O GOOGLE MINEIRO
o que Fazem os engenheiros da empresa em belo horizonte
O PREFEITO DIGITaL
como eduardo paes usa a tecnologia no rio de janeiro
Janeiro 2014
info.abril.com.br
INTERNET a jaTO
o drone brasileiro / o google mineiro / o prefeito digital / internet a jato
testamos as novas superbandas de gvt, net, tim e vivo
drone
informação | Tendências | inovação | culTura digiTal
o
o Falcão, avião militar não tripulado da embraer, está pronto para vigiar o país
facebook.com/revistainfo @_INFO
R$ 14,90 / ed. 337 / janeiro 2014
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54 SUMáRIO jANEIRO 2014
INOVAÇÃO 40. O GOOGLE MINEIRO
Eles são cerca de 100 engenheiros. Em clima descontraído e familiar, o time do Google em Belo Horizonte atua em áreas-chave da empresa, como nos algoritmos secretos de busca e na rede Google+
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46. O QUE APRENDI
50 lições de sucesso de investidores, empreendedores, blogueiros e youtubers
54. O VOO DO FALcãO
O primeiro drone militar brasileiro está pronto para vigiar o país
64. ELES QUEREM NOS LEVAR PARA O ESPAÇO Conheça o que há de mais avançado na tecnologia aérea
68. O PREFEITO DIGITAL
Entusiasta da tecnologia, Eduardo Paes usa o aplicativo WhatsApp para se comunicar com a equipe e Waze para monitorar o trânsito. Sob sua gestão, o Rio de Janeiro inova em algumas frentes, como nas Naves do Conhecimento, espaços que oferecem acesso digital e cursos às comunidades carentes
76. VRUMMMM
O INFOlab testou as superbandas de fbra óptica de GVT, Net, TIM e Vivo com o download de flmes, jogos e arquivos pesados. Veja qual é a melhor
84. VIDA FAKE
Nosso repórter teve mais de 1 000 curtidas em post no Facebook. As fotos de seu carro novo e a linda namorada geraram inveja na rede. Mas era tudo falso
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8. CarTa do ediTor 10. eXPedieNTe 12. www 16. CarTaS
27. aPPS do mêS
Uma seleção de aplicativos para iOS, Android, Windows Phone e BlackBerry
30. arTe LaB
enter
O Google inaugura em Paris um instituto para aprimorar técnicas de digitalização de obras de arte
20. rUmo ao CÉU
31. roBoCoP da Vida reaL
Populares no início do século 20, os dirigíveis podem voltar a voar e modifcar o conceito de transporte aéreo de carga
22. geSToS em 3d
Mesa criada no MIT reproduz imagens em forma física
23. fraLda iNTeLigeNTe
Ainda não temos um androide, como no filme do brasileiro José Padilha, mas tecnologias de ponta já auxiliam o trabalho policial
68 ideias 32. aLeSSaNdra LariU
O que esperar do LinkedIn?
Tecnologia detecta alterações no metabolismo do bebê para prevenir doenças
34. maNoeL LemoS
24. o PoVo CoNTra aS BaCTÉriaS
36. dagomir marQUeZi
Pesquisadores americanos querem espalhar kits capazes de identifcar propriedades antibióticas na natureza
26. a Saga VoLTa aoS gameS
Dragon Ball Z: Battle of Z relembra os grandes momentos de um dos animes mais populares dos anos 90
Vamos mesmo criar máquinas inteligentes? A volta da fta magnética
38. o PrÓXimo PaSSo do faCeBooK A rede social completa dez anos com o desafo de prover a melhor experiência para quem se conecta usando dispositivos móveis
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inFOLaB 90. o QUe o iNfoLaB
TeSToU NeSTe mêS
Robô Lego Mindstorms EV3 Ultrabook HP EliteBook Câmera Canon EOS 70D iPhone 5c TV Oled LG Caixas de som Harman Motorola Moto G Ultrabook Sony Vaio Duo 13
46
startUP-se 106. doUTor PeT
Já ouviu falar de instrutor de natação para cachorro? Conhece um dentista para coelhos? E um homeopata para gatos? Se precisar encontrar algum desses profssionais é só pedir ajuda ao site AgendaPet
foTo marcus steinmeyer
Tiragem da edição 112.970 exemplares
FOTOs marcus sTeinmeyer, renaTO parada e edu mOnTeirO
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Carta do editor
TalenTo e aTiTude Uma revista de sUCesso
é feita basicamente com uma equipe entusiasmada e um conjunto de assuntos que conseguem agradar a todos os leitores. Nesta primeira edição do ano, INFO traz opções para variados gostos e interesses. O editor Rodrigo Brancatelli foi o primeiro jornalista a ver o Falcão, o único drone militar brasileiro. Desenvolvido pela Harpia, empresa parceira da Embraer, o avião não tripulado está pronto para monitorar fronteiras, forestas e até criminosos a 15 000 pés de altitude, com autonomia de 16 horas no ar. A editora assistente Paula Rothman passou boa parte do mês viajando. Foi conhecer os engenheiros que trabalham no escritório do Google em Belo Horizonte, responsáveis por inovações em duas áreas-chave da empresa, a busca e a rede social Google+. Depois voou para o Rio de Janeiro, onde conheceu as Naves do Conhecimento, um projeto de inclusão da prefeitura comandada por Eduardo Paes, o prefeito mais digital do país, que tem entre seus aplicativos preferidos o Waze e o WhatsApp.
No haNgar
katiam@abril.com.br
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O editor Rodrigo Brancatelli conversa com o presidente e diretores da empresa que criou o drone Falcão
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O editor Airton Lopes e o engenheiro-chefe do INFOlab, Luiz Cruz, tiveram a agradável missão de navegar por 40 dias com conexões de banda larga de até 500 Mbps. Já imaginou o que é isso? Veja o teste das novas superbandas de fibra óptica de GVT, Net, TIM e Vivo e descubra. Aqui na redação, o estagiário Gabriel Garcia viveu dias de celebridade para provar que é possível ter uma vida totalmente fake nas redes sociais, com namorada de mentira, carrão e mais de 1 000 likes em um post no Facebook. É consenso nas empresas modernas que as pessoas, sobretudo as que conseguem aliar talento, atitude e paixão, fazem toda a diferença. Se não reunisse essas características, nossa equipe não teria encarado essa maratona para fazer reportagens tão interessantes e diversas como as que você vai começar a ler. Eles sabiam que tinham grandes histórias nas mãos e que poderiam compartilhar isso com todos os leitores. Talento, atitude, paixão. É o que mostram também os investidores, blogueiros, empresários e empreendedores entrevistados para a reportagem Altos e Baixos. Espero que as histórias de sucesso dessa turma, contadas de forma sincera e contundente, sirvam de inspiração para todos nós em 2014. Boa leitura e até fevereiro.
ilustração evandro bertol
foto Marcus steinMeyer
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fundada em 1950
VICTOR CIVITA (1907-1990)
ROBERTO CIVITA
Conselho Editorial: Victor Civita Neto (Presidente), Thomaz Souto Corrêa (Vice-Presidente), Elda Müller, Fábio Colletti Barbosa, José Roberto Guzzo
Presidente: Fábio Colletti Barbosa Vice-Presidente de Operações e Gestão: Marcelo Vaz Bonini Diretor-Superintendente de Assinaturas: Fernando Costa Diretora de Recursos Humanos: Cibele Castro Diretora-Superintendente: Cláudia Vassallo
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Editores: Airton Lopes, Filipe Serrano, Maria Isabel Moreira, Rodrigo Brancatelli Editora Assistente: Paula Rothman Repórter: Adeline Daniele e Thiago Tanji Infolab: Luiz Cruz (engenheiro-chefe), Leonardo Veras (analista de qualidade) Info online Editor-chefe: Rafael Kato Editor: Marcus Vinícius Brasil Repórteres: André Fernandes, Monica Campi, Vanessa Daraya Desenvolvedores Web: Octavio Fernandes, Silvio Donegá Produtor Multimídia: Cadu Silva núcleo de Revisão: Ivana Traversim (chefe), Eduardo Teixeira Gonzaga (coordenador),
Gilberto Nunes, Maurício José de Oliveira, Raquel Siqueira, Regina Pereira, Rosana Tanus Diretor de Arte: Rafael Costa Editores de Arte: Oga Mendonça, Thiago Bolotta Designer: Wagner Rodrigues www.info.abril.com.br PUBLICIDADE EXAME – Diretor de Publicidade Un EXAME: Marcos Gomez Diretoras: Ana Paula Teixeira, Eliani Prado Gerentes: Leda Costa, Marcio Bezerra, Renata Carvalho Executivos de negócios: Adriana Mendes, Amanda Lima, André Bortolai, Andrea Balsi, Beatriz Ottino, Caio Souza, Danilo Lima, Edvaldo Silva, Elaine Marini, Felipe Maia, Gabriela Duarte, Henri Marques, Júlio Tortorello, Marcelo Cavalheiro, Marcello Almeida, Marlene Torres MARKETInG – Diretora: Viviane Palladino Gerentes: Andreia Coelho, Alexander Ivonika, Cléber Souza, Elaine Campos, Luis Felipe Borsoi Sansone, Maria Luiza Galvão, Rafael Abicair, Tiemy Akamine EVEnToS – Gerente: Shirley Nakasone PUBLICIDADE REGIonAL – Diretor: Jacques Ricardo Gerentes: Adriano Freire, Grasiele Pantuzo, Ivan Rizental, João Paulo Pizarro, Kiko Neto, Mauro Sannazzaro, Sonia Paula, Vania Passalongo PUBLICIDADE InTERnACIonAL: Alex Stevens ASSInATURAS – ATEnDIMEnTo Ao LEIToR – Diretor: Clayton Dick CIRCULAÇÃo AVULSAS – Gerente: Paula Fernandes
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NOs vEMOs Na caMpus paRty
A INFO estará presente no maior encontro geek do Brasil, de 27 de janeiro a 2 de fevereiro. Nossa redação vai trabalhar direto da Campus Party, no Anhembi Parque, em São Paulo. Você poderá nos encontrar em uma área exclusiva da Arena, o setor fechado aos campuseiros. Acompanhe no site a cobertura completa. Veja entrevistas com palestrantes, conheça os campuseiros mais geeks e assista aos hangouts com resumos diários.
RachE aqui
Conheça a startup que criou uma solução engenhosa para quem está com o dinheiro curto neste começo de ano. Ela propõe dividir compras pela internet em até 15 vezes nos cartões de crédito.
O sucessO tem sete vidas Os cães pOdem até ser Os melhOres amigOs do homem, mas são os gatos que fazem sucesso na internet. GIFs animados, vídeos e contas no Instagram e no Facebook alavancaram felinos como a Lil BUB, gatinha que fca sempre com a língua de fora (foto), e a Grumpy Cat, uma gata mal-humorada que ganhou camisetas, canecas e produtos veterinários. Investigamos as razões pelas quais os gatos se dão tão bem na internet. Você confere também uma lista com dicas para transformar seu bichano de estimação em uma celebridade na web.
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DEZEMBRO 2013
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INFO
REMix REtRô
Esqueça o sucesso do funk. A moda agora é o electro swing, estilo que faz um remix de canções antigas com levadas de hip-hop. Saiba quem são os DJs que se destacam na internet e baixe os programas de edição de música ideais para você também entrar nessa onda com sucesso. foto DivuLgação
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info digital
como ler a INFO no iPad e no iPhone
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A Info está AgorA no Iphone e, pArA comemorAr, A edIção deste mês é grátIs em todAs As plAtAformAs
* Veja como ler a INFO na loja de conteúdo digital iba em abr.io/leia-no-iba
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INbOx
Acabei de receber a revista INFO e na capa tem uma manchete: 50 Coisas para Fazer Antes de Morrer. Antes de ler, vou fazer a minha lista.
VIlNEI RObERtO VARzIm / PElOtAs (Rs) Sensacionais as 50 opções. Melhor ainda são os planos B. Parabéns, INFO.
AdRIANO blANcO / PIRAcIcAbA (sP)
tEcH dREAms
mARcO PAVAN / sãO PAulO (sP)
clEbER dE sOuzA AquINO / sãO PAulO (sP)
Lendo a INFO pelo iPhone. Adorei!
A INFO se superou no novo projeto gráfico. As fotos dos produtos nA seção tech dreAms, com o fundo dA cidAde de são pAulo, ficArAm incríveis. Adorei A cApA tAmbém.
O perigo são as pessoas, e não o WhatsApp.
@KuRONyNA_ Ficou muito bacana a capa deste mês da revista @_INFO! Parabéns!
@c7Rl0s A @_INFO deste mês tá muito boa! Sou designer gráfico em BH e quero parabenizar Rafael Costa e sua equipe. O novo projeto gráfico da INFO ficou excepcional! Vocês conseguiram deixar a revista mais moderna, mais agradável de ler, mais colorida e ao mesmo tempo com visual leve. Apreciei as variações na numeração das páginas nos três blocos principais. As fotos dos gadgets tendo São Paulo como fundo são um show à parte. A expectativa da chegada da INFO todo mês agora será ainda maior!
Amigos, com todo o respeito, a última edição da INFO está uma salada de cores, textos, letras, boxes perdidos.
KlEbER FARIA / bElO HORIzONtE (mG)
A reportagem de capa da INFO remete a quadrinhos. Está muito moderna.
luIz ROlIm dE mOuRA / FOz dO IGuAçu (PR)
iPHONe
A edição da INFO no iPhone está muito fácil de ler. Nunca imaginei que fosse gostar de ler uma revista numa telinha tão pequena como a do iPhone!
cássIA AssIs / FORtAlEzA (cE)
50 cOIsas Para Fazer
Ficou excelente o novo projeto gráfico da INFO. A revista está mais bonita. Gostei dos planos B da matéria de capa.
álVARO sANtOs / RIO dE JANEIRO (RJ)
luIz EduARdO mOuRA / cuRItIbA (PR)
máRcIA sANtOs / NItERóI (RJ)
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Adorei a capa da INFO. Muito linda!
@JuVIItO A seção de reviews fcou mais bonita e com mais espaço para cada produto.
@FAbRIcIOEV
Essa capa fcou show!!! Inspiradíssima.
cHARlEs mORAEs / luzIâNIA (GO) Eu quero ter um mordomo robô que pode virar um jetpack.
mIcHAEl bAtIstA / sãO PAulO (sP) Das 50 coisas, eu escolheria voar de jetpack. Com certeza.
mIGuEl ROdRIGuEs / GuARAPuAVA (PA)
INFO
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broncas do mês
FAlE cOM A INFO REDAÇÃO
Comentários sobre o conteúdo editorial da INFO e reclamações para Broncas do Mês:
TV sem INTeraçãO
S o u d i r e to r d e u m a e s c ol a e m Florianópolis e adquirimos três unidades da TV interativa da LG Pentouch TV. Desde o início de outubro, as canetas interativas não funcionam e não consigo resposta da assistência técnica. Depois de muito custo, um técnico local recebeu a ordem de serviço da matriz autorizando a visita, mas não conseguiu resolver o problema.
MARcElO SOuSA / FlORIANópOlIS (Sc)
respOsTa da LG
A LG informa que entrou em contato com a escola e que providenciou as condições para o conserto.
COmeNTárIO dO LeITOr
Um técnico fez a troca das canetas e as deixou sincronizadas com as TVs. Fico contente que o caso tenha sido resolvido, mas triste pelo fato de uma empresa do porte da LG precisar ser cutucada pela INFO para dar a correta atenção ao consumidor.
contateinfo@abril.com.br. A correspondência pode ser publicada de forma reduzida. Envie seu nome completo e a cidade onde mora.
mONITOr COm deFeITO
Comprei um monitor Acer que apresentou defeito ao ligar. Depois de mandar o aparelho duas vezes para a assistência técnica e ele voltar com o mesmo defeito, decidi que queria meu dinheiro de volta. A empresa disse que poderia apenas me dar um monitor novo. O aparelho que recebi era bem maior do que havia comprado. A empresa disse que como eu havia aberto a embalagem, não havia como trocar.
clóvIS cOElhO / FORtAlEzA (cE)
respOsTa da aCer
A Acer informa que propôs a troca por um produto superior, inclusive em configuração. Como o cliente não aceitou, deveria tê-lo devolvido sem o rompimento do lacre de fábrica, o que permitiria uma nova troca.
COmeNTárIO dO LeITOr
Aceitei a resposta da Acer, porque realmente abri a embalagem. Mas precisava de um equipamento menor.
COmuniDADEs
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pOR quE lEIO INFO
“Leio a INFO pelo equilíbrio com que a revista entrega os conteúdos de tecnologia e negócios. É a medida certa para mim.”
tIAgO RIttER / pRESIdENtE dA AgêNcIA W3hAuS foto rafael evangelista
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ENTER balão CaRGUEIRo // GESToS 3D // SaúDE TECNolÓGICa // mUSEU VIRTUal // RoboCop
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toneladas é a quantidade de carga que o Aeroscraft carrega
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Rumo ao céu // Por thiago tanji
Populares no início do século 20, os dirigíveis podem voltar a voar e modifcar o conceito de transporte aéreo de carga
A REPUTAÇÃO DOS DIRIGÍVEIS ficou abala-
da desde o acidente com o LZ 129 Hindenburg, que incendiou-se em 6 de maio de 1937, matando 36 pessoas. Feito na Alemanha nazista, ele estava prestes a pousar nos Estados Unidos, depois de cruzar o Oceano Atlântico, quando um vazamento de hidrogênio do balão, altamente inflamável, provocou o incêndio no veículo. Depois de 77 anos, uma empresa de Los Angeles acredita que os zepelins podem voltar a cruzar os céus e se tornar um meio de transporte seguro e útil. Batizada de Aeros, a companhia foi fundada em 1994 pelo cazaque Igor Pasternak, 49 anos. Nascido na então União Soviética, o empresário lidera os esforços para a idealização do Aeroscraft, dirigível de 169 metros que chega a 220 quilômetros por hora carregando uma carga total de até 66 toneladas. Depois de receber 50 milhões de dólares do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, a Aeros concluiu, no ano passado, a construção de um protótipo de 80 metros de comprimento, feito por uma equipe de quase 100 pessoas em um hangar a 55 quilômetros a sudoeste de Los Angeles, na Califórnia. “Acreditamos que essa aeronave pode ser utilizada como um transporte de carga efciente e que usa pouca energia durante o voo”, disse a INFO Tim Kenny, engenheiro aeronáutico da Aeros. De acordo com Kenny, o protótipo do balão dirigível foi construído em uma estrutura fixa de alumínio e fibra de carbono e é preenchido por gás hélio, que não é inflamável e fca pressurizado em tanques, o que é mais seguro. Seis motores de propulsão são responsáveis por fazer a máquina decolar. O modelo final do Aeroscraft deve ficar pronto até 2016 e poderá ser usado em atividades comerciais e militares, como no transporte de equipamentos pesados ou em operações de resgate, já que ele consegue chegar a regiões de difícil acesso.
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e n t e r // f u t u r o
GestOs em 3D
Mesa criada no MIT reproduz imagens em forma física // Por
Gabriel Garcia
Pesquisadores do
Massachusetts Institute of Technolog y (MIT) criaram uma mesa que muda a maneira de transformar imagens 3D em formas físicas. O inFORM é uma superfície de 1 000 pinos que se movem verticalmente de acordo com a imagem captada por um projetor. Assim, as peças ganham altura, profundidade e cores correspondentes ao objeto detectado. O inFORM usa o Kinect, sensor do videogame Xbox, para mapear e interpretar a posição dos objetos, como faria uma mão humana. O usuário consegue até mover uma bola sobre a mesa, mesmo estando longe dela. Segundo os criadores, o inFORM pode ser usado em situações diferentes, como na medicina (em um ultrassom em 3D) ou na arquitetura, para reproduzir um terreno. “A ideia é que no futuro as informações digitais tenham manifestações físicas”, diz Sean Follmer, pesquisador que liderou o projeto.
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coMo funciona
Sensor do Kinect captura formas, cores e movimentos de um objeto, como uma mão
em tempo real, o computador converte as informações em um modelo tridimensional
Pinos se movem de acordo com a forma do modelo. Mesa é iluminada com a cor original
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E N t E R // S A ú d E
Dr. ursINhO A fralda inteligente não está sozinha no mercado de monitoramento da saúde infantil. A startup berlinense Baby Watch criou o tedi (a pronúncia é igual à da palavra “jedi”, de guerra nas Estrelas), um ursinho que, junto de um app, fornece estatísticas de choro, sono, pulsação, temperatura e quantidade de abraços recebidos. também é possível fazer o brinquedo ensinar palavras à criança e, para a alegria de pais insones, colocar o bebê para dormir. O ursinho também poderá ser usado em hospitais, para que dados sejam coletados das crianças sem estressá-las. É possível entrar em uma lista de espera no site www.tediknows.com. O custo estimado é 99 dólares.
FRAldA INtElIgENtE Tecnologia DeTecTa alTerações no meTabolismo Do bebê Para Prevenir Doenças // POR RAFAEl KAtO
As informAções de umA frAldA vão muito além da quantidade de xixi que um bebê faz. Pelo menos é o que pretende a empresa americana Pixie Scientific, responsável pela Smart Diaper, uma fralda capaz de revelar resultados sobre infecções do trato urinário, desidratação e possíveis doenças dos rins. Pontos de um QR Code na fralda fcam coloridos toda vez que a criança urina. Basta fotografar o código com o aplicativo da empresa para que os resultados apareçam na tela. Círculos verdes indicam um bebê saudável, enquanto os vermelhos apontam problemas pela frente. O resultado é medido com reagentes que revelam dados de número de leucócitos e nitratos, que indicam a probabilidade de infecções. Eletrólitos e pH, que apontam níveis de hidratação, também são analisados. De acordo com a empresa, a previsão é que a Smart Diaper chegue às lojas no segundo semestre de 2014, quando a fase de testes estiver concluída. Ela custará de 20% a 25% mais do que as fraldas regulares, mas o preço pode cair com o tempo. Para o pediatra Marcelo Reibscheid, a fralda não substitui exames tradicionais. “Seria um absurdo querer descobrir uma infecção assim”, afrma. No entanto, ele diz que o produto pode ser útil para monitorar a hidratação do bebê, prevenindo a desidratação, problema comum no Brasil. ilustração davi augusto
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E n t E r // M E d i c i n a
REAgEntEs
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Kit inclui instrumentos para testar amostras
inoVação na saúdE Pesquisa da intel em oito Países mostra que a PoPulação confia na tecnologia Para receber um melhor tratamento
Pesquisadores americanos querem espalhar kits capazes de identifcar propriedades antibióticas na natureza
// Por Marcus Vinícius Brasil
Josiah Zayner e Mark Opal acreditam que a próxima descoberta da medicina pode estar escondida na sua vizinhança. Os dois cientistas americanos, que pesquisam bactérias e o desenvolvimento de novas drogas, lançaram, em dezembro, um projeto para que a população busque elementos na natureza que ajudem no combate a infecções. A esperança é que o esforço coletivo aumente a chance de encontrar pistas para o desenvolvimento de antibióticos mais eficazes. Batizado Iliad (the-iliad.org), o projeto da dupla funciona assim: a pessoa compra um kit pela internet que detecta propriedades antibióticas e depois explora ruas e bosques à procura de amostras orgânicas para testes. Valem folhas, musgos etc. Um manual de instruções dá ideias do que
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deve ser buscado. Em seguida, é hora de moer e utilizar as substâncias de controle encontradas no kit de teste. O resultado é catalogado no site do projeto, incluindo a localização e os detalhes de cada amostra registrada. Os kits custam de 42 a 500 dólares. Há um modelo básico e outro projetado para escolas, mais completo. Eles estão disponíveis na plataforma de financiamento coletivo Indiegogo. Zayner e Opal vão trabalhar com a comunidade científica para que as amostras colhidas sejam avaliadas em profundidade, mantendo os autores das buscas informados. Brasileiros podem participar do experimento, já que o kit é enviado para outros países. “Buscamos o envolvimento do mundo todo”, disse Opal a INFO. Mesmo que a campanha de financiamento não alcance o objetivo de 45 000 dólares para lançar o projeto em larga escala, os pesquisadores negociam a distribuição de kits em escolas. “Já testamos e validamos. A campanha de financiamento é um mecanismo para levá-los ao público”, diz Opal.
80 %
compartilhariam seus dados anonimamente para reduzir custos e melhorar o atendimento em saúde
79 %
estão dispostos a participar de consultas online
70 %
são receptivos ao uso de sensores no toalete e de monitores de saúde por ingestão
no Brasil
72 %
são receptivos ao contato online com seu médico
65 %
dizem que os hospitais se tornarão obsoletos no futuro, ante 57% nos outros países
fonte: “barômetro de inovação em saúde da intel”, pesquisa realizada em oito países (brasil, china, frança, índia, indonésia, itália, Japão e estados unidos), com 12 000 adutos
O pOvO cOntra as bactérias
no Mundo
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E N t E R // l A N ç A m E N t O
A sAgA voltA Aos gAmes Dragon Ball Z: Battle of Z relembra os grandes momentos de um dos animes mais populares dos anos 90
Vale a pena jogar Os melhOres de 2013
// POR thIAgO tANJI
gtA V _
O novo capítulo da celebrada franquia arrecadou 1 bilhão de dólares nos três primeiros dias de vendas. // PARA PlAyStAtION 3
E XBOX 360. PREçO_R$ 199,90
cAll Of duty: ghOStS _
ExtratErrEstrEs, androides, demônios, poderes especiais, explosões e lutas sem fm. A fórmula quase infalível do anime Dragon Ball Z, responsável por encantar uma legião de jovens que viveu a década de 90, está de volta em grande estilo. Com versões para PlayStation 3, Xbox 360 e PS Vita, o game Dragon Ball Z: Battle of Z recria o clima das batalhas da série animada, permitindo confrontos de até oito jogadores dentro do mesmo cenário. Para relembrar os 291 capítulos do desenho, os produtores do jogo incluíram 70 personagens que fazem parte de diferentes momentos importantes da saga, como a transformação do herói Goku para o nível Super Sayajin. Os vilões Freeza, Cell e Majin Boo também estão presentes no novo game. Agora é só pintar o cabelo de loiro, deixá-lo espetado e gritar a plenos pulmões Kamehameha!
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Dragon Ball Z: BAttlE Of Z (NAmcO BANdAI) lançamento 28 dE JANEIRO
O jogo de tiro manteve as batalhas alucinantes nos modos campanha e online. // PARA PlAyStAtION 3, XBOX 360
E Pc. PREçO_R$ 179,90
Preço R$ 169 Plataformas PlAyStAtION 3, XBOX 360 E PS VItA
thE lASt Of uS_
O game da desenvolvedora Naughty dog tem enredo digno de flme hollywoodiano e gráfcos impecáveis. //
PARA PlAyStAtION 3. PREçO_R$ 149,90
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E n t E R // a p p s
AplicAtivos do mês // pOR gustavO gusMãO
iphONe
aNdrOId / SmartphONe
waze Estreante na plataforma, o app de
CanOpener
herOeS Of dragOn age
Além de player de músicas, este
Neste game de estratégia da sé-
app tem comandos para maximizar
rie Dragon Age, cada personagem
a qualidade do som em fones de ouvido. No
funciona como uma peça em um tabulei-
iTunes, dispensa a necessidade de importar
ro. Para Android 2.3 ou mais novo / Grátis
músicas. Para iOS 6 ou superior / 6 reais
GPS colaborativo permite relatar o trânsito. Para WP 8 ou superior / Grátis
blackberry mOrphOpOLiS
CaL
O game estimula o jogador a encon-
TimeShuTTer
Calendário que sincroniza dados
trar objetos escondidos por toda a
Facilita a criação de time-lapses
com Google Calendar e Exchange.
tela. Para BB 10 ou mais recente / 4 reais
simples, sequências de fotos
Para Android 4.0 ou superior / Grátis
dOwn Tube
que parecem fazer o tempo voar. As criações podem ser salvas como GIF ou ví-
f-SeCure Key
Salva os vídeos do YouTube e do
deo. Para iOS 7 ou mais novo / Grátis
Problemas para lembrar suas se-
Vimeo enquanto carregam, para
nhas? Guarde-as no aplicativo Key.
acelerar. Para BB 10 ou mais novo / Grátis
Kurier LeiS Para advogados e profissionais da área jurídica, o app permite pes-
Para Android 4.0 ou mais recente / Grátis
aNdrOId / tablet
quisar leis e projetos. Os desenvolvedores prometem atualizações constantes no di-
KnighTmare TOwer
retório. Para iOS 6 ou mais recente / Grátis
No papel de um cavaleiro, seu obje-
ipad
tivo no jogo é salvar princesas. Para Android 4.0 ou mais novo / Grátis
aSSaSSin'S Creed piraTeS
dayframe
Mais novo capítulo da série, Pirates
Transforme o tablet em um porta-
coloca o jogador no papel do capitão Alonzo Batilla. Dispute batalhas navais
retratos, com fotos em slideshow. Para Android 2.3 ou superior / Grátis
no Caribe e melhore a embarcação conforme vence. Para iOS 7 ou mais recente / 11 reais
BitstRips
WINdOWS phONe
Conectado ao Facebook, o
pLay KidS
aplicativo cria histórias em
O aplicativo ser ve de platafor-
quadrinhos com a participação dos ami-
ma de vídeos para crianças e
A popular rede social de fotos fi-
gos. As pessoas são representadas por
traz episódios de séries infantis populares.
nalmente chegou ao Windows
versões caricaturais em tirinhas pré-
No entanto, nem todo o conteúdo é gra-
Phone. O aplicativo teve a interface adap-
montadas. Para Android 2.2 ou mais
tuito. Para iOS 6 ou mais recente / Grátis
tada. Para WP 8 ou mais recente / Grátis
novo e iOS 4.3 ou mais recente / Grátis
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E N t E R // G A l E R I A
ARtE lAb
Google inaugura em Paris instituto para aprimorar técnicas de digitalização de obras de arte // POR GustAvO RIbEIRO, dE PARIs
⁄
Pesquisa o instituto tem telão interativo (no alto), câmera 3d para esculturas (centro) e sala de criação
depois de lançar a galeria virtual Art Project, em 2011, o Google inaugurou, em dezembro, o Instituto Cultural Google (ICG). Localizado em um bairro nobre de Paris, o lugar é um laboratório de pesquisas para levar a digitalização de obras de arte a níveis inéditos. A equipe é composta de 23 engenheiros, que trabalham em contato com artistas, curadores e pesquisadores para aprimorar a vasta galeria online do Google, com obras de 400 museus parceiros de 44 países. O Brasil é representado por seis instituições. “Nada substitui uma visita ao museu”, diz o goiano Victor Ribeiro, diretor do ICG. “A intenção é oferecer mecanismos para estudar e apreciar obras de forma complementar.” No acervo online, usuários montam a própria galeria com suas obras preferidas, e artistas podem fazer o upload de seu trabalho. Mas a visita ao laboratório futurista é restrita. “Vamos testar a receptividade às tecnologias”, diz Ribeiro. Em 2014, o foco será aprimorar a resolução das obras e aumentar o acervo.
Desafio De robôs Até o fm de 2014, 17 equipes disputam uma competição de robôs de resgate nos Estados Unidos. Conheça três deles
scHAFt
Origem Japão // Altura 1,48 m // Peso 95 kg // Envergadura 1,3 m // Habilidade Anda em terreno irregular e se levanta ao cair
// POR luIz cRuz
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vAlkyRIE
Origem EuA // Altura 1,90 m // Peso 130 kg // Envergadura 2 m // Habilidade Realiza 44 tipos de movimento independentes
tHOR-OP
Origem EuA // Altura 1,78 m // Peso 65 kg // Envergadura 2,08 m // Habilidade Agacha-se e dobra as pernas como um homem
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E n t E r // C i n E m a AindA não temos um Androide, como no filme do brAsileiro José PAdilhA, mAs tecnologiAs de PontA Já AuxiliAm o trAbAlho PoliciAl
ROBOCOP DA VIDA REAL
o FILME
EstrEia_21 DE FEVErEiro DirEção_ José PaDilha sinoPsE_Em 2028, o DEtEtiVE alEx murPhY é transFormaDo Em um suPErPoliCial, mEio homEm, mEio roBô. VEJa o trailEr no Qr CoDE
óCulos VEEm tuDo Visores já são usados para identificar suspeitos e pessoas desaparecidas. a polícia de são Paulo já testou óculos com minicâmera
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DE onDE VEm o tiro? a americana shotspotter tem um sistema que descobre em instantes o local de onde um tiro foi disparado. Já é usado no estado de nova York
antimaniFEstação a inglesa CrowdVision prevê o movimento de multidões em protestos ou grandes eventos. sua tecnologia usa câmeras em helicópteros
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i d e i a s // v i v e n d o e m b e t a
O que esperar dO Linkedin?
aLessandra Lariu
As redes sociAis sempre tiveram mais espa-
ço que as profissionais. Mas agora conectar-se com outros profissionais é uma arte e os melhores artistas nesse campo são os americanos. Nunca tive a experiência de uma cultura em que a conexão entre as pessoas é tão valorizada como nos Estados Unidos. Não tem um dia que eu não receba um e-mail com alguém me pedindo para ser apresentado ou me apresentando a alguém. De estagiários a presidentes de empresas, colecionar listas de conexões profissionais parece ser o passatempo favorito dos americanos. É quase um vício. Não é surpresa que nas grandes capitais americanas todo mundo seja obcecado pelo site. Com mais de 259 milhões de usuários, o LinkedIn é a maior rede profissional do planeta. Mas esse gigante precisa ser repensado. Quando foi inventado, há dez anos, o site era só uma maneira de trocar contatos. Mas profissionais dividem informações para fazer negócios, procurar emprego, achar candidatos para uma vaga. Profissionais usam o LinkedIn porque estão precisando de alguma coisa. O problema é que o site é simplesmente uma lista de quem conhecemos e não opera de maneira inteligente para tentar ser uma lista útil de quem devemos conhecer. Neste último ano, surgiram várias ferramentas que tentam aprimorar a experiência do LinkedIn. Aplicativos e sites que tentam estabelecer conexões profissionais como uma prática mais intuitiva, em que o software ajuda a catalogar e conhecer pessoas de maneira mais inteligente. O Intro (http://bit.ly/1fhMi1Y) manda alertas de usuários recém-chegados a seu grupo de interesse. Ele é bom para conhecer pessoas novas, mas não há nenhuma indicação de por que dois profissionais devem se conhecer. O Refresh (http://refresh.io/) tem uma proposta diferente: o aplicativo agrega informações disponíveis online sobre pessoas que você conhece, ou vai conhecer, e mostra um dossiê
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Líder de mercado, a rede corporativa tem evoluído lentamente por falta de competidores. Esse é um campo cheio de boas oportunidades
sobre o indivíduo. Ele pode ser usado socialmente ou para negócios, pois elimina a necessidade de fazer uma pesquisa no Google para saber sobre alguém. O Refresh é ótimo para conhecer com quem você vai fazer negócios, como uma extensão de seu cartão de visita, mas o app não conecta um usuário ao outro. O Intro e o Refresh são só dois exemplos de funções para ajudar profssionais que não existem no LinkedIn. Sistemas que conectam profissionais de maneira mais inteligente são um campo cheio de oportunidades. Em outubro de 2012, me juntei a uns amigos para criar o Broadli (http://broadli.com). O aplicativo, que entra em beta em janeiro, é uma plataforma que digitaliza conexões profssionais relacionadas a um objetivo. Por exemplo: montar uma flial da empresa ou achar alguém para trabalhar com você. Com base em um algoritmo, o app recomenda pessoas que podem ajudar a obter uma determinada meta. Além disso, você pode apresentar pessoas umas às outras, ganhando pontos pela ação. Desde a invenção de Orkut, MySpace e Facebook, o foco esteve sempre na evolução das redes sociais, em vez das redes profissionais, o que é uma falácia porque as redes profissionais podem dar lucros mais robustos e mais rapidamente. Líder absoluto de mercado, o LinkedIn tem evoluído lentamente por falta de competidores. Está na hora de alguém desafiar esse gigante e dar às redes profissionais a mesma atenção que têm as redes sociais. ↙
Alessandra Lariu, 41 anos, é publicitária e cofundadora do site SheSays, que ajuda mulheres a entrar na carreira de criação digital. Empresária, mora em Nova York.
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i d e i a s // b i z t e c h
máquinas inteligentes
manoel lemos
Uma das coisas qUe me decepcionaram na es-
cola de engenharia da computação foi a promessa quebrada pela inteligência artifcial. Antes de começar a estudar, imaginava que estaríamos construindo máquinas inteligentes e até mesmo conscientes, antes da virada do milênio. Entrei na Unicamp em 1993 e minhas principais referências sobre máquinas inteligentes eram o computador HAL 9000, do flme 2001: Uma Odisseia no Espaço, e o supercomputador Skynet, de O Exterminador do Futuro. Lá pelo segundo ano do curso comecei a trabalhar num projeto de iniciação científca na área de supercomputação e processamento distribuído, no qual tive meus primeiros contatos com inteligência artificial, ou AI. Depois vieram as aulas da disciplina de inteligência artifcial e o encanto se quebrou de vez. Tudo era interessante, mas HAL 9000 e Skynet tornaram-se ideias distantes. Mais tarde, estive num evento com um dos pais da AI, o professor Marvin Minsky, do MIT. Ele disse duas coisas que me chamaram a atenção. Afrmou que a computação traria um entendimento melhor de nosso cérebro e que não acreditava que seríamos capazes de construir máquinas realmente inteligentes no futuro. As aplicações de AI estão por todos os lados. Na busca do Google, em softwares de reconhecimento de voz, em sistemas de suporte à tomada de decisões médicas e até em coisas mais mundanas, como no funcionamento de um aparelho de ar condicionado. Mas sempre em aplicações muito restritas e para resolver problemas específcos. Aquela inteligência mais genérica, beirando o senso comum, ainda não está entre nós. Mas, nas últimas décadas, tudo o que depende de computação evoluiu exponencialmente. Equipamentos médicos de diagnóstico tiveram sua resolução e capacidade multiplicadas de maneira a proporcionar ao neurocientista um entendimento mais apurado de nossa mente. Na outra ponta, tivemos um aumento da capacidade computacional dispo-
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Após duas décadas, a inteligência artifcial volta com a corda toda e promete entregar, com bom atraso, computadores como os da fcção
nível para novos experimentos de AI. Nesse contexto, uma relativamente antiga teoria da AI chamada Deep Learning, ou Aprendizado Profundo, ganha atenção. Nessa técnica, os modelos computacionais são desenhados para, como em nosso cérebro, identificar pequenos padrões que depois são combinados com outros padrões até que possam ter um significado maior. É como se, a cada nível que subimos no processamento, pudéssemos entender conceitos mais complexos. Junte milhares desses pequenos módulos e temos um sistema computacional capaz de aprender e identificar padrões complexos sem supervisão. Estamos, sim, caminhando para a construção de máquinas mais inteligentes. Um dos últimos avanços em Deep Learning vem do Google. Um sistema neural sofsticado conseguiu aprender a identifcar conceitos apenas assistindo a flmes do YouTube, sem nenhuma outra informação ou metadado. O algoritmo identificou que gatos eram um tema frequente nos vídeos e criou uma representação própria do que é um gato. Mas essa é uma das áreas mais polêmicas da computação e existem todos os tipos de opinião. Ao mesmo tempo que pesquisadores acreditam claramente que construiremos máquinas conscientes, outros dizem que isso é impossível. Parece que HAL e Skynet estão mais próximos. E olha que ainda nem pensamos na mistura disso com a fantástica fábrica de robôs que o Google acabou de comprar. É hora de desligar a torradeira! ↙
Manoel Lemos, 39 anos, é engenheiro da computação, especialista em supercomputação, empreendedor, investidor em tech startups e diretor-geral digital da Abril Mídia. É apaixonado por mergulho com tubarões.
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i d e i a s // c é r e b r o e l e t r ô n i c o
A voltA dA fitA mAgnéticA
dAgomir mArquezi
Por essa ninguém esPerava. A boa e velha fita magnética está saindo do cemitério das mídias obsoletas. A razão não é um impulso reacionário/ regressista, como no caso dos discos de vinil. As fitas estão retornando porque se revelam ainda úteis. A revista britânica The Economist contou no seu suplemento de tecnologia que a iniciativa partiu da Comissão Europeia de Pesquisa Nuclear (Cern), responsável pelo mega-acelerador de partículas LHC, em Genebra (Suíça). As experiências do LHC produzem de 3 a 6 GB de dados por segundo. O coordenador de armazenamento da Cern, Alberto Pace, listou quatro razões para a volta triunfal do tape: 1_extrair dados de uma fita é quatro vezes mais rápido do que de um disco rígido. 2_quando uma fta quebra, é só colar. 3_tapes não precisam de energia própria para preservar os dados. 4_um hacker pode deletar em minutos 50 petabytes guardados em disco, mas demoraria anos para apagar ftas. O pesquisador da IBM Evangelos Eleftheriou completa a lista com mais duas razões: ftas são mais baratas. Um GB de disco custa 10 centavos de dólar. A mesma quantidade de tape, 4 centavos. E ftas podem ser lidas após 30 anos de uso. Discos às vezes encerram a vida útil em cinco anos. Não que a velha fita vá substituir os HDs. Mas eles passaram a conviver. A venda de fitas magnéticas, que tinha desabado 14% em 2012, subiu 1% neste ano. Um caso de ressurreição. Evangelos Eleftheriou diz que não existe um modo único de armazenamento, mas uma hierarquia a ser seguida. Dados “quentes”, que precisam de acesso imediato, são mais bem manipulados em mídias Flash. Dados “mornos”, que as pessoas precisam sempre, mas não com urgência, ficam mais apropriadas para uso em HD. E os dados “frios”, que precisam ser guardados por prazo longo, ficam melhor em tapes.
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Quem diria que na segunda década do século 21 voltaríamos a ver computadores usando ftas? Pois elas começam a ganhar um novo impulso
Pesquisa da Universidade da Califórnia mostra que 90% dos dados de qualquer organização ficam “frios” depois de dois meses. O que parece indicar um grande futuro para as velhas fitas. A IBM está investindo na criação de uma fita superdensa, capaz de armazenar 100 terabytes num simples cartucho. Quem diria que no meio da segunda década do século 21 voltaríamos a ver computadores usando fitas magnéticas? Elas foram a primeira forma de armazenamento de dados num computador Univac, de 1951. A IBM fez a fama de imensos mainframes e seus rolos de fita de óxido de ferro. Elas eram cenário de qualquer filme de espionagem ou ficção científica dos anos 60. Devemos muito à fita magnética. Ela revolucionou a indústria da música e mudou o rádio para sempre em 1930. A invenção da fita cassete pela Philips, em 1963, deu a cada um de nós a possibilidade de escolher nossa própria seleção musical. Há 50 anos, possibilitou que cada um gravasse a própria produção musical, ampliando as chances de artistas. O mesmo aconteceu com o vídeo, em 1976, com o lançamento (entre outros formatos) do VHS. Com todos os agradecimentos, a volta da fta magnética deve fcar limitada aos computadores. A fta cassete pode ter seu charme, mas a qualidade do som era ruim e ainda exigia canetas Bic para enrolar quando engripavam. Permanecem como o símbolo de nossa inocência tecnológica. ↙
Dagomir Marquezi, 60 anos, dividiu sua vida entre o jornalismo e a ficção. Escreveu novelas, musicais e roteiros de cinema. Há 15 anos acompanha a tecnologia em sua coluna na INFO.
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i d e i a s // i n s i d e i n f o r m a t i o n
O próximO passO dO FacebOOk
LeOnardO TrisTãO
Logo que entrei no Facebook, em meados de
2011, descobri como o lema da companhia — Move fast and make things (Mova-se rápido e faça as coisas) — é adequado para descrever como tudo funciona por aqui. Em apenas dez anos, a plataforma passou de um simples compilado de estudantes de Harvard para um complexo ecossistema global social capaz de conectar o mundo e, como consequência, facilitar o acesso à informação para mais de 1 bilhão de pessoas. Para fazer uma conta simples, e não necessariamente fiel, mas capaz de representar a dimensão disso, é como se mais de 300 000 pessoas tivessem entrado no Facebook diariamente desde que a plataforma nasceu. Quando pensamos que redes sociais são um canal de comunicação direta, as possibilidades são muitas. Ao permitir que pessoas de países, crenças e culturas diferentes se encontrem em um ambiente único, deixam-se de lado o tempo e a distância, iniciando um processo quase infnito de conexões possíveis. Por tudo isso, entendemos que a internet é um direito humano. Desde 2004, quando foi criado, o Facebook vem se superando em termos de funcionalidades para usuários e soluções para marcas. As inovações de que mais gosto são as que fazem pensar: “Como não tive essa ideia antes?”. Imagino que muitos se lembram de quando não era possível marcar amigos nas fotos. O botão “curtir”, que só existe há três anos, já se tornou um ativo para marcas e usuários. Boa parte das pessoas não se lembra do Facebook sem ele ou tem a impressão de que sempre esteve lá. O entendimento do que pode melhorar a experiência do usuário é chave para o sucesso da plataforma e algo em que nossos engenheiros trabalham duro para conseguir. Estudar o comportamento e testar. Testar muito e continuamente, sem ter medo de errar e de recomeçar. Não é à toa que todos os produtos são lançados em beta. Aqui, preferimos tentar, errar e ajustar de acordo com o feedback dos usuários, a nos
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A rede social completa dez anos com o desafo de prover a melhor experiência para quem se conecta usando dispositivos móveis
deter meses e mais meses de desenvolvimento e burocracias, para só depois descobrir que não era bem aquilo que faria a diferença. Aproveitamos a colaboração dos usuários e estimulamos empresas de vários segmentos a tentar isso também. Hoje, nosso desafo recai sobre a necessidade de oferecer a melhor experiência possível em uma infnidade de aparelhos que proliferam tão rapidamente que é difícil até quantificar. São milhares de telas de diferentes tamanhos, resoluções e capacidades de acesso à internet, e queremos que qualquer um possa ter a melhor experiência em todos eles. A próxima grande onda de usuários da internet virá de plataformas móveis, e no Facebook não será diferente. Celulares já se tornaram a porta de entrada no mundo digital para muita gente. Apenas no Brasil, 44 milhões de pessoas acessam o Facebook do celular todos os meses — 20 milhões diariamente. Um enorme desafo para nós e uma oportunidade gigante para as empresas, sejam elas micro, pequenas, médias, grandes ou multinacionais. Agora as pessoas estão acessíveis o dia inteiro, todos os dias. Elas estão andando por aí com uma TV, um rádio, um e-mail, além de todos os amigos no bolso. Os terminais móveis estão revolucionando o consumo de conteúdo e de marcas, assim como a forma com que as pessoas interagem entre si. Como a missão do Facebook é conectar o mundo, naturalmente esse é um segmento que iremos explorar cada vez mais nos próximos anos. ↙
leonardo tristão, 41 anos, é diretor-geral do Facebook no Brasil desde 2011. Formado em engenharia de telecomunicações, atuou em empresas de tecnologia, como Ericsson e iBM. É um dos responsáveis pelo início das operações do Google no Brasil. ilustração EVaNDro BErtol
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INOVAçÃO
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o GooG l e m in eiro ElEs são cErca dE 100 EngEnhEiros comandados pElo cara dE sandálias aí ao lado. atuam Em árEas-chavE da EmprEsa, como nos algoritmos sEcrEtos da busca E na rEdE social googlE+. Em clima dEscontraído E familiar, o timE do googlE Em bElo horizontE faz partE das inovaçõEs globais, como a busca por voz ≥ Por Paula rothman ≥ fotos alexandre resende
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O chefe O mineiro Berthier Ribeiro-Neto tem como flosofa encontrar os melhores profssionais e deixá-los trabalhar. “É impressionante o que os meninos conseguem fazer”
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a A AvenidA BiAs Fortes,
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no centro de Belo Horizonte, não é citada em guias turísticos. Ela tem prédios comerciais, casas e alguns restaurantes. Mas a falta de encantos não impede que essa avenida esteja de alguma forma muito próxima do dia a dia de milhões de pessoas pelo mundo. Em um de seus prédios funciona o único escritório de desenvolvimento do Google na América Latina, com quase 100 engenheiros que atuam em áreas-chave, como o algoritmo de busca. Suas linhas de código impactam mais de 3,3 bilhões de pesquisas feitas no mundo diariamente. Os engenheiros do escritório mineiro do Google têm acesso a algoritmos secretos e a guloseimas disponíveis em geladeiras pelos andares. Sem horário fxo, eles podem disputar partidas de pingue-pongue no meio da tarde ou andar descalços pelos corredores. Nada ali lembra um escritório convencional. A começar pelo chefe.
De chinelo de dedo, calça jeans e camiseta polo, o diretor de engenharia do Google para a América Latina, Berthier Ribeiro-Neto, 53 anos, é a personificação do ambiente de trabalho que ajudou a criar: tranquilo, bemhumorado, mas muito focado. “Minha filosofia é: você tem de achar as melhores pessoas, recebê-las da melhor maneira possível e sair da frente. É só deixar esses meninos trabalhar. É impressionante o que fazem”, diz Berthier. Muitos dos meninos do escritório são ex-alunos de Berthier na Universidade Federal de Minas Gerais. Professor do departamento de ciências da computação há mais de 15 anos, Berthier foi um dos idealizadores do primeiro mecanismo de buscas da internet brasileira, no ano 2000. O projeto resultou na startup Akwan, comprada pelo Google em 2005. Seus 13 funcionários deram origem ao primeiro escritório de engenharia do Google fora dos Estados Unidos.
Os trabalhos em BH são divididos em dois grandes times, batizados de Search e Social. O primeiro lida com questões ligadas ao algoritmo de buscas e o segundo trabalha com as plataformas sociais da empresa, em especial o Google+. O escritório recebeu mais de 150 milhões de dólares em investimento, desde que foi criado. Os mineiros mostram resultado. A segunda mudança mais importante da história da busca da empresa foi escrita em BH. “A atualização foi lançada em 2010 e, sozinha, impacta 40% de todas as buscas”, diz Bruno Pôssas, 36 anos, gerente da equipe de buscas. Ex-aluno de Berthier e membro do time desde a época da Akwan, Pôssas trabalha em uma divisão específica dentro de Search, a Ranking, que lida com a ordem dos resultados apresentados. O buscador do Google funciona como um grande indexador de páginas da
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TRabalhO E lazER Engenheiros do escritório mineiro do Google jogam videogame no refeitório. À direita, uma das áreas de trabalho da equipe de Social, responsável por melhorias na rede Google+ e no controle de spam
internet, vasculhando mais de 20 bilhões de endereços por dia. Toda vez que um usuário digita um termo no campo de busca, máquinas complexas precisam selecionar os melhores resultados e ordená-los. Quando o ranqueamento não funciona bem, o usuário não encontra rapidamente o que quer. Na língua dos engenheiros, isso é uma consulta “quebrada”. Os detalhes da mudança que impactou 40% das buscas são mantidos como segredo de Estado, mas outro upgrade realizado em BH envolve associar termos diferentes que têm o mesmo significado. “Há muitas maneiras de pesquisar a mesma coisa. Molho branco é
igual a molho bechamel, por exemplo”, diz Pôssas. Ao melhorar o algoritmo capaz de identificar consultas semanticamente equivalentes, o sistema ganha eficiência. Isso vale para buscas do mundo inteiro, em qualquer um dos 159 idiomas atendidos pelo Google. “Tudo o que nosso time faz é global, e não somente para o português”, diz Berthier. “Temos um histórico de resultados muito bons e, por isso, podemos escolher com o que vamos trabalhar. Claro que às vezes vem algum pedido específco dos Estados Unidos.” Como lidam com dados sigilosos, responsáveis, em grande parte, pelo sucesso mundial do Google, os cerca
os engenheiros do time de search trabalham em andar protegido e uma das senhas é acessada por token físico
de 50 engenheiros do time de Search trabalham em andares protegidos, onde nenhum visitante pode entrar. Para acessar os algoritmos, precisam estar logados e digitar uma série de senhas, uma delas em um token físico. “O g r upo de buscas em B elo Horizonte trabalha no coração da propriedade intelectual do Google”, disse a INFO o americano Stu Feldman, VP de engenharia do Google para as Américas. “Os resultados são impressionantes. Em alguns trimestres, eles foram responsáveis por até metade das melhorias.” Feldman vem pelo menos duas vezes por ano ao Brasil.
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NO ESCRITÓRIO MINEIRO, bandeiras coloridas de países pendem desde o teto até o topo das baias. Sobre mesas e prateleiras, bonecos da saga Star Wars dividem espaço com livros de programação. No chão, bolas e pufes servem de apoio para violões e guitarras. “Aqui a gente precisa do processo criativo”, diz Paulo Golgher, 36 anos, diretor de engenharia do Google+. “Em muitas empresas, o programador recebe uma especificação e faz.
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Por trás Responsável pela administração, Rosa Corrêa é casada com Berthier Ribeiro-Neto, de camiseta listrada, na foto acima. Ao lado, o escritório onde 70% vão a pé ou de bicicleta para o trabalho Aqui não existe isso. As pessoas precisam ajudar a pensar em soluções.” Usando bermuda, tênis e camiseta, Golgher dirige toda a área de Social. A divisão do escritório em duas partes aconteceu em 2008, quando o Google transferiu para o Brasil a direção do Orkut. Há dois anos, esse time migrou para o Google+ e cuida, entre outras coisas, da área de spam. O trabalho consiste em evitar que links maliciosos se disseminem pela rede social e é fundamental para garantir uma boa experiência de uso e consolidar os planos de crescimento nesse mercado. Segundo a consultoria Comscore, o Google+ é a terceira plataforma social com mais usuários ativos no Brasil. São 12,8 milhões, ultrapassando pela primeira vez o
Twitter, com 12,2 milhões. Mas ainda distante do líder Facebook, com mais de 64 milhões de usuários. “A equipe de Social teve a oportunidade de aprender com o Orkut. Isso é fundamental para o Google+. E Larry Page já deixou claro que a rede é uma de suas apostas”, diz Stu Feldman. Outra responsabilidade do time de Social é cuidar de Brands e Business do G+, área que cria ferramentas para que as marcas possam interagir com seus seguidores ou melhorar a presença virtual. “Lançamos o dashboard, gerenciador que permite descobrir os melhores horários de postagem para atingir mais pessoas”, diz Golgher. “Agora, um dos desafios é preparar o time para trabalhar com desenvolvimento mobile. Nossa perspectiva é que em dois anos o desktop será irrelevante.” Antes disso, até o fim de 2014, toda a equipe já estará treinada
para trabalhar com design de produto e implementação de programas pensados para dispositivos móveis, área que, por outros motivos, também é de grande interesse da equipe de Search. “Nosso trabalho será muito impactado pelo avanço dos mecanismos de busca por voz”, diz Berthier. O avanço dos sistemas de reconhecimento, presentes em gadgets como o próprio Google Glass, promete ser a próxima fronteira das pesquisas na internet. “Se você usa voz, as buscas provavelmente não serão feitas da mesma forma. Hoje, a maioria dos usuários digita de duas a quatro palavras. Isso é bem diferente de falar uma frase completa”, afirma Berthier. A máquina de buscas terá de ser capaz de distinguir quais são as palavras-chave presentes em uma frase e entendê-las. Tarefas como essa obrigam os mineiros a estar sempre alinhados com os times internacionais de engenharia, e muitos funcionários de BH passam temporadas viajando. A cada 30 dias,
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Paulo Golgher fca pelo menos uma semana na sede do Google, na Califórnia. A demanda de trabalho é constante, mas o chefe Berthier é conhecido por zelar pela saúde dos meninos. “Não quero ninguém dormindo aqui no fim de semana, virando noite. Não faz bem”, diz. Esse tipo de cuidado claramente vai além do conhecido padrão Google de oferecer alimentação, atividades físicas e até massagem no escritório. Em Belo Horizonte, as coisas são diferentes. O clima é mais familiar do que o do Google de São Paulo, com cerca de 500 pessoas, ou de Mountain View, com mais de 15 000. O fato de 70% dos mineiros irem trabalhar a pé ou de bicicleta também ajuda a evitar o estresse. Mais do que isso, BH tem um diferencial entre todos os outros 69 escritórios da empresa no mundo: a Rosa. CASADA HÁ MAIS DE DUAS DÉCADAS com Berthier, Rosa Corrêa era responsável pelas finanças da startup Akwan. Hoje, administra o escritório, e foi dela a ideia de criar um grupo de corrida dos googlers, como são chamados os funcionários, e uma campanha de conscientização alimentar. “Nunca achei que esses meninos iriam correr ou parar de comer chocolate. Mas deu certo”, diz Berthier, às gargalhadas. “A última da Rosa foi comprar uma máquina de lavar roupa. Achei que
ESTUDE No caso de recém-formados, o primeiro indicador são as notas. Elas revelam quão boa em aprender a pessoa é. E no Google todos aprendem o tempo todo.
QUER TRAbAlhAR no GooGlE? Brian Zaki, gerente de recrutamento, dá as dicas aos que querem atuar em BH
ninguém fosse usar, mas tem fla”, diz. A ideia de colocar bandeiras enfeitando as baias também foi dela, para amenizar o ar-condicionado. “O vento vai muito forte nos meninos, e achei que era um jeito bom de resolver isso.” Um desses meninos é Brian Zaki, americano de 39 anos e quase 2 metros de altura. Transferido do escritório de Nova York, ele faz parte dos 10% de estrangeiros que trabalham em BH. “Além de franceses, indianos e americanos, aqui também tem mui-
o escritório de Belo Horizonte está crescendo e vai contratar. Busca profissionais com Boa formação e paixão
PARTICIPE O Google busca os que têm paixão. Tem mais chance o candidato que faz, no tempo livre, projetos relacionados à área. VIRE-SE O Google quer saber se o candidato é capaz de achar soluções criativas para os problemas. SEJA DIRETO O currículo deve ter uma ou duas páginas. O importante: educação, habilidades e projetos.
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ta gente de outros estados do Brasil”, afrma Zaki, gerente de recrutamento e responsável pelo relacionamento da empresa com as universidades. “Está difícil achar engenheiros, especialmente com o perfl que buscamos. Além de gente com boa formação, estamos atrás de quem demonstre paixão por ciência da computação e desenvolvimento de software.” Foi vasculhando os inscritos em uma competição realizada em Recife, há sete anos, que Zaki descobriu Hugo Santana, hoje engenheiro de software sênior. “Trabalhava numa startup quando o Brian me contatou. Eu me inscrevi para o processo e fiz sete entrevistas”, diz Santana. Aos interessados, Berthier Ribeiro-Neto dá o recado: “Estamos crescendo muito e precisando de engenheiros”. Um andar recémreformado e vazio denuncia os agressivos planos de expansão para este ano. Está aí uma boa oportunidade. ↙
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INOVAçÃO
o que aprendi
OS ALTOS E BAIXOS
E TudO O QuE OCORREu NO MEIO dO CAMINHO 50 liÇÕes de sucesso de inVestidores, empreendedores, blogueiros e Youtubers
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≥ em depoimento a filipe serrano, paula rothman e rodrigo brancatelli
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MARco goMEs, 27 ANos
fundador da agênCia boo-box. eleito pelo World teCHnology aWards o melHor profissional de ComuniCação de 2013
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CresCi num lugar violento, em Gama, no Distrito
Federal, mas não gosto de falar que tive uma história de infância difícil. Tenho orgulho, porque é uma história de inspiração. Quando você mora em um lugar em que não sabe se vai voltar vivo para casa, aprende a lidar com o risco. Isso me ensinou a negociar, a entender as pessoas e a agir rápido. Mas não agir sem pensar. o
Quando Criei a boo-box, em 2006, percebi que a pu-
blicidade, então concentrada na televisão, migraria para a internet. E minha geração, que é a que estabeleceria o padrão de consumo de conteúdo online, já não acessava
os portais que concentravam os anúncios. Essa receita digital não iria para os meios tradicionais, mas para meios novos, como as redes sociais. E isso se concretizou. o
Hoje estamos presentes em 500 000 sites. Não é fá-
cil competir com Google e Facebook, mas a gente está conseguindo, por focar aquilo que eles não fazem: a publicidade inovadora em blogs e redes sociais.
observar Coisas fora do ambiente de trabalho é o que mais me inspira, além do serviço voluntário e da prática de atividade física. Sair da rotina do trabalho é minha dica.
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foto RENAto PARADA
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MARCELO sALEs, 36 AnOs Sócio-fundador da aceleradora 21212 e da deSenvolvedora Movile
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a viSão de Que você vai virar bilionário da noite para o dia coM uMa única ideia é a Maior Mentira do planeta. Se você olhar, a idade Média doS eMpreendedoreS de SuceSSo é aciMa doS 35 anoS. São caraS Que já eStão trabalhando há MuitoS anoS
eStaMoS vivendo o início de uma revolução industrial digital. Isso vai mudar a vida para sempre e não tem mais volta. Posso investir agora, no início, quando está mais barato, ou daqui a uns 50 anos e fcar pensando: “Poxa, realmente deveria ter investido antes”. o
ao Montar uMa eMpreSa , a primeira coisa a fazer é olhar o mercado. Em 1999, a internet tinha 5 milhões de usuários, e o celular, 40 milhões. Escolhi o celular não porque era legal, mas porque era lógico.
o
o Quando alguéM diz que quer lhe apresentar uma pessoa, aceite. Abrace. Conheça gente nova. Troque ideia. Isso só vai fazer bem.
o ecoSSiSteMa braSileiro não suporta inovação ainda. Que investidor vai botar 2 milhões de reais em uma empresa que dará prejuízo por dez anos? Todos os investidores estão no primeiro fundo e precisam provar que podem dar retorno. Por isso o investimento é de menor risco. Mas, em dez anos, quando estiverem no segundo ou no terceiro fundo, aí vão ter mais disposição para arriscar. o
fOtO GUILLERMO GIAnsAntI
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paulo veras, 41 anos
fundador da 99 Taxis, ex-direTor e aTual conselheiro da endeavor
Já fundei oiTo empresas e ainda fco chocado com a burocracia. Facilita muito ter um bom contador e um bom advogado. Fazer bem-feito desde o início é fundamental.
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com o Tempo você percebe que é preciso ter disciplina e métodos de gestão. Uma das formas mais simples é medir tudo. Assim você tem muito mais subsídios para tomar decisões com base em fatos, não em opiniões.
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conselhos são bons para não quebrar a cara em er-
ros desnecessários. Mas tentar e falhar é parte do processo. Nos Estados Unidos, isso é muito valorizado. Tem fundo que só investe em empreendedor que já falhou. A lógica é: prefro que a falha dele não seja comigo.
como a imporTância das pessoas se Traduz na maneira como você Toca sua empresa? de que forma você aTrai e reTém TalenTos? o segredo é casar o plano de crescimenTo da empresa com o das pessoas e enTender o que as moTiva
o
comecei fazendo tutorial de jogos,
mas, como não gosto de escrever, passei a fazer em vídeo. Demorou um ano para ganhar dinheiro. Acho que a primeira grana que caiu foram 4 000 reais. o
Bruno aIuB, 23 anos conhecido como monark, é dono do segundo maior canal no YouTube brasil com gameplaYs de Jogos
não gosTo de falar quanto ganho
hoje com publicidade e monetização do YouTube, mas é tipo o salário de um diretor de empresa. Talvez um pouco menos de 100 000 reais, por aí.
Tenho 2,3 milhões de inscritos e 233 milhões de visualizações. É um trabalho duro. Você tem de buscar antes os games que vão bombar.
o
uma vez fui ao shopping para um evento e 2 000 pessoas apareceram para me ver. Cercaram, quebraram os vidros da loja, teve até gente pisoteada. Tive de sair pelo teto do shopping, com escolta dos bombeiros. Foi absurdo!
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foto saMuel esteves
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MARCO fISBhEN, 34 ANOS
proFessor e presidenTe do descomplica, plaTaForma de videoaulas com quase 1 milhão de alunos
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nosso escriTório é uma casa no Rio de
Janeiro, com cozinha, varanda... Em 2013, crescemos muito. Passamos de 30 para quase 100 funcionários e vamos precisar mudar de sede. Mas quero manter esse clima, esse modelo em que o analista senta perto do pessoal de mídias sociais, o suporte está com o pessoal de vídeo. Isso cria um ambiente de troca de ideias.
Funcionamos com mÉTricas. Sei exatamente quanto custa adquirir um cliente de cada uma das fontes, quanto ele vai render, qual a porcentagem que vai sair mês a mês. É difícil estabelecer métricas, mas o maior desafio é fazer o time estar todo dia disposto a medir, testar e acreditar nessa cultura analítica. o
É muiTo Fácil Fazer conTaTos no vale do silício, mas você precisa esTar lá, ir pessoalmenTe a evenTos, Ter uma boa dose de cara de pau. viajo a cada dois meses, pois muiTos de nossos invesTidores esTão lá
aprendi a não dar ouvidos a tudo que falam. No início do Descomplica, ouvi de um investidor que nosso negócio de flmar as aulas não era escalável e que seria muito melhor abrir uma plataforma em que todos os professores do Brasil pudessem postar seus vídeos. o
para empreender, é preciso um impulso. Porque é tudo muito difícil e, às vezes, frustrante. É necessário ser resiliente. É muito normal tomar um tombo e se frustrar. Mas isso nunca pode derrubar um empreendedor.
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LOURENÇO BUSTANI, 33 ANOS Fundador da consulToria de inovação mandalah e eleiTo um dos brasileiros mais criaTivos pela revisTa FasT company
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seja ambicioso. No começo, sem-
pre pensamos em ter uma empresa global, mas as pessoas falavam que a gente era idealista. Hoje, temos escritórios em
São Paulo, Rio de Janeiro, Nova York, Cidade do México, Berlim e Tóquio. Fomos abusados e conseguimos.
Ter um excelenTe fnanceiro desde o primeiro dia é realmente essencial.
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É muiTo imporTanTe saber dar um
passo para trás e deixar a equipe que você formou tomar as rédeas do negócio. Isso gera responsabilidades.
fOTO GUILLERMO GIANSANTI
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JOE PENNA, 24 ANOS
Criador do Canal MysteryGuitarMan, CoM 334 Milhões de visualizações o
o Governo fiCou muito tempo parado em
relação às redes sociais. Dilma Bolada cresceu porque não tinha nada da Dilma verdadeira nas redes sociais. O perfl real dela no Twitter estava totalmente abandonado.
até o MoMento em que encontrei a presidente Dilma Rousseff, eu não tinha ideia alguma de como seria essa conversa entre a gente. Achava que seria rapidinha, e não com ela tuitando a meu lado. Foi muito espontâneo. Saí de lá ainda mais inspirado.
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assiM que surGe uma nova rede social, uma empresa tem de entrar e estar lá, pelo menos com um perfilzinho. Temos sempre de estar à frente. Temos sempre de estar onde o povo da internet está presente.
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JEFERSON MONTEIRO, 23 ANOS
Criador do perfil dilMa bolada, CoM quase 1 Milhão de seGuidores nas redes soCiais
huMor boM não é o huMor a favor ou do Contra. huMor boM teM de ser enGraçado. Mas todo Mundo teM o direito de não Gostar
o Meus pais sempre me apoiaram. Antes eu cursava faculdade de medicina. Eles me disseram para tentar por alguns meses e ver se realmente gostava. Acho que a lição que tirei é que, se há uma coisa que você quer fazer, você deve fazer. Ou então vai se arrepender. o CoMeCei a fazer vídeos aos poucos, em 2006. Trabalhava como assistente em uma pequena produtora quando meu primeiro vídeo estourou e chegou a 2 milhões de views. Fui mostrar para meu chefe, e a resposta dele foi: “Você tem de parar de fazer isso. Não vai dar certo”. Um mês depois, pedi demissão para tocar meu canal.
FOTO MARCOS CAMARGO
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JULIO VASCONCELOS, 32 ANOS Fundador do Peixe urbano o
nunca subestime a importância da
transparência e da comunicação aberta, tanto interna como externamente. Não adianta ter uma visão em sua cabeça se você não consegue transmitir e compartilhar essa visão com seu time e com seus clientes. o Foco. É natural que uma equipe jovem tenha várias ideias, mas é preciso manter os pés no chão. Defna as prioridades e saiba calcular recursos. Todo projeto tem o custo real e também o custo de oportunidade. Ambos devem ser levados em consideração.
contrate os melhores. Não basta ter uma boa ideia, é necessário executá-la bem. o
CAMILA COELHO, 27 ANOS
dona do maior blog de moda do País, o suPer Vaidosa
NATAN GORIN, 13 ANOS
Programou seu Primeiro aPP, o iboletim, Que teVe
como sou bom com números, meus amigos pediam para que eu calculasse quanto faltava de nota para passar de ano. Aí tinha de fazer isso todo mês, era muito trabalho. Foi por isso que decidi criar o iBoletim. Não imaginava que ia fazer tanto sucesso.
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Passo 12 horas por dia na internet.
Aprendi a programar vendo tutoriais.
achei engraçado quando me reconheceram uma vez no shopping. Não sabia como reagir, fquei megaenvergonhado.
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tudo começou com vídeos
tutoriais no YouTube, dando algumas dicas de maquiagem, pois na época trabalhava como maquiadora. A ideia era nova e me inspirei em algumas garotas inglesas e americanas. Resolvi criar o blog depois da insistência de minhas seguidoras, pois com o blog poderia compartilhar muito mais conteúdo, diariamente.
a Qualidade de fotos, vídeos e montagens é essencial. Isso é o mais importante em um blog, pois mostra profssionalismo. o
minhas leitoras gostam principalmente de dicas fáceis, que possam fazer sozinhas em casa. Os favoritos são os tutoriais de maquiagem e o look do dia com informações de moda.
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acho um absurdo certas
coisas que os anônimos têm coragem de fazer na internet, como inventar história e humilhar. Confesso que estou sempre aprendendo, tentando olhar o lado bom. Hoje tenho a maturidade de separar as críticas construtivas daquelas destrutivas.
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Fabio Coelho, 49 aNoS
Diretor-geral Do google no Brasil o
entrei no google há três anos. Foi uma época de muito
aprendizado, com a necessidade de escutar muito e ter de agir rapidamente. Fizemos uma aproximação com as agências de publicidade, aprofundamos a entrega de performance das plataformas de busca e posicionamos o YouTube de maneira muito inteligente. O faturamento mais do que dobrou nesses três anos. Em 2013, continuou crescendo acima da média do mercado. Embora a gente não fale números, existe uma oportunidade no digital, por meio da migração do investimento publicitário para as plataformas digitais.
Dos 5 milhões De Pequenas e méDias empresas no Brasil, apenas 1,5 milhão está online. Um número menor ainda é cliente do Google. Então, não se trata só de fazer com que as grandes empresas tenham uma presença digital mais forte.
o
nunca me incomoDou a Palavra Blogueira. tenho orgulho De minha Profissão. o Ponto negativo é que você está semPre senDo julgaDa, De toDas as formas
o
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minha Detenção pela Polícia Federal, em 2012, por causa
de um processo contra um vídeo no YouTube, me ensinou que vale a pena se posicionar por uma causa em que você acredita. Fiquei feliz com as demonstrações de solidariedade, mas fquei triste porque a situação não fez bem à imagem do país.
ouço, Por mês, a apresentação de ao
menos 50 novas empresas. Mas só me reúno com cinco a oito empreendedores. E invisto em uma ou duas por ano. o
aNibal MeSSa, 44 aNoS sócio Do funDo De investimento Plataforma caPital e Primeiro investiDor Do BuscaPé
ganhei meu Primeiro computador
aos 12 anos, um Sinclair. Sabia que o computador iria mudar o mundo. o
romero roDrigues ainda era estu-
dante de engenharia quando me ligou prometendo pagar uma pizza se eu
desse uma força para ele fazer seu plano de negócio. Coloquei 500 000 reais na ideia do Buscapé e ganhei 6 milhões de dólares com a venda da empresa.
traBalhei 20 horas por dia para o Buscapé crescer. Falam do dinheiro, mas só nós sabemos quanto ralamos.
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é uma maratona, não uma corrida de 100 metros. Não comemore nos dois primeiros anos e esqueça o oba-oba. o
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INOVAテァテグ
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O VOO
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Falcão O primeirO drOne militar brasileirO estÁ prOntO para mOnitOrar frOnteiras, flOrestas e até pessOas a 15 000 pés de altitude ≥ pOr rOdrigO brancatelli ≥ fOtOs marcus steinmeyer
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Quatro telas estão relatando em tempo real todas as informações da aeronave.
São dadoS que indicam rota de voo, altitude, velocidade,
direção, temperatura, pressão, tráfego aéreo, combustível, sistema hidráulico, posição do leme e mais uma centena de números e letrinhas que mudam freneticamente e piscam como árvore de Natal. Estão ali mais elementos do que o olhar leigo consegue distinguir, algo impossível de ser decifrado por quem não passou quase 1 300 horas por ano estudando e treinando para ser piloto de caça, uma profissão dificílima, que exige sobreviver a quase uma década de aulas, cursos e especializações até fnalmente pilotar uma aeronave militar. Então por que o piloto de testes da aeronave de codinome Falcão está olhando para as quatro telas usando um jaleco branco, sem capacete ou equipamento de segurança, de óculos de grau, jeans e tênis? Pior. Ele está no chão, em uma sala climatizada, onde poderia tomar uma xícara de café e comer bolachas recheadas.
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o drone nacional
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Acima, o Falcão no hangar da Harpia, em Jacareí, São Paulo. A sala de comando e o joystick usado como controle remoto
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com 11 metros de envergadura e 800 quilos, o FalcÃo consegue detectar uma Pessoa a até 15 quilÔmetros de distÂncia 0 0 0
Para que isso fosse possível, foram necessários oito anos de desenvolvi mento e 85 milhões de reais de inves timento em uma tecnologia digna dos filmes de ficção científica, algo que causa nas pessoas comoção, espanto e certa dose de receio. Ali, em um han gar no interior de São Paulo, a cerca de 65 quilômetros do marco zero da capi tal, não é preciso mais pilotos para do minar os céus. O Falcão caça sozinho. “O piloto fca aqui só por seguran ça, porque a aeronave pode decolar, voar e pousar sem necessidade de um operador”, afirma Rodrigo Fanton, presidente da Harpia Sistemas. A em presa foi criada em 2011 numa parceria entre a Embraer Defesa e Segurança, a Avibras Indústria Aeroespacial e a AEL Sistemas (subsidiária da israe lense Elbit Systems) para explorar o mercado de veículos aéreos não tri pulados, mais conhecidos como dro nes, seu nome popular. Fanton não esconde o sorriso quando diz que é a primeira vez que apresenta publi camente o novo veículo, um projeto ambicioso que acabou de ser concluí do e está pronto para ser vendido por
um preço estimado em 20 milhões de dólares. “É tudo tão recente que não há ainda uma legislação para deter minar como deve ser o trabalho do piloto de um drone. Estamos entran do em um mundo totalmente novo.”
Feito de Fibra de carbono, com 11 me
tros de envergadura e 800 quilos, o Falcão é o primeiro drone militar brasileiro, criado nos laboratórios da Harpia para atuar em diferentes missões, como operações de vigi lância marítima e de fronteiras, pro cedimentos de busca e salvamento, combate ao tráfico de drogas e a cri mes ambientais e segurança e mo nitoramento de grandes eventos, como os Jogos Olímpicos de 2016, que serão realizados no Rio de Janeiro. Mais de 200 engenheiros e outros profissionais trabalharam no desen volvimento do Falcão, que começou em 2005, com um protótipo batiza do de Acauã, construído em parce ria com o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) da Aeronáutica. Após oito anos de pesqui sas, 60 milhões de reais investidos pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e mais 25 milhões gastos pela própria empresa, o Falcão está mon tado, ligado e pronto para decolar.
“Um brinquedão desses... e basta apertar esse botãozinho redondo aqui para ele tomar os céus”, diz um técni co ao ligar o drone na sede da empresa, em um terreno no município de Jacareí, no interior paulista. O lugar é de uma paz absoluta, rodeado de tipuanas, jequitibásrosa, paineiras, um grande lago e dezenas de assovios diferentes de pássaros da região. O barulho do motor do Falcão, porém, não quebra a tran quilidade — dá até para manter uma conversa ao lado do veículo. “Ele é capaz de atingir 180 quilômetros por hora a 15 000 pés de altitude, por cerca de 16 horas seguidas de voo”, afrma Fanton. “É como se fosse um avião de verdade, é do mesmo tamanho de um caça Tucano, da Embraer. Só não tem o cockpit.” O Falcão pode carregar em sua fuselagem diferentes equipamentos de vigilância, como câmeras de alta defnição e radares que atravessam nu vens e vegetação. Dá para detectar um navio a 50 quilômetros de distância, por exemplo, ou um tanque a 30 qui lômetros, um carro a 25 quilômetros e uma pessoa a apenas 15 quilômetros. É possível usar sensores hiperespec trais, que funcionam com faixas de frequência eletromagnética e podem identificar vários tipos de elemento e de material. “Isso é útil em diversos cenários, como para procurar petróleo em um vazamento ou procurar drogas, minérios e até clorofila”, diz Fanton. Outra aplicação prática seria em uma situação de desastre, como o do
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O ladO OcultO dOs drOnes
Organizações independentes acusam O gOvernO americanO de assassinar civis cOm ataques de drOnes // pOr thiagO tanji
MaMana BiBi, 68 anos,
colhia quiabo na horta de sua casa para o jantar quando observou um drone cruzando os céus do vilarejo paquistanês de Ghundi Kala. A presença da aeronave militar não a assustou, pois já estava acostumada com as operações americanas após os atentados de 11 de setembro de 2001. Mas, em segundos, o veículo não tripulado disparou ao menos dois mísseis Hellfire, que abriram um buraco no chão da propriedade. Próximos ao ataque, cinco netos testemunharam o assassinato de Mamana. O caso, registrado no dia 24 de outubro de 2012, faz parte de um relatório de 76 páginas publicado pela Anistia Internacional que acusa o governo dos Estados Unidos de realizar uma série de ataques com drones contra a população civil do Waziristão do Norte, região localizada na fronteira entre Paquistão e Afeganistão e controlada por milícias ligadas à organização terrorista Al Qaeda. “Não há números oficiais, mas sabemos com certeza que ao menos 198 crianças foram mortas nessas operações”, afirmou a INFO o americano Robert Greenwald, diretor do documentário Unmanned: America’s Drone Wars. Lançada em outubro de 2013, a produção conta com uma série de depoimentos de vítimas de ataques conduzidos por drones no Paquistão. “Esses ataques não estão fazendo dos Estados Unidos um lugar mais seguro”, afirma Greenwald. “Havia um punhado de fanáticos naquelas regiões, mas agora milhões de pessoas odeiam nosso país porque matamos seus amigos e familiares.” De acordo com a organização britânica The Bureau of Investigative Journalism, só no Paquistão foram registrados 380 ataques com drones desde 2004, sendo que 329 das ações aconteceram na gestão do presidente Barack Obama. O número de vítimas fatais é estimado entre 2 534 e 3 642 pessoas.
avião da Air France, em 2009. Seus sensores poderiam encontrar o material da fuselagem da aeronave, economizando milhões de dólares gastos nas longas operações de busca no meio do oceano. Ainda há uma infnidade de outros usos para o drone. Na área militar, é possível vigiar todos os 24 253 quilômetros de fronteiras com apenas 19 voos do Falcão. Incêndios florestais, invasões de terras indígenas, desmatamento ilegal, conflitos agrários ou mineração ilegal seriam assim descobertos quase em tempo real. O drone também poderia ajudar em operações táticas, dando informações para um ataque preciso a pistas clandestinas de voo, utilizadas para o tráfico de drogas. Na agricultura, o Falcão consegue encontrar falhas nas plantações, áreas com excesso ou falta de água e pontos onde é preciso utilizar agrotóxicos. Toda a operação do avião-robô pode ser feita automaticamente, da decolagem ao pouso. Mas há sempre um piloto em solo que monitora o voo dentro de um veículo especialmente preparado para servir de sala de controle, uma espécie de tanque blindado e pintado de verde-escuro, que carrega os equipamentos de controle e um joystick idêntico aos de jogos de computador. O Falcão opera em um raio de ação de 250 quilômetros da sala de controle. Vale dizer que no preço do drone zero-quilômetro da Harpia estão incluídos dois blindados para operação. Também vem no pacote um controle remoto parecido com o de carrinhos eletrônicos, que pode controlar as funções do Falcão caso aconteça algum problema de comunicação entre a aeronave e o veículo blindado.
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a invasão dos drones
drone é o nome popular uSado para Se referir a qualquer veículo aéreo não tripulado, uma aeronave que não neceSSita de piloto embarcado para Ser guiada. quando controladoS Sob a SuperviSão de um piloto em terra, eSSeS aviõeS São chamadoS também de Sarp, Sigla para SiStema aéreo remotamente pilotado Categoria 5 Ð EstratŽgico
General Atomics Reaper
30 000 pés
Autonomia
24h
Categoria 2 Ð T‡tico I
FT VT-15
Categoria 4 – Operacional
Autonomia
Categoria 1 – Pequeno
Elbit Hermes 900
De 2h a 20h
Gyro 500
Autonomia
24h
Autonomia
2h
1,2 quilo é o peso do menor drone no mercado
18 000 pés 10 000 pés 5 000 pés
3 447 quilos pesa o maior drone
Categoria 3 – Tático II
1 000 km
250 km
100 km 10 km
Falcão
Autonomia
De 2h a 20h
ALCANCE A PARTIR DO OPERADOR
COMO FUNCIONA?
GPS para localização
Peso: 800 kg
Toda a operação do Falcão pode ser feita automaticamente, mas há sempre um piloto em solo que monitora o voo
Motor capaz de atingir 180 km/h
Espaços para acoplar câmeras e radares
Sistemas aviônicos de altitude e navegação por 16 horas no ar
11 metros de envergadura
Asas fixas
800 m
O Falcão necessita de uma pista de 800 metros para decolar
OS OLHOS DO FALCÃO
O drone pode carregar câmeras, radares e sensores hiperespectrais, que identificam materiais 15 km
Pessoa
25 km
Carro
30 km
50 km
Tanque
Navio
DISTÂNCIA MÁXIMA PARA OBSERVAR ALVOS
O QUE DIZ A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA?
• É proibido o uso com fins econômicos • É proibido o voo em área urbana e cidades • Todo aparelho precisa de certificação da Anac • Todo voo deve ser avisado antecipadamente à Aeronáutica
PRIMÓRDIOS DA GUERRA NOS CÉUS
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1849
Austríacos atacam a cidade italiana de Veneza com balões não tripulados armados com explosivos
1917
Elmer Sperry, inventor do giroscópio, desenvolve uma frota de “torpedos aéreos”, que eram aviões biplanos não tripulados lançados de catapultas
1951
A empresa Ryan Aeronautical Company começa a desenvolver o Ryan Firebee, primeiro drone a jato, testado na Segunda Guerra Mundial
1959
Os Estados Unidos utilizam drones pela primeira vez para missões de espionagem. A existência desse programa militar, no entanto, só é admitida em 1973
1994
Ao lado de Israel e França, o governo americano faz os primeiros testes oficiais com veículos não tripulados carregados com armamentos
Fontes: publicintelligence.net; Unmaned Aircraft Systems: Perceptions and Potencials (maio de 2013); Organização das Nações Unidas; Bureau of Investigative Journalism; Harpia Sistemas; Agência Nacional de Aviação Civil
infográfico carlos grillo
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60 000 pés
Categoria 6 - UCAV
Boeing X-45 Autonomia
24h Categoria 6 – UCAV
Boeing X-45 Autonomia
24h
6 00 0 km
51
USOS DO FALCÃO o 190
P
635
o 644
615 o 623
Prospecção topográfica, cartográfica e mineral
QUEM TEM MAIS?
PAÍSES que possuem veículos aéreos não tripulados, segundo levantamento da Organização das Nações Unidas
Estados Unidos Tem a maior frota
7 494
DRONES EM OPERAÇÃO AVIÕES TRADICIONAIS PILOTADOS Monitoramento do espaço aéreo
Análise de redes de transmissão de energia
Bases de drones em território americano
10 767
Principais áreas de operação
65
construídas
22
em construção Fiscalização ambiental
NO MUNDO
100 000
Análise de áreas de risco
pessoas trabalham diretamente na criação e produção das aeronaves Monitoramento para combate ao tráfico de drogas
Gasto mundial com drones (em bilhões de dólares)
2013 Missões humanitárias
195
empresas produzem drones atualmente no mundo
6,6
MERCADO ESTIMADO NOS PRÓXIMOS DEZ ANOS
A ideia é que o possível sucesso comercial da aeronave autônoma ajude a transformar a Harpia em um importante polo de pesquisa, desenvolvimento e produção de drones, o pontapé inicial para disputar um mercado que movimentará pelos próximos dez anos quase 90 bilhões de dólares, como mostra o relatório World Unmanned Aerial Vehicles Systems, divulgado em julho pela consultoria americana Teal Group. “Do mesmo jeito que a Embraer é conhecida por seus jatos, queremos ser reconhecidos pelos veículos aéreos não tripulados”, afrma Fanton. “Com o Falcão, temos agora todo o know-how, podemos fazer aeronaves menores ou maiores. A ideia não é só vender para o Exército. Qualquer empresa pode ter um para atender a um tipo de demanda. É como um jato: você pode customizar com os sensores que achar melhor.”
Drone, ou zangão, na tradução do inglês, é o nome popular adotado por qualquer tipo de veículo aéreo não tripulado (ou Vant), uma aeronave que não necessita de pilotos embarcados. A terminologia está tão ligada ao mundo da ficção científica que alguns veículos reais usados por países como Estados Unidos e Israel parecem até plágio dos robôs alados do filme O Exterminador do Futuro. O novo Robocop, longa do diretor brasileiro José Padilha com previsão de lançamento para 7 de fevereiro, também
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oS roBÔS aÉreoS eSTão reVoLuCionando o CoMBaTe MiLiTar ao PerMiTir Que PeSSoaS VeJaM — e MaTeM — a MiLHareS de QuiLÔMeTroS de diSTÂnCia 0 0 0
vai mostrar esses veículos e suas consequências para uma sociedade do futuro. Só que a discussão não tem nada de ficcional ou futurista. Os robôs aéreos estão rapidamente transformando os caças militares em peças de museu e revolucionando todo tipo de monitoramento e combate aéreo ao permitir que as pessoas vejam — e matem — até do outro lado do mundo. “O drone nada mais é do que uma evolução do armamento pesquisado e utilizado desde o século 19”, diz o professor e historiador Francisco Chagas de Oliveira, especialista em tecnologia militar e autor de dois livros sobre a Primeira Guerra Mundial. “Em 1849, os austríacos atacaram Veneza usando balões não tripulados e lotados de explosivos. Hoje, essa tecnologia sonhada há décadas é mais barata, segura e confiável. O mercado consegue fazer tanto drones gigantescos como miniaturas, com implicações que ainda não conseguimos prever.” É impossível estimar quantos drones existem hoje no mundo, já que a maioria dos países não divulga informações, consideradas confidenciais, sobre suas frotas. Sabe-se apenas que, pelo menos nos Estados Unidos, o percentual de robôs aéreos cresceu seis vezes de 2005 até o fim
de 2012. De acordo com um relatório do serviço de pesquisas do Congresso americano, os Estados Unidos tinham, no início do ano passado, 7 494 aviões não tripulados e outros 10 767 que exigem a presença de pilotos no comando. Ou seja, os drones representam mais de 40% do total. O Pentágono e a CIA têm hoje drones dos mais diferentes tamanhos e formas, alguns parecidos com insetos e outros até maiores do que um avião comercial. Os mais comuns são os Ravens, que cabem em uma mochila escolar e ajudaram na missão que causou a morte de Osama Bin Laden. A nave mais impressionante, no entanto, é o Reaper (“Anjo da Morte”), um monstrengo de 4 540 quilos construído pela empresa General Atomics que consegue carregar quatro mísseis Hellfre, capazes de perfurar placas de blindagem de 2 metros de espessura. Segundo dados oficiais, os Ravens e os Reapers ianques dispararam 506 mísseis no Afeganistão apenas em 2012, ante 294 em 2011, um aumento de 70%.
Assim, os robôs voadores entraram de vez no imaginário popular da América, levando à criação até de um drone capaz de entregar burritos e à promessa de um drone-motoboy da loja virtual Amazon para entregar uma encomenda em questão de minutos na porta da casa do cliente. De acordo com o escritor e pesquisador americano John Horgan, professor do Stevens Institute of Technology e autor do livro The End of Science (“O fim da ciência”, ainda não lançado no Brasil), esse entusiasmo dos Estados Unidos por drones disparou uma corrida armamentista internacional. “Diferentes nações já têm a tecnologia, bem como grupos militantes não governamentais, como o Hezbollah”, diz Horgan. “Estamos diante de um evento de desenvolvimento tecnológico que poderia trazer mais mal do que bem. Devemos nos manter informados para garantir que drones sejam lançados para fins benéficos, e não maléficos.”
Segundo a organização das Nações
Unidas (ONU), outros 50 países já possuem essa tecnologia atualmente em seu espaço aéreo, incluindo o Brasil, que conta com dois grandes drones do modelo Heron, fabricados pela Israel Aerospace Industries e comprados pela Polícia Federal por 80 milhões de reais cada um. Também existem por aqui até 1 000 drones pequenos, usados basicamente na agricultura e em filmagens. O problema é que, como não existe legislação específica para o assunto, a maioria desses equipamentos opera ilegalmente, sem autorização dos órgãos competentes. “A maioria dos voos hoje para gravações ou mesmo para o trabalho em plantações é clandestino”, diz Antonio Castro, presidente do comitê para Vants da Associação Brasileira de Indústria de Defesa (Abimde).
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Hoje, para um drone levantar voo é preciso ter uma certificação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e uma posterior autorização do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), subordinado ao Comando da Aeronáutica. Só há uma regra geral: os equipamentos não podem ser utilizados em áreas urbanas. Fora isso, a análise é feita caso a caso, com toda a burocracia que isso acarreta. Procurada pela INFO, a Anac afirmou que 15 pedidos de autorização foram protocolados até hoje, sendo que apenas quatro aeronaves remotamente pilotadas foram autorizadas a operar. Já o Decea afirmou, por meio de nota oficial, que 97 solicitações de voos de Vants foram realizadas em 2013. Delas, 79 foram atendidas e 18 negadas. “Os pedidos negados, em geral, interferiam no tráfego aéreo”, afirma o órgão. Para efeito de comparação, foram 45 solicitações em 2012, sendo 27 autorizadas. “Além do risco de acidentes, o fato de não haver um marco regulatório cria uma insegurança jurídica para as empresas que querem fazer drones. E, assim, ninguém vai investir, até que o mercado seja tomado pelas empresas estrangeiras”, afrma Antonio Castro. A Abimde está em negociação com a Anac e a Aeronáutica para propor a criação de cinco áreas para voo livre de drones no país. A ideia inicial é que sejam construídas duas pistas em São Paulo e três em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
PAGUE UM, LEVE DOIS
Pela proposta, os aviões-robôs poderiam operar nesses locais para testes depois de comunicar o voo ao Decea. Não seria mais necessário, no entanto, pedir autorização prévia. Mas não há ainda nenhuma indicação de que os órgãos de controle vão assinar algo rapidamente, ainda mais tratando-se de um assunto que não passou por nenhuma audiência pública.
Para o esPecialista em segurança
Gunther Rudzit, o fato de não existir uma legislação específica cria um risco ainda maior de que a tecnologia seja usada para fins errados. “Como sempre, os fatos acontecem e depois o governo tem de correr atrás”, diz Rudzit, mestre em segurança internacional pela Georgetown University, ex-assessor do Ministério da Defesa e professor do curso de Relações Internacionais das Faculdades Integradas Rio Branco. “O que impede os traficantes de utilizar drones para facilitar a entrega de drogas? Será que vão conseguir coibir os voos em áreas urbanas e impedir acidentes? E como vão abater um drone ilegal? Há um monte de questões, mas
não estou vendo ninguém nesse debate. Não dá nem mais para entrar na discussão se os drones são bons ou ruins, porque eles já são uma realidade e vão ganhar ainda mais dimensão. Mas, para variar, o governo está atrasado.” Ninguém quer tanto uma regulamentação quanto os fabricantes, como a Harpia, que espera vender seu Falcão para uso civil no Brasil assim que houver uma decisão do governo federal. Enquanto isso, há a expectativa de compra pelas Forças Armadas em 2014 e uma esperança de que novos pedidos apareçam da América Latina. “Estamos prestando muita atenção nas conversas para o desenvolvimento de um drone comum para o continente”, afirma Rodrigo Fanton, referindo-se à decisão recente de dez países que compõem a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) para produzir um Vant que seria usado em toda a América do Sul. “Oportunidades não faltam. A hora para os drones é agora, e estamos prontos”, diz ele. Afinal, basta apertar um botãozinho redondo para o Falcão tomar os céus. ↙
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O Falcão custa 20 milhões de dólares, com o blindado usado para pilotá-lo
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I NI ON VOAV çA Ãç OÃ O
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ElEs
quErEm nos lEvar para o Espaço facEbook.com/rEvistainfo
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com naves, propulsores e jatos portáteis, começa uma jornada audaciosa rumo ao espaço. veja o que há de mais avançado na tecnologia do transporte aéreo ≥ por gary marshall / t3
Skylon Um ônibUs espacial realmente inteligente
O Skylon é um ônibus espacial britânico reutilizável, movido a hidrogênio e capaz de decolar de uma pista como um avião, acelerar até quase 5,6 vezes a velocidade do som e, em seguida, alternar para motores internos de oxigênio líquido para chegar à órbita da Terra. Foi projetado para transportar até 15 toneladas de carga, mas pode ser convertido para o transporte de passageiros. Uma vez de volta à Terra, fca pronto para decolar novamente em dois dias. O objetivo é chegar ao design defnitivo em 2017 e à construção e ao lançamento operacional em 2022. reactionengines.co.Uk
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Hyperloop tubos de hipervelocidAde
Não satisfeito com seus projetos envolvendo carros elétricos e turismo espacial, Elon Musk, fundador do PayPal, quer também transportar pessoas na velocidade do som em tubos a vácuo. Seu Hyperloop é um projeto resistente ao clima e a terremotos, movido a energia solar e poderá percorrer 600 quilômetros em 30 minutos. Duto pressurizado no qual cápsulas são impulsionadas por hélices e aceleradas por ímãs, o Hyperloop pode ter capacidade para até 28 passageiros por cápsula. spAcex.coM/hyperloop
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SpaceX A FuturA governAnte de MArte
Se o empreendedor Elon Musk tivesse um adesivo no para-choque de seu Tesla, nele estaria escrito: “Meu outro carro é uma nave espacial”. Sua empresa, a SpaceX, produz três veículos: dois foguetes de carga Falcon e o Dragon, uma nave reutilizável para transporte de carga e de pessoas. No ano passado, o Dragon tornou-se o primeiro veículo comercial a levar uma carga à Estação Espacial Internacional (ISS). A SpaceX tem um contrato de 1,6 bilhão de dólares com a Nasa para dez novas missões de carga. Seu primeiro voo tripulado está previsto para ocorrer em três anos. O objetivo fnal da SpaceX é levar colonizadores a outros planetas, como Marte. spAcex.coM
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Martin Jetpack A mochilA voAdorA não tem jAtos nem é tão portátil, mAs...
O neozelandês Glenn Martin trabalha num propulsor individual a jato desde os anos 80, em sua garagem. Os voos testes mais sérios começaram em 2011. O propulsor portátil não usa jatos. É pesado (243 kg) e impulsionado por um motor a gasolina. Tem autonomia para até 50 quilômetros, com velocidade máxima de 100 km/h e altura máxima de 2 500 metros. A versão para o público deverá custar 200 000 dólares. mArtinjetpAck.com
L-Zero MagLev mAis rápido do que um trem-bAlA
Já começou a ser instalado um sistema de 280 quilômetros de trilhos, entre Nagoya e Tóquio, para o L-Zero, um maglev (de levitação magnética) que atinge 500 km/h. A viagem de 95 minutos nos trens-bala atuais cairá para 40 minutos em 2027. O maglev futua sobre ímãs super-refrigerados, de polaridade invertida. A sensação é de estar no espaço. As rodas servem para a partida. Após 100 km/h, ele começa a futuar. english.jr-centrAl.co.jp
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INOVAテァテグ
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o prefeito digital
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Entusiasta da tEcnologia, Eduardo PaEs usa o aPlicativo WazE Para monitorar o trânsito Em tEmPo rEal E o WhatsaPP Para sE comunicar com a EquiPE da PrEfEitura. sob sua gEstão, o rio dE JanEiro inova Em várias frEntEs, como as navEs do conhEcimEnto, EsPaços quE ofErEcEm acEsso digital a comunidadEs carEntEs. mas há ainda muito a fazEr ≥ Por Paula rothman
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DE um laDo, as casas apinhaDas
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e o verde do Morro da Providência, considerada a primeira favela do Brasil. Do outro, as pistas da movimentada avenida Presidente Vargas e as ruas comerciais da região da Cidade Nova. Mais adiante, os guindastes do porto na costa oeste da Baía de Guanabara. O prefeito Eduardo Paes (PMDB) tem uma vista privilegiada. Do último andar do prédio da prefeitura, onde está seu gabinete, Paes enxerga a capital fluminense de vários ângulos. Mas o que o detém, numa tarde quente de novembro, é um mapa da cidade indiana de Nova Délhi. “Baixei esse aplicativo ontem à noite”, diz Paes, com os olhos em seu iPhone 5s. Na tela aparecem círculos coloridos e símbolos sobre as ruas, indicando o nível de segurança de cada bairro. “São avaliações feitas pelos cidadãos”, afrma Paes. “Acho que uma versão carioca teria muito potencial.” O app Safetipin havia sido lançado há apenas três dias quando foi parar no smartphone do prefeito do Rio de Janeiro. Ele faz parte de uma extensa coleção de downloads armazenados no aparelho e checados por Paes todas as noites, antes de dormir.
“Desde moleque economizava meu dinheiro para comprar o computador de última geração”, diz Paes. “Não tem mulher que é tarada por sapato? A minha tara é a tecnologia.” O vício por inovação infuencia diretamente o trabalho de Eduardo Paes na prefeitura. Em julho de 2013, por exemplo, ele comandou uma parceria com os desenvolvedores do Waze, aplicativo de mapeamento coletivo que permite aos próprios cidadãos reportarem condições do trânsito. Comprado pelo Google, o Waze hoje compartilha dados com a prefeitura carioca para facilitar o monitoramento das ruas. O app complementa as imagens capturadas pelas quase 580 câmeras da cidade e os incidentes reportados pelos mais de 7 500 guardas municipais, a maioria munida de
celulares com GPS. As informações alimentam ainda o Centro de Operações, quartel-general de dados da prefeitura, construído em 2010, em parceria com a IBM. De lá, é possível monitorar a cidade e reagir mais rapidamente a diferentes situações, seja um imprevisto no trânsito, seja um desastre ambiental. O Centro de Operações e uma série de outras iniciativas digitais estão transformando o Rio de Janeiro em exemplo de uso da tecnologia para a gestão de cidades. Em novembro, o município foi eleito a Cidade Inteligente do Ano na Smart City Expo World Congress, feira sobre cidades inteligentes realizada em Barcelona, na Espanha. Pelo segundo ano consecutivo, o Rio de Janeiro foi ainda apontado como uma das 21 Comunidades Mais Inteligentes do Mundo, pela Inteligent Community Fórum (ICF). “A tecnologia tem alguns papéis dentro da prefeitura, mas acredito que o principal deles seja o pedagógico”, afirma Eduardo Paes, 44 anos, trocando o smartphone pelo iMac sobre sua mesa de trabalho. “Num mundo cada vez mais tecnológico, ainda temos um analfabetismo digital grave.” Na tela do computador, Paes mostra imagens de um dos projetos de seu governo. São estruturas envidraçadas, com design moderno e piso de concreto. Nas paredes, grandes painéis sensíveis ao toque. Sobre longas mesas de madeira, há dezenas de computadores com processador Intel i5, tela touchscreen e acesso à internet de 30 Mbps. São as Praças e Naves do Conhecimento, espaços construídos em sete comunidades dos subúrbios, que oferecem uso ilimitado dos computadores, cursos
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de inglês, treinamento em diferentes áreas da ciência da computação e atividades de lazer, como cinema ao ar livre. Tudo isso gratuitamente. “O conceito-chave é a interatividade”, diz Franklin Dias Coelho, secretário municipal de Ciência e Tecnologia. Com 1 000 metros quadrados cada uma, as duas Praças do Conhecimento estão localizadas em Padre Miguel, na zona oeste, e no Complexo do Alemão, na região norte. Elas têm o dobro do tamanho das naves, presentes em cinco bairros periféricos, como Irajá, Madureira e Penha. “Até hoje foram mais de 700 000 visitas. Agora, estamos ampliando a integração com a rede escolar para trabalhar com conteúdo que complementa a sala de aula”, diz o secretário Franklin Coelho. A qualquer hora do dia, há dezenas de usuários conectados. Às 13 horas de uma quarta-feira de novembro, por exemplo, quase todos os computadores da Praça do Conhecimento de Padre Miguel estavam ocupados. O cenário era o mesmo na Nave de Madureira. “Temos alguns computadores para estudo. Os demais são liberados para qualquer acesso, menos pornografia
e conteúdo que incite a violência”, diz o moderador Robson Araújo, 40 anos. Com formação em processamento de dados no segundo grau, Araújo encontrou nas próprias naves a oportunidade para ampliar sua área de atuação. Ele é um dos 6 400 alunos que passaram por cursos de capacitação oferecidos em parceria com empresas, como a Cisco. “Se fosse pagar, teria de desembolsar pelo menos 1 500 reais”, afrma Araújo. Contando a construção e a aquisição de equipamentos, cada nave tem custo que varia de 3 milhões a 5 milhões de reais. A manutenção gira em torno de 200 000 reais ao mês por unidade. Até 2016 a prefeitura
tecnologia na gestão
tem planos de aumentar a estrutura. Batizado de Rio Digital 15 Minutos, o projeto pretende construir mais 41 Naves do Conhecimento. A intenção é que uma esteja a um raio máximo de 1,5 quilômetro da outra. Ou a 15 minutos de caminhada. Em janeiro será inaugurada a Praça do Conhecimento em Triagem, que será a matriz do projeto. “Esses espaços são importantes para garantir o acesso à informação”, afirma Ives Rocha, coordenador da ONG Centro de Promoção da Saúde (Cedaps). Há três anos, Rocha lidera um projeto, em parceria com o Unicef, para mapear os problemas da cidade. Munidos de um celular com GPS, jovens de oito comunidades saem às ruas fotografando situações de risco, como possíveis focos de dengue e
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O prefeito Eduardo Paes baixa em seu iPhone 5s aplicativos que ajudam a monitorar a cidade
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foto guillermo giansanti
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ACESSO DIGITAL EM PADRE MIGUEL
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Localizadas em sete bairros dos subúrbios, as praças e naves do conhecimento oferecem cursos e atividades de lazer
locais de desabamento, por exemplo. As fotos vão para um aplicativo, que atrela a informação a um mapa virtual. Com apoio da prefeitura, o projeto revitalizou praças e colocou os jovens em contato com departamentos como a Defesa Civil. Mas Rocha diz que seria possível criar mais ferramentas úteis se os dados do poder público fossem mais acessíveis. “Muitas informações estão numa grande caixa-preta”, diz. Uma dessas caixas foi aberta em novembro passado. Após meses de cobrança, as concessionárias de ônibus da cidade aceitaram abrir os dados do GPS de todos os carros. O principal responsável por isso foi o engenheiro da computação André Ikeda, 26 anos. Como usuário da frota de ônibus, Ikeda sentia falta de dados sobre itinerários e horários. Em 2012, criou um aplicativo para solucionar o problema e submeteu a ideia ao RioApps, concurso promovido pela Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia. “O primeiro projeto era baseado na colaboração dos usuários e dava informações sobre onde estavam os ônibus em que tinham embarcado”, diz Ikeda. “Fomos campeões, mas logo percebemos que seria mais eficiente usar os dados do GPS do ônibus para dizer a que distância ele estava do ponto”, afrma. As concessionárias se recusaram a abrir os dados e Ikeda lançou seu aplicativo, o Buus, primeiro em São Paulo. A notícia de que o vencedor do concurso carioca fez sua estreia na capital paulista colocou a prefeitura do Rio de Janeiro sob pressão, que, por sua vez, pressionou as concessionárias de ônibus. “Uma política de dados abertos é importante para atrair desenvolvedores”, afirma Ikeda. “Isso gera um ganho de escala, pois o conjunto de pessoas que pensam e criam soluções se torna a sociedade como um todo.”
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A prefeitura carioca parece já ter percebido isso. Além do RioApps, lançou o Rio Ideais, plataforma aberta que, por ano, recebe da população mais de 1 000 sugestões de aplicativos. Os desenvolvedores podem ainda tentar transformar seus projetos em realidade em maratonas de programação, os hackatons. A base para a criação desses aplicativos é o Rio Data Mine, banco de dados com informações sobre oito áreas da cidade, da hidrografia ao turismo. O conceito já foi adotado por outras metrópoles, como Nova York e Paris. Há dados sobre a localização geográfica de unidades do Corpo de Bombeiros, escolas de samba ou coleta de lixo. “Onde há luz há menos armações e mais transparência”, diz Eduardo Paes, apontando para o lado oposto da sala. “Está vendo por que eu acho o Waze do cacete? Um táxi acabou de enguiçar na Presidente Vargas.” No monitor pendurado na parede em frente à sua mesa, o prefeito acompanha, em tempo real, as ocorrências registradas no Centro de Operações. Ele vê que um usuário do Waze reportou que um táxi quebrou
Quartel-general
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O Centro de Operações monitora a cidade 24 horas por dia
em uma das mais movimentadas avenidas da cidade. Paes abre o notebook e certifica-se de que um carro da Companhia de Engenharia e Tráfego já está a caminho, e volta a conversar. “Enguiçou, bateu, faltou luz? A população pode informar”, afirma Paes. A preocupação do prefeito com o trânsito faz todo o sentido. O Rio de Janeiro tem o terceiro pior trânsito do mundo, atrás apenas de Moscou, na Rússia, e de Istambul, na Turquia, segundo um levantamento da empresa holandesa de tecnologia TomTom. São Paulo ocupa a sétima posição. Na batalha contra os engarrafamentos, o Waze não é a única ferramenta. Há três anos, a prefeitura do Rio de Janeiro integrou os telefones de atendimento ao público de 46 órgãos municipais em um só número, o 1746. O serviço ganhou um aplicativo que permite
reportar diferentes tipos de ocorrência. Com 8 milhões de chamadas respondidas, o 1746 gerou mais de 10 terabytes de dados. “Cada vez mais o cidadão é um sensor, talvez o mais inteligente que existe”, diz Antonio Carlos Dias, diretor de cidades inteligentes da IBM. São esses dados da população, combinados com informações de câmeras e imagens de satélites, que fcam disponíveis em um telão de 80 metros quadrados no Centro de Operações (COR). Construído em 2010, em parceria com a IBM, o prédio localiza-se atrás da prefeitura e concentra 400 funcionários, em três turnos, 24 horas por dia. É de lá que são tomadas as decisões no caso de uma emergência na cidade, como chuvas fortes, um conhecido e recorrente problema do verão. Em dezembro, as chuvas causaram quatro mortes no Estado do Rio. Ruas e avenidas fcaram intransitáveis e em bairros como o Parque Pavuna a água invadiu as casas. “O Centro de Operações é uma estrutura de primeiro mundo, mas não é uma solução para as enchentes. É um local para minimizar problemas e agir rápido”, diz o engenheiro Alberto Sayão, professor da PUC-RJ e ex-presidente da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica. Obras que deveriam prevenir enchentes começaram a ser feitas em 2011, mas não estão prontas. É o caso do programa de recuperação da Bacia de Jacarepaguá, que atinge 14 rios e tem previsão de conclusão no segundo semestre de 2014. Mais do que um quartel-general, o COR transformou-se em um grande banco de dados sobre a cidade. “Os dados servem para conhecer padrões e fazer a correlação entre situações”, afirma Pedro Junqueira, chefe executivo do COR. “Todo mundo sabe que, quando chove, árvores
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app campeão André Ikeda,
26 anos, ganhou o concurso RioApps com aplicativo para monitorar ônibus
caem. Mas que tipo de árvore desaba a determinada velocidade do vento? Sabendo isso, podemos começar a antecipar os problemas”, diz Junqueira. A prefeitura possui ainda cerca de 400 terabytes armazenados, com informações sobre impostos e ruas. “Esse universo é um parque de diversões para os analistas de dados”, diz Pedro Paulo Carvalho, secretário municipal da Casa Civil e um dos criadores do Pensa, projeto que reúne uma equipe de cinco profissionais de diferentes áreas, apelidada de Esquadra Geek.
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A intenção do Pensa é transformar dados complexos em soluções simples para a cidade. Montado em maio do ano passado, o grupo é inspirado em um time formado pelo ex-prefeito de Nova York, Michael Bloomberg. Em poucos meses, o Pensa produziu resultados interessantes. Utilizando algoritmo que distingue o significado das palavras, o grupo percebeu que era possível antecipar quais regiões da cidade seriam mais afetadas por casos de dengue.
“Além de ser uma ferramenta de gestão das cidades e uma forma de inclusão digital, a tecnologia tem uma terceira vertente, que é permitir a participação popular”, diz Eduardo Paes. Ouvir o cidadão é uma preocupação legítima, especialmente quando a popularidade da gestão também está em jogo. Quando foi eleito, em 2009, Paes tinha aprovação de 38% da população, segundo o instituto Datafolha. Chegou a 50% em agosto de 2012 e, no mesmo ano, foi reeleito no primeiro turno com mais de 64% dos votos. Mas em outubro, após as manifestações que tomaram diversas cidades do país, a aprovação de seu governo caiu para 30%. Durante os protestos, o prefeito desenvolveu uma tese que batizou de polisdigitocracia, baseada na ideia de que a tecnologia pode ajudar a resolver os problemas de participação no sistema democrático. “As pessoas querem ser ouvidas. Mas como você ouve 6 milhões de pessoas em uma audiência?” Os desafios do prefeito digital devem aumentar com os jogos da Copa do Mundo no Maracanã, neste ano, e até 2016, com a Olimpíada. Uma vibração do telefone interrompe mais uma vez a conversa. Um dos secretários acaba de enviar uma mensagem pelo WhatsApp, o meio favorito de comunicação entre o prefeito e sua equipe. “Vou te falar uma coisa: esse aplicativo facilita muito a vida”, diz Paes. “No domingo amanheceu chovendo e eu mandei uma mensagem para o pessoal do Centro de Operações. Graças a Deus estava tudo bem, aí consegui relaxar... Já disse que adoro tecnologia?” Já disse, sim, prefeito. Mas nem precisava. ↙
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O INFOlab testOu as superbaNdas de FIbra óptIca de GVt, Net, tIM e VIVO cOM O dOwNlOad de FIlMes, jOGOs e arquIVOs pesadOs. Veja qual FOI a MelhOr ≥ pOr aIrtON lOpes e luIz cruz ≥ FOtO thOMas suseMIhl
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make julliana fraga
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uem comprou um Xbox One e correu para ligá-lo na TV para começar a jogar viveu um momento de expectativa que pode ter durado apenas o tempo necessário para ler esta frase até aqui. O nível de ansiedade é determinado pela banda larga. Enquanto um gamer com conexão de 1 Mbps sofreu 1 hora e 6 minutos para baixar o pacote de arquivos de 500 MB obrigatório para finalizar a instalação, outro com um link de 10 Mbps esperou 6 minutos. Os felizardos que navegam por fibra óptica só precisaram de alguns segundos para começar a jogar. É assim que funcionam as novas superbandas de GVT, Net, TIM e Vivo. Elas resolvem em minutos ou segundos o que poderia levar horas em conexões comuns.
Na mais rápida delas, a da Net de 500 Mbps, o tempo de espera para deixar o Xbox One no ponto é de apenas 9 segundos. Isso se os servidores da Microsoft estiverem preparados para uma banda desse calibre. Graças à expansão das redes de fibra óptica, as empresas de telecom já acenam com um cardápio de velocidades que varia de 35 a 500 Mbps e mensalidades que vão de 69,90 a 1 499,90 reais. Para testar as superbandas em São Paulo, o INFOlab passou 40 dias navegando, baixando e compartilhando arquivos e vídeos pelas conexões mais rápidas do país. A boa notícia é que, segundo o Simet, uma das ferramentas de medição de tráfego mais confiáveis da web, os serviços de fbra até excedem as velocidades anunciadas. No Net Virtua 500, o “presente” chega a mais de 10 Mbps. Mas o Simet avalia só a qualidade da rede da operadora. Ou seja, esse cenário dos sonhos quase nunca é tão bonito. Ao acessar sites e serviços no exterior, as velocidades ficam sujeitas à capacidade das redes internacionais por onde transitarão os dados antes de chegar à casa do usuário. Os testes de transferência de arquivos foram realizados com o download do filme The Avengers, comprado na
iTunes Store, do jogo Dota 2, distribuído na plataforma Steam, e de conteúdo disponível em BitTorrent e em servidores pagos da rede Usenet. Apesar de todos esses serviços contarem com uma infraestrutura robusta, em nenhum deles foi possível atingir taxas médias acima de 172,7 Mbps, com picos de 239 Mbps. A velocidade é espetacular, mas evidencia que o problema de quem assina uma superbanda não é mais o limite de sua conexão, mas o de quem vai fornecer o conteúdo. Para comparar a superbanda com uma comum, pegamos como referência a conexão de 10,7 Mbps, que corresponde à média nacional aferida pela Anatel entre as conexões acima de 2 Mbps. Com 200 Mbps, o Vivo Internet Fibra 200 é a escolha de INFO entre as superbandas. A velocidade média da conexão em todas as medições realizadas atingiu 79,5 Mbps. Com essa marca, a Vivo não é a campeã absoluta de velocidade, fica em segundo lugar no teste, mas mostra um desempenho bom em quase todos os serviços adotados como parâmetro para a análise de download. A prova em que a Vivo conseguiu as taxas de transferência
O planO ViVO internet fibra 200 é a escOlha de INFO entre as superbandas. a cOnexãO nãO fOi a campeã em VelOcidade, mas tem desempenhO e preçO twitter.com/_info
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O mercadO de banda larga nO brasil
10,7 Mbps é a velocidade média de navegação dos brasileiros que têm planos acima de 2 mbps(1)
64 reais
é o gasto médio mensal do internauta brasileiro com banda larga (2)
59 % 43,2 %
das conexões fixas são de pelo menos 2 mbps(2)
das conexões de 2 mbps em diante estão na faixa de 10 mbps ou mais(2)
(1) Fonte: Anatel (outubro de 2013) (2) Fonte: Barômetro de Banda Larga 2.0 (junho de 2013)
mais impressionantes foi na platafor ma de jogos Steam, atingindo uma mé dia de 116,9 Mbps. O download do jogo Dota 2 levou 4 minutos e 47 segundos. No concorrente mais próximo, o Power GVT 150 Mega, o game foi baixado a 76,4 Mbps, em 7 minutos e 20 segun dos. O que também pesou a favor da Vivo foi o preço da conexão. O plano testado, de 200 Mbps, custa 159,90 reais por mês e não há taxa de adesão ou período de fidelidade previsto em contrato. O custo por Mbps fca em 80 centavos de real. A empresa possui ainda planos de fibra com 100 Mbps (119,90 reais) e 50 Mbps (79,90 reais). A campeã da velocidade foi a Net, com o Virtua 500, serviço que leva a fibra óptica até o roteador do cliente. O plano começa a ser vendido em São Paulo e no Rio de Janeiro neste mês de janeiro. Nos testes, a média geral de velocidade foi de 145,1 Mbps. A aplica ção que aproveitou melhor toda essa largura de banda foi o download si multâneo de arquivos armazenados em servidores pagos da rede Usenet. A transferência de nove arquivos pesa dos, totalizando 23,8 GB, foi feita a 172,7 Mbps, em 18 minutos e 49 segundos. O Virtua 500 tem ainda a melhor oferta de upload, ao lado do Vivo Internet Fibra 200, com uma taxa nominal de 100 Mbps. Nos testes, a conexão foi a que enviou mais rapidamente uma pasta de fotos com 267 MB para a nuvem do Dropbox. A transferência foi realizada a 24,4 Mbps, em 1 minuto e 27 segundos. Mas o custo é um problema. A men salidade do Virtua 500 é de 1 499,90 reais, com taxa de adesão que não sai por menos de 400 reais. No plano com bo com TV e telefonia fixa, o valor cai para 799,90 reais, mas continua alto. A Net participou do teste com ou tra superbanda, o plano Virtua 120. A diferença para o de 500 Mbps é
a tecnologia híbrida de fibra e cabo coa xial, que permite levar a ofer ta para um universo maior de as sinantes. Com média geral de 58,6 Mbps nas medições, o Virtua 120 se destacou nos downloads da Usenet e da iTunes Store, com taxas supe riores às obtidas em bandas de 150 e 200 Mbps. O problema do Virtua 120 é o custo mensal (519,90 reais) e a taxa de adesão ao serviço, de pelo
menos 90 reais. Além disso, o up load nominal é de 4 Mbps e há um limite de tráfego de 200 GB por mês para a conexão. Quando a franquia de dados é atingida, a velocidade cai para 1 Mbps até o mês seguinte. Estreante em São Paulo, a GVT chegou no ano passado e pratica na cidade um preço diferenciado em seu plano de fibra óptica até a casa do cliente, o Power GVT 150 Mega. A assinatura sai por 229,90 reais, 170 reais abaixo do valor co brado em outras cidades, com taxa de adesão de 150 reais. Com isso, o custo por Mbps fica em 1,53 real para um serviço que terminou a maratona de medições com a mé dia de 67 Mbps, em terceiro lugar. O melhor desempenho da GVT foi registrado nos downloads de jo gos pelo Steam (76,4 Mbps) e de ar quivos por BitTorrent (34,2 Mbps). O ponto negativo é o upload, limitado a 15 Mbps, pouco para um plano de 150 Mbps com fibra na última milha. Ao lado de conexões ultrarrá pidas, os 50 Mbps do Live TIM Multi 50 parecem modestos, mas não se engane. Com uma velocidade média de 32 Mbps nas medições, o serviço fcou atrás em quase todas as provas. Porém, ao pensar na relação entre a velocidade contratada e a real experimentada no dia a dia, a TIM apresenta o melhor aproveitamento da banda disponível. Outro aspecto em que o serviço se destacou foi no upload, com o envio de arquivos a 10,4 Mbps. Em um cená rio ideal, como o medido pelo Simet, a transferência pode ser feita em 30 Mbps nominais, um valor excelente.
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net virtua 500 Tecnologia de fibra até a residência / Download nominal: 500 Mbps / Upload nominal: 100 Mbps / Limite de tráfego mensal: 500 GB / Cobertura: São Paulo e Rio de Janeiro / Preço: R$ 1 499,90 / Preço no combo com TV e telefone fixo: R$ 799,90 / Taxa de adesão: R$ 1 200 ou R$ 400 (com fidelidade) / Fidelidade: opcional (12 meses sem mudar)
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net virtua 120 Tecnologia híbrida de fibra e cabo coaxial / Download nominal: 120 Mbps / Upload nominal: 4 Mbps / Limite de tráfego mensal: 200 GB / Cobertura: 150 cidades em todas as regiões do país / Preço: R$ 519,90 / Preço no combo com TV e telefone fixo: R$ 319,90 / Taxa de adesão: R$ 250 ou R$ 90 (com fidelidade) / Fidelidade: opcional (12 meses sem mudar)
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0:06:45(1) vivo internet fibra 200 Tecnologia de fibra até a residência / Download nominal: 200 Mbps / Upload nominal: 100 Mbps / Limite de tráfego mensal: não há / Cobertura: 19 cidades no estado de São Paulo / Preço: R$ 159,90 / Preço no combo com TV e telefone fixo: R$ 109,90 / Taxa de adesão: não há / Período de fidelidade: não há
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0:08:55(1) power gvt 150 mega Tecnologia de fibra até a residência / Download nominal: 150 Mbps / Upload nominal: 15 Mbps / Limite de tráfego mensal: não há / Cobertura: 142 cidades (regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste) / Preço: R$ 229,90 (SP) / Preço no combo com TV e telefone fixo: R$ 199,90 (SP) / Taxa de adesão: R$ 150 e zero no combo / Fidelidade: só para o combo
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0:25:54 (1) live tim multi 50 Tecnologia de fibra até o poste próximo da residência / Download nominal: 50 Mbps / Upload nominal: 30 Mbps / Limite de tráfego mensal: não há / Cobertura: São Paulo, Rio de Janeiro e Duque de Caxias / Preço: R$ 89,90 / Opção de combo: não há / Taxa de adesão: não há / Período de fidelidade: não há
(1) Tempo estimado considerando a velocidade média da conexão medida pelo Simet
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Para registrar a diferença de temPo entre os Planos de fibra e uma conexão comum de 10,7 mbPs, o infolab somou o temPo gasto Para baixar o filme the Avengers, Pelo itunes, o jogo DotA 2, no steam, o documentário the PirAte BAy AwAy from KeyBoArD, Por bittorrent, e um Pacote de fotos com 10 gb. Veja os resultados
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A ausência de taxa de adesão e período de fidelidade são notícias interessantes para quem pensa em experimentar uma superbanda sem compromisso de permanecer por grande período de tempo. Mas, como a TIM não comercializa o serviço em combos com TV e telefonia fixa, não é possível reduzir o valor da mensalidade, de 89,90 reais. Um problema comum a quase todas as superbandas, com exceção da GVT e da Net, é a pouca penetração. São Paulo é a única capital em que as quatro grandes operadoras oferecem acesso por fibra óptica. Mesmo assim, a tecnologia ainda não está presente em todos os bairros. Até dezembro, a GVT atendia com seu link mais veloz apenas os bairros de Santana, Tatuapé, Tucuruvi e Santo Amaro. Brasil afora, a presença é ainda mais esparsa. A fbra residencial da Vivo está em 19 cidades paulistas. A da TIM está no município do Rio de Janeiro e em Duque de Caxias. Ausente de São Paulo, a Oi trabalha com fbra em bairros das capitais fuminense e mineira. Quem leva a superbanda para mais cidades é a Net. Está em 150. A GVT a oferece em 142. Ainda são raras, mas fora desse circuito há localidades onde a superbanda já é uma realidade. Uma das mais emblemáticas é a cidade de Garça, no
interior de São Paulo, onde a empresa Life Telecom chega a todos os bairros e ao interior das casas com a tecnologia mais avançada de fbra. “A implantação da rede com fibra até o roteador começou em 2010 e hoje conseguimos oferecer 100 Mbps por 299,90 reais mensais”, diz Oswaldo Zanguettin Filho, diretor de operações da Life Telecom. Um dos fatores que estimulam a procura por velocidades altas é o crescimento do consumo de vídeo pela internet. “O streaming de vídeo corresponde à metade da banda utilizada em todos os planos”, diz Celso Valério, gerente de engenharia da GVT. Na TIM, o volume é ainda maior, 80%. Para Flavio Lang, diretor de marketing da TIM Fiber, a fartura de banda também altera a forma como o usuário assiste a vídeos e consome conteúdo. “No início, ele baixa o flme em torrent para ver depois. Sem a limitação de banda, logo percebe que consegue uma boa experiência com o streaming e assina serviços como Netflix. Ele passa a produzir mais conteúdo também. Nosso volume de upload é altíssimo”, diz Lang. Segundo ele, em novembro passado o tráfego médio de dados gerado pelos assinantes da TIM foi superior a 100 GB, o equivalente a mais de 22 filmes em full HD.
André Kriger, diretor de produtos premium da Telefônica Vivo, também aponta uma mudança no comportamento dos consumidores. “Quando tem uma superconexão em casa, o cliente encontra usos para ela, como o consumo maior de vídeo”, diz Kriger. “Os clientes de fibra consomem de quatro a oito vezes mais vídeos do que os de ADSL.” Os games também demandam conexões mais velozes. Veja o caso dos consoles de última geração Xbox One e PlayStation 4. “Quem comprou os consoles na semana do lançamento baixou nos primeiros dois dias cerca de 10 GB de dados”, diz Lang, da TIM. O arquivo de instalação do game Assassin's Creed 4 para Xbox, por exemplo, tem 20,2 GB. Outras aplicações que estimulam a contratação de planos mais velozes são os serviços de videochamada, o uso de câmeras IP para o monitoramento remoto da casa e os serviços de armazenamento de arquivo na nuvem, como o Dropbox e o SugarSync. Apesar de não faltarem situações em que uma superbanda é determinante para uma melhor experiência do usuário, ainda não há uma aplicação isolada que consiga explorar ao máximo uma conexão de 50 Mbps ou superior. “Hoje, o limite de exigência para um usuário comum é o streaming de vídeo em HD. Quem possui em torno de 10 Mbps garantidos terá uma boa experiência”,
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Porém, essa performance só é conseTempo guida com notebooks e dispositivos 0:59:20 compatíveis, o que ainda não é comum no mercado. Mesmo ligando o computador ao roteador por cabo é preciso estar atento. Nos planos de 100 Mbps ou superiores, a placa de rede do PC precisa ser do tipo Gigabit Ethernet, capaz de suportar o tráfego de 1 Gbps. O afirma Eduardo Neger, presidente computador também precisa ser uma do conselho diretor da Associação máquina nova e com boa confguração. Brasileira de Internet (Abranet). Caso contrário, a pouca capacidade de Extrair o máximo de uma superprocessamento pode gerar um gargalo. banda é um missão quase impossível Na prática, o cenário em que as por várias razões. Uma conexão de 100 superbandas podem compensar o Mbps não baixará um arquivo na meinvestimento é o da realização de ditade do tempo de uma de 50 Mbps se o versas tarefas simultaneamente em servidor onde está o conteúdo limitar um ambiente com vários dispositivos. o tráfego de saída a 40 Mbps. Assim, a “Uma coisa que mudou nas casas bravantagem da velocidade mais alta seria sileiras é a presença dos dispositivos permitir outras conexões em paraleconectados. Antes era só o PC. Hoje lo, aproveitando até o limite a banda tem o notebook, o videogame, a TV oferecida pelo provedor do conteúdo. e o tablet. São muitos aparelhos ligaAlém da falta de aplicações capados na mesma rede, o que exige uma zes de aproveitar todo o potencial dos conexão mais robusta”, diz Márcio serviços de fibra, as características Carvalho, diretor de marketing da Net. dos equipamentos do usuário podem É por isso que pequenos escritórios fazer com que ele não use mais do e famílias conectadas são o principal que uma pequena fração da conexão. público das superbandas. “Quando Nas velocidades a partir de 50 Mbps, você pensa em tantos dispositivos somente a conexão cabeada com o funcionando ao mesmo tempo, faz computador consegue entregar esse sentido uma conexão de 50 Mbps”, desempenho. Nos roteadores Wi-Fi diz André Neiva, gerente de contas n, os mais comuns, a velocidade real para operadoras da Cisco do Brasil. fica em torno de 40 Mbps. Os novos O mesmo raciocínio serve para roteadores com Wi-Fi ac, tecnologia justificar as diferenças entre os links ainda em fase de homologação, vão supervelozes. “A diferença de uma além disso, chegando a 120 Mbps reais. banda de 50 Mbps para uma de 100 Mbps ou 200 Mbps só aparece quando existem múltiplos pontos de DocumenTário pirATe BAy acesso em casa e todos querem ter a Tempo 00:28:56 melhor experiência”, afirma Neger. A expansão do mercado e a concorrência cada vez mais acirrada são também responsáveis por uma corrida o p pela conexão mais veloz. “A competição tem al tot está fazendo com que as operadoras
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virem a chavinha para vender velocidades mais altas. Quando uma reage e sobe o patamar, é porque sua rede já tinha essa capacidade, não foi criada uma nova rede”, afirma Neger. As palavras de Rodrigo Marques, vice-presidente de estratégia e gestão operacional da Net, confirmam a tese. “Não existe demanda massifcada por 500 Mbps, mas, como nossa rede já leva a fbra próximo da casa do cliente e é fácil entregar uma velocidade dessas, resolvemos fazer a oferta. Nem no mercado americano há um serviço de massa com essa velocidade.” A tecnologia usada não é a mesma para todas as operadoras. A diferença está nos metros finais da conexão. Na mais avançada, a FTTH (Fiber to the Home), o cabo de fibra é levado para o interior da casa do cliente. É o que fazem GVT, Vivo e Net, esta no plano de 500 Mbps, além da Oi. Na TIM, a fbra chega até um armário de distribuição instalado em um poste e, de lá, o trajeto fnal usa um par trançado de fos de cobre. A Net adota um método similar em seus planos de até 120 Mbps com tecnologia HFC, baseada em uma rede com fbra e cabo coaxial no último trecho. A migração para a fibra de ponta a ponta será inevitável. Como o custo para as operadoras está caindo, logo a última milha deve ser contemplada. Esperar conexões de 1 Gbps, como a oferecida por 70 dólares pelo Google Fiber, em Kansas City, nos Estados Unidos, já não é um sonho tão distante. Pelo menos em relação à velocidade. ↙
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oi, meU nome é gabriel garcia e consegUi mais de 1 000 cUrtidas em Um Post no facebook. as fotos do meU carro novo geraram inveja e minha linda namorada faz declarações de amor Para todos os meUs amigos das redes sociais verem. mas tUdo isso cUstoU 300 reais. não é barato ter Uma
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≼ por gabriel garcia ≼ fotos dulla plus.google.com/+INFo
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em suas 432 páginas, O livrO 0 0 0
Almas Mortas, marco da literatura russa escrito por Nikolai Gogol em 1842, conta a história de um funcionário público que está tentando entrar nas altas-rodas do czarismo, mas é rejeitado por não ter sangue azul. O personagem, Pável Ivánovitch Tchítchicov, resolve então viajar pelo interior da Rússia para comprar títulos de propriedade de escravos mortos, mas ainda não registrados nos censos de óbitos. A quantidade de escravos era um dos critérios para defnir o grau de nobreza na época. Como na fcção escrita há 172 anos, a lógica da trapaça parece manter-se atual. Na era das redes sociais, parecer muitas vezes é mais relevante do que ser ou ter. Seja nos milhares de likes em posts do Facebook, seja em curtidas de fotos do Instagram, seja na repercussão no Twitter, o reconhecimento virtual passou a ser uma moeda valiosa. O sucesso da empresa americana Reputation.com é um exemplo de que há muita gente interessada em dar um upgrade, mesmo que falso, em sua
presença online. A empresa oferece consultoria para cuidar de páginas pessoais nas redes. Por 99 dólares anuais, ela monitora a reputação dos clientes, alertando para fotos e compartilhamentos comprometedores. Pacotes mais caros vasculham a rede e removem menções a coisas negativas. Cerca de 1,6 milhão de pessoas já compraram pacotes da empresa e assim surgiu um novo mercado: o da reputação virtual. Nele é possível comprar desde seguidores no Twitter e posts no Facebook até uma namorada falsa. “A reputação virtual é importante a ponto de as pessoas alterarem o perfl para parecer mais interessantes do que realmente são”, diz a psicóloga Ana Luiza Mano, do Centro de Estudos Digitais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. A psicologia batizou essa atitude de Efeito Proteus, numa referência ao deus da mitologia grega que mudava de forma conforme a necessidade. “É natural valorizarmos alguns atributos, considerando que
temos o controle de como os outros vão nos ver”, diz Ana Luiza. “O problema é a decepção que isso pode gerar no momento de passar para o mundo real.” Entendi o significado dessa transição para o mundo real após uma experiência quase antropológica que me transformou num cara fake. No fim de novembro, comecei a namorar uma garota linda, comprei um carrão importado e um post que escrevi no Facebook alcançou mais de 1 000 curtidas. Meus amigos começaram a me olhar de um jeito diferente. De uma hora para a outra, virei um homem bem-sucedido. Recebi até os parabéns de um conhecido que me parou na rua. “Tomara que eu consiga tanto sucesso quanto você”, ele disse. Amigos da faculdade reclamaram porque nunca ofereci carona no carro novo. Minha irmã ligou para saber quanto era meu salário. A reputação estava nas alturas. Namorei por uma semana com Nathália, uma bela morena carioca, que gosta de viajar para a Disney e de praticar jiu-jítsu. O começo de nossa relação foi arrebatador. “Adorei te conhecer. Mal posso esperar a próxima vez”, ela escreveu um dia após sairmos pela primeira vez. Mas a distância atrapalhou um pouco: “Por que você está tão looooonge?”, postou dias depois. Detalhe: nunca vi a Nathália na vida. Conheci a garota por meio de um serviço chamado Namoro Fake, usado por mais de 12 000 pessoas desde seu lançamento, em janeiro de 2013.
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Por planos que variam de 10 a 120 reais, qualquer um pode ter uma namorada virtual no Facebook. O valor varia de acordo com o número de mensagens postadas no mural, o tempo de namoro e se haverá mudança no status do relacionamento. A opção mais cara, que testei para esta reportagem, é a Namorada Top. Após o cadastro no site, é possível escolher a namorada entre dez perfis. O pacote dá direito a cinco mensagens no mural do usuário no Facebook. A parte mais difícil: é o
de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. “Um amigo me pediu para fazer o perfil fake de uma mulher e escrever no mural dele para gerar ciúme na ex-namorada. A ideia funcionou, e eles voltaram. Percebi que existia aí uma oportunidade”, diz Estevam, 33 anos. Em cinco dias, o site estava no ar. Uma semana depois, apareceram os primeiros clientes do serviço. Todas as namoradas e os namorados do site são reais. Isso porque o Facebook questionou o procedimento adotado pelo serviço. “Eles proíbem a criação de perfs falsos. Por isso, passamos a selecionar pessoas para participar”, afrma Estevam. O site conta com cerca de 750 perfis cadastrados, sele-
Por Planos que variam de 10 a 120 reais, é Possível ter uma namorada falsa no facebook. o mais caro dá direito a cinco mensagens da moça no mural do usuário
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próprio contratante quem escreve o que a namorada vai postar. Adianto que não é muito confortável se autoxavecar. Outra dificuldade é fazer as pessoas acreditar que você está namorando uma garota que ninguém nunca ouviu falar. Mas, conforme as mensagens são postadas, as reações começam a aparecer. Meus amigos perguntavam onde a conheci. As paqueras da vida real fingiam não se importar, apesar das mensagens no WhatsApp com a pergunta: “Quem é Nathália?” O site Namoro Fake foi criado pelo engenheiro Flávio Estevam, morador
cionados pela aparência, com base em uma lista de 7 000 inscritos. Por cada “relacionamento” virtual, eles ganham metade do valor pago pelo cliente. O sucesso fez com que o serviço se expandisse para países como Portugal e Canadá. Uma versão chinesa está nos planos. Estevam já partiu para a criação de outros serviços similares, como
o Amigo Fake e o Fidelidade Fake, uma espécie de teste para infiéis. A expectativa é que esse império do falso gere receita de 7 milhões de reais em 2014. A forma como as pessoas nos percebem na internet está se tornando uma moeda mais valiosa do que o dinheiro. Essa é a tese do americano Joshua Klein, mestre em tecnologia interativa pela Universidade de Nova York e ex-funcionário da NSA, agência de segurança do governo. Klein lançou, em novembro, o livro Reputation Economics ("A economia da reputação", ainda sem previsão de chegada ao Brasil), em que prevê o surgimento de uma economia focada na comercialização e na gestão da reputação virtual. “Atualmente, é muito mais importante conhecer alguém influente do que possuir algo. A economia da reputação permite descobrir a pessoa com quem a troca será útil. Esse tipo de situação já está disponível nas plataformas online”, disse Klein a INFO. Segundo ele, o fato de a reputação ser construída online não é necessariamente ruim. “Temos condições de explorar o perfil de alguém em diversas redes sociais e depois confirmar se o que diz é real ou não”, diz Klein. O autor acredita que vamos confiar tanto na reputação virtual das pessoas que as redes sociais deverão lançar uma espécie de selo de autenticidade para todos os perfis. “É uma questão econômica: quanto mais perfs confáveis a rede possuir, mais confiável ela será. Quanto mais confiável, mais dinheiro valerá”, afirma Klein. Depois de “namorar” a carioca linda, comprei um Ford Fusion Hybrid 2014. O preço: quase 125 000 reais. Postei uma foto no Facebook com meu carrão novo, que, na real, foi empresta-
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Vida cara Veja quanto custaram os serViços para o perfil falso usados nesta reportagem
79
reais Mil likes em uma foto
do Facebook com o serviço Simples+Original
120 reais
Namorada fake no Facebook, com o Pacote Top do site Namoro Fake
99
reais Mil likes em uma foto
do Instagram com o site Simples+Original
300 reais
do por alguns minutos pela equipe da revista QUATRO RODAS, também publicada pela Editora Abril, como a INFO. “Finalmente motorizado”, dizia a legenda. Parentes me deram parabéns e amigas que não vejo há muitos anos disseram que estavam estourando champanhe. Nunca um post se tornou tão popular. Ele conseguiu incríveis 1 040 curtidas em três dias. Não ten ho 1 0 0 0 a m i gos no Facebook, mas exatos 291. Comprei os likes em um serviço de “potencialização de mídias sociais” chamado Simples+Original. O site foi criado por publicitários paulistanos que se definem como Robin Hood da internet. “As redes sociais usam nossos dados para ganhar dinheiro. Vamos fazer a mesma coisa”, afirma Bruno Bedoti, 29 anos, criador do serviço e presidente da agência de publicidade DOP Comunicação. A partir de 50 reais, é possível comprar um pacote de curtidas em um post no Facebook. Um lote de 100 curtidas em fotos no Instagram custa 20 reais. Se dinheiro não é problema, é possível ter até 100 000 likes com um investimento de 4 000 reais. Segundo Bedoti, as curtidas são feitas por uma base de divulgação. “Temos uma lista de pessoas e uma troca like com a outra”, diz. No exterior, sites que infam os números em redes sociais são comuns. Os métodos variam de perfis fake ao pagamento de usuários reais. É uma forma de aumentar artificialmente uma fan page, por exemplo. Parecer mais popular não é uma necessidade só de empresas ou de pessoas carentes. Durante a campanha presidencial
Total do investimento
americana de 2012, o candidato republicano Mitt Romney foi acusado de comprar fãs no Facebook, quando ganhou 114 000 curtidas em segundos. Mas criar um perfil fake pode gerar implicações legais. O advogado Rafael Pellon, especializado em direito digital, diz que uma pessoa que se promove com perfil falso pode ser processada por estelionato caso as informações enganem ou prejudiquem terceiros. Segundo Pellon, é comum a criação de avatares para atacar exnamoradas. “O perfl fake causa danos. Os mais comuns são os crimes contra a honra, como a difamação", diz Pellon. A indústria da reputação online deve crescer nos próximos anos, prevê Eric Schmidt, presidente do conselho do Google. "A identidade online será algo tão valioso que até surgirá um mercado negro, no qual as pessoas poderão comprar identidades reais ou inventadas", diz Schmidt no livro A Nova Era Digital, escrito em parceria com Jared Cohen, diretor do Google Ideas. “Substituir uma identidade moldada ofine e projetada online por uma criada online e projetada offline terá implicações para cidadãos, Estados e empresas no novo mundo”, afrma o livro. Na história escrita por Nicolai Gogol, a farsa de Tchítchicov é descoberta e só resta a ele fugir. Não vou precisar mudar de estado quando meus amigos lerem esta reportagem e descobrirem que nem dirijo. E que, como estagiário da INFO, não tenho grana nem para comprar um carro popular. Além disso, minha vida amorosa é um amontoado de casos frustrantes. Mas bastou entrar nos sites e serviços certos, e investir algum dinheiro, para ter uma reputação de dar inveja. O que ninguém precisa saber é que fco genuinamente contente com um like em uma foto do Instagram. Um like real, é claro! ↙
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stylist SaTOr eNdO make kaMIla alveS modelo PaTrIcIa bOhrer/l'equIPe agradecimentos rIcardO alMeIda, jOrgITO dONadellI, luPO, glOrIa cOelhO, víTOr zerbINaTO, bruMaNI, Sara jóIaS SchulTz
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INFOLAB Brinquedo ciBernético
O novo kit da Lego cria de forma divertida robôs de diversos estilos, com sensores e motores. E ainda podem ser comandados pelo smartphone ≥ pOr LEOnARDO VERAS Mindstorms EV3 / Lego Um huma-
Robô
noide com pernas com lagartas para locomoção, um escorpião com lançador de bolas na cauda e uma serpente são algumas das formas assumidas pelos robôs criados com a nova versão do kit de robótica da Lego. Entre os modelos apresentados no manual e os sugeridos no site, são mais de 20 possibilidades de construção, com vigas, engrenagens, eixos, rebites e rodas, num total de 601 peças. A máquina ganha vida com sensores de infravermelho, cor e toque para que identifique o ambiente e desvie de obstáculos, além de três motores e um módulo de controle. Rodando Linux, o novo cérebro executa programas mais complexos do que os da versão anterior do kit, de quem pode emprestar motores e sensores sem problemas de compatibilidade. Graças à linguagem visual utilizada, programar o brinquedo é fácil e divertido. Outras novidades do EV3 são uma conexão adicional para controlar motores, um slot de cartão SD e uma porta USB extra para ligar modelos em paralelo. Ele pode ainda ser controlado pelo smartphone.
601 peças / Servomotores de 160 RPM e 240 RPM / Sensores de infravermelho, toque e cor / Bluetooth / Slot microSD / USB / MicroUSB / 6 pilhas AA / 3h38min de bateria AvAliAção técnicA: 9,0 custo/benefício: 7,2
/ R$ 2 599
Notas 90
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10,0
Impecável
9,0 a 9,9
Ótimo
8,0 a 8,9
Muito bom
7,0 a 7,9 Bom
6,0 a 6,9
Médio
5,0 a 5,9
Regular
Veja os critérios de avaliação em: info.abril.com.br/reviews/notas/
jANeIrO 2014
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INFO
fotos rafael evangelista eDiÇão De imagens eDson minoru ilustraÇão evanDro Bertol
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BEM CONECTADO Na traseira há portas USB 3.0 e de rede e saída de vídeo DisplayPort, mas fcou faltando uma HDMI
Ultrabook híbrido
≥ POr AIRtON LOpEs
2,3 cm
O ultrabook touch screen de 11,6 polegadas da HP vira um tablet com corpo resistente e desempenho de máquina grande
21,5 cm
TableT em um giro
28,5 cm
EliteBook Revolve 810 / HP Com uma confguração que não faz feio diante de portá-
teis de qualquer tamanho, este ultrabook híbrido com tela sensível ao toque de 11,6 polegadas é um dos mais poderosos que passaram pelo INFOlab. Ele mostrou bom desempenho nos testes e tem recursos interessantes, como NFC, modem 3,5G e uma porta de rede Gigabit Ethernet que não exige adaptador, algo incomum em um laptop tão compacto. O teclado retroiluminado tem tamanho adequado e é preparado para resistir a respingos. O visual não arranca suspiros, mas o design agrada pelo bom acabamento, pela robustez e qualidade da construção. Feito de magnésio, o corpo sustenta a tela sobre um pivô para ser girada e deitada, transformando o Revolve em tablet. O vidro Gorilla Glass sobre o LCD é bom por aguentar pancadas e não riscar, mas refete bastante as luzes do ambiente, o que incomoda em jornadas de trabalho mais longas. Com 1 hora e 57 minutos em uso intenso, a duração de bateria poderia ser melhor. (1) Duração de bateria medida com o software Battery Eater e o notebook com o Wi-Fi ligado, tela com o máximo de brilho e perfl de alto desempenho no Windows, sem permitir o desligamento de componentes
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Tela de 11,6" touch screen / Intel Core i7-3687U 2,1 GHz (Ivy Bridge) / 8 GB / SSD de 256 GB / 1,4 kg / Windows 8 Pro / 1h57min de bateria(1) AvAliAçãO TéCNiCA: 8,1 CusTO/BENEfíCiO: 6,8
/ R$ 6 899
INFO
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CONTROLES Agradam pelas possibilidades de personalização e de acionamento remoto usando o Wi-Fi do PC e do smartphone
Câmera
Ótima para fotos, esta Canon também oferece recursos para ajudar na flmagem e na edição de vídeos ≥ por Leonardo Veras
11,7 cm
Câmera de Cinema
13,9 cm
EOS 70D / CAnon esta máquina da Canon é uma das melhores dsLr para cineas-
tas amadores. Graças a um engenhoso sistema de autofoco por detecção de fase, ela é capaz de flmar objetos em movimento com mais rapidez e precisão do que qualquer outra câmera da categoria. Basta tocar na tela traseira para selecionar o ponto de foco e deixar que os atores cumpram seu papel. até o trabalho do editor é facilitado, pois a câmera pode comprimir os vídeos em um formato de vídeo ideal para a pós-produção. nada disso interfere em seu desempenho como câmera fotográfica, como se pôde notar pelas excelentes imagens que ela produziu mesmo em cenas com pouca luz durante os testes do InFolab. além disso, seu modo de disparo contínuo é um dos mais rápidos da categoria, atingindo sete frames por segundo. o único ponto que decepciona é o autofoco, que funciona bem no modo de vídeo, mas tem efeito limitado durante o disparo contínuo de fotos.
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15 cm
20 MP / Zoom de 3x (18 - 55 mm) / Filma em 1080p / LCD de 3" touch screen / Wi-Fi / 972 g (754 g só o corpo) AvALiAçãO TéCNiCA: 8,5 CuSTO/bENEfíCiO: 7,1
/ R$ 3 939
INFO
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iPhone em cores
O alumínio dá lugar ao plástico colorido no corpo do novo iPhone 5c. Mas por dentro ele é praticamente igual ao iPhone 5 do ano passado ≥ POr Airton Lopes
/ Apple Apesar de ser mais simples e barato do que o 5s, o iphone 5c não é um smartphone criado para enfrentar os Androids intermediários. o preço inicial de 1 999 reais já deixa isso bem claro. ele tem o mesmo processador, tela e câmera de 8 Mp do iphone 5, que ainda hoje continua sendo um aparelho respeitável, e o supera em alguns pontos. o melhor avanço é a compatibilidade com as redes 4G brasileiras. As formas e as medidas do iphone 5c são praticamente idênticas às do 5s com acabamento metálico, mas seu corpo é revestido de plástico e há várias opções de cores para o usuário escolher. A construção do modelo transmite uma sensação de robustez e a ergonomia para a operação com uma mão é ótima. porém, o plástico deixa o aparelho escorregadio quando manuseado com frequência. os problemas do novo 5c são comuns aos outros iphones, como a falta de entrada para cartão de memória e de suporte ao idioma português na siri, assistente inteligente ativada por voz.
Smartphone
iPhone 5c
MAÇÃ COLORIDA A elegância do alumínio dá lugar ao plástico em cinco opções de cores no 5c
iOS 7 / Tela de 4" / 4G (lTe) / Apple A6 1,3 GHz dual-core / 16 GB / Câmeras de 8 Mp (1080p) e 1,2 Mp (720p) / 132 g / 4h24min de bateria(1) AvALIAÇÃO téCnICA: 8,3 CustO/benefíCIO: 7,3
12,4 cm
/ R$ 1 999
5,9 cm
0,9 cm
(1) Duração medida com o aparelho exibindo vídeo em 720p com Wi-Fi e Bluetooth ativados
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INFO
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EsC O
O EdiTO Ad R Lh
COMPLETA A TV exibe conteúdo em 3D, tem modo Dual Play para games, recursos de smartTV e conexões por Miracast e WiDi
TV
O aparelho de 55 polegadas da LG com tecnologia Oled tem imagens com cores e contraste melhores do que as das TVs de plasma e LCD com LED ≥ pOr AIrTON LOpeS
79,8 cm
TV com curVas
122,7 cm
55EA9800 / LG Abandonadas desde a morte do tubo de raios catódicos, as telas curva-
das estão de volta. O display de 55 polegadas deste modelo da LG possui uma curvatura que proporciona um ângulo de visão lateral de 180º para melhorar a visualização do conteúdo para quem está ao lado do aparelho. Segundo a fabricante, o formato também aumentaria a sensação de imersão do espectador, o que foi imperceptível no INFOlab. O grande salto desta LG está na estupenda qualidade de imagem da tela de Oled. Cada pixel emite luz própria, o que dispensa a necessidade de iluminação traseira do painel e faz com que a TV tenha níveis de preto e de contraste superiores aos de outros tipos de televisor. Nos testes, a intensidade das cores também foi espetacular. Outra característica da tecnologia de Oled são as telas fníssimas. A deste modelo possui nas bordas somente 4,3 milímetros de espessura. No entanto, a magreza e a curvatura do display impedem a instalação deste modelo em um suporte de parede.
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19,2 cm
Tela de 55" / Full HD (1080p) / Oled / 3D passivo, vem com 4 óculos / Entradas: 4 HDMI, 1 vídeo componente, 1 composto / 4 USB / Ethernet, Wi-Fi e Bluetooth AvALiAçãO TéCniCA: 9,2 CusTO/bEnEfíCiO: 5,7
/ R$ 39 999
INFO
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25,8 cm
Som para exibir
O conjunto transparente SoundSticks é uma autêntica peça de arte que toca músicas por Bluetooth ≥ pOr AIrtON LOPES
5,1 cm
SoundSticks Wireless
/ Harman KarDon Formado por duas torres com quatro falantes e um subwoofer de 6 polegadas, este conjunto feito com peças transparentes tem um design tão bacana que rendeu ao equipamento lugar na coleção permanente do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA). Em sua versão mais recente, o SoundSticks ganhou uma conexão Bluetooth que, nos testes do INFOlab, manteve-se estável o tempo todo. Além dela, a outra opção para levar músicas para as caixas é pela tomada P2. A potência e a qualidade geral de áudio do conjunto são muito boas, especialmente pelo peso nos graves e a ausência de distorção. Porém, convém não exagerar na intensidade do subwoofer, sob o risco de deixar o som abafado. Apesar da beleza e da qualidade sonora, o SoundSticks fica devendo recursos como NFC e uma porta USB, ainda que essa conexão fosse apenas para carregar a bateria do smartphone.
2.1 / 40 watts (2 x 10 + 20) / Bluetooth / P2, rCa estéreo (com adaptador) / 1,4 (torres) + 2,2 kg (subwoofer) AVALiAçãO TécNicA: 8,0 cUsTO/bENEfíciO: 7,0
/ R$ 1 499
R dEsigN hO
INFO
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5,1 cm
Caixa de som
ME L
VOLUME NO TOQUE Diferentemente do botão do subwoofer, o controle de áudio das torres fca bem à mão
23,2 cm
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Com preços a partir de 649 reais, boa duração de bateria e desempenho que não decepciona, o Moto G é a melhor opção entre os smartphones intermediários ≥ por Airton Lopes
13 cm
bom e barato
6,6 cm
Moto G / MOtOrOlA A Motorola já havia acertado em cheio com o Moto X, um smartphone com ótimo desempenho, recursos inovadores, design bacana e preço razoável. Com o Moto G a empresa repete a dose, mas agora entre os Androids intermediários. o modelo não tem uma função matadora, mas oferece processador com quatro núcleos, tela muito boa, câmera satisfatória e o preço mais atraente da categoria. A versão avaliada, a dual siM com 16 GB de memória, custa 799 reais. A mais simples, com entrada para um chip e 8 GB, sai por 649 reais. nos testes, ele rodou filmes e jogos sem vacilar e mostrou a melhor duração de bateria entre os smartphones similares que passaram pelo inFolab. o design do Moto G lembra o do Moto X, mas possui tampa traseira removível e possibilidade de variar o visual, pois vem com peças nas cores preto, branco, vermelho e amarelo-limão. entre as desvantagens está a falta de entrada microsD e de suporte ao 4G.
eSc Ol
Android 4.3 / tela de 4,5" / 3,5G (HSPA+) / Dual SIM / Snapdragon 400 Krait 1,2 GHz quad-core / 16 GB / Câmeras de 5 MP (720p) e 1,3MP (720p) / 142 g / 6h54min de bateria(1) AvAlIAçãO TécNIcA: 8,1 cuSTO/beNefícIO: 7,5
/ R$ 799
Smartphone
ecONômIc A hA
1,1 cm
SINTONIZADO O Moto G tem rádio FM e liberação de atualização do Android 4.3 para o 4.4 neste mês
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INFO
(1) Duração medida com o aparelho exibindo vídeo em 720p com Wi-Fi e Bluetooth ativados
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PRANCHETA A tela full HD reconhece até 256 níveis de pressão nos traços feitos com a caneta
Ultrabook híbrido
2,2 cm
O híbrido da Sony com tela de 13,3 polegadas funciona como um ultrabook veloz ou uma prancheta full HD com caneta digitalizadora ≥ pOr Airton Lopes
21 cm
Vaio para desenhar 33 cm
Vaio Duo 13 / Sony A tela de 13,3 polegadas sensível ao toque deste Vaio pode ser
posicionada para o uso como ultrabook ou deslizar para transformar o equipamento em tablet. na forma de prancheta, o modelo é bem interessante para quem trabalha com desenho, pois ganhou uma caneta digitalizadora. para outras tarefas, como navegar na internet, jogar e assistir a vídeos com o Vaio Duo no sofá, o display grande é bacana, mas não é confortável segurar um tablet de 1,3 quilo. pensando em um ultrabook, não há o que reclamar do peso. o que incomoda é o posicionamento da tela em um único ângulo e o tamanho reduzido do touchpad, que pode ser esquecido se o usuário optar pelo toque na tela. nos testes, a confguração baseada em um chip Core i7 de última geração mostrou bom desempenho até em atividades que exigem mais processamento gráfco. o modelo possui nFC e duas webcams, uma de 2,1 Mp, acima do LCD, e uma de 8 Mp, embaixo da máquina, para o uso do Vaio Duo 13 no modo tablet. (1) Duração de bateria medida com o software Battery Eater e o notebook com o Wi-Fi ligado, tela com o máximo de brilho e perfl de alto desempenho no Windows, sem permitir o desligamento de componentes
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Tela de 13,3” touch screen / Intel Core i7-4500U 1,8 GHz (Haswell) / 4 GB / SSD de 128 GB / 1,3 kg / Windows 8 / 2h04min de bateria(1) AvAliAção TéCNiCA: 8,2 CusTo/bENEfíCio: 6,9
/ R$ 5 999
INFO
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Caderno nesta edição: especial telecom oportunidades e ofertas de produtos e serviços de teCnologia Carreiras e Cursos • Hardware • reCup. de dados • serviços • software • teleCom
para anunciar (11) 3037.5868 / (11) 3037.2700 Outras localidades: 0800.701.2066 classifcados@abril.com.br Para saber mais informações, acesse o site: http://info.abril.com.br/midiakit O conteúdo deste caderno é de inteira responsabilidade dos anunciantes.
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Doutor pet / Já ouviu falar de instrutor de natação para cachorro? Conhece um dentista para coelhos? E que tal um ho-
meopata para gatos? Se precisar encontrar algum desses profissionais é só pedir ajuda ao administrador André Fossa, 34 anos, criador do AgendaPet. Lançado há pouco mais de um ano, o site reúne notícias e contatos de profssionais e serviços ligados ao universo dos animais de estimação. A plataforma, que também permite agendar consultas, recebe mais de 300 000 visitantes por mês . “O Brasil é o segundo maior mercado de pets do mundo e movimenta 16 bilhões de reais por ano”, diz Fossa. “Queremos ser o principal centro de informações para os donos.” O usuário não paga pelo conteúdo, mas o AgendaPet cobra uma mensalidade dos prestadores de serviços cadastrados. Em dezembro, a plataforma expandiu sua atuação de São Paulo para todo o Brasil. “Temos um telefone 24 horas que dá instruções de como encaminhar os animais a hospitais veterinários em caso de emergência”, diz Fossa. Tequila, a gata de estimação aí de cima, é quem deve estar tranquila com um dono assim tão bem informado. ↙
Agradecimentos: Museu dos Transportes Públicos Gaetano Ferolla
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foto vitor pickersgill
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FOTO VITOR PICKERSGILL
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