Revista InterBuss - Edição 50 -26/06/2011

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R EV I ST A

InterBuss

ANO 1 Nº 50 26/06/2011

NA PRÓXIMA EDIÇÃO: NOVA REVISTA INTERBUSS E ESPECIAL DE 1 ANO. NÃO PERCAM!

Capital baiana começou a testar vários serviços adicionais em ônibus urbanos

Luiz Carlos Pimenta, presidente da Volvo Bus no Brasil, peça fundamental para trazer a produção de híbridos para cá

SALVADOR TESTA WI-FI NOS URBANOS


ESTE ESPAÇO ESTÁ RESERVADO PARA VOCÊ E PARA O SEU PRODUTO! ANUNCIE NA REVISTA INTERBUSS E ENTRE NA CASA DE MILHARES DE PESSOAS DIARIAMENTE! ENVIE SEU E-MAIL PARA revista@portalinterbuss.com.br

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CONTEÚDOINFORMAÇÃO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE COM QUALIDADE


NESTA EDIÇÃO

VEM AÍ A NOVA REVISTA INTERBUSS. VAMOS COMPLETAR 1 ANO DE CIRCULAÇÃO, COM UM NOVO LAYOUT E MUITO MAIS CONTEÚDO. ESTREIA NA PRÓXIMA SEMANA, DIA 3 DE JULHO. Edição número 50 • Domingo, 26 de Junho de 2011 • Concluída às 02h07 • Esta edição tem 20 páginas

EDITORIAL • Empresas investigadas .............................. 4

Revista na Rede

A SEMANA EM 10 TEMPOS ......................................... 5

Os sites do grupo Portal InterBuss são atualizados frequentemente com novos conteúdos. Fiquem atualizados com eles:

PÔSTER • Josenilton Cavalcante da Cruz....................... 10 COLUNISTAS • Adamo Bazani ..................................... 12 MURAL • Os sociais da Revista InterBuss..................... 13 COLUNISTAS • Luciano Roncolato ................................ 14 COLUNISTAS • José Euvilásio Sales Bezerra ................. 16 COLUNISTAS • William Gimenes .................................. 17 Excepcionalmente não trazemos a coluna de Marisa Vanessa N. Cruz nesta edição, que volta na semana que vem. • Foto da capa - Franz Hecher

• REVISTA ELETRÔNICA Acesse nosso conteúdo também na revista eletrônica, todos os dias, 24h por dia, em: www.portalinterbuss.com.br/revista • NOTÍCIAS Veja notícias do setor de transportes atualizadas diariamente em nosso site: www.portalinterbuss.com.br/revista • GALERIAS DE IMAGENS Nossas galerias são atualizadas semanalmente com fotos, desenhos e conteúdos enviados por diversos colaboradores de todo o Brasil. Veja em: www.portalinterbuss.com.br/galeria Tudo no site: www.portalinterbuss.com.br


EDITORIAL

Transporte coletivo precário na maioria das cidades O transporte coletivo no Brasil é sempre visto com muita repulsa por grande parte da população por conta da má qualidade dos serviços prestados. Mesmo assim, o transporte público continua sendo uma grande bandeira eleitoral, puxando muitos votos das regiões mais periféricas, curiosamente as que mais sofrem. Nos últimos anos, as cidades maiores têm feito um trabalho de asfaltamento dos itinerários de ônibus para “melhorar a qualidade do serviço”. É comum visitar lugares em que no meio de um monte de lama há trilhas de asfalto. Muitas vezes esse processo de asfaltamento ainda tem que ser bancado pelas próprias operadoras do transporte local, mostrando uma total ausência do poder público. Será que o poder público não sabe que o transporte público melhora a qualidade de vida das pessoas por diversos motivos, entre eles tirando carros das ruas, diminuindo os congestionamentos e deixando o ar mais limpo? Muita gente comprou carro e está indo trabalhar com veículos individuais pois não aguentava mais andar em ônibus lotados, sujos, velhos e que ainda por REVISTA

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A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo. Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países. Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail revista@portalinterbuss.com.br. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autorizada apenas após um pedido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

cima, atrasavam ou quebravam. Com um transporte de qualidade, racional e inteligente, o público volta. O maior exemplo que temos aqui no Brasil é Curitiba, e mesmo assim ainda há muita superlotação por lá, sobretudo nos biarticulados. Mesmo assim, o sistema em geral é um outro mundo dentro do Brasil. Ainda não há um sistema interessante que chegue a ser ao menos similar ao da capital paranaense. Muitas cidades resolveram se mexer agora, há pouco tempo para a Copa do Mundo de 2014 com projetos mirabolantes que nunca vão sair do papel, e ainda precisam de dinheiro da esfera federal para tentar fazer a implantação desses projetos sem nexo. A abertura de corredores exclusivos é muito mais barato e funcional, mesmo com várias desapropriações, porém ainda há prefeito e governador que insiste em projetos caríssimos, demorados e pouco funcionais. Está na hora da alguns administradores repensarem suas atitudes e pensarem mais num contexto geral, melhorando o transporte de forma global, e não local. PARA ANUNCIAR Envie um e-mail para revista@portalinterbuss.com.br ou ligue para (19) 9636.1087 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos! PARA ASSINAR Por enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibilizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem para revista@portalinterbuss.com.br e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado. CONTATO A Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conversar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para revista@por-

Do Leitor Entrevistas Olá! Gostaria de saber quando que a revista voltará a fazer entrevistas. No final do ano li as que foram feitas com os designers Missemota e Gandolfo e consegui tirar muitas dúvidas. Achei muito legal a iniciativa da revista em ter feito elas. Obrigado e parabéns! Marcos Felício Petrolina/PE Nota da redação: Agradecemos o contato Marcos! A partir do mês que vem, as entrevistas serão mensais com dia fixo. Dessa forma as leituras ficarão garantidas. Fique ligado na nova Revista InterBuss!

Contatos em geral

Você também pode enviar seu contato diretamente para cada um de nossos colunistas e repórteres. Basta verificar logo no início ou no final o contato de cada um deles e enviar uma mensagem. Caso não haja nenhum canal de relacionamento disponível na matéria, você pode enviar sua mensagem através do e-mail revista@portalinterbuss.com.br. A Revista InterBuss é aberta para a sua opinião, sugestões de matérias, críticas e tudo que for relacionado ao transporte coletivo urbano ou rodoviário, nacional ou internacional. Entre em contato conosco e faça o envio de sua mensagem! Este espaço é democrático e está aberto para você! A Revista InterBuss é o espaço certo para a sua opinião! Este espaço é para você deixar a sua opinião sobre nosso conteúdo. Para isso, entre em contato através do e-mail revista@portalinterbuss.com.br. Na próxima edição, publicaremos sua opinião neste espaço. talinterbuss.com.br ou contato@portalinterbuss.com. br. Procuramos atender a todos o mais rápido possível. A EQUIPE INTERBUSS A equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sempre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe. Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo email contato@portalinterbuss.com.br ou pelo telefone (19) 9636.1087, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.


A SEMANA EM 10 TEMPOS DE 19 A 25/06/2011

ANTT autoriza reajuste de tarifas de ônibus interestaduais em 5% Reajuste poderá ser aplicado às tarifas a partir do próximo dia primeiro de julho em todo o Brasil Foto: Luciano Roncolato

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), vinculada ao Ministério dos Transportes, autorizou nesta sexta-feira (24) o reajuste de 5,017% nos coeficientes usados pelas empresas de ônibus interestaduais e internacionais para calcular o preço das tarifas. O percentual de reajuste se refere somente ao coeficiente e não significa que o preço da passagem subirá nesse patamar. Os coeficientes tarifários são diferentes para cada tipo de ônibus, como, por exemplo, convencional com sanitário, convencional sem sanitário, executivo sem ou com ar condicionado e outros. Conforme a ANTT, o valor da tarifa por passageiro é calculado pela distância do trajeto multiplicado pelo coeficiente tarifário. Ao resultado, é acrescentado o valor da tarifa de embarque, ICMS estadual e rateio dos pedágios - quando houver - por passageiro. Impacto para o consumidor O site G1 consultou a diretora da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati), Letícia Pineschi Kitagawa, que estimou o impacto do reajuste em algumas linhas operadas pela Viação Sampaio, no Rio de Janeiro. No exemplo de uma das linhas de maior movimento, a Rio de Janeiro (RJ) São José dos Campos (SP), o preço subirá de R$ 55,03 para R$ 57,50 com o reajuste. Já na linha Rio de Janeiro (RJ) - Aparecida (SP), a tarifa deve subir dos atuais R$ 43,63 para R$ 47,58. “O pleito da Abrati era de um

Ônibus em linha interestadual: reajuste de 5% a partir da semana que vem reajuste maior porque, só no trecho Rio-São cantes (IPC-DI), rodagem (IPA-DI), pessoal Paulo, todos os aumentos concedidos aos (INPC), peças e acessórios (IPA-DI), veículos sindicatos dos empregados do setor foram e ativos (IPA-DI) e despesas gerais (IPCA). A resolução foi publicada no “Diário superiores a 10%”, afirmou a executiva, por Oficial da União” nesta sexta e o reajuste telefone. Segundo ela, os preços são influenpoderá ser aplicado a partir de 1º de julho. De ciados ainda por impostos e taxas. acordo com a ANTT, o reajuste a cada 12 me Nos R$ 55,03 da passagem do Rio a ses é previsto nos contratos com as empresas São José dos Campos, por exemplo, R$ 9,35 concessionárias dos serviços. são de ICMS, R$ 2,21 repasse para pedágio e O reajuste vale para viagens de longa R$ 3,50 taxa rodoviária, segundo Letícia. distância, acima de 75 quilômetros. Para os ônibus interestaduais e internacionais semiCálculo do reajuste A agência afirmou que leva em urbanos, com distância de até 75 quilômetros, conta para a definição do reajuste índices haverá uma resolução específica, informou a de inflação dos combustíveis (ANP), lubrifi- ANTT. (G1)

Cada ônibus de São Paulo recebeu, em média, 10 multas no ano passado. No total, a SPTrans (São Paulo Transportes) emitiu 152 mil multas às empresas concessionárias e às cooperativas que operam no sistema de transporte público municipal e compõem a frota que, no ano passado, tinha 15.003 veículos cadastrados, trafegando em 1,3 mil linhas. Mais de um terço de todas as multas, por volta de 50 mil, foi aplicado por atrasos: ônibus que não cumpriram os horários de partidas e de intervalos. Foram 137 multas aplicadas por

dia tendo como motivo o atraso de ônibus. Em pesquisa realizada no início do ano pela SPTrans, os usuários apontaram o atraso como o principal problema dos ônibus em São Paulo. O atraso também esconde outro problema. A SPTrans não possui o número específico de quantos ônibus circulam lotados pela cidade, mas considera o problema diretamente relacionado aos atrasos: quanto mais eles se atrasam e demoram, mais passageiros esperam nos pontos e, consequentemente, mais pessoas vão encher os veículos. Tempo é dinheiro - Ter de esperar em

135 ônibus de SP são multados por dia por atraso

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pontos lotados é uma das principais razões por que o paulistano não troca seu carro por ônibus. Reportagem recente do Destak Jornal revelou que, se um motorista que dirige cerca de 8 km por dia trocasse o carro pelo ônibus, poderia fazer uma economia de até R$ 11 mil por ano. Os cálculos foram feitos pelo professor de finanças da Fundação Getulio Vargas Samy Dana, que considerou o uso de um carro popular de R$ 25 mil, além do pagamento de IPVA, seguro obrigatório, licenciamento, estacionamento, depreciação do veículo e combustível. (Destak Jornal)

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A SEMANA EM 10 TEMPOS

Foto: Danilo Alezxandre

São Luís recebe 24 novos ônibus para reforçar a frota

Ônibus urbano em circulação em 2009 na cidade de São Luís: mais 24 ônibus novos A Prefeitura de São Luís reforçou a o mês de julho, a substituição ultrapassará 300 frota do sistema de transporte público da capital novos ônibus no Sistema de Transporte. maranhense com mais 24 novos ônibus à popu- Nova frota - Diante de diversos lação. Acompanhado do secretário municipal vereadores e secretários municipais, os cadeide Trânsito e Transportes, Clodomir Paz, o pre- rantes Antônio Nunes e Argemiro Sousa fizeram feito João Castelo disse, durante o ato de entrega o teste de utilização dos elevadores adaptados dos veículos, que manterá os entendimentos nos novos ônibus. Castelo fez questão de cumcom os empresários para que, a cada ano, possa primentá-los, estendendo seus cumprimentos ser renovada a frota e, consequentemente, seja ao empresário Gilson Neto, representante do assegurada a melhoria da qualidade do trans- Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo porte coletivo da cidade. (SET). Os 24 novos veículos possuem eleva- Na solenidade, que contou com a dores, permitindo acessibilidade às pessoas com presença dos vereadores José Joaquim, Ivaldo deficiência, e são das empresas Rio Anil/Gon- Rodrigues, Vieira Lima, Josué Pinheiro, Chaçalves, São Benedito, Pericumã e Viação Pelé. Os guinha e Silvino Abreu, o prefeito fez a entrega veículos vão proporcionar maior conforto aos simbólica da chave de um dos novos ônibus ao usuários do Sistema Integrado de Transporte de secretário Clodomir Paz e ao empresário Gilson São Luís nas regiões do Coroadinho, zona ru- Neto. ral, São Francisco, São Cristóvão e Divineia. Ao Durante a cerimônia, realizada na todo, serão beneficiados 54 mil usuários. Praça Maria Aragão, Clodomir Paz frisou que “Estamos atingindo a meta traçada a substituição destes veículos também possibilipara renovação da frota”, disse João Castelo, tará a redução da idade média dos ônibus que lembrando que agora o sistema já conta com circulam no Sistema Integrado de Transporte 280 ônibus novos. “A cada ano, vamos reduzir de São Luís, conforme previsto em lei mua idade média de uso destes veículos. Tudo será nicipal. Ele destacou que todos os veículos são feito para que ônibus novos, modernos e con- adaptados com elevadores, favorecendo melhor fortáveis sejam colocados à disposição da nossa acessibilidade aos portadores de necessidades coletividade”, ressaltou o prefeito. especiais. São carros longos com 16 metros de Segundo Clodomir Paz, com a inser- comprimento e três portas, próprios para termição destes novos veículos, está sendo cumprida nais de integração. a meta de renovação da frota, conforme com- O cadeirante Agemiro Sousa, de 53 promisso firmado pela Prefeitura de São Luís anos, elogiou os esforços do prefeito João Case pelo Sindicato das Empresas de Transporte telo, afirmando que os ônibus adaptados diminColetivo em fevereiro de 2010. Na ocasião, ficou uem, consideravelmente, as dificuldades das acertada a troca de 300 dos 1.108 ônibus que pessoas portadoras de necessidades especiais. atualmente rodam na capital maranhense. Até (Jornal Pequeno)

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Campo Grande /MS terá pré-embarque a partir de agosto Campo Grande deve contar até o final de agosto com cinco unidades instaladas do sistema de pré-embarque no transporte coletivo. Na semana passada na Praça Ary Coelho começou a funcionar mais uma estação, situada na Rua 13 de Maio, próxima à esquina com a Rua 15 de Novembro. Com abrigo padronizado, catraca, leitora de cartão e piso tátil, a nova estação registrou em apenas um dia de operação movimento de 3.700 pessoas, entre pagantes e não pagantes, segundo informação da Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande (Assetur), responsável pela implantação do sistema de unidades de pré-embarque na Capital. A previsão é que até agosto, mês de aniversário da cidade, entrem em funcionamento na área central outras duas estações na Avenida Afonso Pena — uma na Praça Ary Coelho e a outra entre as ruas 14 de Julho e Calógeras —, elevando para cinco o número de unidades que oferecem o sistema de pré-embarque no transporte coletivo, com pagamento antecipado da passagem nas estações e acesso do usuário diretamente pelas portas traseiras dos ônibus. (Correio do Estado)

Manaus vistoria nova frota em produção

Os novos ônibus que vão compor a frota de transporte coletivo de Manaus entraram em fase final de montagem e em breve estarão circulando nas ruas da cidade. A produção dos veículos nas fábricas do sul do país está sendo acompanhada de perto pelo titular da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), Marcos Cavalcante, que iniciou na segunda feira (20) uma sequência de vistoria nos fabricantes. Durante as visitas, o superintendente da SMTU reúne-se com a direção das empresas para reforçar o compromisso das fábricas com a Prefeitura de Manaus. “Os fabricantes se comprometeram em priorizar a produção dos ônibus para a nossa cidade”, assegurou Marcos Cavalcante, acrescentando que toda a nova frota terá ônibus modernos e dentro das normas de acessibilidade. O representante da Prefeitura de Manaus supervisionou, primeiramente, a fábrica Marcopolo, em Caxias do Sul. Ainda no RS, Marcos Cavalcante visita os fabricantes de carrocerias de veículos pesados, como a NeoBus e a Comil, na cidade de Erechim. Em seguida, ele confere a produção dos ônibus articulados em uma fábrica de Curitiba. No Rio de Janeiro, Cavalcante vai inspecionar os ônibus convencionais que estão sendo produzidos pela Ciferal (A Crítica)

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Ônibus urbanos de Salvador terão internet Foto: Felipe Pessoa de Albuquerque

Imagine se de manhã cedinho, antes de sair de casa, você pudesse se informar, pelo celular, quanto tempo faltaria para o ônibus chegar ao seu ponto. Ao embarcar no coletivo, você pagaria a mesma tarifa (hoje, R$ 2,50), mas teria internet gratuita, computador de bordo, televisores LCD com serviço de entretenimento, além de um sistema completo de informações sobre a rota e o comércio. Você nem precisaria ter medo, porque seu ônibus contaria com equipamentos de segurança e vigilância para ajudar a reduzir assaltos. Câmeras em pontos estratégicos, dentro e fora do veículo, transmitiriam à empresa de transporte tudo o que ocorresse dentro do coletivo em tempo real. Coisa de primeiro mundo? Não necessariamente. Essa historinha já está deixando de ser imaginação e virando realidade em Salvador, mas por enquanto em apenas dez ônibus da empresa Praia Grande. Após realizar testes preliminares em uma das linhas (Plataforma/Pituba), a companhia já instalou os equipamentos em outros dois veículos da mesma linha. A previsão é que até 10 de julho, os dez veículos estejam equipados. “Estamos vendo se o sistema funciona na prática. Em caso positivo, a nossa ideia é ampliar para todos os veículos da nossa frota”, assegurou Matheus Souza, diretor do Grupo Evangelista (Gevan), que detém a Praia Grande e outras quatro empresas que rodam na cidade. Ao todo, o grupo controla 35% da frota de Salvador, o equivalente a mais de 900 dos 2,6 mil ônibus. Os carros farão as linhas: Plataforma/Pituba (cinco veículos); Boa Vista do Lobato/ Barra e Cabrito/Ribeira (dois) e Colinas de Periperi/Itaigara (três).

Ônibus urbano de Salvador: em breve, unidades com TV e internet wi-fi

Parceria A novidade é resultado de uma parceria entre a empresa baiana de inovação Softwell So-

lutions e a americana IBM. Enquanto a Softwell criou o sistema, denominado Techbus, a IBM forneceu a tecnologia. Segundo informações da Softwell, os coletivos com o sistema instalado vão começar a rodar até o final do mês. Em algumas semanas, os ônibus escolhidos já devem começar a aparecer nas ruas com adesivos publicitários do Techbus. “Esse sistema não onera a tarifa, porque é interesse da própria empresa. Com o Techbus, eles oferecem serviço melhor ao usuário e obtêm benefícios, como a facilidade de monitorar a frota”, assegurou um porta-voz da Softwell Solutions que preferiu não se identificar. A mesma fonte acrescentou que o projeto piloto deve custar em torno de R$ 100 mil, já que a implantação do Techbus em cada coletivo custa aproximadamente R$ 10 mil. Cada ônibus contará com redes 3G, GPS, sensor de catraca, etiqueta de RFID, câmeras, além de dois moni-

tores com telas de LCD para exibição de informações e mídia baseada em georeferenciamento (pela localização do veículo). O profissional de Sistema da Informação e usuário de ônibus Caio Marques, 25 anos, mostrou-se muito empolgado com a novidade. “Implantar a tecnologia é viável e a iniciativa é muito interessante, mas não sei se levaria o meu notebook em um ônibus de Salvador”, ponderou. Marques destacou a ideia de ser informado pelo celular sobre o trajeto do ônibus. “Uma vez, indo para o aeroporto, quase perdi o voo por causa do atraso do ônibus. Com um sistema desses, não teria esse problema”, vislumbrou. Ele contou que, na ocasião, chegou a ligar para a empresa de ônibus que fazia a rota da sua casa ao aeroporto e a se informar sobre os horários dos coletivos, mas a companhia não previu os atrasos. “Preferi ir de táxi”, lembrou. (Correio da Bahia)

Os ônibus que circulam pelo Conjunto Santos Dumont, parte alta de Maceió, deixaram de estacionar no terminal de ônibus para estacionar na principal via do bairro, a Avenida Tancredo Neves. Os motoristas dos coletivos dizem que a mudança aconteceu por causa das ruas estreitas e da insegurança no prédio do antigo terminal, que está abandonado. “As ruas que dão acesso ao terminal de ônibus são de barro, esburacadas e muito apertada, mal dá para os ônibus passarem. No caminho existe um trecho que só dá para passar um veículo porque tem um casa na esquina estreitando a passagem e para piorar ainda tem um buraco que a gente é obrigado a passar por cima, por causa do aperto”, explica o motorista da empresa

Cidade de Maceió, José Wilton dos Santos. José Wilton reforçou que o buraco da rua é tão grande que os ônibus chegam a pender para o lado, quase batendo na casa, quando passam pela rua. A equipe de reportagem da Rádio Gazetaweb flagrou parte do muro da casa destruído no topo comprovando a denuncia do motorista. O dono da casa não foi localizado. Por outro lado, os moradores do Santos Dumont que dependem dos coletivos denunciam que o terminal de ônibus do Santos Dumont está abandonado há mais de 30 anos e reclamam da violência e da falta de ônibus. José Alberto Tavares, 41, e Inalda da Silva moram no bairro e disseram que o terminal no meio da rua é a única solução. De acordo com eles, o verdadeiro

terminal de ônibus está destelhado e virou abrigo para usuários de drogas. “Durante a manhã, as filas começam a ser formar a partir das 5h e as pessoas chegam a ficar no meio da rua esperando para entrar no ônibus. Aqui precisa de segurança, mesmo se reformar o terminal ninguém vai pra lá porque é muito longe e é melhor ir andando até a entrada da UFAL para pegar ônibus porque tem mais opções”, protesta José Alberto Tavares. Ainda por causa do aumento da violência, os ônibus deixaram de circular pelo conjunto Novo Horizonte. O motorista José Wilton disse que os ônibus podem voltar a circular pelo terminal de ônibus, mas uma das soluções seria que a prefeitura desapropriasse a casa que atrapalha o percurso dos ônibus. (Gazeta Web)

Terminal abandonado em Maceió traz insegurança

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A SEMANA EM 10 TEMPOS

Sorocaba reclama de atrasos e falta de ônibus ; prefeitura culpa emergenciais

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Foto: Luciano Roncolato

Caminhando pelas ruas de Sorocaba, o jornal Bom Dia ouviu diversas reclamações sobre os ônibus da cidade, mas uma delas superou todas as demais: a superlotação. Depois de coletar informações, a reportagem decidiu acompanhar uma viagem da linha 62-São Bento, sentido bairro. Na avenida Ipanema, na altura do número 176, em frente ao Carrefour, o repórter fotográfico Gilson Hanashiro e eu tivemos de esperar o veículo por quase meia hora. Depois do chá de cadeira, enfrentamos o que a população narrou, em detalhes. O motorista não queria abrir a porta por um motivo drástico: o ônibus estava lotado, sem condições de transportar mais ninguém. Mas após perceber que era a reportagem do BOM DIA, um dos usuários gritou: “É o jornal, abre para eles”. Com dificuldade, foi possível apurar o que passa o passageiro, dentro do que chamam de “lata de sardinha”. Sensações de aperto, falta de ar, calor e cansaço, com a mão imóvel ao teto, sem poder se mexer. As mulheres ficam na retaguarda para evitar o assédio. “Levanta o pé, levanta o pé ou deixa ele de lado, rápido”, avisou Jonas Carvalho, 50 anos, estoquista. Veterano na arte de subir em ônibus lotado, ele salvou o pé do repórter, que quase foi prensado pela porta. Receptivo, o motorista , cujo nome preferimos não revelar, comentou que o procedimento de passar batido pelos pontos virou rotina. “Hoje, depois que saí do terminal, peguei só um nos pontos. O veículo sai de lá saturado. No horário de pico, é sempre assim. A Urbes não toma providência nenhuma”, afirma. Ao passar por Marcela Alves, 20, operadora de telemarketing, foi fácil perceber sua indignação e angústia. Usuária costumaz da linha, disse: “A lotação é o problema mais grave do sistema de ônibus em Sorocaba. A prefeitura aumenta a tarifa enquanto a qualidade continua ruim”. E é ruim mesmo. O usuário consegue mexer o pé apenas no Terminal de Transferência Ipanema. Lá, o ônibus volta ao normal. Para o aposentado João Eduardo, 57, a Urbes poderia criar um Expresso Circular “para levar os usuários à área de transferência”. A linha atual levaria os usuários do São Bento ao ponto final, sem paradas. O jornal Bom Dia apurou que outras linhas estão superlotadas. São: 10-Senac, 14- Santa Rosália, 15-Jardim São Paulo, 16Angélica, 31-Cajuru, 52-Cidade Universitária,

Ônibus urbano em Sorocaba: muitas reclamações 65-Campolim, 58-Vitória Régia, 53-Éden e 70Novo Horizonte. Outras duas denúncias surgiram no meio do percurso: ar condicionado quebrado e atendimento ruim. As pessoas não sabem a quem reclamar – os fiscais não aceitam sugestões e não conversam com o seu principal cliente: o usuário. Urbes põe a culpa em contrato emergencial Dificuldade para investir. Esta é a causa da saturação do transporte coletivo de Sorocaba, segundo a Urbes – Trânsito e Transporte. A empresa informa, em nota, que parte do sistema está em regime de contratação emergencial, o que dificulta investimentos imediatos. “Contudo, a Urbes monitora as linhas e faz 37 viagens extras por dia. Renovamos 70% da frota, que passou de 332 para 377 veículos, um aumento de 12%”, diz a empresa. E continua: “A idade da frota caiu de oito para três anos. Inauguramos cinco áreas de transferência e reduzimos a tarifa aos domingos. Implantamos novas linhas, horários e itinerários. Em breve, teremos mais veículos, com maior capacidade no atendimento para a zona norte e industrial (concessão do lote 1, finalizado pela prefeitura na semana retrasada). Atenderemos eventuais situações que mereçam ações imediatas”. A empresa alega que os ônibus não têm ar-condicionado, mas um “sistema de ar forçado que assegura a renovação do ar no interior do veículo”. A Urbes esclarece, na mesma nota, que “é dever dos fiscais registrar toda e qualquer reclamação e encaminhar as providências

cabíveis”, e que os itinerários seguem trajetos nem sempre tão racionais, em razão do traçado urbano e do crescimento desordenado dos bairros. Sobre o desconforto nos ônibus, a empresa reafirma que renova e amplia a frota, incluindo ônibus maiores e com mais qualidade, mas não detalhou quais regiões atendem. Segundo a Urbes, os motoristas que trabalham nas 88 linhas - 55 no Terminal Santo Antônio e 33 no Terminal São Paulo - são treinados e capacitados pelas cinco concessionárias. Ainda de acordo com a empresa, as linhas mais utilizadas são a 100-Expresso, 65-Campolim, “linha que possui a maior oferta de viagens do sistema, recebeu dois ônibus especiais de 15 metros e uma viagem extra às 7h30”, 58-Vitória Régia, 31-Cajuru, 42-Laranjeiras e 62-São Bento, “afetada com a saída de quatro veículos articulados e alongados da antiga operadora do lote 1. É operada por uma empresa emergencial e recebe oito viagens extras/dia. A empresa estuda implantar um corredor na avenida Ipanema e três ônibus”. Tempo dos intervalos e a lotação são as principais reclamações recebidas pela Urbes. A empresa reconhece que quatro linhas estão com demanda acima do normal: 65-Campolim, 100-Expresso, 14-Santa Rosália e 52-Cidade Universitária. Sorocaba acumula queda no número de passageiros De 1997 a 2010, levantamento da Urbes apontou uma diminuição de 11% nos usuários. Porém, há crescimento na demanda desde 2007. (Jornal Bom Dia)

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São Paulo é pioneira em ônibus híbridos Foto: Luciano Roncolato

Ônibus híbrido da Volvo, que está rodando o Brasil em testes

Os ônibus híbridos, considerados por especialistas uma importante alternativa aos modelos tradicionais a diesel para a melhor preservação ambiental, estão em alta. Apesar de ainda serem vistos como “ônibus do futuro”, os híbridos já circulam na Grande São Paulo há mais de dez anos. O primeiro modelo a entrar em operação no país foi posto nas ruas pelo Grupo ABC em 1998, fazendo a ligação entre São Bernardo do Campo e Santo André. Em 2002, o modelo pioneiro passou a circular no Corredor ABD, que liga São Mateus (na Zona Leste da capital paulista) ao Jabaquara (na Zona Sul). Operado pela Metra, o corredor passa também pelas cidades de Mauá, Santo André,

São Bernardo do Campo e Diadema. A tecnologia de tração híbrida foi desenvolvida pela Eletra, empresa 100% nacional, pertencente ao Grupo ABC. Como o próprio nome sugere, o ônibus híbrido utiliza duas fontes de energia. Uma é a elétrica, e a outra pode ser diesel, álcool ou gás. O sistema utilizado nas ruas da Grande São Paulo é composto por um motor a diesel que fornece energia para o motor elétrico que traciona o veículo. A tecnologia, que pode ser instalada em carroceria ou chassi de qualquer fabricante, garante ainda o reaproveitamento da energia que seria dispersada nas frenagens do veículo. O resultado é uma redução de 90% de material particulado

e de 60% do monóxido de carbono lançados na atmosfera. Hoje, 12 ônibus híbridos circulam no Corredor ABD. São 10 modelos de 10 metros (padron) e mais dois articulados. Além deles, a Eletra desenvolveu 15 veículos de 15 metros para o Expresso Tiradentes (Via Sul) e outros cinco, de 12 metros, para a SPTrans. Por enquanto, eles são os únicos veículos utilizados comercialmente em todo o país. Outros veículos híbridos com tecnologia desenvolvida pela Eletra estão em teste nas ruas do Rio de Janeiro, além de um modelo que utiliza o etanol em vez do diesel e é usado nas dependências da Usina de Itaipu. (Segs)

Um “quase” acidente ocorrido na BR 364, no trecho que corresponde do Trevo do Roque até o Trevo da Avenida Campos Sales, envolvendo um ônibus e uma motocicleta acabou causando um dano de propriedade e uma surra. De acordo com relato do Boletim de Ocorrência nº 5547/2011 o motociclista, identificado como Geiscarden B.S., de 25 anos, vinha conduzindo sua moto CG 125/Fan, de cor preta (placa NCN 1920) pela BR 364, sentido Guajará-Mirim, quando em determinado momento, um ônibus, de cor prata (placa AJY 8324), da empresa Bellavia, que conduzia funcionários

da empresa Odebrecht, que era conduzido por Valdenilson S.B., de 41 anos, foi ultrapassá-lo. Segundo Geiscarden a manobra do motorista do ônibus quase provocou um acidente, pois ele disse que sua moto foi fechada fazendo com que fosse parar no acostamento. Isso acabou irritando-o e então perseguiu o ônibus para tomar satisfação com o condutor. No semáforo do trevo da Campos Sales, o motociclista acabou encontrando o ônibus e passou a discutir com o motorista, Valdenilson. Em determinado momento Geiscarden pegou o seu capacete e desferiu um violento golpe na janela do motorista, estourando

o vidro. Com essa ação intempestiva os passageiros do ônibus desceram e partiram para cima do motociclista cobrindo-o de chutes e pontapés. Os policiais, no entanto, constataram que mesmo tendo sofrido agressão Geiscarden não tinha nenhuma lesão aparente, a não ser marcas de sola de sapato na jaqueta que usava. Ele não soube informar se o motorista do ônibus participou das agressões e os agressores acabaram não sendo localizados. Por causa do dano, o motociclista acabou recebendo voz de prisão e foi conduzido até a Central de Polícia. (Rondônia Ao Vivo)

Motociclista discute com motorista de ônibus e é surrado pelos passageiros

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REVISTA

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Josenilton Cavalcante da Cruz



Adamo Bazani Mauá inicia operações de transportes com sistema tronco alimentador NOSSO TRANSPORTE

Fotos: Adamo Bazani

Passageiros do Zaíra ainda tinham dúvidas ainda em relação ao funcionamento do sistema, mas ganho de tempo na viagem foi considerada a principal vantagem

Passageiros desembarcam dos ônibus que servem os bairros, que agora têm intervalos menores , e aí entram em veículo que segue para a região central de Mauá. Horários entre alimentadores e troncal são programados para serem sincronizados e não haver longas esperas no terminal do Zaíra que começou a operara nesta quinta-feira, dia 23 de junho Um dos grandes desafios dos gestores e operadores de transportes públicos em médias e grandes cidades é oferecer um maior número de viagens, com o sistema fincanceiramente viável, sem aumentar de maneira desproporcional a quantidade da frota. Entra neste desafio também a questão do trânsito, cada vez mais complicado em qualquer ci-

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dade brasileira. Assim, não adianta apenas aumentar o número de ônibus se estes vão ficar parados nos congestionamentos praticamentre um atrás do outro. Os corredores de ônibus, que dão prioridade aos transportes coletivos, que proporcionalmente atendem mais pessoas em menos espaço e com quantidade menor de

veículos, são uma das alternativas para não deixar os ônibus que transportam de 70 a 100 pessoas preso no trânsito ao lado dos carros que levam apenas seu condutor ou no máximo um acompanhante. Mas o crescimento das cidades ao longo do tempo foi desordenado. A quantidade de moradias, ocupações regulares ou não, se expandiu num ritmo muito maior que qualquer sistema viário. Em vários casos, para fazer corredores de ônibus ou outros tipos de meios que privilegiam os transportes coletivos, como o VLT ou monotrilho, as cidades gastam fortunas em desapropriações. O que não deixa de ser errado, já que na verdade o espaço maior para o transporte público nada mais é que a recuperação de um déficit urbano histórico. Mas há cidades que não têm condições, financeiras e estruturais, de realizarem desapropriações e construírem corredores de ônibus, por exemplo. Mesmo com o trânsito cada vez mais complicado, a demanda de passageiros de transportes públicos aumentando assim como a frota de ônibus, é possível, oferecer um serviço de transporte coletivo mais racional, prático e rápido, apesar da ausência de corredores exclusivos para ônibus, que são considerados modelos ideais.E para isso não são necessários grandes investimentos que prejudiquem as finanças da população, do município e das operadores de transporte. Basta usar os recursos operacionais atuais de maneira mais prática e distribuindo melhor a oferta de transportes diante da demanda. O sistema tronco-alimentador do Zaíra, em Mauá, na Grande São Paulo, é um exemplo disso. O funcionamento das linhas alimentadoras (dos bairros) e troncal (que sai de um terminal local e vai para a região central) assim como o Terminal do Zaíra, na Avenida Presidente Castelo Branco, a principal via d e s t a região, começaram a operar nesta quinta-feira, dia 23 de junho de 2011. Três linhas de ônibus que ficavam presas no trânsito, principalmente nos horários de pico, passaram a ter um itinerário menor ligando seus bairros ao Terminal Tronco-Alimentador do Zaíra, que na verdade, opera como uma estação de transferência. São elas Zaíra 3, Zaíra 5 e Zaíra 6. Por não pegarem mais longos trechos de trânsito complicado e agora cumprirem um itinerário menor, elas conseguem realizar mais viagens dentro dos bairros, o que diminui o tempo de espera assim como as possibilidades de atrasos. Essas linhas receberam novas numerações: T 83 (Zaíra 3), T 85 (Zaíra 5) e T 86 (Zaíra 6). Os passageiros destes serviços desembarcam dos ônibus menores (micros e micrões) e embarcam em veículos de maior

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porte, da linha troncal T 80 (Terminal Centro - Terminal Zaíra). O fato de um ônibus transportar a demanda das 3 linhas de bairro não implica desconforto para o passageiro. Isso porque os ônibus de linhas troncais são grandes, com maior capacidade de passageiros, e também porque as outras três linhas não transportam o mesmo número de pessoas que transportariam se fossem até o centro. Esta demanda é absorvida pelos ônibus articulados. Com um ônibus grande indo para o centro da cidade, no lugar de vários pequenos, a cidade ganha em relação ao trânsito. São menos veículos nas principais avenidas transportando a mesma quantidade de passageiros. É questão de melhor aproveitamento do espaço urbano, tão desperdiçado nos dias de hoje, principalmente quando o transporte individual recebe a mesma ou até maior prioridade nas ruas e avenidas. Com menos ônibus transportando a mesma quantidade de passageiros, é possível realizar também mais viagens. Os índices de poluição e ruído na região central e nas principais ruas e avenidas também são diminuídos. Outro ponto importante é que muitas pessoas que saem da região do Zaíra, em Mauá, têm como destino final o Terminal Central da Cidade, de onde normalmente ficam no centro da cidade ou partem para outros municípios do ABC Paulista ou para a cidade de São Paulo, principalmente pelos trens da CPTM - Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.

Sendo assim, para atender a esta demanda de maneira mais rápida, nos horários de pico somente nos dias úteis, há uma linha expressa, que sai do Terminal do Zaíra, passa por vias menos congestionada, e não faz paradas no meio do caminho, parando apenas no Terminal Central de Mauá. A viagem de 20 minutos com a linha que para nos pontos no meio do trajeto pode ser reduzida para 12 minutos se o passageiro que vai para o Terminal Central de Mauá optar pela linha expressa. Os horários e dias de operação da linha expressa futuramente podem ser ampliados. RESULTADOS PRÁTICOS - Os intervalos das linhas Zaíra 3, Zaíra 5 e Zaíra 6 foram reduzidos. Para se ter uma ideia, em horários de pico estes intervalos entre um ônibus e outro que eram de 15 minutos caíram para 10 minutos. O trajeto da linha troncal também é relativamente curto o que faz os intervalos caírem também. Em horários de pico, a linha troncal tem intervalo estimado de 5 minutos entre um carro e outro e a linha expressa terá intervalos de 15 minutos. Fora do horário de pico a linha expressa não funciona e a linha troncal apresenta intervalo de 10 em 10 minutos. Nos bairros que foram a região do Zaíra, a Leblon atende aproximadamente 8 mil passageiros por dia. Apenas pelo novo terminal devem passar cerca de 4 mil usuários. O sistema fica mais racional diminuindo os custos de operação. Com essa diminuição nos custos, tanto a empresa como o poder público podem usar essa economia

para melhoria do sistema, como aprimoramento de abrigos, de sistemas informatizados de gestão e fiscalização e a constante manutenção e renovação da frota. LINHA ZAÍRA 4 - A linha Zaíra 4, que vai até a garagem da “Princesinha”, em Mauá, que desde o início da Leblon na cidade tinha ônibus articulados não sofre alterações. Os intervalos e itinerários serão praticamente os mesmos. Mas o passageiro deve estar atento. Apenas nos horários de pico, quando a frota da linha troncal é maior, os ônibus da linha Zaíra 4 não vão entrar no novo terminal aberto no Zaíra nesta quinta-feira, dia 23 de junho. Fora dos horários de pico, aos sábados, domingos e feriados a linha Zaíra 4 entra no Terminal e também é mais uma opção para quem vai até o centro de Mauá. PRIMEIROS IMPACTOS NOS PASSAGEIROS - No primeiro dia de operação do sistema tronco-alimentador do Zaíra, alguns passageiros estranharam e se mostravam confusos. Alguns não sabiam da mudança e outros não estavam adaptados a descerem de um ônibus para embarcarem gratuitamente no outro. Apesar das dúvidas, o início das operações do novo sistema foi tranquilo, transcorrendo sem incidentes. Funcionários do Grupo Leblon Transporte de Passageiros orientavam nos embarques e desembarques e ouviam reclamações e sugestões dos usuários. Os horários dos ônibus alimentadores com o troncal foram sincronizados para o passageiro não ficar muito tempo esperando no novo terminal.

MURAL Colecionadores, frotistas e pessoas ligadas ao setor de transportes estarão aqui, todas as semanas

2011 • O colecionador Aislan Nascimento, da APBus Noroeste, junto à motorista do Expresso Itamarati, Simoni Moraes Furlaneto

Envie você também a sua foto com sua equipe e veja-a aqui. O e-mail é revista@portalinterbuss.com.br

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Luciano Roncolato Conhecendo o “Ônibus Brasil” em sua essência Parte 4 (Ângulos, fotos e “Top 3”)

Foto: Reprodução

HOBBY & DIVERSÃO

Vamos dar prosseguimento as análises do site Ônibus Brasil em sua essência. Nesta edição iria comentar alguns assuntos para dar prosseguimento ao que eu comentei na coluna passada, mas algumas ocorrências nos últimos dias fizeram eu mudar de ideia para poder abordar esses fatos. No domingo passado foi aberto um perfil no Twitter e um blog com vários textos difamatórios acerca da minha pessoa e do Portal InterBuss. A pessoa, que covardemente não se identificou até o momento (como sempre), passou a fazer ataques pesados e lançar um monte de injúrias acerca de mim e do site. Parecia algo terrorista que reivindicava alguma coisa,

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pois o autor misterioso, que se auto-entitulava “busólogo de opinião”, mostrava-se revoltado pelo fato de ter enviado fotos para o Portal InterBuss e a moderação não tê-las publicadas, que a moderação publicava apenas que lhe interessava, ocasionando uma discriminação e que excluía colecionadores do hobby. Além disso, esse “busólogo de opinião” me acusou de formar a “maior panela do Brasil”, onde comentávamos e falávamos somente sobre as fotos das pessoas que faziam parte dessa “panela” lá no Ônibus Brasil. Além de tudo isso incluiu o site OCD Holding e os colecionadores Alex Miljcovic e Gustavo Bayde na história, falando que todos faziam parte da “panela” e a controlavam. Ou seja, a pes-

soa estava completamente descontrolada e alguns posts depois já tinha caído em total insanidade ao falar coisas totalmente sem nexo. A lógica da publicação de fotos no Ônibus Brasil é a mesma que em qualquer outro site público. A única diferença é a inversão de escolha. No Portal InterBuss, por exemplo, primeiro envia-se a foto, faz-se a seleção e só depois é publicada. No Ônibus Brasil é o contrário: primeiro publicase, depois faz-se a seleção e apaga-se as fotos que não se enquadram no perfil do site. Cada site tem o seu perfil e o usuário deveria ler os critérios de publicação para depois não sair criticando e falando o que não sabe. Todos os sites sempre procuram

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usarem critérios similares de publicação para manter um mínimo de qualidade. Alguns desses itens são: 1. O ônibus tem que sair inteiro - Isso é básico. Publicar fotos onde o ônibus não sai inteiro é ridículo. Seria o mesmo que você tirar uma foto da sua família, apenas do pescoço pra baixo. 2. A imagem deve estar em boa qualidade - Os sites especializados em ônibus procuram montar acervos para possibilitar uma busca futura mais facilitada, e com qualidade. Você compraria um jornal ou uma revista que viesse com uma página borrada onde não poderia sequer ler o texto? Com certeza não. Com fotos de ônibus é a mesma coisa. No mínimo o prefixo do ônibus deve estar visível. É outra coisa que é básica. 3. Não aceitar fotos deformadas - Algumas câmeras mais simples e celulares acabam deformando ônibus em movimento. Já pensou se a capa da revista Veja saísse com a cara da presidente Dilma toda torta, por exemplo? Se a foto deformou, guarde para o seu acervo. Não a publique e nem envie para publicação posterior. Sites de bom senso e qualidade com certeza não as colocarão no ar. Se o celular ou a câmera não possibilitar tirar fotos em movimento, espere o ônibus parar e faça a foto. 4. Excesso de tratamento prejudica a originalidade - No Ônibus Brasil ultimamente tem-se visto uma enxurrada de fotos tratadas excessivamente. Tem azul virando roxo, amarelo virando laranja escuro, vermelho virando vinho, céu arroxeado, amarelos fosflorecentes, itinerários e luzes que são ampliadas e cobrem boa parte do carro, manchas espalhadas em toda a foto, e muito mais. Procure fazer o tratamento de sua foto apenas para correção de imperfeições, como luminosidade e retirada de algum obstáculo. Não tente transformar um ônibus num palhaço todo pintado. Isso pode alegrar alguns principiantes que acham que a foto está uma beleza, mas desagradam os experientes e as próprias empresas. Vejam se tem fotos desse nível em quadros de garagens. 5. O ângulo deve ser ao menos normal Para um ônibus, o ângulo considerado como “normal” é o lateral-frente, seja do lado da porta ou do motorista, onde mostre o itinerário na frente do carro, a placa, a lateral com o nome da empresa e sua pintura e o prefixo do carro. É legal às vezes fazer algumas fotos diferentes, como

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só da lateral, agachar e fazer umas fotos do ônibus de baixo pra cima, algumas de cima pra baixo, até aí é aceitável quando é esporádico. O problema é quando isso torna-se regra, já que nem todos os ângulos cabem em todos os carros. Já viram foto de corpo inteiro onde a pessoa fica de lado, saindo só braço e perna? É a mesma coisa. Muitas fotos com ângulos diferenciados acabam apagadas ou não publicadas justamente por causa disso. 6. Foto sempre é a favor do sol, não contra ele - Ao fazer uma foto contra o sol, o que vai sair? Foto escura! E não há Photoshop que salve isso, pois quanto mais clareamento faz, mais a foto fica porosa, manchando-a. Caso haja locais e horários em que só é possível fazer assim, seguem duas dicas: procure outro lugar, ou ao menos guarde essas fotos apenas para acervo. Não tente tratar fotos muito escuras por causa do sol. Você acabará piorando a imagem. Em alguns casos ela fica até meio amarelada, parecendo uma película, estragando tudo. Esses princípios são básicos para que as fotos cheguem a sites de qualidade. Se a sua foto for apagada do Ônibus Brasil ou não for ao ar em outros sites como Portal InterBuss, Railbuss, etc, com certeza você feriu um desses itens. Na semana passada houve uma discussão muito pesada no Ônibus Brasil acerca dos ‘ângulos exóticos’, justificativa dada para fotos serem apagadas por lá. Muita gente acabou revoltada com isso pois não havia uma explicação para o termo “ângulo exótico” e a foto era apagada. Creio eu que deve ter sido aplicado o critério que está logo acima, no item 5. É fácil ver-se isso. Quando você vai a uma biblioteca, a uma livraria, a um arquivo ou similares, pesquisar algo para um trabalho e precisa de ilustrações, como são as imagens que constam lá? Ângulos normais, com luminosidade legal e referências básicas. Até as fotos mais antigas são assim. Por que as de ônibus têm que ser diferente? Vamos pensar nisso. Outra coisa que gostaria de comentar é a respeito do que chamam de “top 3”. Fiz uma dura crítica a essa seção na penúltima edição e logo depois recebi um e-mail do Tadeu Carnevalli, do Ônibus Brasil, explicando algumas coisas sobre essa parte do site e gostaria de relatar aqui para tirar algumas dúvidas do amigo leitor. Se todos prestassem bem atenção no título, ali está escrito ÔNIBUS MAIS BUSCADOS ONTEM, e não a FOTO MAIS BUSCADA. Ou seja, figuram ali fotos dos ônibus que mais foram buscados no

dia anterior, e não as três fotos mais vistas. Por isso há a diferença de número de visualizações entre o que aparece na página inicial e no que aparece nas galerias. O que está nas galerias geralmente é menor, o que gera enxurrada de críticas na maioria das vezes, porém a contagem está correta. Ali figuram os ônibus mais buscados no dia anterior. Para facilitar o entendimento, vamos exemplificar. O Comil Campione da Gontijo, prefixo 17000, aparece lá na página inicial como mais vista, com 450 visualizações. Ao clicar na foto, entra na galeria do autor e mostra 150 visualizações. A Aquela foto ali em específico realmente tem apenas 150 visualizações, mas como explicar os 450 que aparece na página inicial? Os outros 300 acessos é referente à soma de visualizações do mesmo carro em outras fotos no mesmo dia. Ou seja, quem teve 450 visualizações foi o ônibus Gontijo 17000, e não àquela foto que aparece lá. Mas porque é ela que aparece, não poderia ser outra foto do mesmo carro? A soma das visualizações funciona assim: Fotos do Gontijo 17000 - Joãozinho, foto com 150 visualizações - Carlinhos, foto com 100 visualizações - Robertinho, foto com 100 visualizações - Maurinho, foto com 50 visualizações - Leandrinho, foto com 50 visualizações - Total de 450 visualizações. Dessas, a mais vista foi a do Joãozinho, por isso é a dele que aparece. Por isso que mesmo com 150 visualizações a foto aparece lá, enquanto outras, de outros ônibus, com 300, não aparecem, pois não foi o ÔNIBUS mais buscado. No fim, outras fotos de um mesmo carro acabam levando uma foto mais bem vista pra essa seção. O que a administração do site poderia fazer para dar uma melhorada nessa parte seria direcionar o clique na foto à busca de fotos daquele carro, pois acaba causando uma pequena confusão e acirrando a disputa para figurar ali, fazendo a qualidade e o nível caírem um pouco, como aconteceu com aquela foto do pedaço de Neobus Spectrum onde o autor ficou a noite inteira comentando em sua própria foto e apagando logo depois, apenas para aparecer na primeira página com o link da foto, o que vai de encontro totalmente ao objetivo do site. Ao clicar na foto, já entraria direto pra busca de várias fotos daquele mesmo carro, e não praquela foto em si. Isso já seria uma ótima melhora. Por conta desses comentários, na próxima edição voltarei a falar sobre o Ônibus Brasil, ao contrário do que anunciei na edição passada, quando disse encerrar nesta edição. E a partir da próxima revista, esta coluna será semanal. Abraços a todos!

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José Euvilásio Sales Bezerra O Mega e os BRTs

Fotos: José Euvilásio Sales Bezerra

CIRCULANDO

NeoBus Mega BRT e Caio Millennium II bi-articulado, das linhas-tronco que seguem ao Terminal Boqueirão Na última semana, estivemos em Curitiba para conferir a operação do NeoBus Mega BRT Volvo B12M, o maior ônibus do mundo, com seus 28m de charme. E o que vimos foi um sistema de transporte de extrema eficiência. Uma das linhas onde os Ligeirões circulam é a 500 Expresso Ligeirão Boqueirão. Essa linha é semi-expressa, parando apenas nos Terminais Carmo, Hauer e Estação Cefet. Paralela a ela segue a linha 503 Expresso Boqueirão, paradora, ou seja, para em todos os pontos do trajeto. Ambas terminam no Terminal Boqueirão. Minha primeira viagem no Ligeirão começou por volta das 6h50. Peguei o Ligeirão na Praça Carlos Gomes, no centro de Curitiba, onde é aberta a viagem da linha 500 no sentido Boqueirão. O ônibus é muito bonito, tanto por fora, quanto por dentro. Interior em cores leves, com câmeras, iluminação a base de leds. Os assentos seguem o tradicional padrão curitibano. Nada de estofamento, apenas bancos tipo “Urban 90”, com almofadas no encosto e no assento. Dentro havia ainda um itinerário eletrônico, informando as paradas do ônibus. O ônibus seguiu praticamente vazio.

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O movimento estava no sentido anterior Praça Carlos Gomes. Dentre os passageiros desta viagem, estava um grupo de jovens barulhentos, que ficaram no segundo treiler – ou o terceiro carro. Menos de meia hora depois chegamos ao Terminal Boqueirão. De acordo com o Google Maps, a distancia da Praça Carlos Gomes até o Terminal Boqueirão é de 10,8km, que podem ser percorridos em 25min de carro. E esse foi o tempo que o Ligeirão levou pra percorrer a mesma quilometragem. Um sistema de transporte extremamente eficiente. Chegando a ao Terminal Boqueirão, o ônibus para em uma plataforma, específica para o desembarque de passageiros. Quando o veículo encontra-se totalmente vazio, segue para a sua plataforma de embarque. Embarcados todos os passageiros, o ônibus segue viagem. Um verdadeiro metrô sobre pneus. A noite voltamos à Praça Carlos Gomes para conferir a volta do cidadão curitibano. Desta vez usamos as duas linhas que seguem para o Terminal Boqueirão, a 500 Expresso Ligeirão Boqueirão e a 503 Expresso Boqueirão. A 500 é operada pelos NeoBus Mega BRT. Já a linha 503 é operada por Caio Millennium Volvo B12M bi-articulado. O

tempo de viagem dos Megas ficou em torno de 25 minutos. Já o tempo de viagem dos Millennium ficou por volta de 33min. Vale ressaltar que essa diferença se deve ao fato da linha 503 ser paradora, parando em todos os pontos do trajeto. Já a 500, como já dito, só para nos Terminais e na estação Cefet. Os veículos – Nessa viagem também observamos o comportamento dos veículos. O que mais me surpreendeu na viagem do Mega BRT foi a fragilidade de sua carroceria. Embora seja um veículo novo, ano 2011, muitas peças de sua carroceria tremeram bastante durante a viagem. As luminárias, balaústres, protetores das luminárias, janelas... Muita coisa batendo. Lembra bastante a primeira versão do Caio Millennium, que teve um desenho tão arrojado quanto o deste Mega BRT, mas igualmente frágil. Essa fragilidade pôde ser percebida com maior nitidez quando passamos pelo Terminal Hauer. Como o piso do terminal é de paralelepípedo, as peças da carroceria balançaram bastante. Nesse quisito, os Caio Millennium Volvo B12M, mesmo com alguns anos a mais nas ruas de Curitiba, levam vantagem. A carroceria praticamente não tremia. Mostrou maior resistência. Em uma das passagens pelo Terminal Hauer, se ouvia poucas peças batendo. Apesar desta diferença visível entre as carrocerias, vale lembrar que o modelo Mega BRT é um modelo novo. Até pelas compras que estão sendo anunciadas por empresas de outras cidades, como a do Rio de Janeiro e de Porto Alegre, esperamos que as próximas unidades do modelo venham com uma resistência maior. ** Observando o sistema de transporte de Curitiba, percebe-se facilmente o quanto os sistemas de transporte por ônibus de outras grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, ainda estão atrasados. Não adianta investir milhões em ônibus articulados e biarticulados, como é feito em São Paulo, mas jogar todo esse dinheiro no lixo ao deixar esses veículos trafegarem junto de milhões de carros de passeio ou em corredores com excesso de ônibus convencionais. Somente dentro de corredores segregados, sem taxis e com um menor número de ônibus convencionais, que esses ônibus conseguem atingir o melhor do seu desempenho. É este tipo de corredor, o local ideal para o uso desse tipo de veículo. São Paulo não é do tamanho de Curitiba. Mas pode e tem como fazer um sistema de transporte urbano com muito mais eficiência do que é feito hoje.

Para entrar em contato com o José Euvilásio Sales Bezerra, é só enviar um e-mail para salim.sales@gmail.com

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William Gimenes De Londrina a Maringá

Fotos: William Gimenes

COLUNISTAS

Terminal urbano de Maringá

Terminal Central urbano de Londrina

Ponto de ônibus metropolitano da Garcia, em Maringá Terminal urbano de Apucarana Na coluna desta semana farei um FM, de Londrina. Chegando em Apucarana, calçadão da cidade, resolvi dar um giro nos pequeno relato sobre a viagem feita às cidades fui ao pequeno shopping local e ao comércio, terminais Central, Acapulco, Ouro Verde, Vivi de Londrina e Maringá, além de passagens em pegando em seguida o Viale da Garcia, ex- Xavier e Mílton Gavetti, além do pequeno teroutras cidades do norte paranaense, ocorrida Rio de Janeiro, para a cidade de Rolândia (via minal anexo ao Shopping Catuaí. O Central nos dias 18 e 19 de junho. Foi uma boa viagem, Arapongas). Nesta cidade desci na Rodoviária e tem como curiosidade possuir dois andares. As para apagar a imagem da anterior, de 2007, onde uma hora depois peguei outro Urbanuss Pluss viagens entre terminais são rápidas, não duram deu tudo errado e não consegui conhecer a fun- OF-1722 com destino a Londrina (ele passa por nem vinte minutos. Além do tradicional amado as cidades. Cambé também). Faço uma crítica ao serviço relão, Londrina está estreando duas pinturas: Como a Kaiowa estava com promoção da Garcia Metropolitana, que em nada parece uma azul e outra laranja. Seu sistema seletivo, o para qualquer cidade a R$ 10,00, resolvi ir para com a Garcia rodoviária: carros muito cheios e Psiu agora roda de domingo: pelo menos a linha Maringá com ela. Saí de SP no bonito Vissta atraso nos horários para um dia de domingo. do Shopping Catuaí estava ativa, vi os micros HI da empresa às 22h. O carro dela não estava Um adendo: não cheguei a andar de dentro do estacionamento. muito conservado, mas dava para o gasto, a em- urbano em Maringá, optando por ir a pé da Na volta resolvi testar a BrasilSul e seus presa me surpreendeu positivamente até. Espe- Rodoviária ao Centro desta cidade. Pelo pouco G6 1550 LD com Wi-Fi a bordo. Saí de Londrava algo bem pior. Pena que os passageiros não que pude ver, a Cidade Canção tem quase todas rina às 23h e cheguei em São Paulo às 4h55. Meajudaram: funk alto dentro do carro. A viagem as linhas saindo do Terminal (onde era a antiga nos de 6 horas! A parada é no Graal Paloma, o foi lenta mas cumpriu com o horário prometi- rodoviária), e elas não são integradas. Deste mesmo onde param Garcia e Kaiowa, além dos do: após parada no Graal Paloma e em Londrina mesmo local saem as linhas da Viação Cidade carros da Motta oriundos do MS. (5h40), cheguei em Maringá às 7h20, com céu Verde. As da Garcia estão situadas a 100m dali. Uma observação: críticas, sugestões e limpo e frio. A cidade também conta com sistema seletivo, pedidos para que eu fale do transporte de sua Em Maringá, após uma volta no são os micros chamados de “Expressinho”, mas cidade são muito bem vindos, é só escrever para Centro, resolvi ir de urbano até Londrina. No era domingo e neste dia eles não rodam. williamcptm@gmail.com ou entrar em contato primeiro trecho, um Garcia (Urbanuss Pluss Outro adendo: em Apucarana tam- com o Luciano Roncolato. Agradeço a mensaOF-1722) até Mandaguarí, passando por Jan- bém não cheguei a andar de urbano, mas vi gem do soteropolitano Franz Hecher, que fez daia do Sul e Cambira. Desci na padaria da ci- que há um sistema integrado com um terminal algumas correções sobre a minha matéria em dade e voltei até a Rodoviária, onde logo veio o fechado no Centro da cidade. A empresa, pelo Vitória e Vila Velha. Realmente fiz confusão Expresso Nordeste (Millenium O-500R) que me menos na lataria dos carros, é a “Cidade de Apu- com os chassis e com as empresas, muito devido levaria até Apucarana. O rádio do carro estava carana Ltda.”. Mandaguari, pelo que vi, não tem ao fato de haver pintura padronizada em Vitória ligado na sertaneja Voz do Vale FM, da cidade transporte municipal, mas Rolândia tem: é a e no Transcol, o que dificulta a identificação das paulista de Cândido Mota. Preferi ficar com a Transportes Coletivos Rolândia. empresas. Quanto ao fotografar nos terminais rádio que tocava em meu celular, a Tribuna Soft Em Londrina, após algumas fotos no do Transcol, eu realmente nunca tive problemas.

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