SÃO PAULO AUMENTA SUBSÍDIO A ÔNIBUS
interbuss PORQUE TRANSPORTE É VIDA | ANO 6 | N° 264 | 4 DE OUTUBRO DE 2015
ELÉTRICOS EM DESTAQUE
As novidades que foram apresentadas no Salão do Veículo Elétrico, que aconteceu em São Paulo FOTÓGRAFO REGISTRA PONTOS INUSITADOS
UMA REVISTA
PARA QUEM QUER
SABER TUDO SOBRE TRANSPORTE
NO BRASIL
E NO MUNDO. TODO DOMINGO,
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NESTA EDIÇÃO A GRANDE MATÉRIA
Os destaques da feira dos e
Salão do Veículo Elétrico aconteceu na semana passada na cidad SUMÁRIO
6 NOSSA OPINIÃO
O problema do preço do diesel nas empresas de ônibus
7 A IMAGEM MARCANTE
A foto que marcou a semana no setor de transportes
8
TODA SEMANA As notícias mais importantes da semana
14 ADAMO BAZANI
Colunistas | Queda nas vendas de ônibus bate recorde
16 PÔSTER
Neobus Mega Plus, por Fábio Tanniguchi
18 DEU NA IMP 22 ÔNIBUS DE 24 A GRANDE M 26 REDE SOCIA 28 FOTOS DA S 30 MARISA VAN
As notas da imprensa espe
Audiência Pública do BRT
Tudo sobre o Salão do Veí
O seu espaço na InterBuss
As melhores fotos de ônib
Colunistas | O primeiro en
ANO 6 | Nº 264 | DOMINGO, 4 DE OUTUBRO DE 2015 | 1ª EDIÇÃO | CONCLUÍDA À 16h33 (S) EDIÇÃO COM 32 PÁGINAS
elétricos
ÔNIBUS DE CAMPINAS
Audiência Pública do BRT é convocada pela EMDEC
Evento acontecerá no próximo dia 15 de outubro
22
TODA SEMANA
de de São Paulo
24
Fotógrafo registra pontos de ônibus inusitados na Europa
Fotos são feitas há quatorze anos no leste europeu
09
TODA SEMANA
PRENSA ecializada CAMPINAS é convocada
MATÉRIA ículo Elétrico em São Paulo
AL s
SEMANA bus da semana
NESSA N. CRUZ
ncontro nacional de busólogos
Prefeitura de São Paulo aumenta subsídio à ônibus
Medida visa evitar novo reajuste na tarifa municipal
11
NOSSO TRANSPORTE
Vendas de ônibus no Brasil registra nova queda acentuada
Queda no ano já ultrapassa os 40% e bate recorde
14
DEU NA IMPRENSA
Aeroporto de Viena renova frota com veículos Mercedes
Caminhões e veículos de apoio são da marca alemã
19
EXPEDIENTE
Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda. DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFE Luciano de Angelo Roncolato JORNALISTA RESPONSÁVEL Luciano de Angelo Roncolato REVISÃO Felipe Pereira e Luciano de Angelo Roncolato ARTE E DIAGRAMAÇÃO Luciano de Angelo Roncolato AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃO Agradecemos à Adriano Minervino, Márcio Spósito, Ailton Florêncio e Douglas de Cézare pelas fotos enviadas esta semana para capa, matérias e pôster. SOBRE A REVISTA INTERBUSS A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo. Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países. Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail revista@ portalinterbuss.com.br. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autorizada apenas após um pedido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido. PARA ANUNCIAR Envie um e-mail para contato@portalinterbuss.com. br ou ligue para (19) 99483-2186 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos! PARA ASSINAR Por enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibilizada livremente apenas pela internet, através do site www.revistainterbuss.com.br. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem para revista@portalinterbuss.com.br e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado. CONTATO A Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conversar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para revista@ portalinterbuss.com.br ou contato@portalinterbuss. com.br. Procuramos atender a todos o mais rápido possível. A EQUIPE INTERBUSS A equipe do Portal InterBuss existe desde 2000, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sempre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe. Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail contato@portalinterbuss.com.br ou pelo telefone (19) 99483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.
NOSSA OPINIÃO
Editorial
Diesel mais caro, para o desespero das viações O governo federal deu mais um tiro no pé do transporte público na semana passada. O anúncio feito pela Petrobras em relação ao aumento dos valores dos combustíveis nas refinarias beirou o absurdo e revoltou a população em geral. Os preços já estão altos e subiram ainda mais, causando mais gastos e pressionando a inflação, que já está alta, ainda mais para cima. Para os empresários do setor de transportes, a situação apenas piorou. Com a aproximação das eleições municipais, programadas para acontecer a daqui um ano, muitos prefeitos estão segurando ao máximo o reajuste das tarifas, prejudicando as empresas que se viram como pode. Em algumas localidades onde está previsto o artifício do subsídio, as prefeituras aumentaram os valores repassados às empresas operadoras de linhas municipais para tentar cobrir essa diferença no valor do óleo diesel, mas com esse novo reajuste o valor já está defasado, exigindo um aumento no valor do repasse. Para complicar ainda mais o negócio, a crise pela qual o país passa está fazendo com que governos cortem custos, ainda mais por conta da queda na arrecadação, e de onde viria o dinheiro para cobrir esse rombo que não para de aumentar? Há ainda um grande problema no país que já parece um círculo vicioso. Todos devem compreender que as empresas de ônibus são conglomerados como qualquer outro de qualquer ramo, visando o lucro. Se não fosse para o empresário ter lucro com certeza ele não teria ônibus e já investiria em outros ramos que lhe rendesse algum dinheiro. Se fosse para ele ter prejuízos e dor de cabeça com a população e com o poder público, com certeza já teria saído desse ramo. Cabe à prefeitura fazer um contrato que garanta a qualidade da operação com veículos que condizam com as necessidades da população e que proporcione conforto, bem estar e agilidade para os deslocamentos na cidade ou entre elas, cobrando um valor justo dos passageiros que são meros clientes. Porém, não é bem isso o que acontece no Brasil. Por aqui, os passageiros são mal tratados e pagam uma tarifa maior do que vale o serviço, e do outro lado, as prefeituras não cobram o que estão em contrato, ou o que está no papel acaba sendo muito frágil, fazendo com que as empresas operem numa má forma, já que não há um cumprimento do contrato por conta da prefeitura. Ou seja, no final, tudo fica ruim porque ninguém faz a sua parte: a prefeitura não cobra e não cumpre com o que foi acordado, as empresas não recebem os valores que necessitam para uma operação satisfatória e como não são cobradas acabam deixando a desejar nas operações, e os passageiros também não fazem a sua parte pois tentam de todas as formas burlar o pagamento da tarifa, depredam os veículos, etc. Com esse novo reajuste do óleo diesel a situação tende a ficar insustentável para algumas empresas. Na cidade de Campinas uma empresa de ônibus que opera linhas municipais por lá está tendo dificuldades para adquirir combustível das distribuidoras para abastecer seus veículos, tendo que fazer esse trabalho em postos espalhados por toda a cidade, onde o valor é consideravelmente maior do que o cobrado em atacado. Agora que o valor do combustível subiu, tudo deve mudar, e obviamente para pior. Para tentar amenizar o lado da empresa, a prefeitura local, na surdina, autorizou a redução da frota circulante, dando um alívio temporário e aproveitando o momento de redução no número de passageiros por conta da crise. Vamos ficar de olho nos próximos meses para saber como ficarão as coisas nesse campo do transporte, com o combustível em alta desenfreada, inflação galopante e tarifas congeladas.
A IMAGEM MARCANTE
Rio de Janeiro, RJ
Sexta-feira, 25 de setembro de 2015
O ônibus oficial do Clube de Regatas Flamengo ficou preso em um limitador de altura a caminho do bairro de São Conrado, no Rio de Janeiro. O veículo estava transportando membros da comissão técnica e seguranças do clube. A foto é de Ivan Raupp, do site Globo Esporte.com
TODA SEMANA
Espírito Santo
AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA SEMANA NO SETOR DE TRANSPORTES
Integrado, sistema em Vitória promete agilidade G1 Espírito Santo | Notícias
Desde sábado (3), os passageiros que circulam por Vitória ganharam mais tempo e economia no transporte coletivo municipal com a implantação do novo sistema de transporte da cidade. Para a Secretaria de Transportes da Capital (Setran), o Integra Vitória poderá tornar a viagem dos usuários até 20 minutos mais curta. O Integra Vitória trata-se de uma readequação do modo de funcionamento do transporte coletivo. Para tanto, os microônibus deixarão de ir de um ponto a outro da cidade e se tornarão linhas alimentadoras. Eles irão circular apenas dentro dos bairros, levando os passageiros até as principais avenidas de Vitória. Nelas, os usuários farão baldeações, podendo ter acesso a todos os ônibus convencionais - que não serão alterados sem pagar outra passagem. O inverso também será possível, isto é, sair do convencional e pegar o micro-ônibus. 30 minutos Conforme explica o gerente de planejamento de Transportes da prefeitura, Heleno Barros das Neves, só é possível ter acesso à baldeação entre os ônibus adquirindo o cartão do sistema, já que através dele é calculado o tempo do trajeto do ponto onde o usuário faz o pagamento até o último ponto de integração. “Quando a pessoa descer no ponto, ela terá 30 minutos a mais para embarcar no próximo coletivo sem pagar. Se houver qualquer problema vamos ajustar, mas esse tempo é suficiente para quem desce no corredor”, pontua o gerente. O secretário geral do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setpes), Jaime De Angeli, afirma que o objetivo da ação é otimizar o sistema, pois as linhas de micro-ônibus estavam se sobrepondo às convencionais em grandes vias. A expectativa é que agora o trânsito da cidade ganhe mais fluidez. Com a mudança, 16 linhas de micro-ônibus serão reformuladas e terão novos nomes. No entanto, Heleno salienta que o trajeto dentro dos bairros não será modificado. Com o itinerário mais curto, os microônibus serão mais frequentes.
08 interbuss | 04.10.2015
NOVIDADE Novo sistema de transporte em Vitória promete rapidez. Foto: PMV “Esses ônibus passavam a cada 30 ou 40 minutos e agora vão passar de 18 a 20 em dias úteis. Aos sábados e domingos, a frota será reduzida, com intervalo de 30 a 35 minutos, dependendo da linha”, diz Heleno. Pontos Ao todo, 45 placas foram instaladas nos pontos da cidade, com informações sobre linhas de micro-ônibus e convencionais que passam nesses locais. Porém, a integração pode ser feita em qualquer ponto da Capital, de acordo com a conveniência do usuário. Cartões Para ter acesso às baldeações os usuários precisam adquirir o cartão do sistema, que é gratuito. Até 10 de outubro, colaboradores do Setpes estarão nos ônibus vendendo cartões pré-carregados de R$ 5, R$ 10 e R$ 20. Os usuários também podem pedir o cartão na sede do Setpes. O cadastro requer CPF e número de telefone. Os cartões poderão ser recarregados pela internet, no site do Setpes.
Reclamações Em Caratoíra, os moradores estão insatisfeitos com as mudanças trazidas pelo Integra Vitória. Para o presidente da associação comunitária do bairro, Carlos Alberto Barbosa, há receio de que o número de ônibus e de linhas seja reduzido, superlotando as viagens. Segundo Barbosa, a linha que passará pelo local passará por três outros bairros, alongando o trajeto. Já a necessidade do cartão para fazer as baldeações é mais um motivo de insatisfação. Porém, o gerente de planejamento de Transportes da prefeitura, Heleno Barros das Neves, afirma que apenas a linha de micro-ônibus 202 (Caratoíra/Shopping Vitória) será alterada, sendo substituída pela 042 (Mário Cypreste/Parque Moscoso via Caratoíra ). Já a linha convencional 103 (Mário Cypreste / Jardim Camburi via Caratoíra) será mantida. Heleno também reforça que a diminuição da frota de micro-ônibus será compensada pelo aumento do número de viagens e que o cartão do sistema é gratuito.
A
Internacional
Fotógrafo registra pontos de ônibus inusitados na Europa
DIFERENTES As paradas inusitadas foram registradas em países da antiga União Soviética, no leste europeu. Fotos: Christopher H. “Eu estava jogando um jogo em descoberta tornou suas viagens mais emoG1 Mundo | Notícias que tinha que fotografar algo diferente a cionantes. O fotógrafo canadense Christopher cada hora e vi um ponto de ônibus perfeito. “Encontrar esses pontos de ônibus, Herwig, de 40 anos, dedica-se há 13 anos a Com o passar dos anos a série cresceu en- às vezes em estradas remotas e não asfalum objeto inusitado – pontos de ônibus da quanto eu explorava a Ásia Central”, disse à tadas, eram as melhores descobertas inesantiga União Soviética. BBC Brasil. peradas. Obras de arte que, primeiro, pare Ele percorreu mais de 30 mil quilô- “Para mim, isso foi uma janela cem fora de lugar, mas, depois de apreciar metros de carro, bicicleta, ônibus e táxi em única para a imaginação de muitas pessoas a paisagem ao redor delas, parece perfeita. 14 países para documentar o que chamou que frequentemente eram oprimidas cria- Me deu mais uma razão para viajar e me de “tesouros inesperados da arte moderna”, tivamente. Nos dá a chance de olhar para sentir um explorador, um espião.” incluindo Quirguistão, Ucrânia, Moldávia e um lugar e um momento na história através “Espero encorajar as pessoas a viaBelarus. das pessoas que viveram nesse período. De jar e abrir seus olhos para todos os tesouros Herwig descobriu a arquitetura certo modo, as fotos me parecem retratos.” esquisitos, maravilhosos e pouco apreciainusitada dos pontos soviéticos em 2002, O fotógrafo, que atualmente docu- dos que estão por aí”, diz Herwig. As imaquando fazia uma viagem de bicicleta de menta a crise dos refugiados sírios na Jordâ- gens foram reunidas no livro Ponto de ôniLondres, na Grã-Bretanha, até São Peters- nia em parceria com o Unicef e a UNHCR bus soviéticos, publicado pela editora Fuel e burgo, na Rússia. (agência de refugiados da ONU), diz que a vendido na Amazon. 04.10.2015 |
interbuss 09
TODA SEMANA São Paulo
Rampa quebra e estudante se arrasta em ônibus G1 Prudente e Região | Notícias O Ministério Público Estadual (MPE), através do promotor de Justiça da Pessoa com Deficiência, Luiz Antônio Miguel Ferreira, abrirá um inquérito civil para apurar a situação e possíveis irregularidades nos equipamentos de elevação instalados nos ônibus do transporte coletivo urbano de Presidente Prudente. A investigação é motivada após a universitária Edna Ribeiro, de 41 anos, que é cadeirante, se sentir constrangida ao pegar um ônibus nesta terça-feira (29), no Bairro São João, em Presidente Prudente, e ter de se “arrastar” pelo corredor do veículo, pois a rampa de elevação não funcionou. Ela registrou um boletim de ocorrência na Policia Civil por injúria real. Segundo o promotor, o inquérito deve ser aberto ainda nesta semana. “Vamos levantar mais algumas informações e dar entrada neste inquérito para apurar a situação como também eventuais irregularidades. Caso se comprovem erros, vamos cobrar as pessoas responsáveis para que os equipamentos funcionem corretamente”, afirmou o promotor ao G1 nesta quartafeira (30). Ainda conforme Miguel Ferreira, a universitária procurou a Promotoria, que a orientou a instaurar uma ação judicial por danos morais contra a empresa de transporte coletivo. “Fizemos duas orientações à Edna. A primeira, que é o inquérito civil, fica sob nossa responsabilidade. Já a segunda orientação é a abertura de uma ação por danos morais, que ela própria deve entrar com o pedido”, explicou o promotor. Segundo o representante do MPE, outras reclamações parecidas já foram registradas no município, o que já motivou a abertura de um inquérito, mas, após as investigações, o caso foi arquivado. Condef Segundo o presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (Condef ), Milton Takao Mizukawa, situações como essa não podem ocorrer de forma alguma e as empresas de transporte coletivo devem garantir obrigatoriamente o funcionamento desses equipamentos nos ônibus. Conforme ele, as empresas falham em libe-
10 interbuss | 04.10.2015
CONSTRANGIMENTO Ônibus estava com elevador quebrado. Foto: Edna Ribeiro rar ônibus com equipamentos que apresen- mais 30 minutos para que outro ônibus a tam problemas, pois as pessoas com defi- levasse”, informou o coordenador ao G1. ciência precisam de acessibilidade para usar o transporte. Além disso, o presidente do O caso Condef acrescentou que a sociedade deve Na terça-feira (29), a universitária se adequar aos procedimentos de acessi- Edna Ribeiro, de 41 anos, que é cadeirante, bilidade em relação aos deficientes e não o registrou um boletim de ocorrência na Polícontrário. cia Civil por injúria real, após se sentir cons Mizukawa esclareceu ainda que o trangida ao pegar um ônibus de transporte órgão já recebeu outras reclamações pare- coletivo urbano no Bairro São João, em cidas com o caso da universitária, porém, Presidente Prudente, e ter de se “arrastar” em muitas situações, as pessoas não tomam pelo corredor do veículo. atitude e não vão em busca de uma solução. Segundo ela, o equipamento eSegundo ele, caso alguém passe por situa- levatório destinado a permitir o embarque e ções em que se sinta lesado, as orientações o desembarque de pessoas em cadeiras de são para se dirigir à Polícia Civil, registrar um rodas não funcionou e esta não foi a primeiboletim de ocorrência e procurar posterior- ra vez que isso aconteceu. mente o MPE para apresentar uma denúncia. Edna afirmou que diariamente precisa fazer o uso de seis conduções para Outro lado realizar suas atividades e que nem sempre De acordo com o coordenador op- consegue chegar no horário em seus comeracional do transporte coletivo de Presi- promissos devido às dificuldades que endente Prudente, José Ricardo Góes, a situa- frenta no transporte. Além de se sentir conção registrada por Edna Ribeiro se tratou de strangida, a universitária alega que o pior é um “problema mecânico”, devido à falha de ter o seu direito desrespeitado. uma das peças da rampa elevatória no ôni- “A acessibilidade é o direito de ir e bus da linha Ana Jacinta-Bairro São João- vir para onde se precisa ou deseja, porém Centro, da empresa Pruden Express. não é assim que as coisas acontecem. O “Todos os carros possuem essa deficiente quando sai de casa já é olhado plataforma. O veículo que ela cita é novo diferente pelas pessoas e, ao me verem me e no momento de seu acionamento houve arrastando, acabo me tornando o centro o problema em uma peça, que ainda está das atenções. Isso me deixa muito enverna garantia. Ela poderia ter aguardado por gonhada”, desabafou.
Notas Rápidas
Cresce subsídio a ônibus urbano em São Paulo
Tarifa em Tatuí sobe R$ 0,50 e surpreende
G1 São Paulo | Notícias No projeto de lei do Orçamento de 2016 enviado à Câmara Municipal de São Paulo nesta quarta-feira (30), o prefeito Fernando Haddad (PT) aumentou o valor dos subsídios para as empresas de ônibus. Com isso, R$ 1,9 bilhão devem ser repassados para as tarifas em 2016. O Orçamento inicial de 2015 destinou R$ 1,7 bilhão às empresas de ônibus, mas o valor foi atualizado ao longo do ano e caiu para R$ 1,4 bilhão, ou seja, mais de R$ 500 milhões de diferença. Haddad negou que já tenha decidido sobre o possível congelamento do valor da tarifa de ônibus no ano que vem. Apesar do reajuste supor um congelamento das tarifas de ônibus em R$ 3,50, Haddad discordou e disse que tem feito um política metropolitana e que as decisões de aumento são tomadas em conjunto com o governo do estado e demais municípios. “Na verdade tem dois fatores que precisam ser considerados: primeiro, que a gente tem feito uma política metropolitana que inclui inclusive o governo do estado, as decisões sobre tarifa de transporte público têm sido organizadas mediante conversas entre prefeitos e entre o prefeito e o governador. Então, as decisões têm sido tomadas na mesma data criando uma política metropolitana e não uma política casuística, em função de calendário ou de partidarização”, destacou. “A segunda variável importante é que nós devemos lançar o edital de licitação esse mês, isso pode ter impacto sobre o orçamento do mês que vem dependendo como se desdobrar”, declarou. O prefeito ressaltou que o calendário eleitoral não coordena suas ações. “A questão do calendário político não tem sido a tônica das decisões. São Paulo, especificamente está em uma situação peculiar, está em curso um processo”, afirmou. No ano passado, as tarifas das passagens de ônibus, trens e Metrô de São Paulo ficaram mais caras na mesma data. Em janeiro, a tarifa passou de R$ 3 para R$ 3,50. O reajuste de R$ 3 para R$ 3,50 acontece um ano e meio após os protestos de junho de 2013, que fizeram a Prefeitura e o governo do estado revogarem um aumento de R$ 0,20 determinado naquele ano. Dessa forma, a tarifa permanecia no valor de R$ 3 desde 2011.
G1 Itapetininga e Região | Notícias presta o serviço no município desde 2011, O preço da passagem do ônibus municipal em Tatuí (SP) subiu R$ 0,50 nesta quinta-feira (1°) pegando “de surpresa” muitos moradores que não sabiam do reajuste. A tarifa passou de R$ 2,50 para R$ 3. A empresa responsável pelo serviço não foi encontrada para comentar o caso enquanto o secretário de Finanças e Planejamento, Carlos Cesar da Silva, admitiu a falta de aviso. “Se por acaso houve uma falha de comunicação em avisar a população previamente, eu peço desculpas em nome da prefeitura. O que posso dizer é que esse reajuste foi estudado, os estudos foram divulgados, pensando no interesse em que o contrato fosse mantido, e não tivéssemos paralisação desse contrato”, afirma Silva. Os 20% de reajuste estava previsto no contrato com a rosa, empresa que
diz a prefeitura. Só faltou informar melhor a população, reclama a desempregada Sandra Rodrigues. “Geralmente eles deixam um cartaz no ônibus com bastante tempo de antecedência, mas dessa vez não vi.” Ainda de acordo a prefeitura, a concessionária propôs um reajuste ainda maior: queria que o preço subisse de R$ 2, 50 para R$ 3,36. Ainda assim, o aumento vai castigar o bolso da população no fim do mês. Quem usa o transporte público para ir e voltar do trabalho vai gastar R$ 1 a mais por dia. Em outubro são 21 dias úteis, ou R$ 21 a mais a serem gastos. Dinheiro que pode servir para, na feira livre, comprar até oito itens, entre eles, um quilo de tomate, um dúzia de ovos e um quilo de cebola. “Acho ‘super’ caro, não dá para pagar R$ 3 todo dia. Pesa demais no bolso”, comenta a empregada doméstica Laís Aparecida.
Diesel impacta tarifa em Manaus D24AM | Notícias
Com o reajuste de 4% no preço do diesel, em vigor desde a última quarta-feira, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) já estuda os impactos que a planilha de custos do transporte deve sofrer, em Manaus. Responsável por 30% do total de despesas do setor, o combustível, de acordo com o assessor jurídico do sindicato Fernando Borges se soma, ainda, ao aumento dos valores de peças gerado pela supervalorização do dólar.
“Precisamos saber qual o valor que vai ser repassado na refinaria para poder incluir na planilha”, disse. Segundo ele, a previsão é de que o estudo de impacto seja concluído na próxima semana e divulgado na quarta-feira. “Com o estudo em mãos, vamos notificar a Prefeitura para que ela tome ciência do impacto nos custos”, afirmou. O levantamento, iniciado logo após a confirmação do reajuste, que elevou em 6% e 4% os valores da gasolina e diesel, respectivamente, vem sendo realizado por um setor do Sinetram que cuida especificamente da planilha, segundo Borges. 04.10.2015 |
interbuss 11
TODA SEMANA Mercado
Combustíveis alternativos é destaque na Scania
Montadora sueca possui grande gama de produtos que proporciona ótima redução de poluentes com o emprego de combustíveis alternativos
Da Scania | assessoria A Scania, referência mundial na fabricação de caminhões, ônibus e motores industriais e marítimos, apresenta no Congresso SAE Brasil 2015, o maior portfólio de motores movidos a combustíveis alternativos do mercado. “Isso reforça nosso posicionamento global em direção de um transporte sustentável, bem como comprova que estamos no caminho certo para reduzir em 50% a emissão de gás carbônico por tonelada transportada até 2020”, diz P.O Svedlund, presidente e CEO da Scania Latin America. Alinhada à estratégia global, a empresa demonstra o compromisso com a sociedade e apresenta soluções que garantem melhor economia operacional para o
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cliente e maior redução na emissão de CO2. O portfólio de veículos da Scania está apto a operar com diversos tipos de combustíveis alternativos, como é o caso do gás natural comprimido ou liquefeito, biogás, bioetanol e biodiesel. “O setor de transportes precisa encarar um desafio duplo. Quebrar a dependência por combustíveis fósseis e, ao mesmo tempo, reduzir as emissões de CO2 na atmosfera. Temos trabalhado nisso nas últimas duas décadas e criado alternativas sustentáveis para o mercado”, disse P.O Svedlund. Durante o SAE Brasil 2015, a Scania apresentará suas soluções de combustíveis alternativos, além de um caminhão R440 equipado com motor Scania capaz de rodar com até 100% a biodiesel, que ficará exposto
aos visitantes no Hub de Tecnologia. A operação com esse tipo de combustível pode reduzir em mais de 60% as emissões de CO2. Nos mercados globais atendidos pela fabricante sueca, onde a preocupação com a sustentabilidade é vista como diferencial competitivo gerador de oportunidade de negócio, já é possível ver com maior frequência caminhões e ônibus Scania movidos a fontes limpas. Na América Latina, cresce o interesse dos mercados por frotas que ofereçam eficiência operacional e sejam ao mesmo tempo sustentáveis. É o caso de países como Colômbia, que fez aquisição de ônibus movidos a biogás da Scania, visando à redução de poluentes. No Chile, os setores de mineração e madeireiro já operam com caminhões pesados movidos 100% a biodiesel.
Mercado 2
Thermo King equipa novos ônibus do Exp. Guanabara
Veículos foram equipados com o moderno LRT Premium, tido como o mais avançado sistema de ar-condicionado para ônibus de percursos rodoviários
Da Thermo King | assessoria A Thermo King®, fabricante de soluções de controle de temperatura em transportes para uma variedade de aplicações móveis e uma empresa do grupo Ingersoll Rand, equipou 35 novos ônibus da Expresso Guanabara com o LRT Premium, o mais avançado sistema de ar-condicionado para ônibus rodoviários de longa distância. O LRT Premium utiliza o gás refrigerante HFC R-134a, uma alternativa ecológica cuja ação não emite gases nocivos à camada de ozônio, tornando o equipamento ideal para clientes que buscam eficiência energética, sustentabilidade, diminuição de gastos com combustível e redução do custo operacional do ar condicionado. O Sistema LRT Premium possui ainda alta capacidade de refrigeração, fácil instalação e manutenção e maior durabilidade dos componentes. “Os equipamentos fornecidos para a Expresso Guanabara também utilizam o compressor X-430, exclusivo e de fabricação da própria Thermo King com durabilidade de mais de um milhão de quilômetros, sem necessidade de reparos, seguindo a manutenção preventiva recomendada”, diz Gustavo Oliveira, coordenador de produto para as operações da Thermo King na América Latina. “O LRT Premium possui
ainda uma carcaça toda em alumínio de liga especial e pintura eletrostática, além do sistema de renovação de ar e filtro antipólen, que juntos mantêm o ar limpo por muito mais tempo, garantindo uma melhor qualidade do ar dentro do ônibus e maior bem estar para os passageiros”. O projeto de baixo perfil do LRT Premium se adapta ao design do veículo sem alterar sua estrutura estética e a configuração da unidade torna sua aplicação mais flexível, permitindo que seja instalada em todos os modelos de teto. O equipamento conta ainda com o controlar eletrônico SmartAire, criado para otimizar a operação do sistema de climatização, possibilitando a escolha da temperatura no interior do ônibus através de um simples toque na tecla. A temperatura escolhida aparece diretamente no painel do controlador, bem como a temperatura no interior do veículo. Sobre a Thermo King® No Brasil desde 1974, a Thermo King é pioneira no desenvolvimento de soluções no controle de temperatura para transportes, incluindo unidades de refrigeração para logística de perecíveis e equipamento de ar condicionado para ônibus. Conta com uma ampla rede de Concessionárias Autorizadas que abrange todo o país
para assegurar o melhor atendimento aos clientes desde a concretização dos negócios até sua continuidade no pós-venda. Sediada em Barueri, região metropolitana de São Paulo, a empresa, que faz parte do grupo Ingersoll Rand, possui ainda uma fabrica em Araucária (PR) . Sobre a Ingersoll Rand® Ingersoll Rand (NYSE:IR) melhora a qualidade de vida criando ambientes confortáveis, sustentáveis e eficientes. Nossos colaboradores e nossa família de produtos — incluindo Club Car®, Ingersoll Rand®, Thermo King® e Trane® — trabalham juntos para melhorar a qualidade e o conforto do ar em residências e prédios; transportam e protegem alimentos e perecíveis e melhoram a produtividade e a eficiência industrial. Somos um negócio global de 13 bilhões de dólares, comprometido com um mundo de progresso sustentável e resultados duradouros. ERRATA Na semana passada publicamos uma matéria nesta página sobre o projeto de ônibus elétricos da Volvo com o crédito incorreto para Fábio Tanniguchi. Na verdade, o texto é creditado à assessoria da Volvo. Pedimos desculpas pelo equívoco. 04.10.2015 |
interbuss 13
COLUNAS
NOSSO TRANSPORTE ADAMO BAZANI | adamobus@gmail.com
Vendas de caminhões e ônibus registram queda de 40,96%
Efeitos da crise econômica devem ser piores que previstos pelo setor de veículos pesados
ÔNIBUS RODOVIÁRIO Queda nas vendas de veículos comerciais pesados mostra que não há disposição de outros setores para investir. Foto: Bruno Roberto Considerado um “termômetro” período de 21,73%, com 1 milhão 881 mil 2º) MAN/Volkswagen Caminhões e Ônibus: do nível de investimento de diversas ativi- 671 veículos. De janeiro a setembro deste 3 mil 22 unidades – 18,25% de participação dades no País, inclusive do poder público ano de 2014, foram comercializados 2 mi- no mercado. em diferentes níveis, o setor de veículos lhões 403 mil 955 automóveis leves. pesados mostra que realmente a econo- Se as vendas de ônibus e cami- 3º) Volare (minionibus da Marcopolo): 1 mil mia brasileira não vai nada bem e que não nhões demonstram a situação de outros 810 unidades – 10,93% de participação no há estimativa de melhoras significativas setores que dependem destes veículos e mercado. num curto prazo. dos cofres públicos em relação a obras em Balanço das vendas de janeiro geral e sistemas de mobilidade urbana, 4º) Iveco (contanto com minionibus Citya setembro deste ano, divulgado nesta a dinâmica dos veículos leves demonstra class): 1 mil e 20 unidades –6,16% de parquinta-feira, 1º de outubro de 2015 pela principalmente a situação das famílias ticipação no mercado. Fenabrave – Federação Nacional da Distri- brasileiras. buição de Veículos Automotores revela que 5º) Volvo: 666 unidades – 4,02% de particia queda acumulada foi de 40,96% com 72 ÔNIBUS pação no mercado. mil 250 unidades vendidas ante 122 mil 373 A Mercedes-Benz continua lideveículos pesados em semelhante período rando o segmento de ônibus, 9 mil 302 6º) Agrale: 403 unidades – 2,43% de particide 2014. unidades e participação de 56,18% do pação no mercado. No segmento de caminhões, a mercado. A chinesa BYD, que faz ônibus queda nas vendas foi de 43,75% com 55 elétricos e deve inaugurar uma fábrica 7º) Scania: 289 unidades – 1, 75% de particimil 692 veículos e o segmento de ônibus, em Campinas, interior de São Paulo, nas pação no mercado. entre janeiro e setembro deste ano, com- próximas semanas, continua no ranking ercializou 16 mil 558 coletivos ante 23 mil da Fenabrave com o registro de 4 veículos 8º) International (motor – chassi): 31 uni371 dos nove meses do ano passado, o que vendidos. dades – 0,19% de participação no mercado. representa queda de 29,15%. Já as vendas de carros de passeio 1º) Mercedes-Benz: 9 mil 302 unidades – 9º) BYD – ônibus elétricos: 04 unidades – e comerciais leves acumulam queda no 56,18% de participação no mercado. 0,02% de participação no mercado.
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Licitação dos transportes em São Paulo: cartas marcadas ou mercado muito grande? Imagine que você esteja morando numa casa e seu contrato de aluguel está para vencer e você não tem certeza de que será renovado. Acaso, você investiria, por exemplo, numa mobília cara planejada para esta residência diante desta incerteza sobre sua permanência ou não na casa? É mais ou menos assim, do ponto de vista da estrutura empresarial, que está sendo vista por interlocutores do setor de transportes a licitação dos serviços municipais de ônibus na cidade de São Paulo. Às vésperas da divulgação do edital definitivo de concorrência pública, as atuais operadoras têm feito grandes investimentos para a renovação de frota. Até mesmo as excooperativas, hoje que se transformaram em empresas, estão comprando veículos novos. Tratam-se de investimentos na ordem de R$ 350 mil até R$ 1 milhão por ônibus novo. As ex-cooperativas compram ônibus mídis ou até mesmo ônibus convencionais com ar-condicionado, conforme determina a prefeitura, em substituição aos micro-ônibus. Já as empresas têm comprado os gigantes superarticulados de quase R$ 1 milhão, com 23 metros de comprimento, serviço de wi-fi, arcondicionado, iluminação de led, etc. Se um carro de passeio zero quilômetro já perde muito valor ao colocar a primeira roda fora da concessionária, imagine um ônibus cuja depreciação é maior. Afinal, entre outras questões, está o valor de revenda do veículo de transporte coletivo. Se nem em São Paulo todas as ruas suportam um superarticulado, imagine em outras cidades com estrutura mais precária? Como não tem mercado de venda de usados, ao final de sua vida útil um ônibus grande de R$ 1 milhão pode ser achado por R$ 25 mil, nos valores de hoje. Mas não são apenas as compras de veículos que evidenciam a certeza de que quem está vai ficar. É só dar uma olhada nas minutas do edital. O sistema será dividido em três grupos de linhas: Estrutural (linhas maiores e de mais demanda, entre as regiões da cidade e o centro por grandes vias), Local de Articulação (unindo regiões diferentes ou até o centro por vias menores) e Local de Distribuição (de bairros até estações e terminais locais, além de linhas rurais). São 27 lotes no total que devem ter uma frota em torno de 12 mil 898 ônibus. O lote menor , o Distribuição 13, deve
Expectativa é que haja readequações de linhas e tipos de serviço, mas veículos que valem até R$ 1 milhão continuam sendo adquiridos pelos atuais operadores
ter uma frota de referência de 193 ônibus. O maior é o Estrutural 4, com 1.036 ônibus. Cada um dos 27 lotes vai representar uma SPE – Sociedade de Propósito Específico, que vai reunir companhias de ônibus. A pergunta é: que empresa hoje, além das que estão operando, terá esta frota e no padrão exigido pela SPTrans, para participar? Lembrando que a fabricação de um ônibus é por encomenda, e, dependendo do modelo, pode ficar pronto entre 3 meses e 6 meses depois de ter sido encomendado. Entre frota nova e a implantação de um CCO – Centro de Controle Operacional devem ser realizados após a assinatura dos contratos investimentos em torno de R$ 1 bilhão. O contrato de licitação é de 20 anos, renováveis por mais 20 se houver justificativa para isso, e deve movimentar R$ 70 bilhões por período. Quais grupos empresariais fora de São Paulo teriam esta condição? Pouquíssimos, isso sem contar com eventuais disputas jurídicas das atuais operadoras que não vão aceitar sair. A prefeitura diz que ao tornar os terrenos das garagens como áreas de utilidade pública para fins de desapropriação, deve estimular a entrada de outros grupos empresariais. Mas atenção: as garagens não foram desapropriadas, só foram decretadas como utilidade. Será que a medida é suficiente para estimular outros grupos empresariais? Diante deste quadro, muitos dizem que a licitação de São Paulo é de cartas marcadas. Não dá para afirmar isso, mas, pelo tamanho e dinâmica do mercado de transportes da cidade, é difícil alguém oferecer uma estrutura maior que grandes empresários hoje, como José Ruas Vaz, Belarmino de Ascenção Marta e família Saraiva, que juntas detém mais de 70% das linhas das viações (excluindo as áreas das ex-cooperativas). São Paulo é o maior sistema de transportes da América Latina, não dá para competir com que está por aqui. A expectativa é que, no máximo, alguém pode se associar a quem já está. O fato de continuar os mesmos empresários não significa incialmente um problema. Mas a concorrência sempre é importante para que melhores propostas sejam apresentadas. Além disso, a população de outras cidades sofre com maus empresários, como no caso do ABC Paulista, onde alguns têm o nome envolvido em escândalos de corrupção que já resultaram na morte até de altos servidores públicos executivos ou são grandes devedores da
União. Por isso, a população saber da estrutura empresarial dos transportes é importante. A expectativa em relação à licitação deve ficar mesmo em torno do novo modelo de serviços. A frota deve ser reduzida dos atuais 14 mil 874 ônibus para 12 mil 898 veículos, aproximadamente. Mas a prefeitura promete ampliação da oferta de lugares dos atuais 1,2 milhão para 1,35 milhão e aumento no número de viagens que deve saltar de 245 milhões para 280 milhões por mês. A receita para isso é a ampliação do número de veículos de maior porte, como os ônibus micrões e convencionais substituindo os micro-ônibus e a mais ônibus superarticulados no sistema que devem chegar a 2 mil 500 unidades até 2017. A eliminação da sobreposição de linhas deve aumentar a oferta na medida em que pode tornar as viagens mais rápidas. Não tem mais sentido o fato de vários ônibus vazios, batendo lata, como se diz no setor, seguindo pelas mesmas vias. As baldeações com certeza vão aumentar e quem antes usava um ou dois ônibus por sentido pode precisar de até três ou quatro. Isso não será problema, apesar de uma adaptação necessária da população que vai reclamar no início, se as baldeações forem eficientes. Mas aí surge outra questão: Com uma malha pequena de corredores de ônibus, que são melhores que as faixas, há dúvidas sobre o sucesso imediato deste sistema tronco-alimentador. Afinal, não adiantará em nada uma linha de ônibus seguir rapidamente e depois o passageiro ficar muito tempo no local de baldeação porque o ônibus da segunda linha, sem corredor e estrutura viária, vai demorar para chegar pelo fato de estar preso no trânsito. E a estrutura dos terminais de hoje, vai comportar este novo modelo? Ou o passageiro vai ficar em longas filas e andar por várias plataformas até achar sua outra linha para seguir viagem? A criação de redes de linhas, como da Madrugada, é outra novidade que deve ser positiva. Estão esperadas a rede básica, a das linhas “normais”, a rede de reforço para os horários de pico e a rede de domingos e feriados. Esta, inclusive, é a mais interessante e pode começar a ser implantada antes mesmo do resultado final da licitação. É muito importante, porque hoje em dia, depender de ônibus aos domingos e feriados não é nada fácil e desestimula muitas pessoas a aproveitarem mais a cidade e se deslocarem além das obrigações do estudo e trabalho. 04.10.2015 |
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Fテ。IO TANNIGUCHI Neobus Mega Plus Rio Guaテュba, em Guaテュba/RS
DEU NA IMPRENSA
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RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA
Governo de SP vai agilizar leilão de veículos presos
Do site | notícias
Na terça-feira, dia 29 de setembro, o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, sancionou o Projeto de Lei nº 1126 de 2015, que institui a “via rápida” para os procedimentos de leilão público de veículos apreendidos pelo Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran. SP). A proposta já havia sido aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo no dia 3 de setembro. A “via rápida” irá agiliza os leilões ao permitir que os órgãos paulistas, que integram o Sistema Nacional de Trânsito, firmem convênios entre si para serviços de remoção, depósito e guarda de veículos, além da realização conjunta de leilões. A “via rápida” possibilitará, ainda, uma administração mais eficiente dos pátios, já que haverá mais rotatividade e menos veículos nesses locais. A partir de 2016, os veículos apreendidos estarão menos sujeitos à deterioração do tempo. O projeto de lei também estabelece a reclassificação dos veículos não arrematados para que sejam dispostos no leilão seguinte. Na prática, significa que por mais que não ocorra o arremate, o veículo será constantemente relacionado a leilão. Por exemplo, um carro com direito a documentação (que poderá voltar a circular nas ruas) não tiver comprador num evento, ele será reclassificado para um leilão próximo como “veículo em fim de vida útil para desmonte” (isto é, o comprador vai desmontá-lo e revender as autopeças). Se mesmo assim ele continuar sem lances, será renomeado como “sucata veicular para reciclagem”. O Detran.SP tem feito sistematicamente leilões em todo o Estado: de janeiro a agosto deste ano, 39.935 veículos de todos os tipos foram arrematados em 158 eventos, sendo 23,3 mil apenas na capital. Em 2015, 40% dos leilões no Estado foram virtuais. O valor arrecadado no arremate é destinado aos custos do leilão, tais como serviços de remoção, estadia, tributos e multas. Regras – Os leilões são realizados conforme a legislação federal. Atualmente, o veículo apreendido por infração às leis de trânsito (falta de licenciamento, por exemplo) pode ser levado a leilão público caso
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não seja reclamado por seu proprietário no prazo de 90 dias, exceto os que têm pendência judicial. A partir de 2016, o veículo poderá ser levado a leilão caso não seja reclamado por seu proprietário em 60 dias. A alteração foi estipulada pela lei federal 13.160, sancionada em 25 de agosto deste ano. Quando o veículo é destinado a leilão, o proprietário é notificado e tem prazo para reavê-lo. Caso não se pronuncie, ele é notificado por edital, publicado uma vez no Diário Oficial do Estado e no portal do Detran.SP (www.detran.sp.gov.br), dando novo prazo para a retirada do veículo, após a quitação dos débitos existentes e das despesas com a remoção e estadia no pátio. Depois de todas as notificações, se o proprietário não fizer a retirada, o veículo pode ser relacionado para leilão. É importante ressaltar que o De-
tran.SP é responsável apenas por veículos apreendidos pela Polícia Militar, no perímetro urbano das cidades, por infrações previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) que competem ao Estado fiscalizar, como disputa de racha, manobra perigosa na via, falta de licenciamento, veículo sem placa ou com a placa ilegível, entre outros. Veículos apreendidos por estacionamento irregular ou por terem sido abandonados nas vias, por exemplo, são de responsabilidade das prefeituras. Aqueles apreendidos em estradas são de responsabilidade dos órgãos de trânsito que atuam em rodovias, como o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Veículos apreendidos por envolvimento em crimes são de responsabilidade da Secretaria da Segurança Pública (SSP) e aqueles com pendências judiciais competem ao Poder Judiciário.
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Aeroporto de Viena investe em frota Mercedes-Benz
Do site | notícias O primeiro Mercedes-Benz Econic NGT (Tecnologia de Gás Natural) da geração Euro VI foi entregue ao Aeroporto Internacional de Viena, na Áustria. O caminhão, movido a gás natural, irá operar como catering (no transporte dos alimentos fornecidos a bordo da aeronave) e está equipado com um mecanismo de elevação fabricado pela Doll, instalado sobre a cabine, facilitando o embarque das mercadorias nos aviões
de um Boeing 737 até um Airbus A 380. A operação do Econic NGT oferece uma redução de 20% nas emissões de CO2 em relação a um propulsor diesel Euro VI. Se abastecido com biogás, o Econic simplesmente não polui com CO2, tornando sua operação mais limpa e sustentável. O caminhão também é equipado com transmissão automática Allison. Serviços Além do Econic NGT, o Aeroporto
Internacional de Viena também adquiriu cinco unidades do modelo Unimog U 530, também da Mercedes-Benz, para aplicação em serviços de limpeza, incluindo a remoção da neve durante o inverno austríaco. Os caminhões Unimog U 530 recebem motorização de 299 cv e são equipados para limpeza. Em 2015, o aeroporto já tinha encomendado dois Unimog U 427 equipados com espalhadores de sal, também para atuação durante o inverno, permitindo o funcionamento do local mesmo durante a neve. 04.10.2015 |
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Artigo: rastreamento de cargas com solução móvel
Do site | por Luciano Sandoval
A rastreabilidade de frotas e produtos, principalmente para grandes empresas, é um elemento básico em planos de segurança e de gestão da qualidade na organização. Um bom sistema de rastreabilidade garante o controle completo de informações e dados que envolvem uma operação e garantem segurança, tanto para a empresa quanto para seus clientes. Desde que projetada corretamente, a rastreabilidade se torna uma base eficaz e eficiente de documentação, responsabilidades, recursos, processos, produtos e serviços. No atual contexto de mercado, a rapidez nas entregas ou coletas, bem como a informação tornou-se de fundamental para as empresas. Dessa forma, é possível aumentar a produtividade, reduzir os prejuízos com furtos e roubos de mercadoria, minimizar custos, promover a confiança do cliente e proteção da marca, além de otimizar a eficiência da produção, o controle de qualidade e o controle de estoque. A demanda por esse tipo de serviço cresce cada vez mais em todo o mundo, e principalmente no Brasil, devido à necessidade imposta pela grande dimensão terrestre do país. Empresas de diferentes segmentos, principalmente, do setor de alimentos, químico e de medicamentos, podem se beneficiar com esses recursos já que atrasos para entrega, má condições de armazenamento, extravio ou manipulação desses produtos podem causar grandes problemas e perdas ao negócio. Muitas empresas realizam o serviço de rastreabilidade via satélite ou por telemetria. No primeiro caso, os sinais de satélite permitem o envio de mensagens entre a empresa e o veículo, e vice-versa. A localização do produto é obtida através de mapas digitais, envio de comandos e recebimento de alertas. Já a telemetria é a tecnologia focada no rastreamento através de dados, enviados por rádio ou satélite. É um sistema de com diversas aplicações, muito usada em indústrias de monitoramento de energia, meteorologia outros setores que necessitam de medição constante. Porém, ambos os sistemas são extremamente caros, chegando a custar mil-
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hões de reais para serem adotados. Com isso, muitas empresas não conseguem ter acesso ao serviço. A boa notícia é que hoje empresas focadas em tecnologia e mobilidade já conseguem propor modelos de logística que inovam o mercado e realizam o mesmo serviço de rastreabilidade por preços bem menores. Essa solução consiste, basicamente, em sistemas de monitoramento e rastreabilidade feitos através de qualquer dispositivo móvel, seja um smartphone, tablet, entre outros. Quando conectados à internet, as empresas conseguem ter acesso, em qualquer local do Brasil, a todas as informações de localização dos produtos. Os custos bem reduzidos e a praticidade do sistema são diferenciais que chamam a atenção de empresas que já utilizam, ou sentem a necessidade de utilizar esse serviço. Para finalizar, não poderia deixar de
citar também, um serviço de rastreabilidade de produtos que está sendo, cada vez mais, usado internamente em grandes empresas que precisam ter controle de um grande volume de produtos. É um tipo de rastreabilidade indoor, feito também através de dispositivos móveis, para monitoramento do sistema interno de produtos. Muitas empresas, inclusive, tiveram seus problemas de logística totalmente solucionados com essa implementação. Na maioria dos casos, cada produto, caixa ou pallet é codificado e devidamente monitorado. Dessa forma, o gerenciamento interno consegue ser mais preciso e eficiente, aumentando a produtividade e gerando melhores resultados. *Luciano Sandoval, diretor Comercial e Marketing da MC1 – multinacional brasileira com foco em processos e inteligência de negócios utilizando a mobilidade como plataforma tecnológica
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Prefeitura de São Paulo vai trocar placas de frota oficial por comuns Do site | notícias Para demonstrar que o exemplo deve vir de cima, a Prefeitura de São Paulo decidiu abolir o uso de placas autolacradas (as chamadas placas pretas, identificadas com nomes de órgãos públicos e um número) na sua frota de automóveis oficiais. O Decreto nº 29.431, de dezembro de 1990, que regulamenta a gestão de veículos do serviço público municipal, teve um de seus artigos alterado pelo prefeito Fernando Haddad, hoje, dia 30 de setembro. A partir da próxima segunda-feira, dia 05 de outubro, toda a frota de veículos oficiais da Administração Direta e Indireta do município, incluindo prefeito e secretários, estará proibida de circular com as placas autolacradas nos automóveis. Segundo o comunicado oficial da Prefeitura de São Paulo, o prefeito Fernando Haddad dispensou o uso das placas oficiais em seus deslocamentos e só utiliza veículos com chapa comum desde o início de seu mandato, em 2013. Dessa forma, a prefeitura tem
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como objetivo colocar fim à distinção entre veículos oficiais e comuns e reforçar men-
sagem de que todos os carros são iguais e devem cumprir as leis de trânsito.
MAN Latin America divulga nota sobre investigação na Volkswagen Do site | notícias
A crise que assola a Volkswagen, internacionalmente, em razão da adulteração dos resultados dos testes de limites de emissões de poluentes dos veículos com motorização diesel, não afeta os caminhões e ônibus das marcas Volkswagen Caminhões e Ônibus e MAN no Brasil. Leia a nota de esclarecimento na íntegra: Os caminhões e ônibus das marcas Volkswagen Caminhões e Ônibus e MAN não estão afetados pela atual discussão sobre a manipulação dos limites de emissões – todos os seus motores atendem as exigências da legislação. Como fabricante de caminhões e ônibus, as marcas Volkswagen Caminhões e Ônibus e MAN não estão afetadas pela atual discussão sobre a manipulação de deter-
minadas emissões de motores a diesel. As exigências legais e as normas técnicas para controle de emissões de caminhões e ônibus são muito rigorosas. As marcas Volkswa-
gen Caminhões e Ônibus e MAN cumprem todas as exigências estabelecidas em lei, como confirmado por agentes certificadores credenciados por órgãos governamentais. 04.10.2015 |
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www.onibusdecampinas.com.br
Fábio Tanniguchi |
fabiott@portalinterbuss.com.br
No próximo dia 15, será realizada uma Audiência Pública dos corredores BRT (Bus Rapid Transit) para discussão sobre a elaboração do projeto executivo e a execução das obras. O evento acontece pouco menos de um mês após o Ministério das Cidades dar o aval para Campinas dar início à licitação para o projeto executivo e a execução das obras (será apenas uma licitação para essas duas fases). O local escolhido, como de praxe, foi o Salão Vermelho do Paço Municipal. No documento de convocação da audiência, há o Anexo I, com diversas informações preliminares de como serão os corredores BRT previstos: • O Corredor Ouro Verde, com cerca de 14,6 km de extensão (ligando o Terminal Vida Nova até o Centro, passando pelas avenidas Camucim, Ruy Rodriguez, Piracicaba, Cosmópolis, Amoreiras e João Jorge); • O Corredor Campo Grande, com cerca de 17,9 km de extensão (ligando o novo Terminal Itajaí, que será construído ao lado do atual, até a região central, passando pela Rua Cássio Soares Couto, Rua Professora Araci Caixeta Barbosa, Rua Manoel Machado Pereira, Av. John Boyd Dunlop, leito do antigo VLT, Rua Marquês de Três Rios, Rua Saldanha Marinho e Radial Penido Burnier; • O Corredor Perimetral, com cerca de 4,1 km de extensão (ligando a Estação Campos Elíseos do Corredor Ouro Verde ao Corredor Campo Grande passando exclusivamente pelo leito do antigo VLT). O anexo detalha quais serão as estações e obras de arte previstas em cada um dos corredores. A grande novidade em relação a documentos anteriores fica com a definição de onde terminará o Corredor Ouro Verde. Antes previsto para terminar no Terminal Central, agora está previsto para terminar no Terminal Mercado, em estrutura próxima à do Corredor Campo Grande. A mudança ocorreu em virtude do custo muito elevado para reformar o Viaduto Miguel Vicente Cury, onde fica o Terminal Central. Os custos, aliás, ainda são um temor para a obra. O Ministério das Cidades deu o aval para início das obras sem confirmar exatamente se dará ou não o aditivo para que Campinas pediu. Em virtude da intenção de realizar a obra ser de meados de
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2012, quando não havia sequer um projeto que fosse além de um traçado no Google Maps, os custos previstos não eram compatíveis com a realidade. Somando isso à inflação no período, a verba ficou muito defasada, obrigando a Prefeitura de Campinas a buscar um aditivo. Segundo informações passadas pelo secretário Carlos José Barreiro à Rede Anhanguera de Comunicação (RAC), as obras serão iniciadas pelo Corredor Campo Grande, que não hoje tem nenhuma prioridade viária ao transporte público em toda a sua extensão. Em segundo lugar, ficará o trecho do Corredor Ouro Verde entre o Vida Nova e a Estação Campos Elíseos, juntamente com o Corredor Perimetral. Por último, somente caso seja dado o aditivo, o trecho do Corredor Ouro Verde entre a Estação Campos Elíseos e o Centro. Dessa forma, caso o aditivo não venha a ser concedido, os veículos BRT do Corredor Ouro Verde seguirão pelo Corredor Perimetral a partir da Estação Campos Elíseos, enquanto linhas com veículos mistos circularão passando pelo trecho não contemplado, que corresponde ao atual Corredor Amoreiras construído na gestão do prefeito José Roberto Magalhães Teixeira. A prioridade da Prefeitura aos trechos que hoje não têm preferência ao transporte público é bastante sensata, uma vez que o aditivo pode acabar “esquecido” com o passar do tempo. Isso já seria um risco em tempos de normalidade. Entretanto, com o país no meio de uma forte crise econômica que anda lado a lado com uma crise política, o risco é ainda maior. Um outro ponto de atenção fica com relação às paradas dos corredores Ouro Verde e Campo Grande entre o Terminal Ouro Verde e o Terminal Vida Nova e entre o Terminal Campo Grande e o Terminal Itajaí, respectivamente. As paradas estão descritas como do tipo “Paradas Típicas Sistema Intercamp Padrão BRT”. Num mapa de um documento anterior, elas foram descritas como “Paradas BRS”. Afinal, elas serão meras paradas convencionais? De qualquer forma, fica a esperança de que, enfim, os corredores sejam construídos. Ambas as regiões (Ouro Verde e Campo Grande) concentram uma parcela significativa da população campineira, que enfrenta diariamente grandes congestionamentos nos horários de pico. O Corredor
Emdec co Audiência
Amoreiras, além de não contemplar todo o trajeto do Centro aos terminais Ouro Verde e Vida Nova, já está extremamente defasado, especialmente por não ter faixas de
onvoca a Pública do BRT
ultrapassagem em quase todos os pontos. Se a obra iniciar antes das eleições, será importante que a população campineira fique atenta para perceber o verdadeiro
comprometimento de cada candidato em conclui-la. A convocação da Audiência Pública e o documento com o anexo descre-
Evento terá como objetivo a discussão sobre a elaboração do projeto executivo e a execução das obras
vendo a obra podem ser conferidos no site da Emdec: http://www.emdec.com. br/eficiente/sites/portalemdec/pt-br/site. php?secao=noticias&pub=9034 04.10.2015 |
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A GRANDE MATÉRIA
Coletivos são destaque no Salão de Veículos Elétricos
Edição deste ano do Salão trouxe grandes novidades no setor do transporte público, com várias novas opções para os empresários do setor
Adamo Bazani | matéria Fábio Tanniguchi | fotos
Quem caminhou pelo Salão do Veículo Elétrico, que foi realizado até o dia 26 de setembro no Expo Center Norte, na Capital Paulista, pode ter a impressão de que está dando um passeio pelo futuro. Claro, esta impressão é em comparação ao que o cidadão está acostumado a ver nas ruas das cidades brasileiras, já que a mobilidade elétrica tem sido cada vez mais comum no mundo. Logo na entrada, um esportivo de luxo elétrico híbrido, o Porshe 918 Syder, já desmistifica a ideia de que carro elétrico se resume a veículos com ecologicamente corretos, mas feitos para quem tem um estilo conservador, com linhas pouco inspiradas. Andando um pouco mais, é possível ver viaturas de forças de segurança totalmente elétricas cujas baterias são alimentadas por tomadas ligadas à rede e até mesmo bicicletas elétricas. No caso das bikes, uma força a mais para o meio ambiente, já que as bicicletas já são um meio de transporte amigo da natureza. Com elas, é possível enfrentar com facilidade regiões com topografia mais severa e fazer percursos maiores. O destaque, no entanto, mais uma vez foi o transporte coletivo.
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É a 11º do Salão Latino-Americano de Veículos Elétricos, mas quem acompanhou as edições anteriores pode constatar que, em termos de veículos, houve avanços tecnológicos dos modelos e também há mais opções. Entre os expositores de ônibus elétricos ou elétricos híbridos estão a Eletra, a Volvo e a BYD – Build Your Dreams. A maior novidade mesmo é o Dual Bus da Eletra, empresa nacional, localizada em São Bernardo do Campo. O veículo é um ônibus elétrico híbrido e trólebus ao mesmo tempo. O sistema híbrido é em série, ou seja, o motor a combustão tem a função apenas de gerar energia para o motor elétrico. Por isso, pode ser um propulsor de cilindrada menor, que também emite menos poluição. A movimentação na função híbrida é proporcionada apenas pelo motor elétrico. Já na função trólebus, o veículo opera conectado à rede aérea e não emite nenhum tipo de poluente. O Dual Bus também possui caixa de transmissão, da Allisson modelo Torqmatic T450 por causa da configuração que une as funções trólebus e elétrico-híbrido. O gerador é mais potente que de outros modelos de trólebus e elétricos, com 170kW (ou 230 cavalos). Isso porque, o veí-
culo tem 23 metros de comprimento, ante os 18 metros de outros ônibus elétricos articulados, cujo gerador rende em torno de 120 kW. A carroceria modelo Millennium III, da Caio, recebeu configuração para operar no Corredor Metropolitano ABD, da Metra, no trecho entre Diadema e Brooklin, na zona Sul de São Paulo. Há portas à esquerda também e a capacidade é para 153 passageiros, com 56 assentos, 96 lugares em pé e espaço para uma pessoa que depende de cadeira de rodas ou anda acompanha de cão-guia. As baterias são de Chumbo Ácida pelo fato de uma das configurações ser de ônibus elétrico-híbrido. Mas já está sendo desenvolvido um Dual que opera como elétrico puro e elétrico híbrido, podendo ser usado o tipo de bateria de íons de lítio. Neste caso, não há a função trólebus. “O Dual é um modelo que apresenta flexibilidade ao frotista e setor público. Pode ser escolhida a melhor operação de acordo com cada linha ou mesmo cada trecho de uma mesma linha, mas tudo com poluição zero, quando ele está funcionando como trólebus, ou poluição reduzida, como elétrico-híbrido” – disse a gerente comercial da Eletra, Iêda Maria Alves Oliveira. A empresa chinesa BYD Build Your
Dreams, que deve inaugurar mas próximas semanas oficialmente sua fábrica de ônibus em Campinas, no interior de São Paulo, exibiu o modelo puramente elétrico, só com baterias alimentadas por ponto de recarga, que já foi testado em várias cidades, inclusive na capital paulista. Dez unidades foram adquiridas para o sistema de transportes em Campinas, mas a BYD já mira os BRTs, novos e em operação. Há um modelo articulado sendo testado em São Paulo e na unidade da empresa nos Estados Unidos, técnicos da SPTrans trabalham em conjunto com a empresa para que a carroceria de uma segunda unidade articulada atenda às especificações da capital paulista e o veículo seja testado com passageiros. “Já estamos em contatos com diversas regiões do País para o desenvolvimento de ônibus articulados com piso alto, de embarque no nível da plataforma, para BRTs (corredores de ônibus)” – revelou o diretor de relações governamentais e marketing da BYD, Adalberto Maluf. O executivo ainda rebate as críticas de que um ônibus elétrico poupa emissões onde ele opera, mas depende de geração de energia em usinas que nem sempre são limpas, como termoelétricas, o que não o deixaria vantajoso do ponto de vista ambiental.
“Estudos internacionais comprovam que, no pior dos cenários, com geradoras não limpas, o ônibus elétrico, em todo o ciclo de produção de energia, reduz em 90% as emissões em comparação com os modelos a diesel. Já na operação, as emissões são reduzidas mesmo em 100%” – explica Adalberto Maluf. A Volvo apresentou o ônibus elétrico híbrido B215RH. O veículo tem tecnologia híbrida paralela. Diferentemente da tecnologia híbrida de série, o motor a combustão também traciona o ônibus. O veículo é movido pelo motor elétrico até cerca de 20 km/h, ou seja, no início das operações, que é quando o ônibus diesel comum mais polui. Depois desta velocidade, entra em ação o motor a combustão. Segundo a Volvo, um ônibus elétrico híbrido pode reduzir em média 50% as emissões de poluentes em comparação aos ônibus diesel da atual motorização diesel no Brasil, com base nas normas Euro V. Um elétrico híbrido retira gás carbônico do meio ambiente quantidade semelhante ao que fazem mil árvores. Cada árvore sequestra por ano 25 quilos de gás carbônico. Todos os executivos ouvidos destacaram que houve avanços no país em relação à maior atenção por parte do poder público sobre a necessidade de transportes
mais limpos, além dos ferroviários. Mas ainda há muito discurso e pouca prática no financiamento de projetos e incentivos para que as frotas de ônibus no País se tornem menos poluentes. Os veículos elétricos, seja pela maior tecnologia e principalmente falta de escala, pode ser de 35% a 75% mais caros que um similar com motor a combustão. Quando se fala em incentivo ao setor, destacam técnicos ouvidos pelo Blog Ponto de Ônibus, não se trata apenas de recursos diretos do poder público. Mas ações de apoio à pesquisa, remuneração diferenciada para o empresário que compra este tipo de ônibus e até a ampliação da idade máxima de operação de um veículo elétrico em relação ao que é aplicada hoje para os trólebus e outros modelos menos poluentes. Metas são importantes. Mas quando se vê a maior cidade do País, com o maior sistema de ônibus da América Latina, o de São Paulo, não cumprir a Lei de Mudanças Climáticas que desde 2009 determina a substituição de 10% dos ônibus até que 2018 nenhum mais dependesse exclusivamente de combustíveis fósseis, fica a pergunta: Será que o que foi visto no Salão do Veículo Elétrico continuará apenas algo para o futuro, um futuro difícil de virar presente? 04.10.2015 |
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Diego Almeida Araújo | Marcopolo An Victor Hugo | Marcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RSD
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O encontro de busólogos na cidade de Londrina/PR
Foi realizado na semana passada o primeiro Enbus, encontro nacional de busólogos na cidade de Londrina, no Paraná. O evento foi organizado por um casal de pesquisadores que já fez um livro com a história da Viação Garcia desde a época de sua fundação, passando por diversos momentos da empresa. O encontro foi considerado um grande sucesso e agradou os participantes, dando o que falar. 26 interbuss | 04.10.2015
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O falecimento do e colecionador Se
Faleceu na semana passada o colecion transportes Sergio Martire. Participante sobre ônibus e outros modais, Sérgio te redes sociais e pegou muita gente de su mais comentados do período. Sérgio ta Aos familiares, nossos mais sinceros se
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Grupo criado para postagens de fotos e notícias sobre ônibus de diversas regiões do país com boa moderação. O grupo é público e não necessita de autorização prévia para acessar.
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Tiago de Grande
Marcopolo Torino GV Scania F113HL | Jodi Transportes
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o historiador ergio Martire
nador e historiador do setor de e ativo de várias listas de discussão eve seu falecimento anunciado em urpresa, sendo um dos assuntos ambém era associado da ABPF. entimentos.
Aqui publicamos a foto de ônibus mais bonita da semana, colhida em redes sociais. Não são consideradas fotos publicadas em sites pessoais ou em outros sites. 04.10.2015 |
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UMA SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADO
Rafael Caldas Irizar i6 MBB O-500RSD | Emtram
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S OS NA SEMANA SEM FRONTEIRAS | www.semfronteirasfotos.com.br
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o endereço da sua galeria, juntamente com uma ou duas fotos com a descrição do ônibus fotografado e fazemos a divulgação neste espaço, sem custo algum! Mande um e-mail para revista@portalinterbuss.com.br com os dados e aguarde! ENVIE SUA FOTO! Envie 04.10.2015 |
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COLUNAS
VIAGENS & MEMÓRIA
MARISA VANESSA N. CRUZ | ideiaselembrancas@gmail.com
Primeiro encontro nacional de busólogos: eu fui! No dia 26 de setembro, em Londrina, houve um evento tão esperado por entusiastas de transporte urbano e rodoviário, organizado fora de uma capital brasileira. Foram mais de seis meses de organização, a partir do site drabusologia.site.com.br e na página do facebook, além da divulgação maciça entre entusiastas. Quando eu estava em Novo Hamburgo, na Expoclassic em agosto, uma pessoa me perguntou se eu iria no evento em Londrina. Não conhecia a fundo do que tratava esse evento, mas fui pesquisar e, verificando a minha disponibilidade, fui planejar a viagem para Londrina. Não chegava a hora para ver como seria esse encontro. Cheguei por volta das 10 horas, após pegar um voo a partir do Aeroporto de Guarulhos. Ao avistar o local, vi a grandeza do evento, observando inúmeros ônibus antigos e novos expostos. O evento estava bem organizado, tanto no museu de arte (o local da exposição de ônibus) quanto na visita às garagens. Visitei a empresa municipal da cidade, a TCGL (Transportes Coleetivos Grande Londrina) com seus ônibus, e também visitei a garagem da TIL, onde são guardados os rodoviários de empresas da família Constantino, como Penha, Expresso Maringá, Princesa do Norte, e de urbanos como TCR (Transporte Coletivo Rolândia). Abriga também a revenda de ônibus MAPA, na qual encontramos veículos que rodaram na Grande Bauru, Pássaro Marron, Litorânea e VAL Apucarana. Diversas empresas rodoviárias e urbanas apoiaram o evento, entre eles a Expresso Nordeste, Expresso Royal, Princesa dos Campos, Joia, Garcia, Brasil Sul, Guerino Seiscento, TCGL, Verde Transportes com seus ônibus, e Mercedes-Benz, Irizar, e etc, representando os brindes. Só para ter uma ideia: quem almoçou em um dos dois restaurantes conveniados, a Mercedes-Benz pagou 15 reais para cada almoço por pessoa. Taí um evento que prega o companheirismo, mantendo a ordem de todos os visitantes e o mais primordial: não houve nenhuma avaria causada por algum visitante nos ônibus ou nas instalações. Foi minha segunda vez que visitei a cidade. A primeira visita foi a convite da Viação Garcia, em um encontro de admiradoras da empresa em março de 2014.
30 interbuss | 04.10.2015
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