Revista InterBuss - Edição 262 - 20/09/2015

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CAMPINAS RECEBE AVAL PARA INICIAR OBRA DE BRT

interbuss PORQUE TRANSPORTE É VIDA | ANO 6 | N° 262 | 20 DE SETEMBRO DE 2015

TRANSPÚBLICO: ALTA TECNOLOGIA QUE VALEU A PENA

Soluções em gestão de frota e bilhetagem foram a parte boa da Transpúblico; Confiram os detalhes MARISA VANESSA: OS ÔNIBUS DA MAFERSA


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NESTA EDIÇÃO A GRANDE MATÉRIA

A parte boa da Transpúbli

As novidades na área de tecnologia que fizeram a feira valer a pe SUMÁRIO

6 NOSSA OPINIÃO 7 A IMAGEM MARCANTE 8 TODA SEMANA 13 NOVIDADE 14 ADAMO BAZANI 16 ÔNIBUS DE CAMPINAS Os desmandos do Governo de São Paulo

A foto que marcou a semana no setor de transportes

As notícias mais importantes da semana

Startup entra para aceleradora

Colunistas | Novas tecnologias no Brasil

Liberada obra do BRT na cidade

18 PÔSTER 20 DEU NA IMP 24 A GRANDE M 30 REDE SOCIA 32 FOTOS DA S 34 MARISA VAN

Irizar i6, por Volvo do Bras

As notas da imprensa espe

A Transpúblico high-tech

O seu espaço na InterBuss

As melhores fotos de ônib

Colunistas | A Mafersa


ANO 6 | Nº 262 | DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015 | 1ª EDIÇÃO | CONCLUÍDA À 18h39 (S) EDIÇÃO COM 36 PÁGINAS

ico 2015

ena

ÔNIBUS DE CAMPINAS

Mais mudanças em linhas; redução de frota é motivo

Região da Unicamp teve mudanças em todas as linhas

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TODA SEMANA

24

sil

Ônibus é depredado em Manaus após problemas

Blitz achou irregularidades em mais de cem ônibus

08

TODA SEMANA

Colitur tem ônibus presos durante operação em Paraty

11

PRENSA ecializada

Veículos teriam apresentado problemas em operação

MATÉRIA

Transporte na Europa recebe novidades com tecnologia

AL s

SEMANA bus da semana

NESSA N. CRUZ

NOSSO TRANSPORTE

Há até micro-ônibus operando sem condutor

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DEU NA IMPRENSA

VLT da Baixada Santista vai começar a operar em janeiro

Boa parte das obras já foram concluídas pela EMTU

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EXPEDIENTE

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda. DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFE Luciano de Angelo Roncolato JORNALISTA RESPONSÁVEL Luciano de Angelo Roncolato REVISÃO Felipe Pereira e Luciano de Angelo Roncolato ARTE E DIAGRAMAÇÃO Luciano de Angelo Roncolato AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃO Agradecemos à Adriano Minervino, Márcio Spósito, Ailton Florêncio e Douglas de Cézare pelas fotos enviadas esta semana para capa, matérias e pôster. SOBRE A REVISTA INTERBUSS A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo. Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países. Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail revista@ portalinterbuss.com.br. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autorizada apenas após um pedido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido. PARA ANUNCIAR Envie um e-mail para contato@portalinterbuss.com. br ou ligue para (19) 99483-2186 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos! PARA ASSINAR Por enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibilizada livremente apenas pela internet, através do site www.revistainterbuss.com.br. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem para revista@portalinterbuss.com.br e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado. CONTATO A Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conversar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para revista@ portalinterbuss.com.br ou contato@portalinterbuss. com.br. Procuramos atender a todos o mais rápido possível. A EQUIPE INTERBUSS A equipe do Portal InterBuss existe desde 2000, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sempre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe. Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail contato@portalinterbuss.com.br ou pelo telefone (19) 99483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

NOSSA OPINIÃO

Editorial

Governo de São Paulo: o dos problemas “pontuais” O Governo do Estado de São Paulo tem dado mostras cada vez maiores de incompetência e irresponsabilidade, sobretudo na área dos transportes metropolitanos. Na semana passada houve mais uma vez problemas com o abastecimento de combustível em uma empresa de ônibus da região de Campinas, e mais uma vez a resposta da EMTU, empresa que gerencia o sistema de transporte entre as cidades das regiões metropolitanas do estado, foi a mesma. É impressionante o quanto o Governo não faz nada para melhorar a vida do seu eleitor, e age tão mal quanto ou até pior que o governo Federal, tão criticado pelo partido que está no poder paulista há mais de duas décadas. A resposta padrão da EMTU é a seguinte: que a falta de diesel foi um problema “pontual”, e que a empresa segue trabalhando para melhorar o transporte nas regiões metropolitanas. Oras, é a segunda vez este mês que falta óleo diesel na empresa e a EMTU diz que é um problema apenas pontual? A impressão que fica é que o governo sequer fiscaliza o transporte fora da região metropolitana de São Paulo, que não está atenta e que está tudo largado, cada um operando como deseja. Curiosamente a mesma EMTU costumava fazer blitzes com certa frequência nas entradas de Campinas para inspecionar os veículos do extinto serviço ORCA - Operador Regional Coletivo Autônomo, também chamados de perueiros. Quase sempre havia apreensão de veículos dessa operação, ou por má conservação dos carros, ou por superlotação, ou pelos motivos mais diversos possíveis. Agora, falta diesel em uma empresa de ônibus que opera um considerável número de linhas na região e é dito que é algo pontual. Ficou nítido aí que há dois pesos e duas medidas nas fiscalizações, com os menores sendo prejudicados diante da cortina de ferro dos grandes. O problema da falta de óleo diesel já está se tornando corriqueiro em várias empresas da região de Campinas mas nada é feito para corrigir isso. Não há nenhuma punição, a população continua prejudicada e o ciclo não se encerra. Enquanto em países desenvolvidos o transporte público é tido como solução e recebe incentivos para que a população deixe o carro em casa para se deslocar nos ônibus e trens, aqui no Brasil é o contrário: todos recebem incentivos para saírem de casa com seus carros e não usarem o transporte público, até porque ele é muito ruim: atrasa, os veículos são velhos, os motoristas são mal educados, entre vários outros fatores que só afastam o passageiro. E agora tem mais essa: falta óleo diesel, algo que é essencial para a circulação de ônibus, e nada é feito. A população, vítima desses sistemas problemáticos e deficitários, fica no ponto e não tem nenhum respaldo do poder público, que se limita a dizer que “está trabalhando”. Não se sabe onde, mas diz-se que está trabalhando para melhorar o transporte para o povo. Não é possível que o eleitor não abra os olhos para o péssimo governo paulista, que não faz nada e parece agir até pior que o governo federal. A impressão que fica é que o governo tucano está na “onda” popular contra o governo federal e esquece de administrar pois é notável o quanto São Paulo está abandonado. Os investimentos foram sumariamente cortados, obras estão andando a passos de tartaruga, a violência não para de crescer, e o governo ainda diz que está trabalhando. A nós fica a esperança de dias melhores, apenas a esperança, pois na prática já vimos que não deveremos ter grandes mudanças, já que são problemas apenas “pontuais”.


A IMAGEM MARCANTE

Rio de Janeiro, RJ

Segunda-feira, 14 de setembro de 2015

A empresa Vera Cruz, que opera linhas metropolitanas na região do Rio de Janeiro, fez a apresentação da nova plataforma elevatória que adotou em seus ônibus. Com o novo modelo, o elevador fica protegido na parte de baixo do assoalho, evitando quebras e problemas no equipamento. A foto é de divulgação.


TODA SEMANA

Amazonas

AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA SEMANA NO SETOR DE TRANSPORTES

Pane irrita passageiros e ônibus são depredados G1 Amazonas | Notícias

Após diversos registros de panes em veículos do transporte coletivo em Manaus, o Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM) realizou uma blitz para verificar as condições dos ônibus que circulam na capital. Ao menos cem veículos foram flagrados com irregularidades e autuados pelo órgão, na manhã desta quinta-feira (17). A fiscalização ocorreu na Avenida Autaz Mirim, nas proximidades do Terminal Integração (T5), Zona Leste da capital, depois que um grupo de usuários do transporte público depredou, na terça (15) e quarta-feira (16), dois ônibus em protesto contra falta de intraestrutura no sistema. De acordo com o diretor-presidente do Detran-AM, Leonel Feitoza, a maioria dos ônibus flagrados com irregularidades pertence à empresa Global Green. Até as 6h30 da manhã, cem veículos fiscalizados estavam irregulares. Dois foram retirados de circulação porque não apresentavam condições de uso. Os principais problemas flagrados pelos fiscais foram coletivos circulando com pneus carecas, para-brisas quebrados e licenciamento em atraso. Fiscais encontraram ainda motoristas sem a documentação dos ônibus. “Vamos continuar com as fiscalizações em todos os sistemas de transporte. Nossa preocupação é com a segurança da população, que está sendo colocada em risco”, disse Feitoza. Reparos O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) comunicou, na quarta-feira, que a empresa Global Green está trabalhando em conjunto com a Superintendência Municipal de Transporte Urbanos (SMTU), para minimizar os transtornos com as panes mecânicas que tem acontecido em alguns ônibus da empresa. Na manhã desta quarta-feira (16), mais um ônibus foi depredado por vândalos após sofrer uma pane mecânica na avenida Ephigênio Sales, bairro Aleixo, zona CentroSul. O ônibus da linha 678 teve mais de

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PRECÁRIO Ônibus de Manaus passam por blitz; um foi depredado. Fotos: G1 AM 20 janelas quebradas, além dos pára-brisas dianteiro e traseiros. Durante a confusão os vândalos ainda tentaram atear fogo no banco do cobrador, porém o colaborador conseguiu conter as chamas. A empresa estima

que o prejuízo seja de mais de R$ 15 mil. “O veículo que foi depredado na manhã de terça (15), passou por manutenção na garagem da empresa e já voltou a operar”, informou o sindicato.


A

Internacional

Motorista tira crianças de ônibus antes de acidente

G1 Mundo | Notícias Uma motorista conseguiu salvar 60 crianças de um acidente com trem nesta quarta-feira nas proximidades de Hamburgo, na Alemanha. O sistema de articulação do ônibus escolar que conduzia quebrou e ele teve de parar em cima de trilhos de trem. Ao perceber o risco, a condutora de 23 anos pediu para que as crianças saíssem do ônibus. Um policial disse ao jornal alemão “Bild” que a motorista tentou avisar a empresa que controla o sistema ferroviário. No entanto, um minuto depois um trem atingiu o veículo parado. Um vídeo mostra o momento do acidente. Segundo o jornal alemão, o condutor do trem chegou a tentar travar o veículo. Apenas uma pessoa, que estava no trem, ficou levemente ferida no acidente.

SALVADORA Ônibus destruído em acidente: apenas um ferido no trem. Foto: Reprodução 20.09.2015 |

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TODA SEMANA Minas Gerais

Todos desrespeitam as faixas exclusivas em BH Estado de Minas | Notícias A Avenida Dom Pedro II, na Região Noroeste de Belo Horizonte, é sinônimo de infração de trânsito e perigo. Depois da implantação da faixa exclusiva para ônibus, por onde circulam coletivos do Move, os estacionamentos nas laterais da via foram proibidos e automóveis agora ficam em cima das calçadas. Para complicar, lojas e oficinas mecânicas usam os passeios como local de trabalho. Em várias situações, pedestres são obrigados a fazer o desvio pela pista de rolamento e correm risco de atropelamento. Motoristas reclamam também da dificuldade de fazer a conversão à direita, uma vez que somente podem andar nas faixas centrais. Outros burlam a lei e trafegam pela faixa de ônibus e não são punidos. É que os radares de invasão de faixa exclusiva instalados pela BHTrans ainda não funcionam. Já os taxistas se queixam da dificuldade de parar para embarque e desembarque de passageiros. A aposentada Darcy Perpétuo, de 63 anos, foi impedida ontem de transitar pela calçada, na altura do Bairro Carlos Prates, devido a uma grande quantidade de carros parados em frente a uma loja. O único jeito foi ela fazer o desvio pela faixa do Move. “O risco de atropelamento é muito grande, principalmente para idosos e deficientes físicos, que sofrem mais”, lamenta. Para ela, clientes de lojas e oficinais deveriam ser mais educados e parar seus carros em ruas laterais. No entanto, os desrespeitos vão além da Pedro II, desabafa o aposentado Paulo Afonso Ribeiro, de 66, morador da Rua Arthur Hass, paralela à avenida, no Bairro Jardim Montanhês. “Pessoas estacionam o carro na minha rua e vão comprar na Pedro II. Param na contramão, em cima das calçadas e na porta da minha garagem. Todos os dias, eu tenho que brigar com alguém para que possa tirar meu carro da garagem”, reclama Paulo Afonso. “A BHTrans só olha o que acontece na Pedro II e esquece as ruas ao lado”, denuncia. Na altura do Bairro Padre Eustáquio, motoristas que saíam da Rua Vila Rica eram obrigados a circular por quase um quarteirão na pista de ônibus, pois era grande o movimento de carros nas duas faixas mistas e era necessário aguardar a oportunidade de

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FAIXA EXCLUSIVA Ônibus circulam fora da faixa na D. Pedro II. Foto: Edésio Ferreira acessá-las com segurança. No Carlos Prates, muitos motoristas já se envolveram em acidente ao fazer a conversão à direita na Rua Espinosa sentindo Bairro Santo André, conta o mecânico de moto Jean Carlos Talomino Soares, de 30. “Tem um radar 10 metros antes do cruzamento e os motoristas têm medo de entrar na pista do Move e serem multados. Deixam para virar em cima da hora, quando chegam perto do semáforo, e atravessam na frente dos ônibus. Outros diminuem a velocidade e vem outro carro atrás e bate”, conta Jean Carlos. Alguns condutores do Move também vão contra as regras e transitam pelas faixas mistas. Na Pedro II com Rua Jaguari, motoristas que aguardavam na fila de um posto de combustível dificultavam a passagem dos ônibus. A carroceria de um caminhão ocupava boa parte da pista exclusiva. Quem também encontra dificuldade de transitar pela Pedro II são os ciclistas. Com tantos carros amontoados nas faixas mistas, eles pedalam pela de ônibus. Eduardo Costa Pires, de 39, reclama que as pistas exclusivas de ônibus na Pedro II tiraram o direito de ir e vir dos taxistas. “Você não pode mais parar para embarque e desembarque de passageiros. Como vou fazer? Se não posso mais parar na lateral, na faixa dos ônibus, vou ter que parar na faixa do meio?”, questiona. Consultada sobre as reclamações referentes ao Move na Avenida Pedro II, a BHTrans informou que faz monitoramento

nos corredores de trânsito e que, em situações irregulares, como estacionamento em local proibido, o condutor é orientado a sair. Se não obedecem, a Polícia Militar e a Guarda Municipal são acionados para autuar. Nesse caso, a empresa de trânsito reboca o veículo. A prefeitura também pode multar com base no Código de Posturas. A empresa de trânsito informou que os radares de invasão de faixa exclusiva da Pedro II devem entrar em operação em breve. A BHTrans informou que BH traça faixas preferenciais para ônibus desde a década de 1980, na Avenida Amazonas, e que a partir de 2000 várias outras vias foram adaptadas. “É importante lembrar que o ônibus transporta em torno de 60 pessoas, enquanto o carro leva uma média de 1,5. Por isso, o transporte coletivo está sendo priorizado em relação ao individual”, informou a empresa, por meio de nota. “As faixas proporcionam melhorias na operação do embarque e desembarque dos passageiros, diminuição do tempo de viagem e da poluição. Também evitam disputas de espaço entre carros e ônibus”, completa. Sobre a conversão dos carros à direita, a BHTrans esclareceu que há um pontilhado dividindo as faixas exclusivas de ônibus e mistas e que, nesse trecho, outros veículos podem entrar na faixa de ônibus para convergir ou entrar em garagens. Sobre a reclamação dos taxistas, informou que qualquer carro pode parar em locais devidamente sinalizados.


Notas Rápidas

Justiça manda e tarifa volta a custar R$ 3,10 em B.Horizonte

Colitur tem veículos apreendidos em blitz

O Tempo | Notícias O valor cobrado pela tarifa de ônibus em Belo Horizonte de R$ 3,10 já vale para esta quinta-feira (17), segundo um documento assinado pelo procurador municipal Francisco Freitas de Melo Franco Ferreira e divulgado pelo movimento Tarifa Zero. O documento informa, ainda, que a PBH vai recorrer da decisão. A administração municipal confirmou a informação e divulgou uma nota a respeito às 17h50 desta quarta (16). Apesar de a Prefeitura de Belo Horizonte ter sido notificada sobre a decisão que suspende o aumento da tarifa de ônibus na noite dessa terça-feira (15), na manhã desta terça os coletivos continuavam circulando a R$ 3,40. Nessa segunda-feira (14), a Justiça acatou o pedido para cancelar o aumento das tarifas de ônibus de R$ 3,10 para R$ 3,40, que começou a valer em agosto. De acordo com a decisão expedida pelo juiz Rinaldo Kennedy Silva, da 4ª Vara da Fazenda, deverá ser realizada pela Justiça uma perícia nos estudos da Ernst & Young e do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH). A multa diária para o caso de descumprimento da decisão que determina o cancelamento do reajuste é de R$ 1 milhão.

O Dia | Notícias O Ministério Público (MP) do Estado do Rio de Janeiro, Departamento de Transportes Rodoviários (Detro), Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) e a Polícia Militar realizam na manhã desta sexta-feira uma blitz no município de Paraty, na Região Costa Verde. A ação tem como objetivo verificar se os ônibus da empresa Colitur estão regulares. Até o momento, 11 ônibus já foram apreendidos. No último dia 6, 15 pessoas morreram e dezenas ficaram feridos durante um

grave acidente na estrada que liga o Centro de Paraty a Trindade. O MP apurou que o contrato de concessão da Colitur com o município expirou há oito meses e não houve nova licitação. Em 1999, a Colitur esteve envolvida em outro acidente fatal. Na ocasião, duas pessoas acabaram morrendo e isso pode custar aos cofres da firma mais de R$ 1 milhão. A ação de indenização aos familiares está na 2ª Câmara Cível. A Justiça determinou o bloqueio do dinheiro para garantir que, no futuro, a empresa tenha recursos para custear a indenização dos familiares.

deste ano, mas não foi. O sindicato entrou na Justiça, nesta semana, pedindo o aumento no valor do repasse para R$ 3,40. “Os insumos aumentaram. A Urbs tem que dar conta da planilha de custo para que o transporte se mantenha, com qualidade, limpo, todo cenário que mantém Curitiba com o transporte fluindo. Se não, não tem como funcionar o transporte”, disse Maurício Gulin, presidente do Setransp. A administração municipal informou que foi pega de surpresa com a ação na Justiça e afirma que estava negociando com as empresas um reajuste no valor dos repasses. Sobre pagar ou não o valor pedido pelo sindicato, a prefeitura respondeu que não tem dinheiro para isso. “Tudo isso vai desaguar num ponto,

que é o aumento do custo do transporte coletivo. Hoje não existem condições financeiras para qualquer aporte complementar do ponto de vista do orçamento do município – consequência é aumento da tarifa para usuário”, afirmou o presidente da Urbs, Roberto Gregório. Em um período de aumentos de várias tarifas públicas – como água, luz, Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) –, os passageiros reagiram quanto à possibilidade de aumento na tarifa do ônibus. “Não tem como pagar R$ 3,40. R$ 3,30 já está caro, e eu acho que R$ 3,40 (...) não tem como”, falou um usuário do transporte coletivo. Outra passageira disse: “A gente fica revoltado com as coisas subindo, o salário baixo... terrível”.

Viações cobram Curitiba na justiça G1 Paraná | Notícias

O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) entrou na Justiça contra a prefeitura da capital paranaense. Segundo as empresas, o dinheiro que elas recebem não cobre os custos para manter os ônibus nas ruas – e, por essa razão, elas querem receber mais pelo serviço. Atualmente, os passageiros pagam R$ 3,30 pela tarifa. A prefeitura, que administra o sistema por meio da Urbanização de Curitiba (Urbs), repassa às empresas de ônibus R$ 2,93 por passageiro desde fevereiro de 2014. Este valor que a Urbs paga para as empresas é chamado de tarifa técnica. De acordo com o contrato, o valor deveria ter sido reajustado em fevereiro

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TODA SEMANA Mercado

Santana compra dez Volvo e encarroça com Irizar i6

Veículos top de linha levam o chassi B340R e circularão nas linhas da tradicional empresa baiana Santana, que tem 75 anos de estrada

Da Volvo | assessoria A Santana, empresa que atua no transporte rodoviário de passageiros na Bahia, está renovando a sua frota com ônibus da Volvo. A empresa comprou 10 novos veículos da marca, modelo B340R, para atender a rota de Salvador a Feira de Santana, no interior do Estado. O veículo é ideal para o transporte rodoviário de curtas e médias distâncias. Fabricado com um tipo de aço especial, que garante leveza e robustez do modelo, o modelo é o mais leve do mercado no segmento pesado, com até 400 kg a menos. “O modelo é indicado para o tipo de transporte feito pela Santana. É confortável e seguro, além de ser o mais econômico do mercado na categoria”, afirma Idam Stival, coordenador da engenharia de vendas da Volvo Bus Latin America.

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O veículo é equipado de série com a caixa de câmbio automatizada I-Shift; freio motor com 390 cv de potência; freio a disco EBS 5, e permite carrocerias com até 14 metros de comprimento. A carroceria de 14 metros amplia a capacidade de passageiros, seguindo uma nova tendência de mercado. Atendimento diferenciado Todos os veículos foram adquiridos pela Santana com plano de manutenção ouro, que oferece tranquilidade ao cliente ao cobrir toda a manutenção preventiva, corretiva, peças e mão de obra. “O pós-venda foi o principal diferencial que consideramos na hora de renovar a frota. Temos uma relação de transparência e lealdade com a Volvo e recebemos atendimento preferencial, com agilidade e qualidade de serviço. Isso garante que os carros fiquem parados o menor tempo pos-

sível”, diz Deomar Assunção, diretor executivo da Santana. A Volvo, junto com sua rede de concessionários, oferece atendimento prioritário aos clientes que possuem plano de manutenção ouro. Além disso, ao contratar um plano de manutenção o operador de transporte planeja melhor custos de operação, previne paradas inesperadas e tem mais tempo para se dedicar à gestão do negócio. Santana Com mais de 75 anos de atuação, a Santana tem sede em Salvador, capital da Bahia. A empresa tem dois ramos de atuação, transporte rodoviário de passageiros entre Salvador e diversas cidades do interior do Estado; transporte de encomendas, e fretamento de ônibus turismo e transporte de funcionários.


NOVIDADE

Startup de bilhetagem entra para aceleradora

O BUM, 2º lugar do Startup Weekend Mobilidade Urbana São Paulo (vide edição 247), obtém importante conquista Fábio Tanniguchi | reportagem O BUM (Bilhete Único Mobile), startup surgida no Startup Weekend Mobilidade Urbana São Paulo, realizado em maio deste ano (e matéria de capa da edição 247), e que conquistou o 2º lugar no evento, agora dá um novo passo para se consolidar como empresa. A Aceleradora de Campinas (uma parceria entre o Núcleo Softex Campinas e a Informática de Municípios Associados - IMA) anunciou, em 17 de agosto, as iniciativas escolhidas para o segundo ciclo de aceleração de startups. O tema deste ciclo é “Cidades Inteligentes”. Foram 17 projetos pré-selecionados em evento na sede do IMA. Destes, 10 foram escolhidos para aceleração por especialistas. Havia pessoas ligadas ao Sebrae Campinas, ao Inova Unicamp, ao IMA e ao Softex. Em conversa por e-mail, o CEO do BUM, Diego Melo, respondeu algumas questões feitas pela equipe InterBuss, contando um pouco sobre essa nova conquista da startup e quais são as perspectivas futuras. Sobre a escolha de concorrer a uma participação na Aceleradora de Campinas, Melo destacou a qualidade e o reconhecimento do Núcleo Softex Campinas, que serão muito importantes para o amadurecimento do BUM como empresa. O Softex oferece um espaço ideal para isso, dando visibilidade e acesso a investidores, além de mentorias e troca de experiência com especialistas. Um outro atrativo para a escolha é a possibilidade de uso da solução em Campinas. Essa recente conquista da startup não significa que boa parte da trajetória está percorrida. Como o próprio CEO falou, há muito trabalho pela frente. A equipe do BUM, agora na Aceleradora, deverá trabalhar firme para que a solução integrada e funcional esteja pronta até o final deste ano. O fato do BUM entrar na Aceleradora não irá significar uma mudança completa para Campinas. Atualmente, a empresa segue no formato bootstraping, ou seja, a empresa e suas operações ainda

são mantidas do próprio bolso. Por isso, não há margem para gastos maiores com transporte, estrutura, etc. Entretanto, a equipe irá participar das mentorias semanais no Softex. Desde o SWMUSP até hoje, o BUM passou por algumas fases. Logo após o Startup Weekend, há o desafio do dia seguinte, no qual acontecem as decisões reais. Dos nove integrantes que estavam na equipe durante o evento, restaram quatro. São essas quatro pessoas que trabalham e

deverão continuar trabalhando arduamente com grande comprometimento e esforço. Ainda nesse período entre o SWMUSP e os dias atuais, o BUM conquistou diversas parcerias, como com a Microsoft e com a Escola de Negócios Sebrae (que incubou a empresa). Enfim, há muito trabalho pela frente e há boas perspectivas. O BUM, como empresa, agora tem a chance de amadurecer e de consolidar um produto atraente e funcional. 20.09.2015 |

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COLUNAS

NOSSO TRANSPORTE ADAMO BAZANI | adamobus@gmail.com

Promulgada emenda que inclui transportes em Direitos Sociais na Constituição

Mobilidade assim deixa de ser apenas serviço essencial. Segundo autora da emenda, poder público será obrigado a destinar verba, como ocorre com saúde e educação

CORREDOR DE ÔNIBUS Congresso aprova emenda que classifica transporte como Direito Social Foto: Pedro Ribas A Emenda Constitucional 90/15, como direito social pela Constituição, pode viagens em carros de passeio ou em motos. que inclui o transporte coletivo no Artigo acontecer o mesmo, já que o novo texto Mas parece que os estados e municípios não 6º da Constituição Federal, classificando-o gera um direito que o Estado é obrigado a levaram a sério a determinação legal, isso como Direito Social, foi promulgada nesta atender, por meio de uma política pública porque, a lei também obriga que cidades terça-feira, dia 15 de setembro de 2015 pelo que o assegure a todos os cidadãos” – disse com 20 mil moradores ou mais criassem até Congresso Nacional. Erundina à Agência Brasil. abril deste ano, planos de mobilidade, além A emenda foi aprovada pela Câma- Com a inclusão no artigo sexto da de projetos metropolitanos dos estados em ra e pelo Senado em diferentes votações, de Constituição, é aberto o caminho para a cidades que são vizinhas. acordo com os regimentos das casas. criação de outras leis para regulamentar a No entanto, segundo o Ministério Até então, o transporte era classifi- destinação de mais recursos para os trans- das Cidades, somente 30% dos municípios cado “apenas” como serviço essencial. portes urbanos e metropolitanos. acima de 500 mil habitantes estavam com Para a deputada federal, Luíza Na prática, o poder público passa o plano concluído ou em fase de elaboErundina, autora da proposta em 2013, não legalmente a ter de assumir um compro- ração. No caso das cidades entre 250 mil muda apenas a nomenclatura. Como direito metimento maior com os investimentos em e 500 mil habitantes, 80% delas não têm social, a exemplo da saúde e educação, a transportes. plano de mobilidade. A realidade das ciUnião, estados, e municípios devem agora Será também menos burocrático o dades entre 50 mil e 250 mil habitantes é obrigatoriamente prever orçamentos para a processo para destinação de recursos para mais frustrante ainda: 95% não concluíram mobilidade urbana em todo o País. obras como construção de novos corre- o plano. “Saúde e educação, por exem- dores de ônibus e sistemas de metrô. Como não houve cumprimento plo, têm recursos vinculados orçamentari- Já há no Brasil, desde 2012, a Políti- pelo poder público, há o Projeto de Lei amente. Com isso, a União, os municípios ca Nacional de Mobilidade. A lei 12.587 de 7898/14, do deputado Carlos Bezerra, que e estados não podem deixar de destinar 2012 determina que as ações nas cidades propõe a prorrogação para abril de 2018 o um percentual específico em lei para essas privilegiem os deslocamentos a pé, de prazo para estas cidades apresentarem seus áreas. No caso do transporte, reconhecido bicicleta e por transporte público sobre as planos.

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Trólebus com guias laterais e micro-ônibus sem motorista são apostas tecnológicas na Europa Enquanto no Brasil ainda se discute como incentivar veículos elétricos e não poluentes e a cidade mais rica do País não cumpre a lei que determina que os ônibus não dependam exclusivamente de óleo diesel, na Europa ações conjuntas entre universidades, governos e indústrias conseguem preparar inovações na área de transportes para que deixem os campos de testes e passem para experimentações nas ruas. O projeto CityMobil é um exemplo, com ideias como um sistema de trólebus mais eficiente que opera com guias laterais economizando espaço urbano e micro-ônibus que funcionam sem motorista. Os micro-ônibus fazem parte do CityMobil 2 e para circular experimentalmente em pequenas cidades da Europa, nesta fase inicial de testes nas ruas. Os veículos e sistemas foram criados pelas empresas Ligier e Robosoft. Os pequenos ônibus com capacidade para 16 passageiros são elétricos e o comando é por centrais de monitoramento. Os veículos passam por campos de guias nas vias e sensores impedem colisões. Os testes vão durar quatro anos e são financiados por 45 parceiros, entre instituições de ensino e pesquisa, indústria e poder público. A solução é considerada economicamente mais vantajosa que os táxis autônomos pelo fato de os micro-ônibus levarem mais passageiros. Os sistemas são indicados para complementar redes de corredores de ônibus e metrô ou fazerem pequenos percursos em regiões centrais, dentro de parques, indústrias, aeroportos, etc. Já o trólebus com guias laterais são um aperfeiçoamento do que já se viu em termos de tecnologia. O sistema foi projetado para integrar as cidades de Castellón e Benicassim, via universidade, na Espanha, o sistema, segundo o CityMobil “combina a regularidade do sistema ferroviário com a flexibilidade e o baixo custo do sistema de ônibus”. Uma das vantagens, segundo o projeto, é o menor uso do espaço urbano. Um ônibus com 2,6 metros de largura precisa de uma faixa entre 3,75 metros e 4 metros. Com as guias laterais, as variações de movimentos são menores, havendo mais segurança para uma faixa mais estreita.

Em parcerias com universidades, projeto CityMobil promete colocar nas ruas ideias até então restritas aos campos de testes

EVOLUÇÃO LÁ FORA Micro-ônibus sem motorista devem fazer parte da paisagem de algumas cidades europeias; Em 1986, Adelaide já contava com um serviço de “ônibus sobre trilhos” O projeto também mostra que os Os atrasos nas obras e as suspeitrólebus ainda são considerados pelo mun- tas de superfaturamento fizeram com que do soluções modernas de mobilidade. o projeto de trólebus fosse abandonado. O sistema para a Espanha conse- Apesar da promessa em 1995 para 1997, só gue reaproveitar energia das frenagens dos em 22 de fevereiro de 2007 ônibus comuns veículos e os trólebus possuem baterias que começaram a operar o primeiro trecho enpermitem o tráfego por alguns quilômetros tre Sacomã e o Parque Dom Pedro II. sem estarem conectados à rede aérea. A data para a entrega do trecho Curiosamente, o Brasil poderia ter com monotrilho deveria ser em 2012 com 18 um sistema de trólebus com guias laterais estações. Por altos custos e complexidade nos anos de 1990. Foi o famoso Fura Fila das obras, a nova promessa é de 9 estações da cidade de São Paulo, cujo projeto foi para 2018. Duas (Vila Prudente e Oratório) apresentado em 1995 à população. O tre- estão em operação parcial e outras sete ticho hoje servido pelos ônibus do Expresso veram os projetos congelados, sem estimaTiradentes e a extensão até a zona Leste tiva de prazo. O custo total previsto é de R$ que deve abrigar um monotrilho cujas ob- 7,1 bilhões para todo o sistema, mas com o ras estão em atraso, deveriam contar com passar do tempo, os valores aumentam. O trólebus biarticulados, de alta capacidade trecho deveria ter 18 quilômetros de extende passageiros, com guias laterais. são. 20.09.2015 |

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Cecilia Polycarpo | rac

O governo federal deu nesta terçafeira (15) o aval para a Prefeitura começar as obras dos corredores do BRT (ônibus rápidos) em Campinas. O “sinal verde” foi concedido após reunião de uma hora e meia entre o prefeito Jonas Donizette (PSB) e o secretário de Transporte e Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Dario Rais Lopes, em Brasília. Jonas fez a viagem para pedir aditivo de R$ 200 milhões para a implantação do sistema, anteriormente orçado em R$ 340 milhões e agora estimado em R$ 540 milhões. O governo federal garantiu que os cortes no orçamento federal anunciados na segunda-feira (14) não deverão atingir o projeto do BRT, que já teria financiamento pela Caixa. O secretário municipal de Administração, Silvio Bernardin, afirmou que os R$ 200 milhões restantes serão repassados pelo ministério via “recurso extra-pauta”, na fase final de construção do modal de transporte. “A gente saiu daqui com o aval para iniciar a obra com os recursos que a gente tem”, disse Bernardin após a reunião. A construção deve começar em janeiro e ficará 100% concluída em três anos. O aditivo de R$ 200 milhões será repassado na fase final da implantação, segundo o secretário. Apesar da crise, recursos prometidos a prefeituras pelo Ministério das Cidades não correm risco, segundo o secretário. Isso porque Lopes explicou na reunião que faltam projetos consistentes de mobilidade para aplicação dos recursos já dotados no ministério. Em tempos de arrocho fiscal, a pasta federal deve terminar 2015 com sobra de R$ 1,2 bilhão, que deveriam ser repassados aos municípios. Dos R$ 340 milhões iniciais necessários à implantação do maior projeto de mobilidade de Campinas, a Prefeitura conseguiu a aprovação de R$ 197 milhões do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), R$ 98 milhões do Orçamento Geral da União (OGU) e dará R$ 45 milhões de contrapartida. Foram os custos com as desapropriações necessárias e as alterações nas estações de transferências, entre outras adequações, que elevaram os preços em pelo menos 30% do BRT em Campinas. A maior parte das áreas estão no trajeto do futuro Corredor Campo Grande. O Corredor Ouro Verde não deverá exigir tantas desapropriações. Embora com financiamento aprova-

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Prefeitura anuncia que recebeu aval para começar obras dos corredores BRT

Sinal verde para o BRT

do pelo Ministério das Cidades, a Prefeitura ainda não conseguiu a validação do projeto pela Caixa Econômica Federal (CEF), que é o agente financeiro. O projeto foi revisto várias vezes e somente no início de junho o banco recebeu o orçamento do projeto revisado. Uma das alterações no projeto foi a retirada do Terminal Magalhães Teixeira como estação do BRT. A Secretaria de Transportes fez as contas e conclui que precisaria investir mais de R$ 100 milhões na remodelação do terminal para que o local pudesse receber ônibus articulados ou biarticulados. O alto custo levou a secretaria a optar por deixar esse terminal para os ônibus que irão alimentar as linhas dos BRTs. Dois dos novos locais, a Avenida Campos Salles e a região do Mercado Municipal, foram estudados para receber as estações de transferências dos ônibus rápidos que farão a ligação do Centro com as regiões do Campo Grande e do Ouro Verde. O BRT será troncal, ou seja, a linha terá a função de ligar duas regiões por um corredor. O problema é chegar ao Centro com esses veículos, que poderão ser articulados ou biarticulados, em uma região congestionada. Os corredores do BRT irão atender uma população de cerca de 300 mil pessoas que vive nos eixos Centro-Campo Grande e CentroOuro Verde. A implantação começará pelo corredor Campo Grande - serão 17,8 quilômetros de extensão saindo do Centro, seguindo pelo

leito desativado do antigo VLT, John Boyd Dunlop e chegando ao Terminal Itajaí. Junto com ele, será construída uma perimetral com 4 km de extensão, ligando a Vila Aurocan até o Campos Elíseos, seguindo pelo leito desativado do veículo leve sobre trilhos (VLT). O outro corredor, o Ouro Verde, terá 14,4 quilômetros de extensão, sairá do Centro, seguindo pela Avenida João Jorge, Amoreiras, Ruy Rodriguez, Camucim e Terminal Vida Nova. O projeto contempla, além de uma pista exclusiva para os ônibus, estações de transferência fechadas e plataformas em nível, com embarque e desembarque pela porta esquerda do veículo. Em julho, integrantes da Prefeitura se mostraram apreensivos de que o desdobramento da Operação Lava Jato pudesse restringir o número de empresas participantes na licitação da obra do BRT. Isso porque as maiores empreiteiras na mira da Polícia Federal, como a Andrade Gutierrez, OAS, Odebrecht, UTC Engenharia, Queiroz Galvão e Camargo Corrêa, são também as que participam de concorrências e integram consórcios de obras do BRT nas principais capitais do País. Agora, além das investigações, algumas delas enfrentam momento financeiro delicado e dificuldades para cumprir contratos já firmados.


Crise? (2) Veículos, agora de outra

garagem, abastecem em posto de combustível Fábio T. Tanniguchi |

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Duas semanas após esta seção da InterBuss mostrar ônibus da garagem do Bonfim da VB Transportes e Turismo abastecendo em postos de combustíveis da região, na última sexta-feira, dia 18/09, vários veículos de imprensa da região de Campinas noticiaram o mesmo acontecendo com a garagem de Sumaré da Auto Viação Ouro Verde. Nas imagens exibidas pela imprensa, uma fila de ônibus que se estendia por uma rua a perder de vista. Era a fila para abastecer no posto. Todos os veículos enfileirados fazem parte do sistema metropolitano, sob gerência da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU). Todo o processo de abastecimento no posto Ipiranga que fica em um balão próximo à Rodoviária de Sumaré

gerou atrasos na operação. Em pleno horário de pico da manhã, usuários esperaram mais de uma hora para conseguir um ônibus. Diante dos transtornos, no início da tarde, a EMTU soltou uma nota alegando apenas que a Ouro Verde estava sem diesel por atraso na entrega por parte da distribuidora. No final da tarde, após todos os telejornais do almoço mostrando a dimensão dos transtornos para os usuários, a EMTU finalmente disse aos veículos de imprensa que a empresa havia sido autuada. Ironicamente, enquanto a EMTU dava como justificativa algo que só a empresa poderia explicar detalhadamente, a Ouro Verde não se manifestou em nenhuma oportunidade. Após todos os transtornos durante a manhã, a operação foi normalizada no pico da tarde. Entretanto, não é a primeira vez que falta diesel na empresa. Não foram poucas as vezes, nos últimos meses, em que a Ouro Verde ficou sem diesel. Porém, os veículos acabavam indo abastecer na garagem de Americana. Sabe-se lá se isso tem a ver com a falta de diesel que ocorreu VB3. Mas esse tipo de problema não pode continuar acontecendo.

O que impressiona é que a EMTU emite notas sendo que mal acompanhou o que ocorreu na operação de seu sistema. Raramente se vê viaturas da EMTU fazendo acompanhamento nos terminais ou em pontos específicos. Basicamente, a fiscalização de itinerários e horários se restringe ao Centro de Controle Operacional, que é muito importante, mas não resolve todos os problemas. No caso de descumprimento muito grande de horários, como o que aconteceu pela falta de diesel na Ouro Verde, a EMTU precisa ter agentes de fiscalização prontos para irem até a garagem da empresa verificar a saída dos carros e investigar os motivos. Ao mesmo tempo, agentes nos terminais deveriam estar prontos para orientar a população e deslocar alguns carros de outras empresas (como a Boa Vista) para tentar equilibrar a operação. E, também ao mesmo tempo, a Ouro Verde já deveria ter sido multada logo no período da manhã e não aguardar a repercussão nos telejornais para tomar uma decisão. Se a EMTU quer se posicionar como órgão gestor de sistemas metropolitanos de transporte público em São Paulo, ela precisa se equipar, agir e se posicionar como tal.

Emdec revisa linhas de Barão Geraldo Mudanças acabaram sendo polêmicas; redução de frota por trás das ações é evidente

Fábio T. Tanniguchi |

ftanniguchi@portalinterbuss.com.br

Desde a última segunda-feira, 14/09, algumas das principais linhas do distrito de Barão Geraldo, em Campinas, tiveram mudanças significativas. Foram afetados, principalmente, usuários que se deslocam ao setor de ensino da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A linha 332, uma das mais usadas pelos usuários que se dirigem ao setor de ensino da universidade, deixou de atender a região e de ter ponto final no Terminal Barão Geraldo. Agora, a linha encerra no Hospital das Clínicas, tendo um relevante corte de itinerário. Portanto, a linha passa a se chamar Hospital das Clínicas / Rodoviária. Os atendimentos 332.1 (que fazia o itinerário parcial como reforço nos picos) e 332.2 (linha expressa do terminal do distrito à Rodoviária aos domingos) deixaram de existir. A alimentadora que liga o Terminal Barão Geraldo à Unicamp, a 337, deixou de atender o setor de saúde da universidade (Hospital das Clínicas e outras unidades adjacentes). Em compensação, passou a atender os fundos do campus, em uma região onde fica a FEAGRI (Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp), o Museu Exploratório de Ciências da Unicamp, a Facamp (Faculdades de Campinas, instituição de ensino privada), o centro de desenvolvimento da PST Electronics (detentora da marca Positron), o Núcleo Softex e o Instituto Eldorado. Até então, essa região era atendida apenas pelo Circular Interno da universidade. Fora do eixo da universidade, outra linha afetada foi a 331, que liga o Terminal Barão Geraldo à Rodoviária. O itinerário foi encurtado nos dois sentidos, com o fim do atendimento ao

Cambuí na ida e o fim do atendimento à Avenida Barão de Itapura na volta. Aparentemente, a ideia da Emdec era que, com o fim do atendimento da 332 à universidade, os usuários passassem a usar a alimentadora (337) e fazer a integração no terminal para a 331. Além disso, agora atendendo algumas avenidas importantes da região central, a 331 poderá servir de reforço à 333, principal linha troncal do terminal. Entretanto, as mudanças geraram muita polêmica. A maioria dos comentários e dos textos dos compartilhamentos eram de opiniões contrárias às mudanças. Todos nós sabemos que usuários costumam ser contrários a qualquer tipo de mudança que afete a forma como eles vão se deslocar. A grande realidade é que as mudanças foram benéficas apenas para a empresa de ônibus, a VB3. Com o encurtamento da 332, houve redução de frota na linha. Os carros que sobraram foram passados para a linha 331, que passou a utilizar portas do lado esquerdo. Como a linha 337 não teve acréscimo de frota, isso significa que a antiga frota da 331 agora está desalocada. Quanto à racionalização das linhas, a Emdec até caminhou na direção correta. De nada adianta racionalizar as linhas se a frequência é reduzida. Entre o Terminal Barão Geraldo e o setor de ensino da Unicamp havia três opções: a 332, a 337 e a 329. Somando as frequências, havia cerca 11 veículos/ hora*sentido nos picos. A frequência passou para cerca de apenas 5 veículos/hora*sentido. Como o usuário se sentirá satisfeito em fazer a integração no terminal se a frequência do trecho alimentador foi reduzida pela metade? Não é preciso pensar muito para perceber que fica

difícil defender a Emdec. Outro deslocamento afetado seriamente foi entre o setor de ensino da Unicamp e o bairro Chácara Primavera, conhecido por ser um pólo recente de moradia estudantil. Devido ao grande número de edifícios de classe média construídos na região das ruas Jasmim e Hermantino Coelho, a região se tornou atraente para universitários da PUC-Campinas e da Unicamp que não queriam morar em repúblicas. De cerca de 8 veículos/hora*sentido nos picos, agora são apenas 2 veículos/hora*sentido, já que a 329 se tornou a única opção. Além disso, a linha não passa na região dos edifícios no sentido Estação Cidade Judiciária, obrigando os usuários a descerem na Rod. Miguel Noel Nascente Burnier e seguirem a pé.Após algumas poucas reflexões, fica a dúvida: será que alguém na Emdec estudou as mudanças antes de implantá-las? Será que alguém se preocupou com os usuários afetados, a fim de garantir que a racionalização não afetasse tanto o tempo total de viagem? 2016 está aí, com as eleições municipais. O vereador Pedro Tourinho (PT) pediu à Emdec que revertesse todas as mudanças ali na região. Enquanto isso, uma estudante da Unicamp organiza um abaixo-assinado com o mesmo objetivo. Sinceramente, a solução não seria reverter as mudanças, mas melhorar a frequência das linhas para tentar fazer com que os deslocamentos levem, pelo menos, o mesmo tempo de antes. A racionalização das linhas da Unicamp sempre foi uma grande necessidade, mas deveria ter sido feita com mais inteligência e planejamento. Todas as mudanças em Barão podem ser conferidas em detalhes no Ônibus de Campinas: www.onibusdecampinas.com.br 20.09.2015 |

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VOLVO DO BRASIL Irizar i6 Santana, em Salvador/BA



DEU NA IMPRENSA

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RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Russian Railways mostra interesse e deve vir ao país

Do site | notícias Durante o fórum empresarial “Brasil-Rússia: Direções Estratégicas de Cooperação”, em Moscou, na Rússia, que conta com uma comitiva brasileira liderada pelo vice-presidente Michel Temer, a estatal Russian Railways (RZD), empresa que detém o monopólio das estradas de ferro na Rússia, destacou o seu interesse em investir na logística brasileira. Segundo matéria do portal Gazeta Russa, a Russian Railways está pronta para participar de um ou dois projetos no Brasil, desde que o os acordos sejam favoráveis para as partes. A expectativa é que os projetos sejam implementados sob regime de concessão, em parceria com empresas lo-

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cais. Para Serguêi Pavlov, diretor-geral da RZD International, os investimentos russos no Brasil podem ser de US$ 7 a 10 bilhões. “Até 80% do financiamento, segundo informação dos nossos parceiros brasileiros, será assumido pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)”, destacou Pavlov. Ainda segundo Pavlov, as empresas em projetos no Brasil podem necessitar do apoio de instituições financeiras, sendo uma oportunidade para a expansão comercial e operacional do Vnesheconombank (VEB, Banco de Desenvolvimento e Assuntos Econômicos) internacionalmente. Em junho deste ano, quando o governo federal apresentou o Programa de In-

vestimento em Logística (PIL), a previsão total de investimentos para o setor ferroviário foi de R$ 86,4 bilhões. “A nossa empresa está explorando as várias possibilidades devido às condições mutáveis dessas concessões. Se o negócio for lucrativo, então estaremos prontos para participar do programa de construção e posterior operação dessas concessões ferroviárias”, informou Pavlov. Essa não é a primeira vez que a Russian Railways se interessa pelo mercado brasileiro, considerando que a empresa já havia manifestado interesse em construir uma linha ferroviária entre as cidades de Maringá e Londrina, no Paraná. Em julho de 2014, a Russian Railways também já havia anunciado que participaria de uma licitação no setor ferroviário brasileiro.


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VLT da Baixada Santista será inaugurado em janeiro

Do site | notícias Será inaugurado, em 04 de janeiro de 2016, o VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos) da Baixada Santista pela EMTU/SP, empresa vinculada à Secretaria dos Transportes Metropolitanos. A sede do Centro de Controle Operacional do VLT está instalada na Rua Rodrigues Alves, no bairro Macuco, em Santos. As primeiras viagens comerciais acontecerão no mesmo trecho da operação experimental, entre a estação Pinheiro

Machado, em Santos, até a Mascarenhas de Moraes, em São Vicente. Atualmente, as viagens testes ocorrem de segunda a sextafeira, das 11h às 14h. O valor da tarifa de transporte ainda não foi definido e dependerá da tarifa do sistema de ônibus que estiver vigorando a partir do próximo ano. O bilhete que integrará os serviços de ônibus e de VLT será lançado somente durante o segundo semestre de 2016. VLT – No final de maio, o sistema

recebeu o primeiro dos 22 Veículos Leves Sobre Trilhos que vão operar entre Barreiros, em São Vicente, e o Porto de Santos. O VLT foi importado diretamente da fábrica da Vossloh em Valência, na Espanha. Características dos veículos: 2,65m de largura por 44m de comprimento; capacidade para 400 usuários; velocidade média de 25km/h (a máxima é de 80km/h); ar condicionado e piso 100% baixo, facilitando a movimentação de usuários com dificuldade de locomoção. 20.09.2015 |

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DEU NA IMPRENSA Transpo Online

Artigo: O que mudar para melhorar a nossa logística

Do site | por Victor Simas

A logística sempre foi uma atividade complexa e de difícil execução. Isso porque, para que ela seja de fato efetiva, o planejamento e controle dos processos devem ser realizados de maneira assertiva, com o mínimo de falhas possível. Por isso, para as etapas funcionarem, os procedimentos dentro de uma cadeia de suprimentos são múltiplos e precisam ser seguidos de modo linear. Atualmente, percebemos o quanto as falhas dessas metodologias comprometem os resultados finais da operação. É fácil encontrar reclamações sobre demora nas entregas, produtos vendidos que não estão disponíveis em estoque, má execução de transporte – o que acarreta danos e perdas de toda ordem. Isso não é prejudicial apenas para o comprador ou o cliente, mas principalmente para a reputação do fornecedor, que fica seriamente comprometida. Diante desse cenário, é mais do que necessário que as empresas pesquisem alternativas, a fim de aumentar a capacidade de produção e entrega, sempre vislumbrando opções exequíveis, que otimizem os gastos e promovam maior rentabilidade. Embora esse processo não seja fácil, hoje em dia, é desejável sempre buscar novos rumos com alternativas simples. Antes de tudo, a empresa deve mapear seus pontos a serem melhorados. Se o principal gargalo está no transporte entre o estoque até o ponto de entrega, vale um esforço para identificar alternativas para que essa etapa demande menos tempo. O mapeamento das ações traz segurança para a empresa, uma vez que todos os dados estão compilados e podem ser comparados com os processos praticados e de concorrentes no mercado, por exemplo. Essa etapa não é somente importante para identificar erros, mas também para promover rápidas soluções. Como já lembrei em outras oportunidades, a criação de um cronograma é essencial para esse processo. Com um roteiro em mãos, é possível antecipar demandas. Se, por exemplo, a empresa a tem mais movimentação em determinado mês do ano, é bem mais simples desenvolver alternativas para melhorar o fluxo naquele

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período específico. Vale a contratação de mão de obra, aluguel de galpão e frota, entre outros. Outro ponto fundamental é a integração entre as demais áreas da companhia. Compartilhe o plano de ação e também a estrutura de gestão com outros setores, que, em muitos casos, não estão por dentro da operação, como os Recursos Humanos ou Marketing. É possível que ótimas ideias e soluções sejam construídas em parceria. Por fim, vale a pena ir em busca de novas tecnologias ou aliados que otimizem cada um desses processos. A dinâmica do mercado proporciona esta riqueza de opções. Seja um novo software para controle do estoque, novos treinamentos e práticas. Outro fator interessante é a criação de parcerias que visam o aumento de benefícios e vantagens para a empresa e seus colaboradores. Essa, por sinal, é uma prática muito

utilizada pelas revendas Ambev associadas a Confenar. Os resultados são sempre motivadores. As empresas do setor devem ficar atentas, com o pensamento de que é necessário criar inovações e melhorias constantemente. Dessa forma, a organização se mantém viva no mercado e gera uma atmosfera saudável de competição. As novas ideias e práticas dentro da logística,mais do que bem-vindas, são necessárias, uma vez que realizar a gestão da cadeia de suprimentos é algo extremamente desafiador. Vale a busca por cada vez mais eficiência, afinal, o mercado não para e o cliente final deve ter a satisfação e eficiência garantidas. *Victor Simas é presidente da Confenar (Confederação Nacional das Revendas Ambev e das Empresas de Logística da Distribuição).


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Ford lança nova Ranger em Frankfurt

Do site | notícias Durante o Salão do Automóvel de Frankfurt, na Alemanha, a Ford apresentará ao público – de 19 a 27 de setembro – a expansão da sua linha de utilitários esportivos para o mercado europeu. A nova caminhone-

te Ranger é o principal destaque do evento e será comercializada naquele mercado a partir do último trimestre de 2015. O veículo comercial leve estreia na Europa com um visual arrojado, tecnologias de ponta e opções de motorização a diesel avançadas que melhoram o desempenho de combustível em até

17%. O modelo Wildtrak, carro-chefe da linha, contém itens exclusivos de design externo, incluindo a nova cor laranja Pride, e interior com detalhes em laranja. Entre as tecnologias que se destacam neste produto, estão o sistema SYNC 2, o sistema de manutenção na faixa e piloto automático adaptativo.

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MAN lança leasing operacional para seus caminhões TGX Do site | notícias A partir de outubro, os clientes da linha de caminhões MAN TGX, da MAN Latin America, terão a opção de leasing operacional em toda a rede de concessionárias da montadora no Brasil. A solução, desenvolvida em conjunto com o Banco Volkswagen, inclui o parcelamento do valor até 30% inferior ao praticado pelo Finame e sem a exigência de um valor de entrada. Ou seja, a transação contemplará uma prestação mensal fixa até o fim do contrato, de 36, 48 ou 60 meses. A montadora explica que a mensalidade será considerada como uma despesa de aluguel pelo cliente e o caminhão não fará parte dos seus ativos, o que significa que a operação não impacta sobre os seus índices financeiros. Além disso, as companhias que operam com regime de lucro real, sobre o qual incide o imposto de renda, poderão utilizar o valor integral da parcela para deduzir a base do PIS/COFINS. “Ao lançar o primeiro leasing operacional de uma montadora no Brasil, a MAN Latin America mostra uma vez mais que é

possível enfrentar as crises com coragem e criatividade. Apresentamos a nova modalidade de contrato à nossa rede de concessionários num encontro na última terçafeira (15/9), e a receptividade foi excelente”, conta Roberto Cortes, presidente e CEO da MAN Latin America. O que inclui no contrato – O leasing operacional permite o financiamento dos modelos MAN TGX 28.440, 29.440 e 29.480. Os contratos contemplam a manutenção completa – corretiva e preventiva -, telemetria, que inclui rastreamento e controle so-

bre a frota, e os custos com documentação, emplacamento e IPVA. E depois do leasing? – A montadora esclarece que, através dessa modalidade de crédito, a empresa não precisará imobilizar o bem, ficando com mais liquidez para financiar o seu negócio, e também não terá de se preocupar com a revenda do caminhão. No fim do contrato, essa modalidade de negócio oferece ainda mais uma vantagem ao cliente: a possibilidade de financiar o bem pelo valor de mercado, ou devolvê-lo e contratar um novo leasing. 20.09.2015 |

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A GRANDE MATÉRIA

Transpúblico 2015: Tecnologias em evidê

Dentre as empresas que não fabricam nem montam ônibus, se de tecnologias que trazem benefícios para empresários e passageiros Fábio Tanniguchi | matéria Se não houve grandes novidades em chassis e carrocerias, com exceção do Comil Campione Invictus e do Caio Giro 3400, pelo menos foram apresentadas novidades interessantes de empresas de tecnologia, fornecedores de bilhetagem eletrônica e

outros fornecedores em geral. Num ano de crise econômica, em que as vendas de ônibus caem e os empresários buscam reduzir ao máximo os desperdícios na operação, soluções de tecnologia da informação são apresentadas como uma possibilidade de investimento ao empresário. De monitoramento por câmeras

até sistemas avançados de telemetria, o mundo da tecnologia invadiu a Transpúblico e mostrou que investir em sistemas de informação avançados é um dos aspectos para não apenas reduzir custos operacionais, mas também elevar a qualidade do serviço aos usuários. Em tempos de crise, quando pessoas são demitidas e deixam de usar

A fabricante alemã, que se destaca no setor de ônibus pela produção de transmissões, levou ao estande as transmissões Ecolife e AS Tronic. A transmissão ZF Ecolife é automática de seis marchas e apresenta redução de consumo em até 6% em comparação com transmissões como a Voith Diwa, de 4 marchas. Além do benefício de fazer o motor trabalhar em rotações mais corretas, em comparação com uma transmissão de quatro marchas, a Ecolife também possui retarder de série que atua até atingir 6 km/h sem acionamento do freio de serviço e conta também com o software Topodyn Life, que reconhece a topografia e equilibra a transmissão adequadamente entre desempenho e menor consumo. Além disso, ainda possui maior intervalo na troca de

óleo e tem menor nível de ruído. A transmissão AS Tronic é uma transmissão automatizada oferecida pela ZF. Com doze marchas, garante maior segurança e conforto na operação, além de redução no custo operacional com o menor consumo de combustível. O produto ainda está apto para receber o Intarder, sistema que protege o freio do veículo. Entretanto, a grande vedete do estande da ZF foi o eixo elétrico AVE 130. Apresentado pela primeira vez no Brasil, o produto pode ser usado em ônibus elétricos a bateria ou célula de combustível, híbridos e trólebus. Conta com fácil acesso aos discos de freio e pode ser combinado com pneus e rodas comuns. O eixo suporta até 13 toneladas, mas também pode ser aplicado em

ônibus biarticulados combinando dois eixos de tração. Quando aplicado em ônibus híbridos, pode reduzir o consumo de combustível fóssil em até 30%. A vantagem do AVE 130 é o peso reduzido, sendo 200 a 500 kg mais leve que concorrentes. Atualmente, o eixo é usado em articulados híbridos pelo mundo afora, além dos elétricos da chinesa Foton e da turca Bozankaya. Outro eixo apresentado na Transpúblico foi o AV 132, voltado para ônibus de piso baixo. Seu diferencial é o design em formato de gota, que permite redução da altura do piso no eixo traseiro em até 40 centímetros, dando maior conforto e segurança aos passageiros. Outro diferencial também é o peso reduzido, sendo mais leve que eixos de ônibus de piso normal.

ZF Friedrichshafen

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o sistema de transporte público, é preciso atrair quem anda de carro para compensar minimamente a retração no número de passageiros. Abaixo, algumas empresas fornecedoras para o mercado de transporte de passageiros que se destacaram na Transpúblico e as soluções apresentadas. A estadunidense Clever Devices chega ao Brasil com boas expectativas sobre oportunidades de venda e mostrou na Transpúblico um avançado sistema de telemetria. No Brasil, a empresa já tem seu sistema em testes na Viação Santa Brígida, de São Paulo/SP. No estande, através de três grandes telas de LCD, a empresa demonstrou o sistema aos visitantes. Inclusive estava conectado em tempo real com a frota de Chicago, nos Estados Unidos. A Clever Devices oferece soluções integradas completas para empresas de ônibus. Os sistemas abrangem gestão de frota, acompanhamento da operação em tempo real, serviços de informação aos usuários, business intelligence, telemetria e gestão dos serviços de manutenção. Algo que chamou bastante a atenção foi o sistema de telemetria, pelo qual foi possível saber, em tempo real, a temperatura do óleo do motor de um ônibus que estava rodando em Chicago. Em um primeiro momento pode até parecer inútil, mas trata-se de uma informação que pode ser importante

para uma tomada de decisão. Por exemplo, um motorista liga para a garagem reportando um comportamento estranho do veículo. Na garagem, um profissional pode abrir o sistema e verificar o funcionamento dos principais sistemas do veículo. Essas informações são decisivas para saber se o veículo deverá ser recolhido ou não, se poderá terminar a viagem ou não. A variedade de sistemas oferecidos pela Clever Devices e a integração entre eles são grandes diferenciais. A empresa também carrega consigo uma vasta experiência em ITS nos Estados Unidos, ajudando empresas de ônibus a trabalharem de forma mais otimizada, reduzindo custos e atraindo novos passageiros. A empresa ainda está se adaptando ao mercado brasileiro. Sequer possuem site em português, por exemplo. Para o sistema de telemetria, a empresa busca parcerias com montadoras de chassis para ter acesso a manuais de manutenção que possam ser disponibilizados no software. Entretanto, potencial é o que não falta.

A BgmRodotec, líder em software para empresas de transporte em geral, mostrou na Transpúblico suas soluções de gestão. Como destaque, neste ano a empresa lançou funcionalidades mobile integradas ao sistema de gestão. Foi desenvolvido aplicativo pelo qual o colaborador de uma empresa de ônibus pode consultar escalas, férias, convocações da gerência, informações

gerais e relatar problemas em um veículo. Com isso, o cliente pode aposentar as famosas fichas de manutenção, ficando tudo armazenado digitalmente. Como as fichas passam a estar no sistema de gestão, gerentes e supervisores da empresa de ônibus podem cobrar resoluções de problemas e manter estatísticas sobre os defeitos encontrados pelos motoristas.

BgmRodotec

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A GRANDE MATÉRIA

Cittati

A Cittati, baseada em Recife e com escritório em São Paulo, é uma empresa oferece soluções para transporte coletivo urbano sobre pneus e que vem conquistando novos clientes a cada ano. Neste ano, por exemplo, a cidade de Campinas entrou na lista de clientes. As soluções oferecidas pela empresa abrangem especialmente o monitoramento da operação em tempo real. O Gool System é uma peça-chave, com recursos de monitoramento e de comunicação com os veículos em operação. Pode ser integrado com sistemas de bilhetagem eletrônica (Prodata e Empresa 1), oferecendo informações de demanda em tempo real. Outro sistema importante é o de controle de jornada. Ele ajuda a empresa a reduzir custos otimizando as escalas de funcionários. Ainda possibilita a colocação de totens nas garagens para que cada motorista consulte suas horas. Todo o registro de jornada também é importante para em médio e longo prazo a empresa ter as informações organizadas para preparar sua defesa em processos trabalhistas. O BI Gool é o sistema de Business Intelligence da Cittati. Através dele, gestores das empresas de ônibus podem acompanhar facilmente estatísticas da operação em tempo real. Gráficos e comparativos ajudam a identificar problemas e, consequentemente, a tomar decisões. A empresa também oferece uma solução para exibição de informações em painéis de mensagem variável, sempre conectados a toda a operação em tempo real.

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Outra peça-chave do portfólio da Cittati é o CittaMobi, aplicativo oferecido pela empresa aos clientes que utilizam a solução de monitoramento de frota em tempo real. É um importante produto que tem sido usado pelos clientes para que possam disponibilizar um aplicativo que ajude os usuários a saberem a localização dos ônibus, informando o tempo estimado de espera atualizado em tempo real. Um dos diferenciais do CittaMobi é a sua versão Acessibilidade (CittaMobi Acessibilidade), voltada para deficientes visuais. Com ele, o deficiente visual é avisado da chegada do veículo ao ponto em que está e também é avisado quando o próximo ponto é onde deseja descer. É uma importante ferramenta de inclusão social, pois os deficientes visuais ainda são muito dependentes da colaboração de outras pessoas para conseguirem usar o transporte público. Outro diferencial do CittaMobi é que ele não está disponível apenas nas cidades onde a Cittati tem clientes. O gerente de produto do CittaMobi, Nilson Yuki Ivano, recebeu a equipe InterBuss no estande e contou que o app será disponibilizado também em cidades onde o monitoramento em tempo real é aberto a desenvolvedores. A primeira cidade nesse aspecto é São Paulo, onde o CittaMobi foi lançado recentemente. A ideia é que o CittaMobi se torne referência entre aplicativos de transporte público em todo o país. A estratégia de produto do CittaMobi é bem mais ambiciosa do que do meuÔnibus, da M2M Solutions, como foi constatado quando a equipe InterBuss conversou com um execu-

tivo da M2M. De fato, a estratégia da Cittati está muito mais alinhada ao modelo de inovação dos dias atuais. Na Transpúblico, o grande destaque da Cittati foi uma solução integrada que estava em funcionamento dentro do próprio evento. Isso foi possível porque a Cittati instalou em um dos superarticulados do estande da Caio Induscar um protótipo de seu novo produto: o CittaGeo. O veículo superarticulado usado para apresentar o sistema pertence à MobiBrasil, empresa do mesmo grupo da Cittati. O superarticulado chamava a atenção no estande da Caio Induscar em virtude dos alto-falantes conectados ao CittaGeo, que simulava uma viagem na linha 6000/21 e gerava mensagens de áudio anunciando as paradas. Entretanto, ao entrar no veículo, os visitantes eram informados de que o CittaGeo é muito mais que um anunciador de paradas. Trata-se de um sistema implementado em cima do hardware da tecnologia de bilhetagem eletrônica. Para o veículo em questão, foi feita uma parceria com a Prodata Mobility Brasil. Acima da porta dianteira, em um compartimento, fica todo o hardware usado pelo CittaGeo. A arquitetura do sistema permite integração total com os dados do validador, permitindo que o Gool System (usado na garagem e no CCO) receba diretamente informações da bilhetagem. Isso elimina a necessidade da empresa processar diariamente dados do sistema da Prodata para contabilizar o número de passageiros em Excel, o que ainda ocorre em várias cidades, como Campinas. Tudo passa a ser gerenciado no Gool System,


da Cittati. A implementação no hardware da Prodata ainda permite integração com demais produtos dela, como câmeras de monitoramento e uma tela touchscreen que pode ser instalada no cockpit. No caso do cliente possuir câmeras de monitoramento da Prodata, o CittaGeo envia as imagens das câmeras em tempo real, permitindo que a garagem e o CCO visualizem elas em tempo real através do Gool System. Com relação à tela touchscreen no cockpit, a Cittati coloca o CittaGeo totalmente por cima do sistema da Prodata. Dessa forma, o equipamento passa a assumir funções de copiloto e de abertura e fechamento de serviço. O motorista, ao iniciar sua jornada, faz login no CittaGeo usando suas credenciais. Em cada viagem, o CittaGeo assume função de co-piloto, fornecendo informações ao motorista. É possível visualizar um mapa com o itinerário da linha e a localização atual do veículo, evitando inconveniências como esquecer o itinerário e ter que pedir ajuda a um passageiro. O motorista também visualiza as próximas paradas, tanto no mapa, como numa lista de paradas. Uma funcionalidade muito relevante é uma tela que exibe um esquema no qual o motorista visualiza os tempos de intervalo entre ele, o veículo imediatamente à frente e o veículo imediatamente atrás na escala. Em uma empresa de ônibus que trabalha bem a disciplina dos motoristas, essa funcionalidade se torna aliada dos motoristas para acabar com os comboios, que irritam passageiros e empresários. Como o CittaGeo cruza informações do itinerário, pontos de parada e localização atual do veículo, também pode contemplar um sistema de anúncio de paradas. Como apenas usa informações já cadastradas no Gool System, a implantação é muito mais fácil para as empresas, podendo ser rapidamente colocado em uma frota de uma metrópole que já usa outras soluções da Cittati. Enfim, o CittaGeo se destaca por ser uma solução integrada, que engloba vários sistemas que costumam ser adquiridos separadamente (anúncio de paradas e câmeras, por exemplo, são sistemas normalmente oferecidos por empresas específicas). A parceria com a Prodata para trazer a gestão dos validadores ao Gool System reforça a estratégia da Cittati em transformá-lo em um sistema único no mercado, com diferenciais muito relevantes. Evidentemente, o fato da Cittati pertencer ao Grupo MobiBrasil, com expertise em operação de ônibus urbanos em algumas metrópoles, ajuda bastante a validar ideias e ouvir sugestões. A Cittati caminha para se tornar uma empresa de classe mundial em ITS, o que, sem dúvida, é um grande orgulho para o Brasil.

Empresa 1

Importante player em tecnologias de bilhetagem eletrônica, a Empresa 1 mostrou suas novas tecnologias em seu estande na Transpúblico. A empresa expôs suas máquinas de venda de bilhetes. Os ATMs da Empresa 1 possuem suporte para recarga de cartões, emissão de novos cartões, emissão de bilhetes unitários em papel com QR Code (para sistemas com validador equipado com leitor de QR Code), pagamento de recargas com cartões de crédito, etc. O grande diferencial é que as máquinas são oferecidas pela própria Empresa 1, enquanto concorrentes apenas indicam terceiros. Em um mundo onde quase todos já possuem smartphones e a tecnologia NFC (Near Field Communication) já está presente em diversos smartphones do mercado, a Empresa 1 mostrou suas soluções mobile. Para usuários, a Empresa 1 oferece um aplicativo que possibilita transformar o smartphone em um cartão de transporte. A operação é bastante simples, bastando abrir o aplicativo (com o NFC já ativado) e aproximar o aparelho do validador. Para empresas de ônibus e cooperativas, a Empresa 1 oferece um aplicativo que transforma o smartphone em um validador. Essa solução pode ser usada em caráter emergencial em veículos temporários, por exemplo. Com a tecnologia NFC ativada, basta abrir o aplicativo. A partir daí, é só o usuário aproximar o cartão (ou um smartphone com NFC). Para flexibilizar a rede de recarga, a Empresa 1 também oferece um aplicativo que transforma o smartphone em um equipamento de recarga. Também usando a tecnologia NFC, a operação é bastante simples,

bastando aproximar o cartão que será recarregado do smartphone. A partir daí, o aplicativo reconhece o cartão e abre as possibilidades de recarga para o atendente selecionar. Ainda nas tecnologias de recarga, a empresa oferece um leitor de cartões de transporte que pode ser conectado a máquinas POS (aquelas maquininhas de cartão de crédito). Assim, a maquininha passa a poder ser utilizada para recarga de cartões de transporte. O grande diferencial disso é que o ponto de venda deixa de necessitar de uma máquina de recarga específica, que ocupa espaço e energia elétrica. A Empresa 1 também mostrou seu mais recente validador, com tela colorida e hardware mais robusto. Para demonstrar a capacidade de processamento, um dos validadores no estande exibia em sua tela um filme em alta definição sem nenhum problema. O validador ainda possui opção de leitor de QR Code. O uso desses códigos pode ser feito para emitir bilhetes unitários com um custo muito reduzido, que é basicamente o do papel térmico e o da impressão. Com todas essas tecnologias, a Empresa 1 criou o selo “O fim do pagamento em dinheiro no transporte”. Ele demonstra que existe hoje muita tecnologia e muitos recursos que possibilitam a extinção do pagamento em dinheiro nos ônibus. Atualmente, a Empresa 1 atua em dezenas de cidades no Brasil e na América Latina. As tecnologias de bilhetagem da empresa estão presentes em cidades como Belo Horizonte, Fortaleza, Florianópolis, Criciúma, Cidade da Guatemala, Guarulhos, Limeira, Boa Vista, Rio Branco, Santa Maria, São José dos Pinhais e Anápolis. 20.09.2015 |

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A GRANDE MATÉRIA

M2M Solutions

A M2M Solutions, uma das maiores empresas de soluções de monitoramento de operação de ônibus urbanos em tempo real, mostrou em seu estande toda a sua gama de soluções. Um fato interessante é que o sistema M2M Frota estava conectado em tempo real com a operação dos ônibus do Rio de Janeiro. Com isso, pessoas interessadas em conhecer o sistema podiam navegar dentro de um case real, verificando a utilidade da solução. O M2M Frota, segundo Luís Fernandes, executivo de vendas da empresa, foi desenvolvido do zero no ano passado, trazendo inúmeras melhorias, acatando sugestões e ouvindo reclamações de clientes. Pelo sistema, é possível não só acompanhar a operação como um todo, como também visualizar cada linha ou cada veículo separadamente. Quando é aberta a tela de um veículo em específico, é possível acompanhar inclusive a velocidade dele e imagens das câmeras internas (salão e visão externa à frente do veículo). Outra funcionalidade importante do sistema é a comu-

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nicação com os motoristas. No case do Rio, o CCO informa e é informado de obstáculos no itinerário, como acidentes, protestos e congestionamentos. Além do sistema de gestão da operação em tempo real, a M2M mostrou o aplicativo meuÔnibus, lançado no primeiro semestre deste ano. O aplicativo funciona atualmente nas cidades de Fortaleza, Limeira e no BRT do Rio de Janeiro (com o nome meuBRT). Ao contrário da Cittati, a M2M oferece o aplicativo de forma customizada, com o logotipo e as necessidades de cada cliente. Dessa forma, não se trata de um único aplicativo. A M2M lança um aplicativo para cada cliente. Se, por um lado, isso permite customizações, por outro, o aplicativo não tem a mesma facilidade do CittaMobi em ganhar fama pelo país e atingir grandes números de downloads. Enquanto o meuÔnibus Fortaleza (o que obteve mais downloads até o momento) tem, no máximo, 500 mil downloads, o CittaMobi já está no patamar entre 500 mil e 1 milhão de downloads. Em avaliações de usuários, a situação é mais

interessante ainda. O meuÔnibus Fortaleza tem 2423 avaliações na Play Store, enquanto o CittaMobi atingiu 21.492 avaliações. Enquanto o aplicativo da M2M de melhor avaliação atinge nota 4,1 na Play Store, o CittaMobi tem nota 4,2. Ou seja, além de ser mais famoso na loja de aplicativos, o CittaMobi é mais bem avaliado. Ambos estão longe ainda do reconhecimento do Moovit, que é um aplicativo usado mundialmente, com mais de 15 milhões de downloads e quase 300 mil avaliações de usuários, atingindo nota 4,2 (igual a do CittaMobi). Dessa forma, a M2M perde a oportunidade de usar o meuÔnibus para colocar como clientes os usuários de ônibus, focando totalmente o modelo de negócios no empresário e no órgão gestor. Outra tecnologia apresentada pela M2M na Transpúblico foi o Co-Piloto. Tratase de um aplicativo que pode ser instalado em tablets com sistema Android que transforma o aparelho em um auxiliar do motorista. Com ele, o motorista pode visualizar, entre outros, o tempo de intervalo em relação ao veículo da frente e ao veículo de trás.


Palfinger A Palfinger, presente no Brasil em Caxias do Sul/RS, pertence a um grupo austríaco e é lider mundial em tecnologia e fabricação de sistemas de acessibilidade e movimentação de cargas. Em seu estande na Transpúblico, a empresa levou seu elevador para acesso de cadeirantes em ônibus urbanos. O grande diferencial do produto da marca é o acionamento totalmente elétrico. Atualmente, elevadores como os Ortobras possuem acionamento eletro-hidráulico, enquanto fabricantes como Foca e Dhollandia produzem elevadores eletro-pneumáticos. Segundo a Palfinger, esse diferencial possibilita que o produto dela seja mais robusto, leve e de manutenção mais fácil que os concorrentes. O acionamento elétrico dispensa peças com folga, que com o tempo geram o famoso barulho de “escola de samba” nos elevadores das concorrentes. Além de ser mais leve, também ocupa menos espaço na carroceria, uma vez que o motor tem dimensões bastante compactas. No estande, o elevador exposto tinha acionamento semi-automático, o que significa que o motorista precisa estender a plataforma do cadeirante manualmente. Ao lado, foi colocado um elevador com acionamento automático que ainda era um protótipo em fase de aceitação do mercado. A fabricante queria ouvir a opinião de empresários e operadores em geral,

Tecnomobile

uma vez que o movimento de extensão da plataforma para o cadeirante desenvolvido pela Palfinger é ligeiramente diferente em relação aos concorrentes. A ideia é que seja validado como uma alternativa aos elevadores automáticos atuais, que expandem a plataforma pelo movimento do tipo gaveta. Segundo a Palfinger, o movimento do tipo gaveta exige mais manutenção, uma vez que a plataforma acumula sujeira e poeira, o que pode, com o tempo, travar o funcionamento da plataforma.

Rede Ponto Certo A Rede Ponto Certo oferece parcerias para a bilhetagem eletrônica nas cidades. Atualmente presente em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Maceió, Ribeirão Preto e Cuiabá, a RPC ajuda a pulverizar as possibilidades de recarga dos cartões de transporte. Isso acontece com fluidez porque a empresa também atua como parceira de pontos comerciais, oferecendo tecnologia acessível para que eles agreguem serviços de recarga de cartões de transporte, recarga de créditos de celular e até mesmo pagamento de contas. Dessa forma, a Rede Ponto Certo tem um traquejo muito maior em aumentar a rede de recargas de um sistema de transporte público do que uma empresa de bilhetagem sozinha ou um órgão gestor isolado. Além da parceria com pontos comerciais que ajuda os usuários e o próprio sistema de transporte público, a Rede Ponto Certo também trabalha com tecnologias em evidência na atualidade para facilitar a vida dos usuários, modernizar a bilhetagem e atrair as pessoas para o transporte público.

Uma das soluções apresentadas são os aplicativos da Ponto Certo. Com o app Ponto Certo Bilhete Único São Paulo, por exemplo, o usuário pode comprar créditos na hora. Se o smartphone for equipado com a tecnologia NFC (Near Field Communication), é possível também consultar o saldo e ativar os créditos no cartão, bastando aproximá-lo do celular. A RPC ainda oferece apps para usuários do cartão BOM e dos sistemas de Cuiabá, Ribeirão Preto e Maceió. Outra novidade é o Watch2Pay, um relógio inteligente que serve como cartão de transporte. Em breve, será lançado para o Bilhete Único paulistano. O relógio possui tecnologia NFC e basta aproximá-lo do validador para poder passar na catraca. Também foram expostas no evento algumas máquinas de autoatendimento para recarga, que podem ser usadas em estações e terminais. Atualmente, a Rede Ponto Certo administra as máquinas de autoatendimento de São Paulo (metrô e terminais), Rio de Janeiro, Recife, Maceió e Ribeirão Preto.

A Tecnomobile é uma startup do Grupo Transoft e é especializada em soluções de monitoramento de segurança nos ônibus. Atualmente, tem como clientes empresas como as cariocas Redentor, Rio Ita e Litoral Rio. Em seu portfólio, a Tecnomobile vende desde uma solução de monitoramento com câmeras até as próprias câmeras e a “caixa preta” (DVR) separadamente. O grande diferencial da empresa em relação aos concorrentes é a descarga das imagens via Wi-Fi. Isso dispensa o enorme trabalho de trocar cartões SD diariamente. Além disso, as imagens, assim que descarregadas, vão diretamente para a nuvem, o que é muito mais seguro do que guardar o cartão SD até o início do expediente do profissional que assiste as imagens. Nenhuma empresa concorrente conseguiu desenvolver essa funcionalidade ainda. Além disso, a Tecnomobile oferece câmeras blindadas com proteção antivandalismo. São tão resistentes que possuem garantia de 12 meses. Isso minimiza casos como os que aconteciam em Campinas, onde os vândalos que depredavam ônibus quebravam a câmera de monitoramento antes de completarem a ação. Isso, além de resultar na perda da prova cabal do crime, ainda obriga a empresa a substituir a câmera, resultando num prejuízo maior ainda. A Tecnomobile ainda oferece equipamentos DVR com conexão 3G e 4G, que possibilitam o acompanhamento das câmeras em tempo real. Esse recurso pode ser útil principalmente em sistemas de transportes com CCO (Centro de Controle Operacional), que pode acionar imediatamente as forças policiais.

Goal Systems A Goal Systems é uma empresa espanhola especializada em sistemas de otimização de para empresas de transporte de passageiros. Para o transporte urbano por ônibus, a empresa oferece o GoalBus, sistema que gera tabelas de horários otimizadas, sempre otimizando o uso dos veículos e a jornada dos motoristas, de modo a garantir uma elevação na produtividade operacional. O BRT do Rio de Janeiro e a gerenciadora Grande Recife (sistema metropolitano de Recife) são clientes brasileiros que utilizam o GoalBus. Para o transporte rodoviário por ônibus, a Goal Systems oferece o GoalBus LD (LD de longas distâncias). O sistema, assim como o GoalBus tradicional, também gera ajustes na operação das linhas de forma a otimizar o uso dos veículos e a jornada dos motoristas, garantindo alta produtividade. Deverá ser uma peça ainda mais importante para grandes grupos de transporte principalmente quando entrar em vigor a mudança no regime da ANTT, que dará maior liberdade às empresas. O Grupo Guanabara utiliza a solução. 20.09.2015 |

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REDE SOCIAL

O SEU ESPAÇO AQUI NA INTERBUSS

AS MELHORES DO FACEBOOK

Vinícius Venial Christófori | Marcopolo Torino MBB OF-1722

Willian Schimitt | Caio Millennium Volvo B12M

DEU O QUE FALAR

Mais mudanças nas empresas de ônibus rodoviários

Na semana passada uma nova onda de boatos caiu sobre os sites especializados e fóruns sobre transporte no país. A nova dança das cadeiras entre as empresas voltaram a chamar a atenção, sobretudo acerca do mais uma vez forte boato da venda do grupo da Viação Santa Cruz, de São Paulo. O boato agora é de que o grupo JCA teria feito a compra de todo o grupo, mas nada confirmado até o momento. 30 interbuss | 20.09.2015

Tôni Cristian | Maxibus Lince 3.65 MBB

Ailton Florêncio | Caio Millennium BRT

A absorção da Sã Viação pela Empr

Na quarta-feira caiu como uma bomb especializados a autorização da ANTT p tradicional empresa de ônibus que há Empresa Gontijo de Transportes, pela p grupos de saudosistas e fãs da empres que abre uma lacuna na história dos t


DICA DE COMUNIDADE

Viação Cidade Dutra https://www.facebook.com/groups/vcdutra/

O-500RS

Grupo criado para postagens de fotos e notícias do transporte público da região da Zona Sul de São Paulo, mais especificadamente acerca da Viação Cidade Dutra. O grupo é fechado e necessita de autorização prévia para acessar.

A FOTO DA SEMANA

Diego Almeida Araújo

Marcopolo Paradiso G7 1600 LD Scania | Viação Itapemirim

T MBB OF-1724

ão Geraldo de resa Gontijo

ba nas redes sociais e nos fóruns para a absorção da São Geraldo, alguns anos faz parte do grupo da própria empresa-líder. Com isso, sa começaram a lamentar o fato, transportes do país.

Aqui publicamos a foto de ônibus mais bonita da semana, colhida em redes sociais. Não são consideradas fotos publicadas em sites pessoais ou em outros sites. 20.09.2015 |

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FOTOS DA SEMANA

OCD HOLDING | www.ocdholding.com

Alex de Souza Cornélio Neobus New Road N10 380 Scania K360 | Auto Viação 1001

UMA SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADO

Alex de Souza Cornélio Neobus New Road N10 380 Scania K360 | Auto Viação 1001

Felipe Sisley Caio Foz Super MBB OF-1218 | Auto Viação Palmares Alex de Souza Cornélio Neobus New Road N10 380 Scania K360 | Auto Viação 1001

Kevin Willian Marcopolo Torino MBB OH-1621L | Viação Vera Cruz

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Kevin Willian Marcopolo Torino MBB OH-1621L | Viação Vera Cruz


S OS NA SEMANA OCD HOLDING | www.ocdholding.com

Ygor Nascimento Neobus Mega Plus MBB OF-1721 E5 | Transportes Barra

Ygor Nascimento Neobus Mega Plus MBB OF-1721 E5 | Transportes Barra

Rodrigo Gomes Neobus Spectrum City MBB OF-1418 | Auto Viação Palmares

Ygor Nascimento Neobus Mega Plus MBB OF-1721 E5 | Transportes Barra

Ygor Nascimento Neobus Mega Plus MBB OF-1721 E5 | Transportes Barra

Ygor Nascimento Neobus Mega Plus MBB OF-1721 E5 | Transportes Barra

o endereço da sua galeria, juntamente com uma ou duas fotos com a descrição do ônibus fotografado e fazemos a divulgação neste espaço, sem custo algum! Mande um e-mail para revista@portalinterbuss.com.br com os dados e aguarde! ENVIE SUA FOTO! Envie 20.09.2015 |

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COLUNAS

VIAGENS & MEMÓRIA

MARISA VANESSA N. CRUZ | ideiaselembrancas@gmail.com

Relembrando os ônibus da Mafersa

Mafersa. A primeira vez que eu vi essa marca foi em trens do Metrô de São Paulo. Isso há bastante tempo, há três décadas. Até que de repente, apareceram os primeiros trólebus fabricados dessa empresa, adquiridos pela antiga estatal CMTC. Eram 78 trólebus, entregues entre 1986 e 1987 para a recém-inaugurada Garagem Santo Amaro, operando duas linhas. Assim surgiu a expansão da Mafersa, partindo para o segmento de transporte urbano. Em 1987, mais seis trólebus foram entregues para rodar nas linhas municipais de Santos. Em 1989 a CMTC adquiriu os 10 primeiros ônibus a diesel, do modelo M-210 Turbo, e em 1990, por desistência de compradores de empresas do Paraná e do Espírito Santo, a antiga estatal comprou mais 130 veículos aproximadamente. Um consórcio de empresas, do corredor exclusivo de ônibus São Mateus – Jabaquara, administrado pela EMTU

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naquela época, e antecessora da Metra, adquiriu 29 ônibus a diesel para rodar nas linhas do ABC paulista. Isso em 1989, com a inauguração do Terminal Piraporinha, pois era necessário comprar ônibus a diesel para contingência, em caso de falta de energia elétrica. A partir dessas compras, outras empresas particulares, e até públicas, interessaram nesse modelo Padron, como alternativa ao concorrente MBB O-371U. Por exemplo, a Transleste, empresa administrada na época pelo Ronan Maria Pinto, chegou a ter 13 Mafersas na frota, incluindo um M-210 Turbo de testes, outro ano 1988 (que rodou bastante tempo como circular particular para o Central Plaza Shopping) e outros 11 zerados, ano 1991. Rodaram por três anos na empresa até serem dispensados por motivos desconhecidos. Parte deles foram vendidos para um consórcio, que mais tarde tornou-se a Metra. Prefeituras de várias cidades também compraram ônibus desse modelo,

como a antiga ETCD de Diadema, que no dia 7 de setembro de 1993 a prefeitura fez uma festa ao cidadão diademense celebrando os 25 novos ônibus da Mafersa, e meses depois, chegaram outros 15. São Bernardo do Campo, via ETC, também recebeu outros 50 para suas linhas municipais no final de 1993, cuja pintura remetia popularmente à margarina Doriana. Santos também recebeu, pela CSTC. Capitais brasileiras, como Curitiba e Belo Horizonte, e cidades como Jundiaí e Sorocaba, também receberam. Existem seis trólebus Mafersa rodando em Santos até hoje, mantidos pela empresa Piracicabana, cuja linha 20 sai do centro histórico e vai até o bairro do Gonzaga. Vale uma visita para quem ainda não apreciou o modelo. A Mafersa existiu até 1995. Anos mais tarde, todo o terreno da extinta Mafersa está ocupado pela multinacional francesa Alstom, fabricante de materiais ferroviários. Foto: Waldemar P. de Freitas


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