ANO 8 | EDIÇÃO 69
ABRE ASPAS [fo t o Giulia no L ope s ] Ímpar em to do s os lu ga re s
Acompanho a Revista Ímpar desde a primeira edição e venho conferindo, o crescimento da publicação. Impossível não destacar o carinho e o cuidado dos profissionais que nela atuam, afinal de contas, montar uma edição de 115 páginas em 24 dias úteis não é para qualquer um. Gosto muito das reportagens de capa, além de abordar um tema diferente e interessante todo mês, ele é embasado em personalidades da nossa sociedade, otimizando as informações, especialmente para nós, que trabalhamos no setor de vendas e precisamos estar sempre antenados com tudo o que acontece em nosso Estado. Sabrina Marchetti Vendedora H. Stern
Chaves
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6 Ímpar
e xpe d ie n te / par
#69 Publisher Grazielle Machado gramachado@revistaimpar.com.br Jornalista Responsável Rejane Monteiro > DRT 257/MS rejanemonteiro@revistaimpar.com.br Chefe de Redação evelise couto > DRT 948/MS evelise@revistaimpar.com.br Estagiária de Redação priscila ribeiro priscila@revistaimpar.com.br
Guilherme Molento Guilherme Molento fica sempre de olho nos detalhes quando está com a câmera em mãos. Perfeccionista e criativo, acredita que é possível demonstrar as emoções por meio da fotografia e eternizar a alegria de momentos especiais. Ele se especializou na profissão em 2003 e agora faz parte da nossa equipe, trazendo a beleza das suas fotos para as páginas da revista.
Diretor Criativo Helder Domingues criacao@revistaimpar.com.br Assistente de Criação MAICKELL VILELA Executiva de Contas Raquel Tuller atendimento@revistaimpar.com.br Atendimento Cliente e Leitor jay N. S. miyasato cliente@revistaimpar.com.br Revista Digital WtSite Imagem Giuliano Lopes, Marcos Vollkopf, Guilherme Molento e Eurides Aoki Impressão Graff Gráfica e Editora
Giuliano lopes Giuliano Lopes é repórter fotográfico e publicitário, combinação perfeita para usar a criatividade na hora de registrar momentos importantes. Ele descobriu a fotografia quando precisou dar uma mãozinha em um sessão de fotos no estágio e gostou tanto que não parou mais. Está sempre fazendo workshops, estudando. E agora chegou para completar a equipe Ímpar.
Maickell Vilela Maickell Vilela é o novo assistente de criação da Revista Ímpar. Com 22 anos, já acumula seis de experiência como designer gráfico em criação para web e mídias impressas. Adora o trabalho e pretende investir nele. Seu sonho é estudar no exterior. As horas vagas ele aproveita para fotografar, seu hobby preferido entre a dança, a música e o desenho.
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í NDICE
#69
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DESTAQUES EM PAUTA
seções 14
Cheia de energia positiva e alto-astral, a cor laranja tem tudo a ver com quem acredita que pequenas ações podem transformar o mundo. Faça parte dessa corrente do bem
COMPORTAMENTO
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Kátia Volpe, Dendry Rios, Tereza Name e Cidinha Arroyo são ímpares porque vão à luta e fazem a diferença na vida de outras pessoas
06 Abre Aspas 08 PAR 12 DE PERTO 28 Beleza 30 Bem estar 32 artigos 34 garimpo
SAÚDE
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Solidariedade que está no sangue - conheça mais sobre a doação de medula óssea e como você pode fazer sua parte
40 esporte
54 vitrine 58 perfil
TURISMO
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O Jumeirah Port Sóler reúne toda a sofisticação e elegância de um hotel cinco estrelas em meio à deslumbrante paisagem natural da Ilha de Maiorca, na Espanha
entrevista
68
O deputado Paulo Corrêa conversa com a Ímpar sobre transparência, modernização e projetos do Legislativo Estadual
66 cenário 68 DECORANDO 76 eventos 102 ímpares
de perto [ por R e j a n e M o n te i ro | fo to G u i l herme M ol ento]
Paula Gobbo Chaves Jeito de menina, alma de mulher Formada em Arquitetura e Urbanismo, Paula Gobbo Chaves é daquelas pessoas que impressionam logo no primeiro olhar, seja pelo otimismo em relação à vida, seja pelo alto-astral. A arquitetura é sua profissão, mas a dança é sua essência. “Dançar é coexistir”, define. Proprietária do grupo de dança Litani, que idealizou e montou aos 18 anos, essa arte já havia aparecido em sua vida em dois momentos intensos. A primeira, aos seis anos nas aulas de ginástica rítmica. A segunda, aos 13, quando seus pais foram assistir a um evento de dança árabe e levaram para casa um CD. Foi o suficiente para elase apaixonar pela cultura. Aos 18, ainda menina, resolveu investir e montar seu próprio grupo de dança. Hoje, ele é formado por homens e mulheres e mantém apresentações de dança do ventre, rodas de Dabke, danças de casal e Zaffis, que são aquelas entradas típicas dos casamentos árabes. Para manter sempre em dia as coreografias, o grupo ensaia pelo menos oito horas semanais. Aos 24 anos é uma arquiteta antenada com as novas configurações da arquitetura mundial. Acaba de voltar de tour pela Europa que incluiu países como Inglaterra, França e Espanha, cheia de ideias e inspirações. “Achei incrível, uma verdadeira aula de História da Arte. O clássico, o gótico, a Art Noveau e o moderno em projetos diferenciados ou juntos em um único projeto”, relata. Na vida pessoal, Paulinha, como é chamada pelos mais íntimos, adora assistir um bom filme na companhia do namorado, conhecer novos lugares e passear com sua cachorra Hanna, um labrador de três anos que é sua paixão. Tem muita fé e acredita que o universo conspira a nosso favor, se respeitarmos a ordem natural das coisas. Adora dizer sim, mas se preciso sabe dizer não. Além disso, tem foco e sabe onde quer chegar. Um sonho? Casar e ter filhos, além de conciliar sempre, a profissão de arquiteta e a paixão pela dança.
CAPA - FICHA TÉCNICA Modelo
Fotografia
Paula gobbo chaves
Guilherme Molento
EM PAUTA
[p or Ev e lis e Cout o]
No tom da
muda
ança Entenda porque boas ações podem melhorar o seu dia e transformar o mundo
Alegre e cheia de vida, a cor desse mês traz segurança, afasta as emoções negativas e tem tudo a ver com quem é ativo e dinâmico. O laranja é assim, cor de quem chama atenção, de quem mexe o doce e tem saúde para dar e vender. É o tom do nascer e do pôr-do-sol, simbolizando um ciclo de renovação das energias a cada dia. Quente, a cor é a mistura exata entre o amarelo e o vermelho. Traz movimento e espontaneidade, além de ser a cor das pessoas que têm agilidade mental e procuram o sucesso e a prosperidade. É o tom de quem crê que tudo é possível, pois estimula o otimismo, a generosidade e transborda irradiação e expansão. Por isso, falar dessa cor nos permite
pensar em pessoas que fazem a diferença, transformando situações e levando o bem por onde passam, formando uma corrente de boas intenções e vibrações.
A corrente do bem E se durante uma aula fosse proposta aos alunos a ousada empreitada de mudar o mundo? Mas mudar para valer mesmo, longe de um pensamento utópico ou fantasias, com uma arma simples e que todo mundo tem: a força de vontade. É esse o desafio lançado pelo professor Eugene
Simonet na obra de Catherine Ryan Hyde, A Corrente do Bem, mais tarde adaptada para o cinema com Helen Hunt, Kevin Spacey e Haley Joel Osment nos papéis principais. A ideia era simples: fazer um boa ação que realmente ajudasse a vida de alguém e pedir para que essa mesma pessoa ao invés de retribuir o favor, fizesse o bem para três outros indivíduos diferentes. Isso geraria uma reação em cadeia de generosidade e boas ações e faria girar a corrente do bem. Seguindo os passos da obra, uma organização chamada Pay It Forward (o nome do livro e filme em Inglês) resolveu trazer para a vida real os preceitos do professor Simonet. Com a proposta de conscientizar as pessoas de que boas ações podem ser facilmente inseridas no dia a dia, a Corrente do Bem, como é chamada em terras brasileiras, tem o objetivo de inspirar e facilitar a cultura da gentileza, do senso de comunidade e da cidadania com atitudes simples. As ações, incentivadas em todo o país, começaram em 2011 por meio de uma mobilização via veículos de comunicação e redes sociais e têm parcerias com empresas, organizações e instituições de ensino. Ajudar a carregar as compras do vizinho, dar o guardachuva que está no carro para alguém no ponto de ônibus em um dia chuvoso, fazer uma vaquinha para a creche do bairro, qualquer boa ação é bem-vinda, por menor que possa pare16 Ímpar
cer. O importante é, segundo o site oficial da organização, perceber as pessoas ao redor e fazer com que elas também reconheçam a existência do outro, gerando um fator multiplicador desse sentimento. Para eles, o índice de felicidade pessoal de cada um aumenta quando o mundo em volta está bem.
A arte de se doar É com esse princípio em mente que a psicóloga clínica e hospitalar Claudia Pinho se enche de gás para espalhar boas sementes por aí. Trabalhando no Centro de Tratamento Onco Hematológico da AACC, ela ainda arruma tempo para se dedicar a diversas outras funções. Defesa Civil, Psicólogos Sem Fronteiras e a coordenação do Projeto Doutores Palhaços, são só alguns exemplos de onde voluntaria. O combustível disso tudo? Saber que, mesmo em pequenas doses, ela está contribuindo para um mundo melhor. Claudinha desde criança cultiva o hábito de ajudar quem precisa e qualquer notícia de situações que necessitam de bastante esforço coletivo, como as chuvas na região serrana no Rio de Janeiro em 2011 e as enchentes em Santa Catarina, despertam nela a vontade de
Gustav Klimt - “O beijo” (1908)
regular com as atividades sociais que esse trabalho propicia. Para as mulheres essa é uma situação especialmente vantajosa. Pesquisadores constataram que a maioria das voluntárias conseguem manter melhor suas habilidades e aptidões físicas e mentais, natas ou desenvolvidas, ao longo da vida.
Ações em rede Em tempos de redes sociais, compartilhar as boas ações é cada vez mais frequente. O Facebook tem se mostrado um dos instrumentos mais eficientes nessa onda de solidariedade online. Segundo a jornalista e publicitária Val Reis, a Internet facilita e muito o processo. “Assim é mais fácil fazer o bem porque você acaba encontrando outras pessoas que têm o mesmo objetivo que você e essa união facilita ações solidárias. Quem quer ajudar pode usar as redes pra divulgar as ações, buscar voluntários e encontrar pessoas que necessitam de ajuda”, explica. Além disso, é uma ótima maneira de encontrar mais gente que está à espera somente de uma iniciativa para então agir e fazer acontecer. Que o diga a veterinária Maria Lucia Metello, fundadora do Abrigo dos Bichos, uma instituição preocupada com
Sanja Gjenero_SXC
a vontade de cooperar, muitas vezes, chegando a ir até o local para oferecer sua ajuda e colocar a mão na massa. Para ser voluntário, no entanto, não basta apenas boa vontade, diz a psicóloga. Para ajudar alguém a pessoa deve estar, antes de tudo, bem internamente. O voluntariado não é uma válvula de escape e por isso não é conveniente, segundo Claudia, querer ser ajudado emocionalmente ajudando o outro, é exatamente o contrário. “Eu consigo realizar os trabalhos porque estou bem comigo mesma e me permito estar bem. Além disso, para desenvolver o voluntariado é fundamental que se tenha capacitação, independente do trabalho que for ser realizado”, explica. Claudinha não está sozinha nessa. Segundo levantamento da Organização das Nações Unidas, nos últimos dez anos, o número de voluntários no Brasil passou dos 22 milhões para nada menos que 42 milhões. Estudos comprovam que fazer o bem melhora até a saúde de quem se dispõe a ajudar. Pesquisas conduzidas pelas Universidades de Michigan e Cornell, nos Estados Unidos, sugerem que aqueles que dedicam um longo período de sua vida ao voluntariado vivem mais do que quem não participa de nenhuma ação voltada a auxiliar outras pessoas. A explicação está na qualidade de vida advinda da interação social e do comprometimento
a proteção e bem-estar dos animais, com sede em Campo Grande. A Fan Page da instituição no Facebook, por exemplo, já tem aproximadamente onze mil membros. Todos os dias, notícias de animais encontrados ou perdidos, denúncias de maus tratos e pedidos de ajuda para bichinhos doentes são publicados e compartilhados pelos usuários que apoiam a causa do Abrigo. Fundada em 2001, foi a Internet que ajudou a dar fôlego e mais visibilidade à instituição que hoje, graças ao trabalho de voluntários, ganhou credibilidade na Cidade Morena. “Precisamos ter parceiros e gente engajada para trabalhar em nosso time. Existem tantas pessoas vazias e tristes porque não oferecem nada de si mesmas. Se cada um atendesse aquele animal que está próximo de si, o trabalho seria muito mais efetivo”, explica a veterinária. Fazer o bem está ao alcance de todo mundo e é uma questão de escolha. Pequenas ações a cada dia fazem a vida de quem escolhe agir e de quem está ao seu redor melhor, pois a solidariedade é uma energia que contagia e só traz bons fluidos, é uma corrente na qual cada elo faz a diferença para si e para o próximo. Basta saber o que plantar. 18 Ímpar
Seja a mudança que você quer ver A Ímpar separou algumas dicas para você mudar o dia de alguém e, aos poucos, tornar o mundo um lugar melhor para se viver: • Organize uma vaquinha com o pessoal da sua empresa e faça uma grande doação para uma instituição de caridade; • Seja gentil no trânsito e dê passagem aos mais apressados; • Ajude o vizinho a carregar as compras do supermercado; • Em um dia chuvoso, compartilhe o guarda-chuva com alguém que não tenha um; • Dê seu lugar na fila do banco para uma pessoa que esteja com mais pressa que você; • Visite um vizinho ou parente idoso e pergunte se algo precisa ser consertado em sua casa, como uma lâmpada queimada ou uma torneira que esteja pingando; • Deixe um livro no ônibus ou em um banco de praça para que outra pessoa possa lê-lo; • Dê carona a alguém que more longe e dependa de transporte público.
comportamento
[ por E v e lis e Cout o | f ot o s E u r i d e s A o k i ]
Fazendo bem Nessa edição conheça quatro pessoas que buscam o novo e o diferente, e o melhor: fazem bem feito! Já diria Gabriel, o Pensador: “não adianta olhar pro céu com muita fé e pouca luta.” Foi isso que os quatro entrevistados dessa edição resolveram fazer, ir em busca do que para eles faria a diferença em suas rotinas e na vida dos outros. Kátia Volpe e Dendry Rios trazem toda a energia de quem faz o novo e o diferente, Tereza Name e Cidinha Arroyo distribuem o bem e mudam a realidade de quem precisa de auxilio. Cada um a seu modo sai à luta para transformar o mundo, com a ousadia de quem acredita que a mudança começa dentro de si mesmo. Conheça as histórias destas quatro pessoas que não ficaram esperando as transformações caírem do céu.
Trabalho e resultados Entre São Paulo e Campo Grande, assim se divide a vida de Kátia Volpe. A médica formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, graduou-se em ginecologia, medicina estética e fez pós-graduação em Dermatologia. Membro da Academia Americana de Dermatologia, a mais conceituada no ramo da estética não-cirúrgica, ela procura manter-se sempre alinhada às novidades em sua área de estudo, a tecnologia avançada, participando de diversos cursos e congressos, inclusive na renomada Universidade de Harvard, em Boston. Cheia de energia e ousada, em 2004 montou a clínica Kátia Volpe em Campo Grande e há um ano em São Paulo. Com uma equipe altamente qualificada e que dá a ela todo o auxílio nas duas unidades, a médica sente-se segura em fazer um trabalho de excelência. Profissional bem sucedida, Kátia tornou-se referência em bons resultados, o que inclui em sua lista de pacientes várias celebridades. “Acredito que o segredo de todo esse reconhecimento é você olhar para o seu paciente e pensar o que faria se estivesse no lugar dele”, explica. Ter essa rotina atribulada e ainda conseguir dar conta do recado é uma tarefa importante para Kátia. No entanto, para ela os desafios são oportunidades para evoluir e sempre ir mais em frente. Ela acredita também que para ser uma profissional que faz a diferença, a seriedade deve estar em primeiro lugar. Ser sincera, ter foco e objetivo também são ótimas dicas para quem pretende vencer em qualquer profissão. A receita de ter alcançado o sucesso é simples, mas exige acima de tudo dedicação. “Aprender dá trabalho , expertise exige esforço, a própria vida é um desafio e o modo que você vai lidar com ela 22 Ímpar
depende unicamente de você. Então se resume em crescimento, humildade e equilíbrio. Em todos os sentidos”, ensina.
A força jovem Ativo e dinâmico, ficar parado definitivamente não é uma opção para Dendry Rios. Um dos membros do Movimento Jovem Empresarial de Campo Grande, ele acredita na força do empreendedorismo dos novos empresários. O segmento está ganhando cada vez mais espaço nas principais discussões que envolvem o desenvolvimento econômico e comercial da Capital e, por isso, o empresário e jornalista aposta nesse grupo. À frente da Associação do Jovem Empreendedor de Mato Grosso do Sul, a AJE, Dendry foi também presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas Jovens de Campo Grande. E não para por aí, comunicador, ele tem ainda um site de notícias e uma revista cultural. O grande motivo para se engajar em tantos projetos é a oportunidade de realizar-se, ver os planos fluírem bem e conseguir bons resultados. Hoje, a menina dos olhos de Dendry é a AJE. Reunindo jovens empresários de 16 a 40 anos, a associação apoia e orienta esses empreendedores que têm vontade de inovar e fazer diferente. “Somos uma formiguinha trabalhando em prol do empresário, mas mesmo isso já quebra o galho de muita gente. É um trabalho contagiante, quando se entra no movimento não se quer sair mais”, conta. O conselho que ele dá para quem pretende iniciar um negócio em Campo Grande é não deixar para depois para procurar um grupo no qual seja possível aumentar o conhecimento e seu relacionamento. “Aproveite tudo que tem para você hoje. Fico orgulhoso em dizer que
ajudei o jovem empreendedor de Campo Grande a ganhar respeito e conquistar seu espaço na sociedade”, diz. Dentre tantas funções, Dendry ainda consegue administrar bem seu tempo com o filho de quatro anos. Apaixonado por trabalho, ele diz que sempre se pergunta o que pode fazer para ajudar alguma ação e o quanto vai receber por isso é apenas consequência. “Tudo que acontece de bom comigo, eu agradeço a Deus. Passei por situações difíceis mas nunca escondi o sorriso do rosto. Se eu transmitir alegria para alguém, vou ser retribuído e isso importa muito em minha caminhada”, explica.
Uma gota d’água Ser solidária para Tereza Name sempre foi uma questão de fazer a diferença na vida de alguém. Vinda de uma família grande, foi com os pais que, ainda criança, aprendeu a importância de dividir o que se tem e multiplicar o bem. Conhecida por sempre ajudar quem precisa, faz parte de sua rotina mobilizar família e amigos para ajudar quem esteja em situações difíceis. “É importante fazer o que está ao nosso alcance. Quantas pessoas aqui em Campo Grande fazem cada uma, um pouquinho. É como dizia Madre Tereza de Calcutá: a gota d’água no oceano, se ela não existisse, ele seria um pouquinho menor”, explica. Uma tarde chuvosa como a da entrevista deixa Tereza apreensiva e preocupada. É em dias assim que ela e seus assistentes resolvem pôr o pé na rua para ajudar quem esteja passando por dificuldades. Junto de voluntários, ela entrega cobertas, roupas e muitas vezes uma sopa feita com todo capricho para aquecer essas pessoas. A equipe percorre bairro a bairro, procurando quem precise de auxilio. Doar a si mesma, no entanto, traz um sentimento muito controverso, segundo Tereza. Apesar da sensação gratificante que fazer uma boa ação significa, ela conta que é muito triste ver tanta desigualdade social. “Os casos ensinam a gente em muitas situações diferentes. A presença de Deus é inegável porque não é por acaso que uma pessoa com dificuldade chega até você. Por outro lado, toda injustiça é muito triste e procuro me colocar no lugar de quem está pedindo”, conta. Para ela, a desigualdade social é o grande mal de nossa sociedade. Mesmo percebendo que com o passar dos anos a situações das pessoas nos bairros e assentamentos tenha, de certa forma, melhorado, ela ainda sonha com o dia em que não haverá mais necessidade de fazer esse trabalho solidário. Seu grande sonho é que os pais possam dar às suas famílias condições dignas de vida, que ninguém mais precise ganhar um cobertor, uma cesta básica ou um brinquedo. Enquanto isso não chega, Tereza continua. Dia após dia, em um trabalho de formiguinha mas que para muitos faz toda a diferença.
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Esforço em grupo Com mais de trinta anos de trabalho, a médica especializada em clínica médica e nefrologia, Cidinha Arroyo, é um dos nomes fortes à frente da Associação Beneficente dos Renais Crônicos. Foi em uma reunião com as amigas que surgiu a ideia de unir esforços para ajudar pacientes com esses problemas, dando a eles mais qualidade de vida e suporte para o tratamento. “Fundei a instituição com esse sentido. Logo comecei a fazer festas para arrecadar fundos. Assim, a gente pagava passe de ônibus para os pacientes, comprava os medicamentos, os ajudava com sacolão. Naquela época o número de beneficiados era restrito, mas com o passar do tempo, foi crescendo e eu coloquei a minha vida e a minha família envolvidos com a associação. Fiz disso um objetivo de vida”, conta. Depois de 25 anos de muita luta, a ABREC oferece condições para que as pessoas que precisam fazer tratamento renal tenham mais qualidade em seus dias. Atualmente a associação atende aproximadamente 600 pacientes, sendo que 90% deles são considerados carentes. Além de assistência ao renal, a entidade também presta um trabalho social com suas famí24 Ímpar
lias, já que por conta da hemodiálise realizada três vezes por semana durante quatro horas por dia, o renal crônico acaba tendo dificuldades com o trabalho e em levar uma vida ativa em decorrência do tempo e das reações colaterais da terapia. Hoje em uma sede bem organizada e equipada, os pacientes contam com a ajuda de diversos profissionais como assistente social, nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, além de terem à disposição um laboratório de informática e um consultório odontológico. No prédio há também uma farmácia, onde podem ser retirados medicamentos e uma malharia na qual os pacientes participam de oficinas, confeccionam camisetas e as vendem. Cidinha conta que o trabalho na ABREC faz dela uma pessoa realizada. “Ver os pacientes bem e felizes é uma alegria enorme. Ver como eles ficam agradecidos e como a qualidade de suas vidas aumentou é o que me motiva”, explica. Além disso, o envolvimento de sua família com a causa é muito especial para a médica, que acredita que todos estão nesse mundo de passagem e que é necessário e função de cada um fazer a diferença.
SAÚDE
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[po r Pris cil a Ribe iro]
Doação de medula óssea Solidariedade está no sangue e pode salvar vidas Um gesto simples que representa a possibilidade de cura para muitos, assim é a doação de medula óssea. Tecido gelatinoso que ocupa o interior dos ossos, a medula tem a função de produzir as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas, responsáveis respectivamente por transportar oxigênio, defender o organismo de infecções e coagular o sangue. Algumas doenças, como a leucemia e o linfoma afetam o bom funcionamento dessas células. O transplante consiste na substituição de uma medula doente por outra saudável. Há dois tipos de transplante: o autogênico, quando a medula vem do próprio paciente e o alogênico, quando ela vem de alguém compatível. Também há a possibilidade de retirar as células do cordão umbilical. Mas para ser um doador é preciso mais que boa vontade. A compatibilidade é determinada por um conjunto de genes que devem ser iguais entre ele e o receptor. Seguindo as leis da genética, a chance de encontrar o doador entre irmãos (mesmo pai e mesma mãe), é de 25%. Sem o parentesco, a chance é uma em cem mil. Renilde Pereira é uma das catorze sul-mato-grossenses que já realizou o transplante. Diagnosticada com leucemia em 1999, recebeu a medula da irmã Rosilda Pereira. “Eu só tenho a agradecer por ela ter me dado a chance de viver”, conta. Elas foram para São Paulo fazer o procedimento, que ainda não é realizado no Estado. Na época, a maior dificuldade para a vendedora foi ficar longe dos filhos, que ainda eram pequenos. “Não foi fácil. Se não fosse Deus e minha família eu não estaria aqui”, diz emocionada. Quem não teve a sorte de Renilde, precisa procurar uma pessoa compatível no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea, o REDOME. É um banco de dados virtual, com as informações (nome, endereço, resultados de exames, características genéticas) de quem está disposto a doar. Com mais de dois milhões de cadastrados, o Brasil só fica atrás dos EUA e da Alemanha. Segundo o Hemosul (Centro de Hematologia e Hemoterapia de Mato Grosso do Sul), no Estado são 108.544 voluntários. Lucéia Fernandes, coordenadora do Setor de medula Óssea do Hemosul, explica que o procedimento para fazer o cadastro é simples, basta preencher uma ficha e coletar
uma pequena amostra de sangue. Ela conta que as campanhas de conscientização são constantes, pois a falta de informação ainda é a maior dificuldade. “As pessoas ainda confundem medula óssea com medula espinhal. Acham que vai mexer na coluna e por medo não fazem o cadastro”. A medula espinhal é um tecido nervoso, localizado no interior da coluna vertebral, que tem como função transmitir impulsos para todo o corpo mas não é a mesma medula usada no transplante. Quando o doador é encontrado, são feitos mais alguns testes de compatibilidade, se todos derem positivos, são feitos rigorosos exames clínicos para avaliar suas condições de saúde. Mas não há exigência quanto à mudanças no modo de vida, trabalho ou alimentação. A medula óssea pode ser coletada pela veia. O doador recebe por cinco dias um medicamento que estimula a multiplicação das células-mãe, que dão origem às outras células do sangue. Então elas migram da medula para a veia e são filtradas em uma máquina chamada aférese. O processo dura quatro horas. Também há a possibilidade da coleta direto da medula, na região da bacia, realizada com agulha e seringa. Ela é feita com anestesia e dura em média sessenta minutos. Ambos procedimentos oferecem pouco risco, pois não se trata de uma cirurgia, não há cortes, nem pontos. O doador fica em observação por um dia e depois pode voltar para casa. O paciente, depois de se submeter a um tratamento que ataca as células doentes, recebe a medula sadia como se fosse uma transfusão de sangue. Ela é rica em células chamadas progenitoras que, uma vez na corrente sanguínea, circulam e vão se alojar na medula óssea, onde se desenvolvem. São necessários cuidados com a dieta, limpeza e esforços físicos. E se você quer fazer parte desse grupo de pessoas que dá o sangue para ajudar, só precisa ter entre dezoito e cinquenta e cinco anos, e estar com a saúde em dia. Aí é só procurar o Hemocentro mais próximo. Em Campo Grande dá para se cadastrar no Hemosul, no Hospital Regional, na Santa Casa e no Hospital Universitário.
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B ele z a
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Lindo, liso e solto! Conheça uma técnica de alisamento que dispensa formol e amônia e deixa os fios muito mais saudáveis Ter cabelos lisos é tendência para a mulherada que está sempre antenada nas novidades de estilo. Os fios domados significam muito mais praticidade e economia de tempo para a mulher moderna, que se desdobra entre tantos afazeres. Estudos de uma marca brasileira no ramo da estética avaliram um grupo de pouco mais de mil mulheres e descobriram que 40% delas usam alguma química para deixar os cabelos lisos, isso sem contar aquelas que fazem escova quase que diariamente. A grande preocupação, no entanto, fica por conta das mulheres que lançam mão de processos perigosos em busca de fios mais bonitos. A escova com formol, por exemplo, pode causar alergias respiratórias e cutâneas. Além disso, o uso da substância deixa os cabelos sem nutrientes, já que os ativos do condicionador ou dos tratamentos hidratantes não entram nos fios. Quando o efeito da escova acaba, o cabelo costuma ficar com um aspecto mais danificado, sensível, quebradiço e descolorido. Na contramão desses processos, a indústria cosmética vem investindo cada vez mais em tecnologia para encontrar métodos mais eficientes para alisar os cabelos. Um dos deles é o tratamento a partir da célula-tronco de uma maçã suíça que tem alto poder regenerativo, a Uttwiler Spätlauber. Além de dispensar o uso de formol ou amônia, um dos grandes pontos 28 Ímpar
positivos desse alisamento é que ele não tem contraindicações e pode ser realizado em cabelos quimicamente tratados, gestantes e até mesmo crianças. O tratamento é compatível com todas as químicas e não causa o incômodo da ardência, muito comum em progressivas. Outra vantagem é o fato de poder pintar o cabelo logo após o alisamento, prática não aconselhável para outros tipos de técnicas. Diferente das progressivas convencionais, o alisamento à base de célula-tronco vegetal atua diretamente nas ligações de hidrogênio do fio, isso permite reparar e regenerar a estrutura celular dos cabelos de forma eficaz, deixando as madeixas lisas e saudáveis desde a primeira aplicação que é feita em cinco etapas e tem duração de três a quatro meses. Em Campo Grande, essa técnica pode ser encontrada na Joana Albuquerque - Casa de Beleza, que conta com profissionais treinados e qualificados para a aplicação desse tratamento, além de oferecer vários serviços de estética, como cortes, pintura, hidratação e outros.
JOANA ALBUQUERQUE - CASA DE BELEZA Rua Amazonas, 1992 Tel: 3306-9635 / 3351-0170
BEM -ESTAR
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Massa que emagrece Conhecido como “miojo milagroso”, o konjac promete ser a aposta do momento para quem quer perder peso E se fosse possível sentir-se saciado, sem fome, comendo massa e consumindo apenas dez calorias? É isso que o konjac promete. Conhecido como o “miojo milagroso”, ele chamou a atenção depois que a chef Nigella Lawson, famosa por seus hábitos alimentares e culinários extravagantes, afirmou que foi ele o grande responsável pela sua visível boa forma. Depois disso foi uma correria só, todos queriam experimentar e saber mais sobre o tal macarrãozinho japonês. Apesar de ser chamado de macarrão ou miojo, ele é na verdade uma planta asiática, que em bloco e cortado a em tiras bem finas, ganha o aspecto de um espaguete. Sua função mais conhecida se dá devido à capacidade de retenção de água, efeito provocado pela sua substância ativa, a glucomanan. No estômago seu volume se expande, preenchendo o órgão e aumentando a saciedade mesmo que não haja calorias. Além disso, ele ajuda a corrigir os níveis de glicose e colesterol e aumenta a defesa antioxidante do organismo, o que pode contribuir para a perda de peso. 30 Ímpar
Segundo a nutricionista Emanuelle Salustiano é importante atentar para o fato de que o konjac tem baixas concentrações de vitaminas e minerais e uma saída para complementá-lo é fazer sua preparação com vegetais, por exemplo. “Alimentos ricos em fibras são sempre bem-vindos. No entanto, é necessário informar seu nutricionista quanto ao uso do konjac, pois cada organismo reage de maneira única”, alerta. Quem já experimentou confessa que o tal miojo não tem um sabor expressivo, por isso uma boa dica é adicionar legumes, tofu, frango ou peixe e incrementar com temperos como cheiro verde, manjericão e shoyu para que a refeição fique mais atraente e saborosa. Achar o tal macarrãozinho, no entanto, tem sido missão quase impossível em Campo Grande. As remessas que chegam nas lojas especializadas em produtos orientais acabam rapidamente por conta da procura intensa pelo queridinho do momento.
art i go
Osteoporose Dr. José Roberto é médico homeopata. Seu e-mail é amclab@terra.com.br
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A cada dia veem-se mais artigos de mídia alertando sobre os problemas da osteoporose, uma situação em que existe perda de cálcio dos ossos aumentando o risco de fraturas devido a sua fragilidade. Esta ligação é verdadeira, mas pensar que osteoporose significa “falta de cálcio” é uma simplificação perigosa, pois múltiplos nutrientes, como a vitamina D estão ligados à formação óssea. Se compararmos o osso a um edifício, o cálcio seria como os tijolos que fecham os espaços entre as colunas. A estrutura do “edifício ósseo” envolve diversos outros minerais como o boro, o fósforo, o silício, o cobre e, principalmente, o magnésio. O magnésio age como o transportador do cálcio para os ossos e sempre que tivermos uma deficiência absoluta ou relativa dele, o cálcio tenderá a ser eliminado do corpo ou acumulado em outros tecidos, aumentando a tendência para cálculos renais, calcificação de tendões ou a osteofitose (formação de “bico de papagaio”). A ilusão de que osteoporose é o mesmo que falta de cálcio leva a outro erro: leite é rico em cálcio e evita a osteoporose. Nada mais equivocado. Ao contrário do que se propaga e até médicos desinformados acreditam, existem trabalhos sólidos mostrando que quanto maior o consumo de laticínios, maior o risco de fraturas. Um estudo americano envolvendo mais de 70 mil mulheres ao longo de 12 anos observou que o consumo de cálcio a partir de laticínios pode, na verdade, aumentar o risco de fratura, ao invés de diminuí-lo. Por outro lado, o consumo de cálcio de fontes não lácteas, associado à vitamina D, contribui para fortalecer os ossos. A associação dos laticínios com a osteoporose é apenas um dos problemas, pois em função de aumentar uma substância chamada IGF1, eles tem sido acusados de aumentar a tendência a câncer de ovários, próstata e mamas. A sua ligação com alergias respiratórias e de pele, como as dermatites e eczemas nas pessoas sensíveis já é bem conhecida dos médicos e das mães que são boas observadoras, mas a correlação com o câncer é mais recente. Um estudo sueco em mais de 60 mil mulheres mostrou que aquelas que bebem dois ou mais copos de leite ao dia têm 50% a mais de chance de desenvolverem formas mais agressivas da doença. Resumindo, podemos passar muito bem sem o leite, e na verdade passamos melhor sem ele.
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[p or P r is c ila Ribe iro | f ot o Va ngiv a ldo M i r a n d a ]
Grupo Camalote Uma viagem pelo universo imaginário do folclore sul-mato-grossense, embalada pelos ritmos do Pantanal Vitrine viva da tradição do Pantanal, do cerrado e das fronteiras, o grupo é o único que apresenta no repertório todas as trinta e uma danças folclóricas de Mato Grosso do Sul, orgulha-se sua idealizadora, Marlei Sigrist. O nome Camalote foi escolhido por ser um ícone importante da identidade cultural pantaneira. A lenda guarani conta que uma jovem índia se apaixonou por um soldado espanhol e ficou muito triste quando ele foi obrigado a voltar para sua terra natal. Os deuses então a transformaram na camalote, uma planta aquática de folhas grandes e arredondadas, enfeitadas por uma flor lilás, para que ela percorresse todos os trechos do rio em busca de seu amor. O grupo começou em 2003, depois de um curso de formação de professores de dança popular, ministrado pela pesquisadora Marlei. Ela enfatiza que a turma era heterogênea, formada por professores, universitários, funcionários públicos, profissionais liberais, e que todos tinham em comum o gosto pela dança, o apego pela identidade cultural e a vontade de compartilhar esses valores e sentimentos, mostrando a importância e a riqueza cultural do Estado. Dentro e fora do palco, o grupo representa o espetáculo da vida. Vários jovens seguem os passos da tradição no projeto “Camalote vai à escola”, que os envolve em atividades cultu34 Ímpar
rais, ensinando respeito aos colegas e à cultura, proporciona visitas a museus e centros culturais e a viagens. Assim mostra para o Brasil a dança, a indumentária e os adereços regionais o som das cirandas como o engenho de maromba e caranguejo, a da catira, do siriri, das polcas e chamamés. Permeando o imaginário popular das lendas regionais (Minhocão, Pé-deGarrafa, Come Língua) e o Touro Candil. Depois do sucesso do espetáculo “AnDanças”, em 2006, está chegando o “Encontros”, novo musical do Camalote, que estreia em outubro trazendo novidades para o público, sehundo Marlei. Todos estão convidados a fazer uma viagem pelo universo imaginário das lendas e festas populares. Quem quiser conferir de perto, é só aparecer nos ensaios, que acontecem todo sábado no Centro Cultural Otávio Guizzo, das 14 às 18 horas.
GRUPO CAMALOTE www.camalote.org.br
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[p or P r is c ila Ribe iro | f ot o M a ic k e ll V i l e l a ]
Tambores Vento Bom Grupo de percussão usa ritmos do Brasil para embalar o público Na batucada do tambor, o maracatu, o baião, a polca, o chamamé e o samba-reggae, são alguns dos ritmos que embalam o grupo de percussão Tambores Vento Bom coordenado por Nola Pompeo e Chico Simão. Graduados em Música, eles querem levar à população o conhecimento técnico, por meio de oficinas, e aproximar sociedade e arte, mostrando que a paixão pelo som vai muito além do entretenimento. O nome é um conjunto de várias referências. O Tambor simboliza o ritmo, o Vento representa o movimento que produz o som e o Bom vem da filosofia “bom, belo e verdadeiro”, do educador musical Edgar Willems, que acreditava que por meio desses valores, você está ligado ao seu trabalho. Os tambores são artesanais, confeccionados por Nola, “acredito que construir e tocar instrumentos feitos à mão enriquece o espírito do som e privilegia as pessoas que entram em contato com eles e seus artesãos”, explica. O grupo que foi criado em 2007 e retomado há dois meses, agora com quinze integrantes, começa a se consolidar. Depois de ensinar a teoria, os planos da dupla são de fazer apresentações na rua e em espaços abertos, usando como repertório composições rítmicas produzidas durante as oficinas e também linguagens da cultura popular do Brasil e de algumas partes do mundo. “Isso permite estabelecer uma instituição cultural artística sustentável e autônoma”, contam. Animados 36 Ímpar
com os futuros projetos, buscam parceiros para contribuir também na educação musical em escolas do sistema regular de ensino público e privado e em comunidades que se interessem por esse tipo de ação. Quem gostou e quer seguir os bons ventos do grupo, é só chegar na Praça do Peixe, em Campo Grande. Lá acontece a oficina que tem como objetivo capacitar a percepção, a composição e o improviso de ritmo por meio da vivência com os tambores e da prática de música em conjunto em um contexto popular. As aulas acontecem todos os sábados à tarde, das 15h às 18 horas. Pessoas de qualquer nível musical e faixa etária são sempre bem-vindas.
TAMBORES VENTO BOM E-mail: tamboresventobom@hotmail.com Facebook: www.facebook.com/tamboresventobom Telefones: 8195-7299 (Nola) e 8143-1241 (Chico)
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[p or pr is c ila ribe iro | f ot o golde m be r g Fo n se ca ]
Brô Mc’s o rap indígena mostra a mistura que é a cara do Brasil o Brô mc’s é um grupo de rap indígena da aldeia Jaguapiru, de Dourados. o nome vem do inglês “brother” por ser formado por duas duplas de irmãos, Clemerson e Bruno Batista Veron, Kelvin e Charlie peixoto. Tudo começou em 2008, na gravação do filme Terra Vermelha, que fala sobre a disputa de terras entre índios e fazendeiros sul-mato-grossenses. Nessa época Bruno escreveu uma música sobre a aldeia e cantou na produção. a formação atual, no entanto, veio depois de uma oficina de rimas, na qual eles escreveram as letras das músicas que compõem seu primeiro CD. Essa mistura da batida das grandes cidades com a voz da aldeia vem conquistando o Brasil. os Brôs recentemente se apresentaram no programa da Xuxa. mas contam que o momento mais marcante da carreira foi quando tocaram na posse da presidente Dilma. Campo grande, porto alegre, São paulo, rio de Janeiro e Brasília são apenas algumas das cidades que já foram palco do som irreverente dos garotos. E se você está curioso para saber porque esses jovens indígenas escolheram a batida do rap, eles explicam que o estilo além de ser a cara da juventude, fala de realidades e faz com que as pessoas das aldeias e das cidades possam ver, ouvir e sentir um pouco do que eles vivem. “o rap é a voz que leva nosso canto, nosso grito pra outros lugares do mundo. a cultura é dinâmica e interage com outros povos, outros lugares, a gente se apropria do rap mas canta em nossa língua, veste os ‘panos’ do rap, mas usa cocar, então tá tudo junto, mas misturado às vezes”, contam os Brô.
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Nas mãos desses jovens, arco e flecha deram lugar aos microfones na luta pelo respeito à cultura indígena. “Queremos passar mensagens de paz, de união entre os povos, cantar sobre nossa vida, nosso tekoha (nossa terra), nossos sonhos, nossas alegrias e tristezas, mas acho que principalmente mostrar a cara do índio e nossa cultura”, conta Clemerson. os integrantes cantam misturando o português e o guarani para mostrar a mistura, que é a cara do Brasil. além de inspiração musical, o Brô mC’s também serve como exemplo para os jovens da aldeia Jaguapiru que buscam um futuro melhor. “a gente vê que muitos têm buscado seguir o caminho da arte, seguindo nossos passos, seja na música, na dança, também no futebol e na escola. muitos indígenas estão se formando na faculdade e isso é muito bom, temos que buscar o melhor pra nós mesmos”, diz Bruno. os próximos projetos do Brô mc’s são o segundo CD, que terá 95% das músicas em guarani, com as letras traduzidas e a gravação de um novo video clipe.
BRÔ MC’S Facebook: Bro mc rap indigena E-mail: rap.da.aldeia.bro@gmail.com
E s por te
[p or Ev e lis e Cout o | f ot o Dê nis V ie ir a ]
Beach Tennis Modalidade conquista as quadras de areia da Capital e diverte todas as idades Campo Grande não tem praia mas uma nova modalidade tem feito a cabeça dos que curtem uma boa novidade nos esportes, o Beach Tennis ou simplesmente Tênis de Areia. Uma mistura de badminton, frescobol e tênis, o esporte surgiu na Itália na década de 1980 mas só chegou ao Brasil em 2008. Na Cidade Morena, os professores Mario Zeni e Rosinaldo Ferreira foram os precursores da modalidade, praticada inicialmente na Praça Esportiva Elias Gadia. De lá para cá o numero de praticantes aumentou bastante, principalmente porque começou a chamar a atenção das pessoas que passavam pelo local e achavam aquele esporte, no mínimo, curioso. O objetivo do jogo é devolver a bola recebida em um único toque para o campo do adversário e sem encostá-la no chão. O número de games pode variar de acordo com a competição, mas em média são entre seis e nove. A dinâmica é muito semelhante a do tênis convencional porém a quadra, a bolinha e até a raquete são diferentes. Feita de materiais como o grafite ou o carbono, a raquete é própria para a modalidade e deve atender as normas da Federação Internacional de Beach Tennis. Ela deve ter no máximo 55 centímetros de comprimento e 30 de largura. Já a bolinha corresponde a cerca de 50% de pressão se comparada a de tênis convencional, justamente para diminuir a velocidade do jogo.
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Indicado para todas as idades, em Campo Grande há um grupo grande de pessoas que treinam a modalidade regularmente. Entre crianças, estudantes, médicos, dentistas, professores e bancários, a jornalista Eva Regina é um dos destaques regionais do esporte. Ela conta que a modalidade não é apenas uma atividade bastante lúdica como também proporciona socialização. “O beach tennis é um esporte completo, você perde calorias, ganha condicionamento físico e o melhor, se diverte! Além dos benefícios que a prática esportiva trouxe, eu fiz muitos amigos jogando”, conta. Quem se interessar e quiser aprender mais sobre o tênis de areia é só dar um pulo no Belmar Fidalgo às quartas e sextas-feiras das 18 às 20 horas ou ir até a Praça Esportiva Elias Gadia às terças e quintas das 18 às 23:30 e aos sábados a partir das 16:30. Não importa a idade e nem o nível de condicionamento físico, é só ter bastante disposição e se arriscar.
BEACH TENNIS Site: www.febtms.xpg.com.br Facebook: www.facebook.com/jebtms
TURISMO
[por Evelise Couto]
Jum eirah Port Sóller O cinco estrelas Jumeirah Port Sóller abre suas portas em Maiorca, na Espanha
O Grupo Jumeirah, rede hoteleira de luxo baseada em Dubai e membro da Dubai Holding, comemora essa semana a inauguração de seu primeiro resort europeu cinco estrelas. Trata-se do Jumeirah Port Sóller Hotel & Spa, localizado no incomparável cenário natural de Maiorca, a maior ilha do arquipélago das Ilhas Baleares, a leste da Europa. O novo hotel está situado no topo de um penhasco com vista para Porto Sóller, em uma pequena vila de pescadores famosa por sua baía, seu porto e sua localização e uma das mais carismáticas da ilha, o Vale das Laranjas. O Jumeirah Port Sóller ocupa uma área de 18 mil m², tem 120 quartos e suítes, dois restaurantes, quatro bares, duas piscinas e um Spa Talise. É composto por onze prédios com até três andares que seguem a inclinação da montanha para manter a harmonia arquitetônica do hotel com a paisagem e a atmosfera da cidade. A decoração interior foi cuidadosamente escolhida para
criar um visual contemporâneo e confortável. Uma experiência inigualável oferecida a partir de diferentes tons de bege e terra, madeiras locais como oliveiras e pinheiros, artesanato regional e arquitetura vernacular, quartos espaçosos com amplas janelas com vista para o mar, montanhas ou porto. A supremacia gastronômica fica por conta de dois restaurantes, “Es Fanals” e “Cap Roig”, e promete se tornar a culinária mais desejada da ilha, graças à criatividade da cozinha local, com uso de alimentos sazonais.
Para os momentos de lazer, o empreendimento dispõe de três terraços, sendo que um deles é ideal para assistir o pôr do sol desfrutando de cocktails e um delicioso prato de tapas. Crianças de três a doze anos podem aproveitar o clube infantil Barbaroja, enquanto adultos e adolescentes se divertem em tours guiados, aulas de culinária e sessões de yoga. O Jumeirah Port Sóller Hotel & Spa oferece aos amantes da natureza a chance de explorar a pé ou por mountain bike quase 200 quilômetros de trilhas que percorrem a costa da ilha ou jogar golfe em qualquer um dos 26 campos existentes no espaço. Há
ainda a oportunidade de mergulhar, pescar e alugar barcos com capitães experientes que orientam os hóspedes sobre enseadas e praias isoladas. Já o Spa Talise ocupa uma área de mais de 2.200 m² com vista para além do Porto Sóller e para a Serra de Tramuntana. Oferece mais de dez salas de tratamento e uma área termal equipada com hammam, sala de gelo, sauna de vidro, espaço de relaxamento com lareira e, na parte exterior, uma hydropool aquecida. Além disso, o spa dispõe de programas completos de tratamentos, que combinam recentes inovações cosméticas
das mais prestigiadas marcas como Natura Bissé, Aromatherapy Essentials, Linda Meredith e Bastién Gonzalez. Os hóspedes do resort serão estimulados pelos cinco sentidos com uma seleção de frutas de cada estação em todos os quartos, diversas fragrâncias ambientes seguindo a preferência de cada hóspede, massagens de boas-vindas e aroma de laranjas no lobby do hotel, recriando o cheiro cítrico, característico da região. Jumeirah Port Sóller ingressa no portfólio de hotéis de luxo e resorts na Europa, junto com os recentes lançamentos Grand Hotel Via Veneto, em Roma, Pera Palace Hotel Jumeirah, em Istambul e Grosvenor House Apartments by Jumeirah Living, em Londres. Do início de 2011 ao final de 2012, o grupo terá mais do que o dobro de hotéis sob sua gestão e quadruplicará o número de países em que opera. Nos próximos seis meses estão previstas as inalgurações do Jumeirah Bilgah Beach Hotel, em Baku, no Azerbaijão; do Jumeirah Messilah Beach Hotel e Spa, no Kuwait, e do Jumeirah Creekside, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Entr e vista
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[p or R e ja ne M ont e iro | f ot os Giuli a n o Lo p e s]
PAULO CORRÊA Choque de gestão garante modernização no Legislativo Estadual Engenheiro civil por formação, Paulo José Araújo Corrêa iniciou sua vida pública como secretário de Estado de Habitação e Desenvolvimento Urbano em 1991. Filho de um mestre de obras e uma dona de casa, o deputado que tem orgulho da origem humilde contabiliza ações positivas em cinco mandatos e comemora os avanços obtidos no último ano, à frente da primeira secretaria da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Em entrevista à Ímpar, o republicano conta que ações efetivas de modernização do Legislativo Estadual estão sendo implantadas; fala sobre o grupo Onça Pintada, classificado em 2004 como terceiro melhor projeto do Brasil no combate ao câncer de mama, e detalha como foram implementados os mecanismos de transparência nos gastos da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.
Ao assumir a primeira secretaria da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, o senhor declarou que a prioridade seria garantir a transparência nas ações. Isso vem sendo realizado? Vem. Logo no início da nossa gestão, com o atual presidente, o deputado Jerson Domingos, nós dividimos tarefas. O segundo secretário toma conta da imprensa e nós, do site. Transparência, que antes não existia. Nosso vice-presidente Maurício Picarelli coordena os sites institucionais e a TV Assembleia e eu, na primeira secretaria, coordeno receitas, fornecedores, concorrências públicas. Nós montamos um grupo executivo de licitação, tudo o que é fornecido para a Assembleia hoje é precedido de um edital. Toda e qualquer ação é realizada através de licitação, de concorrências públicas que são realizadas no Plenarinho da casa. Nosso pregão é presencial e filmado para que tenhamos esse material em arquivo para entregar ao Tribunal de Contas. Hoje temos o Diário do Legislativo. A cada quatro meses, todos os poderes - Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público, Defensoria e Tribunal de Contas - nos reunimos para prestação de contas para sabermos se o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal está sendo obedecido. Neste momento, todas as despesas do Legislativo Estadual estão publicadas no site da Transparência. Como está a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do sul hoje, em termos de organização, projetos, ações? Muito bem! Em um ano nós poderíamos ter gasto o equivalente a R$ 101 milhões com despesas de pessoal e gastamos apenas R$ 93 milhões. Temos feito economia, justamente para fazer frente à obra que hoje realizamos na casa. Essa obra vai abrigar a TV Assembléia, os gabinetes dos deputados que terão em média 80m2, além de melhorar nossa estrutura de estacionamento. Todo o controle interno da casa, será monitorado por meio de câmeras para garantir a segurança de deputados, funcionários e visitantes. O grande diferencial da nossa gestão são as ações de modernização do Legislativo Estadual. Um exemplo claro é a digitalização de todos os Projetos Legislativos,
que antes eram armazenados em papel. Hoje, o cidadão pode ter acesso a qualquer projeto polo site institucional da Assembleia. Outro avanço foi a digitalização da TV Assembleia, e agora estamos partindo para que seu sinal seja aberto. Toda segunda-feira, nos reunimos com os diretores e conseguimos reduzir em um terço o custeio da casa. Aprovamos também, há pouco tempo, o PCCV, um plano de cargos, carreiras e vencimentos para os nossos funcionários. Há pouco tempo durante divulgação do informe publicitário do partido em rede televisiva, o senhor declarou que trabalha em parceria com a Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul. Como se dá essa parceria? Quando Sergio Marcolino Longen assumiu a presidência, fui convocado para estar acompanhando mais de perto as ações que a Federação das Indústrias desenvolve. Confesso a você que em anos anteriores trabalhei muito na produção rural junto à FAMASUL e ao Sindicato Rural mas me apaixonei pelo setor industrial. E, hoje, temos aí uma grande revolução sendo tocada nas indústrias e posso dizer a você que sou um dos deputados mais próximos dessa instituição. Participei ativamente de toda essa transformação. O que é o grupo Onça Pintada? Em 1976, minha mãe morreu de câncer de mama aos 46 anos de idade. Na época não havia ultrassom, não tinha mamógrafo e quando pude, isso aconteceu em 2001, criei um projeto que levava uma médica mastologista na casa dos meus companheiros de Campo Grande para realizar o trabalho de apalpação. Definida a necessidade de mamografia ou de ultrassom, essa paciente era encaminhada à Rede Pública. Com o tempo, o projeto foi progredindo. Hoje temos quarenta parceiros que nos ajudam, e permitem que o projeto vá duas vezes por semana em bairros da Capital e duas vezes no interior do Estado, com um ônibus. Em 2004, nós ganhamos um aparelho de ultrassom do Ministério da Saúde por ser o terceiro melhor projeto no combate ao câncer de mama do país. Hoje, já atendemos mais quarenta mil mulheres. Mais de 2.700 encaminhamentos de cirurgia e Ímpar 49
O grande diferencial da nossa gestão são as ações de modernização do Legislativo EstaduaL a garantia de dez próteses mamária/ano garantidas pelo Governo do Estado a pacientes que façam a mastectomia. Antes, no período que antecedeu ao regime militar, as posições partidárias eram mais firmes. Hoje, estamos falando em mais um ano eleitoral, o partido que está no poder faz um aceno e há uma espécie de debandada, acordos e entendimentos. Mudou a política ou mudaram os políticos? Mudou o Brasil. Quem não entender que mudou o Brasil, está fora. Quem não se modernizar, quem não acompanhar a mudança, está fora. Os partidos políticos sobrevivem hoje, cada um na sua, cada um do seu jeito e as pessoas se adaptam a determinados projetos políticos. Hoje o objetivo principal é fazer a coisa acontecer e ninguém chega ao poder sozinho, ninguém ganha eleição sozinho. Naqueles tempos anteriores as coisas não aconteciam e hoje as coisas estão acontecendo. Um exemplo claro é a união de PMDB e PT na governança do país. Nós temos é que nos adaptar aos tempos. Fazendo coro ao Senador por Mato Grosso Blairo Maggi em seu projeto que proíbe a pesca no Pantanal nos próximos cinco anos, o senhor chegou a solicitar uma audiência pública para discutir o assunto no Legislativo sul-mato-grossense. Quando isso deve acontecer? Possivelmente em novembro, porque estamos entrando em período eleitoral. Eu defendo a ideia de que tenhamos uma política pesqueira no Estado. Na discussão, fui contrário ao projeto do Governo do Estado que garantia que os pescadores profissionais continuassem pescando por entender que o pescador profissional está sendo usado. O quilo do peixe dentro do bote dele é de três reais, mas se a rua em Corumbá a o preço sobe para nove reais e em Campo Grande não é vendido por menos de dezoito. Precisamos de um política em 50 Ímpar
que o governo garanta o “tanque-rede”, os tanques de piscicultura em cooperativa para os profissionais efetivos. Isso porque existe uma mentira grande de que temos hoje mais de cinco mil pescadores, quando na realidade se diminuíssemos para o número certo teríamos no máximo dois mil, que já ganham um salário para não pescar durante quatro meses. Em dois anos, teríamos uma política pesqueira diferente. Com esse objetivo, vamos trazer aqui o presidente nacional do Partido da República, Senador Blairo Maggi para iniciarmos esse debate. Um dos assuntos mais comentados pela imprensa neste semestre foi a disposição da Assembleia em contratar jovens portadores da Síndrome de Down. O senhor acredita que a ação é mais que o cumprimento de um Lei Federal, mas sim, um incentivo para que empresas privadas valorizem essas ações de inclusão social? Foi uma ideia do nosso presidente Jerson Domingos, rapidamente acatada pelos 24 deputados desta casa. A proposta foi colocada em plenário pela diretora da escola Juliano Varela, Maria Lourdes Fernandes Nogueira e, se efetivamente eles conseguem trabalhar, por que não a Assembleia dar a sua participação? Foi realizado um acordo com a Escola Juliano Varela e hoje temos três trabalhando conosco, um menino e duas meninas. Todos os nossos funcionários apoiam e respeitam. A casa vem dando o exemplo, mas, mais que isso a Assembleia quer iniciar essa inclusão social. Fora da cena política, como é o Paulo Corrêa? Cidadão comum, caseiro. Um homem super família que ama e respeita sua mulher. Que adora uma boa novela e não perde um jogo do Corinthians.
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[po r R eja ne M ont e iro | f ot os Guilhe r m e Mo l e n t o ]
York Corrêa Nelore York é destaque e referência na criação de gado de elite Com quase duas décadas dedicadas à criação e aprimoramento genético de seu rebanho, a marca Nelore York entra no cenário nacional como um dos três melhores leilões de reprodutores do Brasil. Em entrevista à Ímpar, o pecuarista York Corrêa conta que a pecuária já existe há mais de cem anos na família, fala do projeto de iniciar um sistema de franquia que disponibilizará além da genética, todo o know how de criação e produção de animais PO e comemora o sucesso do último leilão que triplicou o faturamento em relação ao ano passado.
Quando surgiu a marca Nelore York?
Como definir o criatório?
A marca já existe há mais de cem anos. Para você ter uma ideia, sou a quinta geração de pecuaristas da minha família. Mas foi há pouco mais de 16 anos que começamos a selecionar o nelore de elite. Tudo aconteceu porque tínhamos uma demanda anual de reprodutores e optamos por começar a produzir os nossos próprios. De lá para cá, a atividade ganhou uma proporção tão grande que hoje é um dos principais negócios da fazenda.
Nosso criatório é definido em uma só palavra: produtividade. Esse é o nosso objetivo sempre. Na Fazenda São Thomaz selecionamos animais que acreditamos ter grande capacidade para trazer retorno financeiro. No caso dos reprodutores, selecionamos aqueles que consigam multiplicar uma genética capaz de produzir animais mais precoces para o abate e no caso das fêmeas, selecionamos animais com maior fertilidade e habilidade materna.
O cuidado e o rígido controle no trato e na reprodução dos animais é um dos diferenciais da marca?
Quando se trata de genética bovina, o segredo está na seleção de matrizes?
Desde o início de nossas atividades, o criatório tem se norteado pelo altíssimo padrão racial. Algumas aquisições específicas fizeram nosso plantel bater recordes nacionais e contribuíram para o desenvolvimento sólido da base de nosso criatório. O Nelore York trabalha na busca de animais com fenótipo moderno, voltado para a produção de carne característica típica da raça nelore. Esse trabalho responsável não se esquece da caracterização racial e do rastreamento da genealogia dos animais selecionados. A caracterização e a pureza da raça Nelore são primordiais. Sem elas, é até possível colher bons animais, frutos de heteroses, mas que não repassarão essas características adiante, não contribuindo assim para o melhoramento genético. Para evitar esse cenário, o Nelore York toma os cuidados necessários para evitar o “gigantismo”, que tem ocorrido com grande frequência no rebanho nacional. Esse problema acarreta animais tardios e extremamente exigentes nutricionalmente, ocasionando prejuízos de tempo, manejo e financeiros.
Sim, está na capacidade de você identificar quais são as matrizes que conseguirão ter um maior desempenho econômico, no caso, identificar quais matrizes conseguirão desmamar bezerros mais pesados, além de conseguir parir todo ano. A pecuária é como uma indústria que sempre procura máquinas com maior capacidade de produção a custo igual ou menor a das máquinas antigas. Um dos nossos objetivos é fornecer animais de alto valor genético, desenvolver touros avaliados por programas de melhoramento genético, comprovadamente produtores de bezerros de corte mais pesados com menor idade de abate e melhor rendimento de carcaça, assim encurtando o ciclo pecuário. Além de proporcionar matrizes de alta qualidade, o Nelore York preza por matrizes que reproduzem periodicamente, desmamam o seu produto mais pesado, retornam ao cio o mais rápido possível. Além de terem intervalos de parto curtos, parindo um bezerro por ano, com nova prenhez antes de seu produto desmamar. Ímpar 55
Hoje temos uma grande acei-
Pecuarista premiado, qual o segredo do sucesso?
tação no mercado com o lei-
O segredo do sucesso é gostar do que se faz junto com a procura incansável da perfeição, além de sempre manter uma equipe competente e motivada.
lão da São Thomaz, classificado pelo terceiro ano consecutivo, como um dos três melhores leilão de reprodutores do Brasil.
Anualmente a Fazenda São Thomaz realiza um grande leilão. Qual o balanço desse último leilão de 16 de junho? O leilão foi um sucesso! Triplicamos o nosso faturamento em relação ao ano passado, garantindo que nossa seleção está no caminho certo. Hoje temos uma grande aceitação no mercado com o leilão da São Thomaz, classificado pelo terceiro ano consecutivo, como um dos três melhores leilão de reprodutores do Brasil. Quais são os projetos para o futuro? Estamos começando um projeto de multiplicar a genética da nossa seleção a partir de novas parcerias em um sistema de franquia onde disponibilizaremos além da genética, o know how de criação e produção de animais PO.
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perfil
[p or R ejane M ont e iro | f ot o Giulia no L opes]
Hare Kebaberia Campo Grande ganha opção de casa especializada em kebabs Quem, em viagens à Europa, não cedeu às opções rápidas de pratos e guloseimas vendidos na rua? Foi assim que as empresárias Camila Damásio e Camila Nogueira conheceram o kebab e se tornaram aficionadas pela gostosura. Como o sanduíche é incomum aqui em Campo Grande, sem opções de variedades, as jovens empreendedoras se inspiraram em montar uma casa especializada em kebabs, a Hare Kebaberia. Sem nenhuma descendência turca, as sócias que iniciaram a amizade na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul quando cursavam Engenharia Ambiental, resolveram se aventurar no ramo gastronômico, tendo em vista seus dotes culinários sempre elogiados entre a turma de amigos. Contrataram um consultor e colocaram a mão na massa. No pequeno e charmoso estabelecimento, com apenas seis mesas, o lanche é feito no pão sírio e pode ser recheado com carne bovina, frango ou kafta. Os vegetarianos não foram esquecidos e contam com duas versões no cardápio: falafel e couve-flor. Ainda existe a opção de o cliente mon58 Ímpar
tar o lanche da forma que quiser. As carnes são marinadas, colocadas em espetos verticais giratórios e grelhadas lentamente. Macias e suculentas são combinadas com pastas e molhos especiais: tarator, creme de alho, mostarda e mel, babaganuche, coalhada seca ou homus. Todos os produtos oferecidos são selecionados e submetidos rigorosamente a uma inspeção de qualidade. Não é difícil entender o porque de tanto sucesso. Preço acessível, prático, caprichado e leve, o kebab tem a cara de jovens antenados, descolados e ainda daqueles que buscam uma alimentação nutritiva e saudável. Mas nem só de comes se vale o local, a lanchonete está sendo reconhecida por dispor de cerveja estupidamente gelada, ambiente aconchegante e um amigável atendimento. Quer experimentar? O espaço fica na Rua Arquiteto Rubens Gil de Camillo, 118.
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[po r E velis e Cout o | f ot os Giulia no L ope s]
Le Tule Camisaria Loja especializada em camisas femininas abre as portas em Campo Grande com peças exclusivas Versáteis e elegantes, as camisas fazem parte do guarda-roupa de mulheres antenadas e que gostam de se vestir bem em qualquer ocasião. Pensando nisso, a empresária Roseli Fantoni encara um novo desafio em 2012, abrir uma camisaria feminina com marca própria. Em entrevista ela fala sobre seu projeto à frente da Le Tule, a dedicação aos negócios, sua preocupação com qualidade e suas expectativas para o lançamento de sua loja, que acontecerá no mês de agosto.
Como surgiu a ideia de investir em uma camisaria? Sempre trabalhei na área de confecção, então, de certa forma, estive frequentemente envolvida com o mundo da moda e estilo. O ramo da camisaria feminina está em alta hoje, não só por se tratar de uma peça elegante, mas também por conta da vida atribulada das mulheres. É importante estar bem vestida para ir trabalhar, comparecer a alguma situação mais formal e não perder tempo escolhendo um visual que se encaixe bem. A palavra de ordem é versatilidade, por isso pensei em abrir uma camisaria, para ajudar as mulheres a estarem sempre lindas, elegantes e prontas para tudo. As camisas estão em todo lugar, em festas, em um passeio no shopping, no escritório, basta combiná-las com um jeans, uma saia e você está bem vestida para qualquer programa. É a hora e o momento dessa peça. Como vai funcionar a loja? Ela não vai ser uma loja convencional. É uma boutique onde eu quero reunir não apenas clientes, mas amigas. Um local mais aconchegante para as mulheres se sentirem acolhidas e à vontade para escolher a camisa que mais combinar com seu estilo. As peças vão da numeração 36 ao 46 e o mais interessante é que trabalharemos com poucos itens de cada modelo para preservarmos a ideia de exclusividade da marca. Isso é um cuidado com a cliente que fica satisfeita em saber que a camisa que veste é quase única.
As camisas são modelos próprios da Le Tule? Como é feita a escolha deles? Sim, nossas camisas são modelos exclusivos e eu mesma estou fazendo a escolha. O processo criativo, as ideias de modelos, combinações de cores e estampas ficam todos sob minha responsabilidade. Sempre fui muito antenada em moda e estilo, além de ser muito observadora, o que ajuda e muito na elaboração das camisas. Há também toda uma preocupação com o corte. Não trabalhamos com camisetes, mas com um modelo de camisa estruturada. Os detalhes como acabamento, escolha do tecido, botões personalizados, etiquetas e a qualidade na costura são de grande importância e levados em conta durante todo o processo. Além disso estou sempre em busca das tendências. Em breve irei a Paris para ficar por dentro do que será usado no verão e utilizar esse conhecimento para as próximas peças. Conhecer as nossas clientes também é um fator muito importante. A partir do momento em que sabemos do que elas gostam, o que elas querem e procuram, fica muito mais fácil adaptar nossa produção. Você teve preocupação também com o ambiente da loja? Cada pequeno detalhe da loja passa por minhas mãos e quando falo isso, me refiro desde a parte burocrática até a escolha das peças e decoração da Le Tule. Tudo foi pensado com tanto carinho que até meus filhos participaram desse processo, o nome, por exemplo, foi ideia de um dos meus meninos.
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loja passa por minhas mãos e quando falo isso, me refiro desde a parte burocrática até a escolha das peças e decoração da Le Tule
Minha loja vai ter um ar retrô, com os móveis, cores e detalhe da decoração dentro desse estilo, com uma forte influência do vintage. Tive assessoria de uma arquiteta, mas tudo foi escolhido a dedo por mim, dos balcões às prateleiras, das flores e vasos à iluminação. A grande preocupação é que o ambiente fosse tão agradável e aconchegante que as nossas clientes se sentissem em seu lar, tomassem um chá da tarde e passassem um tempo de qualidade conosco enquanto escolhe sua camisa preferida. Um ponto curioso da loja é que não há cabines de provadores, mas sim um closet e um espelho grandioso, assim a cliente faz sua opção como se estivesse na própria casa. Qual a tendência para as camisas nessa estação? A camisa social foi durante muito tempo uma peça usada pelos homens, mas hoje com um corte mais acinturado e um toque feminino, não demorou muito para que logo virasse uma peça curinga no dia a dia das mulheres. Para não errar, faça opção pela manga longa. Cores neutras, em tons de chá e pastel estão bastante em alta. Outra boa pedida é brincar com estampas e cores. Misturar listras e estampas, floridos, cores fortes também dão um toque bastante moderno e alegre. Para um visual mais refinado, as apostas continuam sendo a seda e a renda, principalmente para um look mais para a noite. O que a mulher campo-grandense pode esperar da Le Tule? Pode esperar peças com estilo qualidade e preço justo. Muitas mulheres daqui às vezes viajam para encontrarem roupas bonitas, bem feitas e de bom gosto. Com a minha camisaria essa história vai mudar um pouco, pois nossas peças se igualam a de grandes centros da moda.
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perfil
[p or P ris cila R ibe iro | f ot o Giulia no L ope s ]
Dr. José Olavo Mendes Determinação para estampar sorrisos Apaixonado pela família e pela profissão, o odontólogo José Olavo Mendes se considera um homem plenamente realizado. Com motivos de sobra, alegria é o que não falta, e por isso, ele procura também dar motivos para os pacientes que chegam ao seu consultório saírem com um belo sorriso no rosto. “Meu trabalho é manter eles satisfeitos, sorridentes”, conta. Paulista de Guaraçaí, em 1989 escolheu Campo Grande para morar. “A cidade me encantou pela beleza e pelo povo daqui”, diz. Muito jovem, aos 13 anos saiu da pequena cidade que morava com o pai, Sr. Aristides, caminhoneiro e a mãe Dona Yolanda, costureira e foi em busca de novas oportunidades. Na época, como ele se destacava com a bola nos pés, foi convidado para jogar futebol nas categorias de base do Araçatuba Futebol Clube e ganhou uma bolsa de estudos em um colégio particular da cidade, onde ficou de 1982 a 1984. Com 17 anos, passou no vestibular da FOL (Faculdade de Odontologia de Lins), arrumou as malas e mudou de cidade novamente. Lá continuou jogando futebol, dessa vez como profissional, disputando a segunda divisão do Campeonato Paulista pelo Clube Atético Linense (o Elefante da Noroeste), o que ajudou a pagar seus estudos. “Nunca ganhei muito dinheiro diretamente com o futebol, mas tudo que eu tenho foi ele que me deu” diz José Olavo. Até hoje ele ainda bate uma bolinha com os amigos nas noites de quinta–feira. Mas desde 1986, quando decidiu se dedicar inteiramente à carreira de dentista, não joga profissionalmente. “Eu 64 Ímpar
era um bom jogador, mas sabia que o futebol era uma loteria, então decidi escolher uma carreira mais sólida que é a Odontologia”, explica. Quando concluiu a faculdade, veio para Campo Grande. Embora tivesse planos de ficar no interior, enxergou aqui além da qualidade de vida, um mercado promissor. Em pouco tempo já conseguiu apoio para montar seu consultório. De lá pra cá investiu bastante na carreira, fazendo especialização, mestrado, e cursos no exterior, como o de Estética Dental, na Alemanha. Por seu pioneirismo com os laminados de cerâmica para transformação do sorriso, recebeu em 2011 o prêmio de honra ao mérito da Sociedade Brasileira de Reabilitação Oral. Ele também investe bastante em novidades. A última aquisição foi a CAD-CAM Cerec 3, que usa tecnologia de ponta para fazer próteses dentárias com aspecto natural. Além de atender no consultório, José Olavo também dá aulas de especialização em Prótese Dentária e Implante da SOEBRAS/Funorte. “Procuro passar minha experiência aos alunos, sempre digo a eles que o sucesso profissional vem antes do financeiro”, conta. E mesmo com a agenda lotada, ele garante que não falta tempo para a família. A esposa Carla Scaff e as duas filhas Amanda e Manuella são segundo ele suas joias raras. “Eu agradeço a Deus pela minha família, é o apoio dela que me sustenta e me faz passar pelos momentos difíceis levando sempre uma lição positiva”, afirma.
cenário
[p or R e ja ne M ont e iro | f ot o M a rc os Vo l l k o p f ]
Alba Dalpasquale Apartamento na região central alia elegância e sofisticação
Alba Dalpasquale revela sua elegância em cada cantinho de seu amplo apartamento na região central da cidade. Super comunicativa e alto astral, a empresária, que hoje mantém uma coluna semanal no jornal A Crítica, é urbana e adora uma badalação. Mas, quando a ideia é descansar sua opção é arrumar as malas e ir para fazenda. Nascida no Pantanal, em uma fazenda próxima ao município de Rio Negro, Alba não se desliga das raízes e troca sem pensar uma viagem no exterior por dias de descanso em uma das fazendas da família. Modernidade e sofisticação não faltam na decoração do apartamento onde mora há doze anos com a família. Logo que adquiriram o imóvel, contrataram a decoradora Meire Cacique Costa para uma consultoria durante a reforma. Os detalhes ficaram por conta do marido, Volmar Dalpasquale. Na sala, dois amplos sofás, um branco e um preto, convidam para uma longa conversa. Ao centro, a presença de um lustre de cristal. Mais ao lado, um bar com mais de 300 rótulos de bebidas destiladas revelam a disposição do casal em receber amigos. Peças de design e telas assinadas por Luis Pedro Scalise dão o toque final ao espaço. Católica, Alba mantém um altar em uma parede lateral à sala de jantar com vários santos. Casada há 23 anos, mantém uma rotina de vida simples. Sua satisfação é trabalhar. “Fico feliz mesmo, quando pego meu carro e vou trabalhar. Nada me agrada mais que essa minha vida simples de ir trabalhar, passar na padaria, ir na academia, pegar o Gugu na escola”, diz se referindo ao filho caçula Gustavo, de 14 anos. Além dele, Alba é mãe de Giovanna de 21 anos e Otávio de 18 que atualmente mora em São Paulo.
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d ecor a n d o
[p or E v e lis e C out o | f ot os As s e s s o r i a ]
Casa Cor São Paulo Mostra traz todo o glamour e sofisticação das passarelas para fazer sua casa brilhar
Muitas novidades, é isso que a casa cor promete para esta edição em São Paulo. o maior evento de arquitetura, decoração e paisagismo das Américas e o segundo maior do mundo apresenta nada menos que setenta ambientes com trabalhos de noventa profissionais sob o tema “Moda. estilo. Tecnologia”. Segundo Angelo Derenze, presidente da casa cor, para 2012 toda a influência da moda foi traduzida para o universo da decoração, alinhando-a a soluções tecnológicas que estão cada vez mais presentes no dia a dia das pessoas. Uma das inspirações desta edição é a modelo Gisele Bündchen. Servindo como referência para profissionais como os irmãos eduardo e Beatriz Fernandez Mera, eles apresentam a Praça casa cor, um espaço de convivência, concebido para sediar desfiles a céu aberto e que traz a sustentabilidade aplicada em diversos elementos, como os pisos drenantes e os móveis de fibra sintética. o grande destaque fica para a estátua da top brasileira criada pela artista plástica Bia Doria.
A aplicação dos materiais nos diversos ambientes também chamam a atenção de quem visitar a mostra. no Living, Brunette Fraccaroli pauta sua produção no conceito de color Blocking, reforçando a influência das passarelas para o setor da arquitetura e decoração. As cores marcantes dispostas em formas e texturas setorizam a entrada, o bar e o home theater. o destaque do espaço fica para a mesa central formando degraus irregulares por toda a sua extensão. As crianças e o público teen também têm espaço garantido na mostra deste ano. Para compor a Suíte do Bebê, a arquiteta Mayara Lopes apresenta três estilos diferentes: moderno, delicado e neoclássico. o quarto, bastante versátil, pode ser usado também quando a criança estiver com mais idade. Algumas peças com design internacional ajudam a compor o ambiente, como o berço espanhol que remete a uma carruagem em versão contemporânea, as poltronas egg de Arne Jacobsen e os nichos tridimensionais para brinquedos com inúmeras compo-
sições desenvolvidas a partir dos trabalhos do designer Alfredo Volpi e confeccionados pelo artista plástico Rudi Sgarbi. Para atrair os olhares dos casais apaixonados, Ana Bartira apresenta a Suíte master. Moderna e cheia de glamour, a criatividade fica para a cama com desenho personalizado e tapeçaria com tecidos e cores marcantes. O Loft Bolha, de Léo Shehtman destaca a estética clean, no piso de mármore branco e nos trabalhados de marcenaria em laca, além do mobiliário produzido com plástico transparente, desenhado pelo próprio arquiteto. O renomado estilista Jun Nakao também teve seu espaço nesta edição da Casa Cor. Em seu lugar, o visitante será transportado para um bosque com duas estações: outono e inverno. Na entrada do ambiente não se tem uma visão do todo, o que se vê é apenas uma vaporosa cortina que contorna todo o espaço como se fosse uma bruma. Nela, sombras de um bosque e seus habitantes são retroprojetadas por meio de luminárias cilíndricas em fina madeira recortada com estas silhuetas. Outra proposta encantadora fica por conta do designer alemão Ingo Maurer, conhecido como o mago da iluminação. Em sua primeira participação na mostra, ele apresenta o Making Light, um espaço conceitual que conta
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Na maternidade, equipamentos de vídeo online permitem que familiares acompanhem à distância, em tempo real, o nascimento do bebê. Além de um sistema de monitoramento que acompanha todo o movimento do bebê dentro do hospital
Na sala de recuperação anestésica, monitores multiparamétricos controlam a temperatura. O piso, em manta de fibra de carbono, evita o acúmulo de energia estática e possíveis alterações no monitoramento dos pacientes
Leito de UTI completo para o caso de intercorrências
com uma mescla de seus produtos mais conhecidos, que possuem legiões de fãs aqui no Brasil, e os recém lançados no Salão do Móvel em Milão. Além de conferir as propostas de profissionais conceituados na Casa Cor, deixando os ambientes de sua casa ainda mais bonitos, os visitantes podem também adquirir objetos de decoração e deliciar-se com gastronomia de boa qualidade, presente em todas as edições da mostra. Outro ponto marcante são os ambientes especiais que homenageiam personalidades brasileiras como a empresária e consultora de moda Constanza Pascolato, o empresário e apresentador de TV João Doria Jr., o estilista Kenzo Takada e a apresentadora Sabrina Sato.
EV ENTOS
[foto s J e a n e M a rc os Vollk pof ]
CASAMENTO
AMANI E RASEM
Como pano de fundo para uma festa no Ocidente, os traços do Oriente Médio se fizeram presentes com elegância no casamento de Amani e Rasem no Golden Class. Seguindo os traços da cultura, os noivos foram homenageados no bom estilo Árabe. Para eles foi montada uma tenda com cores, brilhos e harmonia. A decoração levou assinatura de Zezé Guerreiro. O cerimonial ficou a cargo de Patrícia Faracco, os fogos levaram a assinatura da Pirotec e Gleide Flores assinou o lindíssimo vestido da noiva. #2
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QUEM #1 Fátima Hamad, Aifar Jaber, noivos e pais do noivo #2 Fátima Hamad e Amani Jaber #3 Os padrinhos Omar Bernal e Hellen Bernal com os noivos #4 Manali Jaber, Amani Jaber, Fátima Hamad e Aisar Jaber #5 Os padrinhos Ceif Isa e Shirley Isa #6 Jamal Salem e Alba
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QUEM #7
Detalhe da cerimônia #8 Os noivos #9 Magali e Mauricio Picarelli #10 Fátima Hamad, Ueze Zahran, Lucila e noivos #11 Paulo César e Jane Resina
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EV E NTOS
[fo tos J e a n Vollk opf ]
QUINZE ANOS
VITÓRIA SILVA
Uma verdadeira noite de princesa para a jovem Vitória Silva que comemorou seus quinze anos no Loft Garden. O cerimonial levou assinatura de Patrícia Faracco e a animação ficou por conta do DJ Diego. O buffet foi assinado por Joyce e a Pirotec foi a responsável pelo show de fogos.
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QUEM #1
Jussara Cassiano, Manoel Eduardo Gomes da Silva, Vitoria Silva #2 Vitoria #3 Isabel Deotti, Vitoria Silva, Fabiano Deotti #4 Daniel Mota, Vitoria Silva #5 DJ Lucky e Vitoria Silva #6 Patricia, Vitória e Marco Faracco 78 Ímpar
EV E NTOS
[fo tos J e a n E M a rc os Vollk pof ]
CASAMENTO
GIULIANA E ALEXANDRE
O Grand Mere foi especialmente decorado por Maria Inês Martinusso para o enlace matrimonial de Giuliana e Alexandre. A animação ficou por conta do DJ Danilo Bachega e da Banda Comunica Som. O cerimonial levou a assinatura de Patrícia Faracco e a Pirotec assinou o show de fogos.
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QUEM #1 Ivanildo Jr., Giuliana e Francisco Neto #2 Ivanildo, Giuliana e Mirian Miranda #3 Antonio Russo e Rafael Russo #4 Melissa, Alexandre e Irinís #5 Antonio Venâncio e Vilma #6 José Batista e Josilayne
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QUEM #7
Os Noivos #8 Weslei Batista e Alessandra Batista #9 FĂĄtima e Reinaldo Azambuja #10 Marcinha e Rose Barbosa #11 Bernardo, Roseli, Vander Loubet e Tamara #12 Luciano e Marta
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EV E NTOS
LEILÃO
[fo tos G uilhe r m e M ole nt o]
YORK CORRÊA
Tradicional em Mato Grosso do Sul, o leilão do pecuarista York Corrêa, na Fazenda São Thomaz, cresceu tanto que em 2012 foi dividido em dois dias. O primeiro, na noite de sexta-feira, para animais de pista. O segundo, durante todo o sábado, com touros e outros animais de ponta. A animação ficou por conta da dupla sertaneja Milionário e José Rico. Confira quem passou por lá. #1
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QUEM #1 Vera, York e Milena #2 Liz e Paulo Mattos #3 Paulo Brasil, Fernando e Geraldo Carvalho, Daniel, Vera, York, Milena Corrêa e Carlos Nunes #4 York e Mauro Cristhianini #5 Visão geral do evento #6 Sonia e Alfredo Zamlutti
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QUEM #7
York Corrêa e João Mauricio Dantas Leite (BBB12) Ibere Lins e Regina Eleusys # 9 Francisco Maia, Alcides Bernal e Ulysses Serra Neto # 10 Ariosto Barbieri, João Baird, Cicero de Souza # 11 Soraya e Luiz Epelbaum # 12 Geraldo Carvalho, José Irineu Antonio (Matpar), Rogerio Menezes, Mauro Cristhianini, York Corrêa #8
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EV E NTOS
[fo tos G iulia no L ope s ]
INAGURAÇÃO
BICO PITANGA
Depois de trabalhar anos com encomendas, a Bico Pitanga inaugurou sua primeira confeitaria em Campo Grande. Sob o comando da chef Neusa Brignoni, a confeitaria promete encantar os clientes com receitas exclusivas. O espaço fica na Rua Tapajós, 381. Confira quem passou por lá.
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QUEM #1 Jimmy, Neusa e Alexandre #2 Adélia, Neusa e Jesmari #3 Equipe Bico Pitanga #4 Jimmy e Clarissa #5 Alexandre e Adriana #6 Detalhe da confeitaria
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EV E NTOS
15 ANOS
[fo tos G uilhe r m e M ole t nt o]
MARINA MARQUES
Uma noite de sonhos para Marina Marques. Rodeada por amigos e familiares, a filha de José Marques e Susi Ramos comemorou seus 15 anos, no Loft Garden. Rodolfo Júnior, do salão Renascer assinou a maquiagem e os cabelos. O cerimonial levou a assinatura de Patrícia Faracco e a animação ficou por conta do DJ Danilo Dan.
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EV E NTOS
[fo tos Eur ide s Aok i]
CASAMENTO
NELISE E GUILHERME
O Yotedy foi palco do enlace matrimonial de Nelise e guilherme. Os convidados foram recepcionados pelo cerimonial Realizza de Carol Rezel e a decoração ficou por conta de Renata Veloso.
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EV E NTOS
[fo tos G iulia no L ope s ]
NOITE ÁRABE
BAZAR IRÃ
Com muita dança e culinária típica, o Bazar Irã comemorou seu aniversário de 15 anos. Apresentando novos tapetes, o evento que acontece pela segunda vez, reuniu entre seus convidados, arquitetos, decoradores e designers de interiores. A animação ficou por conta do grupo Litani que apresentou danças árabes. #2
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QUEM #1 Adilson Puertes e Jussara Ferzeli #2 Henrrique Miranda, Eric e Moussa Tannous #3 Sabrina Dal Ben, Eliane de Oliveira, Helbio Castello, Marco Aurélio Medina, Jessica de Olivei e Lilian Basso #4 Jussara Ferzeli, Bianca Arantes, Gisele Romeiro e Mirian Bigolin #5 Tiago Ferzeli e Jussara Ferzeli #6 Grupo Litani
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EV E NTOS
[fo tos D ie go Vollk opf ]
LANÇAMENTO
VAQUINHA SOCIAL
Idealizado por um grupo de jovens empresários, foi lançado em Campo Grande o site “Vaquinha Social”, com objetivo de captar doações para entidades assistenciais e idôneas. A solenidade de lançamento que aconteceu no Loft contou com a participação de 270 convidados entre eles, empresários, profissionais liberais e autoridades políticas. O site tem como embaixadora a ex-modelo e jogadora de pólo Kristie Hanbury. Para doações basta acessar: www.vaquinhasocial.com.br
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QUEM #1 Carlos Marcelo Dotti e André Puccinelli Jr. #2 Idealizadores do projeto #3 Deputados Eduardo Rocha e Junior Mocchi #4 Viviane e Vanessa Feitosa #5 André Puccinelli e Kristie Hanbury #6 Enrico Feitosa e Rafaela Cunha #7 Gatti e Rodrigo Bogamil
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QUEM #8 Governador
AndrĂŠ Puccinelli, Kristie Hanbury e idealizadores do projeto #9 Diretoria da AACC e Marcelo Gabira #10 Fernando Soares e Jorge Abdulahad #11 Gabriel Jacinto e Camila #12 Prefeito Nelson Trad e Paulo Nahas
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EV E NTOS
[fo tos D iv ulga ç ã o]
COQUETEL - 1 ANO
CLÍNICA KÁTIA VOLPE
Rodeada por amigos, pacientes e personalidades da mídia, a Clínica Kátia Volpe comemorou um ano de sucesso na cidade de São Paulo. Em um ambiente decorado com flores do campo, orquídeas e um longo tapete vermelho para receber os convidados, a festa foi recheada de champanhe, drinques servidos pelo Space Bar e deliciosos e requintados canapés assinados pelo buffet Pallace. A animação ficou por conta do DJ Ronald, o filho mais velho do jogador Ronaldo “Fenômeno”. Confira quem passou por lá. #1
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QUEM #1 Helô Pinheiro, Dra. Kátia Volpe e Iris Stefanelli #2 Dra. Kátia Volpe e Maria Aparecida #3 Zé Marques, Renata Banhara e Marco Fogolin #4 Dra. Kátia Volpe e Solange Frazão #5 Henrique Medeiros, Adriana Estivalet, Dra. Kátia Volpe e Susy Ramos #6 Scheila Carvalho, Dra. Kátia Volpe e Ronéia Forte
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QUEM #7
Eliana, Dra. Kátia Volpe e Henri Castelli #8 Ronald e Milene Domingues #9 André Furquim e Dra. Kátia Volpe #10 Luis Pedro Scalise, Dra. Kátia Volpe e Henrique Medeiros #11 Dra. Kátia e Marco Fogolin #12 Sylvia Design, Dra. Kátia Volpe, Adriana e Renata Banhara Ímpar 95
EV E NTOS
[fo tos Eur ide s Aok i ]
QUINZE ANOS
MARIA CLARA SIUFI
O mundo encantado da Disney World foi especialmente montado por Renata Veloso no Golden Class para os 15 anos da filha do presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Paulo Siufi e Zeina. Linda, Maria Clara Siufi usava um modelo assinado pela Florenza Sposa. Autoridades da política sul-mato-grossense participaram da festa que contou com animação do DJ Danilo Bachega e da Banda Elite. O buffet levou assinatura da Paladar e o cerimonial ficou a cargo de Carol Rezek.
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eV e NTOs
[fo tos D iv ulga ç ã o]
VERNISSAGE
BERNARDO PITANGUY
Tão intensa e vibrante quanto suas telas, a alegria de Bernardo Pitanguy esteve presente no vernissage de sua mostra Movimento em Cores, na Art Galeria Mara Dolzan. O evento que reuniu personalidades sul-mato-grossenses contou com a ilustre presença do cirurgião plástico, Ivo Pitanguy, pai do artista.
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QUEM #1 Renata Dolzan e Dr. Ivo Pitanguy #2 Carlos Naegele, Tatiana Ujacow e Des. Luis Santini #3 Bernardo Pitanguy, Dra. Zuleica e Dr. Jorge Hirakawa #4 Dra. Anamélia Xavier, Dr. Ivo Pitanguy, Dr. Mário Xavier #5 Mara Dolzan, Dr. Ivo Pitanguy e Deputado Felipe Orro #6 Dr. Alberto Jorge e Paulo Dolzan
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eV e NTOs
[fo tos ma rc os Vollk opf ]
CASAMENTO
FELIPE MAHANA E JULIANA MAKSOUD
Requinte e sofisticação deram o tom da cerimônia de casamento de Felipe Mahana e Juliana Maksoud no Yotedy. A noiva estava deslumbrante em um vestido que ela trouxe de Paris, do Atelieer de Monique Lhuillier, sapatos Cristian Loubotin, coroa de brilhantes assinada por Bibiana Paranhos e maquiagem de Durval Cavas. Patrícia Faracco assinou o cerimonial e o DJ Danilo Bachega comandou a pista de dança. O ponto alto da festa ficou por conta de Vácuo Live, projeto de música eletrônica. #1
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QUEM #1 Felipe Mahana e Juliana Maksoud #2 Camille Blanche, Joyce Rolim, Juliana e Gabriela Pedrossian #3 Caio, Marcia, noivos, Luis Cláudio e Vitor #4 Lilliam Maksoud e Mario Marcio Orro #5 A atração Vácuo Live #6 Mario Neto e Marillia Maksoud
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QUEM #7 Famílias do noivo e da noiva #8 Marcos Trad, Tatiana, Mariana e Alice #9 Damas e Pajens #10 Paulo Siufi e Zeina #11 Henrique Mandetta, Therezinha Mandetta, Myriam e José Carlos Petengil #12 Ítala Maksoud, Norma Trad e Therezinha Trad
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Ă?mpares
[foto Guilhe r m e M ole nt o]
Maria Clara Siufi