Revista InterBuss - Edição 260 - 06/09/2015

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ARTIGO: BUSÓLOGOS SE COMPORTAM EM FEIRAS?

interbuss PORQUE TRANSPORTE É VIDA | ANO 6 | N° 260 | 6 DE SETEMBRO DE 2015

SCANIA RENOVA LINHA NO PERU

Montadora sueca apresentou novos caminhões e ônibus dirigidos ao segmento de mineração MARISA VANESSA VISITA A EXPOCLASSIC 2015


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NESTA EDIÇÃO TODA SEMANA

Scania apresenta nova linha

Portfolio é dirigido ao mercado de mineração e inclui novos cami SUMÁRIO

6 NOSSA OPINIÃO 7 A IMAGEM MARCANTE 8 TODA SEMANA 14 ADAMO BAZANI 16 PÔSTER 18 DEU NA IMPRENSA A sucessão de erros nas crises do transporte

A foto que marcou a semana no setor de transportes

As notícias mais importantes da semana

Colunistas | Aumento na gasolina poderia bancar ônibus

Mascarello Granmetro, por Fábio Tanniguchi As notas da imprensa especializada

22 ÔNIBUS DE 24 ARTIGO 25 GEORGE AN 26 REDE SOCIA 28 FOTOS DA S 30 MARISA VAN

Ônibus de empresa da cid

Busólogos nas feiras de ne

Colunistas | Clandestinidad

O seu espaço na InterBuss

As melhores fotos de ônib

Colunistas | A Expoclassic 2


ANO 6 | Nº 260 | DOMINGO, 6 DE SETEMBRO DE 2015 | 1ª EDIÇÃO | CONCLUÍDA À 17h11 (S) EDIÇÃO COM 32 PÁGINAS

a no Peru

inhões e ônibus

ÔNIBUS DE CAMPINAS

Unicamp tem nova empresa operando no Circular Interno

Veículos da Mactur já estão em circulação

23

TODA SEMANA

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CAMPINAS dade abastece em postos

egócios

NDRÉ SAVY de

AL s

SEMANA bus da semana

NESSA N. CRUZ 2015

Empresa de Cuiabá tem frota reprovada mas segue na rua

Expresso Norte Sul teve 100% da sua frota reprovada

09

TODA SEMANA

Modelo morre atropelada por ônibus em São Paulo

Mulher estava circulando pela cidade com uma bicicleta

11

NOSSO TRANSPORTE

A entrega do prêmio para os melhores do transporte

Confira a cobertura da entrega do Prêmio ANTP

14

DEU NA IMPRENSA

Santos recebe primeiras unidades do Volare Access

Veículos irão operar no sistema seletivo municipal

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EXPEDIENTE

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda. DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFE Luciano de Angelo Roncolato JORNALISTA RESPONSÁVEL Luciano de Angelo Roncolato REVISÃO Felipe Pereira e Luciano de Angelo Roncolato ARTE E DIAGRAMAÇÃO Luciano de Angelo Roncolato AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃO Agradecemos à Adriano Minervino, Márcio Spósito, Ailton Florêncio e Douglas de Cézare pelas fotos enviadas esta semana para capa, matérias e pôster. SOBRE A REVISTA INTERBUSS A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo. Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países. Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail revista@ portalinterbuss.com.br. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autorizada apenas após um pedido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido. PARA ANUNCIAR Envie um e-mail para contato@portalinterbuss.com. br ou ligue para (19) 99483-2186 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos! PARA ASSINAR Por enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibilizada livremente apenas pela internet, através do site www.revistainterbuss.com.br. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem para revista@portalinterbuss.com.br e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado. CONTATO A Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conversar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para revista@ portalinterbuss.com.br ou contato@portalinterbuss. com.br. Procuramos atender a todos o mais rápido possível. A EQUIPE INTERBUSS A equipe do Portal InterBuss existe desde 2000, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sempre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe. Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail contato@portalinterbuss.com.br ou pelo telefone (19) 99483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

NOSSA OPINIÃO

Editorial

Crise no transporte traz uma sucessão de erros A crise generalizada nos sistemas de transporte do Brasil está causando muitos prejuízos à população que utiliza diariamente os meios públicos de deslocamento, seja via férrea, seja via rodoviária. O problema maior é que ao invés de aproveitarem a situação para fazer uma reorganização dos sistemas, visando otimizar a circulação, sempre fazem o que é mais rápido e mais conveniente para as empresas, que é reduzir frota, consequentemente cortando horários e deixando o usuário mais tempo no ponto, à mercê de veículos cada vez mais lotados. Na maioria das cidades brasileiras o transporte público é muito ruim por conta da desorganização. Há lugares que ainda têm linhas que operam há mais de 50 anos, numa época que as cidades eram totalmente diferentes do que são hoje, causando prejuízo à população que poderia ter esses ônibus dessas linhas defasadas em outros trechos que precisam de mais veículos. O mais curioso é que parece não haver interesse do poder público em rever essa situação, pois estica-se, encolhe-se, cortase e cria-se itinerários com uma facilidade impressionante e sem qualquer estudo adequado. Ouve-se muito falar em estudos de origem e destino, estudos de redes de transporte mas a impressão que fica é que tudo isso serve apenas para gastar o dinheiro do contribuinte sem um fim adequado, pois tudo acaba ficando como está. Já se falou de vários estudos realizados pela EMTU de São Paulo, porém quase nada muda. As regiões metropolitanas sob jurisdição da empresa acabam ficando com as mesmas linhas de anos atrás, apenas com algumas adaptações e mudanças na nomenclatura, dando a impressão que são linhas novas, mas na verdade nada muda. Muitas cidades poderiam ter o famoso sistema tronco-alimentador, muito utilizado e com sucesso em grandes localidades porém não é algo interessante para as empresas operadoras, mesmo elas sendo obrigadas a cumprirem contratos firmados com as prefeituras ou outros governos locais. É muito comum vermos no Brasil empresas de ônibus que operam há décadas sempre da mesma forma, nas mesmas linhas, e muitas vezes com veículos caindo aos pedaços. À prefeitura cabe, além de reorganizar os trajetos a fim de melhorar os atendimentos à população, cobrar das empresas um serviço melhor possível, uma vez que é obrigação do Estado o fornecimento de transporte ao contribuinte, mas quase sempre esse serviço é “terceirizado”. Assim como acontece com as empresas privadas que terceirizam seus serviços, deve haver a cobrança por um trabalho bem feito e se isso não é possível, a empresa deve ser substituída por outra capaz de prestar o serviço melhor ou no mínimo dentro do que está em contrato, mas com ônibus isso quase nunca acontece. As prefeituras fazem vistas grossas e arrumam paliativos para “atender” as reclamações das contratadas. Quando há prejuízo em uma operação, porque as prefeituras não melhoram o atendimento, otimizando as linhas ao invés de simplesmente autorizar a redução de frota? A população, em todas as circunstâncias, é sempre a mais prejudicada, pois é a que paga mais caro por um serviço cada vez mais ruim, enquanto o poder público nada faz para melhorar. Esssa filosofia de contrato de ‘bons amigos’ entre prefeitura e empresas de ônibus deveria acabar e tudo ser o mais profissional possível, garantindo o melhor serviço para a população, o melhor rendimento para as empresas e a melhor resposta para a prefeitura.


A IMAGEM MARCANTE

Rio Branco, AC

Sábado, 29 de agosto de 2015

Um incêndio destruiu 21 de 40 ônibus que estavam parados em um depósito na cidade de Rio Branco, capital do Acre. Os veículos já estavam desativados e as chamas levaram cerca de uma hora para serem controladas pelos Bombeiros. A foto é do site Ecos da Notícia.


TODA SEMANA

Acre

AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA SEMANA NO SETOR DE TRANSPORTES

Prefeitura tira cobrador de ônibus de Rio Branco G1 Acre | Notícias

O número de cobradores nos ônibus do transporte coletivo, em Rio Branco, foi reduzido. Segundo o diretor de Transporte da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (RBTrans), Jô Luís Fonseca, ao menos dez cobradores de cinco linhas tiveram suas funções “remanejadas”. A saída dos trabalhadores é consequência de um projeto para extinguir a circulação de dinheiro dentro dos coletivos. A medida foi tomada sob a justificativa de diminuir o número de assaltos. De acordo com Fonseca, este trabalho está em fase de testes, e os profissionais que foram retirados nesse primeiro momento eram cobradores de linhas de menor movimentação. Dentre as cinco linhas que sofreram alteração, o diretor cita as que circulam nos bairros 6 de Agosto, Preventório, Cohab do Bosque e Cadeia Velha. “Esses profissionais estão sendo remanejados para novas funções, como divulgadores, cobradores em outros moldes. Esse trabalho busca incentivar o uso da bilhetagem eletrônica e retirada do dinheiro de dentro dos coletivos. Além de acelerar o processo de embarque dos passageiros. Nenhum funcionário vai ser demitido da empresa “, diz Fonseca. O diretor ressalta que a RBTrans vai verificar a aceitação da população com relação às novas mudanças. Segundo Fonseca, nesses primeiros testes, as linhas de maior demanda vão continuar com o cobrador. “Ninguém tem condições de pegar uma linha como Santa Maria, Sobral e Alto Alegre e do dia para a noite tirar o cobrador. A sociedade vai verificar que o sistema vai melhorar, inclusive vai acelerar o processo”, afirma o diretor. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte de Passageiros e Cargas do Acre (Sinttpac), Marco Costa, as linhas que tiveram os cobradores retirados, movimentam em média pouco mais de cem reais por dia. Por isso, de acordo com ele, os motoristas podem fazer essa função. “Na verdade eles querem colocar a bilhetagem eletrônica a qualquer custo. Mas, a preservação dos empregos está mantida e assegurada. Eles [os cobradores]

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CINCO LINHAS Ônibus começam a ficar sem cobradores. Foto: Iryá Rodrigues/G1 vão poder desempenhar função de pro- transporte público todos os dias para ir à motor de venda, auxiliar de operação, des- casa da filha, no bairro Cadeia Velha, uma pachante. Ou seja, tem um leque de opções das linhas que sofreu mudança. Rosilda diz para a gente não deixar esses funcionários que percebeu que o cobrador não está mais sem emprego”, diz Costa. no ônibus, mas afirma que isso não mudou De acordo com a técnica de enfer- em nada a sua rotina. magem, Neide Marcelina, de 42 anos, dia- “No ônibus do meu bairro, o Belo riamente ela precisa pegar ao menos duas Jardim I tem cobrador, mas nesse do bairro vezes o transporte público. Moradora do Cadeia Velha eu percebi há alguns dias que bairro Cohab do Bosque ela diz que já le- não tem. Como eu utilizo o cartão eletrônivava um tempo para conseguir embarcar e co, acaba que nem faz diferença, eu passo o agora com a mudança, atrasou ainda mais o cartão e entro. Mas, já vi gente reclamando procedimento. que o motorista tem que dar o troco e isso “Sem o cobrador atrasa muito mais, demora um pouco”, diz a aposentada. porque o motorista além de dirigir vai ter Um motorista da linha Cadeia que passar troco. Naturalmente essa linha já Velha, que não quis se identificar, conta demora mais que outras, às vezes fico mais que o trabalho aumentou e a atenção teve de uma hora no terminal aguardando, e a- que ser redobrada. Segundo ele, além de gora sem cobrador essa demora aumentou”, dirigir, é preciso olhar para as portas para conta Neide. saber o momento de abrir e fechar, além de A aposentada Rosilda da Silva receber o dinheiro e dar troco para os pasMaranhão, de 66 anos, conta que utiliza o sageiros.


A

Mato Grosso

Expresso Norte Sul tem frota reprovada, mas opera

ESTRANHO Apesar de ter tido toda a frota reprovada, a empresa terá frota realocada dentro de Cuiabá. Foto: Prefeitura de Cuiabá

O Documento | Notícias

Apesar de a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) ter reprovado 100% dos ônibus da Norte-Sul, empresa que opera na região sul da capital, a prefeitura de Cuiabá começa, neste sábado (5), o que chama de ajuste operacional no modal de transporte que irá realocar 32 ônibus seminovos, da mesma empresa reprovada, em quatro linhas da região norte da cidade, especificamente na Grande Morada da Serra,q ue integra mais de 18 bairros. A Norte-Sul é uma das três concessionárias que atuam no sistema de transporte coletivo urbano da Capital e a sua relocação para fazer linhas provocou diversas reações, principalmente no que

tange segurança dos passageiros. Os estudos feitos pela Semob, que terminaram condenando os seus ônibus, mostraram que a companhia não atendia às especificações presentes no contrato, dentre elas a idade da frota - que implica em risco para os passageiros. A Semob argumenta em nota publicada no site da prefeitura que “os ônibus que começaram a rodar neste sábado foram fabricados no ano de 2010.” Presidentes de bairro da região norte da capital, por exemplo, em sessão realizada nesta quinta-feira (3) na Câmara de Cuiabá, reclamaram da decisão da prefeitura. Os líderes comunitários alegaram que os ônibus da Norte Sul que vão rodar na região do CPA são veículos antigos da

cidade de Londrina, que apenas passaram por uma revisão e foram pintados para ter a aparência de que estão em bom estado de uso. Segundo o vereador Dilemário Alencar (PTB), a Semob está apenas transferindo um problema no transporte público da região sul para a região norte. Em contrapartida, a prefeitura alega que a empresa tem o direito garantido por contrato de rodas também na região norte de Cuiabá. As quatro linhas que a Secretaria de Mobilidade Urbana autorizou à empresa Norte Sul operar são a 302 - Vila da Serra/Centro (Via Terminal do CPA 1); 311 – Terminal do CPA III/Centro (Via Novo Mato Grosso); 313 – Terminal do CPA III//Unic (Via CPA IV); 314 – Bela Vista/Centro. 06.09.2015 |

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TODA SEMANA Bahia

Viações de Salvador vão passar por auditoria G1 Bahia | Notícias O mandado de busca e apreensão cumprido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), na manhã desta sexta-feira (4), em computadores na sede do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros da capital (Setps), em Salvador, resultou no recolhimento de informações trabalhistas de rodoviários. Esses dados serão utilizados em uma auditoria que será realizada pelo MPT, segundo informação divulgada durante coletiva na sede do órgão, na tarde desta sexta. De acordo com o MPT, participaram da operação três promotores e três auditores fiscais. Os dados trabalahistas recolhidos servirão para verificar se as informações operacionais coincidem com o registro realizado pelos rodoviários, e confrontá-los para conferir se há irregularidades ou não. Procurado pelo G1, o assessor de relações sindicais do SETPS, Jorge Castro informou que os dados digitais recolhidos pelo MPT não são os dados que os rodoviários registram o ponto. “O MPT solicitou da gente documentos refentes ao horário do trabalhador. O validador [cartão utilizado no equipamento de meia passagem que registra que o rodoviário está dentro do ônibus] não pode ser usado como ponto, pois é algo que não é autorizado pelo Ministério do Trabalho. Esse validador é um instrumento técnico deles, são informações que não têm validade jurídica, eles [o MPT] não podem usar, nem exigir dados desse documento. O que vale como registro de ponto é o Relatório de Operação de Veículo [ROV], que é impresso. Lá conta o horário de saída, chegada e descanso. Eu tenho oito mil cobradores e motoristas e cada um deles recebe um ROV por dia”, explicou. Ainda segundo Castro, o cartão de validação usado pelos cobradores é uma forma de “abrir” a viagem e constar no sistema qual a linha que o motorista está. “O cobrador, por exemplo, passa o cartão no ônibus, mas vai prestar conta na empresa, então o horário que ele saiu do ônibus não conta como fim de trabalho, o que vale mesmo é, após prestação de contas, que ele assine o horário que saiu da empresa no ROV”, disse.

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IRREGULARIDADES Ônibus de viação de Salvador, a ser auditado. Foto: Bocão News Segundo o promotor Rômulo Almeida, a operação foi resultante de uma civil pública, que ocorreu porque auditores fiscais do trabalho solicitaram que as 20 empresas de ônibus que prestaram serviço na capital entre agosto de 2010 e fevereiro de 2015 entregassem dados trabalhistas, como registro de ponto dos rodoviários, cumprimento e pagamentos de horas extras, além da jornada de trabalho. Como as informações não foram apresentadas, segundo o MPT, as empresas, filiadas ao Setps, foram autuadas por obstrução à fiscalização do trabalho. Por conta da situação, o MPT in-

gressou com uma ação pública para garantir acesso a esses dados, e como eles estão reunidos de forma digital no Setps, a operação de busca e apreensão foi realizada na sede do sindicato. “Esta ação foi o resultado de um trabalho conjunto entre diversas instiruições, como fiscalização do Ministério do Trabalho e emprego, a Polícia Federal, que nos deu suporte, e a Justiça do Trabalho, porque foi resultante de uma ação civil pública movida pelo MPT, e nessa ação nós obtivemos essa liminar para obtenção desses dados que nós reputamos relevantes para a fiscalização da questões trabalhistas.


Notas Rápidas

Procon do RJ lacra 22 ônibus da Vera Cruz G1 RJ | Notícias Elevadores para cadeirantes quebrados, bancos soltos, documentação atrasadas foram algumas das irregularidades que levaram fiscais do Procon-RJ a lacrar 22 ônibus da Viação Vera Cruz, na madrugada desta sexta-feira (4), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. De acordo com fiscais até baratas foram encontradas dentro dos veículos. Ao todo foram vistoriados 53 ônibus, nesta nova fase da chamada Operação Roleta Russa. Além dos 22 interditados, outros sete ônibus foram autuados porque os problemas encontrados colocavam em risco a segurança de passageiros, motoristas e cobradores. A Viação Vera Cruz tem uma frota de 160 ônibus. Segundo o diretor do Procon-RJ Fábio Domingos, o item que mais apresentou problemas foi o elevado de acesso e o cinto de segurança para cadeirantes. As baratas foram encontradas em ônibus que estavam com o certificado de dedetização em dia. Os ônibus lacrados só serão liberados depois que a empresa consertar os problemas encontrados. Quando isso acontecer, os fiscais vão retornar à garagem para conferir se tudo está em ordem. A Viação Vera Cruz esclarece que já iniciou os reparos dos veículos que foram interditados, nesta sexta-feira, durante a ação de fiscalização do Procon. As equipes responsáveis pela manutenção estão corrigindo as falhas apontadas pelos fiscais, principalmente relacionadas à substituição de peças. Segundo a empresa, às 11h30, 14 ônibus interditados já estavam regularizados e disponíveis para nova vistoria e liberação pelo Procon. A expectativa é que, até o fim do dia, outros também estejam prontos. A empresa informa que a sua operação será mantida de forma regular e o atendimento aos passageiros não será prejudicado, uma vez que os ônibus que fazem parte da reserva técnica da Vera Cruz estão sendo utilizados para substituir os lacrados. E que as blitz do Procon-RJ ocorrem na madrugada, quando são feitos os reparos e manutenção nos ônibus. Com a operação realizada nesta sexta-feira, chega a 260 o número de ônibus interditados este ano pelo Procon-RJ na Operação Roleta Russa.

Modelo ciclista morre após ser atropelada por ônibus em S.Paulo

Valor Econômico | Notícias A modelo gaúcha Mariana Livinalli Rodriguez, 25, que foi atingida por um ônibus enquanto pedalava na cidade de São Paulo, morreu na noite de ontem. A informação foi confirmada pela mãe da modelo, Adriana Livinalli. A agência de modelos Joy Model Management, para a qual Mariana trabalhava, lamentou a morte em sua página na internet e nas redes sociais. Na mensagem, a agência destacou que a modelo era uma profissional gentil, amável, promissora e um ser humano iluminado. A Joy Model também informou que prestará toda a assistência necessária aos familiares da jovem. Os locais onde devem ocorrer o velório e o enterro da modelo não foram divulgados pela família. Mariana sofreu traumatismo craniano e estava internada em estado grave na UTI do Hospital das Clínicas desde terça-feira, após sofrer o acidente. A jovem circulava de bicicleta quando foi atingida por um ônibus entre a avenida Brigadeiro Faria Lima e a rua Chopin Tavares de Lima, em Pinhei-

ros, zona oeste da cidade. Informações preliminares da CET dão conta de que, pelas características desse cruzamento, um dos dois veículos deve ter atravessado o semáforo enquanto ele estava fechado. O caso está sendo investigado pelo 14º DP (Pinheiros). “Para os ônibus que trafegam na avenida Brigadeiro Faria Lima, no sentido Itaim/Pinheiros, é permitida a conversão à esquerda para a rua Chopin Tavares de Lima. Esse cruzamento é controlado por semáforo, com um foco específico para conversão de ônibus à esquerda e outro específico para ciclistas”, detalha o órgão em nota. Mariana Rodriguez trabalhava para a agência de modelos Joy Model Management há cerca de dois anos e meio. Segundo a agência, ela era natural de Soledade (a 225 km de de Porto Alegre) e atuava como modelo desde a adolescência. Entre os principais trabalhos na carreira da Mariana estão duas capas para a revista “Women’s Health”, um editorial para a revista “Boa Forma” e campanhas para marcas como Monange, C&A e Cia. Marítima. 06.09.2015 |

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TODA SEMANA Aplicativos

Transdata Smart mostra seu app para mobilidade

Ônibus Mais, aplicativo da Transdata Smart para mobilidade urbana, foi apresentado na Feira Transpúblico e já está presente em diversas cidades Da Transdata Smart | assessoria O case de sucesso de um dos mais inovadores aplicativos de mobilidade urbana implantados no Brasil, o ITS Informativo, da Transdata Smart – agora batizado de Ônibus Mais – foi destaque na edição deste ano do Seminário Nacional da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos) e Feira Transpúblico, que aconteceu entre os dias 01 e 03 de setembro no Transamérica Expo Center, em São Paulo. O evento, que discutiu formas inovadoras de pensar, debateu sobre a mobilidade urbana, apresentou ao mercado os dados de desempenho e benefícios gerados à mais de 2.755.289 usuários com o aplicativo da Transtada Smart, o Ônibus Mais. Operando em mais de seis municípios brasileiros, o aplicativo fornece informações precisas aos passageiros sobre horários dos ônibus, rotas de viagens e linhas disponíveis. A leitura pode ser feita por meio de smartphones, tablets, computadores ou SMS no celular, elevando a qualidade e a segurança do serviço prestado aos usuários do sistema. Entre as inovações do Ônibus Mais estão ferramentas que permitem a visualização de itinerários em mapas e tabelas; a utilização de recursos de audição, com navegação facilitada e direcionada às pessoas com deficiência visual, além da possibilidade do passageiro usar o celular para solicitar a parada do ônibus em seu ponto, uma vez que o sistema emite um sinal diretamente para o motorista. Amplamente testado desde 2013, o aplicativo já é considerado referência na aplicação de novos padrões de qualidade no serviço e no atendimento aos usuários do transporte coletivo brasileiro. Para os empresários, destacam-se ainda vantagens como os baixos custos de implantação e a garantia de total interoperabilidade. “Tradicionalmente as soluções de melhoria do transporte público esbarram na questão do preço, inviabilizando sua função social e aplicação de forma massiva. Por este motivo, este aplicativo foi 100%

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Presente em todo o território nacional (22 estados e Distrito Federal), com mais de 600 projetos em andamento e mais de 48 mil soluções desenvolvidas, a Transdata Smart é hoje uma das líderes nacionais do segmento de tecnologia em mobilidade urbana, com foco em sistemas de transportes inteligentes, monitoramento e gestão de frotas. “Faz parte do nosso DNA oferecer soluções que garantam maior eficiência e melhor desempenho à gestão do transporte público. É isso que nos diferencia no mercado e nos torna reconhecidos pelos benefícios gerados à coletividade”, destaca Magrini.

desenvolvido com foco na economicidade e eficácia, sendo capaz de operar em perfeita comunicação com outros sistemas voltados para o planejamento viário e do trânsito”, explica Devanir Magrini, diretor Comercial da Transdata Smart. Em cidades as quais o aplicativo vem sendo utilizado, geralmente os passageiros se beneficiam de outras tecnologias de automação da empresa. A maioria é integrada aos sistemas de bilhetagem eletrônica, como a biometria facial, que reconhece o rosto do passageiro portador de cartão com benefícios (idosos, portadores de necessidades especiais, isentos e estudantes), identificando se o usuário é, de fato, o titular do cartão apresentado. “Recursos como estes evitam fraudes e sobrecargas no custo da tarifa, que seria, consequentemente, repassado aos passageiros”, alerta Devanir Magrini.

Transparência e informações em temo real Pioneira no desenvolvimento de sistemas de bilhetagem eletrônica para Transporte Público Semiurbano e Rodoviário com tarifas seccionadas, a empresa trabalha para atender a todos os requisitos técnicos e de compatibilidade com as legislações, à exemplo das normas impostas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para o novo Sistema de Monitoramento do Transporte Rodoviário Interestadual e Internacional Coletivo de Passageiros (Monitriip). O Monitriip vai monitorar o transporte regular de passageiros, acompanhar o número de pessoas transportadas, as tarifas praticadas e o cumprimento da programação horária e do itinerário. Considerada um avanço na gestão do transporte de passageiros, a iniciativa visa aperfeiçoar a ação fiscalizatória da ANTT e otimizar recursos humanos e financeiros do órgão. De acordo com a norma, regulamentada na Resolução nº 4.499/2014, além da instalação de equipamento (homologado pela ANTT) que fará a transmissão de dados por meio de conexão 3G ao Monitriip, as empresas de transporte ficam responsáveis também pela aquisição, implantação e manutenção destes equipamentos, necessários para o funcionamento do sistema, bem como pela coleta, armazenamento, disponibilização e envio dos dados para a agência.


Mercado

Scania lança nova linha de produtos em Lima, no Peru

Novo portfolio é direcionado para os segmentos de construção, mineração, longa distância e ônibus. Novos chassis e caminhões reduzem consumo

Da Scania | assessoria A Scania, referência mundial na fabricação de caminhões pesados, ônibus e motores industriais e marítimos, apresentou em Lima, capital do Peru, o novo portfólio de produtos para os segmentos de construção, mineração, longa distância e ônibus. “Essa introdução reforça os investimentos da empresa para a expansão no mercado latino-americano e as boas expectativas de crescimento da marca no país”, diz Andrés Leonard, diretor-geral da Scania Peru. Entre os lançamentos se destacam as versões P410 LA6x2 e P410 LA4x2 para longas distâncias. Essa linha

tem como novidade a tração em apenas um eixo, especificação historicamente muito requisitada pelos clientes, dadas as particularidades desse mercado. “O novo portfólio está em linha com o compromisso da Scania de oferecer a melhor solução em transporte para seus clientes, com foco na rentabilidade de sua operação e no desempenho do veículo”, destaca Juan Carlos Pon, gerente de Vendas da Scania Peru. Os segmentos de mineração e construção com veículos off-road também ganharam novas configurações. Entre os caminhões, está o G460 CB8x4, com cabine mais espaçosa. Já o P460 CB6x4 passa a

ter rodas com aro 24 e Opticruise, sistema de câmbio que aumenta a durabilidade e o torque dos caminhões. “Se comparados com os antigos, os modelos apresentados podem atingir entre 5% e 8% de redução de consumo de combustível, isso sem considerar o impacto positivo do uso do Opticruise e dos opcionais do Streamline”, afirma Julian Modro, gerente de negócios da Scania para a América Latina. Para o segmento de ônibus, o mercado peruano passa a contar com o Scania K310, modelo concebido em parceria com a Marcopolo para o transporte em operação de mineração. E o novo F310, ônibus com motor dianteiro. 06.09.2015 |

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COLUNAS

NOSSO TRANSPORTE ADAMO BAZANI | adamobus@gmail.com

Prêmio ANTP de Qualidade destacou modelos de As melhores empresas gestão voltados para a excelência na prestação de de transportes do País serviços que interferem no dia a dia dos passageiros

Uma premiação destinada às empresas de transportes, mas que na verdade tem os passageiros como principais ganhadores. Assim pode ser considerado o Prêmio ANTP de Qualidade, concedido pela Associação Nacional de Transportes e que em 2015, em seu décimo ciclo, completou 20 anos. Isso porque, muito mais que concorrem a um prêmio, as empresas desenvolvem ações de melhorias que que acabam servindo de exemplo para outras companhias do setor, melhorando a prestação de serviços para a população. As empresas que se inscrevem para a premiação são submetidas a rigorosas avaliações realizadas por juízes independentes que levam em conta aspectos como viabilidade financeira, situação tributária, comunicação interna e com a comunidade, satisfação dos funcionários e passageiros, ambiente de trabalho e formas de operação. Além de preencherem os formulários com os questionamentos da ANTP, as empresas, sejam operadoras ou gerenciadoras, recebem em suas sedes os auditores da premiação que analisam na prática como estão sendo prestadas as atividades. Neste dia 1º de setembro de 2015, durante o Seminário Nacional NTU – Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos e a Feira de Mobilidade Transpúblico 2015 foram conhecidas as seis empresas premiadas cujos exemplos podem servir para todo o mercado de transportes. O evento ocorreu no Transamérica Expo Center, região de Santo Amaro, zona Sul da Capital Paulista e teve cobertura do Blog Ponto de Ônibus. As vencedoras foram: TROFÉU OURO: HP Transportes Coletivos (Goiânia - GO) – categoria Operadora Rodoviária Urbana e/ou Metropolitana BHTrans – Empresa de Transportes e Trânsito e Belo Horizonte – categoria órgão Gestor de Transportes Públicos TROFÉU PRATA: Leblon Transporte de Passageiros (Fazenda Rio Grande – PR) – categoria Operadora Rodoviária Urbana e/ou Metropolitana. Trensurb - Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A. (Porto Alegre – RS)– categoria Operadora Metroferroviária. TROFÉU BRONZE: Medianeira Dourados Transportes Ltda (Dou-

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rados/MS) – categoria Operadora Rodoviária Urbana e/ou Metropolitana. Rouxinol Viagens e Turismo Ltda (Contagem/ MG) – categoria Operadora de Serviços de Fretamento. Para conquistarem os prêmios, as empresas submetidas às avaliações independentes tiveram de alcançar as pontuações estabelecidas nos itens propostos pelos técnicos. Para deixar o resultado totalmente confiável, os juízes analisavam os resultados, mas não era revelada qual empresa estava sendo avaliada. O SER HUMANO ACIMA DE TUDO Todas as empresas que conquistaram os prêmios tiveram como meta principal o aperfeiçoamento da prestação de serviços visando o negócio em que atuam. Este aperfeiçoamento deve estar sempre voltado para servir o ser humano, como deve ser a característica de quem atua no setor de transportes. O presidente da ANTP, Ailton Brasilense Pires, destacou que a premiação deste ciclo foi especial, já que foi realizada num momento de crise, que também significa momento de oportunidade. “Há um ideograma chinês que representa perigo e oportunidade. Um prêmio que incentiva e multiplica bons exemplos na área de transportes é bem isso. O país já passou por várias crises, mas pessoas de visão enxergaram as oportunidades. Competência, método e criatividade resultam em qualidade, em saídas” – disse Ailton Brasiliense Pires. A diretora-executiva da HP Transportes Coletivos, Indiara Ferreira, destacou a importância dos valores de uma empresa para a qualidade da prestação de serviços. “Amor por servir, este é o principal valor que pregamos e praticamos.” – disse. O diretor-presidente da HP Transportes Coletivos, Edmundo de Carvalho Pinheiro, disse que a boa gestão é um dos fatores principais para a boa prestação de serviços. “A empresa foca em gestão e gestão de pessoas para pessoas. Assim, as melhorias de processos, estratégias e investimentos em tecnologia devem ter o bem estar do ser humano como meta” – enfatizou. O presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar, disse que a gerenciadora tem se esforçado para melhorar a mobilidade da capital mineira. “Este prêmio mostra que estamos

trilhando o caminho certo sempre podendo melhorar. O símbolo maior deste esforço hoje é o BRT Move (sistema de corredores de ônibus) que tem trazido mais qualidade para a população. Agradeço os 1150 funcionários da BHTrans por esta conquista” – disse. Servir bem à população e reconhecer os funcionários como responsáveis pelas conquistas, não somente do prêmio, mas do dia a dia, é uma das práticas destacadas pelo diretor-presidente da Leblon Transporte de Passageiros, Haroldo Isaak. “Nosso lema colocado em prática na Leblon é servir com excelência à Excelência. Há um versículo bíblico muito importante que diz que ‘Tudo o que fizerem, façam-no de todo o coração’. E está aí mais um resultado. Agradeço aos colaboradores que não só vestiram a camisa, mas suaram a camisa em prol de um transporte com qualidade” – explicou O diretor da Trensurb, Humberto Kasper, disse que é possível uma ferrovia federal operar com excelência. “Nossa equipe de trabalho mostra que uma ferrovia pública federal pode atingir um nível de excelência. Nosso sonho é buscar a autossustentabilidade. A principal chave para isso é dar prioridade ao que o cidadão precisa, usando bem os recursos públicos e tecnológicos” – comentou. Diretor da Rouxinol Turismo, Júlio Cezar Diniz, disse que a empresa investe em cultura e formação dos trabalhadores. “As empresas são formadas por seres humanos. Assim, investir nas pessoas é resultado de bons negócios e qualidade refletindo no dia a dia de outros seres humanos. Estimulamos a participação de nossos funcionários em diversos cursos, inclusive universitários” – disse. O diretor da Medianeira Dourados, Paulo Roberto Saccol, contou que o ciclo coincidiu bem no processo de licitação onde a companhia atua, que é uma fase bem trabalhosa para uma empresa de transportes. “Estávamos atentos às novidades e havia preocupação se continuaríamos. Mas nos sentimos estimulados a participar. Uma premiação que visa a qualidade ajuda a apresentarmos um melhor serviço e envolve mais ainda os colaboradores” – explicou. Na mesma noite, foi lançado o 11º Ciclo, que deve se encerrar em 2017 e contar com a participação de mais empresas do setor de transportes.


Segundo secretário de Aumento de R$ 0,10 em combustível transportes, combustível mais caro poderia financiar poderia congelar tarifa de ônibus transportes públicos deixando tarifas congeladas por mais um ano, diz Tatto

MAIS IMPOSTO? Secretário de transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, e ministro das cidades, Gilberto Kassab, ao centro, ao lado de investidores do setor de mobilidade urbana em seminário da NTU. Ambos divergem sobre financiamento do transporte coletivo pelo transporte individual. Foto Melk Na abertura do Seminário Nacio- tivesse aumento de R$ 0,10 e a diferença a O presidente da NTU, Otávio nal da NTU – Associação Nacional das Em- mais fosse passada para o setor de mobili- Cunha, defendeu também que o transporte presas de Transportes Urbanos 2015, que dade urbana, seria possível congelar a tarifa individual financie o coletivo. ocorre junto com a Feira de Mobilidade de ônibus em São Paulo em R$ 3,50 por Segundo ele, com o aumento de Transpúblico, na zona Sul de São Paulo, o mais um ano, sem necessidade de mais sub- R$ 0,10 no combustível sendo destinado à secretário municipal de transportes, Jilmar sídios como ocorreu com o congelamento mobilidade, seria gerada uma receita anual Tatto, voltou a defender a municipalização de 2013, após os protestos de junho. de R$ 10 bilhões para o setor de transportes. da Cide – Contribuição na Intervenção do Para o secretário de transportes, Para o dirigente, a destinação da Cide se traDomínio Econômico, conhecido como “im- esta seria uma forma de quem anda de ta de uma justiça social, já que não há fontes posto do combustível”. carro e proporcionalmente ocupa mais es- de financiamento para as tarifas que hoje Pela proposta, também apoiada paço urbano contribua com quem faz uso recaem inteiramente sobre os passageiros pela FNP – Frente Nacional dos Prefeitos, do transporte coletivo, que pode reduzir o pagantes. parte da arrecadação com o retorno do trânsito e a poluição. O ministro das cidades, Gilberto imposto, seria destinada às cidades para Tatto também defendeu que as Kassab, também esteve na abertura do aplicação direta na mobilidade urbana, empresas paguem o Vale-Transporte para Seminário e foi contra a proposta do auem obras como corredores de ônibus, por os trabalhadores, independentemente de mento do combustível para financiar os exemplo, e para reduzir os percentuais de aceitarem ou não o benefício que hoje gera transportes coletivos. reajustes das tarifas de transporte coletivo. descontos de até 6% nos salários. Segundo Kassab, o cidadão já está Segundo Jilmar Tatto, a prefeitura A prática, segundo o secretário, tam- no limite de tributos e não poderia mais de São Paulo tem um estudo elaborado bém tornaria o transporte coletivo mais vanta- arcar com este imposto. Para ele, os transpela FGV – Fundação Getúlio Vargas que joso do ponto de vista econômico e faria com portes devem contar com outras fontes de mostra que se o litro da gasolina ou etanol que mais pessoas deixassem o carro em casa. financiamento. 06.09.2015 |

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Fテ。IO TANNIGUCHI

Mascarello Granmetro Sudeste Transportes Coletivos, em Porto Alegre/RS



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RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Renault Trucks desenvolve caminhão mais econômico

Do site | notícias Na semana passada, a Renault Trucks e mais seis parceiros lançaram o projeto EDIT (Efficient Distribution Truck, que significa: Caminhão de Distribuição Eficiente), que tem como objetivo reduzir o consumo de combustível dos caminhões de distribuição em 13% em comparação com a atual geração de veículos europeus. O protótipo que será testado, a partir de 2018, é um Renault Trucks D Wide Euro VI. Após o Optifuel Lab 2, um caminhão de laboratório que reúne as inovações tecnológicas para reduzir o consumo de combustível nas aplicações de longa distância, agora, a Renault Trucks está ex-

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pandindo sua pesquisa para os veículos de distribuição. As outras companhias que irão colaborar com o projeto são: Valeo, Lamberet, Michelin, BeNomad, INSA de Lyon (LamCoS) e IFSTTAR (lLICIT). O objetivo do projeto é projetar e desenvolver um veículo de transporte refrigerado com um consomo de combustível 13% inferior em relação aos motores Euro 6 em uso no mercado europeu. A expectativa é de as essas tecnologias que serão usadas para entregar o resultado sejam lançadas, comercialmente, em 2020. O projeto concentrará várias áreas de pesquisa. Primeiramente, a aerodinâmica do caminhão Renault Trucks D e do baú frigorífico da implementadora Lamberet;

em seguida, o protótipo será equipado com um sistema de “macro-híbrido” de baixa tensão para recuperar a energia das frenagens e alimentar os itens da composição que usam energia elétrica, servindo inclusive para fornecer força extra o motor de combustão interna. O desenvolvimento do protótipo também contempla um novo sistema de auxílio de condução, capaz de identificar a velocidade e o modo de condução ideais para obter o melhor desempenho energético do caminhão em cada situação de trafegabilidade. O projeto EDIT também inclui o desenvolvimento de pneus, da Michelin, com maiores durabilidade e eficiência.


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Santos é a primeira cidade a receber o Volare Access

Do site | notícias A cidade de Santos, no litoral paulista, é a primeira do país a receber o novo modelo Volare Access, único miniônibus brasileiro com piso baixo, motor traseiro e suspensão pneumática. As três primeiras unidades já estão em operação pela empresa Guaiúba Transportes. O modelo é equipado com 25 poltronas reclináveis em tecido e com cinto de segurança abdominal, vidros colados, que acompanham a altura dos bancos, proporcionando uma visão panorâmica durante o trajeto, monitor de entretenimento, som ambiente e internet sem fio (Wi-Fi) gratuita para os passageiros, além de sistema de arcondicionado, evaporadores e condensador no teto e distribuição por dutos modulares. “O veículo foi projetado e concebido para oferecer total acessibilidade, mais conforto e segurança para os passageiros e atender à crescente demanda nacional por transporte coletivo, seletivo e escolar, com o mais elevado padrão de qualidade. Um dos destaques é o maior espaço interno e configuração com área exclusiva para PCDs e banco para acompanhante”, explica Mateus Ritzel, diretor comercial da Volare. O Volare Access é equipado com motorização traseira Cummins ISF 3.8, com 162 cv de potência e torque de 600 Nm a 1.500 rpm, transmissão mecânica Eaton FSO 4505 C de cinco marchas e direção hidráulica. Conta ainda com suspensão ‘Full

Air’ pneumática, sistema de rebaixamento total, rampa de acesso, que torna mais fácil, ágil e seguro o embarque e o desembarque de pessoas com necessidades especiais. A suspensão pneumática conta com seis bolsas de ar que reduzem significativamente as vibrações transmitidas pelo pavimento, proporcionando a todos os passageiros um rodar suave e confortável.

Suas dimensões consideram comprimento de até 9.000 mm, altura externa de 3.130 mm e largura de 2.360 mm, com PBT de 9.200 kg. “O veículo alia a agilidade e a versatilidade de um miniônibus, com padrão de conforto, segurança e acessibilidade superior ao de modelos existentes nesse importante segmento de mercado”, finaliza Ritzel. 06.09.2015 |

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Artigo: As situações de risco na área da aviação Do site | por Fábio A. Jacob Como em diversas atividades humanas, a aviação nos surpreende pelo inusitado de alguns acidentes. Ao mesmo tempo em que observamos os incríveis avanços na automação e na aviônica de bordo, nos deparamos com acidentes que desafiam nossa condição de senhores do ar. E acidentes que desafiam nossa compreensão se sucedem com relativa constância, como podemos observar um exemplo que completa dez anos. Em Agosto de 2005, uma aeronave Boeing-737 da companhia Helios Airways, da Grécia, chocou-se contra uma montanha, após cerca de três horas de voo. O inusitado é que o acidente não ocorreu devido às condições meteorológicas, tampouco por causa de uma falha mecânica da aeronave. Em seus últimos momentos foi inclusive acompanhada por dois caças da Força Aérea Grega, que nada puderam fazer para evitar a colisão. O que levou o Boeing da Helios a chocar-se contra a montanha foi uma série de erros humanos, desde a manutenção da aeronave até sua operação. Resumidamente, o que ocorreu foi que, para ser efetuado um teste de pressurização no solo, o sistema de pressurização foi colocado em uma situação de segurança, em que os alarmes e a queda automática de máscaras de oxigênio da aeronave ficaram desabilitados. Este procedimento de manutenção não está errado – o erro foi ter permitido que a aeronave retornasse ao voo com o sistema de pressurização nestas condições, fazendo com que, ao subir, não ocorresse a pressurização da cabine da aeronave, impedindo que os alarmes soassem e que as máscaras caíssem automaticamente para os passageiros e os tripulantes. Assim, à medida que a aeronave subia, os passageiros e tripulantes adormeciam, devido à falta de oxigênio. E a aeronave voou até o final do combustível, com todos a bordo adormecidos/inconscientes, descendo então para colidir com a montanha. A aviação, especialmente no que se refere às empresas aéreas, é uma atividade muito profissional, com procedimentos especificados para cada situação. Não por outro motivo é o meio de transporte mais seguro que existe, mesmo com a

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enorme quantidade de voos que ocorrem a cada dia no globo. Ainda assim, falhas eventualmente ocorrem, com resultado, muitas vezes, fatal. Diferentemente de outras atividades, no entanto, na aviação os acidentes são extensamente investigados, com o propósito de se evitar que se repitam – e esta é, talvez, a chave da segurança na aviação. O Brasil, por exemplo, está muito bem neste quesito, pois registrou 0,19 acidentes por um milhão de decolagens em 2014, enquanto a média mundial está em 0,39 acidentes por um milhão de decolagens. Em outras palavras, hoje, para que aconteça um acidente aéreo no Brasil é necessário que ocorram mais de 5 milhões de decolagens. Ainda assim, medidas novas e novos procedimentos são criados, a cada nova ocorrência, para que procedimentos simples não se tornem tragédias. O objeti-

vo é sempre o “zero acidente” e as constantes campanhas referentes ao descanso das tripulações, ao período máximo de trabalho para os especialistas em manutenção e a crescente capacitação das pessoas têm colaborado para a redução da sua ocorrência. Mesmo sabendo que em qualquer atividade humana o erro é passível de acontecer e que provavelmente nunca atingiremos a segurança absoluta, o importante é o continuo trabalho profissional de homens e mulheres, com o objetivo de fazer com que os acidentes inusitados sejam cada vez mais raros. * Fábio Augusto Jacob é coordenador e professor da Academia de Ciências Aeronáuticas Positivo (ACAP) do Centro Tecnológico Positivo e Oficial-Aviador aposentado da Força Aérea Brasileira.


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Ford e BraunAbility desenvolvem SUV especial para cadeirantes Do site | notícias A Ford e a BraunAbility, empresa que atua na adaptação de acessibilidade para veículos, desenvolveram uma versão especial para cadeirantes nos Estados Unidos. Trata-se do BraunAbility MXV (Mobility Crossover Vehicle), primeiro SUV montado em série com esse tipo de acesso e completamente adaptado para esse perfil de público, permitindo ao cadeirante locomoverse com conforto, seja como motorista ou como passageiro. Projetado sobre a plataforma do Ford Explorer, o modelo é equipado com motor V6 de 3,5 litros e será comercializado a partir do final do ano nos Estados Unidos. “O MXV é um carro revolucionário e estamos muito contentes em ajudar a trazê-lo para o mercado”, afirma Craig Patterson, gerente de Marketing de SUVs da Ford. Entre as modificações, o BraunAbility MXV conta com porta deslizante e rampa de acesso elétricas, com comando remoto na chave, além dos bancos do motorista e

do passageiro serem removíveis. A terceira fileira de assentos é removida para liberar espaço e a alavanca do câmbio também é móvel, facilitando a movimentação interna. “Para o nosso primeiro SUV adaptado para cadeirantes, era importante trabalharmos com o melhor. Queríamos um veículo que personificasse liberdade e inde-

pendência e o Ford Explorer nos forneceu a melhor base para conseguir isso”, diz Nick Gutwein, presidente e CEO da BraunAbility. Mesmo que exclusivo para o mercado estadunidense, iniciativas como essa podem inspirar outros desenvolvimentos neste sentido futuramente para os mercados internacional e nacional, inclusive.

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Femsa Brasil vai testar uma unidade do Kangoo 100% elétrico Do site | notícias

Para tornar a sua operação de transporte menos poluente, a Femsa Brasil – maior engarrafadora do sistema Coca-Cola no país – iniciará testes com um Kangoo Z.E. (Zero Emissão) 100% elétrico na distribuição de seus produtos na região central de Curitiba (PR). Assim como a versão com motor de combustão interna, o Kangoo Z.E. possui capacidade para transportar 650 kg de cargas. O sistema propulsor da furgoneta recebe um pacote de baterias de íon-lítio, que permite uma autonomia de até 170 km com uma só carga, podendo ser recarregado entre 6 e 8 horas, variando de acordo com a rede de energia da cidade. O motor elétrico é capaz de gerar 44 kW (60cv) e 23,0 kgfm, levando o furgão a uma velocidade máxima de 130 km/h limitada eletronica-

mente. Por ser elétrico, o Kangoo Z.E. não emite poluentes na atmosfera e consome somente 3KVA/16A de energia para rodar 120 km, o equivalente a um banho de

15 minutos em chuveiro elétrico. Um dos grandes diferenciais do furgão elétrico é o quadro de instrumentos com indicadores de autonomia, capacidade da bateria e média de consumo instantâneo. 06.09.2015 |

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www.onibusdecampinas.com.br

Fábio T. Tanniguchi |

ftanniguchi@portalinterbuss.com.br

Durante a última semana, veículos da garagem da VB Transportes e Turismo localizada no bairro Bonfim foram vistos abastecendo em postos de combustíveis da região. No dia 31 de agosto, segunda-feira, este colunista da InterBuss encontrou flagrou e tirou fotos de vários veículos da VB3 abastecendo nos postos São Genaro (bandeira Ipiranga) e Governador (bandeira Petrobras). Um amigo da equipe da revista viu veículos da empresa abastecendo também no posto Caprioli (sem bandeira). No primeiro posto citado, por estar aguardando um ônibus no ponto em frente, foi possível acompanhar o esquema de abastecimento. Por volta das 19h, os veículos chegavam mais ou menos a cada 5 minutos. Um funcionário da garagem acompanhava o abastecimento, munido de uma prancheta onde fazia anotações a cada veículo que chegava. É sabido que há várias semanas são relatados problemas de pane seca na empresa, na operação do sistema municipal, inclusive com matérias na imprensa. Entretanto, em todos os casos, não foram dadas grandes justificativas. Dessa forma, as suspeitas mais céticas sempre foram de que eram casos pontuais que fugiam do controle da logística da garagem. No entanto, o abastecimento em postos gera outras suspeitas. Primeiramente, a garagem da empresa possui tanque de diesel, o qual é transportado por carretas do próprio grupo que buscam o combustível nas refinarias, ou seja, com preço mais atraente do que em postos. Dessa forma, não faria sentido abastecer em postos a não ser que a garagem estivesse sem diesel por algum motivo específico. Um

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possível desabastecimento na garagem pode ser o motivo das panes encontradas pelas ruas da cidade. Pouco mais tarde, pegando um veículo da linha 360, operada pela VB3, foi estabelecida uma conversa com o motorista. Logo ao perguntar sobre o motivo pelo qual os veículos estariam abastecendo em postos, ele alegou que a empresa estava com problemas de recebimento de diesel há vários dias. Segundo o motorista, o abastecimento nos postos não é feito em quantidade suficiente para a operação. Os veículos que fazem linhas longas, especialmente as diametrais, não conseguem cumprir as escalas de dia completo (ou seja, que não fazem apenas picos) com o que está no tanque. Neste caso, se o veículo não parar com pane seca, é feito recolhimento na garagem e o motorista pega outro veículo que esteja com mais combustível. Ainda segundo o motorista, a linha 360 (juntamente com a derivação 360.1) estaria naquele dia com carros a menos. Verificando posteriormente pelo aplicativo CittaMobi, foi possível verificar que havia apenas três veículos operando a noite. Como o ciclo (ida e volta) tem de 90 a 100 minutos, o intervalo médio era de 30 minutos. Entretanto, pela tabela da Emdec, a linha deveria ter o dobro de veículos rodando naquele momento (6 carros), com intervalo médio de 15 minutos. Em um determinado momento, mudou a tela do computador de bordo (pois se tratava de um Volvo B270F) e mostrou que a autonomia estimada naquele momento era de 63 km. Como ainda eram cerca de 21h, o veículo ainda faria mais pelo menos 3 viagens nessa linha diametral, chegando na garagem por volta da 1h10. O motorista demonstrava preocupação se conseguiria cumprir a escala até o

Veículos abastecem em postos de combustíveis; motorista denuncia falta de diesel e crise econômica em garagem de operadora do sistema

Crise? fim e estava andando em baixa velocidade nas vias, na tentativa de economizar combustível. Mais tarde, por volta das 0h, um amigo da nossa equipe viu o veículo em questão parado na Av. Barão de Itapura com o piscaalerta ligado. Teria sido mais uma vítima de pane seca? Ao longo da semana, nosso editor-chefe, Luciano Roncolato, viu veículos rodoviários da Viação Lira abastecendo no posto Garcia (bandeira Shell). É fato que algo não está indo bem no grupo de empresas de Belarmino Marta. Não vamos entrar no mérito sobre as causas. Mas os passageiros não podem sofrer em virtude de uma crise em uma empresa operadora. Intervalos altos devido a escalas não cumpridas e veículos com pane seca ou mesmo quebrados nas ruas são situações que não podem ser tratadas com tanta complacência pelo órgão gestor, ainda mais quando são recorrentes. É preciso que a Emdec acompanhe de perto o que está ocorrendo. No caso das escalas não cumpridas, se a empresa está sem condições operacionais de cumpri-las, não seria o caso de convocar uma operação PAESE? Se a questão do recebimento de diesel tem motivos graves, como uma crise financeira na empresa, não seria o caso da Emdec abrir um processo administrativo e verificar quais são as medidas cabíveis por contrato para evitar que o pior aconteça para a operação do sistema? Se o sistema continuar sendo precarizado, o usuário se sentirá ainda mais incentivado a comprar um carro e abandonar o transporte público, o que agrava mais ainda a queda no número de passageiros do sistema. Um sistema em crise seria um enorme pesadelo, se já não está começando a ser..


Nova empresa na Unicamp

Fábio T. Tanniguchi |

ftanniguchi@portalinterbuss.com.br

Desde o dia 14/08, o serviço de Circular Interno da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) tem uma nova empresa operadora: a MacTur, de Valinhos/SP. A empresa está operando duas das seis escalas do serviço, sendo uma do Circular 1 e outra do Circular 2 que vira Circular Notur-

Circular Interno tem nova empresa, com carros exTranslitorânea (RJ)

no a partir das 18h30. As demais continuam sendo operadas pela Transmimo, coincidentemente também de Valinhos. A MacTur comprou para a operação três Neobus Mega BRS com chassi Scania K230UB, todos ex-Translitorânea (Rio de Janeiro). Possuem prefixos 1700, 1800 e 1900. Vale lembrar que o Circular Interno da Unicamp era operado somente pela Transmimo desde o primeiro semestre deste ano,

Emdec muda linhas

Fábio T. Tanniguchi |

ftanniguchi@portalinterbuss.com.br

A partir de 31/08, várias linhas municipais de Campinas tiveram alterações. Mais de 20 linhas tiveram redução de frota nos dias úteis, resultado da queda no número de passageiros alegada pelas empresas. Se no primeiro lote de reduções foi atendida a VB1, desta vez foram atendidas VB3 e Campibus. Entretanto, houve aumento de frota em três linhas da Campibus (221, 223 e 229) e uma da VB3 (345). Na lista de linhas com redução de horários, pode-se perceber que houve pouca parcimônia sobre quais linhas seriam afetadas. As linhas Interbairros (307 e 308, que percorrem em sentidos opostos) passam a ter intervalo de 1h, operando com apenas dois carros cada. Se a linha já demorava muito para passar e quase ninguém usava, agora já poderiam decretar o fim mesmo. Poderiam colocar os quatro carros em linhas onde seriam melhor aproveitados. Entretanto, uma boa ideia foi o fim das derivações da linha 252 (Pq. São Jorge / Terminal Mercado I), que eram três. Agora, toda a frota da linha (que foi reduzida) faz a linha base, agora estendida até o Residencial Veredas, antes atendido apenas pela

252.3. É a prova de que reestruturar linhas e “enxugar” o sistema, ao invés de simplesmente cortar frota, pode ser muito mais interessante e acabar satisfazendo usuários e o empresário. Além dos ajustes de frota, houve duas mudanças significativas de atendimentos. A primeira é a da Leroy Merlin Dom Pedro. A loja, juntamente com a vizinha Decathlon, era atendida pela linha 385 (Shopping Iguatemi / Rodoviária). Agora, elas voltaram a ser atendidas pela 383 (Leroy Merlin Dom Pedro / Rodoviária via Shopping Iguatemi, Jd. Planalto e Centro de Convivência). Dessa forma, a 385, que é a principal linha do Iguatemi, passa a ter mais horários e a linha 383 passa a ter melhor aproveitamento. No horário de fechamento da Leroy e da Decathlon, um dos carros da 383 irá fazer apenas o trecho entre as lojas e o Shopping Iguatemi, que é a 383.1 (Shopping Iguatemi / Leroy Merlin Dom Pedro), incentivando as integrações no terminal do shopping. Entretanto, esperava-se a criação ou alteração de uma linha para atender o Entreverdes, novo empreendimento imobiliário que construiu a extensão da Av. Isaura Roque Quércia (antiga Av. Mackenzie). A avenida, que antigamente acabava na bifur-

com a saída da Exclusiva Turismo. No passado, já operaram o serviço as empresas Bortolotto Turismo e Expresso Poppi, sendo que a última teve contrato rescindido pela Unitransp (órgão de transportes da universidade) e depois veio a público denunciar um suposto cartel de empresas de fretamento ligadas ao Sinfrecar (Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento de Campinas e Região).

Mais de 20 linhas tiveram redução de frota cação entre as lojas Leroy Merlin e Decathlon, agora cruza todo o novo Entreverdes e vai até o condomínio Caminhos de San Conrado. A segunda mudança significativa de atendimento é da derivação 369.1 (Alphaville Dom Pedro / Estação Expedicionários). Até o dia 30/08, poderíamos chamar a 369.1 de derivação da 369. Agora, é só pelo número mesmo. Se antigamente a 369.1 fazia o mesmo itinerário da 369 entre o Galleria Shopping e o Centro (com exceção do atendimento à Vl. 31 de Março feito apenas pela linha base), agora ambas fazem itinerários bem diferentes. A 369.1 deixa de atender o ponto principal do Galleria Shopping (e que era o maior pólo de demanda da linha) e a Av. Carlos Grimaldi, passando a fazer o itinerário pela Estação Anhumas (Maria-Fumaça), Carrefour Dom Pedro, Rod. Dom Pedro I, Rod. Miguel Noel Nascente Burnier e voltando ao itinerário da linha base apenas a partir do Dalben Taquaral. É uma volta enorme que não tem justificativa aparente. Talvez seja requisição de algum vereador. Enfim, coisas de uma cidade que se acha (e é) metrópole mas nem sempre age como tal. Todas as mudanças podem ser conferidas com muito mais detalhes em www.onibusdecampinas.com.br 06.09.2015 |

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ARTIGO

O desastre busólogo nas feiras de negócios

As barbaridades que aconteceram na Transpúblico só mostra que o hobby ainda tem muito o que melhorar, apesar de tudo o que já foi feito e foi à lona por conta de uma minoria

Artigo | por Luciano Roncolato As feiras temáticas, realizadas geralmente a cada um ou dois anos, são grandes vitrines para negociações e relacionamentos entre empresários, fornecedores, fabricantes e clientes. No mercado de transporte público isso não é diferente e por isso existem duas feiras bienais: a Fetransrio, realizada em anos pares no Rio de Janeiro, e a Transpúblico, que acontece em São Paulo nos anos ímpares. Paralelamente à essas feiras, vários orgãos como a NTU e a ANTP realizam seminários e entrega de premiações aos destaques do setor. Esses eventos costumam reunir grande número de empresários do setor de transportes, fornecedores de serviços e peças, funcionários em geral, fabricantes de carrocerias e chassis, todos em busca de bons negócios através da exposição da sua marca e dos seus produtos. Como são eventos abertos, qualquer pessoa pode ter acesso ilimitado e gratuito, e foi nesse ponto que a Transpúblico deste ano registrou alguns problemas, por enquanto tidos como pontuais mas que geraram grande repercussão negativa. Obviamente que se tratando de evento relacionado ao setor de transportes, os colecionadores, entusiastas e busólogos participam sem nenhum problema, até porque devem ser bem vistos por conta da divulgação gratuita proporcionada por eles, mas os desvios comportamentais de uma minoria compromete o trabalho bem feito

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da grande maioria. Não é de hoje que o hobby busca um reconhecimento entre as empresas do setor de transportes. Vários problemas já foram registrados em diversos eventos com busólogos, muitos já até abandonaram o hobby, outros ainda persistem e ao invés de evoluírem, parecem que só regridem. Não podemos nos esquecer que há um grande abismo entre os eventos corporativos e os eventos dirigidos ao hobby. A Transpúblico é dirigido aos empresários com objetivo de fazer novos contatos e fechar negócios, e os colecionadores têm o direito de visitar também para fazer contatos e conhecer as novidades. Já a Viver, Ver e Rever, mais conhecida como VVR, por exemplo, é direcionada ao hobby, para que sirva como um ponto de encontro entre os entusiastas, visitar os veículos expostos, trocar informações e materiais, etc. Talvez falte esse discernimento entre os colecionadores e busólogos. As barbaridades que aconteceram na Transpúblico só mostra que o hobby ainda tem muito o que melhorar, apesar de tudo o que já foi feito e foi à lona por conta de uma minoria: veículos danificados, pessoas fazendo filas para se alimentarem nos stands como se fossem lanchonetes gratuitas, até a utilização do sanitário de um dos ônibus expostos foi feita. Primeiramente deve se saber que feiras de negócios não são restaurantes ou lanchonetes. O que é servido pelo expositor é apenas um agrado para simples degustação, mas ainda há quem vá nesses eventos apenas para comer

e voltar abarrotado de brindes. Até aí em relação aos brindes há uma tolerância já que em qualquer hobby isso é de grande valia, mas o comportamento é fundamental. Feiras de negócios atraem pessoas bem vestidas, e não pessoas que se vestem como se fossem em um encontro de cosplayers. Custa vestir uma roupa mais decente? Não se sabe que empresários serão encontrados por lá? O que eles iriam pensar? Talvez isso não importe para a maioria, mas deveriam saber que se há a abertura das portas de uma garagem para visita, é o dono que dá a autorização, e ele não teria o porquê deixar alguém que não sabe sequer se comportar em uma feira de negócios entrar em seu espaço. De nada adiantará pedir para que essa Transpúblico sirva de lição até porque nada irá mudar, já que em outros eventos aconteceram situações similares e as coisas só tem piorado desde então, porém pode-se pedir ao menos um discernimento mínimo para que haja um comportamento adequado diante de todos. Feiras assim são vitrines e todos deveriam aproveitar essa oportunidade, mas preferem passar a imagem de que o hobby é composto por pessoas mal educadas, mortas de fome, desprovidas de inteligência e que atrapalham, ao invés de ajudar. Na próxima semana não deixem de ver a cobertura especial da Feira Transpúblico 2015. O que aconteceu de bom, obviamente.


COLUNAS

HISTÓRIA EM ÔNIBUS GEORGE ANDRÉ SAVY | escritorpiloto@gmail.com

No mundo dos clandestinos “Faça a experiência de cobrador na linha”. Este convite recebi no final dos anos 90, de um motorista que havia trabalhado comigo numa grande empresa urbana e naquele ano trabalhava para uma “clandestina”. Como nunca fui de recusar experiências, por mais bizarras que fossem, aceitei. E por duas viagens, cobrei numa linha intermunicipal curta, existente até hoje. A primeira viagem, no horário de pico, causou adrenalina. Saímos de uma rua discreta próxima ao ponto oficial de determinada linha assim que o ônibus da empresa permissionária partiu. Ultrapassamolo alguns metros adiante para chegarmos ao próximo ponto e levar os passageiros. Alguns entraram, outros optaram para embarcar no oficial que encostou logo atrás. Partimos. O outro acelerou e na primeira oportunidade ultrapassou-nos. Desta vez, quando o oficial parou, “meu” motorista acelerou. “Velhaco” no esquema da operação clandestina, deixou dois, três passageiros que deram sinal nos pontos seguintes. Disse para mim: “vamos parar num ponto que tem mais passageiro”. Assim fez. Funcionários de indústrias e comércios próximos embarcaram em massa. Muitos já estavam familiarizados com o motorista, cumprimentavam e puxavam conversa. Mas havia os desconfiados. Uma passageira, vendo uma mancha preta no assoalho perto da catraca, me perguntou: “isso aqui foi começo de incêndio no ônibus?” Respondi que nada sabia, afinal era a primeira vez que estava cobrando naquele veículo. Ela fez uma expressão de gozação. Observando e conversando com outros passageiros durante aquela e a viagem seguinte, entendi como é a relação dos usuários do transporte por ônibus com as empresas alternativas. A maioria sabe que se trata de empresa não regularizada. A opção se dá normalmente por questão de tempo e valor da tarifa, que não é o caso desta e outras linhas curtas suburbanas. O passageiro avalia essencialmente o estado do ônibus (visual). Assentos bons, limpeza e forma que o motorista dirige e trata os passageiros. Apesar de alguns detalhes, como a mancha preta no assoalho, resultado de alguma solda mal feita, o Vitória que trabalhei experimentalmente passava no teste visual. E satisfazia o passageiro que pretendia chegar mais cedo em casa; mesmo com a disputa por passageiros, o motorista, com anos de registro em carteira em boas empresas, dirigia muito

bem. Mas...como os alternativos crescem sutilmente mesmo com tanta veiculação de aperto nas fiscalizações? Inicio com o caso desta “empresa”, há tantos anos no ramo. Nunca ocorreu acidente relevante com seus ônibus. Não ocorrendo “b.o.”, não cai na boca da imprensa, questionadora. Sem noticiário negativo e questionador, convém manter o jogo de cintura. Se o número de passageiros divididos não está incomodando a empresa oficial (ou seja, a alternativa mantêm aqueles poucos horários, poucos ônibus, não está crescendo para representar ameaça), não há por que denunciá-la. E a fiscalização dos órgãos responsáveis também tem “seus extras”. No Brasil historicamente temos aquilo que se chama de “problema social crônico”. Anos atrás, conversando com um funcionário de certa prefeitura sobre a fiscalização do comércio ambulante nos terminais de ônibus, ele foi curto e grosso: “se você atrapalha o ganha-pão do pobre, você é ruim, e a opinião pública se volta contra o gestor”. Em outras palavras, é torcer para

que todos os lados – empresários estabelecidos, alternativos e consumidores e usuários dos serviços – não tenham problemas. Dessa forma, cobra-se (em todos os sentidos) que estes que estão na clandestinidade não deem motivos para denúncias. Afinal, se eles existem é porque existem consumidores e usuários. O poder público sempre terá sua legítima defesa de que tudo faz para veicular através dos meios de comunicações de massa sobre os riscos da opção pelo que não está legalizado, seja o consumo de produtos no comércio ambulante, seja a utilização de veículos não autorizados para o transporte, seja a aquisição de qualquer produto pirateado. Em suma, o cidadão está ciente. Se optar pelo fora da lei, é porque fez, conscientemente, de livre e espontânea vontade. E desarmar o gigantismo desta teia instalada no país requer coragem e ousadia que ninguém tem. Resta então manter o jogo de cintura e orar para que nenhum acidente grave de repercussão nacional ocorra para acordar a imprensa investigativa e os críticos partidários de plantão. 06.09.2015 |

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REDE SOCIAL

O SEU ESPAÇO AQUI NA INTERBUSS

AS MELHORES DO FACEBOOK

Flávio Oliveira | Marcopolo Paradiso G4 Volvo B10M

Willian Schimitt | Caio Mondego MBB

Tôni Cristian | Caio Vitória Ford B-1618

DEU O QUE FALAR

A Feira Transpúblico realizada em São Paulo

Um dos muitos assuntos comentados na semana passada sem dúvidas foi a feira Transpúblico, realizada a cada dois anos na cidade de São Paulo. As novidades expostas na feira foram muito comentadas nas redes sociais e nos fóruns especializados em transporte público no Brasil. A exposição aconteceu na semana passada por três dias, no Transamérica Expo Center. 26 interbuss | 06.09.2015

Diego Almeida Araújo | Nielson Diplom

Os lançamentos Feira Transpúblic

Os poucos, mas grandes lançamentos Transpúblico em São Paulo foram uns nas redes sociais, sites especializados e novos veículos apresentados pipocaram sociais, o que obviamente alimentaram negativos de todos os participantes.


DICA DE COMUNIDADE

Acervo Railbuss

https://www.facebook.com/groups/1464702743753758/

O-500U

Grupo criado para postagens de fotos que já foram publicados no antigo site Railbuss, um dos maiores sites sobre o hobby e que já saiu do ar. O grupo é público e não necessita de autorização prévia para acessar.

A FOTO DA SEMANA

Marcio Spósito

Marcopolo Paradiso G7 | Viação Danubio Azul

mata 380 Scania K112

feitos na co em São Paulo

realizados durante a Feira s dos grandes assuntos comentados e fóruns de transporte. As fotos dos m em vários sites e nas redes m os comentários positivos e

Aqui publicamos a foto de ônibus mais bonita da semana, colhida em redes sociais. Não são consideradas fotos publicadas em sites pessoais ou em outros sites. 06.09.2015 |

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FOTOS DA SEMANA

SEM FRONTEIRAS | www.semfronteirasfotos.com.br

UMA SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADO

Rayllander Almeida Busscar Jum Buss 340 Volvo B10M | Nacional Expresso

Rafael Caldas Marcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RSD | Planalto

Douglas Andrez Marcopolo Paradiso G7 1800DD Scania K400 | Santa Izabel

Weiller Alves Marcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RSD | Águia Branca

Weiller Alves Marcopolo Paradiso G7 1800DD Scania K360 | Real Maia

Weiller Alves Marcopolo Paradiso G6 1200 Scania K340 | Cidade do Aço

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S OS NA SEMANA SEM FRONTEIRAS | www.semfronteirasfotos.com.br

Gean Brito Marcopolo Paradiso G7 1800DD Scania K380 | Transbrasiliana

Rafael Caldas Marcopolo Paradiso G6 1200 MBB O-500RS | Itapemirim

Douglas Andrez Comil Condottiere Ford B-1618 | Viação Goianésia

Gean Brito Busscar Jum Buss 380 MBB O-371RSD | Santo Antonio

Rayllander Almeida Ciferal Citmax MBB OF-1721 | Viação Satélite

João Victor Comil Campione 3.65 Scania K340 | Falcão Real

o endereço da sua galeria, juntamente com uma ou duas fotos com a descrição do ônibus fotografado e fazemos a divulgação neste espaço, sem custo algum! Mande um e-mail para revista@portalinterbuss.com.br com os dados e aguarde! ENVIE SUA FOTO! Envie 06.09.2015 |

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COLUNAS

VIAGENS & MEMÓRIA

MARISA VANESSA N. CRUZ | ideiaselembrancas@gmail.com

A Classicbus na Expoclassic 2015

Neste ano de crise, vários eventos gratuitos relacionados ao transporte rodoviário foram cancelados, tais como a VVR, Exponi, enfim... no mês passado visitei uma exposição de antiguidades sobre rodas, de todos os tipos, tamanhos, modais... na cidade de Novo Hamburgo-RS. Trata-se do Expoclassic, na sua décima terceira edição, realizado entre 21 e 23 de agosto de 2015. Este evento, realizado no pavilhão FENAC, é mantido pela arrecadação de ingressos na entrada do evento, que custou R$ 15 por participante, e tem realização anual. E desde 2014, conta com fácil acesso ao trem metropolitano, desembarcando na estação FENAC. Há carros, motos, caminhões, peças antigas à venda e também... ônibus. Desde 2011, o Segundo Clube do Ônibus Antigo organiza a Classic Bus, exposição de ônibus antigos e acontece dentro da Expoclassic. Visitei a exposição no dia 22 de agosto, a partir das 15 horas. Ao subir para o piso superior e aos fundos, estavam os ônibus antigos expostos, como o Nielson Diplomata 380, antigo 4000 que pertenceu à Expresso Brasileiro, e que veio de Mogi Mirim-SP para o evento. Veio também o Mercedes-Benz O-364 da Carris, ano 1984, e com capelinha, para contar a história da estatal desde o século 19. Teve também o Mercedes-Benz O-362 da UFRGS, além do modelo urbano Veneza, da Marcopolo, de várias gerações, e do Marcopolo II da Ametista Tur. Estava exposto também o Marcopolo III da Santo Anjo, de Florianópolis, além do Marcopolo Viale reestilizado para a demonstração dos produtos da Dimelthoz. E também, o Torino LN da Turisinos que pertenceu a alguma empresa da Grande Porto Alegre. E anualmente, a Viação Graciosa e a Viação Colombo cedem suas relíquias, respectivamente, com Nimbus TR-3 e Nielson Diplomata 2.50. E para completar, cerca de oito ônibus não citados aqui completaram o evento, retratando a diversidade do sul do país. Entre eles, a jardineira da Viação Santo Antônio. Foi uma boa sacada implementar esse evento em um local coberto, protegido de chuvas, ventania, e à luz do sol, o que valeu a pena pagar 15 reais para ter todo esse conforto. E misturando com carros, motos e caminhões, acabou tornando o maior evento coberto de veículos antigos do Brasil. Aqui em São Paulo, deveria ter algo semelhante, sem ser o Salão do Automóvel

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ou ir em cidades do interior ou na Praça da Luz. Deveria ser algo coberto, semelhante ao que tem todo ano na Expoclassic. E caso

algum organizador faça na capital paulista, pelo “Custo São Paulo” o preço mínimo com certeza seria 50 reais.


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