REVISTA
INTERBUSS ANO 4 • Nº 184
9 de Março de 2014
Leia também: TRIBUNAL DIZ QUE HÍBRIDOS DE BRASÍLIA FORAM SUPERFATURADOS
SEST/SENAT DARÁ 50 MIL CNHs A JOVENS
Ideia é formar novos condutores de caminhões e ônibus; Mão-deobra escassa no país motivou ação. Veja como participar do projeto
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NESTA EDIÇÃO: 32 PÁGINAS
BEM-VINDOS À REVISTA INTERBUSS
SEST/SENAT DARÁ 50 MIL CNHs A
Ideia é formar novos condutores para suprir falta de mão-de-obra
| A Semana em Revista
| As Fotos da Semana
Haddad já admite As melhores fotos de ônibus da desistir de semana nos sites especializados corredores após pressão popular Comerciantes da Av. Nossa Senhora do Sabará reclamam de possíveis perdas
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| A Semana em Revista
Nova Friburgo tem nova frota, mas tarifa tem aumento
Novos veículos da FAOL foram apresentados na frente da prefeitura local. Tarifa do transporte sobe hoje
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ANO 4 • Nº 184 • DOMINGO, 9 DE MARÇO DE 2014 • 1ª EDIÇÃO - 11h26 (S)
A JOVENS
EDITORIAL
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A demagogia dos ônibus
A SEMANA REVISTA
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As notícias da semana no setor de transportes
MERCADO DE TRABALHO
SEST/SENAT dará carteiras de habilitação
PÔSTER Márcio Spósito
Caio Apache Vip
DEU NA IMPRENSA
As notícias da imprensa especializada
Página 15
MECÂNICA DE PESADOS
O freio a disco
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| Deu na Imprensa
Maior aeronave do REDE SOCIAL mundo, Airlander O seu espaço na Revista InterBuss é apresentada na Grã-Bretanha FERROVIAS OBSOLETAS Bruce Dickinson é um dos maiores investidores do projeto
Trens do Brasil consomem mais energia
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| Deu na Imprensa
COLUNISTAS Adamo Bazani
Emplacamentos de ônibus cresceram mais de 46% Levantamento mostra caminhões mais buscados no AS FOTOS DA SEMANA As fotos que foram destaque na semana Mercado Livre O modelo F-4000, da Ford, lidera a lista dos caminhões mais buscados no site de compras e vendas
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Excepcionalmente, nesta edição não é publicada a coluna de Marisa Vanessa e a de José Euvilásio, que voltam a ser publicadas na semana que vem. Agradecemos pela compreensão!
A NOSSA OPINIÃO | Editorial
Estadão: A demagogia dos ônibus O principal argumento utilizado pelo governo de Fernando Haddad para justificar a criação de mais de 300 km de faixas exclusivas de ônibus, que estão dificultando o trânsito em várias regiões da cidade - o de que é preciso dar prioridade ao transporte coletivo para que ele possa atrair paulistanos que se deslocam de carro -, só seria aceitável se a qualidade do serviço oferecida tivesse melhorado a ponto de favorecer essa migração. Mas isso tem sido sistematicamente desmentido pelos fatos, sendo o último deles o descaso do atual governo municipal com a observância de uma regra constante do contrato assinado com as empresas concessionárias, segundo a qual não podem circular ônibus com mais de dez anos. Reportagem do Estado, com base em dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, mostra que em janeiro existiam na cidade 938 ônibus naquela situação. Segundo a SPTrans, a empresa que gerencia esse tipo de transporte, o número é menor, de 752 veículos, o que não muda nada. Primeiro, porque a proibição está sendo desrespeitada, não importa que eles sejam 938 ou 752. E, finalmente, porque não se pode alegar que nos dois casos os números são pequenos em relação ao total da frota, de 14,8 mil. A existência de apenas uma dezena já seria intolerável, porque
demonstraria desleixo. Se mesmo os ônibus mais novos já não são grande coisa, é fácil imaginar o desconforto causado aos passageiros pelos velhos, com mais de dez anos. Pessoas com dificuldades de se deslocar - por idade, doença ou uma deficiência qualquer - são particularmente prejudicadas, por falta de piso baixo e degraus de embarque muito altos. Em vez de tolerar a circulação irregular de ônibus nessa situação - a idade média dos ônibus é hoje de 5 anos e 8 meses, a mais elevada desde 2006 -, a Prefeitura deveria estar tomando providências para substituir toda a frota por veículos não apenas novos, mas de melhor qualidade. O modelo de ônibus usado em São Paulo é um desrespeito aos usuários. Ele está mais para vagão de gado do que para transporte público. A falta de cuidado com a divisão interna faz com que os passageiros tenham muita dificuldade de se acomodar, mesmo de pé (sentar é um privilégio de poucos). A falta de transmissão automática, que ajuda a diminuir as frenagens e acelerações bruscas, submete os passageiros a solavancos, que tornam a viagem ainda mais penosa. Mas não é só isso que impede que se leve a sério as insistentes declarações de Haddad e de seu secretário de Transporte, Jilmar Tatto, de que sua prioridade é o transporte coletivo. Os que
REVISTAINTERBUSS
Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda. DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFE Luciano de Angelo Roncolato JORNALISTA RESPONSÁVEL Anderson Rogério Botan (MTB) EQUIPE DE REPORTAGEM Felipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Anderson Rogério Botan, Guilherme Rafael EQUIPE FIXA DE COLUNISTAS Marisa Vanessa Norberto da Cruz, José Euvilásio Sales Bezerra, Adamo Bazani, Luciano de Angelo Roncolato e Fábio Takahashi Tanniguchi REVISÃO Felipe Pereira e Luciano de Angelo Roncolato ARTE E DIAGRAMAÇÃO Luciano de Angelo Roncolato AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃO Agradecemos à Adriano Minervino, Márcio Spósito, Ailton Florêncio e Douglas de Cézare pelas fotos enviadas esta semana para capa, matérias e pôster. SOBRE A REVISTA INTERBUSS A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo. Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor
de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países. Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail revista@portalinterbuss. com.br. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autorizada apenas após um pedido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido. PARA ANUNCIAR Envie um e-mail para contato@portalinterbuss.com. br ou ligue para (19) 9483-2186 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos! PARA ASSINAR Por enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibilizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem
andam de carros e se sentem incomodados com os transtornos causados pela multiplicação das faixas - costuma dizer Tatto -, que passem a usar os ônibus. A reorganização das linhas de ônibus, que os especialistas consideram essencial para melhorar o serviço, vem sendo feita timidamente, sem qualquer planejamento - onde estão os estudos técnicos que deveriam orientar as mudanças? - e, o que é pior, mais de acordo com os interesses das empresas que dos usuários. Não custa relembrar que causa estranheza o fato de as empresas, que nunca morreram de amores por essa reorganização, não terem reagido a elas. Acrescente-se, ainda, que decreto baixado por Haddad, em maio do ano passado, para estabelecer as regras para a licitação do serviço - cujos contratos já vencidos deverão ser rediscutidos e renovados em breve -, permitiu um aumento da lotação dos ônibus, sem que tenham crescido na mesma proporção as dimensões estabelecidas para a maioria dos veículos. Ou seja, um número maior de passageiros terá de se acotovelar em ônibus que, mesmo quando novos, já são desconfortáveis. Somem-se a tudo isso as esperas intermináveis nos pontos, nos horários de pico, e tem-se uma ideia da qualidade do serviço para o qual Haddad quer atrair paulistanos que usam carro. Não há como fugir à conclusão de que a prioridade ao transporte coletivo, nos termos em que a coloca o prefeito, não passa de demagogia. Os interesses dos passageiros de ônibus vêm em último lugar, e olhe lá.
Expediente para revista@portalinterbuss.com.br e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado. CONTATO A Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conversar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para revista@portalinterbuss.com.br ou contato@portalinterbuss.com. br. Procuramos atender a todos o mais rápido possível. A EQUIPE INTERBUSS A equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sempre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe. Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo email contato@portalinterbuss.com.br ou pelo telefone (19) 9483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.
DE 2 A 9 DE MARÇO DE 2014
A SEMANA REVISTA Destaque
Fim dos congestionamentos é ligado ao bom transporte UOL
Com um transporte público de boa qualidade, os congestionamentos nas grandes cidades podem ter grande redução
• Senado
ntato@j.com.br
O fim dos congestionamentos no trânsito das grandes cidades brasileiras só será possível se o país priorizar investimentos em transporte público, na opinião do senador Paulo Paim (PT-RS). Em discurso nesta quarta-feira (5), o parlamentar disse ser consenso entre os especialistas que a redução do uso individual de veículos nas cidades só ocorrerá quando a população puder contar com um transporte coletivo de qualidade. Paim lembrou que 80% da população brasileira vivem em centros urbanos e enfrentam todos os dias várias horas no trânsito. Grande parte, disse, sofre com um transporte público ineficiente e com tarifas altas, mas cada vez mais brasileiros optam por usar seus veículos particulares nesses deslocamentos diários, gerando congestionamentos cada vez maiores. – Jamais vamos convencer o cidadão a deixar seu carro estacionado na garagem quando for ao trabalho, para ir de ônibus ou de metrô, se a opção for viajar espremido, dentro de uma ‘lata de sardinha’, esperando tempo excessivo no embarque. E ainda pagar tarifas caras. Claro que ele vai usar seu carro – disse. O parlamentar acredita que, com um transporte público de qualidade e de baixo custo, haverá uma mudança cultural em favor do uso de ônibus e metrô nos dias de trabalho, ficando os veículos particulares para os deslocamentos das famílias nos fins de semana. Dívidas dos estados Paim também apelou aos colegas pela aprovação de projeto que reduz encargos das dívidas dos estados (PLC 99/2013). Conforme informou, a matéria deve ser votada no próximo dia 12 na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e no dia 27 em Plenário.
REVISTAINTERBUSS • 09/03/14
CONGESTIONAMENTOS • Para Paulo Paim (PT-RS), um transporte público de qualidade pode por fim aos congestionamentos nos grandes centos O projeto, de iniciativa do Execu- o acordo construído até aqui seja suficiente tivo, troca o atual indexador das dívidas, o para a aprovação do texto. Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) pelo Índice Nacional de Aerus Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mais O senador também se disse confijuros anuais de 4%. ante na decisão do Supremo Tribunal Federal O relator, senador Luiz Henrique (STF) em favor de aposentados e pensioni(PMDB-SC), manteve as alterações feitas na stas do Fundo Aerus. A primeira sessão de Câmara dos Deputados, que não contam com julgamento no caso será realizada na próxima o apoio do governo. Paulo Paim espera que quarta-feira (12).
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A SEMANA REVISTA São Paulo
• Estadão
a@terra. com.br
Sob pressão de comerciantes e de vereadores das regiões do Campo Grande e de Santo Amaro, na zona sul, a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) sinalizou nesta quinta-feira, 6, a possibilidade de desistir de um dos corredores de ônibus planejados para São Paulo até o fim de 2016. O secretário Fernando de Mello Franco, de Desenvolvimento Urbano, anunciou, em audiência na Câmara Municipal, que a Avenida Nossa Senhora de Sabará, onde estão previstas desapropriações de 486 imóveis (a maior parte de lojas e pequenos comércios), poderá não receber o corredor que consta do projeto original da Prefeitura para a construção de 150 quilômetros de faixas exclusivas. O texto que autoriza o alargamento de 39 avenidas e 27 ruas da capital paulista deve ser votado com alterações, em primeira discussão, na terça-feira à noite. “Vamos analisar se os corredores previstos para a Cupecê e a Miguel Yunes podem suportar a demanda da região. Dessa forma a Sabará ficaria com a faixa exclusiva já existente”, admitiu Mello Franco. A exclusão seria feita por meio de um projeto substitutivo ou emenda, conforme o líder de governo, vereador Arselino Tatto (PT). Mas o secretário de Desenvolvimento Urbano disse que as desapropriações serão inevitáveis durante a construção dos corredores. Ao todo devem ser removidos 7.000 imóveis. Entre as vias que serão alargadas estão as Avenidas 23 de Maio, Radial Leste e Interlagos. “É um transtorno (desapropriações) que de fato acontecerá”, afirmou Mello Franco. “Hoje também temos de fazer 172 creches e teremos de desapropriar o mesmo número de terrenos. Mas o que temos de dar
PROTESTOS • Comerciantes da Avenida Nossa Senhora do Sabará reclamaram prioridade é ao interesse coletivo de centenas dor. “Temos a possibilidade de a Avenida de famílias que precisam das creches, e não Miguel Yunes já receber um corredor, sem só à demanda de 172 donos”, acrescentou. ser prejudicial ao comércio”, disse. O secretário falou sobre a pos- Resistência. Em outras avenidas sibilidade das mudanças após pressão de onde também haverá desapropriações de comerciantes da Avenida Nossa Senhora centenas de estabelecimentos comerciais de Sabará, que lotaram o plenário do Leg- e residências, como ao longo da Avenida islativo. Vereadores da base como Goulart Belmira Marin e da Estrada do M’Boi Mir(PSD) e Ricardo Nunes e até o líder do PT im, no extremo sul, também já existe reAlfredinho defenderam mudanças no pro- sistência de associações de bairros contra jeto original. “Sou da base do prefeito, mas as mudanças. Nas próximas semanas outros do jeito que está, com as desapropriações da protestos de entidades contrárias aos corSabará, vou votar contra”, disparou Goulart. redores de ônibus devem ser realizados na Nunes também pediu a exclusão do corre- Câmara.
Carnaval: Campinas tem 30 ônibus depredados • G1 SP
a@terra. com.br
Oito ônibus do transporte municipal de Campinas (SP) foram depredados durante a madrugada desta quarta-feira de Cinzas (5), elevando para 30 o número de veículos vandalizados durante o feriado prolongado de carnaval, segundo a Associação das Empresas de Transporte Urbano de Campinas (Transurc). Com os ataques, o
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número de veículos danificados é 400% superior ao registrado nos quatro dias de festa em 2013, quando seis carros foram atacados. O prejuízo é estimado em R$ 80,55 mil, contra R$ 7 mil há um ano. Seis linhas devem ter o funcionamento comprometido nesta quarta devido aos ataques. Elas atendem pelo menos 35 mil pessoas, mas a Transurc já informou que menos ônibus serão colocados em circulação
nas linhas 316 (Parque Cidade), 317 (Jardim São José/São Marcos), 330 (Unicamp/Inclusivo), 331(Terminal Barão/Rodoviária), 332 (Terminal Barão Geraldo/Inclusivo) e 333 (Terminal Barão Geraldo). Os veículos danificados passaram por perícia ainda nesta quarta-feira, de acordo com a Transurc. A previsão é que a frota esteja normalizada na próxima semana, quando serão concluídos reparos ou trocas de peças e acessórios.
09/03/14 • REVISTAINTERBUSS
Sob pressão, Haddad admite desistir de alguns corredores
Pontos instalados na periferia de SP são inferiores, diz usuário R7
• R7
ra@terra.com.br
A periferia de São Paulo está ganhando novos abrigos de ônibus. Só que os equipamentos são mais rústicos e menos equipados do que os instalados pela concessionária Otima na região central. Essas estruturas — até agora foram montadas 154 — não se encaixam em nenhum dos modelos apresentados na licitação de 2012. Os passageiros falam em abrigo “quebra-galho”. A Otima se defende, alegando que o termo de referência do contrato permite “variações”. Entretanto, no site da empresa e no da SPObras (São Paulo Obras), órgão municipal responsável pelo gerenciamento da concessão, nunca foram divulgadas imagens e projetos semelhantes ao que se vê nas avenidas Sapopemba e Rio das Pedras, na zona leste. Já a SPObras alega que foi necessário substituir rapidamente equipamentos em situação precária. Só quatro tipos de cobertura são apresentados ao público que acessa a página da Otima na internet. Todos são mais encorpados e com acabamento melhor. Cada um tem um nome: “caos estruturado” (visto na avenida Sumaré, zona oeste), “brutalista” (na Bandeirantes), “minimalista com ginga” (na Paulista) e “high-tech” (ainda ausente das ruas). O que vem sendo instalado nos bairros mais distantes é o que a concessionária batizou de “brutalista leve”, uma versão enxuta. Na estrada de Itapecerica, no Capão Redondo, a reportagem achou três desses equipamentos. A vendedora Maria de Fátima Santos Inês, de 59 anos, pega ônibus sempre por ali. — Achei muito esculachado, um quebra-galho. Eles vieram e colocaram este porque é periferia, devem ter pensado “aqui ninguém vai reclamar mesmo”. Os pontos da Vila Mariana são mais bonitos. Assistente de manutenção de elevadores, José do Egito, de 50 anos, concorda. — Creio que isso caracteriza discriminação contra a população da periferia. O abrigo, atrás da Estação Capão Redondo do Metrô, tem bancos de concreto e placas de vidro laterais, para proteger da chuva. Uma delas ainda estava no chão, com fita amarela da SPTrans (São Paulo Transporte). Situação pior enfrentava na quintafeira (27)quem esperava o ônibus no novo abrigo da rua Ari da Rocha Miranda, na Jova
REVISTAINTERBUSS • 09/03/14
CENTRO • Pontos na região central de São Paulo são melhor acabados que os periféricos Rural, zona norte. Assim como o de Capão Em nota, a SPObras informou que Redondo, foi instalado no início de janeiro. o “brutalista leve” foi criado para “atender Mas não tem nenhuma proteção de vidro, prontamente a necessidade de substituição como comenta o lavador de carros Luis Fer- de 575 pontos que tiveram de ser removinando Milani, de 53 anos. dos porque estavam em situação precária — Deveria ter. Os pontos lá da Sé e de alguma forma ofereciam risco à setem vidro. Ainda assim, é melhor que o abri- gurança dos usuários”. “Por isso, não há go anterior. As estruturas anteriores, tam- como falar em colocação em regiões peribém de concreto, não tinham assento, como féricas, mas sim em substituições pontuais a atual. por diversas regiões da cidade, para ofer Até o teto dos abrigos periféricos ecer maior segurança aos moradores”, aledifere dos demais. Ele é de material plástico gou, em nota oficial, apesar de todos os totalmente opaco. Em nenhum dos abrigos 154 abrigos desse tipo estarem na perifevisitados pela reportagem havia peças pub- ria. licitárias, como as existentes nas estruturas da Ainda segundo a empresa municiregião central. Nem a empresa da prefeitura pal, a SPTrans e a concessionária Otima nem a Otima divulgaram os custos unitários “vêm atualizando informações referentes à do ponto “brutalista leve”. reorganização de linhas e respectivos itinerários” e, atualmente, “apenas 150 (abriResposta gos) estão em fase final de sinalização”.
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A SEMANA REVISTA Minas Gerais
Marcopolo testa carrocerias do Move para evitar aquecimento Estado de Minas
• Estado de Minas/G1 @terra.com.br
Uma das cinco fornecedoras de carrocerias da frota do BRT/Move, a gaúcha Marcopolo testou um dos 192 ônibus articulados do transporte rápido por ônibus com reforço na circulação de ar do motor traseiro, para evitar possíveis problemas de superaquecimento em modelos Mercedes-Benz – como o que paralisou o Transoeste, primeiro dos três corredores BRT do Rio de Janeiro, em novembro do ano passado. EM BH, a inauguração do sistema está marcada para sábado, com três linhas na Avenida Cristiano Machado. Ainda na fábrica da encarroçadora, em Caxias do Sul (RS), dias antes de ser entregue a um dos quatro consórcios operadores do transporte coletivo de Belo Horizonte, um dos coletivos – modelo Marcopolo Viale BRT chassi Mercedes-Benz O-500 MA – foi flagrado com saídas de ar adicionais na tampa traseira. A solução é diferente da frota de coletivos já entregue, que conta com apenas uma saída de ar na parte superior da peça e iniciará amanhã a operação das linhas 83P (Estação São Gabriel/Centro Paradora), 83P (Estação São Gabriel/Centro Direto) e 82 (Estação São Gabriel/Hospitais) no corredor Cristiano Machado. Falha técnica que levou à paralisação de parte da frota do Transoeste, afetando milhares de usuários em novembro de 2013, o superaquecimento na parte traseira dos ônibus articulados não foi levada em consideração pela BHTrans no projeto do Move. A ocorrência originada por duas diferentes situações de uso, segundo o consórcio BRT-Rio, responsável pela operação, e a Mercedes-Benz, principal fornecedor dos coletivos que apresentaram as panes, teria sido corrigida no Transoeste com a aplicação de uma chapa lateral, além da recomendação de que sejam instalados dois exaustores no cofre traseiro dos coletivos. O sistema auxiliar de ventilação, por outro lado, está fora das especificações da BHTrans, que disse desconhecer a pane e o teste com um dos coletivos da Marcopolo. Apontando o forte calor do Rio – que no dia da pane chegou aos 41°C – como fator, o diretor de Transporte Público da BHTrans, Daniel Marx Couto, disse que nenhum pedido foi feito pelos consórcios operadores do transporte coletivo de BH a respeito. Na avaliação dele, o superaquecimento em ônibus articulados não é um problema para a capital – mesmo
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VIALE BRT • Carroceria da Marcopolo foi testada para evitar superaquecimento CHEGANDO • Primeiros articulados chegam garagens a Mercedes-Benz também sendo o principal de Transporte e Trânsito deàsBelo Horizonte fornecedor do Move. “Não conheço esse reg- (BHTrans) informou, nesta sexta-feira (7), istro (de superaquecimento) no Rio e que um que a transformação do transporte metropoliônibus do Move tenha testado esse dispositivo tano em veículos no BRT, também chamado (saídas de ar reforçadas na traseira), mas uma de Move, irá ocorrer de forma progressiva nos coisa é fato: tudo que vier para melhorar a op- próximos dois meses, prazo para o sistema eseração é positivo. Mas isso não faz parte do tar operando de forma completa. nosso caderno de especificações.” Neste sábado, 18 veículos do Move CONTAMINAÇÃO - A adaptação estarão circulando entre a Estação São Gafeita no Transoeste tem como principal obje- briele o centro da cidade. De acordo com a tivo impedir a contaminação do radiador, que BHTrans, o serviço começa a funcionar às suga resíduos ao motor dos veículos em movi- 5he termina meia noite. “A razão de suspendmento. O constante corte da grama ao longo er o período noturno é pra dar uma janela de do canteiro que margeia o corredor do BRT ca- tempo pra avançar nas obras de maior risco ao rioca agravou o problema, afirmou o assessor usuário”, explica o presidente da empresa, Rado consórcio BRT-Rio, Affonso Nunes. Outra mon Victor César, referindo-se aos trabalhos razão apontada pela Mercedes para o prob- que ainda não foram concluídos na Estação lema é o superaquecimento do compartimento São Gabriel. do motor pelo compressor do ar-condicionado. Às vésperas da inauguração, trabalPara evitar a pane, a Mercedes-Benz recomen- hadores da obra ainda cuidavam da limpeza e da às encarroçadoras e empresas de ônibus que da instalação de painéis. Mesmo assim, o presadquiram os coletivos com dois exaustores nas idente da BHTrans afirma que os locais usados extremidades da traseira. Todos os articulados durante o início desta primeira fase estão pronentregues pela Comil, Marcopolo e Neobus tos. “As partes das extremidades ainda faltam para o Move, contudo, vieram equipados com serem cobertas. As partes onde serão iniciadas um exaustor, instalado no lado direito da car- as operações amanhã já se encontram coberroceria. A Marcopolo declarou que não se tas”, afirma. pronunciaria sobre o assunto. A previsão é que em abril o BRT funcione durante 24 horas, de acordo com o geINÍCIO DO MOVE rente de gestão operacional do sistema, Artur Mesmo com as três linhas do BRT José. Já em maio, a expectativa é que a imcomeçando a circular na Avenida Cristiano plantação esteja completa. A etapa final está Machado, na Região Nordeste da capital neste prevista para maio com o funcionamento de 22 sábado (8), estreando o novo sistema de trans- linhas de todas as estações que vão integrar o porte da cidade, os ônibus convencionais irão Move. A expectativa é de que 700 mil usuários funcionar normalmente na região. A Empresa usem o transporte por dia.
09/03/14 • REVISTAINTERBUSS
Centro-Oeste
Homem de 25 anos furta ônibus em terminal urbano de Trindade • G1 GO
terra@terra.com.br
Um homem de 25 anos com problemas mentais furtou um ônibus do transporte público no Terminal de Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia. Ao deixar o local, ele colidiu de frente contra outro veículo coletivo e ainda atingiu quatro carros e uma motocicleta que estavam estacionados. Ninguém se feriu. Segundo a Polícia Militar, esta é a segunda vez que ele furta um ônibus. De acordo com o sargento da PM Célio Lucindo dos Santos, não havia nenhum passageiro dentro do veículo furtado. O jovem pegou o ônibus porque o motorista saiu e deixou a chave na ignição. “Segundo o coordenador de tráfego, é de praxe que os motoristas não retirem a chave da ignição. É padrão”, explicou o PM. Policiais retiraram o suspeito do local porque, conforme o sargento, populares queriam machucá-lo. “Uma viatura tirou ele daqui e o levou para fazer exame de corpo de delito. Posteriormente, ele será encaminhado para a delegacia”, afirmou. Apesar do acidente, o trânsito e a circulação de ônibus não foram prejudicados.
PERIGO • Ônibus furtado estava com a chave na ignição Reincidente gou a 100 km/h na GO-060, rodovia que O homem seria o mesmo que furtou, liga Goiânia a Trindade. Na época, os miliem julho de 2012, um ônibus no Terminal Pa- tares relataram que para parar o veículo foi dre Pelágio, em Goiânia. Ele cometeu o crime necessário efetuar tiros nas rodas. A polícia após fugir de uma clínica de recuperação. conseguiu deter o jovem na rodovia. Nenhum Para fugir da polícia, o ônibus che- passageiro estava embarcado.
Tribunal aponta superfaturamento na compra de híbridos pela TCB •Terra
@terra.com.br
A empresa estatal TCB (Sociedade de Transportes de Brasília) encomendou 18 ônibus híbridos para a locomoção de turistas com ingressos para a Copa do Mundo até o Estádio Mané Garrincha. O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) apontou para um superfaturamento desta frota e alertou que os veículos só seriam entregues depois de transcorridos quatro dos sete jogos sediados pela capital. Além disso, os 18 veículos- em modelo ecológico à base de biodiesel e motor elétrico - custariam aos cofres do estado R$ 19,7 milhões. Em Curitiba, segundo informações do Tribunal, R$ 26 milhões bastarão para comprar 60 veículos parecidos. As únicas diferenças são o câmbio automático, arcondicionado e sistema de baterias - presentes na versão candanga. Carlos Koch Ribeiro, presidente da TCB, afirmou à Folha de S.Paulo que a empresa
REVISTAINTERBUSS • 09/03/14
utilizará outros ônibus da frota antes da chegada da nova linha, e que o atraso da licitação é justificado, pois a estatal esperou um fabricante nacional habilitar-se ao BNDES, que financia a compra. Este fato não ocorreu, e a Volvo fará o negócio. Mas o contrato ainda não foi assinado e o prazo de entrega é de 120 dias. “Um ônibus híbrido custa de 60% a
100% mais caro que um ônibus normal. Esse preço foi encaminhado ao BNDES e não houve problemas”, afirmou Ribeiro. Os veículos têm espaço para levar 40 pessoas de um lugar ao outro. Após a Copa, Ribeiro disse que o investimento dará bons frutos. Os novos ônibus passarão a fazer parte da frota regular da TCB.
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A SEMANA REVISTA Rio de Janeiro
Faol renova frota, e Nova Friburgo tem tarifa reajustada • G1 Região Serrana @terra.com.br
A partir deste domingo (9), a passagem de ônibus em Nova Friburgo, Região Serrana do Rio, passa de R$ 2,80 para R$ 2,95. O aumento de R$ 0,15 representa 5,2% e, segundo a prefeitura, o reajuste é menor do que a inflação. A Friburgo Auto Ônibus (Faol) chegou a sugerir que o valor da passagem fosse R$ 3,20, mas a prefeitura não autorizou. Com o aumento da tarifa, a Faol se comprometeu a adquirir 30 ônibus novos e instalar câmeras de segurança em toda a frota no prazo máximo de seis meses. Os novos veículos já foram comprados e estão expostos em frente à prefeitura desde sextafeira (7). Os ônibus começarão a circular nos próximos dias, assim que forem emplacados pelo Detran. O investimento da empresa foi de aproximadamente R$ 9 milhões. No ano passado, a empresa também colocou em circulação 50 ônibus novos e outros 25 semi-novos. A média de idade dos ônibus que era de 11,7 anos em 2012 caiu para menos de três anos.
NOVA FROTA • Renovação da frota foi exigência para garantir aumento da tarifa A renovação da frota foi uma das ciações para o equilíbrio econômico-financondições impostas pela prefeitura nas nego- ceiro estabelecido no contrato de concessão.
Norte
Palmas receberá 40 novos ônibus com ar condicionado na terça
• Conexão Tocantins
@terra.com.br Na próxima terça-feira, 11, às 7h30,
serão entregues 40 novos ônibus com ar condicionado que reforçarão o Sistema de Transporte Coletivo da Capital. A solenidade será realizada em frente ao Anexo I da Prefeitura de Palmas, localizado na Avenida JK. A aquisição dos novos veículos foi solicitada pelo prefeito Carlos Amastha ao presidente do Sindicato das Empresas de Transportes Coletivo Urbano de Passageiros do Tocantins (Seturb), José Antônio dos Santos Filho, o Toninho da Miracema, durante reunião do Conselho Municipal de Acessibilidade, Mobilidade e Transporte (CMAMT), realizada em dezembro do ano passado. “Todos sabemos que Palmas é muito quente e por isso mesmo que ônibus com ar condicionado aqui não é luxo, mas uma neces-
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sidade. Esses novos veículos oferecem a nossa população condições mais dignas no uso do transporte coletivo”, afirmou Amastha. Para o secretário de Acessibilidade, Mobilidade e Transporte, Christian Zini, que também preside o CMAMT, os veículos reforço significativo no sistema de transporte público. “Além de melhorar a própria qualidade do
serviço, essa aquisição dos veículos feita pelas empresas visa também o cumprimento da legislação que determina que até o fim deste ano todos os veículos devem oferecer mecanismos para garantir acessibilidade”. Zini ainda ressaltou, “os 40 ônibus irão circular nas linhas com maiores demandas já nesta terça-feira”. (Secom Palmas)
09/03/14 • REVISTAINTERBUSS
Sul
Cálculo mostra que usuário do transporte de Curitiba tem prejuízo
• Bem Paraná
@terra.com.br Os usuários do transporte coletivo de Curitiba e Região Metropolitana arcam com um prejuízo mensal de R$ 10,9 milhões, provocado pela atual tarifa. O cálculo é do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) e leva em consideração os itens incorporados ao cálculo da passagem e que não deveriam integrar a planilha. Relatório de Auditoria elaborado por equipe técnica do órgão de controle defende que a tarifa técnica – que serve de base para a remuneração das empresas – deveria ser R$ 0,43 mais barata. O TCE não se manifestará acerca de previsões que vem sendo feitas sobre o novo valor da tarifa técnica do transporte coletivo enquanto ela não for oficializada. Até as 16 horas desta sexta-feira (7), o órgão não havia recebido qualquer correspondência da Prefeitura ou Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs) relativa à licitação do Lote 4 do Sistema Integrado de Transporte Metropolitano – que atende os municípios do entorno da capital. Por meio da Procuradoria Geral do Estado, o TCE está tomando providências jurídicas visando recorrer da decisão monocrática temporária do desembargador Marques Cury, do Tribunal de Justiça, que cassou a liminar que determinou a redução na tarifa técnica quando do reajuste. O órgão continua defendendo seu poder acautelatório de dano ao erário público. Esta prerrogativa consta da Constituição Federal, que estabelece o controle dos recursos públicos de forma concomitante e posterior. O TCE continua defendendo a decisão
PREJUÍZO • Passageiro acaba arcando com déficit mensal no sistema curitibano liminar, emitida pelo relator, conselheiro Nestor defende mudança do parâmetro de compra Baptista, referendada pelo Pleno, que determina de combustível, que passaria a ser fixado à Prefeitura de Curitiba e à Urbs a redução no pelo preço mínimo da Agência Nacional do valor de R$ 0,43 na tarifa técnica. A mesma de- Petróleo e não mais pelo atual preço médio. cisão determina a não inclusão de nenhum novo Também propõe a retirada total dos custos item na composição da planilha de reajuste a ser com depreciação e remuneração de investiaplicada. E ainda: a retirada da taxa de geren- mentos em edificações apresentados pelas emciamento no valor de 4%, que é cobrada pela presas concessionárias. empresa municipal, do custo dos hibribus e da Quanto ao diesel, preconiza a redução taxa de risco, bem como dos impostos exclusi- percentual do consumo pela readequação para vos (Imposto de Renda sobre Pessoa Jurídica e cada um dos lotes licitados. Isso seria feito de Contribuição sobre o Lucro Líquido). acordo com os percentuais reais apresentados Em sua decisão, o relator, que acolhe por empresa e não pelo parâmetro superior ao os apontamentos do Relatório de Auditoria, praticado pelo edital de licitação.
Novo movimento obstrui saída de ônibus da VTC e Trevo em P. Alegre • Zero Hora @terra.com.br
A Brigada Militar recebeu nesta sexta-feira duas ações do Tribunal de Justiça (TJ) do Estado, que determinam a liberação das garagens da Trevo e VTC, em Porto Alegre, obstruídas desde o começo da manhã por rodoviários que não aceitam os descontos salariais pelos dias parados durante a greve da categoria em janeiro e fevereiro. Os documentos solicitam reforço policial. O comandante do Policiamento da
REVISTAINTERBUSS • 09/03/14
Capital, tenente-coronel João Diniz Godói, se reuniu com dois oficiais de Justiça para definir de que forma a Brigada vai atuar. Ele salienta que o uso da força em uma intervenção nas garagens “depende das circunstâncias”. O advogado Alceu Machado, chefe do Departamento Jurídico da Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) e representante do sindicato patronal, ressalta que não há como voltar atrás na decisão de descontar os salários dos rodoviários: – A liminar emitida pelo Tribunal
Regional do Trabalho (TRT), que declarou o movimento ilegal, não foi cassada, e a consequência da abusividade é debitar os dias parados. Estamos fazendo de uma forma menos grave e descontando dois dias por mês. De acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), mais de 220 ônibus e pelo menos 42 linhas deixam de circular nesta sexta-feira, afetando até 80 mil pessoas. Os rodoviários argumentam que há disparidade nos descontos e não descartam uma nova greve a partir de segunda-feira.
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A SEMANA REVISTA Nordeste
Passagem de ônibus pode ficar mais cara em Aracaju A tarifa do transporte coletivo de Aracaju (SE) pode ficar mais cara. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setransp), já entregou à Prefeitura Municipal um pedido de aumento de mais de 15% no valor da passagem. A tarifa pode chegar a custar R$ 2,71. Preço atual é de R$ 2,35. Entre os principais custos para justificar o acréscimo estão, de acordo com o Setransp, os gastos com funcionários que representam 47,61%, combustível 20,57% e impostos com 7%. O reajuste precisa ser aprovado pela Secretaria Municipal de Defesa Social e Cidadania (Semdec) da capital e em seguida enviado para votação na Câmara dos Vereadores. Mas, a secretaria informou que não tem prazo para concluir a análise. O professor e usuário de transporte público Neifran Diniz, observa que o valor cobrado deveria menor. “Pode ser um preço mais acessível já que o serviço não é prestado da maneira devida”, ressalta. Em junho de 2013, o Movimento Não Pago obteve uma ação popular contestando o valor da passagem. Ele apresentou a existência de fraudes no cálculo da tarifa
G1 SE
• G1 SE ntato@j.com.br
AUMENTO • Novo valor de tarifa pode ser divulgado muito em breve cobrada, entre eles a inclusão de preços su- dos terminais. perfaturados de pneus e combustível, o paga- Segundo laudo técnico, se as fraudes mento de salários a cobradores-fantasma em fossem retiradas o valor da passagem seria de micro-ônibus e também os ‘super-salários’ R$ 1,92. O julgamento da ação popular deve acima de R$ 11 mil ao pessoal da segurança ocorrer nesta segunda-feira (10).
Terminal em Maceió é fechado após ameaça enviada por bandidos • Tribuna Hoje @terra.com.br
Uma ameaça fechou o terminal de ônibus do Vergel na tarde desta quarta-feira de cinzas (5). De acordo com populares, lideranças de favelas próximas ao terminal exigiram o fechamento do local sob forte ameaça. “Hoje pela tarde chegou um rapaz em uma bicicleta e disse que a ordem era pra fechar o terminal daqui do Vergel. Ele deixou um bilhete que, apesar de ter sido mal escrito, dava pra ler que ‘ia tacar fogo em todo mundo’ caso o terminal continuasse aberto hoje e amanhã”, disse um fiscal do terminal que optou por não se identificar à reportagem. O terminal de ônibus do Vergel foi fechado às 15h e depois desse horário se en-
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contrava completamente deserto. A ordem, de acordo com o homem da bicicleta e com o bilhete escrito, é que fique fechado durante toda esta quinta-feira (6). Os ônibus que deveriam ir até o terminal estavam fazendo um retorno na Avenida Monte Castelo com medo de retaliações criminosas. “Lá no terminal é assalto e revólver na cara toda semana”, disse o fiscal. “Isso de mandar fechar já é corriqueiro. Nós não podemos fazer nada, temos que obedecer. Nós trabalhamos à mercê deles”, completou. De acordo com o fiscal, a possível causa do fechamento do terminal é a morte de um homem da favela nessa terça-feira (4). “Acho que eles querem fazer um luto em relação à morte dessa pessoa”, disse. Porém, a Polícia Militar foi ao local e as informações
que as guarnições do 1º Batalhão da Polícia Militar (1º BPM) colheram com populares das favelas foi que o fechamento seria um ato de protesto contra o aumento da passagem de ônibus em Maceió para R$ 2,50. O bilhete, separado em várias folhas de papel, se encontra na Base Comunitária do 1º BPM, na Avenida Monte Castelo, no Vergel. O terminal só será reaberto depois que a Polícia Militar entrar em contato com órgãos de segurança e chegarem a uma decisão. “Vamos entrar em contato com a Secretaria de Defesa Social para, dessa forma, tomarmos alguma providência”, disse um PM . No começo da noite desta quartafeira, a Polícia Militar informou que alguns elementos estavam dando tiros para cima no terminal de ônibus do Vergel.
09/03/14 • REVISTAINTERBUSS
MERCADO DE TRABALHO
PROJETO DARÁ 50 MIL CNHs A JOVENS PARA SUPRIR MERCADO
• Do Sest/Senat
Para suprir o déficit de profissionais no mercado de trabalho do setor de transporte, o presidente do Sest Senat e da CNT, senador Clésio Andrade, autorizou o desenvolvimento do projeto Primeira Habilitação para o Transporte, de âmbito nacional, e que vai fornecer, de maneira gratuita, a primeira habilitação a 50 mil jovens em todo o Brasil. O projeto, que será realizado pelo Sest Senat, prevê o custeio de todos os procedimentos necessários para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) categoria B. Para a seleção dos jovens, o Sest Senat utilizará as suas unidades de atendimento, os sindicatos e as empresas de transporte rodoviário de cargas e de passageiros. “Essa iniciativa do Sest Senat pretende atender uma demanda do mercado de transporte. Nos últimos anos, as empresas estão tendo dificuldades em contratar profissionais, e a nossa ideia é suprir essa carência. Além disso, com a gratuidade da formação e da CNH, também garantimos ao jovem uma profissão, e cumprimos com os nossos objetivos institucionais de desenvolvimento profissional e social”, afirma o presidente do Sest Senat e da CNT, senador Clésio Andrade. Quais são os pré-requisitos para participar? Para participar do projeto, é preciso ter entre 18 e 25 anos, comprovar renda familiar de até três salários mínimos, saber ler e escrever, possuir Carteira de Identidade ou documento equivalente, participar dos cursos de formação inicial oferecidos pelas mais de 100 unidades do Sest Senat e assinar um contrato de adesão, em que assume o compromisso para se engajar no setor de transporte. Como participar? Todos os interessados em participar do programa podem obter informações pelo telefone 0800 728 2891 e realizar a préinscrição pelo formulário na Internet. O projeto prevê também a continuidade da formação desses jovens para atuarem como motoristas profissionais. Para isso, o Sest Senat oferecerá cursos de formação específica tanto para motoristas de ônibus como de caminhão, além de viabilizar a mudança de categoria da CNH (D ou E) dos participantes. O treinamento utilizará simuladores de direção de última geração e estará integrado ao Programa Trainee de Novos Motoristas e ao Programa de Formação de Novos Motoristas. Os beneficiários atendidos pelo projeto que não cumprirem as atividades previstas no contrato de adesão deverão ressarcir o valor, conforme as regras previstas no acordo.
REVISTAINTERBUSS • 09/03/14
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REVISTAINTERBUSS MARCIO SPÓSITO RIBEIRÃO PIRES/SP • RIGRAS
DEU NA IMPRENSA TranspoOnline
Lançado o Airlander, a maior aeronave do mundo Divulgação
• Do Site da Transpo Online jsalto@portalcopa2014.com.br
Se você ainda pensa que o cargueiro Antonov An-225 é a maior aeronave do mundo, você também será surpreendido com o Airlander, apresentado na Grã-Bretanha na semana passada pela empresa Hybrid Air Vehicles (HAV). A aeronave possui 92 metros de extensão, 9m maior em relação ao Antonov e 18m em relação aos aviões de passageiros Airbus A380 e Boeing 747-8. Muito parecido com um enorme dirigível “triplo”, por seu design inédito, além de um balão inflado a gás e cápsula instalados sob o Airlander, a aeronave pode ser aterrissada por controle remoto, sem qualquer pessoa a bordo, em terra ou na água. A aeronave Airlander pode manter sua rota de voo mesmo com vários furos em seu balão. O Airlander custa 60 milhões de libras (cerca de R$ 240 mi). O governo britânico colaborou no desenvolvimento deste projeto com o aporte de 2,5 milhões de libras (R$ 9,75 mi). “Estamos colocando 2 bilhões de libras na pesquisa e desenvolvimento numa nova geração de aviões mais silenciosos, eficientes energeticamente e que têm menor impacto no meio ambiente”, afir-
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mou Vince Cable, secretário de Negócios da Grã-Bretanha. “Isso inclui o apoio a projetos como essa inovadora aeronave de carbono da HAV, uma pequena empresa britânica que tem potencial para liderar essa área no mundo”, completou. Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden, piloto de aviões e empresário do setor aéreo é um dos maiores investidores do projeto do Airlander. “Esse projeto muda as regras do jogo em relação ao que é possível colocar no ar”, assegurou. “Essa ideia sempre existiu. Só estávamos esperando a tecnologia chegar ao ponto necessário para concretizála”, contou. “Seu impacto ambiental é 70% menor do que o de um avião de carga. Não requer uma pista de decolagem e pode ser pilotada por somente duas pessoas. O Airlander pode transportar 50 toneladas de cargas para qualquer destino no planeta”, enfatizou Dickinson. Como estratégia de divulgação da aeronave, Bruce Dickinson diz que o Airlander realizará duas voltas ao mundo sem parar. “Sobrevoaremos a Amazônia e algumas das maiores cidades do mundo a apenas 20 metros de altura e exibiremos tudo pela internet”,
garante. O Airlander possui 550 metros cúbicos de capacidade de carga, sendo ideal para o transporte de equipamentos volumosos. Por exemplo, enquanto um Lockheed Martin C-130 pode transportar dois contêineres 20 pés, a nova aeronave é capaz de carregar seis unidades. Trata-se de um avião o transporte de até 50 toneladas de carga superdimensionada para qualquer área do mundo. O HAV pode pousar na água, no gelo ou no deserto, além das superfícies mais tradicionais e é provável que seja útil para os mercados de mineração, petróleo e gás e missões humanitárias para o transporte de suprimentos ou resgate. Na parte inferior, o Airlander ainda poderia transportar até 50 passageiros. Há alguns anos, o Iron Maiden percorre suas turnês pelo mundo na conhecida aeronave personalizada da banda “Flight 666”, que tem Bruce Dickinson como piloto. Por ter seu foco no transporte aéreo de cargas, o Airlander jamais poderá substituir o Flight 666 nem em um delírio de fã, embora pudesse ser usada para transportar toda a sofisticada e grandiosa estrutura dos shows da banda de heavy metal, que inclui bonecos gigantes do mascote Eddie.
09/03/14 • REVISTAINTERBUSS
RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA
TranspoOnline
Mack Trucks apresenta a sua nova logomarca
• Do Site da Transpo Online jsalto@portalcopa2014.com.br
A montadora estadunidense Mack Trucks apresentou a sua nova logomarca. O Bulldog, tradicional mascote da marca, continua lá, mas reestilizado. A tipologia empregada na palavra “Mack” também mudou e as grades dos caminhões da marca passarão a receber o novo padrão visual. A empresa também apresentou o seu novo slogan: Born Ready (Nascido Pronto, em português). O Bulldog, sobre o nome Mack, está com a cabeça erguida, no intuito de demonstrar confiança na visão de futuro da montadora. O cão também demonstra o vínculo
REVISTAINTERBUSS • 09/03/14
entre o homem e a máquina, o motorista e o seu companheiro em todos os momentos na estrada, o caminhão. Veículo, este, que também é um parceiro de negócios, somando significados ao famoso bulldog. A mudança da logomarca da empresa ocorre no ano de seu 114º aniversário. “Acreditamos que a atualização da nossa marca incorpora o que temos no presente, o que ficou no passado e o que virá no futuro”, disse Stephen Roy, presidente de Vendas e Marketing da Mack Trucks North American. “Estamos orgulhosos com o legado construído durante esses 114 anos de história. Isso nos dá credibilidade para forjar um futuro
muito brilhante para a Mack, aos nossos revendedores e clientes”, concluiu. Mack - Desde 2010, a montadora do Grupo Volvo tem investido US$ 64 milhões dólares na fábrica de Hagerstown, em Maryland (EUA). A planta é responsável pela produção de todos os motores e transmissões Mack. Quase US$ 20 milhões já foram investidos, no mesmo período, na fábrica de Macungie, local de montagem da linha de caminhões Mack. Em 2012, US$ 10 milhões foram dedicados à expansão do centro técnico em Greensboro, na Carolina do Norte, local em que a montadora realiza estudos de design, desenvolvimento e testes de produtos.
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DEU NA IMPRENSA TranspoOnline
Artigo: O prometido legado que a Copa não deixará • Por Gustavo Queiroz, editor da Transpo Online
Não é por R$0,20 e também não é pela Copa do Mundo Fifa. É por aceitar ser capacho da Fifa e atender as mais absurdas extravagâncias, mudando até mesmo a legislação local. Ah, mas o legado... Oh, os reflexos no Produto Interno Bruto (PIB)... “E piriri e pororó...” Como já podemos notar, de forma evidente e cristalina, o efeito do Mundial ainda é e permanecerá sendo bem menor do que o esperado e prometido. Um dos motivos se refere aos investimentos em infraestrutura e mobilidade, que devem ficar aquém do prometido. Por exemplo, em março de 2010, o Ministério do Esporte projetava que R$ 33 bilhões seriam injetados na infraestrutura das cidades-sedes. Mas o significativo atraso em parte das obras e outras, que sequer vão sair do papel, colaboram para um quadro negativo. As obras de mobilidade, que poderiam efetivamente colaborar para um melhor desempenho da economia, não ocorrem conforme deveriam, enquanto os estádios, que não gera efeitos positivos na economia, segundo especialista, ainda podem resultar em custos desnecessários de manutenção - após a Copa - para o governo, anulando parte dos ganhos conquistados, como no campo da construção civil. O turismo, tão exaltado como grande beneficiado, não colherá os frutos prometidos. Algumas empresas, talvez. Mas não o setor. No começo do ano, a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) divulgou um estudo comparando o desempenho do transporte aéreo de passageiros no período das Copas da África do Sul (2010) e da Alemanha (2006), em que o volume de passageiros cresceu apenas 4,8% no caso africano e que retraiu em 3,6% nos aeroportos alemães. Na prática, o estudo revela que os aeroportos das cidades em que ocorreram os jogos houve um aumento pontual no trânsito de passageiros, mas não uma evolução abrupta na quantidade de pessoas voando em ano de Copa. Fator este atribuído ao mercado corporativo, que responde pelo maior fluxo de viagens e realizam menos viagens para eventos e congressos no período. Outro problema para a atividade econômica poderão ser os feriados que
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Divulgação
jsalto@portalcopa2014.com.br
poderão ser anunciados – bizarramente, conforme prevê a Lei Geral da Copa. Dessa forma, o governo federal poderá declarar feriado nacional nos dias de jogos da CBF, o que ainda não foi confirmado. Os Estados e cidades-sede, porém, também poderão decretar feriado nos dias de jogos, independentemente das seleções que irão duelar. Tantas pausas poderão ocasionar em uma perda produtiva irrecuperável no período, afinal, um dia perdido será sempre um dia perdido. E uma eventual tentativa de recuperar o atraso acarretará em investimentos (ou fecha a fábrica, ou paga hora dobrada do funcionário). Segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), os 64 possíveis feriados na cidades-sedes deverão prejudicar a economia nacional em até R$ 30 bilhões em um mês. Um estudo do pesquisador Stefan Szymanski, da Universidade de Michigan (EUA), que contemplou os dados do PIB entre 1972 e 2002 das maiores 20 economias do mundo, mostra que a Copa do Mundo Fifa entrega – em média –um resultado negativo de 0,09% no PIB no ano seguinte ao evento nos países que o sediaram. A variação foi muito pequena nos anos anteriores, de preparação, conferindo apenas uma melhora irrisória nos
indicadores econômicos. Vale considerar que países europeus e asiáticos que já sediaram o evento demandaram baixos investimentos por já possuir avançada infraestrutura, diferentemente dos casos do Brasil e da África do Sul, que precisaram investir bilhões para atender ao evento. O que seria muito bom, se a conversa de “legado da Copa” fosse levada a sério. Mas além de não entregar obras no prazo, ou nem realiza-las, muitas obras – sobretudo dos estádios – tiveram o seu orçamento reajustado para cima várias vezes, onerando ainda mais o “custo Copa”. Também é importante ressaltar a disparidade entre o custo de construção/reforma entre os estádios da Copa. De acordo com o Portal 2014, o estádio mais caro do Mundial será o Mané Garrincha, de Brasília, com orçamento de R$ 1.015 bilhão, enquanto o mais barato seria a Arena da Baixada, orçada em R$ 234 milhões. Alguns dos valores estimados na construção de estádios já foram reajustados após a última atualização destes dados, que não considera eventuais incentivos fiscais e terrenos presenteados pelos governos responsáveis. Obviamente, o tema não se esgota aqui. O espírito ufanista de Copa do Mundo, pátria de chuteiras, etc., também não cola.
09/03/14 • REVISTAINTERBUSS
TranspoOnline
Os caminhões mais procurados no site do Mercado Livre
• Do Site da Transpo Online jsalto@portalcopa2014.com.br
O levantamento sobre marcas e modelos de caminhões, anunciados e procurados, dentro do MercadoLivre Classificados revela alguns dados contrastantes entre oferta e demanda no mercado nos quesitos marca e modelo. Mostra também uma forte procura por caminhões velhos e ultrapassados tecnologicamente.
Ao todo, 161.062 caminhões foram anunciados em 2013 no MercadoLivre, com domínio foi das alemãs Mercedes-Benz e Volkswagen, seguidas por Ford Scania e Volvo, respectivamente. Considerando os cinco modelos mais anunciados, destaque para os caminhões Mercedes-Benz 1113, Volkswagen 8150, MB1620, VW24250 e Iveco Daily Chassi Cabine, nesta ordem. Considerando os modelos de caminhões mais pesquisados
em no ano passado, a Ford está na liderança com a F-4000, que registrou 21,39% das buscas; seguida de perto pelo Scania 113, com 18,84%; pelos modelos Mercedes-Benz 1620 e 1112, com 13,90% e 10,02%, respectivamente; o Scania 112, com 8,66%; Volvo FH12 380, com 7,53%; Scania 124, com 6,13%; MB 608 e 1313, com 5,50% e 5,09%; e, por fim, o Volkswagen com 2,94% das buscas fecha o Top 10 de caminhões mais procurados.
TranspoOnline
Artigo: A importância do operador logístico
• por JosanaTeruchkin, diretora executiva daTransportadora Sulista
Operação logística. A combinação dessas duas palavras se tornou uma importante ferramenta estratégica para determinar o sucesso nos negócios. Mas de que maneira essa ação pode, de fato, auxiliar no negócio do embarcador? Antes de conhecer a resposta vamos voltar um pouco para o passado. Antigamente os próprios embarcadores possuíam departamentos de transporte, se encarregavam do processo de contratação de transportadoras (em alguns casos operavam com frota própria) efetuavam o controle da entrega de carga, gerenciamento de funcionários e mercadorias e todas as etapas que envolvem a operação logística. Com o tempo, muitos embarcadores passaram a delegar a operação de transporte inicialmente. Mais tarde delegaram os demais serviços logísticos para especialistas no assunto. Os principais motivos que alavancaram
REVISTAINTERBUSS • 09/03/14
esta terceirização foram: 1) A necessidade de redução de custos; 2) a redução das equipes internas, pois era necessário focar as pessoas para cuidar do seu “core business” ; 3) a busca por “know how” especializado para garantir maior flexibilidade logística e, consequentemente, melhor nível de serviço ao seu cliente final. Neste contexto, a indústria automotiva brasileira assume a dianteira da terceirização logística, a exemplo do que ocorria com suas unidades internacionais. Eles estão totalmente focados na produção de carros e deixam as outras atividades com fornecedores específicos, o que foi ótimo para mexer com todas as práticas (muitas já antiquadas) do mercado local. Esse “empurrão” fez fornecedores mudarem seu formato de trabalho para cumprir com prazos e a produtividade que o setor exige. E a operação logística tem feito a diferença. É o operador quem armazena, recebe materiais, prepara e ex-
pede pedidos, realiza o transporte, acompanha a carga até a entrega acontecer no destino final. Ainda há muitos casos onde o operador logístico é contratado para realizar serviços complementares, como consultoria, no caso de projetos de engenharia logística, por exemplo. Hoje a estrutura de operação logística acontece muitas vezes “in house” ou seja dentro do cliente, com o controle de estoque, programação, coleta e recebimento de materiais primas, assim como a entrega dos produtos acabados. O que parecia distante e futurista é hoje uma realidade necessária. Algumas empresas que realizavam apenas o transporte de mercadorias tiveram que se adaptar e evoluir no seu escopo de atendimento. Não mais alocar o caminhão para transportar mercadorias, mas oferecer a inteligência do transporte e outros serviços agregados. Não há mais espaço para aquelas transportadoras que realizam apenas o transporte da carga, sem a inteligência e administração dos processos.
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MECÂNICA DE PESADOS
FREIO A DISCO: “T NÃO É LUXO E NE
Empresário Mario Luft, um dos maiores operad O Carreteiro sobre a necessidade do freio à dis “Tecnologia não é luxo e nem custa mais”. A afirmação é de um dos grandes operadores de logística do Brasil, Mário Ari Luft, da Luft Logistics, referindo-se, entre outros itens, ao sistema de freio a disco, o qual está presente em toda sua frota de caminhões e carretas por acreditar que se trata de um componente de grande importância para a estabilidade e segurança do caminhão e também como um fator de economia. Os caminhões leves MercedesBenz 710 e 712C foram os primeiros a disponibilizar o sistema no eixo dianteiro. Depois vieram o 715 e 915 e LS 1938 com disco nos dois eixos, em 1998. O sistema ganha espaço a cada ano e atualmente 10 modelos da marca, do 1933 ao 2644 tem freio a disco total como item de série. Uma exceção é o fora-de-estrada 3340 6X4 e os modelos da linha média até os semipesados. “Em relação ao ABS, o sistema está presente em todos os 6X2 e 6X4 da marca”, informa Eustáquio Sirolli, gerente de marketing caminhões da DaimlerChrysler do Brasil. Sirolli acrescenta que a DaimlerChrysler foi bastante ousada ao adotar o freio a disco para os caminhões que produz no Brasil e lembra que a empresa desenvolveu o “cocon”, um equipamento de proteção para que o sistema dure mais. “O freio a disco só tem vantagens em relação ao sistema de tambor. Uma delas é quanto mais quente fica o disco maior é a eficiência”, explica. Ele conclui dizendo que o Brasil tem o domínio da mais avançada tecnologia no campo do freio a disco, porque a condição de nossas rodovias se aproxima bastante de uma off-road da Europa. Um frotista do setor que sai em defesa do freio a disco e também de outros itens, tais como o freio ABS, suspensão ar e caixa de marchas automatizada, é Mário Luft. Para ele, pelos menos os bitrens e carretas com
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eixos distanciados deveriam ter disco, inclusive por questão de segurança. “É ilusão pensar que custa mais”, defende o empresário, que lembra também da necessidade de haver uma renovação da frota no País, principalmente da que transporta produtos químicos e carga líquida. Outros itens defendidos por ele são molas pneumáticas, porque deixam o caminhão “mais no chão” e a aplicação exclusiva de cavalosmecânicos 6X4 para tracionar semireboques. “Acho que o cavalo 6X4 é o futuro”, antecipa o empresário. Um dos grandes fabricantes do setor de freio a disco, a Knorr-Bremse, que fornece
o sistema para a Mercedes- Benz, realiza desde 2003 um trabalho junto aos frotistas para a disseminação do produto no País. De acordo com Salvador Pugliese, gerente de aftermarket e América Latina da empresa, trata-se de um trabalho desenvolvido junto a frotistas, que conta inclusive com acompanhamento do desempenho dos produtos. “Temos uma equipe direcionada a trabalhos de treinamentos, palestras e até instalação de novos produtos, como é o caso do freio a disco, entre outras atividades de campo”, explica. Pugliese diz que já foram instaladas mais de 100 mil unidades de freio a disco em
09/03/14 • REVISTAINTERBUSS
“TECNOLOGIA EM CUSTA MAIS”
dores logísticos do país, falou à Revista sco nos caminhões, afirmando que não é luxo
caminhões no Brasil. Na sua opinião, a principal barreira para explicar porque o sistema não é utilizado por maior número de veículos de carga no País não é o preço. “Não acredito que este problema seja preço, mas sim a falta de conhecimento do real valor que o freio a disco pode agregar, porque reduz o consumo de diversos itens, além de tornar a dirigibilidade mais segura”, explica. Do ponto de vista de Luft, o investimento inicial não é tão alto , pois o preço de um conjunto de freio a disco mais o ABS para uma carreta gira em torno de R$ 13 mil. De acordo com ele o investimento vale
REVISTAINTERBUSS • 09/03/14
a pena, porque traz várias vantagens, como maior estabilidade e dirigibilidade do veículo, segurança, menor consumo de pneus, menor manutenção de freio. “Uma lona custa hoje R$ 200,00 e exige a troca do tambor a cada 50 mil quilômetros. No caso do disco é trocado a 200 mil quilômetros e custa R$ 350,00”. Ele acrescenta que chega a demorar um dia para efetuar a troca de lona, enquanto o disco consome bem menos tempo. Portanto, a manutenção custa bem menos e com todas as demais vantagens oferecidas pelo sistema. Simulação feita pela Knorr-Bremse mostra que uma carreta (cavalo- mecânico
mais semi-reboque) equipado com freio a tambor em todo o conjunto chega a percorrer 108 metros entre a frenagem até a parada total. Na mesma condição, porém com o conjunto equipado com freio a disco, a distância percorrida cai para 76 metros. Com disco só no cavalo são 92 metros, de acordo com a empresa. Pugliese, pelo seu lado, continua a desenvolver seu trabalho de campo e acrescenta que atualmente a Knorr-Bremse fornece o sistema também à Scania, para ônibus urbano de 15 metros. Agradecimentos: Revista O Carreteiro
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O SEU ESPAÇO NA REVISTA INTERBUSS
REDE SOCIAL Viação Cometa 65 Anos - Facebook
Grupo criado para entusiastas admiradores da Viação Cometa, que está completando 65 anos. Neste grupo é possível encontrar fotos e informações sobre as comemorações do aniversário, diversos debater acerca do assunto e tudo sobre os eventos para marcar a ocasião. O grupo é fechado e requer convite ou autorização.
A Foto da Semana AQUI PUBLICAMOS A FOTO MAIS BONITA DA SEMANA, PUBLICADA NAS REDES SOCIAIS. A FOTO COLHIDA PODE SER PUBLICADA EM GRUPOS ABERTOS, EM PERFIS PESSOAIS OU EM PÁGINAS OFICIAIS. LINKS PARA OUTRAS PÁGINAS EXTERNAS NÃO SÃO CONSIDERADAS PARA ESTA SONDAGEM
Deu o Que Falar
OS ASSUNTOS SOBRE TRANSPORTE MAIS COMENTADOS NAS REDES SOCIAIS NA ÚLTIMA SEMANA
1º • Novas pinturas
no Grupo Constantino As novas pinturas do grupo Constantino continuam dar o que falar. A cada novo veículo que sai da fábrica da Marcopolo em Caxias do Sul, uma nova bateria de comentários e fotos chega às redes sociais. Os boatos estão povoando essas novas pinturas e muitos elogios e críticas estão sendo feitas pelos admiradores de plantão de todo o Brasil. Na próxima semana a Revista InterBuss fará uma matéria especial sobre o assunto.
2º • Acidentes nas estradas
SÉRGIO CARVALHO
Busscar Urbanus Volvo B58 - Avante Publicada no perfil pessoal do autor
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Uma série de acidentes que aconteceram nas rodovias brasileiras no último feriado de carnaval foi assunto recorrente nas redes sociais nos últimos dias. Várias empresas tiveram seus veículos envolvidos em acidentes durante os cinco dias da folia no país. Alguns deles até mais graves e com vítimas.
09/03/14 • REVISTAINTERBUSS
FERROVIAS OBSOLETAS
TRENS ANTIGOS DO BRASIL CONSOMEM MAIS ENERGIA
• Adamo Bazani
Os serviços de trens e metrô no Brasil não só precisam ser expandidos, mas modernizados. É o que mostra um levantamento da ANTPTrilhos – Associação Nacional dos Transportadores Públicos Ferroviários. Além de representarem mais riscos de panes e não oferecerem maior conforto aos passageiros, os trens suburbanos e metrôs mais antigos geram custos maiores de manutenção e também consomem mais energia elétrica. De acordo com a ANTPTrilhos aproximadamente metade dos 4 mil trens e metrôs que formam a frota brasileira foram fabricados entre os anos de 1970 e 1980. Essa frota consome em média 30% mais energia elétrica que os modelos novos ou modernizados. A SuperVia, no Rio de Janeiro, possui modelos da Mafersa, fabricados em 1978. De acordo com a Associação é hoje o modelo em operação que consome mais energia elétrica em todo o mundo. São 40 toneladas tracionadas por um sistema considerado antigo, o de corrente contínua. As ferrovias no Brasil são pequenas em relação à malha atendida, mas possuem um peso significativo quando o assunto é o impacto no sistema elétrico nacional. Os trens brasileiros consomem 0,5% de toda a energia elétrica produzida no Brasil. Parece pouco, mas é um número nada desprezível se for levada em consideração a extensão da malha e a quantidade de outros setores que também demandam energia elétrica. A energia elétrica significa 25% dos custos totais da SuperVia, no Rio de Janeiro, e 16% dos gastos mensais da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, de São Paulo. É claro que num primeiro momento
REVISTAINTERBUSS • 09/03/14
pode não parecer alarmante se for levada em consideração a quantidade de pessoas que os trens e metrôs atendem e também se considerados os benefícios ambientais ao não emitir poluição atmosférica durante a operação. Mas a questão é que se a ferrovia recebesse os investimentos que merece estes custos com energia elétrica seriam menores e o dinheiro economizado poderia ser revertido em melhores serviços e até ampliação do total de vias férreas existentes,além, claro, de poderem auxiliar em tarifas mais baixas para os passageiros. Soma-se ao fato de os trens serem antigos, a forma de tributação da energia elétrica sobre o transporte público. Hoje trens, metrôs e trólebus pagam praticamente o mesmo percentual que uma pessoa que abusa no tempo do banho nos horários de pico de consumo. Desde 2008, está em tramitação no Congresso projeto do deputado Carlos Zarattini para que a energia elétrica consumida pelas empresas de transporte seja taxada da mesma forma que as concessionárias de água fria. Com isso, os custos das transportadoras de passageiros poderiam cair entre 5% e 10%. Só isso poderia reduzir em 20 centavos o valor da tarifa. Para isso, no entanto, o Governo Federal deveria compensar as empresas geradoras de energia com R$ 300 milhões a R$ 400 milhões por ano. Para reduzir o IPI dos automóveis, só no ano passado, o Governo Federal arcou com uma renúncia fiscal de R$ 11 bilhões. A venda maior dos veículos não cobriu esta renúncia, de acordo com o Ministério da Fazenda. Mas este incentivo ao setor metroferroviário não tem sido bem visto pela equipe econômica da presidente Dilma Rousseff. Uma das sugestões da ANTPTrilhos, para minimizar os custos para o Governo e ao
mesmo tempo para as transportadoras é usar estes valores para, em vez de reduzir a conta de energia num primeiro momento, financiar a troca de motores dos trens, da sinalização das vias e modernizar a frota num prazo de 10 anos. Os custos seriam de R$ 2,8 bilhões neste período, com a vantagem, no entanto, de estarem em circulação composições que consumam menos energia e mais modernas. No final das contas, poderia valer tanto a pena quanto mudar a forma de tributação, já que não haveria apenas desconto para as transportadoras de passageiros, mas uma economia real. Ainda de acordo com a ANTPTrilhos, há 60 projetos de trens de passageiros anunciados em todo o País. Mas até 2020, no máximo 22 devem ficar prontos. O presidente da ANTPTrilhos, Joubert Flores, que também preside a SuperVia, disse ao Jornal Valor Econômico, no entanto, que antes de se pensar em projetos, é necessário ver o momento, que não é nada bom. Segundo ele, não há recursos disponíveis para melhorar os sistemas já existentes, que em todo o País, atendem a 9 milhões de pessoas por dia. Número muito pequeno se for levada em consideração a população urbana no Brasil, aproximadamente 162 milhões de pessoas, representando 84,35% dos habitantes em todo o País. Já de acordo com a NTU – Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, “os ônibus atendem atualmente a cerca de 87% da demanda de viagens nas cidades brasileiras. São 1.800 empresas operando uma frota de 107 mil ônibus que estão presentes em 3.311 municípios no país, transportando diariamente 40 milhões de passageiros.” “Reduzir as tarifas não vai levar os passageiros a ter o que pediram durante os protestos: melhor qualidade do serviço. Para isso, são necessários investimentos que, hoje, não podem ser feitos com os recursos das tarifas”, disse. Outro benefício, segundo ele na entrevista, seria incentivar a indústria ferroviária nacional. Investir em ferrovia, no entanto, não significa reduzir a importância dos ônibus, que conseguem chegar onde os trilhos dificilmente alcançariam, por questões técnicas e econômicas. Além disso, um sistema de ferrovia não consegue atender sozinho a população com as características das cidades brasileiras. Um bom sistema de trens e metrô, diante da realidade econômica, social e geográfica do País, só é possível a partir de um bom serviço de ônibus, de maneira integrada.
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NOSSO TRANSPORTE Adamo Bazani adamobus@gmail.com
Emplacamentos de ônibus crescem 46,52% em fevereiro Neste ano, foram licenciados quase 5 mil ônibus. Primeiro bimestre foi melhor no ano passado O mês de fevereiro deste ano representou reaquecimento no mercado de ônibus em relação a janeiro. O crescimento foi de 46,52% - total de 2 mil 951 ônibus emplacados em fevereiro ante 2 mil e 14 de janeiro. Na comparação com o mês de fevereiro de 2013, o crescimento foi de 12,21%. Em semelhante mês do ano passado, os emplacamentos de ônibus somaram 2 mil 630. No entanto, no acumulado, o primeiro bimestre do ano passado para o mercado de ônibus foi melhor. Em janeiro e fevereiro deste ano foram emplacados 4 mil 965 ônibus, número 1,70% menor que as 5 mil e 51 unidades dos dois primeiros meses de 2013. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, dia 05 de março de 2013, pela Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores. Apesar da pequena variação negativa no acumulado, o mercado ainda mantém o otimismo. A previsão é de crescimento neste ano de 4% sobre o volume de vendas de ônibus em 2013, que já foi um dos melhores da história. A conjunção de fatores como investimentos em mobilidade urbana, alguns já atrasados, mas que devem ser acelerados por causa da Copa do Mundo, novas licitações de serviços urbanos e metropolitanos, expansão do turismo e renovação natural da frota alimenta as boas perspectivas. MARCAS No acumulado do ano, segundo a Fenabrave, a Mercedes-Benz lidera o mercado de ônibus com quase o dobro da segunda colocada, a Volskwagen/MAN: 1º MERCEDES-BENZ - 2.139 unidades 43,08%% de participação no mercado. 2º Volkswagen/MAN - 1.209- 24,35% de par-
QUEDA • Emplacamentos de ônibus novos cresceram mais de 46,52% neste mês, mas tiveram queda de 1,70% no acumulado do ano. Perspectivas são positivas para 2014. Foto: Will.83 ticipação no mercado. 3º MARCOPOLO – VOLARE - 998 unidades - 20,1 % de participação no mercado. 4º VOLVO – 200 unidades - 4,03% de participação no mercado. 5º IVECO - 167 unidades - 3,36% de participação no mercado. 6º SCANIA - 125 unidades - 2,52% de participação no mercado. 7º AGRALE – 117 unidades - 2,36% de participação no mercado. 8º INTERNATIONAL – 8 unidades - 0,16% de participação no mercado. Já o setor automotivo como um todo, incluindo carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, teve alta de 6,69% nos emplacamentos neste primeiro bimestre de 2014 em relação ao
mesmo período de 2013. Foram 799 mil 566 unidades em 2013 ante 853 mil 087 emplacamentos em janeiro e fevereiro deste ano. Na comparação entre fevereiro deste ano, quando foram emplacadas 393 mil 159 unidades, e janeiro também deste ano, que registrou 459 mil 928 unidades emplacadas, houve queda de 14,52%. O segmento de caminhões teve queda de 3,47% no número de emplacamentos na comparação entre fevereiro e janeiro 2014. Foram licenciados 10 mil 465 caminhões em fevereiro, ante 10 mil 841 unidades de janeiro. Mas comparando este fevereiro com o fevereiro do ano passado, quando foram emplacados 9 mil 979 caminhões, a alta foi de 4,87% para o mercado de caminhões.
EMTU analisa proposta deConsórcio na licitação deCampinas
Já em relação a área 5, doABC Paulista, departamento jurídico tenta derrubar determinação daJustiça de Manaus que beneficia empresário A EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos analisa a proposta do Consórcio Bus + para a concessão das linhas intermunicipais de Campinas e região, no interior de São Paulo. Foi a única proposta apresentada na última audiência pública realizada na sextafeira, dia 28 de fevereiro de 2014. O Consórcio Bus+ é formado por empresas que já operam no interior: Jota Jota, Capelini, Metrópolis, Fênix, Campestre e Salamanca. O regime é de concessão onerosa.
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Segundo a EMTU, a outorga oferecida pelas empresas é de R$ 1 milhão e 201 mil reais. A Comissão de Licitação da EMTU vai fazer a análise da capacitação técnica das empresas e da documentação apresentada pelas companhias de ônibus para a assinatura do contrato de concessão. O contrato vale por 15 anos. A idade média da frota deve ser de cinco anos. As empresas terão de implantar sistema único de bilhetagem eletrônica, GPS nos veículos e uma central de monitoramento das linhas e dos horários.
A EMTU diz que com a licitação, além da frota ser modernizada, as linhas vão ser readequadas para as atuais necessidades dos passageiros. ÁREA 5 DO ABC AINDA TRAVADA Enquanto a região de Campinas avança na licitação dos serviços metropolitanos de ônibus, no ABC Paulista a concorrência pública está travada há oito anos. Desta vez, segundo a EMTU, o empecilho é o processo de recuperação judicial de 33 empresas de ônibus de Baltazar José de Sousa.
09/03/14 • REVISTAINTERBUSS
Monotrilho terá pouca capacidade para pessoas sentadas Veículo terá apenas 18% mais assentos que um ônibus articulado. Biarticulado se assemelha O monotrilho das linha 17 Ouro, que vai circular pela zona Sul da Capital Paulista e deve ser concluído em abril de 2015, terá capacidade para apenas 80 passageiros sentados. A informação é do jornalista Caio do Valle, de O Estado de São Paulo. Segundo a reportagem: “Esse patamar é só 18% maior que o número de assentos em um ônibus articulado, que tem 57 bancos. Dois ônibus articulados têm 34 mais assentos do que o monotrilho da Linha 17 e quase a mesma quantidade do trem da Linha 15-Prata, o monotrilho da zona leste. Esse veículo terá um total de 120 assentos, embora seja divulgado pelo Metrô como maior monotrilho do mundo.” Ônibus biarticulados possuem capacidade semelhante de assentos dos modelos do monotrilho ouro e pouco inferior ao prata. Ainda segundo reportagem de Caio do Valle, as novas composições do metrô e as que foram modernizadas priorizam mais o transporte em pé. O número de assentos é cada vez menor. “Nos anos 1980 - segunda década de funcionamento das linhas da companhia -, as composições da frota C da Linha 3-Vermelha eram fabricadas com 368 bancos. Algumas
LINHA 17 • Monotrilho da linha Ouro, do Morumbi, terá baixa capacidade para passageiros sentados. Especialistas dizem que hoje a prioridade é atender a grandes demandas em detrimento do conforto. Sistemas de ônibus paralelos às linhas de metrô podem ajudar na solução deste problema dessas ainda rodam naquele ramal. No fim do seja, possuíam 104 assentos a mais, quando decênio seguinte, os trens recém-adquiridos apresentavam praticamente os mesmos compara a Linha 2-Verde passaram a apresentar primento e largura dos vagões redesenhados.” 274 assentos, em um lote que recebeu o ba- O especialista e consultor em transtismo de frota E. Agora, a quantidade de va- portes, Flamínio Fichmann, diz que hoje a gas para os passageiros se acomodarem caiu prioridade é atender às altas demandas em ainda mais. Por exemplo, quem andar em um detrimento do conforto e defende, na entrevveículo da frota K, modernizada nos últimos ista, m sistema de ônibus de apoio à Linha três anos, terá de disputar um dos 264 lugares 3-Vermelha do Metrô, para tentar deixá-la disponíveis. Chama a atenção o fato de que menos lotada nos picos. “Esses coletivos seesses trens, antes de serem reformados e re- riam paralelos à linha e todos os passageiros batizados, pertenciam à antiga frota C. Ou viajariam sentados.”
VLT de Cuiabá não fica pronto até a Copa
Obra foi incluída na matriz de responsabilidades do Estado para o evento. O Projeto original era de corredor de ônibus
REVISTAINTERBUSS • 09/03/14
Jair Barreiros
A Secopa – Secretaria Extraordinária para a Copa de Mato Grosso admitiu que o VLT – Veículo Leve sobre Trilhos, entre Cuiabá e Várzea Grande, não vai ficar pronto até a Copa do Mundo de 2014. A previsão agora é que as obras só terminem em 2015. A secretaria também admitiu que os gastos para a construção serão maiores que a previsão inicial: R$ 1,477 bilhão ante R$ 1,2 bilhão. O projeto inicial para a ligação entre os dois municípios era de um BRT – Bus Rapid Transit, corredor de ônibus moderno e de trânsito rápido. A capacidade de transporte deste BRT seria 1,5 vezes menor, mas os custos serão 3 vezes menos e as obras poderiam ser concluídas a tempo, reconhecem as autoridades do Estado. Além de ser mais caro e demorado, com as vantagens em relação ao custo sendo contestáveis, no caso do VLT de CuiabáCampo Grande, há suspeita de fraude na homologação do projeto no Ministério das Cidades. Agora há uma dúvida em relação ao que vai ocorrer com o tipo de financiamento dado ao VLT. A licitação foi em junho de
2012 por meio do Regime Diferenciado de Contratação (RDC) - novo modelo de licitação menos rígido que o imposto pela lei 8.666/93 e autorizado pelo governo federal para obras da Copa. Um grupo de empreiteiras, reunidas
no Consórcio VLT Cuiabá, venceu a licitação e se comprometeu a entregar as obras em 13 de março de 2014. Falta de planejamento, atrasos nas obras e até a escolha do modal são os motivos apontados pelo não cumprimento do prazo.
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REVISTAINTERBUSS • 09/03/14
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VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. Cruz
VENHA Linha 175T: dos monoblocos aos super articulados CONHECER! ideiaselembrancas@gmail.com
Marisa Vanessa N.Cruz
A linha 175T é hoje uma das principais linhas diametrais da cidade de São Paulo. É uma “norte-sul”, como apelida o proprietário da Sambaíba, Belarmino de Ascenção Marta. Vou lembrar como essa linha foi crescendo. Ligando os bairros de Santana ao Jabaquara, foi criada no início de 1986 a partir de uma outra linha da CMTC que teve seu itinerário prolongado. Antes era uma linha radial que atendia por ônibus a diesel, ligava a região do Tremembé até a Praça do Correio como linha 1509, junto com outra linha 1508 (Tucuruvi – Cásper Líbero), operada por trólebus. Seu trajeto principal começava no bairro do Tremembé, depois Tucuruvi, Santana (em frente à estação de metrô), Av. Santos Dumont, o corredor Norte-Sul (Av. 23 de maio), Aeroporto de Congonhas, Av. Pedro Bueno, Metrô Conceição e Metrô Jabaquara, com ponto final inicialmente próximo à paróquia do bairro. Durante os primeiros quatro anos de existência, sua linha era operada exclusivamente por monoblocos O-362, vindos da extinta Garagem Araguaia. Depois vieram os O-364, O-365 e O-371 tanto em modelos a diesel quanto a gás natural. E o ponto final no bairro do Jabaquara mudou para atrás do prédio do Corpo de Bombeiros do bairro. No início de 1994, com a extinção da CMTC, a administração da linha passou a ser operada pela Cooperativa Comunitária de Transporte Coletivo, a CCTC. Em 1998, a linha recebeu mais ônibus a gás natural, de cor azul, encarroçado pela Caio. Anos depois a linha recebeu ônibus usados de empresas fluminenses, como o Caio Vitória. Em 2001 a CCTC foi desfeita, passando a operação para a Viação Nações Unidas. Inicialmente a frota da linha predominava de Caio Vitória ex-ARC, depois a empresa comprou 30 ônibus novos, modelo Caio Apache S21 sob chassi MercedesBenz, operando quase que exclusivamente para essa linha. Em 2003, a Nações Unidas foi inteiramente vendida para a gigante Sambaíba. Em seguida, foi criado um prolongamento até a Vila Zilda como 175T/51 e depois um segundo prolongamento até o Jaçanã, mantendo como 175T/10. Em 2008, com a chegada dos ônibus articulados, a linha foi seccionada até o Metrô Santana, ressuscitando a outra parte (Santana-Jaçanã) como linha 1778, enquanto o trecho da Vila Zilda foi atendido pela linha 1726 como Vila Zilda-Praça do Correio, posteriormente seccionada também até
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MUDANÇAS • Um dos primeiros articulados fazendo a linha 175T, atualmente operada pelos chamados “superarticulados’ Santana. E em 2013, uma última novidade: com a chegada dos ônibus articulados de 23 metros, e com duas catracas para agilizar o embarque, a linha foi modernizada exclusivamente com o novo modelo de ônibus encarroçado pela Caio com chassi MercedesBenz O-500 UDA. Articulados de 23 metros foi uma ótima alternativa para frotistas, que querem o máximo do articulado sem ter gigantes despesas com um bi-articulado. Mesmo com
cinco metros de comprimento a mais que o articulado convencional, o ganho em transportar passageiros é maior. A linha 175T conseguiu, em curto espaço de tempo, ser uma das mais tradicionais linhas de ônibus de São Paulo. Não era assim antes de 2008. Realmente, com os ônibus articulados, transformou a linha comum em linha de destaque. Uma pena que não pôde completar o percurso até o destino anterior, que era o bairro do Tremembé, mas, fazer o quê.
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