Revista InterBuss - Edição 67 - 23/10/2011

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REVISTA

INTERBUSS 23 de Outubro de 2011

O-371

ANO 2 โ ข Nยบ 67

GRANDES EMBATES

B10M

F113


VENHA AND CARRÃO CO

7º INTERBUSS CITY T Ande conosco no ônibus mais

Inscreva-se já através do e-mail portalinterbuss@gmail.com, com seu nome completo, RG e cidade de origem. As vagas são limitadas!


DAR NESTE OM A GENTE!

TOUR - CAMPINAS/SP moderno do interior do Brasil!

Dia 29 de Outubro de 2011, a partir das 10h

Encerramento com visita à garagem da Itajaí Transportes! Participe! Apoio: Itajaí Transportes • TRANSURC


GRANDES EMBA

As mais tradicionais mon defendidas por fãs e estudio

CONHEÇAM A PROGRAMAÇÃ Quarto Embate - 02 de Novembro Pela MERCEDES-BENZ Victor Hugo Guedes Pereira Artigo sobre o chassi OF-1721

Pela SCANIA

Tiago de Grande Artigo sobre o chassi K-270

Pela VOLVO

Matheus Novacki Artigo sobre o chassi B12M

INFORMAMOS QUE A PRÓXI EDIÇÃO SERÁ PUBLICADA DIA


ATES INTERBUSS

ntadoras do Brasil sendo osos em um debate inédito

ÃO DOS PRÓXIMOS EMBATES Encerramento - 06 de Novembro Pela MERCEDES-BENZ CLAITON REIS

Pela SCANIA

WILSON ROBERTO DEGRESSI MÍCCOLI

Pela VOLVO FÁBIO VARGAS

IMA A 02/11

REVISTA

INTERBUSS

Informação com responsabilidade


NESTA EDIÇÃO: 44 PÁGINAS

BEM-VINDOS À REVISTA INTERBUSS

GRANDESEMBATESINTERBUSS

O

A batalha dos maiores sucessos

Os chassis mais vendidos de cada montadora na categoria Urbano está no embate desta ed

| Exponi 100

| A Semana Revista

Sindicato quer que Motoristas elogiam desempenho empresas deixem ônibus novos nas garagens Manaus poderá voltar a ter ônibus antigos rodando se justiça não liberar a nova tarifa da cidade

09

| A Semana Revista

Presidente diz que rico também tem que usar o transporte público Em seu programa semanal em rádio, a presidente Dilma Rousseff disse ainda que carro deve ser usado apenas para o lazer da família

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Evento que reúne colecionadores de todo o Brasil e exposição de dezenas de ônibus acontecerá neste ano no mês de novembro. Várias excursões de diversas partes do país já estão programadas

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ANO 2 • Nº 67 • DOMINGO, 23 DE OUTUBRO DE 2011 • 1ª EDIÇÃO - 01h52(6ª)

O-371 X F113 X B10M

no Brasil

EDITORIAL

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Verbas para mobilidade

A SEMANA REVISTA

9

As notícias da semana no setor de transportes

Páginas 26 a 41

DEU NA IMPRENSA

13

As notícias da imprensa especializada

COLUNISTAS Luciano Roncolato

14

Antigos e novos

COLUNISTAS William Gimenes

15

Renovação em Manaus

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. Cruz

16 José Euvilásio Sales Bezerra 17

Relíquias da Pássaro Marron

COLUNISTAS Um giro pelo Jaraguá

AS FOTOS DA SEMANA

18

As fotos que foram destaque na semana

EXPONI 100

19

Evento será em Novembro

dição. O B10M dubstitui o B58

| Colunista - William Gimenes

SEU MURAL

20

A seção especial do leitor

ARTIGO Wesley Araujo Como ficou Dicas de fotografia amadora 21 Manaus depois da PÔSTER Gustavo Bayde renovação da frota Marcopolo Paradiso G6 22 de ônibus urbano COLUNISTAS Fábio Takahashi Tanniguchi Colunista da Revista InterBuss Android 24 passou alguns dias na capital do Amazonas e traz seu relato 15 COLUNISTAS Adamo Bazani 42

| Deu na Imprensa

Prêmio ANTT para melhores empresas

TAM compra novas aeronaves da Airbus, modelo A320

Obs: Excepcionalmente, o Diário de Bordo não é publicado nesta edição

Aquisições deverão ser entregues entre os anos de 2016 e 2018. Aérea já possui vários desse modelo em sua frota

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GRANDESEMBATESINTERBUSS

Mercedes-Benz O-371 Por Henrique Simões

26 a 31

Por Sérgio Carvalho

32 a 35

Por Wesley Araújo

36 a 41

Scania F113

Volvo B10M


A NOSSA OPINIÃO | Editorial

Verba é anunciada, mas onde foi parar o dinheiro? Na semana passada a presidente Dilma Rousseff declarou em seu programa semanal de rádio que o Brasil já investiu mais de R$ 5 bilhões em obras de melhorias na área de transporte e mobilidade. O que nos cabe agora é saber onde esse dinheiro foi investido, pois temos capitais de Estado que estão ainda na idade da pedra nesse quesito. Por conta de disputas políticas, o Metrô de São Paulo, que vêm sendo ampliado mesmo que em marcha lenta, recebeu muito pouco investimento federal. Já no Rio de Janeiro as obras dos corredores BRT estão a todo vapor, e é aí que vemos parte desse montante anunciado por Dilma sendo investido. Tivemos também a construção do “Metrô” de Salvador, curtíssimo e caríssimo, recuperação de algumas ferrovias e de poucas rodovias, e nada mais. Parte desse dinheiro ou foi subutilizado ou

simplesmente desapareceu. Não é possível que cidades grandes e com estrutura para corredores rápidos, como é o caso de Belo Horizonte, continuem tendo um sistema de transporte do século passado. As largas avenidas da região central ajudam e muito a implantação de vias expressas que agilizariam os deslocamentos. Recentemente foram anunciados cerca de R$ 3 bilhões do governo federal para a construção de dois corredores e a ampliação do metrô para outras cidades da região. Mas, por enquanto, nem uma pedra foi movimentada, e a Copa está aí, batendo às portas. Curitiba e Rio são as cidades-sede que mais estão trabalhando pela mobilidade na Copa. A primeira já até anunciou uma rede de linhas especiais que irá facilitar os deslocamentos ao estádio que receberá os jogos, além de estar ampliando sua frota

REVISTAINTERBUSS Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda. DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFE Luciano de Angelo Roncolato JORNALISTA RESPONSÁVEL Anderson Rogério Botan (MTB) EQUIPE DE REPORTAGEM Felipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Anderson Rogério Botan, Guilherme Rafael EQUIPE FIXA DE COLUNISTAS Marisa Vanessa Norberto da Cruz, José Euvilásio Sales Bezerra, William Gimenes, Adamo Bazani, Thiago Bonome, Luciano de Angelo Roncolato e Fábio Takahashi Tanniguchi REVISÃO Anderson Rogério Botan e Luciano de Angelo Roncolato ARTE E DIAGRAMAÇÃO Luciano de Angelo Roncolato AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃO Agradecemos a Osmar Cordeiro e Cicero Junior por terem colaborado com os Embates InterBuss e a Franz Hecher pela matéria do B270F SOBRE A REVISTA INTERBUSS A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo. Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países. Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail revista@portalinterbuss. com.br. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autorizada apenas após um pedido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido. PARA ANUNCIAR Envie um e-mail para revista@portalinterbuss.com. br ou ligue para (19) 9636.1087 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos! PARA ASSINAR Por enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibilizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem

de ônibus biarticulados e realizando obras de corredores exclusivos, como a ampliação da Linha Verde. Na segunda as obras do BRT Transoeste andam a todo vapor, os primeiros veículos já estão chegando e as outras obras também já começaram a ser executadas. Surpreendentemente é uma das cidades mais avançadas no quesito mobilidade para a Copa. Enquanto isso, Salvador prossegue com seu transporte precário, obsoleto e ruim, numa queda-de-braço entre governo e empresários de ônibus (o que é um absurdo pois o transporte é uma concessão pública e cabe ao governo local decidir o que deverá ser feito, e não os empresários interferirem nas decisões) que não decidem se será feito BRT ou VLT (os empresários na verdade não querem nem um e nem outro, querem é continuar com seus péssimos ônibus), Cuiabá também que não decide o que irá fazer (BRT ou VLT também), e o tempo passando. Precisamos ficar de olho em todos esses investimentos e saber para onde está indo o nosso dinheiro. Só anunciar investimento não resolve, é preciso saber o destino das verbas.

Expediente para revista@portalinterbuss.com.br e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado. CONTATO A Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conversar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para revista@portalinterbuss.com.br ou contato@portalinterbuss.com. br. Procuramos atender a todos o mais rápido possível. A EQUIPE INTERBUSS A equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sempre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe. Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo email contato@portalinterbuss.com.br ou pelo telefone (19) 9636.1087, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.


DE 17 A 23 DE OUTUBRO DE 2011

A SEMANA REVISTA Manaus

Sem reajuste, ônibus novos serão recolhidos às garagens Norberto dos Santos Künzli

Ordem partiu do sindicato das empresas de Manaus, que querem garantir a integridade da frota em caso de apreensão • D24AM

contato@j.com.br

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amazonas (Sinetram) quer “guardar” nas garagens os 531 novos ônibus que já estão circulando até que o valor da tarifa volte a R$ 2,75, como estipula o contrato com a prefeitura, na cláusula que exige a renovação da frota. Na semana passada, o diretor jurídico do Sinetram, Fernando Borges de Moraes, informou que a Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU) deve ser notificada hoje pelas empresas, que pretendem pedir “autorização” à prefeitura para não cumprir a parte delas no contrato. Na prática, essa medida resulta na retirada dos novos veículos de circulação, sendo substituídos pelos antigos, que já haviam sido “encostados”, explicou Moraes. Para o advogado dos empresários, como a prefeitura não está cumprindo a parte dela no contrato, que é o reajuste - mesmo que por força judicial -, as empresas também ficam livres da obrigação de colocar os veículos novos em circulação. “É uma decisão judicial recente essa que suspendeu o reajuste da tarifa e criou essa situação, de não cumprimento do contrato pela prefeitura. Sabemos que a prefeitura não gerou isso, mas dentro dessa possibilidade (da permanência da tarifa em R$ 2,25), temos que arrumar uma forma de manter o serviço, mas sem arcar com investimentos novos. O que estamos pedindo à prefeitura é autorização para, também, não cumprir nossa parte no contrato e, aí sim, guardar os novos veículos para evitar acidentes e desgastes excessivos.” De acordo com Moraes, a medida está sendo tomada pelas empresas de forma preventiva, para evitar prejuízos, caso não consigam pagar o financiamento dos veículos por falta de receita e tenham que devolvê-los aos bancos que financiaram as compras. “Estamos solicitando da prefeitura providências

REVISTAINTERBUSS •23/10/11

ANTIGOS • Veículos poderão voltar às ruas caso os mais novos sejam recolhidos às garagens para viabilizar a operação e manutenção des- Amazonino informou ainda que os ses novos ônibus. Com esse valor (R$ 2,25) bancos que financiaram a compra desses nonão vai ser possível pagar os investimentos vos ônibus estariam “pressionando” as emnos ônibus novos, pois os financiamentos de- presas para que vendessem os veículos, que já pendem da receita das empresas. estão rodando, para quitar a dívida. O motivo Os veículos estão alienados e já da “preocupação” dos bancos, segundo ele, é recebemos ligações dos bancos preocupados justamente a suspensão do reajuste da tarifa. com os pagamentos. Se não pagarmos, elas Para Amazonino, a suspensão do reajuste inpodem tomar os ônibus.” Em discurso na viabiliza a permanência desses novos veícusemana passada, durante a cerimônia de for- los na frota circulante. “Quando você dá uma matura dos novos agentes de trânsito, o pre- tarifa menor, está criminosamente acabando feito Amazonino Mendes classificou como com o sistema, que não vai ter dinheiro para “criminosa” a suspensão do reajuste da tarifa renovar a frota. E os ônibus vão virando cado transporte coletivo para R$ 2,75, solicita- lhambeques, caindo aos pedaços. Então não da pelo Ministério Público Estadual (MPE) tem saída: é matemática. (...) A gente sabe e acatada pelo Tribunal de Justiça do Ama- que tem forças ocultas, que isso não é de zonas (TJAM), na noite do último dia 11 de graça. A gente não pode acusar, mas a gente outubro. sabe.”

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A SEMANA REVISTA Acidente

Reajuste

Ônibus com estudantes bate Itanhaém sobe em Várzea Grande e fere três tarifa de ônibus

Divulgação

para R$ 2,50 • A Tribuna

180graus@180graus.com.br

COLISÃO • Veículo antigo (Ciferal Padron Rio) teria estourado o pneu e perdeu o controle

• G1

terra@terra.com.br

Três crianças ficaram feridas em um acidente com um ônibus de transporte escolar na manhã da última sexta-feira (21) em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. O ônibus em que as crianças estavam tombou próximo à Escola Municipal Antônio Gomes da Cruz, na rua 7 de Setembro, bairro Jardim Glória 1. No momento do acidente havia 10 crianças no veículo, mas segundo os socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), apenas três ficaram feridas. Elas foram socorridas e levadas para o Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande. De acordo com informações da Polícia Militar, o motorista perdeu o controle da direção do ônibus depois que um pneu estourou. O veículo bateu em um poste e em uma árvore antes de tombar. O motorista, que não foi iden-

tificado pela polícia, ficou preso nas ferragens à espera do resgate. A merendeira Osmarina da Rocha disse que estava trabalhando na escola Antônio Gomes quando ouviu um barulho que, segundo ela, parecia uma explosão. Professores e alunos saíram da escola para ver o que havia ocorrido e se depararam com o ônibus escolar tombado. “Quando chegamos na frente da escola vimos o acidente e as crianças que já estavam saindo do ônibus com a ajuda de moradores. Fomos eu, o vigia, os professores e todos que estavam na escola. Demos água para as crianças e tentamos acalmar todas elas”, disse. Ainda segundo a Polícia Militar, o acidente aconteceu por volta das 11h20. A perícia vai verificar as condições de manutenção do ônibus escolar, que no momento do acidente estava levando as crianças de volta para casa após a aula do período matutino.

Usuários do transporte público municipal de Itanhaém foram surpreendidos, no início da semana, com um aumento da passagem do ônibus e do bondinho turístico. A tarifa, que custava R$ 2,30, passou para R$ 2,50 – acréscimo de 8,7%. O último reajuste havia sido em julho de 2009. Para o trabalhador que depende do transporte coletivo diariamente, o reajuste deverá pesar no bolso. “Quem vai trabalhar de ônibus, é complicado, porque vai gastar mais”, comenta a dona de casa Aldina Dias dos Santos, do Gaivota. Rita de Cássia da Silva Viana, que mora no Cesp, levou um susto ao saber do aumento, na manhã de segunda-feira. “Me pegou de surpresa. O motorista que avisou. Eu estava com o dinheiro contado. Ele falou “dessa vez passa” e deixou eu pagar R$ 2,30”, conta. “Trabalho no Coronel. Não tenho como ir de bicicleta”. Cátia Araújo usa o ônibus municipal uma vez por semana, para ir à faculdade. Apesar de não depender do transporte público diariamente, a estudante estava revoltada com o aumento da tarifa. “Faz diferença, sim. Acho um absurdo pagar R$ 2,50 de passagem”. Outra moradora do Gaivota, Ivonete dos Santos, também não sabia da mudança. “Achei caro. Fiquei sabendo hoje (ontem). Quando fui pagar o motorista, quase caí de costas. Ainda bem que eu tinha o dinheiro. Vai pesar esse aumento. Está muito caro”. Segundo o secretário de Governo da Prefeitura, Silvio Lousada, a empresa Litoral Sul, concessionária do transporte coletivo municipal, havia pleiteado o reajuste em função do acréscimo do preço do combustível e dos insumos usados. “Seguramos o quanto deu, mas desde julho de 2009 não havia aumento”.

Já Valendo

Liberada propaganda em pontos de ônibus de SP • Destak Jornaljornaldor7@r7.com A lei que permite a exploração publicitária em pontos de ônibus e relógios digitais começou a valer no último dia 19. O texto, sancionado pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD), foi publicado no Diário Oficial da

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Cidade. O texto ainda depende de um edital de licitação para escolher a empresa ou o grupo de empresas que vão tocar o negócio. A lei autoriza a propaganda em até mil relógios de rua e 16 mil abrigos de ônibus. O tamanho que a publicidade irá ocupar será definido no projeto de lei. A concessão

poderá atingir 30 anos, já incluídas aí as prorrogações, segundo o texto. A manutenção dos atuais pontos de ônibus na capital custa aos cofres públicos cerca de R$ 700 mil por mês. Esse montante será bancado pela empresa vencedora da licitação. O processo de escolha deverá ter início no começo do ano que vem.

23/10/11 • REVISTAINTERBUSS


Declaração

Dilma diz que transporte público não deve ser só para pobres A presidente Dilma Rousseff afirmou na manhã da última segunda-feira (17) que o governo federal vai ajudar as grandes cidades a destravar o trânsito investindo R$ 30 bilhões em transporte público nos próximos anos. Ela disse que ricos e pobres precisam se acostumar a deixar o carro na garagem durante a semana para usá-los “em dias de lazer”. Em seu programa de rádio Café com a Presidenta, Dilma afirmou que os ricos também andam de ônibus e metrô nos países desenvolvidos porque lá o transporte público funciona. - Precisamos acabar com a ideia de que o transporte individual é para os ricos e o transporte coletivo é para os pobres. Vamos garantir qualidade para que todas as pessoas queiram utilizar o transporte público, o transporte coletivo, independentemente de sua renda. É assim nas grandes cidades dos países desenvolvidos. Queremos que seja assim também no Brasil. Ela recomendou o uso de carro especialmente “em dias de lazer” porque o “transporte público de qualidade” é a única solução para que as cidades não se transformem “num caos”. - Cada vez mais brasileiros estão tendo oportunidade de comprar o seu próprio carro [...] Isso significa ter um transporte para os dias de lazer, para que você possa passear

Diogo Amorim

• R7dgabc@dgabc.com.br

CONGESTIONAMENTOS • Mais carros nas ruas, mais tempo parado no trânsito com a sua família. Mas a solução do transporte nas grandes cidades está no investimento no transporte público de qualidade. Sem isso, as cidades se transformam num caos. Ao lembrar que na semana passada ela visitou Curitiba e Porto Alegre (no Sul do país) para anunciar investimentos de R$ 3 bilhões no setor, Dilma aproveitou para dizer que o PAC (Programa de Aceleração do

Crescimento) vai despejar R$ 30 bilhões em todo o Brasil. - Nós vamos investir R$ 30 bilhões em obras de mobilidade urbana para melhorar o transporte coletivo por todo o país. Vamos ajudar a construir metrôs, corredores exclusivos de ônibus, Veículos Leves sobre Trilhos e vamos, também, investir na integração desses vários tipos de transporte.

Acidente

Jovem cai de ônibus com janela solta • Diário de Pernambuco revista@portalinterbuss.com.br

Um jovem de 15 anos que estava com um amigo em um ônibus da linha Barros Prazeres, da empresa Vera Cruz, teria se encostado em uma janela solta do coletivo e caido do veículo na avenida Maria Irene, Jardim Jordão, por volta das 19h de ontem. De acordo com um amigo da vítima, também de 15 anos, o ônibus estava vazia e os dois estavam sentados na parte dianteira do coletivo. “Nós estávamos voltando para casa quando fomos olhar

REVISTAINTERBUSS • 23/10/11

pela janela e como o meu amigo estava na cadeira que fica em cima do pneu e por isso, é mais alta, ao se encostar, ele caiu no asfalto”. Ainda de acordo com a testemunha, o motorista não percebeu que o jovem havia caido do ônibus e só parou depois que pessoas dentro do coletivo gritaram. “O motorista acelerou assim que eu desci para acudir o meu amigo e fugiu”, completa a testemunha. Logo em seguida, uma viatura da Polícia Militar e uma ambulância do Samu passaram pelo local e prestaram os primeiros atendimentos ao

garoto, que foi encaminhado para o Hospital da Restauração. A empresa Vera Cruz negou que o rapaz tenha caido do ônibus porque a janela estava solta. De acordo com a empresa, grupos de jovens estavam praticando vandalismo dentro de vários ônibus da empresa e como resultado, cinco janelas de diferentes coletivos foram derrubadas. O jovem segue internado no Hospítal da Restauração para realização de exames. A família da vítima registrou um Boletim de Ocorrência no Posto Policial do Hospital da Restauração.

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A SEMANA REVISTA Mais Corredores

• Correio do Brasil terra@terra.com.br

O corredor exclusivo de ônibus BRS começará a funcionar no Centro do Rio em dezembro. O sistema será implantado nas avenidas Presidente Antônio Carlos até a 1º de Março e também na Avenida Presidente Vargas. A circulação exclusiva dos ônibus fica na faixa da direita. Os táxis terão acesso parcial, sendo condicionados a eventual ausência dos coletivos. Já os veículos particulares só serão liberados para transitar na área quando forem acessar garagens. O horário de funcionamento será das 6h às 21h, nos dias úteis e das 6h às 14h, aos sábados. Os corredores não funcionarão nos domingos e feriados, como ocorre no esquema montado para a Zona Sul. Os veículos particulares que circularem na faixa – por mais de dois quarteirões – nestes horários serão multados. A prefeitura havia prometido implantar o sistema, neste semestre, em importantes vias da zona norte, como, por exemplo, Marechal Rondon, Vinte e Oito de Setembro e Radial Oeste. No Centro da cidade, o projeto envolve linhas de ônibus municipais e inter-

Gustavo Bayde

Prefeitura do Rio implantará BRS no Centro em dezembro

BRS • Novos veículos que estão em circulação nos recém-criados BRS do Rio de Janeiro municipais. Haverá uma redução do número aconteceu em Copacabana, onde foi foi imde ônibus nas três vias, nos moldes da que plantado em março.

Mais Acidente

Engavetamento de ônibus fere 3 em Curitiba • Paraná Online

revista@portalinterbuss.com.br O engavetamento de três ônibus metropolitanos deixou cinco pessoas feridas por volta das 14h da última sexta-feira, na Avenida Agostinho Leão Júnior, próximo ao Estádio Couto Pereira, no Alto da Glória. A colisão aconteceu depois que um veículo Gol teve pane elétrica e obrigou o motorista a parar no meio da rua. As vítimas estavam nos ônibus e sofreram ferimentos leves. Elas foram encaminhadas ao Hospital Evangélico. Duas foram identificadas como Luísa Mariana da Silva, 66 anos, e Eva Olizeuski, 39. O condutor do Gol, Gilson Roxadelli, que trabalha como instalador, contou que ligou o pisca alerta do carro. “Três carros desviaram do meu. Depois, veio um Zafira, que também conseguiu desviar. Em seguida, só escutei a batida. Não ouvi freada nenhuma”, comentou o motorista. O carro não sofreu avarias, já que o primeiro ônibus, da linha Campina Grande do Sul, parou a tempo. Mas o que vinha logo atrás

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dele - da linha Capela do Atuba - acertou a traseira do coletivo. “Parei atrás do Zafira e evitei de bater no carro. O meu ônibus só amassou um pouquinho”, comentou o motorista do primeiro coletivo, Juarez Ribas de Andrade, 57 anos. Na sequência, o ônibus da linha Capela

do Atuba foi atingido pelo da linha Roça Grande, que teve a frente destruída com o impacto. O Capela do Atuaba ficou prensado entre os dois veículos. O acidente deixou o trânsito bloqueado entre as ruas General Carneiro e Padre Camargo por mais de uma hora.

23/10/11 • REVISTAINTERBUSS


RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

DEU NA IMPRENSA Transpo Online

• Do Site da Transpo Online jsalto@portalcopa2014.com.br

O mês de setembro confirmou a sequência de alta que o banco Mercedes-Benz vem registrando nos últimos meses e obteve o segundo melhor resultado de toda sua história. O melhor desempenho nos 15 anos do banco aconteceu justamente no mês passado. Para a empresa, o crescimento se deve a mudanças de processos implementados pela instituição que busca oferecer produtos customizados e focados nos clientes. Além disso, o Banco Mercedes esta ampliando seu quadro de funcionários na área comercial com a contratação de novos profissionais. O resultado financeiro do Banco em setembro registrou R$ 8,02 bilhões de carteira, alta de 21% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando obteve R$ 6,63 bilhões. O Finame continua representando a maior parcela, com 79,2% dos negócios. O CDC tem 13%; o Leasing 5%; o Floorplan 2,3%, e o CDC Serviços, Capital de Giro e Empréstimo Pessoal, 0,5%. Com esse desempenho, a instituição deve superar a meta de R$ 8,3 milhões em carteira para o final de 2011. No total do mês, a instituição financiou 2.029 veículos novos, o que representa elevação de 47% se comparado com

Transpo Online

ZF apresenta a inovadora caixa EcoShift no salão BusWorld Europe

VENDAS • Crescimento fez com que o banco Mercedes-Benz quase batesse recorde setembro de 2010. Desse montante, 74% são bro o resultado também é expressivo, com caminhões; 15%, ônibus; 6%, vans; e 5%, au- R$ 3,03 bilhões em novos negócios, elevatomóveis Mercedes-Benz e Smart. Os 1.500 ção de 21% se comparado a igual período de caminhões financiados em um mês é um 2010 quando foram liberados R$ 2,5 bilhões. novo recorde do Banco, número 66% maior Foram financiados neste período 16.179 do que o segundo maior volume registrando veículos Mercedes-Benz, crescimento de no ano passado, de 903 veículos. 14% em relação aos mesmos meses de 2010, No acumulado de janeiro a setem- com 14.220.

Transpo Online

TAM fecha a compra de mais 32 Airbus A320 com entrega entre 2016 e 2018

• Do site da Transpo Online

• Do site da Transpo Online

A ZF apresenta sua inovadora transmissão para ônibus EcoShift no salão Busworld Europe 2011. O destaque especial dessa transmissão manual de 6 velocidades é utilizar uma plataforma flexível modular que pode ser ampliada. A nova transmissão ZF EcoShift segue a estratégia da companhia para plataformas, que permite uma padronização das transmissões manuais e automáticas. Na verdade, a transmissão básica, em combinação com o módulo de automação, cria a AS Tronic mid para ônibus, com sete variantes possíveis.

A TAM informou semana passada ter finalizado o pedido de 32 aeronaves Airbus da família A320, que serão entregues entre 2016 e 2018. O pedido, feito em fevereiro, não altera o plano de frota. Como anunciado em agosto, a TAM pretende encerrar 2011 com 156 aeronaves e chegar a 2015 com 179. Das 32 novas aeronaves, 22 são A320neo, uma opção de motor que consome até 15% menos combustível e emite menos CO2. O uso desse modelo permitirá re-

jsalto@portalcopa2014.com.br

REVISTAINTERBUSS • 23/10/11

jsalto@portalcopa2014.com.br

duzir custos e melhorar o desempenho ambiental, de acordo com o vice-presidente de suprimentos e contratos da TAM Linhas Aéreas, José Zaidan Maluf. A TAM diz ser um dos maiores operadores da família A320 no mundo e a primeira operadora do A320neo na América Latina. A redução de combustível com esse modelo é equivalente a 1,4 milhão de litros de querosene, o que permite uma economia de 3,6 mil toneladas de CO2 por aeronave ao ano, mesma quantidade absorvida por 240 mil árvores maduras, segundo comunicado da TAM.

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Divulgação

Banco Mercedes-Benz tem seu 2º melhor resultado da história


HOBBY & DIVERSÃO Luciano Roncolato roncolato@portalinterbuss.com.br

O que é bom? Ser novo ou antigo no hobby? Olá pessoal! Gostaria de iniciar a coluna desta edição trazendo uma informação acerca deste espaço. Esta é a penúltima vez que esta coluna é publicada. A partir da edição de 6 de novembro, a Revista InterBuss ganhará novas seções e algumas mais antigas serão retiradas, entre elas a Hobby & Diversão. Na próxima edição vamos fazer uma análise aprofundada do hobby e um resumo de tudo o que já foi debatido aqui. *** Aproveito a oportunidade para informar que as vagas para o InterBuss City Tour 7 já estão chegando ao fim. Se você que já se inscreveu não recebeu a sua confirmação de presença, por favor reenvie seus dados para o e-mail portalinterbuss@gmail. com. Todos os inscritos receberão confirmações de presença, para manter a organiação do evento. Quem ainda não se inscreveu, favor enviar um e-mail com nome, cidade de origem e RG também para portalinterbuss@ gmail.com. O Tour acontece já no próximo sábado, dia 29, a partir das 9 da manhã, com saída da lateral da Rodoviária de Campinas direto para a garagem da Itajaí Transportes, de onde irá sair o City Tour após a visita às instalações da empresa. Participe você também! *** Nos últimos dias um show de comentários nos sites especializados em fotos de ônibus chamaram a atenção. Um dos assuntos mais comentados foi a compra de quatro Marcopolo Paradiso G7 MBB O500RS pela Viação Itapemirim, que chegaram com pintura branca à garagem da empresa. Foi um show dos horrores os comentários que foram postados logo abaixo da imagem, que está hospedada no site Ônibus Brasil. Os “especialistas” em transporte já começaram a dar os palpites sobre a compra. É de impressionar as coisas que são comentadas, tanto de crítica quanto de elogio. Alguns rasgaram elogios à compra. Um deles me chamou a atenção e dizia mais ou menos que “de quatro em quatro carros a empresa vai renovando a frota”. A empresa possui mais de mil carros em sua frota. Como que ela renovaria de quatro em quatro carros? Supondo que a empresa compre quatro carros por mês. Em um ano ela vai ter adquirido 48 novos ônibus. Em dez anos ela teria comprado 480. E os mais de 520 que em dez anos já estarão ainda mais velhos do que já são? Obviamente o comentarista não quis dizer ao pé da letra que a empresa está renovando de quatro em quatro carros, mas fazendo um paralelo com a realidade, é no mínimo infame. Tirem por base a renovação da empresa Gontijo. Sua frota é

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enorme, mas periodicamente lotes generosos são adquiridos e os novos carros são espalhados por diversas linhas. Ainda gostaria de entender o fascínio de algumas pessoas por certas empresas, carrocerias e chassis. Historicamente, a ligação sentimental de uma pessoa com uma empresa de ônibus vem desde a infância, quando viajava nos carros da viação para casa de parentes, quando morava em determinado bairro atendido por uma empresa, ou quando os pais trabalhavam na área, ou até quando o próprio já trabalhou na empresa, etc. Quando a ligação de algumas pessoas não tem nenhum desses precedentes, é porque tem alguma coisa errada. Vou pegar como exemplo alguns apaixonados pela empresa Gontijo. A empresa tem vários fãs em diversas partes do Brasil. Boa parte deles têm alguma ligação com ela, justamente como viagens na época da infância, conforme citei acima. Mas alguns “gostam” da empresa só por ela ser uma grande cliente Scania. Os comentários então... beiram o infame: porque o carro sai da fábrica sem o prefixo? Porque o para-choque tá com tal cor? Porque a poltrona veio com tal tecido? Gente, no que isso influencia no serviço? O pasageiro agora anda em cima do prefixo? Qual o problema dela colocar o número do carro na garagem? A impressão que dá é que algumas pessoas querem estar em evidência o tempo todo e ficam inventando polêmicas sem nexo para “aparecer”. Se fosse a Viação Caxipó do Maranguape Seco, podem ter a certeza que ninguém ia questionar o porque o carro dela saiu da fábrica sem prefixo. Os carros da Viação Cometa SEMPRE saem da fábrica sem prefixo, e nem por isso faz-se escândalo. Mas sabem como é, a Cometa compra MercedesBenz, já a Gontijo compra Scania, o “status” (na mente do colecionador) muda... *** Uma meia dúzia de colecionadores que vivem exclusivamente atrás de ônibus e

passam longos períodos em rodoviárias apenas para inflar seus acervos, têm feito uma pseudo-campanha em alguns lugares do mundo virtual tentando desconstruir essa imagem que têm, dizendo que não viajam apenas para fazer fotos de ônibus (ah não... é só ver se há fotos dessas pessoas em pontos turísicos das cidades visitadas... a não ser que eles acham que garagem é ponto turístico, mas enfim...), dizendo que a vida é muito mais que apenas correr atrás de ônibus (quanta hipocrisia...). Para despistar, pois quem realmente está no hobby há algum tempo ou quem está há pouco mas acompanha com total sensatez as rotinas sabe que essa meia dúzia não fazem outra coisa nas horas vagas que não seja tirar foto de ônibus e correr pra postar na internet (ah! E ainda fica implorando pra visitar sua galeria, através do Twitter, vide vários recados repetidos durante todo o dia...), essas pessoas agora lançaram uma campanhazinha contra os “deuses do hobby”. Esse título “deuses do hobby” é uma das coisas mais hilárias que já li na vida. O mais engraçado de tudo é que esse “título” foi dado justamente pelas pessoas que fazem as críticas. Dá pra entender uma coisa dessas? Nunca houve um enaltecimento de algumas pessoas em detrimento de outras em toda a história do hobby, e agora aparece esse “título” inventado pelos próprios críticos. Seria o mesmo que eu chamar a Xuxa de Rainha dos Baixinhos e depois sair criticando ela justamente por ser a Rainha. O problema de tudo é que quando a prepotência do colecionador chega a um nível irremediável, o desespero faz com que os ataques fiquem sem nexo algum, como acontece nesse caso hilário. Nota-se isso claramente pelas pessoas que circundam-as, que são mais ou menos do mesmo nível delas. Ao menos ainda há essas pessoas infiltradas no hobby que nos faz rir diariamente com tamanha infâmia.

23/10/11 • REVISTAINTERBUSS


COLUNISTAS William Gimenes williamcptm@gmail.com

O Transporte de Manaus – o que mudou depois da renovação de frota? Na coluna desta semana vou tratar mais uma vez do transporte urbano de Manaus. Estive na cidade por doze dias neste mês de outubro e pude apreciar e avaliar de maneira profunda os problemas e algumas melhorias do transporte urbano por ônibus da capital amazonense. Primeiro vou falar sobre a tarifa. O Prefeito Amazonino Mendes aumentou a mesma para R$ 2,75, mas o MP-AM obrigou a Prefeitura a voltar com o preço antigo, de R$ 2,25. Pena que muitos cobradores continuavam tentar a enganar a população tentando cobrar a tarifa mais alta. Como eu já havia tomado conhecimento através da ampla divulgação que os cinco jornais e as oito rádios da cidade haviam dado ao fato, chegava ao veículo com o valor da passagem contado, mas vi mais de dez pessoas (em uma única viagem!) pagando R$ 2,75. Cheguei a intervir numa das vezes, ao que fui chamado de “anti-Amazonino” e “sabotador do sistema” pela cobradora. O sistema de ônibus Executivo continuava a custar R$ 3, mas a Prefeitura queria aumentar sua tarifa para R$ 5,50, o que de fato fez depois que deixei a cidade. Permissionários deste transporte me disseram que, se ocorresse o aumento, haveria uma diminuição de 85% dos passageiros. Cheguei a fazer uma enquete no Centro com 20 pessoas que utilizam-se do Executivo: 18 me disseram que, com a tarifa de R$ 5,50, abandonariam esta modalidade. Houve uma grande renovação de frota na cidade. Muitos carros anteriores a 2002 deixaram o sistema para a entrada de carros 2011 (Torinos G7 e Svelto) e alguns usados de 2010 (mesmos modelos). A renovação ocorreu somente na frota básica e não atingiu o troncal, que ainda mantém a frota herdada da gestão do ex-Prefeito e ex-Ministro dos Transportes Alfredo Nascimento (articulados e bi-articulados ex-Rio, Curitiba e os comprados 0km). Nas linhas alimentadoras dos Terminais 3, 4 e 5, alguns micro-ônibus ex-Executivos (ou seja, agora com o ar desligado) entraram no lugar dos velhos ônibus dos anos 90. Ainda há alguns Torinos GV 1998 oriundos da cidade de Rio Branco/AC. Estão inclusive pintados na cor branca, evidenciado a origem dos veículos. Poucos ônibus com a pintura característica do sistema TransManaus (azul e amarelo) ainda resistem, como alguns Torinos G6 1999 que rodam nas linhas alimentadoras do Terminal 5, localizado em São José Operário, Zona Leste. Fiz vários roteiros de ônibus pela cidade, sempre andando fora do horário de rush, pois na faixa de horário citada é impossível mesmo adentrar nos coletivos de Manaus. Pude constatar diversos problemas do sistema, alguns inclusive pioraram desde o período anterior em que estive

REVISTAINTERBUSS • 23/10/11

NOVA FROTA • Veículos de 2009 foram incorporados à nova frota adquirida este ano Durante esses dias alguns amigos me na cidade e não havia iniciado ainda a renovação disseram que Manaus possui transporte durante a de frota. Quase todas as linhas troncais operam madrugada. O curioso é que eu sempre fui um com os antigos ônibus articulados. O intervalo freqüentador da vida noturna da cidade (a maiodas mesmas chega a ser até de 1h30, algo que não ria das casas noturnas se localiza em uma única cheguei a ver em nenhuma outra capital em que região) e nunca vi nenhum ônibus circulando, mas já estive. Incontáveis vezes esperei por mais de sim as vans do transporte alternativo legalizado, 45 minutos por uma linha que liga a um ou dois muitos táxis e algumas kombis clandestinas. Ôniterminais ao Centro da Cidade. Só as linhas 300 e bus mesmo só vejo até no máximo 0h30, depois 640 (linhas que ligam os Terminais 4 e 3 ao Cen- eles somem. Nesta segunda-feira (24 de outubro) a tro) são operadas com melhor regularidade (15 a 20 minutos de intervalo). Para se ter uma idéia, nova ponte sobre o Rio Negro está sendo inaugufazer o giro completo a partir do Centro, passando rada, dando o fim do transporte por balsas e voapelos cinco terminais e voltando a área Central deiras (barcos de motor de popa com capacidade leva 4 horas para ser feito de ônibus (sendo que para 14 pessoas) entre as cidades do outro lado do 2h20 perdi esperando os coletivos) enquanto de Rio Negro e Manaus. Faltando 4 dias para a encarro tal trajeto é feito em cerca de, no máximo, 80 trega da obra, não se sabia ainda como seria feito minutos. Já fiz várias vezes tais trajetos das duas o transporte por ônibus entre Iranduba e Manaus. Estive do outro lado no dia 17 e vi que quem faz o maneiras e pude comprovar isso. A conservação dos carros novos (mes- transporte por lá é a empresa Kalina, com Torinos mo os de 2009 e os Citmax que vieram na gestão G7 e alguns Ciferal Cidade 1 e 2 oriundos de Fordo Prefeito Serafim Corrêa) é boa, mas a dos taleza, com as inscrições ainda da capital cearense articulados é péssima. Vários deles estão com a no lado interno do veículo. Apenas no dia da insanfona da articulação rasgada e, quando da ocor- auguração da obra é que definiram que os ônibus rência das chuvas comuns da Amazônia, “chove procedentes das cidades do outro lado do Rio Nemais dentro do que fora”, como dizem os próprios gro poderão atravessar a Ponte e fazer ponto-final amazonenses que dependem desses coletivos. O na Estrada da Estanave, no bairro da Compensa, painel de muitos está com alguns instrumentos Zona Oeste de Manaus. Com isso, tiro a conclusão que a cidade ausentes e não é difícil ver vários desses veículos quebrados (no prego, como diz a gíria local) pelas de Manaus, no que tange ao seu transporte, não está preparada para receber eventos de grande avenidas. No último dia em que estive na cidade porte. ocorreu um fato inédito. Embarquei em um dos articulados comprados 0km no Terminal 3 para *Gostaria de fazer um breve comentário sobre a vir até o Centro. Quando chegou no viaduto no coluna da minha colega Marisa Vanessa Cruz. Ela qual a Av. Constantino Nery termina, o mesmo relata as mudanças que a cidade de Aparecida teve simplesmente parou, e até onde entendi, as mar- desde a última vez que a colunista esteve no local chas da caixa automática travaram. Descemos no (1990). O que impressionou Marisa foi o aumento meio da avenida e logo depois veio o 10495558, na infra-estrutura do município. Faço um compleum dos bi-articulados oriundos de Curitiba. Todos mento: até 1988 alguns trechos do estacionamento embarcaram e, 700m depois, o mesmo estourou o ainda era de terra e a cobrança para carros e ônibus pneu em frente ao Colégio Militar, na área Central. veio depois, já em 1996. O Vale do Paraíba como Fiz inclusive uma filmagem, que disponibilizarei um todo cresceu bastante de 1988 pra cá, e isso engloba o transporte urbano nas cidades. no YouTube.

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VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. Cruz ideiaselembrancas@gmail.com

Pássaro Marron e suas relíquias - Parte I Marisa Vanessa N. Cruz

Na visita à garagem da Pássaro Marron, em 9 de outubro, com a troca dos proprietários para o grupo Comporte houve uma certa resistência dos supervisores de não entrar entusiastas de ônibus para a empresa, mas depois de várias conversas, conseguimos entrar, bater umas fotos e nos retirar, mesmo não havendo nenhum ônibus que veio de alguma outra empresa dos Constantino. Esta é a primeira de uma série de fotos de ônibus antigos que a gigante do Vale do Paraíba costuma conservá-los. Vamos primeiro ao mais antigo:

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O Carbrasa Estas são as fotos para você ver como era o Carbrasa Volvo que desbravava o Vale do Paraíba nos anos 50 e 60. A Carbrasa – Carroçarias Brasileiras S/A, foi criada por Mario Sterka em 1945 no Rio de Janeiro, na Avenida das Bandeiras, 846, próximo à antiga fábrica brasileira da Volvo. No início, traziam para o Brasil chassis importados da Volvo sueca para depois serem encarroçados na Carbrasa. Em seguida a empresa recebeu chassis de outros fabricantes até ser extinta no início dos anos 1970.

Este é o primeiro dos 5 ônibus que a Pássaro Marron guarda com recordação e carinho, e eu espero que com a nova administração passe a conservar os mesmos. Pelo menos a Pássaro, além de trazer tradição à região do Vale do Paraíba, conservou pelo menos 4 ônibus (e agora o MBB O-400) para principalmente resgatar sua história. Espero que com a nova geração de inúmeras empresas de ônibus, que pensem no resgate da memória e peguem pelo menos um ônibus à venda e transforme em um ônibus de exposição com sua pintura original.

23/10/11 • REVISTAINTERBUSS


CIRCULANDO José Euvilásio Sales Bezerra je.sales@revista.portalinterbuss.com.br

Um giro pelo Jaraguá

REVISTAINTERBUSS • 23/10/11

José Euvilásio Sales Bezerra

No último dia 12 de outubro, feriadão no meio de semana, fiz um passeio pela zona noroeste da cidade de São Paulo. Saí da região do Paraíso pela linha 917H/10 Terminal Pirituba – Metrô Vila Mariana, da Viação Santa Brígida, e segui até o ponto final, no Terminal Pirituba. Por volta das 13h30, chego ao Terminal. Apesar de ser um feriado, havia muitos ônibus e muita gente. Observo o movimento e tiro algumas fotos do lado de fora do terminal. Logo volto e resolvo pegar uma linha local. Pego a 8008/10 Santa Mônica. O carro da linha em que viajei foi um Busscar Urbanuss, MBB OF1417, que, na semana que passou, foi aposentado das ruas paulistanas, devido à renovação de frota da empresa que se encontra em curso. Por volta das 14h40, chego ao ponto final do Santa Mônica, no bairro homônimo. O ônibus saiu cheio do Terminal e houve muito sobe-e-desce de passageiros pelo caminho. O intervalo entre os carros foi de 15min naquele dia. Muito bom, a julgar por muitas linhas da cidade, cujos intervalos são sofríveis. O bairro de Santa Mônica é em uma região tranquila. Uma área residencial, aos arredores do pico do Jaraguá. Segui andando pela região até a Estrada Turística da Jaraguá. O pico do Jaraguá e suas dezenas de antenas de rádio e TV estava próximo. Resolvo seguir caminho, rumo ao pico – ou, ao menos, chegar perto dele. Na própria Estrada, pego o ônibus da linha 8040/10 Sol Nascente, um Apache Vip I Volks 17-230EOD, prefixo 11612. Como era um feriado em pleno meio de semana, o que dificulta uma viagem mais longa, os moradores da região resolveram curtir o parque da região. E todo mundo veio de carro. E isso causou um trânsito enorme. Percebendo isso, desci dois pontos depois, que fica em frente ao Parque Estadual do Jaraguá. Logo que desci do ônibus, atravessei a Estrada Turística do Jaraguá e adentrei o parque. E, lá dentro, a visão era uma só: carros, carros, carros... E mais carros! Havia carros por todos os lados, de todos os tipos, tamanhos e dos mais variados estados de conservação. Parecia ter mais carro do que gente. As alamedas ficaram congestionadas. Era o “Parque dos Carros”. E (quase) todo mundo que chegava, vinha de carro. Ficava difícil andar pelas Alamedas. Por isso, tive de andar pelas trilhas próximas ao meio-fio – isso quando não tinha carro em cima. Nessa pequena volta que dei pelo parque, pude ainda ver dois macaquinhos

JARAGUÁ • mar de carros no Parque Estadual do Jaraguá e Busscar Urbanuss, recém desativado, em seus últimos dias de serviço dando o ar da graça nas árvores. Os visitantes se divertiam observando e fotografando as estripulias dos dois. No mais, muita gente, crianças e atividades culturais para entreter a garotada no seu dia. Logo, deixo o parque e vejo que muitos carros ainda chegavam. O congestionamento era grande. Logo que se avistava um ônibus, ele demorava cerca de cinco minutos até chegar ao ponto. O primeiro ônibus que chegou ao ponto de ônibus onde estávamos já veio cheio e acabei deixando-o passar para tirar mais algumas fotos. Logo aparece um Apache Vip II Volks 17-230EOD V-Tronic da Santa Brígida. Subo e, por sorte, ainda havia alguns bancos livres. Sentei e comecei a curtir a viagem de volta.

Pra quem gosta de andar de ônibus urbanos em rodovias, como eu, vai gostar das várias linhas da Santa Brígida que seguem para a região do Jaraguá e Perus. Várias delas, que partem da Lapa, seguem pela Rodovia Anhanguera. Nessa viagem, o Apache Vip mostrou um bom desempenho. Diferente de outros Volks V-Tronic em que andei, estes da Santa Brígida poucas vezes deram o famoso “tranco” nas trocas de marchas. Os motoristas pareciam melhor adaptados ao veículo. Uma viagem bem legal, sem muitas paradas. Após quarenta minutos de viagem, chegamos à região da Lapa. Fim da viagem e de mais um rolê, que nossos governantes precisam melhorar muito nosso sistema de transporte urbano, para que nossos parques também não virem estacionamentos.

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AS FOTOS DA SEMANA Ônibus Brasil • www.onibusbrasil.com

DOUGLAS DE CÉZARE Marcopolo Torino LN Volvo B58 • Cidade Tiradentes

WESLEY ARAÚJO Marcopolo Viale MBB O-500M • Unimar

VICTOR HUGO GUEDES PEREIRA Mascarello Roma 350 Volksbus 18.320 • Nordeste

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GUSTAVO BAYDE Neobus Mega BRS Scania K230 • Translitorânea

DIEGO ALMEIDA ARAÚJO Marcopolo Paradiso G7 1600LD Scania K380 • Alternativa Tur

AILTON FLORÊNCIO Mascarello Gran Via Midi MBB OF-1418 • Penha

23/10/11 • REVISTAINTERBUSS


EXPONI 100 Evento

6ª edição será em novembro • Do Omnibus do Brasil

omnibusdobrasil@yahoo.com.br

No dia 19 de novembro será realizada a EXPONI 100 – 6.ª Exposição de Ônibus Novos e Antigos na Holding Grupo Bacacheri, na cidade de Curitiba (PR). Durante o evento estarão expostos mais de 60 ônibus, tanto antigos como alguns zero quilômetro ou recém incorporados às frotas de empresas. O evento será uma oportunidade para que os visitantes possam conhecer as tendências tecnológicas dos veículos mais modernos disponíveis no mercado, ou ainda recordar os pioneiros na operação de linhas do veículo que é o mais utilizado para transporte coletivo no Brasil. Além disso, será possível conhecer diversos usos do ônibus em configurações que vão do transporte regular de luxo com veículos leito-cama, passando por outros adaptados que servem como local de comércio de artesanato, roupas, obras de arte e mesmo academia de ginástica. Participam do evento expositores particulares e empresas da região de Curitiba, de outras cidades do estado do Paraná e até mesmo de Santa Catarina e São Paulo. A Exponi não tem cunho comercial: “ela serve para mostrar o estado da arte no setor e também para que as pessoas possam conhecer ou recordar como eram os ônibus a alguns anos” declara Born, um dos organizadores do evento. O ingresso para o evento são 2 quilos de alimentos que serão encaminhados a instituição de assistência social. A organização da Exponi conta com apoio da Holding Grupo Bacacheri, Empresa Curitiba Cerro Azul, Viação Itapemirim e Foto Frotista. São patrocinadoras do evento as empresas Rimatur, Eckisil, Comil, Rodoservice/Volare, Tecne`s, Planeta Xhow, Capacit Higienização e Hobbyitec. Sobre a Holding Grupo Bacacheri A Holding Grupo Bacacheri é uma nova empresa da região de Curitiba que terá suas dependências inauguradas durante a Exponi. A proposta do Grupo Bacacheri é atender todas as necessidades de empresas de transporte coletivo e seus colaboradores, oferecendo manutenção, preparação dos veículos e treinamento dos funcionários em várias áreas. “A Holding Grupo Bacacheri foi

REVISTAINTERBUSS • 23/10/11

criada para oferecer um serviço diferenciado e personalizado de acordo com a necessidade de cada cliente, seja ele um transportador regular de passageiros que utilize a nossa garagem como ponto de apoio e guarda dos veículos, seja para atender empresas de turismo que estejam de passagem pela cidade, oferecendo desde apoio de manutenção eventual para os veículos, até sala vip para os passageiros”, diz Silvia Domingues, administradora do Grupo Bacacheri e idealizadora da idéia. “O projeto foi pensado para atender o movimento crescente de transporte que teremos até a Copa do Mundo e Olimpíadas”, comenta ela.

setor de transporte e colecionadores de veículos. Mantém também uma página na internet com informações do setor e um grupo de discussão sobre transporte coletivo de passageiros. Sobre a Exponi A Exponi é realizada desde 2004 e na última edição reuniu quase 800 pessoas com exposição de cerca de 80 ônibus. Serviço Exponi 100 – 6.ª Exposição de Ônibus Novos e Antigos Dia 19 de novembro de 2011

Sobre o Omnibus do Brasil O Omnibus do Brasil promove a preservação da história do transporte por ônibus. Foi fundado em 1991 na cidade de Curitiba e organiza eventos que reúnem pessoas interessadas na troca de informações, idéias e materiais sobre ônibus, tanto entusiastas, empresários, profissionais do

11h00 às 16h30min Local: Holding Grupo Bacacheri - Rua Amadeu Assad Yassim, 380 – Bacacheri Curitiba - PR Entrada: 2 quilos de alimentos

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FOTOS, EVENTOS, OPINIÃO E CARTAS

SEU MURAL Pesquisa da Semana

Em Porto Alegre

ATÉ ONTEM ESTAVA NO AR A SEGUINTE ENQUETE:

A sua cidade, se foi escolhida sede, já deu início às obras de mobilidade para a Copa 2014?

60% Sim 40% Não •

A PARTIR DE HOJE, CONTINUE VOTANDO NA MESMA ENQUETE:

A sua cidade, se foi escolhida sede, já deu início às obras de mobilidade para a Copa 2014?

VISITE: www.portalinterbuss.com.br/revista E VOTE!

FEIRA DE VINHOS Durante passagem pela capital gaúcha, no dia 5 de junho de 2010, os amigos Guilherme Rafael, Diego Leão e Sérgio Carvalho estiveram em uma feira de vinhos próximo a Usina do Gasômetro, onde puderam degustar alguns sabores locais.

InterBuss City Tour

O PRIMEIRO, EM 24 DE MARÇO DE 2007

Chegamos esta semana na edição número sete do tradicional City Tour realizado pelo Portal InterBuss na cidade de Campinas, sempre com ônibus recém-incorporados à frota da cidade. Na primeira edição, o ônibus que vez a volta pela cidade também foi da Itajaí Transportes, grande parceira do Portal InterBuss em eventos. O carro era o 2950, um Busscar Urbanuss Pluss Volvo B12M que estava em caráter experimental na empresa. Nessa edição tivemos cerca de 40 participantes vindos de diversas partes do estado de São Paulo, que ao final conheceram as instalações da Itajaí e puderam fazer fotos de sua frota. No próximo sábado, dia 29, acontecerá a 7ª edição do InterBuss City Tour, recheado de surpresas. Na próxima edição da Revista InterBuss, não percam a cobertura completa!

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ARTIGO Wesley Araujo wesley.b9salf@gmail.com

Fotografia amadora: Utilizando o melhor modo para fotografar Foto borrada, desfocada, ou ainda cortada, flash utilizado quando não precisa; resultado aquém do esperado nas fotos, excesso ou falta de cor – pequenos fatores que irritam qualquer fotógrafo e que, em quase todos os casos, ocorrem por um único motivo: modo de fotografia não propício para determinado momento, ou configuração feita sem conhecer determinado modo de fotografia. Conheço muita gente que compra ou comprou uma câmera digital e não procura se aventurar pelas opções na câmera existentes, opções estas que ficam ali, de enfeite, como se não houvesse uma função, função essa que pode salvar sua foto, se utilizada corretamente. Quantas vezes eu mesmo já perdi fotos de ônibus de empresas que não existem mais, fotos de veículos que nunca mais verei, ou porque utilizei o modo errado, ou porque não soube configurar o modo correto. Pra vocês terem uma idéia, tenho total controle sobre minha atual câmera, Sony H50, há menos de um ano, quando aprendi a mexer no Modo Manual em todo o seu potencial e, mesmo assim, tenho muito que aprender a mexer na minha câmera. Fuçando os modos de fotografia da minha H50 me fez aprender muito sobre como utilizar, pra que utilizar, quando e onde utilizar determinados modos disponíveis em uma câmera digital. Nessa matéria vou mostrar alguns modos existentes na câmera que você poderá explorar e obter resultados além de suas expectativas. Modo Ajuste Automático O modo mais comum e conhecido por todos. Como o próprio nome diz, é o modo que já possui configurações automáticas, não sendo possível configurar todas as propriedades existentes. De uma forma mais fácil, dependendo das condições de luminosidade e ambiente, é a câmera que vai escolher as configurações, e não o fotógrafo. As configurações básicas que se pode mexer no automático são: tamanho da imagem, flash, balanço de branco, detecção de cara e redução de olhos vermelhos, estes dois se a câmera tiver, e as definições de fotografia. Modo Programa Automático Este modo permite que alteremos algumas configurações a mais como ISO e tipo de foco a ser utilizado (na próxima matéria falaremos sobre ISO e foco). Este modo também nos mostra o valor da abertura do diafragma e da velocidade do obturador, porém

REVISTAINTERBUSS • 23/10/11

não permite que configuremos da forma que melhor for conveniente. Algumas configurações a mais para melhorar a imagem criada pela câmera são disponíveis neste modo: Equilíbrio de branco, nível de flash (intensidade, disponível em alguns modelos de câmera), DRO – recuperação de detalhe da imagem perdido na área de sombra, redução de ruído (ambos disponíveis em algumas câmeras), Modo de Cor (próxima matéria falaremos sobre os modos de cor), Filtros de cor (assim como no Photoshop, algumas câmeras nos permitem excluir algumas cores antes de capturar uma imagem), saturação de cor, contraste, nitidez e estabilizador de imagem, se a sua câmera tiver. Modo ISO O modo ISO é utilizado para fotografar sem flash e em baixa luminosidade. Quem decide o valor do ISO a ser utilizado é a câmera. Muitos confundem o modo ISO com aumento ou diminuição deste em outros modos. ISO é nada mais do que a sensibilidade do sensor de uma câmera ou do filme de fotografia. Quanto mais luz, menos ISO, logo, imagem mais limpa, quanto menos luz, mais ISO e, com isso, a foto tende a ficar mais granulada. Câmeras que possuem o modo ISO, reconhecem a necessidade de aumentar ou diminuir a sensibilidade automaticamente de acordo com a captação ou condições de luz no momento da foto. O que eu achei interessante neste modo é como ele se comporta quando o assunto é: FOTOS EM MOVIMENTO. A câmera tende a capturar a imagem com maior rapidez e deixa o resultado é muito bom: sem ruídos ou distorções, fotos nítidas e sem borrões. O problema é quando a foto é com o objeto debaixo de chuva, já deixa um pouco a desejar. Neste modo, só podemos alterar o EV, tamanho da imagem, equilibro de branco, estabilização de imagem e configurações da câmera como hora, formatação do cartão de memória... Modo SPORT Este é um dos modos mais propícios para fotografar objetos em movimento. Consiste num princípio simples: Definir o foco em antecipação ao movimento do objeto. Por causa dessa antecipação de definição de foco, as fotos em movimento ficam quase perfeitas neste modo. Não há muito que configurar neste modo além do ISO, do EV, tamanho da

imagem e configurações básicas da câmera, já que, assim como no Modo Automático, é a câmera quem decide as configurações no momento da foto. Modo MANUAL (M) O modo manual é, sem dúvida, o ápice, o supra-sumo dos modos existentes em uma câmera, pois como o próprio nome diz, é o modo que nos permite alterar manualmente TODA A CONFIGURAÇÃO da câmera, exceto EV. A vantagem de fotografar neste modo é que o fotógrafo é quem define a velocidade do obturador, a abertura do diafragma (quanto de luz a lente vai receber), ISO, foco, bem como as configurações básicas de uma câmera. Geralmente utiliza-se o modo Manual mais em fotos noturnas com tripé, sem a necessidade de utilizar flash (o flash tem alcance muito pequeno, em determinadas situações, não compensa sua utilização). Na próxima edição, além de explicar sobre ISO e foco, vou falar mais sobre o modo Manual e mostrar passo a passo de como configura-lo. Mas de antemão aviso: sabendo dominar este modo, independentemente de fotografar de dia ou à noite, as fotos saem um espetáculo, quando fotografadas no modo manual. Embora seja, em minha opinião, o melhor modo para fotos principalmente no nosso hobby, ele possui um entrave: como a configuração é feita pelo fotógrafo, conforme muda a luminosidade, o próprio fotógrafo deverá mudar as configurações de abertura do diafragma, velocidade do obturador, bem como a sensibilidade do sensor da câmera. Caso o fotógrafo não saiba alterar de forma correta tais itens mencionados, a foto não sairá de acordo com o que almeja. Geralmente, as câmeras que possuem Modo Manual, possuem também outros dois modos “semimanuais”: O Modo A (prioriza abertura do diafragma) e o Modo S (prioriza velocidade do obturador). Ambos trabalham com o mesmo princípio do Modo Manual, porém alterando exclusivamente um ou outro. Na próxima matéria, falarei um pouco mais sobre o Modo Manual (passo a passo de como configura-lo), além de abordar alguns outros itens propícios para uma boa foto, como ISO e foco. Caso tenha alguma dúvida, se estiver ao meu alcance em responder, basta mandar um e-mail para o endereço no cabeçalho da página, assim que possível, publicarei aqui mesmo a resposta. Até a próxima...

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PARADA DIGITAL Fábio T. Tanniguchi fabiott@revista.portalinterbuss.com.br

Usando Android – Semana 01 A partir desta semana, minha coluna na Revista InterBuss passará a abordar o uso do Google Android, sistema operacional para tablets e smartphones. Com dicas de aparelhos, aplicativos e sobre outros aspectos do sistema operacional, o objetivo é mostrar a funcionalidade do sistema operacional móvel que mais cresceu no mundo nos últimos meses, e já é o mais usado. E tudo isso tentará ser feito da maneira mais simples possível, para que você, leitor, entenda. Um dos primeiros pontos para quem pretende começar a usar um moderno smartphone com Android é qual modelo comprar. Por ter uma diversidade muito grande de modelos com atributos diferenciados, escolher é uma tarefa não muito fácil, e exige pesquisa. Entretanto, pode-se destacar um modelo para cada perfil de comprador. Preste atenção nos modelos a seguir, e boas compras. Obviamente, todos os modelos possuem tela touchscreen, GPS, Bluetooth e acelerômetro, o basicão de qualquer smartphone da atualidade. Extremamente barato Samsung Galaxy 5 (i5500) Atualmente, é o mais barato na maioria das lojas. Porém, recentemente o Optimus P500, da LG, tem encostado um pouco no Galaxy 5 e, em algumas lojas de qualidade, está até mais barato. Por ser o mais barato na enorme maioria das lojas, o Galaxy 5 é uma opção de entrada para aqueles que querem entrar no universo Android sem gastar muito. Por ser de entrada, não tem aquela velocidade necessária para jogos pesados como o Angry Birds. Talvez não faça falta pela grande variedade de jogos criativos e simples na Android Market. A tela pequena, devido ao excesso de botões, acaba sendo um pouco incômoda para quem precisa de espaço. Por isso, muitos reclamam até hoje que o Galaxy 5 foi um retrocesso em relação ao Galaxy 3 em design. No mais, é uma ótima compra, com bom custo-benefício. Quer apenas ter um modelo barato, sem se importar em ter a última versão do sistema Android (a versão do modelo é a 2.1, sendo o comum são modelos 2.2 com upgrade para 2.3)? Então pense no Galaxy 5. Fator principal de compra: PREÇO. Preço: R$ 440,03 (Fast Shop) LG Optimus P500 Pagar menos de 600 reais em um smartphone com tela touchscreen de bom tamanho (mais de 3 polegadas), sem exagero de

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botões e com um design interessante? É possível, graças ao LG Optimus P500. Para quem quer ter a última versão do Android para smartphones, o P500 é também a melhor opção no segmento. Apesar de vir com o Android 2.2, é possível fazer um simples upgrade para o 2.3, e há grande expectativa de que a LG irá atualizar para o Ice Cream Sandwich em breve. Fator principal de compra: CUSTO-BENEFÍCIO. Preço: R$ 405,71 (SuperBalao.com) Pense também no Samsung Galaxy 551 (com teclado Qwerty) Ótima opção para quem quer um smartphone com cara de modernão, mas com teclado Qwerty, sem ser sisudo e caro como o Motorola Milestone. Vem com o Android 2.2, atualmente o mais popular, mas se a Samsung disponibilizar atualização, não passará da versão 2.3. O design ainda é melhor que o do Galaxy 5, por não ter excesso de botões. Portanto, pode acabar sendo uma opção melhor que o Galaxy 5 se o usuário não se importa em ter teclado Qwerty ou até acha que é mais confortável para digitação. Porém, para os iniciantes,

é importante lembrar que a digitação direto na tela touchscreen tem sido muito mais confortável que antigamente, graças a recursos novos como o Swype, no qual você apenas desliza o dedo sobre a o teclado virtual e a palavra é formada instantaneamente. Principal fator de compra: TECLADO QWERTY + PREÇO. Preço: R$ 628,21 (Fast Shop) Para quem quer mais sem pagar horrores Samsung Galaxy Ace Smartphone com cara de iPhone e Galaxy S por menos de 1000 reais sem precisar comprar modelo ultrapassado? Este é o perfil do Galaxy Ace, com excelente custo-benefício. Principal fator de compra: DESIGN + PREÇO. Preço: R$ 718,08 (Fast Shop) Não me preocupo em ter o último modelo, mas quero ter tudo Samsung Galaxy S (i9000) Para quem não tem conhecimentos avançados sobre os smartphones com Android, o Galaxy S pode parecer mais um no portfólio da Samsung, e ainda é muito parecido com o

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CELULARES • Da esquerda para a direita, de cima para baixo: LG P500, LG P920 3D, Motorola Atrix, Motorola Milestone 2, Samsung Galaxy 5, Samsung Galaxy 551, Samsung Galaxy Ace, Samsung Galaxy S e Samsung Galaxy SII Galaxy Ace. É um engano. O Galaxy S, até o lançamento do Galaxy SII, era o topo de linha da Samsung, com tela de AMOLED (mais brilho e qualidade gastando menos bateria) e TV digital (o que não foi incluído pela Samsung no Galaxy SII e nenhum smartphone com Android disponível comumente no mercado oferece). Com essa queda no preço, o Galaxy S se tornou uma ótima compra para quem não se importa em ter o último modelo com a última versão do Android (apesar do upgrade oficial disponível para a versão 2.3), mas sim em ter um que faça tudo. Principal fator de compra: PRODUTO COM ÓTIMOS ATRIBUTOS. Preço: R$ 1167,45 (Fast Shop) Pense também no Motorola Milestone II Smartphone com teclado Qwerty e bom desempenho. Quer mais? Já esteve no topo de linha da Motorola. Não é preciso nem afirmar que é um ótimo produto. Com Android 2.2, não há expectativa de que seja atualizado para alguma versão mais atual do sistema. De qualquer forma, pode ser uma ótima opção para quem quer teclado

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Qwerty, o que é difícil de achar nos aparelhos com o sistema do Google, do modelo de entrada ao topo de linha. Principal fator de compra: TECLADO QWERTY. Preço: R$ 897,83 (Fast Shop) Quero o último modelo e “causar” Samsung Galaxy SII (i9100) Último modelo da Samsung, topo de linha, com processador dual-core, tela farta de 4 polegadas e extremamente fino. Não é preciso dizer, depois de tudo isso, que é um smartphone completo, mais fino e rápido que a versão anterior, apenas faltando a TV digital. Principal fator de compra: UM SMARTPHONE QUE VOA. Preço: R$ 1616,81 (Fast Shop) Motorola Atrix Outro smartphone que voa, com processador dual-core. O “plus” oferecido pela Motorola é o grande diferencial: o dock multimídia (com conexão HDMI) e o lapdock (um laptop sem hardware no qual se conecta o aparelho e ele vira um laptop instantaneamente).

Mas lembre-se: a opção do lapdock é mais cara. Não compre o Atrix basicão achando que virá o lapdock, pois será uma grande decepção (até abrir a caixa e ver do que o smartphone sozinho já é capaz de fazer). Principal fator de compra: PODE SER SMARTPHONE OU NETBOOK NUM SIMPLES ENCAIXE. Preço: R$ 1616,81 (Fast Shop) LG Optimus P920 Mais um smartphone com processador dual-core. Qual o diferencial? Tecnologia 3D sem óculos. Sim, a tela do aparelho exibe imagens em 3D sem necessidade de óculos, o que começou muito recentemente nas TVs mais caras do mercado. Preço? O cliente não paga muito mais do que teria que desembolsar por um Galaxy SII. Como parte da política da LG, o aparelho deverá receber opção para atualização oficial para a última versão do Android, o que é uma grande vantagem da marca diante da Samsung. Principal fator de compra: TECNOLOGIA 3D SEM PAGAR MUITO MAIS. Preço: R$ 1796,56 (Fast Shop)

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GRANDESEMBATESINTER

MERCEDE Por Henrique Simões Contagem/MG

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DEBATES INTELIGENTES SOBRE CHASSIS DE ÔNIBUS

ES-BENZ

Chassi O371, A Grande Família: Mais que ônibus, uma trajetória de sucesso!

Um dos maiores sucessos da história da Mercedes-Benz no Brasil, a família O-371 esteve presente em quase todas as empresas de ônibus do país

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GRANDESEMBATESINTERBUSS

MERCEDE

Em um período conturbado de nossa economia, a Mercedes-Benz do Brasil apresentou ao mercado a evolução da consagrada família O370, o O371. Desde a reabertura política até o fim do turbulento governo Collor, a multinacional européia não trazia grandes evoluções com relação à geração anterior, uma vez que o cenário econômico não era propício a projetos ousados ou inovações além das necessidades daquele tempo, onde as incertezas dominavam o futuro de nosso país. Porém o O371 foi um

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sucesso de mercado superando as pessimistas expectativas do seu lançamento, e manteve produzido até meados de 1994 para versões Rodoviárias e 1996 em ônibus urbanos. A família O371 era grande e com um leque de opções que a diferenciava dos concorrentes diretos, o que a tornou responsável por grande parte das vendas de ônibus no fim dos anos 80 e início dos anos 90, quando a economia brasileira sofria com a escassez de crédito e com uma inflação que chegava próximo aos

1200% ao ano. Exatamente por atender com excelência as mais variadas necessidades dos frotistas, o Mercedes-Benz O371 até hoje é lembrado por motoristas, colecionadores, empresários e passageiros como um dos ônibus mais confiáveis, robustos e de baixo custo operacional da época. Por se tratar de modelos do final da década de 80 e parte dos anos 90, algumas informações sobre os O371 são difíceis de encontrar, portanto os dados que seguem abaixo pode haver di-

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O-371

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vergências, uma vez que foram informações obtidas com outros colecionadores e mecânicos que já trabalharam com o modelo.

motor MWM 229-6 de 136cv. Em 1991 o motor antigo foi substituído por um OM366 de 136cv ou o opcional OM-366A Turbo de 177cv.

Versões para aplicação em Transporte Urbano

O371UG – Versão alternativa do O371U, que usava o GNV como combustível ao invés do Óleo Diesel, operado principalmente na cidade de São Paulo. Usava motor OM-366A de 150cv.

O371U – Produzido entre 1987 e 1994, foi um sucesso da montadora e esteve presente em grande parte das principais cidades brasileiras. Possuiu duas configurações de motor, sendo a primeira com

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O371UL – Versão estendida do monobloco O371U, lançado em 1994 e dotado

de motor OM-366LA de 200cv. A Mercedes-Benz também desenvolveu atendendo pedidos do empresariado de Belo Horizonte uma versão do O371UL que pudesse ser enviada as encarroçadoras, sendo assim uma opção mais barata que o modelo O400UP, o que atendia as exigências daquele momento. Enquanto a suspensão do Monobloco possuía feixe de molas, a versão para encarroçamento vinha com kit de suspensão integral a ar. O371UP – Produzido e projetado para

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GRANDESEMBATESINTERBUSS ser um legítimo Padron, o O371UP também possuiu duas versões de motorização, uma com OM355/5 de 170cv e também com um possante OM-355/5A Turbo de 238cv, suspensão integral a ar proporcionando uma viagem mais confortável e ágil para os passageiros, aliado a custo operacional relativamente baixo para o operador. Foi comercializado em estrutura monobloco e também em plataforma para encarroçamento.

MERCEDE

O371UP-TR – Foi produzido em versão plataforma, já O400, possuiu motor Gevisa e Tração Chopper. Família Mercedes-Benz O371 para Transporte Rodoviário/Fretamento O371R – Com as opções de motorização OM355/5 de 200cv ou OM-355/5A Turbo com 238cv, foi desenvolvido para concepção Monobloco de mesmo modelo, era indicado para serviços de Fretamento e Rodoviário de curta distância. Foi comercializado entre 1987 e 1993 com essa motorização e em 1994 com motor OM-449A de 252cv, possui suspensão de feixe de molas semi-elípticas e comprimento de 12m. O371RS – Encontrado tanto na opção Monobloco quanto Plataforma, o O371RS foi um dos mais vendidos. Era recomendado para serviço Rodoviário de curta/média distância e dotado de motorização OM-355/6A de 285cv entre 1987 e 1993, e a partir de 1992 com OM-447LA de 354cv, transmissão ZF S 6-90/6. O371RSL – Já voltado para a operação de linha rodoviária de média/longa distância, o RSL foi comercializado no período 1992/1994 e era disponível somente para construção Monobloco. Vinha de série com motor OM-447LA de 354cv. O371RSE – Opção para encarroçamento da plataforma O371 no toco com comprimento a critério do frotista. Quando lançado, era dotado de motor OM-355/6 A 285cv e transmissão ZF S 6-90/6, assim como o O371RS, e a partir de 1992 o motor que vinha era o OM-447LA 354cv. O O371RSE foi o último modelo da família O371 rodoviária a ser substituído pelo O400, e teve sua

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O-371

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produção encerrada em 1994. O371RSD – O mais vendido rodoviário da família O371 e mais fácil de ser encontrado em operação, é dotado de mecânica OM-355/6A de 320cv ou OM-355/6LA de 326/340cv. Também foi disponibilizado com motor OM447LA de 354cv a partir de 1992, já em período experimental para o lançamento oficial da família O400 em 1994. É encontrado até hoje em operação com estrutura Monobloco de 13,2m e também a plataforma rodoviária foi amplamente vendida. Segundo ficha técnica do Monobloco O371RSD, vinha de fábrica com motor OM-355LA turbocooler de seis cilindros em linha e potência de 326cv a 2000rpm, torque de 133mkgf com motor trabalhando a 1200rpm, transmissão ZF S 6-90/6 e velocidade máxima de 107km/h, tanque de combustível de 600l, peso bruto total (PBT)

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de 18500kg e capacidade para transportar até 48 passageiros na versão com toalete e 56 caso o veículo seja configurado sem WC. Um dos maiores e mais tradicionais parceiro dos testes de motores Mercedes-Benz é a capixaba Viação Itapemirim, que possui uma das maiores frotas da estrela no país e até hoje opera com chassis O370 e O371, além de veículos de construção própria dotados de mecânica idêntica ou sofrendo as adaptações que eram convenientes à empresa para a circulação de seus veículos em linhas longas e mantendo a durabilidade de todo o conjunto. A empresa testou um monobloco O371RSL com motor OM-447A de 408cv usado para testes, este motor era disponibilizado no caminhão extra pesado Mercedes-Benz LS 1941, numeração 28501. Outro explícito exemplo dessa duradoura parceria é a série 4 das carrocerias Tecnobus, produzida

pela própria Itapemirim com os gabaritos do antigo monobloco O400 sofrendo algumas modificações. Com essa variedade que proporcionava ao frotista um veículo que atendeu tanto as expectativas, o O371 foi e ainda é sinônimo de sucesso, resistência e qualidade. O veículo abriu caminhos para a família O400 substituíla a altura e em 1996 a Mercedes-Benz encerrar a produção dos monoblocos, exatamente por ser um produto diferenciado de seus concorrentes, quando o mercado já pensava em reduzir custos. Aproveito também para agradecer o colecionador Romeu Néri, por todas as informações a respeito dos O371 e o convite do Portal Interbuss. Atitudes assim engrandecem o hobbie, mostra que não é só a fotografia, também são de extrema importância às informações a respeito do que é fotografado.

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A força e a potência do Scania F113

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DEBATES INTELIGENTES SOBRE CHASSIS DE ÔNIBUS

NIA Extremamente robusto, o chassi F113 foi um dos dianteiros mais vendidos da Scania no Brasil. Muitos ainda estão em circulação país afora

Por Sérgio Carvalho Itu/SP REVISTAINTERBUSS • 23/10/11

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Os chassis Scania são, tradicionalmente, conhecidos por sua excelente economia operacional , durabilidade e confiabilidade. Seus componentes, são projetados para aumentar a performance do veículo, facilitando sua dirigibilidade, bem como proporcionar segurança aos passageiros. Prova disto, é que os produtos Scania, são empregados em larga escala, pelas mais diversas empresas de ônibus em todo o Brasil, inclusive, empresas que trabalham exclusivamente com a marca, como é o caso da Empresa de Transportes Gontijo, maior frotista Scania do mundo, e da Cometa, cujos produtos equiparam sua frota ao longo de sua história, até os dias atuais. Motorização dianteira

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Os chassis de motorização dianteira da marca, tiveram inicio no Brasil, em 1959, quando foi lançado o B75. Desde então, os chassis de propulsão dianteira, sempre estiveram presentes em seu portfólio. Em 1982, vieram as séries dois e três. O início, foi com o modelo S82, motor de 8 litros e 6 cilindros ; S112, motor de 11 litros e 6 cilindros; F82 com motor de 8 litros e 6 cilindros; F92, com motor de 9 litros e 6 cilindros; F93, F112, todos fabricados entre 1982 e 1986; F113, lançado em 1988; F94, lançado em 1997; F300 e F330 e, os recém lançados F230 e F270. Os chassis da série F, são ideais para condições severas, proporcionando segurança e grande capacidade de passageiros, devido às suas dimensões. Com alta performance, foram pro-

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jetados para atender as mais diversas condições de tráfego, em quaisquer condições de pavimento, comprovando a qualidade da marca. A série F sempre teve grande aceitação no mercado, tendo sido amplamente utilizado em todo o Brasil. O chassi F113 Lançado em 1988, este chassi foi projetado para operações urbanas, fretamento e rodoviárias intermunicipais. Seu motor de 11 litros de 200 ou 220 cv no caso do urbano, sempre superou com facilidade, as mais diversas condições de terreno, mesmo estando com sua capacidade máxima de lotação. Vale lembrar que, o comprimento do chassi, permite o encarroçamento em até 13,20m, podendo portanto,

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F113 NIA

transportar grande quantidade de passageiros. Nos anos 90, era visto com facilidade, nas mais diversas localidades, dado o seu excelente desempenho, fácil manutenção e operação.Em seu cockpit, o condutor encontra uma ótima posição para dirigir. Seu volante, bem posicionado e com ótima empunhadura, facilita o trabalho do cundutor. O câmbio é mecânico, de cinco marchas e sua suspensão é composta por feixe de molas, permitindo sua utilização em terrenos acidentados, sem comprometer a segurança dos passageiros. A versão rodoviária Quando falamos em ônibus rodoviários, destinados ao fretamento e viagens de média e longa distân-

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cia, jamais pensamos em veículos de motorização dianteira. Porém, a Scania também produziu com sucesso, a versão do F 113, destinado à este segmento. Suas dimensões, são praticamente, as mesmas da versão urbana, com algumas alterações. A começar do motor, dotado de 310 cavalos, e sua suspensão, reforçada e preparada para receber carrocerias de maior porte. Em 1997, foram produzidas algumas versões com terceiro eixo, sendo este, adaptado. Assim como ocorre na versão destinada ao nicho urbano, esta versão também proporciona fácil operação e manutenção. Destaque para um menor consumo de combustível, se comparado ao chassi de motorização traseira. Embora os chassis de motor-

ização traseira sejam mais utilizados neste setor, várias empresas adquiriram unidades deste modelo. Dentre elas, podemos citar a Viação Jóia, sediada no município paranaense de Ibaiti, Transpen, a EMTRAM - Empresa de Transportes Macaubense a Viação Transpiauí, além da própria Gontijo, como citamos no início, como frotista exclusivamente Scania. Fim da linha Em 1998, o F 113 saiu de cena, quando foi iniciada a produção da série 4. Contudo, ainda é possível encontrar várias de suas unidades, em todos os seus segmentos, comprovando mais uma vez, a qualidade ,durabilidade e robustez, dos produtos da marca.

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Volvo B10M - confiabilidade e durabilidade à toda prova Por Wesley Araújo Jacareí/SP

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DEBATES INTELIGENTES SOBRE CHASSIS DE ÔNIBUS

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A evolução demonstrada pela Volvo com o lançamento do B10M no Brasil mostrou que a montadora sueca estava disposta a estabelecer a robustez em seus chassis REVISTAINTERBUSS •23/10/11

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Chassi mundial da Volvo, de 1979, era referência no mercado mundial, quando o assunto era durabilidade e confiabilidade. Primeiro quero pedir desculpas pelo atraso na publicação da matéria deste que vos fala, tive uns contratempos que me impediram de entregar a tempo o embate. Imagine você, leitor, que está acostumado a dirigir carros simples, sem muita potência, econômico, daqueles que você pisa no acelerador e parece que o carro está freando, ao invés de arrancar? De repente, um dia, você é convidado a testar um carro que, além de trazer todos mimos tecnológicos, ele é robusto, potente, apesar de beber um pouco mais, a velocidade final e a agili-

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dade no trânsito chama a atenção, confortável, embora com um valor acima dos outros veículos, é o que você mais necessita e o seu bolso consegue pagar. Imaginou? Imagina só se este carro fosse o mais vendido no mundo inteiro e ainda fabricado pela Volvo? Produtos fabricados pela Volvo são para clientes que não querem apenas veículos que simplesmente passam despercebidos pelas pessoas, são para clientes que almejam, de alguma forma, chamar a atenção por onde “desfilar” com o possante. Quem já não viu uma série de carros da Volvo e, independente do modelo, não fica admirado? Volvo é sinônimo de segurança, robustez, tecnologia até nos produtos mais simples, sofisticação e conforto. Em se tratando

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de transporte coletivo, a Volvo não deixa a desejar, basta olhar seus monoblocos e tirar a conclusão. Porém, há um chassi que se destaca, que faz da Volvo, referência na produção de veículos para transporte em massa, que faz jus a robustez; estou falando do Volvo B10M. Quando criança... Me lembro que a primeira vez que vi um Volvo B10M foi em São Paulo, pra ser mais exato, da Masterbus. Eram a sensação na época que foram comprados, Torino GV e LS. Ficava olhando, babando no veículo, observando sua imponência, a robustez do veículo (mesmo que eu mal soubesse o que era imponência ou robustez, algo me prendia a atenção). Sempre que ia pra casa da

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B10M

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minha avó, fazia birra pra minha mãe pra andarmos neles, nem sempre dava certo, mas a maioria das vezes conseguia convencê-la. E não era por menos, eram a sensação da Zona Leste de São Paulo. Todos comentavam, falavam, ficavam olhando pro veículo. Também pudera, o ronco do motor era uma sinfonia a parte, mas isso não é o importante aqui na matéria... O interessante é que alguns deles, após a falência da Masterbus, foram para a América do Sul. Não demorou muito eles ficaram surrados, sem qualquer manutenção. A oração de todos era que o veículo não quebrasse e chegasse ao destino final, e de fato não quebrava. Os motoristas pegavam a Avenida Luiz Ignácio de Anhaia Melo e

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não tinham dó do veículo. Mesmo com a manutenção precária, os veículos respondiam e faziam jus a robustez e durabilidade de um chassi da Volvo. Hoje, vemos fotos deles em pátios ou depósitos, todos largados sem serventia, e há unanimidade nos dizeres de quem vê as fotos: os carros têm condições de rodar por mais tempo, nada que uma reforma não resolva... Após a aposentadoria, trabalhar um pouco mais em outros locais... Isso aconteceu com alguns B10M da Viação Campo Belo, de São Paulo. Após cumprirem a jornada de 10 anos na Capital Paulista, alguns foram adquiridos por empresas de uma cidade do interior paulista, Jundiaí, e do Litoral Norte deste

estado, São Sebastião. Os veículos receberam reforma geral de funilaria e parte elétrica, foram trocadas algumas peças do motor e o conjunto de transmissão, e os carros estão bem, obrigado, circulando em algumas linhas desta cidade nos horários de pico, e fazendo escolar no Litoral. Histórico do Volvo B10M Lançado em dezembro de 1986 no Brasil, o chassi B10M era completamente diferente daquilo que o nosso país já tinha visto até então. Segundo a própria, tal chassi era um lançamento mundial e veio para quebrar vários paradigmas no transporte brasileiro. A começar, o Volvo B10M foi o segundo chassi produzido no Brasil com

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GRANDESEMBATESINTERBUSS o motor central, o primeiro foi o Volvo B58. A posição do motor destes chassis permitem o total aproveitamento do veículo encarroçado neles, proporcionando maior distribuição do peso, centro de gravidade exato em todas as partes do veículo, maior estabilidade, melhora a aerodinâmica do veículo e, com isso, aumenta a segurança. Na década de 80 a Volvo criou alguns chassis derivados do B10M: B10MA (articulado), B10MD ou D10M (doubledecker), porém estes projetos não foram adiante, ficando apenas o primeiro, que fora sucesso mundo inteiro e ainda é alvo de admiração de milhares de fãs, sendo eles frotistas, motoristas e colecionadores. Mas o que fez o B10M um case de sucesso da Volvo, sendo ele, o chassi mais vendido no mundo? A segurança, o espaço que ele podia proporcionar pela posição do motor no chassi, confiabilidade, durabilidade? Tudo isso junto, formou o que conhecemos como o chassi mais confiável da Volvo, porém o fator determinante foi a durabilidade e a confiabilidade da marca sueca. Durabilidade - mais de 1 000 000km sem abrir o motor e sem manutenção pesada. Vários veículos de chassi B10M ultrapassaram essa marca, fazendo apenas manutenção preventiva. Destaque para as empresas EUCATUR, de Cascavel, e a Auto Viação Santo Antônio, de Colombo, lembrando que o veículo da Santo Antônio, além do motor, o câmbio alcançou tal façanha. Confiabilidade - em dois anos, renovação da frota rodoviária foi de 100% Volvo. A Auto Viação 1001 optou por escolher os chassis Volvo B9R e B12R renovação de sua frota entre 2009 e 2011. Com isso a Volvo construiu um centro de manutenção na cidade de Campos para dar assistência total a 1001 e a empresas que optarem por chassis Volvo. No Brasil, o Volvo B10M foi produzido junto com o B58 até meados da década de 90. Após 1998, somente o B10M foi continuado até o ano de 2004, onde fora substituído a altura pelo B12M, seguindo a linha de chassis denominados mecânica central. O que o motor influencia no centro de gravidade e na estabilidade do veículo? Centro de gravidade: (CG) Definição em mecânica - O centro de

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gravidade é o ponto de aplicação da resultante de todos os pesos de um corpo qualquer. De uma forma mais fácil, é um ponto onde está distribuído por igual o peso de um corpo qualquer. Você que já jogou Gran Turismo certamente vai se lembrar disso: você escolhe um carro de motor traseiro para jogar na corrida, por exemplo, o ACURA NSX. A uma certa velocidade, mesmo em curvas abertas o carro começa a sair de traseira e, se

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não tirar o pé do acelerador, o carro vai rodar, certo? Isso ocorre com o ACURA NSX e qualquer carro que possua principalmente motor traseiro, seja no jogo ou na vida real, pois o Centro de Gravidade nesse tipo de carro não é bem distribuído, justamente pelo fato do motor estar atrás. O mesmo ocorre, porém com menor frequência, em veículos de tração traseira, porém com motor frontal,

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B10M

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distribuido entre os pneus dianteiros e traseiros, gerando assim maior estabilidade, conforto, segurança aos passageiros e, economia de combustível. Propulsor do B10M Desde o lançamento, o B10M teve vários propulsores (THD100/ THD101/THD102/THD103/THD104/ DH10A), todos com 6 cilindros, e uma cilindrada de 9600 cm³ (9,6 litros). A potência variava de 285 a 340cv de acordo com a aplicação do veículo. De todos os motores que o B10M tivera, o DH10A foi o último motor que fora incorporado ao chassi. pelo fato do CG estar, quase em sua totalidade, na frente do veículo. Isso ocorre com este tipo de veículo pelo fato do cardã exercer força no eixo motriz que, no caso, está distante do propulsor. No caso do ônibus é um pouco pior devido a sua altura (logo o cg é menor), o que gera ainda mais instabilidade. Com o motor no centro do chassi, o peso desse é distribuído por igual neste, automaticamente, o CG é melhor

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Dados técnicos do DH10A de 285 cv: - Cilindros: 6 em linha - Câmbio: automático ZF de 5 marchas; - Torque (kgfm)/rpm: 135/1450; - Suspensão: a ar; - Direção: hidráulica; - Consumo: média de 1,3km/l - Retarder: Opcional - Disposição do motor: entre-eixos. Dados técnicos do DH10A de

340 cv (urbano): - Cilindros: 6 em linha - Câmbio: automático ZF de 5 marchas; - Torque (kgfm)/rpm: 153/1200; - Suspensão: a ar; - Direção: hidráulica; - Consumo: média de 1km/l - Retarder: Opcional - Disposição do motor: entre-eixos. Dados técnicos do DH10A de 340 cv (rodoviário 6x2): - Cilindros: 6 em linha - Câmbio: eletropneumático (Easy Gear Shift); - Torque (kgfm)/rpm: 153/1200; - Suspensão: a ar; - Direção: hidráulica; - Consumo: média de 1km/l; - Retarder: Freio Retarder Telma; - Disposição do motor: entre-eixos. Não gostaria de expor uma opinião subjetiva, mas aí vai uma pergunta: com tudo que fora falado sobre o Volvo B10M, há motivos ou não para admirálo até hoje? Você que leu toda a matéria sabe minha resposta...

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NOSSO TRANSPORTE Adamo Bazani adamobus@gmail.com

Empresas de ônibus recebem Prêmio de Qualidade da ANTP

Certificação é uma das mais respeitadas do País e permite que companhias sirvam de exemplo para a melhoria dos serviços Transporte Coletivo não precisa de quantidade apenas, mas de qualidade. Assim, não bastam as empresas de ônibus colocarem mais veículos nas ruas, ou as operadoras de trem e metrô mais composições nos trilhos, se os serviços não focarem o bom atendimento e a relação digna com a comunidade que é responsável pela sobrevivência desta empresa de ônibus. E o setor de transportes coletivos mostra a diferença entre operadoras de ônibus. Enquanto há viações que são retiradas do sistema por ilegalidades e má prestação de serviços e outras que usam de artifícios como atraso no pagamento de salários e direitos trabalhistas, outras buscam acompanhar a modernização da sociedade, que está mais crítica e conta com órgãos mais atuantes em defesa da população como o Ministério Público e parte de uma imprensa mais participante no dia a dia das pessoas. Todas as empresas de ônibus, metrô ou trem objetivam o lucro. O que não é erro nenhum, afinal, não deixa de ser um negócio (de responsabilidade pública, mas outorgado à iniciativa privada) e quanto melhor for a condição da empresa, mais possibilidade ela tem de investir em avanços. Para reconhecer os esforços destas empresas, a ANTP – Associação Nacional dos Transportes Públicos, realiza o Prêmio de ANTP de Qualidade. As cinco melhores empresas do País, de acordo com a análise das bancas julgadoras compostas por técnicos são: Viação Fortaleza (Ceará), Expresso Medianeira (Rio Grande do Sul), Viação Nobel (Paraná), Itamaracá Transportes (Pernambuco) e Trensurb (Rio Grande do Sul). A premiação é realizada a cada dois anos. Todos os critérios de avaliação são extremamente rigorosos e boa parte se baseia no MEG Modelo de Excelência de Gestão da FNQ – Fundação Nacional da Qualidade. Para serem certificadas, as empresas não são avaliadas apenas na prestação de serviços nas ruas. Diversos aspectos são avaliados como: Eficiência e formas de gerenciamento, viabilidade econômica da empresa, segurança e ambiente de trabalho, instalações da garagem, adequação quanto a evolução tecnológica operacional e no atendimento ao cliente, relacionamento com a comunidade e respeito aos aspectos ambientais. Assim, não é analisado apenas se os ônibus são novos, velhos ou se atrasam, apesar de estes fatores serem levados em consideração.

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PRÊMIO • Durante o 18º Congresso de Transporte e Trânsito da ANTP – Associação Nacional dos Transportes Públicos, foram premiadas as cinco melhores empresas do País, de acordo com análises técnicas da entidade. Viação Fortaleza, Expresso Medianeira, Viação Nobel, Itamaracá Transporte e Trensurb foram as contempladas pela qualidade nos serviços e respeito ao meio ambiente e à comunidade. Na imagem, Haroldo Isaak, da Viação Nobel, recebe a placa da premiação. Ações espontâneas de apoio a pessoas carentes e programas de preservação da natureza, como reaproveitamento de água e reciclagem, também contam para o prêmio, que é considerado um dos mais respeitados e sérios por especialistas em transportes. A participação das empresas conta com várias fases. Primeiro as empresas de ônibus respondem um extenso questionário que ocupa uma apostila inteira. As respostas são comparadas com os indicadores de gestão e qualidade. As empresas que passam para a outra fase recebem uma visita de técnicos em suas garagens, linhas, terminais e pontos de ônibus. É verificado se tudo o que as empresas responderam no questionário condiz com a realidade. Neste processo são feitas entrevistas surpresas que podem ser desde com o funcionário mais simples até o dono da empresa, de acordo com o critério dos técnicos. Depois estes técnicos fazem relatórios sobre suas visitas. Os documentos são avaliados por outra banca julgadora formada por profissionais em transportes, de formação, o que leva aos resultados da premiação. O objetivo é incentivas as empresas que buscam qualidade e criar exemplos que podem ser seguidos por outras viações. A entrega dos prêmios foi realizada nesta quarta-feira, dia 19 de outubro, durante o 18º Congresso de Transporte e Trânsito

promovido pela ANTP, desta vez no Rio de Janeiro. No evento são realizadas discussões de como oferecer uma melhor mobilidade para as pessoas, diante de desafios como crescimento populacional e urbano, aumento das necessidades de deslocamentos por transportes públicos diante do trânsito cada vez mais caótico e também como preparar as cidades brasileiras para eventos mundiais, a exemplo da Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016 ,respeitando, no entanto, as condições financeiras e o dinheiro público de cada localidade. Um dos desafios é como mudar a página, inovar, no entanto, sem gastar mais do que a população pode arcar, com responsabilidade em relação ao dinheiro público. Inovações da indústria como produtos, serviços e veículos preparados para atender aos novos sistemas de BRT (Bus Rapid Transit), corredores modernos e que oferecem rapidez aos ônibus, marcam o Congresso. Destaque para o Viale BRT, da Marcopolo, e Mega BRT, da Neobus, ônibus com design diferenciado, com mais visibilidade para o passageiro e motoristas, maior espaço interno, mais acessibilidade para pessoas portadoras de deficiência, e configuração que minimiza os impactos no meio ambiente.

23/10/11 • REVISTAINTERBUSS


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