Lideranças Um bate-papo com Gilson de Deus Lopes JULHO 2013 . ano 18 . no 210 . R$ 15,00 . 21.500 exemplares . distribuição nacional
Carrinhos que deveriam estar em uso pelos clientes em suas compras dentro da loja, às vezes são recuperados em locais inusitados como o canteiro central de uma rua movimentada
Perdas com carrinhos
Estimativas apontam perdas de até 20% nos estoques de carrinhos de uma loja que estiver atrasada na implantação de medidas de controle
Padarias premium
Centrais de Negócios
Higiene bucal
Elas têm todas as soluções para as refeições dos consumidores
Conheça a Rede Minipreço, uma das que mais crescem em MG
A renda aumentou e os antissépticos estão ganhando espaço
boa leitura
cartas
sumário
Cuidado com a rotina
Q
perda de carrinhos
Eles são o motor da loja, mas há quem os perca
uando fui informado do alto índice de perdas com carrinhos nos supermercados, de imediato pensei em incluir uma reportagem sobre
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a questão na pauta da edição 210.
Ao ler a reportagem e ver as boas fotos feitas pelo nosso fotógrafo Ignácio Costa não tive dúvida, seria a capa, pois sempre é bom chamar a atenção de nossos leitores para coisas simples da rotina, mas que se ficam sem atenção, transformam-se em grandes problemas. Há também outra excelente reportagem na edição que poderia ser o destaque da capa. Ela se refere à evolução que o setor de padarias está apresentando, transformando-se em um canal varejista de grandes soluções quando o assunto são as refeições. Esta edição traz também uma ótima reportagem sobre o comportamento de consumo dos homens casados e uma sobre as novidades na seção de higiene bucal. Não deixe de ler também uma excelente entrevista que fizemos com o dirigente Gilson de Deus Lopes e, sem perder o embalo, confira a apresentação que estamos fazendo da central de negócios Rede Minipreço. Então, boa leitura!
Giovanni Peres Editor
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série especial “neoconsumidor”
Os homens casados já tomam muitas decisões quando fazem compras em supermercados
padarias premium
Elas estão cada vez mais completas e fazem do pão apenas uns dos itens do amplo mix
Os antissépticos estão ajudando a alavancar as vendas nesta seção de grande tráfego
série especial “à mesa com as lideranças”
Conheça a rica história de vida do dirigente Gilson de Deus Lopes 48 jurídico
21 Bem-estar
65 TI
39 recursos humanos
73 novas tendências
Veículo oficial da Associação mineira de Supermercados (AMIS) com distribuição nacional e tiragem de 21.500 exemplares. Redação e escritório: Rua Platina, nº 33, Prado - Belo Horizonte - MG CEP: 30411-131 Tel./Fax: (31) 2122 0500 / E-mail: gperes@amis.com.br Produção editorial Peres e Peres Comunicação e Editora Ltda. Editor e jornalista responsável Giovanni Peres (reg. prof. 03065jp) gperes@amis.org.br - tel: (31) 2122 0507 Assistente de edição Sandra Mara (sandra@amis.org.br) Repórteres Fátima Peres (fatima@amis.org.br), Adenilson Fonseca (adenilson@amis. org.br) e Sandra Mara Colaboradores desta edição Jefferson Veloso Fotografia Ignácio Costa Projeto gráfico Luis Américo Simões Designer gráfico Sandra Fujii Impressão Prol Gráfica Publicidade Paulo Ricardo Parma (paulo@amis.org.br) tel.:(31) 2122 0526 Executivos de negócios Zuleima Guimarães (zuleima@amis.org.br), Talula Franco (talula.franco@amis.org.br) Circulação/Assinaturas/Recebimentos de anúncios Lucas Miranda (lucas.miranda@amis.org.br) tel.: (31) 2122 0528 Para edições anteriores, problemas no recebimento da revista ou pedidos de inclusão na listagem de destinatários da publicação, contate Aline Santos - tel.: (31) 2122 0533 (apoioaocliente@amis.org.br) A Revista Gôndola tem distribuição de 21.500 exemplares neste mês em todo o Brasil, sendo que 20.930 exemplares são enviados a executivos, proprietários, compradores, gerentes e encarregados de todas as lojas com mais e dois check-outs em Minas Gerais e para as principais lojas de autosserviço do Brasil, que juntas respondem por 75% do faturamento do setor no País. O restante é enviado aos principais fornecedores e anunciantes, agências de publicidade, imprensa e autoridades. Proibida a reprodução total ou parcial sem autorização do editor.
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Escreva para a revista GÔNDOLA Por e-mail: gperes@amis.org.br. Por motivo de espaço ou decisão editorial, os textos enviados podem ser condensados ou não-publicados. Em caso de não-publicação, garante-se que a mensagem será respondida individualmente. Por correio: GÔNDOLA, Seção de Cartas, Rua Platina, 33, Prado, cep 30410-430, Belo Horizonte, MG.
Carrinhos que deveriam estar em uso pelos clientes em suas compras dentro da loja, às vezes são recuperados em locais inusitados como o canteiro central de uma rua movimentada
PERDAS COM CARRINHOS
Estimativas apontam perdas de até 20% nos estoques de carrinhos de uma loja que estiver atrasada na implantação de medidas de controle
PADARIAS PREMIUM
CENTRAIS DE NEGÓCIOS
HIGIENE BUCAL
Elas têm todas as soluções para as refeições dos consumidores
Conheça a Rede Minipreço, uma das que mais crescem em MG
A renda aumentou e os antissépticos estão ganhando espaço
Edição 209 Tecnologia
Pães especiais
Conservas
A reportagem sobre a importância do uso da tecnologia da informação pelo supermercado ficou muito boa. Acredito que as coisas estão mudando muito depressa e na área de informática é onde elas mudam ainda mais. Quem não ficar atento a todas as mudanças vai ficar para trás. E isto já aconteceu até com empresas grandes. Acho que o comércio eletrônico também vai crescer muito. Regina Filomena Clovini Rios Fortaleza – CE
Recentemente fizemos uma revisão total na nossa padaria e fico contente em ver que alcançamos um nível parecido com o que foi falado na reportagem que vocês fizeram sobre pães especiais. O consumidor sempre quer novidades, principalmente na padaria do supermercado. É importante sempre surpreender com uma receita nova ou um produto novo. Getúlio Rechenberg Filho Blumenau – SC
Muito boa a reportagem sobre conservas. É por isso que gosto desta revista, pois sempre oferece novidades e faz a gente prestar atenção em coisas que esquecemos de olhar. Além das conservas estou agora mais atento a outros produtos da mercearia que entram na rotina e agente esquece. Lucas Azevedo Kranlovs Curitiba - PR
Vai se mudar? Gostaria de ser um leitor de Gôndola?
higiene bucal
Marketing
LIDERANÇAS Um bate-papo com Gilson de Deus Lopes JULHO 2013 . ANO 18 . NO 210 . R$ 15,00 . 21.500 EXEMPLARES . DISTRIBUIÇÃO NACIONAL
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JULHO de 2013
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palavra do presidente
Um importante
ponto de partida
O José Nogueira Soares Nunes Presidente do Conselho Diretor da AMIS
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mês de junho entrará para a história do País como um dos mais relevantes dos últimos tempos. Ou mesmo, um dos mais importantes destas primeiras décadas do século 21. Como um sinal de amadurecimento da democracia brasileira, as ruas das capitais e de um sem número de cidades de todo o País ficaram lotadas de cidadãos em manifestações que se organizavam de maneira quase que informal pela internet. A partir de uma manifestação contra o aumento de R$ 0,20 na tarifa de ônibus em São Paulo (capital) duramente reprimida pela Polícia Militar paulista, os protestos se espalharam pelo País como que destampando uma imensa panela de pressão. Uma grande panela na qual efervesciam questões como a corrupção, o mau uso do dinheiro público (tudo que envolve a Copa do Mundo ficou sob a mira da opinião pública, por exemplo), a ineficiência de todos os poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), os problemas da infraestrutura, a falta de investimento em educação, em saúde. No auge das manifestações, em Belo Horizonte, por exemplo, houve
momentos em que cerca de 100 mil pessoas participavam diretamente dos protestos nas ruas. No Rio de Janeiro alcançou-se um recorde nacional com algo em torno de 300 mil manifestantes nas ruas do centro antigo da cidade. Em Brasília, os manifestantes, às centenas, subiram na imensa laje do Congresso Nacional para protestar. Estimou-se que em um determinado dia nada menos que 2 milhões de pessoas, nas diferentes regiões do País, estavam nas ruas protestando. Infelizmente, nem todas as manifestações terminaram no clima pacífico em que começavam e se desenvolviam. Muitas acabaram em meio a violentos confrontos entre manifestantes e policiais, e a atos de vandalismo. Eram pequenos grupos de pessoas, infiltrados nas multidões, que se aproveitavam para exercitar sua índole violenta, o radicalismo ou mesmo o oportunismo para saques. Uma minoria destruidora que precisa ser combatida na mesma proporção que se deve apoiar manifestações pacíficas, espelho de uma democracia em exercício. O impacto da força das ruas já se fez sentir em todos os poderes e níveis de governo. Houve o recuo no
aumento das tarifas, o Congresso agilizou a votação ou derrubou projetos de lei que ameaçavam o Ministério Público e a diversidade da sociedade, o Governo Federal propôs um pacto nacional e, nele, entre vários itens, a reforma política. São apenas os primeiros passos para grandes mudanças há muito clamadas pelo povo brasileiro e que agora encontram eco em toda a sociedade. Não só o Governo Federal é convidado a repensar suas prioridades e o modo de agir. Todos os governos estaduais e municipais, todas as assembleias estaduais e câmaras municipais, todos os tribunais, enfim todas as instituições constituídas têm a oportunidade de buscar o encontro das demandas da sociedade. E juntamente com elas, devemos incluir a representação da sociedade civil, como é o caso de uma entidade como AMIS. Aqui representamos um importante setor da economia nacional, gerador de centenas de milhares de empregos e responsável por importantíssimo elo do abastecimento de alimentos. É um momento ímpar para que os supermercados também possam prestar sua contribuição na dis-
cussão e na implantação de importantes avanços para a sociedade brasileira. Na agenda proposta pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) – bem antes da onda de protestos, diga-se de passagem – há vários itens que coincidem com o clamor das ruas. Entre eles, destaco a desoneração da cesta básica e dos gêneros de consumo básico em geral. Impostos estaduais e federais pesam fortemente sobre o consumo de praticamente todos os itens comercializados em um supermercado. Há produtos básicos em que os impostos representam até 30% do preço do item. Nos países que já atingiram desenvolvimento econômico e social superior ano nosso, os impostos de consumo são notadamente baixos. Nos alimentos, quase ausentes, ou mesmo inexistentes. No bojo de uma urgente reforma tributária, a carga de impostos sobre o consumo poderia ser um dos primeiros itens a serem revistos, pois é um tipo de tributo de alto impacto sobre o poder de compra da população, especialmente, o dos mais pobres. Que junho seja apenas o ponto de partida para a construção de um País melhor para todos os brasileiros.
JULHO de 2013
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Rua Platina, 33 - Prado Belo Horizonte - MG CEP: 30411-131 Tel/fax: (31) 2122-0500 www.amis.org.br amis@amis.org.br
Conselho diretor José Nogueira Soares Presidente DMA Belo Horizonte (31)3389-5555 Marcos Rogério Figueiredo Vice-Presidente de Expansão do Quadro Social Carrefour bairro Belo Horizonte (31)3375-9424 Cláudio Nogueira Vice-Presidente de Relações com Autoridades e Entidades de Classe DMA Distribuidora S/A Belo Horizonte (31)3389-5555 Thulio Fernandes Martins Vice-Presidente de Médias e Grandes Empresas do Interior Adição e Distribuição Express Divinópolis (37)3229-9631
Grasiélli Caldeira Soares Supermercados BH Belo Horizonte (31) 3117-2636
Sandro José Teles Ccasf Bambuí (37) 3431-2102
José Roberto Moreira CF Auto Atacado Três Corações (35) 3239-5000
Gumercindo Horta Mercearia Cobal Belo Horizonte (31) 3435-6606
Hercílio Araújo Diniz Sup.Coelho Diniz Gov.Valadares (33) 3279 - 6400
Hallison F. Moreira Org. Verdemar Belo Horizonte (31) 2105-0101
Thiago Fernandes Martins Adição Distr. Express Divinópolis (37) 3229-9631
Roberto Gosende DMA Distribuidora Belo Horizonte (31) 3389-5640
Hercílio Araújo Diniz Superm. Coelho Diniz Ltda Gov.Valadares (33) 3279-6400
Marco Tulio V. de Assis Cabral Bretas/Cencosud Contagem (31) 3399-3500
Ivo José de Castro Junia Monteiro Mota Belo Horizonte (31) 3442-4177
Matusalem Dias Sampaio Coop.Cons.Empr.Usiminas Ipatinga (31) 3824-5149
Jerônimo Pereira Machado Asccom Formiga (35) 3529-6200
Nisvan Caldas Pereira Carrefour Bairro Belo Horizonte (31) 3375-9424
José Flávio M.de Castro Mercearia Caraça Contagem (31) 3398-5666
Oney José Barbosa Araújo Araújo Hipermercados S/A Gov. Valadares (31) 3359-6900
José Libério de Souza Supermercado Josildo Ltda Divinópolis
Conselho Fiscal Efetivo Geraldo Salvador Nascimento Sup. Via Bahia Ltda Belo Horizonte (31) 3467 - 4225 Raimundo Lúcio Freitas do Amaral Panificadora e Mercearia Campos Sales Contagem (31) 3213-2268 Vicente Bolina Oliveira Adição Distribuição Express Ltda Divinópolis (37) 3229 - 9631 Conselho Fiscal Suplente Jerônimo Pereira Machado Comércio de Alimentos Rilda Ltda Passos (35) 3521-1213 Pedro Maciel dos Santos Poupe Sempre Supermercado Ltda Belo Horizonte (31) 3442-1477
(37) 3229-1350 José Nogueira S. Nunes DMA Distrib. Belo Horizonte (31) 3389-5555 José Ribeiro de Almeida Com.e Distribuição Sales Ltda Barbacena (32) 3331-6420 José Roberto M. Franco GF Auto Atacado Três Corações (35) 3239-5120 Jovino Campos Reis Supermercados Bahamas Juiz de Fora (32) 3226-8542 Laura Bretas Araújo Araújo e Bretas Ltda Contagem (31) 3359-8400
Thiago Miranda Rede Opa Carangola (22) 3822-0450 Thulio Fernandes Martins Adição Distribuição Express Ltda Divinópolis (37) 3229-9631 Vinícius Abreu Diniz Supermercados Coelho Diniz Gov. Valadares (33) 3279-6101 Waldir Rocha Pena Supermercados BH Belo Horizonte (31) 3117 - 2600 Walter Santana Arantes Supermercados BH Belo Horizonte (31) 3333-1002 Vice-presidentes Regionais Antônio Ferreira Barbosa Barbosão Extra Supermercados Araxá (34) 3661-1112 Paulo José Israel Azevedo Israel e Israel Ltda Bambui (37) 3431-1209 José Ribeiro Sales Comércio e Distr. Sales Barbacena (32) 3331-6204 Fábio Teixeira Campos Casa Fidélis Bom Despacho (37) 3522-1010 Carlos Alberto F. Freire Org. Real Campo Belo (35) 3832-7400
Hebert Lever J.do Couto Líder Supermercado João Pinheiro (38) 3561-1302 Alvaro Pereira Lage Filho Supermercados Bahamas Juiz de Fora (32) 3249-9427 Roberto Carlos Miranda Super. Prado & Miranda Lagoa da Prata (37) 3261-2769 Júlio Antônio Carraro Fonte Supermercado Leopoldina (32) 3449-4500 Paulo César Nogueira Gomes Com. Paxá Manhuaçu (33) 3331-1402 Everson Pinto Moreira W & E Ki Jóia Sup. Mart. Campos (37) 3524-1451 Fernando Almeida Cordeiro Super. Kí-Jóia Monte Carmelo (34) 3842 - 2341 Paulo Elmo Pinheiro Super Kilo Montes Claros (38) 3222-2111 Geraldo Vitor da Cruz Supermercado Vitor Nova Lima (31) 3541-5404 Valter Amaral Lacerda Mac Supermercados Nova Serrana (37) 3226-3364 João Batista Ubaldo Com. Estela da Barra Ouro Preto (31) 3551-6081
Conselho Consultivo
Leonardo Reis Rede Minipreço Viçosa (31) 3891-8754
Thiago Miranda Mirabras Com.Impor. e Exp. Ltda Carangola (22) 3822-0450
Álvaro Pereira Lage Filho Supermercado Bahamas Ltda Belo Horizonte (32) 3249-9427
Lucimário Pereira de Moura Extra Hipermercados Belo Horizonte (31) 2127 - 6513
Bruno Santos de Oliveira Supermercados BH Belo Horizonte (31) 3117-2600
Ary Soares Silva Supermercado do Irmão Ltda Caratinga (33) 3321-7171
Luiz Alexandre Poni Org. Verdemar Belo Horizonte (31) 2105-0121
Carlos Ernesto Topal Wal Mart Brasil Belo Horizonte (11) 2103-5606
Marcos Rogério Figueiredo Carrefour Bairro Belo Horizonte (31) 3375-9424
Charles Wagner Ferreira Silva Supermercado Ideal Carmo do Paranaíba (34) 3851-2270
Carlos Henrique Daniel Mercearia Irmão Daniel Juiz de Fora (32) 3214-1580
Marco Tulio Dias Amaral Adição Distrib.Express Ltda Divinópolis (37) 3229-9631
Carlos Magno Fonseca Irmãos Fonseca Ltda. Unissul Pouso Alegre (35) 3421-2162
Mauro Alarcon Almeida Giroforte Três Pontas (35) 3851-1549
Cláudio Nogueira DMA Distribuidora Belo Horizonte (31) 3261-5444
Marcos Paulo Ribeiro Grupo União Itajubá (35) 3621-4444
Célio Antônio de Catro Lopes Rede da Mata Viçosa (32) 3554-1244
Marco Tulio V.de Assis Cabral Bretas/Cencosud Contagem (31) 3399-3500
César Roberto Silveira Rede Super Mais Juiz de Fora (32) 3339-6495
Matheus Pereira de S. Neves Mart Minas Contagem (31) 3519-9001
Dolores Antônia Fonseca Rede Confiança Divinópolis (37) 3341-1360
Matusalem Dias Sampaio Coop.Cons.Empreg.da Usiminas Ltda Ipatinga (31) 3824-5149
Éder de Oliveira Soares Extra Hipermercados Belo Horizonte (31) 2127-6601
Micael de Souza Moreira Supervarejista Belo Horizonte (31) 3333-4958
Edval Marcos Bassan Carrefour Belo Horizonte (31) 3358-4844
Moacir Antônio Salgado Empório São Sebastião Juiz de Fora (32) 3213-2422
Elemar Sebastião de Almeida Bretas/ Cencosud Contagem (31) 3399 - 3500
Nisvan Caldas Pereira Carrefour Bairro Belo Horizonte (31) 3375-9424
Euler Fuad Nejm Super Nosso Contagem (31) 3359-3301
Oney José Barbosa Araújo Araújo Hipermercados S/A Gov. Valadares (31) 3359-6900
Suplentes do Conselho Diretor
Fernando Bravo Elias Supervip Supermercado Ltda Belo Horizonte (31) 3477 - 6717
Orestes Pedrosa Rede Uai Muriaé (32) 3426-1432
Grasiélli Caldeira Soares Supermercados BH Belo Horizonte (31) 3117-2636
Fernando Luiz Reis Supermercado Bahamas Ltda Juiz de Fora (32) 3249-9400
Pedro Lourenço de Oliveria Supermercados BH Belo Horizonte (31) 3427-9612
Hallison Ferreira Moreira Organização Verdemar Belo Horizonte (31) 2105-0101
Francisco Araújo Supral Ltda Belo Horizonte (31) 3672-6561
Roberto Gosende DMA Distribuidora Belo Horizonte (31) 3389-5640
Geraldo Santiago Junior Carrefour Belo Horizonte (31) 3280-9000
Frederico Lavorato Arantes Supermercados BH Belo Horizonte (31) 3117-2600
Rodolfo Kayser Nejm Super Nosso Contagem (31) 3359-3301
Jovino Campos Reis Supermercado Bahamas Juiz de Fora (32) 3226-8542
Geraldo Santiago Junior Carrefour Belo Horizonte (31) 3280-9000
Ronosalto Pereira Neves Mart Minas Contagem (31) 3519-9001
Roney A. Mendes Silva Casa Rena Itaúna (37) 3242-1844
Conselho Superior
José Flávio Moreira Coml. Sabor de Pão Contagem (31) 3398-5666
Gilson de Deus Lopes Sup. 2 B Ltda Belo Horizonte (31) 3334-4813
Rubens Lobo Torres Assume Brasópolis (35) 3641-1960
Wagner Rocha de Castro Supermercado de Desconto Itaguara (37) 3381-2261
Valdemar Martins do Amaral Supermercados ABC Divinópolis (37) 3229-9631
Eder Oliveira Soares Vice-Presidente de Hipermercados Extra Belo Horizonte (31) 2127-6601 Gilson de Deus Lopes Vice-Presidente Administrativo, Financeiro e Patrimonial Sup. 2 B Ltda Belo Horizonte (31) 3334-4813 Elemar Sebastião de Almeida Vice-Presidente de Eventos e Recursos Humanos Bretas/Cencosud Belo Horizonte (31) 3399 - 3500 Francisco Araújo Vice-Presidente de Pequenas Empresas da Capital e Região Metropolitana Supral Sabará (31) 3672-6561 José Libério de Souza Vice-Presidente de Pequenas Empresas do Interior/Centrais de Compras Supermercado Josildo Ltda Divinópolis (37) 3229-1350 Edval Marcos Bassan Vice-presidente de Tecnologia Carrefour Belo Horizonte (31) 3358-4844 Luiz Alexandre Brognaro Poni Vice-Presidente de Relações com Fornecedores Org. Verdemar Belo Horizonte (31) 2105-0121 Waldir Rocha Pena Vice-Presidente de Desenvolvimento de Serviços Supermercados BH Belo Horizonte (31) 3117 - 2600 Matheus Pereira de Souza Neves Vice-Presidente de Abastecimento Mart Minas Contagem (31) 3519-9001 Carlos Ernesto Topal Ely Vice-Presidente de Relações Públicas e Consumidores Wal-Mart Brasil Contagem (11) 2103-5606 Superintendência Adilson Rodrigues Superintendente (31) 2122-0500
Maurício Gadben Sup. Eldorado/ Caxambu Caxambu (35) 3341-3800 Luciano Teixeira Gonçalves Expedito Gonçalves Souza Cláudio (37) 3381-1254 Flávio Luiz Lana Armazém Brasil Cons. Lafaiete (31) 3761-2644 Edson Palhares Jr. Comercial Paizão Curvelo (38) 3721-7799 Gilson Teodoro Amaral Supermercado Candidés Divinópolis (37) 3229-1200 Milton Kurihara Sup. Kurihara Extrema (32) 3435-3324 Antônio F. Sobrinho Ki Sacolão Formiga (37) 3221-1510 José Mário Bernabé Supermercado JB Frutal (34) 3421-1300 Antônio Martins Andrade Cereais Martins Gov. Valadares (33) 3221-3617 Agnaldo J. Ferreira Merc. Esquinão da Avenida Guanhaes (33) 3421-1179 Alexandre Batista São João Supermercados Guaxupé (35) 3559-7300 Matusalém Dias Sampaio Consul Ipatinga (31) 3824-5150 Márcio Luiz Lage Sup. Nova América Itabira (31) 3834-4444 Dolores Antônia Fonseca Jeovany da Silveira Itapecerica (37) 3341-1505
Luiz Augusto Reis Almeida
José Gianette Bicalho Org. Bicalho & Cota João Monlevade (31) 3852- 1010
Gervásio Alves da Cruz Sup. Farnezze Capelinha (33) 3516-1461
Ivo José de Castro Junia Monteiro Mota de Castro Belo Horizonte (31) 3442 – 4177
marketing
Fabiola Silveira Xavier Dom Produtor Empório Janaúba (38) 3821-1838
Leonardo Flores Nascimento Superm. Via Bahia Ltda Belo Horizonte (31) 3467-4225
Rodolfo Kayser Nejm Vice-Presidente de Médias e Grandes Empresas da Capital e Região Metropolitana Super Nosso Contagem (31) 3359-3301
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Lucimário Pereira de Moura Extra Hipermercados Belo Horizonte (31) 2127-6513
Carlos Roberto Martins Supermercado Paraense Pará de Minas (37) 3236-1509 Jerônimo Pereira Machado Com.de Alimentos Rilda Passos (35) 3529-6200 Rogério Luciano Oliveira Supermercado Moderno Patos de Minas (34) 3822-2112 Osmar Nunes Filho Cotec - Comercio de Tecidos Ltda Patrocínio (34) 3831-1750 João José de Melo Stalo Supermercados Piumhi (37) 3371-2900 Márcio Roberto Oliveira Sup. Com. S.V Poços de Caldas (35) 3714-2050 Fernando Folchito Maglioni Maglioni Ribeiro e Cia Pouso Alegre (35) 3421 - 2268 Aldeir Souza Mendes Júnior D`Itália Supermercados Salinas (38) 3841-1203 Cláudio Fonseca Caetano Sup. Rei do Arroz Santos Dumond (32) 3251-3397 Eduardo José Bergo Sup. Bergão São João Del Rei (37) 3372-2154 Luciano Nogueira Fernandes Supermercado Carrossel São Lourenço (35) 3332-1511 Luiz Antônio Tonin Supermercados Tonin S. Seb. do Paraíso (35) 3539-3344 Antônio Roberto Reis Bastos Mercantil Bastos Sete Lagoas (31) 3773-9811 José Roberto Moreira Franco GF Auto Atacado Três Corações (35) 3239-5120 Francisco Assis F. Carvalho Supermercado Superkiko Três Pontas (35) 3265-2522 Eron José Vieira Jaime Vieira Supermercados Ubá (32) 3531-5422 Matusalém José Alves Zebu Carnes Ltda Uberaba (34) 3319 -0652 Guilherme F. Miranda Distribuidora Miranda Uberlândia (34) 3233-4829
Marketing Socioambiental: estratégias para criar diferenciação de mercado para as empresas
O
Projeto Quatro Cantos tem como objetivo auxiliar na formação humana de crianças, adolescentes e idosos da região do Sul de Minas. O projeto recebeu este nome, pois é realizado nos quatro cantos do Sul de Minas, levando opções de lazer, educação e cidadania para os moradores. Atualmente, atua com três focos principais: a criança, o idoso e a educação especial. O projeto teve início em dezembro de 2010, quando realizou seu piloto em formato infantil na cidade de Três Corações, no bairro Odilon Rezende de Andrade, quando uma empresa, o GF Supermercados – rede supermercadista da região sulmineira – adotou a ideia e acreditou na força do projeto. Em 2011 foram realizadas 20 edições do Quatro Cantos nas cidades de Três Corações, Lavras, Boa Esperança, Lambari, Três Pontas e São Gonçalo do Sapucaí. Em 2012 foram mais 23 edições. Em 2013 o objetivo é chegar as 30 edições do projeto, além de levar o conceito do projeto para outras localidades. Além do cunho social, o Projeto Quatro Cantos faz parte de uma estratégia mercadológica na qual a empresa busca se aproximar de seus consumidores, contando com o envolvimento de seus próprios colaboradores no projeto, e dando voz e espaço para articulações e o melhor entendimento da realidade de algumas comunidades. O projeto auxilia também no fomento do voluntariado para não só a realização do projeto, como também para realização de pequenas obras e intervenções em formato de mutirão nas escolas, abrigos e asilos das cidades envolvidas. Mais que analisar o comportamento do consumidor, o marketing do século XXI objetiva criar interação entre empresa e seus clientes, oferecendo espaço para a existência desse novo mecanismo de comunicação, desenvolvendo assim um novo papel, no qual a empresa ultrapassa os limites organizacionais e exerce a sua função social na própria comunidade, trabalhando também seu posicionamento e a melhoria da
sua imagem perante o seu público e, muitas das vezes, chamando o seu público para participar dessa ação. Tendo em vista o exemplo de sucesso na região do Sul de Minas, os organizadores do projeto tem o intuito de difundir os conceitos e ideais do Projeto Quatro Cantos, criando possibilidades para a manutenção da imagem organizacional de outras empresas, abrindo espaço para melhorar a criação dessa interação, e fortalecendo outras comunidades nas quais essas empresas estão inseridas.
para saber mais • laugusto@gfsupermercados.com.br
Você sabia que: O Departamento Jurídico AMIS acompanha diariamente os Projetos de Leis, a nível estadual, inerentes ao setor supermercadista. Permite ao Jurídico AMIS ter acesso antecipado aos Projetos de Leis que estão tramitando, e orientar e atuar em prol da classe supermercadista, de forma preventiva. Se você é filiado AMIS, mantenha contato permanente com nosso Departamento Jurídico, e acesse vários outros benefícios. Se ainda não é, filie-se já, e diminua suas dificuldades para atender às leis e às normas de defesa do consumidor e da regulamentação setorial.
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JURÍDICO (31) 2122-0500 | www.amis.org.br
EM DIA COM A AMIS [Sevar da região da mata]
Cada vez mais,
fonte de conhecimento Empresários e colaboradores de várias cidades participam do Sevar da região da Mata e destacam o evento como uma importante fonte de conhecimento
O Sevar da Região da Mata foi realizado em Juiz de Fora reunindo executivos de supermercados e colaboradores de toda a região
O
12º Super Encontro Varejista (Sevar) da região da Mata, realizado nos dias 18 e 19 de junho, em Juiz de Fora, reuniu empresários de várias cidades em busca de atualização profissional, relacionamento comercial e novos conhecimentos. É o caso da empresá-
ria Christina do Valle Loth que nem é supermercadista ainda de fato, mas tem o evento como uma fonte de informações. Em novembro, ela vai inaugurar sua primeira loja supermercadista, em Mar de Espanha, na região da Mata e acreditou que Sevar poderia fazer a diferença para seus negócios.
“Eu vim aqui em busca de conhecimento, porque quero ter uma loja diferenciada”, justificou ela, que abrirá o supermercado com o nome de Alpha. O vice-presidente da AMIS em Juiz de Fora, anfitrião do evento, Álvaro Lage Pereira, que muito empenhou na realização do Sevar, não pôde participar porque estava em compromissos da empresa fora do Estado. Ele foi representado em todas as atividades do evento pela gerente de qualidade da rede Bahamas, Flávia Campos, para quem o evento foi muito bem organizado e ofereceu muitas oportunidades de negócios durante a Mostra de Fornecedores. Ela destacou também a qualidade das palestras. “Foram de altíssimo nível, agregando bastante conhecimento. A nossa equipe do Bahamas adorou” disse. Para Flávia, durante os dois dias de evento o público foi excelente, contribuindo consideravelmente para a troca de experiências e oportunidades de negócio. “Resumindo, a 12ª edição do Sevar da região da Mata, foi um sucesso”. Oportunidades Mesmo para quem já participa há vários anos há sempre uma novidade, algo mais a aprender. “O Sevar aqui na região é um evento de muita importância para nós supermercadistas e para nossos colaboradores. Com ele, a gente tem realmente grandes oportunidades de assistir a grandes palestras, e as deste ano foram muito boas, agregaram bastante informação e indicaram tendências para praticarmos em nossas lojas”, analisou o vice-presidente da AMIS em Ubá, Eron José Vieira, diretor do supermercado Vieirão. Ele destacou também a evolução do Sevar na região. “A cada ano a gente vê que esse evento está mais grandioso e agregando pessoas que realmente fazem um grande trabalho e, com certeza, o supermercadista leva para casa grandes saberes e informações que vão ajudar em seu negócio”, confirmou. Na busca do conhecimento para o futuro negócio, Christina, do supermercado Alpha, tem
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a companhia de sua gerente, Raquel Lara Camilo, que gostou muito do que assistiu de forma até surpreendente. “Na realidade, encontramos mais do que esperávamos. As palestras foram ótimas e muito focadas naquilo que a gente esperava”. Para ela, um ponto muito importante é que, como estão começando no ramo, o aprendiza-
No alto, autoridades na aberturda do Sevar da Região da Mata; acima, caravana do Rei do Arroz, de Santos Dumont
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EM DIA COM A AMIS [Sevar da região da mata]
acertada. “Nossos funcionários ficaram bastante satisfeitos e felizes por saber que a empresa deu esse grande benefício e essa honra a eles de participarem de um evento tão grandioso que em ternos de supermercados na nossa região é o maior.” Outra caravana, a do Rei do Arroz, de Santos Dumont, também teve a participação de cerca de 30 colaboradores. Segundo o diretor da empresa Claudio Caetano as palestras técnicas agradaram muito aos funcionários. “O pessoal adorou”, confirma. Desde o pessoal da operação de loja a setores como financeiro e recursos humanos foram ao Sevar, informa Caetano. Além da caravana de Santos Dumont, esta foi a forma de empresários e colaboradores de várias outras cidades irem ao Sevar, com as de São João Del Rei, Barbacena e de Ubá. O vice-presidente da AMIS em Leopoldina, Julio Antônio Carraro Mendonça, diretor do supermercado Fonte também participou do evento em companhia de outros profissionais da empresa.
do é ainda maior pela troca de informações com empresários do setor. “Como estamos começando agora, vamos aprendendo com a experiência dos outros”, ressaltou. Cláudio Fonseca Caetano, vice-presidente da AMIS em Santos Dumont, é um dos participantes mais frequentes do evento a cada edição. Neste ano, participou no primeiro dia para que, no segundo, pudesse enviar uma caravana de funcionários da empresa. Ele o avaliou o encontro como “excelente” e justificou: “particularmente, me sinto honrado em receber um evento de tal porte aqui na região” disse. “A AMIS está de parabéns por proporcionar um Sevar com essa importância no interior”. Um bom público prestigiou a programação de palestras e também a Mostra de Fornecedores
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Caravanas O VPR de Ubá, Eron Vieira, levou uma caravana com 30 funcionários para participar do evento e assegurou que foi uma ação muito
EM DIA COM A AMIS [Sevar da região da mata]
Abertura Flávia Campos, representando o VPR Álvaro Lage, iniciou os pronunciamentos na abertura oficial do Sevar, quando deu boas-vindas aos participantes e já antecipava a todos os desejos de um grande Sevar. Também compuseram o palco: o superintendente da AMIS, Adilson Rodrigues; o superintendente da CDL de Juiz de Fora, Carlos Fernandes, que representou o presidente da entidade, Vandir Domingos da Silva; o diretor da escola do Senac na cidade, Luiz Henrique de Andrade de Deus; a diretora executiva do Convention Visitors Bureau de Juiz de Fora, Naiara Tonansi Duarte; e o superintendente do Sindicomércio, Sérgio Costa de Paula. Também prestigiaram o evento, o presidente do Sindipan de Juiz de Fora, Heverardo Lima de Castro, o coordenador do Procon de Cataguases, Rafael Andrade Vilela, e Eduardo Floriano, que representou o Procon de Juiz de Fora. Futebol Como o segundo dia do Sevar coincidiu com o jogo entre Brasil e México pela Copa das Confederações, a direção da AMIS disponibilizou vários televisores para a transmissão do jogo, às 16 horas. Além de assistir à partida sem precisar se deslocar, os empresários e colaboradores ainda concorreram ao sorteio de três camisas da seleção brasileira, que foram entregues aos ganhadores logo depois do jogo, às 20 horas. Os ganhadores foram Christian Fagundes, da Jota Distribuidora e Representação; Lucas Stepham, do Supermercado Pais e Filhos; e Mauro Lúcio Melo, da rede Bahamas. No clima da Copa das Confederações, além do sorteio de artigos esportivos foi feito também a transmissão da partida entre as seleções de Brasil e Uruguai
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Doações Como ocorre em todos os eventos da AMIS no interior, em Juiz de Fora foram arrecadados em torno de 300 quilos de alimentos e destinados uma entidade assistencial da cidade sede do evento. As doações vieram de colaboradores e diretores dos supermercados e das empresas expositoras que, ao final do evento, doou os produtos. A entidade beneficiada foi a Sociedade Beneficente Sopa dos Pobres.
Fornecedor Como no evento do ano passado, o humorista Pedro Bismark participou do Sevar em Juiz de Fora. Ele esteve no estande da Trigo, Arte & Cia., com quem tem parceria na linha de produtos do “Nerso”, nome artístico de Bismark. A Deva/Iveco aproveitou o evento para apresentar um de seus últimos lançamentos, o caminhão pequeno, o Iveco Daily 35S14 com capacidade para até 3,5 toneladas. Um veículo voltado para os clientes das cidades com restrição à circulação. A Forno de Minas também levou uma novidade para o Sevar: a linha de produtos waffle nas versões tradicional e light integral.
O humorista Pedro Bismark, mais conhecido como Nerso da Capitinga, expôs sua linha de produtos
Empresas expositoras do 12º Sevar da região da Mata: Água Sanitária Marina, Água Mineral In Natura, Avivar, Brasil Kirin, Café Pilão, Campo Bom, Casa Doce, Ceasaminas, Cecoti, Compesca, Consulforte, Cotrisel/Arroz Sepé, Depaula Bilhares, Deva/Iveco, Digimaq, Forno de Minas, I-9 Promoções & Eventos, Leite Quatá, Maximus Representações, Mix do Brasil, Parati, Produtos Anchieta, Quelps, Refrigerantes Del Rey, Start Química, Torp, Trevo Alimentos, Trigo Arte & Cia, Vale do Sol e Vilma Alimentos.
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PORTAL AMIS
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Amendoim confeitado e com sabor chocolate
O grupo Nutriway acaba de lançar o Regule, o primeiro e único iogurte em pó do País. Leve, cremoso e fácil de preparar, vem nos sabores: Natural com óleo de coco, Morango e aveia e Ameixa e linhaça. Basta adicionar leite na quantidade desejada para obter uma bebida mais líquida ou mais cremosa. Segundo Alex Augusto, sócio-diretor da empresa, “o produto visa levar mais praticidade e economia aos consumidores, já que pode ser transportado com segurança e rende mais do que os iogurtes convencionais”. Pode ser encontrado nas versões pote 300 g e pacote 330 g.
Após estabelecer como meta uma ampla revisão de seu portfólio, a Dori Alimentos está lançando um novo produto, o amendoim Dori confeitado sabor chocolate branco. A novidade é comercializada em pacotes de 70g, 200g e 700g, os de gramaturas menores direcionados ao comércio varejista, foco da nova política de vendas da empresa. O novo produto complementa a linha de amendoins da marca Dori, já composta por amendoins salgados e confeitados, entre eles o confeitado colorido e o confeitado chocolate; os salgados tipo Japonês e o torrado e salgado sem pele. A Dori Alimentos irá trocar 22% de seu portfólio de 260 produtos até o final do ano e o Amendoim Dori Chocolate Branco é a primeira peça dessa estratégia. Serão 15 novos itens entre balas, chocolates, amendoins com novos sabores e tamanhos de embalagens. A meta da empresa é que estes doces representem 5% da receita anual de vendas.
Divulgação
Regule, o primeiro iogurte em pó do País
Novo rótulo do Frontera, da Concha y Toro
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Informações e notícias atualizadas do setor supermercadista ao alcance de todos
novidade
vErSão dIgITAl.
Notícias do Setor
Tema amis 2013
Perdigão entra na categoria maionese
Divulgação
O vinho Frontera é o chileno mais vendido em todo mundo. A diversidade das fronteiras do Chile consegue proporcionar as melhores condições para criar este vinho. O vinho pode ser encontrado nas cepas: Cabernet Sauvignon, Carmenere, Chardonnay, Merlot além do vinho de sobremesa Late Harvest. Desde junho, os consumidores puderam conferir o novo rótulo do vinho Frontera, que mantém os principais atributos existentes no antigo, mas destaca características importantes no novo layout. A marca, a origem da bebida e a cepa passaram a ter mais relevância, o que resultou em uma imagem mais moderna, sem alterar a personalidade do vinho. A marca d’ água foi escolhida para destacar a qualidade e tradição do Frontera, que pode ser saboreado em mais de 120 países. O selo postal e o desenho de uma bússola incorporados a nova imagem são um convite a uma deliciosa viagem, fazendo jus ao nome do vinho: Frontera.
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Dando continuidade à nova campanha de Perdigão, criada pela agência Talent, com o conceito “Perdigão. Viver dá uma fome.”, a marca lançou em julho agora uma comunicação para um de seus mais novos produtos: a maionese. Utilizando de forma divertida o estereótipo da relação entre “sogra e nora”, o filme buscava mostrar os diferenciais da nova maionese, que é a única feita só com óleo de girassol, e apresentá-la ao mercado. A princípio, o filme tem sido veiculado apenas no Sul do País.
Informações sobre Eventos e Cursos da AMIS
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notas e negócios
Apoio Mineiro inaugura loja em Sabará O Grupo Super Nosso inaugurou no início de junho, mais uma unidade da rede de atacarejo Apoio Mineiro. Instalada num terreno na avenida José Cândido da Silveira, em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a loja tem 3,5 mil m², um estacionamento com capacidade para 130 veículos e emprega 300 colaboradores. De acordo com o diretor comercial do grupo, Rodolfo Nejm, o investimento foi de R$ 5 milhões, e a expectativa é receber três mil clientes por dia. Esta é a décima loja da rede Apoio Mineiro a operar na em Belo Horizonte e Região Metropolitana. Segundo Rodolfo Nejm, até o fim de 2013, será inaugurada mais uma unidade do Apoio e também outra loja do supermercado Super Nosso. A expectativa de faturamento do grupo para 2013 é de R$ 1,6 bilhão, superior aos R$ 1,28 bilhão do ano passado. A maior parte da rentabilidade total, 60%, corresponde ao Apoio Mineiro e os 40% restantes ao grupo Super Nosso. Com a abertura, o Apoio Mineiro passa a contar com 11 lojas, enquanto o Super Nosso já conta com 14 unidades.
Barbosão Extra Supermercados abre mais uma unidade Com o objetivo de crescer cerca de 50% em faturamento, passando de R$ 101 milhões em 2012 para R$ 150 milhões neste ano, o Barbosão Extra Supermercados acaba de abrir mais uma unidade em Araxá, a 13ª do grupo. A nova loja demandou R$ 8 milhões de investimento e gerou 117 postos de trabalho. A área de vendas é de 2 mil metros quadrados e o estacionamento tem 96 vagas. O novo empreendimento oferece amplo conjunto de seções, como açougue, padaria, frios, hortifrutigranjeiros. A unidade, no entanto, foi aberta já sob um novo conceito que a empresa vem adotando. “É uma loja que segue um novo conceito da empresa, mais na linha de alimentação, mais gourmet, seguindo essa tendência de mercado”, informa o CEO da empresa, Antônio Ferreira Barbosa. Uma das novidades dessa unidade, que fica no bairro São Geraldo, é a implantação da primeira loja física do Barbosão Extra no segmento de eletro. No mesmo imóvel, foram abertas também cinco pequenas lojas para abrigar outros segmentos. Entre elas estão unidades da Cacau Show e do O Boticário.
Nielsen e Fia lançam curso de Pós-graduação O Programa de Administração de Varejo (Provar) da Fundação Instituto de Administração (FIA) e a Nielsen, provedora global de informações e insights sobre o que o consumidor assiste e compra, estão com as inscrições abertas para a primeira turma de Pós-Graduação em Estratégias, Pesquisa de Mercado e Tendências de Consumo, que tem início em Setembro de 2013, nas instalações da FIA,em São Paulo. O curso visa capacitar profissionais a pesquisar, analisar e planejar estrategicamente seus negócios dentro da nova realidade socioeconômica, composta por consumidores mais críticos, informados e participativos; novas técnicas e métodos de pesquisa online e off-line; novas métricas e ferramentas de estudo da experiência de compra e pesquisas de tendências e cenários futuros de comportamento e consumo. Mais informações sobre o Processo Seletivo, inscrições e investimento estão disponíveis no site do Provar (www.provar.org).
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Venda de medicamentos nas farmácias cresce menos que a de outros produtos Nos primeiros quatro meses deste ano, o volume de vendas das grandes redes farmacêuticas do país cresceu 12,24%, em comparação ao mesmo período do ano passado. Segundo balanço divulgado em junho pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), as grandes redes movimentaram R$ 8,76 bilhões, entre janeiro e abril deste ano. Do total, R$ 5,93 bilhões se referem à venda de medicamentos, o que significou alta de 10,44%. O restante, R$ 2,83 bilhões, não são de medicamentos, que apresentaram aumento de 16,20% em comparação ao mesmo período de 2012. Ou seja, os produtos que não são medicamentos estão ocupando cada vez mais espaço nas farmácias. Para o presidente executivo da associação, Sérgio Mena Barreto, o crescimento nas vendas de não medicamentos indica “o anseio da população por uma farmácia que funcione como uma autêntica loja de saúde, com um amplo mix de produtos de conveniência e bem-estar”. As vendas de medicamentos genéricos foram responsáveis por R$ 1,09 bilhão, com alta de 14,03%, em relação ao ano passado. A comercialização de medicamentos do Programa Aqui Tem Farmácia Popular cresceu 15,92%, movimentando R$ 160,08 milhões. A Abrafarma reúne 32 associados, sendo as 31 maiores redes de farmácias e uma rede de supermercados, representando 4.806 lojas instaladas em todo o País.
bem-estar
Novo presidente da Itambé faz visita à AMIS
Fernando Torres
Da esquerda para a direita: Rogério Oliveira, gerente executivo de vendas Centro Oeste da Itambé; Antônio Magela da Silva, gerente geral de vendas da Itambé; José Nogueira, presidente da AMIS e Alexandre Almeida, presidente da Itambé)
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O novo presidente da Itambé, Alexandre Almeida, fez dois dias depois de assumir o cargo sua primeira visita institucional. Ele foi recebido pelo presidente da Associação Mineira de Supermercados (AMIS), José Nogueira Soares Nunes, na sede da entidade, em Belo Horizonte. Alexandre assumiu a presidência da Itambé no dia 1º de julho. Alexandre Almeida apresentou ao dirigente supermercadista as diretrizes que a Itambé buscará seguir, agora que passou a ser uma empresa na qual a Cooperativa Central dos Produtores Rurais (CCPR) e a Vigor são sócias com 50% do capital cada uma delas. A sociedade nasceu há cerca de quatro meses quando a Vigor adquiriu sua participação na empresa, sendo criada então a Itambé Alimentos S/A. Segundo Almeida, a Itambé prepara o avanço a um novo patamar e quer se consolidar ainda mais sua liderança no mercado mineiro e a participação em mercados como os do Rio de Janeiro, Brasília e Nordeste. “Sempre tivemos um excelente relacionamento com o trade mineiro e esta relação pode ser melhor ainda; precisamos muito do supermercadista como parceiro para conquistar juntos todos esses desafios”, disse Almeida. Entre as metas da Itambé Alimentos está a ampliação do portfólio de produtos, que passará a incluir no segundo semestre iogurte do tipo grego, por exemplo. “A marca Itambé é reconhecida como referência de qualidade pelo consumidor e este é um diferencial muito importante que precisa ser ainda mais enfatizado”, assinala Almeida. O executivo é mineiro (nasceu em Belo Horizonte) e tem 49 anos. É formado em Engenharia Metalúrgica, tem mestrado em Ciências da Computação, e possui uma sólida carreira como executivo – atuou na Líder Aviação, na Alcan/Novelis e no Grupo JBS. Nesta última empresa, como diretor-executivo da área de produtos industrializados. Boas-vindas O presidente da AMIS deu as boas-vindas ao executivo e ratificou os laços institucionais entre a entidade e a Itambé. “Os supermercadistas mineiros reconhecem na Itambé uma empresa presente na história pessoal e empresarial de todos eles e sempre vão reconhecê-la assim”, afirmou Nogueira. “A Itambé está completando 65 anos de presença nas vidas de todos nós e não é por menos: é por muita dedicação e compromisso”, disse. Ao visitar a AMIS, o presidente da Itambé Alimentos, Alexandre Almeida, estava acompanhado do gerente geral de vendas Antônio Magela da Silva e do gerente executivo de vendas Centro-Oeste/Sudeste, Rogério Rodrigues de Oliveira. Da parte da AMIS, juntamente com o presidente José Nogueira, participaram do encontro o superintendente da entidade, Adilson Rodrigues, o gerente comercial e de marketing, Paulo Parma e o gerente de comunicação, Giovanni Peres.
Fabio Coelho Tobias
[ formado em Administração Pública pela EAESP-FGV e consultor em projetos de estratégia e organização ]
O bem-estar nos processos de fusões e aquisições de empresas familiares
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crescimento econômico brasileiro, ainda que tímido se comparado aos seus colegas emergentes como China, Índia e Rússia, vem chamando a atenção de muitas empresas e investidores externos, além de movimentar também internamente empresas locais, que aproveitaram o bom momento do País para se capitalizar e buscar oportunidades de crescimento rápido e diversificação de seus negócios. De acordo com dados da KPMG, se nos voltarmos para o início da década, em um total de 353 transações no ano 2000, 123 (34,9%) foram realizadas com capital nacional e 230 (65,1%) envolveram transações cross-border, com 100% das transações envolvendo a entrada de capital estrangeiro adquirindo participações no País. As empresas brasileiras ainda não saíam para “compras” no mercado externo, retrato da falta de condições internas para esse tipo de estratégia de crescimento. Nos últimos dois anos (2011 e 2012), podemos perceber o quanto essa situação mudou: o número de transações realizadas atingiu 817 e 816, respectivamente, ou seja, o crescimento acumulado foi de 131% (de 2000 a 2012). As empresas nacionais, devido às boas condições internas, já são players mundiais e saem às compras com frequência, buscando oportunidades também fora do País. O que percebemos no Brasil é que, diferentemente do que ocorre em mercados maduros como o americano e o europeu, muitas empresas de capital nacional ainda são familiares, com suas decisões estratégicas sendo frequentemente tomadas pela família ou pelas famílias controladoras do negócio, que se misturam com os cargos executivos. Essas decisões envolvem os processos de fusões e aquisições. As preocupações dos proprietários de empresas nacionais já não ficam restritas à própria operação, pois também devem pensar em novos caminhos estratégicos, fora do seu negócio, e inclusive, fora do País. Percebemos isso como um caminho irreversível para as empresas familiares brasileiras, e competir nesse mundo demanda novas competências dessas famílias proprietárias,
como por exemplo: uma governança corporativa alinhada aos interesses dos donos e dos órgãos reguladores; gestão profissional preparada para gerir a empresa e responder às diferentes estratégias de diversificação e crescimento não-orgânico; reorganização societária que não impacte o andamento das negociações; preparação da sucessão, formando os jovens executivos membros da família, entre muitas outras atividades. Dessa maneira, as organizações familiares nacionais começam a ficar aptas para enfrentar com sucesso os próximos, e movimentados, anos que se iniciam.
para saber mais • fabio.coelho@dextronconsulting.com
Você sabia que: O Departamento Jurídico AMIS é membro da Junta de Recursos Fiscais da Vigilância Sanitária B.H... Possibilita ao Jurídico AMIS acompanhar de forma preventiva as ações da Vigilância Sanitária junto ao setor supermercadista, e encaminhar aos seus associados informações relevantes discutidas na Junta, contribuindo para a eficaz gestão e operação das lojas associadas. Se você é filiado AMIS, mantenha contato permanente com nosso Departamento Jurídico, e acesse vários outros benefícios. Se ainda não é, filie-se já, e diminua suas dificuldades para atender às leis e às normas de defesa do consumidor e da regulamentação setorial.
Se você ainda não é associado, fale com o nosso Departamento de Apoio ao Cliente,
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SÉRIE ESPECIAL NEOCONSUMIDOR [Homens casados]
Um cliente desafiador
Fotos Ignácio Costa
SOMENTE A PARTIR DO FINAL DOS ANOS 90, QUE OS HOMENS CASADOS COMEÇARAM A FREQUENTAR OS SUPERMERCADOS, ANTES TAREFA EXCLUSIVA DAS MULHERES. PASSADO TODO ESSE TEMPO, A COMPRA DESTE CONSUMIDOR AINDA É UM DESAFIO PARA OS VAREJISTAS
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Sandra Mara e fato, a presença masculina nas compras cresceu, mas ainda é um desafio para o gestor da loja, principalmente por que, embora ausente da loja, a mulher ainda
responde pela decisão de consumo na maioria das vezes. É o que percebe Fernando Bravo, diretor comercial do Supermercado Vip, com sede em Belo Horizonte.
Acima, flagrante na fila do açougue mostra a forte presença masculina nesta seção, que não é menor na adega, sempre frequentada majoritariamente pelos homens
Ele relata que é crescente o número de homens casados que fazem compras em sua loja – cerca de 60% do público são mulheres e 40% são homens. Contudo, os homens sempre vão com uma lista de compra escrita, ou com itens já determinados, e na maioria dos casos quem determinou esses itens foram as mulheres. Fernando conta que, por muitas vezes, teve que auxiliar um consumidor casado, que procurava um produto que estava na lista, mas ele nem conhecia. “Outras características muito marcantes desse público é que ele não pesquisa preço, fica pouco tempo na loja, não analisa o produto, não compra por impulso, não leva produto de lançamento e seu tíquete médio de vendas é bem menor, se comparado ao tíquete médio de compras das mulheres”, analisa. Outro ponto importante destacado pelo diretor comercial do Vip: não se pode mais pensar numa concepção de loja, somente para mulheres, assim como vem sendo pensado há anos. “Isso é um caminho sem volta, cada vez mais, vamos ter maior presença de homens comprando nas lojas”, acredita.
Por isso, Fernando afirma que já está incrementando as seções de bebidas, produtos automotivos, carnes, além de outras, que ele percebe que os homens têm mais prazer em frequentar. Nas seções de higiene pessoal e limpeza, utensílios para cozinhas, entre outras, ele percebe que o homem tem mais dificuldade. Nessas, pretende criar ações para facilitar a compra pelo público masculino. MAIS JOVENS Márcio Roberto de Oliveira, proprietário do Supermercado Super Vale, localizado em Poços de Caldas (MG), afirma que a maioria dos homens que frequentam sua loja são mais jovens. “Estamos numa cidade do interior, onde ainda não é comum os homens mais velhos fazerem compras ou outros serviços domésticos”, diz. Ele também acrescenta que esses clientes levam uma lista de compras e são fieis a elas. “Quando estão na mercearia, levam sempre a marca que sua mulher pediu, por isso é um desafio, fazer um homem levar um lançamento, mas ele gosta muito de inovar quando está na seção de
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SÉRIE ESPECIAL NEOCONSUMIDOR [Homens casados]
Conforme este flagrante feito na frente de caixas de loja em Belo Horizonte, os homens estão cada vez mais presentes na rotina de compras das lojas
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bebidas, que é um local, onde ele conhece e domina”, acrescenta.
Ele também não fica muito tempo na loja e também não pesquisa preços”, explica.
VINHOS E QUEIJOS A seção de bebidas, incluindo os vinhos, também é uma das mais visitadas pelos homens casados, que frequentam o Supermercado Prado, em Belo Horizonte (MG). De acordo com o proprietário Gilson de Deus (que tem entrevista especial publicada a partir da página 74), esse público sempre passa na seção de queijos. Por isso, ele toma conta pessoalmente destas seções para torná-las ainda mais atrativas. “Cuido da variedade do mix pensando especialmente nos homens”, diz. Ele também afirma que sua loja é frequentada por homens casados, mais jovens, com até 45 anos. “É um público seletivo, fiel à lista de compras, que na maioria dos casos, foi feita por sua mulher.
CATEGORIAS De acordo com a doutoranda em administração da Fundação Getúlio Vargas, Tânia Almeida, que realizou a pesquisa: Os homens e seus carrinhos de compras. Um estudo sobre o comportamento do consumidor masculino no supermercado, no momento de compras do supermercado, os consumidores masculinos podem ser divididos em quatro categorias: tradicional, adaptado, pragmático e conformado. O homem “tradicional” tem uma postura mais distanciada em relação às compras domésticas, que considera uma tarefa mais feminina. Quando vai ao supermercado, sua função é basicamente dirigir o carro da família, ajudar a carregar as sacolas e colocá-las no carro. Quando vai
SÉRIE ESPECIAL NEOCONSUMIDOR [Homens casados]
comparações. A pesquisadora afirma, contudo, que os homens tendem a comprar menos produtos para o lar, como produtos de limpeza. Eles afirmam ainda que 80% das decisões de compra no ponto de venda são feitas pelas mulheres, incluindo produtos para a família e de uso pessoal para os maridos e filhos. O homem prioriza os atributos de conforto e praticidade na escolha de um supermercado para fazer compras, sendo apontadas como características relevantes neste tipo de varejo: ambiente tranquilo (sem tumulto, mais vazio, ausência de filas), organização e limpeza do ambiente e estacionamento amplo e coberto. Eles preferem que o supermercado seja perto de casa, tornando o acesso mais rápido; e demonstram valorização a serviços de conveniência, como caixa eletrônico, lanchonete, lava-jato para carros e lavanderia. Além disso, preferem locais com variedade de produtos e marcas. Em geral, os homens não têm muita paciência para selecionar produto por produto na seção de hortigranjeiros, por isso vale a pena facilitar a compra embalando o produto em bandejas
às compras sozinho, está à procura de produtos específicos ou relacionados a momentos de diversão, como cerveja e petiscos. O segundo perfil identificado é mais “adaptado” às novas regras sociais e desempenha um papel mais moderno na estrutura familiar. Ele ajuda a cuidar da casa e dos filhos, divide com a mulher as funções de prover e de administrar o lar. A mulher deste homem tem, necessariamente, uma atividade profissional. E ele é, muito possivelmente, um “resultado” do fato de a mulher ter deixado de ser apenas dona-de-casa e mãe para ganhar espaço e se consolidar no mercado de trabalho. APELO EMOCIONAL Alguns homens deste segmento assumem que gostam de ir ao supermercado. Eles encontram prazer na tarefa de escolher produtos e sentem um apelo emocional de consumo semelhante ao das compras em shopping. Para eles, ir ao supermercado pode ter até um apelo de “terapia”, de distração, que o ajuda a se distanciar dos problemas do dia-a-dia.
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O terceiro perfil percebido nessa etapa de pesquisa é o do mais “pragmático” e seu comportamento é intermediário entre o “tradicional” e o “adaptado”. Ele tem uma atitude mais racional em relação às compras de supermercado e prefere delegar integralmente essa função, mas, quando é preciso, vai às compras. E, uma vez dentro do supermercado, não quer perder tempo. Seus critérios de escolha de produtos são bastante objetivos. Um quarto perfil parece mais “conformado”, ou seja, sabe que não pode escapar das tarefas domésticas e as realiza, mas não necessariamente gosta delas. Em geral, associam o supermercado a uma necessidade prática de abastecer a casa e, neste contexto, muitos deles afirmam que o melhor momento das compras acontece depois de terem passado pelo caixa, que caracteriza o término daquela tarefa. SUGESTÕES Os varejistas têm a percepção de que os homens fazem compras de forma diferente das mulheres, pois não gostam de pesquisar e não fazem
PROTETOR Homens que vão ao supermercado junto com suas esposas tendem a ser os responsáveis por empurrar o carrinho de compras. Levantou-se como hipótese para essa observação a influência dos papéis de “protetor” e de “provedor” da família, considerando que o fato de conduzir carrinho pode estar associado às ideias de controle e poder. Ao passar pelo check out, o homem costuma embalar as compras e carregar o peso das sacolas, em uma demonstração
Influência dos homens nas decisões de compra da família Compras no supermercado
14%
Viagem de férias da família
21%
Própria roupa
29%
Carro da família
42%
Computador
47% Fonte: Data Folha
de poder e força. Além disso, ele desempenha o papel de pagante. Constata-se que os homens têm dois papéis principais na família: o de provedor e o de administrador da casa, havendo a tendência de que ambas as funções sejam divididas com suas esposas ou companheiras. O primeiro papel é o de provedor, que se relaciona ao pagamento de despesas da casa e da família, incluindo ali-
Na seção de automotivos, a decisão de compras é quase 100% masculina
SÉRIE ESPECIAL NEOCONSUMIDOR [Homens casados]
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para saber mais • Supermercado Super Vale: (35) 3741-2050 • Supermercado Prado: (31) 3334-4813 • Supermercado Vip: (31) 3477-6717 • Pesquisadora: almeida.tania@globo.com
Distribuída em todo o Brasil (21.000 exemplares) e líder absoluta em Minas Gerais (13.000 exemplares)
E PERMAN E I
S. ANUN A C IN
DEFINIÇÃO DO MIX A pesquisa detectou também que os homens são mais práticos e ágeis, localizando e colocando no carrinho os produtos que desejam e seguindo para a próxima seção; enquanto as mulheres têm um estilo mais lento de fazer compras – o que, por vezes, gera certo desgaste entre eles. Segundo os entrevistados, suas esposas demoram mais diante das gôndolas, principalmente porque comparam mais os preços e as marcas, além de pararem muitas vezes para observar as novidades
do mercado, o que, para eles, sugere falta de objetividade na compra. Os produtos e marcas que o homem leva para a casa são definidos principalmente pela esposa, sendo ela a principal responsável por selecionar os produtos, mesmo que não esteja presente na loja. É por isso, possivelmente, que a maioria dos homens leva listas de compras para o supermercado e não têm o hábito de comprar produtos e marcas em lançamento. O principal critério de escolha masculina dos produtos dentro do supermercado é a marca, sendo selecionadas aquelas que já fazem parte do cotidiano da casa ou que são notórias. “O homem ainda não se sente seguro para arriscar a compra de uma marca nova e correr o risco de ser criticado pela escolha quando chegar em casa”, explica a pesquisadora.
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mentação, educação, lazer, moradia, entre outras, sendo esta uma atribuição intrínseca ao universo masculino tradicional. O homem tende a ser o principal responsável pelas crianças quando elas acompanham o casal ao supermercado, tendo a função, por exemplo, de mantê-las próximo ao carrinho, distraí-las e conter conflitos. Isso pode ser um sinal de que a mulher ainda é a principal decisora de escolha de produtos e marcas e que, portanto, se comparada ao marido, deve ter mais liberdade para circular pela loja e selecionar as opções de compra.
LAS DE M DO
Na compra de eletroeletrônicos homens e mulheres dividem as opiniões de maneira quase equilibrada, com pequena prevalência masculina
Agradecemos aos nossos parceiros anunciantes que têm optado pela Gôndola para comunicar ao trade supermercadista de Minas e do Brasil seus lançamentos e seus mix de produtos. Tivemos um crescimento de inserção de anúncios nos últimos 6 MESES de 35%. É a Gôndola cumprindo sua missão de ser o veículo de comunicação do trade supermercadista de Minas e do Brasil mais procurado e desejado pelos
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Fotos Ignácio Costa
SÉRIE ESPECIAL PANIFICAÇÃO [PADARIAS PREMIUM]
Muito, muito além do
Do pão para um centro de soluções em alimentação e conveniência, este é o atual estágio das chamadas padarias premium
pãozinho As padarias saem na frente quando o assunto é oferecer soluções para refeições, do jeito que o novo consumidor quer e precisa
O
Jefferson Veloso
comportamento do consumidor já mudou muito e vai modificar-se ainda mais em relação à sua rotina de preparação dos alimentos que consome. Seja mulher ou homem, a disponibilidade de tempo é cada vez menor, pois os desafios da carreira e do corre-corre da vida moderna são cada vez maiores. Para complicar, não há mais profissionais disponíveis para assumir o papel do casal na preparação das refeições. Ou seja, há uma necessidade
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premente a ser atendida pelo varejo: oferecer soluções em alimentação. Seja em alimentos ou refeições que podem ser consumidos nos pontos de venda, ou prontos para levar, ou semi-prontos, as soluções são bem-vindas pelos consumidores. E quando o varejo oferece no mes-
mo canal outras conveniências, os consumidores agradecem ainda mais. Um grande número de restaurantes (em especial os de comida a quilo) vêm comemorando constante aumento de vendas no estabelecimento e por entrega. Muitos supermercados também já descobriram a importância de criar uma área
para refeições e de incluir no mix tudo o que puder facilitar a solução de alimentação diária dos consumidores. Coisas como rotisseria, sanduíches prontos, saladas semi-prontas, grelhados sob encomenda na loja etc. Mas é nas padarias de rua que esta revolução está acontecendo de forma avassaladora. Há casos em que a área de venda de pães, salgados e confeitaria já não ultrapassa a 25% da área total do estabelecimento. Há lay outs em que
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a atividade inicial de produção e venda de pães ficou tão menor que as demais que, dependendo do ângulo de acesso do consumidor, alguém pode até perguntar: será que vendem pão aqui?
Na padaria Big Pão cliente pode fazer pedido sob medida ao sushiman ou servir-se dos produtos já pré-embalados
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Show O presidente do Sindicato e Associação das Indústrias de Panificação de Minas Gerais (Amipão), José Batista de Oliveira, explica que além de restaurantes em suas lojas, as padarias estão oferecendo também vários outros tipos de soluções em alimentos e em produtos de conveniência para quem precisa preparar uma refeição. Do vinho aos laticínios, das carnes aos hortigranjeiros, das cervejas especiais à pizza feita na hora, dos congelados a sushis e muito mais. “O setor se transformou em um verdadeiro show gastronômico e conveniência”, diz. Ele conta que o conceito de padaria com
SÉRIE ESPECIAL PANIFICAÇÃO [PADARIAS PREMIUM]
Na primeira foto, área de vendas da padaria Big Pão, em que quase não se vê onde estão os produtos panificados. Na foto de baixo, na padaria Boníssima há ainda fidelidade à origem, embora a área de panificados seja bem menor que a dedicada à outros produtos
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produtos e atendimento básicos está sendo colocado a pique rapidamente pela evolução dos mercados e principalmente pelo aumento das exigências dos consumidores. “Com essa estratégia, os estabelecimentos estão conquistando o consumidor cada dia mais. O negócio é diversificar e usar a criatividade para cativar seu público”. José Batista explica também que até as mais simples as padarias pelo menos já estão se transformando em confeitarias. A mudança de perfil tem ajudado muito a incrementar a receita bruta destes estabelecimentos. De acordo com dados da Amipão, em 2012, o faturamento das padarias mineiras foi de R$ 6,78 bilhões, um crescimento de 10,21% em relação ao ano de 2011, boa parte deste montante veio da área de comidas prontas. Hoje, os almoços e jantares servidos pelos estabelecimentos não deixam
SÉRIE ESPECIAL PANIFICAÇÃO [PADARIAS PREMIUM]
a desejar sob nenhum aspecto em comparação com grandes restaurantes. PRODUTOS E ATENDIMENTO Com duas grandes lojas na zona sul de Belo Horizonte (MG), uma no bairro Gutierrez e outra no Lourdes, a Padaria Boníssima, conta com grande variedade de queijos, frios, e lacticínios nacionais e importados. Além de uma adega climatizada e com uma enorme variedade de bebidas de todas as partes do mundo. A diretora da empresa, Natália Carneiro conta que os clientes têm um espaço, onde podem encontrar vários serviços, como buffet com café da manhã, almoço e chá da tarde. São servidos ainda pizzas, sanduíches, crepes e caldos. Dentro da área de panificação pode ser destacada a grande variedade de pães italianos e franceses, sendo que ambos são produzidos dentro das tradições e características desses países e confeccionados por profissionais treinados dentro dos padrões internacionais. Para completar o leque de serviços, a Boníssima aceita encomendas para buffets, festas. Para a diretora da padaria, além dos produtos de qualidade, o atendimento é um dos principais motivos para ter uma boa convivência com o cliente. “Nosso atendimento hoje é uma referência no Brasil. Buscamos também sempre analisar as opiniões dos clientes para saber o perfil do consumo de nosso público”, explica a diretora. Outra grande preocupação da empresa é com a capacitação de seus funcionários, uma vez que neste tipo de negócio, a qualidade da equipe faz toda a diferença. “Procuramos pessoas que estão dispostas a aprender e crescer. Oferecemos cursos em todas as áreas da empresa. As pessoas que participam dos cursos e aplicam o que aprendem, têm maiores chances de crescer dentro da empresa”, revela.
De cima para baixo: cartaz informando os horários de funcionamento do restaurante na padaria Boníssima; cliente servindo-se no restaurante da padaria e gôndola com produtos que antes eram exclusivos das delicatessens
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DIVERSOS SERVIÇOS A Padaria Antoine, tradicional Vale do Sereno, em Nova Lima (MG), é outra a oferecer diversos serviços. De acordo com o sócio diretor Ricardo Chalfun,
o restaurante já responde por boa parte do número de clientes. “Atendemos a todos os públicos, pois aqui é possível comer desde um lanche de mortadela a uma refeição completa a quilo no almoço. O cliente acaba juntando a fome com a vontade de comer, pois sempre compra além do pão”, diz. O diretor revela que sempre busca se capacitar na área de panificação, seja por meio de pesquisas de mercado, ou por consultorias específicas. “A dedicação e o esforço de todos os funcionários são os mais importantes para que possamos atender com qualidade os nossos clientes”. Segundo Ricardo Chalfun, um diferencial é ter o máximo de cuidado com os produtos de fabricação própria, que são produzidos quase que 100% artesanalmente em sua padaria. “Procuramos atender os nossos clientes nas áreas destinadas a produtos de mercearia e de conveniência”. Ele ainda ressalta que seus clientes são atendidos
Na padaria Big Pão os clientes contam com uma lanchonete e também com um estacionamento de bom tamanho
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RH
em todos os momentos de consumo, seja para levar para casa ou consumir na loja. ATÉ AÇOUGUE Na Padaria Big Pão, localizada no bairro Coração de Jesus, em Belo Horizonte, por exemplo, só mesmo o nome remete a uma padaria. A casa, que foi ampliada recentemente para a abertura do restaurante, oferece self service a quilo tanto nos dias de semana, como também nos domingos e feriados. Em abril foi inaugurado um açougue no espaço. “Além da padaria, temos pizzaria, hamburgueria, bufê de almoço e jantar, mini mercado com produtos de necessidade básica e uma adega com serviço do sommelier para ajudar na escolha do melhor vinho”, conta o diretor José Luiz de Oliveira. Toda essa mudança começou há quatro anos, quando José Luiz resolveu sair em busca de diferenciais para tornar sua loja única no mercado. Atualmente, ela atende cerca de dois mil consumidores por dia. Para José, uma das importantes decisões para atuar no mercado, é ter mão de obra qualificada, fazer pesquisa de mercado e visitar as feiras, para que possa aumentar os seus conhecimentos. “A importância de trabalhar neste tipo de negócio é que você lida com clientes que não têm tempo, que compram os seus produtos em apenas um lugar. Por isso, a importância de ter um atendimento e produtos de boa qualidade. Contudo, ele destaca que não deixou de investir na qualidade do pão francês, campeão de vendas da empresa. Entre os especiais, destaca-se o multi, com frutas secas e grãos e massa de centeio. A casa oferece ainda um brioche, um dos mais pedidos. De sobremesa, a dica é a curiosa torta entremente, que possui mousse por fora, pão-de-ló na base e, de recheio, uma minitorta com geleia de morango.
para saber mais De cima para baixo: cenas do restaurante da padaria Big Pão e a equipe de manobristas que atende na padaria Boníssima
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• Amipão: (31) 3282-7559 • Padaria Boníssima: (31) 3296-5300 • Padaria Big Pão (31) 3344-2455 • Padaria Saint Antonie: (31) 3317-0990
Myrthes Weber Lutke
[ aconselhadora Biográfica e Coaching Senior pelo ICI ]
A implantação de um Sistema CRM
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ara que as empresas possam pensar em implantar estratégias mais arrojadas, inclusive em relação à gestão de pessoas, primeiramente elas têm que ser lucrativas. Sem dinheiro não existe empresa e nem empregos. Na tentativa de melhorar seu resultado de vendas, melhorar a lucratividade, manter os clientes satisfeitos e leais à empresa, muitas organizações procuram adotar um sistema que as apoie nesta iniciativa. Uma iniciativa comum para alavancar os resultados é a busca e implementação de um bom sistema CRM – Customer Relationship Management –, acompanhado de treinamento para o uso da ferramenta. Mas muitas vezes, isto não é o suficiente para alcançar os resultados esperados. O que falta nestes casos? Em muitos livros, podemos verificar que uma cultura voltada para o cliente implica em ter vendedores capacitados a entender profundamente as necessidades dos clientes, perceber que em toda a organização há sempre um esforço extra para satisfazer o cliente e ter um “staff” bem treinado para ser colocado frente ao cliente. Além disto, a satisfação dos clientes permeia continuamente a melhoria dos processos. Isto facilita a lealdade e retenção, permitindo que a empresa rapidamente atenda às necessidades dos clientes. Para essa mudança cultural acontecer, tem que haver um extenso programa de gerenciamento desta iniciativa - uma boa gestão da mudança. Todos devem estar alinhados e entender aonde a empresa quer chegar, qual sua visão de futuro.
o quanto elas estão preparadas para adotar esta mudança), é útil para corrigir as ações e aumentar as chances pela adoção do novo processo e sistema. Novos modelos de comportamento devem ser perseguidos, não só na força de vendas, mas em toda empresa. Os processos, metas e bonificações devem estar alinhados. Todos devem entender que os resultados dependem de cada área, que as informações geradas pelo novo sistema servirão, principalmente, para guiar a empresa em suas decisões e estratégias.
para saber mais • myrthes.lutke@dextera.com.br
Você sabia que: os Tribut
IPEM Leis ECAD tra Pro balhistas s con ulta
Vigilância sanitária
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O Departamento Jurídico da AMIS está capacitado e habilitado para atender assuntos pertinentes ao setor supermercadista ligados ao Direito Tributário, Comercial, Consumidor, Cível Empresarial e do Trabalho. A equipe do Jurídico AMIS conta com profissionais atualizados e capacitados sobre leis, projetos e normas específicas do setor supermercadista, que abrangem consultorias preventivas ilimitadas nas áreas do Direito Tributário, Comercial, Consumidor, Cível Empresarial e do Trabalho, e ainda consultorias preventivas e elaboração de defesas administrativas para PROCON, Vigilância Sanitária, INMETRO e Ministério do Trabalho. Disponibiliza listagens de mercadorias com sua respectiva situação tributária (ICMS, PIS, COFINS).
É importante existir um bom planejamento de ações de comunicação e de treinamento em vendas consultivas e na nova ferramenta, além de um extensivo programa de apoio aos líderes, por meio de mentoria e coaching para que estes conduzam esta mudança e sejam exemplos de compromisso.
Se você é filiado AMIS, mantenha contato permanente com nosso Departamento Jurídico, e acesse vários outros benefícios. Se ainda não é, filie-se já, e diminua suas dificuldades para atender às leis e às normas de defesa do consumidor e da regulamentação setorial.
Além disto, uma abordagem estruturada de acompanhamento da prontidão para a mudança (ou seja, o quanto as pessoas entendem os benefícios e objetivos da mudança e Se você ainda não é associado, fale com o nosso Departamento de Apoio ao Cliente,
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JURÍDICO (31) 2122-0500 | www.amis.org.br
SÉRIE ESPECIAL: CENTRAIS DE NEGÓCIOS DE MINAS [REDE MINIPREÇO]
Crescimento e
desenvolvimento COM UM TRABALHO BASEADO EM ESTRATÉGIA BEM DEFINIDA, RESPEITANDO OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DO ASSOCIATIVISMO, E COM UMA GESTÃO AUSTERA, COMPROMETIDA COM RESULTADOS E REDUÇÃO DE CUSTOS, A CENTRAL REDE MINIPREÇO COMPLETA 10 ANOS DE ATIVIDADES NO PRÓXIMO ANO
Fotos divulgação
Sandra Mara
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C
riada em maio de 2004, a Rede Minipreço faturou R$ 223 milhões no ano passado e para 2013 as perspectivas são de crescimento entre 12% e 20%. São números que credenciam a rede a ocupar a quinta posição em Minas Gerais, de acordo com o Ranking de Centrais da Abras. Eram apenas seis associados fundadores. Hoje a rede conta com 82 supermercados, que juntos empregam 1.476 funcionários diretos. Os supermercados associados estão localizados em mais de 60 municípios de Minas Gerais (nas regiões Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), Zona da Mata, Campo das Vertentes e Mantiqueira) e em duas cidades do Estado do Rio de Janeiro. De acordo com Leonardo Reis, gestor da Rede Minipreço, o crescimento da veio muito rápido, pois nenhuma outra rede tem como filosofia de trabalho a prestação de serviços. “Desoneramos o associado dos problemas e dificuldades do associativismo e promovemos um trabalho de cooperação, em que cada um está totalmente focado em seus negócios, seus clientes e na administração da sua loja”, explica. Segundo Leonardo, o supermercadista já tem trabalho demais nas lojas, com um ritmo bastante intenso. Por isso, a Central tem por filosofia entregar o trabalho pronto, para que ele possa dedicar 100% do seu tempo à
sua loja e aos seus clientes. “Assim, ele não perde tempo e dinheiro com problemas de outros associados. Aqui é cada um no seu quadrado e todos cooperando espontaneamente, sem pressões. É um modelo diferente, um modelo moderno no qual o associado usufrui somente dos pontos positivos do associativismo”, ressalta. Para que esse trabalho de certo, atualmente, a Central conta com uma equipe de gestores profissionais, divididos nas áreas de gerência da central, estratégia de negócios, negociação, apoio logístico, marketing, relacionamento e financeiro. NOVOS ASSOCIADOS Como seu modelo permite uma busca constante por novos associados, a rede está sempre aberta. Recentemente, chegou à Região
Nas duas páginas e nas próximas, fachadas de lojas que integram a Rede Minipreço
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SÉRIE ESPECIAL: CENTRAIS DE NEGÓCIOS DE MINAS [REDE MINIPREÇO]
Centro de Distribuição Popularmente conhecido como CD, é uma unidade construída para armazenar os produtos comprados para revenda, com a finalidade de despachá-los para outras unidades, filiais ou clientes. A implementação de centros de distribuição na cadeia de abastecimento surge na necessidade de se obter uma distribuição mais eficiente, flexível e dinâmica, isto é, capacidade de resposta rápida face a procura cada vez menores, mais frequentes e especificadas.
Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), onde já tem sete lojas associadas. Se para a maioria das redes, o segredo é um grupo de lojas de mesmo porte, com potenciais e com características parecidas, sem grandes discrepâncias, em que cada associado deve cumprir com suas obrigações e compromissos no grupo, o segredo da Rede Minipreço é outro. Sua estratégia de sucesso é criar oportunidades de negócios para as lojas e negociações diferenciadas por uma forte engenharia da cooperação. LOGÍSTICA Atualmente cada fornecedor faz a entrega loja a loja, mas os gestores já estão trabalhando para a implementação de um Centro de Distribuição. Para isso foi contratada uma empresa de consultoria em logística que desenvolverá um plano estratégico para viabilização e operacionalização do CD. “A consultoria abordará não somente a logística de transporte e distribuição, mas também a localização do empreendimento e a definição
de toda a logística da cadeia de suprimentos, que inclui a racionalização de processos empresariais”, explica Leonardo. A localização do CD levará em conta também o fato de a Central trabalhar com o conceito de regionais. Atualmente existe uma Regional na Zona da Mata Mineira e já está sendo instalada outra Regional na RMBH, onde, a rede dá sinais de crescer de forma intensa. A viabilização do CD propiciará também a rede iniciar o trabalho de vendas pela internet. Os estudos de viabilidade para vendas on line já foram iniciados. Mas seus gestores sabem que o varejo alimentar tem características bastante peculiares e por isso a estratégia deve ser muito bem formulada e apoiada pelo CD e numa boa logística. MARCAS E LOJAS PRÓPRIAS A Rede ainda não trabalha com marcas próprias. Mas já foram iniciados alguns estudos e acredita-se que um trabalho estrategicamente
bem desenvolvido poderá ser um grande diferencial competitivo a favor dos associados. A rede também não possui lojas próprias e não faz parte de seus objetivos. Seu trabalho está totalmente voltado a promover o crescimento e desenvolvimento do associado. “A rede quer que cada associado cresça em sua própria loja e ou abrindo novas. Havendo demandas do próprio grupo para empreendimentos conjuntos, a Central estará apta e desenvolver o trabalho”, complementa Leonardo. FORNECEDORES Leonardo conta que a cada dia o relacionamento com os fornecedores, que já é bom, se torna ainda melhor. “A maioria já percebeu os diferenciais da Rede Minipreço. Nosso trabalho é planejado e organizado. Temos recebido frequentemente feedback positivo dos fornecedores a respeito de um volume crescente em vendas”, ressalta. Outro fator que pode ser avaliado como bom relacionamento com os fornecedores é a crescente participação dos mesmos em ações como campanhas promocionais, treinamentos e consultorias, demonstram claramente uma resposta positiva acerca da seriedade do trabalho da rede. PADRÃO A rede já possui uma identidade e uma comunicação visual padrão, que é disponibilizada a todos, mas isso não é imposto ao associado, que padroniza a sua loja como quiser. “Acreditamos em um processo de cooperação sem imposições. Se a Central desenvolver um trabalho competente e forte, os associados virão e cooperarão espontaneamente, sem qualquer pressão, obrigação ou mesmo exigências”, explica Leonardo. De qualquer forma, dados da central mostram que aqueles que já se padronizaram ganharam sinergia de operação e a rede está colhendo frutos dos benefícios advindos deles. “Está comprovado que as lojas que estão com uma comunicação visual padrão da rede obtém um cresci-
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SÉRIE ESPECIAL: CENTRAIS DE NEGÓCIOS DE MINAS [REDE MINIPREÇO]
Perfil Rede Minipreço Fundação
2004
Sede
Viçosa (MG)
Faturamento em 2012
R$ 223 milhões
Empregos
1.476 diretos
FORMATOS E POTENCIAIS DIFERENTES
Nº de lojas
82
Cidades
60 municípios em Minas Gerais, nas regiões da Grande Belo Horizonte, Zona da Mata, Campo das Vertentes e Mantiqueira, e em outras duas cidades do Estado do Rio de Janeiro.
Esse é outro diferencial da Rede Minipreço. Seu modelo lhe permite trabalhar com lojas de vários tamanhos, formatos e diferentes potenciais de compras, pois cada um coopera de acordo com as suas possibilidades. Não existem taxas de adesão e ou integralização de capital. Caso o supermercadista não queira permanecer na Rede, ele pode se desligar a qualquer momento, ou seja, a central não prende ninguém em contrato.
mento maior e mais rápido, pois são percebidas pelos clientes como pertencentes a um grupo maior, com maior poder de compras, como parte de uma rede, e não como uma loja isolada no mercado, sem competitividade, sem preços atrativos”, explica o gestor.
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Mesmo assim, ele ressalta que a direção da Rede respeita o entendimento de cada associado. “Cada um é proprietário de seu negócio e ele deve perceber os benefícios de uma adequação”, enfatiza.
SERVIÇOS A rede realiza uma negociação direta com a indústria, com todo um trabalho de apoio logístico, e acompanha a entrega das mercadorias nas lojas. Além disso, desenvolve também marketing cooperativo. Leonardo conta que a Minipreço foi uma das primeiras redes de independentes a desenvolver campanhas promocionais com autorização da Caixa Econômica Federal (CEF). “Realizamos treinamentos e palestras tanto para proprietários como funcionários das lojas, inclusive com cursos e palestras in company contratados junto a AMIS”, afirma. A central oferece ainda um trabalho de consultoria em loja, onde o associado pode receber consultoria financeira, tributária, merchandising, layout, entre outros. Os associados não possuem custo algum com os encartes promocionais ou tabloides de ofertas. A rede ainda retorna aos associados percentuais de acordos comerciais junto aos fornecedores, praticamente eliminando qualquer custo de participação na rede. Além disso, o associado pode contar com o Cartão Fidelidade Rede Minipreço para crédito ao cliente.
TV MINIPREÇO Atualmente já esta no ar a TV Minipreço, um grande diferencial e certamente. O veículo veicula palestras e cursos para funcionários e proprietários. “Conseguimos por meio dela, disseminar para todos um conteúdo de idéias, cultura empresarial, conceitos, políticas e filosofias de trabalho”, diz Leonardo. A TV é hoje uma grande ferramenta de trabalho. Suas reuniões ocorrem bimestralmente e servem como apoio ao desenvolvimento do associado. “Trazemos sempre palestras e empreendedores para debater conosco idéias, crescimento e desenvolvimento”.
para saber mais A Central Rede Minipreço de Supermercados está localizada na rua Professor Alberto Pacheco 125, bairro Ramos, em Viçosa (MG). Cep: 36.570-000. Telefones: (31) 3891-2887/2975. Site: www.redeminipreco.com.br
A homenagem dos parceiros da Minipreço
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FORNECEDORES Onde, em um único lugar e período, reúnem
os principais líderes e profissionais decisores das duas maiores forças do varejo de autosserviço de Minas Gerais, e que representam:
20.840 lojas / 9.200 empresas 268.000 empregos / 20,6 bilhões de reais de PIB É na S UPERMINAS 2013 Food Show: PÚBLICO 58 mil pessoas, sendo 35 mil supermercadistas, panificadores e atacadistas, durante os 3 dias
22 a 24 outubro de 2013
NEGÓCIOS
Expominas | BH
1,2 bilhões de reais, sendo 7 milhões com compradores internacionais
Vários fornecedores já confirmaram presença. Os supermercadistas, panificadores, distribuidores e atacadistas aguardam mais confirmações. Seja o próximo! Seja muito bem-vindo.
LANÇAMENTOS Cobertura dos principais veículos de comunicação, divulgando os lançamentos / novidades dos expositores e patrocinadores
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APOIO
Participe, faça parte desta grande vitrine! Contatos: 31 - 2122.0526 | paulo@amis.org.br
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A MELHOR E MAIS COMPLETA DO BRASIL Empenho, amor e dedicação dos colaboradores AMIS, AMIPÃO e parceiros, que procuram não só satisfazer as necessidades dos públicos de interesse, mas superar as suas expectativas
POSICIONAMENTO DE MARCA Aplicação de marcas de patrocinadores/apoiadores nas mídias oficiais do evento, on line e off line
PATROCINADOR ESTACIONAMENTO:
PATROCINADOR PRÊMIO NEGÓCIOS E RELACIONAMENTO:
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PATROCINADORES OFICIAIS:
DIVULGAÇÃO:
REALIZAÇÃO:
jurídico
Eduardo Arrieiro Elias
[ advogado tributarista e sócio da Andrade Silva Advogados ]
Créditos de PIS e COFINS sobre insumos na atividade supermercadista
U
ma das questões tributárias mais polêmicas na atualidade diz respeito ao alcance do termo “insumo”, previsto nas Leis nº 10.637/2002 e 10.833/2003, para fins de aproveitamento de créditos das contribuições ao PIS e COFINS no regime da não cumulatividade.
não cumulativos das contribuições com base no inciso II do art. 3º da Lei nº 10.637/2002 e no inciso II do art. 3º da Lei nº 10.833/2003, haja vista que o direito ao crédito sobre insumos seria destinado unicamente a pessoas jurídicas industriais ou prestadoras de serviços.
Tal controvérsia ganhou, recentemente, novos contornos, em razão de notícia veiculada no site do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no dia 16/04/2013, dando conta da negativa de recurso interposto por um supermercado gaúcho, que pretendia a ampliação do conceito de insumos para aproveitamento de créditos das aludidas contribuições.
No caso analisado pelo STJ, o supermercado pleiteava o alargamento do conceito de insumos, de modo a adequá-lo aos conceitos de despesas operacionais para fins da legislação do IRPJ, ou seja, a empresa buscava o direito ao creditamento de todos os custos e despesas dedutíveis na apuração do lucro real.
Naquele caso, a Primeira Turma do STJ entendeu que o supermercado não faria jus, com fundamento no princípio da não cumulatividade, à inclusão, no conceito de “insumos”, de todas as despesas necessárias à atividade da empresa. Em razão do alarde gerado por essa decisão, necessário tecermos alguns comentários a respeito da questão. Em primeiro lugar, é importante salientar que a referida decisão não foi proferida em sede de recurso representativo da controvérsia, não vinculando, desta forma, orientação a ser seguida obrigatoriamente pelos demais órgãos judiciários. Em outras palavras, a referida decisão somente vincula o supermercado autor da demanda. Em segundo lugar, fica claro na decisão que o Judiciário rechaçou o entendimento altamente restritivo da Receita Federal do Brasil, no sentido de que nas atividades de comércio atacadista e varejista não seria possível a apuração de créditos
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O STJ, contudo, entendeu que o critério para aproveitamento de créditos sobre insumos é que os bens e serviços empregados sejam utilizados diretamente sobre o produto em fabricação. Logo, para a Corte, não seriam insumos as despesas decorrentes de mera administração interna da empresa. No caso analisado, foram inadmitidos créditos sobre despesas com: (i) representação comercial (comissões); (ii) marketing para divulgação dos produtos; (iii) serviços de consultoria prestados por pessoas jurídicas (aqui incluídos assessoria na área industrial, jurídica, contábil, comércio exterior, etc.); (iv) pelos serviços de limpeza; e (v) serviços de vigilância. Para o STJ, como tais serviços não incidem diretamente sobre o produto em fabricação, não seriam passíveis de creditamento. No entanto, a conclusão da Primeira Turma do STJ sobre o conceito de insumos é mais restritiva que o entendimento extraído das decisões
do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), antigo Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda. Segundo a maciça jurisprudência do CARF, devem ser considerados insumos os custos/despesas, diretos ou indiretos, incorridos na fabricação de produtos ou na prestação de serviços. Ao contrário do STJ, que restringiu, no caso em comento, o creditamento aos “insumos diretos”, o CARF vem entendendo que a expressão “bens e serviços utilizados como insumos” abarca não apenas aquelas coisas que são insumos por sua própria natureza (matérias-primas, produtos intermediários, materiais de embalagem etc.), mas todas as coisas que são empregadas como fator de produção, ou seja, também os insumos indiretos. Nessa linha, segundo algumas decisões, os insumos corresponderiam ao “custo dos produtos vendidos (CPV)” e ao “custo dos serviços prestados (CSP)”. Ou seja, a posição atual do CARF é no sentido de que o conceito de insumos não é tão restritivo quanto quer a Receita Federal, nem tão amplo como querem as empresas. De todo modo, a questão ainda não se encontra resolvida pelo STJ, tendo em vista que se trata de precedente isolado de uma das Turmas que compõem a Primeira Seção, órgão máximo de deliberação sobre matéria tributária. Ademais, importa salientar que o STJ não analisou a questão sob a ótica constitucional, tendo em vista que este papel cabe ao Supremo Tribunal Federal que certamente será chamado a se pronunciar sobre o assunto.
Em resumo, a questão do enquadramento dos insumos passíveis de creditamento deve ser avaliada criteriosamente por cada empresa, dado o seu caráter absolutamente casuístico. Os supermercados, assim, devem analisar a composição de seus custos e despesas de modo a verificar a subsunção ao conceito de insumos, de modo a terem critérios seguros de creditamento.
para saber mais • eduardo@andradesilva.com.br
Em dia com a AMIS [Vice-presidentes Triângulo e A. Paranaíba]
Líderes da AMIS no
Triângulo Mineiro e no Alto Paranaíba Nesta edição, GÔNDOLA traz o perfil dos vice-presidentes regionais (VPRs) da Associação Mineira de Supermercados (AMIS) nas regiões do Alto Paranaíba e do Triângulo Mineiro. O critério seguido para delimitar as regiões foi o mapa das regiões de planejamento do Instituto de Geociências Aplicadas (IGA), ligado ao governo mineiro. Os nomes dos VPRs estão em ordem alfabética do nome das cidades que representam
Carmo do Paranaíba Charles Wagner Ferreira da Silva Para ele, se a pessoa entrar em determinada atividade, tem de ser com determinação de fazer o melhor. É por isso que o técnico agrícola, Charles Wagner Ferreira Silva, VPR da AMIS em Carmo do Paranaíba, sempre busca se qualificar cada vez mais para exercer a direção do supermercado Ideal, com três lojas na cidade e 150 funcionários. Aos 44 anos, ele já fez MBA, o seminário Empretec/Sebrae, além de vários cursos, palestras e eventos pela AMIS. A família do VPR é toda de Carmo do Paranaíba, mas ele nasceu em Goiânia (GO), embora tenha crescido na cidade natal dos pais onde iniciou nos negócios da família em 1986. A empresa familiar já está na terceira geração, mas continua se modernizando e com um diferencial: sem esquecer o caráter interiorano de atendimento. “Eu gosto muito desse corpo a corpo com o cliente, de atender a pessoa no que ela precisa. Hoje, as pessoas não querem só comprar, elas querem ser amparadas. Então a gente tem de acompanhar a modernidade, mas sem perder esse atendimento direto ao cliente”. Charles é casado com Sandra Ferreira Costa Silva, com quem tem duas filhas, de 14 e de 21 anos e se diz, “graças a Deus, uma pessoa muito controlada”, garante. “Porque se você ficar louco (nervoso) você vai e a empresa fica”, alerta. Além de vice-presidente da AMIS há dois anos, há mais de 15 ele dedica as horas “vagas” a trabalhos sociais em uma comunidade terapêutica de combate ao uso de álcool e drogas.
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Araxá Antônio Ferreira Barbosa Ele é engenheiro eletrônico e administrador por formação e tem muito preparo acadêmico e prático. Afinal, cresceu no varejo. Sua meta é posicionar a empresa entre as 100 maiores do Brasil até 2015 e a visão é estar, um dia, entre as 10 maiores redes do Brasil. No nome, a empresa já é grande: Barbosão Extra Supermercados. Essa é a forma, enfática, que o VPR da AMIS em Araxá, Antônio Ferreira Barbosa pronuncia o nome “do grupo”. Toninho, como é mais conhecido, tem 52 anos, é casado com Daniela Ribeiro e pai de Danton, 14, Hannah, 12, e Sarah, de nove anos. Natural de Araxá, ele se formou pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em São Paulo e exerceu as carreiras de engenheiro no setor de telecomunicações e de professor universitário, ambos na capital paulista. No final de 1989, retornou à cidade natal, mas só em 2002 passou a se dedicar integralmente aos negócios da família. A partir de então, começou a modernização do que era uma pequena mercearia, aberta em 1985. . É difícil separar o que é perfil pessoal e empresarial de Toninho. Afinal ele, em conjunto com os irmãos, vem implantando na empresa algo como um caráter humano: “a ambição de crescer, dar oportunidades e de transformar o Barbosão em uma grande rede”, enfatiza. É com essa visão, como CEO (assim mesmo que ele fala para dar um caráter definitivamente profissional e moderno ao grupo), que ele vem transformando a empresa. Hoje, são 663 colaboradores e uma estimativa de faturamento de R$ 150 milhões em 2013, frente aos R$ 101 milhões faturados em 2012. Os números são exatos, sem arredondamentos, por que é assim que a empresa trabalha: todos com sua importância e não podem ser ‘arredondados’. São 13 lojas hoje, devendo chegar a 14 até o final do ano. “Eu gosto do varejo pela perspectiva de crescimento e a liberdade de inovação que o setor oferece. É um desafio atrás do outro: não há tempo para acomodação”, reforça. Embora esteja entrando no setor de eletro, a empresa atua exclusivamente no ramo supermercadista, mas se não fosse assim, Toninho já tem em mente em que investiria. “O varejo é minha paixão, mas talvez investisse numa rede de fast food ou numa rede de lojas de roupas teen (para jovens)”. Nas horas vagas, Toninho gosta de praticar esportes, principalmente corrida. Ele corre 10 quilômetros três vezes por semana. Talvez seja daí que venha tanto fôlego pessoal e profissional.
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Em dia com a AMIS [Vice-presidentes Triângulo e A. Paranaíba]
Frutal José Mário Bernabé Ele tem 27 anos e é um dos dois mais jovens vice-presidentes da AMIS (o outro é Fernando Folchito, de Pouso Alegre, também com 27 anos) e é um sucessor no cargo, já que substitui o pai, João Bernabé, como VPR. José Mário de Castro Bernabé, ou Nino, como é mais conhecido, representa a AMIS em Frutal há um ano. Ele é diretor comercial do supermercado JB, que faturou R$ 72,1 milhões em 2012, tem cinco lojas e emprega 424 pessoas. Nino é formado em administração de empresas e é responsável por várias tarefas na rede, como contato com o fornecedor, mix, jornal de oferta, enfim, toda a gestão comercial. No trabalho diário, ele se diz mais agitado “porque o ramo exige”. Mas nada de agressividade com os subordinados, no estilo ultrapassado de gestão. “Porque não se usa mais esses métodos”, ressalta. Como não se vê atuando em outro ramo que não seja o supermercadista, ele se diz atraído por tudo que se passa no dia a dia do trabalho. “Gosto do dinamismo do setor. Todo dia você tem de buscar algo diferente e conhecendo pessoas diferentes”. Nas horas de lazer, o jovem empresário gosta de atividades bem distintas. A principal é o futebol de campo que joga aos finais de semana. Outra igualmente carregada de emoção é o laço, de forma amadora, de que ele participa na fazenda da família. A atividade consiste em soltar um bezerro para correr na pista e o peão, montado em cavalo, laçar o animal e amarrá-lo. Talvez pelo contato mais próximo com os animais, Nino que, mesmo sem se ver fora do varejo, talvez escolhesse ser médico veterinário como profissão se não fosse supermercadista.
Monte Carmelo Fernando Almeida Cordeiro Ele é uma jovem liderança do setor e um dos sucessores do segmento supermercadista do Estado. Fernando Almeida Cordeiro, 31 anos, é o vice-presidente da AMIS em Monte Carmelo sucedendo no cargo o pai, Williams Cordeiro. Fernando é casado com Angélica Alves Mundim e pai de Lavínia, de 2 anos. Hoje, ele é o principal diretor do supermercado Ki Joia, mas para isso, se preparou bastante: formou-se em administração de empresas e aproveita todos os dias para aprender mais com o setor, em que atua desde os 17 anos. O principal aprendizado é o equilíbrio emocional. “Tem que ser calmo. No supermercado não adianta estresse senão você não sai do lugar”, ensina. O Ki Joia tem três lojas em Monte Carmelo, e um total de 30 check outs, emprega 253 pessoas e faturou R$ 48 milhões em 2012. O grupo, no entanto, tem 500 empregados, considerando os ramos agropecuário e a indústria de cerâmica em que também atua. Como importante representante da nova geração de supermercadistas, Fernando analisa que o setor está evoluindo muito graças às novas ideias. “Eu vejo que a concorrência no mercado está em crescimento constante, já que o conhecimento vem passando de pai para filho e o pessoal mais jovem tem trabalhando muito bem”, observa. Num setor em que a falta de mão de obra está entre as principais reclamações dos empresários, Fernando é um privilegiado por contar com uma equipe que impulsiona o avanço da empresa. “O funcionário cobra, ele quer ver evoluir, então se há essa cobrança, você tem de por em funcionamento porque ele também quer que a empresa cresça”, diz. E o supermercado é uma boa escola. “Eu costumo dizer que quem trabalha em supermercado está apto a desenvolver qualquer outra atividade”.
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Patos de Minas Rogério Luciano de Oliveira Rogério Luciano de Oliveira, 45 anos, é o VPR da AMIS em Patos de Minas. Ele é casado com Luciene Guimarães Oliveira e pai de Caio Guimarães, nove; e de Francisco Guimarães, dois anos. Na área acadêmica é formado em gestão empresarial com MBA, também em gestão, pela Fundação Getúlio Vargas. De perfil calmo, mas exigente, assim se define o diretor-proprietário do Moderno Supermercados, com duas lojas, 70 funcionários e faturamento de R$ 12 milhões, em 2012. Desde criança, Rogério já vivia o dia a dia do varejo no comércio do pai. Aos 23 anos, em 14 maio 1991, deu um passo maior. “Em meio a muitos desafios começamos a realizar o sonho de montar o Moderno Supermercados” disse. Como diversão, Rogério gosta de ficar com a família e de reunião com amigos regada a um bom vinho com salmão. Outras formas de se desligar um pouco do setor é uma pescaria no Pantanal ou no rio Paracatu, na região. Ele gosta também de viajar, fazer caminhada, correr e de ler, principalmente, sobre política, economia e administração. Outro trabalho que faz o VPR se sentir realizado é treinar pessoas, principalmente para os cargos de liderança. Ele diz ter muito orgulho ao lembrar que alguns dos líderes que treinou hoje são empresários ou executivos de grandes indústrias. “Fico muito feliz por ter ajudado a mudar para melhor o caminho dessas pessoas”, comemora. No seu desenvolvimento pessoal e empresarial, o VPR encontrou apoio na entidade que hoje representa. “Em tudo isso a AMIS foi essencial. A partir do momento que passei a participar dos eventos como associado e como VPR, tive a oportunidade de me aperfeiçoar nos aspectos profissional e pessoal e com isso o espírito cooperativista despertou em mim”, afirma.
Patrocínio Osmar Nunes Filho A loja dele prima tanto pelo atendimento que nem tem nome de supermercado, mas de “casa” para dar um sentido de mais afeto, ser mais acolhedora. E é uma das mais tradicionais do mercado nacional, com 97 anos de existência. Osmar Nunes Filho é o VPR da AMIS em Patrocínio e não tem dúvida quanto ao que mais lhe agrada no setor. “O melhor? Um sorriso franco e um elogio sincero do cliente”. Osmar é casado com Juceline Kennedy Caixeta Ribeiro Nunes e pai de Izabella, Osmar Neto, Ingrid e Pedro Augusto com 19, 17, 17 e 11 anos, respectivamente. A empresa da família remonta ao ano de 1916, quando o avô de Osmar, Manoel de Souza Nunes, fundou a Casa Manoel Nunes, voltada para o segmento agropecuário, oferecendo itens como carrinhos de mão, luvas, botinas, botas, etc. e a origem, remete a tempos mais difíceis ainda. “Meu avô viajava mais 200 km para buscar café e vender aqui”, conta Osmar, atual diretor da empresa que se tornou supermercado nos últimos 30 anos. Hoje a loja tem 700 metros quadrados de área de venda, quatro check outs e emprega 34 pessoas. Além da Casa Manoel Nunes, Osmar é também diretor de uma pizzaria. Mas o que o encanta mesmo é o primeiro negócio. “Nós nascemos para o varejo e aqui o temos no DNA. Gosto de movimento, gosto de pessoas e conheço boa parte dos clientes pelo nome, ele vem à loja várias vezes por dia e você passa a fazer parte da vida dele e é isso que é importante”, destaca. Uma prova de que o varejo alimentício faz parte da família há mais de um século, é que o avô materno de Osmar foi o primeiro panificador em Nova Lima, na Grande BH e o segundo na Capital mineira, de acordo com o VPR. Vice-presidente da AMIS há 12 anos, Osmar já foi presidente da CDL de Patrocínio e vice-presidente da Associação Comercial. Não parece, mas ele se diz bastante “agitado” no dia a dia, principalmente com um problema que afeta todo o segmento. “O mais difícil no varejo é a rotatividade de funcionários”, aponta.
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Em dia com a AMIS [Vice-presidentes Triângulo e A. Paranaíba]
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Uberaba Matusalém José Alves
Uberlândia Guilherme Miranda
Quem representa a AMIS em Uberaba é Matusalém José Alves, 52 anos, e há seis como VPR. Ele é sócio-diretor da Zebu Carnes, rede com quatro lojas, 405 colaboradores e que faturou R$ 75 milhões em 2012. De perfil calmo e muito focado na qualidade, Matusalém tem segundo grau como formação escolar, mas muito conhecimento do setor, já que antes de investir em negócios próprios, foi gerente de loja na rede Pão de Açúcar. Casado com Maria Angélica Maia Alves, ele é pai da estudante de Direito, Bárbara Maia Alves, 21 anos, e de Renzo Maia Alves, de 19, que cursa administração de empresas. Nas horas de lazer, o VPR é adepto de viagens, principalmente para praias, e de pescarias. Além do setor de supermercados, ele investe também no ramo de agropecuária. Mas a maior parte do tempo é dedicada ao varejo que é apontado como desafio maior. “A complexidade de desafios do dia a dia, a dinâmica que deve ser exercida perante a grande concorrência do segmento e a adrenalina é que nos faz a cada momento mais fortes”, confirma Matusalém, que não se imagina em outro ramo. “Não me vejo em outro segmento, porque comecei minha carreira em supermercado”. Ele aproveita para analisar o momento por que passa o País, com a população exigindo melhores condições de saúde, educação, transporte e segurança e ressalta o papel do setor supermercadista. “Temos a certeza de que nós varejistas contribuímos muito na arrecadação de impostos, que não são bem aplicados, portanto temos que exigir mudanças políticas, enquanto entidade, para que sejam feitas as reformas tributárias e sociais que a sociedade tanto almeja, ajudando na administração do dinheiro público, diminuindo assim o índice de corrupção”, assinala.
Além de vice-presidente da AMIS, Guilherme Miranda é um atuante empresário em Uberlândia, com participação na Associação Comercial e na CDL. Aos 47 anos, tem mais de 12 como VPR da AMIS. Guilherme é casado com Ana Patrícia Gonçalves Miranda e tem como formação superior administração financeira. Ele é diretor do supermercado Econômico, empresa com uma loja fundada em 1988 e que emprega 52 pessoas. Além do Econômico, o VPR atua no ramo de frigorífico, onde tem mais 220 colaboradores. Natural de Uberlândia, desde os 12 anos Miranda já atuava no segmento de varejo, principalmente de carnes, junto como pai em um açougue, no qual o VPR da AMIS aprendeu as primeiras atividades como cobrança e emissão de nota fiscal. Em 1992, a família já experiente no ramo decidiu montar um frigorífico que hoje abate cerca de 400 animais por dia entre bovinos e suínos. Guilherme é um empresário de grande conhecimento do setor e acredita que os supermercados têm de passar por muitas mudanças ainda, principalmente os de menor porte. “O setor está se profissionalizando e nós de pequeno e médio varejo temos de buscar uma forma de trazer o cliente com o atendimento de tapinha nas costas mesmo. Volto a insistir: o atendimento é essencial”, alerta. Como líder empresarial, outro assunto que o preocupa é o endividamento, tanto do consumidor, quanto das empresas. “Não podemos cochilar, temos de estar muito atentos, porque o crescimento é importante, mas tem de ser com solidez e seriedade. Não podemos ampliar os ganhos de qualquer forma”. Mesmo com tantas atividades, quando não está envolvido nas muitas tarefas empresariais, Miranda gosta de um bom churrasco ou descansar em Caldas Novas, atração turística no Estado de Goiás, a cerca de 180 km de Uberlândia.
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EM DIA COM O MERCADO [PERDA DE CARRINHOS]
Fotos Ignácio Costa
Você sabe onde estão
todos os carinhos de sua loja?
MUITOS SUPERMERCADISTAS PROVAVELMENTE VÃO RESPONDER QUE NÃO, UMA VEZ QUE É CRESCENTE O PROBLEMA DE PERDAS DESTE EQUIPAMENTO NAS LOJAS DE AUTOSSERVIÇO Sandra Mara
É
um problema que atormenta a maioria dos varejistas não só do Brasil, mas também do mundo. É também um tema que vem ganhando cada vez mais atenção por parte dos supermercadistas e não faltam tentativas para resolver ou mesmo minimizar o problema. Na maioria dos casos, a solução está ligada a estratégias de longo prazo, mas as providências têm que ser tomadas imediatamente, pois além do investimento desperdiçado com a perda de patrimônio, o carrinho é a ferramenta básica do negócio, um motor da loja – alguém imagina o autosserviço sem o carrinho? Sérgio Paulo de Oliveira, comprador do Supermercado Luna, que tem sede em Betim (MG), confirma que o problema existe e já foi grave na empresa. Cerca de 10% de todos os carrinhos que a empresa adquiria estavam desaparecendo. Por isso, a empresa criou uma ação específica para
identificar as causas do problema e alguns seguranças ficaram especialmente escalados para verificar onde os clientes deixavam os carrinhos depois de colocarem as compras em seus veículos. Foi então diagnosticado que muitos carrinhos estavam sendo deixados fora da área do estacionamento das lojas. Alguns eram largados a mais de 200 metros da loja. Durante alguns dias, os funcionários fizeram uma busca por todo o bairro e foram recuperados vários carrinhos que haviam sumido há dias. Cada uma das oito lojas da rede tem em média 230 carrinhos e são eles um dos responsáveis pelo resultado positivo de vendas. “Não há possibilidade de vender bem, se não tiver carrinhos. Quando o cliente entra na loja e não encontra o equipamento ele desiste da compra e vai embora. O carrinho pode ser considerado como um motor da loja, sem ele, ela não anda”, afirma.
O ideal é ter áreas bem delimitadas para que o consumidor possa escolher o carrinho que usará nas compras
Este carrinho parece estar bem longe da loja
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EM DIA COM O MERCADO [PERDA DE CARRINHOS]
Ao lado, carrinho perdido; abaixo, carrinhos bem organizados na área de estacionamento de uma loja
FAÇA AS CONTAS Muitos outros supermercadistas nem conseguem mensurar quanto teve de prejuízo devido a este problema. O fato é que o problema existe e pode até mesmo comprometer os resultados da empresa. Quem ainda não fez as contas, comece logo a fazê-las: dois carrinhos perdidos por semana podem gerar um prejuízo de cerca de R$ 30 mil em um ano. Por isso, a prevenção de perdas e furtos deste equipamento é um fator essencial para a melhoria da lucratividade, ação que vem sendo negligenciada por muitos gestores. O problema enfrentado pelo varejista, infelizmente, faz parte das estatísticas que atingem o autosserviço. Não existem dados corretos que mostram a dimensão deste prejuízo, mas segundo estimativas da AMIS, em Minas Gerais, cerca de 20% de todos os carrinhos comprados pelas empresas supermercadistas são perdidos. Aumentar a vigilância sobre os carrinhos, por exemplo, é uma tendência crescente nos Estados Unidos. Naquele país, a média anual de perdas
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Carrinhos equipados para compras com bebês não estão entre as maiores vítimas de desaparecimento
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por loja também é de 20% da frota de cada supermercado. Em Porto Rico, 50 a 60 mil carrinhos de supermercado são furtados por ano. PREVENÇÃO “É justamente essa dificuldade em mensurar o tamanho das perdas que fez o problema crescerem, sem que ninguém tomasse medidas para evitá-lo. Esse problema precisa ser combatido no dia a dia”. Quem garante é Rogério Abrão, professor do curso Gestão Nota Dez (G10), da AMIS, na área de segurança patrimonial. Ele ensina que a primeira ação a ser feita é delimitar a área até onde os carrinhos podem percorrer, ou seja, o estacionamento ou a área da empresa. Caso a empresa tenha segurança na portaria, incumbi-lo de não deixar ninguém sair com o carrinho. Na falta de um agente de segu-
rança deve-se escolher um funcionário para fazer essa tarefa e orientá-lo bem sobre como executar sua função. O supermercadista pode criar um cartaz com as normas de uso dos carrinhos, alertando que esse equipamento não pode sair da área de empresa. Esse cartaz deve ser colocado em um local visível para todos os clientes. Uma das regras que pode estar escrita nele é que para sair com o carrinho da área da empresa, é preciso deixar um documento de identificação, que será devolvido assim que ele trouxer o carrinho de volta. “Mas cuidado, isso deve ser feito de forma que não cause constrangimento ao cliente”, avisa. Câmeras Outra saída é colocar câmeras de segurança nas áreas externas como estacionamento, por
Fornecedores e Supermercadistas, um Novo Consumidor exige: Novos Negócios Novos Relacionamentos Novos Aprendizados Novos Mix de Produtos Novos Atendimentos Novos Serviços
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EM DIA COM O MERCADO [PERDA DE CARRINHOS]
Muitas vezes o carrinho que falta na área de vendas, pode estar dentro da própria empresa sendo utilizado para outro fim
exemplo, mas é preciso que um funcionário fique não só disponível para vigiar essas câmeras, como também para agir rapidamente quando perceber que um carrinho está sendo levado para fora da área permitida. “Isso pode ajudar a inibir os furtos e o uso inadequado, mas se não for bem feito será apenas um paliativo”. Segundo ele, a prevenção deve ser feita no ano todo e passa também pelo treinamento da equipe. O professor explica que é preciso fazer a contagem dos carrinhos todos os dias, tanto na abertura da loja, como também no fechamento. “Essa tarefa deve ser feita pelo departamento de segurança, mas se a empresa não tiver esse departamento, deve escalar um funcionário para fazê-lo”, completa. SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS Alguns fornecedores já começam a criar so-
luções tecnológicas para amenizar este problema, mas elas ainda são muito caras e não foram disseminadas no varejo em geral. Alguns deles são baseados em radiofrequência que trava a roda do carrinho quando ele ultrapassa o perímetro estabelecido pela empresa. Outra solução que também já existe informa imediatamente a central de monitoramento toda vez que o carrinho se distanciar. Alguns dispositivos já vêm nos carrinhos e outros podem ser acoplados nos carrinhos existentes. SEM PERDAS O problema ainda não chegou às pequenas cidades na proporção das grandes, afirma Osmar Nunes Filho, proprietário do Supermercado Casa Manoel Nunes, com sede em Patrocínio (MG). “Nunca tive problemas com perdas de carrinhos, tenho todos os carrinhos que comprei”, diz.
AGENDA DE CURSOS juLHo - 2013
CURSO S
DATAS
INSTRUTOR
PReVenÇÃo e ReduÇÃo de PeRdas eM PeReCíVeIs
10 de juLHo
RaCHeL dos MaRes
8h30 às 17h30
RuPTuRas e eXCesso de esToQue, CoMo TRaTaR na PRÁTICa
17 de juLHo
novo
sMILYs RoCHa
8h30 às 17h30
FoRMaÇÃo de PReÇos de Vendas do ConsuMIdoR
18 de juLHo
novo
josÉ CaRLos sPedo
8h30 às 17h30
CoMo PRePaRaR uM PLanejaMenTo PRoMoCIonaL
22 de juLHo
GusTaVo VanuCCI
8h30 às 17h30
oTIMIZaÇÃo do seToR de FLV
24 de juLHo
novo
sIMone oLIVeIRa
8h30 às 17h30
FLuXo de CaIXa e CaPITaL de GIRo
25 de juLHo
novo
josÉ CaRLos sPedo
8h30 às 17h30
PIs e CoFIns - aPuRaÇÃo PaRa suPeRMeRCados
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eVaRLeY sanTos
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30 de juLHo
novo
eVaRLeY sanTos
8h30 às 17h30
ReP – ReGIsTRadoR eLeTRÔnICo de PonTo
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TI
EM DIA COM O MERCADO [PERDA DE CARRINHOS]
Em lojas cuja entrada está muito próximo do passeio, o cuidado com os carrinhos precisa ser redobrado
Osmar conta que sua loja tem empacotadores em todos os check outs. Eles são responsáveis por acompanhar o cliente até o carro, colocar os produtos comprados nos veículos e trazer o carrinho de volta para o local onde ficam guardados. Na loja existem 50 carrinhos, de três tamanhos diferentes. Quando está aberta, eles ficam estacionados na calçada, logo na entrada da loja. Outra empresa que também controla seu estoque de carrinhos corretamente é a rede Santa Helena, que tem seis lojas localizadas em Sete Lagoas (MG). De acordo com o diretor financeiro e TI, Frederico Machado Bastos, todas as lojas têm estacionamento fechado com as entradas e saídas sempre monitoradas por sistema de câmaras e funcionários. “A estrutura do nosso estacionamento é satisfatória ao nosso cliente, assim evitamos a saída de carrinhos para fora do estacionamento dificultando o furto do mesmo”, explica. Além disso, dois funcionários de cada uma das lojas são responsáveis por controlar diariamente o recolhimento de carrinhos deixados no estacionamento. Frederico ressalta que ao todo, a empresa possui 792 carrinhos, para adquiri-los foi feito um investimento da ordem de R$ 200 mil. “É um valor alto, por isso temos que cuidar de nosso patrimônio para que a nossa rentabilidade não seja comprometida”.
para saber mais • Supermercado Luna: (31) 3512.4500 • Casa Manoel Nunes: (34) 3831-1750 • Supermercado Santa Helena: (31) 3779-5800 • Consultor Rogério Abrão: (31) 9745-6246
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Anderson Higino Freire
[ gerente de compras do GF Supermercados ]
A Importância de TI para as compras
A
Tecnologia de Informação (TI) e os sistemas de softwares integrados têm mudado radicalmente todas as áreas das empresas. No setor de compras não é diferente. Os próprios profissionais de TI reconhecem a área como promissora e importante para inovação de seus recursos profissionais e conhecimentos na busca de novas soluções. Porém, assim como as grandes invenções da humanidade, somente terão aplicabilidade se conseguirem transformar operações complexas em processos simples, que possam favorecer a tomada de decisão e gerar resultados efetivos. O suporte da TI tem afetado, e de forma cada vez mais marcante, a vantagem competitiva do setor comercial de uma empresa. Os investimentos em tecnologia têm se consolidado como questões estratégicas, dado o ambiente dinâmico que se encontram não só nossas empresas, mas também os fornecedores, concorrentes e principalmente clientes. Nos tempos atuais, um ágil compartilhamento de informações pode ter efeitos significativos e imediatos na redução de custos, ampliação de margens e vislumbre de novas oportunidades. Entretanto, um dos diferenciais para o sucesso das organizações, talvez o principal, é o correto uso dos softwares de apoio à tomada de decisão. Estas ferramentas devem ir além das soluções de gestão empresarial, conhecidas como ERP, pois estas já são consideradas de uso padrão. O fato de as empresas possuírem seus processos integrados já não é mais um diferencial competitivo, é premissa básica para sobreviverem no mercado. Hoje em dia é imprescindível tratar o grande volume de informações geradas utilizando softwares que possam transformar estes gigabytes de dados em informações que orientem o gestor no difícil exercício da decisão acertada, ou o mais próximo dela. No mercado atual existem várias ferramentas que podem auxiliar na arte de garimpar esses dados, tais como Business Intelligence (BI), inteligência de negócios; CustomerRelationship Management (CRM), voltado ao relacionamento com o cliente; e Balanced Scorecard (BSC), painel de gestão por indicadores. Estas ferramentas possibilitam que o gestor de Compras não fique focado apenas no registro de vendas, financeiro ou contábil, e possa enxergar além. Os compradores precisam tomar decisões sobre o que fazer com produtos que não estão vendendo de maneira satisfatória, itens com constantes cortes por parte dos fornecedores ou da própria logística da empresa, produtos com margens muito sacrificadas por ações de concorrentes, otimização de estoque etc. Enfim, qual-
quer detalhe que saia do modelo considerado “tradicional” na gestão de produtos se torna uma decisão estratégica, e para estas decisões ferramentas como o BI, o CRM ou o BSC podem trazer alternativas vantajosas na solução. No seu dia-a-dia, os profissionais de compras, ou gestores de produtos, têm a difícil tarefa de “prever o futuro”. Para isso, a grande vantagem e talvez a força motriz das ferramentas de TI é a capacidade de refinar as informações obtidas e, principalmente, a possibilidade de desenvolver as competências de analisar cenários e buscar alternativas em meio ao cruzamento de informações, resultados e tendências.
para saber mais • afreire@gfsupermercados.com.br
Você sabia que: O Departamento Jurídico AMIS formou e lidera um Comitê Tributário. Vários assuntos estratégicos e operacionais do setor que envolvem tributos são discutidos, bimensalmente, neste Comitê que é composto por profissionais técnicos dos supermercados. Assuntos como desoneração da cesta básica, substituição tributária, Sped, NFe, e outros, foram avaliados e encaminhados soluções para os associados. Qualquer associado adimplente AMIS pode participar deste Comitê. Se você é filiado AMIS, mantenha contato permanente com nosso Departamento Jurídico, e acesse vários outros benefícios. Se ainda não é, filie-se já, e diminua suas dificuldades para atender às leis e às normas de defesa do consumidor e da regulamentação setorial. Se você ainda não é associado, fale com o nosso Departamento de Apoio ao Cliente,
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Supermercadista, qual a finalidade de uma entidade de classe?
Representar e defender, de forma organizada, imparcial e legítima, os interesses de uma categoria em todos os âmbitos.
Como e qual a condição para se integrar à AMIS? Filiar, conforme Estatuto, e contribuir mensalmente na condição de sócio, e usufruir de vários benefícios, além do fortalecimento da categoria.
E além de defender os interesses, o que mais a AMIS oferece aos associados? Assessoria Jurídica
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Treinamento e Desenvolvimento
Quanto mais integrantes e envolvimento entre eles, mais conquistas.
Desenvolvimento, atualização, conhecimento e reciclagem: - Curso Gestão Nota 10 (G-10); - Cursos Mensais; - Palestras, workshops e fóruns.
Relacionamento, Atualização e Negócios
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Informações atualizadas do setor - Revista Gôndola (mensal); - Jornal AmisNews online; - Portal.
Convênio médico
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Convênio Odontológico
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Escritórios Conveniados
Garantir ao associado a excelência na prestação de serviços especializados e vantagens em forma de descontos, obtendo assim um preço acessível e diferenciado. Escritórios especializados nas áreas do direito tributário, trabalhista e previdenciário, imobiliário e cível empresarial.
Convênio Aquisição e avaliação de compra e venda de empresa
Quais conquistas mais recentes? • Campanha de Olho na Validade - Visa um maior controle para a questão dos produtos vencidos, resultando em ações favoráveis ao cliente final e melhoria na prestação de serviço; • Campanha Sacolas Retornáveis - Contribui com a ecologia e torna o setor referência em sustentabilidade; • Planejamento Tributário - Serviço ao alcançe de todos, com custo diferenciado, e garantia de resultados. • E muito mais
Quantas lojas associadas a AMIS possui atualmente? • Capital e metropolitana: mais de 1.500 lojas • Interior: mais de 2.200 lojas
Depoimento de uma rede de supermercados associada à AMIS O que faz uma entidade ser mais forte?
R União e integração R Representatividade R liderança atuante R Objetivos alinhados entre os integrantes Em Minas Gerais, qual entidade representa e defende a categoria supermercadista? AMIS - Associação Mineira de Supermercados, que há mais de 40 anos atua em prol da classe.
“ A AMIS é uma grande ferramenta que os supermercadistas de Minas Gerais têm em mãos para auxiliá-los a gerir seus negócios. Nós da Rede Via Real de Supermercados acreditamos que o suporte que AMIS está nos oferecendo, irá acrescentar muito na gestão de nossas empresas através dos cursos, feiras, suporte contábil e tributário que podemos solicitar a qualquer momento.” Walter Rômulo Ferreira - Presidente da Via Real de Supermercados.
Seja você o próximo, junte-se a nós! Filiação: 31 - 2122.0533 | www.amis.org.br
ACERTANDO O PASSO [PRODUTOS DE HIGIENE BUCAL]
Fotos Ignácio Costa
Oportunidade Em 2012, o mercado avançou ainda mais. Segundo a Nielsen, o faturamento de janeiro a outubro de 2012 comparado a janeiro a outubro de 2011, teve crescimento de 14,4% no Brasil e 15,2% em Minas Gerais. Já em litros, no mesmo período houve crescimento de 9% no Brasil e 9,4% em Minas Gerais. De acordo com Gloria Tittoto, analista de mercado da Nielsen, os antissépticos bucais, mesmo com o crescimento, ainda são considerados produtos de acesso. Por isso, ainda existem muitas oportunidades de venda para os varejistas. “O truque é fazer cross merchandising com creme e fios dental. Coloque os antissépticos próximos a produtos de higiene bucal que vendem mais, como as escovas, por exemplo e assim o cliente vai sempre lembrar de levá-lo também”, ensina.
ESCOVAS DE DENTES A pesquisa da Nielsen mostrou também que as escovas de dentes já são uma categoria madura, que cresce pouco, mas que oferece oportunidade para produtos de valor. O cliente procuraria sempre itens de maior valor agregado, a marca líder ou a segunda linha, normalmente lançadas recentemente. “Este produto praticamente estancou o seu crescimento, uma vez que ele já era comprado pela maioria das pessoas e continua sendo comprado apenas para troca”, explica Glória Tittoto, analista de mercado da Nielsen. FIO E FITA DENTAL No caso, dos fios e fitas dental, os dados da Nielsen apontam que houve queda de -5,1% no volume de metros do produto vendidos no Bra-
Antissépticos
aquecem a seção EMBALADO PELO AUMENTO DO PODER DE COMPRA DAS PESSOAS E PELOS INVESTIMENTOS DA INDÚSTRIA EM NOVOS PRODUTOS, SOBRETUDO OS MAIS SOFISTICADOS, COMO BRANQUEADORES E ENXAGUANTES, O MERCADO DE PRODUTOS DE SAÚDE BUCAL CRESCE DE MODO EXPRESSIVO
Sandra Mara De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), os produtos de higiene bucal já começam a figurar entre os principais itens da cesta de higiene dos brasileiros. Somente os antissépticos elevaram a penetração nos domicílios em 4,7%, o que significa que entraram em dois milhões de novos lares. Para o instituto de pesquisa Latin Panel, os antissépticos encontram-se hoje presentes em 11,2% dos lares brasileiros.
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Para a Abihpec, o crescimento da cesta de produtos de higiene bucal acompanha o desempenho do segmento de higiene pessoal em geral, em que o Brasil é o terceiro mercado consumidor do mundo. Outro instituto que comprova a evolução do segmento é o Nielsen. Ele tem dados que mostram a venda dos antissépticos crescendo 8,8% no Brasil e 5% em Minas Gerais no ano de 2011, frente a 2010. No mesmo período, o faturamento do produto cresceu 12,3% no Brasil e 10,5% em Minas Gerais.
Mudou de endereço, telefone e/ou E-MAIL ? Ampliou ou reformou sua loja? Conte pra nós! A AMIS busca sempre manter seu banco de dados atualizado, para que você, leitor sempre conectado com todas as notícias e informações do setor supermercadista.
da Gôndola, possa estar
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(31) 2122-0500. Ressaltamos que a Gôndola é mensal, e está disponível no Portal AMIS: www.amis.org.br, e semanalmente informamos por meio eletrônico as notícias e informações mais relevantes do setor, por isso seu e-mail atualizado é
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ACERTANDO O PASSO [PRODUTOS DE HIGIENE BUCAL]
çamentos para esta seção, as indústrias lançaram fizeram de tudo desde reduzir ou melhorar as embalagens, para atender novas necessidades do consumidor, a lançar versões mais simples ou mais sofisticadas, além de investir na divulgação de produtos e marcas”, comenta. FATO CURIOSO No Supermercado VIP, com sede em Belo Horizonte, as vendas de produtos de higiene dental praticamente dobraram do ano passado. De acordo com Fernando Bravo, diretor administrativo do Supermercado VIP, no caso das escovas de dentes houve um fato curioso. As vendas das escovas duras caíram cerca de 90%. Contudo, as vendas das escovas de cerdas macias com cabeças menores, indicadas pelos dentistas, praticamente dobraram. Outros produtos que também tiveram um aumento de vendas considerado foram os cremes
As vendas de creme dental têm crescido pouco em relação às de antissépticos
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sil e queda de -9,3% em Minas Gerais, no ano de 2011, se comparado as vendas de 2010. A analista de mercado da Nielsen afirma que esses dados mostram que a maioria dos consumidores ainda dá pouca importância ao produto, que não consegue crescer em volume. Em contrapartida, aqueles consumidores que já compram, preferem produtos mais sofisticados e de maior valor agregado. Há ainda a possibilidade de o produto ter tido uma alta forte de preços nos períodos analisados, facilitando a retração da quantidade. Outro dado importante que a analista de mercado da Nielsen faz questão de ressaltar é que as variações de Minas Gerais, tanto de faturamento, como também em volume, está sempre inferior às variações do Brasil. “Se pensarmos pelo lado positivo, podemos dizer que em Minas Gerais ainda há muito espaço para crescer”, finaliza.
MIX O crescimento de vendas da seção de higiene bucal foi sentido no Supermercado Irmãos Milagres, localizado em Congonhas (MG). De acordo com o proprietário Luiz Carlos Milagres, o incremento de vendas passou de 5% no ano passado, principalmente nos cremes dental e fios dental. Por causa da alta na procura, Luiz Carlos, teve que remodelar a categoria e aumentar o mix de produtos. No caso dos fios dental, por exemplo, ele oferecia somente o tradicional, por isso, foi adicionado também os extra-finos e as fitas. “O público procurava por variedade e também por melhores produtos”, explica. O proprietário aproveitou também para incrementar a linha infantil, que praticamente era inexistente em sua loja. Luiz Carlos conta que as mudanças na categoria foram beneficiadas pelos lançamentos. “Podemos considerar que 2012 foi o ano dos lan-
de dental branqueadores e os antissépticos. “Ou seja, os clientes estão preferindo produtos mais elaborados que dão um resultado melhor”, explica Fernando. Ele ainda acrescenta que a venda desses produtos cresce a passos largos. Eles já começam a figurar entre os principais itens da cesta de higiene dos brasileiros, com bom potencial. O giro tem sido bom e contínuo o ano inteiro. GIRO ALTO João Batista Ubaldo Pereira, proprietário do Supermercado Estrela da Barra, localizado em Ouro Preto (MG), endossa a fala dos outros supermercadistas e afirma que em sua loja as vendas de produtos para higiene bucal também acumula bons resultados. “Somente no ano passado, a alta de vendas foi de 20%”, diz. Ele afirma que dois produtos são responsáveis por puxar a venda para cima: os enxaguató-
AMIS SelecIonA profISSIonAIS pArA AtuAreM coMo InStrutoreS A Associação Mineira de Supermercados (AMIS) seleciona profissionais do varejo para atuarem como instrutores nas áreas administrativa, financeira, tributário, TI, marketing, RH, atendimento ao cliente, segurança patrimonial, cartazista, operador de check out, etc. pré requisito: Experiência no varejo Curso superior, desejável MBA Disponibilidade para viagens
Envie seu currículo para dh@amis.org.br
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ACERTANDO O PASSO [PRODUTOS DE HIGIENE BUCAL]
Antisséptico bucal Em algumas regiões são conhecidos também, como elixir bucal, colutório, enxaguatório ou ainda enxague bucal. São líquidos utilizados para realizar a higiene da cavidade oral. O seu uso diário pode evitar diversos problemas, como cáries, formação de placa bacteriana, mau hálito e gengivite, entre outros. Atualmente, tem sido dado grande enfoque à promoção de saúde bucal, e os antissépticos bucais têm sido muito utilizados com esse propósito.
rios (antissépticos bucais) e os cremes dentais. O primeiro cresceu muito nos últimos anos e alcançou sua maior evolução e hoje está na segunda posição no ranking deste setor na empresa. Em segundo lugar, estão os cremes dentais. “Neste caso, os clientes estão preferindo os cremes dentais de maior valor agregado, ou seja, aqueles que trazem mais benefícios e resultados imediatos durante a escovação”, enfatiza. Para ele, o grande desafio é trabalhar corretamente o mix de produtos da categoria, que a cada dia ganha lançamentos e novidades e exige novas adequações na loja para abocanhar espaço e oportunidade no faturamento. Em sua loja, a esses produtos são organizados da seguinte maneira: os cremes dentais por marca e, em seguida, por benefício. A segmentação por benefício leva em consideração os atributos oferecidos pelo produto, géis, ação prolongada, branqueadores, entre outros. Essa segmentação é exposta horizontalmente, colocando os de maior valor agregado nas prateleiras mais altas, depois os de menor valor agregado. “Ao expor os produtos, o ideal é alocar os cremes dentais de menor rentabilidade na parte inferior da gôndola”, ensina. Já os antissépticos e escovas dentais ganharam mais destaque, visando estimular o giro dessas categorias que possuem maior rentabilidade. Além de expor os produtos de maior valor agregado na altura dos olhos do cliente, ele ainda utiliza o cross-merchandising como na dupla exposição de creme dental, na seção infantil e na seção regular, antissépticos e escovas nos check outs.
para saber mais • Nielsen: (11) 4613 7000 • Supermercado Irmãos Milagres: (31) 3731-6265 • Supermercado VIP: (31) 3477-6717 • Estrela da Barra (31) 3214-1580
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Marcelo Ortega [ vendedor, treinador, consultor e palestrante internacional ]
O VENDEDOR DO FUTURO
C
omo será a venda daqui a cinco, dez anos? Esta, certamente, é uma questão muito recorrente no mundo das empresas, lojas e dos próprios vendedores. Em meio à, cada vez mais rápida, evolução da tecnologia digital, o mundo das vendas tem de estar preparado para surpreender, fazer sempre algo diferente e conhecer ainda mais o produto ou serviço que oferece. Em pouquíssimo tempo, haverá ainda menos espaço para improvisadores, pois o consumidor terá muito mais conhecimento sobre o que procura. Afinal, estamos no Século XXI e a internet está à disposição de todos! No futuro, cada profissional de vendas vai ter de se preparar ainda mais. Além do aspecto técnico, o comportamento de cada profissional de vendas será o grande diferencial. Não trataremos mais o vendedor como tal, ele terá de ser consultor de clientes, que adiciona valor à compra e à venda e promove ensinamentos aos compradores sobre como aplicar e extrair ao máximo as soluções apresentadas – e estou falando para todos os mercados, sem distinção. O varejo, certamente, terá de criar diferenciais para surpreender, senão o cliente migrará totalmente para as compras online. A empresa que vende para outras empresas (B2B) terá que melhorar os seus relacionamentos com clientes investindo muito mais nos CRMs (Gestão de Relacionamento com o Cliente, em livre tradução do inglês) e no marketing de fidelização. As comunicações serão mais virtuais, nas quais se exige muito da capacidade de transmitir mensagem de venda em menor espaço de tempo. Temos que nos dar conta que estamos nos aproximando da era da “clientividade”: a atividade intensa do cliente
“As comunidades sociais determinarão as pesquisas de avaliação, e o vendedor será um meio de transporte altamente preparado para levar às pessoas a decisão certa para elas, suas famílias e seus negócios”
participando e influenciando na compra de outros consumidores. As comunidades sociais determinarão as pesquisas de avaliação, e o vendedor será um meio de transporte altamente preparado para levar às pessoas a decisão certa para elas, suas famílias e seus negócios. Apesar de toda essa mudança, nunca deixará de existir o momento do “cafezinho”, do bate-papo, do relacionamento por amizade e por confiança, pois somos seres humanos, e o calor da venda, da visita, do “cara a cara” nos satisfaz e nos dá segurança. Consultores de clientes altamente preparados para formar parcerias, atender necessidades cada vez mais complexas e criar felicidades na vida das pessoas... é assim que eu vejo o papel principal de um vendedor do futuro.
para saber mais • www.marceloortega.com.br
Você sabia que: A AMIS é membro do Fundo Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor. Permite a AMIS participar das decisões que venham a beneficiar os consumidores , e com isto aproximar do Ministério Público / Procon, habilitando a entidade de ser cada vez mais a porta voz ativa do setor supermercadista junto aos órgãos que regulamentam e fiscalizam os direitos e deveres dos consumidores do varejo. Se você é filiado AMIS, mantenha contato permanente com nosso Departamento Jurídico, e acesse vários outros benefícios. Se ainda não é, filie-se já, e diminua suas dificuldades para atender às leis e às normas de defesa do consumidor e da regulamentação setorial.
Se você ainda não é associado, fale com o nosso Departamento de Apoio ao Cliente,
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Série especial “À mesa com as lideranças” [Gilson de Deus Lopes, rede Valor]
Varejo, desde muito cedo O
Fotos Ignácio Costa
dia 26 de junho foi feriado pela primeira e, talvez, última vez em Belo Horizonte. Jogariam naquele dia no estádio do Mineirão as seleções de Brasil e Uruguai, e decretou-se o feriado. Apesar da permitida folga no trabalho, a reportagem de GÔNDOLA já estava agendada para a entrevista e chegamos à loja do entrevistado pontualmente às 9h. E se quiséssemos ter antecipado o horário, não haveria problema, pois o entrevistado, Gilson de Deus Lopes, já estava lá desde bem mais cedo cuidando das operações e revoltado com o feriado de última hora. Aliás, Gilson começou bem cedo no comércio, quando tinha 11 anos e se ofereceu para trabalhar em uma loja da hoje extinta rede PagPouco. Ficaria 20 anos na empresa, alcançando os postos mais altos na hierarquia do Grupo. Ao sair do grupo, resolver ter seu próprio supermercado e comprou duas pequenas lojas. Elas foram mantidas até pouco tempo e recentemente transformadas em uma no bairro Prado, em Belo Horizonte, filiada à rede Valor. Desde os tempos de executivo do PagPouco que Gilson participa da AMIS. Pode-se dizer que, embora com 56 anos de idade, é um dos mais antigos diretores da AMIS em atuação na entidade. Nesta entrevista Gilson conta sua experiência como executivo de grande empresa de supermercado e como pequeno supermercadista. Fala também de sua atuação na AMIS representando as pequenas empresas e de seu papel no Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Belo Horizonte, o Sincovaga, do qual até recentemente era presidente.
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GÔNDOLA – Esse sobrenome veio da onde? GILSON – Veio do Norte de Minas, da casa de meu pai. Somos de Teófilo Otoni. É da família de Deus do Norte de Minas. Eu nasci em Teófilo Otoni. Meu pai é de Ladainha, minha mãe de Teófilo Otoni. Ladainha é bem próximo de Teófilo Otoni. Estou com 56 anos. GÔNDOLA – Mas você vive em Belo Horizonte há muitos anos, não é mesmo? GILSON Cheguei aqui entre os 5 e 6 anos de idade. Vim com a família. Meu pai trabalhava na Rede Ferroviária Federal e foi transferido para Belo Horizonte. GÔNDOLA – Quando você entrou para o comércio? GILSON – Foi muito interessante. Eu tinha uns 11 anos e estudava numa escola da Rede Ferroviária que era paga e meu disse que não estava mais em condição de pagar. No mesmo dia em que ele me disse isso, andando no bairro Floresta, vi que iria inaugurar um supermercado PagPouco. Fui lá para perguntar se estavam precisando de gente para trabalhar e no dia seguinte eles me contrataram. GÔNDOLA – Naquela época menores com esta idade podiam trabalhar? GILSON – Podiam assinar a carteira com 12 anos. Isso era no mês de setembro. Fiquei um tempinho sem carteira, pois só fiz os 12 anos em janeiro. GÔNDOLA – O PagPouco era do grupo Sindi, não é mesmo? GILSON – Isso mesmo. Na época chamava Ribeiro Nunes e Cia. Ltda, pertencia ao Paulo Ribeiro Nunes. Trabalhei 20 anos lá. Foi meu primeiro emprego e onde fiquei 20 anos. GÔNDOLA – Então ali foi sua escola de comércio? GILSON – Isso mesmo. Foi uma escola mesmo pois o Paulo investia muito em formação. Tanto é que se você der uma volta hoje no mercado você encontrar muitos profissionais que estão em outras redes que foram formados no passado pelo Paulo. Ele investia muito. Íamos muito a São Paulo, fazíamos viagens ao exterior também. Ele tinha essa preocupação. GÔNDOLA – Você trabalhou em outras empresas também. GILSON – Quando eu sai do PagPouco, comprei duas pequenas lojas de supermercado. Fiquei com
elas um tempo e depois o Epa me convidou para trabalhar na reestruturação da empresa. Fiquei então seis anos trabalhando em uma reestruturação que a empresa queria fazer. Mas mantinha as lojas. Eu brincava com um donos do Epa, o Geraldo, que as duas lojas eram meu seguro...por que a situação do Epa na época era desafiadora. Os irmãos tinham praticamente desistido da empresa e, em um primeiro momento, a reestruturação seria para melhorar a empresa para vendê-la. Mas os resultados foram tão bons que resolveram tocar o barco em frente. Assim, uma contratação que era para um período menor acabou durando 6 anos.
“Os irmãos tinham praticamente desistido da empresa e, em um primeiro momento, a reestruturação seria para melhorar a empresa para vendê-la.“
GÔNDOLA – Não deve ter sido fácil esse trabalho. GILSON – Não foi não. Foi muito difícil. Foi um dos mais difíceis da minha vida, mas também dos mais gratificantes. Para você ter uma ideia, você se lembra do Arnaldo Chacon? Pois bem, depois de eu viajar para São Paulo e também para o Sul para visitar algumas redes, vim com uma ideia que tinha visto no Cândia em São Paulo: eles utilizavam o teatro para sensibilizar os funcionários. Convidei o Chacon e falei para ele: precisamos montar uma peça para treinar 1.300 funcionários. Então montamos uma peça, o Chacon contratou uma equipe de fizemos isso. No final deste e de muita outras ações com os funcionários acabamos trocando 80% do pessoal, pois o melhor salário do mercado na época, por exemplo, para caixas, era o do Epa, mas mesmo assim o atendimento ao público era considerado um dos piores do mercado.Era muito ruim. Na segurança, de 135 pessoas, apenas uma ficou. Tivemos que contratar
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Série especial “À mesa com as lideranças” [Gilson de Deus Lopes, rede Valor]
gente nova e treinar todo mundo.A situação era tal que houve um episódio em que um cliente caiu no estacionamento da loja do bairro Cidade Nova e o segurança na época furtou o relógio do cliente. Eu fui rodar lojas com o Gil Nogueira. Aí chegamos à loja da avenida Antônio Carlos. Logo no estacionamento, o Gil disse: “tem um pouquinho de capim a mais neste estacionamento, não”. Aí eu disse: tem, mas deixe-me mostrar a área de vendas primeiro. Então peguei um carrinho e tinha um buraco na área de vendas em que cabia as duas rodas do carrinho. Eram mais de 70 buracos na área de vendas. Aí o Gil me disse: ‘Pode fazer o seu trabalho”, e nunca mais rodou comigo.Mas depois que foi feita a reestruturação o padrão melhorou em todos os sentidos e as vendas aumentaram muito. Então desistiram de vender e abraçaram de novo a empresa.
“As exigências são tantas que você desiste. Existe a linha de crédito, mas você não consegue ter acesso. Aí você vai para o banco privado. E então sofre nos juros ou no prazo. “
GÔNDOLA – Isto foi nos anos 80? GILSON – Se não me falha a memória foi do final dos aos 80 até 1995. Mas nunca deixei minhas lojas. Para mim era muito importante ter esta opção caso não quisesse mais trabalhar para uma grande empresa. E quando voltei para as minhas lojas senti a grande diferença. Em uma grande empresa, os desafios são grandes, mas você tem muita gente para te ajudar. Na pequena empresa, os desafios são ainda maiores, e você só tem a você mesmo para cuidar de tudo. Quando você está em uma empresa grande e tem um problema há dinheiro para contratar um especialista na questão e resolve o problema. Na pequena há uma restrição de conhecimento enorme. É um choque de restrição no começo e depois você vai se acostumando.
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GÔNDOLA – Sei também que você desde o tempo em que trabalhava para grandes empresas e mantinha também suas lojas, você sempre atuou nas entidades de classe do setor. Não é mesmo? GILSON – Sempre. Comecei na época do PagPouco, quando começaram aqueles planos econômicos contra a inflação. Mas antes até, quando a AMIS funcionava em uma pequena sala na avenida João Pinheiro, no centro de Belo Horizonte. Foi o sr. Paulo Ribeiro Nunes que me escalou, pois eu cuidava da parte de varejo do Grupo e alguém tinha que representar a empresa na AMIS. Eu sempre brinco dizendo que eu sou um dos diretores mais antigos da AMIS ainda em atuação na entidade. GÔNDOLA – Mas é bom poder começar mais jovem...Mas me diga como é que ser supermercadista pequeno e independente? GILSON – Olha, não é fácil.Veja só. Depois de muitos anos resolvi aprender inglês para valer por que sempre foi uma barreira para mim. Então fui fazer um curso de imersão em Malta, aquele pequeno país no Mediterrâneo, uma ilha a 160 quilômetros ao Sul da Itália. Estudava o dia inteiro. Mas não aprendi só o inglês lá. Aprendi como dão incentivo à pequena empresa. Em qualquer lugar você vê pequena empresa. No meio de um bairro, você encontra uma lojinha especializada em produtos de limpeza, por exemplo. Mas tem muita empresa pequena funcionando. E pesquisei para saber por que tantas. E constatei que de fato há um apoio muito forte. Aqui no Brasil, há muito apoio só no discurso. Tenta por exemplo fazer um empréstimo no BNDES. Eu já tentei. As exigências são tantas que você desiste. Existe a linha de crédito, mas você não consegue ter acesso. Aí você vai para o banco privado. E então sofre nos juros ou no prazo. O banco privado aceita como garantia os recebíveis, o BNDES, não. Você tem que ter imóvel próprio, garantias e garantias. Ainda nos tempos do Paulo Ribeiro Nunes tentamos trazer para o Brasil a Intermarché, que era a experiência mais bem sucedida de rede para pequenos supermercados independentes. Naquela época, os executivos europeus vieram e viram o sistema tributário e disseram, com esta carga não há como vir para cá. A dificuldade do pequeno não é
tanto no acesso à mão de obra, mas à capacitação. Então quando você junta em uma rede de pequenos, tudo melhora. Na questão de compras, é óbvio, você ganha capacidade de negociação. No conhecimento, ganha também grande capacidade de obter e aplicar no negócio. GÔNDOLA – E Minas tem uma grande quantidade de centrais de negócios reunindo pequenos comerciantes. No interior principalmente. Aliás aqui na Região Metropolitana de BH já houve várias tentativas, mas não dão certo. Como você avalia isso? GILSON – Muitas pessoas vieram de outros Estados nos visitarem quando montamos a primeira central aqui na região metropolitana décadas atrás. As deles prosperaram. A nossa não. Nós temos aqui a Ceasa, que é um negócio extraordinário. É como se fosse nosso depósito mesmo. Acabou a mercadoria, é só pedir que chega amanhã cedo. Essa facilidade cria a dificuldade da central, pois o mineiro é muito comerciante ainda. Ele não deu o passo para ser empresário. O preço para ele ainda é muito importante. Tivemos caso na nossa antiga central em que o sujeito pegava o preço que ele conseguia na central e ia ao Ceasa ver se conseguia negociar mais barato. Usava a informação da central para comprar no atacado. O pessoal da Ceasa cobria o preço e a central minguava. GÔNDOLA – Então é uma característica da região metropolitana. Nos lugares em que deu certo, parece que o resultado é bom. GILSON – Sem dúvida nenhuma. Central é uma questão de sobrevivência, pois os grandes estão investindo é no nosso segmento. Não chegou aqui ainda em grande quantidade. Em São Paulo recentemente vi três lojas pequenas de uma bandeira de uma grande empresa “cercando” um pequeno independente em um raio de três quilômetros. Esse pequeno vai ficar em dificuldade. Ele precisaria se associar a uma central. Pois não é só de preço que ele precisa, mas de conhecimento do negócio para continuar. E sozinho ele não compra conhecimento por que é caro. Hoje você vai ao interior de Minas e encontra lojas maravilhosas de pequenos comerciantes. Já aqui
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Série especial “À mesa com as lideranças” [Gilson de Deus Lopes, rede Valor]
na grande BH você não encontra entre os pequenos, lojas equivalentes. GÔNDOLA – Já reparei isso também. GILSON – Quando você está em uma central é tudo mais fácil. Por exemplo, minha loja faz parte da rede Valor. Eu aposto minhas fichas nesta rede. Na verdade a rede é de Uberlândia, e pertencia ao grupo Peixoto. Agora se tornou uma empresa independente. Se você pegar o marketing da rede Valor, é o mesmo que pegar o marketing que eu tinha numa grande empresa. Não deve nada. Já tive acesso à questão do marketing. Já tive acesso à questão dos preços. Daqui a pouco vou ter acesso ao conhecimento. Aí fecha os pontos de capacidade de competição. GÔNDOLA – Gostaria que você falasse também sobre o associativismo para a defesa e desenvolvimento do setor, como na AMIS e nos sindicatos. Inclusive você foi presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Belo Horizonte, o Sincovaga.
GILSON – Fui presidente sim. Uma experiência extraordinária. Quando cheguei lá era um sindicato de gaveta mesmo. Não tinha efetividade nenhuma. Fui então a São Paulo visitar aquele que era reconhecido como o melhor do Brasil. E tive uma surpresa. Aqui vendiam para a gente que um sindicato era algo debaixo de uma federação. Aqui recebíamos e cumpríamos ordens da federação. Fiquei maravilhado em São Paulo quando descobri que quem forma uma federação são os sindicatos. A federação é feita para prestar serviços para os sindicatos. Aí começamos uma série de modificações. Hoje já temos várias prestações de serviços do sindicato. Associativismo é voltar a entidade para o objetivo da existência dela. Um sindicato pode ter muita força para lutar por causas importantes da classe. Por exemplo, este feriado de hoje em Belo Horizonte, não existe. Por causa de um jogo de futebol e de manifestações previstas, o prefeito decreta de última hora um feriado. Entendo que prefeitura pode no máximo fazer feriado religioso. Assim mesmo há uma
cota. E fez um feriado civil para o qual não tem competência. A lei da Copa dá a ela o direito de fazer isso em jogos da Copa do Mundo, mas em jogos de outras competições, mesmo da FIFA, não. O sindicato pode pleitear junto a Prefeitura que se isente os empresários do pagamento extra do trabalho, pois além de perder venda sem o movimento, ainda tem que pagar extra com um feriado decidido de repente. GÔNDOLA – Neste mês de junho fatos relevantes estão acontecendo nas ruas. Parece que temos um novo cidadão brasileiro em formação. Como você avalia? GILSON – Eu estive em uma das passeatas. Aquela do dia do jogo México x Japão. E confesso que fiquei maravilhado. Vi o poder e força de uma juventude buscando transformação. Realmente não é pelos 20 centavos. Foram tantos desmandos e desmandos que passaram de geração para geração que acabou
criando uma indignação grande mesmo. As pessoas cansaram de ver as pessoas eleitas fazendo o contrário do que defendiam antes de ganharem os votos. A saída é mudar. É fazer mudanças que atendam os anseios da população. É interessante o pessoal nas manifestações dizer que querem um hospital padrão FIFA, que querem a segurança que há no perímetro de proteção FIFA do estádio. O povo está na rua para o político fazer o seu papel, para a polícia dar segurança ao cidadão, para o dinheiro público ser bem usado. É um neocidadão que está surgindo. GÔNDOLA – Alguma coisa que me esqueci de perguntar e que você gostaria de acrescentar? GILSON – Sim, agradecimento. Especial e eterno agradecimento à família, aos amigos, aos profissionais e colaboradores que conviveram comigo durante todo este tempo. Minha vida não seria tão rica e gratificante se não fosse pela colaboração de todos.
A homenagem dos fornecedores ao Gilson de Deus Lopes
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O trade supermercadista mineiro parabeniza todas as empresas ganhadoras do TrofĂŠu Gente Nossa Fornecedores 2013
Realização: As logos representam as empresas destaques e destaques dos destaques.
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Em sintonia com o mercado
Saques diretos nos caixas da rede K-Food Enquanto no Brasil, as lojas têm optado por eliminar até os caixas eletrônicos, na Finlândia, atendendo à constante sugestão de seus clientes, a rede de supermercados K-Food, que é a maior do país, está aceitando saques de até 200 euros diretamente de seus caixas. O cliente tem que utilizar exclusivamente cartão de débito emitido por bancos finlandeses. Uma taxa de 50 centavos de euro é cobrada em cada saque. Para clientes que participam de promoções de fidelidade, não há cobrança de taxa. Até o final do ano 900 lojas da rede já estarão oferecendo o serviço.
Consumidores usam cada vez mais ferramentas digitais Os consumidores estão ampliando o uso de ferramentas digitais para pesquisar suas compras de mercearia antes e durante suas visitas às lojas. É o que aponta pesquisa divulgada em junho, feita pelo instituto KSC Kreate, da Flórida, EUA. Foram entrevistados 570 consumidores. Antes de irem para a loja, 36% dos consumidores pesquisam na internet, a maioria em busca de cupons de desconto, de preços dos concorrentes e de sugestões de receitas culinárias. Um em cada três consumidores usam um equipamento móvel (smartphone, tablet etc) dentro da loja para procurar receitas culinárias, cupons e outras informações para comparar com o que tem disponíveis nas gôndolas que visita.
Painéis solares para poupar energia nas lojas A rede de supermercados Big Y Foods acaba de inaugurar uma ampla instalação de painéis solares em sua sede corporativa e do centro de distribuição localizados em Springfield (Massachussets, EUA). A captação de energia solar vai permitir suprir em 15% as necessidades de energia elétrica dos escritórios da sede e de todo o CD. Foram necessários cinco meses para a conclusão da instalação dos 2.178 painéis solares que captam a força do Sol. No ano passado, a rede já tinha testado a instalação de painéis solares em duas de suas lojas e agora pretende levar a experiência a todas unidades em que a arquitetura do imóvel permitir.
Varejistas independentes celebram o 4 de Julho Milhares de pequenos estabelecimentos comerciais de mais de 120 cidades do Reino Unido celebraram o feriado de 4 de Julho (Dia da Independência dos EUA) neste ano. Não que sejam necessariamente fãs dos EUA, mas aproveitaram a data para lembrar ao público a importância do que chamam “varejo independente”. Em todas as cidades fizeram eventos e promoções, além de colocarem cartazes e faixas nas ruas. Várias prefeituras, escolas e igrejas apoiaram também, sempre lembrando a importância das pequenas lojas, normalmente administradas pelos próprios familiares, para a cultura local e para a diversidade econômica.
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