Revista HSEC Innovation. Edición 8 Portugués

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_EDITORIAL ESTIMADO LÍDER INOVADOR EM SST: Com grande alegria, celebramos o segundo aniversário da Revista HSEC Innovation. Um novo ano que nos enche de satisfação pelo impacto do conhecimento de alto valor que compartilhamos em cada edição com o apoio de vocês, líderes, empreendedores e acadêmicos especialistas em SST. Com um bom desempenho durante estes dois anos, publicamos oito editoriais com mais de 100 artigos escritos por autores de 18 países, relacionados com investigações, boas práticas e casos de sucesso. Foram seis entrevistas com especialistas de importantes empresas e inúmeras dicas para a realização de trabalhos com segurança. Mas, o mais importante e motivador, é que chegamos a mais de 429.000 leitores em 29 países. Com o propósito de contribuir para a construção de una cultura de Inovação, Liderança e Zero Dano, temos duas surpresas para vocês. A partir de 2019, vamos incorporar mais cientistas para contribuírem com nossa publicação. Além disso, teremos uma versão da revista em outro idioma, em português, o que nos ajudará a alcançar ainda mais leitores. Agradecemos aos diferentes autores que nos proporcionam seu conhecimento a partir de sua experiência, e a nossos leitores por acreditarem que uma cultura Zero Dano é possível.

FELIZ ANIVERSÁRIO! CÉSAR AUGUSTO HERRERA DIRETOR E EDITOR DA REVISTA HSEC INNOVATION.


CÉSAR HERRERA _DIRETOR GERAL

MANUELA GÓNIMA _CHEFE DE EDIÇÃO

LILIANA PÉREZ _CHEFE SUPORTE TÉCNICO

SHIRLEY AL.FONT _DESIGNER GRÁFICO


MARCELO PRADO _DIRETOR BRASIL

ROBERTO ROCHE

_ ASSESSOR TÉCNICO BRASIL

UIRA BELMONTE _CHEFE SUPORTE TÉCNICO BRASIL


REVISTA HSEC INNOVATION

CONTEÚDO EDIÇÃO 08 | DEZEMBRO / 2018

PÁG:114 PÁG:35

SST É UMA PRIORIDADE PARA SUA EMPRESA?

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_MUDANÇA TECNOLÓGICA: POR UMA MENTALIDADE INOVADORA EM SST

_COMO SER UM INFLUENCER EM SST

ENTREVISTA COM O ESPECIALISTA: _MYRIAM DUEÑAS

POR UMA CULTURA DE INOVAÇÃO, LIDERANÇA E ZERO DANO.


PÁG. 64_71

_MUDANÇA TECNOLÓGICA: POR UMA MENTALIDADE INOVADORA EM SST.

_CONHECER OS FATORES DE RISCO PSICOSSOCIAIS= EMPRESA SEGURA .

PÁG. _19

PÁG. 72_80

_REFLEXÕES DE CAHS.

_7 PASSOS PARA A CONSCIENTIZAÇÃO EM SEGURANÇA.

PÁG. 20_26

PÁG. 82_89

_OS DESAFIOS DA REVOLUÇÃO PEDAGÓGICA NO SISTEMA DE GESTÃO EM SST.

_ SST: UMA QUESTÃO DE 100%_ATITUDE.

PÁG. 28_34

PÁG. 90_96

_O VALOR REAL DA PREVENÇÃO A PARTIR DE UM ENFOQUE LEGISLATIVO, ECONÔMICO E ÉTICO.

_COMO SER UM INFLUENCIADOR DIGITAL EM SST.

PÁG. 35_40

PÁG._97

SST É UMA PRIORIDADE PARA SUA EMPRESA?

_8 PRÁTICAS DE LIDERANÇA EM SEGURANÇA.

PÁG. _41

PÁG. 98_104

_OS CONSELHOS DE CAHS.

_COMO SE TORNAR COACH EM SST?

PÁG. 42_43

PÁG. _105

_A BANANINHA DE SEGURANÇA.

_ ATENÇÃO! LIÇÃO APRENDIDA.

PÁG. 44_49

PÁG. 106_113

_OS 4 PODERES DA SEGURANÇA DO TRABALHO.

ENTREVISTA COM O ESPECIALISTA: _MYRIAM DUEÑAS.

PÁG. 50_55 _PARA QUE UM MENTOR EM SST?

PÁG.56_63 _LANÇAMENTO OFICIAL DA CAMPANHA VISÃO ZERO NA AMÉRICA LATINA.

PÁG. 114_125 _2 ANOS PROMOVENDO CULTURA DE INOVAÇÃO, LIDERANÇA E ZERO DANO EM SST NA AMÉRICA LATINA.

_CONTEÚDO

PÁG. 08_18



CULTURA DE INOVAÇÃO EM SST

A

s atividades de prevenção estão relacionadas à complexidade das atividades produtivas que atendem. Por isso, o setor da prevenção é afetado

PELAS NOVAS TECNOLOGIAS E SEU DESENVOLVIMENTO EM DIFERENTES PONTOS DE VISTA._

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MUDANÇA TECNOLÓGICA: POR UMA MENTALIDADE INOVADORA EM SST

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>AS NOVAS TECNOLOGIAS DÃO LUGAR A NOVAS PROFISSÕES e novas formas de desenvolver as ocupações já existentes. Estas atividades são objeto de estudo e de atenção em prevenção.

JORDI OLIVELLA

NADAL. ESPANHA.

ECONOMISTA. ATUÁRIO DE SEGUROS. DOUTOR EM MBA. Professor titular da Universidade Politécnica da Catalunha. Colaborador do Centro de Investigação CERPIE. Especialista em gestão de operações e em inovação tecnológica. Investigador e consultor em suas áreas de especialidade.

POR UMA CULTURA DE INOVAÇÃO, LIDERANÇA E ZERO DANO


Desta forma, está em sua própria natureza a adaptação às possibilidades geradas pelas novas tecnologias.

>AS ORGANIZAÇÕES DO SETOR UTILIZAM AS NOVAS TECNOLOGIAS para o desenvolvimento de suas atividades internas e para a relação com outras organizações.

CULTURA DE INOVAÇÃO EM SST

>AS ORGANIZAÇÕES DE ÂMBITO DA PREVENÇÃO RECORREM À TECNOLOGIA PARA CUMPRIR SUAS FUNÇÕES

POR ISSO, A ANÁLISE DOS DESAFIOS E OPORTUNIDADES

DAS NOVAS TECNOLOGIAS É UMA CLARA NECESSIDADE.

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MUDANÇA TECNOLÓGICA: POR UMA MENTALIDADE INOVADORA EM SST

O SETOR DA PREVENÇÃO EVITA A INCERTEZA

O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO IMPLICA INCERTEZAS E RISCOS. AS EMPRESAS QUE SE BASEIAM EM NOVAS TECNOLOGIAS, DE FATO, CORREM MAIS RISCOS

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POR UMA CULTURA DE INOVAÇÃO, LIDERANÇA E ZERO DANO


Nestas empresas, os investidores diluem o risco diversificando suas posições sob a premissa de que um grande êxito compensa cem fracassos. Os empreendedores não podem dizer o mesmo, mas seu entusiasmo e a possível, ainda que remota, recompensa dá a eles a motivação suficiente. As grandes companhias dos setores produtivos, por sua vez, desenvolvem suas inovações com menos riscos que as start ups, mas com uma abordagem parecida. Seus portfólios estruturam-se com o objetivo de que os projetos com êxito compensem em folga aqueles que não o tiveram.

Podemos transportar este espírito aventureiro ao setor da prevenção? DIFÍCIL E, SEM DÚVIDA, POUCO ACONSELHÁVEL_ A vocação do setor não é especular sobre quais tecnologias terão mais ou menos êxitos. Não é algo que esteja em sua cultura.

As organizações do setor podem participar, eventualmente, na análise e em avaliações. Entretanto, a implementação de novos procedimentos e novas tecnologias só será colocada em prática quando existirem suficientes garantias, o que não poderia ser de outra maneira.

CULTURA DE INOVAÇÃO EM SST

T

em-se dito que a probabilidade de ganhar na loteria é maior que a de uma start up tecnológica alcançar êxito, ainda assim isso não tem sido um inconveniente para se criar um grande número destas companhias.

A inovação tecnológica no campo da prevenção se contrapõe abertamente à inovação especulativa, ou seja, aquela que desenvolve projetos de êxito incerto com o objetivo de conseguir um saldo global positivo.

Então, simplesmente espera-se que as tecnologias estejam já amplamente difundidas para começar a usá-las? Sem dúvida, o setor não participa, em termos gerais, do processo de tentativa e erro, mas está presente na implementação.

Em outras palavras, o setor da prevenção escapa do risco tecnológico, mas se esforça em adotar as novas tecnologias assim que sua eficácia esteja comprovada.

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MUDANÇA TECNOLÓGICA: POR UMA MENTALIDADE INOVADORA EM SST

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O FOCO NA MISSÃO E O CLIENTE

POR UMA CULTURA DE INOVAÇÃO, LIDERANÇA E ZERO DANO


COMO SE SELECIONAM AQUELAS QUE FINALMENTE SERÃO IMPLEMENTADAS? É fundamental ter em conta que, por mais importante que seja a tecnologia e por mais importante que seja a inovação, estas são sempre secundárias em relação à missão da organização e ao cliente. A adoção das novas tecnologias e a inovação não devem desmerecer, em nenhum caso, a missão da organização como provedora de determinados bens e serviços, que atendam necessidades específicas dos clientes.

CULTURA DE INOVAÇÃO EM SST

SÃO MUITAS AS TECNOLOGIAS NOVAS OU MELHORADAS.

A estratégia consiste, portanto, em centrar-se naquelas inovações e mudanças que competem à atividade central da organização. A situação está esquematizada no gráfico a seguir.

Toda organização deveria ter uma missão que determine seu foco. Em relação à tomada de decisões, a missão sinaliza o que é o importante para a organização.

A forma que adota esta relação denomina-se, com frequência, proposta de valor.

Dessa forma, a relação entre a missão e os clientes determina qual é o papel da organização na sociedade e sua probabilidade de êxito.

Quando os clientes consideram e aceitam a proposta de valor, dão sentido à existência da organização.

Por outro lado, esta proposta concretiza-se a partir das soluções que a organização é capaz de oferecer. Estas soluções, por sua vez, se definem conforme a mentalidade do corpo diretivo e dos técnicos, que pode ser uma mentalidade analógica ou digital.

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MUDANÇA TECNOLÓGICA: POR UMA MENTALIDADE INOVADORA EM SST

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A mentalidade analógica é aquela que está ligada às soluções mais clássicas, com uma proposta de valor análoga.

DESSA FORMA, O DESAFIO CONSISTE EM MUDAR DE MENTALIDADE, SEM PERDER EM NENHUM MOMENTO O FOCO NA MISSÃO ORGANIZACIONAL E NO CLIENTE. Conforme representada na figura abaixo, a mentalidade digital oferece soluções digitais que configuram, por sua vez, uma proposta de valor digital. As velhas soluções, paulatinamente, vão sendo abandonadas.

POR UMA CULTURA DE INOVAÇÃO, LIDERANÇA E ZERO DANO


CULTURA DE INOVAÇÃO EM SST

Em uma etapa posterior, as mudanças na mentalidade, nas soluções e, finalmente, na proposta de valor, acabam influenciando na missão, que se reformula; e nos clientes, que mudam seu comportamento e, às vezes, sua composição. O foco na missão e no cliente, entretanto, permitem que a organização continue saudável e útil.

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MUDANÇA TECNOLÓGICA: POR UMA MENTALIDADE INOVADORA EM SST

O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO

A

s organizações que mantêm seu foco na missão e nos clientes e, ao mesmo tempo, buscam adotar as novas tecnologias, atuam da seguinte maneira:

>VALORIZAM AS ÚLTIMAS TECNOLOGIAS DISPONÍVEIS, inclusive aquelas ainda em desenvolvimento, para implementá-las imediatamente quando oferecerem suficientes garantias

>SEGUEM PADRÕES DE TRABALHO, o que permite conhecer bem as tarefas que vão se desenvolver de maneira diferente utilizando novas tecnologias. Assim, obtêm a segurança de que o pessoal vai seguir os novos procedimentos.

>SÃO FLEXÍVEIS em todos os pontos de vista e, especialmente, na atribuição de trabalho, para que não existam barreiras para a mudança.

>DISPÕEM DE PESSOAL COM CAPACITAÇÃO SUFICIENTE para serem interlocutores com os fornecedores de tecnologia, e difundem uma cultura de inovação e melhoria contínua.

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POR UMA CULTURA DE INOVAÇÃO, LIDERANÇA E ZERO DANO

>CONSIDERAM AS PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO na hora de tomar decisões em relação a assuntos gerais e específicos que afetam o pessoal. Definitivamente, as organizações cuja missão vá além da tecnologia que utilizam em cada momento afrontam a mudança tecnológica sem perder nunca de vista sua missão e as necessidades de interesses de seus clientes. ISSO NÃO AS IMPEDE, DE MODO ALGUM, DE SEREM

LÍDERES NA ADOÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS QUE OFERECEM MAIS VANTAGENS.


CULTURA DE ZERO DANO

6 PASSOS PARA UMA BOA INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES

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CULTURA DE INOVAÇÃO EM SST

O

processo ensinamento-aprendizagem tem dado uma virada no ponto de vista acadêmico. _Docentes, capacitadores, formadores e instrutores precisam assumir os desafios da mudança pedagógica e entender que

OS NOVOS ESTUDANTES E/OU COLABORADORES PERCEBEM DE OUTRA FORMA A INFORMAÇÃO.

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OS DESAFIOS DA REVOLUÇÃO PEDAGÓGICA NO SISTEMA DE GESTÃO EM SST

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A

pedagogia tem se transformado, desde o uso de meios tradicionais como discos, livros, rádio e televisão, até chegar à sagacidade das novas estratégias de comunicação e tecnologias da informação.

POR UMA CULTURA DE INOVAÇÃO, LIDERANÇA E ZERO DANO


CULTURA DE INOVAÇÃO EM SST

A EDUCAÇÃO DIRIGIDA A ADULTOS DESEMPENHA

UMA FUNÇÃO INTEGRADORA DENTRO DO ÂMBITO DA EDUCAÇÃO PERMANENTE. As organizações têm fortalecido os programas de capacitação nas áreas de recursos humanos e gestão de SST para gerar qualidade, segurança e processos limpos, estando em um processo contínuo de educação e formação que se estende ao longo de toda a vida de trabalho.

Portanto, os acadêmicos possuem grandes desafios com a pedagogia ao contar com meios de comunicação como redes sociais, internet e aplicativos móveis, que entram em jogo com um importante papel na educação atual.

A pedagogia no adulto torna-se um grande desafio porque já não se trata somente de estabelecer a dinâmica, mas sim de que as estratégias pedagógicas se acoplem a um grupo de estudantes ou colaboradores com as seguintes características:

1.

Pedagogia tradicional e não desenvolvimentista ou competitiva.

2. 3. 4.

Geração Milennium.

5. 6.

Facilidade no acesso à informação. Entretenimento e meios de comunicação como redes sociais, televisão, canais de Youtube. Pouca cultura de leitura. Pouca motivação para inovação e pesquisa em assuntos de SST.

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OS DESAFIOS DA REVOLUÇÃO PEDAGÓGICA NO SISTEMA DE GESTÃO EM SST

ALEJANDRA MA.

HINCAPIÉ. COLOMBIA PROFISSIONAL EM SST. TECNÓLOGA EM HIGIENE E SEGURANÇA INDUSTRIAL. Oito anos de experiência em empresas públicas e privadas em diferentes setores. Consultora em SG-SST. Instrutora e Pesquisadora do SENA e criadora do SISOC.

A solução está em passar do ensino para a aprendizagem, empregando os meios e as novas tecnologias a serviço da inovação a partir de modelos de aprendizagens vigentes

Não se trata somente de incorporar a tecnologia como recurso para promover a educação, o desenvolvimento e a inovação. Nossa própria visão e ação pedagógica devem fazer a diferença.

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POR UMA CULTURA DE INOVAÇÃO, LIDERANÇA E ZERO DANO

É necessário, então, criar projetos formativos que se acoplem ao mercado atual e que por sua vez estimulem a criatividade e inovação dos processos do Sistema de Gestão em SST.


CULTURA DE INOVAÇÃO EM SST

Além disso, é fundamental ser estratégico no processo ao aplicar na aula as vantagens que oferecem cada um dos meios de comunicação e informação, nestes novos processos de ensino / aprendizagem, utilizando a multimídia.

Perguntas que devemos fazer-nos sempre que nos deparamos com um grupo de estudantes em formação.

Na chamada sociedade do conhecimento devemos tirar o máximo proveito dos recursos digitais.

Para que a atividade de aprendizagem tenha êxito, podemos fortalecer os conhecimentos com outros especialistas no tema, considerando experiências vividas, estudo de casos ou recordando a legislação em matéria de SST.

COMO ATENDER AS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM? COMO CONSEGUIR QUE O TEMA DE APRENDIZAGEM SEJA DE INTERESSE?

Isso se traduz em unirmos as novas tecnologias nas práticas pedagógicas nos ambientes de aprendizagem como recurso para desenvolver novas competências nos estudantes, o que pode ajudar-nos a aproximá-los das dinâmicas do mundo contemporâneo.

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OS DESAFIOS DA REVOLUÇÃO PEDAGÓGICA NO SISTEMA DE GESTÃO EM SST

COMO CRIAR UMA REVOLUÇÃO PEDAGÓGICA PARA MELHORAR A APRENDIZAGEM DE ADULTOS EM MATÉRIA DE SST? Pode ser a partir das seguintes dicas:

1. INCENTIVAR A LEITURA para gerar cultura de prevenção em riscos laborais. 2. UTILIZAR MEIOS ELETRÔNICOS, televisão, rádio e vídeos nas aulas de aprendizagem. 3. PROMOVER O DESENVOLVIMENTO DA CRIATIVIDADE para os problemas apresentados nos lugares de trabalho, gerando soluções assertivas, dinâmicas e de fácil replicação. 4. INCENTIVAR A INOVAÇÃO para alcançar soluções completas na área de SST. 5: INCENTIVAR A PESQUISA na área de SST. Nossa melhor opção é não ensinar a memorizar, mas sim a guiar a construção do conhecimento por meio da motivação, inovação e pesquisa, elementos que acabam sendo nossos melhores aliados no processo pedagógico, ainda que, acima de tudo, deva haver a paixão que colocamos na formação.

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POR UMA CULTURA DE INOVAÇÃO, LIDERANÇA E ZERO DANO




Seja por questões legislativa, econômica ou ética, as empresas devem prestar atenção

NO CUMPRIMENTO DE TUDO REFERENTE À SEGURANÇA DE SEUS TRABALHADORES E APROVEITAR OS BENEFÍCIOS DA PREVENÇÃO, QUE SÃO MUITOS.

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CULTURA DE LIDERANÇA EM SST

U

m dos aspectos mais importantes nas organizações de hoje é a Saúde e Segurança no Trabalho (SST).

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O VALOR REAL DA PREVENÇÃO A PARTIR DE UM ENFOQUE LEGISLATIVO, ECONÔMICO E ÉTICO

A HISTÓRIA DA SST TEM SIDO MARCADA POR DETERMINANTES PRÓPRIOS DE CADA ÉPOCA, COM OUTRAS FORMAS DE CONCEBER,

REALIZAR O TRABALHO E PROTEGER A SAÚDE DOS TRABALHADORES. Existem diferentes motivações que impulsionam a área de Saúde e Segurança no Trabalho nas empresas:

>CONSIDERAÇÃO DO TRABALHADOR COMO UM SER HUMANO DIGNO e não como mero fator produtivo.

>INTEGRAÇÃO DO TRABALHADOR E O SENTIMENTO DE PERTENCIMENTO À EMPRESA para gerar organizações eficientes e rentáveis

>CONSCIENTIZAÇÃO DA IMPORTÂNCIA DA SST como meio de melhoria para a empresa.

>EXISTÊNCIA DE UMA NORMATIVA LEGAL QUE IMPÕE CONDIÇÕES MÍNIMAS EM SST para trabalhadores, com sanções administrativas.

>CUSTOS REPARADORES DE DANOS AO TRABALHADOR em caso de acidente ou doença ocupacional.

>CUSTOS OCULTOS, dificilmente quantificáveis, que afetam a produtividade e a imagem da empresa.

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POR UMA CULTURA DE INOVAÇÃO, LIDERANÇA E ZERO DANO


Além disso, foi criado um amplo conjunto de regulamentação sobre segurança e higiene no trabalho, no âmbito regional, nacional e internacional. Praticamente cada setor dispõe de normas específicas e particulares, de acordo com suas atividades de risco.

Constitucionalmente, o direito à vida, ao trabalho digno e à integridade física e moral, assim como o direito à saúde, são competência dos poderes públicos de cada país, que organizam e tutelam as condições para sua garantia

CULTURA DE LIDERANÇA EM SST

A Segurança e Saúde do Trabalho é também uma obrigação irrefutável para todas as empresas perante a lei.

Dessa maneira, para abordar o conceito de SST deve-se adotar o princípio da economia de ‘evitar perdas’ para poder sobreviver como organização.

MICHELLE ALEJANDRA

DÍAZ ALVARADO. MÉXICO

ENGENHEIRA INDUSTRIAL. PÓS-GRADUADA EM MBA. Especialista em SST de empresas aliadas à Coordenação de Saúde no Trabalho do Instituto Mexicano do Seguro Social. Gerente Geral na M&A Consultoria: serviços de assessoria e capacitação. Docente de engenharia e pós-graduação em diversas universidades do México

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O VALOR REAL DA PREVENÇÃO A PARTIR DE UM ENFOQUE LEGISLATIVO, ECONÔMICO E ÉTICO

A ANÁLISE RISCO-BENEFÍCIO DA GESTÃO EM GERAL É ALGO INTRÍNSECO A QUALQUER SISTEMA DE GESTÃO. . Um sistema de cálculo de custos de acidentes e doenças do trabalho permitirá calcular de forma racional os gastos ocasionados por cada risco do trabalho, o que permite considerarmos uma economia pela diminuição dos acidentes e, por sua vez, quantificarmos a rentabilidade econômica da gestão preventiva de forma direta. Essa abordagem se encaixa na argumentação rentável da gestão da SST, que supõe uma busca do consenso entre os empresários e os gestores da prevenção sob a premissa de que “prevenir riscos do trabalho gera maior produtividade na economia”. Por um lado, cabe refletir sobre o valor da vida humana e a necessidade do cumprimento normativo para incidir no valor econômico ao evitar os impactos negativos na SST da empresa. Por outro, a qualidade integral deve ser um objetivo empresarial voltado para a mudança do modelo empresarial, partindo do valor humano, do autocuidado e da segurança baseada no comportamento.

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Os comportamentos éticos no mundo corporativo melhoram a qualidade de vida e a prevenção de acidentes no posto de trabalho.

POR UMA CULTURA DE INOVAÇÃO, LIDERANÇA E ZERO DANO

São múltiplas as visões que podem existir sobre a ética na empresa, embora todas elas façam alusão de alguma forma ao comportamento da organização em relação aos grupos com os quais se relaciona, tanto internos como externos.

Um comportamento ético é aquele baseado em critérios de legitimidade. Entretanto, ainda que se possa estabelecer um mínimo de honestidade, justiça, respeito ou liberdade, os critérios de legitimidade mudam consideravelmente em função do contexto cultural, econômico, histórico e institucional no qual a companhia opera.


CULTURA DE LIDERANÇA EM SST

Sempre que falamos de ética, nos referimos ao comportamento humano:

A PESSOA COMO ATOR PRINCIPAL QUE EVITA ACIDENTES DURANTE AS ATIVIDADES QUE REALIZA. Então, podemos inferir que necessitamos da ética para conseguir melhores resultados. A ética pode ser implementada na Saúde e Segurança do Trabalho, implantando as normas de trabalho seguro, o Sistema de Gestão de Riscos, junto com os meios técnicos adequados e os profissionais qualificados e formados na matéria. Graças à ética do trabalho, cada trabalhador será responsável pela sua própria segurança e de sua equipe, e o empresário deverá assumir

novas obrigações éticas, não como um dever, mas como um fator competitivo, assim como o desenvolvimento de competências, a sanidade preventiva, a Responsabilidade Socio-empresarial (RSE) ou a conciliação com a vida familiar, para assegurar o bem estar de seus empregados, cuja máxima expressão será a satisfação pelo trabalho bem-feito e o orgulho de pertencer à empresa.

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O VALOR REAL DA PREVENÇÃO A PARTIR DE UM ENFOQUE LEGISLATIVO, ECONÔMICO E ÉTICO

O

primeiro degrau da escada ética é o respeito que cada pessoa merece, o que implica assegurar que o trabalhador volte para casa em boas condições físicas e psíquicas, todos os dias.

4

1

Colaboradores se sentirão seguros e motivados, tornando-se mais produtivos.

Permite cumprir com a legalidade e evitar possíveis sanções.

3 Benefícios de implementar os enfoques legislativo, econômico e ético NA PREVENÇÃO DE RISCOS DO TRABALHO:

2 Ajuda a criar uma boa imagem corporativa das organizações.

Reduz custos, ajudando a melhorar a economia. Uma boa prevenção de riscos é sinônimo de rentabilidade e êxito.

Assim, a gestão de Saúde e Segurança no Trabalho é uma condição para a eficácia, a sobrevivência e rentabilidade das empresas, devendo ser assumida e executada com o mesmo interesse que qualquer outra função empresarial.

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POR UMA CULTURA DE INOVAÇÃO, LIDERANÇA E ZERO DANO


CULTURA DE LIDERANÇA EM SST

M

uitos profissionais serão rápidos em confirmar que sim. Mas será que isso é realmente verdade? _Para obtermos uma resposta mais realista, imparcial e transparente,

A PERGUNTA NÃO DEVE SER FEITA AOS PROFISSIONAIS DE SST, E SIM À ALTA LIDERANÇA DAS EMPRESAS REVISTA HSEC INNOVATION

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¿SST É UMA PRIORIDADE PARA SUA EMPRESA?

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nova norma ISO 45001:2018 (Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho), aborda em seu item 5 – – “LIDERANÇA E PARTICIPAÇÃO DOS TRABALHADORES”, uma lista de requisitos de liderança e comprometimento que a alta administração deve demonstrar no sistema de gestão de SST.

A

POR UMA CULTURA DE INOVAÇÃO, LIDERANÇA E ZERO DANO


CULTURA DE LIDERANÇA EM SST

DENTRE ELES, PODEMOS DESTACAR ALGUNS ATRIBUTOS IMPORTANTES,

COMO DESENVOLVER, LIDERAR E PROMOVER UMA CULTURA NA ORGANIZAÇÃO VOLTADA A SST, _garantir os recursos necessários para a gestão de SST e ainda fomentar a implementação de comitês de saúde e segurança do trabalho. Porém, sabemos que essa questão não é tão simples de responder. Podemos identificar empresas que tratam SST como prioridade, e outras que não abordam o tema com a mesma importância. É fácil perceber empresas onde a alta liderança está presente e comprometida com a linha, falando sobre temas referente a SST, dando exemplo e empenhada em resolver problemas de forma proativa e eficiente. Contudo, para termos uma resposta técnica real, é necessário realizar uma análise aprofundada nos processos da organização, por meio de um diagnóstico abrangente e sistêmico.

MARCELO PRADO.

BRASIL.

ADMINISTRADOR, Gestor Ambiental e especialista em Sistemas Integrado de Gestão com experiência consolidada em posições de liderança na área de Sustentabilidade (QSSTMA/EHS e Responsabilidade Social) em projetos de médio e grande portes, nacionais e internacionais, nos segmentos de Petroquímica, Engenharia Ambiental, Energia, Construção de Estradas, Construção de Portos, Projetos de Irrigação e Concessão de Estradas.

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¿SST É UMA PRIORIDADE PARA SUA EMPRESA?

O mercado, cada vez mais, vem identificando e priorizando as empresas que valorizam e incorporam a sua cultura temas ligados à SST Verificamos isso no âmbito corporativo, analisando o alto nível de exigências para a prestação de serviços nas grandes empresas e nos rigorosos padrões e requisitos mínimos necessários para a contratação de financiamento em bancos públicos e privados. Na sociedade em geral, também identificamos a existência de uma onda crescente em aversão às práticas que não estejam alinhadas a conceitos como responsabilidade social, preservação ambiental e respeito ao ser humano. Como podemos observar, o CEO e a alta administração da organização são atores fundamentais para bons resultados em SST nas empresas.

Mas quais são as ações que estes atores deverão desenvolver para a boa formação de uma cultura de segurança ou a evolução de SST da empresa?

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Vejamos alguns aspectos que podem facilitar a resposta à pergunta:

1. QUANTAS HORAS POR SEMANA O CEO DE SUA EMPRESA DEDICA ÀS QUESTÕES SST? Esse tema realmente faz parte da agenda dele ou está restrito apenas aos indicadores corporativos?

POR UMA CULTURA DE INOVAÇÃO, LIDERANÇA E ZERO DANO


CULTURA DE LIDERANÇA EM SST

2. EXISTE ALGUM PROGRAMA ESTRUTURADO E SISTÊMICO no qual a alta liderança avalia as áreas operacionais, ou mesmo as atividades de maior criticidade, com o intuito de contribuir efetivamente para a gestão dos riscos de acidentes ou doenças ocupacionais?

4. NOS NOVOS PROJETOS, as questões de SST são discutidas e avaliadas desde a fase inicial?

5. O PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTE

3. A ADERÊNCIA ÀS QUESTÕES DE SST e o desempenho nesse quesito fazem parte dos itens avaliados na hora de uma promoção profissional?

na empresa é liderado pelo executivo responsável pela área ou negócio onde ocorreu o evento?

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¿SST É UMA PRIORIDADE PARA SUA EMPRESA?

Partindo da premissa de que primeiro é necessário ensinar o modelo ideal, dar o exemplo, para depois realizar as cobranças correspondentes, respostas positivas para as perguntas listadas acima evidenciam o engajamento da alta liderança nos temas de SST, demonstrando que a empresa efetivamente trata SST como prioridade.

Caso uma ou mais respostas tenham sido negativas, é sinal de que o tema não está totalmente consolidado na empresa e, mesmo que a questão seja amplamente tratada no âmbito operacional, o assunto não faz parte da agenda estratégica da organização e dificilmente a empresa irá atingir a excelência na área. Não espere que haja uma ocorrência grave para tomar uma atitude. E quando se trata de SST, isso é muito comum. Após uma tragédia, todos se mobilizam e ações enérgicas e mirabolantes são adotadas.

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POR UMA CULTURA DE INOVAÇÃO, LIDERANÇA E ZERO DANO

Acompanhe, avalie e corrija o rumo sistematicamente. É possível responder sim PARA TODAS AS PERGUNTAS ACIMA. BASTA QUERER!


Z

CULTURA DE ZERO DANO

CONSELHOS DE

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A Bananinha e seus Comitês Paritários Um conto que não é conto…

FAZENDA PALADINOS

Esta é uma história real que aconteceu na Fazenda Paladinos. Um dia, Tomatinho, ao ver a seus companheiros já preparados e sintonizados com a onda da segurança, teve uma preocupação...

Reduzir riscos no

www.ideus.ec

Trabalho

a real enda m dia, seus dos e onda e uma ação...

portada

Deveriam criar comitês de segurança formados pelos próprios colaboradores de Paladinos. Depois de pensar bastante, Tomatinho escolheu criar um Comitê Paritário cujos membros eram seus companheiros: Ángel Avila, Germán Toalongo, Marcos e Edwin Cañar, Eugenio Javier e Olmedo Mauro.

Equipe Eficiente

Fazenda Tomatal

Tomatinho, depois de escolher seus companheiros de Paladinos, foi para a fazenda Tomatal para escolher d emocraticamente seus representantes no Comitê Paritário...


Problema

Solução

Prevenção

Risco Zero

Uma vez criados os comitês, foram designados os representantes para ajudar a observar e evitar incidentes e acidentes. Eles seriam os responsáveis por realizar as observações de segurança pertinentes para reduzir riscos no trabalho.

CULTURA DE ZERO DANO

...Os quais elegeram Francisco Recalde, Marcelo Tenorio, Miranda Paz, Benito Peña, Giovanny Jiménez e Guaycha Bereche. Eles chegaram acompanhados de #MaryMenen, líder de Segurança, conforme pede a norma.

0% Acidentes

re Sempando m r o f in

ATUA E FORMA PARTE de um comitê que te dá a mão.

FAZENDA

E www.ideus.ec

NÃO COMUNICAR OS RISCOS NO TRABALHO E NÃO DIVULGAR AS SOLUÇÕES DISPONÍVEIS AOS COLABORADORES É UM SILÊNCIO QUE MATA NAS ORGANIZAÇÕES.

FAZENDA

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CULTURA DE LIDERANÇA EM SST

A

segurança do trabalho representa um grande valor para as empresas como estratégia competitiva, à medida que se direcione de maneira consciente e sistemática em direção à proteção das pessoas, meio ambiente, processos, equipamentos, requisitos legais e aspectos sociais e econômicos. _Implementar a segurança desta maneira permite definir sua aplicação, pois não se trata de um simples requisito legal, mas sim de uma ferramenta que

DEVEMOS ADOTAR COM UM AMPLO SENTIDO DE LIDERANÇA E RESPONSABILIDADE.

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OS 4 PODERES DA SEGURANÇA DO TRABALHO

A LIDERANÇA EM SST NAS EMPRESAS ESTÁ CHAMANDO A ATENÇÃO DE ESPECIALISTAS INTERESSADOS em alcançar um lugar seguro nos ambientes de trabalho com as garantias e a confiança para executar suas atividades. Cabe ressaltar que quando uma empresa garante a segurança e a saúde de seus trabalhadores contribui para a continuidade de suas atividades de maneira produtiva. Sem deixar de lado outros conceitos de maior alcance, como a proteção ao meio ambiente, a integridade dos equipamentos e materiais da empresa e até investimentos econômicos, que se realizam para obter os resultados esperados.

Este é o sentido de qualquer empresa que queira ser sustentável e seguir crescendo. Para poder alcançar estes objetivos, a empresa deve ter claro que é necessário contar com líderes que tenham as capacidades para alcançar as metas, e é por isso que o tema deve ser assumido com muita responsabilidade. Consequentemente, não podemos esquecer que ainda que desempenhemos uma função de líder ou supervisor, a SST não responde a níveis hierárquicos, sendo um assunto de responsabilidade pessoal. Quando uma pessoa tem uma função de liderança dentro da empresa, deve lembrar que lhe está sendo entregue um cargo que servirá para beneficiar a todas as partes imersas na atividade que for desenvolver.

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POR UMA CULTURA DE INOVAÇÃO, LIDERANÇA E ZERO DANO


QUE PODEM SER CATEGORIZADOS DA SEGUINTE MANEIRA, PARA QUE SEU PAPEL ADMINISTRATIVO SE CUMPRA DEVIDAMENTE E COM BASE EM OBJETIVOS DEFINIDOS:

CULTURA DE LIDERANÇA EM SST

O LÍDER DEVE POSSUIR ALGUMAS CAPACIDADES,

DE 02.CAPACIDADE IDENTIDADE:

01. PODER DE POSIÇÃO:

O cargo que se ocupa na empresa dá uma posição hierárquica. O líder é quem representa a organização dentro e fora dela, mesmo que nem todas as pessoas da organização concordem que você exerça essa função. Por isso, devese mentalizar que haverá dificuldades e desafios a serem superados ao desempenhar suas funções. É importante afastar qualquer temor, complexo ou desconfiança, e assim assumir o cargo com propriedade e com o nível de autoridade que a empresa lhe confere.

Para alcançar as metas, o líder deve identificar-se com os propósitos da organização. Para isso, deve entendê-la e conhecêla com propriedade. É importante ter clareza sobre visão, missão e objetivos da organização para poder atuar de acordo com eles. Se isso não está claro na mente do líder, é mais fácil que ocorram excessos ou que fique pouco na gestão. É importante entender que trabalhará com grupos de pessoas que terão crenças e costumes diferentes. Conhecer este aspecto do grupo de trabalho vai lhe permitir aplicar ferramentas administrativas individuais e globais para manter a harmonia. Neste ambiente, o líder deve ter em conta que sua função também implica cumprir com requisitos legais e direcionamentos normativos aplicáveis à função de administrador.

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OS 4 PODERES DA SEGURANÇA DO TRABALHO

DE 03.CAPACIDADE PERSUASÃO: Os grandes líderes do mundo podem ser identificados pela capacidade de expor ou vender ao público argumentos e exemplos que motivam as pessoas a mobilizar-se na direção de seus conceitos e atos. É nesse momento que é importante o conhecimento sobre a empresa e seus objetivos. O líder, à medida em que conhece e identificase com a organização, terá os argumentos necessários para motivar seu grupo de trabalho em direção à conquista dos objetivos. O líder deve pensar no êxito integral da organização e para isso deve ter uma mentalidade aberta e integral que lhe permita constantemente motivar a seu grupo de trabalho em direção à conquista dos objetivos gerais da empresa, que finalmente conduzem a uma produção de forma segura. Por isso, a importância de se conhecer a organização por dentro, assim como os aspectos legais e normativos que possam afetar uma liderança convincente e motivadora.

RAFAEL RUIZ

CARRASCAL. COLÔMBIA

ASSESSORIA E TREINAMENTO EM SST. Auditor Interno SGS. MBA e Especialista em Sistemas Integrados de Gestão – IEP

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CULTURA DE LIDERANÇA EM SST

04. PODER DE COERÇÃO: Está relacionada com os regulamentos e disciplina. Em todos os grupos de trabalho, encontraremos colaboradores que por motivo de suas crenças e necessidades terão comportamentos contrários aos esperados. Um filósofo prático afirmava que “quase qualquer pessoa é capaz de manejar o barco quando o mar está calmo”, mas passar através de águas turbulentas é outra coisa. Como líderes, nos encontraremos com trabalhadores de difícil comportamento, também em relação à segurança, porque muitos a assimilam como uma carga ou um obstáculo para o desenvolvimento de suas atividades. Diante desta situação, depois de esgotado o uso das ferramentas administrativas pertinentes, devese recorrer a normas disciplinares que evitam e garantem que as pessoas, o meio ambiente e demais aspectos não sejam afetados ou, no pior dos casos, não levem a um acidente que mais tarde lamentaremos.

Para concluir, a segurança requer convencimento e compromisso para o estabelecimento de_

VERDADEIROS LÍDERES CAPAZES DE MOTIVAR PERMANENTEMENTE A EQUIPE DE TRABALHO em busca da conquista de objetivos, mas baseados no marco filosófico da Responsabilidade Social Empresarial ou RSE.

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CULTURA DE LIDERANÇA EM SST

N

o mundo, as condições de Segurança e Saúde no Trabalho não são as melhores. Continuamos convivendo com altos índices de acidentalidade e doenças do trabalho, que levam a incapacidades, mortes e altos custos para as organizações. Ainda que algumas empresas se esforcem por manter os índices de acidentes muito baixos ou em zero, ocorrem acidentes do trabalho que afetam as condições normativas e que evidenciam_

A NECESSIDADE DE ENCONTRAR NOVOS MODELOS DE TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO DO TEMA. REVISTA HSEC INNOVATION

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COMO SE TORNAR COACH EM SST?

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POR UMA CULTURA DE INOVAÇÃO, LIDERANÇA E ZERO DANO


QUE DIMINUI OS ÍNDICES DE ACIDENTES E DOENÇAS DO TRABALHO.

CULTURA DE LIDERANÇA EM SST

COMPREENDEMOS QUE É PRECISO IR MAIS ALÉM PARA ATINGIR O COMPORTAMENTO SEGURO E SAUDÁVEL _

Para impactar a questão, apresentamos o MENTORING EM SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO como uma alternativa de custo-benefício que atinge a gestão de risco nas organizações, baseado no conhecimento acumulado pela experiência, em que o êxito do processo se aprende praticando, ensinando e estudando para desenvolver habilidades técnicas (hard skills) e comportamentais (soft skills) de maneira equilibrada.

>POR QUE O MENTORING? Porque as organizações estão enfrentando ritmos de trabalho, pressões e exigências que não lhes permitem estagnar-se em complexas avaliações nem em lentas capacitações. É necessário treinar as pessoas em tempo real, assim como as equipes e as organizações sobre os riscos no trabalho e a forma de mitigá-los considerando a experiência acumulada por outros, e conseguindo assim encurtar a curva de aprendizagem dos empregados para benefícios próprios e também da organização. Em outras palavras, é inteligente quem aprende com seus erros, mas é mais inteligente quem aprende com os erros dos outros. Com a velocidade com que acontecem as mudanças e em que avança o conhecimento, é necessário implementar medidas que ajudem a nos deixar antenados – mais do que com o cumprimento normativo – com estratégias que impactem a sinistralidade que porventura venha a surgir com acidentes e doenças do trabalho. Dessa forma, nos permitimos propor uma série de reflexões e intervenções com a vontade de gerar

consciência e adquirir elementos que nos permitam implementar algumas ações que melhorem o ser, para um melhor fazer e, assim, obter melhores resultados

(SER, FAZER, TER, BEMESTAR,) a partir do envolvimento dos líderes de SST, que são os chamados a transferir o conhecimento e a inspirar com seu exemplo. Para isso, é fundamental estabelecer as bases para que a SST possa promover novas e desafiadoras maneiras de ensinar / aprender, começando com aqueles chamados a serem os líderes encarregados da mudança.

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COMO SE TORNAR COACH EM SST?

_Quando geramos bem-estar, quando nos ocupamos dos seres humanos que compõem as empresas, estes se comprometem mais e, assim, torna-se mais fácil criar espaços de aprendizagem propícios a mudarem da situação atual para uma mais promissora.

MENTORING, A ARTE DE ADICIONAR POSSIBILIDADES.

>QUEM É UM MENTOR? É o ser humano que extrai de suas vivências valiosas aprendizagens, e as compartilha generosamente com quem esteja disposto a descobrir novos cenários de felicidade e produtividade.

>QUEM É O APRENDIZ? É o ser humano que abre sua mente e seu coração para dar as boas-vindas à evolução e transformação.

>O QUE É MENTORING? É um modelo de ensino-aprendizagem que ajuda as pessoas a resolverem situações complexas, identificando novas metas, assumindo novas funções e melhorando seus relacionamentos.

ARÍSTIDES CERVANTES

SALAS - COLÔMBIA

MÉDICO. Especialista em Administração de Serviços de Saúde e em Alta Gerência. Empresário no setor de Saúde e em SST. Coach e Mentor internacional. Especialista em Psicologia Positiva e Especialista em Obesidade. Assessor, Consultor e Gerente na Acttura.

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>O QUE É UM PROCESSO DE MENTORING? É a ação na qual se avança mediante transformações contínuas. Essa evolução se produz pela relação entre o Mentor e o Aprendiz, sempre e quando o Mentor adiciona valor ao Aprendiz.

>O QUE FAZ UM MENTOR? O Mentor transfere experiências aplicadas à realidade do Aprendiz e não modelos teóricos ou exemplos de possíveis ideais, acelerando assim a curva de aprendizagem, agilizando a implementação de ações e impactando positivamente nos resultados de seu Aprendiz.

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H

oje, não é suficiente apenas “mandar”, ou dar ordens e instruções. Os líderes dos processos de SST devem inspirar pelos seus próprios exemplos, orientando como o trabalho deve ser feito e se tornando pessoas seguras e saudáveis na empresa e na vida.

A capacidade de aprendizagem é o ativo mais valioso que devemos cultivar. A chave não é focar só em transferir e receber conhecimento, mas também criar novas maneiras de fazer as coisas, levando em conta as experiências do passado. E não só isso. Também devemos colocar a imaginação a serviço da criatividade e propiciar cenários de aprendizagem que promovam mais bem-estar, saúde e segurança para tornar as empresas mais produtivas, competitivas e sustentáveis.

CULTURA DE LIDERANÇA EM SST

CONCLUSÕES

A IDEIA, ENTÃO, É COMEÇAR A AÇÃO, EXERCER UMA LIDERANÇA MAIS ATIVA, PROATIVA E POSITIVA, para que os conhecimentos levem à prática, transformando-os em sabedoria aplicada a melhorar a SST_ Isso lhe dará mais sentido e manterá o foco na excelência para que as relações sejam sustentáveis e resultem em vantagem competitiva.

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CULTURA ZERO DANO

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NO XVIII CONGRESSO INTERNACIONAL ORPconference que ocorreu na cidade de Cartagena de Índias (Colômbia) m setembro de 2018,

E

foi lançada oficialmente a campanha Visión Zero na América Latina.

A iniciativa, de âmbito mundial, é promovida pela Associação Internacional de Segurança Social (AISS), e promove uma mudança de filosofia em direção ao pensamento da Visão Zero. Compreendida como um caminho e não um fim, a Visão Zero destaca a necessidade de evoluir na cultura organizacional para enfrentar os novos desafios de um mundo empresarial cada vez mais volátil.

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Assim, o Secretário Geral da AISS Hans Horst Konkolewsly Apresentou a filosofia

_Que mostrou suas principais características, além das diferenças significativas em relação a modelos tradicionais de gestão da Segurança e Saúde no Trabalho. O evento teve também uma mesa redonda, na qual a Fundação Internacional ORP foi representada por seu Vice-Presidente Executivo: Pasqual Llongueras. Participaram também César Herrera, Presidente da ASONAP e Gerente da HSEC Innovation,Cristian Moraga: Gerente Geral da Mutual de Seguridad de Chile, e Mario Orellana: Diretor Geral da Cemento Progreso de Guatemala. O tema girou em torno das virtudes da filosofia, além de iniciativas para superar os desafios que as organizações do futuro enfrentarão.


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CULTURA ZERO DANO

A campanha

foi lançada oficialmente no ano passado no Congresso Mundial da Segurança Social, em Singapura.

Hoje, mais de 3.000 instituições se uniram à iniciativa, consolidada hoje como a campanha global em matéria de segurança e saúde no trabalho de maior vulto.

_Fonte: FUNDACIÓN INTERNACIONAL ORP / ORP2018 NEWS 1 / Lançamento Oficial Da Campanha Visão Zero na América Latina REVISTA HSEC INNOVATION

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N

a atualidade, é comum ouvir como os fatores de risco psicossociais impactam as relações humanas, em especial no âmbito do trabalho. Reconhecer essa premissa de maneira oficial representa um enorme passo_

EM DIVERSOS PAÍSES PARA A SEGURANÇA E O MEIO AMBIENTE DO TRABALHO.

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CONHECER OS FATORES DE RISCO PSICOSSOCIAL = EMPRESA SEGURA

É evidente que os fatores de risco psicossociais têm estado presentes desde o nascimento da indústria, em meados do século XIX,

MAS COM OS PROCESSOS DE QUALIDADE, AUTOMATIZAÇÃO E MANUTENÇÃO PREVENTIVO SE TORNARAM PRIMORDIAIS. Lembram quando a qualidade se tornou obrigatória para a maior parte da indústria? Passaram-se décadas até estabelecer padrões e normativas aplicáveis, sustentáveis e harmonizadas a nível mundial.

Hoje, na América Latina, estamos vivendo um evento parecido, mas com os fatores de risco psicossociais. Apesar do tema ter ganhado força graças às pesquisas de Jonathan Houdmont e Stavroula Leka, no início da década de 70, nasce uma preocupação formal entre os fatores de risco psicossociais e sua relação com a Segurança e Saúde no Trabalho. O que é complexo, porque os fatores de risco psicossociais dependem diretamente da percepção e das experiências dos trabalhadores, como destacou a Organização Internacional do Trabalho, OIT, em 1986.

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CULTURA ZERO DANO

E

ssa complexidade tem sido fascinante para os pesquisadores, que têm se aprofundado sobre o tema.

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CONHECER OS FATORES DE RISCO PSICOSSOCIAL = EMPRESA SEGURA

OS FATORES DE RISCO PSICOSSOCIAIS podem ser definidos como condições e experiências adquiridas pelos empregados fora do trabalho com consequências dentro dos ambientes de trabalho, tais como falta de atenção, sobrecarga de atividades, conflito de autoridade e falta de perícia, entre outras. Ou seja, a causa raiz de muitos dos acidentes que ocorrem diariamente dentro da indústria devem-se a fatores de risco psicossociais. Na tabela de Cox y Griffiths a seguir, ilustra-se como os mecanismos psicofisiológicos ativados podem levar a estresse, fatiga geral, violência física, assédio no trabalho e/ou intimidação.

FATORES PSICOSSOCIAIS DE RISCO CONTEÚDO DO TRABALHO Falta de variedade no trabalho, ciclos curtos de trabalho, trabalho fragmentado e sem sentido, baixo uso de habilidades, alta incerteza, relações intensas.

SOBRECARGA E RITMO Excesso de trabalho, ritmo do trabalho, alta pressão temporal, prazos urgentes de finalização.

HORÁRIOS Mudança de turnos, mudança noturna, horários inflexíveis, horário de trabalho imprevisível, jornadas largas ou sem tempo para interação.

CONTROLE Baixa participação na tomada de decisão, baixa capacidade de controle sobre a carga de trabalho, e outros fatores do trabalho.

AMBIENTE E EQUIPAMENTOS Más condições de trabalho, equipamentos de trabalho inadequados, ausência de manutenção dos equipamentos, falta de espaço pessoal, escassa luz ou excessivo ruído.

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Má comunicação interna, baixos níveis de apoio, falta de definição das próprias tarefas ou de acordo os objetivos organizacionais.

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CULTURA ORGANIZACIONAL E FUNÇÕES

RELAÇÕES INTERPESSOAIS Isolamento físico ou social, escassas relações com os chefes, conflitos interpessoais e falta de apoio social.

PAPEL DA ORGANIZAÇÃO Ambiguidade de papel, conflito responsabilidade sobre pessoas.

de

papel

e

DESENVOLVIMENTO DE CARREIRAS Incerteza ou paralisação da carreira profissional ou excessiva promoção, baixa remuneração, insegurança contratual.

RELAÇÃO TRABALHO- FAMÍLIA Demandas conflitivas entre trabalho e família, baixo apoio familiar. Problemas em carreira dupla.

SEGURANÇA CONTRATUAL Trabalho precário, trabalho temporário, incerteza de futuros trabalhos. Insuficiente remuneração.

A PREVENÇÃO DE RISCOS na indústria deve ser realizada de maneira integral.

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CONHECER OS FATORES DE RISCO PSICOSSOCIAL = EMPRESA SEGURA

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H

oje, existe uma grande gama de metodologias, estudos, análises e práticas referentes à gestão de riscos físicos dentro e fora da indústria, mas falta difundir a informação a respeito dos riscos psicossociais.

ÁNGEL PRAXEDIS

CUERVO. MÉXICO

MBA, GREEN BELT. Auditor Líder ISO 14001:2015, Profissional EHS, LQI. 8 anos de experiência em HSE na Indústria Metal-Mecânica e Metalúrgica do México.

É inegável mencionar que os estudos referentes aos riscos psicossociais não são tão vastos como os estudos de riscos físicos. Foram poucas empresas as quais se preocuparam com o bem-estar mental e psicológico de seus empregados. Os resultados em empresas que se preocupam com o bem-estar integral de seus empregados são impressionantes em relação àquelas que são omissas neste ponto. A produtividade nas empresas depende de fatores financeiros, regionais e socioculturais, mas o denominador comum nas instituições com altos lucros é a experiência e o sentimento de total segurança com seus empregados.

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CULTURA ZERO DANO

Trabalhar em uma empresa segura e com bem-estar integral pode ser para muitos um sonho pouco provável, então os especialistas em Segurança Industrial devem ser os agentes de mudança, transmitindo essa nova mudança de cultura organizacional.

O panorama parece difícil, mas que mudança é fácil? Conhecer os nossos empregados, seu lado humano e gerar empatia é o primeiro passo iniciarmos essa revolução na maneira de realizarmos análise de risco na indústria.

REFERÊNCIAS Moreno B., Báez C. (2011). Factores y riesgos psicosociales, formas, consecuencias, medidas y buenas prácticas. SST, 63, 4-13. Cox, T. & Griffiths, A. J. (1996). The assessment of psychosocial hazards at work. In M.J.Schabracq, J. A. M. Winnubst, & C. L. Cooper (Eds.), Handbook of Work and Health Psychology. (pp. 127-146). Chichester: Wiley and Sons.

Demostremos que nosso trabalho é essencial para a indústria

PORQUE CONSISTE EM CUIDAR DE SEU RECURSO MAIS IMPORTANTE: AS PESSOAS.

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CULTURA ZERO DANO

É

claro que o trabalho dos prevencionistas está orientado para a realização de atividades que envolvem a prevenção dos riscos de seus trabalhadores, tendo como base que :_

90% DOS ACIDENTES DE TRABALHO SÃO CAUSADOS POR ERROS HUMANOS. REVISTA HSEC INNOVATION

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7 PASOS PARA LA TOMA DE CONCIENCIA EN SEGURIDDAD

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S

endo assim, poderíamos pensar que ter consciência da situação não seria um problema, mas é frustrante que os trabalhadores continuem se lesionando.

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CULTURA ZERO DANO

Estes resultados são incoerentes com os esforços dos prevencionistas, que:_

REALIZAM CAMPANHAS INTENSAS DE CONTROLE DE RISCO, UTILIZANDO METODOLOGIAS INOVADORAS_ para capacitar, colocando a sinalização adequada no entorno do trabalho, desenhando folders, cartazes, banners e utilizando diferentes estratégias. Está claro que com este tipo de atividades consegue-se diminuir as estatísticas de acidentalidade. O problema é que, em pouco tempo, os números aumentam de novo e a tendência volta a valores negativos. . Neste momento, os prevencionistas costumam perguntar-se por que é tão difícil que os trabalhadores deixem de cometer erros como:

>Pegar atalhos. >Não cumprir os procedimentos. >Usar equipamentos ou ferramentas de forma incorreta. >Não usar equipamento de proteção individual.

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7 PASSOS PARA A CONSCIENTIZAÇÃO EM SEGURANÇA

Os trabalhadores voltam a cometer os mesmos erros porque realmente não tomaram consciência da importância da Prevenção de Riscos do Trabalho, apesar das estratégias implementadas.

ENTÃO, O QUE MAIS PODE SER FEITO?

A resposta está em conhecer, entender e aplicar os _

7 PASSOS PARA A CONSCIENTIZAÇÃO EM SEGURANÇA. CARACTERIZAR. Consiste em “determinar os atributos peculiares de alguém ou de algo, de modo que claramente se diferencie dos demais”. Em termos práticos, é preciso conhecer o público com que se vai trabalhar, seus gostos, sua forma de vestir e sua cultura.

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POR UMA CULTURA DE INOVAÇÃO, LIDERANÇA E ZERO DANO

Não somente uma descrição sociodemográfica: trata-se de conhecer bem o indivíduo em sua essência. Esse primeiro passo é fundamental, facilita o processo de aprendizagem, a empatia, e, portanto, a aceitação da informação.


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2

METODOLOGIAS ANDROLÓGICAS INOVADORAS. O processo de ensinoaprendizagem para adultos deve ser totalmente diferente do utilizado com crianças ou adolescentes. Às vezes, os prevencionistas podem cometer o erro de utilizar técnicas de ensino não adequadas para os adultos, que são os que compõem o grupo em idade produtiva trabalhando nas empresas.

É necessário compreender que o adulto aprende por reflexão. Isso quer dizer que se deve captar primeiro sua atenção para que, depois, ele interiorize a informação, após ter refletido e decidido conscientemente assumir a responsabilidade e gerar uma mudança de atitude.

REFLEXÃO DO INDIVÍDUO. A reflexão do indivíduo deve ser alcançada em seus três componentes (corpo, emoções e crenças). No planejamento das atividades, os prevencionistas devem diferenciá-las conforme o componente a intervir, considerando cada um dos seguintes três momentos com o objetivo de fazer com que o indivíduo reflita.

CULTURA ZERO DANO

INTEGRALIDADE DO INDIVÍDUO. É importante reconhecer o indivíduo de forma integral, como um ser formado por emoções e crenças. Se o prevencionista decide não levar em conta os três componentes do indivíduo (corpo, emoções e crenças), dificilmente poderá conseguir que seus trabalhadores tomem consciência da importância de prevenir os riscos do trabalho.

1eiro MOMENTO: ENTENDIMENTO DA REALIDADE 2do MOMENTO: MANEJO DAS EMOÇÕES

3eiro MOMENTO: RELEVÂNCIA DAS CRENÇAS

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7 PASSOS PARA A CONSCIENTIZAÇÃO EM SEGURANÇA

1o MOMENTO:

3o MOMENTO:

ENTENDIMENTO DA REALIDADE Aqui, deve-se planejar as atividades buscando que o trabalhador identifique e reflita sobre as lesões que seu corpo pode sofrer por exposição ao perigo ou à situação que se deseja evitar.

RELEVÂNCIA DAS CRENÇAS

2o MOMENTO: MANEJO DAS EMOÇÕES Nesse momento, as atividades serão desenvolvidas visando o manejo emocional do indivíduo. As emoções não devem necessariamente ser confrontadas. Também existem emoções motivadoras, como a alegria, que quando sabemos orientá-la dá grandes resultados. Neste ponto, a intenção é conseguir que o indivíduo reflita perguntando, por exemplo: Como você se sentirá ao saber que sua atitude proativa salvou sua vida ou a de seus companheiros?

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POR UMA CULTURA DE INOVAÇÃO, LIDERANÇA E ZERO DANO

Este aspecto é muito importante e tem sido pouco valorizado ou utilizado pelos prevencionistas. As crenças são relevantes no comportamento humano, uma vez que são definidas desde a infância e nela agem aspectos cognoscitivos e emocionais profundos, que são a base do comportamento atual da pessoa. Portanto, convertem-se em uma grande ferramenta, que, sendo bem direcionada, será fundamental para conseguir sensibilizar o trabalhador.


ACOMPANHAMENTO. É sinônimo de acompanhar e retornar. Não se assume como um procedimento de sanção; pelo contrário, converte-se em um apoio para retornar às boas práticas em caso de desvio, redirecionando-as. Permite um tempo de socialização e entendimento entre prevencionista e trabalhador.

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CULTURA ZERO DANO

5

COMPROMISSO. Neste nível, conseguiu-se o entendimento e a reflexão do indivíduo, estando disposto a se comprometer com a Prevenção de Riscos do Trabalho. O indivíduo deve ter claro que o compromisso é um ato formal e sério, e que se esforçará por mudar seu comportamento.

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AVALIAÇÃO, REFORÇO E MELHORA CONTÍNUA Em seguida, avaliam-se os comportamentos mediante observações de segurança e inspeções verbais ou escritas diretamente com o indivíduo. Conforme os resultados obtidos, conceitos serão reforçados e haverá a orientação para uma outra necessidade de intervenção, como o controle de riscos e perigos.

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7 PASSOS PARA A CONSCIENTIZAÇÃO EM SEGURANÇA

JESÚS MAURICIO

ROMÁN ORTIZ . COLÔMBIA

EMPRESÁRIO. TERAPEUTA OCUPACIONAL. Especialista em SST. Auditor ISO 9001, ISO 14001, OHSAS 18001. 20 anos de experiência em SST, coautor da metodologia de Educação Integral Participativa. Conferencista, escritor, roteirista. Gerente de Inovação da Companhia RSO.

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TER EM CONTA ESTES SETE PASSOS

permitirá uma melhora contínua no desenvolvimento efetivo do Sistema de Gestão de SST, resultando assim em uma efetiva gestão da Prevenção de Riscos do Trabalho, com compromisso evidenciado em números muito baixos ou iguais a zero nos indicadores de lesões ocupacionais.

POR UMA CULTURA DE INOVAÇÃO, LIDERANÇA E ZERO DANO




CULTURA DE LIDERANÇA EM SST

E

m reiteradas ocasiões, escutamos queixas de empregadores e administradores de riscos sobre o aumento de sinistros a partir dos acidentes nos ambientes de trabalho.

O questionamento é sobre a efetividade das políticas e estratégias de segurança e saúde no trabalho_

MESMO RECONHECENDO-SE SUA IMPLEMENTAÇÃO E O TALENTO HUMANO. REVISTA HSEC INNOVATION

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SST UMA QUESTÃO DE 100%_ATITUDE

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M

as, então, qual é o questionamento se dispomos de pessoal capacitado, com os conhecimentos necessários e com as habilidades e destrezas requisitadas? Mas então, no que estamos falhando?

POR UMA CULTURA DE INOVAÇÃO, LIDERANÇA E ZERO DANO


CULTURA DE LIDERANÇA EM SST

%100

Inicialmente, em nossos locais de trabalho precisamos de #Pessoas100, ou seja, pessoas que coloquem em prática os valores organizacionais:

_COLABORADORES POSITIVOS, MOTIVADOS E PREOCUPADOS COM AS PESSOAS. MAS POR QUE CHAMÁ-LOS #PESSOAS100? Explico da seguinte maneira: é uma pessoa qualificada com base em três eixos fundamentais:

1. CONHECIMENTOS 2. HABILIDADES E DESTREZAS 3. ATITUDES A qualificação oscila de 0 a 1, onde 0 significa que não cumpre com a característica diferenciada, e 1 significa que cumpre. A seguir, apresentarei em detalhe cada um dos eixos.

1.CONHECIMENTOS:

Quando uma pessoa é nova em seu trabalho, é provável que ainda não conte com os conhecimentos necessários em relação às competências do trabalho a realizar. O qualificamos de maneira objetiva com um 0.

2.HABILIDADES E DESTREZAS: Ao não contar com os conhecimentos necessários, por consequência, ainda não conta com as habilidades e destrezas requeridas, obtendo outro 0 como qualificação.

Dessa forma, concluirão que uma pessoa assim não possui as aptidões necessárias e nem mesmo é útil, mas lhes peço paciência para continuar lendo o seguinte eixo, que irá ocupar o primeiro lugar dentre os três eixos mencionados. REVISTA HSEC INNOVATION

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SST UMA QUESTÃO DE 100%_ATITUDE

3. ATITUDE: Uma pessoa que adota valores humanos, valores sociais, valores culturais e inclusive valores familiares (como respeito, solidariedade, compromisso, honestidade, entre outros) e os converte em valores pessoais é uma #Pessoa100.

Ou seja, alguém com valores agregados, entre os quais posso mencionar: RESPEITO: É respeitoso com seu trabalho, seus companheiros e a normativa de SST.

PACIÊNCIA: Mantém a calma diante de situações adversas, mas quando é para atuar, é ativo.

SOLIDARIEDADE: É solidário com os companheiros, ajudando no que puder e reconhecendo que o trabalho em equipe é ideal e é necessário fazer sinergia.

GRATIDÃO: Multiplica as boas ações em relação aos outros, atua sem esperar nada em troca.

HONESTIDADE: Cumpre a normativa de SST, não por pressão ou por estar sendo observado ou auditado, mas porque é honesto consigo mesmo e com os demais. Tem a consciência de que se não cumprila haverá consequências para si mesmo, empresa e família. COMPROMISSO: Pessoa que dá mais do que o requerido, porque se sente comprometido com a empresa. IGUALDADE: Reconhece a importância de equilibrar o esforço de acordo com as aptidões físicas. JUSTIÇA: É justo com as pessoas, não sendo afeito a injustiças. Defende o indefenso, é verdadeiro e protege quem necessita. RESPONSABILIDADE: Assume as consequências de seus próprios atos e responsabiliza-se por eles, buscando uma maneira de corrigir e melhorar suas ações com o propósito de manter uma melhoria contínua. EMPATIA: Coloca-se no lugar dos outros, busca uma maneira de projetar-se nos outros para evitar feri-los e, ao invés disso, apoiá-los. AMOR: Ama a vida, família, trabalho e o demonstra cuidando-se e cuidando dos outros.

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POR UMA CULTURA DE INOVAÇÃO, LIDERANÇA E ZERO DANO


HUMILDADE: Com humildade, aprende como os outros, aceita os erros e os transforma em oportunidades. TOLERÂNCIA: Mantém a serenidade diante de situações adversas da organização que podem gerar descontentamento ou inclusive algum tipo de mal-estar. COLABORADOR: Atua de maneira colaborativa e ajuda os outros, multiplicando, desta maneira, o valor da gratidão. POSITIVO: Sempre observa os problemas como oportunidades e é positivo em tudo.

Estes valores podem te fazer agregar como pessoa, pois motivam a ir em frente. Fazem crescer, ajudam a ganhar o respeito e admiração da equipe, tendo como consequência mais seguidores e o seu posicionamento como um verdadeiro líder em SST.

CULTURA DE LIDERANÇA EM SST

COMUNICAÇÃO: Mantém uma comunicação ativa em trabalho, em casa e com a sociedade. Expressa aquilo com o que não concorda, com a finalidade de que se torne oportunidade e benefício para todos.

Como essas características inspiram confiança e segurança, podem tornar-nos exemplos

PARA A EQUIPE E AGENTES DE MUDANÇA PARA A PREVENÇÃO.

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SST UMA QUESTÃO DE 100%_ATITUDE

>>> Continuando com o exercício, ao unir a qualificação dos eixos mencionados, ficaria da seguinte forma:

ATITUDE

CONHECIMENTOS

HABILIDADES E DESTREZAS

QUALIFICAÇÃO OBTIDA 100 (#PESSOA100) Este simples exercício demonstra que o mais importante que permite vencer na prevenção de ricos laborais é a atitude. Uma pessoa com valores absorverá os conhecimentos para depois colocá-los em prática, e desenvolverá habilidades e destrezas.

ATITUDE

Para que serve um especialista com muitos títulos, que possa realizar mil e uma tarefas, se for uma pessoa apática, que não se interessa pelos outros, não colabora, não é honesta e não assume as consequências de seus atos? Alguém assim mereceria a seguinte qualificação:

CONHECIMENTOS HABILIDADES

E DESTREZAS

QUALIFICAÇÃO OBTIDA 001 A máxima nota que podemos obter com o exercício é 111, se nos destacamos em cada um dos três eixos.

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POR UMA CULTURA DE INOVAÇÃO, LIDERANÇA E ZERO DANO.


Por isso, é necessário fomentar valores em nossa equipe, gerar em nossas conversas um impacto positivo e uma mudança na atitude. Dessa maneira, fortalecemos uma cultura preventiva rica em valores a partir de nossas forças e potencialidades

CULTURA DE LIDERANÇA EM SST

Embora o mais importante continue sendo a atitude, que permite desenvolver o conhecimento crítico que tanto nos serve na prevenção de riscos.

Como mencionou Richard Branson:

“SE VOCÊ CUIDA DE SEUS EMPREGADOS, ELES CUIDARÃO DO SEU NEGÓCIO”.

DENNYS BONILLA

VALLADARES. EL SALVADOR PREVENCIONISTA ACREDITADO PELO CAMPUS UNIVERSITÁRIO EUROPEU. Presidente e fundador da Agentes de Mudança para a Prevenção. Diretor Operativo da Voluntários Digitais em Emergências e Desastres. Diretor da Associação Latinoamericana de SST–ALASST. Vice-presidente do Comitê Interinstitucional de SST de El Salvador. Conferencista da ONU.

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CULTURA DE INOVAÇÃO EM SST

A

s redes sociais e as novas plataformas de interação virtual social são parte essencial da nossa vida. O que se pode converter em uma ameaça para os que perdem seu tempo navegando em um mar de informações sem sentido, ou em uma grande oportunidade para_

CRIAR, APRENDER, COMPARTILHAR E RECEBER INFORMAÇÃO DE VALOR QUE IMPULSIONE NOSSOS RESULTADOS NO TRABALHO E NA VIDA.

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COMO SER UM INFLUENCIADOR DIGITAL EM SST

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E

stes novos canais de comunicação diminuem distâncias e tempo de envio de mensagens, facilitam as relações pessoais, familiares e organizacionais.

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CULTURA DE INOVAÇÃO EM SST

UTILIZANDO-OS DE MANEIRA ADEQUADA,

PODEMOS ALCANÇAR UM GRANDE IMPACTO EM NOSSA GESTÃO DO TRABALHO,

_dando visibilidade a nós mesmos e a nossas empresas, comunicando ao mundo boas práticas, produtos, serviços e ideias inovadoras, e alcançando assim um rápido posicionamento no mercado global. A partir do surgimento e inclusão das redes sociais em nosso DNA, nasce uma nova tendência orientada a influenciar de maneira positiva uma comunidade ou grupo de seguidores em um tema específico no qual sejamos excelentes. Esta tendência é conhecida como ‘influência digital’.

KATHERINE

DIEZ A. COLOMBIA NEGOCIADORA INTERNACIONAL, Especialista em Gerência de Marketing e Vendas. Mentora Internacional. Gerente Comercial com experiência desenvolvendo estratégias comerciais inovadoras para a boa implementação de Sistemas de Gestão SST nas organizações.

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COMO SER UM INFLUENCIADOR DIGITAL EM SST

O QUE É UM ‘INFLUENCIADOR DIGITAL’?

U

m influenciador é uma pessoa com credibilidade em um tema concreto e que com suas ações nas redes sociais tem uma comunidade de seguidores que seguem suas boas práticas, seus gostos, seus hábitos e estilos de vida. Os influenciadores digitais já formam uma comunidade de mais de 25 milhões de pessoas em todo o mundo, mas como conseguir ser um deles? Definitivamente, para se tornar um influenciador, é preciso gerar conteúdo de valor que deixa uma marca na mente da comunidade virtual.

QUAIS TIPOS DE INFLUENCIADORES DIGITAIS EXISTEM? Existem vários tipos de influenciadores. Os mais comuns são:

1. O SAUDÁVEL OU HEALTHY: quem é focado no estilo de vida saudável.

2..O COLABORATIVO:

trabalha com outros influenciadores para entregar uma mensagem de maneira massiva e, assim, gerar impacto social.

3. O QUE TEM ESTILO se dedica a comunicar sobre moda convertendo-se em um ícone graças a sua personalidade.

4. O COZINHEIRO publica vídeos e fotos com receitas saudáveis e fáceis de fazer.

5. O VIAJANTE transformou o viajar em uma profissão

6. AS SUPERMÃES mostram ao mundo a arte da maternidade.

7. AS SUPER EMPREENDEDORES dão conselhos sobre como alcançar êxito no trabalho.

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POR UMA CULTURA DE INOVAÇÃO, LIDERANÇA E ZERO DANO.

IMAGEN REFERENCIADA: STEPHAN-SCHMITZ

e narra suas histórias enquanto conhece diferentes países.


Sabemos da importância da liderança na SST, vital para conduzir de maneira sustentável boas práticas que nos garantam segurança e saúde em nossas organizações, mas por que não implementar o conceito da influência digital também na área de saúde e segurança no trabalho?

CULTURA DE INOVAÇÃO EM SST

E, assim como eles, outros perfis criam tendência mundial e se tornam verdadeiros influenciadores mundiais. Pensando nessa nova figura emergente, a proposta é levar o conceito para a SST.

O objetivo é que as pessoas que cuidam da SST possam comunicar, influenciar e guiar de maneira segura e saudável a nossa comunidade. É um conceito que se aplica 100% em nosso campo.

A SST hoje precisa de líderes que se atrevam, que comuniquem bem a mensagem, que deem exemplo, e que contagiem a seus companheiros

COM SUAS BOAS PRÁTICAS PARA QUE SE UNAM POR UMA CULTURA DE RISCO ZERO EM SEUS AMBIENTES DE TRABALHO.

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COMO SER UM INFLUENCIADOR DIGITAL EM SST

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DICAS PARA TORNAR-SE UM INFLUENCIADOR EM SST 1. APAIXONE-SE PELO SEU ASSUNTO: Torne-se um fiel embaixador da SST, recorde que não é só estudar e ser profissional na matéria. Trata-se também de revisar frequentemente as novas tendências e tecnologias na indústria, participar de eventos, conhecer especialistas influentes, ler sobre o tema, escolher pessoas que sejam os seus influenciadores digitais em SST e criar ou replicar boas práticas.

2. DELIMITE SEU PÚBLICO ALVO: Pode ser a comunidade formada por empregados de sua empresa ou pessoas sob sua liderança, ou, por que não, abrir suas fronteiras a níveis mais amplos. É possível se tornar um influenciador digital em nível nacional ou internacional 3. GERE CONTEÚDO DE VALOR E O COMUNIQUE: Hoje pode-se fazer uso de suas redes sociais, abrir um canal no YouTube, um perfil onde interaja com seu público alvo e comunique tudo o que sabe sobre a SST. Neste ponto, seu celular é uma ferramenta-chave de trabalho. Tenha um bom aparelho, não necessariamente o mais caro, mas um capaz de tirar boas fotos e gravar bons vídeos.

4. CRIE UMA MARCA PESSOAL: Deixe uma marca nos outros, torne-se um gerador de bom conteúdo de SST para sua comunidade assegurando que o seu comportamento seja seguro e saudável em redes sociais e fora delas. 5. CONTINUIDADE: Não desista, deve-se trabalhar dia a dia. Não espere ter o plano perfeito para começar. No caminho, desenvolva sua própria marca pessoal e as estratégias que lhe levarão de maneira clara e precisa ao seu público. Para ser um influenciador digital não é necessário ter milhões de seguidores. Podemos impactar pequenas e grandes comunidades. O importante é a qualidade e o valor da informação compartilhada.

Com tudo isso em mente, convido-lhe a se tornar um influenciador digital em saúde e segurança no trabalho. O mundo precisa de líderes que promovam a saúde, o bemestar e a segurança, não só nas organizações, mas em todos os âmbitos da vida. E que melhor maneira de fazê-lo senão pela tecnologia e novas tendências que facilitam a difusão do bom exemplo e das boas práticas?

AFINAL, ESSES SÃO PILARES FUNDAMENTAIS PARA O BOM DESENVOLVIMENTO DA SST NAS ORGANIZAÇÕES MODERNAS.

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PRÁTICAS DE LIDERANÇA

EM SEGURANÇA CULTURA CERO DAÑO

_Elaborado por César Augusto Herrera Director y Editor Revista HSEC Innovation cesar.herrera@hsecinnovation.com

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Isso inclui uma cultura em que a segurança é mais que os indicadores de gestão e torna-se um valor para_

CULTURA DE LIDERANÇA EM SST

C

onstruir uma cultura de bem-estar, respeito pela vida e orientação ao resultado deve ser parte da estratégia para cumprir os objetivos estratégicos da organização.

PRIVILEGIAR O CUIDADO DA VIDA DOS COLABORADORES.

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PARA QUE UM MENTOR EM SST?

O

cupar-nos em construir a cultura organizacional desejada não é tarefa fácil. A adequada implementação da estratégia só é possível se a cultura a facilitar. Assim, como diz o conhecido refrão, “A CULTURA COME A ESTRATÉGIA NO CAFÉ DA MANHÔ.

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POR UMA CULTURA DE INOVAÇÃO, LIDERANÇA E ZERO DANO.


CULTURA DE LIDERANÇA EM SST

_TODA CULTURA ORGANIZACIONAL É CONSEQUÊNCIA DOS VALORES QUE SE EXPRESSAM PELO COMPORTAMENTO. Portanto, todo valor que não se expresse na ação é uma declaração de boas intenções. Se os valores se expressam no comportamento, e o comportamento compartilhado edifica a cultura, então devemos nos referir à responsabilidade individual A tradição oral declara que “uma andorinha não faz verão, mas avisa que já vem”. Da mesma forma, um colaborador consciente e responsável não cria a cultura, mas se converte em um exemplo dela, na inspiração do comportamento que cuida da vida como um valor supremo. Desta maneira, o autocuidado torna-se essencial e expressa-se em todas as dimensões da pessoa, não apenas no horário de trabalho. A bibliografia do coaching como ferramenta da teoria administrativa moderna contribui para o autocuidado, centrando-se também no exercício de:_

‘COACHEAR’ A OUTROS, OU SEJA, NO EXERCÍCIO QUE O PRÓPRIO COACH DEVE GERAR CONSIGO MESMO PARA INCORPORAR AS PREMISSAS

que lhe permitirão acompanhar outros a obter os resultados que desejam, em segurança ou em qualquer âmbito.

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PARA QUE UM MENTOR EM SST?

>E O PRIMEIRO COMPROMISSO DO COACH:

_É assumir a própria responsabilidade de suas conquistas e resultados em todos os cenários de sua vida. Se a premissa é ‘a segurança e o autocuidado são minha responsabilidade’, será consequência de ações cotidianas permanentes. Se aceitamos que a mudança em direção ao comportamento desejado em relação ao autocuidado é um processo que se atinge com o aprendizado, compreenderemos que uma atitude de humildade que utiliza a linguagem, o corpo e a emoção para “suspeitar” permanentemente de seu comportamento, pensamento e sentimento (exercício de autoobservação com reflexão) consegue gerar mudanças que se convertem em hábitos de comportamento sem esforço

"Dessa maneira, conseguese que o aprendiz abandone a queixa como mecanismo irresponsável de defesa e comece a viver com autoliderança." A partir desta aprendizagem, o exercício de Coaching por meio de simples práticas cotidianas, permite que o aprendiz melhore suas relações, no âmbito pessoal e no cenário de trabalho, o que também se traduz em aumentar os resultados de sua própria gestão e a de sua equipe, sempre preocupados em gerar bem-estar.

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CULTURA DE LIDERANÇA EM SST

>O SEGUNDO COMPONENTE DA COMUNICAÇÃO É O SILÊNCIO: _E além da conversação entre duas pessoas, o silêncio da mente. Assim, o autocuidado converte-se em uma convicção como expressão de valores superiores de respeito e cuidado pela vida.

_Por outro lado, o coach começa a se ocupar conscientemente de sua forma de comunicarse, reconhecendo que para ter conversas inteligentes é necessário priorizar o escutar em detrimento do falar.

Ou seja, buscar não julgar durante a escuta, o que se conquista com a prática de exercícios de auto regulação, como a consciência da respiração, que permite manter-nos serenos para poder tomarmos decisões acertadas.

Isso se denomina ‘escuta ativa’, e se demonstra com ações como olhar nos olhos do outro enquanto se fala, pensar no que o outro falou e validar com o outro a informação que compartilha para evitar maus entendidos e possíveis conflitos.

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PARA QUE UM MENTOR EM SST?

>O TERCEIRO COMPONENTE DA CONVERSAÇÃO É ‘FALAR’.

J. MAURICIO HOYOS

SERRATO. COLÔMBIA. _O coach, que se declara aprendiz permanente, privilegia o indagar sobre o propor, e com perguntas inteligentes consegue conhecer a situação do outro e se voltar novamente para posição de escuta.

BUSINESS COACH – MBA. Facilitador Profissional Certificado. Membro IF Society (Sociedade Internacional de Facilitadores).

Essa prática, quando instituída na organização, pode ser altamente eficaz para conquistar acordos de mútuo benefício, assim como coordenar ações mais efetivas com a equipe, pares ou líderes, tornandoos responsáveis no cumprimento de suas promessas.

A auto liderança do coach é uma prática que obtêm resultados sendo um superiores, pilar fundamental para edificar a cultura organizacional desejada_

Aumentar a segurança e o cuidado na vida, com a convicção de que,

SE NOS CONSCIENTIZAMOS EM SERMOS MELHORES SERES HUMANOS, INEVITAVELMENTE SEREMOS MELHORES LÍDERES, COLABORADORES, ESPOSOS,

FILHOS E/OU PAIS.

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LIÇÃO APRENDIDA ELETROCUSSÃO POTENCIAL DURANTE TRABALHOS DE ESCAVAÇÃO

CULTURA ZERO DANO

ATENÇÃO! DESCRIÇÃO DO INCIDENTE / ACIDENTE Durante trabalhos de adequação de terreno com retroescavadeira, um operador faz contato com um cabo energizado, causando seu rompimento. O cabo havia sido detectado previamente em uma inspeção e sua localização tinha sido sinalizada. AÇÕES IMEDIATAS: >Interromper imediatamente a execução da tarefa. >Entrar em contato com o operador da máquina. >Inspecionar a área e corrigir a condição do cabo. >Relatar e divulgar o ocorrido. >Iniciar a investigação do acidente.

CAUSAS BÁSICAS _Procedimento de movimentação de terra pode estar desatualizado. _Não existe um nível de consciência das consequências dos riscos associados aos trabalhos de escavação. _O procedimento de detecção não é claro em relação às inspeções que devem serem feitas à medida em que avança a escavação. _O operador da máquina não realiza inspeção em solo mesmo quando não há condições de visualização clara.

LIÇÕES APRENDIDAS _A eliminação do risco é o controle mais efetivo dentro da hierarquia do controle de riscos. _A definição da zona de tolerância em escavações é uma forma de administrar o risco, mas não de eliminá-lo. _Reportar oportunamente este tipo de situação permite tomar ações imediatas

AÇÕES CORRETIVAS _Atualizar o procedimento para a movimentação de terra de cabos elétricos enterrados. _Treinar os operadores de retroescavadeiras. _Melhorar o planejamento deste tipo de atividades. _Elaborar um formulário de permissão de trabalho para escavações.

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ENTREVISTA COM O E

COMO SER INOVADO EM SST?

_MYRIAM DUEÑAS ENGENHEIRA CIVIL, MESTRE EM HIGIENE E SEGURANÇA INDUSTRIAL pela Escola de Saúde Pública do México e Especialista em Alta Gerência pela Universidade dos Andes.


CULTURA DE LIDERANÇA EM SST

ESPECIALISTA

OR 1.

CONTE-NOS SOBRE SUA EXPERIÊNCIA EM SST TIVE A OPORTUNIDADE DE INICIAR MINHA VIDA PROFISSIONAL NO MINISTÉRIO DA SAÚDE, depois trabalhei em Colsanitas, posteriormente como Diretora do Conselho Colombiano de Segurança. Dali, criei a ARL Colmena, onde fui Vice-Presidente Técnico-Médica por 23 anos, e Presidente interina durante oito meses. Também fui docente de universidades colombianas e de outros países, e assessora do Ministério do Trabalho. Atualmente, presido a empresa multinacional Easytech Colombia (ETC). Em primeiro lugar, sou uma mulher que assume os objetivos que a vida impõe, uma feliz esposa, uma mãe e avó orgulhosa, e uma apaixonada pela prevenção de riscos no trabalho, com grande fé em Deus.

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ENTREVISTA COM O ESPECIALISTA

2.

QUAL É O SEGREDO PARA TER ÊXITO EM IMPORTANTES EMPRESAS? O AMOR E A PAIXÃO PELO QUE FAZEMOS. nos geram compromisso, de forma que conseguimos unir o projeto de vida com o da organização, dando sentido ao trabalho.

Com isso, somos motivados na hora de assumir objetivos, fortalecendo-nos nos acertos e superando fracassos.

3.

QUAIS SÃO AS TENDÊNCIAS DAS EMPRESAS DO FUTURO? Existem quatro aspectos que hoje se constituem tendências:

>1. A REVOLUÇÃO 4.0, A revolução 4.0, que gera o desafio da transformação tecnológica nas empresas.

>2. A VELOCIDADE com que se geram as mudanças. >3.A ÉTICA e a transparência empresarial. >4. A HUMANIZAÇÃO do trabalho como contraponto

à robotização que envolve o desenvolvimento da economia criativa.

4.

QUAIS SÃO OS DESAFIOS DAS EMPRESAS DO SÉCULO XXI? Os desafios que fazem o círculo virtuoso da sustentabilidade consistem em alcançar a competitividade com ênfase em três aspectos centrais:

A TRANSFORMAÇÃO TECNOLÓGICA, A INOVAÇÃO E O MARKETING. Tais aspectos, fundamentados no humano, nos ambientes de trabalhos e presenciais favorecem o bem-estar

talento virtuais integral.

Da mesma forma, deve-se garantir a geração de riqueza e a disposição adequada dos resíduos, assim como a utilização adequada de recursos e o impacto que se gera na sociedade devido à atividade empresarial – o que se traduz em responsabilidade social corporativa.

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CULTURA DE LIDERANÇA EM SST

E

m resumo, o grande desafio é conseguir ser uma empresa sustentável ancorada em um entorno saudável, ou seja, UMA EMPRESA

SAUDÁVEL NO ÂMBITO FINANCEIRO, AMBIENTAL E SOCIAL.

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ENTREVISTA COM O ESPECIALISTA

COMPETITIVIDADE

TALENTO HUMANO

LUGARES DE TRABALHO FÍSICOS E VIRTUAIS

EMPRESA SAUDÁVEL

MODELO DE NEGÓCIOS

SUSTENTABILIDADE

RCS

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CULTURA DE LIDERANÇA EM SST

5.

O QUE DEVEMOS REINVENTAR NO MODELO ATUAL DE SST? Pela minha experiência, considero que se devem reinventar os esquemas de liderança e participação arcaicos, baseados somente na definição de políticas, responsabilidades, capacitação e treinamento. Ao invés disso, pode-se gerar modelos de participação ativa e efetiva em todos os níveis da organização. Tenho desenhado e implantado um modelo de cultura preventiva a partir da liderança trans-estrutural que permite o fortalecimento de líderes em gestão estratégica, tática e operacional das empresas. Esse modelo permite uma verdadeira participação unida ao compromisso permanente e ao envolvimento em SST Está na hora da SST ser considerada um sistema isolado da gestão da empresa, mas ao mesmo tempo integrado no conceito macro de empresa saudável, uma vez que há ocasiões em que se criam sistemas integrados de gestão que ficam arquivados em documentos. É por isso que na Easytech Colombia estamos sendo assessorados empresa saudável baseado no Selo 5Z da Fundação Ocupational Risk Prevention, ORP.

6.

PARA VOCÊ QUAL É A DEFINIÇÃO DE INOVAÇÃO? SÃO MUITAS AS DEFINIÇÕES QUE EXISTEM. A minha fundamenta-se na proposta por F. Sánchez, F., M.B. Etxebarria, e E. Cilleruelo, que expressam que “a inovação é o resultado original, bem-sucedido e aplicável a qualquer âmbito da sociedade, que começa com uma ideia e evolui através de diferentes estágios, geração de conhecimento, invenção, industrialização e comercialização, apoiando-se na tecnologia para gerar conhecimento como condição necessária”.

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ENTREVISTA COM O ESPECIALISTA

7.

QUAIS SÃO OS INGREDIENTES PARA SER INOVADOR EM SST? O AMOR E A PAIXÃO PELO QUE SE FAZ. É um fator chave na Colômbia sair do marco teórico e legal no qual as instituições de ensino e o Governo enquadram os técnicos e profissionais de SST, não permitindo que tenham uma mente aberta ou que coloquem em prática a inovação que inclui e chama os envolvidos para participarem. Insisto que a criatividade vem sendo castrada desde a instituição de ensino, e com a rigidez legal colocaram medo nas ideias inovadoras, não dando margem ao pensamento criativo e inovador.

8.

O QUE SÃO EMPRESAS SAUDÁVEIS COM SELO 5Z? O selo 5Z da Fundação ORP baseia-se na Visão Zero de levar os acidentes, as doenças, a desigualdade, os resíduos e a desinformação, a um Horizonte Zero. Por esta razão, fundamenta-se em 5 Zeros: Zero acidentes, Zero doenças, Zero resíduos, Zero desigualdade e Zero desconhecimento. Vincular-se a este selo significa ser parte da Rede riesaludable, fazendo parte de uma rede de empresas que permitem o intercâmbio de conhecimento e também o acesso a uma consultoria que oferece um plano de ação que o levará a conseguir uma pontuação mínima requerida para obter o Selo 5Z por sua empresa. Com este selo, é possível demostrar de maneira clara e precisa, a seus stakeholders, as evidências de suas ações. Para conhecer os detalhes desse processo, você pode visitar riesaludable.com.

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CULTURA DE LIDERANÇA EM SST

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POR PORUNA UMACULTURA CULTURADE DEINNOVACIÓN, INOVAÇÃO, LIDERANÇA LIDERAZGOEYZERO CERODANO. DAÑO


CULTURA DE INOVAÇÃO EM SST

Em 5 de novembro deste ano, na cidade inovadora de Medellín na Colômbia ,

COMEMORAMOS O SEGUNDO ANIVERSÁRIO DA REVISTA HSEC INNOVATION,

que contou com a presença de líderes reconhecidos em SST, e também alguns autores de nossa revista.. Por: Manuela Gónima _ Chefe da Edição Revista HSEC Innovation

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POR UMA CULTURA DE INOVAÇÃO, LIDERANÇA E ZERO DANO.


CULTURA DE INOVAÇÃO EM SST

AGRADECEMOS A CADA UM DOS LEITORES E AUTORES PELO COMPROMETIMENTO, INTERESSE E LIDERANÇA

_Em conhecer as melhores estratégias de Segurança e Saúde no Trabalho e cuidado com o meio ambiente. Nestes dois anos foram incontáveis os aprendizados junto com vocês, que nutrem cada edição com histórias de sucesso, testemunhos, boas práticas e inovações científicas à serviço dos profissionais da prevenção.

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a cada edição motiva por uma Cultu que esteja impre os níveis org

Além disso, este proje hoje transmitem seus os colaboradores, le A RAZÃO DE SER DAS AS PES


CULTURA DE INOVAÇÃO EM SST

a a unirmos esforços ura Zero Dano egnado em todos ganizacionais

eto inspira líderes que s ensinamentos a todos evando em conta que S ORGANIZAÇÕES SÃO SSOAS.

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