Revista InterBuss - Edição 177 - 19/01/2014

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REVISTA

INTERBUSS ANO 4 • Nº 177

19 de Janeiro de 2014

Leia também: CAMPINAS TEM ÔNIBUS E TERMINAL DESTRUÍDOS

ANTT QUER CLANDESTINOS APREENDIDOS POR 72h

Objetivo é dificultar o retorno desses veículos para as ruas, pois atualmente são liberados logo após pagamento de multa


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NESTA EDIÇÃO: 32 PÁGINAS

BEM-VINDOS À REVISTA INTERBUSS

ANTT QUER CLANDESTINOS APREE POR PELO MENOS 72H

Objetivo é dificultar retorno de tais veículos para as ruas

| A Semana em Revista

Após chacina, população se revolta e destrói ônibus e terminal

| As Fotos da Semana

As melhores fotos de ônibus da semana nos sites especializados

Onda de violência aconteceu na cidade de Campinas, na última segunda-feira

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| A Semana em Revista

Expresso São Luiz tem dois ônibus quebrados e viagem atrasa Passageiros tiveram que esperar mais de sete horas para troca de veículo que faria viagem de cerca de 200 quilômetros

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Confira as doze fotos mais interessantes de sites especializados e nas redes sociais. Sua foto pode sair aqui! Publique-a e iremos buscá-la!

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ANO 4 • Nº 177 • DOMINGO, 19 DE JANEIRO DE 2014 • 1ª EDIÇÃO - 23h06 (S)

ENDIDOS

EDITORIAL

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Mais fogo em ônibus

A SEMANA REVISTA

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As notícias da semana no setor de transportes

NOVA CONCESSIONÁRIA

AutoSueco inaugura nova concessionária em SP

VENDA MARCOPOLO

Encarroçadora entrega ônibus para o Gabão

PÔSTER Thiago Sione

Monobloco MBB

DEU NA IMPRENSA

As notícias da imprensa especializada

Página 07 | Deu na Imprensa

Mercedes-Benz investe em nova fábrica na Europa

Nova fábrica da montadora de carros será instalada na Espanha

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| Nosso Transporte

Prejuízos com incêndios de ônibus somaram R$ 31 milhões Prejuízos referem-se apenas aos ônibus destruídos em São Paulo no ano de 2013. Protestos motivam ataques gratuitos

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MECÂNICA DE PESADOS

Os Feixes de Molas

REDE SOCIAL

O seu espaço na Revista InterBuss

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COLUNISTAS José Euvilásio Sales Bezerra Os ônibus a gás em São Paulo

COLUNISTAS Adamo Bazani Suzantur prejudica cadeirantes em Mauá

AS FOTOS DA SEMANA As fotos que foram destaque na semana

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. Cruz Ônibus para o aeroporto de Joinville

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A NOSSA OPINIÃO | Editorial

Mais uma vez as chamas que não fazem justiça para ninguém A cidade de Campinas, no interior de São Paulo, vivenciou cenas de barbárie na semana passada, após uma chacina que deixou doze mortos e dois feridos. O terminal do bairro Vida Nova foi destruído por cerca de quarenta pessoas, além da depredação de oito ônibus e o incêndio de outros três. Na capital paulista diversos ônibus foram queimados em vários pontos da cidade, em represália à ações policiais e em protesto por demandas sociais. Agora, a pergunta: o que os ônibus têm a ver com todos esses acontecimentos? Absolutamente nada. Já comentamos isso neste espaço em diversas outras oportunidades e voltamos a falar a respeito, pois é inadmissível que o transporte público continue sendo usado como bode expiatório para a violência de pessoas que dizem protestar. Quanto mais ônibus queimados, mais a tarifa vai subir, e se não houver o reajuste, mais as prefeituras terão que pagar para que as empresas continuem operando, através do fornecimento de subsídios. Com menos dinheiro em caixa para pagar as empresas operadoras, menos

investimentos são feitos. Independente da idade do veículo, é um patrimônio que é destruído pelo fogo e acaba prejudicando milhares de pessoas que dependem do transporte público para seus deslocamentos. O prejuízo da empresa VB com as manifestações em Campinas foi de cerca de R$ 410 mil, principalmente pelo fato de um dos ônibus queimados ser do ano de 2010, ou seja, relativamente novo e acabou tendo perda total. Em São Paulo, apenas no ano passado os prejuízos com queima de ônibus ultrapassaram os R$ 30 milhões, de acordo com levamentamento realizado. Esse valor acaba sendo reposto pela prefeitura da capital aos empresários, uma vez que as frotas de ônibus são patrimônio do empresário, e não do povo. A população têm que ter a ciência da consequência de seus atos, justamente para aprender a reinvindicar o que lhe é de direito, porém dentro do que lhe cabe. Um grande exemplo é a reclamação que o usuário costuma fazer sobre atrasos e demais desserviços das empresas de

REVISTAINTERBUSS

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda. DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFE Luciano de Angelo Roncolato JORNALISTA RESPONSÁVEL Anderson Rogério Botan (MTB) EQUIPE DE REPORTAGEM Felipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Anderson Rogério Botan, Guilherme Rafael EQUIPE FIXA DE COLUNISTAS Marisa Vanessa Norberto da Cruz, José Euvilásio Sales Bezerra, Adamo Bazani, Luciano de Angelo Roncolato e Fábio Takahashi Tanniguchi REVISÃO Felipe Pereira e Luciano de Angelo Roncolato ARTE E DIAGRAMAÇÃO Luciano de Angelo Roncolato AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃO Agradecemos à Adriano Minervino, Márcio Spósito, Ailton Florêncio e Douglas de Cézare pelas fotos enviadas esta semana para capa, matérias e pôster. SOBRE A REVISTA INTERBUSS A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo. Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países. Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail revista@portalinterbuss. com.br. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autorizada apenas após um pedido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido. PARA ANUNCIAR Envie um e-mail para contato@portalinterbuss.com. br ou ligue para (19) 9483-2186 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos! PARA ASSINAR Por enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibilizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem

ônibus. Quando acontece algum problema nesse sentido, é comum o usuário procurar a prefeitura local ou o orgão responsável pela organização do sistema para registrar a reclamação, ou então liga-se na empresa de ônibus para dizer o que está acontecendo. Convenhamos que nem sempre o contato é feito dentro da melhor educação possível, porém o caminho está correto. Já imaginaram se todos colocassem fogo em ônibus cada vez que ele atrasasse? Não teríamos mais frotas em poucas semanas. Agora, quando os assuntos são totalmente alheios ao transporte público, a população menos informada tenta ‘chamar a atenção’ queimando coletivos, como se isso fosse a resolução definitiva do problema. O povo tem que ter ciência de que queimar um ônibus pode chamar a atenção da imprensa, muito sensacionalista, que vai ficar falando por longos minutos a respeito do assunto, porém o problema que gerou tal ação acaba ficando na mesma, pois a violência continua em alta, as enchentes não acabam e os demais problemas prosseguem os mesmos. Fazer o caminho certo para o registro de uma reclamação ainda é a melhor opção, até porque fazendo o registro de sua demanda na prefeitura local, preferenciamente de forma insistente, o governo tem como saber o que está ocorrendo de verdade. Simplesmente queimando um ônibus, não.

Expediente para revista@portalinterbuss.com.br e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado. CONTATO A Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conversar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para revista@portalinterbuss.com.br ou contato@portalinterbuss.com. br. Procuramos atender a todos o mais rápido possível. A EQUIPE INTERBUSS A equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sempre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe. Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo email contato@portalinterbuss.com.br ou pelo telefone (19) 9483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.


DE 12 A 18 DE JANEIRO DE 2014

A SEMANA REVISTA Destaque

ANTT quer clandestinos presos no mínimo por 72h Revista Época

IRREGULARES • Ônibus clandestinos aguardam embarque e desembarque: apreensão deverá durar pelo menos 72 horas

Atualmente, após apreendidos, os veículos são liberados assim que passageiros são colocados em outros ônibus

regulares poucas horas depois de autuados. Só no ano passado, 1.786 ônibus foram flagrados pela fiscalização fazendo transporte clandestino. A multa por essa infração é de R$ 5,3 mil. A previsão da ANTT é que a nova resolução seja aprovada em 60 dias.

• G1 Economia

Mudanças Atualmente, quando um ônibus clandestino é parado, ele é apreendido e os passageiros são transferidos a um veículo fornecido por uma empresa regular. O custo desse transporte é pago pela empresa dona do ônibus apreendido. O problema é que, assim que comprova o pagamento dessa despesa, a empresa infratora tem o veículo pirata liberado – e pode retomar as viagens irregulares. Pela nova proposta, essa liberação só vai ocorrer após um período mínimo de 72 horas, mesmo

ntato@j.com.br

Ônibus clandestinos flagrados fazendo o transporte interestadual de passageiros serão apreendidos por, no mínimo, 72 horas, prevê uma proposta de resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Com essa medida, a agência espera dificultar a volta desses veículos para as rodovias. Hoje não há prazo mínimo para a permanência nos pátios e, em alguns casos, esses ônibus podem retomar as viagens ir-

REVISTAINTERBUSS • 19/01/14

que a empresa tenha feito o pagamento pelo transporte dos passageiros num prazo inferior. Outra mudança proposta pela ANTT está no destino dos passageiros retirados dos ônibus clandestinos. Pela regra em vigor atualmente, essas pessoas têm que embarcar em um veículo regular no local da apreensão. Em alguns casos, porém, as empresas legalizadas não dispõem de ônibus extra próximo ao local ou, então, não fazem transporte até o destino desses passageiros. Nessas situações, MAIS CARO • Frescões elas podem ser obrigadas a retirar um veículo tem tarifa maior de uma outra linha regular para prestar esse serviço. Para evitar esse problema, a resolução prevê que os passageiros dos ônibus clandestinos apreendidos possam ser transportados até um ponto de parada ou até um terminal rodoviário, para lá embarcarem em uma viagem agendada.

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A SEMANA REVISTA São Paulo

Quebra-quebra em terminal de Campinas destrói dez ônibus R7

DESTRUIÇÃO • Um dos três ônibus destruídos pelos moradores no Terminal Vida Nova após chacina que deixou cinco mortos no bairro

• G1 Campinas a@terra. com.br

Três ônibus do transporte público de Campinas (SP) foram incendiados e outros sete, depredados no final da manhã desta segunda-feira (13) nas imediações do Terminal do bairro Vida Nova, onde foram registrados cinco dos 12 assassinatos em série ocorridos na madrugada. Uma das hipóteses investigadas pela Polícia Civil para as mortes, que incluem duas chacinas, é a vingança pelo assassinato de um policial militar durante uma tentativa de roubo na cidade. Além dos ônibus, um carro e uma das cabines da entrada do terminal foram destruídos pelo fogo ateado por um grupo de aproximadamente 20 pessoas, segundo testemunhas. As informações são da VB Transportes e Turismo, empresa responsável pelos veículos atingidos. A Guarda Municipal e a Polícia Militar isolaram o terminal, que teve as operações suspensas por tempo indeterminado. Não houve feridos na ação. O caso será registrado no 9º distrito policial. Testemunhas relataram que o terminal foi invadido por volta das 11h50 por um grupo composto por entre 10 e 20 pessoas. Diante dos danos, o serviço no terminal foi interrompido e o espaço, cercado

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por aproximadamente 80 policiais militares deslocados para a ocorrência. Ninguém foi preso até esta publicação. Segundo a polícia, o terminal não possui circuito de câmeras de segurança, o que pode comprometer as investigações. Peritos do Instituto de Criminalística estiveram no local para avaliar os estragos. A Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano (Emdec) afirmou que, após a ocorrência, as linhas que atendem o bairro interromperam a circulação. Elas chegaram a operar em rotas alternativas por um período, mas em seguida, por questões de segurança, elas pararam de atender a população. A Emdec afirmou, por meio da assessoria, que não há previsão para reabertura do terminal. A Associação das Empresas de Transporte Urbano de Campinas (Transurc) divulgou nota lamentando o ocorrido e informou que as sete linhas que suspenderam a operação devem voltar a operar até as 15h30. A Associação que representa as empresas afirmou também que 300 pessoas participaram da ação de vandalismo, entre elas, “muitos com os rostos cobertos, carregando pedaços de pau, pedras e substâncias inflamáveis”.

Ligação com chacina A Polícia Civil informou que não descarta a possibilidade do ato ter ligação com a série de mortes que ocorreu entre a noite deste domingo e a madrugada desta segunda. Durante o período de cinco horas, foram totalizadas 12 mortes em bairros da periferia. Na noite deste domingo também houve confusão no bairro Bom Retiro, em Sumaré (SP), cidade vizinha de Campinas. Dois jovens atearam fogo em um ônibus. Segundo a Polícia Militar, os autores estavam em uma praça no bairro e incendiaram o coletivo, que estava estacionado na Rua Marcos Dutra Pereira. O veículo que estava vazio ficou destruído. Ninguém ficou ferido. Receio dos moradores O instrutor de alunos Fernando da Silva Peixoto percebeu a fumaça por volta das 12h próximo do terminal. Ele escreveu para o VC no G1 e contou que um veículo, que estava estacionado em uma rua ao lado do terminal, ficou queimado. “Estamos muito assustados, porque não sabemos como será a situação até a noite. Minha família está praticamente presa dentro de casa e preocupada com quem saiu para trabalhar”, afirma.

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• Estadão

ra@terra.com.br

Revertendo uma tendência de queda, o número de passageiros que utilizaram os ônibus municipais da capital paulista cresceu em 2013, ano em que a Prefeitura de São Paulo adotou políticas como a criação de faixas exclusivas para coletivos e o Bilhete Único Mensal. Dados da São Paulo Transporte (SPTrans) mostram que 6 milhões de usuários a mais circularam no sistema, atingindo a marca de 2,923 bilhões de pessoas transportadas. Em 2012, a quantidade de passageiros havia sido 24 milhões menor do que em 2011. Aquela foi a primeira vez em uma década que a curva de usuários dos ônibus paulistanos caiu em vez de subir. Agora, no entanto, a situação é a oposta. Nas projeções da Prefeitura, o patamar chegará a 2,937 bilhões de passageiros transportados no fim de 2014, nível próximo ao de três anos atrás. Segundo especialistas, se a velocidade e a qualidade do serviço continuarem aumentando, mais pessoas devem migrar para esse meio de transporte ao longo dos próximos meses. Caso de Rogério Belda, diretor da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP). Ele diz que o único fator que pode explicar o incremento e não estagnação do número de passageiros de ônibus em São Paulo é a política das faixas da gestão Fernando Haddad (PT). “O que crescia eram só os usuários de automóvel, trem e metrô. Não há outra explicação para mais gente nos ônibus que não seja a melhora de circulação nas faixas. É uma boa notícia.” Os efeitos já são notados pelos passageiros. O operador de loja Jobson Tiago Mocelin, de 31 anos, diz que a linha que usa para ir trabalhar na zona norte ficou mais cheia. “Agora, no ponto que pego, na Freguesia do Ó, já não tem mais lugar para ir sentado.” A auxiliar de produção Fábia Figueiredo Freitas, de 32 anos, aprova as faixas. “Minha viagem ficou uns 40 minutos mais rápida. Só acho que precisava passar mais ônibus no ponto.” Especialista em Transportes e professor da Fundação Educacional Inaciana (FEI), Creso de Franco Peixoto atribui a variação positiva à campanha em torno da inauguração das faixas. Para ele, o número deve continuar aumentando, caso a qualidade do

REVISTAINTERBUSS • 19/01/14

CORREDOR • Maior agilidade nos deslocamentos foi um dos fatores positivos serviço aumente. “A oferta dessas faixas num Táxis em corredores processo mais dinâmico agora está passando O Ministério Público Estadual por um momento de avaliação. Temos de ver (MPE) informou nesta quarta-feira, 15, que o se os usuários atingidos pela campanha vão prazo para a retirada dos táxis dos corredores continuar.” de ônibus da capital paulista está mantido Bilhete Único. Por sua vez, o Bil- para 2 de fevereiro e que só haverá prorrogahete Único Mensal, acredita Rogério Belda, ção se a Prefeitura apresentar argumentos também deve atrair mais gente. “Eu estava técnicos comprovando a necessidade de esses em Paris quando fizeram um bilhete como veículos permanecerem nas vias exclusivas. esse. No começo, o interesse foi pequeno, No início da semana, o prefeito Fernando mas depois que as pessoas se habituaram, o Haddad (PT) havia levantado a hipótese de crescimento foi vertiginoso.” pedir mais tempo para tomar a decisão. A ad De acordo com o diretor de Gestão ministração municipal ainda não se manifesEconômico-Financeira da SPTrans, Adauto tou se acatará a recomendação do MPE, que Farias, o afluxo de usuários no sistema pas- entrará com uma ação civil pública se a mesou a subir a partir de outubro, quando a dida for desrespeitada. rede de faixas estava se consolidando - ao O secretário municipal dos Transtodo, a administração municipal implemen- portes, Jilmar Tatto, afirmou que a Prefeitura tou 291 km dessas vias exclusivas ao longo ainda decidirá o que fazer. A portaria que de 2013. autoriza os táxis nos corredores é renovada Golden line. Farias cita como exem- anualmente. A que está em vigor hoje vale até plo de migração de passageiros do Metrô para setembro. os ônibus a linha que usa faixas exclusivas “O estudo que foi feito realmente no eixo da Radial Leste, conectando a região mostra que os táxis atrapalham a velocidde Itaquera ao Parque D. Pedro II, no centro. ade dos ônibus nos corredores. É evidente “Essa linha estava dimensionada para 14 mil que os taxistas estejam reclamando. Mas passageiros por dia e já está chegando aos 40 temos até dia 2 de fevereiro para responder mil.” Ela foi apelidada de ‘golden line’ (linha ao Ministério Público. Estamos refletindo dourada) pela SPTrans por causa da cor dos bastante sobre essa questão, e o debate de ônibus super articulados. O tempo médio de hoje foi importante, porque as pessoas se viagem, segundo Farias, é menor nela (43 posicionaram. Existem várias sugestões minutos) do que na paralela Linha 3 do Metrô que podem ser levadas em consideração”, (53 minutos). disse o secretário.

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Estadão

Transporte em S. Paulo ganhou seis milhões de passageiros


A SEMANA REVISTA RJ

• G1 RJ

@terra.com.br

Dezoito ativistas foram detidos pela Polícia Militar na Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio, durante protesto contra o aumento nas tarifas do transporte público, nesta quinta-feira (16). Os policiais alegaram dano ao patrimônio público para deter o grupo, que ficou sentado na calçada sob a chuva e olhares de curiosos. Um manifestante, que não foi parado pelos policiais e protestava contra a ação policial, afirmava que não houve qualquer ato de vandalismo. Mas, os policiais alegaram que eles chutaram lixeiras e portas de estabelecimentos comerciais enquanto corriam pela avenida. Os 18 detidos foram encaminhados para a 17ª DP (São Cristóvão). Segundo a unidade policial, todos tiveram os antecedentes criminais checados e foram liberados em seguida. Encerrada a manifestação contra o aumento das tarifas do transporte público na Alerj, um grupo de manifestantes retornou à Praça da Candelária, onde ocorreu a concentração, e de lá saiu correndo pela Avenida Presidente Vargas, sendo seguidos por dezenas de policiais militares e guardas municipais. Alguns comerciantes fecharam as portas e muitos pedestres se assustaram com a correria. Protesto Centenas de manifestantes saíram da Candelária, no Centro do Rio, em protesto contra o aumento nas tarifas do transporte público. O grupo fechou a Avenida Rio Branco, em passeata rumo à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Às 19h, muitos ativistas deixaram ao local devido ao temporal que caiu na cidade. Os que continuaram, liderados por um grupo de mascarados, seguiram pela Rua Araújo Porto Alegre em direção ao Palácio Pedro Ernesto, onde fica a Alerj. Forte aparato policial acompanhou todo o trajeto. Nas escadarias da Casa Legislativa, outras dezenas de policiais militares e guardas municipais aguardavam a chegada do manifestantes. O efetivo policial se dividiu em cada canto do espaço para acompanhar a concentração, que teve início por volta das 17h. Às 18h, representantes sindicais, de entidades de representação estudantil e de partidos políti-

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PROTESTO • Aumento surpresa nas tarifas intermunicipais desencadeou o movimento cos discursavam em alto-falante para apre- ção é que os passageiros sejam avisados com sentar os interesses da manifestação e convo- pelo menos 10 dias de antecedência sobre os car maior número de publico. aumentos. A manifestação foi convocada antes do aumento. Reivindicações Tarifas na capital A manifestação foi convocada pelo Em dezembro, o prefeito do Rio EdFórum de Lutas Contra o Aumento da Passa- uardo Paes admitiu que haverá aumento no gem e pela Operação Pare o Aumento. Mais preço das passagens de ônibus em 2014. O que a revogação do aumento das tarifas, os reajuste aplicado em maio de 2013, que elmanifestantes reivindicam plena gratuidade evou a tarifa para R$ 2,95, foi revogado após para os usuários do transporte público no protestos que tomaram conta da cidade. Ele Estado através da reestatização do sistema. ressaltou que o reajuste é contratual e que não Cobram ainda melhorias dos metrôs, trens, poderá ser revogado novamente e não inforônibus e barcas. mou qual será o percentual de reajuste nem quando ele será aplicado. Reajuste nas tarifas Na última segunda-feira (13), um Pressão popular reajuste de 5,7% surpreendeu os usuários dos As manifestações que tomaram as ônibus intermunicipais no Rio de Janeiro. As ruas do Rio no ano passado levaram, além passagens de ônibus que custavam R$ 2,80 da revogação do aumento, à criação na Câpassaram a valer R$ 3,00. O bilhete único mara Municipal da CPI dos Ônibus. Porém, também acompanhou o aumento. O mais a comissão foi suspensa em 16 de setembro barato passou de R$ 4,95 paga R$ 5,25. quando vereadores da oposição entraram O aumento não havia sido divulgado com pedido de interrupção dos trabalhos, arcom antecedência, o que, de acordo com o gumentando que a composição da CPI não Ministério Público, é indevido. A determina- respeitava a proporcionalidade de partidos.

19/01/14 • REVISTAINTERBUSS

G1

Manifestação contra aumento de tarifa tem 18 presos no RJ


Centro-Oeste

ESA é condenada a indenizar passageiro que teve deformidade • R7

terra@terra.com.br

O TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios) condenou a Empresa Santo Antônio a pagar indenização de R$ 13 mil a um passageiro que sofreu fratura e deformidade física por causa um grave acidente de ônibus da viação. Deste valor, R$ 8 mil se referem aos danos estéticos sofridos e R$ 5 mil por danos morais. Segundo a denúncia, a vítima sofreu uma fratura na clavícula esquerda que um desnível em seu ombro, pendendo para o lado esquerdo. O passageiro alegou também que ficou com dores constantes e que sofreu abalo psíquico. O caso aconteceu em março de 2008, quando o veículo se envolveu em grave acidente na BR-070, quando despencou de uma ribanceira. Duas pessoas morreram e vários passageiros ficaram feridos. A empresa Santo Antônio compareceu afirmou à Justiça que o acidente ocorreu por problemas mecânicos, falta de sinalização e más condições de tráfego na rodovia, o que excluiria sua responsabilidade. A juíza responsável pelo caso ne-

SANTO ANTONIO • Passageiro teve deformidade na perna após acidente gou o pedido de danos materiais, pois o au- camentos e negou também o pedido de tor não comprovou qualquer despesa que pagamento de pensão vitalícia, já que o aupossa ter realizado com tratamento médico, tor não teve prejuízo na capacidade de trabfisioterápico ou com a aquisição de medi- alhar.

DF: Moradores do Gama reclamam de frota seminova Planeta e Pioneira • G1 DF

@terra.com.br

Moradores do Gama, no Distrito Federal, estão insatisfeitos com a substituição da frota de ônibus na região. Segundo os passageiros, os veículos são velhos, quebram e não passam no horário. O DFTrans afirmou que a frota em operação no Gama foi totalmente substituída. São 130 ônibus fabricados em 2009 que pertencem às empresas Pioneira e Planeta. Os seminovos começaram a rodar no último domingo (12). Alguns ônibus têm mais de 100 mil quilômetros rodados. Eles substituiram os veículos da Viplan que atendiam a região há mais de 15 anos. Os ônibus reformados estão fora dos padrões exigidos no edital de licitação do novo sistema de transporte público. O DFTrans informou que os veículos zero quilômetro devem entrar no sistema até fevereiro, e que a substituição dos ônibus

REVISTAINTERBUSS • 19/01/14

da Viplan por veículos seminovos é uma medida temporária, até que as obras do Expresso DF sejam concluídas. Segundo o órgão, as duas linhas que atendem aos moradores do Gama serão extintas com a conclusão das obras do Expresso DF. A partir de então, os ônibus circulares “alimentadores” farão o transporte dos passageiros até a estação do novo serviço. A expectativa é que o tempo de viagem para o Plano Piloto diminua de 90 minutos para 40 minutos. Os moradores também reclamam dos constantes atrasos dos novos ônibus que operam na região. De acordo com o DFTrans, a antiga empresa operava com linhas irregulares, por isso havia maior frequência entre um veículo e outro. Os antigos horários, segundo o órgão, não estavam cadastrados no sistema do transporte público. A Viplan começou a atuar no DF há 40 anos e sofreu assunção (nome técnico para intervenção) do GDF no fim do ano passado.

Segundo a Secretaria de Transportes, a medida foi adotada para “impedir o comprometimento ou a ameaça ao regular funcionamento do sistema de transporte público coletivo”. De acordo com a lei, empresas que não paguem verbas rescisórias aos trabalhadores contratados, impossibilitem a rescisão dos contratos de trabalho ou impeçam a contratação dos rodoviários pelas empresas de processo licitatório podem sofrer intervenção ou sanções do governo. Essa foi a principal alegação do GDF para intervir nas empresas do Grupo Canhedo, entre elas a Viplan. Segundo o governo, as companhias estavam retardando a dispensa dos funcionários, impedindo a contração deles pelas vencedoras da licitação do sistema de transporte da capital. Na época da assunção, o empresário Wagner Canhedo Filho, administrador do grupo Viplan, disse ter ficado “surpreso” com a decisão do governo.

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A SEMANA REVISTA Nordeste

Usuários de Salvador reclamam das mudanças no transporte • A Tarde

@terra.com.br Uma semana após a reestruturação de 16 linhas de ônibus que circulam na capital baiana, os usuários do transporte público ainda reclamam da dificuldade para acessar as novas rotas. As mudanças estabelecidas pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Transporte fazem parte do sistema de integração do Bilhete Único, que permite o uso de dois veículos mediante o pagamento de apenas uma passagem. O objetivo é reduzir o tempo de espera nos pontos e as viagens mais longas. No entanto, com a extinção da linha Lapa-CAB, por exemplo, alguns passageiros afirmam ter que aguarda ainda mais pela chegada dos ônibus. É o caso da servidora pública Maria Cristina Cardoso, 51 anos. Ela esperava cerca de 30 minutos por um ônibus na Estação da Lapa. Agora, chega a ficar quase uma hora para fazer o novo roteiro: embarca em um Estação Mussurunga- -Lapa, desce na avenida Paralela e pega o CAB-Circular. “Antes, eu tinha só um problema, que era esperar um ônibus. Hoje, a dificuldade dobrou. Preciso embarcar, desembarcar e ainda esperar por um bom tempo entre um ônibus e

MUDANÇAS • Passageiros não gostaram das mudanças no transporte de Salvador outro. Mesmo utilizando o Bilhete Único, não de comunicação, a prefeitura informou que os vi vantagem alguma com essas mudanças”, principais pontos que estão sendo reestruturaafirma. Os usuários da extinta linha Luís An- dos dispõem de monitores do órgão para orienselmo-Sabino Silva, que, hoje, funciona com a tar os usuários sobre as opções existentes para integração do Luís Anselmo- -Lapa e todas que diminuir o tempo de espera e fazer as viagens saem da Lapa até a Barra, reclamam do mesmo mais rápido. problema. “As linhas estão sendo reestruturadas “A Lapa só dispõe de três linhas que para se tornarem mais inteligentes e eficientes, passam no shopping Barra e elas vêm de longe. de forma a aumentar a frequência dos ônibus Então, demoram para chegar”, diz a vendedora nos pontos, diminuindo o tempo de espera e Virgínia dos Santos Teixeira, 33, que mora em das viagens”, afirma, em nota, o secretário muBrotas e vai à Barra todos os dias. nicipal de Urbanismo e Transporte, José Carlos Orientação - Por meio da assessoria Aleluia.

Norte

Empresas de Porto Velho, de novo, postergam instalação de GPS • RondoNotícias @terra.com.br

Pela quarta vez consecutiva as empresas de ônibus de Porto Velho desrespeitam compromissos e determinações judiciais e não cumprem o item três do Termo de Compromisso firmado em 30 de dezembro de 2010, com a Prefeitura, estabelecendo a obrigação de “Implantar em 100% da frota de transporte até maio de 2011, GPS - sistema de posicionamento global para monitoramento da frota com base de observação na sede da SEMTRAN”. O Termo de Compromisso está sendo executado pelo Ministério Público (MP), através da Ação Civil Ação Civil Pública 000336675.2011.8.22.0001, da 2ª Vara Fazenda Pública, a qual determinou um prazo de quinze dias “para que as empresas de ônibus informe o cumprimento da decisão, sob pena de fixação de multa diária e pessoal a ser

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fixada pelo juízo”. A decisão foi publicada no Diário da Justiça do dia 19 e o prazo começou a contar a partir do dia 23 dezembro de 2013. Entretanto, findo o prazo, as empresas não cumpriram a decisão da Justiça e entraram com embargos de declaração, evidenciando a tentativa de conseguir mais um protelamento. O primeiro prazo administrativo para cumprir a medida venceu em maio de 2011, posteriormente vários outros foram descumprindo. Na fase de execução judicial promovida pelo MP, as empresas descumpriram um compromisso firmado em julho de 2012, no qual elas se comprometeram em juízo instalar o GPS até o final daquele mês. Posteriormente, em 13/12/2012, a 2ª Vara estabeleceu um novo prazo de 90 dias para que fosse implementada a medida; sendo que as empresas também entraram com embargos e numa audiência realizada em 07 de março de 2013, elas apresentaram à Justiça um cronograma para

instalação do GPS, que seria cumprido até setembro de 2013 e não foi. Ou seja, dois compromissos firmados em juízo e uma determinação judicial. Para dificultar o funcionamento do sistema as empresas, que já teriam colocado o GPS em funcionamento, se recusam a colocar a “base de observação na sede da SEMTRAN”, conforme estabelecido no Termo de Compromisso. Essa postura das empresas prejudica a população, pois inviabiliza uma fiscalização efetiva e em tempo real de todos os ônibus, quantidade de veículos circulando, cumprimento de rota e horários. Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), ex-secretário da SEMTRAN, que participa do processo a convite do MP, “o verdadeiro motivo desses sucessivos desrespeitos é justamente impedir o trabalho de fiscalização, pois sem o uso dessa tecnologia é praticamente impossível controlar o sistema de transporte coletivo”.

19/01/14 • REVISTAINTERBUSS


Sul

Prefeitura de Curitiba informa que subsídio da RIT atrasou

• G1 PR

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A Prefeitura de Curitiba informou nesta quinta-feira (16) que suspendeu o repasse de dinheiro às empresas de ônibus que atendem aos moradores da Região Metropolitana. A decisão, segundo a administração municipal, foi tomada porque o governo estadual não fez o repasse de duas parcelas do subsídio usado para garantir o funcionamento da Rede Integrada de Transporte (RIT). Na RIT, os passageiros de algumas cidades da Região Metropolitana podem se deslocar até a capital paranaense pagando o mesmo preço da tarifa de quem mora em Curitiba. Atualmente, o valor da passagem é de R$ 2,70 para todos os usuários, salvo as gratuidades e os estudantes, que têm direito a pagar meia passagem. Ao todo, são 105 linhas atendidas com os ônibus da RIT, nas cidades do entorno de Curitiba, que fazem, diariamente, 6,1 mil viagens. De acordo com a Prefeitura de Curitiba, as parcelas atrasadas são referentes aos meses de dezembro de 2013 e deste mês de janeiro, num valor total de R$ 10 milhões. O dinheiro é repassado diretamente ao Fundo de Urbanização de Curitiba, que administra os recursos e faz os pagamentos às empresas de ônibus. Em nota, a prefeitura informou que

o pagamento às empresas da Região Metropolitana deveria ter sido feito no dia 15 de janeiro, mas não foi efetuado em virtude dos atrasos. A administração também informou que os pagamentos para as empresas que atuam apenas dentro de Curitiba estão em dia. Ainda segundo a prefeitura, a cidade de Curitiba não precisa de subsídio para manter o sistema funcionando na capital, apenas para as cidades do entorno. O governo estadual, em nota, afirmou que não há irregularidades no pagamento do subsídio. Segundo o Executivo, os pagamentos são feitos sempre no dia 20 de cada mês e são relativos aos meses anteriores. Ou seja, no dia 20 de janeiro, a prefeitura deverá receber o repasse referente a dezembro de 2013 e assim por diante. O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) também foi procurado pela reportagem. Também em nota, a entidade afirmou que vê com

indignação a decisão da prefeitura de Curitiba. As empresas se comprometem a manter o serviço funcionando, mas afirmam que não terão dinheiro para quitar o vale-refeição dos funcionários, cujo pagamento deveria ser feito no próximo dia 20. O sindicato também afirma que vai procurar a Justiça para tentar receber o pagamento. “As empresas operadoras não podem ser responsabilizadas por conflitos entre o governo estadual e o município de Curitiba, pois não fazem parte do convenio celebrado entre estes dois poderes. (...) A atitude da prefeitura de Curitiba, não está correta. O subsídio representa apenas 6% da receita da RIT, sendo abusiva a conduta de suspender a totalidade dos pagamentos aos empresários metropolitanos, inclusive, dos valores arrecadados pela Urbs de venda de créditos eletrônicos e vale transporte aos usuários metropolitanos”, diz trecho da nota do Setransp. Problema se repete Esta é a segunda vez que a Prefeitura de Curitiba reclama de atrasos no repasse do subsídio dos ônibus. No início de dezembro, a administração municipal veio a público para dizer que os meses de outubro e novembro não haviam sido pagos. Dois dias depois, o governo emitiu uma nota afirmando que faria o repasse.

P. Alegre: Metropolitanos terão biometria • Baguete

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As empresas de transporte público da região metropolitana de Porto Alegre investirão cerca de R$ 60 milhões na implantação de um sistema de reconhecimento facial para combater fraudes no uso de cartões nos ônibus. A novidade será utilizada em 17 dos 32 municípios da região metropolitana e, conforme as empresas, o plano é levar o sistema a 1,7 mil linhas nos próximos cinco meses. A mudança impactará cerca de 11% dos aproximadamente 500 mil usuários diários do transporte público na região. Com a tecnologia, as catracas contarão com câmeras ocultas para registrar os rostos dos usuários que portam cartões de estudante, idosos, deficientes e passe livre estudantil. Ao final do dia, os dados coletados são enviados para um sistema de fiscalização e re-

REVISTAINTERBUSS • 19/01/14

conhecimento facial. Se for comprovada a irregularidade, o usuário infrator receberá uma advertência. Caso o uso irregular persista e seja flagrado novamente, o beneficiário terá o desconto cancelado. Para o diretor-geral da Associação dos Transportadores Intermunicipais Metropolitanos de Passageiros (ATM), Érico Michels, o sistema trará um controle mais eficiente, assim como evitará transtornos maiores do que se deixasse esta fiscalização com os cobradores. Além disso, de acordo com Michels, o novo sistema ajudará na gestão de bilhete único, possibilitando o acompanhamento das linhas em tempo real. Implantado pela empresa mineira Tacom, a plataforma de reconhecimento já é usada em cidades como Belo Horizonte, Salvador e Teresina, e teve resultados satisfatórios,

com um índice de 99% de precisão, conforme aponta a desenvolvedora. A mudança na fiscalização resultará na contratação de mais profissionais para a equipe de monitoramento da ATM. Atualmente, a central da associação conta com trinta pessoas. Para reforçar o sistema com as informações dos usuários, a Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan) firmou um acordo com a CDS, do Distrito Federal, para operar o banco de dados. Segundo informou ao Jornal do Comércio o superintendente da Metroplan, Oscar Escher, o governo do Estado investiu cerca de R$ 5 milhões na reestruturação física da fundação. A Metroplan ainda estuda hospedar este banco de informações do usuário em servidores da Procergs.

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NOVA CONCESSIONÁRIA

AUTO SUECO SÃO PAULO INAUGURA NOVA UNIDADE NO ESTADO, AGORA EM LIMEIRA

• Da AutoSueco São Paulo A Auto Sueco São Paulo, rede exclusiva de caminhões e ônibus da Volvo da Grande São Paulo, Vale do Paraíba, Região de Campinas e Baixada Santista, inaugurou no começo do ano a unidade de Limeira, a oitava do grupo no Estado. “Escolhemos esta localização estrategicamente no nosso plano de expansão. Trata-se de uma referência para muitas empresas dos setores de transporte de carga, e passageiros que utilizam a Rodovia Anhanguera, um dos principais eixos entre a capital e o interior. A localização de Limeira está no centro de um conjunto de outras localizações que pretendemos atender, tais como Piracicaba, Mogi Mirim, Rio Claro e Americana. Queremos estar cada vez mais próximos dos clientes que necessitam dos nossos serviços”, afirma Jorge Guimarães, administrador executivo do Grupo Nors, dono da Auto Sueco São Paulo. A nova concessionária fica no km 137 da Rodovia Anhanguera, no sentido da

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capital, e dispõe de uma área total de mais de 31.600 m², sendo cerca de 3.550 m² de área construída e mais de 18.000 m² de pátio, em condições de atender até 50 veículos por dia. Conta com 20 boxes de trabalho e outros seis exclusivos para troca de óleo. Os boxes contam com equipamentos modernos de diagnósticos que irão agilizar os mais diversos tipos de atendimentos. Além da venda de veículos novos e seminovos, pneus e peças, a unidade estará integrada a uma rede de pós-venda forte e eficiente em serviços de mecânica, mecatrônica, reforma e na negociação de planos de manutenção. Na primeira fase da inauguração serão gerados 25 postos de trabalhos, mas esse número deve dobrar no prazo de 12 a 18 meses. A Auto Sueco São Paulo traz também para Limeira o conceito de atendimento exclusivo, com a Sala dos Motoristas, um espaço onde os caminhoneiros poderão descansar, tomar banho, comer, acessar a internet e ainda acompanhar o serviço no caminhão com conforto. As instalações projetadas reforçam

ainda a preocupação da Auto Sueco São Paulo em relação ao meio ambiente. “Teremos tratamento controlado de óleos e outros resíduos contaminantes, sistema de armazenamento e reutilização de água das chuvas e gestão integrada de energia, com iluminação externa feita por LED e a utilização do aquecimento solar na água para lavagem de caminhões e peças”, acrescenta o diretor-executivo da Auto Sueco São Paulo, Fernando Ferreira. Sobre a Auto Sueco São Paulo A Auto Sueco São Paulo é empresa do Grupo português NORS, grupo este que atua no Brasil desde 2007 e mantém operações em mais 14 países, na América do Norte, América Central, Europa, Ásia e África. A Auto Sueco São Paulo, com oito unidades e um posto de atendimento, é referência no pós-venda qualificado e detém exclusividade de comercialização e serviços de caminhões e ônibus Volvo da Grande São Paulo, Vale do Paraíba, Região de Campinas e Baixada Santista.

19/01/14 • REVISTAINTERBUSS


VENDA MARCOPOLO

MARCOPOLO FAZ SUA PRIMEIRA VENDA DE ÔNIBUS PARA O GABÃO

• Da Marcopolo A Marcopolo Rio realizou, em sua unidade no Rio de Janeiro, a entrega oficial dos primeiros 59 ônibus Torino para a Sogatra - Société Gabonaise de Transport -, uma das principais empresas de transporte de passageiros do Gabão. Essa é a primeira venda da fabricante brasileira para o país africano, cujas 90 unidades restantes serão entregues ao longo do ano. Segundo Paulo Corso, diretor de operações comerciais da Marcopolo, a empresa tem forte presença no continente afri-

REVISTAINTERBUSS • 19/01/14

cano, mas ainda não havia fornecido ônibus para o Gabão. “A África apresenta potencial de crescimento muito grande para a utilização do ônibus e o Gabão é um importante e estratégico mercado para a ampliação contínua da nossa atuação no continente”, comenta o executivo. Todos os 149 ônibus Torino adquiridos pela Sogatra serão produzidos na unidade da Marcopolo Rio. As primeiras 59 unidades serão embarcadas no porto do Rio de Janeiro, até o final deste mês. Os 90 veículos restantes serão exportados também pelo porto carioca.

Ideal para o transporte urbano de passageiros, o Torino é o ônibus de maior sucesso na história da Marcopolo, em razão de suas características de robustez, versatilidade, baixo custo operacional e elevado valor de revenda. As primeiras unidades fornecidas à Sogatra têm chassi MercedesBenz e capacidade de transportar 75 passageiros. A Marcopolo Rio é o centro exclusivo de produção de ônibus urbanos e tem capacidade para produzir mais de 7.500 unidades por ano. A unidade fabril conta com aproximadamente 2,6 mil colaboradores.

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REVISTAINTERBUSS THIAGO SIONE PARAÍBA DO SUL/RJ • EMTRAM



DEU NA IMPRENSA TranspoOnline

• Do Site da Transpo Online

jsalto@portalcopa2014.com.br Para o ano de 2014, a transporta-

dora TNT prevê um incremento de 25% na demanda do setor calçadista. A preparação para atender a esses clientes iniciou com a inauguração de um terminal exclusivo, localizado no Rio de Janeiro, ainda em 2013. O novo espaço se destina às operações do setor na região, além de marcar o reprocesso de cargas para as filiais de Friburgo e Volta Redonda. Dessa forma, a TNT deve proporcionar mais agilidade ao transporte das cargas, reduzir os custos e otimizar a qualidade operacional com equipe treinada exclusivamente para atender o segmento calçadista. Segundo a empresa, o novo terminal de operações cross-docking detém 4.000m² e capacidade diária para 12 mil volumes movimentados e 34 mil volumes armazenados. Para essa operação, 40 caminhões e comerciais leves promovem 640 entregas diárias somente de calçados. “O segmento calçadista é muito importante para a TNT e nos preparamos para atender à demanda e às necessidades específicas do setor”, comenta Cristiano Koga, diretor corporativo da TNT. “Desde maio, quando o espaço foi inaugurado, o índice de performance de op-

erações para este segmento foi superior a 95%, atingindo quase 99% em agosto. Esse resultado está alinhado com a meta da empresa, que tem o compromisso de entregar um índice mínimo de 95% em todas as operações”, destaca Koga. O terminal recebeu fortes investimentos em automação, com o MWW (Mo-

bile Worker Warehouse), um leitor móvel de código de barras desenvolvido pela TNT para agilizar os processos de carregamento e descarregamento, tanto de viagem quanto de coleta e entrega. Como resultado, entrega uma redução no índice de extravios e garante a informação correta e em tempo real, de toda carga transportada.

TranspoOnline

DHL compra 820 Ducato na Itália • Do Site da Transpo Online jsalto@portalcopa2014.com.br

Em um amplo processo de renovação e ampliação da frota na Itália iniciado em 2010, a DHL acertou a compra de 820 unidades do Fiat Ducato 2014, equipados com o motor turbodiesel 2.3 Multijet com potências de 130 e 150 cavalos, além da versão 3.0 com 136 cv movido a gás natural. O objetivo da DHL é que toda a sua frota seja formada por veículos Euro 5, o que a efetivaria como a primeira empresa de transporte com essa característica na Itália. O contrato assinado entre o Fiat Group Automobiles e a DHL Express Itália inclui o fornecimento de serviços de manutenção junto com a empresa Mopar, também do Fiat Group, através do plano “Total Care Mopar Vehicle Protection”.

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Divulgação

TNT quer crescer 1/4 no transporte de calçados

19/01/14 • REVISTAINTERBUSS


RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

TranspoOnline

Artigo: Os desafios logísticos para a Copa do Mundo • Do Site da Transpo Online jsalto@portalcopa2014.com.br

Victor Simas, presidente da Confenar Neste ano o País do futebol será palco, pela segunda vez, de um dos eventos mais importantes do cenário esportivo mundial, a Copa do Mundo de 2014. Similar ao que foi registrado por muitos brasileiros, em 1950, o desafio logístico de diversos setores do Brasil, envolvidos nesse evento, é grande. A ação necessita de um planejamento estratégico eficaz, que atenda a vários segmentos, como infraestrutura, serviços, transporte, entre outros. As iniciativas de melhoria do País parecem fáceis de executar. Mas, são desafiadoras para a nossa atual realidade. Os déficits para receber o segundo maior evento esportivo do mundo no Brasil(atrás apenas das Olimpíadas) são evidentes, pois é preciso modificar e evoluir em diversos pontos. Entre eles está o projeto logístico, um dos mais importantes para que o evento ocorra sem complicações. O desafio de garantir que a Copa seja realizada com eficácia é essencial, especialmente na locomoção de produtos e pessoas, além de possibilitar um ambiente seguro para atletas e espectadores. Diante disso, é preciso que autoridades e es-

pecialistas garantam projetos adequados para os próximos anos, e também para os próximos eventos. Nas mãos dos organizadores existem muitas ações em desenvolvimento, além das arenas, que precisam se adequar aos padrões

da FIFA, aeroportos, rodoviárias, hotéis e transportes, tanto de cargas quanto de passageiros, necessitam de atenção especial em razão do grande fluxo de pessoas e produtos que vão circular no período. No geral, são necessários fortes investimentos em infraestrutura do transporte dentro das cidades e entre as cidades dos jogos, reforçando as linhas e o número de ônibus, metrôs e trens. Além disso, é preciso intensificar a operação nos aeroportos e realizar um serviço eficiente e disponível em vários idiomas. Para o setor de bebidas, mercado de atuação da Confenar, o cenário será promissor durante a Copa. A Confederação prevê para a ocasião uma estratégia de distribuição similar ao período de alta temporada do verão brasileiro. A ação promovida para aumentar a distribuição garante o abastecimento constante dos pontos de venda, com opções variadas de produtos em bares, lanchonetes, restaurantes e supermercados e em outros locais em que haverá exibição dos jogos. Com a efetiva implementação de iniciativas de melhoria na estrutura logística do País, alinhada ao reforço no abastecimento das bebidas aos consumidores, faremos do Brasil um time vencedor dentro e fora dos campos.

TranspoOnline

Mercedes-Benz investe na Espanha • Do Site da Transpo Online jsalto@portalcopa2014.com.br

A fábrica de vans da MercedesBenz, na cidade de Vitória, (região basca) na Espanha, receberá investimentos da ordem de € 190.000.000 para a sua ampliação, modernização e reorganização da unidade. A planta é responsável pela montagem dos modelos Vito e Viano e conta com 3.100 funcionários. O projeto original da unidade fabril é do início da década de 1950, com uma produção anual em torno de 75.000 vans, em uma área produtiva de 370 mil m², instalada em um complexo industrial de 600.000 m². “Com o investimento de cerca de € 190.000.000, estamos fortalecendo nossas instalações em Vitória e nos tornando preparados para o futuro. Ao mesmo tempo, estamos

REVISTAINTERBUSS • 19/01/14

enfatizando a importância da segunda maior planta de vans em nossa rede de produção

global”, destaca Volker Mornhinweg , chefe da Mercedes- Benz Vans.

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DEU NA IMPRENSA TranspoOnline

Duplicação da área do porto de São Sebastião custará R$ 2 bi Divulgação

• Do Site da Transpo Online jsalto@portalcopa2014.com.br

Para dobrar a área portuária do porto de São Sebastião dos atuais 400 mil m2 para 800 mil m2 de operações, a Companhia Docas de São Sebastião investirá R$ 2 bilhões nas fases 1 e 2 do projeto. A Licença Prévia Nº 474/2013, concedida pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), inclui as obras de construção dos berços 2, 3 e 4, que estão presentes nas fases 1 e 2 da ampliação do porto. De acordo com a empresa, cada berço terá 300 m de comprimento por 40 m de largura, profundidade mínima de 16 m e será destinado a navios de última geração com capacidade para até nove mil TEUS, que hoje não atracam em São Sebastião ou no Porto de Santos. Também será implantada uma Base de Apoio Offshore com 117.590 m2 que possibilitará a implantação de até 10 berços para embarcações de menor porte (suplyboat e rebocadores) voltados ao transporte de cargas e tripulações para as plataformas de petróleo. Os investimentos contemplam também a construção de um terminal multicargas em uma área de 252.229 m2 para operação de

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veículos e cargas gerais (que podem vir em contêineres ou não) como peças, carga de projeto, paletes entre outros. Por fim, será construído um portão de acesso mais moderno, interligado a nova chegada do contorno viário sul e com capacidade para estacionamento de caminhões que se destinam ao porto, sem que haja transtorno para o trânsito local. Para Casemiro Tércio Carvalho, presidente da Companhia Docas de São Sebastião, a obtenção da Licença Prévia para as duas primeiras etapas do empreendimento é vital. “Ela contempla as obras mais importantes para atender a demanda prevista de cargas pelos próximos 15 anos. Isso incrementará a movimentação de cargas do porto em 400% por ano”. Entre as contrapartidas exigidas pelo Ibama, destaque para a execução das obras dos contornos de Caraguatatuba (iniciadas em outubro/2013) e São Sebastião prevista para começar em janeiro/2014, bem como a duplicação da Rodovia dos Tamoios, que está com 99% da obra finalizada no trecho do planalto. Os projetos executivos, que contemplam todas as obras de ampliação do porto a

serem executadas em etapas, foram iniciados em outubro de 2012 e devem ser finalizados no primeiro semestre de 2014. A revisão do estudo de demanda de cargas, que serviu de subsídio para a elaboração dos projetos básicos, já foi concluído e foi utilizado para a definição das unidades de negócio e elaboração do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) que orientará a elaboração dos editais de arrendamento. A previsão é que as obras sejam iniciadas em 2014. Os números deste porto – Em 2012, o porto de São Sebastião movimentou 878.317 toneladas de produtos, o que representou um crescimento de 31% em comparação a 669.422 toneladas em 2011. Resultado, este, dos R$ 165 milhões investidos nos últimos dois anos. As melhorias possibilitaram e atraíram novos negócios a São Sebastião que opera com 18 tipos de cargas. Entre as que apresentaram maior crescimento nas importações e exportações estão chapas de aço, (140.461 ton/2012), máquinas e equipamentos (25.311 ton/2012), tubos (62.359 ton/2012), bobinas fio máquina (8.006 ton/2012) e veículos (31.562 unidades/2012).

19/01/14 • REVISTAINTERBUSS


TranspoOnline

DHL será a responsável pela logística do Cirque du Soleil • Do Site da Transpo Online jsalto@portalcopa2014.com.br

A partir deste ano, a DHL passa a ser a empresa oficial responsável pela operação logística do Cirque du Soleil. Entre as atividades, a operadora logística movimentará toda a infraestrutura do maior circo do mundo através da subsidiária DHL Global Trade Fairs & Events, dedicada especialmente ao transporte e logística de grandes eventos e feiras. A DHL também fornecerá apoio logístico para a sede do Cirque du Soleil em Montreal, no Canadá. “O Cirque du Soleil está muito satisfeito em ter a DHL como a nossa parceira oficial de logística global”, garantiu Finn Taylor, vice-presidente Sênior do Cirque du Soleil. “Esta é uma aliança fantástica para nós, por unir duas marcas reconhecidas pelo comprometimento com a excelência em suas respectivas atividades. Como essa operação de turnê mundial engloba mais de 150 destinos em seis continentes, a logística é peça fundamental para o sucesso do Cirque du Soleil”, exaltou.

Entre as atividades, a DHL deverá transportar toda a estrutura dos espetáculos por todo o mundo em operações que podem envolver todos os modais de transportes, dependendo do destino, sendo responsável também pelo desembaraço aduaneiro em cada país. A operadora logística também re-

sponderá pela ações cotidianas, tais como o transporte de pacotes pequenos, gestão de armazéns e distribuição de mercadorias. Para 2014, o Cirque du Soleil projeta receber um público de cerca de 15 milhões de pessoas em todas as 19 localidades em que se apresentará no mundo.

TranspoOnline

Portonave movimentou 13,8% a mais • Do Site da Transpo Online jsalto@portalcopa2014.com.br

Em 2013, a empresa Portonave obteve um aumento de 13,8% na movimentação de contêineres em relação ao ano anterior, mantendo-se na liderança da operação de cargas conteinerizadas com 46% de participação de mercado em Santa Catarina. No período foram movimentados 705.790 TEUs (equivalente a um contêiner de 20 pés), contra 620.026 TEUs registrados em 2012. Com relação ao comércio exterior brasileiro, as exportações brasileiras retraíram em 1% na comparação com 2012 , segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Na contramão do que foi o segmento, a Portonave apresentou alta de 11,4% nas exportações, com destaque para as cargas refrigeradas ou congeladas, que representaram 41% deste total. Entre as cargas reefers, mais de 90% são de carnes congeladas. As importações brasileiras subiram 6,5% em 2013, enquanto que as cargas im-

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portadas movimentadas pelo Terminal subiram 18,5% no período. O plástico, seguido pelos produtos diversos (Made in China) e as cerâmicas lideraram as importações na Portonave. Ao todo, 528 embarcações atracar-

am no Terminal Portuário em 2013, sendo 66 unidades a menos do que em 2012. Entretanto, a redução é atribuída ao aumento no tamanho dos navios, gerando a diminuição no número de escalas, mas o aumento no volume de cargas.

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MECÂNICA DE PESADOS

É FUNDAMENTA DOS FEIXES DE

A manutenção desse item é muito importante e estabilidade do veículo sobretudo em vias com m A função do feixe de molas vai além de proporcionar estabilidade ao caminhão. Também é parte de seu trabalho manter o eixo posicionado corretamente em relação às longarinas do chassi e apesar de ser feito em aço e ter aparência rude, trata-se de um equipamento que requer certos cuidados de manutenção preventiva. As operações básicas são desmontagem para verificar desgastes no olhete (ponto de fixação da mola ao chassi), nas buchas de bronze (para evitar folgas na supensão) e retirar e averiguar o espigão (parafuso central). Além disso, os fabricantes de molas recomendam verificar trincas ou pontos de ferrugem nas lâminas. Antes de montar novamente o feixe, o ideal é passar graxa-grafite em todas as lâminas. Um dos principais causadores de quebras de molas é o grampo sem o aperto adequado, que resulta no rompimento da lâmina em um ponto próximo ao pino de centro. Outro motivo é a utilização de grampo de baixa qualidade, que laceia com o tempo e não permite mais o aperto para juntar o feixe. No caso de haver quebra de uma lâmina do feixe, o ideal é trocar o feixe inteiro, observando que as peças novas devem ser de boa procedência. Quanto às lâminas usadas, o rearqueamento com maçarico, para serem reaproveitadas, é um procedimento que pode ser descartado. A mesma atitude deve ser mantida para possíveis soldas na braçadeira, porque se uma mola quebrar com o caminhão em movimento pode comprometer o eixo. Os buracos na rodovia e o excesso de peso também têm responsabilidade na avaria das molas. Além disso, se o motorista não tiver cuidado ao dirigir, os choques contra valetas, arrancadas e frenagens violentas também podem causar quebras. Bem cuidado, o feixe pode resistir até 250 mil quilômet-

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AL O AJUSTE E MOLAS

em caminhões e ônibus para a garantia de muitos buracos e prejudicadas por asfalto ruim ros. Depois desta quilometragem começam a ocorrer quebras e arriamentos, bastando para isso que haja abuso constante de excesso de peso. Dicas Úteis 01. Retirar, desmontar, limpar e lubrificar o feixe a cada 70 mil quilômetros. 02. Lâminas trincadas ou quebradas devem ser substituídas por originais. 03. Cuidado para não comprar lâminas pintadas ou recondicionadas como nova. 04. Nunca bater sobre a superfície da mola com marreta ou martelo. 05. Nunca testar eletrodos nas molas. Aos soldar em área próxima do feixe protegê-lo com um pano molhado ou lona. 06. O feixe nunca deve ser montado sem uma camada de graxa-grafitada entre as lâminas. 07. O feixe tem seu tempo de vida útil limitado. Em caminhões pode chegar a 250 mil quilômetros. 08. Buchas, grampos e espigões de boa qualidade são vitais para a durabilidade do conjunto. 09. Evite rearquear ou reforçar feixes de molas para transportar cargas além do limite do caminhão. 10. O Conjunto auxiliar, amortecedores e estabilizadores, devem ser conservados com cuidado. Fonte: Revista “O Carreteiro” na Internet

REVISTAINTERBUSS • 19/01/14

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O SEU ESPAÇO NA REVISTA INTERBUSS

REDE SOCIAL Itapemirim (Facebook)

Grupó fechado destinado a publicação de fotos e informações sobre a Busscar. Apesar de ser secreto, basta uma solicitação à moderação para fazer parte desse seleto grupo!

A Foto da Semana AQUI PUBLICAMOS A FOTO MAIS BONITA DA SEMANA, PUBLICADA NAS REDES SOCIAIS. A FOTO COLHIDA PODE SER PUBLICADA EM GRUPOS ABERTOS, EM PERFIS PESSOAIS OU EM PÁGINAS OFICIAIS. LINKS PARA OUTRAS PÁGINAS EXTERNAS NÃO SÃO CONSIDERADAS PARA ESTA SONDAGEM

Deu o Que Falar

OS ASSUNTOS SOBRE TRANSPORTE MAIS COMENTADOS NAS REDES SOCIAIS NA ÚLTIMA SEMANA

1º • Acidentes nas Estradas

Nos últimos dias uma série de acidentes de ônibus nas rodovias do país têm motivado os comentários nas redes sociais. As discussões acerca da qualidade dos veículos, da prudência ou imprudência dos motoristas, mensagens de apoio aos funcionários e familiares, críticas às situações das rodovias brasileiras e outros debates sobre chassis e motores dos veículos envolvidos nos acidentes estão entre os assuntos mais comentados da semana nas redes sociais.

2º • O possível

fim da E.A.O.S.A.

TIAGO DE GRANDE

Mascarello GranVia Volvo B290RLE - Oak Tree Publicada no perfil pessoal do autor

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Outro assunto muito comentado nos últimos dias nas redes sociais seria o fim de uma das empresas mais comentadas pelos colecionadores, sobretudo paulistas, a Empresa Auto Ônibus Santo André, ou simplesmente EAOSA, que estaria para entregar todas as suas linhas para o Grupo Júlio Simões, deixando um rastro de vários anos de operação na região do Grande ABC.

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CIRCULANDO José Euvilásio Sales Bezerra je.sales@revista.portalinterbuss.com.br

Ficção

Um pouco da história do gás natural nos ônibus paulistanos Em 2009 foi lançado um filme nacional chamado “Salve Geral” . Ele foi baseado nos ataques criminosos que ocorreram no estado de São Paulo, entre maio e julho de 2006. E, como ocorreu a exaustão nesses ataques, não poderia faltar uma cena de um ônibus incendiado. O ônibus utilizado no filme era um Mercedes Benz Monobloco O371U, prefixo 11156, fabricado no começo da década de 90. Esse veículo foi comprado na mesma época pela Companhia Municipal de Transportes Coletivos, a CMTC, pertencente à Prefeitura de São Paulo. Mas ele veio com uma novidade: era movido a gás natural, um combustível ecologicamente correto. Na época era uma tecnologia nova e a intenção era implantá-la em todos a frota de ônibus urbano da cidade. Mas justamente por ser novidade, era uma tecnologia ainda muito cara. Por conta disso, somente a prefeitura encampou a idéia. Quatro anos depois, em 1994, as linhas da CMTC foram privatizadas. Uma cooperativa formada por ex-funcionários da CMTC, a CCTC (Cooperativa Comunitária de Transportes Coletivos), ganhou uma das licitações e o direito de operar o lote 66. Nesse lote, estavam incluídas as linhas dos ônibus movidos a gás. Sem frota própria, a CCTC alugou os veículos da CMTC, tanto movidos a gás quando a diesel, para operar as linhas que conquistou. Mais quatro anos se passaram e, em 1998, a CCTC comprou seus primeiros veículos zero km. Alguns deles eram movidos a gás. Além dela, as viações Gatusa e Santa Madalena também investiram em veículos com essa tecnologia.Todos eles tinham chassi Mercedes Benz, alguns OH1621L adaptados para gás, outros OH1623LG, chassi fabricado exclusivamente para motores com este combustível. Outras empresas chegaram a comprar ônibus movidos a gás antes de 1998 mas não foram tão significativas quanto esta, que chegou a quase oitenta veículos ao todo. Nessa época, prometeram mais uma vez tornar o gás natural combustível oficial da frota de ônibus paulistana a médio prazo. Mas ficou só na promessa... Em 2002 a CCTC já estava fechada e praticamente todos os veículos a gás da Gatusa e da Santa Madalena já haviam sido convertidos para operar a diesel. Com o fechamento da CCTC, o 11156 e seus irmãos a gás da antiga CMTC, foram abandonados ao tempo e ao vento em algum pátio da antiga empresa pública. Os outros veículos a gás da CCTC foram convertidos a diesel e vendidos

REVISTAINTERBUSS • 19/01/14

GÁS • Caio Millennium, chassi OH1623LG da Viação Sambaíba: um dos dois últimos ônibus movidos a gás natural. Hoje rodam convertidos a diesel

GÁS 2 • Cena do 11156 sendo incendiado no filme “Salve Geral”: deixou a realidade das ruas para virar ficção no cinema, e Caio Alpha, da Viação Oak Tree, em foto de 2007; era um dos veículos movidos a gás natural que a Viação Santa Madalena adquiriu em 1997

(alguns ainda rodaram em Curitiba). Curiosamente foi nessa época que começou o incentivo a conversão dos carros de passeio para rodar usando o gás natural. Em 2004, ocorreu a licitação que escolheu as atuais operadoras privadas do sistema de transporte paulistano. Daquela época até hoje, somente dois veículos movidos a gás – também Mercedes Benz OH1623LG – foram adquiridos. Ambos são da empresa Sambaíba Transportes Urbanos, que opera a atual área 2 (zona norte). No entanto, ambos também já foram convertidos para rodar a diesel. Além do gás natural, outros investimentos em combustíveis ecologicamente corretos também não tiveram um final feliz em nossa cidade... Os ônibus híbridos não tiveram sequência... Os trólebus tiveram a maior parte de sua rede desativada e os veículos substituídos por outros a diesel. As redes

que ficaram são modernizadas a passos de tartaruga e os novos veículos tem problemas justamente por conta da rede ultrapassada. Os ônibus movidos a álcool não passaram dos 60 veículos. Os flex rodam o tempo todo a diesel. E os a diesel hoje rodam com um porcentual de biodiesel mas ainda está longe de ser um combustível com baixo potenc ial de poluição. Em 2008, a prefeitura de São Paulo começou a leiloar as “sobras” da antiga CMTC. Entre as “sobras”, estava o 11156. Ele foi arrematado e alguém o levou às telas de cinema... Onde ele virou obra de ficção... Assim como todo o dinheiro investido nessas experiências, que sempre param no meio do caminho... P. S.: Trailer do filme “Salve Geral” ( http://cinema.uol.com.br/ultnot/multi/?hashId=trailerdo-filme-salve-geral-04023462DCA10366& amp;mediaId=304714 )

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NOSSO TRANSPORTE Adamo Bazani adamobus@gmail.com

Operações da Suzantur em Mauá prejudicam portadores de deficiências

Ônibus mal conservados e sem equipamentos de acessibilidade fizeram com que passageiros perdessem tratamentos e passassem por constrangimentos. Prefeitura admite problema e diz que trabalhadores ainda estão sendo treinados e ônibus adaptados A colocação da empresa de ônibus Suzantur no município de Mauá, na Grande São Paulo, pela prefeitura tem causado problemas na locomoção das pessoas na cidade, principalmente para quem é portador de necessidades especiais. Quem afirma são os próprios passageiros que dependem das linhas do lote 02 da cidade, onde operava a Leblon Transporte de Passageiros, retirada por uma decisão da prefeitura. A Leblon tenta reverter na justiça o ato do prefeito Donisete Braga e do secretário de mobilidade urbana, Paulo Eugênio Pereira. “Tem sido horrível usar os ônibus da Suzantur. Eles não têm elevadores ou rampas. Quando têm, não funcionam ou estão do lado errado. (alguns ônibus têm porta à esquerda)” – disse Rosilene de Souza Santos, presidente da Aponem- Associação dos Portadores de Necessidades Especiais e Mães, entidade que busca a inclusão de pessoas com deficiência, com sede no Jardim Luzitano, periferia de Mauá. São vários os relatos de pessoas que perderam sessões de fisioterapia e de outros tratamentos de saúde por causa da falta de acessibilidade dos ônibus da Suzantur. “Preciso fazer fisioterapia no centro de Mauá. Os ônibus da Suzantur não possuem elevadores ou qualquer equipamento. Já perdi quatro sessões de fisioterapia que são essenciais para minha saúde” – relatou Vanildo de Lira, que depende de cadeira de rodas, e mora no Jardim Luzitano. Não é somente a falta de ônibus adequados da Suzantur que tem prejudicado os portadores de necessidades especiais em Mauá. Os passageiros reclamam do atendimento dos funcionários da empresa e do despreparo para manusear os poucos equipamentos que podem permitir acessibilidade. Maria da Silva Sobral mora no Jardim Zaíra V e disse que se sente presa em casa e evita usar os ônibus da empresa colocada pelo prefeito de Mauá, Donisete Braga, Suzantur. “Quando a Leblon operava era muito melhor. Os ônibus passavam no horário, todos tinham elevadores e os motoristas eram educados. Os motoristas e cobradores da Suzantur não sabem atender o deficiente” – reclamou. Dolores Silva de Carvalho, que mora na região do Jardim Hélida, também reclama da falta de preparo dos motoristas.

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LEBLON • Empresa que foi retirada de Mauá pela prefeitura, Leblon, tinha ônibus acessíveis segundo os passageiros e fazia treinamentos de motoristas, cobradores e fiscais para o atendimento a pessoas portadoras de deficiências físicas e visuais. Funcionários, em um dos treinamentos, sentiam as dificuldades nos transportes por quem possui mobilidade reduzida. Foto: Adamo Bazani / Diego Vieira. Ela tem como opção usar os ônibus para se livrar do terminal central da cidade da Viação Cidade de Mauá, outra empresa e da falta de condição dos atuais ônibus que do município, mas se queixa da falta de edu- prestam serviços no município. cação dos funcionários. A condição do asfalto e do calça “Quando os ônibus têm elevadores, mento em Mauá é considerado um problema são mal conservados, todos quebrados. Os crônico pelos moradores da cidade. motoristas não param e não nos ajudam. Vi- Em 2012, a empresa Scamatti & ação Cidade de Mauá e Suzantur são com- Seller Infraestrutura recebeu R$ 22 milhões plicadas. A única empresa que atendia mel- para o recapeamento de 60 quilômetros de hor o deficiente que era a Leblon, o prefeito ruas e avenidas em Mauá, mas os problemas tirou” – disse indignada. voltaram inclusive nas vias onde houve in Mauá não é uma cidade acessível e tervenções. está na contramão de todas as políticas de Além da falta de condições dos ôniinclusão. O portador de deficiência não deve bus, principalmente da Suzantur, a populasomente ir de casa para o hospital, mas ter ção se queixa da falta de transporte especial. uma vida normal: trabalhar, estudar, passear A mãe de Cláuber, Iraci Alves de e se divertir. Sousa, diz que o serviço de atendimento es Quem opina e sente as dificuldades pecial contratato pela prefeitura de Mauá é disso na pele é Clauber Henrique de Souza falho. que há cinco anos precisa usar cadeira de ro- “Não tem van adaptada. É perua das. Ele pratica esportes e tenta ter acesso comum e os motoristas não ajudam sequer aos direitos básicos de qualquer cidadão, colocar as pessoas com cadeira de rodas mas confessa que é difícil. (dentro do veículo). Vou entrar em juízo “É uma batalha todo o dia. Além de contra isso” – disse. os ônibus não terem equipamentos, a cidade Os maus serviços do transporte esnão oferece condições para o portador de ne- pecial também fizeram com que o morador cessidade especial. Não é só em Mauá, o de- Josafá Gomes da Silva, perdesse consultas ficiente não é bem atendido de uma maneira na AACD – Associação de Assistência à Crigeral, mas aqui na cidade, o terminal de ôni- ança Deficiente. bus não tem a menor condição para receber “Além de prejudicar o tratamento, quem possui deficiência” – conta Cláuber se faltarmos muito nas consultas, perdemos que faz aulas de judô em Santo André. Ele as vagas que são limitadas e temos tanto tramora no Parque São Vicente, outro bairro de balho para conseguir” – reclama. Mauá, e prefere se deslocar com a cadeira Ele disse que ao ver os ônibus da de rodas nas ruas e calçadas esburacadas de Suzantur nem pensa mais em se deslocar Mauá para o Capuava, também na cidade, pela cidade.

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Incêndios a ônibus em São Paulo causaram prejuízos de R$ 31 milhões em 2013 No ano passado, foram 53 veículos queimados. Além de prejuízo material, passageiros e profissionais ficam com sequelas psicológicas e físicas

Enquanto ainda incêndio a ônibus for considerado revolta ou manifestação social e não crime, como é, talvez o problema esteja longe de solução. Seja um cabeça de facção que ordena os ataques ou mesmo moradores revoltados por alguma coisa, a partir do momento que alguém para um ônibus, ordena a saída de seus ocupantes (isso quando dá tempo de todos fugirem),pega um combustível e inicia o incêndio, deve ser tratado como criminoso. Dados divulgados pela SPUrnbauss, que é o sindicato que representa as empresas de ônibus na Capital Paulista, revelam que somente em 2013, 53 ônibus foram queimados e completamente destruídos. Muitos veículos inclusive com poucos meses de uso. As empresas calculam que os prejuízos foram de R$ 31 milhões aproximadamente. É um crescimento vergonhoso. Em 2009, foram 16 ônibus queimados. Em 2011, subiu para 25 veículos e em 2012 foram 50. O número cresce e a impunidade continua. Poucas pessoas são detidas por estes atos. Qualquer fato é pretexto (e não motivo) para os atos de vandalismo e crime. A polícia mata um bandido, ônibus são queimados. Falta educação, moradia, saúde: ônibus são queimados. E a maior falta de inteligência (a popular burrice): falta transporte – ônibus são queimados. São estes mesmos ônibus queimados que vão fazer falta nas linhas dos bairros onde supostamente a população (bandidos infiltrados) fez os ataques. Ao jornal Bom Dia Brasil, da TV Globo, o presidente do SPUrbanuss, Francis-

FOGO • Um dos 53 ônibus que foram queimados em São Paulo em 2013, de acordo com o balanço da SPUrbanuss. Prejuízos financeiros foram de R$ 31 milhões, além falta de ônibus nas linhas e sequelas físicas e psicológicas em passageiros e profissionais dos transportes. Foto: Uol. co Christovam, disse que queima de ônibus fissionais que antes amavam prestar serviços influencia também no valor das tarifas já que à população pelo volante. Hoje têm medo até de ouvir o barulho do ônibus. aumenta custos dos operadores. O caso mais emblemático até agora “Um veículo que é incendiado, já foi depreciado. Ele vai ser substituído por neste ano foi da menina Ana Clara Santos um veículo novo. Isso significa aumentar o Souza, de 6 anos, que estava com a mãe e a custo de produção do serviço. Isso acaba se irmã de 1 ano e 6 meses num ônibus urbano traduzindo em necessidade de tarifa maior. É no Maranhão e que por causa de briga entre a população que acaba pagando essa conta”. bandidos do sistema penitenciário do estado administrado pela família Sarney morreu Se a conta fosse financeira já seria ruim. Mas há um grande número de pes- queimada. A ONU – Organização das Nações soas que ficam com sequelas físicas e psi- cológicas por causa destas ações criminosas Unidas se manifestou pela situação dos de– algumas permanentes. Gente que não teve tentos do presídio de Pedrinhas. Quanto à tempo de escapar e sofreu queimaduras e pro- família da menina ...

Procon Guarujá multa viação em mais de R$ 250 mil

Ação do órgão foi motivada por reclamações de passageiros. Após notificá-la em dezembro, por problemas como sujeira nos coletivos, atraso e falta de abrigos, a empresa deverá pagar multa no valor R$ 250.986,67 O Procon Guarujá multou a concessionária de transporte público Translitoral – Transportes, Turismo e Participação Ltda, no valor de R$ 250.986,67. A penalidade aplicada na última sexta-feira (10), é referente a reclamações dos munícipes quanto às más condições do serviço prestado. A empresa tem prazo de 15 dias para apresentar recurso. Ainda sobre a notificação de 2013, dentre os principais pontos acrescidos ao documento, o principal é referente ao atraso dos coletivos. Segundo o que foi registrado pelo Procon, a demora hoje dos veículos está

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entre 40 minutos e uma hora. A notificação abrangeu ainda a falta de abrigos nos pontos de parada, além de sinalização adequada e manutenção. Para verificar estes itens, os fiscais do Procon prosseguem com vistorias pela Cidade. O serviço de fiscalização foi baseado também na ordem de serviço 7/2013 – emitida pela Advocacia Geral do Município (AGM) e datada de 20 de novembro passado – que decorre de uma recomendação feita pelo Ministério Público. O Advogado Geral do Município, André Guerato explica que a Prefeitura vem dialogando com a concession-

ária de transporte, no sentido de cobrar melhorias. “Comunicamos o Ministério Público (MP) na sexta-feira (10), acerca das irregularidades constatadas pelo Procon e, a partir daí, notificamos a empresa para adequações melhorias nos serviços”. Finalidade - Na ordem de serviço da AGM, o Procon Guarujá fica designado a realizar verificações e especificações rotineiras nos equipamentos de transporte coletivo municipal, com o intuito de se fazer cumprir o Código de Defesa do Consumidor (CDC), e apurar eventuais falhas e deficiências na prestação do serviço em Guarujá.

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AS FOTOS DA SEMANA Flickr Busologando • www.flickr.com/busologando

GUSTAVO BAYDE Neobus Mega Plus MBB OF-1721 E5 • Pavunense

GUSTAVO BAYDE Neobus Mega Plus MBB OF-1721 E5 • Pavunense

GUSTAVO BAYDE Neobus Mega Plus MBB OF-1721 E5 • Pavunense

GUSTAVO BAYDE Neobus Mega Plus MBB OF-1721 E5 • Pavunense

Flickr Bus In Focus • www.flickr.com/businfocus

WESLEY ARAUJO Caio Apache S21 Volksbus 17 210 OD • STU

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WESLEY ARAUJO Irizar PB Scania K380 • Turística Rio Preto

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SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

OCD Holding • www.ocdholding.com

IURY MELLO Irizar i6 Scania K360 • Potiguar/CVC

RODRIGO GOMES Neobus Mega MBB OH-1621 E5 • ABC

HENRIQUE SIMÕES Neobus Mega Plus Volksbus 15.190 OD • São José

IURY MELLO Irizar i6 Scania K360 • Potiguar/CVC

RODRIGO GOMES Neobus Mega MBB OH-1621 E5 • ABC

HENRIQUE SIMÕES Neobus Mega Plus Volksbus 15.190 OD • São José

DIVULGUE SUA GALERIA E/OU SITE AQUI! Envie o endereço da sua galeria, juntamente com uma ou duas fotos com a descrição do ônibus fotografado e fazemos a divulgação neste espaço, sem custo algum! Mande um e-mail para revista@portalinterbuss.com.br com os dados e aguarde! Toda edição, são 12 fotos!

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VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. Cruz ideiaselembrancas@gmail.com

Joinville: Ônibus para o Aeroporto?

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Marisa Vanessa N. Cruz

Agora vamos ao Sul do Brasil e analisar uma linha de ônibus da cidade de Joinville-SC, que faz o itinerário entre o aeroporto da cidade e o terminal de ônibus mais próximo. Embarquei para Joinville dia 30 de novembro de avião para ir a uma exposição de ônibus, a Exponi 13. Peguei o voo da TAM, JJ 3035, horário 06h49, com desembarque previsto às 8 da manhã. Após o desembarque, às 08h05, conheci as imediações do aeroporto, as dependências, lojas, e por último, a área fora do aeroporto. Dirigi-me a um ponto de ônibus, mas... Encontrei um pequeno aviso, da Transtusa com o horário dos ônibus da linha 0240 (Aeroporto via Emílio Landmann – Terminal Iririú). Observei os horários de sábado do sentido Terminal Iririú, e quando olhei, as partidas de ônibus no aeroporto eram infinitamente menores que ônibus urbanos de aeroportos de outras cidades do país. Segundo a tabela, o ônibus tinha saído às 07h52, e o próximo, às 09h57. Duas horas e cinco minutos de intervalo. Mas, por que isso? Todos os sábados, o aeroporto recebe oito aeronaves. Primeiro o voo da Azul vindo de Foz do Iguaçu desembarca às 07h13, depois o voo onde eu estava, que desembarca às 07h45 (por motivo de nuvens baixas o pouso atrasou em 16 minutos e lá ainda não existe pouso por instrumentos), e depois mais dois voos da Azul vindo de Campinas, com horários estimados em 08h41 e 10h27. O aeroporto faz uma pausa de quase cinco horas sem aterrissagens até ser retomado às 15h11 com um voo da Gol vindo de SP-Congonhas, depois outro voo da TAM vindo de Guarulhos com horário estimado às 17h23, e por último um voo da TAM vindo de Congonhas às 18h30 e o da Azul vindo de Campinas às 19h25. Agora, faça uma comparação com os horários da linha 0240 de sábado e veja a falta de congruência entre os horários de desembarque das aeronaves e o horário dos ônibus que passam por ali. E conferindo a tabela, essa linha é circular e os horários do sentido Terminal são marcados a partir de uma rua cerca de mais de um quilômetro antes do aeroporto, fazendo com que os horários tenham um acréscimo de três minutos em relação à tabela. Sinceramente, essa linha deveria ter mais ônibus e menos intervalos, e uma coisa que achei estranha é que a linha 0230 Emilio Landmann faz quase o mesmo percurso da

AEROPORTO • A tabela horária da linha 0240 e um ônibus que serve a região 0240, só que não passa pelo Aeroporto. E ai- Joinville precisam sim de ônibus com innda, só há um ônibus alternando entre linhas tervalos razoáveis, no máximo 35 minutos, 0230 e 0240, sendo que aos sábados de man- que é a viagem que um ônibus faz do Term. hã há mais viagens na 0230 que na 0240. Em Iririú até o Aeroporto e voltar. Agora esperar outras palavras, a 0240 é um prolongamento duas horas por um ônibus é sacanagem. Se da 0230. eu fosse o proprietário da Transtusa, juntaria Custa unificar essas duas linhas em essas duas linhas em uma só. uma só? Pelo que vi, a volta que o ônibus E segundo o site da Infraero, há percorre no aeroporto perde míseros cinco uma novidade esperada em 2014: a instaminutos de tempo – daria muito bem o ôni- lação do ILS – Instrument Landing Sysbus da linha 0230 passar por ali sem ficar tem - na cabeceira da pista para pousos no prejudicando passageiros por duas horas es- aeroporto, assim, diminuirá muito os cancelperando esse ônibus e também passageiros amentos por mau tempo e assim, diminuirá gastarem cerca de 38 reais de táxi ao cen- os transtornos aos passageiros. E também os tro (como eu mesma fiz). E para o ônibus, pernoites no hotel e os fretamentos das 3 e gastos adicionais como combustível seria meia da madrugada até Curitiba para pegar infinitamente mínima. o primeiro voo de Curitiba para Congonhas, Passageiros que desembarcam em coisa que eu também fui obrigada a fazer.

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