Revista InterBuss - Edição 171 - 17/11/2013

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REVISTA

INTERBUSS ANO 4 • Nº 171

17 de Novembro de 2013

GUARULHOS TERÁ METRÔ E CORREDORES

Verba já foi liberada pelo Governo Federal e obras do Governo do Estado devem começar em breve

Leia também: ROTA, DA BAHIA, ADQUIRE 27 NOVOS ÔNIBUS MARCOPOLO


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NESTA EDIÇÃO: 20 PÁGINAS

BEM-VINDOS À REVISTA INTERBUSS

METRÔ CHEGARÁ A GUARULH

Obras devem começar em breve

| A Semana em Revista

Ônibus de dois andares de Londres circulam há 160 anos Tradição na cidade, os ônibus vermelhos fazem a festa dos turistas

| As Fotos da Semana

As melhores fotos de ônibus da semana nos sites especializados

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| A Semana em Revista

Informalidade prossegue na linha Interpraias de Caxias do Sul

Serviço foi melhorado com a entrada da empresa Caxiense no trecho, porém a organização ainda deixa a desejar

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Confira as doze fotos mais interessantes de sites especializados e nas redes sociais. Sua foto pode sair aqui! Publique-a e iremos buscá-la!

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ANO 4 • Nº 171 • DOMINGO, 17 DE NOVEMBRO DE 2013 • 1ª EDIÇÃO - 23h01 (2ª)

HOS

EDITORIAL

O Bilhete Único Mensal em SP

A SEMANA REVISTA

As notícias da semana no setor de transportes

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. Cruz A VVR 2013

PÔSTER Sérgio Carvalho

Busscar Vissta Buss HI

DEU NA IMPRENSA

As notícias da imprensa especializada

MECÂNICA DE PESADOS

A manutenção da suspensão a ar

Página 13 | Deu na Imprensa

Rota Transporte adquire 27 novos ônibus da Marcopolo Entre o lote estão seis unidades do Viale BRT, veículo urbano top de linha da empresa

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| Viagens & Memória

Cobertura especial sobre a exposição VVR 2013 em SP A colunista Marisa Vanessa N. Cruz conta todos os detalhes da maior feira de ônibus antigos do país

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COLUNISTAS Adamo Bazani Superaquecimento no BRT do Rio

AS FOTOS DA SEMANA As fotos que foram destaque na semana

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Excepcionalmente, nesta semana não publicamos a coluna de José Euvilásio, que volta a ser publicada na próxima semana. Agradecemos a compreensão! Vem aí o especial de final de ano da Revista InterBuss. Não percam! Grandes reportagens e conteúdo exclusivo! Aguardem!

OBSERVAÇÃO: NESTA SEMANA TRAZEMOS UMA EDIÇÃO REDUZIDA, COM MENOR CONTEÚDO, EM CARÁTER EXCEPCIONAL. NA PRÓXIMA SEMANA VOLTAMOS COM A EDIÇÃO NORMAL. AGRADECEMOS A COMPREENSÃO DE TODOS.


A NOSSA OPINIÃO | Editorial

O Bilhete Único Mensal A cidade de São Paulo implanta nos próximos dias um inédito sistema de bilhetagem, o tão falado Bilhete Único Mensal. Por R$ 140,00, o usuário do transporte público paulistano poderá usar quantos ônibus quiser, em qualquer sentido, durante 30 dias. À primeira vista, a medida parece ser interessante, mas não é. Menos de 10% dos usuários do transporte paulistano será beneficiado com o sistema. Para ser vantajoso, uma pessoa teria que usar o sistema praticamente o dia todo. Levando em consideração que uma pessoa utiliza viagens de ida e de volta para o trabalho de segunda à sábado, soma-se um total médio de 26 dias de uso. A uma passagem de três reais, sendo uma ida e uma volta, totaliza-se cerca de R$ 156,00 apenas R$ 16,00 a mais que o valor do Bilhete Mensal. Se o mês tem dois feriados, a economia cai para apenas R$ 4,00. Obviamente que tudo isso, se fosse o usuário quem pagasse o Vale Transporte, sendo que esse ônus é do empregador, ou seja, o usuário final não tem vantagem alguma. Para estudantes, a vantagem não existe, pois mesmo pagando um valor menor no Bilhete Único, é mais compensador que seja feita a recarga periódica no valor com desconto. O bilhete único mensal mostra-se vantajoso apenas para pessoas que utilizam o transporte público diariamente, de segunda a domingo, que não recebem vale-transporte ou não têm outros benefícios, como o desconto no passe escolar. Do contrário, não há nenhuma vanta-

gem. O número de pessoas inscritas para a compra do novo bilhete se justifica: apenas 120 mil pessoas em um universo de mais de 10 milhões. A própria população vai ver com o tempo que o valor cobrado para o uso ilimitado do cartão é muito mais alto do que se pode pagar em uma passagem diária com direito a integração de três horas. Talvez haja uma vantagem maior quando for possível a integração do Bilhete Único Mensal com outros modais, como o Metrô e os trens da CPTM, pois se não houver a cobrança do valor da diferença integrada, com certeza haverá um benefício maior para o usuário. Do contrário, a desvantagem continuará. Na época das eleições, no ano passado, diversos cálculos já apontavam que a bilhetagem mensal beneficiaria um número muito pequeno de usuários, dado o seu valor total cobrado todos os meses e suas características, ainda mais em uma cidade onde já há integrações generosas, chegando a até oito horas aos domingos, possibilitando que uma família possa ir e voltar com apenas uma cobrança de passagem por usuário. Na cidade de Campinas houve também a intenção de implantação do mesmo bilhete, conforme proposta do candidato petista derrotado no pleito, porém lá a desvantagem seria ainda maior, pois o valor seria de R$ 150,00. A medida do candidato vencedor foi de muito maior valia: aumentou-se o tempo de integração de 1h30m para 2 horas, possibilitando que todos os usuários fossem beneficiados, além da meia tarifa um domingo por mês com possibili-

REVISTAINTERBUSS

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda. DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFE Luciano de Angelo Roncolato JORNALISTA RESPONSÁVEL Anderson Rogério Botan (MTB) EQUIPE DE REPORTAGEM Felipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Anderson Rogério Botan, Guilherme Rafael EQUIPE FIXA DE COLUNISTAS Marisa Vanessa Norberto da Cruz, José Euvilásio Sales Bezerra, Adamo Bazani, Luciano de Angelo Roncolato e Fábio Takahashi Tanniguchi REVISÃO Felipe Pereira e Luciano de Angelo Roncolato ARTE E DIAGRAMAÇÃO Luciano de Angelo Roncolato AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃO Agradecemos à Adriano Minervino, Márcio Spósito, Ailton Florêncio e Douglas de Cézare pelas fotos enviadas esta semana para capa, matérias e pôster. SOBRE A REVISTA INTERBUSS A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo. Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países. Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail revista@portalinterbuss. com.br. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autorizada apenas após um pedido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido. PARA ANUNCIAR Envie um e-mail para contato@portalinterbuss.com. br ou ligue para (19) 9483-2186 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos! PARA ASSINAR Por enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibilizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem

dade de aumento para todos os domingos. É notável que foi uma tentativa de iludir o eleitor a proposta do bilhete único mensal, apesar do modelo já ser utilizado há algum tempo em diversos países desenvolvidos, porém o valor cobrado em São Paulo ainda é alto. Seria mais interessante um valor menor para que mais pessoas tivessem acesso, e com alguma vantagem. O valor de R$ 140,00 é o equivalente a um pouco mais que 46 passagens, suficientes para o uso durante 23 dias, ida e volta. Para o trabalhador, que é o maior usuário do transporte público, a vantagem é zero pois não é ele quem faz o pagamento da passagem, conforme já citamos aqui, e foi para ele que o então candidato Fernando Haddad ofertou essa proposta. Seria interessante que fossem feitos cálculos durante o horário eleitoral gratuito para que o eleitor tivesse a oportunidade de conhecer a proposta um pouco mais a fundo. Infelizmente, aqui no Brasil as campanhas são quase sempre muito vazias, pois as propostas são fracas e quase nunca implantadas. No caso do Bilhete Único Mensal, pode-se comemorar pois ao menos ela foi implantada, mas poderia ter sido um pouco mais esclarecida a quem realmente vai usufruir do serviço. Outras propostas também deveriam ser melhores esclarecidas durante o período eleitoral, sobretudo aquelas mirabolantes, onde nunca é indicado de onde irá sair a verba para a execução, e isso é muito importante que o contribuinte saiba, afinal, é o dinheiro dele que estará sendo usado. Esperamos que a população possa ser realmente beneficiada com o Bilhete Único Mensal, mesmo com as contas mostrando totalmente o contrário. O usuário precisa de novidades no transporte, algo que melhore a qualidade de vida de todos.

Expediente para revista@portalinterbuss.com.br e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado. CONTATO A Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conversar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para revista@portalinterbuss.com.br ou contato@portalinterbuss.com. br. Procuramos atender a todos o mais rápido possível. A EQUIPE INTERBUSS A equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sempre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe. Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo email contato@portalinterbuss.com.br ou pelo telefone (19) 9483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.


DE 10 A 16 DE NOVEMBRO DE 2013

A SEMANA REVISTA Internacional

Ônibus vermelhos e com dois andares já viraram símbolo de mobilidade e turismo na capital da Inglaterra • Jornal Hoje

ntato@j.com.br

Eles fazem de Londres uma cidade mais colorida. Vermelhos, com dois andares, os ônibus britânicos são inconfundíveis. Eles estão presentes no país inteiro, mas viraram símbolo da capital. Quando o repórter aparece na frente de um deles, o telespectador já sabe: está em Londres. E eles estavam lá, nos momentos históricos: nos bombardeios que Londres sofreu na segunda guerra mundial, eles também foram atingidos. E na festa da vitória, estavam lá misturados à multidão. Eles já fazem parte da paisagem de londres há 166 anos. No começo, eram puxados a cavalo e não fizeram muito sucesso, principalmente entre as mulheres, que achavam desconfortável e deselegante ir para o andar de cima com aqueles vestidos enormes. Mas os londrinos descobriram que eles eram uma boa maneira de aliviar o trânsito. Mesmo na época das charretes, a cidade já era engarrafada... Com o tempo, o motor substituiu os cavalos, os pontos passaram a ter um painel eletrônico mostrando quanto tempo os ônibus vão demorar para chegar ali. E alguns têm um conforto extra para idosos e cadeirantes: descem uma rampa e até dão uma abaixadinha. O ônibus é uma maneira barata e confortável de conhecer a cidade. O banco da frente do andar de cima é o lugar mais disputado pelos turistas. É só a gente virar uma esquina e dá de cara com o Big Ben. De cima do ônibus, a gente tem uma visão privilegiada da cidade e é uma boa maneira de conhecer a cidade onde chove fre-

REVISTAINTERBUSS • 10/11/13

HISTÓRICOS • Frota inclusive já foi renovada, com a aposentadoria dos modelos antigos quentemente. E se alguém convidar você para um passeio de ônibus à noite, aceite na hora. Do alto, dá para ver a cidade iluminada. Dá pra ver Big Bem, ao cruzar o Rio Tâmisa, surge a roda gigante... e o ônibus é que dá a melhor

visão da Tower Bridge, outro símbolo da cidade. De ônibus, os turistas conhecem Londres e ao, mesmo tempo, experimentem a sensação de circular pela cidade como se fossem londrinos.

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Divulgação

Símbolo de Londres, os Double Decker rodam há 160 anos pela cidade


A SEMANA REVISTA Sul

Linha Interpraias entre Caxias e Praia Paraíso mantém-se informal • Zero Hora

a@terra. com.br

A linha de ônibus Caxias—Paraíso, em Torres — via Rota do Sol e Interpraias —, mudou da modalidade comum para a semidireta. Na prática, apesar de algumas alterações, a essência informal do tradicional roteiro ainda é praticamente a mesma, como há décadas. A modificação se deu, segundo as empresas Expresso São Marcos e Expresso Caxiense, para acompanhar a oferta de mais conforto ao usuário, já que o serviço já vinha sendo oferecido com ônibus de melhor qualidade. Nas linhas comuns, por exemplo, a disponibilização de banheiro no carro não é necessária. Outro argumento para a mudança, que foi aprovada pelo Daer, é que durante a maior parte da estrada não há paradas para pegar passageiros. Isso acontece apenas no início do retorno de Paraíso para Caxias. Na ida, por exemplo, a única parada entre Caxias e Curumim é no Monumento ao Imigrante, no bairro Lourdes, onde alguns passageiros que já têm bilhete embarcam, por residirem no entorno. Apesar disso, a tradicional Interpraias via Rota do Sol insiste em manter algumas das mais antigas tradições de informalidade. Depois que chega em Curumim, praia que pertence ao município de Capão da Canoa, o ônibus percorre a Avenida Interpraias passando por Arroio do Sal e chegando até a Praia Paraíso, no Sul de Torres. No caminho, os passageiros podem descer onde desejarem, dentro do itinerário da linha. Nesse sentido, o tradicional pinga-pinga se mantém muito bem, obrigado. Muitas das pessoas que viajam até já conhecem os motoristas, que mantêm praticamente uma relação de amizade com o público. Tal relação é possível graças a uma longa história. O Expresso São Marcos, por exemplo, percorre a linha via Rota do Sol há cerca de 50 anos, quando a rodovia que liga a Serra ao Litoral ainda era toda de chão batido. O Expresso Caxiense também faz a interpraias há décadas, mas o itinerário via Rota do Sol é mais recente. Pela Rota, se hoje o caminho é feito em cerca de quatro horas, antigamente demorava em média 10 horas, algumas vezes chegando a 15. O aposentado Geraldo Tafarel, 59, morador do bairro de Lourdes, em Caxias do Sul, frequenta a linha há 30 anos,

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e tem lembranças que as novas gerações nem conseguem imaginar, tal é a comodidade hoje. Tafarel relata que já teve casos em que, só o trecho entre Caxias e Lajeado Grande, em São Francisco de Paula, chegava a demorar quatro horas. Às vezes, levava 12 horas até Arroio do Sal, onde tem casa: — Era tudo estrada de chão batido, com muitos buracos e pedras. Quando chovia, o veículo chegava a atolar e, em alguns casos, e era preciso ser guinchado. O jornal Pioneiro pegou o Interpraias, ida e volta, na quarta-feira, dia 13/11, com um ônibus do Caxiense, que atualmente opera a linha em dias intercalados com a empresa São Marcos. Nos dias do mês que são pares, os ônibus são do São Marcos. Nos ímpares, o Caxiense opera, sempre com saídas diárias às 7h30min da rodoviária de Caxias. Na passagem pelo Litoral, durante todo o trajeto, tanto na ida quanto na volta, várias pessoas que estavam nas casas, limpando ou fazendo alguma outra tarefa, paravam o trabalho para acenar para o motorista. Com os anos de trabalho na linha, os trabalhadores dos ônibus foram firmando vínculos de amizade com os usuários. — Esse é um trabalho muito diferenciado, você cria amizade com os passageiros. Toda a viagem é muito bonita, tanto com as paisagens da Serra quanto nas praias. Muita gente percorre a linha com frequência, então se cria um ambiente familiar. Outras pessoas a gente reconhece de temporada em temporada — conta o motorista Jair Anghinoni, que começou a trabalhar na linha na temporada de verão de 1993 para 1994. A saída de apenas uma linha por dia entre Caxias do Sul e a Praia Paraíso, via Interpraias, é considerada insuficiente para alguns passageiros frequentes ouvidos pelo Pioneiro. Eles reivindicam uma viagem também à tarde. A funcionária pública aposentada Zilá Cassol, 67, que tem casa na Praia de São Pedro, em Arroio do Sal, diz que, se houvesse uma linha da metade para o final da tarde, facilitaria muito a vida dela: — Eu poderia fazer as tarefas de manhã, viajar à tarde, dormir no Litoral e aproveitar o dia seguinte inteiro — exemplifica. O diretor do Expresso São Marcos, Eduardo Michelin, explica que isso é apenas na baixa temporada. Na metade de dezembro,

os horários serão ampliados. A intercalação de saídas diárias entre as empresas também deve acabar para o verão, com saídas diárias das duas empresas. Segundo o empresário, no inverno não há demanda para duas linhas, a não ser às sextas-feiras, quando a Interpraias já tem um horário o ano inteiro saindo de Caxias às 16h. Antes da mudança de modalidade, a linha Interpraias ia até a rodoviária de Torres. Agora, só vai até a Praia Paraíso, ao Sul de Torres. Com isso, deixou de passar por vários balneários, como a Praia Real, Santa Helena, Itapeva, São Jorge, Estrela do Mar, Praia Gaúcha e Praia da Lagoa. O presidente da Associação dos Moradores da Praia Real, Luiz Carlos Bragagnolo, recebeu reclamações de usuários que antes podiam desembarcar perto de casa e agora dependem de outros transportes. — Para chegar até a Praia Paraíso, onde agora é o ponto inicial e final da linha, quem mora em Santa Helena precisa percorrer seis quilômetros. Quem vem de Itapeva, são 11 quilômetros. Como a pessoa vai fazer isso com bagagem? Muitos dos usuários são idosos — lamenta Bragagnolo. O diretor de Transportes Rodoviários do Daer, engenheiro Paulo Ricardo Campos Velho, explica que as empresas solicitaram as alterações nas linhas, justificando o pedido pela demanda praticamente inexistente no trecho Paraíso—Torres. Como a operação atual está sendo em conjunto entre as duas empresas, o diretor-executivo do Expresso Caxiense, Nelson Antonio Ribeiro, revela que está sendo discutida a possibilidade de retomada da Interpraias até Torres para a alta temporada, quando a demanda se justifica. — Nosso foco é atender bem o passageiro. Havendo demanda, vamos colocar os ônibus. Paramos de operar até Torres porque a demanda era insignificante. O maior movimento é em Curumim, Arroio do Sal e Areias Brancas. Por outro lado existe a operação da linha Caxias—Torres via BR-101, para quem quiser uma opção — explica Ribeiro. Segundo Marcone Brocca Minotto, da gerência de trânsito da prefeitura de Torres, os moradores desses balneários têm a opção de uma linha urbana que cruza a Interpraias entre Paraíso e a cidade de Torres. A linha é operada pela empresa Torrescar, a mesma de transporte urbano.

17/11/13 • REVISTAINTERBUSS


VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. Cruz ideiaselembrancas@gmail.com

VVR 2013 – Viver, Ver e Rever

REVISTAINTERBUSS • 17/11/13

Marisa Vanessa N. Cruz

A VVR – Exposição Viver, Ver e Rever, chegou à sua décima edição no Memorial da América Latina, no bairro da Barra Funda, em São Paulo. Não é à toa que a maior cidade do país merece esse evento com muitos ônibus antigos, patrocinado pela Mercedes-Benz. Impressionei com a quantidade e com a variedade de veículos expostos, assim como a grande variedade de monoblocos Mercedes-Benz, entre eles das empresas Irmãos Teixeira, de Divinópolis-MG, e da Brasil Sul de Londrina-PR cujo ônibus foi comprado e recentemente reformado para colecionismo. Além, é claro, do monobloco O-321 da própria montadora. E o Flecha Azul restaurado da Viação Cometa deu um belo show no evento! Foi importante para quem não foi em uma das 65 viagens (mais um extra) para poder apreciar a nova configuração interna e a pintura original remetendo aos anos 1990, além dos dois simpáticos motoristas que conduziram todas as viagens comemorativas. Havia outros ônibus de carroceria CMA (que também rodaram na Viação Cometa), como o Flecha II de prefixo 4099, que segundo o historiador George André Savy, seu prefixo verdadeiro na Cometa era 5899. E ainda, a volta dos seis veículos antigos da Viação Santa Rita, entre ônibus e caminhão para reboque. Além dos ônibus e caminhões antigos, outros quatro ônibus novos também estavam no evento, como o novo Irizar da Viação Garcia na pintura retrô, dois Millennium BRT superarticulados, um da Metra e outro da Sambaíba, e um Apache Vip III da Viação São José da cidade de Santo André. Fiquei do início da manhã até o pôrdo-sol de sábado, e nesse tempo, aproveitando as pessoas voltarem para casa, eu estava pegando os melhores ângulos para fotografar como no caso os seis veículos da Santa Rita, e passei toda a tarde de domingo até o recolhe dos ônibus restantes. Teve ônibus que ficou somente no sábado, e outros alguns ficaram somente no domingo. A VVR proporciona não somente a exposição de ônibus, caminhões e até alguns automóveis antigos, mas cresce como um dos maiores pontos de encontros de entusiastas do transporte do país. Encontrei e conversei com dezenas de pessoas, vindas da Capital e Grande São Paulo, do interior, do Sul do Brasil, do Rio de Janeiro, de Brasília... é uma festa! É como criar uma força de expressão, como se todos os busólogos do Brasil estivessem reunidos naquele único evento. Em comparação ao evento do ano

passado, a infraestrutura do Memorial foi melhorada, incluindo uma praça de alimentação variada entre lanches e bebidas, além do restaurante já existente no outro lado da avenida. O que realmente faltou ano passado, estava bom este ano, pelo menos para não an-

darmos até o mezanino do Terminal Intermodal Barra Funda para comprar alimentos. Agora eu estou de olho para a Exponi 13, que será uma das próximas exposições de ônibus, que acontecerá neste dia 30, em Joinville-SC.

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REVISTAINTERBUSS SÉRGIO CARVALHO ITU/SP • VB



DEU NA IMPRENSA TranspoOnline

• Do Site da Transpo Online jsalto@portalcopa2014.com.br

A operadora Rota Transportes Rodoviários, da Bahia, comprou 27 novos ônibus Marcopolo, sendo seis urbanos do modelo Viale BRT para o sistema de transporte de Itabuna (em trajetos intermunicipais e farão a conexão com a cidade de Ilhéus), sete unidades do Paradiso 1200, quatro Senior Turismo e dez Viaggio 1050. O Marcopolo Viale BRT pode transportar até 42 passageiros sentados, 39 em pé e conta com três portas, elevador exclusivo para cadeirantes, sistema de ar-condicionado, câmeras de monitoramento interno e acesso à internet sem fio (WiFi). “O investimento da Rota Transportes Rodoviários nos modelos BRT é um exemplo que deve ser replicado pelos importantes benefícios e vantagens que proporciona para os cidadãos, meio ambiente e, sobretudo, para a mobilidade urbana, mesmo em cidades que não possuem ainda

sistemas BRT implantados”, explica Paulo Corso, diretor de Operações Comerciais da Marcopolo. A Rota Transportes opera nas apli-

cações urbana, semiurbano e rodoviário e detém uma frota de 194 ônibus nas atendendo as regiões sul, sudoeste e o extremo sul da Bahia.

TranspoOnline

Metrô vai chegar até Guarulhos • Do Site da Transpo Online

jsalto@portalcopa2014.com.br A cidade de Guarulhos, na Grande

São Paulo, receberá investimentos de ordem de R$ 645 milhões do governo federal para projetos de mobilidade urbana. O montante será aplicado nas seguintes obras: implantação do corredor de ônibus Papa João Paulo I, corredor de ônibus João Jamil Zarif, corredor de ônibus Otávio Braga de Mesquita e corredor de ônibus Paulo Faccini. “Temos um modelo hoje que viabiliza esses grandes projetos de mobilidade urbana. Essa questão está dentro de nossa preocupação com a qualidade de vida das pessoas”, afirmou Dilma Rousseff, presidente da República. O prefeito de Guarulhos, Sebastião Almeida, confirmou que as obras terão início em 2014. Como prioridade, a Prefeitura trabalhará com intervenções como nos casos dos congestionados trevo de Bonsucesso e o corredor Papa João Paulo. “Essa obra vai servir como alternativa para as pessoas que hoje tem apenas a rodovia Presidente Dutra como opção”, disse. “Compreendemos a importância de avançar no alargamento de vias e na

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implantação de corredores em vias importantes paras que as pessoas possam chegar em casa com mais tranquilidade”, completou. Os recursos serão distribuídos em obras como o trecho II da avenida Papa João Paulo I, que demandará R$ 120 milhões em obras por 4,1 km que ligará a avenida JacúPêssego ao Trevo de Bonsucesso. A obra prevê a implantação de três faixas de tráfego por sentido, sendo uma exclusiva para o transporte coletivo, estações de embarque e desembarque com plataforma em nível e com cobrança externa ao veículo, similar a um sistema BRT, além de uma ciclovia. O Corredor João Jamil Zarif receberá recursos de R$ 215 milhões para a construção de 6 km de extensão, entre as avenidas Otávio Braga de Mesquita e Estrada Velha Guarulhos/Nazaré, nos bairros Taboão e São João. As obras contemplam a implantação de três faixas de tráfego em cada sentido, sendo uma exclusiva para ônibus, estações de embarque e desembarque com plataforma em nível e com cobrança externa, além de ciclovia. Mais R$ 100 milhões serão aplica-

dos no Corredor Otávio Braga de Mesquita, por 2,3 km de extensão, que ligará as avenida João Jamil Zarif à Engenheiro Albert Lemier, em Taboão. Serão três faixas de tráfego por sentido, sendo uma exclusiva para ônibus, estações de embarque e desembarque com plataforma em nível e cobrança externa ao veículo, como num BRT, além de ciclovia e transposição em desnível na avenida Monteiro Lobato. Metrô em Guarulhos – Dilma Rousseff também comentou sobre a chegada do metrô na cidade, que facilitará a conexão entra Guarulhos e São Paulo, como as obras de expansão da Linha 2-Verde do Metrô (Linha que passa pela região da Av. Paulista) e a implantação da Linha 13-Jade, da estação Engenheiro Goulart, em São Paulo, até o Aeroporto Internacional de Guarulhos. “A chegada do Metrô a Guarulhos é uma conquista de todos vocês e do prefeito (Sebastião Almeida). É uma parceria do Governo Estadual, do prefeito de Guarulhos e do Governo Federal, numa ação conjunta para resolver problemas fundamentais da população”, afirmou a presidenta.

17/11/13 • REVISTAINTERBUSS

Divulgação

Rota Transportes adquire 27 novos ônibus Marcopolo


RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

TranspoOnline

Brasil está nas obras do Novo Canal do Panamá • Do Site da Transpo Online jsalto@portalcopa2014.com.br

Duas empresas brasileiras fazem parte do projeto do novo Canal do Panamá, que irá duplicar a sua capacidade de transporte, em uma das maiores obras de infraestrutura logística do mundo. Dessa forma, as companhias Paragon e Gapso estão desenvolvendo os possíveis projetos, que simulam como será o novo Canal do Panamá depois de pronto. A rota é um elo direto entre os oceanos Atlântico e Pacífico e, atualmente, recebe 5% do tráfego marítimo mundial. A Paragon é uma empresa de software, que atua com consultoria especializada em tomada de decisão com modelos matemáticos, com forte ênfase em simulação. A Gapso, por sua vez, atua na criação de software de Supply Chain Planning, e seus estudos devem determinar a capacidade do novo canal, orçado em US$ 5,25 bilhões, oferecendo subsídios para determinar a melhor forma de operá-lo, maximizando o uso dos ativos e permitindo o maior o trânsito de navios. Portanto, trata-se de um grande investimento para superar um gargalo logístico para estimular, ainda mais, a economia nacional e até internacional que por lá passa. A rota interoceânica conta com um tráfego diário de 40 navios cargueiros em média e, agora, se prepara para receber os maiores navios porta-contêineres do mundo. As obras para a expansão do canal foram iniciadas em 2007 e sua conclusão está prevista para 2014. Apenas em 2011, as parceiras Paragon e Gapso venceram a licitação internacional da ACP (Administração do Canal do Panamá), no valor de U$1 milhão para o desenvolvimento dos estudos. A obra inclui a construção de um terceiro conjunto de eclusas, com as medidas das comportas 25 a 50% maiores que as atuais, permitindo a passagem dos navios conhecidos como “Post-Panamax” (navios com dimensões e capacidades superiores aos que são capazes de navegar pelo Canal; exigem um calado de 18 metros), e que já são amplamente utilizados no mundo inteiro. Como resultado dos investimentos, as previsões também apontam para a triplicação do potencial de arrecadação do

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Estado. Para se ter uma ideia mais precisa da importância da rota, em 2011, mais de 14.000 embarcações passaram pelo lugar, o que rendeu US$ 1 bilhão ao país. China e Estados Unidos transportaram, juntas, 197 milhões de toneladas de cargas pelo Canal do Panamá naquele ano (sendo 144 milhões dos EUA e 53 milhões dos asiáticos). A expansão do canal também influi em portos brasileiros, como os das regiões Norte e Nordeste, que já estão preparados (Pecém, no Ceará) ou se preparando para receberem os navios “Post-Panamax”. Projeto Paragon + Gapso na construção do novo Canal do Panamá: Atualmente, os profissionais responsáveis pela operação do canal traçam todo o schedule de programação do navio manualmente, com base no canal atual e nas regras existentes. Com a expansão, novas classes de navios, novas eclusas e outros investimentos em infraestrutura estarão disponíveis para uso, o que torna a definição e validação de novas regras de operação um desafio importantíssimo para a viabilização da operação sem riscos. A Paragon e a Gapso desenvolveram conjuntamente a ferramenta que testa

a maneira como o novo sistema operacional irá se comportar e atuar a partir de demandas e regras que auxiliam no cálculo da capacidade do novo canal e das alternativas operacionais que irão resultar nos melhores resultados e maiores ganhos, além dos riscos de operação. A primeira fase do projeto, que simula situações ideais de operação, foi concluída em 19 de agosto de 2012 e a próxima fase irá simular as possíveis restrições e problemas que poderão surgir no cotidiano operacional (como por exemplo, impacto de paradas para manutenção, rebocadores quebrados, etc.). A Paragon é responsável pela análise matemática e simulação operacional, enquanto a Gapso realiza sua otimização (otimizar é gerar estratégia e simular é avaliar a estratégia, ou seja, como esta irá se comportar estatisticamente com base em informações do dia a dia). Um modelo de simulação não é um otimizador, sendo assim, foi preciso recriar a programação de navios e desenvolver um otimizador para combinar os navios em uma ordem que o programador real faria (que considera a existência de inúmeras variáveis operacionais e econômicas e, ainda, regras de navegação).

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MECÂNICA DE PESADOS

A IMPORTANTE DA SUSPENSÃO

Veja o porque é importante a constante manute tanto em caminhões quanto em ônibus, onde es Estabilidade, segurança e conforto são requisitos fundamentais para um motorista de caminhão, que roda milhares de quilômetros por dia carregando as nossas riquezas pelos mais diferentes tipos de estrada, muitas cheias de buracos, lombadas e irregularidades. Por isso, ter um sistema de suspensão eficiente e robusto é tão necessário nesses veículos, para absorver as trepidações, impactos e desgastes dos componentes sofridos devido ao peso da carga transportada. Uma opção indicada para caminhões e muitoutilizada nos ônibus é a suspensão pneumática, na qual molas em formato de balão de ar substituem os feixes de molas encontrados no tipo convencional. Sua função é suportar o peso da carga e absorver a energia gerada pelas irregularidades do solo. Esse impacto é sentido pelos pneus e transmitido para as molas que transforma essa energia de impacto em calor, pela compressão de ar dentro da mola pneumática, ou seja, do bolsão de ar. Então, o ar é liberado, determinando a freqüência de vibração do veículo, que quanto mais baixa, maior o conforto. A suspensão pneumática, ou a ar, como é conhecida, está sendo incorporada aos poucos em caminhões e carretas, como peça de reposição, principalmente, nos veículos que transportam cargas frágeis e pesadas. De acordo com Daniel Nicolini, gerente de Contas – Molas Pneumáticas da Goodyear, a suspensão a ar instalada em um ônibus, por exemplo, permite que a distância entre o chão e o degrau seja constante, independente da variação do número de passageiros, gerando conforto, estabilidade e melhor dirigibilidade. “Esse sistema permite adequar e nivelar a carga transportada, o que reduz as trepidações e protege a mercadoria. O desgaste dos pneus é reduzido, a regulagem dos faróis não é tão afetada pelas irregularidades do solo e os instrumentos eletrônicos são pro-

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tegidos. A suspensão pneumática tem custo de manutenção mais baixo e não requer lubrificação nas articulações”, completa. Por proporcionar uma rodagem mais suave, a suspensão a ar é empregada também em vagões ferroviários e de metrô, diz John Edwin Keith Young, gerente de Vendas da Fipil (unidade da Bridgestone responsável pela fabricação de molas Pneumáticas). “Os mesmos bolsões pneumáticos (ou foles) podem ser usados em automóveis e utilitários, principalmente como auxiliares das molas de aço do eixo traseiro para compensar a inclinação do veículo causada pela

carga do porta-malas ou pelo reboque”, alerta. Os fabricantes explicam que é possível adaptar uma suspensão a ar em caminhões originalmente equipados com molas, para isso é necessária a utilização dos “kits” de suspensão a ar. Além da bolsa de ar, outros componentes constituem a suspensão pneumática, sejam mecânicos e os pneumáticos. Os itens mecânicos são suporte dianteiro, viga principal, barras tensoras, mola parabólica, bolsão, amortecedor, suporte inferior dos bolsões e peças pequenas como grampos, suportes e grampo de eixo, que pode perder o aperto e

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MANUTENÇÃO O A AR

enção da suspensão a ar e como ela é feita ssa manutenção é mais comum

causar a quebra da mola. As buchas são trocadas quando apresentam desgaste visual, escoa do compartimento, por isso é muito importante torquear corretamente. O amortecedor especial, com stop hidráulico, absorve o impacto e segura a suspensão para baixo para não rasgar o bolsão. As outras peças fazem parte do pacote pneumático do conjunto, como reservatório de ar exclusivo, válvula de suspensão, válvula de proteção - que impede o retorno do o ar do sistema -, válvula niveladora e mangueiras. Existem os tipos de suspensão a ar

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com mola Z para eixo de tração e com braço rígido para carreta ou até 3º eixo. “Deve-se ficar muito atento para aplicação correta do sistema”, afirma Adelino Adilson de A. M. Correa, engenheiro mecânico da HBZ Sistema de Suspensão a ar. Manutenção fácil e necessária Conforme as explicações dos fabricantes, a manutenção do sistema de suspensão pneumática é rápida e simples, mas precisa ser feita regularmente, para garantir a eficácia do conjunto e a durabilidade dos componentes. O procedimento inicia com a

inspeção visual, sem que a bolsa esteja inflada. “Veja se não há contato entre a bolsa e outros componentes do sistema para evitar fricção. As válvulas niveladoras devem ser limpas e os parafusos reapertados com o torque indicado. Verifique os amortecedores em relação a vazamentos e o estado dos conectores e das tubulações. A limpeza da bolsa deve ser realizada com sabão neutro e água, evitando o uso de solventes, abrasivos e vapor pressurizado”, esclarece Nicolini. Além disso, de acordo com Young, é necessário revisar o diâmetro externo da bolsa em relação a rachaduras e desgastes irregulares, e verificar se há espaço suficiente ao redor da mola quando estiver inflada. Veja ainda se a suspensão está trabalhando na altura correta, estipulada pelo fabricante do veículo geralmente dentro de uma margem de ¼ de polegada. As válvulas niveladoras devem ser inspecionadas e limpas, a substituição é feita somente quando necessário. Ainda na hora da manutenção os fabricantes recomendam que o técnico bloqueie a suspensão e verifique se há desgaste irregular ou acúmulo de sujeira na parte flexível (bolsa). Se for necessário efetuar a limpeza utilize Limpe, se necessário, com uma solução que não seja derivada de petróleo. Veja se há acúmulo de sujeira na base inferior. As empresas também afirmam que se as manutenções períodicas forem realizadas dentro do prazo, os usuários usufruem dos benefícios por tempo indeterminado. Eventuais problemas são causados por fatores externos como objetos que perfuram, sujeira, pedrinhas que ficam na parte de cima e deteriora a peça. Os problemas mais comuns, de acordo com o técnico da HBZ, são vazamentos de ar, problemas na altura do veículo – quando o motorista desregulam a válvula e aumenta a altura do trabalho da suspensão, acima do fabricante - , e nos amortecedores que sofrem de super esforço. (Agradecimentos O Mecânico)

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NOSSO TRANSPORTE Adamo Bazani adamobus@gmail.com

Superaquecimento em BRT no Rio deve ser investigado Vários ônibus do BRT Transosete não circularam por problemas no motor devido à temperaturas altas na cidade Um problema que não deveria acontecer em veículos fabricados no Brasil mas que ocasionou transtornos aos passageiros do sistema BRT Transoeste na manhã desta terça-feira, dia 12 de novembro. Superaquecimento nos motores retirou de circulação diversos ônibus do sistema, que atende diariamente 125 mil passageiros. A falha deve ser apurada pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Alguns passageiros disseram que os ônibus que servem o corredor foram insuficientes e que em alguns momentos foi necessário esperar quase uma hora para conseguir embarcar nos veículos. Segunda e terça-feira foram dias de muito calor no Rio de Janeiro. No início da tarde, termômetros de rua marcaram 41 graus, com sensação térmica de 50 graus centígrados. Mas de acordo com especialistas em

engenharia e transportes, as altas temperaturas não podem ser consideradas os principais motivos para a falha no atendimento aos passageiros. Ao site de notícias do G 1, o professor de Engenharia Mecânica da FEI, Ricardo Bock, disse que na maior parte das vezes este tipo de problema ocorre por causa da manutenção inadequada. “Quando um carro é projetado, ele se leva em conta isso [a necessidade da manutenção]. Então, qualquer coisa que saia fora disso, já é um problema. A cada 10 mil quilômetros, deve-se fazer a manutenção. Isso vale para qualquer veículo. Após rodar essa quilometragem, é preciso ter atenção para evitar o superaquecimento”, explicou o professor. Ainda de acordo com o professor, baixa velocidade pode ocasionar o problema “Significa pouca troca de calor. O radiador troca calor com a atmosfera e se a

velocidade for baixa, ele troca pouco. É preciso manter o nível de água no mínimo pelo menos. Aditivo ajuda. O etilenoglicol impede que o radiador superaqueça. Ele é um anticongelante e pode ajudar porque ele muda o ponto máximo de ebulição da água. Ele pode ser adquirido em postos de gasolina, mas o ideal é nas concessionárias, indicam para motor especifico” A concessionária BRT TransOeste, que reúne as empresas Auto Viação Jabour e Expresso Pegaso, disse que vai reforçar a manutenção preventiva. Técnicos da fabricante dos motores e chassis, Mercedes Benz, estiveram nas garagens para solucionar o problema. A fabricante também deve analisar o caso. A BRT TransOeste não informou o motivo do superaquecimento e nem quantos ônibus foram afetados.

Linha Verde de Curitiba e Região Metropolitana pode ter ônibus elétrico Prefeitura de Curitiba e Missão Real Sueca assinaram termo de entendimento para troca de experiências em relação à mobilidade sustentável

A Linha Verde, um dos principais projetos de mobilidade urbana da região metropolitana de Curitiba, pode ter um ônibus elétrico em circulação no ano que vem. O corredor após a conclusão deve ligar a Capital paranaense a cidade de Fazenda Rio Grande. Nesta terça-feira, dia 12 de novembro, a Missão Real Sueca de Tecnologia, a prefeitura de Curitiba e instituições de ensino e pesquisa do Paraná assinaram um termo de entendimento para troca de conhecimentos e experiências. O objetivo é garantir soluções de mobilidade urbana com sustentabilidade, ou seja, ampliar ainda mais os ganhos ambientais, sociais e econômicos que o transporte coletivo traz à população. A Linha Verde será o principal projeto que deve receber atenção da cooperação multilateral. Para garantir mobilidade e sustentabilidade, os responsáveis pelo projeto devem fazer uso de tecnologias menos poluentes. O ônibus elétrico deve circular em testes em 2014. Está sendo estudada a possibilidade de um veículo elétrico híbrido, que combina motor a combustão com eletricidade, ou mesmo um elétrico puro, com baterias. Também será aprimorado na Linha Verde o sistema Brazil Green Light, pelo

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ELÉTRICO • Ônibus elétrico híbrido da Volvo na Europa. Cooperação internacional entre Suécia e Curitiba deve trazer avanços na mobilidade urbana e com vistas à ampliação dos ganhos ambientais trazidos pelo transporte público. Linha Verde deve ter ônibus elétrico. Foto: Divulgação Volvo qual, nos cruzamentos, o semáforo dá preferência aos veículos de transporte coletivo. Pelo sistema aprimorado, quando o ônibus estiver a aproximadamente 500 metros do cruzamento, o motorista vai receber um alerta sobre se o semáforo está vermelho ou verde. O sistema calcula então a velocidade ideal para o ônibus chegar ao semáforo quando ele estiver aberto. Diferentemente dos sistemas antigos, esta operação garante a prioridade ao transporte coletivo sem, no entanto, obrigar

sucessivas paradas para os carros de passeio. A cooperação entre Curitiba e a missão sueca deve durar três anos, quando os projetos devem ser aplicados no dia a dia. No encontro, estiveram presentes o rei Carl XVI Gustaf, o prefeito curitibano Gustavo Fruet e representantes de órgãos públicos e instituições de ensino. Não foram faladas em marcas que podem participar do projeto, mas a expectativa é que o ônibus elétrico seja da Volvo, que tem sede na Suécia e planta em Curitiba.

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