CONCESSÃO DO METRÔ DE SP É QUESTIONADA
interbuss PORQUE TRANSPORTE É VIDA | ANO 7 | N° 316 | 16 DE OUTUBRO DE 2016
TARIFA PAGA COM CARTÃO DE DÉBITO DE CONTATO
Mastercard lança cartão de contato para pagamento de tarifas no transporte público AS LINHAS SELETIVAS DA EMTU SP CANCELADAS
UMA REVISTA
PARA QUEM QUER
SABER TUDO SOBRE TRANSPORTE
NO BRASIL
E NO MUNDO. TODO DOMINGO,
UMA NOVA EDIÇÃO.
interbuss PORQUE TRANSPORTE É VIDA
CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE
PEÇAS PARA
BUSSCAR CONFIRA NOSSAS PROMOÇÕES!
TORNEIRA SANITARIO BUSSCAR ESPELHO RETROVISOR EXTERNO LE BUSSCAR MARTE MANUAL R$
1309,73
LANTERNA PISCA AMARELA BUSSCAR >01 R$
37,23
R$
170,00
PORTA DIANTEIRA PANTOGRAFICA LD BUSSCAR JUMBUSS 360 R$
7419,00
Linha completa de peças de reposição Busscar. Confiram em nossa loja virtual. Compre pela internet! www.apolloonibus.com.br
RUA MÁRIO JUNQUEIRA DA SILVA, 1580 JARDIM EULINA - CAMPINAS/SP
FONE: (19) 3395-1668 NEXTEL: 55*113*14504
NESTA EDIÇÃO TODA SEMANA
Mastercard lança cartão de
Objetivo do novo cartão é fazê-lo ser aceito na rede de transporte p SUMÁRIO
6 NOSSA OPINIÃO 7 A IMAGEM MARCANTE 8 TODA SEMANA 14 ADAMO BAZANI 16 PÔSTER 18 DEU NA IMPRENSA Prefeitura de Campinas nem aí para o transporte
A foto que marcou a semana no setor de transportes
As notícias mais importantes da semana
Colunistas | A idade da frota em São Paulo
Comil Svelto Midi, por Alexandre Promenzio
As notas da imprensa especializada
22 MARISA VAN 24 REDE SOCIA 25 DIGITAL 26 CAMINHÕES 28 O MELHOR D 30 PNEUS Colunistas | O ter
O seu espaço na InterBuss
Waze consegue mais um p
Apta lança novo consórcio
As melhores fotos publicad
Bridgestone é novamente
ANO 7 | Nº 316 | DOMINGO, 16 DE OUTUBRO DE 2016 | 1ª EDIÇÃO | CONCLUÍDA ÀS 18h12 (5ª) EDIÇÃO COM 32 PÁGINAS
e contato
VIAGENS & MEMÓRIA
As linhas metropolitanas seletivas desativadas em 2016
Confira a lista na coluna de Marisa Vanessa N. Cruz
22
TODA SEMANA
público no país
10
NESSA N. CRUZ
AL s
Manaus faz campanha contra o câncer no transporte público
Ônibus são adesivados para conscientizar a população
08
TODA SEMANA
Concessão de linhas de Metrô em São Paulo é questionada
Avanços e retrocessos foram colocados em discussão
12
NOSSO TRANSPORTE
parceiro para programa
S
o facilitado
DA INTERBUSS das no Portal InterBuss campeã de vendas
CETESB divulga estudo sobre poluição no trânsito em S. Paulo
Houve ganhos por conta da crise econômica e perdas
15
DEU NA IMPRENSA
DAF Caminhões celebra três anos de produção no Brasil
Mesmo com crise brasileira, produção foi mantida
19
EXPEDIENTE
Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda. DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFE Luciano de Angelo Roncolato JORNALISTA RESPONSÁVEL Luciano de Angelo Roncolato REVISÃO Luciano de Angelo Roncolato ARTE E DIAGRAMAÇÃO Luciano de Angelo Roncolato AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃO Agradecemos à todos os colaboradores de todo o país pelas fotos enviadas esta semana para capa, matérias e pôster. SOBRE A REVISTA INTERBUSS A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo. Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países. Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail revista@ portalinterbuss.com.br. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autorizada apenas após um pedido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido. PARA ANUNCIAR Envie um e-mail para contato@portalinterbuss.com. br ou ligue para (19) 99483-2186 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos! PARA ASSINAR Por enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibilizada livremente apenas pela internet, através do site www.revistainterbuss.com.br. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem para revista@portalinterbuss.com.br e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado. CONTATO A Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conversar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para revista@ portalinterbuss.com.br ou contato@portalinterbuss. com.br. Procuramos atender a todos o mais rápido possível. A EQUIPE INTERBUSS A equipe do Portal InterBuss existe desde 2000, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sempre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe. Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail contato@portalinterbuss.com.br ou pelo telefone (19) 99483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.
NOSSA OPINIÃO
Editorial
Frota velha em Campinas. Prefeitura? Não está nem aí Mais uma vez voltamos a falar sobre a situação precária do transporte coletivo na cidade de Campinas aqui neste espaço. Apesar de ser uma metrópole com mais de um milhão de habitantes, Campinas tem um sistema de transporte precário, com poucos ônibus novos e muitos ônibus caindo aos pedaços. A maior concessionária da cidade, a VB, tem uma das frotas mais velhas. Na parte que lhe corresponde na área operacional número 3, a idade média da frota já ultrapassa os sete anos, sendo que a média exigida em contrato é de cinco anos com ônibus mais velhos no máximo com dez anos. Os seus ônibus mais velhos já estão com quase onze anos e corresponde a cerca de 1/3 da frota. Mesmo com todos esses problemas, a prefeitura local não faz absolutamente nada. É totalmente conivente com esse desleixo que deixa a população na mão. Nos últimos tempos, a empresa achou uma forma bastante inteligente para reduzir essa idade altíssima de sua frota: simplesmente retirou ônibus mais velhos das ruas, diminuindo sua frota circulante. Tudo isso com a ciência da prefeitura. A população tem reclamado absurdamente dos serviços precários da empresa, mas nada é feito. Quando são feitas reclamações na prefeitura ou na EMDEC, que é a empresa municipal que cuida do gerenciamento do transporte em Campinas, as respostas demoram até meses e são sempre as mesmas: que nenhuma irregularidade foi encontrada na prestação do serviço. Oras, então a população está mentindo? É a população que reclama demais? Durante as eleições municipais o prefeito reeleito Jonas Donizette simplesmente fugiu de todos os questionamentos sobre a nova licitação para o setor de transportes, algo que foi determinado pelo tribunal de contas já que o certame realizado em 2005 e que ainda está em vigor foi considerado irregular por cercear a livre concorrência com outras empresas de fora. Obviamente, em 2005 foram escolhidas as mesmas empresas que já operavam na cidade há anos, apenas com os nomes trocados. Todas começaram a circular com uma frota renovada, sem multas e sem qualquer ônus. Onze anos depois, tudo já está caindo por terra: a frota envelheceu absurdamente, o número de veículos novos comprados não acompanhou a “evolução” do sistema e várias linhas foram modificadas, voltando a ser como eram antes, prejudicando toda a lógica de integração. O sistema InterCamp é um verdadeiro fiasco. Parece que há um claro conchavo entre as empresas operadoras e a prefeitura local, já que de um lado, ninguém faz nada, e do outro, menos. E agora está para acontecer mais um grande problema que deverá culminar, obviamente, com muitos problemas para a população, até porque com um prefeito reeleito, ele não terá mais a obrigação de fazer um bom governo, já que está garantido por mais quatro anos e não terá como se reeleger mais uma vez: o reajuste da tarifa está ameaçado pela cidade de São Paulo, já que a capital paulista é usada como parâmetro para a alta do preço em Campinas. Se João Doria, o prefeito eleito de São Paulo, manter a ideia de congelar a tarifa no transporte público por mais um ano, em Campinas o preço também deverá ficar congelado e o subsídio da prefeitura terá que aumentar, o que será muito pouco provável. Resultado disso: uma frota cada vez mais envelhecida, menos veículos nas ruas e mais descontentamento. Para a prefeitura, tudo bem, a reeleição chegou mesmo.
A IMAGEM MARCANTE
Santa Bárbara D’Oeste, SP Terça-feira, 11 de Outubro de 2016
O prefeito da cidade de Santa Bárbara D’Oeste, na região metropolitana de Campinas, anunciou que a cidade recebeu dois ônibus zero quilômetro equipados com ar condicionado. Os ônibus foram adquiridos pela empresa concessionária NovaVia, do grupo da Sertran, que opera na cidade. Os veículos vão entrar em circulação nos próximos dias em linhas ainda não definidas. A foto é de divulgação.
TODA SEMANA
Amazonas
AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA SEMANA NO SETOR DE TRANSPORTES
Manaus faz campanha no transporte contra o câncer A Crítica | notícias O mundo todo fica mais cor de rosa neste mês do ano, quando o movimento internacional para a conscientização e combate ao câncer de mama “Outubro Rosa” alerta para a importância dos exames preventivos. Em Manaus, entre as ações que mais chamam a atenção da população estão as de empresas do sistema de transporte coletivo que personalizam veículos com a cor da campanha especialmente para lembrar a importância desta data. Este é o oitavo ano consecutivo em que o casal Íris Costa, 49, e Raimundo Queiroz, 43, ornamenta de cor rosa o executivo da rota 845 em que trabalha. Mas ela revela que o enfeite não é exclusivo do “Outubro Rosa”. Porém, nesta data, a decoração fica mais especial. “Nós decoramos o micro-ônibus desde quando começamos a trabalhar no sistema. Mas o que muda, neste mês, é a tonalidade da cor. Ano passado enfeitamos com rosa clarinho, este ano é um rosa mais vibrante”, afirmou. Íris conta que ainda não terminou de decorar todo o micro-ônibus. Conforme ela, ainda falta trocar as cortinas e concluir os demais adornos que ficam pendurados ou colados dentro do executivo. “Ainda falta muito. Devo levar uma semana para terminar tudo”, relatou. Para ela, o cenário contribui para lembrar as mulheres sobre o câncer de mama. “Independente de ser outubro ou não, as pessoas sempre associam a cor à campanha de combate ao câncer de mama. Isso é muito bom”. O Grupo Eucatur também colocou nas ruas de Manaus um ônibus do transporte coletivo na cor rosa para chamar a atenção da sociedade sobre o crescente número de casos de câncer de mama. Este é o quinto ano consecutivo que a empresa participa do movimento “Outubro Rosa”. Batizada de “Uma Viagem Contra o Câncer de Mama”, a empresa leva informação à população através da interação com os usuários do sistema. A Eucatur informou que o ônibus cor de rosa alternará entre as linhas da empresa para abranger mais áreas da cidade e chamar a atenção de toda a população. Também ficará à disposição de empresas, órgãos, entidades e outros, para que pos-
08 interbuss | 16.10.2016
CORES Ônibus temáticos estão circulando por Manaus. Fotos: Divulgação sam fazer uso em suas ações voltadas ao Centro - T4, ficará adesivado até o final do tema. A ideia é mobilizar todos na luta con- próximo mês, quando acaba o movimento tra o crescente número de casos de câncer “Novembro Azul”. detectados anualmente. A empresa Global Green Transport- Personagem es também personaliza um de seus ônibus Para os usuários do transporte copara alertar a população de Manaus sobre letivo, entrar num ônibus personalizado o câncer de mama e faz o mesmo em rela- com as cores de campanhas importantes ção à conscientização e combate ao câncer como “Outubro Rosa” e “Novembro Azul”, de próstata. Este ano, a empresa inovou. com certeza, traz em mente a importânTrouxe em um único veículo as cores das cia do combate às doenças sobre as quais duas campanhas: “Outubro Rosa” e “Novem- alertam. “Essas cores ficaram associadas aos bro Azul”. movimentos e estão na mente das pessoas, Para a empresa, ao fazer as duas dificilmente alguém vai esquecer quando campanhas ao mesmo tempo, a informação ver essas cores”, disse a administradora fica mais tempo na rua, conscientizando a Alexia Gabriela de Oliveira, 22. Para ela, tampopulação. “Acreditamos que apenas um bém é muito confortável trafegar num veímês é pouco quando se trata de doenças culo diferenciado. “Acho muito bonito. Sai graves como essas, então a ideia de fazer um pouco do padrão do dia a dia”, afirmou. o ônibus meio a meio é justamente deixar “A campanha também é legal porque é uma mais tempo para que a população tenha forma de as empresas alertarem as pessoas consciência e possam se informar sobre os que utilizam seus serviços a fazer os exames assuntos”, disse em nota. e não apenas procurar os médicos quando Conforme a Global, o veículo ar- a doença estiver avançada, como ocorre em ticulado da linha 652, que faz o trajeto T4 - muitos casos”, apontou.
A
São Paulo
São Paulo tem média de 2 ônibus quebrados por hora
G1 São Paulo | notícias
Quem usa o transporte público municipal para se dirigir diariamente ao trabalho ou a escola já passou possivelmente pela situação do ônibus quebrar no meio do caminho. Dados obtidos com base na Lei de Acesso à Informação mostram que 8.949 ônibus estruturais (carros grandes) apresentaram defeitos ou problemas na cidade de São Paulo, no primeiro semestre deste ano. Foram em média 49,17 veículos por dia – mais de dois por hora. De janeiro a junho de 2016, quebraram mais ônibus do que o total da frota que está nas ruas todos os dias – 8.800, segundo dados atualizados da SPTrans, autarquia responsável por coordenar o transporte público da capital. No mesmo período, 957 milhões de passageiros usaram o serviço e mais de R$ 2,3 bilhões foram repassados pela prefeitura às concessionárias do sistema estrutural, conforme a SPTrans. “Em nenhum lugar do mundo há este número de ônibus quebrados por dia como em São Paulo. É assustador e denota a maior necessidade de manutenção e atenção também com nossas vias, que são esburacadas e malfeitas”, diz o especialista em trânsito Luiz Celio Bottura. “Os problemas nos ônibus acabam gerando engarrafamentos e a atrapalhando ainda mais o trânsito. Não há manutenção preventiva e falta fiscalização por parte dos órgãos públicos”, aponta o engenheiro, que já atuou como conselheiro da SPTrans. Em nota ao G1, a SPtrans informou que “o contrato com as empresas exige manutenção preventiva e que o plano é entregue à autarquia, que realiza auditorias semestrais para verificar a sua execução”. Conforme a prefeitura, “na atual configuração do sistema, as empresas são remuneradas por passageiro transportado” e o contrato é pelo serviço prestado, incluindo o trabalho do motorista e do cobrador. Na cidade do Rio de Janeiro, onde, segundo a prefeitura, a frota municipal é 8,7 mil, o número de notificações de veículos enguiçados por dia é de 3, segundo Paulo Cezar Ribeiro, professor de engenharia de transportes do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de En-
QUEBRA Ônibus quebrado em São Paulo tem virado rotina. Foto: Devanir Amâncio/R7 genharia, da Universidade Federal do Rio de quebrando por dia, em uma frota de 8 mil, Janeiro (Coppe-UFRJ). inaceitável, e reflete a maneira amadora “Este número de 50 quebras por como tratamos o assunto”, explica Bottura. dia em São Paulo é alto. É um absurdo”, afirma Ribeiro, que entende que muitos dados Divisão da cidade são subnotificados. Para licitar o transporte municipal, a Em 6 de setembro, um ônibus com SPTrans dividiu a cidade em 8 grandes áreas problemas mecânicos acabou colidindo fora do Centro. O Consórcio 7 lidera dentre com um micro-ônibus na Avenida Dr. Gentil as concessionárias com o maior número de de Moura, Ipiranga, Zona Sul de São Pau- ônibus com defeito: foram 11,82: um a cada lo. O acidente acabou envolvendo mais 10 duas horas. O consórcio, formado pelas Viaveículos e deixou três feridos. Moradores ções Campo Belo, Gatusa, Transkuba Transe comerciantes relatam serem frequentes portes Gerais e VIP Transportes Urbanos, é problemas com ônibus na região. responsável por parte da Zona Sul da capi E os casos de enguiço pelo camin- tal, incluindo Santo Amaro, Capão Redondo, ho subiram no primeiro semestre de 2016. Jardim Ângela e parte do Itaim Bibi. O número total de veículos com defeito Em seguida, com maior número durante o percurso em 6 meses deste ano de quebra por dia, estão o Consórcio Unié 2,3% superior ao mesmo período de 2015, sul (10,2 carros) e Consórcio Plus (7,92). Elas quando 8.720 ônibus apresentaram falhas e foram contratadas para oferecer o deslocadefeitos durante o transporte de passage- mento do cidadão nas regiões Sul e parte da iros. “Eu considero o número de 50 ônibus Leste de São Paulo, respectivamente. 16.10.2016 |
interbuss 09
TODA SEMANA Economia
Mastercard lança sistema que aceita cartões em ônibus Exame | notícias A Mastercard acaba de lançar um sistema que permite que usuários do transporte público paguem suas passagens com cartão de crédito, débito e pré-pago apenas por aproximação, sem a necessidade de digitar senha. O projeto foi construído em parceria com emissores de cartões, operadoras de ônibus e trens e adquirentes (as empresas de “maquininhas”). Ele já funciona em fase piloto na região metropolitana do Rio de Janeiro (na Central do Brasil e nas principais estações da linha Deodoro) e de São Paulo (na linha de ônibus Diadema-Berrini). No mês que vem, chegará à Grande Curitiba. A meta é ousada: estar nas “principais capitais” do país até dezembro de 2017. O novo mecanismo só funciona para usuários de cartões com a tecnologia de pagamento sem contato, chamada EMV, que é identificada por um símbolo com três “anteninhas”. Até o fim do ano, a Mastercard pretende colocar 1 milhão desses cartões no mercado. Para isso, já fechou acordo com emissores como a Caixa e o banco digital Original e também a Acesso, de produtos pré-pagos. “Se o validador do terminal ou do ônibus tiver o símbolo da Mastercard e da EMV, basta aproximar o cartão”, explica Alexandre Brito, vice-presidente de Desenvolvimento de aceitação, varejo e novos negócios da companhia para o Brasil e Cone Sul. No caso de cartões que funcionam tanto com débito quanto com crédito, fica a critério do banco definir qual função será ativada. Em 95% dos casos, de acordo com a Mastercard, a escolhida é a de débito. Por medida de segurança, o sistema autoriza o pagamento sem contato e sem senha em transações de até 50 reais. Quem tem o serviço Samsung Pay também poderá usar a novidade, pagando a passagem pelo celular. O foco da Mastercard são as pessoas que usam ônibus, metrô e trem esporadicamente, que não possuem passes para diversas viagens e compram bilhetes individuais com dinheiro em espécie. “A gente quer acabar com o dinhei-
10 interbuss | 16.10.2016
CONTATO Rio de Janeiro já aceita em caráter experimental no trem.Foto: Divulgação ro. Nosso sistema proporciona segurança e dinheiro colocou iniciativa, que começou a simplicidade. Ele elimina a necessidade de ser elaborada há cerca de 1 ano e meio, mas carregar dinheiro, evitando roubos, e tam- diz que foi o aporte mais relevante em nobém traz a conveniência de passar pela vas tecnologias feito neste ano. catraca direto, sem enfrentar filas para car- “Foi um investimento de 10.000 regar o cartão”, crava Brito. horas/homem, incluindo o trabalho de nos Nas contas da empresa, o trans- sos parceiros”, conta Brito. porte público arrecada aproximadamente 80 bilhões de reais por ano e 30% dessas Experiências anteriores vendas são feitas em dinheiro (ou seja, 24 O uso do cartão sem contato no bilhões de reais). transporte já é uma realidade em lugares Segundo dados da consultoria como Londres e Singapura. Value Partners cedidos pela Mastercard, um Em Londres, onde está disponível aumento de 10% no uso de meios de paga- há dois anos, já responde por cerca de 30% mento eletrônicos poderia expandir o PIB das vendas do sistema de trens e metrôs, brasileiro em 1%. segundo a Mastercard, o equivalente a 1,2 milhões de transações por dia. Parceiros Em Singapura, o sistema permitiu Os leitores dos cartões sem con- a medição dos horários de pico e o reditato são fornecidos pela Gertec. Já a ad- recionamento dos passageiros através de quirente, que faz liquidação financeira das descontos para viagens nos momentos de transações, é a Stone. menor circulação. As empresas de transporte que já “Com isso, o sistema de transporte participam do projeto são a Supervia (do do país economizou entre 200 e 300 milRio de Janeiro), Metra (em São Paulo) e Me- hões de dólares, porque não precisou comtrocard (Paraná). prar mais vagões, que não foram deteriora A Mastercard não revela quanto dos”, disse Brito.
Notas Rápidas
Aluno com deficiência pega ônibus em Anápolis e vai à Goiânia
G1 GO | Notícias O estudante Tiago Bessa ficou mais de 30 horas desaparecido após pegar um ônibus errado quando ia para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), em Anápolis, a 55 km de Goiânia. O aluno, que tem deficiência mental, confundiu o veículo e foi parar na capital e, depois, em Inhumas. Ao todo, ele percorreu cerca de 140 km sozinho. De acordo com o pai de Tiago, Reginaldo Bessa, o filho sumiu na segunda-feira (10). Ele conta que o adolescente sempre pega o ônibus para ir à Apae, onde estuda. No entanto, neste dia, o motorista que faz o percurso passou mal e não houve o transporte. Então, o garoto pegou outro ônibus que passou pela rua. Segundo a família, ele desceu do veículo nas proximidades do Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) e pegou um ônibus que seguia para Goiânia, onde desembarcou na rodoviária. O adolescente dormiu no chão e ficou no local até a manhã seguinte, quando tentou voltar a Anápolis, mas foi parar em Inhumas. Ao notar que estava no local errado, Tiago conseguiu voltar para Goiânia. Uma reportagem exibida pela TV Anhanguera na terça-feira (11) mostrou o drama da família. Ao assistir ao Jornal Anhanguera 1º Edição de Anápolis, um telespectador se lembrou que viu o rapaz na rodoviária da capital e entrou em contato com a família. Inclusive, ele havia feito um vídeo em que o estudante aparecia. “Passou no jornal e ele lembrou que tinha visto o menino lá e que ele apareceu no vídeo dele. Daí ele me mandou o vídeo e vi que era ele mesmo. Eu não o conheço, mas agradeço pela ajuda. É um alívio para mim e minha esposa”, disse o pai de Tiago. O estudante comemorou ter voltado para casa: “Feliz”.
João Doria negocia emendas para subsidiar tarifa em SP
Jornal Floripa | Notícias
O prefeito eleito de São Paulo , João Doria (PSDB), negocia a ajuda de deputados federais da coligação que o levou à vitória para obter parte do dinheiro necessário para cumprir a promessa de não aumentar o valor da passagem de ônibus no ano que vem. Doria quer que os deputados destinem suas emendas parlamentares para a prefeitura custear o subsídio ao transporte público. “Pedi aos nossos deputados que tragam recursos para São Paulo, principalmente nas áreas de saúde e de mobilidade, até para fazermos a suplementação de verba no caso da tarifa”, disse o prefeito eleito no domingo (9) pela manhã, em um encontro com cicloativistas. Os deputados federais têm uma verba para emendas parlamentares de até R$ 16 milhões, em recursos do Tesouro federal. Por força de lei, metade desses recursos tem de ir para a saúde. Doria quer a outra metade. Um dos deputados da base, Floriano Pesaro (PSDB), secretário estadual de Desenvolvimento Social, confirmou o recebimento do pedido. A ideia, já fechada, é que deputados que não estão exercendo o mandato no momento, como ele, retornassem ao Congresso para trabalhar na elaboração dessas emendas. “Foi um pedido do Doria. Vamos nos reunir amanhã [nesta segunda-feira´(10)] para criarmos uma sintonia a esse respeito”, informou o secretário. O encontro seria à noite e deveria contar com a presença dos deputados federais tucanos Bruno Covas e Samuel Moreira, além dos secretários estaduais de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim (PPS), e de Habitação, Rodrigo Garcia (DEM). Pesaro disse ainda que, normalmente, as emendas parlamentares da bancada paulista não vão para a cidade de São Paulo pelo fato de o orçamento do município já ser grande. “As emendas somem no meio desse bolo.” Mas, agora, o caso seria tratado de forma diferente graças ao pedido de Doria. Pelas contas do prefeito eleito, a manutenção da tarifa no valor atual, que é de R$ 3,80, implicaria em um recurso extra
de cerca de R$ 450 milhões. O valor gasto neste ano deve superar a casa dos R$ 2 bilhões. A iniciativa de Doria teria potencial para arrecadar cerca de 10% do valor necessário para cumprir a promessa. Empresários do setor de ônibus, entretanto, estimam que a manutenção dos valores poderia resultar em uma pressão orçamentária de até R$ 1 bilhão a mais, fazendo os subsídios chegarem à casa dos R$ 3 bilhões. Doria terá chances de reduzir a pressão por recursos se conseguir tocar, a curto prazo, a renovação da concessão do sistema de transportes da cidade, que poderia rever custos dos operadores. A gestão Fernando Haddad (PT) não conseguiu fazer a licitação, primeiro por causa dos protestos de rua, em junho de 2013, e depois porque o Tribunal de Contas do Município (TCM) suspendeu a licitação que estava em andamento - o processo foi liberado antes do término das eleições, mas o petista declarou que não tocaria a licitação no fim do mandato. Metrô A expectativa de congelamento da tarifa de ônibus no ano que vem levou preocupação para o corpo técnico do Metrô, que em geral aumenta o valor da passagem nos mesmos índices que os coletivos. A empresa estadual, que fechou com prejuízos de R$ 93 milhões no ano passado, já vem buscando incrementar as receitas acessórias (que não vêm da tarifa). Entre as medidas adotadas estão concessões de terminais, a privatização da linha 5-lilás e a redução das despesas, com um Plano de Demissão Voluntária, para evitar novo desempenho negativo. Mesmo assim, técnicos da companhia dão como certa a necessidade de aumento de tarifas em 2017. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”. 16.10.2016 |
interbuss 11
TODA SEMANA Metroferroviário
Modelo de concessão de dua do Metrô de SP é colocado e
Audências públicas realizadas no Instituto de Engenharia no mês passado mos no modelo que o Governo do Estado de São Paulo quer implantar para privatiz Da AEAMESP | assessoria Os modelos de concessão foram apresentados em duas audiências públicas no Instituto de Engenharia. No dia 22 de setembro de 2016, foi mostrado o modelo de concessão de 17 terminais de ônibus ligados a estações das Linhas 1 e 3 do Metrô, e no dia 23 de setembro de 2016, o formato da outorga onerosa para operação privada das Linhas 5 e 17. O presidente da AEAMESP (Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô), Emiliano Stanislau Affonso Neto, qualificou como “um avanço” a proposta de concessão à iniciativa privada de 17 terminais de ônibus anexos às estações das Linhas 1-Azul e da Linha 3-Vermelha, apresentada pela Companhia do Metropolitano de São Paulo, em audiência pública na quinta-feira, dia 22 de setembro de 2016, no Instituto de Engenharia. “Foi um passo importante, pois o modelo transfere ao parceiro privado os encargos de administração, conservação, manutenção e vigilância, e promove o adensamento das áreas com a utilização do espaço aéreo para empreendimentos comerciais, desonerando e promovendo retorno econômico para a Companhia do Metrô. Estamos no caminho certo, aproveitando as facilidades promovidas pelo novo Plano Diretor do Município de São Paulo para gerar receitas não operacionais que mitiguem os custos das passagens para os usuários do sistema”, comentou Affonso. Retrocesso Na manhã de 23 de setembro de 2016, também no IE (Instituto de Engenharia), foi apresentado o modelo da outorga onerosa da prestação do serviço público de transporte de passageiros das Linhas 5 – Lilás e 17— Ouro, aprovado pelo Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização (CDPED). O modelo foi criticado pelo presidente da AEAMESP, que o considerou “um retrocesso”, pelo motivo de não levar em conta a urgência da necessidade de expansão da rede metroferroviária, caminho para tornar a cidade
12 interbuss | 16.10.2016
mais eficiente e ampliando a oferta de empregos. “Vivemos um período de desindustrialização e de crescimento da agricultura, a qual se destaca por sua eficiência e pouca geração de empregos, impondo pressões adicionais a cidades em um País altamente urbanizado, onde mais de 94% da população paulista e mais de 84% dos brasileiros moram na área urbana e que passa por um momento de forte recessão”, reforça. Segundo Affonso, neste cenário, com perda de empregos e de receitas, com obras metroferroviárias paralisadas e postergadas, com governos falando da necessidade de capital privado para investir na implantação de infraestrutura, “o Gov-
erno do Estado de São Paulo dá um passo atrás e propõe uma concessão onerosa por meio da qual entrega ao parceiro privado as duas linhas sem nenhuma contrapartida na sua construção ou implantação, deixando a Linha 17-Ouro pela metade - comprometendo sua função na rede metroferroviária - e sem a expansão da Linha 5 – Lilás até o Jardim Ângela, deixando populações carentes sem transporte de qualidade para o deslocamento até o trabalho”, critica. Concessão dos terminais A concessão à iniciativa privada de 17 terminais de ônibus anexos às estações da Linha 1-Azul e Linha 3-Vermelha tem como objetivo melhorar a oferta de serviços aos usuários dos terminais,
as linhas em xeque
strou as divergências zar duas linhas do Metrô
obter receitas acessórias e desonerar a Companhia. O modelo prevê que a concessão dos terminais seja feita mediante remuneração ao Metrô-SP e que o concessionário assuma os encargos de administração, conservação, manutenção e vigilância dos locais. A exploração das áreas poderá ser aberta a novos tipos de negócios. Nove dos 17 terminais são considerados edificáveis, podendo ser utilizado o espaço aéreo para implantação de empreendimentos como hospitais, laboratórios, escolas, shoppings, escritórios, consultórios, hotéis e unidades habitacionais para locação. Estudos iniciais do Metrô-SP indicam que essas unidades tenham potencial construtivo de até 245 mil metros quadrados.
“A ideia é muito boa e representa um passo adiante. O único questionamento que fazemos na AEAMESP é quanto ao fato de ter sido lançado um único lote de concessão. Ponderamos que talvez a diversificação possa gerar um melhor resultado”, disse Affonso. Será declarado vencedor do lote único o responsável pela oferta que trouxer maior contrapartida à Companhia. O prazo da concessão é de 40 anos e o Metrô-SP espera angariar mais de R$ 150 milhões, além de desonerar-se de uma série de custos. Os 17 terminais de ônibus abrangidos pela licitação são: Parada Inglesa, Santana, Armênia, Ana Rosa, Artur Alvim, Patriarca Norte, Vila Matilde Norte, Penha Norte, Carrão Norte, Carrão Sul, Tatuapé Norte, Tatuapé Sul, Belém Norte, Belém Sul, Brás, Barra Funda Sul e Barra Funda Turística. Diariamente, aproximadamente 935 mil usuários circulam por esses terminais, que recebem 274 linhas de ônibus. Críticas ao modelo Affonso criticou duramente o modelo da outorga onerosa da prestação do serviço público de transporte de passageiros da Linha 5 – Lilás e da Linha17— Ouro da Rede Metroviária de São Paulo, aprovado pelo Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização (CDPED), por não trazer o capital privado na implantação ou ampliação das linhas, o que agilizaria a expansão da rede, melhorando a mobilidade com consequências na eficiência das cidades e na manutenção e geração de empregos. As críticas foram manifestadas em seu pronunciamento final na audiência pública sobre o tema realizada na sextafeira, 23 de setembro de 2016, no auditório Instituto de Engenharia de São Paulo, na capital paulista. Também participaram da audiência o engenheiro José Geraldo Baião, membro do Conselho Consultivo da AEAMESP e conselheiro do CREA-SP. Com a opção pela outorga onerosa, concorrentes privados terão que pagar certo valor ao Estado, tendo em vista que receberão parte da receita gerada pela operação da linha; vence o concorrente que oferecer o maior valor. No modelo escolhido, não haverá qualquer compromisso de investimento privado em ampliação, o que poderia acontecer nas próprias linhas a serem concedidas, já que a Linha 17 – Ouro tem dois segmentos paralisados, enquanto existe a necessidade de levar uma das pontas da Linha 5 – Lilás ao Jardim Ângela, no extremo sul da cidade de São Paulo. Questões permanecem Baião levou à audiência pública
três indagações que retratam preocupações surgidas nas últimas edições da Semana de Tecnologia Metroferroviária, encontro realizado anualmente pela AEAMESP. Nem antes e nem na audiência pública de 23 de setembro de 2016, essas questões foram cabalmente respondidas, de modo que permanecem. São elas: 1) Em ambiente de crise econômica, com queda de receitas, é recorrente o interesse dos governos pela participação privada, pois consideram que o setor privado está sempre com os bolsos cheios de dinheiro para investir em projetos de infraestrutura. Porém, o que temos observado no Brasil é que o “P” privado é financiado com recursos públicos (BNDES, CAIXA, Banco do Brasil). Dessa forma, quando de fato o “P” privado entrará com recursos próprios? 2) A diretriz do Governo do Estado de São Paulo (GESP) indica uma tendência de: a) Diminuir drasticamente ou até mesmo não participar do CAPEX (despesas de capital ou investimento em bens de capital) de novas linhas, mediante as PPPs (Participação Público-Privada), inclusive integral, como está sendo o caso da Linha 6-Laranja; b) Não participar mais do OPEX (capital utilizado para manter ou melhorar os bens físicos de uma empresa) de linhas ou trechos atualmente em operação, mediante concessões. Esta tendência implica criação da Agência Reguladora, que o Governo do Estado de São Paulo também já sinalizou que criará. Com vários operadores em diferentes linhas e mantendo-se as transferências gratuitas em diversas estações, não haverá um desequilíbrio financeiro e um consequente aumento dos subsídios nas tarifas? 3) Desde a sua criação em 1968, a Companhia do Metropolitano de São Paulo é composta por duas “empresas”, uma de “expansão” (planeja, projeta, especifica, contrata, fiscaliza, implanta e testa) e outra “operadora” (opera e mantém). Prevalecendo a tendência indicada na questão 2, acima: a) Qual será o papel da Companhia do Metropolitano de São Paulo no futuro? b) Deixará de ser uma empresa de expansão e somente operará algumas linhas? c) Em caso positivo, que órgão do Governo do Estado de São Paulo será responsável pelo planejamento dos sistemas sobre trilhos? d) Se a Companhia do Metropolitano de São Paulo se tornar apenas mais uma “operadora”, quem será o responsável pela supervisão operacional das diversas linhas operadas por diferentes operadores? E quem supervisionará a rede, já que cada operador terá o seu Centro de Controle Operacional (CCO) independente? 16.10.2016 |
interbuss 13
COLUNAS
NOSSO TRANSPORTE ADAMO BAZANI | adamobus@gmail.com
Crise econômica fez poluição diminuir em São Paulo, mas crescimento de frota anula ganhos tecnológicos, diz CETESB Idade da frota dos veículos no Estado de São Paulo cresceu, o que contribui para poluição. Confira um raio X dos ônibus do Estado
A CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo divulgou nesta segunda-feira, 10 outubro de 2016, o relatório de emissões veiculares de 2015. O estudo traz dados oficiais sobre o impacto da circulação dos veículos no meio ambiente em todo estado. De acordo com o relatório, houve uma queda, em 2015, de 9% das emissões de poluentes na comparação com 2014. A maior substituição da gasolina pelo etanol e a crise econômica, que fez com que não aumentasse, o número de viagens, sejam por motos, carros, caminhões e ônibus, são apontadas como alguns dos motivos para esta redução de emissões de poluentes. Os veículos emitiram um total de 40,9 milhões de toneladas de CO2eq (que não engloba os biocombustíveis). Houve redução, na ordem de 9% em relação ao ano anterior, em especial pelo aumento no uso do etanol em substituição à gasolina e pela redução do consumo aparente de diesel. A maior contribuição vem dos
14 interbuss | 16.10.2016
caminhões, cerca de 15 milhões de toneladas de CO2eq, seguido dos Automóveis com cerca de 12 milhões de toneladas. Em 2015, a estimativa da frota circulante no Estado foi de 15,4 milhões de veículos, pouco acima da estimativa do ano anterior. Desses, 10,2 milhões são automóveis, 2 milhões são comerciais leves, 600 mil ônibus e caminhões e 2,6 milhões de motocicletas. Em 2015 foram emitidas no Estado 366 mil toneladas de CO, 79 mil toneladas de NMHC, 197 mil toneladas de NOx, 5,5 mil toneladas de MP, 4,7 mil toneladas de SO2 e 1,6 mil toneladas de aldeídos, todos poluentes tóxicos. Em média, 60% dessas emissões estão concentradas na Macrometrópole Paulista, área geográfica que reúne as Regiões Metropolitanas de São Paulo, Campinas, Baixada Santista, Vale do Paraíba e Sorocaba, além de aglomerações urbanas importantes como Jundiaí, Bragança Paulista e Piracicaba. Foram estimadas também as emissões localizadas na nova Região Metropolitana de Ribeirão
Preto, localizada no oeste do Estado. Os automóveis e as motocicletas foram os maiores emissores de CO e de NMHC. Os caminhões foram os maiores emissores de MP, NOx e SO2. As emissões de SO2 ocorrem em função da existência de enxofre nos combustíveis fósseis. Quando comparado aos dados de 2014, as emissões em 2015 foram menores, em especial pela redução na atividade veicular e no consumo de combustível em função da crise na economia. O relatório, entretanto, faz questão de enfatizar que esta queda não é motivo para cruzar os braços e que ainda muito deve ser feito, principalmente em relação ao incentivo ao transporte público e também à situação da frota dos caminhões, que é antiga e muito poluente. “A participação dos Caminhões foi de 37%, seguida por Automóveis em 30%. Apesar da frota de Caminhões ser de apenas 3% da frota total, conforme pode ser constatado na Tabela 9, os veículos são movidos a diesel, cuja parcela fóssil é de
93% em volume. Além disso, tem intensidade de uso alta. Assim, sua participação na emissão torna-se bastante relevante. Cabe destacar que para GEE, diferentemente dos poluentes locais, a localização geográfica da emissão não interfere no impacto, visto que as consequências dessa emissão são contabilizadas em caráter global. No caso dos Automóveis, a participação na frota é predominante (66%).. Mesmo utilizando parcelas maiores de combustíveis renováveis (27% do volume da gasolina e 100% do volume do etanol consumidos), ainda assim o impacto de uso com gasolina é significativo.” IDADE DA FROTA Se por um lado, a crise econômica reduziu o número de viagens, fazendo com que as emissões caíssem, segundo os técnicos da CETESB, também contribuiu para elevação da idade média dos veículos no Estado de São Paulo que, em 2014 era de 8,6 anos, e passou para 8,9 anos em 2015. Quanto mais antigos os veículos, mais eles tendem a poluir, principalmente no caso dos movidos a diesel. A idade média dos caminhões semi-leves ainda é alta: 17,1 anos. Já a idade média dos ônibus rodoviários é de 12,13 anos, seguidos pelos urbanos com 10,7 anos e pelos microônibus com 9,3 anos. CARRO AINDA DOMINA AS RUAS Com poucos incentivos ao trans-
porte coletivo, carros e motocicletas dominam as ruas e rodovias do Estado de São Paulo. Em 2015, havia registrados no estado 15,39 milhões de veículos dos quais, 2,62 milhões são motos e 10,19 milhões são carros. O pior problema, entretanto, não é em relação ao tamanho da frota, mas o uso que se faz dela. Como não há redes de metrô e trens suficientes e os ônibus não recebem prioridade no espaço urbano mais pessoas, principalmente na macrometrópole, acabam utilizando excessivamente os carros e motos nos deslocamentos diários. O relatório deixou claro que as evoluções tecnológicas dos veículos, tanto automóveis como pesados (ônibus e caminhões) trouxeram ganhos ambientais, mas que acabaram sendo anulados pelo aumento da frota circulante ao longo de 11 anos. “O impacto das emissões veiculares é sentido nas regiões em que a qualidade do ar apresenta elevados níveis de concentração de ozônio e de MP. Ainda que os fatores de emissão dos veículos novos estejam decrescendo, o aumento da frota e o intenso uso dos automóveis comprometem os ganhos obtidos com os avanços tecnológicos. O gráfico de evolução entre 2006 e 2015 mostra a redução das emissões totais ao longo desse período. A emissão de GEE decresceu, em especial pela maior utilização de etanol em substi-
tuição à gasolina e a redução do consumo aparente de diesel.” ÔNIBUS A CETESB também fez um panorama de como está a frota dos ônibus no Estado de São Paulo. De acordo com o estudo eram 108.572 veículos de transporte coletivo registrados em 2015, sendo 64.912 urbanos, 29.227 rodoviários e 14.433 microônibus. Os ônibus que estão de acordo com a fase P7 do Proconve, com base nas normas internacionais de restrição à poluição Euro V somam apenas 23% da frota do Estado de São Paulo. Estes veículos são fabricados desde 2012 e emitem até 80% menos materiais particulados e 63% menos óxidos de nitrogênio. A maior parte dos ônibus ainda é da fase anterior P 5, mais poluentes. Como nas regiões que mais concentram frotas de ônibus no Estado de São Paulo, a idade média é de 10 anos, somente a partir de 2022 é que os ônibus P7 devem ter predominância na frota, porém até lá, uma nova fase mais exigente já deve estar em vigor. Em relação às regiões, no norte e no oeste do Estado de São Paulo estão concentrados os ônibus mais velhos, com idades variando entre 16 e 18 anos e 19 e 25 anos. Na faixa leste, se encontram os ônibus mais novos, com idades entre 7 e 12 anos em média. 16.10.2016 |
interbuss 15
interbuss
ALEXANDRE PROMENZIO Comil Svelto Midi Pássaro Marron, em Vale do Paraíba/SP
DEU NA IMPRENSA
Transpo Online
RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA
Estudo prevê condução autônoma na logística Do site | notícias Mobilidade eletrônica, robôs de entrega e condução autônoma foram o foco do estudo intitulado ´ZF future study 2016`, que lança uma luz acerca de desenvolvimentos atuais sobre o processo de entrega ao cliente e apresenta previsões para os próximos dez anos. Os resultados mostraram que a condução autônoma desempenhará um papel cada vez mais exponencial durante a chamada ´última milha`, ou seja, o último passo no processo de entrega ao cliente. Várias exigências sociais e de infraestrutura devem, no entanto, ser cumpridas em primeiro lugar. O setor de entrega de encomendas está crescendo em grande velocidade. Em 2015, mais de 2,9 bilhões de encomendas foram enviadas somente para Alemanha – 1 bilhão a mais do que em 2005. Esta tendência deve continuar nos próximos dez anos. Mais e mais clientes estão comprando produtos online e, com ordens de conveniência e entrega no mesmo dia já disponíveis, os consumidores esperam que suas mercadorias sejam entregues à sua porta em algumas horas – frescos e refrigerados. O estudo considerou itens como restrição de circulação, áreas ambientais e o desejo de reduzir o barulho do trânsito para abordar novas opções de entrega. Esses requisitos entram em jogo nas operações logísticas urbanas. O ´ZF future study` desse ano, encomendado pela ZF e realizado pelo Fraunhofer Institute for Material Flow and Logistics (IML) em Dortmund, incide sobre os poucos metros finais do processo de entrega. O Prof. Uwe Clausen, líder do IML, conduz o estudo que se concentra em áreas urbanas, e também sobre as diferenças entre a infraestrutura urbana e rural e sobre os efeitos das alterações demográficas. Sete tendências – O estudo examina a relevância futura de sete diferentes tendências. Em detalhe, os pesquisadores focaram nas impressoras 3D, criação de valor local, condução autônoma, e-mobility, digitalização, Internet das Coisas, drones de transporte e robôs de entrega. “Não podemos prever precisamente como será o proces-
18 interbuss | 16.10.2016
so de entrega em dez anos, mas estas tecnologias estão fornecendo um importante impulso”, explica Clausen. “No entanto, nem todas elas são igualmente importantes. Nós podemos esperar que a mobilidade urbana eletrônica, por exemplo, desempenhe um papel mais importante do que as impressoras 3D ou drones.” Entregas automáticas – O estudo identificou a condução autônoma como uma tendência decisiva. Veículos autônomos, além de reduzirem o estresse do motorista, podem compensar a falta de trabalhadores qualificados. Uma vantagem é que se trata de um progresso crescente nesta área. Sistemas de assistência ao condutor e tecnologias de condução semiautônomas já estão bem estabelecidas. Além disso, al-
guns veículos autônomos já foram testados na estrada. “O desenvolvimento de condução autônoma é uma fase fascinante”, diz Clausen. “As tecnologias básicas já estão disponíveis; no entanto, a questão é se a infraestrutura e a economia da logística estão prontas”. De acordo com Clausen, há, por exemplo, questões das pendências de segurança. Como podemos garantir que um veículo automatizado possa detectar um local de obras que não está devidamente sinalizado ou, que não seja confundido por marcações incorretas da via? Esta é uma questão fundamental para que caminhões de entrega autônoma consigam obter consentimento da sociedade e ofereçam vantagens econômicas.
Transpo Online
DAF Caminhões completa 3 anos de produção no país
Do site | notícias Em outubro, a DAF Caminhões Brasil celebra três anos de operação na fábrica de Ponta Grossa, Paraná. Neste período, foram cerca de 1.400 caminhões vendidos, sendo 436 unidades no acumulado de janeiro até julho deste ano. Esse volume representa crescimento de 59% nas vendas em relação ao mesmo período do ano anterior. A partir deste mês a fábrica paranaense passa a produzir quatro caminhões por dia. Na mesma data, em 2015, eram registrados dois veículos por dia. A linha de motores, inaugurada no final do ano passado, acompanha o aumento na
produção diária. Este ano a montadora foi eleita como “Marca do Ano”, na categoria de Caminhões e Ônibus, pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). “Completamos três anos de operações no Brasil colhendo os resultados de uma estratégia assertiva e de um trabalho excepcional de todo o time DAF. Temos a certeza de estar criando uma base sólida para, em pouco tempo, estarmos entre as maiores fabricantes de caminhões pesados do Brasil, com produtos de alta qualidade e ideais para os negócios dos nossos clientes”, disse Michael Kuester, Presidente da DAF Caminhões Brasil. Produto – Atualmente são produ-
zidos na fábrica de Ponta Grossa todas as versões dos caminhões XF105 e CF85. O primeiro é o pioneiro da marca no Brasil e o responsável pela celebração de três anos do primeiro caminhão DAF na linha nacional .O XF105 é comercializado nas versões 6×2 e 6×4, com três opções de motorização: 410 cv, 460 cv e 510 cv. O veículo é indicado para o transporte rodoviário de longas distâncias, até 74 toneladas. O CF85 chegou ao mercado em 2015. O modelo é indicado para diversos tipos de operações em curtas distâncias, até 56 toneladas. O CF é vendido nas versões 4×2 e 6×2 e possui duas opções de motor, 360 cv e 410 cv. 16.10.2016 |
interbuss 19
DEU NA IMPRENSA Transpo Online
Artigo: Uma análise conceitual da Kombi Do site | por Antônio Eustaquio Sirolli Desde moleque, anos 60, sempre olhei para a Kombi com certa estranheza e não sabia a razão. Aquilo mexia comigo e me deixava inquieto com algo que não conseguia definir. O tempo passou e fui vivendo com aquele sentimento mas, com o tempo, tudo virou para uma aceitação e normalidade, ou seja, com o tempo convivia com ela, Kombi, sem me incomodar. Lembro da história de um amigo que foi trabalhar em uma loja de automóveis e o dono pediu para ele levar o veículo, ela, Kombi, para o centro da cidade, para uma pessoa interessada na compra. Esse amigo falou que sabia dirigir para ter conseguido o emprego mas, de fato, não o sabia. Assim, foi da loja até o cliente só em primeira marcha, cerca de 8 km. Voltando ao tema central, estranheza da Kombi, fui pesquisar e fiquei sabendo que seu conceito é dos anos 40. O protótipo feito na Alemanha é de 1949 e a primeira produção em série lá ocorreu em 1950. Em 1957 começou a ser produzida no Brasil, de fato o primeiro carro a ser produzido no país. O tempo passou, entrei na faculdade para estudar engenharia eletrônica, e vi que meu negócio era engenharia automotiva. Então, fui nessa direção, ou seja, minha formação é estritamente no setor de veículos e especializei-me em veículos comerciais, caminhões e ônibus! Assim foi e eu comecei a olhar para a Kombi com olhar mais crítico e maior embasamento técnico, para ser justo com a “Kombosa”! Após ter adquirido os conhecimentos automotivos na faculdade, ter trabalhado com caminhões e ônibus, especificamente em desenvolvimento de produtos, comecei a olhar para ela de outra forma. Assim hoje, se fosse possível, gostaria de outorgar um “Oscar automotivo” para o criador do produto. Vejamos os fatos que me conduzem a essa conclusão: – o veículo foi concebido nos anos 40 – rapidamente saiu da prancheta para as ruas – não sei qual a razão, mas em sete anos já estava nas nossas ruas – no começo dos anos 60 já via “a coisa” com estranheza e muita gente faturando com ela
20 interbuss | 16.10.2016
– ousadamente, pelo que sei, era o único carro de carga com motor na parte traseira, algo moderno e revolucionário para a época, já que compartilhava o conceito do Fusca – era uma estrutura monobloco, algo ainda mais ousado e moderno, e corajoso, pois normalmente o conceito era de carroceria sobre um chassi, o que prevalece até os dias atuais nos veículos comerciais em geral – era um veículo super versátil, podia transportar nove passageiros, ou ser um furgão de carga, ou receber uma carroceria carga seca para transporte de carga também. Um verdadeiro 3 em 1!
Pessoalmente, acho um veículo revolucionário para a época e que se perpetuou no mercado até recentemente. E que, infelizmente, deixou seu espaço para veículos similares, mas nenhum efetivamente com o custo/benefício que esse produto ofereceu. Tiro meu “chapéu” ao criador, o holandês Bem Pon. Corajoso, simplesmente isso. *Antônio Eustaquio Sirolli Ferreira é gerente de Desenvolvimento de Produto da Foton Caminhões e profissional com larga experiência no setor
Transpo Online
MAN lança o novo VW Worker 17.230 Distributor
Do site | notícias
A MAN Latin America está apresentando uma nova opção para o transporte de bebidas. A novidade é o VW Worker 17.230 6×2/4 Distributor, caminhão que adota, de forma inédita no segmento, solução derivada de um modelo 17 toneladas na versão 4×2 com a instalação de um segundo eixo direcional de fábrica, com todas as garantias da montadora. Com capacidade para carregar até 630 quilos a mais, isso faz toda diferença no custo operacional do frotista, que pode chegar a levar até 5% a mais por viagem. Desenvolvido numa parceria com a BMB e a Randon, o modelo é o mais leve da categoria se considerado o conjunto caminhão e carroceria. Seu implemento é fabricado em alumínio para diminuir o peso total do veículo e a nova configuração dos eixos abre mais espaço rebaixado na carroceria, facilitando a operação de carga e descarga, além de diminuir a quantidade de pneus demandados — são dois a menos. O rebaixamento do chassi e instalação do segundo eixo direcional são realizados na BMB, centro de customizações exclusivo da MAN Latin America, com todas as garantias da montadora. A solução permite um maior número de baias rebaixadas: são seis, duas a mais que na configuração tradicional. Para a solução, o foco foi a maior produtividade do cliente. O segundo eixo direcional é uma nova proposta para o segmento, mas na qual a MAN Latin America já tem experiência em outros mercados. São mais de seis mil caminhões Volkswagen com essa configuração. O objetivo de todo esse desenvolvimento é garantir um resultado superior aos nossos clientes no chamado TCO, o custo total de operação. Ideal para aplicações mistas de entregas diárias urbanas e intermunicipais, esse Worker 17.230 Distributor pode transportar até 13.060 quilos de carga líquida, o equivalente a cerca de 390 caixas de bebidas. O modelo é equipado com o motor MAN D08, já consagrado no mercado brasileiro pela tecnologia EGR que dispensa a utilização de Arla 32, com 230 cv e bom desempenho, mesmo em baixas rotações.
16.10.2016 |
interbuss 21
COLUNAS
VIAGENS & MEMÓRIA
MARISA VANESSA N. CRUZ | ideiaselembrancas@gmail.com
As linhas metropolitanas da RMSP extintas em 2016 Este ano não está nada bom para as linhas metropolitanas da Grande São Paulo. Foram cerca de 13 linhas extintas, incluindo o cancelamento de três linhas seletivas e mais algumas complementares. No Diário Oficial de 23 de junho, quatro linhas foram paralisadas por 180 dias. 151DV1 – Santo André (Jardim Cambuí) – São Paulo (Fábrica Trol), da Empresa Urbana, porém a 151 mantém, a 057 – Osasco (Vila Menk) – São Paulo (Lapa), da Urubupungá, a seletiva 179 – Embu das Artes (Engenho Velho) – São Paulo (Anhangabaú), da Miracatiba, e a 032BI1 – Embu das Artes (Jardim Mimas) – São Paulo (Pinheiros), também da Miracatiba, e todas elas inativas. Na mesma publicação, foi criada a 032DV1, um serviço noturno da existente 032 – Itapecerica da Serra (Parque Paraíso) – São Paulo (Pinheiros), cuja diferença é via Embu das Artes (Centro). No Diário Oficial de 23 de julho, uma linha foi paralisada por 180 dias, a 398 – Guarulhos (Parque Santos Dumont) – São Paulo (Metrô Armênia), da Guarulhos, já inativa. Porém, sua linha irmã 552 vai muito bem, e com alta demanda. Com essa justificativa, esse foi o maior motivo de ter paralisado a 398. E seus ônibus da 398 foram realocados para a linha 248, que sai do mesmo bairro, mas vai até o Metrô Penha. Na mesma data, ocorreu também a paralisação da linha seletiva 400, da EAOSA. Mauá (Jardim Zaíra) – Diadema (Terminal Metropolitano), junto com a 400EX1. No Diário Oficial de 25 de agosto, foram publicadas as paralisações temporárias por 180 dias das linhas 143 – Mauá (Parque das Américas) – Santo André (Terminal Metropolitano S.A.Leste) via Itapark e Parque Capuava, e também a 159 – Mauá (Sertãozinho) – São Caetano do Sul (Bairro Santo Antônio) via Parque São Vicente. Ambas operadas pela EAOSA e nenhuma dessas linhas estão ativas no site da EMTU. No Diário Oficial de 29 de setembro, mais paralisações de 180 dias foram publicadas, entre elas: 129 – Osasco (Cidade de Deus) – São Paulo (Ceagesp) da Urubupungá, hoje inativa, a seletiva 586 – Diadema (Vila Paulina) – São Paulo (Hospital São Paulo), da Mobibrasil, também inativa, a 015 – Guarulhos (Terminal Metropolitano Taboão) – São Paulo (Campos
22 interbuss | 16.10.2016
Elíseos), da Viação Atual, que até o fechamento desta edição a linha tinha duas partidas na ida, e duas na volta, e a 556 – Ferraz de Vasconcelos (Vila Ana Maria) – São Paulo (Metrô Tatuapé), hoje inativa, da Radial. Esta última era uma das divisões da 205, que vai até o Parque D. Pedro II. Estes foram os cancelamentos “temporários” de linhas metropolitanas da região da Grande São Paulo no ano de
2016. Vimos que a EAOSA, que sofre com greve de funcionários praticamente todo mês devido ao atraso de pagamento dos salários, extinguiu 3 linhas e 1 complementar. E temos duas linhas seletivas a menos, com o cancelamento das linhas 179 (Embu das Artes – Anhangabaú) e a 586 (Diadema Vila Paulina – Hospital São Paulo). Lembrando que a Mobibrasil pos-
suía duas linhas seletivas em sua frota, incluindo a 425 (Diadema Vila Paulina – Terminal Rodoviário do Tietê), paralisada em agosto de 2015 e cancelada em abril de 2016, e infelizmente a empresa abandonou o serviço seletivo. Daí eu pergunto: se essas duas linhas fossem mantidas pela Viação Imigrantes, operadora anterior da Mobibrasil e opera linhas seletivas partindo de
São Bernardo do Campo, estarão ativas até hoje? A minha resposta é sim. Se não, era para ter acabado também com a linha 314 (SBC Orquídeas – Terminal Rodoviário do Tietê), cuja demanda é igual ao da extinta 425. Nem a Urubupungá escapou do cancelamento de duas linhas que eu citei acima. E quanto ao cancelamento da linha 015: aquela linha já foi seletiva, desde a ép-
oca da Expresso Brasileiro e da Transguarulhense. Com a mudança de mãos para a Viação Atual, a linha deixou de ser seletiva e passou a oferecer o serviço comum. Pode ser que eu esqueci de algum cancelamento de alguma linha intermunicipal. Caso ocorra, publicarei na minha próxima coluna. E futuramente haverá mais linhas canceladas, caso a Radial assumir as linhas da CS Brasil. 16.10.2016 |
interbuss 23
REDE SOCIAL
O SEU ESPAÇO AQUI NA INTERBUSS
AS MELHORES FOTOS DA SEMANA NO FACEBOOK
Manuel Felipe | Marcopolo Viaggio G7 1050 MBB OF-1721E5
Rodrigo Gomes | Marcopolo Viaggio G7 1050 MBB O-500R
Mateus Barbosa | Caio Apache S21 MBB OF-1417 Vinícius Ferreira | Marcopolo Torino MBB OF-1721E5
Caio César | Marcopolo Torino GV MBB OF-1620
24 interbuss | 16.10.2016
Caio César | Comil Svelto Volvo B270F
DIGITAL
Aplicativos
Connected Citizens do Waze celebra a sua 100ª parceria
Programa que foi lançado em 2014 com 10 cidades participantes tem como objetivo auxiliar nos deslocamentos dos munícipes pelas localidades Do Waze | assessoria
O Waze, aplicativo de navegação gratuito e em tempo real com crowdsourcing que tem a maior rede de motoristas do mundo, anunciou na segunda-feira, dia 10, no ITS World Congress que o Transport for London é o primeiro parceiro do Reino Unido e o 100o no mundo a se juntar ao Programa Connected Citizens (CCP) do Waze. Desenvolvido como uma troca de informações em mão-dupla e gratuita, o Connected Citizens empodera municipalidades a aproveitar os insights em tempo real para melhorar congestionamentos e a tomada de decisões. Lançado em outubro de 2014 com 10 cidades participantes, o programa agora conta com 100 parceiros globais incluindo cidades, estados e agências não governamentais, organizações sem fins lucrativos e socorristas. Transport for London se junta a parceiros na América do Norte, América Latina, Ásia, Pacífico, Europa e Oriente Médio, incluindo o U.S. Department of Transportation (Estados Unidos), Centro de Operações Rio (Brasil), Rome Center for Mobility (Itália), e o Transportation Management Centre of New South Wales (Austrália). “Receber as informações de trânsito mais atualizadas diretamente dos motoristas quando e onde estão é a chave para evitar atrasos”, diz Phil Young, Head of Online do Transport for London. “Nós temos uma riqueza de dados abertos disponíveis e, ao trabalhar com o Waze e nos juntarmos ao programa global Connected Citizens, garantimos que os usuários das vias de Londres tenham a informação que precisam para planejar suas viagens, e também podemos angariar mais dados para nos ajudar a gerenciar a movimentada rede viária da cidade.” Estabelecido como uma troca de dados em mão-dupla, o Waze fornece aos parceiros dados anônimos sobre incidentes e lentidão em tempo real, gerados no aplicativo diretamente da fonte: os próprios motoristas. Em troca, parceiros oferecem informações reportadas pelo governo sobre construções, acidentes e fechamento de vias para o Waze, para terem como retorno uma das visões mais sucintas e completas das
condições das vias atualmente. Ao contrário de outros projetos para cidades inteligentes, o Programa Connected Citizens do Waze tem gerado um impacto concreto desde sua criação há dois anos. Desde reduzir congestionamentos em centros como Boston e diminuir o tempo de resposta de emergência em todo os Estados Unidos, a facilitar o planejamento de infraestrutura do Rio de Janeiro e a resposta de crise no México, parceiros continuam a reinventar como os dados do Waze podem ser usados para melhorar a mobilidade urbana em suas regiões. “Desde 2008, o Waze evoluiu de um aplicativo de trânsito para um agente de mudança do tráfico e de inovação em mobilidade”, diz Paige Fitzgerald, Head de New Business Development - Data Acquisition do Waze. “Aproveitando insights dos mais de 65 milhões de usuários mensais ativos, dos editores de mapa, e dos vários parceiros de dados, o Waze continua a compartilhar uma base de conhecimentos de trânsito sem precedentes e insights de motoristas para melhorar a mobilidade urbana ao redor do mundo.” É essencial que potenciais parceiros mostrem sua dedicação com o engajamento civil e se comprometam a usar as informações do Waze para melhorar a eficiência da cidade. Além disso, é esperado que parceiros
meçam e compartilhem suas resultados e descobertas com outras organizações municipais, desenvolvendo estudos de caso que servem como chave para um conjunto global de melhorias para a mobilidade coletiva. Para saber mais sobre o Connected Citizens, visite http://waze.com/ccp. Para fazer download do aplicativo gratuito do Waze para iOS ou Android, visite http://www.waze. com/get. Sobre o Waze O Waze é pioneiro em navegação social, otimizando a tecnologia móvel e a comunidade global engajada para redefinir as expectativas em relação aos mapas de hoje. O Waze tem a maior rede de motoristas do mundo, que trabalham juntos diariamente para superar o trânsito e economizar tempo e dinheiro. O app recomenda consistentemente as rotas mais rápidas com base em direção em tempo real e dados de milhares de usuários. De redirecionamento de tráfego, pontos de combustíveis com preços baixos e ofertas relevantes de grandes marcas, o Waze é uma das companhias de direção mais amplas do mercado. Para fazer o download gratuito do aplicativo Waze para iOS e Android, visite http://www.waze.com. Para mais informações sobre a política de privacidade do Waze, acesse: https://www.waze.com/legal/ privacy. 16.10.2016 |
interbuss 25
CAMINHÕES
Consórcios
Apta apresenta uma nova modalidade de consórcio
Objetivo é incrementar a venda de caminhões; Administração do novo grupo de consórcio ficará à cargo do Consórcio Luiza, grande especializado no setor
Da Apta | assessoria A Apta Caminhões e Ônibus aposta em uma nova modalidade de vendas para incrementar os negócios. A concessionária, com unidades no litoral e em São Bernardo do Campo, oferece aos clientes um grupo de consórcio, operado pelo Consórcio Luiza, especializada na modalidade e que dispõe de um atendimento personalizado. A Administradora Luiza é filiada à Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC) e Sindicato Nacional dos Administradores de Consórcios (SINAC), além de regulamentada e fiscalizada pelo Banco Central do Brasil. Para a Apta, a parceria com o consórcio é uma oportunidade para que os clientes comecem um novo negócio ou
26 interbuss | 16.10.2016
renove toda a sua frota. Os planos estão disponíveis para todos os modelos de caminhões e ônibus, zero quilômetro, seminovos ou usados. Entre as vantagens para o cliente está o fato de as parcelas serem divididas por igual durante todo o plano, com diversos valores de crédito e prazos de 80 a 120 meses. Para um crédito de R$ 215.235,00, equivalente ao valor de um Constellation 15.190 E DC, as parcelas são de R$ 2.170,21 em 120 meses. Já a compra para um VW 10.160 são 120 prestações de R$ 1.677,64. Outras informações podem ser obtidas pelo número 4359-9000 ramal 9066. A Administradora, que faz parte do Grupo Luiza, já entregou mais de 260 mil bens e atualmente possui mais de 70
mil clientes ativos. O consórcio foi criado em 1992. Entre os benefícios oferecidos pelo plano aos clientes estão a isenção de fundo de reserva e de taxa de adesão, além de não ter parcelas intermediárias ou no final. Apta - A concessionária de caminhões e ônibus é uma das mais modernas da rede MAN Latin America/ Volkswagen. Possui unidades estrategicamente bem localizadas às margens da rodovia dos Imigrantes, uma no planalto no Km 26 na junção com o Rodoanel e outra na Baixada Santista no KM 64. As concessionárias atuam com uma linha completa e sua estrutura se divide entre vendas de caminhões e ônibus, novos e usados, peças e assistência técnica. A Apta atende 39 municípios da Grande São Paulo e 11 do litoral paulista.
ANUNCIE NA
INTERBUSS E FIQUE PERTO DO SEU PÚBLICO E DOS SEUS POTENCIAIS
CLIENTES CONTACTE-NOS E FAÇA UM BOM NEGÓCIO
revista@portalinterbuss.com.br
interbuss PORQUE TRANSPORTE É VIDA
03.07.2016 |
interbuss 27
O MELHOR DA INTERBUSS
UMA SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS NAS GALERIAS DO PORTA
Kleisson Gonçalves Monobloco MBB O-400RSD | Itapemirim
Mateus Barbosa Busscar Vissta Buss LO MBB O-400RSE | Pássaro Marron
Gustavo Bayde Neobus Spectrum City MBB OF-1418 | Jabour
Giovani Pereira Alencar Marcopolo Torino Scania F230 | Metrópolis
Alex Claudino Marcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RSD | Penha
Alexsandro Farias Barros Marcopolo Paradiso G6 1200 Scania K420 | Gontijo
28 interbuss | 16.10.2016
S JÁ TAL INTERBUSS
César Castro Marcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RSD | Expresso do Sul
César Castro Marcopolo Viale MBB OF-1722 | Ingá
Cosme Souza Oliveira Marcopolo Paradiso G7 1050 MBB O-500R | Breda
Douglas Andrez Marcopolo Paradiso G7 1200 Scania K340 | Paraúna
Amilton - Londrina Marcopolo Paradiso G6 1550LD MBB O-500RSD | Brasil Sul
Douglas Andrez Marcopolo Paradiso G6 1550LD MBB O-500RSD | Satélite Norte 16.10.2016 |
interbuss 29
PNEUS
Mercado
Bridgestone é campeã de vendas pelo 8º ano seguido
Empresa japonesa foi reconhecida como a marca que mais vende pneus em todo o mundo pelo oitavo ano consecutivo, em torno de US$ 24 bilhões
Da Bridgestone | assessoria Pelo oitavo ano consecutivo, a Bridgestone foi reconhecida como a marca que mais vende pneus no mundo inteiro. Com vendas globais em torno de 24 bilhões de dólares em 2015, a empresa aparece em primeiro lugar no ranking das 75 marcas mais vendidas do planeta, em levantamento realizado pelo periódico Tire Business. Segundo a publicação, as marcas que ocupam os 10 primeiros lugares da lista foram responsáveis por mais de 63% das vendas de pneus no ano passado, enfrentando como maior dificuldade a grande flutuação do preço do dólar que marcou
30 interbuss | 16.10.2016
2015. A Bridgestone se mantém no topo do ranking desde 2008. O total de vendas avaliado pela Tire Business usa como base apenas as receitas de pneus de fabricação própria, excluindo a venda de outros produtos não pneumáticos e receitas relacionadas ao atendimento em lojas de varejo de propriedade da empresa. Segundo o periódico, a Bridgestone também apresenta faturamento relevante com esses produtos e serviços. Sobre a Bridgestone Com sede em Tóquio (Japão), a Bridgestone é a maior empresa de pneus e borracha do mundo. Além de pneus para
utilização em uma ampla variedade de aplicações, a Bridgestone também atua nos segmentos de molas pneumáticas; produtos químicos para aplicações em construção civil, como materiais de impermeabilização; borracha industrial; e artigos desportivos, entre outros. Seus produtos são vendidos em mais de 150 países em todo o mundo. No Brasil, a fabricação de pneus das marcas Bridgestone e Firestone está distribuída nas unidades de Santo André (SP) e de Camaçari (BA). A companhia possui também duas fábricas de bandas de rodagem e partes de borracha para reforma de pneus, instaladas em Campinas (SP) e Mafra (SC).
ANUNCIE NA
INTERBUSS E FIQUE PERTO DO SEU PÚBLICO E DOS SEUS POTENCIAIS
CLIENTES CONTACTE-NOS E FAÇA UM BOM NEGÓCIO
revista@portalinterbuss.com.br
interbuss PORQUE TRANSPORTE É VIDA
NOVA INTERBUSS. NOVO CONTEÚDO
NOVA VISÃO TUDO NOVO TUDO POR VOCÊ interbuss PORQUE TRANSPORTE É VIDA