou a unidade industrial de esmagamento de soja em Ipameri. A unidade tem capacidade de 1.500 toneladas por dia destinado à produção de óleo de soja e farelo pellet, usado para a alimentação animal. O investimento foi financiado pelo BNDES e FCO por meio do Banco do Brasil, e a expectativa é de geração de 250 empregos diretos e indiretos. De acordo com o presidente da Caramuru, Alberto Borges de Souza, o projeto de implantação se deu no início de 2002, mas devido a baixa competitividade internacional para exportar os produtos industrializados, só agora foi concluído.

DONGFENG

Luziânia vai receber a fábrica de caminhões da marca chinesa Dongfeng Motors, em parceria com empresários brasileiros. Serão investidos quase R$ 100 milhões e gerados 3 mil empregos. A prefeitura adquiriu terreno para receber o empreendimento. A Dongfeng é a 5ª maior motadora da China e em 2010 firmou parceria com a PSA da Peugeot. No Brasil, a DongFeng ainda tem presença tímida, embora rumores sobre investimentos em caminhões existam desde 2010.

SENIOR ADVANCED INCORPORA MAXXSOFT

A empresa goiana Senior Advanced, um dos principais canais de distribuição da Senior Sistemas no País, incorporou a empresa MaxxSoft, de Rio Verde, especializada em agronegócio e força de vendas. A negociação amplia o campo de atuação da Senior Advanced, que é especializada em softwares de gestão de negócios (ERP), recursos humanos, acesso e segurança, com clientes em todo País. O valor da transação não foi divulgado. Para Rubens Fileti, CEO da Senior Advanced, a ampliação do portfólio e a qualidade dos produtos da MaxxSoft foram determinantes para inserir a empresa no grupo, além de ampliar a carteira de clientes em mais de 100 empresas, principalmente, na área do agronegócio, que a empresa aponta como um dos mais promissores da próxima década. A empresa de Rio Verde tem três produtos principais: MaxxRural, MaxxSFA e o MaxxSFA+.

SANTA MARTA

A Rede de Drogarias Santa Marta está em pleno projeto de expansão. Com a abertura de mais três unidades neste ano, a empresa vai fechar 2015 com 52 lojas, distribuídas em Goiânia (27), no interior de Goiás (9) e no Distrito Federal (16). O projeto visa chegar a 100 lojas até 2020. Neste ano, a empresa já atingiu o faturamento médio por loja igual ao das cinco maiores redes brasileiras do ramo. Tal crescimento apoiou-se no investimento maciço em reformas, padronização e consolidação da marca, ações de marketing e abertura de mais três lojas. Em julho e agosto, foram inauguradas unidades no setor Parque Amazônia, em Goiânia, na Asa Norte, em Brasília (DF) e em Jataí (GO). O presidente da rede Santa Marta, Ernesto Vagner Vendramini, explica que a equipe da empresa tem trabalhado para manter o faturamento e, além disso, para expandir os negócios, diante do cenário econômico atual. GESTÃO, Empresas & Produtos | Dezembro de 2015 | 17


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:09 Page 18

parada obrigatória

“Estamos sempre pagando para conhecer as pessoas” MOACIR GARCIA, especialista em gestão de pessoas

Débitos trabalhistas

A diretoria da Acieg solicitou ao presidente do Tribunal Regional do Trabalho, desembargador Aldon Taglialegna, união de forças para viabilizar pagamento parcelado de débitos trabalhistas num momento em que há risco de mais empresas fecharem as portas. O desembargador Aldon demonstrou preocupação quanto ao momento delicado do mercado de trabalho e disse que vai levar os pontos abordados durante a visita como sugestão aos magistrados na próxima reunião de gestão de metas do Tribunal.

Retenção de talentos

O Brasil é o 57º País em ranking de geração e retenção de talentos, segundo pesquisa divulgada pelo instituto de pesquisa suíço IMD. O País caiu cinco posições no estudo, que engloba 61 países e foca em três categorias principais: investimento/desenvolvimento; atração; e prontidão.


revista 36 balanรงo hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:09 Page 19


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:09 Page 20

História se escreve com trabalho BALANÇO DE GESTÃO ◄► 2010 - 2015


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:09 Page 21

A Associação Comercial tem uma história valiosa, construída a mil mãos. Quem entra na Casa do Empresário, acompanha sua dedicação e seus projetos, sua inserção social, preocupação com cada empreendedor e entende como e porquê ela é assim respeitada. Nos últimos cinco anos, a Casa foi dirigida pela empresária Helenir Queiroz. Foi a primeira mulher a presidir a entidade em quase oito décadas. Para ela, essa informação é mero detalhe. Mas é história. Tudo que acontece na Acieg é história, que todos respeitam e acreditam. As 42ª e 43ª Diretorias da Acieg escreveram sua história - e continuam até o fim de 2016, com o vice-presidente Euclides Barbo em exercício. No entanto, o ciclo Helenir Queiroz será sempre respeitado por ter sua personalidade diretiva - o que é marca de nossos gestores - e ter conquistado tudo que se dispôs a lutar. No discurso de posse, Helenir profetizava cinco metas: reduzir burocracia, Código do Contribuinte, Inovação, lutar contra alta carga tributária e simplificação do sistema tributário. Ela não fez só discurso. Executou-o. Esse foi um dos méri-

tos desta gestão. Também tiveram outros, como a luta pelo IPTU justo, reforma completa da sede, introdução de novos sistemas de gestão. A memória é seletiva. Daqui uma década, as 42ª e 43ª diretorias serão lembradas pela resiliência ao defender o empresário - é uma marca que dignifica qualquer líder empresarial. Nas páginas seguintes, um resumo bem conciso de ações que estas duas diretorias empreenderam entre 2010 e 2015. E fica registrado que, em cinco anos, a entidade representou com garra, dedicação, honestidade, transparência e respeito todos empresários que a ela buscaram abrigo. Honrou sua missão e seus antecessores, escrevendo seu nome na história. Parabéns a Helenir Queiroz e a todos membros da diretoria. Leandro Resende, editor

BALANÇO DE GESTÃO ◄► 2010 - 2015


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:09 Page 22

Peso tributário

Guerra contra a alta carga tributária

No que se refere a custos empresariais, a tônica das ações das 42ª e 43ªDiretorias da Acieg nos últimos cinco anos foi, a cada semestre, uma frente nova de luta contra a alta carga de tributos que o brasileiro paga. Por considerar que é inadmissível seguir com uma carga tributária, superior a 40% do valor final da maioria dos produtos sem ter em contrapartida a prestação de serviços públicos de qualidade e racionalidade nos gastos governamentais, o Fórum Empresarial de Goiás, do qual a Acieg faz parte, lançou no fim de setembro de 2015 o movimento Chega de Impostos, que conta com um hotsite administrado pela entidade (www.chegadeimposto.com.br). A luta pelo equilíbrio entre direitos e deveres dos governantes começou com o lançamento de um manifesto contra a elevação da carga tributária, entregue pessoalmente pela presidente da Acieg, Helenir Queiroz, ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no dia 25 daquele mês. No texto, as sete entidades cobram por um basta nesta situação. O manifesto critica medidas tomadas pelo governo federal neste ano de 2015, iniciado com o aumento do IOF dos financiamentos, a volta da Cide nos combustíveis, aumento de juros para financiamentos habitacionais e aumentos de energia elétrica, água e esgoto. “Como se não bastasse, agora quer trazer de volta a famigerada CPMF, propõe outros aumentos de impostos e corte de 30% em recursos para o Sistema S. Economia no próprio governo? Só cortou vento! Mas anuncia que o cidadão terá que cortar na comida, na escola, no remédio para bancar mais impostos”, ques-

tiona o documento. Os efeitos desta sequência desastrosa de medidas já são fortemente sentidos pela população e podem ser ainda mais catastróficos. Estimativas das entidades representativas da indústria e do comércio no Brasil apontam para 1,5 milhão de demissões até o fim deste ano. E a situação pode piorar caso o aumento de impostos não seja freado. Para a advogada Eléia Alvim, especialista em Direito Tributário e professora da Unip em Goiânia, o Brasil tem uma combinação de carga tributária elevada e de difícil entendimento que não é acompanhada pelo retorno à população na forma de prestação de serviços públicos de qualidade. Para ela, esta tríade afasta investidores e atrapalha a economia. “Temos no Brasil o sistema tributário mais complicado do mundo. Temos leis tributárias publicadas todos os dias e é impossível acompanhar”, avalia. Os números comprovam esta tese. De acordo com o instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), as normas tributárias em vigor no Brasil equivaleriam a um livro com 112 milhões de páginas. Se impressas em folhas A4, dessas que utilizamos no dia a dia, as regras ocupariam toda a extensão geográfica do País. Esta infinidade de impostos e taxas sobrepostas fez a carga tributária brasileira chegar a R$ 1,94 trilhão em 2014. A cifra gigantesca representou 35,42% do PIB. Ou seja: mais de um terço de toda a riqueza produzida no Brasil foi destinada ao pagamento de impostos. Tanto proporcionalmente quanto em valores ab-

BALANÇO DE GESTÃO ◄► 2010 - 2015


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:09 Page 23

Recriação da CPMF

Quebrando protocolo do evento, Helenir entrega documento “Chega de Impostos” ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha

solutos, esta arrecadação nunca foi tão alta. Esta cifra trilionária faz o Brasil ter a 32ª maior carga tributária do mundo, sendo que quase todos os países com índices superiores são conhecidos pela prestação de serviços públicos de excelência. Entre eles estão Alemanha, Suécia, Noruega, Holanda e Dinamarca. Mas com a CPMF, o Brasil pode escalar posições neste ranking. Os R$ 32 bilhões que o governo prevê arrecadar com a alíquota de 0,2% de CPMF equivalem a 0,57% do Produto Interno Bruto (PIB)

do País em 2014. A volta do imposto, caso seja confirmada, levará a carga tributária brasileira para acima de 36% do PIB. Este peso dos impostos tem colocado o País sempre nas últimas posições dos rankings de competitividade e educacionais. Em 2015, o Brasil completou cinco anos seguidos em queda no ranking internacional de competitividade, ocupando agora a 56ª posição, superando apenas Mongólia, Croácia, Argentina, Ucrânia e Venezuela. É a pior posição do Brasil em toda história do ranking. Outros países que são referência em desenvolvimento como Canadá e Estados Unidos têm cargas tributárias bem inferiores, aparecendo na 41ª e na 63ª posições, respectivamente. Tudo isto torna o Brasil pouco atrativo para investimentos. De acordo com o relatório Doing Business 2015, do Banco Mundial, o Brasil ocupa a 120ª posição entre 189 nações pesquisadas no ranking "facilidade de fazer negócios". Cingapura (1º), Alemanha (14º), Peru (35º), México (39º) e Chile (41º) são algumas das nações que estão à frente do Brasil. Eléia Alvim arremata: “O Brasil é mal visto para investimentos. É um país difícil de entender tributariamente falando. Um investidor estrangeiro não entende como funciona a carga tributária, tanta burocracia e também não vê outros atrativos para investir seu dinheiro.”

BALANÇO DE GESTÃO ◄► 2010 - 2015


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:09 Page 24

Resiliência

Substituição tributária: uma luta que durou anos Talvez a luta mais longa, desgastante e complexa da 42ª Diretoria da Acieg tenha sido a Substituição Tributária. Após uma série de debates, embates, acertos e desacertos com a Secretaria da Fazenda (Sefaz), a entidade e o Fórum Empresarial conseguiram ao menos minimizar os efeitos de uma medida que, de formas diferentes, afetou todos os Estados brasileiros. Vai ficar registrado que, durante quase dois anos, de meados de 2011 ao início de 2013, a Acieg batalhou firme e intensivamente contra a implantação e expansão da Substituição Tributária. E negociou com o governo estadual, via Sefaz, indo até o Congresso Nacional, na tentativa de mostrar os malefícios da medida para a economia. Implantada pelos governos estaduais de quase todo País, cada um a sua maneira, no novo regime de cobrança do ICMS, permite ao Estado a cobrança do imposto da venda do comerciante no momento em que a mercadoria sai da indústria ou chega ao distribuidoratacadista. Isto significa que, antes de vender no varejo, o produto já está tributado. O varejista é um contribuinte “substituído”. O Fisco arrecada mesmo antes de o produto chegar à prateleira, o que nem sempre significa que o produto será vendido. Com isto, entre outros questionamentos, a Acieg mostrou que estava se retirando uma grande vantagem das micro e pequenas empresas que são beneficiárias do Simples Nacional - programa diferenciado de tributos. Os preços dos produtos subiram, os es-

Simão (Sefaz) e Helenir: negociação dura, mas respeitosa

toques reduziram, o consumidor começou a sentir o impacto. A partir de esforços da Acieg e do Fórum, o governo estadual se sensibilizou e amenizou a Substituição Tributária. A alíquota ficou menor para micro e pequenas empresas (12% com crédito de 7%). “Goiás ficou entre as três menores alíquotas do País para as MPEs”, diz Helenir, citando casos como o de Mato Grosso onde a alíquota é de 17% sem desconto abrangendo quase toda cadeia produtiva. Em Goiás, conseguiu-se limitar o número de segmentos que sofreram o efeito da Substituição Tributária. “Tivemos êxito nesta luta porque a meta era minimizar os estragos dessa mudança que é nacional.”

BALANÇO DE GESTÃO ◄► 2010 - 2015


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 25

Defesa incondicional

Aumento abusivo do IPTU Helenir confere projeto durante audiência sobre o IPTU na Câmara

Engajada na luta pela redução da altíssima carga tributária que pesa sobre o setor produtivo e a população como um todo, a Acieg teve papel fundamental para evitar aumentos abusivos de IPTU na capital nos últimos três anos. Em 2013, 2014 e 2015, a administração municipal iniciou discussões e enviou projetos à Câmara Municipal de Goiânia que chegaram a prever elevação de até 1.000% no tributo. Durante todo o debate, a Acieg se posicionou de forma contundente contra reajustes abusivos. Em articulação com outras lideranças empresariais e vereadores, inclusive aliados da própria Prefeitura, a Acieg participou de reuniões, audiências públicas e acompanhou de perto votações sobre o assunto na Câmara Municipal. Em todos estes momentos, o argumento para impedir o aumento foi baseado nas deficiências da gestão municipal. Para justificar as tentativas de elevar o tributo, a Prefeitura de Goiânia sempre argumentou que, além de atualizar a cobrança defasada do imposto, precisava elevar a arrecadação para sanear as contas e elevar o nível de investimentos.

No entanto, os números sempre provaram o contrário. Os números mostravam que a Prefeitura de Goiânia vinha arrecadando volume igual ou até superior de IPTU per capita que outras cidades de mesmo porte. O goianiense paga, em média R$223 de imposto, quase o mesmo que em Curitiba (R$201) e Porto Alegre (R$204), mas acima de várias outras capitais pesquisadas. Por outro lado, o volume total de investimentos feitos ao longo de 2014 em Goiânia foi de apenas R$56,4 milhões, o que correspondia a 21,4% do valor arrecadado com o IPTU. Em Manaus esse valor chegou a R$352,2 milhões. Ou seja, 354% a mais do que o valor recebido de IPTU. Em 2013, os gastos com serviços urbanos, a exemplo da limpeza das ruas de Goiânia, foram de apenas R$ 21,75 por habitante. No ano passado foram gastos pouco mais de R$ 30 milhões para os 1,39 milhões de habitantes estimados pelo IBGE. O valor é baixo perto dos R$ 4 mil que, em tese, foram pagos através de impostos por cada goianiense em 2014 para compor um orçamento na ordem de R$ 6,1 bilhões.

BALANÇO DE GESTÃO ◄► 2010 - 2015


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 26

Tecnologia

Sucesso do Blog do IPTU Uma das principais ferramentas para o acompanhamento da discussão sobre o aumento de impostos em 2014 foi o Blog do IPTU. Ambiente democrático criado para dar transparência à discussão sobre o aumento da carga tributária em Goiânia, a página se consolidou como uma referência no assunto e teve desempenho importante papel na luta contra aumentos abusivos da carga tributária. A criação do blog veio em momento oportuno e coincidiu com a assinatura de decreto que designou uma comissão para elaborar a proposta de revisão da Planta de Valores da capital. O documento assinado pelo prefeito Paulo Garcia (PT) foi publicado no Diário Oficial do Município em julho e iniciou as discussões sobre o aumento do imposto em 2015. O blog atuou dando publicidade a todas as discussões realizadas pelo grupo, formado por vereadores, servidores da Prefeitura e representantes de entidades como a própria Acieg. Tudo o que foi discutido pelo grupo e foi registrado em ata está disponível no endereço. Estão lá documentos que registram desde o cronograma das discussões até a definição de valores de quadrantes de quase todos os bairros de Goiânia. Defasada, a planta de valores deve ser reajustada em 97%. No entanto, o mesmo porcentual não vale para o IPTU. Pela proposta da Prefeitura, 78% dos imóveis sofrerão reajuste pela inflação, estimada em 10%, e 17,46% terão aumento referente à inflação adicionada de 15%.

Cerca de 1% dos imóveis terá elevação entre 5% e 10% a mais do que a inflação. Engajada na luta pela cobrança de taxas mais justas por parte do poder público, a Acieg participou ativamente deste debate nos últimos dois anos. E não está sendo diferente em 2015.

BALANÇO DE GESTÃO ◄► 2010 - 2015


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 27

Transparência

Códigos do Contribuinte

Os Códigos do Contribuinte Estadual e Municipal figuram entre as grandes conquistas da história da Acieg e representam um marco na regulamentação de direitos e deveres do setor produtivo e do braço fiscalizador do poder público em Goiás e Goiânia, tal qual o Código de Defesa do Consumidor mudou as relações entre empresas e consumidores. Helenir afirmou no discurso de posse que a entidade tinha desejo e disposição para lutar pelas novas regras. Quase cinco anos depois, o que parecia distante, para muitos uma luta perdida, é hoje uma realidade. A gestão da 42ª Diretoria da Acieg foi iniciada tendo o Código como um dos principais focos. Ainda em 2011, por iniciativa da nossa entidade em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), foram iniciadas as discussões sobre o Código Estadual do Contribuinte, que rapidamente ganhou o apoio do Fórum Empresarial. Em 2013, após ampla articulação, veio o primeiro feito histórico com a aprovação, por unanimidade, do projeto de lei que regulamentava as novas regras. A proposta chegou à Assembleia Legislativa por meio do deputado Fábio Sousa. O diretor da Acieg e presidente de comissao da OAB-GO, Thiago Miranda, conduziu a equipe que tecnicamente tirou o projeto do papel. Com o Código, as relações entre o contribuinte e a administração pública passaram a ser normatizadas e também harmonizadas, uma vez que dá eficácia a garantias e

direitos, como prazos para procedimento fiscalizatório e a preservação do sigilo de dados. Trata-se de um importante instrumento para resguardar os direitos das empresas, principalmente, para as de médio e pequeno porte, uma vez que confere a elas tranquilidade para que produzam, gerem empregos e recolham os tributos devidos. O lançamento veio no início de 2014, na sede da Acieg, e em seguida foi lançada, também em parceria com a OAB, uma cartilha informativa para divulgar as mudanças, garantindo à população uma “tradução” do texto jurídico. Cursos, palestras e campanhas publicitárias também integraram a estratégia da Associação Comercial e da Ordem para que o empresário e o advogado conheçam o Código do Contribuinte e tenham consciência dos direitos e deveres em casos de processos fiscalizatórios. É um trabalho permanente que desde então faz parte da rotina da Comunicação da Acieg. A outra importante etapa veio neste ano, quando a Acieg, mais uma vez em parceria com a OAB-GO e representantes do poder público, garantiu a regulamentação de lei também no âmbito do município de Goiânia. Com uma redação semelhante à da lei estadual, o Código Municipal do Contribuinte regulamenta a atuação da fiscalização feita pela Prefeitura da capital. Helenir Queiroz sustenta que a maior vantagem é a proteção dos pequenos e microempresários. “O fisco determina e você obedece. Até por isso ele é representado por um leão. Com o código, o empresário, principalmente o pequeno que não tem acesso a advogados tributaristas e às leis, são defendidos e podem se defender”, enfatiza Helenir.

BALANÇO DE GESTÃO ◄► 2010 - 2015


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 28

Agilidade

Combate à burocracia

Governador Marconi Perillo durante evento de lançamento do Vapt Vupt Empresarial na Acieg: avanço contra burocracia

Simplicidade e menos burocracia na hora de abrir uma empresa ou simplesmente resolver questões legais referentes ao seu negócio. Seguindo esses preceitos, o Vapt Vupt Empresarial, instalado através dos esforços da 42ª Diretoria da Acieg e consolidado através da 43ª, foi uma iniciativa pioneira no País para atender as demandas dos empreendedores para resolução de entraves entre empresas e órgãos governamentais, buscando a desburocratização e a redução de tempo e de custos. Uma das metas anunciadas no discurso de posse de Helenir Queiroz, unidade foi inaugurada no dia 3 de agosto de 2012 a partir de uma parceria entre a en-

tidade, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) , Governo do Estado e Prefeitura de Goiânia. Hoje, são feitos em média quatro mil atendimentos mensais, sendo que a maioria dos clientes estão em busca dos serviços da Prefeitura de Goiânia, do Corpo de Bombeiros e da Junta Comercial (Juceg). Em um só mês, chegam a ser abertas 250 empresas e 120 cadastros de Microempreendedores Individuais (MEI). Durante três anos de atividades, foram realizados 127.405 mil atendimentos na unidade que ainda abriga serviços da Secretaria da Fazenda (Sefaz), Goiás Fomento, Soluti Certificação Digital, além da

BALANÇO DE GESTÃO ◄► 2010 - 2015


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 29

Novo ambiente 1ª Corte de Conciliação e Arbitragem de Goiânia e serviços da Acieg. O Vapt Vupt veio para diminuir o descontentamento de empresários e resolver problemas gerados com a demora dos processos. Um dos gargalos que a burocracia trazia para o empresariado era a abertura de empresas, que demorava até seis meses no Brasil. Hoje, com o Vapt Vupt é mais fácil por concentrar no mesmo espaço físico todos os órgãos necessários para o procedimento. A luta obstinada da presidente Helenir Queiroz tirou este projeto do papel. Algo inédito no Brasil. Pesquisa divulgada em julho de 2015 pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que 77% dos entrevistados consideram o Brasil um País muito burocrático ou burocrático, e 72% dizem que a redução da burocracia deve ser uma das prioridades do governo. Entre os entrevistados, 74% concordam total ou parcialmente que o excesso de burocracia desestimula os negócios, incentiva a corrupção e a informalidade e faz o governo gastar mais do que o necessário. A presidente Helenir Queiroz lembra da unidade com carinho, especialmente porque se tratou de uma das principais plataformas da 42ª Diretoria. "Era um sonho antigo de todos os empresários, foi nossa plataforma de campanha e uma conquista imensurável", revela. “O Vapt Vupt permitiu que o empresário ficasse mais próximo da resolução dos seus problemas”, completa. Helenir destaca como exemplos dessa mudança para os empresários o projeto Edificação Segura, dos Bombeiros. Por meio do Vapt Vupt, empresas de até 150 m², que não atuam com o armazenamento de explosivos ou líquidos inflamáveis, poderão ser licenciadas pelos bombeiros em até três dias. No caso de grandes empresas, o processo de certificação dura aproximadamente 15 dias. A Acieg também lutou pelo Vapt Vupt Ambiental, que virou realidade em maio de 2014, com o anúncio conjunto do alvará declaratório. Ele serve para empreendimentos de baixo impacto e funciona de forma semelhante ao Imposto de Renda.

127.405 empresários atendidos em três anos

350 Mais de

novos negócios abertos por mês

28

serviços de apoio ao empresário em mais de

10

instituições

BALANÇO DE GESTÃO ◄► 2010 - 2015


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 30

Repensando a mobilidade

Pacto pelo transporte

Consciente de sua posição de mediadora entre as demandas da população e do setor produtivo com o poder público, a 43ª Diretoria da Acieg teve papel decisivo em acordos firmados entre as empresas concessionárias do transporte coletivo na capital e as administrações municipal e estadual. Em ação conjunta com o Fórum Empresarial de Goiás, a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), o Fórum da Ha- Líderes empresariais testam sistema de segurança implantados em ônibus da capital bitação e do Fórum da MobiParalelamente, a Acieg também atuou para lidade, a entidade trabalhou para formalização garantir o lançamento do aplicativo de Olho no do Pacto pela Melhoria do Transporte. O docuÔnibus, que permite ao usuário consultar a opemento foi assinado no dia 10 de abril de 2014 ração do transporte coletivo em tempo real, pelo governo estadual, prefeituras da Região mostrando a hora de chegada dos ônibus até o Metropolitana, entidades empresariais e estaponto de parada, quantidade e localização insbeleceu que o poder público subsidie as gratuitantânea dos veículos. Ele pode ser baixado gradades em troca de investimentos das empresas tuitamente. de ônibus no sistema de transporte coletivo. Para a presidente da Acieg, Helenir Queiroz, A medida evitou o colapso do transporte, os fóruns Empresarial e da Habitação tiveram que passava por sucessivas crises naquele mogrande mérito na busca de solução dos problemento e corrigiu um erro histórico. Isso porque, mas do transporte. antes do pacto, os custos das passagens gratuiHelenir também justifica que o envolvitas para idosos, deficientes, policiais e carteiros mento das entidades na discussão dos problesempre foram pagos pelos demais usuários. mas do transporte coletivo vem de uma deNa prática, o pacto serviu como uma espécie manda do setor produtivo. “É a economia local de limitador para o reajuste da passagem de a mais beneficiada quando o trabalhador chega ônibus, já que, mantida a lógica anterior, as pasno horário, quando ele não chega cansado no sagens estariam mais caras do que os R$ 3,30 trabalho”, explica. cobrados atualmente.

BALANÇO DE GESTÃO ◄► 2010 - 2015


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 31

Olhar no futuro

Inovação na pauta da Acieg

A publicação de editais públicos que incentivassem a cultura da inovação em empresas e também nas universidades foi uma das principais bandeiras da Acieg nos últimos anos. Desde a posse da 42ª Diretoria, em 2011, a entidade participou ativamente de discussões sobre o assunto com os setores público e empresarial, permitindo o desenvolvimento de diversos programas de estímulo, como o Inova Goiás, que consolidou diversas iniciativas de fomento no Estado. Com a previsão de investimentos de R$ 1 bilhão até 2018, o Inova Goiás foi lançado no segundo semestre deste ano e reúne recursos do Fundo de Financiamento do Centro-Oeste (R$ 346 milhões), do Fundo Estadual de Ciência e Tecnologia (R$ 99 milhões), de secretarias do governo estadual (R$ 250 milhões) e também Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), que deve investir R$ 28 milhões nos próximos anos. O projeto também conta com dinheiro do governo federal. Os projetos de inovação em Goiás, agora ampliados, já existiam e sempre ganharam destaque nos eventos da Acieg. Para que as empresas tivessem maior conhecimento das possibilidades em inovar e ainda da aplicação de recursos, a nossa entidade – em

parceria com o Sebrae Goiás – desenvolveu uma série de ações e atividades de conscientização, como encontros, cursos, palestras e também material informativo. Outro resultado importante deste debate permanente e cada vez mais aprofundado foi o anuncio, em 2014, da construção do primeiro Parque Tecnológico da Região Centro-Oeste em Goiás, no município de Anápolis, em área próxima ao Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia). A estimativa é que o Parque atraia R$ 1 bilhão em investimentos e gere 10 mil empregos. A Acieg é também uma das entidades envolvidas no debate ininterrrupto com o governo estadual para implantação de grandes programas de inovação. Após esse amplo debate, o governo anunciou, em 2015, como seu principal programa de governo - até chamou a atenção e está sendo avaliado por outros Estados - o Inova Goiás. A Associação Comercial comemorou o projeto, que pretende colocar Goiás entre os três Estados que mais investem em inovação no País. “É pensar, investir, garantir e confiar em nossas empresas. Sempre cobramos isso dos agentes públicos”, diz Helenir.

A defesa de quase 5 anos da Acieg pela inovação hoje é comemorada. Goiás tem maior programa do País

BALANÇO DE GESTÃO ◄► 2010 - 2015


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 32

Força empresarial

Marcha a Brasília

Aproximadamente 20 mil pessoas participaram de um novo marco para a história da continuidade do desenvolvimento de Goiás: realizada no dia 15 de maio de 2013, a marcha para Brasília contra a reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) teve papel fundamental no embate iniciado no Senado Federal sobre a continuidade da votação do projeto de lei complementar que altera a alíquota do imposto em 7% e 4%, cujo resultado seria o fim dos incentivos fiscais oferecidos pelas Regiões CentroOeste, Norte e Nordeste. Empresários, lideranças e entidades representativas do setor produtivo de Goiás – com atuação ativa da Acieg, ADIAL Brasil e ADIAL –, governo estadual e mais de 200 prefeituras e entidades de todo Estado estive-

ram presentes na mobilização. A marcha foi definida em reunião realizada no começo de mês de maio, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, e tinha por objetivo sensibilizar o governo e o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os danos que a medida traria. Segundo estimativas do governo de Goiás, o Estado teria uma queda anual de R$ 2,5 bilhões em sua receita e mais de 400 mil postos de trabalho, com perdas de indústrias, empresas e competitividade comercial. O impacto era avaliado com números similares nos demais locais cuja política de incentivo fiscal foi fundamental para o crescimento nos últimos anos. Um dia após o movimento, a Reforma do ICMS caiu no Congresso. A Acieg foi responsável pela divulgação, que pautou a imprensa nacional.

Mais de 20 mil goianos foram a Brasília protestar contra o fim dos incentivos fiscais

BALANÇO DE GESTÃO ◄► 2010 - 2015


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 33

Proteção

Segurança para o comércio

Época de melhores resultados para o comércio, o Natal também já foi sinônimo de bagunça nas ruas mais movimentadas da capital. E não é mais graças, entre outros motivos, à Operação Natal Legal, realizada desde 2012 pela Acieg através de uma parceria entre entidades públicas e privadas. Lançada na sede da nossa entidade, a operação chegará neste ano à sua quarta edição mantendo o objetivo garantir mais segurança através do combate à violência nas regiões comerciais e shoppings de Goiânia durante o final de ano. A ação também visa um trânsito menos conturbado e desobstrução das calçadas para os consumidores, inibindo também o comércio informal. Na última edição, em 2014, houve nas ruas uma redução de 70% nos índices de furtos e roubos a comércios e transeuntes, além de possíveis “saidinhas de banco” que foram frustradas. As informações são da Polícia Militar, que atuou integrando seu serviço de inteligência com tropas especializadas como Rotam, Cavalaria e Giro. A Delegacia Regional de Fiscalização de Goiânia, vinculada à Secretaria da Fazenda (Sefaz), emitiu, por sua vez, 25 autos de infração em transportadoras da Capital e Aparecida de Goiânia. O ICMS sonegado foi estimado em R$ 75,3 mil, mais multas ainda não calculadas. O valor da base de cálculo foi avaliado pelo fisco em aproximadamente R$ 760 mil. As irregularidades foram encontradas principalmente no transporte de produtos como bebi-

Acieg manteve histórico de parceria com a Segurança Pública

das, confecções e calçados. “É um exemplo de integração entre órgãos empresariais, do governo estadual e da Prefeitura para melhorar a segurança do cidadão e um melhor ordenamento do trânsito”, afirma a presidente da Acieg, Helenir Queiroz.

COMISSãO DO VAREJO

A segunda reunião da 43ª Diretoria, em junho de 2014, foi marcada pela criação da Comissão do Varejo, que tem o objetivo de discutir dificuldades e soluções para o comércio. Fazem parte do grupo o presidente em exercício da Acieg, Euclides Siqueira, Danilo Ferreira Gomes (representante da SIC), José Carlos Palma Ribeiro (presidente do Sindilojas), representante do Fujioka, e Leandro Pereira Martins (diretor da CDL).

BALANÇO DE GESTÃO ◄► 2010 - 2015


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 34

Relacionamento

Maior integração com o associado

Consolidada como uma entidade aberta para seus associados, a Acieg ampliou esta característica nos últimos anos com a criação de novos eventos de boas vindas e ampliação de relacionamentos entre empresários. Entre eles, se destacaram o Café com a Presidente e o Encontro de Líderes Empresariais. A partir de 2013, os empresários recém-filiados passaram a ser recebidos periodicamente em um café da manhã. O evento é voltado para a apresentação da Acieg aos seus novos membros e, ao mesmo tempo, permite o estreitamento entre empresários e a diretoria da entidade. Em dois anos, os cafés da manhã serviram como oportunidades também para a Acieg conhecer melhor os novos associados, seus segmentos de atuação, história, desafios e reivindicações, tendo como finalidade traçar um perfil dos novos membros e definir estratégias de atuação. A presidente Helenir Queiroz ressalta a importância deste tipo de evento. “Negócios são baseados em relacionamentos. Quanto maior o leque, maior a possibilidade de ser bem sucedido. Aqui é possível fazer contato com empresários de todos os tamanhos. Desde os maiores do Estado até o dono da mercearia”, pontuou. “Esta é a função da Acieg. Unimos os empresá-

Reunião com novos associados

rios em busca de soluções para o setor produtivo e para a sociedade, sempre em diálogo com o poder público.” Com três edições em 2015, o Encontro de Líderes Empresariais segue a mesma linha. Ampliado para empresários e representantes do setor produtivo em geral, os almoços promovidos pela Acieg reuniram, em média, 70 líderes empresariais. No encontro do fim de outubro, no restaurante República da Saúde, o empresário José Alves Filho, presidente do Grupo José Alves e um dos maiores empresários do País, fez uma palestra sobre democracia ativa. O projeto prega uma maior participação do setor produtivo nas decisões políticas em Goiás e no Brasil.

BALANÇO DE GESTÃO ◄► 2010 - 2015


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 35

Diálogo direto

Comunicação, uma prioridade

O mundo hoje se comunica muito mais e muito mais rápido que antes. Um dos pontos importantes desta gestão foi priorizar investimentos em comunicação, dando condições para que o empresário não apenas recebesse informações da Acieg, mas também se manifestasse. Essa foi a mudança do foco, projeto que está em constante evolução - assim como a comunicação e novas ferramentas que vão surgindo.

Fazendo uso das redes sociais, intensa publicação no Portal do Empresário, newsletter “Cenário Empresarial”, que está chegando à sua 700ª edição, Cenário Empresarial versão impressa, manutenção da revista digital Link, TV Acieg, abastecida diariamente, além da marcante presença nos veículos de comunicação do Estado. A Casa do Empresário é referência em comunicação corporativa, é ponto de apoio às empresas

Revista Gestão A revista é produzida integralmente pela Acieg e aborda, além de notícias relacionadas à Associação, matérias e informações úteis aos empresários. É disponibilizada também no site da entidade, possibilitando que qualquer visitante tenha acesso ao conteúdo. Newsletter Chegando à sua 700ª edição, o Cenário Empresarial é enviado semanalmente para os associados, profissionais de diversas empresas, entidades parceiras e líderes empresariais. O layout foi reformulado recentemente para facilitar a leitura do informativo que traz resumo das informações publicadas durante a semana no site da Acieg, podendo o empresário ser redirecionado para a matéria completa e, deste modo, ter mais informações sobre o assunto de seu interesse.

Revista Link Publicada mensamente, a revista exclusivamente digital é disponibilizada no site da Acieg e divulgada por meio das redes sociais e outros meios de comunicação da entidade. O material é inteiramente produzido pela equipe, que aborda temas empresariais que acrescentam ao mundo corporativo. A revista foi lançada em 2012 e inicialmente se tratava apenas de uma transcrição do material enviado ao site, contudo, o número de

do Estado, entidades e órgãos do setor público. Inúmeras parcerias são fechadas e como contrapartida da Associação o oferecimento de divulgação e comunicação. Esses são alguns avanços na área de comunicação e imprensa da Acieg nos últimos cinco anos, que contam ainda com números surpreendentes, como a leitura da versão digital da revista Gestão e Link que superam 60 mil visualizações e aberturas por edição.

visualizações fez com que a Link ganhasse material próprio, tendo em cada edição uma matéria inédita. A Link tem média de visualização de 62 mil por edição.

Cenário Empresarial O material inicialmente era destinado apenas aos associados, contudo, devido ao intenso uso do ambiente digital passou a ser publicado no site da Acieg. Trata-se de um informativo que resume as principais ações, parcerias e eventos realizados durante o mês pela entidade de forma a beneficiar seus associados. TV Acieg Com publicações diárias e vídeos autorais, trazemos temas de interesse à vida do empresariado goiano. Os vídeos são gravados durante eventos e visitas na entidade e funcionam como mais um canal de relacionamento e interação não só com o associado, mas também com a sociedade do Estado.

Redes Sociais É impossível ignorar o potencial das redes sociais como forma de relacionamento e posicionamento da marca atualmente. Por isso a Acieg está presente no Twitter, Facebook, Instagram, Google+, Flickr, com publicações periódicas institucionais e também de temas relevantes ao nosso público, como economia e serviços.


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 36

Cuidando da Casa

Reforma revitaliza sede A busca por alta qualidade no ambiente de trabalho, modernização no layout da entidade para atender ao empresário, conforto e dinamismo fizeram com que a Associação recebesse novos investimentos para integrar associados, funcionários e empresários. Os primeiros investimentos no prédio da atual Diretoria foram uma readaptação dos departamentos e reforma estrutural do 1º andar e auditório, em 2011, de forma paralela à construção do Vapt Vupt Empresarial Acieg, no ano de 2012. Sob o comando da atual diretora executiva, Christiane Pock, a reforma ganhou grandes proporções. Iniciada no dia 1° de setembro daquele ano, as obras na Acieg fizeram com que a entidade atualizasse todo 1º andar, que ganha agora um ambiente moderno, com mobiliário novo e produzido sob encomenda para o projeto, que foi assinado pela arquiteta Sônia Prado e possibilita um atendimento mais próximo aos filiados. “Tudo ficou bem moderno e um dos principais objetivos era integrar as áreas e facilitar para os associados que visitam a Associação, pois agora esta tudo mais próximo e visível”, diz Christiane Pock. SALAS

Com a reforma, a entidade que é uma grande promotora de cursos e eventos ampliou o número de salas para locação. Foram abertas três salas, sendo duas com capacidade entre 40 e 100 pessoas, além de outra preparada para reuniões executivas. Já na área administrativa da Acieg, os colaboradores ganharam móveis novos e confortáveis para melhor produtividade. A junção dos departamentos

em apenas um ambiente fez com que a entidade ganhasse mais transparência aos olhos de quem a visita, além de estimular à produtividade e interação. A entidade também adquiriu um lote anexo que deve ser utilizado para uma expansão futura da sede.

ACIEG E SUAS SEDES

A história da Acieg poderia ser contada, tendo como base do roteiro, as suas sedes. No início, quando não tinha lugar para se reunir, era no fundo das lojas, nas décadas de 30 e 40, que os empresários se reuniam para tomar decisões e definir a posição do comércio. No fim dos anos 40, início dos 50, uma sede imponente para a época, surgia na Avenida Goiás. No fim dos anos 70, início dos 80, nova mudança, para o Setor Oeste, atual endereço, na Rua 14. E, desde então, reformas e construções vão adaptando o espaço às necessidades operacionais da entidade.

BALANÇO DE GESTÃO ◄► 2010 - 2015


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 37

Reconhecimento

Depoimentos

“Tive a sorte e a honra de conhecer a Helenir Queiroz. Ela sempre demonstrou um espírito de muita garra, determinação, de muita organização e foco. E sempre foi muito sistemática, muito séria em tudo que ela abraça. Sempre foi muito objetiva e franca nas coisas que buscou alcançar e sempre com muito espírito público e idealismo. A Helenir sempre me transmitiu a imagem de uma pessoa serena, equilibrada e aguerrida. E a imagem de uma pessoa séria, realmente comprometida com a área de atuação dela. Comprometida com a modernidade, a competitividade e com o futuro do nosso Estado.” governador Marconi Perillo

"Helenir fez uma gestão dinâmica, eficiente, que destacou o papel da entidade em defesa de seus associados na luta pelas micro e pequenas empresas.Trabalhou muito com o Fórum Empresarial numa relação sinérgica que contribuiu para a melhoria das condições de trabalho dos nossos empreendedores e para o crescimento de nosso Estado." André Rocha, Sifaeg

“Exemplar em sua atuação nos cinco anos que esteve à frente da Acieg, Helenir Queiroz enobrece a atividade de representação empresarial em Goiás. Contribui significativamente no debate das políticas econômicas e fiscais do Estado” José Evaristo, Fecomércio

""A Helenir é uma referência como liderança classista e ajudou a projetar a Acieg como uma das entidades mais respeitadas do Estado. Ela tem uma participação ativa na defesa dos interesses do setor produtivo goiano. Ela é uma mulher intransigente na defesa dos seus ideais, seus sonhos." José Eliton, vice -governador

BALANÇO DE GESTÃO ◄► 2010 - 2015

“O setor empresarial goiano ganhou muito nos últimos anos com a visão arrojada e desprendida da presidente Helenir Queiroz. Ela conquistou pessoas, cativou seus parceiros e soube conectar muito bem a indústria e o comércio em Goiás.” José Carlos Ribeiro, Sindilojas

A partir do dia 10 de dezembro, a Acieg postará no site vídeos e textos de líderes e empresários com suas opiniões sobre o ciclo de gestão da entidade entre 2010 e 2015


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 38

Empresários propõem revitalização da Praça do Trabalhador

PRAÇA DO TRABALHADOR ◄► Revitalização

Intenção é beneficiar comerciantes e consumidores do Setor Norte Ferroviário, Rua 44 e Feira Hippie, polo de moda que hoje movimenta cerca de R$ 240 milhões por mês e atrai público de todo o Brasil 38 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Dezembro de 2015


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 39

E

mpresários dos maiores shoppings e hoteis do Setor Norte Ferroviário, no Centro de Goiânia, se uniram para apresentar à Prefeitura uma alternativa viável para revitalização da Praça do Trabalhador, cuja atual infraestrutura não condiz com a potência econômica da região. O projeto foi desenvolvido pelo arquiteto Jesus Cheregati, responsável também pela revitalização da Avenida Goiás em 2003, e prevê ordenar o local e proporcionar mais conforto para os mais de 1 milhão de consumidores que frequentam a região todos os meses, provenientes de todo o Estado e das mais variadas regiões do País. O complexo de moda do Setor Norte Ferroviário reúne 70 shoppings e galerias e 8 mil lojas de diversos segmentos, que empregam aproximadamente 100 mil pessoas direta e indiretamente e movimenta em torno de R$ 240 milhões mensais. “Nosso polo de moda tem grande importância econômica para Goiânia e para Goiás. Com a implantação desse projeto, com certeza a região vai atrair muito mais compradores tanto daqui como de outros Estados”, acredita um dos empreendedores do Shopping Estação Goiânia, Paulo Roberto Costa. A ideia é modernizar e reorganizar a estrutura da Feira Hippie, considerada a maior feira livre aberta da América Latina. Para tanto, Cheregati propõe ampliar o número de bancas de 5,4 mil para 6,5 mil, mantendo o tamanho atual da banca, e criar um estacionamento com 1,3 mil vagas, a fim de resolver os transtornos de tráfego na região. "Hoje quem entra na feira não sabe aonde vai sair porque é um labirinto. Isso é ruim para o feirante, pois o consumidor dificilmente consegue retornar à sua banca. Esse projeto vai dar um endereço para o feirante, um ordenamento, que vai

ser muito bom para o seu negócio. A feira tem grande importância histórica para Goiânia, até o grande artista goiano Siron Franco, conhecido no exterior, já expôs suas obras na Feira Hippie”, comenta o superintendente do Mega Moda Shopping, Cristiano Câmara. ORDENAR

Cheregati destaca a importância de se ordenar o estacionamento na praça. “Hoje o espaço não tem infraestrutura para receber os ônibus e carros que chegam para comprar no comércio local. A maioria desses veículos faz bate-volta, alguns vêm até do Paraguai. Com a criação do estacionamento, de uma área de descanso para os motoristas, o polo de moda ficará ainda mais atrativo. Ali durante a semana já é um estacionamento, mas totalmente desordenado”, afirma. De acordo com o arquiteto, a Feira Hippie é o embrião do polo de moda que se formou no Setor Norte Ferroviário e não pode sair de onde está instalada há quase 30 anos – a feira existe desde os anos 60 e já passou por outros locais -, por isso a solução é revitalizar o espaço. “O comércio da

região depende da feira, que possibilitou o desenvolvimento desse polo de moda que hoje é um grande atrativo turístico para Goiânia”, diz Cheregati. Paulo Roberto Costa ressalta que a revitalização da Praça do Trabalhador vai melhorar o turismo de compras na cidade, visto que hoje a região faz parte até do roteiro dos romeiros que visitam o Santuário de Trindade. “O maior beneficiário vai ser o feirante, em seguida os comerciantes da região e, por fim, o município, que terá um incremento do seu turismo de compras e, consequentemente, crescimento da economia local”, afirma. O projeto do arquiteto Jesus Cheregati ainda prevê 3 mil m² de área verde e 30 mil m² de piso drenante, a fim de preservar as características da praça e viabilizar a permeabilização da área de 55,5 mil m², ou seja, garantir que a água da chuva seja absorvida pelo solo. “Também foram previstos quatro platôs (parques lineares) com árvores de grande porte para fazer sombra, além de outros pontos de áreas verdes espalhados entre os espaços das bancas. Hoje a praça tem 50 árvores e, com o projeto, deve chegar a 500 árvores”, garante.

GESTÃO, Empresas & Produtos | Dezembro de 2015 | 39


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 40

Vinhos goianos conquistam prestígio NEGÓCIOS ◄► Bebidas

Rótulos produzidos na Serra dos Pirineus chamam atenção pela ousadia e ganham prêmios nacionais

J

MARINA ROMAGNOLI

á é sabido que o vinho é uma bebida muito antiga, presente nas mitologias e nas histórias religiosas. As primeiras vinhas viníferas chegaram ao Brasil em 1532 com a vinda do português Martim Afonso de Souza que trouxe ramos vivos para reproduzirem videira. Com ele veio também Brás Cubas, considerado o primeiro viticultor em terras brasileiras. No Brasil, o hábito de beber vinho vem crescendo, e entre 2002 e 2012, o consumo da bebida dobrou de volume como mostra uma pesquisa do Instituto de Assessoria Mercadológica &Mercadométrica (IAM&M). Ao falar em vinhos produzidos no País logo se pensa na Serra Gaúcha ou no Vale do São Francisco. Entretanto,

há alguns anos, o ambiente goiano passou a ser espaço para vinhedos. Exemplo desse fato são Adriana Carvalho e o marido Marcelo de Souza que empreendem produzindo vinhos finos na região. A Pirineus Vinhos e Vinhedos, empresa do casal, surgiu como ideia de Marcelo que sempre foi um apreciador de vinhos. Foi por meio de sua curiosidade em conhecer sobre a origem dos vinhos que consumia e como eles haviam sido produzidos que ele passou a estudar sobre a interferência do clima e do solo para a fabricação da bebida, e voltou seu olhar para a nossa região ainda não explorada para esse objetivo. A partir daí começou o interesse em ter sua própria produção. O casal encontrou uma propriedade a 16 km da cidade de Cocalzinho de Goiás com o terroir que procurava, ou seja, com a

combinação que desejava entre características do solo e do microclima além de elementos humanos, históricos, culturais e técnicas agrícolas de produção. Foi nessa propriedade que iniciaram o cultivo das uvas Syrah, Barbera, Sangiovese, Tempranillo e Merlot, todas vindas da Itália,em 2005. A primeira safra ocorreu em 2010, e o lançamento dos rótulos Intrépido e Bandeiras aconteceu dois anos depois. Logo após o início da comercialização, os vinhos começaram a receber boas críticas de profissionais da área e da imprensa. O vinho Bandeiras, produzido com uva Barbera, foi considerado pela Revista Baco como o segundo melhor vinho produzido no Brasil em 2012, a Revista Prazeres da Mesa o classificou como um dos cem melhores do mundo e em 2013 ganhou

40 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Dezembro de 2015


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 41

como melhor vinho da categoria “outras castas tintas” do Anuário do Vinho Brasileiro.Com o progresso do negócio Marcelo fez curso de sommelier e a empresa conta ainda com assessoria de enologia. Após dez anos, desde o começo do plantio das uvas, a vinícola continua produzindo o Intrépido e o Bandeiras e tem o projeto de um novo vinho feito da uva Tempranillo. Atualmente está sendo produzido um vinho teste de espumante resultado de uma pequena safra colhida. Adriana Carvalho explica que a empresa objetiva aumentar a produção atual da vinícola, já que hoje existe uma fila de espera para a compra dos vinhos. “É um empreendimento que cresce devagar, já que precisa de muito investimento”, ressalta. Além disso, ela observa que foi difícil o início do empreendimento, pois não havia apoio e faltava credibilidade com os bancos e até mesmo com os amigos por se tratar de um negócio pioneiro. No entanto, a empreendedora afirma que a boa qualidade do produto gerou um feedback positivo da mídia e fez crescer os clientes. A produção da Pirineus Vinhos e Vinhedos é voltada para a qualidade e tem fases artesanais, utilizando de mão de obra humana, como no momento da colheita, mas também possui equipamentos tecnológicos como os utilizados em empresas de produções maiores. Em setembro do ano passado a vinícola começou a receber grupos formados por no mínimo 10 pessoas, sempre aos finais de semana, com data e hora marcada para conhecer o vinhedo e fazer uma degustação harmonizada. Adriana Carvalho conta que primeiramente é servido um espumante (não fabricado pela vinícola Pirineus), depois vem o vinho Intrépido acompanhado por um prato. Em seguida é oferecido o rótulo Bandeiras com outro prato, normalmente uma quiche e por fim uma sobremesa.

Marcelo produz vinhos finos em Goiás ONDE ENCONTRAR

Os vinhos podem ser comprados diretamente na fazenda, onde são vendidos em uma caixa fechada com seis garrafas. Mas também podem ser encontrados na cidade de Goiânia nos restaurantes Piquiras e Assoluto, em Brasília na Adega Baco e na Decanter e em Pirenópolis. Outra forma de compra e também de agendamento para visitas é pelo email pireneusvinhos@gmail.com ou pelostelefones (62) 8135-4340,(62) 99443314e (62) 3331-3922.

GESTÃO, Empresas & Produtos | Dezembro de 2015 | 41


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 42

Brasil, um País de poucos leitores FORMAÇÃO ◄► Leitura

Qual é o perfil do leitor brasileiro e o que falta para que cresça seu interesse sobre a leitura?

U

MARINA ROMAGNOLI

m assunto sempre comentado sobre o brasileiro é que ele lê pouco. Recentemente, o atual Ministro da Cultura, Juca Ferreira, chegou a afirmar que o índice de leitura no Brasil é vergonhoso. Entretanto, o que está sendo feito para melhorar essa realidade? Existem alguns projetos particulares interessantes para incentivar a leitura. Um deles é o proposto pelo blog “Elas leram” (www.elasleram.com). O blog traz sinopses e análises de livros, textos sobre filmes com inspiração em livros, além de desafios literários. Maria Rita, uma das criadoras do Elas Leram, comenta que o blog surgiu porque ela e Eliana (co-criadora do blog) sempre gostaram muito de ler e queriam compartilhar o que liam com as pessoas. “Pra mim a leitura é a porta de entrada para outros universos (nem sempre reais), vivências, culturas”, ex-

Antônio Almeida:  “Não existe incentivo à leitura” plica. Maria Rita afirma que a procura pelo blog é constante e que a página do Facebook cresce a cada dia. Já em relação ao público, o mais presente é formado por quem está saindo da adolescência e indo pra vida adulta. Além disso, ela comenta que o alcance do blog é gigantesco, já que uma pessoa de outro país pode ler tranquilamente e simultaneamente algo que foi postado. Mesmo tendo a possibilidade de pegar referências de livros e lê-los pela internet, o grupo de leitores mais adepto aos livros físicos está crescendo. É o que afirma o presidente do sindicato das Indústrias Gráficas de Goiás, Antônio Almeida. De acordo com ele, esse crescimento tem ocorrido devido à

42 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Dezembro de 2015

conscientização da população sobre a importância da leitura, e sua capacidade de agregar conhecimento. Além disso, ele acredita que está diminuindo a “febre” da leitura pelo computador, e com isso mais livros físicos estão sendo vendidos. Mas quando se trata da questão incentivo à leitura, Antônio Almeida é enfático: “Não existe incentivo, na verdade”. Ele observa que deveria existir mais empenho do governo para que os preços dos livros fossem barateados e também para que a população como um todo tivesse mais acesso aos livros, democratizando esse acesso. Maria Rita também comenta sobre a motivação à leitura: “Acredito que deve haver maior incentivo desde cedo,


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 43

começando em casa. Da mesma forma que tem hora pra jogar, pro computador, deve haver uma hora pra exercitar a leitura, despertando, assim, a curiosidade das crianças.” O PERFIL DO LEITOR NO BRASIL

O Instituto Pró-Livro já promoveu três estudos sobre o comportamento leitor do brasileiro. A edição mais recente da pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil” foi realizada em 2011, com 5.012 entrevistas domiciliares em 315 municípios de todos os estados e o Distrito Federal para conhecer o comportamento leitor da população. Na pesquisa, apenas 28% dos entrevistados citavam a leitura como uma atividade que buscam no momento de descanso, sendo que 58% destes afirmaram ler frequentemente. Para 64% das pessoas, a leitura significa fonte de conhecimento para a vida. Entretanto, só foram considerados como leitores metade dos entrevis-

tados, ou seja, apenas a metade dos participantes da pesquisa leu (inteiro ou em partes) pelo menos um livro (físico, digital, áudio livro ou apostila escolar) nos últimos 3 meses. A parcela formada por leitores é composta majoritariamente por mulheres e 74% dos leitores têm até 39 anos. A média de livros lidos nos últimos três meses, considerando todos os entrevistados, ficou em 1,85 e entre os leitores o número subiu para 3,74 livros. O estudo concluiu que o brasileiro lê em média 4 livros ao ano e 49% dos entrevistados consideram que leem mais do que liam no passado. Os que afirmaram ler menos atualmente justificam principalmente com a falta de tempo e por terem mais interesse em outras atividades. Já aqueles que leem mais assinalam que o fazem por prazer e para atualização cultural. Como principal influência para o hábito da leitura os entrevistados afirma-

ram ser seus professores e mães. Apenas 7% dos entrevistados afirmam frequentar bibliotecas, entretanto 43% dizem que não possui nenhuma dificuldade para ler. Na época em que foi realizada a pesquisa somente 46% dos entrevistados afirmaram ter acesso àinternet. Além disso, somente 30% já tinha ouvido falar em e-books e destes 18% apenas já havia lido pelo computador ou celular. Assim como nas edições anteriores, a pesquisa confirmou como principais correlações com a leitura: a escolaridade, a classe social e o ambiente familiar. Quanto mais escolarizado ou mais abastado era o entrevistado, maior foi a penetração da leitura e a média de livros lidos nos últimos 3 meses. Já em abril deste ano, uma pesquisa da Fecomércio – RJ acerca do hábito de lazer cultural do brasileiro identificou que 70% dos brasileiros não leram sequer um livro no ano passado.


revista 36 balanรงo hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 44


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 45

Tributação das franquias GESTÃO ◄► Negócios

N

Forma de cobrança de tributos é diferente para setor

egócio peculiar, forma de cobrança de impostos também diferente. É assim que o advogado especialista em Direito Tributário, Alexandre Limiro, resume o sistema aplicado ao mercado de franquias. Visto como o lado negro do empreendedorismo, a tributação pode ser uma aliada quando o empresário decide tornar seu negócio uma franquia desde que haja planejamento estratégico. Segundo Limiro, planejamento tributário é um conjunto de práticas legais que visam diminuir o pagamento de impostos e ideal nos casos de franqueadores porque permite delinear formas de expansão sem que haja maior pagamento de tributos. “Com menor tributação em sua atividade e também para a cadeia

como um todo, o franqueador ganha mais competitividade em relação aos concorrentes”, afirma. O planejamento tributário leva em consideração, principalmente, os tipos de enquadramentos possíveis - venda de produtos ou serviços, tipos de produtos e serviços – e compara a taxa aplicada para cada possibilidade.Por exemplo, uma so lução encontrada por várias franquias do segmento de cosméticos é não cobrar a taxa de franquia e embutir o valor no produto exclusivo da marca, desta forma há tanto redução do valor inicial de operação como também menor incidência. Limiro explica que da forma empregada pelas franqueadoras de cosméticos o crescimento se torna mais sustentável, uma vez que o vertical (número de praças) é superior ao horizontal (núcleo da

empresa). “Os riscos e tributações passam a ser diluídas pelas várias praças existentes.” Mesmo que não haja maneira de embutir o valor de tributação, a avaliação de enquadramento pode trazer soluções rentáveis. “Por desconhecimento, é comum que empresários paguem tributos indevidamente porque o negócio é formatado de forma a gerar uma carga tributária que poderia ser evitada.” O estudo tributário é feito por especialistas e avaliado caso a caso, conforme características dos franqueadores. Mas, Limiro assegura que em, praticamente, todos os casos há redução drástica do faturamento dirigido ao pagamento de impostos, que sem a devida categorização pode ser superior a 33% do rendimento total. (ANA HELENA BORGES)

“É comum que empresários paguem tributos indevidamente” Alexandre Limiro, advogado tributarista


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 46

Soluti é a nova certificadora oficial da Acieg

SERVIÇO ◄► Parceiro

União busca beneficiar maior número de empresários na obtenção de certificados digitais. Adesão pode ser feita no Vapt Vupt

O

IARA NUNES

mercado de certificação digital está em pleno crescimento, cada dia mais pessoas conhecem os benefícios de possuir a assinatura digital e sua confiabilidade. Observando isso, a Soluti Certificação Digital, oferece o serviço que proporciona segurança e agilidade em transações comerciais, bancárias, declaração de imposto de renda, entre outros. A empresa é parceira da Acieg e garante maior proximidade com o empresariado goiano. “É uma parceria totalmente estratégica em que utilizamos a qualidade do serviço com o objetivo de conseguir maior proximidade com o empresário goiano”, ressalta o CEO da empresa, Michel Medeiros. Ele completa ressaltando que a assinatura digital oferece segurança, praticidade e principalmente desburocratização. “No envio de emails, por exemplo, já é enviado com a assinatura, que tem validade jurídica”, explica.

O diferencial da empresa, segundo o CEO, é o acompanhamento realizado com o cliente no pós venda. “Para manter essa aproximação nós criamos um serviço de atendimento ao cliente em que qualquer dúvida a respeito da certificação diMichel Medeiros, CEO da Soluti gital pode ser sanada. Além disso, temos suporte para todas as plataformas: Windows, MAC e Android”, mite que pessoas e empresas se identiafirma. O documento é emitido no fiquem e assinem documentos digitalmesmo dia, e não há necessidade de paga- mente de qualquer lugar do mundo. O verdadeiro valor de se ter uma mento de boleto antes da emissão. assinatura digital é que identifica o O certificado digital garante proteção às transações eletrônicas e permite seu titular no meio digital, sem deixar que a pessoa, ou empresa, se identi- quaisquer dúvidas, devido ao profique digitalmente em qualquer lugar cesso rigoroso de emissão, que exige do mundo. “Com essa parceira com a o comparecimento pessoal para a Acieg queremos buscar cases de su- comprovação das informações prescesso a fim de apresentá-los para ou- tadas no momento da solicitação, e o tras associações no Brasil. A empresa cruzamento de dados com a base da possui 580 lojas no País, mas a sede é Receita Federal. Isso significa que o titular de um elocalizada em Goiânia.” O certificado digital é uma assina- CPF, versão do certificado digital para tura com validade jurídica que garante pessoas físicas ou e-CNPJ, versão do proteção às transações eletrônicas e certificado digital para empresas ou outros serviços via internet. Ele per- entidades, é quem ele diz ser.

46 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Dezembro de 2015


Rampazzo

revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 47

TRADIÇÃO, EMPREENDEDORISMO E MUITA VISÃO DE FUTURO.

TELEFONE: (62) 3236-9500 - WWW.SAGAMALLS.COM.BR

SHOPPING CENTERS EM OPERAÇÃO:

SHOPPING CENTERS COM INAUGURAÇÃO EM 2015 /2016:

EM DESENVOLVIMENTO:

6 novos Empreendimentos


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 48

SEBRAE-GO ◄► Empreender

José Geraldo Gouveia comenta a evolução do seu negócio : “Depois de errar muito, o Sebrae apareceu para me fazer acertar”

Empreender transforma sonho em realidade 48 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Dezembro de 2015

Empresário conta como passou de office boy a proprietário de cinco ópticas em Goiânia


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 49

JOSÉ ANTÔNIO CARDOSO

19 de maio de 2002. O empresário José Geraldo Gouveia, proprietário das Óticas Fama, tem a data da inauguração de sua primeira loja na ponta da língua. Atualmente, com cinco unidades na capital, ele se empolga ao contar como cresceu e sobre os planos de expandir ainda mais. O empresário destaca a importância de sua autoconfiança e da ajuda do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Goiás) para organizar tudo, após crescimento maior que o esperado. Sempre ligado em tudo da área, há cerca de três anos, o empresário conheceu o Projeto de Desenvolvimento do Setor Óptico do Sebrae e, desde então, relata que a parceria com o órgão tem sido fundamental para organizar e otimizar o crescimento de sua rede de lojas. Participou do curso Estratégias Empresariais (Sebrae Mais) e do Empretec, nos quais destaca as soluções práticas para os problemas que enfrentava e o aprendizado sobre a importância do planejamento futuro. “Depois de errar muito, o Sebrae apareceu para me fazer acertar. Uma falha nossa, comum a muitas microempresas, foi a de crescer desordenadamente. No Sebrae, aprendi a me organizar. A coisa engrenou”, relata. José Geraldo afirma que, agora, tem

maior segurança na tomada de decisões. “Acho que a gente sempre pode aprender mais e inovar para conseguir destaque no mercado.”

CAçULA

José Geraldo é o caçula de 10 irmãos. Lembra que cresceu envolvido com o comércio - desde pequeno ajudava os irmãos nas suas lojas. “Ficava no balcão desde os sete anos e as pessoas falavam que eu tinha jeito para vendedor. Sempre botei na cabeça que aprenderia e um dia teria o meu próprio negócio. Montaria alguma coisa de toda forma, só não sabia ainda em que ramo. Nasci para ser dono.” Antes de realizar o sonho, no entanto, José precisou de muito trabalho e capacitação. Começou a trabalhar como office boy em uma empresa do ramo de autopeças. De lá, passou para outra no ramo de confecções e, em 1987, finalmente encontrou a área a qual dedicaria a sua vida, ao ingressar em uma conceituada rede de óptica goiana. Determinado a crescer, virou vendedor e depois gerente. “Fiz vários cursos, fui a todas as palestras que consegui e aprendi tudo o que pude. Assim, consegui ferramentas para acreditar em mim.” Quando, enfim, se sentiu preparado para realizar o sonho, encarou o desafio e arriscou. “Não tinha dinheiro,

peguei empréstimo, tinha vontade de trabalhar. Sempre achei que eu era o cara e que ia dar certo”, afirma. A autoconfiança foi fundamental para superar as dificuldades no início do negócio e encarar o mercado. Talvez por isso, ainda no primeiro ano, José Geraldo abriu sua segunda loja. “Nem sei descrever a emoção que senti nesse dia, porque a segunda loja era uma certeza de que estava dando certo e uma projeção de crescimento. Essa foi uma das maiores alegrias que já senti até hoje”, se emociona. Sempre interessado nas opiniões e necessidades dos clientes, o empresário inovou ao transformar óculos e armações também em acessórios de moda, customizados e personalizados, a preços acessíveis. Ele ainda presta serviço de consultoria e está sempre de olho nas tendências de mercado. Segundo José Geraldo, ele já conseguiu mais do que podia sonhar, mas quer crescer ainda mais. Para ele, agora, o céu é o limite.

INOVAR É CRESCER

Já o empresário Renato de Paiva, por exemplo, é sócio de um laboratório que fabrica lentes para óculos e fornece para óticas de toda a região. O negócio, que começou em 2.011, investe pesado em equipamentos de alta tecnologia e matéria prima de qualidade. Para acompanhar essa alta do mercado, o empresário também

GESTÃO, Empresas & Produtos | Dezembro de 2015 | 49


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 50

SEBRAE-GO ◄► Empreender participa do Projeto de Desenvolvimento do Setor Ótico de Goiânia e Região. A ação do Sebrae tem o objetivo de fortalecer as empresas do ramo, melhorar a gestão dos negócios e estimular a inovação. Renato de Paiva participou de consultorias, palestras e missões empresariais. Após as capacitações, ele estabeleceu metas de produção e bonificações para quem cumpre os objetivos. O empresário também criou um plano de carreira para diminuir a rotatividade de funcionários. Enquanto do outro lado, tem o empresário Fernando Andrade, dono de sete óticas, é

Classes B e C concentram 87% do consumo de produtos ópticos no País

Crescimento de 90% de 2.009 até o ano 2.014 é o que contabiliza o setor ótico brasileiro segundo a Abióptica (Associação Brasileira da Indústria Óptica). De forma inédita para o segmento, a entidade idealizou o ‘Estudo de Ótica 2014’, considerado até então o maior e mais completo levantamento do setor óptico brasileiro. A pesquisa foi realizada pela GS&MD, empresa especialista em varejo, marketing e distribuição. Foram entrevistados 5.814 consumidores distribuídos nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Bahia, Alagoas, Ceará, Pará e Amazonas. Com previsão de crescimento de até 6% para 2.015, em 2014 o mercado óptico nacional teve um crescimento de 3% em comparação a 2013, com faturamento de R$ 23,1 bilhões. Se compararmos o

cliente do laboratório de lentes de Renato de Paiva. A empresa foi aberta há quase 40 anos e é uma das mais tradicionais da cidade. A ótica também participa do projeto do Sebrae e já vê os resultados do trabalho. A decoração da loja foi mudada e a iluminação da vitrine agora destaca mais os óculos. Os funcionários tiram as medidas do cliente para confecção das lentes em equipamentos de alta precisão tecnológica. Após o apoio do Sebrae, o empresário Fernando Andrade melhorou a gestão do estoque, com o controle das vendas e a reposição apenas das peças mais procuradas pelos clientes.

consumo por região, a região Sudeste possui a maior concentração, com 56,7% do total, seguida por Nordeste (17,7%), Sul (15,4%), Centro-Oeste (6,6%) e Norte (3,6%). Quando nos referimos aos produtos mais consumidos, os resultados são: armação de óculos e óculos solares (60,2%), lentes de óculos (28,8%); lentes de contato (8,3%) e acessórios (2,7%). O estudo revela que a classe A é responsável por 10,9% do mercado, seguido pelas classes B (50%), C (37%) e D e E (2,1%). De acordo com Bento Alcoforado, presidente da Abióptica, um dos principais fatores de expansão do setor óptico está relacionado à chegada ao mercado da nova classe média. “Nos últimos anos cerca de 40 milhões de brasileiros passaram a ter acesso ao mercado consumidor nacional, especialmente pelo meio do aumento da renda e da ampliação da oferta de crédito”, explica o executivo. Outro destaque fica por conta do gasto médio anual do consumidor brasileiro com produtos ópticos. Para óculos solar, o custo é de R$ 348, enquanto para óculos de grau é de R$ 296. Influências no ato da compra Moda, novas tecnologias e indicação de oftalmologistas estão entre os tópicos que mais influenciam o consumidor durante a compra de produtos ópticos. A

50 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Dezembro de 2015

q

Igor Montenego, diretor superintendente do Sebrae-GO: “Podem contar com nosso apoio”


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 51

dade do produto, os consumidores destacam fatores como a durabilidade, a resistência, a garantia, o conforto, a qualidade das lentes e a tecnologia “embarcada”. Uma importante mudança no comportamento desse setor é a forma da compra. O faturamento em lojas físicas tradicionais corresponde a 82%, ficando o comércio eletrônico com os 18% restantes. Embora com números ainda distantes, o comércio online de produtos ópticos vem atraindo novos consumidores e se tornando um meio a ser explorado pelo setor, que tem apenas 6% das ópticas com venda online estabelecida. Ainda em relação à venda online, deve-se considerar que os produtos ópticos mais consumidos são os óculos de sol (77%), lentes de contato (12%) e armações (6%). Abióptica – A Associação Brasileira da Indústria Óptica é a mais importante instituição do segmento óptico brasileiro, com 100 associados que representam 95% das empresas do setor, entre as quais indústrias, importadores, exportadores, distribuidores e varejo. A entidade visa à promoção de negócios no segmento e à regulamentação do setor óptico nacional.

De negócio em negócio pesquisa revela que 83% dos consumidores adultos de armações de óculos de grau se guiam pela moda, assim como 58% do público infantil. Já a compra de lentes de grau e de contato é induzida por novas tecnologias, com 74% e 54%, respectivamente. A indicação de oftalmologistas também interfere na compra, de 75 e 53%, respectivamente. Os consumidores de óculos solares (com e sem grau), por sua vez, são influenciados pela moda em 72% e 82% dos casos, respectivamente. Para essa família de produtos, 50% dos acessórios são adquiridos com o foco na moda. Quanto à quali-

De acordo com o Diretor-superintendente do Sebrae Goiás, Igor Montenegro, a atuação do Sebrae é baseada em capacitação para gestão empresarial, mercado, consultorias, missões técnicas, inovação e sustentabilidade dos pequenos negócios. “As micro e pequenas empresas da cidade e do meio rural podem contar com o apoio do Sebrae, porque nossas equipes técnicas, de consultores e agentes estão em todas as regiões do Estado de Goiás. Realizamos nossos serviços de forma virtual e presencial, de porta em porta, de forma coletiva e ao lado de importantes parceiros institucionais, empresariais e governamentais que investem no desenvolvimento deste segmento”.

GESTÃO, Empresas & Produtos | Dezembro de 2015 | 51


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 52

novo armazém

O BOTICÁRIO

Conhecida por sua praticidade, a antiga linha O Boticário MEN foi rebatizada para marcar uma nova fase de seu amplo portfólio. Agora nomeada apenas de MEN.

COCO BAMBU

Atento as novas mídias, o Coco Bambu Flamboyant está entre os estabelecimentos que estenderam seu serviço delivery à web. Os pedidos podem ser feitos através do próprio site do restaurante ou do aplicativo da Apetitar, empresa do grupo iFood, para celulares e dispositivos móveis. O cardápio traz petiscos, saladas, sobremesas e pratos principais em mais de 190 opções, entregues em mais de 15 bairros de Goiânia. Detalhamento de pratos, regiões atendidas, valor de taxa e tempo estimado para entrega são alguns dos dados disponíveis através das plataformas.

EBM

A EBM Desenvolvimento Imobiliário fecha o ano de 2015 com um lançamento residencial, o Sidney SmarStyle, que faz parte da segunda etapa do Metropolitan Business & LifeStyle, localizado no cruzamento das Avenidas E e Jamel Cecílio, no Jardim Goiás, o epicentro da recente onda de crescimento da capital. O empreendimento terá 293 apartamentos e mall integrado com 18 lojas, que se unirão às mais de 25 operações da primeira fase do Metropolitan, prevista para ser entregue ainda neste mês.

MERCURE

A rede de hotéis Mercure oferece agora a seus hóspedes uma nova carta de vinhos, desenvolvida em parceria com a sommelière Alexandra Corvo. Organizada por tipos de rótulos - espumante, branco, rosé e tinto -, a carta, batizada de Safra Mercure, oferece 20 opções com preços atrativos e de vinícolas internacionais e nacionais, valorizando assim as opções brasileiras, que podem ser pedidas tanto no restaurante como no serviço de quarto. Buscando atender às necessidades do cliente e oferecer opções que se adequem à realidade do hóspede, a nova carta de vinhos tem três opções de consumo: garrafa, meia garrafa e a taça. A Safra Mercure disponibiliza rótulos da Espanha, França, Portugal, Argentina, Itália, Chile, Uruguai e Brasil.

LIFAN

A Lifan está lançando, em agosto, a linha 2016 do SUV X60 com alterações que realçam o visual aventureiro do modelo, que já está disponível nas concessionárias Dindi Lifan, em Goiânia, e também nos postos da rede Hipermoreira, para ação promocional entre as duas marcas. O novo X60 chega com várias novidades nas partes externa e interna. Do lado de fora, uma discreta moldura plástica nos para-lamas, rodas novas e estribos reforçam o estilo do modelo chinês. O conjunto de rodas 16 polegadas da linha 2015 foi substituído por jogos aro 17 na versão de entrada (Talent) e por aro 18, na topo de linha (VIP).

McDONALD’S

Desde 11 de novembro, o McDonald’s tem mais uma novidade no menu de sobremesas, o McFlurryM&M’s. A nova combinação será composta por um mix de baunilha, com cobertura de chocolate e os consagrados M&M’s de chocolate.

52 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Dezembro de 2015


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 53

fim de semana

ALVIN E OS ESQUILOS: NA ESTRADA

Dezembro é o mês de férias das crianças, e não há programação melhor do que um bom filme. No dia 24 de dezembro os esquilos mais famosos do mundo voltam aos cinemas na quarta produção da série ‘Alvin e os Esquilos’. Dave (Jason Lee) está prestes a se casar com Samantha (KImberly Williams-Paisley), por mais que o filho dela não se dê muito bem com Alvin, Simon e Theodore. Eles decidem realizar o matrimônio em Miami, onde ficarão para a lua de mel, mas os pequenos esquilos não são convidados para a festa. É claro que o trio não ficará satisfeito e, por conta própria, resolve viajar até a cidade.

VOCA PEOPLE

Chega a Goiânia o espetáculo musical internacional do Voca People no dia 19 de dezembro, no Teatro Rio Vermelho, às 20h. O show conta a história do Voca People, 8 amigos extraterrestres do Planeta “VOCA” onde toda a comunicação é feita através da música e expressão vocais. Eles acreditam que, vida é música, e música é vida. Eles não usam nenhum instrumento musical e produzem todos os sons ao vivo, combinando acapella e técnicas modernas de beatbox. Os ingressos podem ser adquiridos pelo site: www.compreingressos.com

GESTÃO, Empresas & Produtos | Dezembro de 2015 | 53


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 54

Rede privada corporativa que soluciona a comunicação da sua empresa

O Nectar CRM integra todas as áreas da sua empresa de forma simples, como em uma rede social corporativa. A solução completa para você manter a comunicação de seus colaboradores integrada ao gerenciamento dos clientes e oportunidades, com a eficiência e controle necessários para o gerenciamento de tarefas, eventos e compromissos. ACESSE E SAIBA MAIS

FA L E C O N O S C O

nectarcrm.com.br

(62)

Valor especial para associado ACIEG

D E S E N V O LV I D O P O R

3636-7079


Associado

revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:10 Page 55

Conversa com o

Goiânia, Dezembro de 2015 - Ano VII - n° 22 - www.acieg.com.br

Por uma alimentação mais saudável

Tony Martins será sempre lembrado pelo profissionalismo e sua alegria espontânea JÉSSICA ADRIANI

Comer de forma saudável. Não é todo estabelecimento que fornece esse tipo de refeição sem cair na mesmice. Reunindo restaurante, empório e adega no mesmo lugar, a República da Saúde foi um dos restaurantes pioneiros em Goiânia a se especializar em produtos orgânicos. A ideia nasceu em uma viagem à Alemanha, onde pai e filho, o chef de cozinha Tony Martins e Mateus Martins, respectivamente,conheceram um supermercado especializado em produtos orgânicos. “Mateus levantou a possibilidade, comecei a pesquisar sobre o assunto e tudo aconteceu”, conta o empresário. Após algumas dificuldades com financiamentos, a ideia saiu do papel. A República da Saúde comercializa, além de produtos orgânicos, suplementos e alimentos sem lactose, glúten ou açúcar. Mesmo tendo o diferencial, não se acomodaram. Hoje, após dez anos, os donos continuam investindo em conhecimento, “estamos sempre tentando evoluir com

viagens ao exterior e mesmo aqui na América Latina”, conta o chef e empresário. A República da Saúde é uma das associadas da Acieg e também parceira, recebendo eventos da entidade, como o Almoço de Líderes. Sobre a parceria, Tony destaca a importância de conviver com outros empresários: “Associamo-nos a Acieg por ser um lugar comum ao empresário, onde se pode perceber as tendências Tony Martins: homenagem da revista Gestão do mercado e ainda ter um lugar para discutirmos nossas possibilidades.” outros estabelecimentos. Todo o carRecentemente, os sócios expandi- dápio possui opção de delivery. ram seus empreendimentos e lançaram o DITOBEMDITO Bakery e BisAlguns dias após dar esta entretrô, uma confeitaria com produtos sem vista e fazer fotos para a Gestão, Tony lactose, glúten e açúcar. São chás, bofaleceu. A família pediu que, em sua los, tortas e lanches especiais para o homenagem, sua última entrevista público que sofre por não poder se defosse publicada. liciar com muitos desse quitutes em GESTÃO, Empresas & Produtos | Dezembro de 2015 | 55


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:11 Page 56

REDUZIR CUSTOS

Sindicelular: o plano de telefonia móvel da sua empresa

O Sindicelular, sistema de telefonia móvel empresarial que integra uma rede de relacionamento entre os associados do Sindilojas, vem conquistando espaço no setor empresarial do comércio varejista. Com tarifas diferenciadas e atendimento personalizado, o cliente também tem a vantagem de falar gratuitamente, e por tempo indeterminado, com todos os integrantes do Plano. Ou seja, sua empresa pode falar com todas as empresas do sistema, sem pagar pelas ligações No Sindicelular, é possível controlar suas contas evitando surpresas. Assim, você escolhe quanto quer pagar no ato da contratação. Isso facilita a programação de pagamento, o gerenciamento e o planejamento financeiro.

O administrador do Cateretê Restaurante, Nilton Pereira, afirma que obteve economia em relação ao plano de telefonia que utilizava anteriormente. Conversar gratuitamente com outras empresas que possuem o Sindicelular é outro ponto positivo, destacado pela lojista proprietária da Pé & Cia Calçados e presidente da Associação dos Empresários de Campinas, Margareth Maia Sarmento. Para o gestor Alessandro Ribeiro, da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel Goiás), “o atendimento personalizado, evitando o desgaste de ter que passar pelo serviço de call Center, conquistou a entidade no momento da adesão ao Plano”, avaliou. O associado conta também com o

O Sindicelular é um plano de telefonia móvel corporativa com tecnologia 3G e 4G, elaborado exclusivamente para otimizar a comunicação em sua empresa com um excelente custo benefício. Para contratá-lo, basta ser associado ao Sindilojas. O plano proporciona mais economia, tarifas menores para chamadas locais e interurbanas, além de tarifa zero intragrupo e grandes diferenciais em relação a outros planos empresariais oferecidos no mercado.

Entre em contato com o Sindilojas e saiba mais sobre o plano que sua empresa precisa.

A comunicação móvel da sua empresa ficará mais econômica e integrará você e seus colaboradores a muitos negócios

serviço de fatura detalhada, onde é possível consultar o consumo de cada linha, verificar as ligações efetuadas, saldo e limites, sendo uma ferramenta de controle e gestão do consumo. Também está disponível o “Vivo Avisa”, em que para cada ligação que receber, e seu aparelho estiver desligado ou sua linha sem sinal, será informado por mensagem qual número ligou, data e horário. Outro diferencial é que o usuário pode viajar por todo o território nacional sem ter de se preocupar com a tarifa de deslocamento, pois essa cobrança não existe no Plano. É possível também remanejar sua franquia contratada, liberar ou bloquear serviços sem gerar qualquer tipo de custo adicional.


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:11 Page 57

ARTIGO

Causa do coração

Coloquei os pés na Acieg pela primeira vez há 20 anos. Fui para assistir uma palestra. A proposta de somar forças pelo bem comum me encantou! No dia seguinte a nossa empresa se tornava associada e em dois anos assumi como Diretora. Há cinco anos tomei posse como Presidente. Tinha uma vaga ideia do que me esperava. Os objetivos mais importantes estavam bem claros, moldados na minha lida como empresária e pelo sonho de trabalhar pelos pequenos negócios. Cresci vendo minha mãe cuidar de um pequeno armazém de secos e molhados em Campinas, suficiente apenas para garantir o pão nosso de cada dia. Assisti de perto suas angústias e noites sem sono. Como empresária tive mais sorte, mas nunca deixei de sentir um frio no estomago ao entrar nas lojinhas do Jardim Guanabara e ver o dono varrendo o chão e atendendo os clientes. Esses valentes heróis precisam de tudo: de informação básica, de treinamento, de crédito, de ânimo e de esperança. Empregam metade dos goianos, mas são formiguinhas na composição do PIB e da arrecadação. São vítimas fáceis da burocracia oficial e das exigências descabidas de órgãos públicos. Nos momentos mais difíceis destes cinco anos de trabalho pelo setor produtivo costumava buscar forças em visitas disfarçadas de pe-

quenas compras nas ferragistas, padarias e lojinhas que povoam nossa cidade. As principais metas traçadas no meu discurso de posse foram atingidas. Sonhos impensáveis como o Código de Defesa do Contribuinte, o Vapt Vupt Empresarial, a simplificação dos processos do Corpo de Bombeiros, o Vapt Vupt Ambiental, a negociação da substituição tributária com o menor ICMS do País, a luta contra o aumento abusivo do IPTU, a defesa dos incentivos fiscais, ações pela inovação e capacitação de empreendedores se tornaram realidade. Foram fruto de um trabalho árduo e constante de nossa diretoria e lideranças de entidades parceiras. Olhando para o balanço final são grandes as conquistas, mas não deixam de ser um pingo d´água no deserto. Continuamos a reconhecer firma e a autenticar cópias, proliferam as taxas abusivas sobre serviços públicos, o registro de contratos em cartórios é extorsivo, o fisco cobra multas acessórias e por erros de preenchimento absurdas, os prazos para licenciamento das empresas são africanos... A maioria das microempresas não estão cadastradas no Google e não têm ideia de como fazê-lo. Estamos perdendo feio a guerra do comércio eletrônico que cresce continuamente enquanto as vendas do varejo desabam. Há muito por fazer num País ca-

HELENIR QUEIROZ

rente de esperança e de fé em suas principais lideranças. Ainda somos uma sociedade reativa, passiva e dependente. O lado bom é que começamos a questionar as ações dos síndicos do edifício chamado dinheiro público. A sociedade organizada deve fiscalizar o uso dos impostos e a qualidade dos serviços prestados pelo Executivo, Legislativo e Judiciário em todas as esferas. E principalmente ajudar na construção do voto consciente. As entidades de classe ainda não têm consciência de sua importância como estrutura e voz dessa sociedade capaz de pautar a agenda de prioridades de quem nos governa. Tive nestes cinco anos a certeza clara de que podemos provocar muitas e boas mudanças em benefício do coletivo. Quis o destino que eu abreviasse o meu segundo mandato para cuidar da saúde. O avanço da doença de Chagas e o coração regulado por um marca-passo ditam nova rotina de vida daqui para a frente. Deixo a presidência da Acieg com a certeza de que meus colegas de diretoria continuarão a luta pelo setor produtivo com o mesmo afinco. E com certeza, meu coração estará batendo pela causa que me conquistou vinte anos atrás.

GESTÃO, Empresas & Produtos | Dezembro de 2015 | 57

HELENIR QUEIROZ É EMPRESÁRIA E PRESIDENTE DA ACIEG


revista 36 balanço hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:11 Page 58

galeria

Idealizador e fundador da agência Emporio Imagem, o fotógrafo Enio Tavares é graduado em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Confira mais do seu trabalho no site: www.emporioimagem.com


revista 36 balanรงo hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:11 Page 59


revista 36 balanรงo hq bkp_Layout 1 01/12/2015 09:11 Page 60


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.