Revista InterBuss - Edição 55 - 31/07/2011

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REVISTA

INTERBUSS ANO 2 • Nº 55

31 de Julho de 2011

O INTERCAMP QUE SÓ FICOU NO PAPEL Sistema de transporte de Campinas está em operação há cerca de seis anos e nem metade do que estava previsto em edital foi implantado. Pouca coisa mudou de lá pra cá e diversas linhas voltaram a ser desintegradas. Série de reportagens fará comparativos entre o edital e o sistema real

Leia também nesta edição:

• Auto Sueco tem maior venda da sua história • Terceira parte do Especial Caio 65 Anos • Confira as fotos da semana!


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NESTA EDIÇÃO: 32 PÁGINAS

BEM-VINDOS À REVISTA INTERBUSS | Especial Campinas

Muita promessa e pouca ação Sistema InterCamp completa seis anos de implantação e pouca coisa feita, apesar de muita promessa. Do que estava previsto em edital, praticamente nada foi feito.

12

| A Semana Revista

Recife mantém em operação sistema integrado ultrapassado

| Caio 65 Anos

Muita promessa e pouca ação. É assim que se encontra o sistema de transporte integrado da Grande Recife hoje.

09

| A Semana Revista

Metrobus/GO apresenta novos ônibus comprados

Apresentação do novo modelo adquirido para o Eixo Anhanguera acontece amanhça

08 Mudança no comando e novas 20


ANO 2 • Nº 55 • DOMINGO,31 DE JULHO DE 2011 • 1ª EDIÇÃO - 23h31

EDITORIAL

6

A reconfiguração do Transcol

A SEMANA REVISTA

7

As notícias da semana no setor de transportes

DEU NA IMPRENSA

As notícias da imprensa especializada

ESPECIAL CAMPINAS

Seis anos de um sistema mal implantado

PÔSTER Emerson Henrique Silvério

Comil Svelto

SEU MURAL

A seção especial do leitor

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. Cruz Um ano do Corredor Brooklin

ESPECIAL CAIO

A nova fase da empresa e lançamentos

COLUNISTAS Luciano Roncolato Críticas infundadas à Socicam

| Deu na Imprensa

Auto Sueco terá melhor ano de toda a sua história

Alta nas vendas e chegada do B270F faz vendas dispararem e baterem recordes

| Diário de Bordo

11 12 16 18 19 20 22

COLUNISTAS Fábio Takahashi Tanniguchi Dicas de Software

COLUNISTAS William Gimenes Rio de Janeiro - Parte 3

23

24

José Euvilásio Sales Bezerra 11 COLUNISTAS Novidades nas ruas 25

Conheça Embu das Artes e sua bela natureza

Cidade localizada próxima à Rodovia Régis Bittencourt, na Grande São Paulo, tem muito a oferecer a seus visitantes, sobretudo arte

28

AS FOTOS DA SEMANA As fotos que foram destaque na semana

DIÁRIO DE BORDO Tiago de Grande

Embu das Artes

COLUNISTAS Adamo Bazani Diesel de Cana na Santa Brígida

26 28 30


A NOSSA OPINIÃO | Editorial

ao metropolitano nos próximos anos, com

A reforma do transporte na Grande Vitória

a nova licitação do sistema que prevê tam-

bém a implantação de um novo modal e o lançamento do TRAM - Transporte Rápido Metropolitano -, que deve contar com deze-

A primeira cidade brasileira que

compõem a região metropolitana da cidade.

nas de quilômetros de canaletas BRT - Bus

nos vêm à cabeça quando pensamos num

O sistema Transcol, que está em funciona-

Rapid Transit -, inspiradas no modelo curi-

transporte urbano de qualidade é Curitiba,

mento deste o fim da década de 1980, dis-

tibano, ao longo dos principais corredores

com sua eficiente e bem estruturada rede

põe de uma estrutura que permite integra-

de tráfego da região metropolitana.

integrada de transportes. Mas não é preciso

ção fechada em dez terminais que atendem

ir muito longe para encontrar outras capi-

aos principais municípios do entorno de

tado pretende dispor de mais recursos para

tais que dão bons exemplos de estrutura,

Vitória. O sistema é modelo e sua gestão

modernização do sistema de transportes na

gestão e novas soluções para sistemas met-

é feita pelo governo do estado através de

Grande Vitória, além de contar com um

ropolitanos que servem como referência

um órgão criado especialmente para esta

sistema de integração mais eficiente em

para as demais cidades, capitais sobretudo,

função: a CETURB-GV - Companhia de

operação, evitando concorrências com os

ainda carentes de uma infraestrutura de

Transportes Urbanos da Grande Vitória.

atuais sistemas municipais que não pos-

transportes adequada.

Apesar de atender aos principais

suem integração tarifária com o Transcol.

Vitória, a capital capixaba, conta

municípios da Grande Vitória, o Transcol

Diversas obras físicas para a implantação

com uma rede troncoalimentadora que

ainda disputa espaço com linhas urbanas

das canaletas exclusivas para ônibus estão

merece destaque e é responsável pela

independentes nas cidades de Vitória e Vila

em andamento e o edital da licitação do

grande maioria dos deslocamentos da

Velha. Para tanto, os dois serviços munici-

novo sistema deve ser lançado até o fim do

população que reside nos municípios que

pais de transporte devem ser incorporados

ano que vem.

REVISTAINTERBUSS Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda. DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFE Luciano de Angelo Roncolato JORNALISTA RESPONSÁVEL Anderson Rogério Botan (MTB) EQUIPE DE REPORTAGEM Felipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Anderson Rogério Botan, Guilherme Rafael EQUIPE FIXA DE COLUNISTAS Marisa Vanessa Norberto da Cruz, José Euvilásio Sales Bezerra, William Gimenes, Adamo Bazani, Thiago Bonome, Luciano de Angelo Roncolato e Fábio Takahashi Tanniguchi REVISÃO Anderson Rogério Botan e Luciano de Angelo Roncolato ARTE E DIAGRAMAÇÃO Luciano de Angelo Roncolato AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃO Agradecemos por ter colaborado com esta edição: Franz Hecher e Museu da Imagem e do Som de Campinas/SP SOBRE A REVISTA INTERBUSS A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo. Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países. Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail revista@portalinterbuss. com.br. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autorizada apenas após um pedido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido. PARA ANUNCIAR Envie um e-mail para revista@portalinterbuss.com. br ou ligue para (19) 9636.1087 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos! PARA ASSINAR Por enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibilizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem

Com o TRAM, o governo do Es-

Expediente para revista@portalinterbuss.com.br e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado. CONTATO A Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conversar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para revista@portalinterbuss.com.br ou contato@portalinterbuss.com. br. Procuramos atender a todos o mais rápido possível. A EQUIPE INTERBUSS A equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sempre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe. Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo email contato@portalinterbuss.com.br ou pelo telefone (19) 9636.1087, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.


DE 25 A 31 DE JULHO DE 2011

A SEMANA REVISTA Metropolitano

Trecho inaugurado em julho de 2010 tem carros invadindo a faixa exclusiva e trânsito muito lento

Blog Meu Transporte

Corredor Diadema faz um ano com lentidão e muito desrespeito • Diário do Grande ABC contato@j.com.br

O Corredor Diadema-São Paulo da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos, que liga o Grande ABC ao Morumbi, na Zona Sul da Capital, completou semana passada seu primeiro ano de funcionamento, mas tendo só a pouca idade para comemorar. A extensão é mais lenta e sofre mais interferência do trânsito do que o restante do modal, o Corredor Metropolitano ABD, que conecta os bairros de Jabaquara e São Mateus, também em São Paulo, passando por Santo André, São Bernardo, Diadema e Mauá. Pelos 12 quilômetros do Corredor Diadema-São Paulo, nos horários de pico, os ônibus não atingem mais do que 17 km/h. Com essa velocidade, os coletivos precisam de 42 minutos para percorrer todo o trajeto, do Terminal Diadema até a Estação de Transferência Morumbi da Companhia Paulista dos Trens Metropolitanos. Pelo Corredor Metropolitano ABD, que está em operação desde o fim da década de 1980, o mesmo ônibus consegue chegar a 20 km/h, bastando 36 minutos para cumprir o itinerário de 12 quilômetros. O cálculo das velocidades médias é da EMTU. A empresa tem explicação para a alteração do desempenho nos dois sistemas, que são complementares. “Essa diferença se deve principalmente às características físicas dos dois trechos, pois no primeiro (Corredor Diadema-São Paulo), os ônibus circulam de forma compartilhada com as linhas municipais, por faixa exclusiva, no canteiro central da via, ao contrário do Corredor Metropolitano ABD, que é totalmente segregado, sem qualquer interferência do tráfego geral.”

DESRESPEITO • Carros invadem a faixa exclusiva de ônibus no corredor Diadema-Brooklin Além de isolar o acesso de carros e por invasão à faixa exclusiva de ônibus - média motocicletas, deixando o caminho livre para os de 12 por dia. ônibus, pelas faixas do Corredor Metropolitano A travessia de pedestres fora da faixa ABD só circulam veículos metropolitanos e não também é corriqueira. Em diversos pontos, o rodam os ônibus que cumprem as linhas munici- gradil está danificado, permitindo que as pespais das prefeituras do Grande ABC. soas atravessem em local proibido. Segundo a Já no Corredor Diadema-São Paulo, EMTU, as estruturas serão reparadas. as linhas metropolitanas dividem a faixa com ônibus municipais da prefeitura de São Paulo. BENEFÍCIO A interferência do restante do trânsito também é Para melhorar o desempenho dos colemaior, pois os coletivos são separados dos carros tivos no Corredor Diadema-São Paulo, a EMTU e motos apenas pela sinalização. informou que está “desenvolvendo estudos, em Por isso, é comum flagrar outros veícu- conjunto com a SPTrans, buscando principallos no local que deveria ser só dos ônibus. Em mente a produtividade do sistema, ou seja, maior um semáforo da Avenida Cupecê, a equipe do velocidade comercial dos ônibus.” Diário contou oito motos, que, assim como os A abertura do corredor fez aumentar carros, invadem a faixa dos coletivos para fazer o número de passageiros por hora. Segundo a ultrapassagens e ganhar velocidade, aumentando EMTU, a demanda cresceu de 14 mil para 22,5 o risco de acidentes. mil usuários a cada intervalo de 60 minutos, em Responsável pela fiscalização, a Com- dias úteis. Acrescentando os ônibus da Capital, o panhia de Engenharia de Tráfego aplicou, entre serviço, que demorou 20 anos para ser inauguagosto de 2010 e junho deste ano, 3.734 multas rado, transporta 167 mil pessoas por dia.

Fortaleza

Terminal é reformado para conter atropelamentos • G1

jornaldor7@r7.com

A prefeitura de Fortaleza começou a instalar, na segunda quinzena de julho, grades entre as pistas de tráfego de ônibus e nas plataformas do terminal de ônibus urbano do Bairro Papicu, em Fortaleza. O objetivo, segundo

REVISTAINTERBUSS • 31/07/11

a prefeitura, é evitar acidentes com a travessia de passageiros fora da faixa de pedestres. Em 2010 foram registrados dois acidentes fatais no terminal. O primeiro aconteceu em março, quando um homem de 33 anos foi imprensado entre dois ônibus quando atravessava fora da faixa de pedestre. O segundo foi em

novembro, quando uma senhora de 66 anos também foi atropelada. Ainda de acordo com a prefeitura, as obras, que também incluem adaptação da infraestrutura para pessoas com deficiência, devem beneficiar cerca de 270 mil pessoas que passam diariamente pelo terminal.

07


A SEMANA REVISTA Reajuste

Novidade

Passagens interestaduais Metrobus/GO semiurbanas estão mais caras apresenta

Tiago de Grande

amanhã novos Mega BRT • Goiás Agora

180graus@180graus.com.br

MAIS CARO • Andar de semiurbano interestadual está mais caro a partir de hoje

• Correio do Estado terra@terra.com.br

A partir de hoje, as empresas de transporte interestadual e internacional de passageiros semiurbanos (até 75 km) podem aplicar o reajuste de 4,639% no preço das tarifas, conforme foi autorizado pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). A autorização foi publicada no dia 27 de junho, no Diário Oficial da União, e passou a valer a partir da zero hora de hoje Cálculo tarifário Segundo a agência, a tarifa do transporte semiurbano de passageiros está sujeito a arredondamento para facilitar o troco. O arredondamento de um ano é compensado no reajuste do ano seguinte, seguindo as regras

estipuladas na Resolução 2.132/2007. Também é adicionado ao valor da passagem, quando for o caso, elementos como: a tarifa de embarque específica do terminal, o ICMS estadual incidente sobre a tarifa e o rateio do pedágio, por passageiro. A tarifa é composta de itens de custo, com seus respectivos pesos, representados na fórmula paramétrica de reajuste, que são os seguintes: combustível, lubrificantes, material de rodagem, pessoal, peças e acessórios, veículos e outros ativos e despesas gerais. Os itens são reajustados de acordo com índices de inflação setoriais, fornecidos pela FGV, ANP e IBGE. Este reajuste não se aplica ao serviço rodoviário interestadual e internacional de longa distância de passageiros (acima de 75 km), objeto de reajuste próprio.

A Metrobus apresenta na próxima segunda-feira, dia 1º, às 10h, o resultado da consulta popular sobre a escolha da pintura da nova frota de ônibus, adquirida pela estatal. O presidente, Carlos Maranhão, vai apresentar também um ônibus modelo que estará em exposição no pátio da empresa. Três modelos de pintura estão sendo apresentados: azul, prata com detalhes de outras cores, e azul com detalhes verde e amarelo. Os 90 veículos zero Mega-BRT (sigla inglesa para ônibus de trânsito rápido) são da marca volvo modelo 2011/2011 e 2011/2012. Os ônibus terão motor eletrônico, suspensão eletrônica, computador de bordo, monitor de TV e um sistema eletrônico de segurança que não permite o deslocamento do veículo com a porta aberta. Os ônibus articulados terão capacidade para 170 passageiros, com o limite máximo de 6 passageiros por metro quadrado. O espaço interno terá 45 assentos mais espaço exclusivo para uma cadeira de rodas. Os biarticulados terão capacidade para 270 passageiros, também com o limite máximo de 6 passageiros por metro quadrado. O espaço interno terá 60 assentos mais e espaço para uma cadeira de rodas. O ônibusmodelo que será apresentado na segunda-feira é um articulado. A Metrobus fica na Rua Patriarca, nº 299, na Vila Regina, depois do Terminal Padre Pelágio.

Campo Grande

Cidade dos Ônibus será implantada no Pólo Empresarial Sul • Correio do Estado

revista@portalinterbuss.com.br

Depois de muita polêmica, a Cidade dos Ônibus - que abrigará as concessionárias do transporte rodoviário que atuam em Campo Grande - será implantada no Polo Empresarial Sul, numa área que ocupará 20 dos 52 hectares. A decisão foi tomada anteontem (29) pelo prefeito Nelsinho Trad e o Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Passageiros. A administração municipal doará os terrenos e a infraestrutura ficará a cargo dos 15 empresários A área passou a pertencer a Municipalidade após uma urbanização consorciada, feita

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entre a prefeitura e uma grande empresa que se instalou em Campo Grande. Durante o enconro de ontem, Nelsinho mostrou aos empresários presentes ao encontro a exata localização da área, as vias de acesso a ela e citou projetos em andamento que encurtarão as distâncias entre o local e outros pontos da cidade como, por exemplo, o terminal rodoviário. “Acho que é a hora de batermos o martelo. Daqui a uma cinco ou dez anos, vocês vão ver as vantagens de irem pra esse local, em razão do crescimento que esta região está apresentando”, argumentou o prefeito. Para ratificar as palavras de Nelsinho, o vice-prefeito Edil Al-

buquerque citou os milhares de casas que estão sendo construídas naquela região. “Será um ganho espetacular para a cidade”, considerou Edil. Cidade dos ônibus - O objetivo é organizar o tráfego de ônibus que chegam e partem do município e assim otimizar o trânsito na cidade, além de diminuir a emissão de gás carbônico na área central da cidade. Segundo o prefeito Nelsinho Trad, a idéia surgiu durante as análises técnicas do planejamento da nova rodoviária da Capital. Campo Grande registra cerca de 400 viagens de ônibus de transporte intermunicipal e interestadual que trafegam diariamente por diversos bairros.

31/07/11 • REVISTAINTERBUSS


Recife

• Jornal do Commercio dgabc@dgabc.com.br

O Sistema de Transporte Público da Região Metropolitana do Recife parece ter parado no tempo. Com exceção da promessa de construção de quatro corredores de ônibus para a Copa do Mundo de 2014 – planejados e discutidos há pelo menos quatro anos – e de alguns terminais, nada tem acontecido para melhorar a qualidade do serviço. O reflexo desse marasmo está nas ruas. Passageiros se atropelam para subir nos ônibus nos principais terminais integrados do SEI (Sistema Estrutural Integrado), os coletivos andam superlotados e não têm espaço específico nas vias. Em alguns dos maiores corredores da RMR, a quantidade de pessoas à espera dos ônibus impressiona e ainda é muito comum aguardar quase uma hora por um coletivo. Essa é a rotina. As causas do marasmo são muitas e, como sempre, passam pela ingerência política. Passageiros, técnicos em transporte, funcionários, operadores e gestores do setor ouvidos pelo JC, a maioria deles no anonimato, confirmam a impressão de que o setor parou, especialmente desde o fim da primeira gestão do governador Eduardo Campos. E são eles que enumeram as causas. A principal delas tem sido a perda de autonomia do Grande Recife Consórcio de Transporte, que no fim de 2008 substituiu a antiga EMTU com o propósito de modernizar e compartilhar a gestão do setor com os municípios, mas até hoje não mostrou a que veio. Mudou só o nome. Depois de todo esse tempo, apenas a capital e a cidade de Olinda aderiram ao consórcio. Jaboatão dos Guararapes se prepara para entrar agora. “Hoje em dia, a ex-EMTU cuida apenas da operação do sistema. Foi esvaziada pelo próprio governo. O governador levou para a Secretaria das Cidades todos os projetos de transporte, como os corredores de ônibus e os terminais, para dar força ao se-

Anderson Ribeiro

Sistema metropolitano está obsoleto

DEFASADO • Sistema de transporte integrado da Grande Recife já está ultrapassado cretário Danilo Cabral, deputado e homem de apenas informado do que acontece”, denunconfiança de Eduardo Campos. Os técnicos cia outra fonte, também do setor. do Grande Recife até participam das reuniões, Essa ausência de gestão, segundo mas a opinião deles vale pouco. O caso do funcionários do órgão, tem impacto negaestudo para uso do monotrilho em alguns cor- tivo direto na população. “O que acontece é redores é um exemplo. Apesar de o tipo de o seguinte: as empresas que operam linhas modal não ser o mais recomendado tecnica- sociais (de baixa demanda) são pagas por mente desde o início por causa da demanda, aquelas que operam as linhas superavitárias, o Estado insiste no projeto”, relata uma fonte o que garante o caráter social do sistema. Só do governo. que, sem controle da gestão financeira pelo A ingerência política tem provo- poder público, as empresas devedoras estão cado um esvaziamento técnico do órgão. se sentindo à vontade para repassar o dinheiProfissionais de carreira da casa ou que eram ro à CCT quando bem entendem e, por isso, de outros órgãos, mas estavam cedidos ao o caixa não é fechado. O resultado é que as Grande Recife há anos, debandaram. “O gov- empresas que não recebem pelas linhas que erno está sem controlar a gestão financeira do dão pouco rendimento começam a reduzir o Sistema de Transporte, que movimenta entre serviço, retirando ônibus das ruas. A superR$ 50 milhões e R$ 60 milhões por mês. Há lotação nos terminais integrados do SEI é um meses a Câmara de Compensação Tarifária retrato disso”, explica. Essa mesma pessoa (CCT), o caixa único do sistema, não roda, diz que a gestão do sistema voltou no temou seja, não tem a prestação de contas feita. po. “Como as operadoras estão no controle, O banco de dados está sob controle das em- voltamos a fazer a remuneração pelo custo, presas operadoras do sistema, devido a uma ou seja, pelo quilômetro rodado e, não mais, determinação judicial, e o governo tem sido pelo passageiro transportado”, acrescenta.

Ponta Grossa

Ônibus atrasa e revolta passageiros do Expresso Real • Jornal da Manhã

revista@portalinterbuss.com.br

Atraso ocorrido em uma das linhas de ônibus da empresa Expresso Real causou indignação e irritação em passageiros que aguardavam desde às 5h10 de ontem na plataforma de embarque da rodoviária de Ponta Grossa. A dentista Beatriz Uriver Nogueira Bigatom deveria ter embarcado no ônibus às 5h10, mas por volta das 9 horas da manhã ainda aguardava a chegada do ônibus como tam-

REVISTAINTERBUSS • 31/07/11

bém um posicionamento da empresa. Segundo ela, outros sete passageiros estavam na mesma situação. “Esse não é um fato isolado. Já houve atrasos em outras ocasiões, sendo que em uma delas o ônibus chegou seis horas atrasado”, reclama. A dentista relata ainda que uma estudante, que também aguardava a chegada do ônibus, desistiu e foi embora. Somente por volta das 9 horas da manhã uma funcionária da empresa apareceu no local e disse que buscaria uma justificativa para o

fato. “Esse atraso afeta todo um cronograma que você faz para o seu dia. Infelizmente a única opção que tenho para ir até Erechim, no Rio Grande do Sul, mas se soubesse que teria esse atraso teria desembarcado em Curitiba para buscar uma opção lá, não em Ponta Grossa”, diz. Por volta das 9h10, Beatriz diz que a empresa afirmou aos passageiros que o ônibus chegaria em 30 minutos. “São mais de quatro horas aguardando para embarcar”, finaliza. O Jornal da Manhã tentou contato com a empresa, mas sem êxito.

09


A SEMANA REVISTA Grande Vitória

Sistema Transcol ganha 12 novas linhas Luciano Roncolato

• ES Hoje

terra@terra.com.br

A partir desta segunda-feira (01), mais de 25 mil usuários do Sistema Transcol terão mais em 12 linhas de ônibus. As mudanças consistem em aumento de 51 viagens e acréscimo de sete veículos na frota.As informações são da Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb-GV). A reprogramação significará mais 10 viagens entre Serra e Cariacica pela Rodovia do Contorno na linha 540 (Terminal Campo Grande / Terminal Carapina), e 41 em 11 linhas alimentadoras, que ligam 25 bairros a terminais dos municípios da Serra, Vila Velha e Cariacica. O trabalho é resultado de pesquisas realizadas constantemente pela Ceturb-GV em todas as linhas do sistema, com o objetivo de verificar carregamento de passageiros e adequar a oferta de viagens à demanda. Diariamente, 80 pesquisadores realizam os levantamentos nos dez terminais de integração da Grande Vitória (Jacaraípe, Laranjeiras, Carapina, Jardim América, Itacibá, Campo Grande, São Torquato, Ibes, Vila Velha e Itaparica), nos pontos de ônibus e no interior dos coletivos, durante as viagens. São realizados três tipos de pesquisas: visuais, que identificam número aproximado de passageiros nos ônibus; operacionais, que incluem medição dos tempos de viagens e leitura das catracas nos pontos de partida e chegada; e sobe e desce, que levanta número de embarques e desembarques de passageiros nos pontos de parada localizados ao longo dos itinerários. Confira as mudanças que vigoram a partir de segunda-feira (01) Linha 540 - (Terminal Campo Grande / Terminal Carapina via BR101 Contorno) Aumento de 10 viagens nos dias úteis Acréscimo de dois ônibus Intervalo reduzido de sete para seis minutos nos horários de pico Usuários transportados em dias úteis: 3.650 Linha 599 - (Santo Antônio / Terminal Carapina via Campo Verde / Porto de Cariacica) Bairros beneficiados: Santo Antônio / Campo Verde / Porto de Cariacica Aumento de uma viagem nos dias úteis Intervalo reduzido de 40 para 30 minutos nos horários de pico Usuários transportados em dias úteis: 726 Linha 619 - (Balneário de Ponta da Fruta / Terminal Itaparica) Bairros beneficiados: Balneário Ponta da Fruta

10

TRANSCOL GRANDE VITÓRIA • Terminal Itaparica é um dos que receberá novas linhas Acréscimo de um ônibus / Itaparica Intervalo no pico reduzido de 28 para 20 minuAumento de uma viagem nos dias úteis tos Usuários transportados em dias úteis: 652 Usuários transportados em dias úteis: 1.840 Linha 627 - (Terminal São Torquato / Sagrada Linha 829 - (Planalto Serrano / Terminal CarFamília via Argolas) Bairros beneficiados: São Torquato / Sagrada apina via Área B) Bairros beneficiados: Planalto Serrano / CarFamília / Argolas apina Aumento de duas viagens nos dias úteis. Intervalo reduzido de 30 para 20 minutos nos Aumento de seis viagens nos dias úteis Acréscimo de um ônibus no horário de pico horários de pico Redução de intervalo de 12 para nove minutos Usuários transportados em dias úteis: 326 no horário de pico Usuários transportados em dias úteis: 2.655 Linha 635 - (Terminal Vila Velha / Prainha) Bairros beneficiados: Centro / Prainha Linha 834 - (Jardim Bela Vista / Terminal Aumento de uma viagem no pico da manhã Intervalo no pico da manhã reduzido de 25 para Laranjeiras via Centro Serra) Bairros beneficiados: Jardim Bela Vista / Cen15 minutos tro Serra / Laranjeiras Usuários transportados em dias úteis: 606 Aumento de nove viagens nos dias úteis com Linha 732 - (Caçaroca / Terminal Jardim alteração do quadro horário Acréscimo de um ônibus América via Avenida Fernando Antônio) Bairros beneficiados: Caçaroca / Jardim Améri- Redução de 27 para 18 minutos de intervalo nos horários de pico ca Usuários transportados em dias úteis: 1.822 Aumento de três viagens nos dias úteis Aumento de um ônibus na frota Intervalo reduzido de 12 para 10 minutos nos Linha 866 - (Planalto Serrano / Terminal Laranjeiras via Campo da Serra I) horários de pico bairros beneficiados: Planalto Serrano / Campo Usuários transportados em dias úteis: 2.153 da Serra I / Laranjeiras Linha 800 - (Terminal Laranjeiras - circular A Aumento de oito viagens nos dias úteis e B - via Terminal Carapina - Jardim Camburi) Acréscimo de um ônibus na frota Bairros beneficiados: Laranjeiras / Carapina / Intervalos reduzidos de 25 para 18 minutos no pico Jardim Camburi Usuários transportados em dias úteis: 1.458 Aumento de duas viagens nos dias úteis Acréscimo de um ônibus 918 - (CDP Vila Velha / Terminal Campo Usuários transportados em dias úteis: 9.178 Grande via BR101) Linha 814 - (Cascata / Terminal Laranjeiras via Aumento de duas viagens e alteração do itinerário para atendimento aos demais pavilhões Cascata II) do CDP todos os dias. Bairros beneficiados: Cascata, Cascata II Usuários transportados em dias úteis: 435 Aumento de seis viagens nos dias úteis

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RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

DEU NA IMPRENSA Transpo Online

Longa metragem “Ponto Final é ambientado em um Marcopolo Torino Luciano Roncolato

• Do Site da Transpo Online jsalto@portalcopa2014.com.br

O longa-metragem nacional, “Ponto Final”, é ambientado no interior de um ônibus Torino, da Marcopolo – patrocinadora do filme. O drama, selecionado para a Mostra Competitiva do 39° Festival de Cinema de Gramado (de 05 a 13/08), apresenta seus personagens em busca da felicidade. O diretor de fotografia, Antonio Mendes, encontrou soluções imprescindíveis para a filmagem. “O drama se passa no Rio de Janeiro, que possui algumas das mais belas paisagens brasileiras. Porém, ele foi quase totalmente produzido dentro de um ônibus na nossa fábrica, em Xerém. Mesmo assim, o filme mantém, graças à fotografia, muita beleza e charme em seu cenário”, destaca Walter Cruz, gerente de Marketing da Marcopolo. No elenco, Ponto Final conta com Roberto Bomtempo, Hermila Guedes, Othon Bastos, Dedina Bernadelli, Silvio Guindane e Julia Bernat. Sinopse – Os sentimentos de culpa e indignação do executivo Davi servem de fio condutor para “Ponto Final”. Sua filha Beatriz, vítima da violência, era uma jovem que acreditava na boa índole das pessoas e na vocação do Brasil para o amor. Era aqui que iriam acontecer as grandes mudanças. O pai, ao contrário, sempre achou o país uma vergonha – por toda violência, injustiça e corrupção – e a morte de Beatriz

ESTRELA • Marcopolo modelo Torino será palco de um longa-metragem só faz confirmar este seu pensamento. Um a história mostra que só fazemos sentido a encontro inesperado, entretanto, leva Davi partir do outro. É no outro que encontramos a reconsiderar sua vida e rever posições. forças para superar nossas perdas e adver Nesses dias de tantos medos e sidades. É no outro que ganhamos fôlego e desconfianças, em que, cada vez mais o inspiração para viver. Porque, só no “coleser humano sente necessidade de trancar tivo”, projetamos nossos sonhos e nos reatudo o que tem, trancando-se a si mesmo, lizamos.

Transpo Online

Auto Sueco terá melhor ano da história

• Do site da Transpo Online jsalto@portalcopa2014.com.br

Os ônibus comercializados pelo Grupo Auto Sueco no primeiro semestre deste ano representaram 45% das vendas de ônibus da Volvo em todo o Brasil. O volume já supera em 6,71% as vendas registradas em 2010. Mas, se comparados ao mesmo período do ano passado, o crescimento chega a 12,59%. No período, o Auto Sueco já negociou 143 ônibus ante 134 veículos durante todo o ano passado. Segundo estimativas da empresa, até o final do ano serão comercializadas um volume total de 300 a 350 unidades, o que representa um crescimento

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impressionante. O lançamento do modelo B270F, com motor dianteiro, deverá impulsionar os negócios do Auto Sueco em 130% no segmento de ônibus. “A grande diferença em relação ao ano passado é que ampliamos

o nosso leque de clientes e de produtos comercializados. Em 2010 nossas vendas ficaram concentradas em alguns poucos grupos econômicos”, ressalta Arnaldo Teixeira, gerente comercial de ônibus do Grupo Auto Sueco.

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ESPECIAL CAMPINAS

Mudou tudo e não mudou nada

Sistema InterCamp completa seis anos de implantação na cidade de Campinas e a imensa maioria dos projetos prometidos para sua consolidação sequer saiu do papel • Felipe Pereira fpereira@gmail.com

Sete anos de projeto. Seis anos de InterCamp, o sistema de transporte de Campinas. Seis anos de promessas. Mesmo sendo considerado um sucesso pelos secretários de transporte e prefeitura, o saldo para o usuário não é tão animador. Estações de transferência com projetos alterados para meros “pontões de ônibus”, seccionamento de linhas que nunca aconteceram, linhas que tiveram itinerários alterados, mas que retornaram ao sistema antigo por “pressão popular”.

O edital, divulgado em larga escala, até pela internet, traz todos os detalhes técnicos e operacionais para um sistema tido pelo então secretário de Transportes, Gerson Bittencourt, como o ideal para a cidade. Campinas, que tinha seis áreas operacionais, passou a ter quatro, em esquema de cores parecido com o de São Paulo, cidade onde Bittencourt fez carreira como presidente da SPTrans, sendo um dos criadores do sistema Interligado, em 2002 – que não deu totalmente certo, sendo implantado em partes, até hoje. Esta reportagem poderia ter 40 pá-

ginas, se contarmos todas as promessas que estão no papel, e que não foram cumpridas. Grande parte delas só sobre a infraestrutura – os corredores e os projetos das Estações -, todos de responsabilidade da prefeitura, passando pela questão da frota, a distribuição das linhas, os tipos de veículos, os veículos com portas do lado esquerdo. O caso das estações de transferência é o mais gritante. Previstas como miniterminais de transbordo, com banheiros, ponto de informações, cobertura total. Mas, depois de ter sido colocado em papel e prometido pela prefeitura, o projeto sofreu uma

PRESSÃO Convergência do mercado para a compra de chassis desse porte foi decisiva para a entrada da Volvo nesse filão

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ESTAÇÕES DE TRANSFERÊNCIA • Uma das poucas implantadas como real estação de transbordo é a do Parque Prado, localizada na Área 3 reviravolta. E o que era para ser um local com conforto para o usuário esperar a segunda condução se transformou em um simples ponto de ônibus. Não bastasse a mudança brusca no projeto, justificado pela administração como “oneroso”, a própria prefeitura começou a construir e inaugurar estações em locais que não estavam previstos. Um exemplo é a Estação Parque Industrial, localizado no bairro de mesmo nome. Apenas uma linha atende o ponto, descaracterizando o princípio de “transferência entre linhas” para o usuário chegar mais rápido ao destino. E não para por aí.

REVISTAINTERBUSS • 31/07/11

Com três terminais (Ouro Verde, Vila União e Vida Nova) e duas estações de transferência (Campos Elíseos e Jardim Yeda), a área 1 recebeu, de presente, a região do Aeroporto de Viracopos, que deveria ter outra estação de transferência (veja mais detalhes sobre a transferência na Área 4). Os terminais já estavam prontos, de gestões anteriores, e só foram reformados entre 2009 e 2010. Já as estações, nunca saíram do papel. A Estação Yeda até chegou a funcionar, com duas linhas seccionadas (Jardim Capivari e Jardim Santa Terezinha). Mas a falta de estrutura do ponto irritou a população, que pediu o retorno da operação antiga das linhas, sendo atendidos pela prefeitura

com menos de dois meses da novidade. O Corredor Amoreiras, também entregue em gestão anterior, só recebeu manutenção básica, quando muito. Nenhum ponto foi reformado para os padrões previstos no edital. Outro projeto nunca cumprido pela prefeitura foi a de utilização do leito do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que chegou a operar na década de 90, e sucateado tempos depois, por ser oneroso demais. Centenas de propostas, desde o asfaltamento do trecho para utilização exclusiva de veículos biarticulados, como a utilização de VLPs (Veículos Leves sobre Pneus) foram pensadas. Mas nenhuma executada.

• O que dizia o edital, em 2005: 51 linhas, sendo 29 para as empresas e 22 para as cooperativas (alternativo) • A situação hoje: 57 linhas, desconsiderando derivações, sendo 51 operadas pela VB Transportes e Turismo, e 6 pelas cooperativas Altercamp e Cooperatas. 13

Luciano Roncolato

Projetos mirabolantes e nada concreto


ESPECIAL CAMPINAS

Corredor que nunca sai do papel

O prometido Corredor John Boyd Dunlop já foi pintado de várias maneiras pela administração municipal. Mas, hoje, o motorista encontra uma avenida sucateada, com trechos de asfalto horrível – principalmente entre o Balão do Laranja e a ponte da Rodovia Anhanguera. Apesar disso, a região do Campo Grande foi a que mais ganhou com o InterCamp. É a única região da cidade a contar com biarticulados fazendo o transporte dos passageiros ao centro. É bem verdade que as condições viárias em que eles circulam não são – nem um pouco – adequadas, mas é um dos pontos positivos do novo sistema. Diferente do Padre Anchieta. O ter-

minal serve apenas de enfeite, para linhas de passagem. A região passou por criações e extinções de linhas, além da sobreposição de itinerários para o centro. E os veículos cada vez mais lotados. Estações de Transferência sem estrutura. Linhas seccionadas em locais que não tinham condições de receber ônibus. Veículos de capacidade menor que as previstas operando linhas troncais. Tudo isso irritou os moradores da região. De todas as estações previstas para a área 2, apenas a Estação PUCC 2 saiu do papel. Mas como um “pontão de ônibus”, com apenas uma linha que faz “ponto final” (linha 239, que liga ao Terminal Ouro Verde).

• O que dizia o edital, em 2005: 44 linhas, sendo 33 para as empresas e 11 para as cooperativas (alternativo) • A situação hoje: 44 linhas, desconsiderando derivações, sendo 20 operadas pela Expresso Campibus, 17 pela Itajaí Transportes Coletivos, e 7 pelas cooperativas Altercamp e Cotalcamp. Não se engane pelo número total igual. Os itinerários de hoje são, em grande parte, totalmente diferentes dos previstos pelo edital. 14

Melhorias po infraestrutur

A maior área da cidade, com o maior número de estações de transferência (6, ao todo) e apenas três terminais, sendo dois em shoppings. Quatro corredores previstos. Apenas dois foram “inagurados”, o de Sousas e dos Amarais, que contam apenas com faixas preferenciais, e não exclusivas. O de Barão Geraldo caiu em esquecimento, e o quarto, que envolve a Rua Abolição, vai ser construído em agosto de 2011, seis anos depois. Das estações, Sousas e Amarais foram as únicas construídas. A Estação Abolição chegou a existir, mas durou pouco. E o motivo? Pela terceira vez nesta reportagem, a “estrutura provisória” provida pela prefeitura e Emdec irritou os usuários. Além disso, o sec-

• O que dizia o edital, em 2005: 71 e 28 para as cooperativas (alterna • A situação hoje: 70 linhas, desc operadas pela Coletivos Pádova, 5 13 pelas cooperativas Altercamp e Mesmo tendo menos linhas parte das atuais não correspondem 31/07/11 • REVISTAINTERBUSS


ontuais com Mudanças estranhas ra fraca e muita bagunça

cionamento das linhas não garantiu um rápido acesso ao Centro, por um simples motivo: as linhas troncais não foram reforçadas. Finalmente, a Estação Cidade Judiciária, antes chamada de Santana pelo edital. Se apenas a troca de nome fosse o problema, ele seria dos menores. A Cidade Judiciária cresceu, tirou pontos que eram utilizados pela “estação”, que até hoje não teve nem projeto aprovado. Apesar disso, é um dos poucos casos de estações que deram certo. Moradores do Gargantilha e Recanto dos Dourados ganharam mais horários em linhas que, antes, demoravam quase 2 horas, e as opções para o Centro são razoáveis.

1 linhas, sendo 43 para as empresas ativo) considerando derivações, sendo 5 52 pela VB Transportes e Turismo, e Cotalcamp. que o previsto pelo edital, grande m ao previsto em 2005. REVISTAINTERBUSS • 31/07/11

Aqui merece menção especial. De acordo com o edital, a área do Aeroporto de Viracopos também fazia parte da área 4. E assim ficou, até 2009. Em uma manobra no mínimo estranha, principalmente quando a empresa operadora estava enfrentando uma crise financeira, a prefeitura e a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) transferiu a região para a área 1. Além de ser a área menos “abençoada” com linhas que, em grande parte, são deficitárias, a região que mais dava renda foi simplesmente furtada. Com o reforço necessário: em 2009, três anos após a implanta-

ção do sistema. Não obstante, constava, originalmente, que a área 4 abrangesse as regiões da Vila Campos Salles, Vila Marieta, até o Carrefour Campinas-Valinhos. Desde o começo do InterCamp, a Vila Marieta foi operada pelas empresas da área 3, enquanto a Vila Campos Salles tinha como principal linha a 4.01 – Vila Campos Salles / Shopping Dom Pedro. Menos de um ano depois, a linha foi repassada para a área 3, com a justificativa de reclamação dos usuários. Já a Vila Marieta nunca viu ônibus da área 4 circulando pela região, como definia o edital.

• O que dizia o edital, em 2005: 28 linhas, sendo 14 para as empresas e 14 para as cooperativas (alternativo) • A situação hoje: 18 linhas, desconsiderando derivações, sendo 16 operadas pela Onicamp Transporte Coletivo e 2 pela cooperativa Cooperatas. • Reportagens mensais sobre Campinas: No próximo mês, daremos prosseguimento aos comparativos do InterCamp original e hoje 15


REVISTAINTERBUSS EMERSON HENRIQUE SILVÉRIO

IT AT I B A / S P •T C I -T R A N S P O RT E C O L ET IV O IT AT I B A



FOTOS, EVENTOS, OPINIÃO E CARTAS

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EM CAMPINAS Durante visita à garagem da VB1 em 2010: Luciano Roncolato, Dennis Hofstetter, Anderson Ribeiro, Fábio Tanniguchi, Marcos e o cobrador Alan. Agachados: um amigo do Dennis, Carlos e Carlos Alberto.

Nostalgia - Bons Tempos 1988

Transporte campineiro de vento em popa Essa foto mostra uma Campinas de um tempo glorioso, com largo crescimento e desenvolvimento sustentável. Nota-se dois ônibus do Sistema de Transportes que na época era gerenciado pela Setransp, a melhor fase do transporte na cidade. Três anos depois Campinas seria eleita a cidade com segundo melhor e mais eficiente sistema de transporte do país, perdendo apenas para Salvador, na Bahia. Saudades de um tempo bom. Ao lado, propaganda da Groselha Vannucci. 18

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VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. Cruz ideiaselembrancas@gmail.com

1 ano do corredor Diadema-Brooklin: como passou rápido! Hoje estamos comemorando o primeiro aniversário de um dos corredores mais polêmicos de São Paulo a Diadema. É um corredor feito às pressas, e que aliviou o trânsito dos ônibus mesmo assim, diminuindo o tempo de viagem. Para quem não conhece a Av. Cupecê, existem trechos que têm duas faixas para veículos, outras com três. Nos trechos que têm duas faixas são os pontos em que há mais congestionamentos entre veículos, e nesse trecho, motociclistas invadem o corredor de ônibus. Foi aí que aconteceu o acidente envolvendo oito motos, matando três na altura do número 4900, mesmo sem eu entender o que aconteceu de verdade. O que eu achei do novo corredor? Mesmo sendo um dos últimos corredores construídos (ou o último), apesar de ser feito às pressas, se esperar alargar ainda mais a Av. Cupecê e a Ver. João de Luca demoraria mais uns cinco anos para ser entregue, mas como o projeto estava engavetado desde 1986, a solução foi fazer uma obra mais simples possível. E fora várias paralisações de obras. A última, de 2006, estavam simplesmente fazendo um pavimento asfáltico mais resistente para a passagem dos ônibus, mas assim que terminou as eleições, a obra parou tudo, sem explicações. E várias enrolações sem fundamento – foi como se fosse uma obra movida à eleições. Na minha opinião, o corredor agilizou sim o tráfego de ônibus, mesmo passando muitas linhas no mesmo local, mas precisa acertar algumas linhas, diminuindo o intervalo para possibilitar maior agilidade e fluidez no tráfego, porque um ônibus que está completamente lotado com passageiros na luta de entrar no coletivo faz com que o tráfego do corredor fique ‘preso’, diminuindo sua finalidade. E fora as ‘grades’ que dizem que é para evitar acidentes de pedestres, atrapalhou um pouco o direito de ir e vir do cidadão que trafega a pé na hora de atravessar a avenida. Sorte é que há ausência de algumas grades, retiradas por acidente de veículos, que dá para quebrar o galho para atravessar com segurança. Devo parabenizar a empresa municipal VIP Transportes Urbanos, que se destacou para incluir mais veículos otimizando o fluxo com suas duas linhas 607C Jardim Miriam-Shopping Morumbi, 516N Jardim Miriam-Itaim e mais duas auxiliares. Pena que por outro lado, na região da Pedreira, com a ausência (ou extinção) da linha 516P,

REVISTAINTERBUSS • 31/07/11

CORREDOR • A primeira foto é o corredor nas suas últimas finalizações de acabamento antes da inauguração em 2010. A segunda foto foi no dia do acidente do ônibus que atropelou a grade e matou 3 motoqueiros e foi tirada horas depois - para visualizar a ausência da grade de separação - foto noturna, já liberada para o tráfego. o transporte piorou bastante e, por outro lado Quando criarão mais corredores de ainda, a linha 607C deveria voltar a expan- ônibus? Pelo visto, o planejamento da prefeidir para além-Berrini, para não depender so- tura é sempre assim: eles pensam somente no mente de bilhete intermunicipal da Metra e ano das eleições, que deverão ser inaugurados também para não depender de dois ônibus, os corredores Radial Leste e Berrini. Mas, o e muitos usuários que trabalham próximo à ritmo da construção dos corredores diminuíram Berrini não moram próximo do corredor. bastante. Não é só a prefeitura mandar viações Agora, o comércio em torno da comprarem ônibus a etanol para dizer que a preregião onde passa o corredor se sentiu um feitura está fazendo algo, e sim a própria prepouco prejudicado, principalmente para em- feitura demonstrar serviço, criando mais corpresas que não têm estacionamento próprio, redores e terminais (ah é, esqueci que grande mesmo com a proibição de estacionar na faixa parte da população não gosta de fazer baldeada direita da Av. Cupecê. ções). E falando nisso, só falta a Prefeitura Perspectiva investir mais na renovação dos trólebus, aí sim!

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ESPECIAL CAIO 65 ANOS Terceira parte

Muitas novidades na nova fase da encarroçadora

Empresa muda de comando e vários lançamentos são colocados nas ruas para marcar a nova fase • Thiago Bonome thamco@limao.com.br

O especial 65 anos Caio que a revista Portal InterBuss trás com exclusividade, remonta com imagens em algumas edições o caminho trilhado pela empresa nesse período. Sendo uma das mais antigas encarroçadoras, a Caio nos altos dos seus 65 anos, mostra que a-inda tem muita “lenha pra queimar” e continua produzindo os ônibus com design atualizado, conforto e qualidade. Na edição passada, fa-lamos um pouco da evolução das carrocerias produzidas na década de 80, gerando novas versões devido ao grande sucesso de vendas. Entramos na 3° edição desse especial com um marco divisório. A CAIO deixa de ser controlada pelo visionário José Massa (bisavô do piloto brasileiro de Fórmula 1, Felipe Massa) e passa a ser controlada pelo Grupo Ruas fundando assim a INDUSCAR. Em 2001 o Grupo Ruas assume o controle total da CAIO e retoma as produções com uma nova visão no transporte por meio da INDUSCAR/CAIO. Logo de início, a INDUSCAR inova nos padrões de fabricação e abre uma nova linha de produção, com produtos remodelados e seguindo às tendências do século XXI. Abrindo essa nova linha de produtos, a INDUSCAR en-

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tra no mercado de carrocerias para ônibus com os modelos Millennium 1° versão (apresentada na edição anterior) Apache S21, Apache Vip e o Papa-Fila (1° versão do Bi-Articulado). A partir daí, a tendência da evolução fez com que a INDUSCAR atualizasse os modelos e o primeiro a ter sua versão atualizada foi o Millennium. O Papa-Fila, 1° ônibus Bi-Articulado, teve sua passagem de forma tímida por São Paulo, mas deixava sua marca por onde passava. Com 27 metros de comprimento, esse modelo foi a grande solução para o transportes em grandes cidades. Outra capital que também foi contemplada com esse modelo foi Goiânia que apresentou também a versão Articulada do modelo. O Papa-Fila deu espaço ao modelo TopBus em 2002, uma versão mais atualizada do modelo Bi-Articulado. O Millennium II, assim chamado em sua 2° versão, tem apenas sua configuração para chassi de motor traseiro. São fabricados em modelo Piso Baixo, Piso Baixo Central, Articulado e Bi-Articulado. O Apache S21 e o Apache Vip vieram juntos e dividem o mesmo conceito de atendimento no transporte. Na edição seguinte falaremos da evolução dos articulados e os novos conceitos de transporte para facilitar o acesso dos passageiros. Até lá!!

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RETROSPECTIVA DAS CARROCERIAS DE MAIOR SUCESSO DA ENCARROÇADORA DE BOTUCATU/SP

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HOBBY & DIVERSÃO Luciano Roncolato roncolato@portalinterbuss.com.br

Implicância de alguns colecionadores com a Socicam beira o limiar do ridículo A cidade de São Paulo é um verdadeiro paraíso para os colecionadores que gostam de ônibus rodoviários. Os dois terminais da cidade (Tietê e Barra Funda) sempre tem colecionadores em seus arredores para fazer fotos dos ônibus que por ali passam. Alguns chegam a passar praticamente o dia inteiro nos acessos, sobretudo quando chegam novidades. Me recordo da primeira saída do Marcopolo Paradiso G7 1200 Scania K380 da Viação Cometa, prefixo 10400 num final de semana, onde tinham cerca de 30 colecionadores espalhados pela entrada e pela saída da Barra Funda esperando pelo carro. Foi o dia que vi mais gente reunida na porta de uma rodoviária até hoje. Nem os tradicionais encontros na saída do Tietê, das quais comecei a participar em 2006, não aglomeram tanta gente assim. Isso porque o 10400 não era mais uma grande novidade, já que o amigo Anderson Ribeiro fez fotos dele na rodovia alguns dias antes. Nos últimos meses, com o objetivo de tentar organizar a soltura dos ônibus no Tietê, a Socicam colocou alguns cones e faixas próximo à guarita de controle. A colocação dos mesmos faz com que o trânsito se afunile em direção à guarita e evita que motoristas apressadinhos se dispersem e saiam pela faixa lateral, como já ocorreu diversas vezes quando a área era livre. Esporadicamente essa operação é alterada para agilizar a soltura, e os cones e faixas são retirados. Há muito tempo atrás, a guarita era recuada para antes da confluência das saídas das plataformas 01 a 25 e 26 a 50. Cada faixa tinha uma guarita e agilizava a sáida. Depois as duas guaritas foram colocadas no limite da área de administração e hoje é apenas uma, a que está em operação atualmente. Logo à frente da saída, há pouco tempo, foram colocados também cones grandes com o objetivo de organizar o fluxo pelos dois sentidos - Avenida Cruzeiro do Sul e Acesso direto à Marginal do Tietê, além de tentar evitar a passagem de carros pela saída exclusiva, cortando o trânsito na rua de baixo. Todas essas ações da Socicam para a organização da saída tem gerado muito descontentamento dos colecionadores. Alguns acusam a administradora da rodoviária de colocar os cones ali apenas com o objetivo de atrapalhar as fotos e fazer com que os colecionadores desistam à força de ficarem ali na calçada da saída. Outros mais revoltosos dizem que até irão tirar os cones quando forem lá tirar, porque a manutenção deles é absurda, etc.

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Os comentários sobre algumas coisas no hobby são no mínimo curiosos. Falase muito sem pesquisar, consultar, especulase muito até se chegar a conclusões absurdas sobre assuntos super simples. Recentemente fui atrás de alguns esclarecimentos sobre fotos no Tietê e na Barra Funda e a Socicam explicou o seguinte: em todos os terminais rodoviários administrados pela empresa há políticas de segurança e organização que seguem regras pré-estabelecidas pelos poderes concedentes. No caso das rodoviárias do Tietê e da Barra Funda, é o Governo do Estado de São Paulo. Apesar disso, o sistema de autorização para fazer fotos nas instalações de qualquer rodoviária administrada pela Socicam é o mesmo: entrar em contato previamente e agendar um dia, pois há a necessidade de se avisar todo o corpo de funcionários, esquema de organização e muito mais. Não é tão simples como parece o processo que a Socicam tem que fazer para autorizar uma pessoa a fazer fotos. No caso específico das rodoviárias do Tietê e da Barra Funda, não há a necessidade da autorização pois as fotos são feitas do lado de fora das instalações das rodoviárias, e também por esse motivo não há o porque liberar fotos do lado de dentro. Agora imaginem a bagunça que seria do lado de dentro do Tietê com umas 10 pessoas fazendo fotos todos os finais de semana? Se já é uma bagunça do lado de fora, imaginem dentro. É no mínimo absurda a afirmação de que os cones estão na saída para atrapalhar as fotos dos colecionadores. Seria no mínimo insano por parte da Socicam tentar fazer isso pois caso ali na frente as fotos com-

ecem a ficar muito ruim, o pessoal irá para outros pontos mais perigosos, como a entrada do Mangueirão (pátio de espera dos ônibus), ruas e acessos laterais, Avenida Cruzeiro do Sul e até a entrada, onde não há calçada. É muito mais fácil controlar a aglomeração em um só ponto do que espalhar. Além do que, em caso de algum acidente em algum ponto que não seja ali na saída, mesmo estando fora dos domínios da Socicam, a culpa de certa forma respingará sobre ela, por não ter autorizado foto em um ponto seguro: “ah se tivesse deixado eu tirar foto em tal lugar, isso não teria acontecido...”. Por isso, vamos pensar bem antes de tirar conclusões erradas sobre assuntos tão simples. Vamos procurar entender, depois opinar. *** Gostaria de registrar aqui meu agradecimento ao amigo Franz Hecher que me recebeu na semana passada por alguns dias em Vitória. Esteve junto conosco o amigo Gustavo Bayde, do Rio de Janeiro. Nesses dias visitamos as cidades da Grande Vitória, fizemos alguns registros locais e tivemos a oportunidade de conhecer seus familiares, tão agradáveis quanto o amigo Franz. Foi mais uma prova de que é possível fortalecer grandes amizades através do hobby. Uma viagem não deve ser limitada à fotos de ônibus, deve ter também momentos de descontração com os amigos. Deixo aqui meu agradecimento aos amigos pelos dias especiais na região, dias muito agradáveis, com a certeza de um retorno próximo!

31/07/11 • REVISTAINTERBUSS


PARADA DIGITAL Fábio T. Tanniguchi fabiott@revista.portalinterbuss.com.br

Dica de software: World of Subways - Volume 3 (London Underground) A série World of Subways já teve um de seus representantes aqui nesta coluna (no caso, a versão de Nova York). Nesta coluna você vai conhecer um pouco da mais nova versão da série, agora com o metrô mais antigo e tradicional do mundo, o de Londres, na Inglaterra. Bem, a versão em si abrange a Circle Line, que não é a linha mais antiga do famoso Underground. Até por isso, não tem (nem no jogo e nem na vida real) os trens mais baixos que o normal, que circulam até hoje por várias linhas devido ao perfil baixo dos túneis, que eram escavados a mão no final do século XIX. Mesmo assim, o jogo garante bom realismo e uma ótima forma de descobrir o metrô londrino. Como o próprio nome diz, a Circle Line forma um círculo, que tem apenas um “rabo” para fora, que é a extensão mais recente até Hammersmith a partir de Edgware Road. Todas as estações foram feitas de acordo com a realidade. Além das estações, houve um cuidado da equipe de desenvolvimento com o trajeto em si. Os túneis são bastante realistas e o trajeto não fica monótono, pois foram representados também com muita qualidade os trechos de superfície. A grande novidade, porém, trata-se da inteligência artificial. Agora, pessoas ficam esperando nas plataformas das estações, entram e saem dos trens. Além disso, houve grande melhoria no tráfego de trens da linha. Na hora do rush, é normal se deparar com um sinal vermelho devido à proximidade do trem da frente e ter que esperar o sinal abrir para seguir adiante. E isso acontece também no metrô londrino de verdade, devido às enormes

TABLETS • Da esquerda para a direita: Samsung Galaxy Tab 10.1 e Motorola Xoom

frequências das linhas. Por representar com seriedade o Underground em pleno ano de 2011, a estação Blackfriars está fechada (como na vida real). O condutor tem que avisar os passageiros de que a estação está fechada para o sistema de som “pular” a estação e anunciar a seguinte. Falando em sistema de som, o simulador vem com todos os sons dos anúncios bastante realistas, idênticos aos que são feitos na vida real. Como não poderia faltar, algumas estações fazem o emblemático anúncio “Mind the gap”, que virou estampa de camisetas, canecas e outras lembrancinhas que turistas levam pra casa. Só dá para dizer que a TML Studios está melhorando cada vez mais a qualidade de seus produtos. Com certeza a série World of Subways deve continuar avançando. Fontes oficiais dizem que o próximo seria o metrô

de Paris. Torcemos para que a linha escolhida seja a 6, de Nation a Charles de Gaulle/Etoile passando por vários trechos elevados (com estações elevadas), sendo que um deles, próximo da estação Bir-Hakeim, tem ainda direito a vista para a Torre Eiffel. Voltando à edição londrina, ela pode ser comprada na Aerosoft Shop e na Simmarket, como todo jogo da TML-Studios, ao custo de 29,95 euros. http://secure.simmarket.com/londonunderground-simulator-world-of-subwaysvol-3.phtml http://en.shop.aerosoft.com/eshop.php?action=article_detail&s_supplier_aid=50211&s_design=bahn&shopfilter_ category=Train%20Simulation&s_language= english&PHPSESSID=u3u6ur7rg1u0hl39api hpsqc76 Boa diversão!

NÃO DEIXE DE DAR UMA OLHADA NO Metalpar Aysen (para City Bus Simulator 2010)

Foi lançado o Metalpar Aysen com chas-

si Mitsubishi para o City Bus Simulator 2010.

Ele vem com apenas uma pintura, da

chilena Viña Bus. Como destaque, vem com som próprio.

As imagens usadas do modelo no jogo

são da equipe CBS-Chile (que desenvolveu o modelo) e foram retiradas do site da equipe (http://cbs-chile.es.tl/Inicio.htm).

O download pode ser feito através do

link: http://cbs-chile.es.tl/Metalpar-Aysen.htm

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COLUNISTAS William Gimenes williamcptm@gmail.com

Rio de Janeiro – Parte 3

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Reprodução

Voltemos a falar de Rio de Janeiro aqui na coluna semanal da Revista Interbuss. Na semana passada estive na cidade novamente, indo de Expresso do Sul e voltando de Itapemirim. Desta vez vou falar do Bilhete Único implantado na cidade e no Estado do Rio (Região Metropolitana) no final de 2010. Existem dois tipos de Bilhete Único: o Bilhete Único Carioca (municipal) e o Bilhete Único (Estadual). Vou tratar somente deste último, que é o que possuo. Para conseguí-lo já é difícil, pois ele é vinculado ao CPF, portanto cada pessoa só pode ter um único BU. Para recarregá-lo há poucos pontos de recarga, ao contrário de São Paulo: o que melhor funciona na cidade toda é o ponto de recarga da Praça 15, no Centro do Rio de Janeiro. Outra limitação: você só pode fazer duas integrações por dia. Após ultrapassar este limite as tarifas começam a ser descontadas integralmente e a integração deixa de existir, só voltando a valer no dia seguinte. O que é mais curioso é em relação aos veículos onde o BU pode ser usado. A princípio, nenhum veículo com ar condicionado e/ou frescões (rodoviários com ar) poderia aceitar o BU. Mas vários aceitam, como os veículos urbanos da linha 2336 (antiga 1136), da 2303 (antiga S-15), entre outros. Isso só falando no plano municipal, pois no Intermunicipal a confusão é ainda maior. Exemplos: a linha mais cara da Região Metropolitana (Castelo x Ponta Negra, da Amparo), que custa R$ 11, aceita o BU normalmente, mesmo sendo 95% rodoviária. No caso da Reginas, ela aceita o BU na linha Central x Guapimirim, mas não na Castelo x Guapimirim. Sendo que ambas possuem a mesma frota (carros urbanos com ar). A Trel mescla urbanos e rodoviários nas suas linhas, e ambos aceitam o BU (os rodoviários não deveriam aceitar). Evanil e Limousine Carioca fazem o correto: BU só nos urbanos. Na ligação entre o Centro do Rio e a região oceânica de Niterói, outra confusão: a 1001 opera uma linha rodoviária para Itaipú e Charitas que não aceita BU. Mas a Barcas S/A, mais caras (R$ 12) para esta mesma região aceita o cartão normalmente. Sem contar que a cidade de Rio Bonito ficou fora do BU: sua linha Rio Bonito x Praça 15 não aceita BU, mesmo tendo também carros urbanos na linha. Fora o desconto na tarifa, que é o mais interessante do BU Estadual: se você

CARTÕES • Os dois bilhetes únicos que são usados na região metropolitana do Rio de Janeiro. O primeiro, do sistema municipal da capital, integra as linhas locais. O segundo faz integração das linhas intermunicipais com os modais ferroviários andar na Castelo x Ponta Negra (fica em Maricá), que custa R$ 11 como citei acima, só é debitado R$ 4,40, como em todas as linhas intermunicipais da Região Metropolitana. E você ainda pode pegar outra linha intermunicipal, municipal da cidade do Rio, Metrô ou trem da Supervia. De graça! Pois o BU Estadual é aceito em todos os meios de transporte, inclusive as vans legalizadas. Eu ainda não testei todas as integrações possíveis com o Bilhete Único Estadual, apenas as entre ônibus municipais. No sábado fiz duas: de manhã usei a linha 261 e depois embarquei na 749 de graça.

Mais tarde usei-o na 301 (antiga 234 Recreio), embarcando em seguida na 393. E por desconhecer que a Supervia aceitava o BU, quando optei por utilizar-me dos trens para me deslocar para a Zona Norte devido a abertura dos Jogos Militares no Engenhão e do trânsito na Avenida Brasil, acabei pagando a passagem em dinheiro. De qualquer maneira, a implantação do Bilhete Único na Região Metropolitana do Rio de Janeiro é um avanço para a integração dos diversos modais de transporte urbano existentes neste conglomerado de 10 milhões de pessoas.

31/07/11 • REVISTAINTERBUSS


CIRCULANDO José Euvilásio Sales Bezerra je.sales@revista.portalinterbuss.com.br

Novidades nas Ruas Nos últimos dias, têm aparecido algumas novidades em termos de ônibus Urbanos e Rodoviários nas ruas de São Paulo e da Grande São Paulo. Segue algumas novidades a respeito de ônibus Rodoviários. IRIZAR CENTURY da Pássaro Marron – Na semana que passou houve a cerimônia de entrega de mais dez Irizar Century, chassi MBB O500RS. Esses carros, de propriedade da empresa Pássaro Marron, irão operar no serviço Airport Bus Service, serviço de transporte por ônibus de São Paulo até o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. A tarifa das viagens nessa linha é de R$ 33,00. Esse serviço tem partidas do Aeroporto de Congonhas, da Praça da República e da Avenida Paulista. Por sua tarifa extremamente cara, é utilizada em sua maioria por executivos que vêm ou deixam São Paulo. Dez ônibus iguais já estão rodando desde maio passado. Naquela época, a gerenciadora do serviço, a EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos – não fez nenhuma cerimônia para a apresentação desses veículos. MARCOPOLO PARADISO 1050 G7, da Breda Serviços, a serviço da GOL – Desde meados de junho, está em operação uma nova frota de Paradisos 1050 G7, chassi MBB O500R, da Breda Serviços, que faz o serviço de transporte dos tripulantes e passageiros da GOL Linhas Aéreas. Esses carros vieram de fábrica já com pintura do serviço. Conforme o selo de inspeção da Marcopolo, fixado na lateral do vidro dianteiro do ônibus, eles foram liberados da fábrica no final de maio. Esses carros, cujos prefixos são entre 1586 e 1595, estão operando a linha do serviço entre os aeroportos de Congonhas e Cumbica. São ao todo dez carros, que parte de cada aeroporto a cada trinta minutos. Para utilizar esse serviço, o passageiro da GOL deve apresentar o recibo da passagem ao motorista do ônibus, tanto na viagem de ida quanto na de volta. MARCOPOLO PARADISO 1050 G7, da Expresso Luxo – Ao mesmo tempo que os Paradiso da Breda, também começaram a circular os Marcopolo Paradiso 1050 G7, chassi MBB O500RS, da Expresso Luxo. Apesar de pequena – ela só opera as linhas São Paulo–Ponta da Praia e São Paulo–São Vicente -, a ELux briga em pé de igualdade com as grandes do trecho – Cometa, do Grupo JCA, e Rápido Brasil e Ultra, do Grupo Ruas. Desta vez, foram adquiridos cinco ou seis carros, numerados entre 11011 e 11016. Curiosamente ninguém, até agora, fotografou ou viu o 11013. Dizem que a empresa pulou esse prefixo. Além dessas novidades, já foram vistos novos Marcopolo Paradiso G7 da Viação Cometa. E muito mais novidades devem vir por aí. Vamos aguardar. Um abraço a todos.

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AS FOTOS DA SEMANA Ônibus Brasil • www.onibusbrasil.com

ALEX MILJCOVIC Marcopolo Paradiso G7 1200 Scania K380 • Transpen

RENATO DE AGUIAR Marcopolo Viale Volvo B10M • Transol

CESAR CASTRO Marcopolo Paradiso GV 1150 Volvo B10M • Eucatur

MARCOS FILHO Marcopolo Viale MBB OF-1722 • Unitrans/Reunidas

GUTTEMBERG SIQUEIRA Marcopolo Torino GV Volvo B10M • São Judas Tadeu

GUILHERME RAFAEL Mafersa M-210 Turbo • TCA Transporte Coletivo de Araras

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SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

Portal InterBuss • www.portalinterbuss.com.br

CESAR CASTRO Comil Svelto MBB OF-1722 • Nova Integração

RICARDO ZAMBIANCO Marcopolo Viaggio G7 1050 Volksbus 18 320 EOT • São João

GIOVANI ALENCAR Comil Svelto Volksbus 17 230 EOD • Athenas Paulista

ANTONIO CARLOS LIMA Comil Svelto MBB OF-1722 • Santa Cruz

ERBuss • erbuss.vilabol.com.br

EDUARDO OLIVEIRA Marcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RSD • Cometa

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Leonardo Vieira • www.8p.com.br/leonardovieira

LEONARDO VIEIRA Marcopolo Viale Scania L94UB • Turis Silva

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DIÁRIO DE BORDO Embu das Artes

Artesanato e história na bela natureza Uma cidade aconchegante e com muito o que conhecer e explorar. Assim é Embu, localizada na Grande São Paulo, próximo à BR-116 • Tiago de Grande

thiago.eths.9815@gmail.com

Situada a apenas 27km da Capital Paulista, as margens da Rodovia Régis Bittencourt e bem próxima ao Rodoanel, Embu (Ou Embu das Artes como é mais conhecida) é uma cidade pequena porém uma das mais interessantes da Grande São Paulo, conhecida hoje em dia pelo artesanato, é uma cidade que também tem muito a revelar de sobre sua história e sobre a história do próprio estado de São Paulo, uma visita na badalada Feira de Artesanato que ocorre toda semana no Largo dos Jesuítas ou uma simples caminhada a pé pelo Centro Histórico e visitas aos Museus da cidade são programas interessantes e muito reveladores, e hoje vou falar um pouco sobre essa linda cidade da Grande São Paulo. Um pouco de História A Aldeia do M’Boy (Em TupiGuarani significa “Cobra Grande”) surgiu na região entre 1555 e 1559. Em 1624, o Casal Fernão Dias e Catarina Camacho doou as terras do lugarejo a Companhia de Jesus, com a condição de que os Jesuítas devotassem a igreja a Nossa Senhora do Rosário e organizassem uma festa de adoração a Santa Cruz. Na segunda metade do século XVII, o jesuíta Belchior de Pontes comandou a construção da igreja e residência no local onde hoje é o Museu de Arte Sacra, no Centro histórico da cidade. Em 1920, Embu recebeu um dos seus maiores expoentes, o pintor Cássio M’Boy. Nos anos seguintes, mais artistas chegaram a cidade: Assis do Embu, mestres Sakai e Gama, Solano Trindade e Ana Moysés, entre vários

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outros. Eles ajudaram a fundar em 1969, a Feira de Embu das Artes, conhecida nacional e internacionalmente, e muito freqüentada todos os finais de semana até os dias de hoje. Ligação da cidade com a Arte Com a chegada de inúmeros artistas importantes ao município a partir de 1920, Embu consolida sua posição de destaque no cenário artístico nacional. Hoje a cidade abriga 38 ateliês e galerias, onde pintores, escultores, forjadores, entalhadores e ouríveres produzem e comercialzam obras de grande beleza e refinamento. Embu também é a terra da dança, do teatro, da música e da poesia, manifestações que podem ser vistas em diversos espaços públicos da cidade como as Bibliotecas Municipais e o Centro Cultural Mestre Assis do Embu. A Natureza também está presente na cidade Embu também possui opções de verde e lazer ligados a natureza, o Centro é encravado em um pedaço de Mata Atlântica e cortado por um pequeno rio, que forma próximo ao cruzamento da Avenida Elias Yazbek com a Rua Tarsila do Amaral uma pequena queda d’agua! Outras opções interessantes em Embu são: O Parque do Lago Francisco Rizzo e a Fonte dos Jesuítas, ambos também no centro da cidade. Parque do Lago Francisco Rizzo: Com mais de 217 mil metros quadrados, a antiga área de extração de areia, deu lugar a um espaço verde e a um grande lago de 56.000 metros quadrados, povoados por dezenas de espécies de peixes. O parque também possui

CULTURA E NATUREZA • A cidade de Embu, ta pistas de Cooper, brinquedoteca, biblioteca especializada em meio ambiente e um viveiro de mudas de plantas e árvores nativas da região, onde você pode retirar a sua muda e levar para plantio. Fonte dos Jesuítas: A Fonte dos Jesuítas, descoberta em 1944, é uma das mais antigas do Brasil, num espaço privilegiado da Mata Atlântica. O projeto Sábado na Fonte, promove atividades educativas para a comunidade e os turistas. Os participantes do proejto caminham por trechos da Mata Atlântica, conhecem a cachoeira, participam de oficinas, utilizam o laboratório de informática, visitam o fontanário e passeiam de trenzinho pelo centro histórico da cidade. A Arte e a História em Embu nos dias de hoje Desde 1969, uma grande variedade de opções: pinturas esculturas, bijuterias, instrumentos musicais, estofados, cestarias, vestuários, rendados e uma série de objetos utilitários ou decorativos, você encontra na Feira de Embu das Artes todos os finais de semana nas ruas do centro histórico, há também ótimas opções de gastronomia na Praça de Alimentação ao ar livre. Na rua Siqueira Campos está a Feira do Verde, especializada

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DICAS DE VIAGEM • TURISMO NACIONAL • GASTRONOMIA • TRECHOS E ROTAS

ambém conhecida como Embu das Artes, tem muitos atrativos para os seus visitantes, desde belos trabalhos artísticos até natureza em plantas e flores ornamentais. zidos entre os séculos XVII e XIX. Creditam do da colonização do entorno oeste da região Na Avenida Elias Yazbek estão a imagem de Nossa Senhora do Rosário ao da Grande São Paulo por jesuítas e bandeisituadas as lojas de Móveis Rústicos, em toda Padre Belchior de Pontes, que foi o respon- rantes entre os séculos XVI e XIX. A Taypa a extensão da Avenida que corta o centro da sável pela construção da igreja. A obra-prima de Pilão é a técnica construtiva que utiliza cidade e dá acesso a Rodovia Régis Bitten- do museu chamada “Senhor Morto”, escul- barro socado entre formas, característica cocourt é possível encontar lojas com opções pida em tamanho real em uma única tora de mum em monumentos nas cidades que perde mobília rústica para todos os ambientes a madeira, e as imagens de Nossa Senhora das tencem ao circuito: Barueri, Carapicuíba, Copreços bem interessantes. Dores e da Santa Ceia são de autoria do padre tia, Embu, São Roque e Santana de Parnaíba. As Manifestações Culturais estão Macaré, as demais peças expostas no local muito presentes no dia-a-dia da cidade. A dan- foram esculpidas por jesuítas auxiliados pe- Como chegar ça de Adoração a Santa Cruz e os Tapetes de los índios. Embu tem fácil acesso para quem Corpus Christi são manifestações populares O passeio tem a igreja como ponto vem da Capital Paulista, é margeada pela que perduram até os dias de hoje na cidade. O alto: a sacristia, com pinturas de estilo oriental Rodovia Régis Bittencourt e também com Teatro Popular Solano Trindade, comandado no forro e o altar da capela-mor, ornada com fácil acesso para o Rodoanel, conseqüentepela artista plástica, coreógrafa e yalorixá de talha dourada, é um dos mais conservados do mente para as outras rodovias que partem de candomblé Raquel Trindade, mantém vivo o Estado. O Museu do Índio foi planejado pelo São Paulo. trabalho iniciado por Solano, uma das figuras artista plástico, pesquisador da cultura indíge- De ônibus também tem boas opções, mias expressivas da poesia no Brasil. na e escritor Walde-Mar de Andrade e Silva. para quem vem de outras cidades pelo Termi O centro histórico de Embu possui Trata-se de um espaço de pesquisa e debate nal Tietê, há do lado de fora, na Avenida Cruconstruções históricas do tempo dos Jesuítas de temas relacionados as questões indígenas, zeiro do Sul a linha 164 (Itapecirica da Serra/ e ruas estreitas de paralelepípedo, entre as grupos étnicos, costumes, hábitos alimen- Parque Paraíso) essa linha passa pelo centro construções históricas vale a pena destacar e tares, arte (plástica, musical, dança, oratória histórico de Embu, outra opção interessante conhecer o Museu de Arte Sacra dos Jesuítas e ornamental), idiomas, crenças, rituais, vida é pegar na estação Clinicas do Metrô a linha e o Museu do Índio. comunitária e relação com a natureza e meio 033 (Embu/Engenho Velho), tem bons inter O Conjunto Jesuítico inclui a Igreja ambiente. valos e um caminho rápido, há também outras de Nossa Senhora do Rosário e é a sede do Vale lembrar também que o centro opções, mas essas são as melhores e mais ráMuseu de Arte Sacra. Sua arquitetura apre- histórico de Embu pertence ao Circuito Tay- pidas na minha opinião. senta peculiaridades do estilo barroco paulis- pa de Pilão, que é composto de bens tomba- Quem tiver a oportunidade de conta e um acervo rico em madeira, modelados dos pelo Instituto de Patrimônio Histórico e hecer Embu, aproveite, pois garanto que será em terracota ou em armações de roca, produ- Artístico Nacional, representativos do perío- um dos melhores passeios de sua vida!

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NOSSO TRANSPORTE Adamo Bazani adamobus@gmail.com

Amyris fecha acordo para fornecer diesel de cana de açúcar para a Santa Brígida Em época de aquecimento global, número de internações crescente por conta de problemas respiratórios e de uma consciência ambiental maior, que forçou a criação de leis mais severas em relação à preservação do meio ambiente, o setor de transporte público é visto como uma das respostas às necessidades de uma qualidade de vida melhor nas cidades. O transporte público por ele mesmo já é alternativa para o que se convenciona chamar de cidades melhores. Se os espaços para ônibus e modais metroferroviarios forem priorizados, haverá maior democratização do uso dos concorridos trechos das cidades, e menor poluição. Um ônibus convencional, que leva em média 80 pessoas, consegue tirar das ruas 40 carros, ou 40 escapamentos poluidores, considerando que os carros de passeio andam na maior parte das vezes com o condutor e mais um acompanhante. Não bastasse esse lado já democrático, civilizado e ambiental do transporte público que deve ser bem operado e oferecer conforto e segurança à população, é nos meios de massa que estão as maiores iniciativas para formas de mobilidade limpas. No Brasil, apesar dos poucos incentivos governamentais, que já foram menores, as opções existem. A começar pelo diesel tradicional. Em 2012, o Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores, Proconve, entra em sua sétima fase, a P 7, baseada nas normas Euro V. As emissões de alguns componentes prejudiciais à saúde vão ser reduzidas em mais de 60%, como os óxidos de nitrogênio. Os ônibus ficarão mais caros e a maioria deles vai utilizar uma espécie de aditivo, o ARLA 32, que é um agente a base de ureia que consegue reduzir a poluição dos gases de escape. Esse custo maior será compensado com menos agressão ao meio ambiente, que vai reduzir gastos em internações hospitalares por conta da poluição, e os motores mais modernos, garantem as fabricantes, vão ter um consumo maior. Porém o preço maior dos veículos e o uso do ARLA, cujo tanque terá de ser abastecido em média a cada 5 abastecimentos de diesel, não tem sido bem vistos pelos empresários, que até antecipam as renovações das frotas para pegarem ônibus no padrão Euro III: mais agressores ao meio ambiente porém mais baratos. Em relação à indústria, o bom momento é que em vez de elas se unirem e oferecem uma só solução, elas mostram alternativas diferentes a serem julgadas pelo mercado e por especialistas. A bandeira principal da Volvo é o ôni-

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bus elétrico híbrido, o da Volkswagen/MAN é o a Gás Natural, o da Scania é o Etanol e a Mercedes Benz, em pareceria com a Amyris aposta no ônibus movido com diesel a cana de açúcar. Não se trata de etanol, porque no momento da fermentação do “caldo da cana”, em vez de se obter uma parte de água, a levedura que é inserida para o etanol é modificada geneticamente, o que faz em vez de água ser liberado um óleo, formando o combustível. O que era só teste com o diesel de cana de açúcar começa a ganhar corpo, apesar de os números não serem muito expressivos ainda. Mas ele já foram menores. A Amyris acabou de fechar contrato para fornecimento até o final de 2012 para o fornecimento de Diesel de Cana de Açúcar, o farneseno, para 160 ônibus da Viação Santa Brígida, motores Mercedes Benz, que servem o sistema municipal de São Paulo. O uso do farneseno não requer alteração na mecânica do veículo. Serão entre 40 mil e 50 mil litros do combustível de cana por mês. Ele será colocado numa proporção de 10% no biodiesel já fornecido pela Pretrobrás. Testes em ônibus da Viação Santa Brígida, mostraram que não houve mudança no desempenho e no consumo dos ônibus e que a emissão de materiais particulados caiu em torno de 40%, isso se os 10% de cana de açúcar forem colocados em diesel de baixo teor de enxofre, o S 50, usado na frota das principais cidades do País. O fornecimento começa já no mês de agosto. A partir de setembro em operação uma joint venture comanda pela Amyris com o Grupo São Martinho. Será a SMA Indústria Química S.A. A Usina São Martinho vai fornecer um milhão de toneladas de cana de açúcar por ano transformada no farneceno, que é usado para a produção do diesel de cana de açúcar. As adaptações estão em andamento. Em 2012 entra em operação outra usina a serviço da Amyris, com a participação da usina Paraíso. A capacidade também será de 1 milhão de toneladas de canas de açúcar por ano.

A Amyris já tem acordo no Brasil coma Colsan, Guarani e Bunge. SUSTENTABILIDADE Não basta apenas tecnologia, se não houver consciência ambiental e orientação às empresas e aos funcionários sobre os conceitos da sustentabilidade e o uso correto destas tecnologias. A consciência ambiental deve ser criada dentro das garagens de ônibus que acabam sendo disseminadoras de boas práticas de respeito à natureza e ao meio ambiente. Algumas empresas, no entanto, têm até interesse em contribuir com o meio ambiente, mas faltam orientações de práticas sustentáveis que possam fazer parte do dia a dia da empresa sem interferir no trabalho. Podem até otimizá-lo. Vendo essa necessidade por parte das empresas, o Setpesp - Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado de São Paulo, entidade que completa 70 anos, lançou o Manual de Sustentabilidade. É um guia impresso que fala sobre a legislação específica para o meio ambiente e os impactos nos serviços, nas atividades cotidianas e na rotina dos parceiros da empresa. O principal enfoque e orientação do guia é que as empresas devem desenvolver ações práticas, projetos e programas para possibilitar a construção de uma sociedade economicamente viável, com justiça social, ambientalmente equilibrada e com responsabilidade ética. O guia, editado por uma entidade representativa patronal, é uma mostra que as empresas de ônibus, pelo menos algumas também se preocupam com as questões ambientais e de um futuro melhor. Empresas que participam de prêmios, com os da ANTP - Associação Nacional de Transportes Públicos, também devem apresentar soluções quanto ao meio ambiente e ao relacionamento com a comunidade, como quesitos para a premiação.

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