Revista InterBuss - Edição 280 - 07/02/2016

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BLUMENAU SOFRE COM ÔNIBUS VELHOS E SUJOS

interbuss PORQUE TRANSPORTE É VIDA | ANO 6 | N° 280 | 07 DE FEVEREIRO DE 2016

A VIDA VISTA DE DENTRO DO ÔNIBUS

Fotógrafo britânico registra cenas urbanas de dentro de um ônibus de dois andares em Londres CAMPINAS TRATA UBER COMO CLANDESTINO


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NESTA EDIÇÃO TODA SEMANA

Cenas urbanas de dentro d

Fotógrafo registra cenas de dentro de um ônibus de dois andares SUMÁRIO

6 NOSSA OPINIÃO 7 A IMAGEM MARCANTE 8 TODA SEMANA 14 ADAMO BAZANI 16 PÔSTER 18 DEU NA IMPRENSA Baixa de tarifa de 2013 já foi toda reposta, até mais

A foto que marcou a semana no setor de transportes

As notícias mais importantes da semana

Colunistas | Os dez mitos do transporte

Marcopolo Paradiso G7, por Sérgio Carvalho

As notas da imprensa especializada

22 ÔNIBUS DE

Os projetos mirabolantes d

25 JOSÉ EUVILÁ

Colunistas | Os pontos eno

26 REDE SOCIA

O seu espaço na InterBuss

28 FOTOS DA S

As melhores fotos de ônib

30 EUROPA

Trens europeus estão com


ANO 6 | Nº 280 | DOMINGO, 7 DE FEVEREIRO DE 2016 | 1ª EDIÇÃO | CONCLUÍDA ÀS 16h50 (S) EDIÇÃO COM 32 PÁGINAS

do ônibus

TODA SEMANA

Piracicabana coloca ônibus velhos e sujos em Blumenau

Superlotação e quebras também são relatados pelo povo

11

TODA SEMANA

em Londres

CAMPINAS da Emdec

ÁSIO ormes e os sem informação

AL s

SEMANA bus da semana

m descontos

08

Empresas de Anápolis compram 102 ônibus Marcopolo Torino

Algumas unidades possuem ar condicionado e piso baixo

13

ADAMO BAZANI

Os dez mitos que rondam o transporte e o trânsito

Levantamento foi feito por instituto internacional

14

DEU NA IMPRENSA

Ponte redonda chama a atenção em região do Uruguai

Objetivo é diminuir a velocidade no trecho sobre a água

18

ÔNIBUS DE CAMPINAS

Uber chega a Campinas e prefeitura diz que é clandestino

Discrepância nas tratativas chama a atenção

22


EXPEDIENTE

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda. DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFE Luciano de Angelo Roncolato JORNALISTA RESPONSÁVEL Luciano de Angelo Roncolato REVISÃO Luciano de Angelo Roncolato ARTE E DIAGRAMAÇÃO Luciano de Angelo Roncolato AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃO Agradecemos à todos os colaboradores de todo o país pelas fotos enviadas esta semana para capa, matérias e pôster. SOBRE A REVISTA INTERBUSS A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo. Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países. Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail revista@ portalinterbuss.com.br. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autorizada apenas após um pedido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido. PARA ANUNCIAR Envie um e-mail para contato@portalinterbuss.com. br ou ligue para (19) 99483-2186 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos! PARA ASSINAR Por enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibilizada livremente apenas pela internet, através do site www.revistainterbuss.com.br. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem para revista@portalinterbuss.com.br e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado. CONTATO A Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conversar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para revista@ portalinterbuss.com.br ou contato@portalinterbuss. com.br. Procuramos atender a todos o mais rápido possível. A EQUIPE INTERBUSS A equipe do Portal InterBuss existe desde 2000, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sempre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe. Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail contato@portalinterbuss.com.br ou pelo telefone (19) 99483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

NOSSA OPINIÃO

Editorial

Protestos de 2013? A tarifa já foi resposta e até demais A inflação continua batendo recordes no país. Em janeiro, o índice foi maior ainda que o registrado no ano passado, e o maior dos últimos 13 anos, indicando mais um ano muito difícil para as classes menos favorecidas, justamente as que mais utilizam o transporte público que também registra uma escalada muito grande dos preços. As tarifas estão cada vez mais altas e já recuperaram os valores da baixa falsificada de 2013. Tudo o que foi conquistado por intermédio das manifestações Brasil afora já foi recuperado de longe, já que os aumentos estão muito acima da média desde o início do Plano Real. Desde 2013 os valores das tarifas nas cidades onde houve a redução por conta dos protestos generalizados subiram acima da inflação, porém as prefeituras e os governos estaduais utilizam um artifício para enganar a população. Com o aumento fracionado, ficou a impressão de que o reajuste ficou abaixo da inflação acumulada no período. E para piorar a conta, utilizaram o índice de redução do valor para “abater” do aumento, passando a imagem de que os governos são bonzinhos. Só para se ter uma ideia, os aumentos chegaram a cerca de 25%, sendo que a inflação do período ficou abaixo disso. Houve aumento nos valores dos insumos, dos custos profissionais e dos combustíveis, mas tudo acabou sendo repassado aos usuários, onerando ainda mais o bolso do povo e dos empregadores. Como o aumento foi fracionado, nas cidades onde houve o reajuste de R$ 0,30.por exemplo, o índice ficou em torno de 8%, obviamente abaixo da inflação oficial, que foi de mais de 10% no ano passado. Isso sem contar o reajuste duplo que aconteceu entre o final de 2013 e 2014, onde houve dois aumentos fracionados sem que a população percebesse, e depois de tudo isso veio o abuso de 2015. Os protestos que a população fizeram em 2013 infelizmente tiveram efeito apenas momentâneo, pois os políticos acabaram voltando atrás pouco tempo depois, reajustando as tarifas nos mesmos patamares que antes. Em alguns lugares houve aumento no repasse do valor do subsídio, onerando ainda mais os cofres públicos que já passam por problemas há muitos meses, tudo isso já esperando um aumento nos impostos, que é mais um peso nas costas da população que já é tributada absurdamente em vários itens. Neste ano alguns grupos continuam protestando mas sem a mesma visibilidade de antes, o que não chama a atenção das autoridades que continuam no alto de sua arrogância, mas que com certeza vão mudar de cara assim que o período eleitoral começar. Fiquem de olho e lembremse de todos os políticos que lhes enganaram e lhes viraram as costas nos últimos quatro anos. Eles vão voltar e aparecer como anjos e salvadores da pátria, mas só tentarão lhe enganar novamente.


A IMAGEM MARCANTE

Criciúma, SC

Segunda-feira, 1 de Fevereiro de 2016

Um micro-ônibus que transportava pacientes tombou em Criciúma, na SC-108. Segundo informações, no veículo estavam 12 pacientes. O motorista teria perdido o controle após derrapar na pista. A foto é do site Sul In Foco, publicada no site Engeplus.


TODA SEMANA

Internacional

AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA SEMANA NO SETOR DE TRANSPORTES

Britânico registra a vida de dentro de um ônibus BBC Brasil | Notícias

Por mais de dez anos, George Georgiou passou boa parte do seu tempo no carro. Ele, que é descendente de gregos nascido em Londres, e sua mulher, a também fotógrafa Vanessa Winship, dirigiram pela Ucrânia, Georgia, Turquia e EUA – e tiraram fotos em todos lugares por onde passaram. Há três anos, Georgiou decidiu voltar para casa. Ele foi morar em Folkestone, na Inglaterra. Ao voltar a Londres para visitar, Georgiou pegou um dos famosos ônibus vermelhos de dois andares da cidade. Ao olhar pela janela, conta, se espantou com o “profundo estado de fluxo” de sua cidade. Ele sempre considerara Londres sua casa, mas agora se assustava com a quantidade de ruas, as multidões inquietas, casas sendo construídas e a agitada rotina. “De repente, Londres havia virado o lugar mais internacional da Terra”, diz. “Havia se aberto para pessoas que não têm herança ou ligação com Londres, a não ser a de querer fazer de Londres sua casa. Ver tantas pessoas morando junto e, principalmente, fazendo isso dar certo - me pareceu algo muito poderoso.” “Percebi que, para muitas, muitas pessoas, Londres havia virado a última parada, o destino final de uma longa jornada, o Santo Graal do sonho ocidental”, diz. “Queria tentar entender isso: o jeito como as pessoas dividem a cidade, os movimentos diários, os ritmos e rituais da cidade.” E assim nasceu o Last Stop, ou “última parada”. Feito totalmente por meio de financiamento coletivo, trata-se de um registro fotográfico de Londres feito da perspectiva dos icônicos ônibus londrino. Momentos passageiros Ao chegar em Londres, Gergiou entrava no primeiro ônibus que instigava sua curiosidade. “Queria explorar a cidade toda”, diz, “do centro ao subúrbios. Norte, sul, leste e oeste.” Ele passava até 12 horas por dia em ônibus, do início até o ponto final. “Ás vezes eu via um destino que eu não conhecia, ou só conhecia o nome do lugar no mapa”, explica. “Minha curiosidade sempre me fazia escolher aquele ônibus e ir com ele até o fim

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da linha.” Ele sentava em qualquer assento livre e olhava pelo visor da câmera que ficava em seu colo, para que as pessoas retratadas não soubessem disso. Georgiou começou a ver suas fotografias como “microdramas”. Cada uma congelou um momento importante na vida de desconhecidos – pegos de forma passageira e aleatória pelo movimento do ônibus. “Via pequenas cenas que poderiam ter saído de uma novela”, conta. “Uma pequena interação ou dinâmica, um abraço, uma briga, uma olhar, ou um momento de total solidão. Eu me pegava inventando histórias para as pessoas que havia fotografado”, afirma. Em uma imagem, um casal aparece rigidamente oposto ao outro, dando as

mãos mas mantendo a distância. Em outra, uma mulher velha parece trocar um cigarro por algo com dois jovens. Um briga explode em um restaurante. Um sem-teto acorda confuso de um sonho, em uma rua molhada. Crianças correm atrás de bolas no quintal de um conjunto habitacional. Um idoso tropeça em uma rua movimentada. As fotografias de Last Stop estão invadindo a intimidade deles. Georgiou, sentado à janela, estava muitas vezes “perto suficiente para tocar” a pessoa fotografada, diz. Somente o vidro da janela e a lente da câmera o separavam de seus objetos acidentais. Dramas a distância Há um elemento de voyeurismo nisso, uma certa exploração de momento


A

MOMENTOS De dentro de um ônibus de dois andares o fotógrafo fez várias fotos como essas abaixo. Momentos da vida humana

privados em lugares públicos. “Mas o aspecto de voyeurismo é crucial para a experiência da cidade”, diz. “Em uma cidade, sempre estamos olhando a vida de outras pessoas. Todos fazemos isso, mas esse voyeurismo é o que faz viver em uma cidade algo tão bonito; toda essa humanidade e histórias e dramas sem fim. É por isso que amo a experiência de Londres, esse pequenos e aleatórios encontros, microdramas vistos de longe, deixando que preenchamos os vazios.” O que é surpreendente, diz Georgiou, é o quanto foi intuitivo entender grande parte desses momento. “Com minha câmera, posso congelar esses dramas”, diz. “Mas, ao olhar para trás, todos sabemos o que está acontecendo. Podemos reconhecer a emoção na foto instintivamente.”

Last Stop não é só sobre pessoas. Quando Georgiou se estabelecia no segundo andar do ônibus, ele se permitia ter uma visão mais ampla, situando os microdramas em um contexto maior. Essa triangulação entre retratos da rua, estudos de contexto e a paisagem é um aspecto importante do projeto. “As regras de interação e proximidade estão mudando naquilo que o antropólogo francês Marc Augè chama de ‘não lugares’”, escreve ele na introdução de Last Stop. “Esses espaços públicos são projetados para que as pessoas se movam sozinhas mas sem isolamento, no contexto de uma cidade histórica orgânica com tradições profundas, onde o velho e o novo se entrelaçam.” Após uma campanha bem-suce-

dida de financiamento coletivo, Georgiou publicou Last Stop de forma independente, vendendo cópias pela internet. As fotografias foram publicadas usando uma ferramenta que permite ver as imagens na ordem que a pessoa quiser. Todas as vezes que passamos as páginas, uma nova sequência de imagens é exibida. “Eu queria achar uma forma de me manter fiel à experiência de ver tudo pela janela do ônibus - a possibilidade de descobrir coisas novas ao acaso que existe por trás desses microdramas, de como nos nos acostumamos a dividir espaço com tantas pessoas, tantas vidas separadas e complexas”, diz Georgiou. “Porque eu sou parte desse ritmo e comunidade”, acrescenta. “É minha comunidade, minha segurança, minha casa.” 07.02.2016 |

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TODA SEMANA Minas Gerais

Empresas de BH trocarão 340 ônibus convencionais

RENOVAÇÃO Ônibus de Belo Horizonte serão 100% acessíveis. Foto: Paulo Filgueiras/EM de Minas, como em Divinópolis, na região Estado de Minas | Bruno Freitas centro-oeste do estado. Já há novos veícu Em meio à discussões sobre os los em circulação em linhas como a 101 dois últimos reajustes de tarifa, os quatro (Aglomerado Santa Lúcia) e a 4103 (Apareconsórcios que operam o transporte co- cida/Mangabeiras). letivo por ônibus de Belo Horizonte ren- A renovação dos ônibus convenovarão 11,53% da frota de 2.947 coletivos cionais, segundo o Setra-BH, ocorrerá nas ao longo de 2016. O Sindicato das Empre- garagens de todas as 40 empresas que sas de Transporte de Passageiros de Belo operam o transporte coletivo municipal e Horizonte (Setra-BH) informou que serão “em praticamente todas as 341 linhas”. São incorporados pelas 40 empresas operado- realizadas em média 730 mil viagens/mês, ras 340 ônibus convencionais novos, que percorrendo 14 milhões de quilômetros e substituirão a frota já circulante. A atualiza- transportando 36 milhões de passageiros. ção não inclui os veículos do tipo padron e No fim de janeiro, o Tribunal de articulados do sistema Move, o que possi- Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou bilitaria a implantação de linhas pendentes pedido da Defensoria Pública de Minas do sistema BRT, inaugurado no início de Gerais para suspender o primeiro aumento 2014. de tarifa do ano passado, quando o valor Com a substituição, 100% dos co- médio, da maioria das linhas (perimetrais, letivos da capital mineira passarão a ter diametrais, semi-expressas e também do elevador destinado ao atendimento de Move), foi de R$ 3,10 para R$ 3,40. O úlportadores de necessidades especiais – timo reajuste de tarifa ocorreu em 3 de índice já atingido em cidades do interior janeiro, quando a passagem passou a cu-

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star R$ 3,70. Conforme mostrou o Estado de Minas, a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) prometeu entrar com nova ação civil pública contra o mais recente aumento. Em BH, 80% das linhas se enquadram nas de tarifa de R$ 3,70, 18% nas de tarifa de R$ 2,65 e 2% nas de tarifa de R$ 0,85. Investimento - Cada novo ônibus convencional adquirido terá custo final – após a instalação dos equipamentos e tecnologias –, de cerca de R$ 300 mil. Os valores dos ônibus das linhas do BRT/Move giram em torno de R$ 400 mil, no caso dos ônibus do tipo padron, e de R$ 750 mil nos articulados. O Setra-BH salienta, contudo, que não há haverá inclusão de novos veículos padron e articulados no sistema, em razão da aquisição recente daqueles que se encontram em operação – o que não justifica o adiamento na implantação de linhas pendentes do Move.


Santa Catarina

Ônibus sujos e velhos em Blumenau geram protestos

Diário Catarinense | Notícias A primeira semana de transporte coletivo emergencial em Blumenau foi um duro teste de paciência aos usuários. Dificuldades neste início de operação já eram esperadas tanto pela Viação Piracicabana, responsável pelo serviço, quanto pela prefeitura, mas os problemas ganharam dimensão ainda maior com a enxurrada de reclamações e de imagens do caos do sistema que invadiu veículos de comunicação e redes sociais entre segunda e sexta-feira. O contrato firmado entre a empresa e o poder público previa 190 veículos em operação a partir de segunda – o número ideal é 240. Mas a semana começou com apenas 80 e terminou com 150 coletivos em circulação. Não deu outra: ônibus de menos resultaram em superlotações, uma série de atrasos em horários e nervos à flor da pele entre passageiros. Nem mesmo o fato de as catracas estarem livres de segunda a quinta-feira – a cobrança só começou a ser feita na sexta – amenizou os protestos. A insatisfação foi grande em relação à quantidade de coletivos, mas maior ainda sobre a qualidade deles. A Piracicabana reconhece os problemas e diz estar trabalhando para que os ônibus estejam em melhores condições

na próxima semana. Uma equipe de 48 mecânicos vai se revezar numa força tarefa entre o sábado e segunda – que terá horários de feriado – para trabalhar no conserto de veículos. Vários deles já mexiam nos carros na garagem da Viação Nossa Senhora da Penha, onde parte da frota está estacionada, na tarde de sexta-feira. O diretor jurídico e institucional do Grupo Comporte, Maurício Queiroz, diz que a Piracicabana ainda não contabilizou o número de ônibus que quebraram ao longo desta semana. O executivo alega que o fluxo de contratação de funcionários “não foi como a empresa esperava” já que, segundo ele, houve demora na liberação de ex-funcionários do Consórcio Siga. Esse atraso, ainda conforme Queiroz, prejudicou a admissão de mecânicos para manutenção dos veículos. – Muitos desses ônibus estavam parados em outras cidades – disse o executivo, justificando o porquê dos veículos estarem mais suscetíveis a problemas. A lentidão da rescisão contratual de antigos motoristas do Siga, alega a Piracicabana, também impediu que eles fossem recontratados dentro do prazo estipulado pela empresa. Sem profissionais suficientes para dirigi-los, a quantidade de ônibus que começou a semana rodando acabou sendo menor. O DC tentou contato com o Seterb

para fazer um balanço dessa primeira semana, mas não obteve retorno. Até quinta-feira a Piracicabana havia recrutado 1.050 trabalhadores – 481 motoristas, 490 cobradores e 79 profissionais de manutenção e limpeza. Este é, segundo a empresa, o quadro ideal para que o sistema opere com 190 ônibus a partir de “terça ou quarta-feira”, segundo o diretor jurídico e institucional do Grupo Comporte, Maurício Queiroz, que responde pela Piracicabana. Pelo acordo firmado com a prefeitura, a empresa deve disponibilizar 240 veículos num prazo de até 30 dias a partir do início das operações. Os 50 restantes chegarão a Blumenau nos próximos dias. Esta meia centena de ônibus está rodando em outras cidades onde o grupo já opera e não precisará, segundo o executivo, de grandes manutenções corretivas. Por enquanto novas contratações estão suspensas. A Piracicabana elaborou uma lista de espera de ex-funcionários do Siga, que terão prioridade em futuras admissões. Não há, porém, uma definição da quantidade de mão de obra necessária para o funcionamento do sistema em sua plenitude. A empresa ainda estuda detalhes referentes à logística e itinerários. É esse redesenho do sistema que vai indicar quantas pessoas e ônibus são precisos para operar o transporte coletivo. 07.02.2016 |

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TODA SEMANA Mercado

Vendas de caminhões Volvo usados crescem na internet

Somente em dezembro do ano passado, dez unidades foram adquiridas na rede concessionária após acesso ao site e primeiro contato na internet

Da Volvo | assessoria As vendas de caminhões seminovos Volvo iniciadas pelo site da Volvo estão crescendo, demonstrando a confiança que o transportador brasileiro tem pela marca. Somente em dezembro último, dez caminhões foram adquiridos na Volvo e na rede de concessionárias depois que o usuário encontrou o veículo no endereço www. seminovosvolvo.com.br e fez o primeiro contato pela internet. Na primeira quinzena de janeiro deste ano, seis caminhões usados foram adquiridos a partir do site. “Temos o primeiro e mais completo site de caminhões seminovos de uma montadora no Brasil”, afirma Rogério Kowalski, gerente de Seminovos Volvo Viking. O site Volvo Viking (www.seminovosvolvo. com.br) está no ar desde 2013 e oferece mais de 200 modelos de caminhões seminovos da Volvo e de outras marcas. Aproximadamente 1 mil contatos são feitos mensalmente pela internet. O internauta pode selecionar o

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tipo de caminhão (VM, FH ou NH), a configuração (4x2, 6x2 e 6x4), ver fotos dos veículos e verificar dados como quilometragem, cor, ano de fabricação e localização do caminhão na rede de concessionárias. Depois de verificar qual o caminhão adequado para sua operação, o interessado liga para uma central de atendimento, no telefone gratuito 0800 643 4443. A partir daí os veículos são comercializados por meio de venda direta da fábrica e também através das concessionárias do Grupo espalhadas por todo o País. Kowalski diz que a venda por intermédio do site é uma espécie de vitrine virtual, disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, com todas as informações do caminhão. “Quem compra ganha em agilidade, segurança e tem o conforto de fechar um negócio sem sair de casa”, destaca. “Temos um profissional da fábrica dedicado a este tipo de venda. Isto nos dá mais proximidade com o cliente e muito mais credibilidade com o transportador. É uma tendência de mercado e a Volvo está à frente”, comple-

menta Kowalski. A Volvo foi a pioneira no lançamento de uma estrutura de seminovos de fábrica. O sistema de comercialização de veículos usados da marca está consagrado no mercado brasileiro por causa de sua confiabilidade e das facilidades de negociação. Cerca de 70% dos negócios no site da Volvo são fechados sem os clientes terem visto o caminhão pessoalmente. “Os transportadores confiam no sistema e percebem as vantagens que a grife Viking oferece”, diz Kowalski. Os veículos Viking têm a garantia da procedência e seus principais componentes passam por um rigoroso processo de avaliação, feito por técnicos treinados dentro da fábrica. O caminhão com o selo Viking Plus, por exemplo, tem garantia de um ano para o trem de força e para filtros e óleos e é entregue com rodas e pneus novos. No Viking Plus, o comprador ainda recebe o Certificado de Manutenção Preventiva, garantindo que o veículo recebeu todas as manutenções preventivas, utilizando peças e serviços genuínos.


Mercado

Empresas de Anápolis compram 102 Marcopolo Foram adquiridas três configurações do Marcopolo Torino, sendo que uma delas é piso baixo com ar condicionado; Primeiras unidades já circulam

Da Marcopolo | assessoria O Consórcio UrbAN - MOBILIDADE URBANA DE ANÁPOLIS, operador do sistema de transporte urbano, adquiriu 102 ônibus da Marcopolo. Os veículos, do modelo Torino, serão incorporados às frotas das empresas São José do Tocantins e VIACAP e utilizados na cidade de Anápolis, em Goiás. O UrbAN fechou acordo com a prefeitura de Anápolis para operar o transporte coletivo da cidade pelos próximos 15 anos, podendo ser renovado por mais 15 anos. As primeiras 58 unidades começaram a operar no final de novembro. O modelo Torino é ideal para o transporte urbano e proporciona conforto e segurança para os passageiros. As 102 unidades fornecidas têm

três diferentes configurações, com capacidade para 79 passageiros (38 sentados) e 80 passageiros (39 sentados), poltronas de encosto alto, portas eletropneumáticas e sistema multiplex. Desses, 65 ônibus possuem elevador semi-automático, 19 são equipados com elevador semi-automático e sistema de ar-condicionado, e os 18 restantes possuem sistema de ar-condicionado. Com 30 anos de história e mais de 100 mil unidades produzidas, o Torino é o modelo urbano mais bem-sucedido em toda a história da indústria brasileira do ônibus. Foi concebido para oferecer conforto e segurança para os passageiros, menor custo operacional e de manutenção para o operador, além de mais ergonomia e praticidade para motorista e cobrador. O Torino apresenta visual moderno

e tecnologia aplicada a favor da funcionalidade, com sistema multiplex redesenhado e painel de instrumentos com tela colorida de LCD de 3,5 polegadas. Também conta com iluminação interna em LEDs, novos conjuntos ópticos frontal e traseiro que incluem luz diurna, que agrega mais segurança no trânsito urbano. O veículo oferece mais conforto, com maior largura interna e amplo espaço para circulação dos passageiros e nova decoração. As poltronas são ergonômicas urbanas estofadas com encosto alto. Outra inovação é o sistema de campainha com acionamento de chamada de parada por botão (sem fio). O modelo dispõe ainda de poltronas preferenciais para idosos, gestantes e/ou deficientes, elevador semiautomático e espaço dedicado para cadeirantes. 07.02.2016 |

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COLUNAS

NOSSO TRANSPORTE ADAMO BAZANI | adamobus@gmail.com

Especialistas reúnem os dez maiores mitos sobre trânsito e transportes em todo o mundo Segundo site internacional que reúne engenheiros e arquitetos se, por exemplo, houver oferta de transporte coletivo num local sem restrição para os carros, logo o trânsito vai piorar novamente Se de doutor e técnico de futebol todo mundo tem um pouco, ultimamente também cada um tem dado o seu pitaco nos assuntos relacionados à mobilidade. E isso é muito bom, afinal é importante discutir as cidades e como se movimentar de maneira eficiente e humana nelas. No entanto, também existem muitos mitos em relação ao trânsito que acabam prejudicando o debate. Por isso que o site CityLab, que reúne especialistas e estudiosos em mobilidade urbana de diversas partes do mundo, trouxe uma relação dos dez principais equívocos quando se fala em trânsito e transportes. Muitos destes equívocos ocorrem por desconhecimento mesmo e outros são de uma maneira sorrateira espalhados para ainda se privilegiar em todo mundo a cultura do carro como principal elemento do transporte. Vale lembrar que o carro não pode ser visto como vilão, mas é o excesso de veículos ao mesmo tempo em deslocamentos rotineiros e o seu uso descontrolado que é o principal problema em relação à poluição e congestionamento nas cidades. A relação foi escrita por Constanza Martínez Gaete e a tradução é de Camilla Sbeghen para o site ArchDaily. Você sabia, por exemplo, que de acordo com os estudos não adianta investir somente em transporte público de qualidade sem depois de fazer isso restringir uso do carro de alguma maneira naquele local servido pela nova rede de transporte, seja metrô ou corredor de ônibus? Isso porque, o espaço liberado pelas pessoas que optaram pelo transporte coletivo deixando os seus veículos nas garagens vai ser ocupado por outras pessoas com carro. Outro dado curioso é que é a falsa a premissa de quanto mais larga a faixa de rolamento numa via, mais seguro será o trânsito mesmo com as motos passando no meio. Outra constatação dos estudos: ciclovia não piora o tráfego de veículos. Confira a relação: 1. “Mais rodovias significa menos tráfego” A demanda induzida é uma teoria que considera que enquanto existam mais vias para automóveis, mais pessoas terão que usar este meio de transporte, pensan-

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do que as ruas e rodovias estarão descongestionadas. Entretanto, na prática, ocorre o contrário, porque uma maior quantidade de vias induz a usar mais o automóvel. Sobre esta teoria, o artigo do Citylab apresenta-se da seguinte forma: se em uma pista existem 100 automóveis e é construída uma segunda, se poderia pensar que ficariam 50 em cada uma, mas ao longo do prazo o que ocorre é que estas vias serão vistas como uma nova opção de rota para os outros automobilistas. 2. “Mais trânsito significa menos tráfego” Quando se anuncia um novo sistema de transporte público, a ideia inicial é que mais habitantes tenham alternativas ao fazerem seus trajetos diários. No entanto, o espaço que é liberado por quem realmente deixa seus automóveis em suas casas e utiliza os ônibus públicos ou metrô, é visto por outros condutores como um novo lugar para circular, o que desemboca em um congestionamento permanente nas ruas. Por este motivo, o artigo considera adequado que quando é anunciado um novo sistema de transporte público se complemente com a aplicação de taxas de congestionamento, para desincentivar o fato de que mais pessoas utilizem o automóvel. 3. “As ciclovias pioram o tráfego” Ao redor do mundo, são várias as cidades que estão eliminando os estacionamentos para automóveis nas ruas ou em vez de destinar uma certa quantidade de pistas aos veículos, habilitam ciclovias no seu lugar. Exemplos disso são os projetos que foram implementados em Chicago, Montreal e Santiago. Um caso que o site Citylab faz referência é o que fez Nova Iorque, especificamente nas avenidas Columbus e na Oitava. Em ambas, passou-se de cinco pistas para automóveis a quatro, que são mais estreitas, e implementou-se uma ciclovia junto com um espaço de segurança. Com isso, em vez de aumentar o congestionamento, o que aconteceu foi reduzir os tempos os deslocamentos de 35% e 14%, respectivamente. 4. “Uma avenida grande é mais segura”

Em várias cidades canadenses e estadunidenses, a maioria das pistas para automóveis estão desenhadas com uma largura de 3,6 metros, já que a percepção apontada há décadas que se os espaços para transitar eram mais largos, se tornavam mais seguros e os condutores poderiam manobrar melhor. No entanto, pesquisas mais recentes demostraram que esta percepção está errada, devido a que induz os motoristas a conduzir mais rápido, fazendo com que o lugar para todos os usuários do espaço viário seja mais inseguro. Um desses estudos foi o que fez o engenheiro civil Dewan Masud Karim que avaliou dezenas de intersecções de Tóquio e Toronto, onde as larguras das pistas são de 3,1 metros e 3,2 metros, respectivamente. Apesar da diferença de dimensões ser pequena, isso influencia notoriamente nas consequências, já que o estudo afirmou que nos cruzamentos da cidade canadense os automóveis conduziam a velocidades 34% maiores em comparação com Tóquio. 5. “A pista ao lado vai mais rápido” Quando os condutores estão em um engarrafamento tendem a pensar que a pista do lado sempre anda mais rápido, por isso, tentam trocar de filas constantemente. De fato, este movimento é muito comum, em média, a cada dois quilômetros, o que acaba por tomar mais tempo ainda. 6. “Má condução” Para alguns, quando existe um engarrafamento na rua se deve ao fato de que os condutores que ali se encontram não sabem conduzir. Este mito é esclarecido pelo artigo de Citylab mencionando que cada movimento impreciso durante a condução gera uma “onda de choque” que desemboca em um efeito dominó de congestionamento através das ruas ou rodovias. 7. “É preciso retirar muitos automóveis das rodovias para reduzir o congestionamento” Durante os dias que antecederam a visita do Papa Francisco a várias cidades dos Estados Unidos, os departamentos de transporte de cada uma e os meios de comunicação anunciaram as interrupções de


trânsito que aconteceriam. Diferentemente do congestionamento que era previsto, não houve episódios de grande magnitude, pelo contrário, as ruas estiveram mais vazias. de fato, enquanto o Papa esteve em Washigton, o tráfego de veículos motorizados diminuiu 5% e as rodovias reduziram o congestionamento em até 27% durante os horários de pico. Por que isso aconteceu? Segundo publica Citylab, isso aconteceu pelo aviso prévio feitos aos funcionários públicos e os meios de comunicação. Imaginem os efeitos que isso traria para as cidades se fosse anunciado diariamente? 8. “Eliminar uma rodovia urbana pode de ser um pesadelo para o tráfego” O anúncio da construção de uma rodovia ainda é visto, por alguns, como uma solução para o congestionamento viário. Entretanto, a tendência que está se multiplicando em algumas cidades e que demostrou efeitos positivos nesse tema é que em vez de implementar mais destas infraestruturas, os lugares onde foram feitas está sendo devolvido aos pedestres e

aos meios sustentáveis de mobilidade. A razão? Simples. Não fomentar mais o uso de veículos motorizados nas cidades e com isso evitar as desvantagens que traz para os habitantes, ao meio-ambiente e claro, ao congestionamento das ruas. São muitos os casos deste tipo ao redor do mundo e começaram a ser desenvolvidos há vários anos, ou até mesmo décadas. Por exemplo, em 1974, a cidade estadunidense de Portland decidiu demolir a rodovia Harbor Drive para construir o atual Parque Tom McCall. Em Cheonggyecheon, Seul, também se demoliu uma rodovia para construir um parque, o que permitiu recuperar um canal subterrâneo para ‘privilegiar’ a passagem de veículos. Ou seja se havia decidido deixar para trás um entorno natural no meio da cidade para convertê-lo em um lugar congestionado. O positivo, tanto para os habitantes quanto para o meio-ambiente, foi que ele se transformou em um novo espaço público. Se quiser conhecer mais casos deste gênero, lhe convidamos a ler nosso artigo “6 cidades que substituíram suas

rodovias por parques urbanos”. 9. “O preço do combustível não é um inconveniente” Por muito convenientes que possam parecer os preços baixos dos combustíveis, não se pode esquecer que trazem consigo outros inconvenientes. Neste caso, são sociais e correspondem ao fato de serem um elemento presente no congestionamento atmosférico, o congestionamento viários e as vítimas nos acidentes viários. 10. “Os condutores arcam com a totalidade do custo de manutenção” Erroneamente, parte dos automobilistas acreditam que pagar as as taxas de circulação, lhes confere maior direitos de uso do espaço viário porque são eles quem pagam a manutenção de infraestrutura viária. No EUA a situação foi assim até que entrou em vigência o projeto de Lei de Rodovias Federais que indica que em vez de aumentar o imposto dos combustíveis, se teve que recorrer aos outros fundos públicos para financiar a manutenção das rodovias, o que o Citylab descreve que “fez com que a situação fosse ainda pior”. 07.02.2016 |

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SÉRGIO CARVALHO Marcopolo Paradiso G7 1050 Litorânea, em São Paulo/SP



DEU NA IMPRENSA

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RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Uruguai inaugura ponte circular em Laguna Garzón

Do site | notícias Em 22 de dezembro de 2015, o Uruguai inaugurou uma ponte que se destaca pela sua engenharia circular sobre a Laguna Garzón, unindo a costa da cidade de Maldonado com um lugar chamado de Rocha.

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Anteriormente à obra, projetada pelo arquiteto uruguaio Rafael Viñoly, a população somente podia fazer a travessia de jangada. A obra custou cerca de US$ 12 milhões. A ponte possui 323 metros de comprimento e 51,5 de largura e permite o tráfego de veículos, bicicleta ou mesmo

a pé. O formato circular da ponte foi escolhido por várias razões, especialmente pela redução do número de acidentes em razão da menor velocidade para fazer a curva. A expectativa é de que a nova ponte contribua para o desenvolvimento da região, bem como do turismo.


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Volkswagen Truck & Bus reforça confiança no país

Do site | notícias Para Andreas Renschler, CEO da Volkswagen Truck & Bus, o negócio de veículos comerciais é altamente cíclico e está sujeito a flutuações ainda maiores em economias emergentes. “Os mercados sulamericanos nos trouxeram grandes alegrias no passado – e o farão novamente no futuro. Tenho certeza disso”, garante o executivo. “O Brasil é e continuará sendo um dos nossos mais importantes mercados em expansão”, completa. Após a declaração do mais alto executivo da Volkswagen Truck & Bus, o

presidente da MAN Latin America, Roberto Cortes, mosrou-se satisfeito com o reconhecimento às contribuições do mercado latino. “Essa é uma demonstração de confiança da holding no Brasil e na América Latina. Mesmo diante das condições desafiadoras da indústria, mantemos nossos planos de investimento na região e defendemos nossa posição de liderança”, destaca. Em 2015, a MAN Latin America, que representa as marcas Volkswagen e MAN, garantiu à holding Volkswagen Truck & Bus a liderança no mercado de caminhões no Brasil pelo 13º ano consecutivo, apesar do momento difícil pelo qual passa o seg-

mento. No período, a montadora comercializou 19.543 caminhões e 3.659 chassis de ônibus, segundo dados da Anfavea (Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores). “No ano passado, a demanda por veículos comerciais teve uma queda drástica devido à crise econômica no Brasil. O fato de que os nossos colegas do Brasil conseguiram defender sua posição como líderes do mercado neste ambiente extremamente inóspito é um resultado brilhante. E isso serve para mostrar que nós oferecemos os produtos certos para os nossos clientes da América Latina”, finaliza Renschler. 07.02.2016 |

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DEU NA IMPRENSA Transpo Online

Artigo: Os prejuízos crescem com o frete em queda livre Do site | por José Augusto Dantas A cada pesquisa sobre o valor do frete no Brasil, a NTC&Logística constata uma enorme defasagem praticada no preço médio, prejudicando a rentabilidade operacional das transportadoras e, especialmente, dos caminhoneiros autônomos e micro empresas do setor. Mesmo que não fechem o mês no vermelho, os profissionais do setor observam a margem de lucro suprimida e a capacidade de investimento na manutenção e modernização da frota circulante é praticamente anulada. Para José Augusto Dantas, diretor da empresa Lucrei no Frete e especialista em transportes, para que a atividade seja saudável, o faturamento precisa cobrir todos os custos, gerar lucro e capacidade de investimento para o futuro. “Isso é básico da economia. O lucro é o objetivo de qualquer empresa”, diz. Dessa vez, a pesquisa, que contemplou mais de 300 empresas do setor de transporte rodoviário de cargas em todo o Brasil, constatou uma diferença de 12,9% entre os fretes praticados no mercado e os custos efetivos da atividade. Embora o número seja menor do que o mesmo período de 2014, quando acumulou 14,11% de defasagem, ainda representa um aumento com relação à última pesquisa realizada em agosto de 2015, quando registrou um déficit de 10,14%. “Trabalhar com frete que não permita cobrir os custos implica no fechamento de empresas, seja por falência ou desistência; no sucateamento da frota, já que as empresas não têm dinheiro para renovar a frota; falta de interesse de investidores; queda nos benefícios pagos aos empregados do setor; e queda nos investimentos que o setor necessita”, alerta Dantas. O levantamento foi realizado pelo Departamento de Custos Operacionais, Estudos Técnicos e Econômicos da NTC&Logística (DECOPE) também constatou que 75,8% dos transportadores apresentaram queda no desempenho financeiro de 0,1% a 10% durante o ano de 2015. A pesquisa ainda aponta que 83,6% dos empresários não recebem fretes em dia e 78% dos entrevistados estão pessimistas com o ano de 2016, não esperando nenhum crescimento e até diminuição de mercado.

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Para Dantas, essa situação pode virar uma bola de neve e repercutir em outros problemas. “É péssimo, já que esta prática quebra o fluxo de caixa das empresas, e em muitas vezes, acaba em ‘efeito dominó’, atingindo os empregados com atrasos nos salários e fornecedores, que também acabam não recebendo em dia. Muitas empresas são forçadas a buscar um apoio financeiro nos bancos, sendo penalizadas com os juros e encargos abusivos praticados no Brasil”, analisa. Segundo a NTC, a defasagem no frete tem sua origem tanto no acúmulo das defasagens ao longo dos anos quanto na inflação dos insumos que compõem os custos, com o combustível e a mão de obra liderando o ranking. Fora isso, o desconhecimento de todos os custos que devem ser considerados no cálculo também pesa na conta, de acordo com a pesquisa. Por exemplo, 68,4% dos transportadores de carga fracionada desconhecem ou não cobram a TRT, Taxa de Restrição de Trânsito. A NTC também apresentou o estudo realizado pelo DECOPE sobre a variação

média do INCT-F (Índice Nacional do Custo do Transporte de Carga – Fracionada e Lotação) e INCT-L (Índice Nacional do Custo do Transporte de Carga – Fracionada e Lotação), que apresentaram reajustes 9,46% e 9,01% em 2015, respectivamente. Entre os principais insumos, o óleo diesel teve aumento de 13,49% nos últimos 12 meses, e o salário de motoristas contabilizou 9% de aumento. Atualmente, o mercado já conta com ferramentas para orientar especialmente os autônomos e os pequenos frotistas em como cobrar um frete justo, considerando custos fixos e variáveis que devem ser apontados no momento de calcular um determinado frete. O site Lucrei no Frete, por exemplo, faz essa indicação com precisão, pois contempla em sua matriz de cálculos os gastos de pneus, combustível, pedágio, entre outros itens fundamentais para que a atividade de transporte seja um empreendimento financeiramente saudável ao proprietário do caminhão. * José Augusto Dantas é diretor da empresa Lucrei no Frete e especialista em transportes


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Duplaquímica fecha a compra de seis novos MAN TGX 28.440 Do site | notícias A Duplaquímica, transportadora de produtos líquidos perigosos, ampliou a sua frota de caminhões MAN TGX 28.440 6×2 com a aquisição de mais seis veículos, somando 12 unidades deste modelo. Com sede instalada em Caçador (SC), a empresa transporta produtos químicos corrosivos como ácido sulfúrico e soda cáustica líquida em carretas tipo tanque em inox e composições Vanderleia ou rodotrem por todo o Brasil países da América do Sul, percorrendo cerca 12.000 quilômetros em média mensalmente por veículo. Os modelos foram adquiridos junto do contrato de manutenção MAN Service, que será prestado pela concessionária Breitkopf, que representa a marca em Caçador. “Sou um entusiasta dos caminhões Volkswagen, presentes na minha frota

há mais de quinze anos, quando iniciamos as atividades”, disse Aníbal Padilha, diretor da Duplaquímica. “São muitas as exigências para realizar esse tipo de transporte,

que demanda uma série de certificações. O caminhão tem de ser robusto e extremamente confiável e o TGX nos atendeu muito bem”, completou.

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Minas Gerais licita e compra 417 micros do Caminho da Escola Do site | notícias

Recentemente, a Iveco Bus conquistou mais uma licitação do Governo de Minas Gerais que prevê a comercialização de 417 micro-ônibus, através do programa federal Caminho da Escola, para aplicação no transporte escolar em cidades mineiras. Equipados com chassis do modelo 70C17, os veículos poderão transportar até 29 alunos. O chassi 70C17 conta com motor FPT Industrial F1C de 3 litros, injeção eletrônica tipo common-rail, 4 cilindros em linha e 16 válvulas, totalizando 170 cv, o mais potente da categoria. Equipado ainda com a tradicional tecnologia Iveco EGR, que tem como objetivo reduzir as emissões, o sistema é o único do segmento que dispensa o uso do Arla 32. “Além de um trabalho para superar as expectativas do cliente, a concretização do negócio é resultado do esforço de todo o time”, afirma Ricardo França, gerente Comercial da Iveco Bus. 07.02.2016 |

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Mais problemas

Desta vez, a VB não foi a única a receber os holofotes da imprensa campineira

Fábio Tanniguchi |

fabiott@portalinterbuss.com.br

A situação de crise no transporte campineiro ainda está longe de uma solução efetiva. Nas últimas duas semanas, a VB não foi a única empresa operadora do Sistema InterCamp a receber os holofotes da imprensa campineira. No dia 26 de janeiro, a EPTV, afiliada da Rede Globo, noticiou um tumulto na Estação de Transferência Moraes Sales, no Corredor Central. Segundo relatos de usuários do transporte, a linha 396 (Sousas até Jd. Botânico / Rodoviária) estava com intervalos de mais de uma hora. No horário de pico, os veículos da Coletivos Padova deveriam passar a cada 23 minutos. Quando um veículo da linha finalmente chegou na estação, nem todos conseguiram embarcar e quem ficou para fora bloqueou a saída do veículo em protesto. A Guarda Municipal, que tem sede do lado oposto da estação, interveio e conseguiu a liberação do veículo. Um agente de transporte da Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas) decidiu, em meio a toda a confusão, remanejar dois veículos da Cotalcamp, uma das cooperativas da área 3. Se alguém imaginava que a falta de carros nas linhas da Padova seria um problema pontual, a situação se repetiu várias vezes até o fechamento desta coluna. Durante a última semana, a Emdec chegou ao ponto de remanejar dois veículos da VB3 para as linhas da empresa. Não custa lembrar que a Padova ainda possui veículos ano 2004, sendo atualmente os mais velhos de todo o Sistema InterCamp. A idade máxima, teoricamente, permitida é de 10 anos para veículos convencionais, como esses veículos em questão. De qualquer forma, é uma situação preocupante, considerando que a Coletivos Padova vem da antiga Bortolotto. Juntas, somam tranquilamente mais de 50 anos de operação na região do distrito de Sousas, em uma história marcada pela superação

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de diversos cenários, sempre prestando o serviço à população com grande comprometimento. No dia 27 de janeiro, houve problemas nas linhas metropolitanas de Hortolândia e de Monte Mor. Nenhum ônibus saiu das garagens da Viação Boa Vista nas duas cidades. Foram paralisados ainda os veículos municipais das duas cidades, operados por Viação Lira e Rápido Luxo Campinas, respectivamente. Os motoristas alegaram que não haviam recebido o vale-alimentação e o adiantamento salarial, prometidos para o dia 20. No final do dia, a empresa pagou as duas obrigações e as operações voltaram apenas no dia 28. Por fim, na última quarta-feira, 3 de fevereiro, os veículos da VB1 (garagem da VB da região azul-clara) saíram com atraso. Segundo os funcionários, o vale-alimentação ainda não havia sido pago, sendo que a data prometida era o dia 1º. Os veículos começaram a sair da garagem antes das 8h, mas a operação foi normalizada apenas no final da manhã. A empresa prometeu pagar o benefício até o dia 5. Enfim, Campinas segue, agora em ritmo mais ameno, sofrendo com problemas no transporte público. No caso da Coletivos Padova, espanta a que ponto chegou a empresa, já que, historicamente, era a que menos tinha problemas. O desfalque

de linhas, que normalmente são demoradas, não condiz com a imagem construída junto à população dos distritos de Sousas e Joaquim Egídio desde a empresa Bortolotto. Houve rumores de que um dos veículos da operação emergencial se desvirtuou da linha indicada pelo agente da Emdec e acabou fazendo a linha principal dos dois distritos. Evidentemente que há uma falha na fiscalização da Emdec, mas o foco de todos os problemas ali foi a precariedade da operação feita pela Coletivos Padova. Os problemas no sistema metropolitano continuam evidenciando a falta de capacidade de ação da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), do Governo do Estado de São Paulo. Não houve um veículo sequer fazendo operação emergencial para Hortolândia ou Monte Mor. Talvez falte efetivo da EMTU na região metropolitana, pois é raríssimo encontrar qualquer tipo de fiscalização ou de acompanhamento da operação. No mínimo, parece faltar boa vontade. Quanto à paralisação de algumas horas na VB1, faltam palavras para comentar o ocorrido, uma vez que a cada coluna nesta seção se tem falado praticamente a mesma coisa. Estariam os problemas de hoje apenas anunciando o que virá no decorrer de 2016? Veremos.


Emdec promove seminário sobre mobilidade

Resultados dos estudos do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) também foram apresentados

Fábio Tanniguchi |

fabiott@portalinterbuss.com.br

Nos dias 27 e 28 de janeiro, a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) realizou dois eventos que finalizaram os estudos do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) que irão nortear um futuro Plano de Mobilidade Urbana para Campinas. No primeiro dia, foi realizado o seminário “Os desafios da mobilidade urbana”, que contou com palestras do WBCSD, da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, da Emdec, da Secretaria de Planejamento, da chinesa BYD, da Pirelli, do WRI Brasil, da BHTrans, da SPTrans, da Secretaria de Transportes de Buenos Aires, da Mercedes-Benz do Brasil, da Renault e do Itaú. O evento ocorreu no Hotel Vitória. No segundo dia, o WBCSD e a Prefeitura de Campinas apresentaram o estudo de mobilidade urbana. A organização iniciou os trabalhos em 2014 e, dentre as etapas, ocorreu a pesquisa de mobilidade que foi divulgada aos munícipes. Dentre as ações apontadas pelo es-

tudo estão: • melhorar a integração entre os modais do transporte público; • melhorar as condições de trânsito hoje e amanhã; • apoiar a implantação dos corredores BRT (Bus Rapid Transit) Ouro Verde, Campo Grande e Perimetral; • prosseguir com os estudos para implantação de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), com início de construção previsto para 2018; • organização de sistema alimentador do transporte; • oferecimento de serviços integrados nos terminais do transporte público; • melhorias na qualidade das paradas de ônibus; • prioridade ao transporte público nas vias; • implantação de sistema público de bicicletas; • implantação de sistema de car-sharing (carros compartilhados); • incentivos à carona solidária. Todas as medidas apontadas pelo estudo seriam muito bem-vindas. A própria elaboração de um Plano de Mobilidade Urbana será benéfica para a cidade, que ainda

não tinha um plano macro sobre esse assunto. Aliás, mais do que benéfica, a elaboração do plano é uma obrigação pelas diretrizes nacionais de mobilidade urbana. Vale lembrar que ações como a criação de faixas exclusivas e a organização de sistemas alimentadores do transporte são baratas e de grande impacto positivo para quem usa o transporte público. São Paulo, sem dúvida, é um exemplo de aplicação desses dois conceitos. A presença do Itaú falando sobre bike-sharing no seminário demonstra o interesse da instituição em participar da implantação desse tipo de sistema. Basta um pouco de visão da Emdec e da Prefeitura de Campinas para conseguir dar um empurrãozinho a essa realização. Quanto aos corredores BRT, a cidade continua no aguardo da licitação do projeto executivo e das obras. No início, o processo era prometido para até o final de 2015. Depois, foi falado que seria em janeiro. Daqui a pouco é capaz de ficar para 2017. O maior obstáculo para a melhoria da mobilidade urbana em Campinas, no momento, é o próprio Poder Público, que precisa provar que sabe ir além do projeto no papel.

Emdec apresenta estudo sobre modelo tarifário

Estudo foi realizado pela Unicamp e aponta caminhos para a próxima licitação

Fábio Tanniguchi |

fabiott@portalinterbuss.com.br

Na última quarta-feira, dia 3, foi apresentado um estudo sobre a planilha de custos do transporte público de Campinas. O trabalho foi encomendado pela Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) e realizado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O professor Miguel Juan Bacic, do Núcleo de Economia Social, Regional e Urbana (NESUR) da Unicamp, apontou que a atual gestão é consistente com o contrato em vigor. Entretanto, foram propostas diversas medidas a serem tomadas na próxima licitação, que deverá ocorrer em breve, uma vez que a última licitação foi anulada pelo Tribunal de Contas

do Estado. Dentre as propostas, estão: • venda e operação da bilhetagem a cargo do Poder Público ou de uma concessionária contratada exclusivamente para essa finalidade; • concessão do transporte para Sociedades de Propósito Específico (SPEs), isolando o caixa e a gestão da operação na cidade; • adoção ou desenvolvimento de um software que permita à Emdec, em tempo real, o acesso às informações gerenciais da operação das empresas; • revisão dos parâmetros do contrato a cada 3 anos, para empresas e cooperativas. Dessa forma, o estudo da Unicamp traz algumas lições que, por exemplo, São Paulo pretende colocar em prática na próxima licitação.

Outras lições são velhas, como a separação das empresas de ônibus do controle da bilhetagem. Se, por um lado, a gestão da Transurc trouxe facilidades como a emissão do Bilhete Único na hora, por outro, acaba sendo uma caixa preta. A bilhetagem é parte essencial do controle do sistema de transportes, pois sua gestão permite criar instrumentos mais efetivos para garantir o equilíbrio econômico-financeiro. Agora cabe à Emdec colocar as lições em prática na elaboração do edital do sistema de transporte público, previsto ainda para este ano. Não será um processo fácil, pois as empresas deverão recorrer na Justiça até a última instância para barrarem a ação do Tribunal de Contas. Pode ser uma novela ainda mais litigiosa que a licitação de Porto Alegre. 07.02.2016 |

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Uber inicia operação em Campinas UberX começou na cidade no dia 27 e Prefeitura trata como clandestino Fábio Tanniguchi |

fabiott@portalinterbuss.com.br

No dia 27 de janeiro, a Uber iniciou suas operações em Campinas. Trata-se da primeira cidade que não é capital a receber os serviços da empresa. Inicialmente, a cidade contará apenas com a categoria uberX, com veículos mais simples e tarifas módicas. Em reportagem do jornal Correio Popular, foi realizada uma corrida com o uberX da gráfica do jornal, na Vila Industrial, até o Aeroporto de Viracopos. Custou R$ 32,30. A volta foi feita de táxi e saiu R$ 60,00. Fica evidente a grande diferença de preço a favor do serviço da Uber. Mesmo sendo mais barato, para oferecer o serviço uberX, o motorista precisa atender uma série de requisitos, como possuir seguro com cobertura específica para o transporte pelo aplicativo, certidão de antecedentes criminais, atestado de antecedentes criminais e, principalmente, veículo dentro das especificações. Os veículos devem possuir 4 portas, ar condicionado e estar dentre os modelos aceitos. A lista exclui veículos com espaço traseiro pequeno ou com fama de veículo popular. O sistema de avaliação do app

incentiva o motorista a prestar o melhor serviço possível, oferecendo mimos como água e bala. Atendendo às pressões do sindicato dos taxistas, a Prefeitura de Campinas, por meio da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), considera o serviço da Uber clandestino e lançou uma campanha contra o app. Com apoio da Guarda Municipal, nove veículos que prestam serviço pelo aplicativo foram recolhidos até o fechamento desta edição. A forma de abordagem é questionável, pois o guarda municipal pede o aparelho de celular do motorista para verificar se ele usa o aplicativo UberPartner. Entretanto, desde quando ter um aplicativo pode ser indício de flagrante de transporte clandestino? E onde já se viu um flagrante de transporte clandestino sem passageiro? Veículos já foram guinchados apenas pelo fato do motorista ter o aplicativo UberPartner, sendo que sequer havia passageiros no momento. Indo mais além, com base no que o serviço da Uber é clandestino? Cabe a reflexão de que o serviço da Uber é diferente do táxi. Enquanto este presta o transporte individual público, a Uber oferece o transporte individual privado, que existe há muito tempo e é oferecido por empresas de

fretamento e por empresas específicas de transporte executivo. A realidade é que a Uber se torna alvo dos taxistas simplesmente pela sua magnitude diante das empresas de transporte executivo, muitas delas com taxistas como sócios. Se fosse apenas mais uma empresa comum e pequena, iria operar normalmente. A Prefeitura está fazendo toda a ofensiva esperando o quê? Em pesquisas realizadas pela imprensa em seus sites, a grande maioria dos internautas é a favor da Uber em Campinas. Caso a Prefeitura esteja privilegiando a categoria dos taxistas, essa atitude pode se tornar um tiro no pé. Enquanto faz toda uma ofensiva contra um serviço apoiado por parte significativa da população, problemas no transporte público ocorrem diariamente e pouco é feito. Dois pesos, duas medidas. E que podem custar caro. A Câmara Municipal irá votar após o Carnaval o projeto de lei que proíbe o serviço da Uber. O projeto é do vereador Jairson Canário (SD). Apesar da pressão dos taxistas, há o início de um movimento a favor da regulamentação do serviço prestado pelo aplicativo, encabeçado pelo vereador Rafa Zimbaldi (PP).

VB se compromete a pagar salários...

...mas diz que só será possível evitar totalmente os atrasos quando a tarifa estiver a R$ 4,21

Fábio Tanniguchi |

fabiott@portalinterbuss.com.br

No dia 1º de fevereiro, o Ministério Público do Trabalho (MPT) realizou, em Campinas, uma reunião com a VB Transportes, o Sindicato dos Rodoviários e a Prefeitura de Campinas. A audiência tinha como objetivo permitir que a empresa explicasse os motivos dos atrasos nos pagamentos de salários e benefícios. Segundo a advogada que repre-

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sentou a VB, os atrasos são causados pela crise econômica e pela tarifa insuficiente. A empresa alega que a tarifa técnica calculada é de R$ 4,21, bem superior aos atuais R$ 3,80. O MPT deu prazo de dez dias para a Prefeitura apontar que medidas tomou e quais irá tomar para evitar que os atrasos nos pagamentos dos funcionários da VB continuem ocorrendo. Além disso, a procuradora Cata-

rina Von Zuben pediu para que a VB avise com antecedência sobre os atrasos nos pagamentos, para que os trabalhadores e a própria população consigam se programar. É evidente que esta é apenas uma tentativa do MPT em buscar uma solução pacífica para todas as partes envolvidas. Entretanto, caso os atrasos nos pagamentos dos funcionários continuem a ocorrer, espera-se que sejam tomadas medidas mais drásticas. Veremos se elas serão necessárias.


COLUNAS

CIRCULANDO

JOSÉ EUVILÁSIO SALES BEZERRA | salim.sales@gmail.com

Ponto sem linhas

Falta de informação faz com que passageiros percam tempo em ponto que quase não conta com linhas Um dos problemas de nosso sistema de transporte paulistano está na sinalização dos pontos. É verdade que as novas coberturas deram uma melhorada na indicação. No entanto, a informação sobre quais linhas atendem os pontos ainda é falha. E, principalmente, de quais linhas não passam. Há alguns anos, o ponto de ônibus da Rua Domingos de Moraes, 2565, sentido centro, foi desmembrado em dois: um antes da Rua Loefgreen (o ponto 1) e o próprio ponto do número 2565 (chamado ponto 3, já que o 2 fica na Rua Loefgreen, que cruza a Domingos). Alguns meses depois, a maioria das linhas que paravam no ponto 3 foram transferidas para o ponto 1 por conta do início das obras do Metrô, alguns metros adiante. No ponto 3 ficaram apenas as linhas 375V/10 Metrô Tamamduateí-Metrô Santa Cruz, 4714/10 Jd. São Savério-Metrô Santa Cruz e 5103/21 Terminal SacomãMetrô Santa Cruz. O tempo foi passando e a linha 375V/10 deixou de atender o Metrô Santa Cruz e a 4714/10 foi extinta. Desde então, apenas a 5103/21 continuou atendendo aquele ponto, mas somente nos dias úteis. Em janeiro de 2015 a 5103/21 passou a atender apenas nos horários de pico dos dias úteis. Ou seja, na maior parte do tempo o ponto está ocioso. E aí é que está o problema. O ponto é chamativo, grande, com três painéis de anúncio, duas proteções de vidro e um totem onde está o adesivo onde fica a lista de linhas que passa pelo ponto - onde só tem a denominação da 5103/21, de forma discreta – pra não falar quase que escondido. E ele está ali há anos. Por todas essas características, não é raro que pessoas desavisadas fiquem um tempo naquele ponto até perceberem que ali não para linha nenhuma. Outro dia mesmo, quando estávamos próximos a ele para registrar algumas fotos para este texto, vimos que um casal ficou ali parado aguardando uma linha, já que no outro ponto ela não passava – e não passava porque a linha deixou de atender aos finais de semana. Já que o poder público pouco faz para mudar a situação, na semana retrasada flagramos um aviso deixado por alguém de que a única linha que passa por ali atende somente em horários de pico. A maneira como foi escrita não ajuda muito

CHAMATIVO Ponto grande e chamativo mas que passa a maior parte do tempo ocioso

AUXÍLIO Se o poder público não faz a sua parte, o cidadão tenta ajudar o próximo... mas, já que o poder público, que é quem deveria zelar por uma melhor informação

no ponto, não o faz, o cidadão, dentro de suas limitações, tenta ajudar como pode. 07.02.2016 |

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A entrada da Viação Piracicabana em Blumenau

O início das operações da Viação Piracicabana em Blumenau deram o que falar nas redes sociais e nos fóruns especializados em transporte. Os vários ônibus que vieram de quase todas as regionais ontem a empresa opera chamaram a atenção dos colecionadores de todo o Brasil. Os veículos, todos usados, já estão circulando pela cidade há exatamente uma semana. 26 interbuss | 07.02.2016

Iury Mello | Caio Millennium MBB O-50

A cassação das lin Serra Azul, do Gru

Na semana passada, a ANTT publicou todas as linhas da empresa Serra Azul, Eucatur, e que operava na região Norte operando todos os trechos que foram assunto deu o que falar nas redes socia em transporte e também nos sites espe


DICA DE COMUNIDADE

Grande Rio Bus

https://www.facebook.com/groups/grbus/

B O-500MA

Grupo criado para postagens de fotos e informações sobre os ônibus que circulam pela região metropolitana do Rio de Janeiro e outros locais. O grupo é fechado e necessita de autorização prévia para acessar.

A FOTO DA SEMANA

Tiago de Grande

Caio TopBus PB Volvo B9Salf | Viação Campo Belo

00M

nhas da upo Eucatur

em Diário Oficial a cassação de , que pertence ao grupo da e do país. A empresa já não estava cassados mas mesmo assim o ais, nos fóruns especializados ecializados.

Aqui publicamos a foto de ônibus mais bonita da semana, colhida em redes sociais. Não são consideradas fotos publicadas em sites pessoais ou em outros sites. 07.02.2016 |

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FOTOS DA SEMANA

SEM FRONTEIRAS | www.semfronteirasfotos.com.br

UMA SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADO

Rafael Caldas Caio Apache Vip Volksbus 17 260 OD | Araguarina

Rafael Caldas Busscar Jum Buss 360 Scania K124 | Gontijo

Douglas Andrez Marcopolo Paradiso G7 1600LD MBB O-500RSD | Satélite Norte

Douglas Andrez Marcopolo Paradiso G7 1600LD MBB O-500RSD | Montes Belos

Weiller Alves Marcopolo Paradiso G6 1200 Scania K420 | São Geraldo

Weiller Alves Marcopolo Paradiso G7 1200 Scania K360 | Progresso

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S OS NA SEMANA SEM FRONTEIRAS | www.semfronteirasfotos.com.br

Rafael Caldas Marcopolo Paradiso GV 1150 Scania K113 | São Bento

Douglas Andrez Busscar Jum Buss 360 MBB O-500RS | Util

Douglas Andrez Marcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RSD | Planalto

Douglas Andrez Marcopolo Paradiso G7 1800DD Volvo B420R | Aparecida

Weiller Alves Caio Alpha Scania F-113 | Viação Falcão

Weiller Alves Marcopolo Paradiso G7 1050 MBB O-500R | Santana

o endereço da sua galeria, juntamente com uma ou duas fotos com a descrição do ônibus fotografado e fazemos a divulgação neste espaço, sem custo algum! Mande um e-mail para revista@portalinterbuss.com.br com os dados e aguarde! ENVIE SUA FOTO! Envie 07.02.2016 |

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EUROPA

Promoção

Rail Europe faz promoção durante estação de inverno

Vários produtos da companhia que transporta milhares de pessoas pelos países europeus utilizando vias férreas estão com preços bastente reduzidos no inverno Da RailEurope | assessoria Maior distribuidora de bilhetes e passes dos trens europeus, a Rail Europe anuncia descontos exclusivos para que os viajantes possam desfrutar do pitoresco inverno na Europa. Há promoções em diversos produtos para conhecer os destinos europeus a bordo de um trem. Os turistas que irão visitar a França podem se animar e usufruir do desconto de 20% em qualquer tipo do France Rail Pass em compras entre 1o de fevereiro e 31 de março de 2016. Além de oferecer vantagens em passes turísticos e outras atividades, é possível viajar gratuitamente com até duas crianças, entre 4 e 11 anos acompanhadas por um adulto pagante. Cultural e histórica, a Alemanha atrai muitos visitantes com suas paisagens românticas. A Rail Europe também proporciona desconto de 20% no German Rail Pass, em compras entre 1o de fevereiro e 31 de março de 2016, válido para sete dias de viagem em um mês, consecutivos ou flexíveis. Este passe também cobre alguns trechos internacionais, como Bélgica, Itália, Áustria e República Tcheca, sem custos adicionais. Até duas crianças de 6 a 11 anos podem viajar gratuitamente acompanhadas de um adulto portador do passe. Entre 19 de janeiro e 8 de março de 2016, os brasileiros ainda poderão aproveitar tarifas exclusivas nos bilhetes Eurostar Standard Premier (primeira classe) e Standard. As passagens terão o valor de 44€, saindo da cidade de Londres para Paris, Bruxelas ou Lila, 54€ saindo de Londres com destino a Lion e 65€ com saída de Londres para Avignon ou Marselha. O trem de alta velocidade mais famoso da Europa permite acesso entre os centros das principais capitais europeias. Para os aventureiros que irão percorrer diversos países, a empresa preparou promoções especiais para os passes Eurail. Entre 1o de fevereiro e 30 de abril de 2016, os clientes poderão desfrutar de dias extras na compra dos seguintes produtos: Eurail Global Pass Contínuo

30 interbuss | 07.02.2016

- Compre o passe de 15 dias e ganhe 2 dias extras de viagem - Compre o passe de 22 dias e ganhe 3 dias extras de viagem - Compre o passe de 30 dias e ganhe 5 dias extras de viagem Eurail Global Pass Flexível - Compre o passe de 5 ou 7 dias em 1 mês e ganhe 1 dia extra de viagem - Compre o passe de 10 ou 15 dias em 1 mês e ganhe 2 dias extras de viagem Eurail Three Country Select Pass e Eurail Four Country Select Pass - Compre o passe de 5, 6, 8 ou 10 dias em 2 meses e ganhe 1 dia extra de viagem Eurail Two Country Select Pass - Compre o passe de 4, 5, 6, 8 ou 10 dias em 2 meses e ganhe 1 dia extra de viagem Eurail One Country Select Pass - Compre o passe de 3, 4, 5 ou 8 dias em 1

mês e ganhe 1 dia extra de viagem Uma das maneiras mais econômicas de se viajar pelo Velho Continente, o Eurail oferece descontos em hotéis e tarifas reduzidas em museus. Além disso, os passes acompanham um mapa detalhado do sistema ferroviário europeu e um guia do usuário, que visa facilitar ainda mais os deslocamentos dos viajantes. Agentes de viagens e operadores de turismo podem conferir todas as promoções através do site https://agents.raileurope.com.br/. Sobre a Rail Europe A Rail Europe é líder na distribuição de tickets e passes de trem no mundo. A empresa realiza as vendas de seus produtos por meio de uma rede de agentes credenciados (GSA – General Sales Agents) e diretamente pela internet, com website local (configurado no idioma do viajante). Para mais informações sobre a companhia e seus produtos ou compra de bilhetes, consulte um agente de viagens.


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