Revista InterBuss - Edição 278 - 24/01/2016

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SKOL OFERECE PASSE LIVRE E REVOLTA MOVIMENTO

interbuss PORQUE TRANSPORTE É VIDA | ANO 6 | N° 278 | 24 DE JANEIRO DE 2016

PROBLEMAS SEMELHANTES, PREFEITOS DIFERENTES

BLUMENAU CASSA VIAÇÕES, E CAMPINAS DÁ MAIS DINHEIRO

Prefeitura de Blumenau mostra pulso firme e cassa Consórcio Siga após intervir; Já em Campinas prefeito frouxo libera mais dinheiro após caos no transporte EDITORIAL: LICITAÇÕES FURADAS BRASIL AFORA


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NESTA EDIÇÃO TODA SEMANA

Blumenau rompe com Consó

Enquanto em Campinas, prefeitura libera mais dinheiro a viações SUMÁRIO

6 NOSSA OPINIÃO 7 A IMAGEM MARCANTE 8 TODA SEMANA 13 JOSÉ EUVILÁSIO 14 ADAMO BAZANI 16 PÔSTER As licitações que só interessam aos políticos

A foto que marcou a semana no setor de transportes

As notícias mais importantes da semana

Colunistas | Dois lados de um problema

Colunistas | Sai valor de novo leilão da Busscar

Byd K9 por Fábio Tanniguchi

18 DEU NA IMP

As notas da imprensa espe

22 ÔNIBUS DE

Uma semana de novos pro

26 REDE SOCIA

O seu espaço na InterBuss

28 FOTOS DA S

As melhores fotos de ônib

30 ECONOMIA

Transvip fecha ano de 2015


ANO 6 | Nº 278 | DOMINGO, 24 DE JANEIRO DE 2016 | 1ª EDIÇÃO | CONCLUÍDA ÀS 15h21 (S) EDIÇÃO COM 32 PÁGINAS

órcio Siga

ÔNIBUS DE CAMPINAS

Prefeito frouxo, sistema ruim, empresas fazem o que quer

Mais uma semana de graves problemas no transporte

22

TODA SEMANA

s precárias

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César Maia explica os vários aumentos dos ônibus no Rio

Tarifa deverá subir mais uma vez na capital carioca

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TODA SEMANA

PRENSA ecializada CAMPINAS

oblemas

AL s

SEMANA bus da semana

5 com grande faturamento

Volvo sorteia caminhões aos seus clientes do país

Quem comprar caminhão e ônibus já está no sorteio

12

DEU NA IMPRENSA

Linner H deverá ser lançado pela Dina no México em 2017

21

Nova carroceria já foi apresentada pela encarroçadora ECONOMIA

Transvip fecha o ano de 2015 com crescimento recorde

A crise passou longe da empresa de transporte de valores

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EXPEDIENTE

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda. DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFE Luciano de Angelo Roncolato JORNALISTA RESPONSÁVEL Luciano de Angelo Roncolato REVISÃO Luciano de Angelo Roncolato ARTE E DIAGRAMAÇÃO Luciano de Angelo Roncolato AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃO Agradecemos à todos os colaboradores de todo o país pelas fotos enviadas esta semana para capa, matérias e pôster. SOBRE A REVISTA INTERBUSS A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo. Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países. Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail revista@ portalinterbuss.com.br. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autorizada apenas após um pedido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido. PARA ANUNCIAR Envie um e-mail para contato@portalinterbuss.com. br ou ligue para (19) 99483-2186 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos! PARA ASSINAR Por enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibilizada livremente apenas pela internet, através do site www.revistainterbuss.com.br. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem para revista@portalinterbuss.com.br e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado. CONTATO A Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conversar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para revista@ portalinterbuss.com.br ou contato@portalinterbuss. com.br. Procuramos atender a todos o mais rápido possível. A EQUIPE INTERBUSS A equipe do Portal InterBuss existe desde 2000, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sempre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe. Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail contato@portalinterbuss.com.br ou pelo telefone (19) 99483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

NOSSA OPINIÃO

Editorial

Os processos licitatórios que não beneficiam o povo No ano passado comentamos neste mesmo espaço por diversas vezes os problemas relacionados aos processos licitatórios do setor de transportes em todo o país. Muitas das empresas que já operavam há décadas nas cidades continuaram circulando apenas trocando de nome. O mais absurdo é ter que ouvir que com um novo CNPJ, é uma nova empresa e ponto final (pior que é isso mesmo, mas enfim). O que não se observa é que a frota também é a mesma, a precariedade é a mesma, ou seja, apenas o nome muda mas já é suficiente para garantir que se trata de uma nova empresa em operação. Nas poucas cidades onde houve mudança de empresa, na maioria delas a situação também não é das melhores, com operação deficitária e frota em envelhecimento. Os casos de sucesso são muito raros, salvo uma única exceção, que é a cidade de São Paulo. Lá, já ocorreu uma licitação onde várias empresas menores foram eliminadas, deixando tudo concentrado em sua maioria nas mãos de grandes grupos, porém a qualidade se sustenta unicamente por conta dos vultuosos subsídios que são concedidos pela prefeitura local. É inacreditável que as mesmas empresas aceitariam operar se não houvesse essa benesse. Assim como tudo neste país, as licitações não são transparentes. Sempre é seguido o ritual exigido por lei porém no final acaba saindo o que é melhor para a prefeitura e para as empresas, nunca o que é o melhor para a população. As audiências públicas são grandes balelas orquestradas pelos governos municipais e estaduais para dar a impressão que a população é ouvida, mas na prática não acontece nada disso. É tudo meramente para se cumprir os requisitos exigidos por lei, pois se dependesse dos nossos políticos, não haveria absolutamente nada, e se ainda fosse possível, com certeza seriam escolhidas as empresas sem licitação alguma. No estado de São Paulo isso aconteceu recentemente em linhas intraestaduais, com a cassação de várias empresas menores que eram vinculadas à Artesp, a agência estadual reguladora do transporte. Muitas empresas tiveram suas linhas retiradas e foram à falência sem qualquer motivo aparente, já que a operação, inclusive, era melhor que as atuais operadoras, escolhidas por meio de contrato emergencial. Como essas empresas foram escolhidas? Por convite, isso mesmo, o governo do Estado convidou algumas empresas para operarem emergencialmente as linhas das empresas cassadas e estão até hoje, algumas delas há quase cinco anos operam essas linhas. Agora, a Artesp anunciou uma licitação para regularizar essas linhas. A situação curiosa ficou para a região de Sorocaba, que acabou ficando sob jurisdição da EMTU e as empresas foram “salvas” da licitação. Essas coisas nunca são divulgadas e não aparecem na propaganda do governo paulista que insistem em enganar o povo com mentiras como a das obras que não estão paralisadas. Curiosamente, nas eleições, os demais candidatos poderiam explorar essas mentiras mas todos ficam brigando entre si, irritando a população e levando a reeleger o governo incompetente mais uma vez. O processo nacional de licitação deve mudar e se aperfeiçoar, pois com tanta burocracia, só pode-se esperar mais repetições de incompetência e falsidades.


A IMAGEM MARCANTE

Presidente Prudente, SP Sexta-feira, 15 de Janeiro de 2016

Em meio a tantas chuvas que caíram no Estado de São Paulo nas últimas semanas, um ônibus da Transporte Coletivo de Presidente Prudente ficou preso em um afundamento de asfalto. O incidente ocorreu por volta das 6h50 e o veículo estava com cerca de 40 passageiros. A foto é de Berta Lúcia Rodrigues.


TODA SEMANA

São Paulo

AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA SEMANA NO SETOR DE TRANSPORTES

Vereador propõe parada fora do ponto à mulheres Último Segundo | Notícias

“O ponto de ônibus mais próximo da minha casa fica em uma rua escura, com muitas árvores, pouco movimento. Chego por volta de 23h e tenho medo de ser abordada por algum homem. Não quero ter medo de voltar para casa, só quero chegar em segurança”, diz Julia Novaes. O relato da paulistana é um dos publicados na página da petição: “Pressionando Congresso Nacional: Lei Nacional para que mulheres possam descer do ônibus fora do ponto depois das 22h”, criada pelo movimento “Vamos Juntas?”. A idealizadora do projeto, Babi Souza, criou a petição há um mês para que a lei, que já vigora em algumas cidades do País, se torne federal. Em São Paulo, o projeto de lei que propõe o direito exclusivo às mulheres para descerem fora do ponto de ônibus após as 22h foi protocolado na semana passada na Câmara Municipal. De acordo com o texto, que considera o horário “vulnerável a violências”, os motoristas do transporte coletivo devem possibilitar o desembarque de mulheres após as 22h em qualquer local onde seja permitido estacionar, desde que esteja no trajeto regular da linha do ônibus. A proposta é do vereador Toninho Vespoli (Psol). Segundo ele, a preocupação com assaltos e estupros contra mulheres foi a principal razão da criação do projeto. “É uma medida pequena, mas que pode garantir maior segurança para muitas mulheres”. A lei já existe no Distrito Federal desde 2014 e outros municípios do Brasil também a aprovaram, como Mogi das Cruzes, Guarujá e Itanhaém, no estado de São Paulo, Cascavel e Umuarama, no Paraná, e Nova Friburgo, no Rio de Janeiro. O projeto ainda não tem data para ser votado. Se aprovado, o Poder Executivo deverá promover campanhas de divulgação para levar o direito ao conhecimento das mulheres. De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss), atualmente a localização dos mais de sete mil pontos de parada existentes na cidade é determinada pela SPTrans. “O embarque

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EXCEÇÃO Ônibus poderão parar fora do ponto à mulheres em SP. Foto: PMSP e o desembarque dos passageiros deve casos de estupro só em 2014. É o mesmo ocorrer nesses locais, sob pena de aplicação que um caso a cada 11 minutos. Segundo de multas às empresas operadoras. No en- a Organização das Nações Unidas (ONU), 7 tanto, se a permissão para mulheres desem- em cada 10 mulheres no mundo já foram barcarem fora dos pontos, após 22 horas, for ou serão violentadas em algum momento transformada em lei (aprovada pelo Legis- da vida. lativo e sancionada pelo Executivo munici- Em março de 2015, a presidente pal) e essa norma for regulamentada pela Dilma Rousseff sancionou a Lei do FeminicíSPTrans, caberá às empresas cumprirem a dio, que transformou em crime hediondo determinação”. o assassinato de mulheres relacionado à violência doméstica ou à discriminação de Violência contra a mulher gênero. À época, a representante da ONU O Brasil é um dos países mais Mulheres no Brasil, Nadine Gasman, clasperigosos do mundo para as mulheres: ocu- sificou a aprovação da lei como um avanço pa o 5º lugar no ranking mundial de homicí- político, legislativo e social, que poderia dios de mulheres. São 4,8 casos a cada 100 aprimorar procedimentos e rotinas de inmil habitantes. vestigação e julgamento, a fim de impedir Além disso, o país teve 47,6 mil assassinatos de mulheres.


A

Rio de Janeiro

Os aumentos de tarifa no Rio de Janeiro, por César Maia SZRD | Notícias Cesar Maia publicou um texto sobre as tarifas dos ônibus na cidade do Rio, explicando sobre o processo desde o ano de 1992. O texto foi publicado originalmente no Ex-Blog de César Maia. Leia abaixo, na íntegra. AS TARIFAS DE ÔNIBUS NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO! 1. Em 1992, quando venceu a eleição para prefeito do Rio, a primeira medida adotada por Cesar Maia foi unificar as tarifas de ônibus. Eram cinco, proporcionalmente às distâncias, o que prejudicava os moradores das Zonas Oeste e Norte do Rio. Foi uma medida fundadora no Brasil. Se não fosse isso, hoje as linhas radiais estariam custando mais que o dobro. As radiais de Santa Cruz e Campo Grande pelo menos 8 reais. 2. As linhas de ônibus são permissões do serviço público que são autorizadas como concessões. Durante muitos anos, desde o princípio do século XX até o final eram autorizações, ou seja, as linhas eram autorizadas individualmente por ato da Prefeitura e depois do governo da Guanabara e do Município do Rio de Janeiro. Essa transformação em permissão até se chegar à concessão ocorreu por pressão do Ministério Público. 3. Foi fixado um prazo para as concessões, que venceriam em 1998 (prefeito Conde), mas foi prorrogado por lei para 2008. Em 2008, a prefeitura do Rio (Cesar Maia) iniciou o processo de licitação das concessões das linhas, enfrentando enorme dificuldade pela resistência política e empresarial e a negativa de informações. Mas havia informações de cada linha de ônibus e, assim, foi aberta a licitação onde a empresa vencedora seria a que oferecesse a menor tarifa. A expectativa é que ocorresse uma redução média de 25% nas tarifas. 4. As empresas conseguiram interromper esse processo por decisão judicial através de mandado de segurança. Entrando o novo governo (Eduardo Paes), a licitação foi cancelada e aberta uma nova. Surpreendentemente, as concessões -das mesmas linhas, basicamente- foram fei-

EXPLICAÇÃO Por que a tarifa subiu tanto no Rio?. Foto: Divulgação tas sem nenhum pagamento. Ao mesmo portanto, reduziram o custo unitário das tempo, o Estado licitava uma ou outra passagens. Os BRTs são uma dessas medilinha da Baixada à Barra da Tijuca, etc., e o das, eliminando linhas de ônibus. Os pasvalor individual na época era de quase 20 sageiros sentem isso na superlotação que milhões. Um levantamento do valor glo- enfrentam. A eliminação de milhares de bal das linhas intramunicipais por 20 anos vans e de Kombis, da mesma forma, obprorrogáveis acusava mais de 30 bilhões rigando os passageiros a usarem os ônide reais. São Paulo, neste momento, está bus. Os corredores exclusivos de ônibus licitando por mais de 40 bilhões de reais. da mesma forma. 5. Uma vez garantida as linhas 7. E mais recentemente a elimide ônibus sem nenhum pagamento pela nação de dezenas de linhas de ônibus, concessão, se iniciou um processo de reduzindo o IPK das linhas que passarão aumento da lucratividade das tarifas. O a cobrir os trajetos diretamente ou com reajuste do custo da tarifa é o custo da baldeação. Com a significativa diminuição mão de obra + o custo dos materiais e do IPK, ou seja, com a redução do custo equipamentos + a depreciação + os im- unitário das passagens de ônibus, se espostos e a taxa de lucro. Isso tudo é multi- perava que as tarifas de ônibus fossem replicado pelo que que se chama de IPK, ou duzidas proporcionalmente. Índice de Passageiro por Quilômetro. 8. Mas o que ocorreu foi ao con 6. Se um ônibus leva 50 passage- trário. Na cidade do Rio de Janeiro -este iros, o IPK é muito maior do que se leva mês- as tarifas de ônibus foram reajusta100 passageiros, ou seja, o custo por pas- das em 11% para uma inflação de 10%. O sageiro é muito menor levando mais pas- menor IPK serviu -apenas- para aumentar sageiros. A atual Prefeitura do Rio adotou o lucro unitário das tarifas das empresas medidas que reduziram muito o IPK e, de ônibus, onerando os cidadãos. 24.01.2016 |

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TODA SEMANA Santa Catarina

Prefeitura de Blumenau rompe com Consórcio Siga G1 Santa Catarina | Notícias A prefeitura de Blumenau anunciou na manhã deste sábado (23) o rompimento com o Consórcio Siga, responsável pela operação do transporte coletivo na cidade, no Vale do Itajaí. A medida foi tomada após a análise de um documento de 70 páginas. A chamada “caducidade” do contrato, que venceria somente em 2027, considerou a falta de serviço adequado e eficiente, perdas econômicas e o não atendimento de intimações do Poder Judiciário para regularizar o serviço, informou a prefeitura. O G1 tenta contato com um representante do Consórcio Siga, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. Foi decretada situação de emergência na cidade, que tem 309 mil habitantes. Uma empresa deverá ser contratada emergencialmente, disse o prefeito Napoleão Bernardes. A previsão, porém, é de que a nova empresa só consiga atuar a partir de 1º de fevereiro. Sem ônibus a partir da meia-noite Com isso, os cerca de 120 mil usuários de Blumenau deverão ficar sem transporte público a partir da 0h deste domingo (24), quando cai a obrigatoriedade do serviço pelo Consórcio Siga. O prefeito informou que, por pelo menos uma semana, a população deverá contar apenas com o transporte particular. Em nota, a prefeitura informou que “enquanto não houver uma nova empresa definida para executar o serviço de forma emergencial, a Prefeitura fará a contratação de transporte alternativo, como vans e microônibus, por exemplo”. O G1 questionou a prefeitura a respeito do credenciamento e da fiscalização dessas empresas, e aguardava retorno até a última atualização desta reportagem. ‘Carona solidária’ A prefeitura informou ainda que, temporariamente, os corredores de ônibus estarão liberados para os veículos menores, a partir da 0h de domingo (24). A exceção é o corredor da Rua Dois de Setembro, que é no contrafluxo da via. A prefeitura também citou a “importância da utilização da carona

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CASSADO Ônibus do Consórcio Siga, que paralisou atividades à 0h. Foto: RBS TV solidária”. ‘Desafio histórico’ “Esse é o maior desafio político da história de Blumenau”, afirmou o prefeito. “Nós apanhamos calados por muito tempo ao longo desse processo”, disse, sobre a análise dos documentos. O prefeito citou os problemas enfrentados no ano passado no sistema de transporte público de Blumenau, quando houve sete paralisações e uma greve de 13 dias. Bernardes afirmou que a decisão considerou o rompimento de várias cláusulas do contrato e a lei de concessões, de 1995. O Sindetranscol, sindicato que representa motoristas e cobradores das empresas que formam o consórcio, também foi procurado, mas não houve contato até a última atualização desta reportagem. Mais de mil funcionários deverão ser impactados pela medida. Entenda o caso

Em 2007, foi feito, através de licitação, o contrato com o Consórcio Siga, formado pelas empresas Rodovel, Verde Vale e Nossa Senhora da Glória. A vigência era de 20 anos. Em 2015, o transporte público de Blumenau sofreu com paralisações, especialmente no segundo semestre. Em junho, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) já havia pedido à Justiça que notificasse o prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, sobre a situação do Consórcio Siga. No documento, o MPSC diz que existem indícios de que a empresa não tinha mais condições financeiras para manter o serviço tal como previsto no contrato. Em novembro, a prefeitura de Blumenau, por meio de decreto, fez uma intervenção temporária no Consórcio Siga. Em dezembro, foi criada uma comissão especial, e no mesmo mês começou o processo administrativo para apurar a situação do consórcio, que resultou na medida anunciada neste sábado (24).


Notas Rápidas

Empresas Skol oferece ônibus pedem tarifa grátis em BH e de R$ 3,40 revolta Tarifa Zero em St. Maria

O Tempo | Notícias

Diário de Santa Maria | Notícias A Associação dos Transportadores Urbanos (ATU) de Santa Maria divulgou, nesta sexta-feira, uma nota oficial em que projeta o reajuste da tarifa do transporte coletivo urbano para R$ 3,40. O documento atribui ao aumento acelerado de custos, durante o ano de 2015, e à redução no número de passageiros pagantes nos ônibus a necessidade de elevar a tarifa. “A Associação das Empresas de Transportes Urbano de Santa Maria esta preocupada e alerta a população de Santa Maria com relação aos elevados reajustes dos principais itens que compõe a planilha dos cálculos da tarifa e que, uma analise prévia, apontam que os cálculos tarifários possam chegar ao nível de R$ 3,40 (três reais e quarenta centavos). Os índices que mais sofreram com a inflação, no último ano são: Combustíveis, Pneus, peças, Salários e Encargos e Impostos (Até 35 % dos custos)”, informa o documento. A nota fala, ainda, sobre as manifestações que ocorrem em outros Estados do país contra o aumento da tarifa de ônibus, como em São Paulo, e sobre as promessas de investimentos federais no setor, que não saíram do papel.

O anúncio da Skol sobre a iniciativa de disponibilizar aos foliões 14 ônibus que circularão gratuitamente por toda a avenida do Contorno durante o Carnaval de Belo Horizonte revoltou os integrantes do Movimento Tarifa Zero. Em uma publicação no Facebook, o grupo criticou a empresa e a prefeitura por mais uma tentativa de “mercantilizar” a folia na capital mineira. “O mais triste é ver uma empresa que tem interesse em fechar o Carnaval, colocar camarotes e reprimir os blocos de rua, se apropriar para proporcionar transporte para os foliões e não ver a prefeitura empenhada para a melhoria da situação do transporte, nem durante o ano todo e principalmente nesses dias de festa”, contestou o Tarifa Zero. Uma das objeções do movimento é o fato de os ônibus da Skol atenderem somente as pessoas que estiverem nos bairros às margens da avenida do Contorno. “Precisamos de um transporte que atenda o ano inteiro as periferias e não só a região centrosul. Precisamos de acesso para aquelas pessoas que não tem dinheiro para pagar o ônibus, precisamos de acesso a outros direitos sociais como saúde e educação também. Tarifa Zero é mais carnaval! E mais direito social!” conclama o grupo no post. Desde 2014 o Tarifa Zero organiza durante o Carnaval um projeto semelhante

ao divulgado pela cervejaria neste ano. Batizado de Busona Sem Catracas, o programa disponibiliza um ônibus contratado pelo próprio movimento para transportar foliões de diversas regiões de BH. “Em cada dia do Carnaval planejamos um trajeto diferente para atender toda a população, especialmente os que moram mais longe. Copiaram a nossa proposta, mas isso não mudará os nossos planos para este ano. Ainda estamos estudando a questão financeira e logística, mas acreditamos que vai dar tudo certo mais uma vez”, comentou a integrante do Tarifa Zero, Juliana Galvão. Em nota, a Ambev esclareceu que a ação “busão Skol” é uma plataforma de responsabilidade social em prol do consumo responsável. De acordo com a empresa, a proposta é mantida há muitos anos, com atuação em todo o Brasil, para proporcionar aos foliões a melhor infraestrutura no Carnaval. O recente aumento das passagens de ônibus da capital de R$ 3,40 para R$ 3,70 segue na pauta de protesto do Tarifa Zero. No Carnaval, o movimento vai contestar o acréscimo no valor da tarifa com uma marchinha especial que promete embalar o bloco “Pula Catraca”. “Tão rindo da nossa cara, se aumentar ninguém aguenta. Subir mais Ramon nem tenta, subir pra R$ 3,70, ô Lacerda se orienta”, diz o refrão da música que faz alusão ao presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar, e ao prefeito de BH, Marcio Lacerda. 24.01.2016 |

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TODA SEMANA Promoção

Volvo sorteia caminhões, carros e serviço a clientes

Quem adquirir caminhões e ônibus da marca ao longo deste ano concorrerá a vários prêmios. A promoção é a “Peça Volvo & Ganhe Mais” Da Volvo | assessoria A Volvo acaba de lançar a promoção “Peça Volvo & Ganhe Mais” que vai sortear milhões em prêmios. São 36 carros zero Km, mais de 1.400 trocas de óleo de motor, um caminhão FH e um VM durante o ano de 2016. A promoção é válida para clientes de caminhões e ônibus que adquirirem peças e serviços genuínos nas concessionárias da marca durante todo o ano. “É mais uma ousadia da marca para oferecer um diferencial aos seus clientes. Além de contar com um serviço de qualidade, ele ainda participa da promoção. São milhões em prêmios, na maior promoção já realizada por uma montadora”, destaca Daniel Homem de Mello, gerente de marketing de caminhões e ônibus da Volvo. Quanto mais peças ou serviços genuínos o cliente comprar, mais chances ele tem de ganhar. Ao cadastrar a nota fiscal no site www.ganhemaisvolvo.com.br, o cliente receberá três números da sorte identificados: um para concorrer a trocas de óleo do motor no mês; outro para concorrer a um carro zero quilômetro a cada quatro meses; e um terceiro cumulativo para o final do ano, quando serão sorteados um caminhão FH e um VM. A promoção é válida para todos os clientes de caminhões e ônibus da marca, incluindo os que possuem contrato de manutenção Volvo. “Além de prestigiar os clientes que frequentam nossas concessionárias, queremos estimulá-los a manterem suas revisões em dia. Manutenções preventivas diminuem drasticamente o número de paradas não planejadas, mantêm a média de consumo de combustível no ponto econômico e reduzem desgaste das peças, aumentando a rentabilidade da operação”, afirma Reinaldo Serafim, gerente comercial de pósvenda da Volvo. Os sorteios serão realizados pela Loteria Federal, de fevereiro a dezembro deste ano, sempre no início da cada mês. Informações mais detalhadas podem ser

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acessadas pelo site www.ganhemaisvolvo. com.br e também no site www.ofertasvolvo. com.br. A rede de concessionárias Volvo é composta por 97 casas espalhadas por

todo o Brasil, distribuídas em 12 Grupos Econômicos: Apavel, Auto Sueco Centro Oeste, Auto Sueco São Paulo, Dicave, Dipesul, Gotemburgo, Lapônia, Luvep, Nórdica, Rivesa, Suécia e Treviso.


COLUNAS

CIRCULANDO

JOSÉ EUVILÁSIO SALES BEZERRA | salim.sales@gmail.com

Partes de um mesmo problema

As falhas constantes nas linhas da CPTM e o aumento das passagens dos meios de transporte mostram que há outros aspectos a serem discutidos quando se pensa em melhorar a mobilidade urbana Há alguns anos os usuários da CPTM - Companhia Paulista dos Trens Metropolitanos – tem de ter muita paciência por conta dos problemas quase que diários que ocorrem nas linhas da empresa. O principal deles neste ano foi a queda na rede de energia que ocorreu na mesma semana em que a passagem foi elevada de R$ 3,50 para R$ 3,80. Isso levou muita gente a questionar: “O serviço vale esse preço?” Pela sucessão de problemas que temos acompanhado nos últimos anos, é lógico que a resposta é “não”. No entanto, o aumento faz-se necessário justamente pelo excessivo número de problemas operacionais que as linhas da Companhia apresentam. A má gestão acaba gerando mais gastos e isso vai parar no bolso de quem? Nessa discussão sobre o custo do transporte para o trabalhador, que ocorre todos os anos, pouco se fala a respeito de um grande problema que interfere em nossa mobilidade: a excessiva centralização dos postos de trabalho, saúde, comércio e estudo. Boa parte dos nossos problemas de mobilidade existe porque as pessoas necessitam ir dos bairros distantes e de outras cidades até o centro de São Paulo para satisfazer alguma necessidade. Essa excessiva “pendularidade” superlota trens, ônibus e metrôs e, quanto mais a rede de transporte vai se expandindo, mais pessoas acabam se sujeitando a procurar melhores oportunidades longe de casa. Como resolver isso? Além da melhoria do próprio sistema de transporte, é necessária a implantação de programas que incentivem a criação de postos de trabalho, saúde, diversão e estudo mais perto dessas áreas mais distantes, de forma pulverizada, de modo a evitar que muitas pessoas se desloquem ao mesmo tempo para um mesmo lugar e, também, de moradias perto de áreas mais centrais. Duas políticas que se complementam e chegam ao mesmo objetivo: reduzir a “pendularidade” nos meios de transporte. Nas ultimas semanas, desde o anuncio do aumento nas tarifas de ônibus, metrô e trem, o Movimento Passe Livre (MPL) faz manifestações contra o reajuste da passagem de ônibus da capital. A ideia do grupo, reafirmada todos os anos, é a de que a passagem não aumente e sim diminua até chegar ao “zero” - que seria o passe

PROBLEMAS Usuários caminham ao lado do trem após falha na rede da Linha 7-Rubi da CPTM e... (Foto: G1)

PROBLEMAS ...protesto pela redução da tarifa, em 2013: partes de um mesmo problema”: partes de um mesmo problema. Foto: GGN livre a todos os cidadãos. Por que, ao invés de lutar por essa utópica “tarifa zero”, não se pensa em inserir na discussão políticas claras de estímulo a descentralização dos postos de trabalho e serviços? Até para uma “tarifa zero” é necessário que políticas como essa sejam discutidas. Hoje, pagando a passagem, já enfrentamos muitos problemas em termos de mobilidade, imagine o que ocorreria com a tarifa zerada?

Ao que tudo indica, novamente, o assunto “uso e ocupação do solo” dentro das reivindicações de melhorias na Mobilidade, será esquecido. Vamos, mais uma vez, discutir o valor da passagem, que é o “fim” de tudo. Tanto para manifestantes como para o poder público, o que importa é o “fim” e não o “meio”. E é por não pensarmos no “meio” é que convivemos com os mesmos problemas dia após dia. 24.01.2016 |

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COLUNAS

NOSSO TRANSPORTE ADAMO BAZANI | adamobus@gmail.com

PASSE DE MÁGICA: Haddad diz que se São Paulo quiser Passe Livre para todos os passageiros, é melhor “eleger um mágico” O prefeito voltou a defender a municipalização do imposto do combustível para reduzir tarifa aos passageiros do transporte público

Durante uma visita a Santo Amaro, na zona sul da capital paulista, o prefeito Fernando Haddad voltou a dizer, na tarde desta quinta-feira, 21 de janeiro de 2016, que neste momento é impossível a cidade ter tarifa zero para todos os passageiros no sistema municipal de transportes como defende o Movimento Passe Livre – MPL. Segundo Haddad, nenhum administrador conseguiria que a tarifa não fosse cobrada nas catracas. “Agora quer passe livre para todo mundo. Então é melhor eleger um mágico em outubro, porque prefeito não vai dar conta disso” disse o prefeito, que voltou a afirmar que seriam necessários R$ 8 bilhões para que o Passe Livre total fosse implantado, o que corresponde a toda arrecadação anual do IPTU. Ele comparou o custo do Passe Livre para estudantes às obras que poderiam ser feitas com o dinheiro.

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“Com os R$ 700 milhões que custam o passe livre estudantil seria possível construir 20 CEUs e 4 hospitais gerais por ano.” Haddad voltou a defender a municipalização da Cide – Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico, conhecido como imposto dos combustíveis para que recursos sejam destinados do transporte individual para o transporte coletivo. Parte destes recursos subsidiaria a operação dos sistemas de transportes urbanos e integrações com os metropolitanos, o que poderia deixar as tarifas menores. Uma PEC – Proposta de Emenda à Constituição, apresentada no Congresso em 15 de dezembro, propõe a criação da tributação. Haddad disse que os movimentos sociais deveriam aprofundar o debate e reivindicar alternativas de financiamento ao transporte coletivo, que hoje é um Direito Social.

“Tem uma PEC no Congresso Nacional que propõe a municipalização dos tributos que incidem sobre a gasolina. E a proposta dos prefeitos do Brasil inteiro, não é proposta de São Paulo, que essa PEC seja aprovada, porque nós teríamos uma fonte de financiamento para a tarifa de transporte público... É nossa recomendação para os movimentos que pleiteiam mais benefícios, hoje nós já estamos investindo R$ 2 bilhões em gratuidade para estudantes, idoso, desempregado e pessoas com deficiência. Se nós vamos ampliar as categorias, nós precisaríamos uma fonte de financiamento” Haddad ironizou as reivindicações de passe livre total sem a apresentação de propostas. “Tem tanta coisa que podia vir na frente, podia ser almoço grátis, jantar grátis, ida pra Disney grátis. Começa a ficar uma conversa que você não sabe aonde vai dar” – arrematou o prefeito.


Leilão da Busscar: Fábricas tiveram valor estipulado em R$ 369 milhões No dia 15 de março de 2016, deve ser realizada a primeira tentativa do ano de leilão de três ativos da Busscar, encarroçadora de ônibus tradicional no mercado, fundada em 17 de setembro de 1946, pela família Nielson. A produtora de carrocerias teve falência decretada pela Justiça em 2012, depois de dívidas, atrasos nos pagamentos dos salários dos trabalhadores, não pagamento de empréstimos, instabilidades no mercado, crises financeiras e até suspeitas de fraudes. A três fábricas da Busscar que devem ser leiloadas foram avaliadas em R$ 369 milhões 395 mil e 922, sendo que a fábrica de carrocerias em Joinville teve valor estimado em R$ 249 milhões 863 mil 368, a planta de peças do distrito de Pirabeiraba, recebeu estimativa de valor de R$ 26 milhões 328 mil 599, e a fábrica de peças que fica em Rio Negrinho, também em Santa Catarina, foi avaliada em R$ 17 milhões 876 mil 977. Pelas regras de leilão, as vendas podem arrecadar mais, havendo lances maiores, mas esta não é a aposta do mercado. Os possíveis interessados podem adquirir as três fábricas num lote de uma só vez, ou então se não houver lances, as três plantas serão leiloadas separadamente no mesmo dia. No entanto, a perspectiva é de que o negócio seja fechado na segunda tentativa de leilão, que vai acontecer no dia 29 de março, que estipula os valores gerais em R$ 221 milhões 583 mil Mas as fábricas podem ser vendidas por menos ainda se forem descontados os ativos circulantes, que são valores que a massa falida teria a receber, como restituição de tributos, por exemplo. O mercado aposta ser muito difícil que a massa falida da Busscar consiga estes ativos circulantes na Justiça. Por isso nesta segunda tentativa de leilão, as três fábricas podem ser compradas por R$ 176 milhões 501 mil 366, se não houver lances maiores. Assim, a fábrica de carrocerias em Joinville pode ser adquirida por R$ 149 milhões 918 mil, a planta de peças do distrito de Pirabeiraba por R$ 15 milhões 797 mil 160 e a de Rio Negrinho pelo valor de R$ 10 milhões 786 mil 186. Pagamentos podem ser feitos em

Com o desconto de recursos que a empresa teria a receber, mas que são incertos, valor pode cair para R$ 176 milhões em segundo leilão

ÔNIBUS DA BUSSCAR Leilão pode ter participação de donos de empresa de ônibus. Foto: César Ônibus até 60 parcelas. Outras propostas também Para este leilão, há uma aposta podem ser enviadas no processo de falência do mercado de que entre os interessados da Busscar que tramita na Quinta Vara Cível estariam empresários de ônibus que eram de Joinville. clientes da Busscar, entre eles o Grupo Gon Já foram arrematados da massa fal- tijo. No entanto, o grupo de transportes não ida da Busscar Ônibus os seguintes ativos: a confirma oficialmente esta informação. fábrica de peças e materiais de fibra Tecno- A encarroçadora de ônibus Caio fibras, a Climabuss – de equipamentos e re- com sede em Botucatu, no interior de São frigeração e as ações da Busscar Colômbia, Paulo também durante o processo de falênempresa que atua naquele país. cia da Busscar se interessou pela pelo negócio, no entanto, não há uma confirmação ESPECULAÇÕES oficial de participação neste leilão. Desde quando foi decretada a A leiloeira Tatiana Duarte deve envfalência da Busscar pela justiça em 2012, as iar carta convite para os principais fabricanespeculações sobre quem vai comprar a en- tes de carrocerias no País, o que pode ainda carroçadora de ônibus são grandes. mais concentrado mercado. 24.01.2016 |

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Fテ。IO T. TANNIGUCHI BYD K9 Itajaテュ Transportes, em Campinas/SP



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RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Transamigos adquire 14 novos Mercedes-Benz

Do site | notícias Recentemente, 14 caminhões Mercedes-Benz, sendo dez unidades do modelo Axor 4144 6×4 e quatro do Axor 3131 6×4, foram adquiridos pela empresa Transamigos Serviços de Engenharia e Mineração, que possui sede em Nova Lima (MG). Os novos basculantes estão sendo empregados em serviços de terraplenagem e mineração, bem como em serviços de usinas siderúrgicas. Os caminhões estão atuando nas ci-

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dades de Paracatu, no noroeste do estado mineiro e em Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. “Com essa aquisição, ampliamos nossa frota para 96 caminhões, contando agora com 30 unidades do Axor 4144 e quatro do Axor 3131. Mais de um terço da frota são da marca Mercedes-Benz e todos da linha Axor, veículos que sempre nos proporcionaram uma experiência positiva de produtividade e robustez nas nossas operações”, confirma José Jerôni-

mo Figueiredo, presidente da Transamigos. O Axor 3131 6×4, oferecido ao mercado nas versões plataforma, basculante e betoneira, se destaca pelo PBT técnico de 31.500 kg e motor MB OM 926 LA de 310 cv. O Axor 4144 6×4, com o propulsor OM 457 LA de 439 cv e CMT de 123.000 kg, foi concebido para aplicações severas em terrenos de difícil acesso, íngremes, baixa aderência e resistência, que necessitam de força de tração e grande robustez.


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Vendas da Renault no mundo foram maiores Do site | notícias Considerando todos os mercados em que a Renault atua, a montadora registrou um aumento global de 3,3%, no número de emplacamentos em 2015. Sendo assim, alcançou um total de 2,8 milhões de veículos em um mercado que avançou 1,6%. Este crescimento representa um novo recorde de vendas para a montadora francesa e resulta em uma participação no mercado mundial 3,2%. O Grupo continua a se beneficiar do dinamismo do mercado automobilístico europeu (+9,4%), com progressão de emplacamentos da ordem de 10,2%, com 1.613.499 veículos, para uma participação de mercado de 10,1%. Fora da Europa, apesar da crise econômica na Rússia e América Latina, o Grupo ainda apresenta ganhos de participação de mercado na África, Oriente Médio, Índia e Eurásia. “Mais uma vez as vendas do Grupo Renault estiveram em alta em 2015 e batemos um novo recorde. Apesar das situações econômicas ainda desiguais de uma região para a outra, nossa progressão se mantém constante, validando a estratégia de diversificação geográfica iniciada há alguns anos”, destaca Thierry Koskas, diretor Comercial do Grupo. A montadora se destaca no mercado de veículos utilitários, com 269.203 emplacamentos (+16,9%) e ganho de participação de mercado de 0,7 ponto. Dez anos após seu lançamento na Europa, a marca Dacia apresenta novo aumento de emplacamentos em 2015 (+3,6%) e recorde de vendas, com 374.458 emplacamentos no ano. Mercados internacionais – Na região Américas foram 355.151 emplacamentos, queda de 14,8%. Ainda assim, alcançou uma participação de mercado de 6,3% (-0,1%). No Brasil, 2º mercado do Grupo, a participação de mercado aumentou 0,2%, em um nível jamais atingido de 7,3%, em um mercado em recuo de 25,5%. Com comercialização iniciada no final do ano, a picape Duster Oroch já está em segundo lugar em seu segmento no Brasil. A aceleração da Renault neste segmento deve manter o crescimento na região durante os

próximos meses. Na Argentina, o Grupo conteve o recuo de seus emplacamentos para -6,5% graças à performance registrada no último trimestre, com participação de mercado de 14,7% (12,7% no ano); na Colômbia, a Renault fortaleceu claramente suas posições, com participação de mercado em progressão de 2 pontos, ficando em 18,6%. Na Ásia Pacífico, houve uma estabilização do nível de vendas após a forte progressão registrada em 2014 na Coreia, primeiro mercado do Grupo na região; na China, em 2015 foi dada prioridade ao lançamento da versão chinesa do Kadjar, primeiro veículo produzido localmente pela joint venture Dongfeng Renault; na Eurásia, a participação de mercado do Grupo avançou 1,6 ponto, ficando em 11,9%, principalmente graças ao dinamismo na Turquia (+21.7%), onde bateu novo recorde de vendas. O crescimento na maioria dos países da região permite compensar as consequências da crise econômica na Rússia, onde o mercado está em queda de mais de 35% e os emplacamentos do Grupo Renault atingiram 38,1%. A participação de mercado se mantém praticamente estável em 7,5%, resultado de uma política de preservação das margens. Na região África / Oriente Médio / Índia, os emplacamentos do Grupo estão em alta de aproximadamente 17%, para uma participação de mercado de 4,5% (+0,7 ponto). O Grupo responde por mais de um terço do mercado no Norte da África. Elétricos – Em 2015, a Renault em-

placou 23.086 veículos 100% elétricos na Europa, o que corresponde a 25,2% de um segmento que respondeu por 97.687 unidades no total, um crescimento de 47,8% em relação a 2014. Apesar da melhora no desempenho de vendas, os veículos elétricos representam apenas 0,61% (+0,16% em relação a 2014) de todo o parque circulante na Europa. O comercial leve Renault Kangoo Z.E. teve 4.325 unidades comercializadas em 2015, representando 42,6% de todo o mercado de utilitários elétricos. Projeções 2016 – Em 2016, o mercado mundial deve ter crescimento de 1 a 2% em relação a 2015. O mercado europeu deve registrar alta de 2%, com progressão de 2% na França. Nos mercados internacionais, os mercados brasileiro e russo devem continuar em recuo de 6% e 12%, respectivamente. Por outro lado, a China (+4 a 5%) e a Índia (+8%) devem manter uma dinâmica de crescimento. Neste contexto, com um planejamento de produto bastante importante neste ano, a progressão na Índia e a nova ofensiva na China, o Grupo Renault prevê: 1) aceleração do crescimento das vendas mundiais; 2) fortalecimento da marca Renault na Europa; 3) progressão em cada uma de suas cinco regiões. Nosso crescimento vai acelerar em 2016 e vamos progredir em nossas regiões, apoiados pela dinâmica comercial dos três últimos anos, uma gama de produtos amplamente renovada em 2015 e 2016 e nossa expansão na Índia e na China”, afirma Koskas. 24.01.2016 |

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Artigo: O perigo de digitar enquanto conduz ao volante

Do site | por Creso de Franco Peixoto

A evolução tecnológica altera costumes. Condução veicular inclusa. Celular, aplicativo da direção, apesar da proibição e campanhas midiáticas. Motoristas falam com a mão sobre uma orelha. Vistos com cabeça ligeiramente inclinada para frente, dá até para perceber o movimento dos olhos para baixo e para cima, tentando manter uma pretensa segurança. Supõem-se suficientemente prestidigitadores para evitar multas. A multa passou de média para gravíssima em 2009, com o dobro do valor financeiro (OESP;C4; 26/11/2009). Em 5 anos, o que se vê é a tendência de acobertar e não de se evitar o uso. Pesquisa da FEI publicada em 2011 estima 4,5 s para o motorista pegar o celular e ler o número de quem o chama. Para digitar 2 algarismos, 2 s; mais que o dobro do tempo para perceber e reagir perante iminente impacto em via urbana, que é de ¾ s (Correio Braziliense; p. 21; 6/12/2011). Segundo novas pesquisas da FEI em 2015, agravam-se as condições. Os cenários desta nova simulação consideram o uso do celular para acessar aplicativo com dois toques, digitar palavra de 5 letras em teclado touch-screen e desvio de percurso gerado por desatenção; carro desgovernado. O tempo médio para dar dois toques foi de 5,2 s, elevação de 3,2 s (160%) em relação à pesquisa anterior. O tempo para digitar uma palavra de 5 letras foi de 4,8 s; 6,4 vezes acima da referência. O tempo médio para o carro “desgovernado” atingir o limite da faixa de tráfego foi de 6,9 s. Descontou-se 1,3 s das leituras, referente ao tempo de leitura do cronômetro. Manteve-se respeito ao artigo 252/CTB em função do teclado de simulação ter sido colado sobre a direção: mãos no volante. Quanto à segurança, artigo 169/CTB, cumprido: pesquisa em longo trecho retilíneo de rodovia de baixo volume de tráfego, fora de horário pico e pavimento regular e íntegro. A diferença tecnológica entre celulares influencia. O teclado touchscreen exige olhar para a tela. No antigo, de botões, tato e memória não ocupam tanto a visão. Pesquisou-se também a ocorrência de uso em rodovia, em veículos sob excesso

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de velocidade, em pista dupla paulista limitada em 110 km/h. Motoristas interagindo no celular: 17%, provavelmente digitando: 3,5%. Das amostras estudadas, 35% apresentavam vidros escuros. A porcentagem de motoristas que interagia com celulares é alta, indicando despreocupação com o risco e com a probabilidade de serem multados. Campanhas precisam focar os riscos ainda maiores em alta velocidade e que a prática do “é melhor digitar do que falar porque é mais fácil para se acobertar” torna iminente um acidente onde a perda veicular é o fato menos importante. Há ainda o aspecto cognitivo. Ao se interagir com celulares ou similares enquanto se guia, a atenção

é dividida entre pára-brisa e teclado. O uso de tecnologias mais recentes em cockpit veicular, tais como bluetooth, para evitar o manuseio de aparelhos bem como softwares de interação por voz com o motorista, que avaliam a forma de falar e até a entonação, podem reduzir sensivelmente o risco de digitar, guiar com sono ou até sob ação de substância no sangue que possa alterar o grau de atenção. Afinal, o objetivo final é a minimização dos graves acidentes, quando o protagonista deveria estar apenas nos bolsos dos motoristas. *Creso de Franco Peixoto, Mestre em Transportes e professor de engenharia Civil da FEI.


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Dina confirma o lançamento do modelo Linner H para 2017 Do site | notícias A fabricante mexicana de ônibus Dina confirmou, através de suas mídias sociais, o início da produção e comercialização do modelo Linner H para o ano de 2017. Atualmente, o veículo ainda passa por testes de validação, incluindo avaliações de funcionalidade, desempenho e conforto. Alguns clientes da companhia também estão avaliando algumas unidades do novo modelo. O modelo Linner H é um ônibus dedicado ao transporte urbano, podendo ser aplicado – inclusive – em linhas alimentadoras de sistemas de mobilidade urbana, como o BRT. Este produto se dedica ao mercado do México.

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Conheça o novo Game Truck, que está em atividades há dois meses Do site | notícias

O novo Game Truck iniciou as suas atividades em novembro de 2015 nos Estados Unidos. Trata-se de uma unidade móvel equipada com tecnologia de ponta e muito conforto para os gamers se divertirem. Ao todo, quatro consoles com TVs HDTV permitem que até 16 jogadores se divirtam simultaneamente com o novo jogo de guerra Call of Duty – Black Ops III, entre outras opções de sucesso de jogos recentes. Porém, ainda mais divertido que os jogos de vídeo game é o Laser Tag. Se você nunca ouviu falar, então está na hora de conhecer, pois este jogo pode ser ainda mais divertido do que brincar de paint-ball. Laser Tag consiste em um jogo de guerra, nos moldes do conhecido paint-ball, mas em uma arena escura e as armas não disparam balas de tinta, mas raios laser. Como a unidade móvel não comporta uma arena, neste caso, a ambientação do jogo pode ser qualquer lugar, como a casa do cliente, por exemplo. Ou seja, isso deve ser muito legal, mesmo! A empresa foi criada em 2006, por Scott Novis, após acumular experiência

em empresas de jogos como a Disney e a Rainbow Studios. O primeiro protótipo foi construído em sua própria garagem e, após observar a reação de encantamento de seus amigos e de sua família, seu irmão Chris se juntou ao projeto e investiram em um veículo mais moderno e com melhores equi-

pamentos. O Game Truck pode ser alugado para eventos pessoais ou corporativos. Atualmente, a empresa já possui uma frota com diversos veículos em diferentes configurações, permitindo ao cliente estadunidense escolher o serviço mais adequado para a sua festa. 24.01.2016 |

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www.onibusdecampinas.com.br

Fábio Tanniguchi |

fabiott@portalinterbuss.com.br

Foram tantos transtornos aos usuários das linhas municipais da VB Transportes nas últimas duas semanas que é mais fácil colocar um calendário resumido: • 9 de janeiro: os motoristas ainda não haviam recebido o salário de janeiro. Com isso, a VB1 (azul-claro) operou com quantidade quase nula de veículos. Os terminais Ouro Verde, Vida Nova e Vila União permaneceram fechados durante todo o dia. • 10 de janeiro: em pleno domingo, dia que já é difícil normalmente para os usuários do Sistema InterCamp, a VB1 seguiu com a paralisação. Os três terminais da área operacional também seguiram fechados. Durante a tarde, alguns poucos veículos saíram da garagem, enquanto a Transurc (Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campinas) anunciava o fim da paralisação, após acordo com os funcionários. Entretanto, várias linhas terminaram o dia sem ônibus. • 11 de janeiro: dessa vez, os carros da VB3 (verde) não saíram da garagem, no bairro Bonfim. Enquanto isso, a VB1 voltava a operar normalmente. Segundo a Transurc, apenas 29 ônibus da VB3 saíram garagem durante a manhã, sendo que a frota operacional passa tranquilamente de 200 veículos. Logo após o meio dia, a empresa entrou em acordo com os motoristas e os veículos começaram a sair. Sair para operar? Que nada, saíram para abastecer em postos de combustíveis primeiro, devido à falta de diesel na garagem. Portanto, a operação só foi normalizada no pico da tarde. No final da noite, mais uma história em um dia digno de capítulo de novela: motoristas da VB1 fecharam o Terminal Ouro Verde, pois a empresa não havia honrado a promessa de pagá-los. • 12 de janeiro: as duas operações municipais da VB Transportes começaram o dia paradas. O motivo: em nenhuma das garagens a empresa havia honrado a promessa de pagar os salários. Durante a tarde, o prefeito Jonas Donizette afirmou à imprensa que simplesmente não poderia tirar a VB do sistema, alegando não haver fundamento

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jurídico para tal. Colocou a culpa indiretamente na gestão Hélio de Oliveira Santos, que havia licitado o sistema, e apontou como solução a nova licitação que deverá ser feita a pedido do Tribunal de Contas do Estado (TCE). No final da tarde, a VB1 pagou os salários de janeiro e a operação começou a voltar ao normal. Na VB3, o pagamento ocorreu apenas no final da noite e apenas para os motoristas. • 13 de janeiro: a operação começou normal nas linhas de Campinas. Como diz aquele ditado, tudo o que é bom dura pouco. E foi bem pouco. Várias linhas tiveram atrasos ao longo do dia por falta de combustível. Veículos pararam no caminho com pane seca, enquanto outros abasteciam em postos. • 14 de janeiro: a operação começou com

atraso na VB3 devido a um protesto de funcionários da manutenção, pois ainda não haviam recebido o salário. O guichê da VB/Lirabus na Rodoviária de Campinas ficou fechado por algumas poucas horas também em protesto ao não pagamento dos salários dos demais funcionários (a empresa pagou apenas os motoristas). Assim que foi reaberto, iniciou-se uma operação padrão, com apenas um atendente. Agentes de plataforma também pararam em determinados momentos, obrigando os motoristas a fazerem todo o serviço de bagagens. No final da noite, a VB3 pagou mais uma parte dos funcionários. • 15 de janeiro: a VB3 começou novamente com atrasos em virtude da falta de combustível.


De novo...

• 16 de janeiro: operação normal (ufa!). • 17 de janeiro: em pleno domingo, foram registrados atrasos na VB1 por falta de combustível. • 18 de janeiro: operação começou com atrasos na VB1 e na VB3 por falta de combustível. O recolhimento de quase toda a frota ao longo do dia para abastecimento em postos gerou grandes transtornos. No final da tarde, pontos de ônibus ao longo do Corredor Central foram flagrados abarrotados de pessoas, pois passavam poucos veículos da VB1. Esses poucos que passavam saíam completamente lotados. • 19 de janeiro: no início da tarde, veículos da VB1 e da VB3 começaram a ser recolhidos para abastecimento, causando lacu-

Passageiros que dependem das linhas municipais da VB Transportes mais uma vez enfrentaram problemas

nas nas tabelas horárias. Os transtornos se refletiram facilmente no final da tarde, com pontos novamente abarrotados de pessoas e ônibus completamente lotados. Motoristas chegaram a abrir todas as portas para permitir que mais pessoas conseguissem entrar nos carros. Outros veículos passaram fora do corredor da Av. João Jorge no sentido bairro devido à superlotação, agravando ainda mais a situação do ponto do corredor. • 20 de janeiro: mais relatos de atrasos por falta de combustível nas duas operações municipais da VB. No início da noite, a Prefeitura anunciou à imprensa que iria aumentar o subsídio às empresas do Sistema InterCamp em 40%. No final da noite, os empresários se reuniram com o Sindicato dos Rodoviários e negociaram um cronograma para a normalização dos pagamen-

tos de salários e benefícios. • 21 de janeiro: operação normal. • 22 de janeiro: operação normal. O vale dos motoristas, programado para o dia 20, foi pago e a categoria decidiu cancelar a paralisação que estavam começando a planejar para os próximos dias. É cair no óbvio ululante dizer que foram duas semanas extremamente desgastantes para o usuário que depende das linhas municipais da VB em Campinas. A população enfrentou problemas quase que diários, enquanto a Emdec organizou uma operação emergencial ridícula, isso quando organizou. O prefeito disse que nada podia fazer contra a VB, contou história e decidiu aumentar o subsídio dado às empresas. 24.01.2016 |

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Operação emergencial furada Fábio Tanniguchi |

fabiott@portalinterbuss.com.br

A operação emergencial organizada pela Emdec beirou o ridículo. A equipe do Ônibus de Campinas acompanhou no corredor da Av. João Jorge a operação emergencial nas linhas da VB1. Basicamente, a Emdec deslocou veículos da Cooperatas para as linhas 120 (Terminal Ouro Verde / Terminal Central via Rod. Santos Dumont), 190 (São Domingos / Corredor Central), 117 (DIC VI / Corredor Central), 193 (Aeroporto de Viracopos / Rodoviária) e 121 (Terminal Ouro Verde / Corredor Central). Houve também veículos da Itajaí e um carro da VB3 deslocados para a linha especial Terminal Ouro Verde / Terminal Central via Corredor Amoreiras, além de carros da Campibus fazendo a 164 (Terminal Vila União / Terminal Central via Parque Tropical). Até aí, parece que não há motivos para alarde. O problema esteve na proporção de veículos em cada linha. A ligação do Terminal Ouro Verde ao Centro pela Amoreiras, que é a de maior demanda normalmente, operou com articulados e convencionais de outras empresas, mas a Emdec desconsiderou o fato de que a demanda da linha vem das alimentadoras. Sem elas, os carros remanejados foram vazios em quase todas as viagens. Sem contar ainda do fato do Corredor Amoreiras ainda contar com o importante atendimento da linha 133 (Vida Nova / Corredor Central), da Cooperatas, que era tratada pelos usuários como a melhor opção. Enquanto isso, a população nos pontos aguardava linhas para a região dos

DICs e do Adhemar de Barros. Para os DICs, a Emdec remanejou apenas um veículo na linha 117, sendo que ela normalmente opera com articulados em intervalos relativamente curtos. O Adhemar de Barros e bairros adjacentes onde passa a 115 (Adhemar de Barros / Corredor Central) ficaram simplesmente sem atendimento, obrigando os moradores a andarem até mais de 1km para conseguir uma alternativa. E não parou por aí. Os veículos da Campibus que rodaram na linha 164 estavam com baixa ocupação, evidenciando que muita gente seguiu a pé para a Av. Brasília e para a região do Balão do Laranja pegar

as linhas 213 (Term. Itajaí / Rodoviária) e 228 (Princesa D’Oeste / Term. Central), operadas por Itajaí e Campibus, respectivamente. Sem contar ainda quem mora na divisa com o Ipaussurama e foi aguardar a linha 230 (Jd. Ipaussurama / Carrefour D. Pedro), da Campibus. Parece que a Emdec não teve muito critério ao remanejar os veículos. Poderíamos simplesmente acusar que falta conhecimento a uma parcela considerável dos agentes de mobilidade urbana que atuam nos transportes, mas o setor de planejamento também poderia ser mobilizado para ajudar a minimizar os transtornos.

que estava seriamente afetada pela falta de combustível já começava a normalizar. Ainda há problemas de abastecimento nos postos por falta de diesel na garagem, mas os atrasos estão em escala bem menor. Aparentemente, a situação caminha para um desfecho, coincidentemente, logo após o anúncio do aumento do subsídio. Pode-se até ter a impressão de que a VB usou

um pouco de má vontade para pressionar a Prefeitura de Campinas. Isso só o tempo dirá, caso a empresa venha a honrar ou não as datas combinadas com o sindicato. Já a situação do diesel, se realmente procede que a empresa está com dívidas consideráveis junto às refinarias, pode não se resolver tão rapidamente. Aguardamos os próximos capítulos dessa novela.

Num passe de mágica

Fábio Tanniguchi |

fabiott@portalinterbuss.com.br

Após o anúncio do aumento do subsídio em 40% às empresas do Sistema InterCamp, com revisão mensal do valor, a VB Transportes finalmente se dispôs a combinar com o Sindicato dos Rodoviários um plano concreto de normalização dos pagamentos. No dia seguinte, a operação

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CITTAFIS App permite que fiscais das empresas aposentem as velhas pranchetas

Prefeito “João Sem Braço”

Fábio Tanniguchi |

fabiott@portalinterbuss.com.br

Jonas Donizette, no dia 12 de janeiro, alegou à imprensa que nada poderia fazer no sentido de intervir ou de cassar a concessão da VB Transportes. Disse que o edital do Sistema InterCamp não prevê sanções dessa natureza e que a lei promulgada em 2002 que regulamentava

as medidas administrativas contra empresas do transporte público municipal havia sido sobreposta pelas regras do sistema, de 2005. Enfim, deu uma de “João sem braço”. A lei 11.263, de 05 de junho de 2002, que dispôs sobre a organização do serviço de transporte coletivo urbano, inclusive sobre as penalidades, permanece vigente segundo a própria Biblioteca Jurídica da Prefeitura de Campinas. A verdade é que ela não foi sobreposta pelas regras do Sistema InterCamp, mas, sim, alterada. A última redação do trecho sobre penalidades foi para alinhá-la com a lei 13.318, de 29 de maio de 2008 (3 anos após a licitação do sistema), permanecendo a intervenção e a cassação como possíveis penalidades. Indo mais além, o decreto 16.618, de 2 de abril de 2009, reeditou as penalidades possíveis, mas também manteve a cassação e a intervenção. Diz o decreto, de forma muito semelhante à lei de 2002 que o prefeito Jonas Donizette diz ter sido anulada com as regras do Sistema InterCamp: “Art. 10º - A penalidade de intervenção na execução dos serviços prestados pelos concessionários, permissionários ou terceiros delegatários será decretada quando houver comprometimento da continuidade da operação, por deficiência grave na prestação do serviço contratado ou descumprimento de cláusula contratual.” (...) Art. 11º - Precedida de processo

administrativo e assegurado ao infrator o direito à ampla defesa, a penalidade de cassação será aplicada quando o operador infrator cometer infrações classificadas no Grupo V, constante do inciso V do art. 6º deste Decreto.” Se a lei 13.318 é de 2008 e o decreto 16.618 é de 2009, ambos mantêm as possibilidades de intervenção e de cassação e entraram em vigor após o início do Sistema InterCamp, então com base no quê o prefeito alega não ter instrumentos jurídicos? De qualquer forma, Jonas jogou as esperanças na próxima licitação, que deverá ter o edital lançado nos próximos meses. Isso porque o Tribunal de Contas do Estado anulou a licitação do Sistema InterCamp, realizada em 2005, na gestão Hélio de Oliveira Santos. O secretário de Transportes, Carlos José Barreiro, já deu alguns detalhes do edital, que deverá contemplar ônibus com WiFi e metade da frota com ar condicionado. Por mais que o edital seja realmente lançado com todas essas garantias aos usuários, há dois obstáculos: primeiro, são as empresas, que deverão a todo custo tentar impedir a licitação; em segundo lugar, a própria Emdec, que hoje não consegue sequer fazer valer a idade máxima da frota (quem dirá obrigar ar condicionado em metade da frota). Vale lembrar que o edital das obras dos corredores BRT (Bus Rapid Transit) está até agora apenas na promessa. Isso porque era para ter saído no final de 2015.

quem partiu a ação. Entretanto, durante as últimas duas semanas, quem tem respondido pelas operações urbanas da VB em Campinas é o Setcamp (Sindicato das Empresas de Transporte da Região Metropolitana de Campi-

nas), sendo que normalmente quem faz é a Transurc. Ainda que a Transurc fique apenas cuidando da bilhetagem e o Setcamp responda pelas ações das empresas, a exclusão da página da associação no auge da crise é, no mínimo, estranha.

Transurc se esconde e o Setcamp ganha protagonismo Fábio Tanniguchi |

fabiott@portalinterbuss.com.br

A página da Transurc, que é a associação das empresas do transporte coletivo urbano, no Facebook foi excluída. Não se sabe quais foram os motivos e nem de

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William Bispo | Mascarello Gran Micro Agrale MA 10.0

DEU O QUE FALAR

Mais sobre os protestos contra as altas nas tarifas

Novos protestos realizados em várias cidades brasileiras foram o destaque do noticiário nacional e também recebeu bastante comentários nas redes sociais e nos sites especializados em transporte. Em algumas regiões, como São Paulo, os protestos estão se intensificando e a polícia tem mostrado cada vez mais força para coibir o avanço das manifestações. 26 interbuss | 24.01.2016

William Hupsel | Caio Foz Super MBB O

Tôni Cristian | Caio Foz Super MBB OF-

Mais repasses de e vetos a alguma

Na semana passada mais algumas linh serem transferidas de empresa, entreta autorização negada pela ANTT. As delib falar nas redes sociais e nos sites espec notícias estão surgindo primeiro nos fó e logo depois já se alastram para as re


DICA DE COMUNIDADE

Campanha Volta CMTC https://www.facebook.com/groups/voltacmtc/

OF-1418

Grupo criado para postagens de fotos e informações sobre a extinta empresa CMTC, de São Paulo, com o objetivo de lutar pela sua volta.. O grupo é público e não necessita de autorização prévia para acessar.

A FOTO DA SEMANA

Sérgio Carvalho

Busscar Urbanuss Plusss Volvo B10M | VB Transportes

-1418

e linhas as empresas

has foram autorizadas a anto outras tiveram a berações estão dando o que cializados em ônibus. As óruns especializados por e-mail edes sociais.

Aqui publicamos a foto de ônibus mais bonita da semana, colhida em redes sociais. Não são consideradas fotos publicadas em sites pessoais ou em outros sites. 24.01.2016 |

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FOTOS DA SEMANA

SEM FRONTEIRAS | www.semfronteirasfotos.com.br

UMA SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADO

Douglas Andrez Busscar Panorâmico DD MBB O-500RSD | Açailândia

Rafael Caldas Marcopolo Paradiso G6 1200 Scania K420 | Gontijo

João Victor Irizar New Century Scania K270 | Aparecida

Rafael Caldas Marcopolo Torino MBB OF-1724 | Brasileiro

João Victor Comil Campione 3.65 Scania K340 | Transbrasiliana

Douglas Andrez Comil Campione HD MBB O-500RSD | Grantur

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S OS NA SEMANA SEM FRONTEIRAS | www.semfronteirasfotos.com.br

Douglas Andrez Rafael Caldas Marcopolo Paradiso G7 1800DD MBB O-500RSDD | Águia Branca Irizar i6 MBB O-500RSD | EMTRAM

João Victor Marcopolo Paradiso G7 1200 Scania K400 | Bueno Viagens

João Victor Marcopolo Paradiso GV 1150 MBB O-400RSD | Lopes Tur

Rafael Caldas Marcopolo Viaggio G7 1200 MBB O-500RSD | União

Douglas Andrez Marcopolo Paradiso G6 1800DD Scania K380 | Transbrasiliana

o endereço da sua galeria, juntamente com uma ou duas fotos com a descrição do ônibus fotografado e fazemos a divulgação neste espaço, sem custo algum! Mande um e-mail para revista@portalinterbuss.com.br com os dados e aguarde! ENVIE SUA FOTO! Envie 24.01.2016 |

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ECONOMIA

Transporte de Valores

Transvip fechou 2015 com crescimento recorde

Para a empresa especializada em transporte de valores e segurança patrimonial, a crise econômica que assolou o país no ano passado, passou longe

Da Transvip | assessoria O ano de 2015 mal terminou e para muitos não vai deixar um pingo de saudade. Com a economia em crise, a maioria das empresas lutou contra a correnteza com todas as estratégias e forças para simplesmente não fechar o ano em queda. Esse não foi o caso da Transvip, empresa de transporte de valores e segurança patrimonial, que encerrou o ano com crescimento muito acima dos anos anteriores, que era de 30% em 2013 e 2014. Para se ter uma ideia, a empresa bateu suas metas de faturamento do ano já na metade do segundo semestre de 2015. O segredo? Um pacote de medidas ativas em diversos setores, ações ousadas e assertivas, além de um serviço de qualidade e de boa relação custo x benefício. Ao invés de se retrair ou deixar de expandir, a empresa criou novas frentes de trabalho e, diante das oportunidades do mercado, lançou o serviço de transporte de cargas especiais, com as carretas blindadas. Esse serviço chegou abraçando uma fatia do bolo que ainda não estava sendo explorada. “Infelizmente o roubo de cargas de alto valor agregado, como medicamentos e eletrônicos, tem aumentado. Vimos aí a oportunidade de oferecer um transporte

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mais seguro para esse tipo de produto”, afirma o diretor geral, Marcos Guilherme Cunha. A decisão se mostrou acertada. Mesmo ainda sendo uma novidade para a empresa, a divisão de carretas representou boa parte do faturamento de 2015. “A Transvip se estruturou para oferecer um serviço de qualidade a um preço bastante competitivo. Esse posicionamento vem fazendo a diferença. Somado a isso, existe o fato de que muitas empresas do setor estão simplesmente sucumbindo à crise, deixando lacunas. Diante desse cenário, estamos aumentando nossa captação de clientes”, constata. Se preparar para o crescimento foi um ponto fundamental. O ritmo de contratações foi acelerado. Em 2015, mil novos colaboradores foram integrados ao quadro de funcionários da empresa. Grande parte desse aumento aconteceu devido ao lançamento de uma nova base, em Belo Horizonte. Outra frente de trabalho importante foi a valorização da marca. A Transvip adotou uma estratégia de se mostrar mais para o mercado. Tanto que, em 2015, foi a primeira vez que participou de uma feira de negócios, a Intermodal. “Foi uma experiên-

cia nova, mas muito gratificante. Foi ótimo para estreitarmos o relacionamento com clientes atuais e abrir novas oportunidades”, lembra Cunha. A empresa também se tornou fonte para a imprensa, posicionando-se como especialista em sua área de atuação. Todo esse bom desempenho deixou a Transvip ainda mais animada para 2016. Com o pé no acelerador, a transportadora garante que novidades importantes vêm por aí. “Não estamos nos amedrontando com a crise. Pelo contrário, estamos vendo oportunidades surgirem a todo momento. Cuidamos para não aumentar os custos operacionais a fim de continuar mantendo o diferencial competitivo”, declara. A expectativa é crescer pelo menos mais 30% neste ano. Sobre a Transvip Fundada em 1998, a Transvip é uma empresa de transporte de valores, segurança patrimonial, vigilância, gestão de caixas eletrônicos e transporte de cargas especiais. Presente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais, é reconhecida por sua excelência na operação, qualidade do atendimento e a gestão de pessoas.


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