Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

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REVISTA

INTERBUSS ANO 2 • Nº 53

17 de Julho de 2011

Mais 196 novos ônibus para Curitiba

Leia também nesta edição:

• Entrevista com o empresário Marcio Bruxel • Segunda parte do Especial Caio 65 Anos • Confira as fotos da semana!

Capital nacional do BRT entregou o segundo lote de 557 novos ônibus previstos para 2011


JÁ FIZEMOS ATUALIZAÇÃO 166 NOVAS F

A InterBuss Galeria Premium está desde a noite de ontem. Continue a nossa próxima atualização, qu semana. Fique ligado e tenha sua

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NESTA EDIÇÃO: 36 PÁGINAS

BEM-VINDOS À REVISTA INTERBUSS | Novos Ônibus para Curitiba

Mais 196 ônibus para a capital d Curitiba recebeu novos ônibus na semana passada, reforçando o compromisso do governo local com a qualidade no setor de transporte. Por isso é a cidade mais avançada em recursos para sistemas de transporte de massa para a Copa de 2014

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| A Semana Revista

SP testa recarga de Bilhete Único em orelhões

| Entrevista

Primeiras unidades já estão em funcionamento. Recarga poderá ser feita através de um aparelho acoplado ao orelhão sem necessidade de tirar o gancho

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| Especial Caio 65 Anos

Mais imagens históricas

Segunda parte de especial em homenagem à montadora traz fotos históricas de modelos urbanos e rodoviários

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Márcio Bruxel comenta seus negócios e fala sobre o hobby Empresário dono da Trans Express é responsável por trazer grandes novidades do setor de transportes para diversos sites especializados; Ele conversou conosco sobre o hobby e sobre seus negócios

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ANO 2 • Nº 53 • DOMINGO,17 DE JULHO DE 2011 • 1ª EDIÇÃO - 20h24

EDITORIAL

Sensatez do Governo Paulista

do BRT

A SEMANA REVISTA

As notícias da semana no setor de transportes

DEU NA IMPRENSA

As notícias da imprensa especializada

NOVOS ÔNIBUS PARA CURITIBA

Cidade recebe 196 novos ônibus

ESPECIAL CAIO

Corcovado, Itaipu, Vitória, Alpha e Millennium

ARTIGO Clébio Junior Projetos para Brasília

PÔSTER Matheus Novacki

Irizar PB

SEU MURAL

A seção especial do leitor

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. Cruz Numerações das linhas de São Paulo

ENTREVISTA Marcio Bruxel Empresário comenta sobre mercado e hobby

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COLUNISTAS Luciano Roncolato

| Deu na Imprensa

26 Scania faz testes COLUNISTAS William Gimenes e comprova Rio de Janeiro - Parte 2 28 economia de combustível COLUNISTAS José Euvilásio Sales Bezerra Os testes aconteceram na Europa e foram usados vários caminhões

| Viagens & Memória

Fórmulas antigas e a Busscar

Circuito Turístico

11 AS FOTOS DA SEMANA As fotos que foram destaque na semana

O histórico dos prefixos das linhas de SP

Marisa Vanessa N. Cruz faz um relatório histórico de linhas desde 1978 até hoje

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DIÁRIO DE BORDO Tiago de Grande

6º Salão de Turismo em SP

COLUNISTAS Adamo Bazani Táxis fora de corredores de SP

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Obs: Excepcionalmente, a coluna de Fábio Tanniguchi não é publicada nesta edição


A NOSSA OPINIÃO | Editorial

Sensatez do governo sobre os trens regionais paulistas Mais uma vez o tão famigerado Trem de Alta Velocidade, ou simplesmente TAV, ganhou mais um capítulo na sua longa trajetória de fracasso. Na última segundafeira ninguém compareceu na Bolsa de Valores de São Paulo para deixar propostas para o leilão, o que culminou com o adiamento do mesmo. Pra tentar salvar essa obra mais sem nexo, agora querem dividir o leilão em duas partes: uma para os fornecedores da tecnologia e outra para os construtores e executores da obra. Tudo isso com o agravante da onda de denúncias de corrupção em diversas instâncias do Ministério dos Transportes, inclusive atingindo agora o DNIT. Será que é tão difícil para o governo federal abrir os olhos e se alinhar à sociedade? É tão difícil ver que essa obra não faz o menor sentido? Será que ninguém enxerga as evidências de corrupção e superfaturamento nessa obra megalomaníaca? O grande problema de tudo isso é que outras obras paralelas que estavam programadas acabam ficando paralisadas e outros projetos que

foram considerados sobrepostos acabaram engavetados. O maior exemplo disso são os projetos dos trens regionais no Estado de São Paulo cujos projetos foram paralisados pois parte deles sobrepõem o trajeto do TAV, que são os casos dos trechos entre Campinas e São Paulo e São José dos Campos e São Paulo. Há ainda projeto de trem local entre Sorocaba e São Paulo. Nesta última semana o governo paulista sinalizou com a possibilidade de voltar com esses projetos, por conta da lentidão dos projetos do TAV. É uma decisão super sensata e os moradores das regiões a serem atendidas com esses trens, agradecem. As empresas de ônibus que operam esses trechos não dão conta da demanda na maioria das vezes e ainda prestam serviços com qualidade duvidosa. Não é difícil ver ônibus das empresas operadoras desses trechos, quebrados em beiras de rodovias. Na verdade ocorreu um grande erro na desativação de diversas linhas ferroviárias

REVISTAINTERBUSS Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda. DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFE Luciano de Angelo Roncolato JORNALISTA RESPONSÁVEL Anderson Rogério Botan (MTB) EQUIPE DE REPORTAGEM Felipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Anderson Rogério Botan, Guilherme Rafael EQUIPE FIXA DE COLUNISTAS Marisa Vanessa Norberto da Cruz, José Euvilásio Sales Bezerra, William Gimenes, Adamo Bazani, Thiago Bonome, Luciano de Angelo Roncolato e Fábio Takahashi Tanniguchi REVISÃO Anderson Rogério Botan e Luciano de Angelo Roncolato ARTE E DIAGRAMAÇÃO Luciano de Angelo Roncolato AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃO Agradecemos por ter colaborado com esta edição: Gustavo de Albuquerque Bayde, Matheus Novacki e Clébio Junior SOBRE A REVISTA INTERBUSS A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo. Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países. Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail revista@portalinterbuss. com.br. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autorizada apenas após um pedido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido. PARA ANUNCIAR Envie um e-mail para revista@portalinterbuss.com. br ou ligue para (19) 9636.1087 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos! PARA ASSINAR Por enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibilizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem

para passageiros quando passou a administração das Ferrovias Paulistas S/A (FEPASA) para a Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA), empresa que já está em fase final de liquidação. A manutenção dos trechos com linhas de passageiros faria uma grande diferença hoje, sendo uma alternativa mais barata aos ônibus e aos aviões, mesmo com essa onda de promoções de diversos destinos aéreos. O serviço prestado pela FEPASA era muito bom até a chegada do governo Mário Covas, em 1995, que praticamente destruiu toda a estrutura ferroviária do estado, acabando primeiramente com as redes aéreas de alimentação de energia para depois jogar tudo nas mãos do governo federal, de mão beijada. As linhas para Bauru, Panorama e Santa Fé do Sul eram muito importantes e serviriam hoje para transportar milhares de pessoas todas as semanas, com segurança e conforto. Uma modernização das linhas e das composições fariam com que o serviço tivesse um número maior de adeptos com o decorrer dos anos. Espera-se que esse TAV fique no ostracismo e que as empreiteiras envolvidas tirem o cavalinho da chuva para que o dinheiro público seja usado de forma mais racional e que ele não caia dos trambiqueiros interessados na obra para tirar algum por fora. Que usem o dinheiro para obras mais importantes.

Expediente para revista@portalinterbuss.com.br e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado. CONTATO A Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conversar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para revista@portalinterbuss.com.br ou contato@portalinterbuss.com. br. Procuramos atender a todos o mais rápido possível. A EQUIPE INTERBUSS A equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sempre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe. Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo email contato@portalinterbuss.com.br ou pelo telefone (19) 9636.1087, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.


DE 11 A 17 DE JULHO DE 2011

A SEMANA REVISTA Rondônia

Justiça condena empresa de ônibus por “overbooking” Luciano Roncolato

Passageira que acabou ficando um dia a mais no MT por culpa da empresa recorreu à Justiça e agora será indenizada • Rondonotícias contato@j.com.br

A 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia (TJRO) manteve a condenação a uma empresa de ônibus por danos materiais e morais por conta da venda do mesmo assento para dois passageiros numa viagem de Barra do Garça, no Mato Grosso, para Cacoal, em Rondônia. O chamado “overbooking” fez com que o cliente da empresa passasse um dia a mais no MT. Ele deve receber, a título de indenização 3.500 reais, mais 100 reais pelo prejuízo com a passagem para outra cidade para, enfim, conseguir chegar ao destino. Insatisfeita com a decisão da 4ª Vara Cível de Cacoal, a empresa recorreu ao TJRO na tentativa de anular a condenação. Alegou que não havia prova da ocorrência do overbooking e pediu, caso mantida a decisão, a redução da indenização para 510 reais. O relator do processo, desembargador Alexandre Miguel, afastou as alegações preliminares da defesa que pedia a nulidade por não concordar com o julgamento a revelia pelo juízo de 1º grau. O relator verificou que diante da ausência de defesa da empresa no Vara Cível de Cacoal e das provas produzidas pelo passageiro, a conduta ilícita da empresa de ônibus ficou evidente e diante disso o dano

MOVIMENTO EM RODOVIÁRIA • Overbooking rendeu indenização a usuária prejudicada material comprovado pelos gastos com ali- sensação de impotência, a frustração que senmentação e deslocamento para a cidade onde tiu ao saber que estava impedido de ingresaguardaria novamente o embarque é indis- sar no ônibus em Barra do Garça/MT onde cutível. prosseguiria viagem até Cacoal/RO, tendo Nesse caso, a 2ª Câmara Cível en- que aguardar até o próximo dia, porquanto a tendeu que a responsabilidade pelo serviço apelante vendeu assentos em número supeindepende da apuração de culpa do fornece- rior à capacidade do ônibus”. dor. Isto significa que o dever de indenizar O desembargador não alterou os vasurge quando se verifica a ocorrência de dois lores das indenizações por danos morais e maelementos: um dano, moral e/ou patrimonial; teriais, tendo, contudo, reduzido os honorários e a relação entre o defeito do serviço e a lesão advocatícios para 10% sobre o valor da consofrida pelo consumidor. denação, antes fixado em 800 reais. A apela “Dessa forma, o dano moral so- ção 0002821.21.2010.822.0007 foi julgada na frido é incontestável, pois basta considerar quarta-feira (13) e publicada na última quintao dissabor, o descontentamento, a aflição, a feira no Diário da Justiça Eletrônico.

Salvador

Paralisação por salários prejudica milhares • Diário do Nordeste jornaldor7@r7.com

Os funcionários da empresa Dragão do Mar resolveram paralisar as atividades para uma reunião na manhã da última sexta-feira (15). De 5 às 6 da manhã os trabalhadores realizaram uma assembleia na garagem da empresa e, em seguida, foram impedidos pela direção de voltar ao trabalho. De acordo com integrantes do movimento, os funcionários foram ameaçados de

REVISTAINTERBUSS • 17/07/11

demissão. Segundo a empresa, do total de 186 veículos, 170 ficaram parados, o que comprometeu 25% do fluxo do Terminal da Parangaba. A Dragão do Mar afirma que a tolerância de 10 minutos de atraso foi descumprida pelos trabalhadores e que, por isso, fechou os portões e impediu a saída dos motoristas após a realização da assembleia. O movimento da empresa Dragão do Mar ocorreu em meio à reunião do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do

Estado do Ceará (Sindiônibus) com o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Ceará (Sintro). Na pauta, a negociação salarial que poderá desencadear em mais uma greve de ônibus na Capital. De acordo com o presidente do Sintro, Domingo Neto, uma nova reunião com o Sindiônibus foi préagendada para a próxima segunda-feira (18). “Os empresários pedem que os motoristas diminuam a exigência de aumento salarial para um percentual menor que 10% “, afirma.

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A SEMANA REVISTA Novo layout

Maicon Igor Barbosa

Mauá vai padronizar pintura de seus ônibus urbanos

Praticidade

São Paulo testa recarga de Bilhete Único em orelhões • Marcela Gonsalves (Veja)

BELAS PINTURAS • Mais uma empresa perderá pinturas bonitas, como a Leblon

• Diário do Grande ABC terra@terra.com.br

Até outubro, todos os ônibus municipais de Mauá terão a mesma pintura. O objetivo, segundo a Prefeitura, é uniformizar o sistema de transporte na cidade e evitar confusões entre passageiros. Atualmente, os veículos da Viação Cidade de Mauá, que opera o lote 1, são brancos e vermelhos, com detalhes em azul. Já os carros da Leblon (lote 2) são pintados nas cores prata e azul. A administração informa que o novo design dos coletivos ainda está em fase de desenvolvimento e que o esquema de cores irá mesclar as atualmente utilizadas pelas empresas. A Prefeitura diz ainda que o novo lay-out irá seguir as cores do brasão do município, que possui tons de cinza, azul, vermelho e amarelo. O Diário apurou, no entanto, que provavelmente o vermelho irá prevalecer nas latarias. O prefeito de Mauá, Oswaldo Dias, é filiado ao PT, partido que utiliza o vermelho na logomarca. As duas companhias deverão ser notificadas sobre a mudança ainda neste mês. A estimativa do Executivo é de que, no fim de agosto, metade dos coletivos estejam adequados ao novo padrão. “A mudança da programação visual dos ônibus municipais tem o objetivo de estabelecer no sistema uma imagem associada à confiabilidade e à credibilidade no transporte público”, comenta o secretário

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municipal de Mobilidade Urbana, Renato Moreira dos Santos. A Leblon afirmou que só irá se posicionar sobre a medida após ser notificada oficialmente. O proprietário da Cidade de Mauá, Baltazar José de Souza, não foi encontrado para comentar o assunto. LEGISLAÇÃO O professor da Faculdade de Direito de São Bernardo André Castro Carvalho, especialista em direito público, ressalta que a mudança da pintura deve ser motivada pelo interesse público. “Se os usuários estiverem se confundindo com as cores diferentes, tudo bem. O problema é se a mudança tiver ligação com a identificação de partidos.” Carvalho alerta que, se for comprovada a motivação eleitoreira, o Ministério Público pode multar o município ou solicitar nova mudança na identificação visual. Este não é o primeiro caso de mudança nas cores dos coletivos da região. Em 2009, após o prefeito Aidan Ravin (PTB) tomar posse, os ônibus de Santo André passaram a ter faixas azuis e amarelas. Na gestão de João Avamileno (PT), as faixas eram vermelhas e azuis. Outro caso ocorreu em São Bernardo, na década de 1990. Após a privatização da ETCSBC, o então prefeito Maurício Soares (à época no PSDB) mandou que os coletivos da SBCTrans fossem pintados nas cores amarelo, azul e branco. Antes, os ônibus eram verde e branco.

O projeto que permite a recarga do Bilhete Único em telefones públicos de São Paulo entrou em fase piloto. Os primeiros aparelhos já estão disponíveis nos terminais de ônibus São Matheus e Tatuapé, além da Praça 8 de Setembro, no bairro da Penha. O sistema dos orelhões é o mesmo que funciona hoje nos demais equipamentos de recargas, nos quais o usuário pode capturar o crédito. Do ponto de vista do telefone público, o aparelho permanece com suas funções originais inalteradas. Ele apenas passa a contar com mais uma leitora para cartão por aproximação, o mesmo modelo utilizado nas catracas do metrô e de ônibus.

Botucatu

Guarda Civil apreende 15 com ecstasy em ônibus • Terra

revista@portalinterbuss.com.br

A Guarda Civil Municipal de Botucatu (SP) abordou um ônibus, às 23h30 de sábado, que seguia para uma festa rave. Os agentes conduziram 15 pessoas à delegacia. O veículo, que foi abordado na avenida Professor José Pedreti Neto, vinha da cidade de Avaré, passando por Botucatu, com destino a Campinas. Uma denúncia anônima apontou que os passageiros estavam portando substâncias entorpecentes. Foram encontrados ecstasy, LSD, maconha, cocaína e haxixe. A operação contou com o apoio da Polícia Militar. O ônibus foi escoltado até o Plantão Policial para elaboração do Boletim de Ocorrência. Uma pessoa foi presa em flagrante pelo crime de tráfico de drogas, pois com a mesma foi encontrado 35 gramas de cocaína. Segundo testemunhas, a droga estava sendo comercializada. Os outros passageiros foram liberados e vão responder por porte de entorpecente.

17/07/11 • REVISTAINTERBUSS

Reprodução/TV Globo

180graus@180graus.com.br


Manaus

Primeiro lote de novos ônibus chega à cidade dgabc@dgabc.com.br

Os ônibus novos que chegaram a Manaus na última quarta-feira (13) não devem atender as Zonas Norte e Leste da capital do Amazonas, onde está concentrada a maior parcela dos usuários do sistema de transporte coletivo da cidade. Os 13 coletivos novos pertencem a empresa City Transportes, que atende a Zona Oeste de Manaus. Ainda não há previsão de quando os veículos que irão abastecer as outras zonas da cidade devem chegar a Manaus e começar a operar, de acordo com informações da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU). Os novos ônibus chegaram na quartafeira no porto da Sanave, localizado no bairro Santo Antônio, Zona Oeste, mas foram desembarcados na manhã desta quinta-feira (14). A City Transporte, que já opera no sistema com 96 ônibus distribuídos em dez linhas, é uma das empresas vencedoras da licitação do serviço, realizada pela prefeitura. De acordo com a SMTU, até a próxima semana outros 56 ônibus deverão chegar a Manaus, dos quais 17 deles também são da City Transportes. A empresa também deve receber nos próximos dias, dois microônibus destinados ao transporte de pessoas com necessidades especiais. Ainda não há previsão para que os veículos comecem a circular no sistema. Regularização Os ônibus que já estão em Manaus passarão ainda pelo procedimento de emplacamento no Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran/AM) e por vistoria e cadastro na SMTU. O superintendente em exercício do órgão, Ivson Coelho, afirmou, na manhã desta quinta-feira (14), que após esse processo será aguardada a determinação para que os veículos entrem em operação. Empresas Além da City Transportes, também venceram a licitação as empresas São Pedro, Expresso Coroado, Global, Rondônia, Transtol, Nova Integração, Líder e Via Verde. A licitação prevê a entrada de 858 ônibus novos. Destes, 144 são articulados, 78 micro-ônibus e 636 convencionais. O prazo para entrega de todos os veículos foi estendido pela SMTU de junho para agosto. Viagem O gerente da empresa de navegação Sanave, Carlos Augusto Bonfim, afirmou que

REVISTAINTERBUSS • 17/07/11

A Crítica

• A Crítica

TRANSPORTE • Vazão do Rio Madeira estaria dificultando transporte dos novos ônibus a vazante do rio Madeira atrasou a chegada das git) está previsto para o dia 16 de agosto. O balsas que transportaram os novos ônibus. novo sistema irá substituir o atual Sistema de O assistente técnico da Comil (mon- Bilhetagem Eletrônica, administrado pelo Sitadora dos veículos), Luciano de Castro, ex- netram. No último dia 13 de junho, o Tribunal plicou, nesta quinta-feira (14), que os ônibus de Contas do Estado (TCE/AM) suspendeu o saem rodando da fábrica em Erechim, (RS), primeiro processo de licitação que havia sido até a cidade de Porto Velho (RO), percorrendo iniciado pela prefeitura. uma distância aproximada de 3.500 quilôme- O TCE/AM acatou a representação tros. Depois, os coletivos são embarcados em feita pela empresa Novakoasin Equipamentos balsa até Manaus. Devido aos problemas na e Sistemas Ltda., que elencou várias irregunavegação, os 56 ônibus que deveriam ter sido laridades no edital, denominando de “obscurientregues até esta sexta-feira (15), só devem dades”. Segundo o despacho do presidente chegar a partir da próxima semana. do órgão,, o conselheiro Júlio Pinheiro, a preocupação maior da suspensão é para que o Reajuste processo cumpra a legislação, resguardando o A SMTU informou que o reajuste interesse público por se tratar de licitação de da tarifa do transporte coletivo deve ser feita “grande vulto”, com valor global superior a R$ quando mais da metade dos ônibus novos es- 90 milhões. tiveram operando no transporte coletivo da ci- A média diária de usuários do transdade, o que deve ocorrer até o final de agosto porte coletivo de Manaus, de acordo com indeste ano. A tarifa calculada pela prefeitura é formações do Sinetram é de 800 mil. Mais da de R$ 2,75. O aumento da tarifa está previsto metade são moradores das zonas Norte e Leste no contrato assinado entre a prefeitura e as em- de Manaus. presas que venceram a licitação. Uma Comissão Parlamentar de In- Novas aquisições quérito (CPI) aprovada pela Câmara Mu- A fábrica Comil, que fez a montanicipal de Manaus deverá analisar todas as gem de parte dos ônibus que devem operar em questões envolvidas na nova licitação do trans- Manaus, informou que as empresas Auto Ôniporte coletivo. O valor apontado pela prefei- bus Líder e City fizeram a compra de 85 novos tura para a tarifa também deve ser questionado veículos para atender a população. Segundo na comissão. Durante uma audiência informações da empresa, os veículos devem pública realizada no ano passado, a SMTU atender as Zonas Oeste, Centro-Sul e parte da apontou que o custo mensal do transporte co- Norte. letivo é de R$ 47 milhões. Foram adquiridos 30 ônibus urbanos modelo Svelto e dois micros Piá, que servirão Sistema de bilhetagem para renovar a frota da empresa. A montadora O lançamento do novo processo de também informou que a Auto Ônibus Líder licitação para a implantação do Sistema Inte- adquiriu em junho 53 carros, todos com acesso grado de Gestão Inteligente de Transporte (Si- para cadeirantes.

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A SEMANA REVISTA Direitos

Cliente pode pedir reembolso de passagem em caso de desistência Luciano Roncolato

• Correio da Bahia terra@terra.com.br

Você sabia que pode receber o dinheiro da passagem se desistir da viagem de ônibus? Uma lei federal determina que a informação esteja nos guichês das empresas. Mas muita gente não lê. A lei vale para todas as linhas de ônibus intermunicipais, interestaduais e internacionais. Em caso de desistência, para receber de volta o que pagou, o passageiro só precisa pedir o reembolso à empresa antes do embarque. Segundo a lei, o passageiro tem direito a escolher se quer o bilhete para outra viagem ou o dinheiro. Se o pagamento tiver sido a crédito, o reembolso deve ser feito depois da quitação do débito. Se tiver sido à vista, a devolução deverá ser em até 30 dias após o pedido. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que fiscaliza as empresas, afirma que podem ser descontados 5% do valor pago. E que o pedido de reembolso deve ser feito até três horas antes do embarque. “As empresas que não afixarem no guichê os direitos e deveres do usuário estão sujeitas a multa, que é aplicada pela ANTT, que pode chegar a R$ 12 mil”, avisa Ana Patrizia Lira, especialista em regulação da ANTT. Se o direito não for respeitado, o

RODOVIÁRIA • Passageiro também tem direito de remarcar viagens quantas vezes quiser consumidor deve registrar a reclamação. nador do Procon-MG. “Não havendo no terminal E atenção: os bilhetes valem por rodoviário um posto da ANTT ou de um um ano a partir da compra. Nesse prazo, o órgão de defesa do consumidor, o consumi- passageiro pode mudar a data da viagem dor pode procurar testemunhas e até mesmo quantas vezes quiser, sem pagar nada a mais. fazer uma ocorrência policial desse fato O aposentado João Bosco Alves gostou de e levar futuramente ao conhecimento dos saber: “Vou ficar de olho. Se acontecer Procons ou da Justiça para garantir o seu di- comigo, vou atrás dos meus direitos”. As inreito”, aconselha Marcelo Barbosa, coorde- formações são do G1.

Maringá

Concessionária implantará GPS nos coletivos • O Diário do Norte do Paraná

diariocatarinense@diariocatarinense.com.br

A partir de amanhã, quando completa um mês da assinatura do contrato de concessão do transporte coletivo entre a Prefeitura de Maringá e a Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC), começam a ser implantadas as primeiras mudanças no transporte público em Maringá. A alteração mais significativa é a instalação de aparelhos GPS nos ônibus e de uma central de monitoramento na Setran, o que vai permitir o controle em tempo real de cada um dos veículos da empresa que circulam pela cidade. “Vamos saber se todos os itinerários previstos foram realizados, se os horários das viagens foram cumpridos, se houve abuso de velocidade, se houve qualquer desvio na linha e poderemos checar qualquer

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denúncia da população, como, por exemplo, a de um ônibus que supostamente passou mais cedo ou muito mais tarde por um determinado ponto”, explicou o gerente de Transporte Coletivo da Secretaria dos Transportes (Setran), Mauro Menegazzo. Neste primeiro momento, segundo o gerente, a Setran vai medir a confiabilidade do sistema. “Este é um processo que vai levar de 30 a 40 dias. Depois, quando tivermos a certeza de que o sistema é confiável, vamos começar a implantar as mudanças que forem necessárias em cada uma das linhas”, disse. É neste momento que a Setran vai decidir sobre alteração de horários e número de veículos por linha. Tarifa A partir de segunda-feira, os usuários do transporte coletivo que pagam a pas-

sagem com o cartão Passe Fácil também passam a ter um desconto maior nas viagens feitas nos horários considerados de baixo movimento, que vão das 8h30 às 11h e das 13h30 às 16h. Nesses horários, nos dias da semana, o valor da passagem vai custar R$ 1,87. Em relação aos corredores temporários de ônibus na zona norte da cidade, Menegazzo afirmou que o processo está em fase de licitação das placas que vão ser instaladas nas áreas que atualmente são ocupadas por estacionamentos e que vão ser destinadas exclusivamente aos coletivos. “A implantação deve começar em cerca de 60 dias”, avaliou. Nesse mesmo prazo, a Setran acredita que vai poder divulgar os 100 pontos de venda de passagem que a concessionária precisa implantar na cidade.

17/07/11 • REVISTAINTERBUSS


RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

DEU NA IMPRENSA Transpo Online

Scania comprova redução de consumo • Do Site da Transpo Onlinejsalto@ portalcopa2014.com.br

Testes realizados pelo Laboratório de Transporte da Scania comprovam importante redução no consumo de diesel, que pode chegar a menos de 20 litros por 100 km de operação. “Em nossas melhores viagens entre a Suécia e a Holanda, chegamos a 18,2 l/100 km, uma média que muitos dizem ser impossível”, assegura Anders Gustavsson, diretor-Gerente do Laboratório de Transporte Scania. A experiência foi realizada durante o transporte de componentes entre as fábricas de Södertälje, na Suécia e Zwolle, na Holanda, em um trecho que compreende cerca de 1.300 quilômetros de distância. “A economia de combustível é perto de 4%. Para os nossos caminhões que rodam 360 mil km por ano e consome uma média de 26 litros de combustível por 100 quilômetros, representa uma economia anual de cerca de 4.000 litros de combustível por caminhão,

reduzindo proporcionalmente as emissões de CO2”, garante Gustavsson. Um resultado é que o Transport Laboratory agora opera cavalos mecânicos configurados com uma relação mais alta de eixo traseiro. Isso leva a um regime mais baixo de RPM do motor em velocidade cruzeiro, o que pode

reduzir consumo de 3 a 10%. Outro resultado é um novo defletor de ar traseiro, conhecido como “boat tail”, montado na traseira do semireboque. Esse spoiler aumenta o comprimento da combinação em 30 cm, de acordo com os limites da legislação da União Europeia. Os resultados são muito promissores. Testes - Quilometragem anual média de 360.000 km por veículo / 20 caminhões 4x2 / 65 motoristas / 75 semi-reboques de três eixos / 13 viagens diárias: Suécia – Holanda – Suécia / Volume 100 m³ de cargas equivalentes a 92% da capacitade de transporte / Peso bruto médio de cada equipamento é de 37 toneladas no percurso Suécia/Holanda e 32 toneladas no percurso Holanda/Suécia / Consumo médio de combustível de 26 litros/100 km (meta: 22 litros/100 km). “Estes são os passos mais importantes para que possamos alcançar nossa meta de consumo de combustível em média 22 litros por 100 quilômetros”, considera Gustavsson.

Transpo Online

Cummins lança dois novos motores

• Do site da Transpo Onlinejsalto@ portalcopa2014.com.br

O lançamento de dois novos motores, ambos inseridos na fase EuroV, será o principal e concreto acontecimento com o qual a Cummins do Brasil irá festejar seus 40 anos de produção no País. Até o final do ano a empresa colocará no mercado um motor de 9,0 litros de 400 cv e, com um outro de 3,8 litros e 180 cv, iniciará sua participação no segmento de entrada que tem nas picapes leves um dos principais focos. O volume total de 117 mil motores em 2011, ante os 96 mil entregues em 2010, também representa uma “cereja a mais” no bolo de aniversário deste que é o maior fabricante independente de motores de toda a América Latina. Em curto prazo, a empresa planeja um salto expressivo no faturamento total, indo do atual US$ 1,3 bilhão para 2,2 bilhões dentro dos próximos três anos. O lastro desse aumento no faturamento, o que se traduz em maior produção de motores, pode estar relacionado à chegada das marcas chinesas de caminhões ao mercado brasileiro. Pelo menos duas delas, a Shacman e a Foton, utilizam propulsores Cummins de ultima geração e não há nada que impeça que sejam fornecidos localmente numa operação que passe pelo sistema CKD. Com aproximadamente 90% da sua produção destinada ao mercado interno, tendo como clientes a MAN, Ford Caminhões, Agrale e SC2, a Cummins acredita que haverá um

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aquecimento nas vendas no segundo semestre dest4e ano ocasionado pelo início de produção dos veículos Euro V, que começam a ser comercializados em primeiro de janeiro de 2012. Para Luís Pasquotto, vice-presidente da Cummins da América Latina, hoje a empresa esta focada no mercado interno depois de ver seu plano de exportar até 20% da produção não se concretizar. Do volume total planejado para este ano, 75 mil unidades são para o mercado automotivo e o restante vai atender aos segmentos de geradores de energia, máquinas agrícolas e de construção. A Cummins ventila inclusive a possibilidade de construir uma nova fábrica de geradores que deve exigir um investimento da ordem de US$ 200 milhões em local ainda não definido. Os motores anunciados pelo executivo da empresa são de conhecimento do mercado, uma vez que a empresa já havia feito declarações sobre o assunto. Pelo menos dois fatores funcionaram como catalisadores no avanço dessa intenção. O Proconve P7, que equaliza o Brasil com o que existe de mais avançado no mundo em termos de controle de emissões, que entra em uma nova fase em primeiro de janeiro de 2012, e a anunciada invasão de caminhões chineses no mercado nacional. O propulsor denominado Cummins ISL, de nove litros, tem potência anunciada de 400 cv e vem para atender aos clientes (especialmente MAN e Ford), que ainda não disponibilizam produtos nessa faixa de potência. O

motor mais potente fornecido hoje pela Cummins para o setor veicular chega ao máximo de 320 cv. O segundo motor anunciado pela Cummins será realmente uma novidade. Com o ISF, de quatro cilindros em linha e 3,8 litros, a Cummins passa a atuar em um segmento novo fornecendo motores para a faixa de entrada do mercado. Com potência declara de 180 cv, a empresa aponta diretamente para o mercado de picapes leves, cujos motores, todos alimentados por turbo compressor, oferecem potência entre 165 a 190 cv. Mas é importante ressaltar que os veículos comerciais leves da marca Foton oriundos da China são equipados com versões de motores dessa família que já conta com a tecnologia Euro V. Futuro – A crescente cobrança por propulsores mais limpos faz brotar questionamentos sobre a longevidade dos motores movidos a óleo diesel. Mas Luís Pasquotto afirma que o cenário futuro visualizado pela Cummins passará por algumas etapas. Em primeiro plano, haverá uma evolução dos motores para a condição de emissão zero de poluentes. “Dentro dos próximos dez anos teremos uma migração para a condição de híbridos, que vão receber um importante incremento de tecnologia. Mas chegará um momento, não antes dos próximos quarenta anos, que os motores elétricos serão uma realidade”, disse. “O futuro não nos assusta, pois não somos apenas fabricantes de motores. Somos uma empresa gerenciadora de energia”.

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NOVOS ÔNIBUS PARA CURITIBA

Mais 196 novos ônibu Curitiba Cidade realizou a segunda entrega de ônibus novos do ano; total deverá chegar a 557 até dezembro

• Matheus Novacki

matheus.novacki@hotmail.com

Na ultima quinta-feira (14/06) foram entregues os novos ônibus que farão parte da frota de Curitiba. 196, de um total de 557 veículos. Neste ano, já é a segunda entrega feita pela Prefeitura de Curitiba, sendo que na primeira, os destaques eram os biarticulados azuis, os chamados ligeirões, já nesta os destaques foram os biarticulados vermelhos, os expressos. Os ônibus foram distribuídos da seguinte maneira:

linha Centenário/Campo Comprido, no eixo Leste/Oeste. Outros 12 ônibus biarticulados serão entregues na seqüência e completar a frota do eixo de 26 ônibus. - 89 Ligeirinhos (cor prata), 28 deles serão da linha Pinhais/Campo Comprido, também do eixo Leste/Oeste. Esta linha atende 45 mil passageiros/dia com intervalo. - 26 ônibus articulados verdes que vão

PRESSÃO atender linhas de Interbairros; 28 articulados linhas de Alimentadores; 13 ôniConvergência do mercado amarelos para adecompra de chassis desse bus comuns e padrão, amarelos, de linhas de porte foi decisiva para a entrada da Volvo nesse Alimentadores; 26 ônibus comunsfilão e micros

- 14 biarticulados vermelhos vão entrar na

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especiais na cor amarela, de linhas convencionais.

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ESPECIAL CAIO 65 ANOS Segunda parte

Rodoviários e urbanos que marcaram época Caio Corcovado e Itaipu tiveram espaço de destaque no mercado de carrocerias para ônibus rodoviários. Entre os urbanos, o Alpha e o Millennium vieram para quebrar paradigmas • Thiago Bonome thamco@limao.com.br

Em comemoração aos 65 anos de história da CAIO a revista Portal InterBuss trás com exclusividade uma sequencia de fotos separadas em cinco edições, contando um pouco do sucesso das carrocerias fabricadas pela CAIO ao longo de sua carreira. Nessa edição, mostraremos a segunda parte dessa história, com alguns modelos rodoviários da década de 80 e as carrocerias que mais fizeram sucesso no Brasil. O Caio Corcovado foi uma das carrocerias rodoviárias de maior sucesso fabricado pela CAIO. Grandes empresas como a Viação Itapemirim fizeram de uso dela para viagens longas, atestando sua durabilidade e segurança. Com design da época, o Caio Corcovado é de linhas retas, caracterizando os detalhes que mais faziam sucesso entre as décadas de 70 e 80. Caio Itaipu: Desenvolvido com base nas linhas do Caio Gabriela, é uma carroceria que não teve boa inserção em linhas rodoviárias de longa distancia, sendo mais utilizados em média e curta distancia e linhas seletivas intermunicipais. Pouco se tem registro de empresas do setor rodoviário que a tenha adquirido, porém hoje podemos presenciar carrocerias desse modelo transportando trabalhadores rurais no interior dos estados; O Caio Vitória foi desenvolvido no fim da década de 80 atendendo as características da época no design e no desenvolvimento da carroceria. Na mesma linhagem do Caio Corcovado, o Vitória tem seus tra-

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çados sem muita curvatura, mas fez o gosto de muitos empresários sendo essa carroceria uma das mais vendidas da história do transporte público. Sua aceitação foi tão grande que a CAIO manteve o Vitória em linha de produção por 9 anos e durante esse tempo 3 versões foram fabricadas. Pouco se nota a diferença de uma versão para outra devido ao sucesso do modelo entre as empresas. Caio Alpha: Ultima carroceria desenvolvida pela CAIO antes da aquisição pela INDUSCAR. Chegou a ter sua linha de produção dividida com o Vitória, dada a grande demanda da carroceria. Logo o Alpha toma conta de 100% da linha de produção da CAIO e aposenta de vez o Vitória passando a ser seu sucessor. Também com grande aceitação pelas empresas de transporte, o Caio Alpha já expõe um novo conceito de fabricação de ônibus, com linhas mais arredondadas e design seguindo os padrões da década de 90. O Caio Alpha não teve tanto tempo em linha de produção, mas o tempo que esteve foi suficiente para renovar boa parte da frota do país. O Millennium I já foge do comportamento em suas linhas. A CAIO inova nessa carroceria e expõe um novo jeito de fabricar ônibus, unindo o design da atualidade ao transporte de massa, deixando esse de ser visto apenas como um ônibus e sim como “O” ônibus. Linhas mais arrojadas e traçado único, o Millennuim I é inconfundível, vendo de perto ou de longe. Trouxe um pouco das curvas e do traçado de seu primo Papa-Fila (Onibus Bi-Articulado) porem logo substituído pelo Millennium II que veremos nas edições seguintes.

MODELOS DE SUCESSO • Caio Alpha, Millenni

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RETROSPECTIVA DAS CARROCERIAS DE MAIOR SUCESSO DA ENCARROÇADORA DE BOTUCATU/SP

ium e Vitória foram grandes exemplos de sucesso da montadora Caio. Hoje, o sucesso fica por conta do Apache Vip e do Millennium II

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ESPECIAL CAIO 65 ANOS

RODOVIÁRIOS • Caio Itaipu da Empresa Reunidas Paulista e um Caio Corcovado da Viação Itapemirim: grandes novidades da época

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ARTIGO Clebio Junior clebio@gmail.com

Projetos para o transporte da Capital Federal Neste último mês de junho o Governo do Distrito Federal anunciou a licitação para a entrada de 1200 ônibus novos no sistema de transporte da capital federal. Destes, 300 seriam exclusivamente para atender a chamada Linha Verde - corredor projetado para atender o corredor oeste de Brasília mas que só tem infraestrutura concluída na Estrada Parque Taguatinga (EPTG - DF-085). A aquisição se faz necessária porque as paradas foram construídas no canteiro central da rodovia, exigindo veículos com portas do lado esquerdo, tecnologia ainda inexistente na cidade. Talvez esta, junto com a assuncão do sistema de bilhetagem por parte do Governo (a empresa era controlada pelos empresários permissionarios do sistema), tenha sido uma das principais ações governamentais deste primeiro semestre. O projeto executado para a rodovia é um retrato da mentalidade que há tempos está arraigada no funcionamento de Brasília, e provavelmente tenha nascido junto com a cidade. O que ocorre é que o modo como a obra foi executada dá a entender que o mais importante não era modernizar o transporte de massa, mas facilitar a vida de quem se locomove por carro. Explica-se: enquanto os motoristas individuais agora contam com vias marginais para distribuir o fluxo em torno da via além de contar com três faixas e acostamento na pista principal, os passageiros de ônibus tem agora que utilizar passarelas para atravessar a rua e alcançar as paradas em que param os ônibus, que até a chegada dos veículos adaptados circulam apenas na via marginal. Além disso as paradas no canteiro central foram construídas em posições distintas em cada sentido quando o procedimento padrão é que elas fiquem juntas para que seja possível pegar ônibus em qualquer dos sentidos. Antes de apontar os motivos para o desleixo no planejamento faz-se necessário buscar a explicação na história da construção da cidade. Como é de conhecimento público vários pólos operários surgiram em volta do que seria a futura capital, que após a inauguração foram denominados como “cidades-satélites”. Enquanto isso vários acampamentos surgiam dentro do Plano Piloto: pessoas que vinham tentar a sorte na nova cidade e que não conseguiam lugar para morar. Porém a capital da esperança não poderia ter sinais de pobreza, e um a um os acampamentos iam sendo removidos, e com isso mais e mais cidades-satélites eram criadas para abrigar este contingente, cada vez mais distantes da redoma que se formou para proteger o Plano Piloto das ameaças contra

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seu desenho de avião. Esta política gerou bolsões que avançaram inclusive pelo território do Goiás, onde a expansão urbana encontrou terreno livre das amarras burocráticas do tombamento da capital, gerando assim um território de pobreza gerada pela negligência dos governos das duas unidades da federação. Hoje toda ação governamental feita no transporte de Brasília, seja simples intervenções em linhas até grandes obras estruturais, são fundamentadas em um modelo de expansão da cidade que se formou nesta época da construção, onde particulares transportavam operários em jardineiras e caminhões até o canteiro de obras dos palácios presidencias. Como o crescimento da cidade se deu nestes moldes de erguer núcleos operários em volta da cidade tombada, este modelo de transporte acabou se perpetuando e se consolidando. Vale salientar que boa parte dos empresários que hoje operam no sistema de transporte de Brasília fizeram fortuna justamente fazendo transporte na construção, o que torna a situação irônica pois faz pensar que os mesmos pretendem sustentar o modelo de transporte da época. Atualmente há uma grande concentração de postos de trabalho na região do Plano Piloto, seguramente mais da metade do total de postos do DF, o que faz com que levas de trabalhadores saiam de suas casas nos mais distantes pontos da região e triplique a população da região central no horário comercial. E a locomoção das pessoas que não contam com veículo próprio se dá por linhas no modelo citado acima, o que faz com que o IPK de Brasília seja uma dos mais baixos do país afinal de contas quase não há rodízio de passageiros durante o percurso, ou seja, os que sobem no ponto inicial são praticamente os mesmos que descem no ponto final. Junte-se ao IPK baixo a inexistência de uma câmara de compensação, fazendo com que a remuneração das empresas seja feita pela quantidade de passageiros transportados. Isto ocasiona uma briga de foice entre as empresas por linhas mais rentáveis que já chegou ao ponto de ter capítulos travados nos tribunais - empresas alegando prejuízo nas receitas e solicitando linhas lucrativas de concorrentes. Nos últimos dez anos várias medidas foram tomadas para consolidar este modelo de transporte. A TCB (Sociedade de Transporte Coletivo de Brasília), empresa estatal que tem papel fundamental no equilíbrio do sistema foi conduzida a um estado de sucateamento cujo objetivo era tornar sua recuperação inviável, o que permitiria que

seu espólio fosse repartido entre as empresas privadas, o que acabou ocorrendo (algumas inclusive foram agentes ativos no processo de desmonte da TCB por meio de prática de dumping). Este quadro acabou sendo revertido com a aquisição de veículos modernos - em comparação com veículos similares rodando por outras empresas - e a assunção de algumas linhas na região central do Plano Piloto - sinais de que a estatal deve retomar seu papel no sistema mesmo que este processo ainda tenha se mostrado incipiente. O atual governo assumiu anunciando várias medidas visando modernizar o sistema - a conclusão da Linha Verde e a implantação de corredores semelhantes ligando Sobradinho e Gama incluso. Vale ressaltar que todos estes corredores são radiais, ou seja, tem como destino o Plano Piloto, o que pode contribuir ainda mais para consolidar a estrutura de cidades-dormitório e a concentração de empregos e serviços na região central. Na verdade hoje já não é possível afirmar se o sistema de transporte molda a concentração no Plano ou se ele é moldado na mesma. Mas um exemplo curioso e que merece análise é o que ocorreu em Águas Claras, cidade construída em função do metrô e que por conta disso não foi contemplada com uma rede de linhas de ônibus locais. As linhas originárias de Águas Lindas de Goiás começaram a atender a cidade, fruto disto é que atualmente boa parte dos trabalhadores de Águas Claras são provenientes da cidade goiana. A consolidação dos corredores é um passo importante para a modernização do sistema de transporte coletivo de Brasília, porém se não forem implantados com o planejamento adequado os mesmos servirão apenas de perfumaria, ratificação de um sistema predatório e antiquado que penaliza apenas o usuário em benefício de quem fatura com a falta de gestão. Se o governo quer ser bem sucedido na recuperação do controle do transporte deve dedicar especial atenção na estruturação dos agentes gestores, controladores e fiscalizadores para que estes monitorem o funcionamento e façam os ajustes que forem necessários no sistema. Obras dão a sensação de trabalho executado e geram votos, mas uma reestruturação elaborada com seriedade e implantada com sucesso gerarão dividendos eleitorais muito maiores (caso seja este o objetivo), só assim o cidadão estará seguro de que poderá ir até a parada e se deslocar para qualquer destino que se deseje ir e em tempo hábil, pondo fim à desconfiança geral que impera em meio a população.

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REVISTAINTERBUSS M A T H E U S

N O V A C K I

CURITIBA/PR•EXPRESSO

NORDESTE



FOTOS, EVENTOS, OPINIÃO E CARTAS

SEU MURAL Pesquisa da Semana

Em São Paulo

ATÉ ONTEM ESTAVA NO AR A SEGUINTE ENQUETE:

Você acha que a Busscar ainda poderá voltar um dia a produzir com força total, mesmo com a grave crise?

58,8% Sim 41,2% Não •

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Você acredita que a tão falada e prometida licitação das linhas interestaduais da ANTT sai ainda este ano? VISITE: www.portalinterbuss.com.br/revista E VOTE!

Carta do Leitor

Nova Revista Muito boa tua revista, parabens! É sempre bom ter pessoas comprometidas com

Nostalgia - Tempos Bicudos

ENVIADA POR TIAGO DE GRANDE Os amigos Sérgio Carvalho e Tiago de Grande ladeados por belas representantes típicas de estados brasileiros no Salão do Turismo, que termina hoje em São Paulo nosso segmento, acho super bacana o trabalho que vocês fazem. Renan Bendilatti • Sumaré/SP Nota da Redação • Agradecemos o contato

Renan! Ficamos muito felizes com a repercussão que a nova revista está tendo dentro do setor e continuaremos aprimorando para sempre trazer o melhor para vocês! 1998

Campinas paralisada

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Nessa foto do jornal Correio Popular, usuário depreda coletivo após motoristas e cobradores de Campinas terem abandonado os veículos no meio da rua por volta das 16h, em protesto contra a chegada de perueiros na cidade. Diversas linhas pararam e a população se revoltou. Nessa época as greves eram constantes e os salários viviam atrasados, enquanto perueiros andavam pelas ruas da cidade livremente, com conivência do poder público, em linhas que tiravam passageiros dos ônibus. Foram tempos de graves paralisias no setor 17/07/11 • REVISTAINTERBUSS


VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. Cruz ideiaselembrancas@gmail.com

A evolução de numerar as linhas de ônibus de SP

REVISTAINTERBUSS • 17/07/11

Reprodução

Na semana passada, discutimos, além de eu catalogar as linhas de ônibus antigas, a questão das numerações das linhas de ônibus de São Paulo, baseados no padrão de 1978. Sabemos que o padrão de numeração das linhas de 1978 em São Paulo é totalmente diferente do padrão atual, implantado em 2003. Antes haviam 9 áreas setoriais, e hoje são 8. E tem algumas regiões, como Interlagos e Lapa, que por sorte, continuaram com os mesmos números de área. De 1978 a 1984, qualquer linha nova obedecia rigorosamente à “árvore de numeração”. De repente, começaram a surgir “gambiarras”. Quando surgiu a linha 3390 (Term. S. Mateus-Term. D. Pedro II) passando pela Av. do Estado e pelo Largo do Cambuci, opa, tem algo errado: a linha 3390 deveria seguir a Radial Leste até entrar na região do Tatuapé, mas a partir do centro assim que ele entrou na Praça Nina Rodrigues, deveria receber uma numeração que começaria com 42xx. Em 1987, na inauguração do corredor Santo Amaro, haviam duas linhas setoriais, auxiliares a linha 6500. Uma é a 6501 (Joaquim Nabuco-Term. Santo Amaro) e a 6502 (ItaimTerm. Santo Amaro) - e ambas deveriam receber a numeração 60xx. Em 2003, na implantação do novo sistema, ocorreram duas novidades: - A primeira é que suas linhas de cooperativa de todas as regiões da cidade de São Paulo tiveram seus números alterados, não utilizando nenhuma lógica do padrão de 1978 (talvez só o primeiro dígito significando a antiga área daquele padrão, digamos assim). Por exemplo: A linha 0211 (Chác. Santa Maria - Pq. Primavera), uma linha diametral, passou a ser chamado de 5129. Na nomenclatura, essa linha deveria ser uma linha radial, ligando o bairro ao centro, mas não foi o que aconteceu. Ambas as pontas ficam bem longe do centro, e atravessando uma área a outra, caracterizando-se uma linha diametral. Hoje a linha 5129 é Jardim Miriam-Terminal Guarapiranga. - A segunda é que foi inaugurado o Terminal Pirituba com algumas novidades, como o sistema que mostra o tempo que falta para um ônibus da linha chegar no ponto e também o lançamento do Caio Millennium II. Na hora de seccionar as linhas, ocorreu um caso de duplicidade em duas linhas alimentadoras: As linhas 948R (Morro Grande-Lapa) e 8586 (Vila MirantePaissandu) passaram a ser chamadas de 9016 (Vila Mirante-Terminal Pirituba) e 9018 (Vila Mirante-Terminal Pirituba), utilizando o mesmo percurso - diferentemente da linha 978M (Vila Mirante-Metrô Barra Funda via Paquetá) que passou a ser 9020 (Vila Mirante-Term. Pirituba) via Paquetá e Hospital Pirituba. Daí o 9016 foi

DIVISÕES • No primeiro mapa, a divisão de 1978, de Olavo Setúbal. Abaixo, a divisão atual extinta e permaneceu a linha 9018. E em to- sar de ser uma linha diametral (sai da área 7 em dos estes casos utilizaram números de linhas direção à uma estação de metrô que fica na área começando com 8 ou 9 (e nenhuma com a nova do centro expandido), considerou como se fosse área 1). uma linha setorial (e não uma diametral como As linhas que surgiram após o ano de o padrão propõe). Lembrando-se que a área do 2003 não seguiram alguma lógica, ou não obede- centro aumentou consideravelmente (compaceram algum critério, principalmente em linhas rando os dois padrões). radiais e diametrais, como por exemplo a linha E as linhas 9203 (Metrô Conceição607G (Metrô Conceição - Shopping Morumbi). Brás), 9550 (Metrô Imigrantes-Chác. Sto. AnO que me intriga é aquele ‘0’ fazendo ali no se- tônio) e 9551 (Metrô Imigrantes - Faria Lima), gundo dígito, o que deveria comportar como linhas que vieram para substituir os ônibus fretalinha radial. Tá, o ônibus sai de um bairro da dos? Viajaram legal! Primeiro a atual área setoatual área 6 (1º dígito) e vai em direção à área 7 rial 9 é o próprio Centro. E segundo, os números (3º dígito), e o G vem de “Vila Guarani”, bairro devem ter copiados do padrão de Belo Horizonte próximo ao Metrô Conceição, ou seja, é uma - é o que está bem mais próximo, já que os dois linha diametral. Outro exemplo é a linha 7710 primeiros dígitos, segundo os belorizontinos, são (Metrô Ana Rosa/Term. Guarapiranga) que, ape- a identificação de qual corredor atravessa.

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ENTREVISTA MARCIO BRUXEL Pioneiro das Novidades

Saiu algo novo? Só ver na galeria dele O empresário Marcio Bruxel tem causado bastante frisson com as novidades que traz com frequência para a sua galeria de fotos na internet. Ele falou com a Revista InterBuss sobre o mercado de fretamento e sobre o hobby Nos últimos dias os fãs de ônibus de todo o Brasil ficaram extasiados com as novidades que saíram da Marcopolo, sobretudo as primeiras unidades de LD da linha G7. Um dos responsáveis por trazer essas novidades à internet foi o empresário Marcio Bruxel, do Rio Grande do Sul. Ele aceitou conversar com a nossa equipe e comentou sobre o mercado de fretamento e também sobre o hobby.

meu falecido avô) um Veneza I ano 1973 e logo em seguida ganhei um Veneza II ano 1978 ex-Trevo de Porto Alegre porque no serviço(Linhas Municipais e Transporte Escolar exigia 2 veículos)

Quando começou a sua paixão por ônibus e transporte coletivo? Praticamente desde que nasci, visto que meu pai já trabalhava com ônibus e meu falecido avô foi sócio-fundador do extinto Expresso Albatroz de Santa Cruz do Sul e eu trabalhei por 12 anos, desde os 14 anos trabalho em ônibus, tenho hoje 46 anos de idade.

Qual a sua frota atualmente? Bom possuo 13 ônibus 2 vans e um carro executivo: Ônibus: 1 Marcopolo III SE ano 1979 prefixo 50 1 Marcopolo III SE ano 1981 prefixo 55 1 Veneza II ano 1982 prefixo 105 1 Nielsen ano 1977 prefixo 205 1 Comil/Minuano ano 1983 prefixo 305 1 Torino ano 1987 prefixo 405 1 Comil Svelto ano 1994 prefixo 505 1 Nielsen/Diplomata 310 ano 1988 prefixo 605 1 Torino Gv Scania ano 1997 prefixo 705 1 Torino ano 1992 prefixo 805 Van Renault Master ano 2004 prefixo 905 Van Sprinter ano 2008 prefixo 1005 Ônibus Marcopolo/Paradiso Scania prefixo 1010 Marcopolo/Paradiso LD 1450 Scania prefixo 1212 Busscar/Double Decker Panoramico MBB prefixo 2525 Automovel Honda City executivo utilizado em transfers para Aeroporto

Como surgiu a ideia e a oportunidade de montar a sua própria empresa de ônibus? Em 1992 Passo do Sobrado onde resido desde 1986 emancipou-se de Rio Pardo, e o Expresso Albatroz vinha em um processo de final de sociedade, em outubro desliguei-me da Empresa e em Março de 1993 tive a oportunidade de iniciar minha própria Empresa, na época Marcio Bruxel ME nome fantasia TRANSCOL até 1999 quando criei a Trans Express Ltda Qual o primeiro ônibus que você comprou? O primeiro foi uma herança do Expresso Albatroz(entrou no negócio da venda das ações de meu pai(que havia herdado de

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Já chegou a trabalhar nessa área antes de montar a própria empresa? Sim no extinto Expresso Albatroz Com quais olhos você vê a Copa do Mundo no Brasil para o mercado de fretamento e turismo? Se realmente as obras ficarem totalmente prontas até a Copa, já será um grande passo, acredito que o segmento Turismo/Fretamento será incrementado com este grande Evento, visto que o Brasil possui lugares lindíssimos e a Copa trará muitos turistas, caberá aos nossos Governantes explorarem estes locais e consequentemente o ramo de transporte será beneficiado, pois temos ótimas empresas e ônibus de última geração. Recentemente você apresentou a sua mais nova aquisição, um Panorâmico DD com pintura elaborada em parceria com o gaúcho Emerson Dorneles. Como foi o processo de elaboração do layout? Bom , quando adquiri o DD, primeira coisa foi mandar fotos para os amigos, e o Emerson Dorneles é um dos muitos que fiz através do hobby, em certa postagem outro amigo, comentou, Pô Márcio este DD merece uma pintura diferenciada, pronto o Emerson

17/07/11 • REVISTAINTERBUSS


As maiores novidades trazidas pelo Márcio Essas duas fotos são as maiores novidades já trazidas pelo empresário Marcio Bruxel ao hobby. Enquanto todos ainda esperavam e hipotetizavam como seria a linha G7 de carros altos, Márcio os pegou na rodovia e fez os registros. Horas depois já estavam no ar, em diversos sites especializados, e foram umas das fotos mais vistas por diversos dias, causando grande repercussão entre os colecionadores e entre a própria cúpula do marketing da Marcopolo. Com certeza foi uma estratégia certeira. já escreveu deixa comigo, aí fomos elaborando, fizemos umas 4 ou 5 versões, até chegar na definitiva, como a Empresa é pequena tem como fazer lay out diferenciados nos carros, mas o resultado final foi muito bem aceito! Tendo visão de empresário, como você avalia a atual situação da Busscar? Você crê na recuperação da empresa? Acompanho a teimosia(diria assim porque também temos de respeitar a decisão dos Donos da Empresa)mas tb acabou deixando várias famílias em situações delicadas, mas a Empresa tem solução sim,até porque tem um ótimo produto, Carrocerias de ônibus da melhor qualidade que poderiam continuar a transportar muitas vidas. Mas para isso acontecer teríamos de trocar o comando da Empresa. Mercado para ela existe, haja visto que sua principal concorrente a Marcopolo estar com muitos pedidos, claro que com o lançamento da geração 7 muitas Empresas estão adquirindo este novo modelo. Como é o mercado de fretamento no RS?

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ENTREVISTA MARCIO BRUXEL Há muita concorrência ou há espaço para todos? É um mercado em franca expansão, existem grandes pólos indústriais, na Grande Porto Alegre,Serra Gaúcha, aí tb temos o Turismo, muito bem explorado,a Zona Sul, em especial a cidade de Rio Grande, por aqui no Vale do Rio Pardo, onde o forte é o setor fumageiro, muitas fábricas, universidades etc... a concorrência existe como em todos os setores,mas para os competentes sempre existirá espaços, inclusive com Empresas Tradicionais Rodoviárias agora também participando,tanto na área de Turismo como tb no Fretamento Empresarial/Estudantil. Como você descobriu o hobby? Desde pequeno sempre fui observador, anotava e colecionava dados de placas de cidades, (principalmente de caminhões) com o passar do tempo e já trabalhando em ônibus comecei a prestar atenção nos detalhes do ônibus, sabia placas, prefixos, empresas (carros novos, vendidos, etc...) fazia fotos do tempo com máquinas de filme,nas viagens que fazia, ônibus, lugares etc...até os dias de hoje onde ando sempre com câmera na mão, hehehe. Atualmente você é bastante conhecido por sempre trazer as novidades do mercado em primeira mão. Lembra qual foi a primeira novidade que você publicou na internet? Bom primeira novidade mesmo foi quando iniciei a postar, e postei no Toffobus um Diplomata 2.60 ex-TTL que eu adquiri em 2003, após iniciei no Flogão com minha galeria de fotos, iniciei em 2006 com meu Paradiso 1010 adquirido em agosto/05. Daí prá frente não parei mais, sempre onde havia algum evento e eu sabia que haveria muitos ônibus eu estava lá. Qual novidade sua que mais causou frisson até hoje? Sem dúvida ter pego os LD e DD G7 na Br 101 e depois no Hotel em Bal. Camboriu em março deste ano, porque eu ia a Caxias do Sul sempre com a esperança de fotografar(ao redor do pátio) ou eles em um teste nas rodovias, aí quando estava um Torino meu na reforma, o Marketing da Marcopolo havia alugado um pavilhão do Noronha( onde eu realizo as pinturas dos meus carros) para as fotos do Lançamento e eu ali e não podia chegar perto, aí eu trabalhando em Bal. Camboriu consigo fazer as fotos dos tão esperados carros. Foi a novidade do ano, e agora quando da visita na Marcopolo, onde conheci o processo de fabricação e fiz fotos inéditas. Como foi a transição do portão da rua para

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a linha de produção da Marcopolo, já que ainda muita gente chega até às grades mas poucos como você conseguiram entrar na fábrica? Posso dizer que foi coincidência , sorte, competência e persistência naquilo que faço. Quando menino visitei a antiga Fábrica da Incasel em Erechim com meu pai (fomos buscar um Continental II do Exp. Albatroz) agora tem pouco tempo realizei uma visita(sem câmera) na Comil com um amigo, Representante da Comil na época, sabendo e compartilhando comigo meu hobby, me levou para conhecer a fábrica, fui super bem atendido, mas sem fotos. Após ter fotografado os G7 em março, enviei as fotos para um amigo da própria Marcopolo( que estava viajando nos carros para Bal. Camboriu, este por sua vez mostrou ao pessoal do Marketing) No dia seguinte recebi um e-mail com o convite para o Lançamento oficial em Caxias do Sul, onde fui apresentado ao Gerente de Estratégia e Marketing como sendo o fotógrafo dos G7 em Bal. Camboriu, comentei com ele da dificuldade de fotografar ao redor do pátio (inclusive com situações delicadas que passei) minha dedicação em levar em primeira mão para todo o Brasil carros novos, novos lay out,e ele me convidou para fotografar dentro do pátio.Sempre fiz um trabalho amador, mas sério, sem denegrir a imagem de ninguém(Fabricante, Empresas, Funcionários) e isso tb é levado em conta, por fim tb teve o fato de ter adquirido um ônibus (DD ) do Banco Moneo .Mas enfim visitei a Fábrica( e não posso tb cada vez que estou em Caxias do Sul pedir para fotografar no pátio) daí que aguardei até ficar prontos os LD G7 para solicitar a visita. Como não estavam totalmente prontos fiz um tur pela Fábrica em todos os setores e marquei de voltar, no que fui atendido 2 dias depois. Aliás atendimento super atencioso do pessoal do Marketing, na primeira visita André Oliveira e na segunda Leonardo, ambos comandados pelo Gerente de Estratégia e Marketing Walter Cruz e à eles meus agradecimentos pela oportunidade. Tanto você quanto o mineiro Eugênio Ilzo causaram grande frisson nos últimos dias trazendo para a internet as grandes novidades esperadas para o ano. Consideramos ter sido uma grande prestação de serviço pois acabou em termos com as expectativas de muita gente tentar entrar em locais proibidos para fazer algum primeiro registro deles. Como você vê essa briga pelo ineditismo, travada por algumas pessoas no hobby? Olha, tem uns 20 anos que fotografo e 4 anos que frequento as ruas ao redor da

Marcopolo, com câmeras(antes só via quais empresas compravam ônibus novos) os últimos 2 anos frequento mais seguido, em função dos lançamentos G7, mas em nenhum momento penso em exclusividade(prova disso é que mantenho 2 galerias em sites na internet) e envio fotos para outros sites e amigos que solicitam as mesmas, poderia guardar para mim as fotos ,hoje sei que meu nome está relacionado principalmente as novidades da Marcopolo, muitos abrem minhas galerias diariamente curiosos por novas e inéditas fotos, mas meu sentimento é de muito orgulho, de fazer aquilo que gosto, aliado ao fato de poder compartilhar com muitos amigos que conquistei mesmo que virtualmente (alguns pessoalmente) e aí cito 2 amigos, um a Família Chulis de Curitiba, a qual já veio em minha casa, e eu também fui muito bem recebido em sua residência em Curitiba, outro o amigo Eugênio Ilzo, que conheci pessoalmente dias atrás na própria Marcopolo, inclusive como o LD G7 da Ouro Branco não estava totalmente pronto (e não íamos fotografar e postar a imagem do carro), ele Eugênio ficou com a responsabilidade de fotografá-lo no dia seguinte e enviar as fotos para mim, o que fez sem problema nenhum.Claro que fica um gostinho especial em fotografar e postar em primeira mão (também passamos muitas dificuldades para fotografar, as vezes são horas de espera) mas sem competição,porque o que vale é o valor sentimental, não ganho nada com as fotos, senão pelo prazer, e quando passa do prazer para competição, vira profissão, e esta não é a minha, possuo uma pequena Empresa de Transportes, tenho a oportunidade que DEUS me deu de estar em vários locais à trabalho e faço o que mais gosto na vida, mas tb acho complicado certas atitudes de alguns que se acham busologos, também sou totalmente contra a certas discussões em torno de Empresas (muitas críticas de pessoas que muitas vezes passam dos limites do bom senso, quem decide chassi, carroceria, lay out são os proprietários das mesmas e muitas vezes vejo críticas pesadas neste sentido) ofensas sobre empresas mal administradas, coisas que não deveriam acontecer, pois acabam prejudicando na hora de solicitar uma visita nestas mesmas empresas. Prova disso o Consultor de Marketing da Marcopolo citou, que muitas vezes este Busologos escrevem muitas coisas que ofendem e denigrem a imagem da Empresa. Como você vê o hobby hoje, frente a alguns anos atrás? Hoje é tudo muito rápido, graças à internet, e também à ela que acredito que aumentou muito o numero de pessoas ligadas ao hobby, anos atrás eram mais funcionários das próprias empresas, filhos de motoristas,

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hoje o hobby ganhou proporções gigantescas, e poderíamos aproveitar melhor este espaço, ganhando a credibilidade e confiança dos Empresários, a própria Marcopolo já tem um Canal direto para os Admiradores, isso é ótimo, mas temos de respeitar sempre e criticar somente quando for para melhorar algo, muitos criticam pelo simples fato criar tumulto, não concordo com esta maneira(e não estou aqui defendendo A ou B) Deixe uma mensagem para os hobbystas de todo o Brasil. Gostaria de dizer que é muito legal compartilhar informações, conhecimentos, fotos com pessoas mais velhas, outros mais jovens, acredito que todos poderão sempre ajudar com alguma coisa, sempre temos algo a aprender, que continuem com este hobby sadio (sem competição) que é fotografar ônibus, garagens e seus segmentos,vocês não fazem idéia como somos admirados (às vezes chamados de loucos) por muitos. Vejo muitos jovens no nosso meio, isso é muito bom, pois não estão ligados em outras coisas, e podem acreditar é muito saudável este nosso vício!!!!

REVISTAINTERBUSS • 17/07/11

TRANS EXPRESS • A mais recente aquisição da empresa de Márcio: um Busscar Panorâmico DD que recebeu layout elaborado em conjunto com o gaúcho Emerson Dorneles. Abaixo, uma vista geral da garagem da empresa, com algumas unidades da frota estacionadas. Empresa vai de vento em popa

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HOBBY & DIVERSÃO Luciano Roncolato roncolato@portalinterbuss.com.br

O movimento “Volta Busscar” e as duas fórmulas de sites especializados Há algum tempo tem surgido um movimento em diversos sites especializados em ônibus no Brasil em prol da voltas à ativa da montadora catarinense Busscar. Em crise há mais de um ano, a montadora está produzindo poucas carrocerias e está descapitalizada. O movimento chamado de “Volta Busscar” está espalhado por vários locais. A movimentação em torno de um bem comum é extremamente interessante, principalmente pela dedicação de todos, porém o desconhecimento da maioria dos principais fatos que norteiam a fabricante de carrocerias. Gostar dos modelos da Busscar, realçar suas benesses frente os concorrentes e reviver sua história são exemplos saudáveis de como deveria ser a relação dos colecionadores com a montadora, porém infelizmente não é dessa forma que estão ocorrendo certas coisas. A cada novo pedido que sai da Busscar, a galera entra em êxtase máximo, como se um gol da seleção brasileira tivesse sido marcado em uma copa do mundo. É aí que voltam as manifestações do movimento “Volta Busscar”. O que esquece-se nesse movimento é o drama dos funcionários, há mais de um ano sem receber pagamento, esquecese as condições em que os funcionários estão acometidos, como jornadas a 40 reais por dia, um monte de especulações que alimentam a expectativa do funcionário, a teimosia do sr. Claudio Nielson, que está prejudicando muitas famílias, entre vários outros fatores. Ao criar um movimento para qualquer coisa, primeiramente tem que se ter um objetivo concreto, ver as circunstâncias, resgatar o histórico, etc. Agora, o que a Bus-scar tem de tão importante para que ganhe um movimento pela sua recuperação? Eu particularmente gosto muito dos produtos dela, tanto o designer quanto o conforto interno, equipamentos, iluminação, etc., porém tenho os pés no chão para avaliar as atuais condições da empresa e ver que é um quadro bastante grave. Muitos funcionários já foram para outras empresas do ramo, outros continuam atrelados à empresa aguardando a boa vontade da administração em resolver o problema da descapitalização da empresa, entre outros fatores. O grande golpe da administração da Busscar em seus funcionários foi o pagamento de mais de 200 mil reais à advogados para recorrerem da decisão que favorecia os próprios funcionarios em relação a pagamento de atrasados. Como uma empresa que usa de métodos tão perversos para não pagar salários (ainda mais atrasados) pode ter o apre-

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ço de uma sociedade? É o mesmo que você ir na padaria perto de sua casa e comprar um bolo mofado, e mesmo assim você iniciar um movimento para a recuperação dela, ao invés de exigir a troca de seu bolo. As últimas unidades de VB Elegance 360 que saíram da fábrica de Joinville vieram com diversos defeitos e algumas até com certos remendos pois a produção já estava paralisando por conta da falta de peças. Quase todos os empresários acabaram migrando para a Marcopolo e compraram G7. Desde então nem voltaram mais a procurar a encarroçadora e continuaram comprando G7. Como que uma empresa dessas, que está montando ônibus quase que artesanalmente com restos de peças pode ter alguma credibilidade no mercado? Dois fatos interessantes com relação a esse assunto aconteceram há algum tempo no site Ônibus Brasil. Um deles foram as fotos dos Panorâmico DD da Açaitur. Os carros ficaram espetacularmente lindos, sem dúvida, não tiro nenhum mérito deles, mas será que se fossem um G6 1800DD teria tanta manifestação como esses da Busscar tiveram? Ouve quem teve a ousadia de criticar as outras encarroçadoras para elevar o nome da montadora catarinense, insinuando que a culpa da pré-falência da Busscar é da Marcopolo. Os comentários nas fotos dos carros da Açaitur eram lamentáveis. Os carros levaram muito mais tempo que o normal para ficarem prontos e já foram elevados aos céus. Não seria interessante alguém ir perguntar para os motoristas desses carros como eles estão, se são bons, etc? Curiosos são os comentários que vêm de milhares de km. de distância, sem nunca ter nem visto o carro ao vivo. Enaltecese o produto sem saber se o conteúdo é bom. O cúmulo do absurdo foi um comentário, bastante infeliz por sinal, onde um colecionador sugere à empresária Andrea Luft que compre Panorâmicos DD da Busscar para “ajudar a montadora”, e ainda enviou o link de uma foto do Açaitur. Para acabar, ainda falou que são produtos de qualidade, etc. Ninguém duvida da qualidade da montadora, e como disse eu gosto muito dos produtos dela, porém empresa de ônibus não pode ficar à mercê das encarroçadoras. Esse recado me deixa indignado até hoje, por conta do nível a que chegou o assunto. Foi um fato lamentável. Faço uma sugestão a todos que enfeitam suas galerias ou seus sites com os dizeres “Volta Busscar”: procurem acompanhar um pouco mais o desenrolar dos fatos,

tentem se interar mais sobre o assunto antes de emitirem informações errôneas. Nota-se que muita gente fala coisas ao vento sem saber o que realmente está acontecendo, e os demais acabam acreditando e criando uma falsa esperança em torno da montadora. Atualmente o caso dela é extremamente crítico, não há sinais de venda e a cúpula continua se esquivando de pedidos de explicações. Os salários continuam atrasados e os acordos financeiros não foram cumpridos. *** O site Portal InterBuss voltou a atualizar sua galeria de imagens depois de quase três meses parada. De acordo com o novo cronograma, a mesma deverá ser atualizada todos os sábados, no final da noite. O InterBuss preserva e resgata uma forma de postagem de fotos que fez sucesso durante muitos anos, que é a avaliação antes de ir ao ar: primeiro envia-se as imagens e depois de avaliadas e tratadas é que são levadas ao ar. Essa fórmula começou a ser usada no começo da década passada pelo site InternetBus, que começou a receber fotos de diversos outros colecionadores. Até então, não havia um site coletivo com fotos de diversos colecionadores. Cada um publicada suas imagens em locais próprios. Essa fórmula perdurou com sucesso até o ano passado, quando o site Ônibus Brasil se firmou após mais de um ano no ar e inverteu essa lógica: Lá, você primeiro envia a sua foto, ela vai ao ar para depois eventualmente ser apagada em caso de inconformidade com os termos de uso. Sem dúvida isso elimina várias etapas de trabalho e deixa o site muito mais dinâmico, com atualizações diárias e constantes. Frente a isso, vários colecionadores acabaram migrando de site e outros tradicionais deixaram de atualizar suas galerias. A fórmula antiga dá um baita trabalho para os moderadores, pois há a necessidade de escolha da foto, tratamento, enquadramento, colocação de crédito, inserção no ar e ainda por fim preenchimento dos dados dos veículos no próprio site. Na nova fórmula quase todas as etapas são eliminadas, passando essa responsabilidade para o usuário, exceto a da moderação das imagens, que fica por conta dos administradores. As duas fórmulas tem pontos positivos e pontos negativos. O ideal seria que houvesse um ponto em comum entre os dois formatos. Nos sites envia-depois-publica ga-

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rante-se uma qualidade maior, pois a seleção das fotos é feita antes da inserção nas galerias, porém perde em dinamismo pois perdese muito tempo nos processos de escolha e tratamento das imagens. Se os administradores de sites que usam esse formato não tiverem um tempo reservado durante a semana dificilmente manterão um ritmo direto, falhando durante algumas semanas ou perdendo uma constante de número de fotos. No formato envia-depois-apaga esse dinamismo é garantido, porém a qualidade fica prejudicada. É um formato mais democrático e popular, sem dúvida, porém as ações restritivas não são suficientes para garantir um alto nível de qualidade. Na semana passada estive comentando com alguns amigos esse assunto. Até publico aqui algumas fotos enviadas há alguns anos por usuários que hoje são bastante conhecidos no hobby pela qualidade de suas fotos. Os amigos que viram as fotos não acreditavam que eram dos seus respectivos autores pois a melhora foi gigantesca. Isso deve-se ao fato do antigo e tradicional formato incentivar, de certa forma, a melhora do trabalho dos colecionadores. Durante uma semana as imagens são enviadas e apenas parte delas (uma média de 35% a 40% por atualização) vão ao ar. Caso a foto não fosse ao ar, já era indício de que a qualidade da imagem era baixa e que seria necessário melhorar para entrar no seleto grupo das escolhidas. As fotos que estão aqui ilustrando essa minha coluna hoje são uma grande prova disso. Agora no novo e dinâmico formato essa melhora fica bastante prejudicada. O colecionador publica uma foto ruim, a mesma passa batida, permanecendo no ar, e ainda recebe um comentário de algum amigo falando que a foto está boa. Isso faz com que a pessoa realmente ache que a foto está de boa qualidade e não procurará melhorar. E quando tem alguma foto do mesmo nível apagada, reclama que a moderação “persegue” algumas pessoas. O sistema de “tickets” ou “denúncias” é bastante interessante, porém necessita de um dinamismo maior. Às vezes leva-se quase um mês para que uma denúncia seja avaliada. Enquanto isso, a foto continua no ar, enchendo os olhos e o ego do fotógrafo que durante esse tempo poderia procurar melhorar os seus registros. O problema é que no caso do site Ônibus Brasil, o sistema de denúncias acabou se tornando uma ferramenta de vingança entre os próprios usuários do site, onde só se denuncia fotos de inimigos e desafetos, deixando passar outras de pior qualidade de amigos, apenas por conivência. Não deveria ser assim. Os usuários deveriam manter a imparcialidade e denunciar as fotos que realmente necessitam serem excluídas. Também é necessário um pouco mais de

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OUTROS MOMENTOS • Alguns colecionadores são conhecidos pela alta qualidade de suas fotos mas nem sempre foi assim. A primeira foto é de Matheus Novacki, enviada para publicação no Portal InterBuss quando começou no hobby. A segunda foi uma das primeiras enviadas por Diogo Amorim, também ao Portal InterBuss. critério na seleção dos argumentos para exclusão ou não-exclusão de fotos pois há casos em que imagens com a mesma qualidade são excluídas e outras não, usando-se uma mesma justificativa. Um dos mais polêmicos é o “veículo distante”. Há fotos de veículos mais próximos que são apagadas, e outras de veículos mais distantes que recebem um “dento dos padrões”. Isso seria necessário rever e padronizar entre os moderadores, pois a impressão é que cada um toma o rumo que

assim desejar. Os piores formatos são os chamados “fotologs”, pois cada um publica o que quer com a qualidade que quer e fica por isso mesmo. Como denunciar ao autor uma própria foto dele? O máximo que pode ser feito é você dar algumas dicas de como melhorar, e ainda corre o risco de se passar por chato. Agradar a todos é bastante difícil, pra não dizer, quase impossível, mas é possível melhorar.

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COLUNISTAS William Gimenes williamcptm@gmail.com

Rio de Janeiro – Parte 2

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Gustavo de Albuquerque Bayde

Voltemos a falar do Rio de Janeiro nesta coluna para a Revista Interbuss. No sábado e no domingo passado estive na capital fluminense, indo no convencional da 1001 e voltando no convencional da Expresso Brasileiro. Ao chegar lá, encontrei uma cidade muito diferente. Logo que saí da Rodoviária fui ao Terminal Pe. Henrique Otte ver a situação das linhas municipais. Além de encontrar todos os carros “iguais” (pintura padronizada), ainda dei de cara com as linhas 190 (antiga 2011), 302 (antiga 233 Recreio), 333 (antiga 233 Barra), 133 (antiga 406), entre outras. Até identificar quais eram essas linhas... Resolvi pegar a (antiga) 266 até o Largo da Taquara e tomei um susto quando vi o 353 (antigo 266) chegar. Após passar pela Vila Isabel, Méier e Praça Seca, cheguei na Taquara e comecei a ver as linhas de lá. As da Santa Maria pouco mudaram. Tentei ir para Bangu e me assustei ao ver 803 (antiga 756), 800 (antiga 794B) e uma outra que nem me recordo. Tive que perguntar ao motorista da Bangu qual era aquela linha antigamente para não errar. Em Bangu (e Campo Grande) a mudança está um pouco menor: há menos carros com a pintura padronizada e poucas linhas mudaram de número. Resolvi ir para a Barra da Tijuca passando pelo Recreio e pela Serra da Grota Funda, onde me deparei com 896 (antiga 882 Pingo d’Água), 2338 (antiga 1134 Mato Alto), 2334 e 2335 (antigas 1134 e 1135), 2381 (antiga 381, transformada em linha seletiva). Fora a linha que eu andei, que era a nova 883 (antiga 855 Cachamorra). Na Barra da Tijuca desci no Terminal Alvorada e fui dar uma olhada em como estão as coisas. Só consegui achar o ponto-final do 308 (antigo 175) porque não mudaram os PF’s das linhas no Terminal. Vi outras “novas” linhas, como a 692/693 (antigas 690 e 691 LA), as 817/880 (antigas 702), 555 (antiga 750 Rio das Pedras), 354 (antiga 750 Pça. 15), entre outras. Tenho que elogiar, no entanto, a reforma do Terminal. Peguei o 308 (antigo 175) até a Central e pelo menos vinte pessoas davam sinal para o ônibus e perguntavam “que linha é essa?”. A mesma coisa vi ocorrendo com os usuários da 700 (antiga 701 Downtown) e das 808/832 (antigas 706 e 708). Pelo menos uma coisa positiva: o corredor de Copacabana, onde passam mais de 90 linhas de ônibus, está bem organizado agora. Dá para atravessar a Avenida N.S. de Copacabana em 15 minutos (antes isso era feito em 1h; a avenida tem 3300m). No bairro mui-

MUDANÇA • Carro da linha 308, que era 175. Mudança ainda tem confundido a cabeça dos moradores do Rio de Janeiro. Em alguns momentos os usuários não reconhecem o novo prefixo da linha e acabam deixando o veículo passar tas variantes foram criadas até a entrada de Copacabana: todas elas ganharam números próprios também. Também me deparei com linhas estranhas no trajeto, como 439 (antiga 438 Rebouças), 465 (antiga 755), 162 (antiga 572), entre outras. A Zona Sul ganhou várias linhas parciais também, como as 120 (parcial da 121), 421 (parcial da 433), 467 (parcial da 464), entre outros. Pelo menos por enquanto todos os carros mostram na vista a expressão “antiga xxx”, a exceção da 360 (antiga S-20). Também fiquei no Centro do Rio olhando as linhas durante algum tempo. Pelo que pude ver, a empresa mais adiantada na pintura padronizada é a Ideal: só vi um carro com a cor antiga. As linhas dessa empresa e da Paranapuan também mudaram: suas variantes via Linha Vermelha ganharam números próprios. O mais curioso é: algumas variantes ganharam números próprios, mas outras não. Um exemplo: a 690 LA, variante da 690, que ganhou o número 692. Já as variantes “Via Marina” das linhas 779 e 917 não ganharam números próprios, mas ostentam SV779 e SV917. Uma confusão só. Muitas variantes ganharam letras curiosas como SPA, SPB, SV, SE, SR, SP e SN.

Ainda mais estranho: algumas linhas originais também tiveram seus números alterados, não entendi por qual motivo ainda. Já citei a 308 (antiga 175) e a 333 (antiga 233). E todas as linhas que ligam Jacarepaguá ao Centro também mudaram de número, como a 371 (antiga 284), a 346 (antiga 267), a 390 (antiga 269), entre outros. Em alguns casos é até justificável, como no caso da 332 (antiga 2113), que é urbana, portanto deve ter 3 dígitos, e não quatro. As linhas “S”, “M”, “E” e “C” mudaram de número também: agora tem 366 (antiga S-14), 2303 (antiga S-15), 010 (antiga C-10), 325 (antiga M93), entre outras. As linhas integradas ao Metrô, que recebiam letras “A” por serem parciais de linhas oficiais, também ganharam números próprios. Algumas linhas foram criadas também, principalmente na Zona Sul: há quatro novas linhas entre a Gávea e o Recreio (501, 502, 504 e 505), Na próxima coluna vou tratar de falar do Bilhete Único e das restrições nele aplicadas, como a limitação de duas integrações por dia e o fato de não permitir a integração com linhas municipais dotadas de veículos com ar-condicionado.

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CIRCULANDO José Euvilásio Sales Bezerra je.sales@revista.portalinterbuss.com.br

Circuito Turístico As cidades de São Paulo e Rio de Janeiro já anunciaram a criação de linhas turísticas. Essas linhas percorrerão os principais pontos turísticos das cidades. Um modelo de passeio turístico que, certamente, servirá de modelo para estes é o que é realizado em Curitiba. O passeio de Curitiba é feito em um Busscar Urbanuss Pluss, encarroçado sobre chassi Mercedes Benz O500U. O ônibus possui dois andares, sendo o superior sem teto. Na parte inferior, além do motorista, fica um cobrador. O passeio custa R$ 25,00 e dá direito a um embarque e quatro reembarques. Ou seja, se um turista quiser visitar um dos locais do circuito, poderá voltar tomando outro ônibus turístico. Nesse segundo ônibus turístico, ele apresenta um dos tickets e poderá seguir viagem sem nenhum custo adicional. E, além desse, poderá fazer isso outras três vezes. Junto com os tickets, o passageiro recebe também um livreto-guia, com descrições dos locais por onde o ônibus passará, em inglês, espanhol e português, mais uma tabela com o primeiro e último horários do ônibus turístico em cada um dos pontos. O tempo total da viagem é de, aproximadamente, duas horas e meia. Ele passa por 24 locais em um total de 46km de viagem. O intervalo entre os ônibus Turísticos é de 30min. Nos pontos de parada, exclusivos dos ônibus turísticos, há uma tabela com todos os horários em que a linha passa naquele ponto. Eu o peguei em frente à Rodoferroviária, onde passou, pontualmente, às 10h13 da manhã. O ônibus – Os bancos dos passageiros são do tipo Urban-90, parecidos com o padrão dos bancos dos ônibus urbanos da cidade. Possuem cinto de segurança e, durante a viagem, uma gravação conta o histórico do local visitado. Além desse histórico, são forncecidas orientações aos usuários, como, por exemplo, não ficar em pé quando do ônibus em movimento. Durante a viagem, enquanto o não são veiculados os históricos, os auto-falantes tocam músicas ambiente. Na parte de baixo, o motorista possui um monitor de TV, por onde observa a movimentação dos passageiros no piso superior. Ele só deixa os pontos de parada quando os passageiros que vão para a parte de cima estão todos sentados. Vale a pena observar que é obrigatório o uso do cinto. No entanto, vi poucas pessoas usando-o durante as viagens. Sem falar nas trocas de banco que alguns realizam durante a viagem. O veículo chama muito a atenção por onde passa. Além do próprio passeio, ele acaba se tornando também parte do evento. A viagem - Na viagem, desci no

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CURITIBA • Busscar Urbanuss Pluss do circuito turístico e a entrada do Parque Tanguá Parque Tanguá, décimo sétimo ponto do traje- citações amorosas. Quem já andou nessa linha turístito, se iniciado a partir da Praça Tirandentes, o ponto inicial da linha. O parque é muito bo- ca curitibana, viu que não é tão difícil para nito e vale a visita. A entrada dele é a foto da o poder público implantar uma iniciativa primeira página do livreto-guia da viagem. como essa. Basta apenas um pouco de seEsse parque antigamente era uma Pedreira. riedade e organização. Passeios como esse O espaço foi todo revitalizado e transforma- é uma excelente forma de marketing. É uma do em um belíssimo parque. Nesse parque, maneira de convidar o turista que muitas há também um túnel, que fica aos pés da vezes não consegue visitar todos os locais queda d’agua. Ele foi escavado na rocha e da viagem, a retornar e trazer mais divisas une os dois lagos do parque. Por dentro dele, à cidade. E, além disso, é proporcionar ao em suas paredes, pode-se ver as “marcas” próprio munícipe acesso as principais pondeixadas por visitantes. Em sua maioria, são tos de sua própria cidade.

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AS FOTOS DA SEMANA Ônibus Brasil • www.onibusbrasil.com

CLAUDIO PAZ Comil Svelto MBB OF-1722 • Senhor do Bonfim

VICTOR HUGO GUEDES PEREIRA Marcopolo Paradiso G7 1200 Volvo B12R • Cantelle

FRANCISCO IVANO Marcopolo Paradiso GV 1150 MBB O-400RSD • Real Expresso

GUSTAVO CÉSAR DE ÁVILA E SILVA Marcopolo Paradiso G6 1200 MBB O-500RSD • Presidente

CESAR ÔNIBUS Marcopolo Paradiso G6 1200 Scania K420 • São Geraldo

OSMAR CORDEIRO Busscar Jum Buss 380 Volvo B10M • Garcia

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SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

Portal InterBuss • www.portalinterbuss.com.br

FRANCISCO IVANO Caio Apache Vip MBB OF-1418 • Luwasa

FELIPE PESSOA DE ALBUQUERQUE Busscar Jum Buss 360 Volvo B10M • Camurujipe

FRANCIEL SOUZA Irizar PB Scania k380 • Transbrasiliana

ALEX MILJCOVIC Irizar PB Scania K340 • Expresso Nordeste

Ônibus Arte • onibusarte.com

MARCEL PRADO Nielson Diplomata Volvo B58 • Catarinense

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Fotolog Ônibus • fotolog.terra.com.br/onibus

LEANDRO MELO Busscar Jum Buss 360 MBB O-400RSD • Dois Irmãos / Trans Brasil

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DIÁRIO DE BORDO Salão do Turismo 2011

Um pouco de cada estado dentro de SP

Feira promovida todos os anos pelo Ministério do Turismo ajuda a escolher os próximos destinos dos viajantes de plantão • Tiago de Grande

thiago.eths.9815@gmail.com

Todos os anos em São Paulo ocorre o Salão do Turismo, evento voltado para o turismo nacional, repleto de atrações tais como: Apresentações artísticas de várias regiões do país, amostra de artesanatos, culinária e muito mais. O evento é um sucesso, nos 5 dias de duração a lotação é grande. Os Stands são divididos por regiões, por exemplo: Centro-Oeste, Norte, Nordeste... e dentro dos stands estão representados cada estado, nos stands as atrações são variadas, com jogos, distribuição de brindes, folhetos explicativos, degustação de produtos da culinária local e sorteio de prêmios, tudo relacionado ao turismo e a região a qual se situa. Outra parte interessante do evento, é o corredor de artesanatos, onde cada estado possui seu stand próprio para demonstração e venda do artesanato típico de sua região, pode se-comprar peças diretamente do estado de origem, sem precisar se deslocar até lá, e com preços muito bons. No Mercado de Agricultura Familiar, os próprios produtores expõem seus produtos e também vendem a preços muito bons, e em todos os stands do mercado a degustação de produtos é livre. O Espaço Brasil é um restaurante dentro do salão, com comidas típicas de todos os estados do país com preço único. Quem também marca a presença todos os anos e nesse não foi diferente são as Empresas Aéreas, com promoções

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válidas para os dias do evento, passagens com descontos, sorteio de passagens e distribuição de brindes. Além das empresas aéreas as empresas de turismo também marcam presença, com venda de pacotes exclusivos para o evento, venda de pacotes a preços promocionais e sorteios de pacotes, você pode estar no evento, participar das brincadeiras e ser sorteado com um pacote para aquele lugar que você sempre sonhou em conhecer, ou ganhar passagens áreas de graça para qualquer lugar do país. O Salão do Turismo na minha opinião, é o melhor evento do calendário paulistano, para pessoas que gostam de conhecer outras culturas, ver como os modos de vida são diferentes em cada canto do país, experimentar as peculiaridades e o que cada estado tem de bom, conhecer o folclore e a cultura de regiões diferentes de nosso país, tudo isso sem sair de São Paulo. Logo na entrada do evento, ao receber a sua credencial, você recebe também um livrinho com toda a programação do evento, data e hora das apresentações artísticas. As apresentações artísticas são variadas, e não atuam em um palco específico, vão andando por todo o salão, e você pode acompanhá-las simplesmente as seguindo pelo salão. A cada ano que passa o Salão do Turismo vai ficando melhor, a cada ano com novas atrações e novas opções de diversão, é um evento que todos deveriam conhecer e ver como nosso país tem muita coisa boa, muito o que se conhecer, desbravar, visitar e experimentar, e o evento também é uma oportunidade de ver que tudo isso está mais fácil e perto de nós do que imaginamos.

17/07/11 • REVISTAINTERBUSS


DICAS DE VIAGEM • TURISMO NACIONAL • GASTRONOMIA • TRECHOS E ROTAS

Tiago de Grande

MOMENTOS • Nas fotos acima algumas imagens do 6º Salão do Turismo, que termina hoje no Anhembi, em São Paulo. O movimento foi intenso em todos os dias do evento. Para quem ainda quiser ir, é só fazer sua credencial na hora e conhecer as riquezas que o Brasil oferece a todos os turistas. Na foto ao lado, imagem do Salão do Turismo do ano passado, também com grande movimento de visitantes em busca de promoções, solução de dúvidas para onde ir e dicas importantes de viagem dentro do país.

REVISTAINTERBUSS • 17/07/11

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NOSSO TRANSPORTE Adamo Bazani adamobus@gmail.com

Táxis podem deixar de circular em corredor de ônibus Estudo deve durar 40 dias. De acordo com especialistas, os táxis diminuem a velocidade operacional dos ônibus e a segurança dos corredores por causa do entra e sai no espaço

ESTUDOS • Táxi no Corredor da Vereador José Diniz. A velocidade dos ônibus nos corredores e faixas exclusivas em São Paulo é muito baixa. São vários os motivos apontados pelos especialistas. Mau planejamento das partidas, como diversas linhas saindo juntas no mesmo terminal, falta de estrutura como ausência de pontos de ultrapassagem e divisão melhor do intervalo das frotas são alguns dos motivos. Fatores externos, como veículos a mais no corredor, a exemplo dos táxis contribuem ainda mais para os atrasos e redução na velocidade dos ônibus. Além disso, a segurança é prejudicada pelo fato de os táxis não aguardarem os ônibus enquanto estão nos pontos e ficarem num zigue-zague entrando e saindo dos corredores, fechando os carros nas vias convencionais e os ônibus nos corredores. Grupo de estudos tem até 40 dias para terminar análise, prazo que coincide com o fim da portaria que autoriza a circulação dos táxis no espaço exclusivo dos ônibus A velocidade média dos corredores de ônibus em São Paulo já não é uma das melhores para um espaço preferencial. Ela varia entre 20 km/h e 25 km/h, mas em alguns pontos, não ultrapassa a 8 km/h. Os motivos são vários: programação dos horários das diferentes linhas que saem quase todas na mesma hora, falta de melhor estrutura nos corredores, que sequer possuem pontos de ultrapassagem em alguns gargalos, o que ocasiona filas enormes nos pontos mais movimentados e congestionamento de ônibus. Qualquer interferência externa ou a mais diminui ainda mais esta velocidade dos corredores e pode aumentar os riscos opera-

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cionais. Uma das grandes discussões é a permissão da circulação de táxis com passageiros nos espaços para ônibus. Os táxis são veículos a mais que disputam e ocupam o espaço dos ônibus, diminuindo a velocidade dos coletivos, já que são em grande quantidade, e podem colocar em risco as operações nos corredores, porque os táxis não ficam esperando os ônibus saírem dos pontos e saem para as vias normais, fechando os outros carros de passeio e desrespeitando os pedestres. Este entra e sai de táxis coloca em risco a segurança dos locais. Por conta disso, foi publicada nesta

quarta-feira, dia 06 de julho, no Diário Oficial do Município a criação de um grupo de estudos que terá 40 dias para fazer um levantamento que deve decidir a retirada dos táxis nos corredores de ônibus. O prazo do final dos estudos foi feito para coincidir com o fim da validade da portaria que autoriza o deslocamento dos táxis nos corredores, que é dia 30 de setembro. Por várias vezes foram renovadas as autorizações pata táxis andarem nas vias de ônibus. Pedestres, motoristas e passageiros de ônibus veem como positiva a retirada dos táxis da via que deve ser só do transporte de capacidade maior.

17/07/11 • REVISTAINTERBUSS


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